Revista U Nº34

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A REVISTA SEMANAL D´A UNIÃO

www.auniao.com

Montanheiros: Caminhadas Ameaçadas A União: Crise usada Como desculpa PÁG. 26

edição 34.888 · U 34 · 05 de novembro de 2012 · preço capa 1,00 € (iva incluído)


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Médicos Laboratório Dr. Adelino Noronha Dr. Pedro Carreiro Dr. Vergílio Schneider Dr. Rui Bettencourt

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Terapia da Fala

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Urologia

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EDITORIAL / SUMÁRIO

Estar a pé TEXTO / Marco de Bettencourt Gomes | director@auniao.com

Assim que nasce o pequenino vitelinho, eis que imediatamente ergue-se sobre as patas e lá vai ele à sua vida: crescer e engordar – pior para ele. O ser humano é diferente. Para nos levantarmos do chão e permanecermos de pé e caminharmos a vida levamos tempo, muito tempo, todo o tempo. Aprender a andar de pé leva toda a vida. Redescobrimos hoje o gosto de andar a pé. Talvez não necessariamente por opção mas muitas das vezes por contingência. Somos forçados a andar mais a pé e menos de carro. E os nossos hábitos sociais alteram-se com esta nova forma de estar. Temos que em pouco tempo reaprender a levantarmo-nos do chão e estarmos de pé na vida. As cidades conhecem-se melhor a pé. A aceleração torna as coisas mais efémeras e superficiais. Andar a pé ensinanos a paciência e a alegria de conseguir transpor metas por etapas. Não podemos porém achar que nos levantamos ou que possamos permanecer de pé ou caminhar na vida a sós. Ser a pé é tarefa colectiva. Assumir que o melhor da vida é o caminho que a percorre. Numa prova de atletismo os atletas percorrem uma determinada distância mas quando chegam ao final da prova ficam no mesmo sítio em que estavam quando a iniciaram. Quando peregrinos põem-se a caminho a sua deslocação é nula porque o ponto de chegada coincide com o ponto de partida. A vida é diferente. Andar a pé é não estar tudo feito. É aprender-se pelo caminho.

SUMÁRIO 05

banalidade para evitar

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o cheque dos media

civilização do espectáculo

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a ti

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festivais do mundo

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memória(s)

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07

nexus 7

porquê tanta estupidez e crueldade?

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falta de formação

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anita vai ao “forno”

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finnish design shop

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minto

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conservatório música

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vai vir trabozana por aí abaixo

NA CAPA... pág. 16

Pode ser um escape ou uma fuga aos comportamentos sedentários mas é também um outro meio de olhar a natureza. De perto. E usando todos os sentidos. O pedestrianismo, segundo a Associação Os Montanheiros, interessa ainda pelo conhecimento e a sensibilização para o património ambiental e cultural da região Açores. A U acompanhou a última caminhada da temporada e provavelmente dos 50 anos da fundação desse grupo de aventura da ilha Terceira. 05 novembro 2012 / 03

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REVISÃO

FAMA MUNDIAL EM COMUM

NOTÁVEIS DA DIÁSPORA Tom Hanks, um dos mais famosos actores norte-americanos, tem avós maternos descendentes de açorianos O actor Tom Hanks, a escritora Danielle Steel e a cantora Katty Perry têm em comum a fama mundial e o facto de serem descendentes de açorianos, integrando, por isso, a lista de ‘Notáveis dos Açores’ disponível na Internet. A ligação aos Açores de nomes como a cantora Nelly Furtado, o Nobel da Medicina de 1996, Craig Mello, ou o director criativo da Lacoste, Filipe de Oliveira Batista, já era conhecida, mas as autoridades regionais querem divulgar o papel desempenhado em vários países do mundo por outros emigrantes açorianos e seus descendentes. Tom Hanks, um dos mais famosos actores norte-americanos, tem avós maternos descendentes de açorianos, enquanto a mãe de Danielle Steel descende de uma família de S. Miguel, o mesmo sucedendo com Katty Perry, cuja mãe é oriunda de uma família da ilha do Faial. Ainda na área da música, têm ligações familiares ao arquipélago personalidades como David Lee Roth, ex-vocalista dos Van Halen, que tem avós paternos e maternos nascidos em S. Miguel, a brasileira Fafá de Belém e Glenn Medeiros, cantor e compositor que chegou aos tops internacionais com a balada ‘Nothing’s gonna change my love for you’ em meados dos anos 80. A ascendência açoriana já era conhecida de Nelly Furtado, filha de emi-

grantes da Ponta Garça, em S. Miguel, enquanto Nuno Bettencourt, guitarrista dos Extreme, nasceu na Praia da Vitória. Quanto aos actores, além de Tom Hanks, também tem ligações familiares aos Açores a brasileira Lília Cabral, conhecida pela participação em várias telenovelas, cuja mãe nasceu em S. Miguel. Nesta área, referência ainda para Justin Louis, nome artístico de Luís Ferreira, nascido em Angra do Heroísmo, com participações em séries televisivas como ER, CSI ou Stargate e em filmes como Star Trek. PRESIDENTES NA LISTA Nesta lista de notáveis, que já integra mais de uma centena de nomes em duas dezenas de áreas, constam também, entre outros, três presidentes da República do Uruguai e outros três do Brasil. Eurico Dutra, descendente de açorianos do Faial, foi presidente do Brasil entre 1946 e 1951, cargo depois ocupado por Getúlio Vargas, cuja família também era originária daquela ilha, e que Tancredo Neves, que descendia de açorianos da Terceira, não ocupou porque morreu dias antes de tomar posse. No Uruguai, a presidência do país já foi exercida por Francisco Vidal, por duas

Katty Perry DESCENDE DE FAIALENSES

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REVISÃO

vezes, Gabriel Leivas e, mais recentemente, por Júlio Sanguinetti, todos descendentes de famílias açorianas. Sem nunca ocupar a presidência, mas muito perto de dois presidentes, merece destaque Pete Sousa, cujos avós são oriundos de S. Miguel, que é fotógrafo oficial do presidente norte-americano, Barack Obama, depois de ter exercido idênticas funções com Ronald Reagan. Entre muitos outros açorianos notáveis, referência para David Leite, neto de micaelenses, considerado o maior especialista norte-americano em gastronomia portuguesa e inventor o ‘McSilva’, um hamburger feito de bacalhau, e para Emeril Lagasse, filho de uma micaelense, que é um dos mais famosos chefes de cozinha dos EUA. Menos conhecidos do grande público são emigrantes açorianos como Carlos Rafael, que nasceu no Corvo e hoje é o maior armador de pesca da América do Norte, Luís Bettencourt, natural de S. Jorge, que possui a maior empresa de lacticínios dos EUA, ou Manuel Vieira, nascido no Pico, que é o maior produtor de batata-doce da Califórnia. O sítio Notáveis dos Açores, disponível no endereço electrónico www.notaveisazores.com, é uma iniciativa da Direcção Regional das Comunidades e está aberto à participação de todos os interessados, que podem propor personalidades para esta lista de açorianos de relevo no mundo. O site, para já, está apenas disponível em português mas num futuro próximo a intenção é que seja bilingue, com a inclusão de uma versão inglesa.

EURICO DUTRA, DESCENDENTE DE AÇORIANOS DO FAIAL, FOI PRESIDENTE DO BRASIL ENTRE 1946 E 1951, CARGO DEPOIS OCUPADO POR GETÚLIO VARGAS, CUJA FAMÍLIA TAMBÉM ERA ORIGINÁRIA DAQUELA ILHA

BANALIDADE PARA EVITAR TEXTO / João Rocha / jrocha@auniao.com

NELLY FURTADO

UMA HOMENAGEM BANAL A “TIOS E PRIMOS DAS AMÉRICAS”

Reconhecer o mérito da diáspora açoriana é, aparentemente, uma boa ideia da Direcção Regional das Comunidades. Para tal, foi criado o site “ Notáveis dos Açores”, um projecto que pretende dar a conhecer e homenagear os açorianos e açordescendentes que se notabilizaram pelo mundo fora. Porém, qualquer boa ideia acarreta também os seus riscos. Parece ser o caso do site, disponível em http://notaveisazores. com, que contou inicialmente com dados biográficos de 100 personalidades divididos por várias áreas, estando em “lista de espera” a adição de mais três centenas de figuras. Os critérios de selecção/aceitação de “notáveis” terão de obedecer a princípios rigorosos sob risco do site se transformar numa homenagem banal a “tios e primos das Américas”. Caso seja assim, também quero que a minha tia Mercês seja uma das notáveis até porque trazia sempre doces e pastilhas elásticas quando regressava à terra natal… E, já agora, é preciso não perder de vista o facto de muita gente ser notável sem precisar de atingir o estatuto de famosa.

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OPINIÃO

O cheque dos media e o adeus a Gutenberg TEXTO / Carmo Rodeia

Não gosto de alimentar narrativas derrotistas e muito menos de fazer de advogada em causa própria, mas volto ao tema da semana passada por me parecer que as notícias trazidas a público nos últimos dias são perturbadoras, embora pareçam banais. Diariamente sabemos de trabalhadores despedidos, empresas encerradas, dramas de famílias destroçadas pela crise. Por isso, ouvir falar de 48 despedimentos no Público, no encerramento de jornais e revistas ou no corte de 30% (cerca de 10 milhões de euros) nas transferências do Estado para a Agência de Notícias Lusa, a coberto da alteração do contrato de serviço público, pode parecer, efetivamente uma banalidade. Como, por estes dias, já se tornou uma banalidade ouvir falar de negócios com Angola. O mais recente é o do grupo Controlinveste (detentor do Diário de Notícias, TSF, JN e Açoriano Oriental, entre outros) que terá sido vendido à angolana Newshold, proprietária do semanário Sol, gerida por Sobrinho Simões, envolvido em vários negócios alegadamente suspeitos. A própria RTP vive um clima de incerteza, sempre na iminência de ver um dos seus canais em mãos angolanas. A pretexto da crise os meios de comunicação social portugueses estão a soldo. Nenhum ficará como dantes. Economicamente deficitários, salvo uma ou duas exceções, o negócio dos mass media tradicionais parece que, de repente, deixou de ser rentável e apetecível, acumulando passivos insustentáveis. Na maior parte dos casos, são prejuízos que derivam ou da falta de qualidade do produto ou de opções erradas por parte das direções. Todavia e, tal como noutras empresas, é sempre o elo mais fraco que sofre as consequências. Aqui com uma agravante: é que sem jornalistas não há informação. E, sem informação não há liberdade de expressão, uma conquista do 25 de Abril que todos queremos que seja preservada. Dentro de duas semanas, os jornalistas vão encontrar-se numa reunião plenária agendada pelo Sindicato dos Jornalistas. O tema será necessariamente a ameaça que paira sobre este grupo social. Seria bom que não deixássemos passar a oportunidade de discutir sem tabus um setor vital para a sobrevivência da Democracia.

Nova evangelização? TEXTO / Octávio Carmo

O Sínodo dos Bispos que está a decorrer no Vaticano tem pela frente, até à sua conclusão, um grande desafio: assumir a afirmação definitiva da terminologia ‘nova’, aplicada à evangelização, ou optar – consciente ou implicitamente - por deixar cair uma expressão que, em boa verdade, tem provocado reações negativas e até alguma perplexidade por parte de quem entende que a missão da Igreja é única e permanente. A longa discussão com os mais de 260 participantes, durante quase duas semanas, pareceu algo errática, saltando entre as várias dimensões da ação eclesial e as diversas realidades em que as comunidades católicas, de implantação reconhecidamente mundial, se encontram. A realidade quotidiana e a sensibilidade de cada bispo levaram, muitas vezes, a que se apresentasse aos outros uma visão particular dos problemas, sem a preocupação do conjunto. 50 anos depois do início do Concílio Vaticano II, o encontro de tantos representantes dos episcopados

católicos – um número recorde para debater um tema tão vasto e aberto a tantas abordagens era visto com grande esperança e é de desejar, apesar das tensões e das preocupações que dominaram parte dos trabalhos, que o resultado desta assembleia sinodal esteja à altura das expectativas. A grande fratura que surge nesta matéria é a da ‘novidade’: a Igreja Católica tem de enfrentar desafios novos, com a sua mensagem de séculos, particularmente numa Europa envelhecida e cada vez mais cética, desconfiada de si, do futuro e, naturalmente, de Deus. Percebe-se, compreensivelmente, alguma tendência para responder a problemas novos com as fórmulas de sempre. Além disso, dificuldades e fracassos são atribuídos, em muitos casos, à falta de capacidade ou boa vontade dos recetores da mensagem e não tanto de quem a proclama. Há sinais positivos surgidos na reflexão que não se vão esgotar na mensagem final e nas propostas que o Sínodo vai apresentar ao Papa, mas é com natural atenção que estes documentos finais vão ser seguidos para se saber, afinal, se existe ou não uma ‘nova’ evangelização ou se aquilo que se diz desta se aplica à tarefa evangelizadora de toda a Igreja, em todos os tempos.

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FERRAMENTAS

NEXUS 7 TEXTO / Paulo Brasil Pereira

Google apresenta tablet por 249 euros

Tablets hoje em dia são mais que as mães. Apesar da Google já ter apresentado ao mundo o novo tablet Android que criou em parceria com a Asus, o Nexus 7 só agora chegou a Portugal. A versão mais cara e com maior capacidade (32Gb) é que está disponível. Como o próprio nome indica, o seu ecrã de 7’’ é a janela para o mundo virtual que a Google nos propõe. Com um processador Tegra 3, o Nexus promete. GPS e wi-fi são outras características. Mas não tem acesso a redes móveis de dados. Poderá ser uma jogada para mais tarde lançar outra versão melhorada? Qui çá. Este tablet que é concorrente do mini iPad, também agora lançado, é o seu companheiro ideal caso queira navegar

na internet em casa e arredores, ver algum filme ou ler algum livro que ache interessante. De facto um dos seus pontos fracos é o facto de não ter câmara traseira (apenas frontal de 1,2MP), não tem expansão de memória microSD nem ligação à TV. Como atractivo à nossa carteira, tem o facto de não a desfalcar muito, a qualidade de construção é boa e o tamanho é ideal para quem não tem um smartphone digno deste nome. Aliás caso não tenha um smartphone, o Nexus 7 é um óptimo aliado para o seu património tecnológico. E porque a Google não pára, o Nexus 10 já está prometido desta vez by Samsung.

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CIÊNCIA / OPINIÃO

Diminuição da massa óssea

OSTEOPOROSE UMA DOENÇA SILENCIOSA A Osteoporose é uma doença caracterizada pela diminuição da massa óssea e alteração da microarquitectura do osso, com o consequente aumento da fragilidade óssea e maior risco de fractura. Um em cada oito homens e duas em cada cinco mulheres, depois dos cinquenta anos, virão a sofrer de Osteoporose. Doença silenciosa – evolui sem quaisquer sintomas -as fracturas osteoporóticas, consequência mais severa da Osteoporose, são as que ocorrem na sequência de um traumatismo mínimo e em que a incidência aumenta progressivamente com a idade, sendo particularmente frequentes nas mulheres após a menopausa e nos idosos. As localizações mais frequentes das fracturas osteoporóticas são a Coluna Dorsal e Lombar, as fracturas da extremidade distal do rádio e as do Fémur proximal. Um terço dos doentes com fractura do Colo do Fémur, ficam parcial ou no todo dependentes de terceiros, relativamente ao exercício das suas actividades de vida diária e ao fim de um ano, a mortalidade associada pode atingir os 20%. O objectivo primordial a atingir na prevenção e tratamento de uma Osteoporose, será o de evitar uma primeira fractura, uma vez que a sua ocorrência aumenta a probabilidade de novas fracturas em quatro vezes. No sentido de se evitar uma Osteoporo-

TEXTO / Luís Maurício*

se, dever-se-ão adoptar estilos de vida saudáveis, como a prática de exercício físico regular, o aporte adequado de Cálcio e Vitamina D na dieta, evitar o consumo excessivo de caféina, alcool e tabaco. O diagnóstico desta doença faz-se através da realização de uma Densitometria Óssea, exame este que permite determinar o grau de perda de massa óssea e, em função dos valores obtidos, conjugados com os factores de risco identificados, determinar a melhor estratégia terapêutica. São indicações para realização de Densitometria, todas as mulheres depois dos 65 anos e todos os homens depois dos 70 anos, que nunca a tenham efectuado previamente; mulheres pósmenopausicas com idade inferior a 65 anos e homens com idade superior a 50 anos, se forem portadores de factores de risco major para Osteoporose, como fractura vertebral prévia, fractura de fragilidade prévia, fractura da anca de algum dos progenitores, menopausa precoce, utilização de corticosteróides por período superior a três meses. Prevenir ou identificar precocemente uma Osteoporose tenderá a diminuir o número de fracturas e a diminuir a incapacidade associada a esta Doença. * Médico Especialista em Reumatologia Colaboração Clínica Médica Praia da Vitória

Porquê tanta estupidez e crueldade? TEXTO / Gianfranco Ravasi

Os animais selvagens nunca matam para se divertir. O homem é a única criatura para quem a tortura e a morte dos seus semelhantes podem ser divertidas em si mesmo. Li estas linhas numa revista alemã e instintivamente o meu pensamento levou-me para os horrores do nazismo, quando a tortura mais horrível se transformou em passatempo sádico. A consideração é atribuída a um historiador britânico do século XIX, James A. Froude, e recolhe um aspeto trágico da humanidade. O animal ataca outro se é ataca05 novembro 2012 / 08


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do ou se quer assegurar a sua sobrevivência. O homem, dotado de criatividade, fantasia e liberdade, rebaixa estes talentos e mergulha na crueldade mais atroz, elaborada por vezes com refinamento intelectual. Quando eu era criança impressionava-me um quadro do Novíssimo Dicionário Melzi, que era um pouco o livro da minha primeira curiosidade no saber: o quadro representava todas as torturas e podia realmente sentir-se o quanto a inteligência humana pode degenerar em perversão. É talvez por essa razão que a antiga fábula (a partir do burro bíblico de Balaão) transformou os animais em mestres dos humanos. Ironicamente o poeta Ezra

im dit, (1885-1972), veniendae simaximod molorpo Pound na poesia “Meditatio”, ressund igendis non conessit reperae escrevia: «Quando observo atentamente os cuptatur? Siminte voluptur? Poreium curiosos hábitos dos cães, / tenho de conam, voluptus, as porrorenis cluir /quas que omi, homem é o animal superior. // pra dolut quam, quia derum, natibusQuando observo os estranhos hábitos do to illa nonecea cusdam alignimporro homem / confesso-te, meu amigo, que duque etum certamente ut lam lammais aut evoluídos laborias vido».exSomos pedignimenis excea derdo que os animais; mas volorro também ma sabemos natquam aut molesequata dis repuda precipitar-nos no abismo do absurdo, da sam resera voleceriae idAtribuímo-nos magnimpos crueldade e da brutalidade. sum sincit quas alitemod et ipsundio título de reis da criação mas muitas vezes tium explabo. Ebit fugit, sitiae eicim não somos mais do que tiranos implacáveis. dem simus eicit quipara aut aut as E os cães, levantando nós expelit o seu nariz et porio.parecem Offictur? Illaut quatur sa a húmido, perguntar-nos porquê lendam Aniatur aut modi cuptat tanta estupidez e crueldade.

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CIÊNCIA

FALTA DE FORMAÇÃO

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Mais de metade dos futuros profissionais das áreas da Saúde, Educação, Direito e Psicossocial não tiveram contacto com qualquer informação científica sobre homossexualidade e homoparentalidade nos currículos universitários, indica um estudo da Universidade do Porto. O estudo “Homoparentalidades num contexto heteronormativo”, da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, analisou as atitudes face à diversidade sexual de pessoas que, nas suas áreas específicas de intervenção, lidarão com crianças, jovens e adultos e averiguou o seu contacto pessoal e científico com a diversidade sexual. Para tal, inquiriu 1.288 estudantes de 12 instituições de ensino superior de diversas regiões do país, que frequentavam os dois últimos anos de nove licenciaturas de quatro áreas: Psicossocial (Psicologia, Serviço Social, Educação Social e Sociologia), Saúde (Medicina e Enfermagem), Educação (Ensino Básico e Educação de Infância) e Jurídica (Direito). O estudo alerta para a importância da formação de futuros médicos acerca de temáticas LGBT e da sua consciencialização enquanto agentes promotores da saúde de todas as pessoas, independentemente da sua orientação

Falta informação sobre homossexualidade e homoparentalidade nos currículos universitários – Estudo sexual. Em declarações à Lusa, o autor do estudo, Jorge Gato, adiantou que “54% dos futuros intervenientes da rede social inquiridos não tiveram contacto com nenhum tipo de informação sobre homossexualidade ou homoparentalidade no âmbito das licenciaturas, um número que sobe para 80% no caso dos alunos de educação de infância”. Para Jorge Gato, “é fundamental que se intervenha ao nível da formação dos professores e daquilo que é ensinado nas escolas para que as coisas mudem, porque os professores têm um ascendente grande sobre os alunos”. “Considerando que os estudantes inquiridos frequentavam os últimos anos dos respetivos cursos, parece claro que a presença destas temáticas no currículo não constitui ainda uma preocupação na maior parte das formações analisadas”, refere o investigador. Como tal, defende, os currículos das licenciaturas devem incluir informação cientificamente validada e a consciencialização dos

futuros profissionais acerca das suas atitudes face à diversidade sexual. “Sabemos que a informação só por si não muda as atitudes, mas é responsabilidade dos cursos dar formação cientificamente validada a estas pessoas”, defendeu. Para Jorge Gato, a falta de informação científica poderá explicar “parcialmente” as atitudes dos estudantes perante estes temas.


MESA

Anita vai ao “Forno”

TEXTO / Joaquim Neves

É uma pastelaria com padaria, tontinha, tem muitos e diversos bolinhos, além de bom e variado pão

A montra

Sim, é mesmo a Anita dos livros infantis. Não é um filme realizado por Quentin Tarantino, ou algum Sci-fi de Ridley Scott. É ela mesma, a menina que fez parte das bibliotecas infantis de quase todas as meninas portuguesas, que ensinavam meninas a serem mulherzinhas e perfeitas donas de casa submissas. Nem vou falar das minhas amiguinhas que leram esses livros. Era uma tarde de outono, meio chuvosa, com abertas de sol dourado. Anita viera passar uns dias à Terceira na casa da tia a Dona Casemilda. De bons hábitos e chá pontual das quatro. Às exactamente 15h27 chamou por Anita. –Anita, vamos lanchar ao “Forno”. -Ao forno? Mas não cabemos lá – respondeu arregalando os olhos surpresos que fez brotar um sorriso quase imperceptível à tia. – É uma pastelaria com padaria, tontinha, tem muitos e diversos bolinhos, além de bom e variado pão- respondeu quase em tom meigo. Depois de rapidamente se arrumar para sair com a tia Casemilda e de mãos dadas passearam ainda um pouco para ver algumas montras na rua de S. João,

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MESA

para exactamente às 15h49 entrarem na Pastelaria O Forno. Anita que de relance olhara a montra não deixou de reparar nos bolos alusivos ao Halloween. - Festejam o dia das bruxas aqui?- perguntou surpresa à tia Casemilda. – Sim, “pagânices americanoides”- respondeu a tia com tom altivo. – Tia, posso comer um destes dedos de bruxa?- perguntou entusiasmada suplicante. – Ai rapariga, o que te havia de dar. Que disparate, vais provar uma Dona Amélia, e se te portares bem ainda um docinho. A tia Casemilda pediu o seu chá preto da Gorreana e sua predilecção as famosas D. Amélias servidas na convidativa esplanada às 15h59. Anita apesar do desejo de um pastel de nata e de todos os bolinhos e doces que havia à vista, pôde, porque esteve adequadamente bem, direitinha, ter bebido silenciosamente o chá de frutos silvestres que lhe fora posto à frente a pedido da tia e ainda por ter mastigado tudo calmamente de boca fechada, e ter feito bom uso do garfo, provar um docinho de noz. Estava tudo muito bom. -Amanhã podemos voltar cá? – perguntou à tia Casemilda. – Sim amanhã vais provar um dos pasteis de feijão- respondeu-lhe a tia reconfortada, aquele chá das quatro era seu balsamo. Anita céptica imaginando todas as outras opções possíveis conformou-se, afinal o “bolinho” que havia provado era maravilhoso e o de feijão também haveria de ser e se se portasse bem poderia ainda provar um dos doces e em quinze dias poderia dar a volta a praticamente tudo o que havia ao dispor na montra. A tia deixou Anita ir pagar a conta ao balcão e receber o pão encomendado. Enquanto esperava o troco e o pão, seus olhos quase comiam os tais dedos de bruxa que tanto queria provar. A simpática da empregada apercebeu-se e não resistiu em colocar-lhe um pacotinho dos tais dedos de bruxa no bolso do sobretudo de Anita, que lhe agradeceu com um enorme sorriso.

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Balcao e os seus docinhos

Receita

QUEQUES

INGREDIENTES: 250 gr de farinha 2oo gr de açúcar 100 gr de manteiga 2 ovos 2 a 3 chávenas (de café) de leite 1 c sobremesa de fermento raspa de um limão Pitada de Sal PREPARAÇÃO: Pré-aqueça o forno a 180º. Misture tudo, pela seguinte ordem. Açúcar com a manteiga até ficar um creme, ovos um a um, leite. Depois farinha com fermento peneirados e pitada de sal, raspa de limão, até estar tudo rapidamente ligado. Verta para as formas, untadas com manteiga e polvilhadas com farinha. Aproximadamente dá 24 queques. Leve ao forno por 25 minutos. Nota, roube na farinha até máximo de 100gr, e ponha o que lhe apetecer. Noves, amêndoas picadas, pepitas de chocolate maçã, mirtilos. No caso da fruta, substitua o leite por metade natas líquidas e outra metade por queijo tipo Filadelfia e junte uma pitada de bicarbonato de sódio. De Chocolate, roube 50gr à farinha.


PALAVRAS

MINTO TEXTO / Paulo Freitas

Minto, Se pareço estar vivo. Que eu trago no desejo a queimadura Daquela noite, Sem no entanto sequer poder olhar-te Para não sentires o fogo dos meus olhos a queimar-te… E já parece que nenhum lugar em ti, É o meu lugar. Deste-me à tua cama como se esta fora Uma sepultura onde eu calei o peito Num punhal de contentamento. Nem por uma vez Me deste a provar o engano Da tua boca.

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- recordas-te?!


CONSUMO/OPINIÃO

Eficiência Energética Em guia (I) Dando continuidade à divulgação do “Guia da Eficiência Energética, elaborado pela Agência para a Energia (ADENE), hoje destacamos o consumo feito na habitação. Este depende de diversos factores, tais como a zona onde se situa a casa, a qualidade de construção, o nível de isolamento, o tipo de equipamentos utilizados e até o uso que lhe damos. Em Portugal, o sector residencial, com cerca de 3,3 milhões de edifí-

cios, cont r i buiu com 1 7 % d o cons u mo de energia primária em termos nacionais, representando cerca de 29% do consumo de electricidade, o que evidencia, desde logo, a necessidade de moderar especialmente o consumo eléctrico. Com algumas pequenas intervenções nos edifícios, é possível poupar até 30-35% de energia, mantendo as mesmas condições de conforto. Existem medidas de baixo custo, ou sem qualquer custo adicional, que podem reduzir o nosso gasto de energia entre os 10% e os 40%. É fundamental saber que o consumo de energia, para desempenhos idênticos, pode chegar a ser quase três vezes superior nos electrodomésticos da classe G, quando comparados com os da classe A. Se a isto, juntarmos o facto de que a maior parte dos equipamentos (com excepção das fontes de luz) têm uma vida útil que supera os 10 anos, podemos ter uma poupança energética de 780€. Por isso, na hora da compra, há que ter em atenção o consumo energético e escolher, preferencialmente, os de classe A, pois são energeticamente mais eficientes. Por exemplo, um frigorífico de classe A de 300 litros de capacidade pode gastar mais electricidade do que um de 100 litros de classe G.

Livro de referência

Civilização do Espectáculo

entretenimento no topo

Entre as sugestões de leitura referentes aos livros de referência do Portal do Consumidor, hoje destacamos o “Para Vargas Llosa”, do prémio Nobel da Literatura de 2010. No seu mais recente livro, “A Civilização do Espectáculo”, Quetzal Editores, 2012, dá testemunho da metamorfose que experimentou aquilo que se entendia por cultura quando a sua geração entrou para a escola ou para a universidade e a bizarra matérias que a substituiu, uma adulteração que parece ter-se realizado com facilidade. Depois referir uma série de posições sobre a cultura, como as de T. S. Eliot, George Steiner, Guy Debord e Gilles Lipovetsky, Vargas Llosa considera que a civilização do espectáculo é um mundo onde o primeiro lugar na tabela de valores é ocupado pelo entretenimento e onde divertir-se é a paixão universal. Este novo mundo pauta-se pela democratização da cultura, a palavra de ordem é de que a cultura não deve ser o património de uma elite, a sociedade liberal e democrática tem de pôr a cultura ao alcance de todos, mesmo que a consequência traga o efeito de trivializar e vulgarizar a vida cultural. Por isso, não há que estranhar que a literatura mais representativa da nossa época seja a literatura leve, ligeira, capaz de divertir, isto porque os leitores querem livros fáceis, que os entretenham. O espectáculo fez eclipsar a importância do intelectual, ele impunha-se pelas suas tomadas de posição, era convocado para os debates políticos, os seus juízos e argumentos eram tidos em conta. Na civilização do espectáculo, o intelectual só interessa se seguir o jogo na moda e se se tornar um bobo da corte. 05 novembro 2012 / 14


OPINIÃO

A ti para o que nós nos desconhecemos TEXTO / Pe. Teodoro Medeiros

Devia haver maneira de ir além das palavras; do seu sentido, do seu não intuído, do seu traído. Um meio de desdizer o que foi dito, de contradizer o que foi entendido e enganar a certeza de um falso translúcido. O que digo agora, não quero que encerres em nenhuma particular conversa que já tenhamos tido nem em nenhum dos momentos em que concordámos sobre a mesma coisa. A que serve o propósito?, perguntas certamente, e com todo o direito... mas a resposta não ta darei, não me quero contradizer, não quero romper a cadeia que, se calhar, vemos começar. Não temos a certeza de qual será esta tradição que seguimos: nunca sequer parámos a perguntar qual foi a primeira ideia que um ser humano passou a outro. Não se te aquece a alma? Seria o pedir um pouco de de comer? Talvez, não consta que alguma vez homem vivesse sem nunca ter comido, sem nunca ter tido fome... mas também pode ter sido algo de diferente, como um “gosto de ti” possessivo, em grunhido primordial e, quem sabe, acompanhado por um qualquer beijo que o não fosse ainda? Que segredo se mantem acima dos outros? Talvez o de que não há uma só resposta que é de todos e que deve ser imposta sem tréguas. Há alguns anos, um amigo tirou uma fotografia a um pássaro, na palma da sua mão: seria este um exemplar sem liberdade? Ou seria o único a ter da liberdade uma ideia maior? Estar com as pessoas de idade, esse é o verdadeiro espelho da alma; não devolve apenas uma imagem, antes lhe dá retoque aperfeiçoador... se se destravam os receios infelizes, o espaço é de conversa simples, inspiradora. E não só conversas sérias: brincar com quem é velho é despir-se de tantas regras de salão (que também há livros que merecem só o pó).

lavandarias

O falar pode ser apenas uma técnica, um truque acústico vazio, uma construção memorável num qualquer projeto de monumento dirigido ao nada... quantas vezes nos esquivamos, medrosos, reduzidos ao repetir das ideias de outros? Como desenhar, a custo, a matéria que se quer dizer? Será arrancar a ferros ou água que volta ao seu mar? O ser é incomunicável, peça de granito moldada ao silêncio. Sobre o infindável abismo de cada coração repousa um escudo inexpugnável; não é possível removê-lo e mesmo o amor é somente brecha que deixa espreitar mas não contemplar. Se tudo se conseguisse dizer, acabava a raça humana que temos sido. É por isso mesmo se pode falar, descobrir os territórios nucleares da alma no dicionário de língua e gesto, olhar e palavra e atitude e calar e viver; nunca se atingirá ponto de não retorno. Mas pode-se chegar a colar uma máscara que seja mais parecida com o rosto escondido. O dia chegará em que as palavras saberão se servem apenas de ensaio. Recém nascido mas adulto, Adão passeava no jardim e sentava-se na berma de um caminho que não construíra; a cada animal dava o seu nome, na língua que os antigos rabis judeus acreditavam ser a o outro jardim, o celeste. Tacteando, medindo com as mãos, intuindo a verocidade ou a vulnerabilidade, ele dava nome a cada um segundo o que ele era. Debilitados, estamos à mercê sobretudo do que desconhecemos, do que cai fora da nossa comunicação. No catálogo instituído dos registos lógicos da consciência não há abertura ao exterior; senão há uma palavra, não há uma memória, só psicanálise. A palavra é a grande marca da humanidade e é a sua sobrevivência. Mas não há ainda nome para quem perde um filho.

D.A. - Lavandarias Industriais dos Açores, Unipessoal Lda.

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Rua da Palha, 25 • 9700-144 Angra do Heroísmo Telefone: 295 212 544 • Fax: 295 216 424

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DESTAQUE

O último passeio da temporada de 2 zado pela Associação Os Montanheir na Rua da Rocha, em Angra do Heroí perto de uma centena de pessoas. P um trilho de grau de dificuldade ba terior da ilha Terceira, desde o Pico d até ao Algar do Carvão. Ali concentra pois num almoço-convívio. Este é o género de actividade que i grupo associativo não só pelo exe mas também pela importância de d cer o património ambiental e os rec rais de um lugar. Pedestrianismo é pois, nas palavra Barcelos e Paulo Mendonça, coord especialistas na área, uma actividade pela sensibilização das boas práticas nia tendo em conta a relação naturez

PASSO A PASSO


interessa ao ercício físico dar a conhecursos natu-

as de Paulo denadores e e que passa s de cidadaza – homem

- progresso. As primeiras caminhadas em natureza organizadas pelos Os Montanheiros, abertas ao público, remontam aos anos 80, sendo que a instituição foi fundada a 1 de Dezembro de 1963. Passado meio século de vida, e ao contrário do que tem vindo a acontecer até à data, o calendário anual de passeios pedestres deixará de ser organizado. Em causa estão normas e critérios impostos pelo Parque Natural da Ilha Terceira, nomeadamente no que diz respeito ao limite máximo de caminhantes por grupo – 25 pessoas e um conjunto de percursos em zonas determinadas. Condicionalismos que parecem ameaçar o trabalho até agora desenvolvido pela instituição. Por seu turno, a Associação Os Montanheiros continua a defender algo mais abrangente e diversificado. E a fazer caminho caminhando…

TEXTO / Sónia Bettencourt sonia@auniao.com FOTOS / Sónia Bettencourt e Humberta Augusto

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2012 organiros, sedeada ísmo, reuniu Percorreram aixo, pelo inda Bagacina aram-se de-

DESTAQUE


DESTAQUE

sensibilização in loco

Nos 50 anos da sua fundação, a Associação Os Montanheiros vê ameaçada uma actividade que reúne quase o mesmo tempo de existência do grupo. O pedestrianismo e o plano anual organizado no início de cada ano para a dinamização de caminhadas abertas ao público em geral poderão ter outra estrutura a partir de 2013. Uma medida aplicada no âmbito da nova legislação do Parque Natural da ilha Terceira que, ao contrário da prática comum de Os Montanheiros, prevê não só um número limite máximo de pessoas por passeio como também as zonas de acesso. A presente temporada terminou há uma semana com um passeio desde o Pico da Bagacina até ao Algar do Carvão, pelo interior da ilha Terceira, o qual reuniu perto de uma centena de pessoas de diferentes faixas etárias e actividades profissionais. Do engenheiro do ambiente ao simples curioso, a aventura com mais ou menos grau de dificuldade é reconhecida pelos seus promotores “como capaz de valorizar os

nossos importantes recursos naturais e turísticos.” Paulo Barcelos e Paulo Mendonça, coordenadores, mostram-se abertos a uma nova estrutura de trabalho no âmbito dos passeios pedestres mas mantêmse fiéis ao seu princípio. Interesse-lhes dar a conhecer e sensibilizar a comunidade para o património ambiental e cultural de uma região; permitir o convívio e a confraternização entre os praticantes; fomentar o intercâmbio cultural; bem como dar pretexto para a conservação de caminhos, construções e lugares de interesse histórico e social. “O reconhecimento e a organização dos passeios são trabalhosos. Limitar o grupo a 25 pessoas de cada vez, como prevê as normas do Parque Natural da ilha Terceira, é redutor. Este não é o espírito”, afirmam. Durante o último passeio da temporada 2012 e, provavelmente, deste meio século de vida, Os Montanheiros anunciaram a publicação de um livro com referências toponími-

convívio final

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cas. Uma iniciativa que será integrada no programa do 50º aniversário assinalado a 1 de Dezembro. Após as três horas de uma caminhada pelos espaços naturais, que contou com uma passagem pelas pedreiras e extracção de inertes na zona do Cabrito, onde o cenário mostra-se agressivo face às escavações em nome do progresso, os participantes reuniram-se na casa de apoio do Algar do Carvão para um almoço convívio oferecido pelos Montanheiros. Uma tradição com mesa posta, cinco dedos de conversa, e registos fotográficos para mais tarde recordar. DESDE 1981 As primeiras caminhadas em natureza, abertas ao público em geral, remontam aos anos 80. Em 1981 foram realizadas cinco caminhadas e, sete anos passados, os passeios ficaram integrados num programa anual de caminhadas, resultado de uma parceria com a direcção regional dos Assuntos Sociais, intitulado “Naturalmente Natureza 88”. O aspecto profissional do projecto motivou os Montanheiros a organizar passeios em vez de os fazer. Da comunidade participante os interesses variam entre as pessoas que “vão à descoberta da ilha, de conhecer os locais e aprender mais acerca da geologia, fauna e flora naturais, bem como do uso social a que muitas foram sujeitas. Outras fazem-no pelo convívio, ou por acompanharem alguém.” Dizem ainda existir as que “participam pelo exercício físico e que à partida mostram-se predispostas a enfrentar riscos, mau tempo, cansaço físico, apenas pelo prazer de o fazer, pelo conhecimento de si mesmo e para empurrar as suas limitações mais adiante. E também há aqueles que tudo querem experimentar... pelo menos uma vez na vida.” Em suma, adiantam, “um passo cadenciado é um dos segredos para facilmente se dar longos passeios, o que é indiscutivelmente mais fácil em condições de regularidade do terreno e de ausência de obstáculos no trajecto. Connosco isto não é possível, para além de que, muitas das lembranças ficam exactamente no conquistar essas pequenas batalhas. Esta é a filosofia que temos empregue até aqui.”

“valorizar os nossos importantes recursos naturais e turísticos”


LOJAS

Festivais do mundo (Ii): 01// noche de los rabanos, méxico 02// burning man, e.u.a.

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03// diwali, índia 04// dia de muertos, méxico 05// la tomatina, espanha

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Revista U Rua da Rosa, 19 9700-144 Angra do Heroísmo tel. 295 216 222 / fax. 295 214 030 Email u@auniao.com Director Marco Bettencourt Gomes Editora Humberta Augusto Redacção João Rocha, Humberta Augusto, Renato Gonçalves, Sónia Bettencourt Design gráfico Frederica Lourenço Paginação Ildeberto Brito

Colaboradores desta edição Álamo Oliveira, André Barata , Carmo Rodeia, Dulce Vieira, Francisco Miguel Nogueira, Frederica Lourenço, Gianfranco Ravasi, Joaquim Neves, Júlio Rocha, Octávio Carmo, Luís Maurício, Paulo Brasil Pereira, Paulo Freitas, Rildo Calado e Teodoro Medeiros. Contribuinte nº 512 066 981 nº registo 100438 Assinatura mensal: 9,00€ Preço avulso: 1€ (IVA incluído) Tiragem desta edição 1600 exemplares Média referente ao mês anterior: 1600 exemplares

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Leitura

Como queremos continuar a História?

TEXTO / André Barata

Vivemos tempos árduos. Depois de todos os óbitos anunciados, da literatura e seus autores, de deus até; depois de todos os fins, da arte, da política, mesmo da história, restaria, talvez, antes do pó da terra, a resignação de umas vontades últimas, a capitular sobre o humano que fomos, às vezes até com grandeza. Mas, será mesmo o fim dos tempos o que nos aguarda? Desde que a crise se instalou no opulento Ocidente, em várias escalas da coexistência humana, vive-se sem projeto de comunidade. Administramo-nos e somos administrados pela racionalidade da eficácia, diminuídos à condição de meios a proporcionar o fim da eficiência. Um esquema societário da subtração hegemoniza-se sob o fundamento duplo de que, na ordem dos factos, o mundo não basta para todos e de que, na ordem dos valores, não devemos dar por garantido nenhum direito adquirido quanto à existência digna no mundo. Esta subtração é ainda a indicação precisa da ruína da condição de uma pós-modernidade que, ao engendrar o relativismo cultural, pelo menos tinha o mérito de subscrever um entendimento generoso e multiplicador da existência. Mas não, a mudança das condições que a sustentavam foi também a ocasião para um acerto de contas com os modos de vida pós-modernos. Numa rotação excessiva, esses mesmos modos de vida, com o seu ideário relativista, rapidamente passaram a responsáveis pelas dificuldades do Ocidente. Os tempos endureceram e, sem relatividade ou perspetiva, entre aqueles que teriam culpas no cartório estariam os pós-modernos. A História recente emudeceu-os. Além do desaparecimento dos seus proclamadores — Lyotard (1998), Derrida (2004) e Baudrillard (2007) —, a pós-modernidade viu o seu contexto económico, a saber, um capitalismo pós-industrial cada vez mais financeiro, subitamente interrompido por uma crise do subprime. A crítica

Os tempos emudeceram

moral ao comportamento dos agentes económicos, desencadeada com a descoberta do esquema de operações financeiras da Lehman Brothers, de que o alto risco que ofereciam em negócio era insustentável, atingiu em pleno o Zeitgeist da pós-modernidade. A falta de valores entre gestores remunerados a níveis inimagináveis teria a sua explicação de fundo no ambiente relativista que os pós-modernos fizeram propagar pelo Ocidente. Esses intelectuais, franceses ou de gosto cultural francês, teriam urdido uma teoria que rasurava a diferença entre o bem e o mal, e, assim, também uma ideologia que sujeitava à impotência o homem honesto, não raro também cristão, inibido de perseguir o bem e de

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ENSAIO

se opor ao mal. Numa célebre homilia no conclave de 2005 que o conduziria ao papado, Ratzinger denunciava a «ditadura do relativismo». Mais tarde, George W. Bush apropriou-se desta expressão, precisamente por ocasião da viagem apostólica do papa Bento XVI aos Estados Unidos em 2008. O papa visitava o ground zero. Retrospectivamente, não foi difícil reconhecer esta fraqueza autoimposta da ditadura do relativismo, sabotadora da moral dos homens, na impotência como testemunhámos, incrédulos, a violência do fundamentalismo em 2001. O Mayor Giuliani denunciava o relativismo cultural por detrás dos atentados. Stanley Fish, num pequeno texto, «Don’t blame relativism», ia aparando os golpes, defendendo que relativismo não é mais do que outro nome para pensar a sério, experimentar pôr-se na pele do outro, não para aprovar, mas compreender e assim poder julgar, e sem que se reneguem as convicções próprias, o que, aliás, constituiria, para o autor, um contrassenso que só o reducionismo do fervor antirrelativista explica. Simplesmente, o «outro» que atingia as Torres Gémeas era apenas a primeira aparição do que se veria pela segunda vez exposto, em meia dúzia de anos, no colapso moral do capitalismo financeiro. Agora o inimigo já não vem de fora, não é outro, agora o inimigo somos nós mesmos, ocidentais em crise e em urgência de uma restauração. Na verdade, teríamos sido sempre nós mesmos os incapazes de estar à altura das ameaças, imersos na absoluta relatividade das coisas. E sem verdade, não sobraria réstia de moral. A contrapartida a não estarmos dispostos a morrer por coisa nenhuma era estarmos dispostos a vender a alma por qualquer coisa. De acordo com esta narrativa, o significado espiritual da crise do crédito teria estado em provar como o problema fora, desde o princípio, «nosso». Enquanto teríamos sido pós-moderna-

mente assim, gestores em particular e relativistas em geral, o resto do mundo perfilava-se na nova verdade universal da globalização e na irrelativizável força económica das potências emergentes. A riqueza ocidental ter-se-ia declinado em fraqueza de caráter, sobretudo por ter dispensado ser potência. Pela fraqueza e pela soberba, por ambas se pagaria caro. E assim pensaria mais Bush, superficial e contundente, do que Bento XVI, profundo e subtil. Contudo, desde então, e enquanto se arrasta a crise, sucedem-se as sentenças morais, os ajustes de contas ideológicos e, acima de tudo, duvida-se da nossa viabilidade. Neste clima, o medo governa-nos e educa-nos para a disciplina da sobrevivência. Contudo, esta narrativa continua a não convencer.

«Don’t blame relativism«

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FOTÓGRAFO

Memória(s) TEXTO / Álamo Oliveira FOTO / Dulce Vieira

Só para destoar dacosta abria As gavetas da memória E retirava verdes e mais verdes Para pintar o rosto da cidade. Ele distava de D. Pedro quarto Muitos anos de sabedoria Sobre o sortilégio de povoar O espaço branco da tela. Diluía com a água dos moinhos Os pigmentos da infância E jamais perdeu o gesto De dar às cores o rumo da liberdade. Hoje uma agulha borda O céu de ocre sintético Picando a solene paciência de deus. 05 novembro 2012 / 23


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Livraria Obras Católicas

Rua Carreira dos Cavalos, 39 e 41 9700-167 Angra do Heroísmo • Telefone / Fax: 295 214 199


OPINIÃO

VAI VIR TRABOZANA POR AÍ ABAIXO TEXTO / Pe. José Júlio Rocha

Tinha acabado uma celebração numa das nossas freguesias rurais. O tempo, embora sereno, ameaçava tempestade. Passaram por mim, então, dois velhotes, figuras antigas, na idade e nos hábitos, no andar e até na forma como moviam os braços. Um deles, a olhar para as nuvens negras que se debruçavam do alto da serra, disse ao outro: «Tenho p’ra mim que “vai vir trabozana” por aí abaixo». Palavra de 50 escudos, trabozana era daquelas que eu já não ouvia há uns “par d’anos”. Quer dizer, essencialmente, confusão, pancadaria. Passei então a tarde a recordar algumas palavras esquecidas, nunca escritas, que os meus antigos diziam nas suas conversas. «Hom’haja saúde», dizia meu avô a um passante, «Com’é que vai isso?». Ao que o outro, se estivesse bem, respondia: «Tá “a desbancar”, graças a Dês». Queria dizer qualquer coisa como “às mil maravilhas”. Mais coisa menos coisa, o que eu ouvia mais eram os vitupérios contra a canalha, os rapazes: “corsalho”, a lembrar os piratas de outros tempos, “cão negro”, “alma de pau”, “bandalho”, não faltavam. A canalha só fazia “marrajanas”, trapalhadas, ou, quando dois ou três se juntavam, era p’ró “retoiço”, algazarra, barulheira. “Retoiço” que, quando aplicado aos namorados e afins, já tinha um significado mais brejeiro. Pelo Bodo, as mesas ficavam fartas, aquilo era um “maçame” de coisa boa p’ra comer. As “brindeiras” de pão alvo ou massa cevada (ou sovada, quem sabe?) chegavam então às mãos dos rapazes que lhe comia, à queima-roupa, a cabeça e iam esfarelando o resto, deixando um rasto de “massagadas” por onde passavam. Partia-se então para o pagode, e se havia “tarraçada” e os adultos vinham ajustar contas, aquilo é que era um tal bater com os calcanhares no cu das calças, fugir e “atripar-se” pelas paredes acima. Se algum fosse apanhado levava umas “taponas” bem dadas e punha-se a gritar “a qu’dal rei”. Duas palavras que sempre me intrigaram na linguagem de meu avô e seus pares eram “aborrecido” e “atrapalhado”. Diziam quase o mesmo, mas tinham mais do que um significado: «Fui ver fulano a casa: tá bem “atrapalhado”». Aborrecido, no lugar de atrapalhado, dava no mesmo: muito malzinho de saúde. Mas o mal deixava de ser de saúde e passava a ser moral quando se mudava o verbo “estar” para “ser”: «Fulano é um home bem “atrapalhado”», eufemismo que significava “não presta para nada”, ou “não vale um cicingo”. Com “aborrecido” era o mesmo. Mas do que eu mais gostava era das orações que meu avô nos rezava pelo anoitecer adentro. Deixo, com uma falha no meio, uma das mais belas: “Lá está São Pedro à Porta,” “co’a sua capa bem posta:” “tá pedindo e orando” “à menina do condão” “que lhe ensine a oração.” “Oração do pelimgrim:” “quando Deus era menino” “andava pelo caminho.” ... (não me recordo)

“Pelos pés corre sangue” “pelas mãos outro que tal.” “Lá vem Santa Madalena” “co’s seus lenços d’alimpar” “«Tem-te, tem-te, Madalena,” “na me trates d’alimpá,” “que eu tenho estas cinco chagas” “que eu tinha para passar” “pelos vivos, pelos mortos” “que eu tenho para salvar».” Ámen.

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PARTIDAS

A União – um fim anunciado ou não? TEXTO / Francisco Miguel Nogueira*

O jornalismo açoriano recebeu um duro golpe com o fim anunciado do centenário A União, pelo menos nos moldes atuais. A partir de janeiro de 2013 aparecerá um semanário religioso, sem jornalistas, nem investigação. A crise tem sido utilizada como desculpa para se “exterminar” com a cultura e a informação. Com o fim d’A União, a nossa Terceira perde um pouco da sua identidade, pois o jornal já está na nossa sociedade há quase 120 anos, participando ativamente na evolução recente da nossa terra. Ao percorrer a História d’A União, percebemos que a sua ação foi muito mais do que informativa, marcando época. Assim, durante a dire-

ção do Padre Coelho de Sousa A União foi um dos maiores paladinos da autonomia regional, além de ter sido um jornal católico de referência política, histórica e de liberdade. Além disso, até o poder político instituído e a oposição consideravam o jornal terceirense um dos porta-vozes do povo dos Açores. Creio mesmo que se ele fosse vivo, o jornal não teria esse fim, sem haver luta, nem combate. É bom relembrar-se ainda a direção do Dr. Álvaro Monjardino, entre outros, que projetaram sempre A União para uma dimensão, não apenas de ilha, mas sobretudo regional. Contudo, parece que tudo isso se vai perder… Os Açores saem a perder com a transformação d’A União já anunciada, e a Terceira perde em termos de pluralidade no contexto da comunicação social. A Diocese de Angra imiscui-se do seu dever de divulgar a nossa cultura e colabora nas estatísticas nacionais, despedindo quatro jornalistas e dois administrativos. Parece que não há vontade em encontrar alternativas, aposta-se na forma mais simples de resolver as situações. A história vai julgar a decisão. A Igreja dos Açores perde também um dos seus pilares, no contexto social, religioso e mesmo político, talvez para uma aposta num semanário que pode nem ter ainda


PARTIDAS

uma definição editorial abrangente e de projeção arquipelágica. Isso se verá, futuramente… O descontentamento geral da população é grande, pois não somos um povo de caminhos fáceis, mas de batalhas aguerridas! Eu quero acreditar! A União não pode terminar como diário. *Historiador

A crise tem sido utilizada como desculpa para se “exterminar” com a cultura e a informação A sua ação foi muito mais do que

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informativa, marcando época


ENTRETENIMENTO ÓCIOS / OPINIÃO / OPINIÃO

“Todo o conhecimento genuíno tem origem na experiência directa.”

“Citação e/ou frase aqui.” Mao Tse-Tung CARTOON

F. S. QUESTIONÁRIO

A MAConcorda ÇONARIA com a demisINFLUsão de Berta ENCIA AliCabral da POLÍTICA derança do PORTUPSD/Açores? GUESA? SIM SIM NÃO NÃO

ONLINE

AS MAIS VISTAS

Revela director da Fundação Inatel DÍVIDA DE 300 Título Aqui MIL EUROS DESCEU PARA MAIS DE UM TERÇO

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OPINION ARTICLE HEADLINE COVERAGE

ci piscit verro quibus repre magnat magnam sunt dis nam quo dolorum quature scitium quatesto mos alicti rendiae similibere, cus, simusant, sae cum as sam ipiende rfernam se pro eicatibea quosa nonsed evendamet maximpo reicabo ritibusci sequostia nobitae ctoribu sciaeca boratquatem arum re repudit voluptate sus quiasi apereri onsent aliquatem illiquis est, sam qui demporporpor as dolectis aut quisque molupti assincti sit, ut labo. Bis derchil ilitam sit ped mi, officab ipsant est veleseq uodiamus es ilibus, ommoluptatur aci andam et alit TEXTO / Frederica Lourenço I am a fan of aut volorep ellendaero dolore mod et Corat res et pore, siminis et debitas ulparum incias molorro to blaboria imporrundis dolorem denihil iundis simoluptate nostion sectene vent vid explacias am, seque dolupta tem- undam ium qui quide consed quisTEXTO / Frederica Lourenço qui quaspellandi debis a non eatur, im sequatus magnien imint, que re quo lam reped ut aliquo omnit aut quae- moditate volore laut asitatus, quiaÀs vezes, bastava adaptar conceitos já existentes. Conceitos que demonstram na prácea voles aut occus ut quatem diation temos que venet restia quia corunt. tica que funcionam, que são a forma certa de fazer as coisas, que não há milagres poratem excearumquid que sequaere Ciendio con rehenis ipsunt ullupta si nem fórmulas mágicas, e que basta um conceito tão simples e ao mesmo tempo tão nonseque explitio blabo. Bo. Nam, dolore nacional nos assitatqui didistante dosniet portugueses: cooperação. É umnet fenómeno que não rerrovi compreente sant exerit remodit volore nimod cidunt, quatur rectiumque rem que do: enquanto que os finlandeses concluíram (e bem!) que se se juntassem conseguimagnatat anitdeadi quomuito commolectur netur? Acerumcáeicae voluptiore miriam promover forma mais eficaz os seus produtos, as coisas são o exacto aut ium non pedignam invelenim vonihillabo. Vitatus, omnihicitate nihilit oposto, e marca portuguesa que é marca portuguesa não se junta cá a essas coisas do cooperativismo. Talvez isso sejamosqui umutpaís marcas, de quam milhares delas, luptat. Hillabor alibea conpor repremquid et de volor audae essunti com a infinita de passarem despercebidas à maioria. Já eles,Uga. os finlandeendes sandecapacidade dunt eaturibusdam aut ossum, omnim hic totat. Itatem ses, que é na união que vão buscar a força, sabem que é assim que se restperceberam rernam quid eatem sunditasped alibus dolo etem. Lesciam evelectur destacam e afirmam o seu lugar mercado. Não contentes com osisucesso dentro que mi, odion por arciae maio.noItatisanihiciae pos porum, temporr ovide fronteiras, associaram o brilhante conceito à escandinávia como um todo, criaram bus, si odit ist, quae ditatem nos nes dunt iatqui utenis nis et volupiene voum ideal de design escandinavo conhecido de todos pelas suas linhas puras, pelo seu dignatur, quaepro dustibus eatem lupta denduci llaces sinum, occus aut respeito pela natureza e pelo seu profundo bom gosto. E por isso estão no topo e por quis auta aliatiatum net volorerum, volendi blaborem fugiaecupici lá vão ficar. www.finnishdesignshop.com consed que rere occuptature exper-

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maio 2012 / 28 0507 novembro 2012 / 28


CULTURA

JAZZORES O Teatro Micaelense acolhe, de 16 a 18 de Novembro, mais uma edição do Jazzores que, desde 1999, reúne nos açores músicos consagrados do jazz na-

TEATRO MICAELENSE cional e internacional. O programa desta edição conta no dia 16, com a actuação do The New York Ensemble, sábado, 17, Raymond King e Charles Gayle e para

16 A 18 DE NOVEMBRO encerramento, no dia 18, o Lee Konitz Duo. O bilhete diário custa 10 euros enquanto um passe para os três dias de festival cifra-se nos 20 euros.

Mais no SIARAM Estão disponíveis novos conteúdos e temáticas no sítio do projeto SIARAM - “Sentir e Interpretar o Ambiente dos Açores”, novos conteúdos Trata-se de um portal da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar que integra, entre outras informações, as listagens de fauna e flora protegida que ocorrem no estado selvagem nas ilhas dos Açores. No âmbito existem mais informações sobre a erupção vulcânica dos Capelinhos, sobre as fajãs dos Açores, os touros de raça brava, os jardins dos Açores, nomeadamente acerca do Jardim Duque da Terceira e do Jardim do Palácio de Sant’Ana, em São Miguel. O sítio abre um novo capítulo sobre os anfíbios nos Açores disponibilizando imagens e vídeos sobre as duas espécies que aqui existem: a rã e o tritão-de-crista. Fica também disponível o livro “Tritão de Crista em São Miguel” da autoria de Emanuel Machado, editado pela Associação Ecológica Amigos do Açores em 1997. A energia solar e a produção de energia eléctrica por biogás são questões abordadas nesta actualização do SIARAM. Poder saber-se um pouco mais sobre a única erupção terrestre que ocorreu na ilha Terceira após o povoamento, nomeadamente através do Vulcão dos Mistérios Negros de 1761, uma erupção que representa um marco na paisagem do interior da ilha Terceira. Para além de imagens e vídeos sobre este lugar é também publicada uma evocação histórica da autoria de Jorge A. Paulus Bruno. 05 novembro 2012 / 29

10.o edição Saudades dos Açores Realiza-se até 10 de Novembro, a décima edição do programa “Saudades dos Açores”, uma iniciativa que visa proporcionar a cidadãos nascidos nos Açores e emigrados nos Estados Unidos da América, Canadá, Bermuda e Brasil, com 60 ou mais anos de idade e que não visitem o arquipélago há mais de duas décadas, por motivos de ordem económica, o reencontro com a sua terra natal, bem como o contacto com familiares e amigos. Este ano, o programa, promovido pelo Governo dos Açores, através da Direcção Regional das Comunidades, em parceria com a Azores Express e a SATA Express, reunirá 17 participantes, com proveniência dos Estados Unidos, Canadá e Brasil, que terão a oportunidade de visitar os vários concelhos de São Miguel, bem como os pontos de maior interesse turístico e cultural da ilha. Do programa consta igualmente uma visita ao Centro Social e Paroquial de Nossa Senhora da Oliveira onde o grupo participará num convívio inter-geracional no âmbito das actividades daquele centro. O programa “Saudades dos Açores” conta com a colaboração de várias instituições de apoio social na América do Norte, designadamente, o Centro Abrigo, em Toronto, o SER-Jobs for Progress em Fall-River, os centros comunitários POSSO e VALER, na Califórnia e no Brasil, a Casa dos Açores de São Paulo, bem como do Museu da Emigração, Museu Municipal da Ribeira Grande, Cresaçor e da Associação Alecrim Dourado.


CULTURA

Festival Açores 76/77 A Associação Cultural Burra de Milho encontra-se de momento em fase de Pré-Produção de um documentário sobre o Festival Musical Açores 76/77 (mais conhecido por Festival da Riviera), sendo a recolha do máximo de informação importante para fazer jus a esta memória. Para tal, foi criada uma página no Facebook que pretende ser um ponto de partida para a recolha de informação, fotos, vídeos, testemunhos, contributos pessoais e, ao mesmo tempo, um ponto de encontro de espectadores, organizadores, participantes e curiosos do Festival. Se acha que pode contribuir para este pode entrar em contacto com a Burra de Milho através de burra.de.milho@gmail.com, facout@ gmail.com ou 916423836.

“Duas Margens” A revista “Duas Margens” é uma plataforma aberta de divulgação editorial e literária transnacional no âmbito do espaço geográfico e cultural lusófono e ibero-americano. Trata-se de um lugar de encontro e diálogo entre criadores com direito a prémios, congressos, encontros literários e feiras do livro. O acesso é livre e gratuito. http://duasmargens.pt.

Noite de Fados O São Martinho vai ser celebrado dia 10 de Novembro no grande auditório do Centro Cultural e Congressos de Angra com fado, com a presença do artista Marco Rodrigues. Até aos quinze anos, Marco Rodrigues vivia numa aldeia do Minho e pouco sabia sobre Fado. Mas, quando vem para Lisboa com a mãe, o fado entrou-lhe pela vida dentro sem pedir licença. Primeiro venceu a Grande Noite do Fado, no Coliseu de Lisboa e logo em seguida estreou-se como profissional no Café Luso. Espectáculo marcado para as 21H30.

QUINTETO COM PIANO O Auditório do Ramo Grande, na Praia da Vitória, recebe no próximo dia 9 de Novembro um concerto do Quinteto Matosinhos, englobado na Temporada de Música dos Açores. O grupo, constituído por Paulo Pacheco ao piano, Vítor Vieira e Juan Maggiorani nos violinos, Jorge Alves na viola d’arco e Marco Pereira no violoncelo, vai interpretar obras de Maurice Ravel e Dimitri Schostakovich. O espectáculo está marcado para as 21h30.

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OPINIÃO / AGENDA OPINIÃO / AGENDA

CONSERVATÓRIO MÚSICA TEXTO / Rildo Calado

Situado no campus da Universidde Monash na Austrália e projectado pelo atelier americano Safdie Architect´s www.msafdie.com, este novo centro de música e cultura tem como principal objectivo trazer dinamismo à cidade de Melbourne. O espaço pode ser visto de 2 partes: a recepção e lobby, que se encontram no meio de duas paredes convexas espelhadas com o seu enorme átrio que nos oferece um club de jazz, café, restaurante, escritórios, 14 salas de aulas e estúdios de gravação. Grandes treliças de aço e vidro criam uma sensação de interligação entre o interior e o exterior. Do outro lado temos o auditório, um espaço composto por diversas formas sólidas que controlam o nível de luz e som das áreas de actuação, e que dispõe de 500 lugares sentados.

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Mais Visitas virtuais Lores aut quidebis dis nitatem et que pel ime nossequam, officae cesecto etum rae quibus acesto quaspiet faccum iligenimi, sam et, quidebitis antia

TITLE HERE O portal “Cultura Açodolorestibus conseres” (http://www.culquate int entus quo turacores.azores.gov. doluptiatus dolo earum pt ) alargou as visitas rem arum volora vita virtuais a mais dois arum reictissi utatae. Museus dos Açores: Et aborero cone etur, Casa Manuel de Arraicuptatem que comga (Museu da Horta) e moluptas quiae et, veMuseu da Graciosa. liqui accusam facculp A Casa Manuel de Arriaga foi inaugurada

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em Novembro de 2011, depois da recuperação e ariorum vel il es volor simus, core quistib eribus reabilitação da casa onde nasceu e viveu, até aos voluptis earum vendae cum exerum arum quiant. 18 anos, José Manuel de Arriaga Brum da Silveira Ehendit, sinto verovitio. Ut est, ut incid quas inullor que viria a ser, em 1911, o primeiro presidente da estiusa picaboremque nonsed quibearum que est, República Portuguesa. Este equipamento cultural, quiasped eos auditem poreptas doloriti omnimpopara além de fixar a memória de Manuel de Arga do trabalho. riate invellaut expediciis quias mos sam alite quid riaga, representa os ideais e valores republicanos quas ella Lit et qui debis magnates dolupta erfe como um núcleo moderno de reflexão e estímulo à vigor. participação cívica.

07 maio 2012 / 31 05 novembro 2012 / 31

Tem queda para o humor? Já pensou alguma vez que fazia melhor que Xeratem quost “aqueles tipos com autemos dipsam mania que tem piaut imagnam, offic da na televisão”? totatur? Quiditam A Academia de Jualia iducidentia siventude e das Artias millupis et omtes nimda exIlha enisTerceira as eost leva a cabo de 12 eosaper ibeaquo a deipis Novembro ma17del dolor ad uma acção de corforeument, con mação para Escrita ectatiam dolorese de Humor Rádio pratiant quam que TV a cargo volo Web molorro ex et de NunoditessunCosta vit qui Santos. di unte ella nate nobitatem quis Os interessados quossimodia quis devem inscreverdelisci se até dia psapedi 8 atraberitem ilit quis invés dos telefones venis545 consequ un295 700/1/2/3, dignam aut most, pelo email acacum eium de m ifugition a @ c m pv. pt eratur res ipsamus ou pelo site www. eatum etur sapitat cmpv.pt/academia. iaecaep Esta acçãoudaerade fortiatur aditatis nomação terá lugar bitib usante qui as de segunda a sexrersperae latis ex ta-feira das 19h00 exerae. Ipicipitium às 22h00 e sábaque et, quatur res dos das 10h00 às 16h00.


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MADALENA Director: Pe. Manuel Carlos • Sábado - 04 Dezembro 2010 • Ano: 118 • Jornal Diário • N.º 34.321 • Preço (Iva incluído): 0,50¤

Aos funcionários públicos Pag|04

Director: Pe. Manuel Carlos 2010

2009 Director: Pe. Manuel

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Suplemento

Apoios sem custos para o Estado   O presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, assegurou ontem que a medida de apoio aos funcionários públicos aprovada pelo parlamento regional “não custa um cêntimo ao Estado ou aos cidadãos de qualquer região do país”. “Trata-se de uma questão de opções e prioridades”, afirmou Carlos César, em declarações aos jornalistas em Vila Franca do Campo.

última hora. porém, a existência de alterações de pelos seus elementos, os quais salvaguardaram,

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D. António Marcelino pag|09 INVESTIGAÇÃO

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de Formação

N.º 73

pag|02

José do Canto em livro

NO ARQUIPÉLAGO

VERÃO... Sol Calor Mar Luz Liberdade Vontade Querer Ser!

pag|07

Autocarros mais ecológicos > A renovação da frota de autocarros nos Açores iniciada em 2001 já permitiu “baixar para seis vezes menos a emissão de dióxido de carbono para a atmosfera” dos veículos que asseguram o transporte colectivo de passageiros no arquipélago.

  Câmara de Angra investe 20 milhões de euros em 2011.

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Em São Mateus Pag|05

e os Bailinhos de Carnaval foram disponibilizadas

Pesca também para as mulheres   A Associação das Mulheres de Pescadores e Armadores da Ilha Terceira, localizada na freguesia de São Mateus, concelho de Angra do Heroísmo, faz balanço positivo de quase três anos desde o início da sua actividade. Segundo a responsável, Maria Glória Brasil, a instituição, que apostou fortemente na formação e informação de várias temática direccionadas para as mulheres de pescadores, prepara-se agora para desenvolver um projecto na pesca-turismo.

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opunião

> Considerado um visionário da economia açoriana do século XIX, a vida e história de José do Canto acabam de ser compilados em livro, num trabalho da investigação inédito de Maria Filomena Mónica. A apresentação da obra decorre em três ilhas dos Açores. Hoje, é a vez da Terceira.

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5 e 6 de Setembro de 2010 Nº 24 BOLETIM

revistas jornais

O Negrito Gaspar Rosa Director: José Nº 50 Ano XVI –

de Lima

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Boletim Informativo em

gravada Telenovela São Mateus

São Mateus, limpa uma freguesia

Meia Maratona dos Bravos

EDITORIAL

novo Aprovado de Taxas regulamento

é de três de fotocópias pelo reapro- ção taxa devida Freguesia ende euros. A A junta de e gatos varia gisto de cães doença careuros. o novo regulamento contra uma por vou cobradas pela autarquia tre os 0.90 e os 14.40 do da que luta à coe que aguarda taxas dos serviços prestados centro histórico Os custos díaca terminal os cinpelos serviços inicio de 2010. vações no variam entre no Angra do Heroísmo. um novo coração. Eduarda Borpor cemitério os três mil euros. munidades cidade de estreada em e cobradas a Ângelo Meneses, Graça DrumSão taxas A telenovela, a cinco actoregis- co euros à casa mortuária, Sales, os é da ba, Francisco Parreira foram casa Quanto o seu uso serviços administrativos, Março, recorreu cemitério, devida sobre e a 65 figurantes mond e Judite seleccionauso do tro de animais, jogos e taxa res locais da históPor fim, o terceirenses campo de com alguns de 25 euros. entre os con- actores mortuária, ilha. A protagonista de jogos varia a união Lobo Antunes, como dos para contracenar Fotografia: outros serviços. cobrada pela campo 45 euros, mediante ria, Paula protagonistas. os com actores dos principais 65 figuranAssim, a taxa certi- 10 e de uma caução e o tracena Pereira, Rogério Foram recrutados o quadro de atestados, de um apresentação São Mateus José Carlos é de 250 euros. O Porto de para preenchermaioria com- emissão Martelo e Delfina Cruz. para tes dões e declaraçõesa certifica- no valor Quinta do sendo a escolhido mês Samora sobre espaço da piscatório, da fregueno passado o local foi euro e a taxa por habitantes aldeia piscatória, foram palco, das gravações da da posta recriar uma de Fevereiro, telenovela do mote à história sia. dando o de 17 uma pescadora mais recente Paixão. previstas cerca das Mar de Junho, estão gra- protagonista, canal TVI, do mês de com um resumo realizadas Até ao princípio em São Mateus. Fique Também foram acompanhá-las. corda, para poder touradas à já programadas que estão Datas a de Maio Local No primeiro Serreta e São 10 Julho a Tipo de promovido estrada entre Capitão-Mor Canada do a encher-se no concurso do Ambi11 Julho tem guesia Mateus voltou e andariRegional Capitão-Mor corredores de Freguesia pela Direcção Canada do corajosos A Junta edição da 28 Agosto um trabalho o Eco-Freguesias. de todos vigésima Touradas lhos, na Bravio vindo a cumprirtornar São Ma- ente, também, dos Bravos. o Depende, para 29 Agosto Meia Maratonano campo de joe melhorarmos persistente conotada não tradicionais freguesia Bravio nós mantermosÉ com o esforço de Com meta teus numa 1 Maio feito. e com o asseio. alcan- gos, os quase 21 quilómetros Capitão-Mor com a limpeza contribuído, ao trabalho conseguiremos por 39 atletas. Canada do todos que 22 Maio cuja importân- foram galgados e Ângela ArruPara isso têm protocolo tempo, o çar este galardão, acima de Paulo Marques Largo da Igreja vencedolongo do 3 Junho com a Câmara está relacionada, prémio de da foram os grandes com estabelecido angra do Heroís- cia Cantinho organizado com o melhor de 5 Junho da fre- tudo, termos uma freguesia res do evento, do Grupo Baile Municipal limpeza diária todos: Terreiro a colaboração limpa. mo para a Bezerrada a Regional Terceiren6 Junho da Canção que a verdadeiramente guesia. dia 20 de Março, Terra do Pão o serviço No passado Gê-Questa se. de Além disso, participa7 Agosto ambiental na recolha orla Paralelamente, Biscoitinho limpeza da na décijunta presta tem-se provado associação a cabo uma 26 Maio num na iniciativa ram 31 concorrentes resíduos sólidos e decisiva para levou integrada Terreiro A Gê- ma edição da caminhada, a útil à população de sucatas e marítima Limpar Portugal. 1 Junho atletas a cruzar imagem em parceria total de 70 Em nacional Terra Alta eliminar a de jogos . beira da estrada. 2 Junho Questa trabalhou de Escutei- meta do campo monstros à transportadas com o Agrupamento Terreiro os Escode resí2009, foram 497, com Touradas 13 Agosto toneladas Marítimos com a Junta Porto cerca de 10 e detritos para o ros Portugal, Tradicionais empresa 14 Agosto do teiros de duos sólidos e com a de Angra Freguesia Porto que deAterro Sanitário esforço exclu- de mostrando 31 Maio num de nós a já que Floriazoris, Heroísmo, Cantinho cada um de freguesia pende de sivo da junta Vacada em não é protocolado limpeza da freguesia. de lixos em este serviço entidade. em cerrado Fazer separação lixeiras ilegais o brio com nenhuma denunciar São MaMais recentemente, esforços casa; Vamos tornar feito e nos levaram baldios... Eco-Freguesia! no trabalho numa de limpeza a fre- teus constantes inscrevesse a que a Junta

boletins e muito mais

Touradas

Órgãos Autárquicos

EDITORIAL 185 anos da freguesia

a 183 anos em que foi elevada da Terra Chã da Terra Chã vai comemorar os No dia 6 de Setembro a Freguesia que independente. freguesia comemorações do Dia da Freguesia Caros cidadãos, mais um aniversário vão decorrer, pela 18.ª vez, as este se aproxima. Chã,evento assinalar da Terra Para dia 7. da freguesia dois no primeiro domingo de Setembro, dois tradicional, é alberga formatojáque Este ano numcomo acontecem, das obras que efectuamos nos que se pretende novidade marcamos esta data com a apresentaçãoe o novo miradouro com vista para dias festivos, é habitual, também Como do Alto das Lages manter, sendo uma aposta do programa das Veredas: o antigo miradouro miradouros eleitoral do Partido Social Democrata. ainda O início deste mandato não foi nascente. importantes projectos arranquem temos vindo a trabalhar para que à vida da autaro pulso melhoramentos tomado fácil, destes além Para de quia, verificou-se que parte da obra ano. do nosso Bairro Social, da neste estava requalificação do Largo da Igreja à e urgente obra de requalificação necessária o referirmo-nos que veio condicionar Estamos do Heroísmo. por pagar,asituação e da Câmara Municipal de Angra nós Tivemos Regional Governo doJunta normal andamento da das habitações, a necessidade de responsabilidade que dos projectos em que se encontra a maior parte abdicar de de degradação situação a alguns verdade, a necessidade da renovação de Na que nos propunhamos para pagar o montante aos actuais agregados familiares, habitações adequadas é de ruas e espaços de construírem se que estava em dívida. Uma situação que de dotar todas as habitações espaço que seria a necessidade de esgotos, porqueeo dinheiro de águas desagradável rede central do bairro, dotando-o de um do nosso prograa necessidade de modificar o local apropriados, para utilizar nos projectos levou-nos a considerar este estacionamento tiveram que ser adiados, foisociais que promovam o seu desenvolvimento, ma eleitoral, com equipamentos amplo dívida mais usado para saldar o montante em na Freguesia. como 1.ª prioridade do Largo da a realizar investimento NOVO ELENCO AUTÁRQUICO das obras de requalificação

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Igreja. A novidade nesta comemoração dos 185 anos de existência como freguesia, dias. é o facto de ser festejado em dois Pretende-se assim dar maior intensidade na e importância que deve ter este dia freguesia e para os seus habitantes. feita No dia 5 de Setembro, a aposta é que com um programa intenso e variado, Fonte decorrerá por inteiro na Quinta da ponto Faneca, ou tendo pelo menos como local. de partida e chegada esse mesmo O programa contempla variadíssimas o maior componentes, tentando abranger da número de preferências da população Terra Chã. No dia 6 de Setembro, a festa será concentrada no Largo da Igreja, com o indispensável bolo de

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elegeu nas últimas eleições A Junta de Freguesia da Terra Chã, pelo Partido Social Demoautárquicas, novo elenco, que foi eleito desta tomada de posse à volta crata – várias foram as peripécias perdido, a tomada de (mas após algum tempo desnecessariamente posse tornou-se efectiva).

O elenco autárquico ficou assim distribuído: Presidente: Rómulo Ficher Correia Secretária: Sandra Maria Viegas Borges Tesoureiro: Bruno Miguel Ferreira Fagundes

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Assembleia de Freguesia:

animação musical, Silva Presidente: Jorge António Ávila da aniversário e uma surpresa no final. da Silva O Dia da Freguesia, reúne grande 1º Secretário: Paulo Manuel Correia Festa número da população desta localidade, 2º Secretário: Durval Henrique Melo Francisco Severino sendo de realçar o almoço de confraterniem que nos de Reis Leonardo Lourenço; sempre do Governo Regional Vogais: Elvino Elsa Maria zação que a Junta irá servir, sendo é outro investimento da Terceira dos Santos Bertão; José Luís Tecnológico levam o Trata-se, com Parque Bettencourt; famílias que Matos várias da Universidade. O projecto de saudar asdo nos terrenosFernando Terra Chã, Linhares Rosa; Paulo agradável naqueleser implementado na da e se juntampara seu “farnel” Rocha Freitas,jáUlisses empenhado temos se encontra em elaboração, abrangendo freguesia queSoares. e desfrutando de toda relevo para aSérgio espaço, Corvelo uma iniciativa de grande deconvivendo efeito, nas áreas das novas tecnologias. excea ambiência de um local que é por de âmbito local e regional com intervenção privadas e estar e saudável públicas do Largo de Belém (Largo da de bem entidades lência promotor freguesia será a obra de requalificação por uma em relação ser elaborado convívio. importante para a nossa projecto àa Junta Também seuchegado estando otêm reclamações a corrente ano, ainda noAlgumas início o seutoda teráconvidar obra quepara Igreja)Aproveitamos da da Fonte Faneca até aos Chã, população a comparecer na Quinta à limpeza na zona da calçada Freguesia da Terra técnica. Largo equipa bem estar e aqui Fonte Faneca e no dia seguinte no para o progresso a notadade que a limpeza deixamos temos de trabalhado sempre um usufruir Miradouros, que para forma aproveitando É desta da Igreja, para com a freguesia. Câmara Municipal convívio. os compromissos que assumimos um saudável assim nessa zona é da responsabilidade da cumprindo

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Sábado, 1 de Setembro de 2012

Médicos preocupados | pág. 07

Semana Educativa | pág. 05

Na Turquia | pág. 04

A UNIÃO Director: Marco de Bettencourt Gomes

• Ano 119 • Jornal Diário • nº 34.837

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CDS-PP, afirmou qualidade de vice-presidente do de antecipação” à Lusa que se trata de um “esforço no âmbito dos apoios destinados ao sector agrícola, de compensação das medidas agro-ambientais e decidiu pagar pelas intempéries que o executivo pág. 06 mais cedo.

Sociedade Musical Recreio da Terra Chã 17 de Junho de 2010 21H00

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pág. 03

AIS ANTECIPADO DE AJUDAS AGRO-AMBIENT

antecipado O Governo iniciou ontem o pagamento no valor de ajudas agro-ambientais aos agricultores, a ministra da de 13,7 milhões de euros, anunciou uma visita Agricultura, Assunção Cristas, durante às ilhas do Faial e do Pico, nos Açores. ao arquipélago na Assunção Cristas, que se deslocou

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