JUNHO/2024 distribuição gratuita no aeroporto de congonhas
VIAGEM
Muito além de Tóquio: Quioto e Hokkaido são paradas obrigatórias para quem vai ao Japão
JUNHO/2024 distribuição gratuita no aeroporto de congonhas
Muito além de Tóquio: Quioto e Hokkaido são paradas obrigatórias para quem vai ao Japão
Desconstruindo sua imagem de galã, ator canta, dança e encarna uma drag no musical “Priscilla, a Rainha do Deserto”, que estreia este mês no Teatro Bradesco
@revista29horas
Publisher Pedro Barbastefano Júnior
Conselho editorial Chantal Brissac, Clóvis Cordeiro, Didú Russo, Georges Henri Foz, Kike Martins da Costa, Leonardo Chebly, Luiz Toledo, Paula Calçade, Pedro Barbastefano Júnior e Ricardo F. Marques
redação Paula Calçade (editora executiva); Kike Martins da Costa (editor contribuinte); Rose Oseki (editora de arte), Vivian Monicci (repórter)
Colaboradores Alex Mesquita, André Hellmeister, Chantal Brissac, Daniela Falcão, Didú Russo, Georges Henri Foz, Karen Kohatsu, Luiz Toledo, Patricia Palumbo
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COMERCIAL comercial@neooh.com.br
Jornalista resPonsável Paula Calçade MTB 88.231/SP
29HORAS é uma publicação da MPC11 Publicidade Ltda.
A revista 29HORAS respeita a liberdade de expressão. As matérias, reportagens e artigos são de responsabilidade exclusiva de seus signatários.
Av. Nove de Julho, 5966 - cj. 11 — Jd. Paulista, São Paulo — Cep: 01406-200 Tel.: 11.3086.0088 Fax: 11.3086.0676
Chega à Faria Lima o recém-inaugurado Pulso Hotel
Capa
Reynaldo Gianecchini
estreia musical "Priscilla, a Rainha do Deserto"
Dicas
ARTE EM FOCO Moda japonesa é destaque na Japan House
HORAS DE VOO Base Aérea de Canoas recebe voos alternativos
BOM DE COPO A consolidação de destilados brasileiros fora do país
BON VIVANT Dica de passeio para celebrar o Dia dos Namorados CIDADANIA Os desdobramentos da tragédia no Rio Grande do Sul
ACONTECE EM SP ABF
Franchising Expo chega à capital
FORA DE SÉRIE Estreias do mês no streaming
HORA LIVRE Crônica de Luiz Toledo
FOTO Soul; TZ Assessoria; TZ Produções; fotógrafo: MuracaCOORDENAÇÃO: SOUTA YAMAGUCHI
O impacto e as influências da moda japonesa no cenário global ganham destaque na exposição inédita “Efeito Japão: Moda em 15 Atos”, no 2º andar da Japan House São Paulo. A partir de 15 trajes de importantes estilistas nipônicos, a mostra busca desvendar o poder do design japonês que assimila as tendências do mundo e as transformam em novas por meio de uma sensibilidade particular. Com entrada gratuita, a exposição foi coordenada pelo diretor de moda Souta Yamaguchi, responsável pelo design das roupas utilizadas pelo staff na cerimônia de entrega de medalhas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020. Dentre as peças selecionadas, estão criações de Hanae Mori, Masao Mizuno, Kansai Yamamoto, Kenzo Takada, Yohji Yamamoto, Isao Kaneko, Yoshiki Hishinuma, Issey Miyake, Junya Watanabe, Jun Takahashi, Kunihiko Morinaga, Junichi Abe e Chitose Abe.
À esquerda, em destaque a peça de Hanae Mori (1960) e, ao fundo, de Issey Miyake (2010); à direita, peça de Yoshiki Hishinuma (1996) ao centro, e ao fundo, de Kansai Yamamoto (1971) e Kenzo Takada (1971-1972)
JAPAN HOUSE SÃO PAULO: Até 1º de setembro. Avenida Paulista, 52, Bela Vista, tel. 3149-5187.
Aluguel de barcos, novo hotel na Faria Lima, lugares para tomar chás em SP, e designers despontam mundo afora
LIFESTYLE Exclusiva para membros, a Soho House foi fundada em 1995, em Londres, com o objetivo de conectar pessoas. Hoje, conta com diversas casas de luxo ao redor do mundo e sua mais nova adição é a Soho House São Paulo – com inauguração prevista para este mês, sendo a primeira unidade do clube na América do Sul. Instalada no antigo Hospital Matarazzo – que teve sua arquitetura preservada –, no bairro da Bela Vista, o local tem 32 quartos, academia, spa, pool bar no terraço, restaurantes e bares, além de uma coleção de arte com cerca de 100 obras produzidas por mais de 60 artistas locais e objetos de decoração criados por designers brasileiros. Seguindo a tradição, o clube será acessível apenas para membros e seus convidados, ao custo de R$ 8.150 por ano – as inscrições devem ser feitas no site www.sohohouse.com. SOHO HOUSE SÃO PAULO: RUA SÃO CARLOS DO PINHAL, 764, BELA VISTA.
De olho na crescente busca dos brasileiros por experiências a bordo, empresário lança aplicativo para locação de iates e embarcações
NPOR VIVIAN MONICCIO MERCADO DESDE DEZEMBRO, a Voguer é uma startup brasileira criada pelo empresário e programador Heverton Rodrigues, de apenas 30 anos, que desenvolveu um aplicativo voltado para a locação de iates e embarcações, com tecnologia de precificação em tempo real, no estilo do AirBnB. "Queremos que mais pessoas possam alugar um barco para viver experiências incríveis”, explica.
Formado em desenvolvimento de sistemas, ele iniciou a carreira como programador aos 15 anos, teve algumas startups e seu trabalho mais recente foi como diretor de tecnologia e country manager da Flapper –empresa de aviação executiva sob demanda –, onde ganhou experiência no mercado de locação de ativos de luxo e observou uma lacuna no setor náutico. “Em toda feira de aviação havia um barco gigantesco exposto. Comecei a entender que o cliente final é o mesmo. Quem voa de avião privado, geralmente tem um barco, já teve, ou aluga um quando quer.”
Segundo ele, há uma diferença fundamental: o mercado náutico está 10 anos atrasado em comparação com o de aviação – apesar de movimentar cerca de US$ 15 bilhões por ano e a expectativa é alcançar US$ 20 bilhões até 2027, de acordo com a Mordor Intelligence. “Fora do Brasil, existem players consolidados, mas aqui não tem ninguém que faça isso em nível de escala global”. Por estar diretamente associado ao lazer, o barco fica muito mais tempo parado do que um avião. “As pessoas compram uma embarcação pensando que vão usar todo fim de semana e, na prática, usam três vezes por ano. Nessa vacância, é possível disponibilizar para locação e, com isso, cobrir os custos.”
A Voguer conta com 300 barcos cadastrados, com tamanhos que variam de 30 pés a 120 pés, que é a impressionante medida do Atlantis Grand – maior catamarã da América Latina, localizado na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, e avaliado em R$ 55 milhões. Essa grande embarcação está disponível para locação com exclusividade pela plataforma. A empresa também está no processo de expansão internacional, cadastrando barcos de outros países como México, Espanha e Portugal. “Nosso foco é o cliente brasileiro em outras localidades. Mas já temos o aplicativo em português, inglês e espanhol, pensando na futura demanda de estrangeiros no Brasil.”
CHECK INBUSINESS CLASS
Senior Marketing Manager da Pepsico Brasil, Giovanna Miranda mira o equilíbrio certo entre inovações tecnológicas e criatividade humana para criar campanhas impactantes
POR PAULA CALÇADEOMARKETING É INDISPENSÁVEL PARA AS EMPRESAS que buscam se manter competitivas no mercado – compreendendo as necessidades e os desejos dos consumidores. Hoje, lideranças de diversas marcas procuram soluções e diálogos para absorver as mudanças nas preferências do consumidor, os avanços tecnológicos e as demandas por retorno sobre investi mento cada vez mais rigorosas, além de encarar a concorrência acirrada.
Com experiência em indústrias de telecomunicações, passando por um ecossis tema importante de agências de mídia, Giovanna Miranda agora é Senior Marketing Manager da Pepsico Brasil – líder em alimentos e bebidas. Na companhia, ela está à frente da equipe de mídia, dados e “brand live experience” – plataforma que ativa todos os pontos de contato, tanto online como presencial, conectando marcas e pessoas. “Para encarar os desafios atuais, a liderança em marketing deve possuir visão estratégica, criatividade e força de inovação, mantendo a capacidade de inspirar”, afirma. A seguir, a executiva compartilha as principais estratégias do grupo.
DAS PELA PEPSICO? E COMO O GRUPO TEM APLICADO ESSAS ESTRATÉGIAS?
Observamos ondas e movimentos que reforçam as ten dências anteriores de digitalização e personalização em escala com os públicos-alvo das marcas, mas também vemos que a comunicação e a publicidade se tornam mais relevantes como conteúdo e entretenimento ao trazer informações e discursos de maneira verdadeira. Podemos listar ainda o uso de dados e tecnologia para personalizar a comunicação e as ofertas para os clientes,
Giovanna Miranda, Senior Marketing Manager da Pepsico Brasil
proporcionando experiências mais significativas; o marketing de influência com as colaborações com influenciadores digitais para promover produtos, serviços ou marcas, aproveitando a credibilidade e o alcance nas redes sociais, e o foco na experiência do cliente em todos os pontos de contato com a marca.
Nossas marcas têm sido reconhecidas por suas estratégias de marketing inovadoras e eficazes em diferentes momentos, seja com premiações internas que temos globalmente na companhia, seja com o reconhecimento do mercado com prêmios relevantes como Cannes, Effie Awards, Jatobá (Brasil) e tantos outros.
Destaco nossa campanha de “Promoção Mordida Premiada Elma Chips”, que oferece a chance para os nossos consumidores de ganhar prêmios instantâneos, com mais de R$500 a cada 5 minutos, podendo se cadastrar de maneira rápida e divertida no WhatsApp oficial da marca. As promoções Elma Chips contaram com exposição com digital OOH (Out-of-home), ações “cross channel” no digital, social media entre outras plataformas de mídia programática.
CADAS NO MARKETING COM A CRIATIVIDADE HUMANA?
É fundamental entender o papel de cada um e reconhecer que a tecnologia é uma ferramenta que pode potencializar a criatividade, mas não a substituir. A tecnologia pode automatizar processos, coletar dados e ampliar o alcance, mas a criatividade humana é necessária para conceber ideias originais, contar histórias e criar conexões emocionais com o público.
SÃO AS PRINCIPAIS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS
UTILIZADAS PELA COMPANHIA?
Na PepsiCo contamos com diversos parceiros de tecnologia, seja para a parte de aquisição de dados, engajamento e CRM até a parte de mensuração de fato de resultados das nossas campanhas. Trabalhamos também algumas dessas ferramentas de maneira internalizada com times especializados. Além disso, temos com nossos parceiros de mídia implementações constantes de novas plataformas e integrações para tornar as experiências com nossas marcas e campanhas ainda mais facilitadas, como com Meta, Tiktok e Amazon.
QUAL É A IMPORTÂNCIA DO RETAIL MEDIA PARA A PEPSICO?
No geral, o Retail Media desempenha um papel relevante na evolução do marketing digital e na forma como as marcas alcançam e se envolvem com os consumidores no ambiente de varejo online. Ao aproveitar os dados e os espaços digitais dos varejistas, as marcas podem criar campanhas mais eficazes e direcionadas, impulsionando as vendas e aumentando a fidelidade do cliente.
É uma forma de nos tornarmos ainda mais importantes para o consumidor no momento em que ele não apenas busca produtos, mas também está mais próximo da decisão de compra. Garantimos nossa presença em espaços personalizados, com comunicações, interações e campanhas próprias para o ponto de venda. Assim temos a visibilidade das nossas marcas, captando a atenção do consumidor para as vantagens dos nossos produtos ou para conhecer lançamentos.
HOSPITALIDADE
Recém-inaugurado, o Pulso faz parte de um grande empreendimento que tem projeto arquitetônico assinado por Arthur Casas e inclui um restaurante comandado por Charlô Whately e um spa da L’Occitane au Brésil
O RECÉM-INAUGURADO PULSO HOTEL tem uma localização fantástica: fica em uma ilha de paz rodeada por quatro das principais vias da região - a Rua Pinheiros e as avenidas Faria Lima, Rebouças e Pedroso de Morais. Abusando dessa tranquilidade, o projeto assinado pelo arquiteto Arthur Casas inclui um lobby totalmente aberto para a rua. No lugar dos ambientes suntuosos tão frequentes em empreendimentos cinco estrelas, no Pulso o décor é minimalista e discretamente elegante, em sintonia com os preceitos do chamado “quiet luxury”.
O hotel é parte de um grande empreendimento da holding Estancorp que mistura residências, hotelaria e serviços. O hotel tem apenas três andares e fica do lado de uma torre com mais de 20 pavimentos e 66 amplos apartamentos. O complexo tem
ainda um restaurante comandado por Charlô Whately, uma filial do Cha-Cha (misto de boulangerie, café, rotisserie e empório), um spa da marca L’Occitane au Brésil e o Bar Sarau, que tem carta de drinques assinada pelo talentoso mixologista Gabriel Santana (duas vezes vencedor do concurso World Class, da Diageo) e programação de shows coordenada pelo músico Rômulo Fróes e pelo DJ Vitor Kurc.
O Pulso tem 52 apartamentos de 32 metros quadrados e cinco exclusivas suítes de 64 metros quadrados – todas equipadas com assistente virtual Alexa. Portas de vidro fosco e persianas de ripas de madeira isolam o banheiro do dormitório. Além do restaurante, do café e do spa, as áreas comuns têm ainda uma academia com aparelhos da Technogym e uma piscina com raia e
área para descanso. O novo hotel integra o portfólio da rede Preferred Hotel Group, coleção global de hotéis de luxo que inclui estabelecimentos como o The Fullerton (de Singapura), o Stafford (de Londres), o Baccarat (de Nova York) e o Pallazo Dama (de Roma).
A arte é um ingrediente presente em todos os ambientes do Pulso Hotel. Para o jardim interno anexo ao lobby, o artista plástico Nuno Ramos criou uma obra site specific que reproduz em uma enorme parede um poema em braile. Os quartos são decorados com fotografias, gravuras e pinturas selecionadas pelo arquiteto e curador Guilherme Wisnik.
Pulso Hotel
Rua Henrique Martins, 154, Pinheiros, tel. 3035-3070 e 0800 726 1500.
Diárias partir de R$ 2.500. www.pulsohotel.com.br
Em sentido horário, lobby, fachada e acomodação do Pulso Hotel, em Pinheiros FOTOS DIVULGAÇÃOLITERATURA
Raul Juste Lores relança livro que destaca edifícios modernistas icônicos da capital paulista e discute os principais dilemas do urbanismo na cidade
Em sentido horário, o jornalista Raul Juste Lores; Conjunto Nacional, na Avenida Paulista; e capa de seu mais recente livro
ENTRE 1950 E 1960, uma combinação particular permitiu que São Paulo fosse palco de uma revolução até então inédita em sua história – a união de arquitetos criativos, empreendedores ambiciosos e a disponibilidade de capital financeiro possibilitou as condições necessárias para que obras icônicas saíssem das pranchetas e ganhassem as ruas da Pauliceia, modificando seu cenário arquitetônico. Sobrevoando projetos como Copan, Conjunto Nacional, Galeria do Rock, edifício Itália, Bretagne, Paquita, o livro “São Paulo nas alturas”, do jornalista Raul Juste Lores, apresenta a trajetória de arquitetos e empresários que deixaram sua marca na capital.
Na primeira edição, em 2018, o livro vendeu 20 mil unidades e se tornou
o best-seller sobre arquitetura. Para o autor, é uma publicação que discute principalmente a história da cidade: “Falamos pouco sobre essa metrópole acanhada. Pouco conhecemos seu enredo que ainda carece de narrativas”, pontua. O livro ainda aborda o Plano Diretor, inflação, economia e as contribuições de imigrantes para o urbanismo. “O maior motivo para escrever foi para saciar a minha curiosidade, queria entender como São Paulo conseguiu ser tão ousada na arquitetura naquele contexto.”
Raul é jornalista, escritor e pesquisador de arquitetura e urbanismo. Foi repórter especial da Folha de S. Paulo e correspondente em Washington, Nova York, Pequim e Buenos Aires para o
mesmo jornal. “Quando você mora em cidades como a capital argentina, descobre as vantagens de uma cidade compacta e de uso misto, onde moradia, trabalho e lazer estão juntos em diferentes bairros”, comenta.
Em 2011, ele ganhou o prêmio APCA de Difusão, na categoria Arquitetura. “São Paulo nas alturas” foi finalista do prêmio Jabuti de 2018 e, desde 2021, o jornalista mantém um canal homônimo no YouTube, com 11 milhões de visualizações e 112 mil inscritos. “Discuto os potenciais de São Paulo, mostro lugares pouco conhecidos, debato como melhorar a qualidade de vida e busco valorizar quem construiu bons edifícios na cidade.”
POR PAULA CALÇADEPASSEIO
Não há nada mais aconchegante do que tomar uma xícara de chá quentinho. Confira lugares charmosos para degustar a bebida milenar em São Paulo
POR VIVIAN MONICCI
Criada pela tea sommelier Paty Akemi, que estagiou em uma fazenda produtora de chás no Japão, a Mori tem como objetivo divulgar as culturas asiáticas e do chá. A simpática casa de três andares oferece em sua carta chás verdes japoneses, infusões florais e frutadas, chás indianos e rooibos (chá vermelho), todos servidos no bule, além de matcha latte, milk tea, chai latte e drinques de chá não alcoólicos, como o rooibos caramel citrus (blend rooibos caramel com compota de mel e laranja, limão e água com gás). Entre as refeições típicas, destaque para o cozido picante de legumes e carne servido com frango frito, salada do dia e missoshiru. O espaço também oferece workshops, aulas e atividades.
�F Rua Coronel Oscar Porto, 267, Paraíso, tel. 97153-6290.
Terça a sábado, das 11h30 às 17h27.
Um verdadeiro refúgio encantado em meio à selva de pedra. Assim é a Teakettle, casa de chás que oferece um ambiente super charmoso e aconchegante para os amantes da bebida. O local serve café da manhã, almoço executivo e chá da tarde; e aos domingos, um café especial em estilo brunch. Na carta de chás, há opções quentes – como os especiais Oolong, Pu-erh e Lapsang Souchong, e o Chai Massala (chá preto, especiarias, mel e leite integral) – e geladas, como o chá de rosas e cranberry e o de massala e hibisco. Os clientes ainda podem aproveitar cursos sobre chás, ervas, aromaterapia e fitoterapia.
�F Rua Alexandre Dumas, 1.049, Chácara Santo Antônio. Tel. 99499-5231. Terça a sábado, das 10h às 17h; e aos domingos, das 8h30 às 12h.
Após rodarem o mundo em busca dos melhores sabores e aromas, Monica e Mariana, mãe e filha, fundaram a Talchá, que hoje conta com duas lojas em São Paulo – nos shoppings Pátio Higienópolis e JK Iguatemi – e e-commerce para todo o país. Nos espaços físicos, é possível apreciar a elaborada carta que evidencia desde uma infusão de rooibos colhidos na África do Sul até o raro Golden Pu-ehr Reserva, envelhecido durante 5 anos em caves na China. Para acompanhar a infusão, há uma variedade de comidinhas como sanduíches, tostadas e bolos. Caso prefira degustar a bebida em casa, a marca vende uma infinidade de acessórios como canecas e infusores.
�F Av. Higienópolis, 618, Higienópolis, tel. 3823-3744 / Avenida Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, Itaim, tel. 3152-6744.
ESCAPADELA
Entre as diversas novas atrações desta temporada, vale destacar a abertura do Parque Bambuí, o hotel Botanique recuperando a proposta e os padrões da época de sua inauguração e o enoturismo na Vinícola Ferreira, agora com rótulos premiados na Europa
POR KIKE MARTINS DA COSTACaixa com entradinhas preparadas com ingredientes locais do Casa Cambuí
TODO ANO É A MESMA COISA: as temperaturas baixam e, em um movimento inverso, os paulistanos sobem a serra. Começa este mês a temporada 2024 nas cidades que compõem o Circuito da Mantiqueira, que sempre preparam novidades para os visitantes da vez. Entre elas, destaque para um novo parque, uma vinícola premiada que se abre para o público e um hotel fabuloso que acaba de ganhar novo fôlego.
Depois de uma mal-sucedida parceria com o grupo Six Senses, o Botanique está sob nova direção, resgatando a coerência e a excelência que marcaram os primeiros anos do empreendimento, inaugurado há pouco mais e uma década. Com apenas sete apartamentos e 13 lindas vilas privativas espalhadas pela exuberante vegetação, o hotel oferece uma experiência de luxo única, baseada no bem-estar, na conexão com a natureza e em uma gastronomia inspirada pelas tradições locais – tudo em elegantes ambientes decorados sem excessos e sem emular chalés alpinos.
O restaurante Mina agora é comandado pelo chef Cristóvão Duque, que aprimorou seu talento na École de Cuisine Alain Ducasse e trabalhou em uma cozinha estrelada na Borgonha. Não deixe de provar seu wellington de mignon suíno servido com pêssegos assados e seu magret de pato acompanhado de purê de maçã.
O spa ganhou um deck com vista para as montanhas e novos tratamentos, como a massagem inspirada em movimentos de cura indígenas. Outra boa novidade é o bar que agora ocupa o lugar onde funcionava o cinema. O local é perfeito para tomar um drinque observando as estrelas do céu e para curtir os shows de jazz que animam as noites de sábado.
Rebatizado como Hotel Botanique Experience, essa referência da hospitalidade nacional fica dentro de uma reserva de Mata Atlântica de Altitude com 1,2 milhão de metros quadrados, a 20 km do centrinho de Campos do Jordão e a apenas 8 km de Santo Antônio do Pinhal. As diárias variam de R$ 2.500 a R$ 6.000, mas a “entrega” justifica cada centavo desembolsado.
Ali perto, também na entrada de Campos para quem vem de São Paulo, foi inaugurado no final do ano passado o Parque Bambuí, um complexo de lazer que fica próximo do Hotel Toriba – e pertence aos mesmos donos. São 336 mil metros quadrados de área verde, com três lagos, uma Maria-Fumaça de 1920 ainda em operação, várias obras de arte espalhadas pelo bosque, um bar da cervejaria artesanal e um restaurante. O bar é tocado pelo pessoal da Gård (fazenda, em dinamarquês), que serve ali quatro de suas brejas – a bohemian pilsner, a wheat, a IPA e a escura Tmavé. Para beliscar, as melhores opções são o choripán e a currywurst.
Já o restaurante Casa Bambuí é comandado por Anouk Migotto, conhecida por seu trabalho à frente do Donna Pinha, de Santo Antônio do Pinhal. Com um menu
Na página anterior, vista do lago do Parque Bambuí; no alto, a fachada do Hotel Botanique Experience e a escultura do artista plástico Eduardo Srur instalada no Parque Bambuí; acima, o salão do restaurante Mina, os premiados vinhos e os vinhedos da vinícola Ferreira
inspirado nos sabores da Mantiqueira e ingredientes locais, ela aposta em receitas como o Faux Gras (versão vegana do foie gras, feita com cogumelos, pinhões e lentilhas) e o cordeiro com aligot. Na hora da sobremesa, não deixe de provar o souflée de frutas vermelhas.
Entre as obras de arte do parque está a impactante escultura “Voo dos Pássaros”, criada pelo artista visual Eduardo Srur com mais de mil gaiolas apreendidas pela Polícia Federal em operações contra o tráfico de animais silvestres. Mais distante, ali para os lados da Pedra do Baú e do projeto EntreVilas, já no município de Piranguçu (no estado de Minas Gerais), funciona a Vinícola Ferreira. O caminho até lá não é para qualquer carro, mas o que se vê ao chegar é algo impressionante: dezenas de hectares com vinhedos cobertos (para proteger as videiras das chuvas) e uma
imponente construção onde as uvas são vinificadas, engarrafadas e armazenadas até o ponto ideal.
Recentemente, o Piquant Soléil, elaborado unicamente com uvas syrah, faturou em 2023 uma medalha de ouro na competição organizada pela revista britânica “Decanter”. Cada garrafa deste rótulo custa R$ 450. Outro rótulo cobiçado da vinícola é o São Bernardo, feito com um blend de uvas cabernet sauvignon, cabernet franc, marsellan, petit verdot e syrah. Com preço na faixa dos R$ 300 e ele ganhou em 2022 uma medalha de prata na PWC (Paris Wine Cup). O rosé Lavande de Montagne e o branco Fumé Blanche também surpreendem pelo equilíbrio e pela complexidade aromática. São, sem dúvida, os melhores vinhos produzidos nessa porção da Mantiqueira. Para degustá-los de maneira
apropriada, a vinícola abriga o restaurante Mesa de Pedra, com cozinha comandada pelo jovem e promissor chef Gabriel Oliveira e com a simpática sommelière Tábata no salão, solucionando dúvidas e indicando as melhores opções aos clientes. Vale muito a pena provar o rigatoni em ragu de linguiça e a sensacional truta empanada no fubá, servida com arroz negro cremoso e farofa de pinhão.
Hotel Botanique Experience
Rua Elídio Gonçalves da Silva, 4.000, Campos do Jordão (SP), tel. 12 3662-5800.
Vinícola Ferreira
Rodovia MG383, km 2, Piranguçu (MG), tel. 11 95027-3808.
Parque Bambuí
Rua Fausi Rachid, 871, Campos do Jordão (SP), tel. 12 99632-8449. Ingressos a R$ 40.
DESIGN
Designers e marcas de decoração exportam peças, alcançam mercados concorridos do setor e se consolidam com aberturas de lojas fora do país
POR PAULA CALÇADEA UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS autênticos e o refinamento em acabamentos – resultando em peças com personalidade – têm destacado designers e marcas brasileiras no exterior. Lojas e showrooms cheios de brasilidade em sua essência começam a se multiplicar em endereços disputados pelo mercado de arquitetura e decoração no mundo, como Milão, Londres, Nova York e Dubai.
A Ornare, que teve a sua primeira loja na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, em 1993, é conhecida pelo mobiliário sob medida de alto padrão. Em abril, a marca anunciou a abertura de sua primeira flagship store na Europa, em Milão. O local escolhido para abrigar a unidade de 450 metros quadrados foi o imponente Palazzo Gallarati, datado do século 18, localizado no icônico Quadrilatero della Moda, na Via Manzoni – região famosa pelas diversas grifes. “Estamos preparados para encantar e inspirar, elevando a experiência a níveis de sofisticação e inovação no exterior”, compartilha Esther Schattan, sócia-fundadora da Ornare.
Com um design sem excessos, a coleção Timeless Collection – protagonista da marca em Milão – é composta por móveis atemporais e feitos para durar gerações. A escolha da madeira maciça
certificada, aliada à alta tecnologia e manufatura, garante um resultado de alta qualidade e duradouro. Quem passar pela loja na cidade italiana pode conhecer ainda outras linhas, como a Colette – que se destaca por sua ampla variedade de composições e design elegante, e inclui diversos ornamentos, como rodapé, rodateto, prateleiras, pés, tampos de mesa, paneleiro e portas com molduras entalhadas inspiradas em boiserie.
Já a Breton, marca brasileira com mais de 50 anos de mercado, inaugurou em março a sua primeira loja internacional, em Dubai. Com quase 3 mil metros quadrados, o novo showroom fica localizado na Al Wash Rd, um dos pontos mais disputados de Dubai, e tem estética moderna e elegante, ressaltando o mobiliário autoral brasileiro.
A vitrine, que conta com uma coleção exclusiva em forma de cubo, junto com o projeto de interiores, foi assinada por Fernanda Marques – uma das arquitetas mais premiadas do Brasil.
Para a loja de Dubai, Fernanda também criou móveis que fazem parte da coleção I’ am Breton Brasil, como as mesas Gravetos, que podem ser configuradas de acordo com a necessidade de cada cliente, como mesa de centro ou lateral. Também serão lançados novos modelos de luminárias, a poltrona Maxx, cadeira Maxx, e a Chaise Fly. Além do sofá Lanscape e mesas da coleção Serras, lançadas no Brasil, que se renovam com novas possibilidades de acabamentos. “Foi um privilégio trabalhar em um espaço como esse, em terras tão distantes, tendo como base móveis desenvolvidos e criados por
nós. Trabalhar dentro de condições de clima tão adversas e de uma cultura tão diferente da nossa nos fez refletir e projetar de uma forma que fosse muito assertiva”, afirma a arquiteta.
E a Evviva – marca gaúcha de móveis planejados – deu os primeiros passos no mercado externo, com a inauguração dos showrooms no Paraguai e em Portugal. Já no primeiro trimestre deste ano, a empresa anunciou também a inauguração da primeira loja na América Central, na República Dominicana, e avança com negociações no Panamá, Uruguai, Chile e Canadá.
“Costumamos dizer no mercado externo que a Evviva é uma alfaiataria de móveis, o que em alguns países pode soar um pouco estranho pois estão acostumados com móveis modulares ou medidas pré-determinadas, e isso é um
diferencial para a marca”, explica Diego Machado, diretor da Evviva. Os produtos que mais se destacam fora do país são as cozinhas em aço inoxidável combinadas ou não com outros acabamentos, dormitórios, salas, painéis lisos, ripados e treliças. “Além das operações em Cascais, Ciudad Del Este e Santo Domingo, em breve devemos inaugurar operações em Toronto e Montevidéu.”
Há mais de 35 anos no mercado, a catarinense Bell’Arte é reconhecida pela dedicação à originalidade na fabricação de produtos de decoração de alto padrão. No último mês, a empresa fez sua estreia na ICFF 2024 – a principal feira de móveis contemporâneos da América do Norte. A 35ª edição do evento aconteceu em Nova York – porta
de entrada para o mercado de design dos Estados Unidos. A feira contou com palestrantes do setor de mobiliário, oportunidades de networking, apresentação de inovações materiais e as mais recentes abordagens sustentáveis. Engenheiro de produção, designer autodidata e CEO da marca, Crystian Freiberger explora formas, materiais e tecnologias que agregam funcionalidade e encanto aos produtos que assina. Em 2023, essa dedicação se materializou com a conquista da premiação Gold Winner no concurso internacional A’ Design Award, com a poltrona Wave. Hoje, a Bell’Arte exporta para Estados Unidos, Porto Rico, Equador, República Dominicana, Uruguai, Panamá, Bolívia, Peru, Paraguai e África do Sul.
Descanso em Niseko, agito dosado em Tóquio, espiritualidade em Quioto e Nara, e inovação em Osaka revelam uma viagem surpreendente e diversificada pelo Japão
POR NATALE GIRAMONDO
VIAGEMAPÓS LONGA AUSÊNCIA, a Famiglia Giramondo retorna para compartilhar dicas diversas sobre entretenimento, gastronomia e hospedagem, sempre em destinos cobiçados. Nesta edição, a nossa seleção foi o Japão. Programamos três semanas para esse destino encantador e diverso, que passa por mudanças perceptíveis nos últimos anos.
Começamos a jornada pela majestosa Ilha de Hokkaido, ao norte do país. Pousamos no moderno aeroporto de New Chitose e rumamos para a vila de Niseko – a primeira parada. O período que selecionamos para a viagem foi a primavera, que talvez seja o mais agradável de todos. A paisagem evidencia a natureza, com montanhas e lagos que começam a degelar, e os rios ficam rodeados por árvores florescendo. Niseko é conhecida como reduto dos amantes de esqui. A escolha por essa cidade se deu basicamente por uma maravilhosa e confortável hospedagem e por ser o apoio central para visitarmos as cidades de Otaru e Sapporo – também em Hokkaido.
A última visita dos Giramondo ao
Japão foi há treze anos e a busca por Hokkaido foi especial, uma vez que a localização foge das grandes cidades e de atrativos lotados. O serviço, a gastronomia e a hotelaria com direito a um onsen inacreditável (hospedagem com circuito de águas termais) no Park Hyatt Niseko, já valeriam toda a viagem.
Poder se locomover facilmente para o Porto de Otaru foi um grande diferencial. Depois de uma hora de trem, chegamos à estação principal onde se encontra o Mercado de Peixes. Pequeno e charmoso, esse local transcende qualquer expectativa. Apresentações de king crab, uni (ovas de ouriço-do-mar), vieiras e ikura (ovas de salmão) alucinarão seus pensamentos. O lugar deveria ser tombado como patrimônio mundial da cultura gastronômica!
Otaru é uma cidade portuária que merece um dia inteiro de visitação. Restaurantes como o Otaru Masazushi são imperdíveis, com seus incríveis 85 anos de existência. Por ali, os chefs servem não apenas nigiri de peixe sazonal, mas também grelhados, petiscos e outros pratos do dia de acordo com os gostos e preferências dos clientes.
À esquerda, Canal de Otaru, cidade portuária em Hokkaido. Abaixo, Mercado de Peixes, na mesma localidade
No dia seguinte, é recomendado um descanso no delicioso spa e onsen do hotel, regado a chás maravilhosos e, para quem curte, um espetacular cigar club, com uma curadoria especial de charutos cubanos.
Com as energias restabelecidas, pegamos um táxi e fomos direto para Sapporo, também a uma hora de distância de Niseko. É um destino sonhado dos amantes de cerveja, saquê e uísque japoneses – por causa da qualidade da água cristalina da região. O lugar pode ser ainda uma opção de estadia para quem quiser um pouco mais de agito na ilha.
Iniciamos a exploração de Sapporo, como sempre, pelo Mercado de Peixes de Nijo Fish Market. Além das exposições de peixes e acessórios gastronômicos, esse mercado oferece restaurantes onde é possível provar o melhor uni do mundo. Digno de comer três bowls seguidos!
Sapporo merece também uma visita pelo centro, com avenidas largas, shoppings e belíssimos parques, que compõem suas ruas. Nos arredores, está a Torre do Relógio, que foi instalado em 1881 e comprado da E. Howard Watch & Clock Company de Boston, com um mecanismo impulsionado por peso. É o relógio de rua mais antigo do Japão.
O próximo destino é Tóquio, a uma hora e meia de voo de Hokkaido. Na capital, optamos pelo tradicional bairro de Shinjuku – o hub de mobilidade para todas as localidades da cidade e do Japão.
Vale dizer que a capital japonesa está repleta de turistas. Basicamente 50% de chineses e 50% do restante do mundo. Outro dado alarmante sobre o destino é que o número de turistas internacionais já está 27% acima do período pré-pandemia.
Um ótimo exemplo dessa “loucura” é o Mercado de Tsukiji – o maior comércio de peixe do mundo, transferido para Toyosu em 2018. A cena de centenas de pessoas se acotovelando para comerem o que é possível comprar ficou bastante comum por ali. O mais bizarro é que você pode encontrar tudo em diversos locais da cidade, sem esse estresse.
Mas Tóquio se supera mesmo nas opções de restaurantes. Viciados em sobas (massa japonesa), tonkatsu (costeleta de porco empanada), unagui (enguia) e sushi se deliciam nessa megalópole. As ruas de Roppongi, Ginza, Harajuku e uma visitação à Torre de Tóquio fazem parte também desse roteiro de quatro dias. Perca-se
Em sentido horário, Torre de Tóquio, na capital japonesa, e Bosque de Bambu Arashiyama, Santuário Fushimi Inari Taisha e estátua de guerreiro no Templo Sanjusangen-do, em Quioto
pelas estações centrais e pelos parques! Sugerimos uma visita ao Omoide Yokocho – também conhecido como Yakitori Alley. O local é um amontoado de izakayas e restaurantes, todos minúsculos, em um aperto charmoso de becos e ruas bem próximos à estação de Shinjuku – a maior da metrópole e a mais movimentada do mundo. Há ainda as ruínas da 2ª Guerra, na saída oeste da estação.
Outra atração noturna com direito a prédios de karaokês e restaurantes com ótimos sushis é a região de Kabukicho, vizinha a Shinjuku. O lugar é conhecido como o distrito da luz vermelha no Japão, em razão de sua iluminação neon e do agito de seus bares com música. Dirija-se à grande avenida Yasukuni Dori e você verá a enorme loja Don Quixote, que marca a rua principal de Kabukicho.
Plenamente satisfeitos com o que a capital tinha a nos oferecer, seguimos à última etapa de nossa viagem. A bordo de um trem bala (Shinkansen), chegamos a Quioto, agora nossa base para visitarmos Nara e Osaka.
Essa cidade foi capital do Japão entre o século 13 e 17, onde a família imperial residia e guarda parte significativa da história desse país mágico. Com menos de 2 milhões de habitantes, Quioto encanta com seus templos, bairros escondidos, rios surpreendentes e gueixas pelo centro histórico, tornando-se a localidade que revela o Japão antigo. Histórias milenares se misturam com a cultura contemporânea. Passear pela floresta de bambus de Arashiyama (Patrimônio Munidial da Unesco) é mágico. Na região, é recomendado ainda visitar o templo Tenryu-ji – construído em 1339, que já foi um enorme complexo de templos formado por mais de 100 subtemplos. Hoje, restam apenas algumas
À esquerda, Templo Todai-ji e a estátua do Grande Buda em seu interior, em Nara; acima, cervos passeando entre as pessoas na mesma cidade
estruturas e a principal razão para fazer o passeio é o jardim, um dos melhores exemplos de design tradicional japonês. Por ali, admirar as inúmeras quantidades de árvores e flores também valeria o destino.
Outra parada obrigatória é o templo de Sanjusangen-do com suas 1001 estátuas de guerreiros que guardam a estátua de Buda. E o templo dourado Kinkaku-ji, que parece flutuar sobre o lago. É possível observar o reflexo espelhado do Pavilhão Dourado na serena Lagoa Kyoko-chi e visitar os seus jardins exuberantes, cobertos de musgo, e a casa de chá no local.
E Quioto está a apenas 50 minutos de trem para Nara, cidade maravilhosa que surpreende pelos parques e templos. Saindo da estação, rume para o templo de Todai-ji. Nesse caminho, cervos cercam os visitantes o tempo todo. São centenas de animais livres, passeando ao seu lado, lhe acariciando por apenas algumas bolachinhas!
A visitação ao templo Todai-ji impacta pela imponência da estátua gigante de Buda – a maior no interior
Indicamos passeios ao Mercado de Nishiki, que apresenta uma variedade de alimentos frescos e em conserva, além de doces japoneses. Pode-se encontrar ainda excelentes utensílios de cozinha e elegantes artigos em cerâmica, especiarias e condimentos e artigos de papel. Restaurantes exclusivos de wagyu, unagui, grelhados de king crab são os destaques desse mercado.
de um templo no Japão. O Grande Buda tem 14,98 m de altura e até suas orelhas têm 2,54 m de comprimento. Deve-se ainda subir as escadas até o Salão Nigatsu-do e apreciar as vistas fantásticas da bacia de Nara. A cidade merece um dia inteiro e, obrigatoriamente, prove seu sushi típico, embrulhado em folhas de caqui.
Para encerrarmos essa temporada no Japão, ainda com base em Quioto, fomos para Osaka, a um pouco menos de uma hora de trem. A segunda maior cidade do Japão sediará em novembro do ano que vem a Expo25. Ao longo de sua história, as Exposições Mundiais têm sido o evento global em que novas tecnologias e produtos são apresentados e popularizados, levando
a avanços importantes. O tema desta edição é “Projetando a sociedade do futuro para nossas vidas”. O arquiteto Sou Fujimoto é o responsável pelo projeto, coordenando as diretrizes para os países participantes.
Osaka abriga uma série de arranha-ceús espetaculares e uma culinária especial. Não deixe de provar os típicos okonomiyaki (panquecas de repolho, carne e frutos-do-mar) e os takoyakis (bolinho assado de polvo), que são os melhores do Japão e representam muito bem a deliciosa gastronomia do país.
Pena que tudo que é bom sempre acaba cedo. Como em uma deliciosa mordida, a viagem termina, inspirando as próximas!
À esquerda, kakinoha sushi, sushi embrulhado em folhas de caqui, típico de Nara; e à direita, okonomiyaki
Dinheiro
Os cartões são utilizados em todos os estabelecimentos no país, mas é possível trocar dinheiro físico em qualquer aeroporto ou nas grandes estações. E o momento é vantajoso para a viagem, uma vez que o Iene desvalorizou cerca de 40% nos últimos anos.
Mobilidade
Vale muito a pena optar por voos internos para grandes distâncias (acima de 800km), pois ganha-se tempo. Também é importante garantir o passe de trem e metrô, que pode ser adquirido nas principais estações. Basta entrar em qualquer box de informações para turistas. Já os serviços de táxi são relativamente baratos e servem para distâncias curtas.
Comunicação
Para uma viagem 100% sem estresse, esteja com seu celular conectado no Google Tradutor e nas IAs. O japonês é seguramente o povo mais solícito do mundo, mas muitos não falam inglês.
Tips
No Japão, não se aceita gorjeta, é um hábito cultural enraizado em todos os serviços. Eles trabalham com muito orgulho e prazer e recusam as famosas “tips”.
Acima, o Pavilhão do Brasil para a Expo Osaka 2025, autoria do Studio MK2 e Magnetoscópio, cujo projeto é liderado pelo arquiteto Marcio KoganLimpeza e obras de recuperação devem manter o terminal fechado pelo menos até o final de setembro. Enquanto não chega a hora da reabertura, Latam, Gol e Azul vão operar provisoriamente voos a partir da Base Aérea de Canoas, em um esquema limitado e improvisado
No ano passado, 7,6 milhões de passageiros passaram pelo aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. Neste momento, nenhum voo decola ou pousa, e nenhum passageiro embarca ou desembarca ali. No auge das inundações que devastaram o Rio Grande do Sul, o nível da água chegou a ficar em mais de 2 metros acima do solo! A imagem desse cargueiro da Total (foto), que remete àquela do cavalo Caramelo, resume bem o que aconteceu.
O sistema de sinalização foi todo comprometido, os andares inferiores do terminal ficaram completamente submersos – incluindo esteiras e carrosséis de bagagem. Até a pista pode ter sofrido danos – algo que apenas poderá ser verificado quando a água recuar e a situação real literalmente vier à tona. Nas previsões mais otimistas, o aeroporto retomará suas operações em setembro, mas tem gente que acha que os trabalhos de limpeza e reconstrução podem durar até o início de 2025. Até lá, a concessionária Fraport vai operar
voos na Base Aérea de Canoas, a cerca de 15 km do centro da capital gaúcha. Sem estrutura adequada, o local hoje está recebendo somente cinco voos por dia. A Latam está operando 12 voos semanais (sete com saída de Guarulhos e cinco de Congonhas), a Gol tem nove frequências semanais a partir de Guarulhos e a Azul programou dois voos diários entre seu hub em Campinas e Canoas.
O check-in e a etiquetagem ou despacho das bagagens está sendo feito em um shopping center próximo à Base Aérea e, de lá, os passageiros seguem em ônibus até as aeronaves. Uma malha aérea emergencial criada pelo governo federal em parceria com as companhias aéreas criou 116 novos voos semanais para o estado, reforçando as operações nos aeroportos de Caxias do Sul, Santo Ângelo, Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria e Uruguaiana – no Rio Grande do Sul – e Florianópolis e Jaguaruna, em Santa Catarina.
Dia 6 de setembro, a NeoQuímica
Arena será o cenário do jogo de futebol americano entre os Green Bay Packers (de Wisconsin) e os Philadelphia Eagles, válido pela NFL. Para trazer os torcedores dos Eagles, a American Airlines vai operar um voo sem escalas de Filadélfia para Guarulhos no dia 5 e um de Guarulhos para a cidade norte-americana no dia 7, também non-stop. Os torcedores voarão em um Boeing 787 com capacidade para 232 passageiros.
Voos diretos vão ligar São Paulo a Bariloche, um dos destinos mais procurados durante a temporada de neve. A partir de 30 de junho, a Azul terá quatro frequências semanais saindo de Viracopos às terças e quintas, e aos sábados e domingos. A Aerolíneas Argentinas terá voos diários de Guarulhos a Bariloche, saindo do aeroporto de Guarulhos, a partir do dia 1° de julho. Também será possível voar à cidade argentina pela Gol (com escala em Buenos Aires) e com a Sky, com escala em Santiago.
A partir do final de outubro, a Air France terá voos ligando Paris a Salvador. A rota será operada pelo moderno Airbus A350, com capacidade para 324 passageiros. A ligação será feita três vezes na semana, com decolagens às segundas, quintas e aos sábados. Os voos partem de Salvador às 18h50 e chegam à França às 8h50 do dia seguinte. No sentido inverso, saem de Paris às 10h25 e pousam na Bahia às 16h40.
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Cachaça Capitão, de Bom Jardim de Minas, premiada no Spirits Selection du Concours Mondial de Bruxelles, no ano passado
Bebidas brasileiras têm apresentado um crescimento significativo nos últimos anos, impulsionando a indústria local e conquistando cada vez mais consumidores
A qualidade e a diversidade dos produtos fabricados no Brasil têm sido reconhecidas tanto no mercado interno quanto no exterior, contribuindo para a consolidação de marcas brasileiras no cenário mundial. Com um histórico de tradição na produção de bebidas alcoólicas, o país se destaca pela capacidade de inovação e pela valorização de insumos regionais.
O investimento na destilação nacional é mais do que a busca por excelência. É um compromisso com a qualidade que transcende fronteiras. Cada destilador nacional carrega consigo o orgulho de produzir sabores autênticos e incomparáveis, enraizados nas tradições e no cuidado artesanal. Nossa dedicação com a qualidade é a essência de cada gota, e é com
satisfação que vemos o reconhecimento crescente desse compromisso apreciado ao redor do mundo.
É verdade que ainda dependemos de bons maquinários que, infelizmente, somente temos na Europa e na América Central, mas esse cenário vem mudando. Com investimento da indústria de destilados nacionais, abre-se a oportunidade para atrair novos investidores.
O aumento do interesse do consumidor por produtos locais e artesanais tem impulsionado o crescimento do setor, estimulando a criação de novas marcas e a expansão de linhas de produtos já consolidados. A busca por bebidas que reflitam a identidade e a cultura brasileira tem sido um dos principais motores desse
crescimento. Não podemos deixar de mencionar que a criação de destilados nacionais também visa um consumo mais inteligente de álcool e, com isso, a diminuição do volume alcoólico.
O crescimento dos destilados brasileiros não apenas fortalece a economia do setor, mas também reafirma a qualidade e a criatividade presentes na produção do país em diferentes segmentos. Com um mercado em ascensão e um potencial ainda a ser explorado, essas bebidas prometem continuar conquistando paladares e ganhando reconhecimento em todo o mundo. De norte a sul, a arte da destilaria nacional floresce, trazendo consigo uma riqueza de tradição e inovação.
MESQUITA é mixologista, consultor de bares e diretor criativo de coquetéis no restaurante Elena, no Rio de Janeiro.
Comida di Buteco conecta marcas e consumidores por meio de ações customizadas, além de impressionar o público com deliciosos petiscos
MARCA REGISTRADA DO BRASIL, o “buteco” é um local de encontros, entretenimento, sabores e emoções, mas também um espaço para aproximar marcas e consumidores. Essa relação é fortalecida em eventos e concursos como o tradicional Comida di Buteco, que, em 2024, destaca 27 circuitos e mais de 50 cidades – e é 100% viabilizado por patrocínios.
Diversas categorias de produtos e serviços – que vão desde alimentos e bebidas, até meios de pagamento, bancos, educação e varejo – têm o concurso como uma alavanca de marketing, realizando ativações e iniciativas. “O Comida di Buteco resgata a essência do boteco raiz, aquele em que de um lado do balcão as pessoas se sentam para tomar uma cerveja gelada, jogar conversa fora, e do outro lado tem uma família dedicada a fazer o negócio acontecer. É nesse lugar que temos a aproximação das nossas marcas como Amstel,
Jussara Calife, Diretora de Trade Marketing da Cia. Heineken, e petiscos servidos acompanhados de cervejas do grupo
Eisenbahn e Devassa, aos corações e copos dos consumidores”, analisa Jussara Calife, Diretora de Trade Marketing da Cia Heineken, maior patrocinadora do concurso.
Presente desde 2011 no evento, a companhia tem como objetivo aumentar a sua distribuição nos bares, gerar proximidade com o trade e melhorar sua visibilidade. “Assim como os botecos, nosso desafio é fidelizar o consumidor. Trabalhamos com opções para diversos paladares, o que fortalece a atuação dos bares quando se fala em diversificação de produtos. Enquanto a Amstel oferece o puro malte feito com levedura holandesa, a Devassa traz puro malte tropical feita com ingredientes 100% naturais, e a Eisenbahn destaca a Pilsen e a Pilsen Unfiltered”, explica.
O clima festivo permite ainda uma série de ativações que, segundo Jussara, incluem a comunicação on-line nas redes das marcas, trabalho com
influenciadores e ações físicas dentro dos botecos. E outras marcas utilizam o evento como ferramenta para chegar no consumidor. A Seara, por exemplo, desafia os cozinheiros dos botecos a criarem pratos a partir de um de seus insumos. A McCain, famosa pelas batatas congeladas, apresenta sua linha de petiscos Pickers, com sabores inspirados na cozinha brasileira.
Já a Coca-Cola vê o concurso como uma forma de materializar sua ligação com as refeições, mostrando que ficam ainda melhores com o refrigerante gelado. Para o Santander – presente no Comida di Buteco há 7 anos e que tem como pilares a gastronomia e o empreendedorismo –, o Comida di Buteco torna palpável essas bandeiras, além de integrar os pequenos negócios como possíveis clientes tanto do banco como dos meios de pagamento Getnet.
georgeshenrifoz@gmail.com
POR
Georges Henri FozRestaurantes e bares costumam lotar no Dia dos Namorados, assim é necessário usar a criatividade e aproveitar a data para vivenciar passeios diferentes a dois
Inúmeras sugestões de bares, restaurantes e destinos românticos surgem para celebrar o amor neste mês dos namorados. Sempre tive restrições para indicar um lugar para comemorar a data pelo simples fato de que todos os estabelecimentos, e ainda mais os charmosos, ficam lotados, barulhentos e provavelmente com serviço sofrido. É preciso inovar para impressionar o seu amor sem estresse.
Se eu tivesse que escolher um restaurante para jantar nesse dia seria o velho e bom La Casserole, de frente para a banca de flores do Largo do Arouche. Sugiro ainda o primeiro serviço das 19h para fugir do pico do movimento. E, acredite, essa dica vale para qualquer restaurante. Mas para surpreender, proponho um programa que venho planejando faz um tempo! Alugar duas bikes e aproveitar a ciclovia que beira a Marginal Pinheiros para passar o dia na represa. Um passeio diurno e saudável a dois, sem pressa aproveitando algo que São Paulo nos oferece e nunca temos tempo para vivenciar.
É possível acessar a ciclovia do rio Pinheiros pelas pontes Cidade Universitária ou pelo Parque do Povo, dali cruze para o Parque Linear Bruno Covas, mais conhecido como Ciclovia Bruno Covas, pela passarela flutuante após a Usina da Traição. Uma vez no Parque Mário Covas, siga até o fim e cruze a passarela Friedrich Bayer, e pedale até a ponte do Socorro. Siga a ciclovia até chegar ao destino, o Parque da Barragem. O lugar é ideal para descansar, curtir o visual das águas da Guarapiranga e homenagear seu parceiro e por que não esticar uma toalha com o piquenique ou então atravessar o parque em sentido Avenida Atlântica.
Por ali, em uma viela super charmosa, fica o Kleine Gasse, um delicioso e autêntico restaurante alemão frequentado por toda a colônia alemã que ainda mora nessa região da cidade. O ambiente é simples e bucólico e a comida é deliciosa. Caso você exagere no chope, no vinho ou mesmo na feijoada e a preguiça bater, vá até a Estação Socorro, que fica a 2,5
GEORGES HENRI FOZ é publicitário, restaurateur e empresário franco-brasileiro.
km do restaurante, e pegue a linha 9 da CPTM. É tranquilo e, aos finais de semana, o transporte de bicicletas é livre em alguns vagões dos trens e metrôs.
E dependendo do interesse de cada um, pode-se ainda ir ao Museu do Ipiranga e ao Parque da Independência. Recém reformado em 2022, o museu conta com acervo impecável e, bem em frente, está o parque, com seu lindo jardim, a Casa do Grito, o bosque e o Monumento da Independência.
Para terminar esse rolê delicioso, passe no Sebo Pura Poesia, que fica a 600 metros do museu, tome um café, um sorvete, veja os livros e aproveite. Se a fome após o pedal bater, a minha sugestão é parar no La Galetta Ipiranga, que fica a 500 metros de distância. Quem gosta de frango com polenta vai adorar! Essa delícia de programa ainda deve ser beneficiado com as temperaturas amenas do mês de junho, propícias para o amor. Sem contar que esse tipo de romance ainda traz saúde e todos nós sabemos que quem gosta cuida.
“Vamos ter que mudar ou seremos atropelados pela mudança”
Marcio Astrini, secretário executivo do Observatório do Clima, analisa a tragédia causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul
Estamos batendo recordes
“De quatro anos para cá, tivemos diversos avisos de que esse momento extremo estava próximo. Enchentes em Recife, chuvas em Petrópolis (RJ), São Sebastião (SP), no sul da Bahia e no norte de Minas, incêndios no Pantanal, seca na Amazônia e no Rio Grande do Sul e nesse mesmo estado chuvas fortes em 2023. Esses eventos estão sendo calculados há muito tempo no mundo todo, estamos batendo recordes: os nove anos mais quentes já registrados na história são os últimos nove. Vamos ter que mudar ou seremos atropelados pela mudança.”
Não foi prioridade na agenda
“O governo do Rio Grande do Sul participou das três últimas conferências internacionais de clima, sabia de tudo o que poderia acontecer no seu estado, recebeu os avisos, mas não deu atenção. Em 2019, o governador mutilou o código ambiental do estado, mudou 400 regras e flexibilizou o licenciamento. Em 2021, aconteceu o evento de seca, mas não houve melhora da legislação; em 2022, a mesma coisa. Esse desastre foi anunciado, dito, estudado e apresentado à exaustão.”
À esquerda, Marcio Astrini, do Observatório do Clima; acima, projeto do Parque Benjakitti Forest, sob conceito de "cidade-esponja", na Tailândia
Combater, adaptar e planejar
“São três estágios de atuação. O primeiro é quando você ataca o problema. No Brasil, metade das emissões de gases de efeito estufa vem do desmatamento; portanto, nossa primeira missão é zerá-lo. Primeiramente porque grande parte acontece na Amazônia e é quase todo ilegal, e depois porque ele desregula toda a produção de chuvas que abastecem hidrelétricas e o agronegócio - segmentos importantes da nossa economia. O segundo estágio é se adaptar a um problema que já temos contratado: o planeta aqueceu cerca de 1,2 grau e vai continuar aquecendo, independentemente do que a gente faça. E o terceiro estágio é lidar com o desastre, quando é preciso evacuar áreas, deslocar pessoas, fornecer alimentos, medicamentos, assistência psicológica, todo o plano de resgate. Não podemos pensar nisso quando a água estiver batendo na cintura.”
A lição de outros países
“Na China, as ‘cidades esponja’ usam diversos recursos naturais para absorver a água da chuva e evitar inundações, como pavimentos e calçadas permeáveis e jardins de chuva. No Japão, com os terremotos, que não estão relacionados à mudança do clima, houve toda uma adaptação na engenharia, no treinamento da população e no planejamento. A Holanda e outros países europeus têm sistemas de diques e comportas para evitar inundações. Esses países aceitaram, entenderam e trabalharam sobre o problema. Essa é a lição: aceitar, acatar a existência.”
REYNALDO GIANECCHINI DESFRUTA DE SUA LIBERDADE E INVESTE EM NOVOS FORMATOS E NARRATIVAS. ESTE MÊS, ELE ESTREIA EM SEU PRIMEIRO MUSICAL, “PRISCILLA, A RAINHA DO DESERTO”, NO TEATRO BRADESCO
POR VIVIAN MONICCICONE MÁXIMO NO UNIVERSO DRAG, RuPaul
fez história na televisão norte-americana ao apresentar para a sociedade sua arte e inspirar milhares de meninos do mundo todo a seguirem o mesmo sonho. Seu reality de competição “RuPaul’s Drag Race”, lançado em 2009, foi um sopro de ar fresco para aqueles que queriam se ver representados e ter coragem para assumir suas verdadeiras identidades e sexualidades.
Mais de uma década antes, em 1994, um filme também quebrou barreiras e foi fundamental para que artistas como RuPaul viessem com mais força: “Priscilla, a Rainha do Deserto” (do diretor australiano Stephan Elliott), que conta a história de duas drag queens e uma transexual contratadas para fazer um show em Alice Springs, cidade no deserto da Austrália. Para chegar ao destino, elas viajam a bordo do ônibus Priscilla e, claro, passam por diversas aventuras ao longo do percurso. Com tamanho sucesso, a obra foi adaptada para os palcos em 2006, virou um hit na Broadway e ganhou versões no mundo todo.
Agora, o espetáculo chega ao Brasil, no Teatro Bradesco, em uma temporada que vai de 7 de junho a 1º de setembro, e traz no papel principal Reynaldo Gianecchini – que estreia no gênero musical e promete fazer jus ao clássico, mas com
um tempero brasileiro. “Nossa versão é bastante atualizada e traz essa drag que canta e dança, ao contrário de antigamente, que era mais dublagem. Não será super fiel à Broadway e ao filme. Terá toques brasileiros bem interessantes, como o nosso humor”, avisa. Para viver o personagem Anthony “Tick” Belrose, que se transforma em Mitzi Mitosis, Gianecchini fez um mergulho profundo na arte drag e teve como maior inspiração RuPaul, de quem virou fã após assistir a todos os episódios do reality.
Aos 51 anos, com mais de 20 de carreira, o eterno galã da Globo diz estar pronto para alçar novos voos, especialmente fora da televisão – seu último papel em novela foi em “A Dona do Pedaço”, em 2019, como o vilão Régis – e investir em papéis e narrativas diferentes, que o desafiem e permitam mostrar sua versatilidade como ator. É o caso do thriller “Uma Família Feliz”, lançado este ano e que traz Grazi Massafera como companheira de cena, e da série de sucesso “Bom dia, Verônica”, da Netflix, em que interpreta o arquivilão Matias. Em entrevista exclusiva à 29HORAS, o artista fala sobre esse novo momento em sua carreira, revela suas expectativas para a estreia da peça, relembra papéis icônicos na televisão e reflete sobre a maturidade. Leia, nas páginas a seguir, os principais trechos dessa conversa.
“Priscilla, a Rainha do Deserto - O Musical” é sua estreia nesse gênero. Como surgiu o convite?
Eu já estava flertando com essa ideia há bastante tempo, quase atuei com a Cláudia Raia na peça "Cabaré", em 2011, mas fiquei doente naquela época. Concluí que estava na hora, ainda mais com esse personagem que é muito lindo, em um espetáculo que tem muita coisa legal e atual para falar, sobre a liberdade e a beleza de ser. O convite veio pela produção e eu de cara – mas com bastante medo – aceitei e estou muito feliz de ter encarado esse desafio.
Você já tinha feito algum trabalho com canto? Como foi o processo de imersão no personagem?
Venho trabalhando o canto há um tempinho, não exatamente com o objetivo de fazer musical, mas porque eu gosto de cantar e sempre tive muita vontade de ampliar a minha percepção musical. Gostaria de tocar mais instrumentos também, mas como não tenho muito tempo, o canto é algo importante na minha profissão, porque conhecer o seu aparelho vocal te ajuda na interpretação e a trabalhar as nuances da voz. Mas encarar um musical é outra coisa, é um trabalho muito mais vertical para o canto. Então a preparação se deu muito pela voz, claro, mas pela dança também, porque fazer uma drag queen exige expressão corporal, tem que estar com o corpo bem molinho e solto para interpretar danças que são tradicionais do mundo drag, principalmente o jazz. E muito da composição acontece nas trocas com os diretores (Mariano Detry e Jorge de Godoy) e com o resto do elenco maravilhoso.
Como o espetáculo da Broadway te inspirou e influenciou na composição do seu Anthony "Tick" Belrose?
Não vi o espetáculo da Broadway nem lá e nem aqui no Brasil, quando teve a versão anterior. Eu assisti ao filme quando lançou (em 1994) e revi há pouco tempo novamente. Acredito que ele está um pouco antigo, hoje em dia uma drag, principalmente depois do RuPaul, atinge outro patamar! Então a nossa versão é bastante atualizada, tem todos os tipos de drag e traz a moda e essa drag que canta e dança, ao contrário de antigamente, que fazia mais dublagem. A minha inspiração tem sido na presença dos meus colegas incríveis e me alimento de ver tanta gente boa ao meu redor.
Como era o seu contato com o universo drag queen antes da peça? Quais são as maiores descobertas com esse trabalho? Comecei a me interessar pelo universo drag queen na pandemia, porque comecei a assistir a todas
as temporadas do programa ‘RuPaul’s Drag Race’ e fiquei absolutamente fascinado! Eu via com a minha mãe, que estava comigo, e ela também amava. Descobrimos um universo, a arte drag é de muito talento e, hoje em dia, você tem que saber cantar, dançar, atuar, ter senso de humor, ser maliciosa e sexy. Comecei a ampliar o meu horizonte vendo documentários e séries, o que me fez admirar ainda mais essa arte e quem a faz com tanta excelência. São verdadeiros artistas completos, raros de se ver!
O que o público pode esperar do musical? Terá algum toque brasileiro?
O público pode esperar um grande show, porque os números musicais são muito espetaculosos.
De cima para baixo, Gianecchini com Vera Fischer em "Laços de Família"; com Raul Cortez e Priscila Fantin em "Esperança"; com Carolina Dieckmann em "Da Cor do Pecado"
Também pode esperar diversão, humor, emoção – tem vários momentos lindos que tocam demais –, hit atrás de hit para querer levantar da cadeira e dançar junto. Tem tudo! O figurino é um personagem à parte, muito lindo e criativo, e o elenco é incrível e diverso, com gente talentosa de vários lugares. É um espetáculo de encher os olhos. Tenho certeza de que todo mundo vai sair muito tocado e leve. A peça não será super fiel à montagem da Broadway e ao filme, não é uma franquia, e tem sim toques brasileiros bem interessantes, como o nosso humor. Apesar de se passar na Austrália, tem muitas referências ao Brasil, tem o nosso jeitinho, o que deixa tudo mais especial.
Seu último trabalho na TV foi em 2019, como o Régis na novela “A Dona do Pedaço”. Qual foi o motivo do afastamento? Pretende voltar às novelas?
Depois da pandemia, mudei bastante o meu direcionamento e surgiu o desejo de experimentar coisas novas. Eu venho fazendo novelas há 20 anos, então quis me exercitar em outras narrativas, outros jeitos de contar histórias, mais curtas principalmente, que desgastam menos. A novela toma muito tempo e eu queria aproveitar mais a vida, por isso decidi que, pelo menos por enquanto, eu quero me aventurar em outras áreas e fazer outros tipos de personagens. Quero explorar outros caminhos, como o streaming, que ainda está engatinhando, mas vai crescer. Há muitas possibilidades novas e agora que não tenho um contrato fixo, tenho liberdade de poder escolher e não ficar preso a nada. Como artista, essa liberdade é fantástica, estou gostando bastante dessa fase!
Já se passaram 24 anos desde a sua estreia na TV, na novela “Laços de Família”. Quais recordações você tem desse primeiro trabalho e quais foram os maiores aprendizados nessas mais de duas décadas?
Eu tenho lembranças maravilhosas dessa primeira novela, porque quase me misturei ao meu personagem. Assim como o Edu, eu também estava descobrindo o Rio e morava no Leblon. Tinha um lado muito lúdico, com colegas incríveis e pessoas que admirei a vida inteira. Por outro lado, talvez tenha sido o ano mais difícil da minha vida, porque trouxe muita mudança e responsabilidade. E agora olhando, depois desse tempo todo que passou, sou muito grato por ter adentrado nesse universo da televisão e por ter recebido tantos convites depois para que pudesse continuar a minha carreira. Fui aprendendo, especialmente com tantos excelentes profissionais, atores e diretores incríveis com quem trabalhei, e ganhando repertório, experiência e
ferramentas para trabalhar cada vez melhor. Fui conquistando tranquilidade, o que é fundamental para o trabalho do artista, ficando cada vez mais presente e me divertindo mais.
Qual é seu personagem favorito na TV?
É muito difícil escolher um personagem, tenho seis planetas em libra (risos), para mim é muito difícil escolher qualquer coisa. Parece clichê, mas de fato a gente aprende com todo papel. Mas claro que tem alguns que são ‘turning points’. O Edu de ‘Laços de Família’ foi um, porque me deu uma oportunidade incrível. Em ‘Esperança’, fazia um italiano, então mexeu muito comigo e com as minhas origens. Até hoje assisto e falo ‘que beleza!’, tenho muito orgulho de ter feito.
O Pascoal de ‘Belíssima’ também foi importante, porque ele me inseriu no mundo da comédia. Em ‘Da Cor do Pecado’, eu fiz os gêmeos Paco e Apolo e é uma novela que até hoje as pessoas falam muito. Amei fazer o remake de ‘Guerra dos Sexos’, pois foi logo após meu autotransplante de medula e eu era apaixonado pelo meu personagem Nando desde os anos 1980, quando estreou a original. Depois veio ‘Verdades Secretas’, que para mim é uma das melhores coisas que a televisão fez até hoje. Adorei fazer o vilão Fred em ‘Passione’, ao lado de Fernanda Montenegro, foi um exercício gigante! Na última, ‘A Dona do Pedaço’, começava vilão e depois me apaixonava, tinha uma curva bonita e eu gosto de personagens que começam de um jeito e terminam de outro, que trazem várias camadas.
Você lançou este ano o filme “Uma Família Feliz”, ao lado de Grazi Massafera, que chamou a atenção por ser um suspense, gênero ainda pouco trabalhado no cinema nacional. Como foi o processo de produção e atuação? E como foi a recepção do público? Eu adoro esse filme e tenho muito orgulho! É um gênero que a gente não faz muito no Brasil, mas ele é muito bem-feito, tem todos os elementos que um bom cinema de gênero precisa. Tenho um carinho gigante por essa equipe, pela Grazi, pelo diretor José Eduardo Belmonte e pelo escritor Raphael Montes, com quem já tinha feito a série ‘Bom dia, Verônica’. O processo foi muito feliz e rápido, fizemos tudo em menos de um mês e foi filmado em Curitiba, o que é bacana porque foge do eixo Rio-São Paulo. O filme exigia uma interpretação que não fosse óbvia, era tudo meio escondido, eram as camadas que estavam por trás que interessavam – foi bem difícil de fazer. Eu percebi que o público gostou muito, impressionante a repercussão nas minhas redes sociais, como as pessoas vibraram e ficaram impactadas. Fico
No alto, com Grazi Massafera no filme "Uma Família Feliz"; acima, cena da segunda temporada de "Bom Dia, Verônica", série da Netflixmuito feliz, porque esse é o grande objetivo do ator: impactar de alguma forma a audiência. É muito legal fazer cinema e é algo que eu quero explorar mais.
Quais gêneros você mais gosta de trabalhar? Há ainda um estilo ou formato que deseja experimentar na atuação?
Gosto de me experimentar em todas as frentes e cada vez mais quero tentar novas narrativas. O fundamental é sempre contar uma boa história, com bons personagens. Quando exploramos o universo do personagem, estamos explorando esse universo dentro de nós também. Então, crescemos muito como seres humanos e como artistas. Esses processos me interessam cada vez mais, tanto no cinema quanto no teatro e na televisão, mas eu não tenho preferência, gosto de intercalar. Eu não tenho preconceito com nada, acho que o ator tem que se testar mesmo em tudo, ter um olhar atento para todas as artes. Agora estou testando o formato musical e sinto que está começando uma fase muito legal de experimentação na minha vida.
Você sempre foi considerado um galã brasileiro. Ao longo de sua carreira, quais foram os prós e contras desse rótulo?
Nunca briguei com esse rótulo, porque acho que
tem um lance legal em ser galã. Mas também nunca me vi preso ou resumido a isso, sempre quis experimentar outras coisas. No teatro, tive a oportunidade de fazer uns personagens mais diferentes, e mesmo na televisão tive várias chances de fazer o anti-herói e quebrar um pouco isso do galã perfeitinho, do mocinho, do príncipe. No streaming, por exemplo, o Matias de ‘Bom dia, Verônica’ é um personagem muito forte. Eu não acredito muito em rótulos, em gavetas fechadas, acho que tudo é aberto e muda o tempo todo, não tem nada estático ou definitivo na vida, podemos sempre mudar de ideia, criar, recriar.
E como você definiria o Reynaldo Gianecchini hoje? Difícil a gente se definir em poucas palavras. Mas quando penso em mim, penso sempre nessa pessoa que quer muito ampliar o horizonte, tentar ver além do microcosmo em que vivemos. Estou nessa fase de descobrir coisas novas, olhar para o novo e achar beleza e potência em muita coisa que não eu enxergava antes. Precisamos discutir, sair da bolha e do nosso umbigo e olhar mais adiante, com empatia. Eu amo viajar, explorar e descobrir novas culturas e novos jeitos de ver a vida. O grande objetivo é a gente aprender a amar e ter mais autoconhecimento, abrir o coração.
Como está sendo a vida aos 50 anos? É melhor do que aos 20?
Estou amando a vida depois dos 50, é uma maravilha essa coisa da maturidade. Definitivamente me sinto muito melhor hoje do que qualquer década atrás. Ainda tenho muito vigor, virilidade e prazer de viver. Sou menos ansioso e mais consciente de mim. Estou pegando a rédea da minha vida. Quando você se conhece mais, fica mais confortável, forte e não liga tanto para o que as pessoas pensam, não se preocupa mais em agradar tanto. Quero viver em paz na minha verdade, com o meu prazer, fazendo as coisas de que gosto.
Como enxerga o futuro? Ainda tem algum grande sonho para realizar?
Nunca faço planos a longo prazo, porque entendo que a vida surpreende o tempo todo. Eu deixo a vida me levar, vou sentindo o fluxo, vivendo muito a partir do que ela me apresenta e fazendo as escolhas diante do que eu sinto que é melhor, seguindo minha intuição e minha verdade. Além de curtir a vida, ter espaço para as amizades, para me sentir na natureza e viajar, eu sinceramente me vejo trabalhando até velhinho, porque eu amo minha profissão e ela me leva para lugares e pessoas incríveis, além de me proporcionar muito autoconhecimento.
O ator com a colega Marieta Severo, em "Verdades Secretas"Maior evento de franquias do mundo mira cenário positivo, com 859 mil micros e pequenas empresas no Brasil
A ABF Franchising Expo, maior feira de franquias do mundo, chega a sua 31ª edição, nos pavilhões Branco e Azul do Expo Center Norte, em São Paulo. O evento ocorre de 26 a 29 de junho e deve reunir em seus 32 mil m² mais de 400 marcas expositoras do Brasil e outros países e espera receber um público de mais de 60 mil visitantes.
Dentre as novidades, a organização da feira identifica forte presença de segmentos como Moda e nichos como Óticas, Minimercados e até uma inédita franquia de Licitações.
Segundo a ABF, o mercado de franquia superou as expectativas em 2023 e cresceu 13,8%, alcançando um faturamento de R$ 240,661 bilhões, 195,8 mil operações (+6,2%) e 3,3 mil marcas franqueadoras (+3,6%). A projeção para 2024 é de um
crescimento de 10% no faturamento.
“Nos últimos anos, a franchising se consolidou não apenas como uma plataforma para implementar e escalar negócios com sustentabilidade, mas como um ecossistema colaborativo muito forte e que não para de crescer. A feira é, justamente, uma oportunidade de mergulhar nesse universo e ter contato próximo com as marcas líderes do setor e novos entrantes. Ou seja, expandir ou abrir um negócio com sólidas referências”, afirma Tom Moreira Leite, presidente da ABF.
A feira traz franquias com investimento inicial a partir de R$ 10 mil até cerca de R$ 3 milhões, de segmentos variados como Alimentação, Moda, Educação, Saúde, Beleza e Bemestar, Casa e Construção, Entretenimento e Lazer, Limpeza e
Conservação, Hotelaria e Turismo, Serviços Automotivos, Comunicação, Informática e Eletrônicos e Serviços e Outros Negócios, incluindo opções de microfranquias e franquias digitais. Os ingressos estão à venda por R$ 100 no site www.abfexpo.com.br.
Motos
A sexta edição do Festival Interlagos Suhai, evento para os apaixonados por motos, acontece no Autódromo de Interlagos. Entre 6 e 9 de junho, são esperadas mais de 150 mil pessoas, que acompanham os lançamentos de todas as montadoras. O festival viabiliza aos visitantes milhares test rides e conta com diversas atrações esportivas, musicais e gastronômicas, como o Campeonato Brasileiro de Motocross – a maior etapa da categoria na América Latina. Ingressos em: www.moto.festivalinterlagos.com.br
A atriz Mel Lisboa mais uma vez encarna a rainha do rock nacional no espetáculo
“Rita Lee – Uma Autobiografia Musical”, em cartaz até setembro no Teatro Porto. Pág. 45
“Grande Sertão” em versão urbana chega às telonas
Pág. 43
GASTRONOMIA
Festival de Tapas reúne 25 restaurantes e bares
Pág. 46
Festival Best of Blues & Rock
sacode o Parque Ibirapuera
Pág. 46
Nova coreografia do Momix viaja ao País das Maravilhas
Pág. 48
A Fogo Steakhouse trabalha com cortes selecionados argentinos e uruguaios, mas também tem carnes oriundas dos melhores rebanhos brasileiros. Não deixe de provar o T-Bone dry aged com 30 ou 60 dias de maturação, o Flat Iron, a picanha fatiada, o Ojo de Bife e o Bife Ancho. Outras boas pedidas são o galeto desossado, o carré de cordeiro e o filé mignon suíno. De sobremesa, aposte no abacaxi grelhado com sorvete de coco. �F Rua Itatupã, 18, Panamby, tel. 3542-2261.
Ana Beatriz Nogueira protagoniza a peça “Sra. Klein”, em cartaz até o dia 30 no Teatro Bravos. As histórias familiares da psicanalista austríaca Melanie Klein (1882-1960) exercem fascínio no mundo todo. Vivida agora por Fernanda Vasconcellos, a personagem Melitta, filha de Klein, expõe os conflitos com sua mãe. A montagem tem texto de Nicholas Wright e direção de Victor Garcia Peralta. Ingressos de R$ 80 a R$ 120. �F Rua Coropé, 88, Pinheiros, tel. 99008-4859.
3 segunda
A Cacau Vanilla é uma loja especializada em doces veganos e funcionais, criados pela nutricionista e confeiteira Renata Baldin. Entre os best-sellers da casa estão os brigadeiros, os bolos, as tortinhas, os cookies, as trufas e os pães de mel – tudo sem glúten e sem lactose. Na seção de salgados, destaque para os pães de queijo veganos e para os quibes de abóbora e quinoa com cream cheese de castanha.
�F Rua Padre de Carvalho, 117, Pinheiros, tel. 97500-6097.
A rede de pizzarias Bráz acaba de ampliar o número de opções veganas em seu cardápio. Preparada com massa de fermentação natural com ou sem glúten, a principal novidade é a Di Parma, cuja cobertura inclui mozzarella plant based, prosciutto vegetal e rúcula temperada. Já a Castelões é feita com molho de tomate italiano, mozzarella plant based e calabresa vegetal. No total, são oito variedades de pizzas sem ingredientes de origem animal.
�F Rua Graúna, 125, Moema, tel. 5561-1736.
kikecosta@uol.com.br
5 quarta
O gim Roku é elaborado com seis botânicos japoneses, como flores de cerejeira, chá gyokuro e pimenta sansho. Até o fim do ano, ele é a estrela do projeto The Best of Every Season, que acontece em dezenas de bares e restaurantes de São Paulo. Cada estabelecimento criou drinques exclusivos para o evento. No restaurante Geiko San, por exemplo, as atrações são o Nihon Dry, o Scarlet Negroni, o Aviation Sakura e o Shiso Smash.
�F Rua Haddock Lobo, 1.416, Jardins, tel. 3061-0150.
7 sexta
O recéminaugurado Song Qi é um sofisticado restaurante chinês que pertence ao mesmo grupo de sócios do Beefbar, formado por Felipe Massa, Dudu Massa, Ruly Vieira, Riccardo Giraudi e Rodolfo Tamborrino. Assim como na matriz, em Mônaco, o cardápio mistura tradição, inovação e sabor, tendo como carroschefes os dumplings, as receitas preparadas no wok e o famoso pato de Pequim laqueado.
6 quinta
Acaba de estrear nos cinemas paulistanos o filme “Grande Sertão”, dirigido por Guel Arraes, que também assina o roteiro junto com Jorge Furtado. O longa protagonizado por Caio Blat, Luisa Arraes, Rodrigo Lombardi, Eduardo Sterblitch e Luis Miranda é uma adaptação da obra-prima de Guimarães Rosa, transpondo a trama do sertão para a periferia de uma grande cidade. Em vez de jagunços, a produção foca nas batalhas travadas por traficantes e bandidos com a polícia.
�F Rua Barão Capanema, 348, Jardins, tel. 4327-6970.
8 sábado
A Glacé Pâtisserie é um atelier de doces finos para casamentos comandado pela confeiteira Marcella Calhado. Para fazer a alegria também de quem não foi convidado para essas celebrações - mas quer comer um docinho de festa - a marca abriu uma doceria. No extenso cardápio de delícias, os destaques são as tartelettes de frutas vermelhas, os macarons, as bombes de massa choux recheadas de creme de pistache e as minipavlovas.
�F Rua João Ramalho, 997, Perdizes, tel. 91943-1707.
FOTOS9 domingo
A edição de 2024 da NBA House acontece até o dia 23 de junho, no parque Villa-Lobos.
Lá, os fãs de basquete podem acompanhar a transmissão dos jogos de uma forma diferente, com a apresentação de mascotes, dançarinas e dunkers da NBA. As Game Nights acontecem às sextas, sábados e domingos. Os ingressos têm preços de R$ 44 a R$ 340 e garantem lugar na arquibancada ou em um exclusivo lounge com open bar.
�F Avenida Queirós Filho, 1.377, Vila Hamburguesa.
Sucesso no Rio, a Sorveteria Granado chega a SP. Os dez sabores do cardápio são inspirados nas fragrâncias da perfumaria: Bossa, Baunilha, Chá Preto & Bergamota, Limão Tahiti & Neróli, Figo, Rosa Damascena, Époque Tropical, Couro, Esplendor e Fervo Intenso. O Esplendor, por exemplo, é um gelato de baunilha com calda de caramelo salgado, e o vegano Rosa Damascena é um sorbet de morango com água de rosas. �F Rua Oscar Freire, 1.141, Jardins, tel. 3083-5559.
A Dona Celina é uma casa especializada em pães de queijo que trazem em sua composição 50% de queijo, ovos orgânicos, polvilho caipira e leite A2. A receita de família vem de Uberaba (MG) e os quitutes são oferecidos com 11 opções de recheios doces e salgados. Entre eles, linguiça artesanal, requeijão de corte e doce de leite. Prove também os palitos de parmesão com goiabada cremosa.
�F Rua Amélia Correia Fontes Guimarães, 20, Jardim Guedala, tel. 95289-5613.
O ibérico Tuy Cocina preparou um cardápio especial para o Dia dos Namorados, celebrado hoje. Ao chegar, o casal recebe o couvert e terá como opções de entrada a burrata com pesto e tomatinhos confit ou o tartar de atum. E, como prato principal, terão como alternativas o arroz de pato, os camarões Tuy, o polvo à lagareiro ou o risoto vegano. O menu custa R$ 390 por casal (incluindo sobremesa).
�F Rua Padre João Manuel, 1.156, Jardins, tel. 91641-1309.
Em cartaz nos cinemas, “Bandida - A Número Um” é um filme de ação baseado em fatos reais protagonizado por Maria Bomani e dirigido por João Wainer (de “A Jaula”). A trama se desenrola na favela carioca da Rocinha e acompanha a trajetória de Rebeca. Com apenas 9 anos, ela foi vendida pela avó para um bicheiro e depois, quando cresce, se apaixona por um chefão do crime na comunidade. Quando ele morre, ela assume o comando do tráfico no pedaço.
quinta
kikecosta@uol.com.br
O Libreria Augusto é um restaurante italiano comandado pelo banqueteiro Augusto dos Santos, que arquiva no estabelecimento seus livros de receitas e de história da gastronomia. Entre os destaques do cardápio estão o pappardele com ragu de linguiça, os gnocchi com molho de tomate, azeitona, pinoli e queijo parmesão, o clássico vitelo tonnato e o carré de cordeiro com paccheri alla crema e pesto de pistache.
sexta
Em cartaz até amanhã no Ginásio do Ibirapuera, o espetáculo “Disney on Ice” tem como mestres de cerimônia Mickey e Minnie. No rinque de gelo, eles recebem convidados como Moana, Cinderela, Rapunzel, as princesas Anna e Elsa de “Frozen”, Miguel (de “Viva! A Vida É Uma Festa”) e Bela de “A Bela e a Fera”. O show de música e dança vai te ajudar a descobrir o herói que existe dentro de você. Ingressos a partir de R$ 60.
�F Rua Manoel da Nóbrega, 1.361, Paraíso, tel. 3887-3500.
�F Alameda Tietê, 179, Jardins, tel. 91864-2671.
A atriz
Mel Lisboa interpreta a maior roqueira do Brasil no espetáculo “Rita Lee – Uma Autobiografia Musical”, em cartaz até setembro no Teatro Porto. A montagem é baseada no livro lançado em 2016, que narra os altos e baixos da carreira da artista com uma honestidade absoluta. Aborda música, discos voadores, ecologia, a prisão em 1976 e seu amor por Roberto de Carvalho. Ingressos de R$ 40 a R$ 120.
16 domingo
�F Alameda Barão de Piracicaba, 740, Campos Elíseos, tel. 3366-8700.
17 segunda
O Canto do Picuí, comandado pelo chef Wanderson Medeiros, traz um pouco de Alagoas a São Paulo. A novidade no restaurante é o almoço executivo servido de terça a sexta, por R$ 68. De entrada, tem barquinhas de tapioca crocante com carne de sol desfiada e natas. De principal, aposte no baião de dois ou na galinhada. E, como sobremesa, não perca a cocada de colher com sorvete de tapioca.
�F Rua Ferreira de Araújo, 329, Baixo Pinheiros, tel. 95583-7134.
�F Rua Guiara, 376, Pompeia, tel. 97854-0719. 18 terça
Quem quer tapa?
Até o dia 2 de julho, acontece a 2ª edição do Festival de Tapas São Paulo, que celebra esses petiscos tipicamente espanhóis. Receitas especiais e inéditas serão oferecidas nos 25 bares e restaurantes participantes, casas selecionadas pela curadora e jornalista
gastronômica Luiza Fecarotta. No Lardo Bar e Sebo, por exemplo, serão servidas croquetas de arroz e atum com queijos, kimchi e algas.
20 quinta
A Taberna 474 acaba de renovar sua carta de drinques, com criações assinadas pelo premiado mixologista Marcelo Serrano. Entre as novidades, vale muito a pena provar o Shot de Ostra (que leva Jerez, uma ostra crua, wasabi, limão e o utros temperos), o Pera Cosmo (gim de peras, vodca, mix cítrico, Aperol, e suco de cranberry) e o Ginger Palomita (à base de tequila, néctar de grapefruit, bitter de laranja e espuma de gengibre).
�F Rua Maria Carolina, 474, tel. 3062-7098.
19 quarta
Vista sem preço
O Abaru, comandado pelo chef Onildo Rocha e instalado no rooftop do edifício Alexandre Mackenzie (hoje conhecido como Shopping Light), já se consolidou como referência gastronômica no Centro Histórico.
Com uma espetacular vista para o Theatro Municipal e para o Vale do Anhangabaú, o espaço acaba de inaugurar um mirante com dois binóculos que misturam o mundo real e a realidade virtual por meio de georreferenciamento.
�F Rua Formosa, 157, Centro, tel. 2853-0373.
sexta
Especializado em fondues, o restaurante
Chalezinho
celebra seu 45º aniversário com o lançamento da fondue Pistache Flakes (R$ 157), feita com creme de pistache onde podem ser mergulhados cubinhos de brownie, frutas e marshmallows. A receita foi idealizada pelo chef da casa, Christian Bauer, em parceria com Leonardo Borges, da confeitaria Flakes, famosa por ter um Ovo de Páscoa repostado e desejado por Britney Spears.
�F Rua Itapimirum, 11, Panamby, tel. 3501-9322
Grandes nomes da música nacional e internacional são os destaques da 11ª edição do festival Best of Blues and Rock, que acontece neste sábado com apresentações ao ar livre na plateia externa do Auditório Ibirapuera. Di Ferrero abre a série de shows, seguido pela banda CPM 22. Na sequência, vêm as atrações internacionais: Eric Gales, Joe Bonamassa e Zakk Sabbath. Ingressos a partir de R$ 250.
�F Avenida Pedro Álvares Cabral, s/ n°, Parque Ibirapuera.
Termina hoje no Pavilhão da Bienal mais uma edição do São Paulo Coffee Festival, celebração aberta a coffee lovers, baristas, mestre de torra e donos de cafeterias. Lá, é possível participar de oficinas, degustar bebidas preparadas com grãos especiais e coquetéis de café, devorar comidas de rua e curtir apresentações musicais. O evento reúne mais de 100 expositores. Ingressos a partir de R$ 20.
�F Av. Pedro Álvares Cabral, s/ n°, Parque Ibirapuera.
25 terça
A mostra “Desafio Salvador Dali: Uma Exposição Surreal na FAAP”, em cartaz no Museu de Arte Brasileira, reúne reproduções de 100 das principais obras do artista espanhol. Elas ficam expostas em “caixas de luz”, com filamentos de LED que realçam as texturas e cores. Os visitantes devem levar seus smartphones, com fones de ouvido, para mergulhar no universo de Dalí por meio de audio-relatos. Ingressos a R$ 60.
�F Rua Alagoas, 903, Higienópolis, tel. 3662-7198.
24 segunda
A Bio Pescados da Amazônia é um misto de empório de produtos da Região Norte e restaurante. Tem pirarucus, tucunarés, aruanãs e caranguejos, além de melaço de tucupi, farinhas e até “vinho” de açaí. Entre as receitas assinadas pelo chef Paulo Fortunato, destaque para a banda de tambaqui, o tacacá, os camarões rosa do Pará empanados na farinha de tapioca e o Bread Fish (releitura dos patacons colombianos).
�F Alameda Lorena, 1.426, Jardins, tel. 97392-3624.
26 quarta
O Mahá Mistura Criativa é uma rede de cinco restaurantes que derivam da “matriz” cuiabana, onde brilha o talento da chef Ariani Malouf. Com uma proposta descomplicada, perfeita para refeições rápidas, tem menu recheado de brasileirices. Entre elas, a tilápia com molho de moqueca, a costela ao vinho tinto com purê de abóbora e farofa de castanhas, o bobó de frango com arroz de coco e o polpetone ao molho rústico.
�F Avenida Ipiranga, 344, Centro, tel. 91319-9192.
Mondo executivo
O restaurante Mondo está com novidades em seu Menu Mezzogiorno, servido nos almoços de segunda a sexta-feira. O preço fixo de R$ 98 inclui uma salada (a clássica caprese ou a mista, feita com folhas e croutons de polenta), um prato principal (saltimbocca à romana ou frango grelhado com legumes ou peixe do dia com risotto de parmesão ou spaghetti cacio & pepe) e uma sobremesa, que pode ser um tiramisù ou a fruta do dia.
�F Rua Oscar Freire, 30, Jardins, tel. 3061-2787.
O público paulistano pode conferir a mais nova criação do coreógrafo Moses Pendleton, inspirada nos livros de Lewis Carroll sobre Alice e o País das Maravilhas.
A aclamada companhia norte-americana se apresenta hoje na Vibra São Paulo com seus dançarinos-ilusionistas trajando incríveis figurinos e adereços, em cenas com efeitos surpreendentes de luz e trilha sonora viajante. Ingressos de R$ 40 a R$ 360.
�F Avenida Nações Unidas, 17.955, Santo Amaro.
O bar Edith, inaugurado no início do ano pela chef Dani Borges, tem pratos de inspiração francesa no cardápio, como o fricassée de frango, o filé mignon suíno ao molho poivre e o peixe em molho bisque. Para beber, o mixologista Rafael Mariachi criou drinques como o Dali Delight (feito com vodca de pera, aperitivo Ramazzotti rosato e espumante) e o Orleans, à base de bourbon, amaretto, xarope de mapple e bitter de chocolate.
�F Rua Rego Freitas, 516, Centro.
30 domingo
Pratos que já se tornaram clássicos do Vista Ibirapuera, no topo do prédio do MAC, agora integram o menu do Vista Jardins. Entre eles, o quiabo grelhado com molho de missô, o carpaccio de wagyu ao molho de tucupi negro, lascas de queijo Tulha, tomates assados e rúcula (foto), a pizzeta Ibérica (com chorizo espanhol, mozzarela e pimentão defumado) e massas como os caramelli de queijo boursin com ragu de cordeiro e hortelã.
�F Rua Haddock Lobo, 1.626, Jardins, tel. 5196-4022.
POR Kike
Martins da Costa
Apple TV e Netflix estreiam séries de suspense estreladas por Jake Gyllenhaal e Benedict Cumberbatch, respectivamente; Disney+ exibe documentário sobre a banda The Beach Boys, e acervo do Max inclui pérolas como o despudorado ‘dating show’ britânico “Naked Attraction”, disputado por pessoas peladas
“THE BEACH BOYS”
Disney+
“NAKED ATTRACTION”
Max
Neste “dating show”, uma pessoa escolhe seu parceiro entre seis candidatos nus. A cada etapa, uma parte do corpo dos postulantes é revelada, e um deles é eliminado. Sem pudor, genitálias e seios são exibidos em close e analisados em tom bem-humorado. Para concluir, a pessoa que escolhe também tira a roupa e fica frente a frente com os dois finalistas, todo mundo peladão. É divertido, mas bem pouco sexy. Afinal, trata-se de uma produção britânica, do Channel 4! “
Esta nova série em seis episódios estrelada por Benedict Cumberbatch (“Doutor Estranho”) acompanha a busca desesperada de Vincent, um pai cujo filho de 9 anos desaparece a caminho da escola. Sentindo-se culpado, ele se apega aos desenhos de um monstro azul chamado Eric feitos pelo menino e se convence que, se conseguir colocar Eric na TV, seu filho Edgar voltará para casa. A obsessão de Vincent o afasta de familiares, colegas de trabalho e até dos detetives.
Este documentário recém-lançado na plataforma foca na trajetória da lendária banda californiana que foi um expoente da surf music, mas tinha também canções psicodélicas, com arranjos elaborados e complexas harmonias. No final dos anos 1960, os Beach Boys eram considerados a versão mais solar e norte-americana dos Beatles. A produção traz entrevistas com Brian Wilson, Mike Love, Al Jardine, David Marks e Bruce Johnston, ex-integrantes do grupo.
“ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA” AppleTV
Produzida por David E. Kelley (de “Big Little Lies”), J.J. Abrams (de “Lost”) e Jake Gyllenhaal (que atua também como protagonista), esta série em oito episódios estreia dia 12 de junho e é baseada em um best-seller de Scott Turow sobre a investigação de um hediondo assassinato ocorrido em Chicago. Só que, para complicar, um dos chefes da Promotoria torna-se suspeito de ser o autor do crime. A trama aborda temas como obsessão, sexo, política e poder.
Biomimética.
texto Luiz Toledo yestoledo@gmail.com
arte
André Hellmeister andre@collages.com.br
Como um caçador de borboletas, costumo caçar palavras. Quando pego alguma especial, eu colo a bichinha no meu quadro de ímãs. No caso da minha última presa, me encantei com seu significado, seu conceito. Biomimética é a ciência que busca aprender princípios e estratégias da natureza para trazer conhecimento e soluções para diversas áreas da nossa vida. Um exemplo clássico de biomimética foi a criação do velcro, nascido da observação dos carrapichos. Braços biônicos de laboratórios foram inspirados nos movimentos da tromba dos elefantes. Libélulas ensinaram drones a voar com mais eficiência. Vidros de edifícios agora são dotados de adesivos baseados nas teias de aranhas que refletem luz ultravioleta (UV), que impedem a colisão dos pássaros. Enfim, a biomimética está inserida em todos os setores da economia. É a natureza, o meio ambiente, participando não só como um celeiro de matérias-primas, mas como
uma escola, uma universidade, com uma sabedoria acumulada de milhões, bilhões de anos.
Em tempo: Rio Grande do Sul vai voltar a sorrir.
E será um exemplo para todo o país (já está sendo). Enquanto isso: paraquemdoar.com.br