Reflexões
Oqueéumareflexão?Podeserentendidacomoumatodepensarsobresimesmo e sobre o mundo, sendo um ato do conhecimento na direção de buscar o sentido da existência. Nesse aspecto, pretende ser uma observação atenta e profunda, oral,escritaouvisual,quemotiveummeditarnaprocuradealgumentendimento
Refletir está associado a um ponderar que demanda raciocínio, observação, análise, estudo e a manter todos os sentidos em alerta. Consiste em caminhar rumo à construção de uma trajetória na qual seja possível perscrutar mais e melhormotivaçõesdeaçõesetransformações.
Nesta exposição, cada artista realiza o seu percurso Adriana Gambarinni lida com a multiplicidade de imagens; Adriana Scartaris, com as ambiguidades da artista visual Frida Kahlo; Cris Marcos, com as fascinações da tridimensionalidade; Ismênia Barreiros, com a dialética do horizonte; Juné Ferreira, com múltiplas abordagens do heroico Capitão América; Monica Vianna, com ordens e desordens; Paulo de Tarso Hardt, com pesquisas de formas e cores; Thiago Prado, com significados e simbologias de janelas; Tuka Martins, comcriaçõesqueressignificamsentidosdanatureza;eViniciusdePaula,comos movimentosdocorpo
Cada reflexão proposta, portanto, constitui uma ajuda motivadora para que cada um mergulhe nas próprias ideias e sentimentos. O objetivo é criar saudáveis estranhamentos que levem a reexaminar supostos conhecimentos consolidados para encontrar faces ocultas do viver. Elas estão na psique de cada indivíduo, nas relações entre os indivíduos, nas entranhas da sociedade e nos deslumbramentosgeradospelanatureza,pelouniversoepelaprópriaarte.
OscarD'Ambrosio (@oscardambrosioinsta)Pós-Doutor e Doutor em Educação, Arte e História da Cultura, Mestre em ArtesVisuais,jornalista,críticodearteecurador.
PROJETO GRÁFICO
CRÉDITOS DAS IMAGENS
ADRIANA SCARTARIS
OSCAR D’AMBROSIO
ADRIANA SCARTARIS
ADRIANA SCARTARIS
COLETIVO 284 BRASIL
ARTISTAS PARTICIPANTES
ADRIANA GAMBARINNI
ADRIANA SCARTARIS
CHRIS ACYOLI
CRIS MARCOS
ISMÊNIA BARREIROS
JUNÉ FERREIRA
MONICA VIANNA
PAULO HARDT
THIAGO PRADO
TUKA MARTINS
VINICIUS DE PAULA
SobreoprojetoAGALERIA
A “A GALERIA” possui 20 espaços externos que exibirão artes de artistas selecionados através de um edital público e participar artistas de qualquer região ou partedoBrasil.
Com a consultoria de Dirce Abreu e direção de arte de Rogério Amancio, as culturas locais indígenas e quilombolas também serão prestigiadas com objetos de design e cantos recheados de ideias para sua casa, para seu barco, escritório ou seu ninho, paraespalharariquezadenossaarte.
Todos os objetos de arte serão expostos e ofertados para compradores e divulgadores com o objetivo de divulgar o maior evento gratuito de arte para os artistasdoBrasileapoiaremtodosospassosdoartistanesteprojeto.
SobreaidealizadoradoProjetoAGALERIA-DirceAbreu
Empresáriadasartesedacultura,mineira,radicadaemSãoPaulodesde2003,Dirce Abreu, 62 anos, ao passar por Ubatuba em julho de 2020 resolveu pousar. Como ela mesma diz: “cai de paraquedas em Ubatuba e amei. O “paraquedas” pousou na praia do Lázaro, a lua estava em sua fase de lua cheia e céu estrelado. Senti vontade de plantar algo mais relevante com a expertise adquirida ao longo de minha carreira na áreaculturaleprojetosartísticos.”
Dirce sempre foi apoiadora das diversas formas de cultura na cidade de São Paulo, emUbatuba,analisouoentorno,conheceuosvizinhos,pesquisouospontosfracose fortes e resolveu abrir uma filial. Agora, 2 anos depois desse pouso, corajosamente decide empreender em uma Galeria de Artes, design, roupas e experiências, então convidouRogérioAmâncio,paraserseuassociadoeassumiradireçãodearte. «Estamos rodeados de marinas e o mundo náutico é nosso vizinho. O local tem uma vista singular, nascer da lua, oceanos, barcos e elegância, bom gosto, diversidade, beleza,luxo,simplicidade, diversãoeespaçoparasuaimaginação.”,comentaaempreendedora.
Sobrea284Gallery
Galeria com sede em Lisboa que tem como uma das fundadoras Adriana Scartaris e promove conexões entre Brasil e Portugal criando oportunidades para artistas e criativos alcançarem o mercado europeu. Já com várias exposições também no Brasil, a 284 Gallery apadrinha o Clube de ArtistascomproduçãodeexposiçõesepromoçãodosmembrosdoClube
SobreoClubedeArtistas
Grupo de artistas independentes fundado por Adriana Scartaris em 17.09.2019 com o propósito de fomentar o mercado de arte e fortalecer artistas independentes abrindo oportunidades para exposições,mentoriasepromoçãonoBrasilenaEuropa.
Realizadas
Entreasaçõescomparticipaçãodeartistasdogrupoestão:
ExposiçãoResistênciadaArte–SãoPaulo/SP–ArtGallery(set-out.2020)
PrimeiraColetivadoClube–SãoPaulo(7–18out.2020)–50artistas
Exposição“Imperfeita”–Lisboa–284Gallery(maio-junho2021)–10artistas
Exposição“Imperfeita”–SãoPaulo/SP(23set.–30out.2021)–10artistas
Exposição“Imperfeita”–EmbaixadadoMéxico/Brasília(5nov 2021–28fev 2022)–10artistas
Exposição“Imperfeita”Lisboa–284Gallery(8marc -8abr 2022)
ExposiçãoAArtedeViajar–SãoPaulo/SP–CasadeCulturaOdisseia(11-30junho2022)–35artistas
ExposiçãoAArtedeViajar–Cravinhos/SP–CentroCulturalChafiMiguelSalomão(5-29julho2022)–32artistas
Exposição A Arte de Viajar – Ribeirão Pretos/SP – CFH Galeria (2ago - 30 set. 2022) – 32 artistas
ExposiçãoIdentidade–284GalleryVirtual–(10out.2022–10abr.2023)–19artistas
Confirmadas
ExposiçãoAArtedeViajar–Sertãozinho/SP–MuseudaCidade(6.fev-31mar.2023)–32artistas
ExposiçãoAArtedosArquétipos–Sertãozinho/SP–MuseudaCidade(20abr.-16jun.2023)–25artistas
SobreaCuradoraAdrianaScartaris
Graduação em Desenho Industrial e Artes Plásticas pela FAAP-SP. Ao longo dos 37 anos de carreira acumula especializações em História do Design, Ilustração, Terapias Espaciais, Tecnologia na Arte, Cool Hunting, Curadoria, entre outras. Atua como designer, artista plástica, mentora de artistas e designers,produtoraculturalecomogaleristanacidadedeLisboa. Responsável pelos perfis no instagram @adrianascartaris @adrianascartaris.arte @clubedeartistasoficial@coletivo284brasil@284gallery e-maildecontato:adrianascartaris@284gallery com
SobreoCuradorOscarD'Ambrosio
Graduação em Jornalismo pela ECA-USP e em Letras pela Universidade Mackenzie. Especialização em Literatura Dramática pela ECA-USP, mestrado em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Unesp e doutorado e pós-doutorado no Programa de Educação, Arte e História da Cultura da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como curador, crítico de arte e como autor de livros e textos para catálogoseapresentaçõesdeartistasvisuais.Responsávelpelapáginawww oscardambrosio com.br epeloInstagram@oscardambrosioinsta e-maildecontato:odambros@uol.com.br
ADRIANA GAMBARINNI @adrianagambarinni
A maior capacidade da arte está em criar novas visões da existência. Adriana Gambarinni toma assim Frida Kahlo como o paradigma das múltiplas possibilidades que a jornada vivencialnostraz.
A artista mexicana funciona c o m o u m d e t o n a d o r d e imagens,históriaseemoções.É i c ô n i c a , p o r e xe m p l o , a representação que a pintora fez da sua coluna partida, mas a grandiosidade dessa obra está menos na dor e mais na maneira como evoca as fragmentações que temos em nosso interior
Não se trata apenas de partes do corpo quebradas. O que ela pinta são almas rotas em seus sonhos e em suas capacidades de seguir em frente Acima de i d e o l o g i a s p o l í t i c a s o u significadossimbólicos,
Acima de ideologias políticas ou significados simbólicos, A d r i a n a , n o s r o s t o s d e inspiração cubista, traz uma Frida Kahlo plena daquilo que tem de melhor: a sua capacidade de compartilhar visões de mundo intensas que representam as alegriasedoresdomundointernodecadaumdenós.
Oscar D’Ambrosio
título: medidas: técnica: ano: Ideologia 139x94cm Acrílica sobre tela 2021
título: medidas: técnica: ano:
ADRIANA SCARTARIS
Dual entre o sagrado e o profano, entre o bem e o mal, entre a guerra e a paz, entre o divino e o mundano..
Nem santa nem demônio, capaz de sentir na pele e na alma todos os prazeres e dores do mundo, consegue decidir baixar as armas diante da guerra eterna e, com os olhos cheios de cansaço e esperança,olharparaasentranhasdoserqueaespreitaefazerpensarquealutaagoraéoutra.
«Dual como toda mulher I» é a primeira obra da Trilogia «Imperfeita» que retrata Frida Kahlo em trêsmomentosnamesmaimagem:Aos18anos,aos40anoseaos90anos.
Q R c o d e - R e a l i d a d e A u m e n t a d a
FaçaaleituradoQRCode Vocêirá paraosstoriesdoseuinstagramcomo filtro «Dual» aberto. Aponte a câmera para a imagem da obra e surpreenda-se!
A obra lida com as dualidades da artista mexicana que se manifestam em toda mulher. É possível encontrar o delicado colibri, associado à sensibilidade e à alma, mas em preto e branco, assim como o revolver colorido e as balas na cintura. O felino, no canto inferior esquerdo, alerta para um lado que nem sempre os seres humanos gostam de revelar ou que seja revelado. Existe na criação da imagem o conceito de que não há pessoas perfeitas Predominam ambiguidades, ambivalências e interpretações daquilo que a cada um faz e pensa. Neste século XXI, muitas das questões de Frida Kahlo permanecem. São colocadas de novas maneiras, mas indagam o papel da mulher na sociedade, seja ela artista ou não, vivenciando alegrias, prazeres, dores e preconceitos. Serdesconfiadogatoouespiritualcolibrieusararmasoufloresdependemuitodecadasituação.
OscarD'Ambrosio
medidas: técnica: ano:
CHRIS ACYOLI
É nos detalhes que as obras de arte revelam a sua potência. Nesta escultura, por exemplo, há uma série de elementos visuais que potencializam caminhos de interpretação. Um deles está nas asas, que apontam a capacidade individual de cada um se abrir para voos no espaço da existência. O conceito de liberdade, mencionado no título, é outro dado a ser considerado como pista de leitura do trabalho, pois é nas oportunidades de desenvolver pensamentos que a arte se realiza em toda a suaintensidade,indicandoqueoselosentreopensareoproduzirpropiciamumajornadailimitada. Apersonagempareceestarmeditando—eéjustamentenosilêncioenabuscadocontrolesobreos demônios interiores que se torna possível um equilíbrio emocional interno, muitas vezes levado paraumacriaçãoplástica.Issopermitequeaemoçãodosentireacapacidadedefazerescolhasno atodegerarumtrabalhocaminhemjuntas.Osbraçoseaspernascruzadasindicamumacontenção de emoções. A liberdade é viável, mas demanda cuidar da própria saúde mental para que se reúna energia para erguer o corpo. Assim como a lagarta se resguarda no casulo antes de viajar como borboleta,oserhumanocresceaoreunirforçasparairnadireçãodoquealmeja.
título: medidas: técnica: ano:
Liberdade - O Meditativo
51cm X 25 cm X 33 cm
Bronze patinado sobre base de madeira
2021
@crismarcos.arte.ceramicaterrae
CRIS MARCOS
O meu processo criativo tem a natureza como ponto de partida não apenas como temática, mas também com seus aspectos formais, como composição, linhas, formas e cores. Questões sociais, como as dos povos originários, ou ambientais, como a preservação dos biomas e animais, estão no escopodeminhasobras.Desenvolvoumapesquisaemcerâmicautilizandodiversificadastécnicas de modelagem manual e corantes minerais para evidenciar formas orgânicas que, com a interação comofogo,instauramesculturasdiferenciadas.
A referência para criação desta obra e título foi o pássaro Cotinga-Cayana. Esse pássaro tem como costume pousar solitário e seguro no alto dos galhos das árvores da floresta amazônica, passando longos períodos da manhã observando a verde imensidão. O nome científico Cotinga é um nome indígena tupi para um pássaro colorido e brilhante da floresta e as cores dos esmaltes cerâmicos utilizadasnaescultura,aludemcomgrandeprecisãoaobrilhoecordaCotinga-Cayana.
Quando se pensa em processos criativos de forma geral, a simplificação costuma ser a melhor resposta. Nesse aspecto, a presente obra trabalha com as formas e a coloração, por meio de esmaltes, para transmitir a delicadeza de uma manhã, em uma tentativa de levar para a cerâmica uma expressão da natureza.O ponto de partida é uma referência do mundo real, o pássaro cotingapintada (Cotinga cayana (L.)), também conhecida como anambé-azul, bacaca e curuá, muito presente na Amazonia. A ave possui cerca de 20 cm de comprimento e tem o hábito de pousar solitárianoaltodosgalhosdasárvoresdaflorestadaregião.Passaassimlongosperíodosdamanhã a observar a imensidão verde. As cores dos esmaltes cerâmicos utilizados na escultura aludem às cores e ao brilho da ave São assim estabelecidos elos entre aquilo que a natureza oferecee o que a arteconseguemanifestar.Aobraéapresentadaassimcomoumaexpressãosintéticadaquiloquea artista deseja dizer Há, portanto, elos entre o que o mundo oferta, em termos de visualidades, e as transformações realizadas. Elas decorrem não só pelo conhecimento técnico e pelas informações obtidasviapesquisa,maspelainquietaçãoecuriosidadepermanentes.
Oscar D»Ambrosio
título: medidas: técnica: ano:
Manhãs de brilho e cor
28 altura x 19 largura x 9 profundidade
Escultura em placas de Cerâmica de Alta Temperatura esmaltada e queimada em 1220º - cone 6 2021
ISMÊNIA BARREIROS
Aobrafazreferênciaaosinstantesemqueocéupróximoaohorizontetomaumacorgradiente, noexatoinstanteemqueosolpoente,encontra-seescondido.Emespecialnoverão,opôrdo sol brasileiro nos proporciona espetáculos de cores nos tons laranja, vermelho e dourado. Inspirado nestes momentos, o processo criativo mergulha na energia da cor em movimento e estabelece caminhos visuais com uma dinâmica própria que ganha forma e significado ao ser livrementeinterpretada.
O poeta norte-americano Ralph Waldo Emerson apontava que as mãos, entendidas como extensões do corpo humano, teriam a capacidade de realizar aquilo que o coração imagina. Esa concepção do romântico poeta ganha dimensões mais amplas quando se pensa que, na arte abstrata,apesquisacmformasecorespermitemumamplolirismo.Nessalinhaderaciocínio,cada novo trabalho ultrapassa o anterior dentro de uma perspectiva de sempre buscar novas maneiras de expressar percepções de mundo levando em conta que o mundo conhecido considerado real pode ser a referência a ser desconstruída e erguida sob novos olhares.Esta obra, por exemplo, apresenta uma maneira de ordenar o caos interno existencial de maneira a conceber aparentes erros ou acasos em momentos essenciais de construção visual. O lidar com tinta acrílica e folha de ouro, nesse aspecto, conduz a experimentações permanentes de exploração de múltiplas possibilidades.O mergulho em uma linguagem, como ocorre no presente caso, é uma forma de dar profundidadeaumabuscaindividualqueseconectacomocoletivodasociedadeecomasrelações possíveiscomanatureza,nãoentendidacomoumarepresentaçãodeumreferente,mascomouma professoraderelaçõescromáticasemateriais.
Oscar D»Ambrosio
título: medidas: técnica: ano: Crepúsculo 120x80cm
Acrílica e folha de ouro sobre tela 2022
JUNÉ FERREIRA
Arte com efeito decorativo, que após alguns experimentos, cheguei a este resultado No claro, o CapitãoAmérica, noescuro, aAmérica.
Super-herói de histórias em quadrinhos americanos publicado pela Marvel Comics, o Capitão América, ponto de partida, deste trabalho, foi criado por Joe Simon e Jack Kirby. O personagem foi publicado pela primeira vez em 1941 como um patriota a lutar contra o Eixo (Alemanha, Itália e Japão) na Segunda Guerra Mundial.A sua roupa alude à bandeira dos EUA e sua principal arma é um escudo quase indestrutível, feito de uma liga de metais fictícios (adamantanium-vibranium), com o qual se protege e que que lança sobre os inimigos. Ironicamente, nesta obra, sob luz negra, surge a i m a g e m d a A m é r i c a a s e r protegida.Na versão original, ele é o alter-ego de Steve Rogers,um jovem franzino que atinge a maior perfeição já atingida por um ser humano graças à aplicação de um soro experimental que o torna um super soldado a proteger a América, como os americanos chama os EUA. Perto do fim da Guerra, ele ficou preso no gelo, em estado de animação suspensa, até ser revivido O diálogo entre o lado heroico solar e os aspectos mais sombrios é contemplado nas maneiras de ver a obra pelo uso da luz. Analogamente, cada um de nós tem, de acordo com a situação, suas dimensõesmaisclarasesombrias.
título: medidas: técnica: ano:
Capitão América (sob luz negra) 120x100cm
Acrílica, fluorescente e pastel sobre tela 2022
Oscar D’Ambrosio
título: medidas: técnica: ano:
Capitão América (sob luz natural)
120x100cm
Acrílica, fluorescente e pastel sobre tela 2022
MONICA VIANNA
Existe uma teoria que diz que o caos é necessário, pois é movimento- e movimento é mudança. "Entre dois mundos" pode, talvez, falar sobre isso. Há vários caminhos, ferramentas, para nos reconectarmos com a nossa essência, mas não proponho mudança, mas sim a integração dos seus dois mundos, das suas vivências, por meio da Sabedoria, para que você possa como viajante desímesmoacessar omagníficolugarquecoabitadentrodeti.
A cor é um elemento essencial na obra de Monica Vianna. Trata-se de uma forma de expressão que cria geralmente uma relação direta entre a artista e o público. Nesse sentido, a disposição e o uso das tonalidades auxiliam a criar diversas atmosferas, que geram encantamento A mágica se dá na jornadapelaqualoartistarealizaassuasescolhasepelamaneiracomocadaobservadorasrecebe. A força da arte abstrata vem justamente da intensidade visual que comunica uma percepção de mundo e contribui para indicar caminhos para a composição final. Uma questão importante nesse tipo de trabalho está na capacidade de levar as ideias para a tela. É um exercício progressivamente aprimorado ao longo da carreira. Outro fascínio da abstração está no fato de ser possível encontrar formas concretas na expressão visual mesmo quando essa não seja a intenção do artista. Neste trabalho, por exemplo, existe a sugestão de uma verticalidade que pode indicar certas interpretações ligadas a conceitos de caos/cosmos ou ordem/desordem O mais importante, porém, é mergulhar nos caminhos autônomos que cada criação propicia como uma interpretação plásticadosentimentodeestarnomundo
Oscar D»Ambrosio
título: medidas: técnica: ano:
Entre dois mundos 100x80cm
Mista e folha de ouro sobre tela 2022
PAULO DE TARSO HARDT @hardt.e.oficio
Pontessãocaminhos.
Viver é equilibrar-se entre a razão e a emoção Transitar por esses polos que nos definem A troca entrecadaumdeleseoconsentimentoparaqueissoaconteçadefinemnossoshorizontesinternos e consequentemente como podemos ver os horizontes externos que nos cercam. Ter esse caminhar em direção à eles é uma decisão que cabe a cada um, mas sem dúvida o equilíbrio entre cada extremo dessa ponte é o que pode nos fazer ir à frente ou ficar-se parado em um extremo apenasaadmiraroquepoderiaserooutrolado
Pontesconectam.
título: medidas: técnica: ano: Pontes 60 x 90cm mista, acrílica, aquarela e marcador sobre tela 2022
@iamthiagoprado
THIAGO PRADO
Algumas obras de arte partem de conceitos, outras se embrenham no fluxo de emoções. Mas toda ideia que pulsa carrega consigo (e pode provocar) emoção.Para "Janelas Decoloniais" parti de algumasquestõesque,poróbvio,metocam.Setodaculturaéimaginada,comoafirmaStuartHall,o que é ser latino-americano? Quais imagens compõem essa identidade no meu imaginário? Até onde estou preso ao estereótipo criado pelo colonizador? Que no diálogo com o espectador, esteja elenumlugarououtrodatensãocolonizadoxcolonizador,possamosimaginarereimaginaroqueé serlatino-americano
Paul Gauguin apontava que, na arte, haveria dois amplos caminhos: ser um plagiador ou um revolucionário.Nessaconcepção,otítulodestaobrapermitealgumasreflexões.Umadelasestáno próprio título, que traz duas palavras muito importantes, tanto individualmente como conjuntas.A “janela” em si mesma é um indicativo de receptividades e de aberturasparaas influências que cada um de nós pode receber daquilo que está do outro lado, onde há alguma espécie de luz. Evoca as possibilidades daquilo que nos atinge, mas também do que emanamos, sendo um portal para o inconsciente ou para assumir a consciência.O termo “decolonialismo”, por sua vez, remete a uma escola de pensamento vinculada a um posicionamento latino-americano, africano, asiático ou de países da Oceania de se libertar de visões de mundo eurocêntricas. Isso significa um caminho de resistência e desconstrução de padrões, conceitos e perspectivas impostos pelos colonizadores em uma perspectiva associada a valores considerados modernos, capitalistas e civilizadores.A imagem trabalha com diversas possibilidades de visões e de interpretações dentro de uma perspectivaemqueasjanelassãopermeáveisainfluênciasdaquiloqueestádeumladoedooutro; e o decolonialismo demanda uma reflexão permanente daquilo que se produz e de como isso é lido pelosindivíduosepelasociedade
Oscar D»Ambrosio
título: medidas: técnica: ano:
50x50cm
Arte digital sobre canvas 2021
TUKA MARTINS
A arte é o meu nutriente vital. Fazer arte me impulsiona a entrar em contato com minha essência. Com meus registros ora por fotografia, desenho de observação, cego, do natural, imaginação e oníricos, me aproprio para construir a pintura, utilizando diferentes técnicas e suportes. Meu olhar segueanatureza.
A observação mais precisa das formas e cores que os reinos mineral e vegetal oferecem tem sido umdosmeuscaminhos. Minha maior inspiração vem da natureza, do campo, do mar, da diversidade das plantas, flores e pássaros.Asensaçãodomovimentodeespalharsementeséoquemedásentidoavida.
A arte funciona como a natureza. É do vicejar interior de cada artista que brota uma energia que se manifesta em diversas técnicas. Muito mais importante do que o assunto escolhido é a maneira como a poética visual de cada um se manifesta em busca de respostas para perguntas interiores numa caminhada por distintas veredas de expressão.A jornada de Tania Martins se dá por ritmos plásticos que se articulam na forma da utilização das cores e tonalidades. Seja em uma temática mais ligada à natureza, como ocorre nesta obra, com sementes, flores e frutos, ou por obras mais abstratas, existe uma construção visual caracterizada por composições com características peculiares.Entre elas, pode-se destacar a expressão visual do mundo marcada por uma liberdade formal apresentada pelo lidar com a tinta acrílica, a aquarela ou a têmpera. É mantida, acima de tudo, a devoção ao ato de germinar formas e ideias. Dessa maneira, a produção, semeada pelo estudo e regada pela intuição e sensibilidade, frutifica.Os trabalhos que a artista gera conversam entre si justamente por serem viscerais. Provém de uma força primal da natureza, a da sobrevivência. A arte traz em seu bojo exatamente essa potência de nos mostrar que, no ato de criar,sempreháumrenascereumareinvenção.
Oscar D»Ambrosio
título: medidas: técnica: ano:
Sementes, flores e frutos VII
100x100cm
Acrílica sobre tela 2019
@depaula.vinicius
VINICIUS DE PAULA
Esta obra é um tributo à arte da dança e da coreografia. Rituais pagãos de adoração à terra e à natureza,ondeumavirgemescolhidadançaencenandoasuaprópriamorte Nestecasoocenárioé umanoitesemluanapraia.InspiradanacoreógrafaPinaBauscheaSagraçãodaPrimaveramúsica deIgorStravinsky.
Ao estrear em 1913, a “Sagração da Primavera“se tornou um marco na história da arte de todos os tempos É a obra mais famosa do compositor russo Igor Stravinsky (1882-1971), composta especialmente para musicar a peça de balé homônima produzida pela companhia do empresário Sergei Diaghilev.Coreografada e estrelada pelo célebre Nijinsky, a obratem duas seções principais (“A Adoração da Terra” e “O Sacrifício”). O eixo da narrativa é um ritual visceral em que uma jovem virgem é sacrificada para o Deus do Sol. Ela deve dançar até a morte para comemorar o início da primavera e garantir boas colheitas para a tribo Em 2020, no momento em que os países começavam a fechar as suas fronteiras pela pandemia, um elenco de 38 bailarinos de 14 países africanos se preparava para uma turnê mundial que tinha como base a coreografiada “Sagraçao da Primavera” realizada, em 1975, pela internacionalmente reconhecida Pina Bausch (1940 - 2009). Florian Heinzen-Ziob captou o último ensaio, realizado, por segurança, em uma praia no Senegal, de onde o grupo partiria, e o transformou no filme “Dancing at dusk – a moment with Pina Bausch’s The Rite of Spring” (2021). Vinicius de Paula traz, nesse contexto, a sua visão de uma das mais expressivascriaçõesdaHistóriadaHumanidade
Oscar D»Ambrosio
título: medidas: técnica: ano: