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Herança do samba

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Hora livre

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A bailarina, atriz e jornalista Pâmella Gomes celebra 10 anos como rainha de bateria da Tom Maior, tradicional escola de samba paulistana

POR HELENA CARDOSO

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PÂMELLA GOMES É CRIA DO SAMBA. Filha de Simone Gomes e Jairo Silva – o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Tom Maior, escola de samba paulistana com sede no bairro do Sumaré – ela havia acabado de aprender a andar quando deu seus primeiros passos na Avenida. “Meu primeiro desfile foi aos 3 anos de idade, na ala das crianças. De lá para cá, fui crescendo junto com a escola, fluindo por diversos setores”. Agora, aos 30 anos, Pâmella comemora sua primeira década como rainha de bateria da agremiação, em mais um desfile em família.

“Meu tio Carlão é o mestre de bateria, minha tia é a madrinha, tenho primo ritmista e na diretoria, e minha avó desfila na velha-guarda. Ensaios na quadra são praticamente reuniões familiares”, brinca a jovem veterana, que está nos preparativos para o desfile deste ano – que acontece na sexta-feira, dia 17 de fevereiro – desde a metade do ano passado. “O cuidado com a alimentação e o cronograma de exercícios físicos e treinos na esteira e de musculação não param nunca. Sigo uma rotina regrada o ano todo para enfrentar com classe os 500 metros da passarela do Anhembi.”

A bailarina – que já ostentou seu samba no pé na TV, no “Domingão do Faustão” e no “Programa Silvio Santos” – é também atriz, formada pelo Teatro Escola Macunaíma, e em 2023 pretende investir na carreira como comunicadora. “Sou formada em Jornalismo e ser apresentadora é algo que está nos meus planos. Já conduzi podcasts para as revistas 'Caras' e 'Contigo', e quero continuar nesse caminho.”

Neste ano, a Tom Maior homenageia as mães pretas ancestrais em um enredo que resgata a cultura afrobrasileira e seus orixás. Única rainha de bateria de pele negra e de origem na comunidade a representar uma escola de samba do grupo especial de São Paulo, Pâmella utiliza essa oportunidade para celebrar a herança dos que vieram antes. “Minha história com a escola é familiar, maternal e cheia de força. Trazer essa mensagem à Avenida ao lado de tantas mulheres que me criaram será ainda mais emocionante.”

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