ブ ラ ジ ル ・ 日 本 特 集
ブ ラ ジ ル 日 本 移 民 110 周 年
料 旅 理 行
興 味 深 い ト マ ス ゴ ン ザ ガ 街
未 来 都 市、 東 京
誌
2 0 1 8 年 7月号 コ ン ゴ ニ ャス 空 港 ご 自 由 に お 持 ち 帰 りくだ さ い
JULHO/2018
d i st ri b u i çã o g rat ui ta no ae rop o rto d e co ng onha s
Especial Brasil · Japão 110 ANOS DE IMIGRAÇÃO GASTRONOMIA As surpresas da Rua Thomaz Gonzaga
TURISMO
Tóquio, a cidade do futuro
O Honda HR-V e o Honda WR-V foram alĂŠm mais uma vez. Conhe a a viagem que redefiniu o fim do mundo e mostrou todo o potencial dos SUVs da Honda.
4 PAĂ?SES 2 OCEANOS 1 NEVASCA Veja mais em honda.com.br/no-fim-do-mundo Nenhum modelo foi modificado para este projeto.
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O projeto encontra-se aprovado na Prefeitura Municipal de São Paulo, conforme alvará de aprovação de edificação nova nº 2018/06641-00 publicado em 27/04/2018, apostilado em 05/05/2018 sob IMOBILIÁRIA LTDA. - CNPJ/MF: 07.722.403/0001-93 – Av. das Nações Unidas, 8.501 - 18º andar, Eldorado Business Tower - Pinheiros - São Paulo - SP - CEP 05425-070 - CRECI-SP: J-19604. 24.073-J. Todos os móveis, ornamentos, objetos de decoração, revestimentos de pisos, paredes e forros são meramente sugestões decorativas e não integram o objeto do contrato. A vegetação
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o n° 2018/06641-01. A incorporação encontra-se devidamente registrada sob nº 04 da matrícula nº 118.778 de competência do 1º Registro de Imóveis de SP. GAFISA VENDAS INTERMEDIAÇÃO LPS São Paulo - Consultoria de Imóveis Ltda. – CNPJ: 15.673.605/0001-10 - Rua Estados Unidos, 1.971 - Jardim América - São Paulo - SP – CEP 01427-002 - Tel.: (11) 3067-0000- CRECI-SP: que compõe o paisagismo retratado nas perspectivas é meramente ilustrativa e apresenta porte adulto de referência. *A metragem de 114 m² representa a junção das plantas de final 1,2,3 e 4.
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Sumário
# 1 05 j ulho 2 01 8 www.revista29horas.com.br
/revista29horas @revista29horas
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Publisher Pedro Barbastefano Júnior
Conselho editorial Chantal Brissac, Clóvis Cordeiro, Didú Russo, Georges Henri Foz, Kike Martins da Costa, Luiz Toledo e Pedro Barbastefano Júnior
Especial Brasil · Japão
redação Chantal Brissac (diretora de redação); Kike Martins da Costa (editor contribuinte); Ana Júlia Cano (repórter); André Cordeiro (repórter); Rose Oseki (diretora de arte); Denise Ikuno (designer); Karen Suemi Kohatsu (design e tratamento de imagem)
os 110 anos da imigração, o 21º Festival do japão, as delícias da rua Thomaz Gonzaga, dicas preciosas na liberdade e as histórias de japoneses e descendentes que simbolizam a cultura nipo-brasileira
Colaboradores André Hellmeister, Carlos Monteiro, Didú Russo, Dona Lourdes, Estúdio Nono (projeto gráfico), Georges Henri Foz, Lalai Persson, Luiz Maudonnet, Luiz Toledo, Patricia Palumbo, Pro Coletivo P U BL I CI DADE diretor dos esCritórios regionais Luiz Carlos Stein (stein@29horas.com.br) gerente Giovanna Barbastefano (giovanna@29horas.com.br) Co mErCI AL comercial@29horas.com.br
gerente Rafael Bove equiPe: Angela Saito, Fábio Braga e Raphael Favilla brasília – Leonardo Freitas (leonardo.freitas@ootb.net.br)
Curitiba – Alexandre Martins (alexandre.martins@29horas.com.br) santa Catarina – Jean-Luc Jadoul (jljadoul@terra.com.br) rio de Janeiro – Rodrigo Oliveira (rodrigo@rjmidia.com.br) FlorianóPolis – Sonia Meireles (sonia@yaguar.com.br)
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Hora H
CamPinas e região – Marília Perez (marilia@imediataonline.com.br ribeirão Preto – João Queiroz (comercial@bbipublicidade.com)
norte e oeste do Paraná – Marcelo Pajolla (pajolla@pajolla.com) mato grosso do sul – Armando Miranda (armando@tmidiabrasil.com.br)
ColunAS
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minas gerais – Cibelle Bernardes (cibelle@sbfpublicidade.com.br)
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assistênCia ComerCial Anderson Vidal (anderson@29horas.com.br)
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Jornalista resPonsável Chantal Brissac (MTB 15.064)
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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA E EXCLUSIVA NAS SALAS DE EMBARQUE E DESEMBARQUE DO AEROPORTO DE CONGONHAS
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rio grande do sul – Leonardo Hoffman (leonardo@zigon.com.br)
imPressão e aCabamento Plural Indústria Gráfica Ltda
2 9 HOR AS é uma publicação mensal da MPC11 Publicidade Ltda. A revista 29 HOR AS respeita a liberdade de expressão. As matérias, reportagens e artigos são de responsabilidade exclusiva de seus signatários.
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Av. Nove de Julho, 5966 - cj. 11 — Jd. Paulista, São Paulo — Cep: 01406-200 Tel.: 11.3086.0088 Fax: 11.3086.0676
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A TIRAGEM E DISTRIBUIÇÃO DESTA EDIÇÃO DE 65.000 EXEMPLARES é AUDITADA PELA BDO.
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Especial Brasil · Japão
Inovação, meio ambiente, turismo e muito mais
Rádio vozEs Patricia Palumbo transita pela música da compositora joyce
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moBilidadE Pro Coletivo apresenta o Mobilab Bon vivant Georges henri e os pratos para compartilhar
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Bom dE Copo Yasmin Yonashiro e os saquês instantE FotogRáFiCo o fotógrafo haruo ohara no acervo digital do IMS
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23H às 29H Dona lourdes vai ao karaokê com as amigas
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HoRa livRE luiz Toledo explora o lirismo do haikai
Hora Rio As melhores dicas de programas do Rio
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110 anos dE imigRação A intrincada história da imigração japonesa FEstival do Japão o precioso evento organizado pela colônia que acontece em SP a liBERdadE Dicas para sair de lá com uma legítima experiência pERsonalidadEs histórias de japoneses e descendentes no Brasil viagEm Tóquio e sua mistura de tradição e modernidade
agenda 29h Dicas de programas em São Paulo para todos os dias e horas do mês
hora
Principal prêmio de design, birdwatching, iniciativa para salvar o Rio Pinheiros, o vencedor do concurso Comida di Buteco 2018 e os principais eventos de julho acontecendo em SP
H
m u s a s | m e i o a m b i e n t e | i n o va ç ã o | t u r i s m o | e v e n to s
BiRdwatChing
FOTO arquivO pessOal
topetinho-verde, um dos menores beija-flores do Brasil, com cerca de 3g. Foto clicada por guilherme Battistuzzo, biólogo e guia da atlantic Forest Expeditions. pág. 16
Musas Elza Soares lança novo álbum pág. 12
Inovação 32º Prêmio Design MCB pág. 14
botecageM Conheça o Bar do Jão pág. 18
turIsMo Uma viagem a Puerto Varas pág. 20
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musas
Elza de Deus
Elza Soares acaba de lançar seu 35º álbum de estúdio, "Deus é Mulher", e inspira um musical que estreia no dia 19 no Teatro Riachuelo, no Rio, sobre sua dura e vitoriosa trajetória
por KIKE MARTINS DA COSTA
FOTO Daryan DOrnelles
EstE mês, Elza soarEs completa 81 anos,
Elza lança CD e tem musical em cartaz inspirado em sua vida
mas a idade avançada não impede que ela siga em plena atividade: a cantora acaba de lançar seu 35º álbum de estúdio, “Deus É Mulher”, e roda as principais capitais do país fazendo shows para divulgar as faixas do novo CD, o primeiro produzido após “A Mulher do Fim do Mundo” (2015), vencedor do Grammy Latino de melhor álbum de Música Popular Brasileira e considerado pelo “The New York Times” um dos dez melhores discos do ano no mundo todo – lista em que Elza figurava ao lado de David Bowie e Beyoncé. “Meu disco anterior, 'A Mulher do Fim do Mundo', é forte e bonito, mas muito fechado, pesado, uma coisa dark. 'Deus é Mulher' vem mais aberto, mais solar, a gente está precisando de algo mais assim neste momento”, avalia Elza. “Deus é Mulher” é uma obra política, feminista e que toca em questões urgentes para a população negra e para as mulheres. Dialoga também com a própria vida da cantora, que nasceu numa favela, filha de uma lavadeira e de um operário, e enfrentou preconceitos e muitos obstáculos até gritar, ou melhor, cantar por sua emancipação. Logo na primeira faixa, “O Que Se Cala”, a cantora avisa: “Minha voz uso para dizer o que se cala / O meu país é o meu
lugar de fala”. Elza empresta a sua para amplificar as vozes de milhares de pessoas. Na faixa “Deus Há de Ser”, de Pedro Luís, Elza canta que Deus é mulher e mãe, pois ele amacia a dureza dos fatos e todos querem seu colo. Para ela, a divindade suprema é mulher porque, enquanto alguns leem sobre o calvário de Jesus Cristo e imaginam algo distante, Elza só consegue se lembrar do sofrimento de sua mãe, em meio à pobreza extrema, ralando para sobreviver e carregando lata d'água na cabeça para criar seus filhos, contra todas as dificuldades possíveis. Ela mesma, mãe de sete filhos, viveu durezas impensáveis tendo que se casar criança, aos doze anos, por imposição do pai, e perdendo quatro dos sete rebentos. A propósito, a dura e vitoriosa vida da cantora poderá ser conferida em um espetáculo musical que estreia dia 19 deste mês no Teatro Riachuelo, no centro do Rio. “Elza Soares – O Musical” conta a trajetória da diva por meio de seus grandes sucessos. O projeto tem direção de Duda Maia, dramaturgia de Rafael Gomes e Vinicius Calderoni e direção musical de Pedro Luís – músico do grupo Monobloco.
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O Prêmio de 2017 expôs o protótipo E.CUB, da Rede Design Senai; à dir., o cartaz vencedor de 2018
FOTO renaTO ParaDa
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I N o Va Ç Ã o
A celebração do design
pop pósimpressionista
Reconhecido por valorizar a atuação dos profissionais do design junto à indústria brasileira, o Prêmio Design Museu da Casa Brasileira recebe inscrições até o dia 8 de agosto
O Concurso do Cartaz para a 32ª edição do Prêmio Design MCB recebeu neste ano 424 inscrições, com participantes de 15 estados, e teve como vencedor o designer pernambucano Celso Hartkopf Lopes Filho, que fez uma bela imagem em composição cromática que aposta na gestualidade e no uso de objetos de caráter popular.
DEsDE 1986, o Museu da Casa Brasileira, o único museu do país especializado em arquitetura e design, agita anualmente o universo de designers com o seu Prêmio Design MCB, principal premiação do segmento no país, agora na sua 32ª edição. O burburinho começa em junho, quando abrem as inscrições nas mais variadas áreas – os trabalhos serão admitidos até 8 de agosto. Em outubro vem o resultado dos vencedores e em novembro é aberta a grande exposição com os mais inovadores objetos e peças da indústria brasileira (além de protótipos). As categorias vão do design de produtos à produção escrita, acadêmica e editorial. Para Levi Girardi, coordenador da comissão julgadora da categoria de Produtos, o Prêmio é muito relevante e tem a função de mostrar a riquíssima produção do país. “Gostaria de ver este ano mais exemplos de design das áreas de transportes e eletroeletrônicos, além das categorias em que o design já é consolidado, como iluminação
e mobiliário”, explica o designer, sócio fundador do estúdio Questtonó, com sedes em São Paulo, Rio de Janeiro e Nova York. Segundo Girardi, o design deve ser visto hoje de forma mais holística, pois envolve “uma experiência completa” para o consumidor. “O design está conectado com a marca, com os serviços, com a embalagem, com a interface digital que proporciona. Esse será um critério importante para avaliar o Prêmio de 2018”, ele pondera. Nas inscrições, pelo site, o participante pode concorrer em quantas categorias desejar. O resultado será divulgado no dia 23 de outubro e o vencedor de cada categoria receberá R$ 6 mil. O prêmio maior, porém, é participar da exposição que abre no dia 10 de novembro recheada de obras de destaque do design brasileiro. musEu Da casa brasIlEIra - Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705, Jardim Paulistano, tel. 3032-3727 mcb.org.br
O júri, coordenado pelo fotógrafo e designer Gal Oppido, apostou na criatividade da peça e em sua forte identidade cultural. Para Gal, a cena cotidiana do Brasil revela gesto e objeto: “Na imagem é possível ver as cores primárias dentro de uma construção pop pós-impressionista gerada a partir da repetição de módulos cromáticos, que resultam em uma peça com alto rendimento visual”, ele afirma. Além do vencedor, que receberá prêmio de R$ 3 mil e terá um contrato de mais R$ 3 mil, o júri selecionou mais 100 trabalhos que farão parte da mostra do Concurso do Cartaz, aberta em novembro e que contará com a participação do público em votação popular.
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PA S S E I O
Olha o passarinho Há tempos difundida no exterior, a prática de observação de aves explodiu entre os brasileiros na última década POr ana júlia cano
tros Ornitológicos, existem hoje no Brasil 1.919 espécies de aves, o que nos coloca na posição do segundo país com a maior biodiversidade de pássaros no globo – atrás somente da Colômbia e, dependendo do artigo científico, atrás também do Peru, com um número muito próximo. No entanto, lideramos o vergonhoso ranking de nação com mais espécies ameaçadas de extinção: dessas 1.919, 173 estão globalmente ameaçadas de extinção, segundo a BirdLife International – principal organização de conservação de aves no mundo. Uma das práticas que auxilia na contenção e na reversão desse quadro é a observação de aves na natureza. "A partir do momento em que as pessoas conhecem as espécies de passarinhos e têm uma proximidade maior, elas começam a cuidar das aves. Essa conexão é que gera a conservação", explica Albert Aguiar, coordenador da SAVE Brasil, instituição que atua em diversos projetos espalhados pelo país a fim de proteger espécies ameaçadas e os ambientes dos quais estas dependem. Ser um observador de aves – ou um "birdwatcher" – é gostar de fazer viagens e trilhas para ver novos pássaros. Há quem fotografe todas as espécies que vê, há quem faça listas com todos os pássaros que já viu e há simplesmente aqueles que contemplam as aves e seguem a vida. "Mesmo aquela pessoa que não viaja, mas que tem o comedouro de passarinho
ou o bebedouro de beija-flores no fundo do quintal também é um observador de aves", explica Guto Carvalho, idealizador do Avistar – encontro anual que tem como principal objetivo promover a observação de aves como instrumento de conservação, de qualidade de vida, de turismo e de lazer. Segundo ele, ao longo das treze edições do evento, houve um aumento evidente de observadores brasileiros participando do encontro. A partir do número de usuários que colaboram para o portal WikiAves, estima-se que existam hoje no Brasil mais de 30 mil adeptos dessa prática. Além da SAVE Brasil e do Avistar, outros promotores do birdwatching são o Observatório de Aves do Instituto Butantan e o Departamento de Áreas Verdes da Prefeitura (DEPAVE). Juntas, estas instituições organizam as chamadas "passarinhadas" pelos parques municipais de São Paulo, nos quais é possível observar uma grande parcela das 458 espécies de aves existentes na cidade (Dado: Inventário da Biodiversidade do Município de São Paulo, 2016).
na foto, Jacutinga (Aburria jacutinga) clicada por marco Silva. A ave está em perigo de extinção
FOTO MARCO SILVA
SEgundO O COmItê BrASIlEIrO dE rEgIS-
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Conheça, experimente e apaixone-se #VemPassarinhar
Wiki Aves
SAVE Brasil
O projeto, que já passa de sua 63ª edição, é uma parceria do Observatório de Aves do Instituto Butantan com o Departamento de Áreas Verdes da Prefeitura (DEPAVE) e a ONG SAVE Brasil. Juntas, estas instituições organizam encontros gratuitos para a observação de aves em parques da cidade de São Paulo. O evento acontece sempre no ÚltImO SáBAdO dO mêS , àS 7h . O ponto de encontro é divulgado com uma semana de antecedência na página do Facebook "Observatório de Aves - Instituto Butantan".
O site colaborativo é o segundo portal de aves mais acessado do mundo. A plataforma já catalogou 1.883 espécies brasileiras através da colaboração de 29.216 birdwatchers, somando 2.316.831 fotografias e 141.584 sons de aves nacionais. Estes registros, catalogados de acordo com a região e a data de captação, produzem uma base de dados com alto valor científico. O WikiAves é, portanto, considerado um expoente da ciência cidadã.
A Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil é uma ONG focada na conservação das aves brasileiras. Entre as espécies com as quais o grupo desenvolve projetos atualmente estão a Jacutinga (foto), que está em perigo de extinção, a Rolinha-doplanato e o Bicudinho-dobrejo-paulista, ambas em perigo crítico de extinção. Ao contribuir com a ONG, você financia estes projetos e tem acesso a viagens exclusivas para observar aves.
ww.wikiaves.com.br
ww.savebrasil.org.br
Atlantic Forest Expeditions Expedições guiadas para observar aves em diversas regiões do Brasil. Dentre os roteiros oferecidos, há opções para quem está em conexão de voo por São Paulo e quer fazer passeios curtos para ver pássaros que só existem por aqui. As trilhas são guiadas por Guilherme Battistuzzo, biólogo e fotógrafo especializado em aves.
www.atlanticforestbrazil.com Instagram: guilhermebattistuzzo
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FOTO Lu gebARA
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À esq., Seu João e Alexandre; abaixo, o prato vencedor do concurso este ano
BOtECAgEm
Cozinha de raiz Vencedor pela segunda vez do concurso Comida di Buteco, o Bar do Jão é um achado da baixa gastronomia
É no Bar do Jão, um lugar despretensioso e muito simples localizado no bairro da Penha, que se degusta alguns dos petiscos mais saborosos de São Paulo. Fundada em 1994 por Seu João Alves, um português nascido na Ilha da Madeira, a casa já é bicampeã paulista do concurso Comida di Buteco, que há 19 anos seleciona os melhores petiscos de botecos do Brasil. Com seu genuíno espírito da botecagem, o Bar do Jão tem atraído gente de vários
cantos da cidade que querem compartilhar esse clima de encontro informal, conversa fiada e boa comida e bebida. O prato premiado este ano foi criado por Alexandre, que toca o bar ao lado do pai. Trata-se de um pão italiano recheado com tiras de filé mignon ao molho de gorgonzola, requeijão, parmesão e mussarela, batizado como “Entre um queijo e outro, que tal um filezinho?” Alexandre conta como surgiu a criação vencedora, que custa R$ 24,90: “Eu estava em casa
com a minha mulher, quando chegou um casal de amigos. Abri a geladeira e vi que tinha carne e alguns tipos de queijo, além de pão. Na hora me veio a ideia de fazer esse prato, que cativou muito meus amigos”. Não só eles, como o corpo de jurados e o público, que votaram para escolher o melhor boteco entre os 57 participantes na etapa paulistana. O concurso está hoje em 21 cidades e inclui 600 botecos do país. No dia 23 de julho acontecerá a premiação do melhor boteco do Brasil. Em 2017, o Bar do Jão levou o prêmio nacional com o seu “Bacalhau da Dona Arminda” (lombo de bacalhau desfiado com quinoa, linhaça, cebola roxa, tomate e azeitonas pretas, servido em rodelas de
pães), petisco inspirado em Dona Arminda e Seu Carolino, casal de feirantes portugueses que acolheu João na capital paulista, quando ele chegou da Ilha da Madeira. “Eles ajudaram meu pai até que ele se firmasse”, lembra Alexandre. O Bar do Jão representa bem a cultura do boteco familiar, aliás o mote do Comida di Buteco. “Nosso objetivo é transformar vidas por meio do concurso, estimulando negócios familiares com foco na comida caseira", diz Maria Eulália Araújo, uma das fundadoras.
BAr dO JãO - Rua Antônio Lobo, 33,
Penha, tel. 2941-8373. Segunda a sábado das 17h às 23h.
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CInEmA
Aprendendo a criticar
Uma vida em textos
Do dia 18 ao dia 27 de julho, acontece o curso "Pensando a crítica de cinema", ministrado por Sérgio Alpendre, no Espaço Itaú de Cinema
Recém-lançado, “A arte de querer bem” reúne crônicas do escritor Ruy Castro
“A arte de querer bem” Ruy Castro PrEçO: R$ 29,90/ R$ 19,99 (e-book) PágInAS: 256 EdItOrA:
Estação Brasil
“Acrescento que nunca fiz outra coisa na vida senão escrever”, diz Ruy Castro na crônica “Autor da bula”, de seu mais novo livro, “A Arte de Querer Bem.” Trata-se da mais pura verdade. Ruy é um operário das palavras, escritor e jornalista conhecido por livros como “Chega de Saudade”, uma reconstituição da Bossa Nova e da vida boêmia e cultural carioca da época; “Carmen”, uma biografia sobre Carmen Miranda; e “Estrela Solitária”, sobre a vida do jogador Garrincha, entre outros. As paixões de Ruy, assim como episódios de sua vida jornalística e pessoal, podem ser encontrados neste recém-lançado “A arte de querer bem” (Estação Brasil). O livro é um compilado de crônicas publicadas no jornal Folha de S. Paulo entre 2008 e 2017, em que Ruy expressa o amor por sua profissão, pelo futebol, por sua cidade, pela música e por sua vida. Os textos são curtos e de fácil leitura. Traços fortes são o humor e a leveza com que o autor conduz os mais diversos assuntos. É assim quando ele conta sobre um bizarro acontecimento, como o de uma máquina de escrever que quase caiu em sua cabeça quando criança, ou até mesmo quando mergulha em reflexões inusitadas, como a da tecnologia de nuvem.
Por ser um compilado de crônicas, uma coisa que falta ao livro são menções às datas em que elas foram publicadas. Com a ausência delas, o leitor pode se sentir perdido em alguns momentos por não ter o conhecimento do contexto em que elas foram escritas – contexto este que é inerente ao leitor de jornal quando lê a crônica no dia. Então algumas referências temporais – como quando o autor escreve “há dois anos”, ou “outro dia” – e citações sobre peças em cartaz, ou até mesmo do ambiente político e cultural, se perdem na leitura hoje. Isso não diminui a qualidade dos textos de Ruy, mas tira o aproveitamento total da experiência de lê-los.
Assim que a sétima arte se estabeleceu, surgiu com ela a crítica cinematográfica. De lá para cá, a principal mudança nesta atividade foi a maneira como ela é feita, recebida e entendida. Por um lado, nunca houve tantos críticos. Por outro, nunca a influência das críticas no fracasso ou sucesso de uma obra foi tão baixa. Pensando nisso, o crítico de cinema, professor, pesquisador e jornalista Sérgio Alpendre desenvolveu um curso sobre crítica cinematográfica. Por meio de diferentes textos, Alpendre estudará com os alunos os estilos de escrita, as principais revistas do nicho e as diferentes abordagens de acordo com as plataformas e veículos. O objetivo é proporcionar uma compreensão do que pode ser uma crítica na época da informação e da multiplicidade dos pontos de vista. O curso, que acontece no anexo do Espaço Itaú de Cinema da Rua Augusta, custa R$ 320 e é aberto para participantes com ou sem experiência na área. Informações e inscrições pelo e-mail escola@cinespaco.com.br.
andré cordeiro
www.escolanocinema.com.br
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turISmO
Osorno, o vulcão onipresente Puerto Varas, um destino inesquecível na região dos Lagos Andinos chilenos
POr rose M. oseki
O ChIlE é um país que reserva ricas paisagens aos seus visitantes. Um dos destinos mais surpreendentes é a cidade de Puerto Varas, distante a pouco mais de 1.000 km da capital, Santiago, e que serve de base para conhecer a região de Los Lagos. Para alcançar Puerto Varas é necessário seguir de avião a partir de Santiago até Puerto Montt, uma cidade vizinha de Puerto Varas, onde está localizado o aeroporto mais próximo, El Tepual. Situada junto ao lago Llanquihue, o segundo maior do país, Puerto Varas logo mostra sua influência germânica nos edifícios de madeira – a cidade foi fundada no século XIX pelos imigrantes alemães. Ao fundo, avistamos o plácido vulcão Osorno – comparado ao Monte Fuji por sua semelhança –, e ao seu lado o vulcão Calbuco, o mesmo que entrou em erupção em 2015. Vale a pena se hospedar em um dos hotéis que ficam de frente para o lago para apreciar esta vista encantadora.
De Puerto Varas é possível iniciar um passeio imperdível: o da navegação pelo lago Todos los Santos. É recomendável reservar o passeio para o dia, com a melhor previsão de tempo, pois é uma região chuvosa. Após percorrer de ônibus ao longo do lago Llanquihue, vale entrar no Parque Nacional Vicente Pérez Rosales para conhecer os Saltos de Petrohué. Segue-se então de catamarã pelas águas cor de esmeralda do lago Todos los Santos, acompanhados pela presença majestosa do Osorno e dos vulcões Puntiagudo e Tronador, até chegar à Vila Peulla. Com apenas 120 habitantes, o vilarejo é centrado no ecoturismo – passeios como tirolesa, cavalgada e safari 4x4 nos permitem apreciar o silêncio em meio à natureza. Quem quiser dar um pulo em Bariloche pode viajar no Cruce Andino, a travessia de navegação pelos lagos andinos, com ou sem pernoite. Já quem anseia ver a neve de perto deve subir o vulcão Osorno de teleférico, onde funciona a estação de esqui no inverno. Aproveite para tirar muitas fotos!
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mEIO AmBIEntE
Iniciativa inspiradora O #VoltaPinheiros quer salvar um dos mais importantes rios de SP
POr andré cordeiro
“Já ImAgInOu vEr dO AvIãO,
Emirates lançará voos para Santiago via São Paulo A partir de 5 de julho, a Emirates passará a realizar cinco voos semanais de Dubai para o Aeroporto Internacional de Santiago (SCL), via São Paulo (GRU). A nova rota será operada com um Boeing 777-200LR, com 38 assentos em classe executiva e 264 em classe econômica, além de oferecer 14 toneladas de capacidade de carga.
São Paulo saídas: tEr, quI, SEx, SáB e dOm às 18h30
Santiago saídas: SEg, quA, SEx, SáB e dOm às 18h30 duração dos voos: 3h10 e 4h45, respectivamente
chegando em São Paulo, o Rio Pinheiros limpo, com pessoas usando?”. É essa imagem que Marcelo Reis, co-presidente da agência de propaganda Leo Burnett, quer que aconteça. Mineiro, ele viu o Rio Arrudas, em Belo Horizonte, se sufocar em esgoto ao longo dos anos. Como acontece com a maior parte dos rios brasileiros, o Arrudas virou um triste depositório de lixo, sem vida. “Não sou paulistano, mas quero fazer minha parte como morador dessa cidade que me acolheu há mais de vinte anos”, diz Marcelo, fundador, junto a outros publicitários, do grupo #VoltaPinheiros, que tem como objetivo conscientizar a sociedade civil e os órgãos públicos do atual estado do rio Pinheiros. A meta principal é que uma primeira reunião seja feita com interessados, empresários e especialistas, liderada pelo poder público e monitorada pelas ONGs do segmento.
Para divulgar a causa, o grupo elaborou diversas campanhas. Em uma bastante noticiada eles colocaram dois infláveis feitos de material reciclável em formato de emoji de cocô flutuando nas águas do rio Pinheiros. O grupo também tem concentrado ações em escolas públicas e privadas. Recentemente, reuniu 300 estudantes para uma manhã de engajamento no Parque do Povo, próximo à Marginal Pinheiros. Quem participou pôde escrever numa cédula qual notícia espera ler em 2020 sobre o rio Pinheiros. As cédulas foram colocadas em uma cápsula do tempo, que foi enterrada e será aberta daqui a dois anos. É pouco tempo, mas esperamos que as notícias sejam melhores até lá.
voltapinheiros.com.br
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EvEntOS
Mês repleto de novidades
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Julho em São Paulo acena com feira ligada ao setor calçadista, além de eventos de panificação e de móveis em madeira
Prepare-se para agosto
Bienal do Livro
FiPAN FrANCAl Principal evento voltado para indústria e varejo de calçados e acessórios de moda, a Francal chega em sua 50ª edição. O evento de 2018 tem como objetivo trazer informações atuais e inspiradoras por meio de desfiles, painéis, fóruns e palestras dinâmicas. Lá estarão reunidos todo o trade do setor, as mais importantes marcas da cadeia produtiva nacional, lojistas de todo o Brasil e compradores do exterior.
A FIPAN é a maior feira de Panificação e Confeitaria da América Latina e uma das principais destinada a operadores do food service. A edição 2018 levará aos profissionais do setor novidades, tendências e atividades ligadas à automação comercial, máquinas e equipamentos, matérias-primas, insumos, embalagens, acessórios em geral, além de produtos finais. quAndO 24 a 27 de julho
FOrMóbile A 8ª edição da ForMóbile – Feira Internacional da Indústria de Móveis e Madeira – reunirá cerca de 650 marcas expositoras de mais de 30 países. Serão apresentados lançamentos e inovações em acessórios e componentes, máquinas e equipamentos, ferragens, matérias-primas e insumos. A feira espera receber 60 mil visitantes, dentre eles fabricantes de móveis em série, marceneiros, revendas, madeireiros, designers de produto e arquitetos.
quAndO 16 a 19 de julho
OndE Expo Center Norte
OndE Expo Center Norte
quAntO Entrada gratuita e
quAntO Entrada gratuita e
limitada para profissionais do setor
quAndO 10 a 13 de julho
limitada para profissionais do setor
fipan.com.br
OndE São Paulo Expo Exhibition &
francal.com.br
Convention Center quAntO Entrada gratuita e
limitada para profissionais do setor formobile.com.br
A 25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo trará um debate sobre Fé, Ciência e suas relações no mundo atual. Durante os 10 dias de Bienal do Livro os visitantes poderão ter contato com autores, participar de bate-papos e palestras exclusivas. quAndO
3 a 12 de agosto OndE
Pavilhão de Exposições do Anhembi
quAntO
De sexta-feira a domingo, R$ 25 (inteira) e R$ 12,50 (meia); de segundafeira a quinta-feira, R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).
bienaldolivrosp. com.br
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contato@radiovozes.com
co luna
Rádio Vozes
POR
Patricia Palumbo
A maravilhosa Joyce Mergulhe comigo na discografia dessa grande cantora e compositora, que comemora 50 anos de músicas imperdíveis
Olá pra você que me lê aqui na 29HORAS. Nessa edição vou falar sobre Joyce. Uma voz muito conhecida, uma grande compositora que completou 70 anos em janeiro. 2018 também marca os seus 50 anos de carreira em disco. Seu primeiro LP, de 68, é um clássico. Canções de Caetano Veloso, Marcos Valle, Paulinho da Viola, Jards Macalé, entre outros feras, arranjos de Dori Caymmi e do maestro Lindolfo Gaya. Em 67, aos 19 anos, a compositora causou polêmica no 2º Festival Internacional da Canção, no Rio, com “Me Disseram”, cuja letra, por ser escrita no feminino na primeira pessoa, foi considerada ousada, olha só! Depois vieram outras canções de sucesso que você deve conhecer: “Clareana”, “Feminina”, “Mistérios”, “Monsieur Binot”… músicas bastante tocadas no rádio. Mas minha intenção aqui é que você se aprofunde nessa
Capa do disco Feminina, de 1980
obra. Quero recomendar alguns discos mais raros – alguns mais conhecidos no Japão do que aqui no Brasil. Vamos começar com “Rio-Bahia”, de 2005, gravado com Dori Caymmi e indicado ao Grammy Latino. Um delicioso encontro desses dois amigos e talentos. Em 2009, Joyce lança o “Slow Music”, disco pra deixar tocar inteiro tomando um bom vinho… Jorge Helder no contrabaixo, Hélio Alves ao piano, Joyce com o seu violão e Tutty Moreno na bateria. Um luxo. Uma das minhas preferidas é “Medo de Amar, aquela clássica matadora de
Vinicius de Moraes. Aliás, se você ama Vinicius deve ouvir o tributo que Joyce fez a ele em 88 no disco “Negro Demais no Coração”. Um lindo recorte da obra musical do nosso poetinha. Agora uma raridade, para colecionador: “Visions of Dawn”, gravado em Paris, em 79, com Naná Vasconcelos e Mauricio Maestro. Mergulhe nos primeiros álbuns. Além do disco de estreia, ouça “Encontro Marcado”, que tem “Copacabana Velha de Guerra”, parceria dela com Sergio Flaksman, e “Bom Dia”, de Gilberto Gil e Nana Caymmi.
Pra terminar, os mais novos: “Cool”, de 2015, com standards do jazz como “Love for Sale” e temas geniais como “Round Midnight”, de Thelonius Monk. Eu amo esse disco! E, lançado em 2017, “Palavra e Som”, com versões para composições emblemáticas da sua história como “Mingus, Miles & Coltrane”. Depois de tudo isso, se jogue nessa discografia e escolha suas preferidas. Já fiz algumas entrevistas com Joyce que estão disponíveis no app Rádio Vozes. Uma delas sobre a caixa Joyce Anos 80 no Vozes do Brasil. Aperte o play e divirta-se!
30.06.18 29.07.18
MINISTÉRIO DA CULTURA, GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, SECRETARIA DA CULTURA, FUNDAÇÃO OSESP E REDE APRESENTAM
Venha para o maior festival de música clássica da América Latina festivalcamposdojordao.art.br
Festival de Inverno de Campos do Jordão Dr. Luís Arrobas Martins
PATROCÍNIO
PROMOÇÃO
COPATROCÍNIO
APOIO
REALIZAÇÃO
Secretaria da Cultura
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www.procoletivo.com.br
Mobilidade
POR
Pro Coletivo
Coworking do MobiLab
Soluções inventivas São Paulo tem um laboratório focado 100% na mobilidade: o MobiLab, que reúne startups com iniciativas inovadoras
Saiba mais em
mobilab.prefeitura.sp.gov.br
A tecnologia e a mobilidade têm andado de mãos dadas como grandes parceiras, melhorando a experiência, a forma e o jeito de se locomover nas cidades. Trata-se de uma revolução sem precedentes, que começou com o Waze, em 2008, e hoje envolve uma variedade enorme de apps. Do táxi de bicicleta – o Bikxi, que funciona nas ciclovias de SP – aos aplicativos para quem anda de ônibus, passando por uma diversidade enorme de apps de carro, carona e bike, há muitas opções para facilitar o dia a dia nas ruas. E tem um lugar na capital paulista onde novas ideias sobre o tema não param de pipocar. É o MobiLab, o Laboratório de Inovação em Mobilidade da Prefeitura, que surgiu em 2013 e funciona como um celeiro de soluções tecnológicas nesse campo. Bikxi, por exemplo, é uma das startups residentes da casa, além de uma dezena de outras jovens empresas comprometidas com a evolução do ir e vir urbano. O trânsito de São Paulo gera 30 milhões de dados diariamente, quantidade que supera mesmo os 23 milhões de deslocamentos a cada dia.
o pro coletivo ajuda as pessoas a aproveitar a vida se locomovendo de forma inteligente
O objetivo do MobiLab é aproveitar esses dados para a melhora da mobilidade. Como faz, por exemplo, a startup Scipopulis, residente no espaço e responsável por projetos como o app Coletivo, que fornece informações em tempo real sobre os ônibus e a rede de transportes. Recentemente, ela lançou o Coletivo Corporativo, ferramenta que ajuda as empresas a incentivar o transporte público para os funcionários. Uma tela instalada na empresa oferece a previsão de chegada dos ônibus e avisa quando os usuários devem ir para o ponto, garantindo conforto e segurança a todos. Outras startups de expressão se encontram no coworking na Rua Boa Vista, no centro, reservado às empresas selecionadas nos programas. O Pro Coletivo, focado em tecnologia social, é um novo e feliz hóspede desse espaço de importância inegável. Afinal, é urgente pensar, gestar e investir na evolução da mobilidade, assunto que se relaciona diretamente com a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas na cidade.
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georgeshenrifoz@gmail.com
co luna
Bon vivant
POR
Georges Henri Foz
Tempo de dividir o molho A crise e o frio nos trazem uma oportunidade de reaproximação muito especial em torno da mesa
Em três décadas de mercado eu nunca vi nem senti tanta desilusão a minha volta. O nosso Brasil tem se afundado numa crise ética, moral e econômica sem precedentes. Coincidência ou não, nunca me assustei tanto com a individualidade das pessoas. Parece que todos estão sozinhos, mesmo quando acompanhados. E, pior, mesmo sentados à mesma mesa, o que para mim é um sinal de desespero. Ainda bem que o frio chegou com tudo e que temos dois meses pela frente para nos reconectarmos, com a santa ajuda da mesa. É no frio que a mesa exerce o seu principal papel: reunir as pessoas... É hora de colocar a panela no centro da conversa, aquecendo os encontros. Não importa a origem do prato, o importante é que esteja quente e com bastante molho. O ideal é que a refeição aconteça em casa, em uma mesa que acolha e reconforte os amigos.
Para mim, os melhores molhos são os básicos e mais fáceis de fazer. Com uma receitinha na mão você pega fácil. E, claro, caso não esteja nos seus planos cozinhar, também não faltam bons restaurantes na nossa São Paulo com molhos deliciosos... Minhas dicas de pratos com molhos incluem opções de diversas nacionalidades: para o francês, um bom bœuf bourguignon (com bastante vinho...); já o goulash, nascido na Hungria e popular também na Alemanha, é muito reconfortante; o japonês sukiyaki é outro prato imbatível; os italianos não ficam sem um bom ossobuco; e uma bela rabada é um clássico para nós, brasileiros. Praticamente uma Copa do mundo na mesa! Quero poder compartilhar todos esses pratos com meus amigos e familiares neste inverno, e que ninguém se atreva a olhar para o celular... Até!
Bœuf Bourguignon
Goulash
Sukiyaki
Ossobuco
Rabada
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yasmin.yonashiro1@gmail.com
Bom de copo
POR
Yasmin Yonashiro
Bebida milenar O saquê vem ganhando cada vez mais espaço, mas ainda é cercado de mitos
No Japão, a palavra “sake” significa bebida alcoólica ou “bebida com mais de 1% de teor alcoólico”. Já a bebida fermentada proveniente do arroz, que aqui nós conhecemos como saquê, lá é chamada de nihonshu (bebida originária do Japão). O nihonshu surgiu em 300 d.C (era Yayoi) com cerca de 13% a 15% de teor alcoólico. Em sua composição constam arroz, água, leveduras, fungos e, principalmente, o cuidado de quem produz. Mais próximo do vinho por ser um fermentado, o saquê, quando consumido puro, pode ser degustado em taças e mais tradicionalmente em copo pequeno e sem alça – o choko. Aqui, é comum adotar o masu, aquele copo quadrado, mas esse tipo só é usado no Japão como utensílio de medida e em cerimoniais. Outra forma de consumo, que surgiu no Brasil, é a “caipisaquê”. Para iniciantes, acho interessante provar, porque introduz a bebida e permite que ela se torne mais conhecida no país. São mais de 20 tipos e 8 categorias de saquê. Os mais comuns são o honjozou-shu (com acréscimo de álcool após o processo da fermentação) e o junmai-shu (apenas a fermentação pura do arroz, sem acréscimo de álcool), que podem geralmente ser servidos frios, aquecidos e na temperatura ambiente. Já o saquê premium ginjo-shu (que conta
Yasmin prova saquê em um choko
Equilíbrio perfeito
1 com 40% a 49% de polimento do arroz) e o super premium daiginjo-shu (polimento de mais de 50%) são aromáticos e complexos e devem ser servidos resfriados e frios. Se houver necessidade de aquecimento, ele deve ser feito em banho-maria ou microondas em uma pequena jarra. Por ser uma bebida de sabor diferenciado, o saquê pede uma degustação mais lenta e atenciosa. E, sendo fermentado e sem conservantes, deve ser bebido em no máximo um mês depois de aberto, já que o contato com o ar provoca mudanças indesejadas. Guarde-o na geladeira, em pé, para a tampa não ficar em contato com o líquido. E aproveite essa bebida milenar e deliciosa!
Yasmin Yonashiro é saquê sommeliere e consultora com foco em serviço e hospitalidade japonesa.
Colocar sal na borda do copo não é uma tradição japonesa.
2 O saquê é produzido numa proporção perfeita de sabores: o doce do arroz, a acidez, o leve amargor e o umami (como é conhecido o 5º gosto).
3 Como o vinho, o saquê deve ser harmonizado com comidas de diferentes sotaques, não só a japonesa.
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instante foto g r á fico
hAruo ohArA acervo sob A guArdA do InstItuto MoreIrA sAlles
Nascido na província de Kochi, no sul do Japão, ele aportou no Brasil com a família em 1927, trazendo sementes e enxadas na bagagem. Tinha então 18 anos. Em Londrina, já casado e pai de nove filhos, Ohara começou a fazer composições a partir do cotidiano rural da família, tornando-se um dos mais expressivos fotógrafos do Brasil.
Um dos autorretratos de Haruo, c. 1940 Chácara Arara - londrina - Pr Haruo ohara Acervo Instituto Moreira salles
�F IMS Acesse o acervo digital do fotógrafo: ims.com.br/titular-colecao/haruo-ohara
Um mês de julho com festival de animação, mostra de arte, novos bares, baixa gastronomia e muitas outras delícias
hora
O m e L h O R D a c i D a D e m a R av i L h O s a Dupla de niguiris de king crab do Sushi Leblon
foto rodrigo azevedo
Japonês carioca da gema
LEBLON Há mais de 30 anos, a família do campeão de asa delta Pepê administra o Sushi Leblon, um restaurante japonês que já recebeu celebridades do jetset internacional como Madonna, Marc Jacobs e Catherine Deneuve. O cardápio mescla clássicos da culinária nipônica e criações mais contemporâneas, como as vieiras grelhadas com guacamole de mamão papaya, o tempura de shissô com tartar de atum e maionese de wasabi ou ainda as lâminas de salmão com azeite trufado e pimenta biquinho. Mas os bestsellers são mesmo os sushis, elaborados com ingredientes sempre frescos e da melhor qualidade, como os pargos, os polvos, os king crabs e as ovas SuShi LEBLON Rua Dias Ferreira, 256, Leblon, tel. 21 2512-7830. de ouriço.
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ho Ra hO ra RiO rio
CENtrO
Beleza abstrata a mais representativa mostra de arte abstrata da américa Latina chega ao Rio. em cartaz até 17 de setembro no centro cultural Banco do Brasil, a exposição “construções sensíveis” reúne 120 obras, de 60 autores, de 7 países, pertencentes à coleção de ella Fontanalscisneros. entre elas, pinturas, desenhos, esculturas e fotos de Lygia clark, Julio Le Parc, hélio Oiticica, mira schendel, Feliza Bursztyn e Thomaz Farkas. CENtrO CuLturAL BANCO DO BrASiL
Rua 1º de março, 66, centro, tel. 21 3808-2020.
FLAMENGO
CiNEMA
Noites bem animadas O festival Anima Mundi realiza sua 26ª edição entre os dias 21 e 29 de julho, em várias salas de cinema do Rio de Janeiro. Na sequência, entre 1º e 5 de agosto, transfere toda sua estrutura para São Paulo. No total, vai reunir 405 produções, vindas de 40 países, que apresentam um panorama com o que há de melhor no universo da animação. Entre as obras selecionadas estão o brasileiro “Angeli, The Killer”, o franco-espanhol “Bendito Machine” e o norte-americano “Goose in High Heels”. Organizado desde 1993
por Aída Queiroz, Cesar Coelho, Lea Zagury e Marcos Magalhães, o Anima Mundi é a principal plataforma de fomento à animação do país e responsável pela formação de toda uma geração de realizadores e de um público apaixonado. Para conferir a programação completa, os horários e os locais das sessões, acesse o site.
Festa da carne a marina da Glória recebe no dia 28 o festival meat Prime BBQ. estações com chefs de todo o Brasil servirão os mais variados tipos de carnes e cortes. O evento terá ainda workshops, shows musicais e opções de bebidas.
MAriNA DA GLóriA
www.animamundi.com.br
avenida infante Dom henrique, s/nº, Flamengo, tel. 21 2555-2200. ingressos a partir de R$ 250.
L E B LO N
Casa Carandaí vai ao shopping
foto rodrigo azevedo
a casa carandaí, o empório gourmet mais premiado do Rio, funciona em um endereço pop-up até o dia 15 de julho: uma loja no shopping Leblon, batizada como café carandaí escondidinho. versão reduzida da matriz, no Jardim Botânico, essa unidade temporária tem mesinhas que comportam até 20 pessoas e vende delícias da marca, como os cannelés de Bordeaux, o mudcake de
chocolate (foto), as baguettes na chapa com manteiga, os gougères (espécie de pão de queijo francês), os mistos quentes no pão de miga e os cookies da Bel Trufas. Fazendo jus ao nome dessa filial, terá também no cardápio cafés e um escondidinho de carne seca.
CAFé CArANDAí POP-uP ESCONDiDiNhO
avenida afrânio de melo Franco, 290, 3º piso, Leblon.
S A N tA t E r E S A CENtrO
foto tadeu Brunelli
Bazar de ideias
BAr LéO Rua do Ouvidor, 18, centro, tel. 21 2509-5730.
Botecagem na ponte aérea Reconhecido como um dos bares mais tradicionais do centro de são Paulo, o Bar Léo embarca na ponte aérea e chega ao centro do Rio, trazendo na bagagem seu bem tirado chope e a gastronomia que mistura influências alemãs com toques da botecagem brasileira. Fundado nos idos de 1940, na Rua aurora, é famoso por seu chope geladíssimo e de colarinho cremoso, que chega à mesa entre 0º e 3º c, em calderetas. Na seção de petiscos, é difícil resistir à linguiça Blumenau, ao hackepeter de carne crua, ao eisbein (joelho de porco com chucrute e feijão branco) e à porção de canapés Rococó (com queijo gorgonzola, copa e mostarda no pão preto). O ambiente mistura vitrais coloridos, mobiliário e lustres vintage, além de paredes cobertas por azulejos decorados.
O Bazá é uma mistura de loja com espaço cultural, gastronomia e fumaça. surgiu da união da headshop cannabistrô com a Nau cultural e o restaurante Toca da Pivara. a galeria é inspirada nos coloridos bazares mouros, com peças exclusivas, de camisetas e utilidades para o lar a bijuterias e esculturas. a headshop oferece acessórios para o desfrute do tabaco em suas diversas maneiras e, no fundo do salão, o restaurante serve pratos naturais com ingredientes frescos, não processados e dispensando o uso de produtos de origem animal. Um local acolhedor.
BAzá Rua do Oriente, 414, santa Teresa, tel. 21 2533-0686.
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ho ra rio
LAGOA
Para os fãs de boas cervas O Rio craft Beer é um evento cervejeiro que vem crescendo ano a ano. Nesta sua 4ª edição, mostra o vigor do mercado carioca de cervejas artesanais. com realização marcada para os dias 27, 28 e 29 deste mês, pretende reunir no clube monte Líbano aproximadamente 50 cervejarias, como a Three monkeys, a hocus Pocus, a marmota, a Lhama Loca, a suburbana e a Ferdinander, entre outras. a programação inclui lançamentos exclusivos, degustações, variadas opções gastronômicas (como os sandubas da vulcano Truck, as pizzas da Borda & Lenha, os hambúrgueres da high Burger e os churros da Los churritos) e muita diversão. Dia 27, por exemplo, a noite será agitada pela festa cariocando, e dia 29 acontece a festa Rockcetera. O evento é uma iniciativa da amacerva-RJ (associação das microcervejarias do Rio de Janeiro) e os ingressos custam a partir de R$ 25. B A r r A DA t i J u C A
Tasca com DNA paulistano Com três endereços de sucesso em São Paulo, a Adega Santiago chega este mês ao Rio trazendo as tradições das tabernas e tascas da Península Ibérica. A unidade carioca fica no terraço do shopping Village Mall, com vista deslumbrante para a Lagoa da Tijuca e para os morros da região. O projeto é do arquiteto Thiago Bernardes, e um dos pontos altos da casa será o balcão de frios e frutos do mar, onde serão servidos presuntos espanhóis, ostras e vieiras na concha. O menu terá ainda o clássico polvo à tasquinha, algumas versões de
paellas, e, claro, a iguaria de maior sucesso da casa, o bacalhau. Ele aparece em várias receitas, como a tibornada, o bacalhau com broa e a bacalhoada na lenha. Para beber, a carta de vinhos oferece cerca de 120 rótulos da Espanha e de Portugal, incluindo alguns de importação própria.
ADEGA SANtiAGO - avenida das
américas, 3.900 (shopping village mall, 2º piso), Barra da Tijuca.
CLuBE MONtE LíBANO - avenida Borges de medeiros, 701, Lagoa.
C O PA C A B A N A
Uma casa portuguesa, com certeza
PENEDO
Spa em família centro de saúde e bem-estar localizado em Penedo, a meia hora da capital carioca, o Rituaali clínica & spa é uma referência em tratamentos e terapias para renovar a mente, o corpo e o estado de espírito. criado com base nos princípios da medicina de estilo de vida, especialidade que surgiu nos estados Unidos, no instituto da medicina do estilo de vida da Universidade de harvard, o spa incentiva os hóspedes a adquirir hábitos equilibrados para a saúde integral. a novidade em julho é a semana da Família, entre os dias 22 e 29, que tem como meta acolher pais e filhos em atividades divertidas. estão programados jogos, brincadeiras, caminhadas, esportes diversos, além de aulas de culinária para toda a família e avaliações com nutricionistas.
rituAALi - Rua harry Bertel, acesso a.,
310 Penedo, itatiaia, tel. 24 3351-9200.
O Pestana Rio Atlântica, em Copacabana, preparou atrações durante a Copa – todas inspiradas no craque português Cristiano Ronaldo, que é sócio dessa que é a maior rede portuguesa de hotéis. O menu, por exemplo, tem sotaque lusitano e criações como o Hambúrguer CR7 em pão de brioche pretzel (R$ 44) ou os saborosos Pastéis Canarinho by CR7 (R$ 38), que são recheados com costelinha suína assada, perfeitos para petiscar. Quem gosta de um docinho poderá se deliciar com os Pasteizinhos de Nata (R$ 22). As novidades não param por aí. Em termos de ambientação, o hotel também bate um bolão. A decoração foi inspirada nos exclusivos hotéis
da marca Pestana CR7, em Lisboa e na Ilha da Madeira. Destaque para as pegadas da chuteira de Cristiano e os tapetes de grama sintética para deixar os clientes no clima das partidas. Máquinas Polaroid para eternizar o momento, cobranças de pênaltis que valerão caipirinhas e brindes exclusivos completam os atrativos oferecidos pelo Pestana Hotel Group, disponíveis até o dia 15/07, dia da final do mundial, tanto para hóspedes quanto para clientes.
PEStANA riO AtLâNtiCA -
avenida atlântica, 2964, copacabana, tel. 21 3816-8500.
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carlos.monteiro@saravah.com.br
Baixa gastronomia
POR
Carlos Monteiro
Parece japonês, mas é bem brasileiro O centro do Rio revela surpresas incríveis. O Karu He – quer dizer comida gostosa em tupi-guarani – é um restaurante popular que fica ali no coração de cidade, onde outrora circularam bondes e agora deslizam os modernos VLTs. O famoso PF da casa é gostoso e farto – você faz seu prato. O tempero é caseiro, tipo alho e cebola, com sabor de comida da avó: nada de caldos e corantes químicos dessas paradas industriais que, na verdade, tiram o sabor da comida. Você pode se servir à vontade, em um único prato, é verdade, de uma variedade de opções que vão de arroz e feijão, macarrão, farofa, batata frita... chegando às saladas de beterraba e cenoura, folhas e pepino ou nabo. As carnes são as tradicionais: peixe, frango – a coxa é de comer rezando –, porco e boi. Às vezes rola uma berinjela recheada ou uma lasanha, incríveis. Mas só pode pegar um pedaço, ok?! Sua fome é maior que isso? Peça uma carne adicional pagando um pouquinho mais. O ambiente é muito simples, mas bem confortável e cuidado, com ar condicionado nos dois salões – tem um mezanino e decoração com cara das
antigas e maravilhosas pensões que, no passado, habitavam aquela parte da cidade. Há algumas prateleiras com livros que podem ser levados ou trocados por outros. Agora, a melhor parte, o preço muito justo: a refeição pode custar entre R$ 11 e R$ 16. Na saída, um cafezinho ou um chá finalizam a comilança e são cortesia da casa. Amélia Gonzalez, coleguinha de profissão, deu seu toque especial ao lugar. Sim, caro leitor, Amélia: a mulher de verdade, não como a retratada na letra de Mário Lago e canção de Ataulpho Alves, mas a que toca com imenso carinho esse megabrasileiro que faz jus ao nome em tupi-guarani.
KAru hE
R. sete de setembro, 178, centro, tel. 21 2220-9662
Brasil·Japão ESPECIAL
O JAPÃO ENTRE NÓS
foto luiz maudonnet | arte denise ikuno
a presença nipônica em são paulo nos inspirou a fazer um especial comemorativo dos 110 anos da imigração japonesa no Brasil
os imiGranTes A história por trás dos 110 anos pág.42
a FesTa O 21º Festival do Japão pág.46
a liberdade Uma experiência no bairro oriental pág.48
os nomes Quatro personagens inspiradores pág.52
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esp ecial
Brasil
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Ja pã o
Sol nascente na terra do verão sem fim
Em 18 de junho completaram-se 110 anos da imigração japonesa no Brasil. Qual o impacto desse evento na história nacional?
por andré cordeiro
DescenDo a rua são Joaquim a caminho
da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social, o Bunkyo, algumas coisas passam pela cabeça. A primeira e mais visível são as luminárias japonesas do bairro da Liberdade. A segunda, são os pensamentos. Nós paulistanos estamos tão acostumados com a cultura nipônica que às vezes não percebemos o quão fantástico é ter essa presença em nossa cidade. Ainda na própria Rua São Joaquim: você sabia que ali, descendo apenas alguns quarteirões da estação de metrô que leva o mesmo nome da rua, você encontra um templo budista? E descendo mais um pouco se chega à Rua Galvão Bueno, que leva até a Thomaz Gonzaga, rua esta que rendeu uma matéria neste especial dedicada apenas à sua riqueza gastronômica. É simples, mas poderoso: quase que inconscientemente o pedestre entra em um novo mundo, em um microcosmo no centro de São Paulo, um pedaço do Japão. Quem recebeu a 29HORAS no Bunkyo foi a senhora Célia Abe Oi, Coordenadora de Comunicação. Jornalista e historiadora, Célia atuou entre 1998 e 2007 como diretora executiva do Museu Histórico da
Imigração Japonesa. Hoje, aos 68 anos, ela cuida da assessoria da entidade. Simpática, de cabelos curtos e óculos ovais, fala sorrindo sobre o aniversário de 110 anos da imigração japonesa. “Mais do que qualquer coisa, essa é a hora de celebrar”, ela frisa. “A palavra que define esse momento é “kansha”, gratidão em japonês. Gratidão com os pioneiros, que graças ao seus trabalhos deixaram uma imagem positiva dos japoneses aos brasileiros. E gratidão também pelo Brasil, que permitiu que os imigrantes construíssem suas vidas aqui”. Ela lembra, claro, que no começo nem tudo eram flores. O Japão de meados do século XIX era totalmente diferente do Japão que conhecemos hoje: um país fechado, feudal e com uma população empobrecida. Com o início da era Meiji, em 1868, começa a abertura e a modernização do país. Uma das medidas adotadas pelo governo foi estimular a emigração de japoneses, inicialmente para o Havaí e depois para os EUA, Canadá e Peru. Enquanto isso, no Brasil, o fim da escravatura e a expansão da cafeicultura no final do século XIX trazem crescentes
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“Mais do que qualquer coisa, essa é a hora de celebrar. (...) a palavra que define esse MoMento é 'kansha'"
necessidades de mão de obra imigrante. Assim, no início do século passado, os dois governos estabelecem um acordo que traria trabalhadores japoneses para os cafezais do Brasil. Os primeiros que vieram, no navio Kasato Maru, traziam consigo o espírito “dekassegui”. O termo vem da união de dois verbetes da língua japonesa que significam “sair” e “ganhar dinheiro”. Então podemos entender isso como “sair em busca de enriquecimento” ou “trabalhar distante de casa”.
“Eram pessoas que buscavam condições melhores. O Japão passava por uma fase difícil e as propagandas do governo mostravam o Brasil como um país de oportunidades. Então, a ideia inicial era enriquecer para depois retornar ao Japão. Eles não pensavam em se fixar por aqui”. Quando o Kasato Maru ancorou no Porto de Santos em 18 de junho de 1908, as 167 famílias de japoneses encontraram um lugar muito diferente do que prometia toda aquela publicidade. Primeiro, havia a dificuldade linguística. Depois as diferenças na alimentação, na religião, nos costumes, no clima e, pior, o preconceito e a exploração que sofriam. O contrato de trabalho dos fazendeiros era desfavorável às famílias, que iam aos poucos perdendo a esperança de retornar ao seu país de origem. No entanto, eles enfrentaram as adversidades e muitos conseguiram prosperar.
foto acervo do museu histórico da imigração japonesa no brasil
O navio Kasato Maru, que trouxe os primeiros imigrantes
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Brasil
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Ja pã o
“A primeira coisa que os europeus fazem quando chegam em um novo país é construir igrejas – já os japoneses fazem associações”, brinca Célia. Assim surgem as primeiras associações, responsáveis pelas atividades econômicas, sociais, de educação e de relações com o Japão. Em 1939 eclode a Segunda Guerra Mundial e, com a entrada do Brasil no lado dos Aliados em 1942, a relação diplomática com o Japão é rompida. O presidente Getúlio Vargas proíbe o uso da língua japonesa e as manifestações culturais nipônicas passam a ser consideradas ações criminosas. As entidades são dissolvidas. Esse é conhecido como o período branco: torna-se proibida a entrada e a saída de japoneses do país. “Existe uma grande tragédia com o final da Segunda Guerra”, reflete Célia. “O Japão fica reduzido às cinzas e isso muda por completo a filosofia dos imigrantes. O espírito dekassegui, de retornar à terra natal, some. Os imigrantes então começam a ver o Brasil como um lugar para recomeçar a vida”. As relações com o governo japonês se estabilizam e o fluxo de imigrantes volta a crescer. Neste período, além das lavouras, muitos japoneses buscavam as grandes cidades para trabalhar na indústria, no comércio e no setor de serviços.
fotos acervo do museu histórico da imigração japonesa no brasil
"a ideia inicial era enriquecer para depois retornar ao Japão"
No alto, foto dos imigrantes da província de Kagoshima em visita ao templo Suwa, em Kobe, antes da partida; acima, imigrantes trabalhando em cafezal
Hoje percebemos o impacto da imigração japonesa no Brasil: temos a maior população de japoneses fora do Japão. Estima-se que a comunidade nikkei (japoneses e seus descendentes) aqui conte com cerca de 1,9 milhão de pessoas. A maior concentração é em São Paulo, mas estados como Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Pará têm também seu percentual. Célia reflete sobre o legado dos japoneses no Brasil, que engloba as mais variadas áreas. “Acho que a primeira é a herança agrícola. Os japoneses aperfeiçoaram as técnicas de cultivo e hoje vemos que o Brasil está entre os maiores produtores de soja, por exemplo. No esporte, os brasileiros abraçaram o judô, que começou a ser lecionado em muitas escolas. Nos anos 80 vimos um boom da cultura japonesa, com a culinária, os mangás e animes. No final de tudo, acho que o Japão ficou bem mais acessível”. Sim, certamente o Japão está mais perto de nós.
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Para mergulhar na cultura japonesa
pavilHão Japonês
Inaugurado em 1954, o Pavilhão Japonês é um espaço dentro do Parque Ibirapuera inspirado no Palácio Katsura, em Kyoto. Lá o visitante pode apreciar um belo jardim, além de conhecer um pouco mais sobre o Japão. Aberto às quartas-feiras, sábados, domingos e feriados Parque Ibirapuera - portão 10 (próximo ao Planetário e ao Museu Afro Brasil), tel. 5081-7296.
museu Histórico
Japan House
Da imigração Japonesa no Brasil
O museu ocupa o 7º, o 8º e o 9º andares do prédio do Bunkyo. Tem um acervo de mais de 97 mil itens pertencentes aos imigrantes japoneses, desde documentos, fotos e jornais até discos, quimonos, utensílios domésticos e de trabalho. Um belo legado dos imigrantes no Brasil. R. São Joaquim, 381, Liberdade, tel. 3209-5465
Aberta em maio de 2017, apresenta aos visitantes uma perfeita tradução do Japão do século XXI sem esquecer suas raízes e tradições, combinando arte, tecnologia e negócios como forma de reforçar a ponte entre os dois países. Até 30/09, o espaço está com a exposição interativa e sensorial "Aromas e Sabores". Av. Paulista, 52, Bela Vista, tel. 3090-8900
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esp ecial
Brasil
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Ja pã o
festa sensorial Entre os dias 20 e 22 de julho, o tradicional Festival do Japão celebra os 110 anos da imigração japonesa com atividades culturais e gastronômicas
oficialmente, a Data que marca o aniver-
sário da chegada dos imigrantes japoneses ao Brasil é 18 de junho, quando o navio Kasato Maru desembarcou no Porto de Santos. No entanto, excepcionalmente este ano, em que se festeja os 110 anos da imigração japonesa, as celebrações oficiais foram adiadas para o mês de julho. E o motivo é um só: coincidir com o Festival do Japão, que chega à sua 21ª edição reconhecido como o principal evento de divulgação da cultura nipônica no Brasil. Organizado pelo Kenren (Federação das Associações de Províncias do Japão no Brasil), o festival faz parte do calendário turístico de São Paulo e tem sido um grande sucesso todos os anos. Para se ter uma ideia de sua grandeza, ele é considerado o maior evento da cultura japonesa no mundo. Somente no ano passado, recebeu 182 mil visitantes, sendo que 59% deles
O festival em números
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É o número atual dessa edição, que acontece entre 20 e 22 de julho
59%
Foram visitantes não descendentes de japoneses na edição passada
eram não descendentes de japoneses. Para este ano, a previsão é que 200 mil pessoas compareçam ao evento entre os dias 20 e 22 de julho no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center, que reservou 45 mil m² de área coberta para o festival. Contando com a colaboração oficial do governo do Japão, além do apoio do governo brasileiro, o festival acontece pela união e esforço de 15.000 voluntários, que trabalham para a realização desse projeto cultural. O objetivo é preservar e divulgar a cultura japonesa, perpetuando as tradições entre as novas gerações. Nesse evento recheado de atrações como shows, performances e espetáculos, a gastronomia é realmente a protagonista – e a Praça da Gastronomia, com seus 54 estandes representando a culinária de cada uma das 47 províncias do Japão, reúne a maior parte dos visitantes. Lá
200mil 45mil m2 É a previsão de visitantes para a edição deste ano
É a área coberta para o Festival no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center
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Kumon arma estande no Festival
você pode encontrar de receitas familiares, passadas de geração em geração, a novidades e tendências japonesas. Uma curiosidade neste ano é que o festival tentará bater o recorde de exposição do “Maior Mostruário de Pratos da Culinária Japonesa” no Guinnes World Records. Toda a arrecadação dos estandes é destinada à manutenção do trabalho das associações de províncias e entidades beneficentes convidadas. Na Arena 110 anos, haverá a comemoração dos 110 anos da Imigração Japonesa com a participação prevista da ilustre princesa Mako, neta mais velha do imperador japonês Akihito do Japão, além das apresentações de cerca de 50 grupos artísticos
de músicas, danças e artes. Já no Palco Vermelho e Branco, haverá atividades com participação do público, demonstrações de artes marciais, esportes e danças folclóricas como o Bon Odori. Na Área Cultural, o público terá contato com manifestações como o chadô (a cerimônia do chá), a exposição de ikebana (arranjos florais), e diferentes workshops. E para quem gosta de animes, mangás e filmes, o Akiba Cosplay reúne cosplayers (ato de se fantasiar e interpretar um personagem da ficção) do Brasil. O Festival terá ainda o concurso Miss Nikkey Brasil, uma área com atividades lúdicas para crianças e outra com programação especial para a terceira idade.
15mil 54 É a quantidade de voluntários que trabalham para a realização deste projeto cultural
Estandes estarão representando a culinária japonesa
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É o número de províncias que estarão representadas nos estandes de culinária
fotos gabriel inamine e flavio moraes
Na feira, o visitante poderá conhecer um pouco mais sobre o método de estudo que está presente em 50 países e reúne mais de 4 milhões de estudantes no mundo. De acordo com Yumi Kajihara, gerente da filial japonesa do Kumon, de 2017 para cá foi registrado um aumento de 10% na procura. “Nosso público é composto por crianças descendentes de famílias japonesas que já têm uma proximidade com a cultura, e por jovens a partir dos 16 anos. São adolescentes que conhecem os mangás, desenhos e jogos de computador e querem aprender a língua e saber mais sobre o modo de vida dos japoneses”, diz Yumi. Quem visitar o estande da marca poderá sair com o nome escrito em Kanji (ideogramas).
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Grupos artísticos se apresentarão na Arena 110 anos
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A Liberdade O bairro foi povoado por japoneses no início do século XIX e, após os anos 1970, também começou a receber chineses e sul-coreanos por ana Júlia cano fotos lUiZ MaUdonneT
estação liBerDaDe Da linHa 1 , azul,
do metrô. Durante os dias úteis, poucas pessoas desembarcam do trem – a maioria de olhos puxados. Durante os finais de semana isso muda e gente de diferentes tribos e etnias descem ali, na Praça da Liberdade, onde todos os domingos acontece a feirinha de utensílios, roupas, bugigangas e comidinhas orientais, que vão desde guioza, yakissoba e espetinhos de camarão até combinados de sushis e banchá. O caminho quase natural para todos os passantes desbravadores é seguir as lanternas vermelhas suzurantô pela Rua Galvão Bueno, por onde há mercados entupidos de clientes que buscam legítimos ingredientes orientais para seus lares. A presença nipônica no bairro começou por volta de 1912, como uma alternativa de aluguel barato para as famílias imigrantes. Ali surgiram armazéns, cinemas, restaurantes, hospedarias e outros estabelecimentos coordenados por japoneses. Esse cenário se transformou por volta de 1970, com a chegada do metrô e mudanças estruturais nas ruas da Liberdade, ocasionando a saída de parte da colônia japonesa ali instalada para outras regiões da cidade. Com isso, comércios chineses e sul-coreanos passaram a aparecer no bairro. Isso tudo, somado aos improvisos tipicamente brasileiros e ao cenário caótico e cinzento da cidade de São Paulo, resulta na miscelânea cultural que pode ser vista a olhos nus pelas ruas da região – uma mistura maravilhosa, diga-se de passagem.
Uma pequena rua, no entanto, preserva a essência japonesa dos tempos da imigração. Com início no Largo da Pólvora, na Avenida da Liberdade, e fim na Rua Galvão Bueno, defronte ao Hospital LeForte, a Rua Thomaz Gonzaga tem um único quarteirão de extensão e abriga estabelecimentos japoneses tradicionais – quiçá os primeiros a serem abertos em São Paulo. A maioria deles é até hoje comandada por famílias de imigrantes e seus patriarcas, ou então pelos filhos ou sobrinhos. Nas próximas páginas, descubra um pouco da história de algumas dessas famílias e seus estabelecimentos.
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para coZinhar em casa: maruKai Este mercadinho é o mais bem-sucedido da rua Galvão Bueno. Lá você encontra cogumelos frescos variados, frutas, legumes, missôs, arroz japonês, temperos para o preparo de sushis, doces japoneses e outros incontáveis mantimentos. Se estiver perdido em meio a tantos produtos, compre um quilo de arroz
Momiji de grão longo, um pacote de furikake Futaba sabor nori (para colocar em cima do arroz, depois de cozido), uma embalagem de Bulldog (molho para milanesa tonkatsu, mas que vai bem com qualquer legume cozido) e, para a sobremesa, leve uma bandeja de mochi com recheio de feijão azuki. Rua Galvão Bueno, 34, Liberdade, tel. 3341-3350.
made in Japan: Tenman-Ya
os chás da moda: Tea sTaTion
Ainda que taiwanesa, a loja é especializada em artigos fabricados no Japão, majoritariamente voltados para a cozinha. Lá você encontrará desde porcelanas e hashis até bentôs fofos para montar marmitas e panelas super tecnológicas.
Um lugar literalmente underground, bonitinho e muito frequentado por descendentes de orientais. Prove os famosos bubble teas feitos com chá, yakult e bolhas de xarope de frutas que estouram na boca.
Rua dos Estudantes, 19, Liberdade, tel. 3209-9960.
Rua da Glória, 326, Liberdade, tel. 3271-4656.
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Kenzo
nº 45F
Takashi Okuno é pescador e muito crítico com relação às comidas japonesas que prova em São Paulo. Foram esses dois fatores que o levaram a abrir, há um ano, um restaurante extremamente caprichoso especializado em sushi. Todos os dias – exceto às segundas – é ele quem vai até os fornecedores escolher os peixes e outros frutos do mar para servir no Kenzo. Suas filhas Tina e Cinthia cuidam do atendimento enquanto Hiro Mitsu Kohno, amigo de infância da família Okuno, comanda o sushi bar. Tradicional, a casa foi batizada com o nome do único neto do fundador, o garoto Kenzo, de 13 anos. foto Niguiris e sushis variados, servidos aos pares quanDo Seg. a sex. das 11h30 às 14h30 e 18h30
às 22h; sáb. e dom. das 12h às 15h e 18h30 às 22h
Lamen Kazu av en iDa Da li Be rDa D e
A casa abriu na data dos 100 anos da imigração. A ideia do grupo era apresentar, no Festival do Japão daquele ano, o lámen como ele é feito em seu país de origem, com ingredientes importados (como fazem até hoje). O restaurante trabalha com três tipos de missô, além do shoyu lámen e do shio lámen.
nº 51
foto Kara misso lámen quanDo Seg. a sex. das 11h às 15h e 17h30 às 22h30; sáb. das 11h
às 15h30 e das 17h30 às 22h30 e dom. das 11h às 15h e 17h30 às 21h
rua Thomaz nº 18
Ban
ilustração denise ikuno
Masanobu Haraguchi chegou ao Brasil em 1979, convidado para assumir o sushi bar do antigo Suntory. Em 2001, após passar por outras casas, decidiu abrir seu próprio restaurante a fim de elaborar pratos seguindo os ensinamentos de seu mestre Ban, que dá nome à casa. O menu, criado por Haraguchi, segue a gastronomia tradicional japonesa. Ele é quem comanda o sushi bar, enquanto seu sobrinho se ocupa dos pratos quentes. Desde 1979 até os dias de hoje Haraguchi é seguido por clientes fiéis. Lá, peça um chawanmushi, considerado por muitos o melhor da cidade. foto Yaki udon e chawanmushi quanDo De ter. a sex., das
11h30 às 14h30 e das 18h às 22h30; sáb. e dom., das 11h30 às 15h30 e das 18h às 21h30.
nº 45e
Ikkousha Esta casa é uma das duas únicas em São Paulo especializadas em tonkotsu lámen. Este caldo, típico de Hakata, região sul de Honshu, é feito a partir do cozimento de ossos de porco por várias horas. Como acompanhamento, peça os famosos guiozas do restaurante. foto Tonkotsu lámen e porção de guiozas quanDo Ter. a sex., das 11h30 às 15h e
18h às 22h.; sáb. das 11h às 15h30 e 18h às 22h; dom. das 11h às 15h30 e 18h às 21h.
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Kintaro Dona Líria sobe a porta de correr do Kintaro sempre às 7h. Logo, começa a preparar os petiscos do dia. Ela e seu marido abriram o izakaya ¬ botequim japonês ¬ em 1993 para ter onde beber com os amigos. Por volta das 17h, Líria deixa o bar e um de seus filhos, Wagner, chega para atender os clientes no período mais movimentado. O lugar, pequeníssimo, tem um balcão com poucos assentos, opções de cervejas, destilados, porções e muitos bonecos de sumô. Isso porque Wagner e seu irmão são lutadores – ambos já disputaram campeonatos mundiais. Não passe por lá sem beber uma kirin ichiban e provar as porções da casa, que mudam diariamente. Para saber quais são as do dia, basta assistir aos stories do Instagram do estabelecimento: izakaya_kintaro. foto Raiz de lótus, sardinha
marinada e berinjela com missô quanDo Seg. a qui. das 7h30 às 23h; sex. das 7h30 às 24h; sáb. das 7h30 às 21h.
nº 57
vão r ua g a l
Gonzaga
Bueno
Hinodê Sekai veio do Japão, ainda de colo, no penúltimo navio de imigrantes, em 1971. Sua mãe trabalhou em casas como Sushiguen e SushiYassu. Em 1999, ela decidiu comprar o restaurante Hinodê, fundado em 1965. A única condição do antigo dono era que o nome, que significa "sol nascente", fosse mantido. O seu filho Sekai passou, então, três anos em Tóquio se especializando em gastronomia. Voltou no ano 2000, preparado para assumir o comando do Hinodê. O menu da casa, um dos mais extensos da Rua Thomaz Gonzaga, oferece mais de 90 itens, a fim de atender japoneses, integrantes da colônia em São Paulo e brasileiros. foto Katsudon quanDo Seg. a sex. (exceto ter.)
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das 12h às 14h30 e das 18h30 às 22h30, sáb. das 12h às 15h e das 18h30 às 22h30, dom. das 12h às 16h e das 18h30 às 22h.
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Kazu Cake A doceria foi responsável por introduzir a moda do choux cream na Liberdade. A receita da casa, elaborada pelo chef Felipe Tadao, leva dois tipos diferentes de massa e recheio de creme de confeiteiro bem gelado com um toque secreto. foto Choux cream tradicional quanDo Seg. a dom. das 10h às 21h.
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foto rafal burza
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p e r s o n a l i Da D e s
Quatro nomes que simbolizam a ponte entre Brasil e Japão
Yuko Fujii Quebrando barreiras Foi em maio desse ano que a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) anunciou a japonesa Yuko Fujii como nova técnica da seleção masculina de judô. A notícia trouxe consigo um ineditismo: pela primeira vez na história da modalidade uma mulher comanda a equipe masculina. “Eu me sinto muito honrada”, afirma Yuko, de 36 anos. “Agradeço e admiro o Comitê Olímpico do Brasil e a CBJ pela coragem nessa decisão que eles tomaram. Gostaria de ser um exemplo para mostrar que mulheres conseguem trabalhar junto com homens, potencializando o que cada um tem de bom e alcançando as metas”. Yuko é natural da cidade de Toyoake, na província de Aichi, no Japão. Ela está no Brasil desde 2012, quando veio a convite da CBJ para auxiliar na preparação dos judocas brasileiros, especialmente na transição do júnior para o sênior – anteriormente ela havia trabalhado como auxiliar técnica da seleção britânica. Mestre em Educação Física pela Universidade de Hiroshima e faixa preta yon-dan, ela
integrou a seleção nacional júnior do Japão no período de 1997 a 2000. “O judô no Brasil tem histórico de resultado nas Olimpíadas e também é um meio de educação, para formar uma pessoa”, ela comenta. “Vejo que o judô foi bem recebido e as suas essências como Seiryoku zenyo (máxima eficiência) e Jita kyoei (benefício mútuo, solidariedade), têm influenciado na cultura brasileira”. Sobre as preparações para as Olímpiadas de 2020 em Tóquio, Yuko assegura: “Continuamos potencializando pontos fortes e corrigindo os erros. Estamos treinando agora no Japão e os atletas vêm respondendo bem, criando uma energia bastante positiva”. andré cordeiro
foto luiz maudonnet
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Hiro Kawahara Traço marcanTe Hiro Kawahara está na lista dos notórios brasileiros com ascendência japonesa. O nome pode não ser familiar à primeira vista, mas provavelmente você já viu o trabalho dele alguma vez: há 26 anos Hiro cria e ilustra as toalhas de bandeja do McDonald’s. “A quantidade é surreal”, comenta Hiro, nascido em Mogi das Cruzes há 53 anos. “São impressos 12 milhões de unidades de cada modelo, o que me tornou o ilustrador com mais visibilidade do mundo. Sei de ilustradores de renome que começaram a desenhar copiando traços de toalhinhas antigas. É um marco insuperável na minha carreira”. Em seu portfólio constam também trabalhos publicitários para as marcas Pão de Açúcar, Itaú e Nestlé, entre outras. Dono de um estilo único, ele comenta que foi moldando essa identidade depois de estudar artistas que trabalham com desenvolvimento de personagens para animações americanas e europeias – alguns nomes seriam Shane Glines e Glen Keane.
“Meu trabalho não está relacionado ao traço, mas à ideia que quero passar e à sensação que quero transmitir para quem o observa. E nesse quesito minha influência maior foi o artista japonês Hayao Miyazaki, com a sua maneira delicada de contar histórias. O que eu aprendi de sutileza na narrativa, na eliminação dos clichês e na beleza do movimento foi assistindo em looping infinito filmes como Totoro e Kiki”. Sobre os animes e mangás, Hiro acredita que esse é um fenômeno de sucesso não só no Brasil. “Isso se dá graças aos jovens. Para eles, o mangá não é só quadrinho, e
anime não é só desenho animado japonês. Isso expressa o que eles sentem, o que tornou essas artes populares em todas as classes sociais”. Além de ilustrador, Hiro é quadrinista. Já produziu três livros – o mais recente, “O Bestiário Particular de Parzifal”, bateu recordes de arrecadação no Catarse e teve uma tiragem inicial de 4.500 exemplares, um estouro em termos de livro independente. Hoje trabalha em dois quadrinhos: “Últimos Deuses”, com roteiro de Eric Peleias, que deverá ser lançado em dezembro, e “Duas Sereias”, previsto para maio de 2019. andré cordeiro
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foto swan Yuki hamasaki
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Obaatian Shimada a vovó do chá “Você já experimentou nosso chá?”, questionou dona Elizabeth, logo que começamos a entrevista. “É gostoso, né? É feito com muito capricho, muito!”, completa ela, cheia de empolgação, pelo telefone. Mais conhecida como obaatian – vovó, em japonês –, ela tem o chá presente em sua vida desde os 5 anos. Elizabeth cresceu em Registro, a três horas de São Paulo, região que foi por muito tempo conhecida como a capital do chá. Seu pai, imigrante japonês, trouxe consigo sementes da Camellia sinensis, planta da qual são retirados o broto e as duas folhas mais jovens, que após um processo de murchamento, enrolamento, oxidação e secagem dão origem ao chá preto. Por muitos anos, a família Shimada fornecia seus brotos para as fábricas da cidade, que vendiam seus produtos finais para marcas como Lipton e Twinings, mas, com a introdução de plantações a nível industrial em outros países, as fábricas foram à falência e não havia mais para quem vender as folhas jovens do chazal da família. “No dia em que o dono da última fábrica ainda em funcionamento disse que não compraria mais o nosso broto, eu voltei para casa, abracei um pé
de chá e chorei, o que mais eu poderia fazer? Abracei o chazal e chorei”, contou obaatian, com a mesma tristeza daquele dia. Passados os anos, a plantação ficou abandonada e coberta por mato, até que, em 2014, aos 87 anos, dona Elizabeth decidiu mudar a situação: ressuscitar o chazal e armar sua própria fabriqueta de chá. Com a ajuda da família e de um vizinho japonês experiente no assunto, limpou a plantação, comprou as máquinas necessárias em um ferro-velho, consertou -as e voltou, com toda sua experiência de vida, a colher as duas folhas mais jovens e o broto de cada pé de chá para produzir o melhor produto final possível. Com o apoio de Yuki, um de seus netos, o chá feito com todo rigor e capricho ganhou uma logomarca, uma embalagem sofisticada e chegou ao mercado
paulistano. Depois disso? Alcançou o Canadá e os Estados Unidos e, enfim, surgiram pedidos em grande escala para revenda vindos do Japão, da Inglaterra e da Holanda. Um de seus desejos atuais é que a rainha Elizabeth e o imperador do Japão provem seu chá. Mas isso é sonho. Com os pés na realidade, dona Elizabeth quer que as pessoas visitem seu sítio para contar histórias e tomar chá com biscoitos de gengibre, ambos feitos por ela. “Venha conhecer o sítio! Fale com o Yuki, ele te traz aqui. Não tem problema que está na entressafra, depois você vem de novo!”, encerra obaatian, com um sotaque nipônico de vovó coruja. ana Júlia cano
oBaatian, o cHá Da vovó -
Avenida da Aclimação, 112, São Paulo www.obaatian.com.br
foto luiz maudonnet
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Kimi Nii criar é a palavra-chave Para quem conhece o trabalho de Kimi Nii, é difícil acreditar, mas seu envolvimento com a cerâmica começou na feirinha da Praça da República, no centro de São Paulo. Foi em uma barraquinha de rua que ela encontrou o que procurava: uma cerâmica utilitária autêntica e de alta temperatura. "A barraquinha pertencia a um senhor japonês, e eu perguntei a ele com quem eu poderia aprender a fazer peças como aquelas". A resposta veio rápido: "Você quer aprender? Eu posso te ensinar". Logo depois de se formar em Desenho Industrial pela FAAP, Kimi absorveu tudo o que aquele senhor podia ensinar e se sentiu realizada ao executar as peças que projetava, diferentemente da época da faculdade, em que só desenhava. "Eu chegava em casa depois da aula e não conseguia dormir, pensando 'Eu fiz! Eu fiz!' Eu estava apaixonada por aquilo tudo". Após três meses de curso, ela seguiu seu próprio caminho, pesquisando e experimentando sozinha. Sua primeira fornada de peças, no entanto, foi um fracasso. Na época, ela e a prima, também ceramista, levavam as peças para queimar no forno de um amigo, em Embu das Artes. Como a ocasião era muito esperada, se reuniam
com amigos na sequência para celebrar os resultados. "Naquele dia, as minhas peças saíram do forno todas com algum defeito e muitos ceramistas mais velhos me falavam: 'nossa, estou com pena de você, nenhuma das suas peças deu certo'". Com esses comentários, Kimi Nii confessa que chorou, desapontada. Os defeitos tinham a ver com a argila experimental, com o forno construído pelo próprio amigo e com a sua ousadia de criar peças de formatos experimentais logo no início de sua carreira. Com o tempo, Kimi Nii aprimorou esses e outros detalhes técnicos e começou a errar menos, como ela mesma diz. Sobre seus formatos ousados ao longo dos anos 1970 e 1980, ela comenta: "Eu não conseguia vender minhas cerâmicas,
eu fazia peças diferentes e os meus tipos de desenho não eram comuns na época; mas eu precisava criar alguma coisa, não ficava satisfeita fazendo vasos que todo mundo já tinha feito". Hoje as coisas mudaram e a linguagem desenvolvida por Kimi Nii na cerâmica é compreendida e aclamada. Representada pela galeria Emmathomas, do colecionador Marcos Amaro, com direção artística de Ricardo Resende, a artista já realizou incontáveis exposições coletivas e 20 individuais em diversas capitais brasileiras e cidades como Barcelona, Bruxelas e Tóquio. Passeando pelo pequeno jardim entremeado por esculturas na entrada de seu ateliê, localizado no Butantã, Kimi Nii faz uma última reflexão, ao final da entrevista: "O imperfeito tem mais graça, você não acha?" ana Júlia cano
VIAGEM
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UM APANHADO DE DICAS PARA QUEM NUNCA FOI A TÓQUIO E QUER TER UMA EXPERIÊNCIA LEGÍTIMA
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LALAI PERSSON, do blog de lifestyle e viagens "chicken or pasta" POR
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FOTOS MASSAAKI TOMORI E BEN BLENNERHASSETT
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Tóquio é uma cidade de superlativos. São inúmeros os adjetivos para descrevê-la. É o olimpo para quem ama gastronomia, moda, arquitetura, música. A região metropolitana é formada por 23 bairros especiais, cada um com suas próprias regras, autonomia e prefeito. Ou seja, 23 cidades em uma só.
foto lalai persson
Cerimônia de casamento no Meiji Shrine e vista de Tóquio de dentro do Skytree
Pisar pela primeira vez na cidade provoca um misto de sentimentos. A paixão imediata costuma ser para todos. Não à toa, é cada vez mais concorrida. Em 2015 foram 11 milhões de estrangeiros em visita, e esse número só cresce com a chegada das Olimpíadas 2020, quando o governo espera receber 40 milhões de turistas no país. Ao contrário do que a maioria pensa, Tóquio não é uma cidade cara. É possível, por exemplo, fazer boas refeições por US$ 10. Aliás, comer em Tóquio está entre as melhores experiências que a metrópole oferece. São cerca de 80 mil restaurantes, 234 deles com estrela Michelin e menu custando em média US$ 60. É lá também que fica uma das estrelas Michelin mais baratas do mundo, o Tsuta, que mantém sua condecoração desde 2015 com seu saboroso lámen por meros US$ 10. Mas atenção, para saboreá -lo é necessário pegar uma senha no restaurante às 7h30 da manhã. Aproveite e visite antes o Tsukiji Fish Market, tome um café da manhã acompanhado do sushi mais fresco que você vai
comer na vida, e siga para o Tsuta para chegar lá antes da senha ser distribuída. Importante: é comum restaurantes aceitarem pagamento somente em dinheiro, por isso tenha sempre ienes no bolso. É possível circular de bicicleta numa boa pela cidade, mas o metrô é o principal meio de transporte. Compre um cartão Suica ou Pasmo em qualquer estação e vá abastecendo com ienes. Esses cartões são aceitos também para compras em lojas de conveniência e cafés. Não se preocupe em colocar crédito demais neles: no fim da viagem você pode resgatar o saldo em uma das estações principais. Permita-se caminhar sem medo de se perder. Tóquio é a melhor cidade para isso, pois sempre há tesouros escondidos em qualquer lugar. É uma cidade verde e com muitos parques. O Yoyogi Park, em Shibuya, é um dos meus favoritos. Atrás dele se encontra um dos principais templos de Tóquio, o santuário Meiji, onde aos sábados é possível assistir a cerimônias de casamento. Mas o mais bonito é o Shinjuku Gyoen, um dos maiores parques da localidade. Já o Ueno Park tem a vantagem de abrigar vários museus, templos e até um zoológico.
Mama bartender favorita de yokocho em Shibuya
foto fabian mardi
Cruzamento em Shibuya
Quem vai a Tóquio e não atravessa o famoso cruzamento em Shibuya, o maior do mundo, não visitou a cidade. É um espetáculo assistir 2.500 pessoas atravessando simultaneamente suas dez faixas. Outra visita obrigatória na capital japonesa é ao Senso-ji, o templo mais antigo e imponente da região. Tóquio é a meca para compras. Shoppings centers estão em todos os lugares. Marcas japonesas como Uniqlo e MUJI têm flagships em Ginza, a área mais chique da cidade. Mas esse é também o único lugar do mundo que tem uma livraria que vende apenas um título por mês, a Marioka Shoten. Shibuya é a área mais movimentada e turística, além de ser uma das melhores para compras. Loft, Tokyu Hands, HMV Record, Neighborhood, BEAMS, Tower Records e Don Quijote estão entre as lojas que merecem uma visita.
foto chris yang e lalai persson
V IAGEm
Beco gastronômico em Shinjuku
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foto jeremy stenuit
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fotos lalai persson
Detalhe do Omotesando Hills
A região abriga também meu yokocho (becos com mini bares para no máximo oito pessoas) favorito, o Nonbei. Com apenas duas ruelas de bares, o yokocho é bem mais local e menos turístico do que o famoso Golden Gai, em Shinjuku – lá são seis ruas com 200 bares! Tomigaya, a área mais charmosa de Shibuya, é pequena, tranquila e cercada de cafés, lojas e bons restaurantes. O Little Nap Coffee, Flugen Cafe, Monocle Shop e Life Restaurant são alguns dos meus prediletos por ali. Já Harajuku, lugar para ver e se visto, é jovem, extravagante e fashion. As famosas Cat Street e Takeshita Street, boas ruas de compras, ficam neste bairro. Se estiver precisando de uma pausa da culinária japonesa, experimente o suculento hambúrguer do The Great Burger. Ou, se preferir algo mais calmo, almoce no Eatrip, com menu à base de orgânicos. A avenida Omotesando, ao lado, é o lugar para apaixonados por arquitetura. Lojas em prédios ousados se enfileiram nela de ponta a ponta. O shopping Omotesando
Senso-Ji, templo mais antigo da região
Little Nap Coffee Stand, em Tomigaya
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Restaurante em Koenji
Quarto do Hoshinoya Tokyo e, abaixo, a concierge do hotel
Interior da 21_21 Design Sight
Hills, projetado pelo arquiteto Tadao Ando, e a loja Prada, construída em formato de caleidoscópio pelo escritório Herzog & de Meuron, estão lá. Para um café ou uma refeição rápida vá ao Commune 246, um jardim com food trucks, cafés e bar de cervejas artesanais para saborear ao ar livre. Para fugir do óbvio, visite Shimokitazawa e Koenji. São os bairros mais hipsters de Tóquio. Um paraíso para quem gosta de brechós, lojas de discos e café. Bons museus não faltam em Tóquio. Meus favoritos são o Tokyo Photographic Art Museum, The National Art Center Tokyo, Nezu Museum, Yayoi Kusama Museum (compre ingressos antes da viagem), e o museu mais alto do mundo, o Mori Art, que ocupa os 53º e 54º andares do Roppongi Hills, além da 21_21 Design Sight, galeria de arte projetada pelo Tadao Ando. O Estúdio Ghibli tem um museu dedicado a ele, mas é imprescindível comprar ingresso antes de ir. O coletivo de arte interativa TeamLab acabou de ganhar seu próprio museu, o Mori Building Digital Art Museum.
fotos ola persson
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Seleção imperdível sushi não é a comida do dia a dia do japonês, mas não deixe de experimentar um bom restaurante dedicado a ele. o rin, em Kagurazaka, tem apenas dez lugares e oferece uma experiência espetacular.
Tóquio é tão fascinante de baixo quanto de cima. Para apreciá-la nas alturas, há várias opções. Uma das melhores é tomando um drink no fim do dia no The New York Bar, no Park Hyatt Tokyo, que ficou famoso em função do filme “Encontros e Desencontros”, de Sofia Coppola. O Tokyo Metropolitan Government Building é uma opção sem precisar desembolsar nenhum iene. Já o Tokyo Sky Tree é a torre mais alta do mundo com 634 metros de altura. São dois decks para observação, um a 350 e outro a 450 metros de altura. Uma das coisas mais autênticas do Japão são os “audiophiles bars”, bares exclusivos para ouvir música com sistema de som de qualidade. Pequenos e dedicados a estilos específicos de música, têm de jazz, de rock, de música eletrônica, de funk, de post-classical. O Bonobo tem sempre ótimos DJs tocando para uma pista minúscula e animada. Entre muitas garrafas de bourbon e uísque, está uma coleção de mais de dez mil discos de
muito mais do que o aclamado sushi, kaiseki ryori é a epítome da culinária japonesa. É um verdadeiro banquete que nasceu das refeições simples servidas aos monges. dois lugares que indico de olhos fechados são o ishikawa Kagurazaka e o Ginza Kojyu, ambos com três estrelas michelin.
vinil no JBS, o céu para amantes do jazz. Para os festeiros, o Unit, em Ebisu, raramente desaponta. Para experimentar uma hospedagem tradicional, o Hoshinoya Tokyo oferece uma experiência de ryokan (hospedaria típica japonesa) cinco estrelas, em Chyoda. Culinária, tea time, onsen (tradicional casa de banho quente japonesa), spa e até um concierge por andar garantem uma estadia perfeita para escapar um pouco da eletrizante Tóquio e relaxar. Para curtir um cenário de filme, o Park Hyatt Tokyo não decepciona. Ele oferece hospedagem de primeira com vista privilegiada para a cidade e para o Monte Fuji.
para saborear um ótimo lámen, além do concorrido tsuta, o Ginza Kagari está na lista Bib Gourmand michelin. a estrela lá é o toripaitan soba, feito com caldo de galinha. o Kanae izakaya, em shinjuku, é tradicional, vive lotado, tem ótima seleção de sakês e sashimi de toro (a parte gorda do atum) a um preço acessível. faça uma day trip para hakone para relaxar em águas termais e experimentar um autêntico "onsen" no ryokan hakone Yuryo, que tem preços bem em conta.
JUL 2018
agenda
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P r o g r a m a s Pa r a to da s a s h o r a s d o m ê s
Para aQUECEr a aLma Fondues são as sugestões do Praça São Lourenço pág. 73
EXPOSIÇÃO alfred hitchcock ganha mostra no mIs pág. 75
COQUETELARIA os novos drinques do bar guarita pág. 69
GASTRONOMIA attimo está ótimo em sua nova fase pág. 78
CINEMA os estilosos cães de Wes anderson pág. 74
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Vida de circo
Fluxo e refluxo MANHÃ a exposição “histórias afro-atlânticas” apresenta cerca de 400 obras paralelamente no masP e no Instituto tomie ohtake. os trabalhos vieram de diversos países. �F masp: avenida Paulista, 1.578, Bela Vista, tel. 3149-5959, Inst. tomie ohtake: rua Coropés, 88, Pinheiros, tel. 2245-1900.
Mesa para convívio
Chinês para a turma toda TARDE o restaurante P.F. Chang’s acaba de lançar seu share menu, com pratos para serem compartilhados. a porção de mongolian surf & turf, por exemplo, sai por r$ 119 e serve 3 pessoas. Já o tempura Calamari custa r$ 99 e é ideal para 6 pessoas, enquanto a asian Caesar salad (r$ 49) faz a alegria de 3 pessoas e o Lo mein Combo (macarrão com vegetais, camarão, carne e frango) é vendido por r$79 e satisfaz 3 pessoas. �F Avenida Pres. Juscelino Kubitschek, 627, Itaim, tel. 3044-0571.
TARDE Comandado pelo chef rafael Navarini, o restaurante mensa serve pratos como o cozido de feijão-manteiguinha, o shoulder (corte dianteiro do boi) com farofa de milho e o sorvete de camomila. �F rua Wisard, 88, Vila madalena, tel. 3031-7536.
Botecagem renovada o Boteco são Conrado acaba de repaginar seu cardápio, com petiscos assinados pelo chef giovanni Carvalho, como o bolovo, o ceviche de salmão com suco de caju e o carpaccio de polvo. �F rua aspicuelta, 51, Vila madalena, tel. 3074-4389. NOITE
Feira do vinho no Ibirapuera MANHÃ depois de uma caminhada matutina no parque Ibirapuera, vá até o Pavilhão da Bienal. hoje é o último dia da Wine Weekend são Paulo Festival, que reúne mais de 80 expositores com cerca
de 2.000 rótulos com preços diferenciados e descontos de até 70%. das 12h às 20h no Pavilhão Bienal. �Fav. Pedro Álvares Cabral, s/n.
Ópera alemã NOITE o theatro são Pedro apresenta somente até hoje a ópera “alcina”,
do alemão händel. Composta em 1735, a obra ganha montagem com direção musical de Luís otávio santos e direção cênica de William Pereira. Ingressos de r$ 15 a r$80. �F rua Barra Funda, 161, santa Cecília, tel. 3661-6600.
MANHÃ a galeria olido apresenta a mostra “hoje tem Espetáculo”, que reúne documentos e fotografias de trupes, famílias e artistas circenses pertencentes ao acervo do Centro de memória do Circo. Entrada gratuita. �F avenida são João, 473, Centro, tel. 3331-8399.
Todo dia é dia de feijuca TARDE o tradicional restaurante Pier trattoria é uma das poucas casas da cidade que servem feijoada todos os dias da semana, e não apenas às quartas e sábados. de segunda a segunda, cada cumbuca fumegante custa r$ 42,90. �F rua Caconde, 177, Jardim Paulista, tel. 3887-8788.
Porco & pane NOITE o hot Pork é uma casa de hotdog aberta pelo chef Jefferson rueda. do pão à salsicha, tudo é fabricado lá, sem conservantes, emulsificantes e corantes. além da versão de porco, há o Not Pork, versão vegetariana feita com cogumelos. �F rua Bento Freitas, 454, Centro, tel. 3129-8735.
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Salvador em 2D ou 3D a Emmathomas galeria apresenta até o dia 14 a exposição “duas spherográfias”, com 17 obras de gilberto salvador que refletem seu pensamento poético. MANHÃ
Elas foram produzidas em diversos suportes, variadas dimensões e concepções bi ou tridimensionais. �F alameda Franca, 1.054, Jardins, tel. 3045-0755.
Nhanham no Tonton TARDE o chef gustavo rozzino acaba de introduzir novidades
quentinhas no cardápio de seu restaurante, o tonton. Entre elas, os varenikes com foie gras grelhado, o risoto de funghi com pinoli e rúcula e o magret de pato com tagliatelle fresco e aspargos salteados. �F rua Caconde, 132, Jardim Paulista, tel. 2597-6168.
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Cafés Made in Portugal
Comida & arquitetura TARDE o restaurante Copan, no térreo do icônico prédio, oferece um cardápio variado de pizzas, massas e vinhos. o filé à parmegiana com arroz e batata palha ou salada é um de seus best sellers. de sobremesa, prove o pudim de leite. �F avenida Ipiranga, 200, Centro, tel. 3257-5245.
Pequenos heróis Estreia hoje nos cinemas “homem Formiga e a Vespa”, em que scott Lang (Paul rudd), como homem Formiga, precisa ajudar a vespa hope Van dyne (Evangeline Lilly) e hank Pym (michael douglas) a derrotar a nova vilã e salvar a pele de Janet Van dyne (michelle Pfeiffer). NOITE
NOITE – o guarita acaba de lançar um menu com drinques autorais assinados pelo premiado barman Jean Ponce e pelos bartenders Ítalo de Paula e alice guedes. a nova carta tem sete coquetéis servidos apenas para quem se sentar no novo balcão do bar. Prove o Cavaleiro (rum, cachaça, vermute, blend de amaros e bitter de madeiras brasileiras) ou o Qual a sua origem? (tiquira, cachaça, calda de açafrão, gengibre e coentro e sucos de limão e butiá). �F Rua Simão Álvares, 952, Pinheiros, tel. 3360-3651.
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Awika!
MANHÃ a deltaexpresso acaba de abrir uma flagship store no centro de são Paulo. o espaço oferece comidinhas doces e salgadas, cafés especiais e produtos voltados ao consumo e ao preparo da bebida, como máquinas de espresso, xícaras e canecas. �F Praça do Patriarca, 66, sé, tel. 3242-5557.
Drinques geniais
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MANHÃ até o dia 9, o Pavilhão de Exibições do anhembi recebe mais uma edição da anime Friends, convenção de mangás, animes e cultura japonesa, com animekê, concurso de cosplay e atrações internacionais. Ingressos de r$ 80 a r$ 270. �F avenida olavo Fontoura, 1.209, santana.
Hambúrgueres na pressão TARDE a Borger Burger aposta nos hambúrgueres tipo smash – em que o disco de carne é pressionado contra a chapa, criando uma saborosa crosta. o menu tem duas opções: o cheeseburger e o double cheeseburger, que podem ser incrementados com alface, tomate, maionese, picles, cebola e bacon. �F rua dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 211, Pinheiros, tel. 2768-3200.
Áustria-Brasil NOITE marin alsop rege a osesp (orquestra sinfônica do Estado) e bolsistas do Festival de Inverno de Campos do Jordão na sala sP. No repertório, composições de strauss e de José antônio almeida Prado. Ingressos a partir de r$ 50. �F Praça Júlio Prestes, 16, Luz, tel. 3367-9500.
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Negra arte
Japan taste
o museu afro Brasil apresenta “Isso É Coisa de Preto – 130 anos da abolição da Escravidão”, destacando a presença negra nas artes, como Elza soares e Cartola. Ingressos a r$ 6. �F avenida Pedro Álvares Cabral, s/ nº, Parque Ibirapuera, tel. 3320-8900.
MANHÃ até 30 de setembro, a exposição “aromas & sabores” ocupa o 2º andar da Japan house. a mostra explora os cheiros e os sabores da culinária nipônica. a curadoria é de Felipe ribenboim. �F avenida Paulista, 52, Paraíso, tel. 3090-8900.
Existe humor em SP
TARDE somente até hoje, a Festa de são Vito agita o Brás. No palco, artistas interpretam canções italianas e, nas barraquinhas, as “mammas” servem delícias como massas, pizzas, doces e salgados, como a guimirella (espeto de fígado com louro) e a ficazella (pastel de batata recheado de mozzarella). �F rua Polignano a mare, Brás.
MANHÃ
TARDE o festival risadaria contempla o conteúdo cômico. o evento reúne até o dia 5 de agosto shows, exposições, debates, oficinas e uma programação infantil especial em 10 endereços da cidade.
segunda
Festa de rua
Dias melhores MANHÃ – A Galeria Simões de Assis apresenta até o dia 4 de agosto uma exposição que reúne 40 pinturas de Cícero Dias, artista pernambucano que viveu entre 1907 e 2003 e cuja obra é valorizadíssima no mercado de arte internacional. Essa é a primeira mostra retrospectiva deste grande nome do Modernismo em uma galeria desde a década de 80. �F Rua Sarandi 113-A, Jardins, tel. 3062-8980.
Delícias ítalo-brasileiras NOITE o chef Luiz Filipe souza será o representante brasileiro na final do Bocuse d'or em 2019. Enquanto isso, ele serve no Evvai por r$ 195 um menu degustação que inclui tartelette de pupunha, mosaico de carpaccio de angus e lardo e risoto de cogumelos com cebola assada, foie gras e queijo Cuesta. �F rua Joaquim antunes, 108, Jardim Paulistano, tel. 3062-1160.
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Big brother no palco Com direção de Zé henrique de Paula, a peça “1984” é inspirada no romance escrito em 1949 pelo britânico george orwell. Em cartaz somente até hoje no teatro do sesc Consolação. Ingressos de r$ 12 a r$ 40. �F rua dr. Vila Nova, 245, Vila Buarque, tel. 3234-3000. NOITE
Almocinho escondido TARDE Nos fundos da loja de roupas Pinga funciona o Porú, um pequeno restaurante com apenas duas opções de prato por dia — uma delas vegana. o menu do almoço custa r$ 36 e inclui salada, prato principal e sorvete. Pode ter pratos como o arroz cremoso
com requeijão, carne assada, farofa de bacon e aspargos (tofu e cogumelos na versão vegana). �F rua da Consolação, 3.378, Cerqueira César, tel. 96185-9686.
Nonna de casa nova NOITE o restaurante La Nonna di Lucca, famoso em moema por seu macarrão
preparado dentro do queijo parmesão, acaba de abrir uma nova unidade, em Pinheiros. o menu tem também delícias ítalo-mineiras, como o nhoque de mandioca com ragu de costela e o pato com canjiquinha e quiabo. �F rua Ferreira de araújo, 445, Pinheiros, tel. 3031-5248.
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Galeria de esculturas
De Londres à Av. Paulista
MANHÃ Uma galeria de arte totalmente dedicada às esculturas: esta é a proposta da artista plástica portuguesa Virgínia sé. são quase 200 obras de sua autoria que remetem às formas humanas e arquitetônicas. �F alameda Franca, 1.153, Jardins, tel. 3062-6519.
MANHÃ a mostra “acervo em transformação: tate no masp”, traz obras do museu inglês tate modern, que ficarão até 2019 nos cavaletes de Lina Bo Bardi. Ingressos a r$ 35. �F avenida Paulista, 1.578, Bela Vista, tel. 3149-5959.
Sabor, saúde e relax
TARDE a rede La guapa acaba de inaugurar uma unidade na região da Berrini. além das já famosas e deliciosas empanadas, serve alfajores e cafés exclusivos. �F rua Flórida, 1.602, Brooklin, tel. 5102-2225.
TARDE o recém-inaugurado mareu tem o menu criado com consultoria da chef Nadia Campeotto. há opções sem glúten, sem lácteos, veganas e low carb, como o risoto de arroz negro com shimeji e castanha. �F rua Pe. João manuel 964, Jardins, tel. 2638-6174.
o Vino! Bar, que durante anos fez sucesso no Itaim, agora funciona em Pinheiros. além do descontraído wine bar comandado pela sommelière Claudia Kojima, a casa serve deliciosas tábuas de queijos e frios e minipratos criativos. Vale muito a pena provar o ovo perfeito com espuma de queijo da Canastra e crispy de bacon. Imperdível! �F rua Fradique Coutinho, 47, Pinheiros, tel. 2614-0145. NOITE
NOITE hoje é o dia da Pizza. Visite a Leggera, uma das raras pizzarias paulistanas certificadas pela aVPN (associazione Verace Pizza Napoletana) e vencedora de vários prêmios da crítica especializada. Prove a Carnevale, em forma de estrela e com as bordas recheadas de ricotta. �F rua diana, 80, Pompeia, tel. 3862-2581.
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Empanadas divinas
Vinho & simpatia Pizza estrelada
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Pães do céu MANHÃ a st. Chico é uma padaria com pães espetaculares e “fábrica” aparente. tudo é produzido artesanalmente, com insumos da melhor qualidade. o pão francês, cascudinho e crocante, tem massa perfumada e lindamente alveolada. Vale a pena também provar as ciabattas, os brioches, as focaccias, os pães de campanha, as baguetes e o pão de levain com cobertura de Nutella e amêndoas. �F Rua Fernão Dias, 461, Pinheiros, tel. 3031-5096.
Prainha no Itaim TARDE o espaço de espera do Nino Cucina agora abriga o da marino, casa especializada em cozinha da Puglia (terra do chef rodolfo de sanctis) e com ênfase nas receitas do mar. Não deixe de provar o rigatoni com
polvo all’amatriciana, o spaghetti com lula e bottarga e o linguine com um toque de lagosta, tomatinhos e manjericão. �F rua Jerônimo da Veiga, 74, Itaim, tel. 3368-6863.
Botecagem vegana NOITE
o shuffle é um
bar vegano que serve petiscos como as porções de bolinhos de shimeji. Na carta de drinques, destaque para o mojito e o White russian feito com leite de castanha no lugar do creme de leite. �F rua ana Cintra, 132, Campos Elíseos, tel. 3221-6367.
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Diálogo entre museus MANHÃ “Paradoxo(s) da arte Contemporânea” reúne 39 obras de artistas que expuseram suas obras em mostras do Paço das artes e que têm trabalhos no acervo do maC, como alex Flemming e rosângela rennó. �F avenida Pedro Álvares Cabral, 1.301, Ibirapuera, tel. 2648-0254.
Volta, Boseggia TARDE após mais de seis anos no rio, o chef Luciano Boseggia volta para assinar o menu do Verbena, no hotel transamérica. a culinária do norte da Itália dá o tom. �F av. Nações Unidas, 18.591, sto amaro, tel. 5547-1166.
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Bike e café o Vélo 48 é o mais novo ponto de encontro dos apaixonados pelo ciclismo. Bikes, vestuário, acessórios, oficina, um ótimo café, comidinhas saudáveis e uma turma muito animada para pedalar. �F r. amauri, 311, tel. 4780-0604. MANHÃ
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Perfume luminoso MANHÃ No perfume aqua allegoria mandarine Basilic, da francesa guerlain, o aroma cítrico das mandarinas italianas aparece combinado a notas de manjericão
e de chá verde, com um toque amadeirado. Uma fragrância leve e energética. o frasco de 75 ml custa r$ 310 no www.sephora.com.br.
Copa chega ao fim TARDE acontece hoje às 12h (horário de Brasília) a final da Copa do mundo, no estádio
nacional de moscou. o jogão terá transmissão direta pela tV e, por conta disso, bares terão menus especiais com comidinhas e drinques especiais para seus clientes acompanharem a partida. No Vale do anhangabaú, a cantora baiana daniela mercury faz um show gratuito.
Terror e diversão em alto-mar TARDE Estreia este fim de semana o longa de animação “hotel transilvânia 3: Férias monstruosas”. Na trama, drácula, solteiro e infeliz, embarca com sua filha em um cruzeiro de férias para encontrar uma namorada. Ele se encanta pela comandante, mas ela esconde um segredo nada amigável.
Pausa tropical NOITE No jovem bar mahau, a carta de drinques é inspirada na cultura maori: prove o haka, feito com gim, mel, bitter angostura e sal negro. Para beliscar, aposte nos bolinhos de polenta com queijo da serra da Canastra e em sandubas para compartilhar, servidos na tábua. Prove o de carne com queijo, rúcula e azeitonas pretas na baguette. �F rua Prof. atílio Innocenti, 160, Itaim, tel. 3078-3066.
A plateia define o tema NOITE Em cartaz até 26 de agosto no teatro do morumbi shopping, graziella moretto e Pedro Cardoso encenam “Uãnuêi – a Festa”, um improviso long-form que propõe devolver a festividade ao teatro. Ingressos a r$ 60. �F avenida roque Petroni Jr., 1.089, Brooklin, tel. 5183-2800.
Sandubas do Chico e do Carlão NOITE Na Frank & Charles sandwich Bar + Cafe, a especialidade são os caprichados sandubas. o delicioso gordy the Pig tem barriga de porco desfiada, geleia de bacon, brotos de rúcula e maionese de sriracha no pão de hambúrguer, o the original tem pastrami artesanal e picles e o meatless vem numa focaccia fofinha com molho de tomate, mozarella de búfala e pesto de manjericão. �F Rua Alagoas, 852, Higienópolis, tel. 2503-7125.
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Transformers ao vivo MANHÃ até o dia 22, no shopping Vila olímpia, haverá uma exposição com nove esculturas gigantes do universo transformers, como optimus Prime, Lord megatron, Fallen e Bumblebee. �F rua olimpíadas, 360, Vila olímpia.
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Fora do tom a Verve galeria apresenta até o dia 21 “o Inquietante”, coletiva com 21 trabalhos de Farnese de andrade, Flávio Cerqueira e outros. a mostra reúne desenhos, esculturas, fotos e pinturas que despertam nas pessoas sentimentos diversos acerca do dissonante. �F rua Lisboa, 285, Pinheiros, tel. 2737-1249. MANHÃ
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MANHÃ após passar pelos espaços Farol e Pivô, no Centro, a Casa Plana reabre em sede própria na Zona oeste. Criado por Bia Bittencourt, o espaço cultural conta com café, livraria e biblioteca com cerca de 4.000
títulos, entre livros, zines e revistas. �F rua Fradique Coutinho, 1.139, Pinheiros, tel. 3097-8304.
Almoço orgânico TARDE o recém-inaugurado restaurante Corrutela tem sua cozinha comandada pelo chef Cesar Costa, que trabalhou com
a norte-americana alice Waters. tudo é feito com ingredientes orgânicos. Vale provar o hommus de beterraba amarela com manga salgada e quinoa ou as ostras com uvas brancas fermentadas. �F rua medeiros de albuquerque, 256, Vila madalena, tel. 3032-2443.
Delicioso mix agridoce TARDE Quem aprecia uma sobremesa doce e azedinha vai amar a tarte deux Citron, torta com massa sablé de farinha de amêndoas e creme de limão elaborado com limões siciliano e tahiti. Essa gostosura está à venda na sucrier – oui, american Pâtisserie, comandada pelas irmãs gabriela gotthilf Czitrom e daniela gotthilf halbreich. agora, em novo endereço. �F rua mateus grou, 50, Pinheiros, tel. 2667-4972.
Made in Portugal a conceituada vinícola herdade da malhadinha Nova, localizada no alentejo, no sul de Portugal, produz 7 rótulos, entre brancos, tintos e rosados. Conheça a linha completa em www.barrinhas.com.br. NOITE
Japa havaiano TARDE o huahine sushi funciona em sistema de rodízio com ótima relação custo/ benefício. o menu huahine sai por r$ 89 e inclui shimeji, guioza, harumakis, hot rolls, missoshiro, tempura, temakis, yakissobas e tepan yakis, além de sashimis e sushis. �F rua guaipá, 1.044, Vila Leopoldina, tel. 2372-9894.
Festival de fondues NOITE o Festival de Fondues do restaurante Praça são Lourenço oferece até setembro três opções com queijos, duas de carne e três doces. Cada panelinha custa r$ 131. �F rua Casa do ator, 608, Vila olímpia, tel. 3053-9300.
Piccola degustazione NOITE O restaurante Piccolo, conhecido por sua cozinha italiana moderna, entra em uma fase mais autoral. O chef Marcelo Milani, pupilo do chef executivo Marcelo Laskani, assina um menu degustação com 8 etapas que custa R$ 160 por pessoa. Servido nos jantares de segunda a quinta, inclui pratos como o vitello tonnato com tinta de lula, massas como o gnudi com cogumelo porcini e ovo e um peixe do dia com erva doce, farofa de camarão e marisco branco. �F Rua dos Pinheiros, 266, Pinheiros, tel. 3213-8449.
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Azeite brasileiro
Pop & folk
a nova safra dos azeites serra dos garcias, produzida em aiuruoca (mg), na serra da mantiqueira, já está à venda. artesanais e feitos com azeitonas arbosana, arbequina e Koroneiki, os frascos são de 250 ml (r$ 29,90) ou 500 ml (r$ 59,80). www.serradosgarcias.com.br.
MANHÃ
MANHÃ
Na exposição “Labirinto de amor”, em cartaz até o dia 29 na Caixa Cultural, o mineiro Jorge Fonseca exibe 30 de suas obras. a mostra apresenta um panorama do estilo do artista, que mistura
pop art com toques de folclore, religiosidade e cultura popular. Entrada gratuita. �F Praça da sé, 111, Centro, tel. 3321-4400.
Dupla dinâmica NOITE Estreia este fim de semana nos cinemas o policial com toques cômicos “Uma Quase dupla”,
dirigido por marcos Baldini e estrelado por tatá Werneck e Cauã reymond. Na trama, uma série de assassinatos abala a rotina da cidade de Joinlândia, e o subdelegado Claudio (Cauã) recebe a ajuda da destemida investigadora Keyla (tatá) para encontrar o criminoso.
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Da TV ao palco MANHÃ a série infantil da tV Cultura “Que monstro te mordeu?” acaba de virar espetáculo no teatro do sesi. Com texto e direção de Carla Candiotto, ficará em cartaz até 2 de dezembro. a entrada é gratuita. �F avenida Paulista, 1.313, Bela Vista, tel. 3146-7000.
Delícias da Amazônia TARDE a Casa tucupi, especializada na culinária acreana, serve pratos típicos, como o tacacá, a maniçoba, a unha de caranguejo, as costelinhas de tambaqui e a galinhada no tucupi. Para beber, sucos de cajá e cupuaçu. �F rua major maragliano, 74, Vila mariana, tel. 94241-2776.
Esse fez muita arte TARDE Um dos artistas mais provocativos do século 20 tem sua cinebiografia lançada este fim de semana no Brasil. “Egon schiele – morte e donzela”, de dieter Berner, traz a história do austríaco conhecido por seu brilhantismo. o longa traz o ex-modelo Noah saavedra no papel do protagonista.
Salvem os cães! NOITE Estreia hoje o longa de animação “Ilha dos Cachorros”, de Wes anderson. Na trama, o menino atari mora na cidade de megasaki, governada pelo corrupto Kobayashi, que aprova uma lei proibindo cachorros de morarem no local, fazendo com que todos sejam enviados a uma ilha vizinha cheia de lixo. mas atari não aceita se separar de seu cão, spots.
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Seja o rei do estádio
Central no centro TARDE No térreo do icônico edifício Copan, o restaurante La Central serve uma comida mexicana reconfortante, com pratos ricos em cores e sabores. Entre eles, o refrescante crudo de atún com aguachile amarelo, a picanha bovina com mole negro (molho rico em especiarias e com um toque de chocolate), o pescado com molho de pimenta guajillo e o suculento frango rostizado (com creme cítrico de cenoura e espinafre). �F Avenida Ipiranga, 200, Centro, tel. 3214-5360.
NOITE Que tal assistir hoje ao jogo entre Palmeiras e atlético mg com dJ, telão, bar, bufê e pebolim? assim é o camarote FanZone by Jack daniel's, na allianz Parque. os preços variam de r$ 400 a r$ 2.500. �F Entrada pelo Portão C1 na rua Padre antônio tomás, 72, 3º andar (Edifício garagem), Pompeia, tel. 2506-1580.
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Tudo de chocolate MANHÃ – a Cervejaria Caras de malte, instalada no mercado são Bento, em Campos do Jordão, promove até 30 de agosto o Festival do Chocolate, oferecendo receitas de todo tipo elaboradas com cacau, como pratos salgados, bombons,
Hitchcock no MIS o mestre do suspense ocupa o mIs (museu da Imagem e do som). até outubro, uma exposição inteiramente dedicada ao cineasta alfred hitchcock traça um panorama da vida e obra do realizador inglês por meio de uma expografia imersiva e interativa. tem cenas de filmes, fotos, pôsteres e mecanismos utilizados para criar efeitos especiais, além de salas que reproduzem o clima e a atmosfera das produções. �F avenida Europa, 158, Jardim Europa, tel. 2117-4777. TARDE
doces, drinques e até cerveja. �F avenida macedo soares, 123, Capivari, Campos do Jordão, tel. 12 3662-2530.
Festa eclética NOITE acontece hoje na arena anhembi o maior Baile do mundo, que vai reunir artistas como anitta, Cláudia
Leitte, Kevinho, Livinho, henrique e diego, Zeeba e dani russo com um mix de ritmos e estilos envolventes. os ingressos custam de r$ 50 (pista) a r$ 230 (acesso Livre com open Bar). �F avenida olavo Fontoura, 1.209, santana.
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De fotografado a fotógrafo MANHÃ as obras de Luiz moreira compõem a exposição “Porta do mar”, em cartaz na gabriel Wickbold studio & gallery até 20 de agosto. �F rua Lourenço de almeida, 167, Vila Nova Conceição, tel. 3051-4919.
Champagne extra premium NOITE a maison Veuve Clicquot apresenta um novo champanhe: o Extra Brut Extra old, um cuvée de prestige com assemblage exclusivo dos vinhos de reserva da maison. garrafas de 750 ml custam r$ 670.
Cozinha nota dez TARDE Inaugurado há dois anos, o des Cucina tem em seu novo cardápio de inverno pratos como o camarão grelhado servido em leito de abobrinha e espumante (foto), o ravióli de carne suína com cogumelos shiitake e o stinco de cordeiro com polenta cremosa. �F rua desembargador do Vale, 233, Perdizes, tel. 3872-0050.
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Alta movelaria
Top mixers
até o dia 27, o são Paulo Expo recebe mais uma edição da abimad – Feira Brasileira de móveis e acessórios de alta decoração. Entrada gratuita (limitada aos profissionais da área previamente credenciados). �F rodovia dos Imigrantes, 1, Jabaquara, tel. 5505-1214.
Quem gosta de uma gostosa água tônica ou de uma refrescante ginger beer precisa conhecer a linha de mixers da riverside, marca criada pelos mesmos sócios da cerveja Proibida e
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MANHÃ
do santropa rosé spirit. Cada garrafinha de 200 ml custa r$ 7,50 e pode ser compradas pelo e-commerce www. riversidemixers.com. tel. 5093-0420.
Rango peruano TARDE o restaurante Inkahuasi, especializado na culinária peruana, tem bons ceviches e ótimos
arrozes de chaufa, que podem ser de frango ou de filé mignon. serve também o tacu tacu, uma espécie de panqueca recheada com arroz, feijão, pimenta, ervas, molho de soja, cebola, tomate e frango. �F rua min. Jesuíno Cardoso, 575, Vila olímpia, tel. 2129-8242.
Gelatos artesanais TARDE a sorveteria Vico gelateria artigianale tem casquinhas e sorvetes feitos todos os dias na cozinha que fica à vista. Entre os 15 sabores, destaque para o de morango, o de amarena (cereja selvagem) e o de melancia com capimsanto. �F rua goiás, 47, higienópolis, tel. 2373-6739.
quinta
Cê viu as fotos do Mário? MANHÃ a exposição “mário Fotógrafo”, em cartaz na Casa mário de andrade até 4 de agosto, exibe estudos e fotos feitas pelo modernista. as imagens capturam paisagens e personagens da cidade de são Paulo, além de autorretratos e experimentos. Entrada gratuita. �F rua Lopes Chaves, 546, Barra Funda, tel. 3666-5803.
Charlô balzaqueano TARDE o Bistrô Charlô celebra 30 anos e apresenta novos pratos no cardápio, como as rãs a provençal, as vieiras canadenses com raiz forte e emulsão de beterraba, e a moqueca de palmito pupunha e banana da terra. �F rua Barão de Capanema, 454, Jardins, tel. 3087-4444.
Ovo, ar e queijo Para o inverno, o spot incluiu no cardápio dos restaurantes da Paulista e do shopping JK Iguatemi uma nova entrada quente: o soufflé de queijo, com queijos gruyère e parmesão. alameda min. rocha azevedo, 72, Cerqueira César, tel. 3283-0946 �F avenida Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, térreo, V. olímpia.
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Impossível, mas dá-se um jeito
NOITE
Estrela no palácio NOITE aberto em maio de 2017, o restaurante tangará Jean-georges, que funciona dentro do hotel Palácio tangará, acaba de conquistar sua primeira estrela no guia michelin. seu menu oferece especialidades inspiradas na rica da culinária asiática, com toques brasileiros e ingredientes tropicais. as receitas são executadas pelo chef Felipe rodrigues. Vale provar o sushi crocante de salmão, o robalo com especiarias (foto) e o carré de cordeiro. �F Avenida Dep. Laércio Corte, 1.501, Panamby, tel. 4904-4040.
NOITE Estreia hoje nos cinemas o eletrizante thriller “missão Impossível – Efeito Fallout”, dirigido por Christopher mcQuarrie e mais uma vez estrelado por tom Cruise, que vive o agente Ethan hunt. No elenco, rebecca Ferguson, henry Cavill e simon Pegg.
kikecosta@uol.com.br
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s exta
Escola de gastronomia MANHÃ a célebre escola francesa de gastronomia Le Cordon Bleu acaba de abrir uma unidade em são Paulo. Com sete cozinhas profissionais, auditórios, biblioteca e grandes chefs no corpo docente,
oferece formação em Cozinha e Pâtisserie. o curso completo custa r$ 143 mil. �F rua Natingui, 862, 1º andar, Vila madalena, tel. 3185-2500.
Dupla veggie TARDE o restaurante Japa 25, no mezzanino do mercado municipal, tem duas novas
sugestões vegetarianas em seu cardápio: o risoto de quinoa com abobrinha, tomate cereja e semente de girassol e as lentilhas libanesas com carne de soja, vagem, cenoura, beterraba, alho poró e coco fresco. �F rua da Cantareira, 306, mezzanino, Box 8, Centro, tel. 3228-2253.
Leão britânico NOITE texto inédito no Brasil, “o Leão no Inverno” fica em cartaz no teatro Porto seguro até o dia 29, com direção de Ulysses Cruz. a montagem tem texto do americano James goldman e apresenta uma história que envolve intrigas do castelo de um rei da Inglaterra, quando sua família se reúne para as celebrações de Natal. o elenco conta com regina duarte, Leopoldo Pacheco e Caio Paduan. Ingressos de r$ 30 a r$ 80. �F alameda Barão de Piracicaba, 740, Campos Elíseos, tel. 3226-7300.
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sábado
Design brasileiro TARDE o designer sergio rodrigues, conhecido por criar a poltrona mole, ocupa três andares do Itaú Cultural na mostra “ser Estar”. �F av. Paulista, 149, Paraíso, tel. 2168-1777.
Brunch esperto
Balada no Sambódromo
MANHÃ recém-inaugurado no Baixo Pinheiros, o Botanikafé tem um quintal com árvores, ideal para um brunch. Experimente os ovos mexidos com queijo cheddar, bacon e plumas de cebola assada, os toasts de avocado ou ainda o bowl de açaí com banana, chia, manga, coco e granola. �F rua Padre Carvalho, 204, tel. 3819-0726.
NOITE acontece hoje mais uma edição do Baile do dennis. o dJ e produtor conhecido por hits como “Vou Pegar” e “Um Brinde” recebe convidados como o mC don Juan, dos sucessos “oh Novinha” e “Lei do retorno”, e gui, do single “Chapei o Coco”. Ingressos de r$ 90 a r$ 140. �F avenida olavo Fontoura, 1.209, santana.
Quando estiver em São Paulo venha conferir.
Não dá pra não ir.
Com Carolina Ferraz e Otavio Martins
Blog do Arcanjo (UOL)
Veja SP
QUE TAL NÓS DOIS? Sextas, às 21h30 - Sábados e Domingos, às 20h
MAGICAMENTE - SHOW DE HIPNOSE CÔMICA Sábados, às 23H59
FESTIVAL DE FÉRIAS Segunda a Domingo - ATÉ 29/07 Promoção:
Verifique na porta do teatro a classificação indicativa de todas as peças em cartaz. Alvará Corpo de Bombeiros - 18/01/2021 e Alvará Municipal - processo 2014-01.130.552-7
Patrocínio:
Realização:
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Age nd a 29h
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domingo
Marfim na igreja o museu de arte sacra apresenta até 5 de agosto a exposição “sagrado marfim: o avesso do avesso”, composta por 53 obras de arte de marfim, desde a antiguidade. Ingressos a r$ 6.�Favenida tiradentes, 676, Luz, tel. 3326-5393. MANHÃ
POR kike Martins da Costa
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Assim e/ ou assado
Amizades influenciadoras
MANHÃ a galeria mario Cohen apresenta até 4 de agosto a mostra “dual”, de Paulo Vainer, um dos fotógrafos mais relevantes na publicidade e na moda. a exposição reúne 15 imagens que surgem em dípticos. �F rua Joaquim antunes, 177, cj. 12, tel. 3062-2084.
MANHÃ a exposição “afinidades”, em cartaz até 6 de agosto no museu Lasar segall, mostra como o trabalho de macaparana foi influenciado ou mesmo inspirado por seus
pares mais próximos, com quem mantém relações profissionais e de amizade. são 15 obras inéditas do artista. �F rua Berta 111, Vila mariana, tel 2159-0400.
Quer queijo? TARDE o Bistrot Parigi serve fondues até o fim do inverno. Uma
sugestão é a clássica Fondue savoyarde, feita com queijos ementhal e gruyère, vinho branco e kirsch. a porção para duas pessoas custa r$ 224 e vem acompanhada de pães e legumes variados. �F avenida magalhães de Castro, 12.000, 4º andar, real Parque, tel. 3198-9440.
Para atletas urbanos
Óttimas mudanças TARDE Ivo Lopes, o novo chef do attimo Per Quattro, preparou um menu de inverno com opções como o ravioloni de ricota e espinafre com gemas de ovos caipira e salsa de manteiga com trufa branca, cavaquinha com cogumelos selvagens e risoto de alho-poró, e bisteca de angus com ervas crocantes e salada de rúcula. �F rua diogo Jácome, 341, Vila Nova Conceição, tel. 2339-3250.
Nuvem com queijo NOITE No final do ano passado, a Bráz lançou em edição limitada a Nuvola, uma massa extremamente leve e com bordas altas e aeradas. agora ela está de volta com várias opções de coberturas. �F rua sergipe, 406, higienópolis, tel. 3214-3337.
TARDE a loja de artigos esportivos decathlon, que tem várias lojas em bairros distantes da cidade, acaba de abrir uma unidade em plena avenida Paulista. Com 2.500 m2, vende ali mais de 7.000 itens próprios para a prática de 65 esportes. �F avenida Paulista, 854, Bela Vista, tel. 3181-2954.
Lanchonete temática NOITE Na Killer Burger, os funcionários vestem roupas de presidiários e os hambúrgueres remetem a famosos serial killers. o Jason Burger é inspirado em “sexta-feira 13”, e as Jack ribs se referem a Jack, o Estripador. �F avenida Estácio de sá, 1.891, granja Viana, tel. 4612-9259.
Drinques escalafobéticos NOITE o olívio Bar acaba de lançar uma carta de drinques com coquetéis criados por grandes nomes da mixologia paulistana, como sylas rocha, marcos Felix, argentino e João Paulo Warzèe. o Químico, por exemplo, é feito com gim, vermute, xarope cítrico roxo e suco de laranja Bahia, enquanto o Uma mão Vai na Cabeça mistura gim, mezcal, xarope de pipoca, clara de ovo, suco de limão, capim santo e lemon pepper. �F Rua Delfina, 196, Vila Madalena, tel. 2372-6477.
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coluna
donalourdes@yahoo.com
POR
23h às 29h foto divulgação
Dona Lourdes
Porque Sim! A casa de lámen e karaokê Porque Sim, localizada na rua thomaz Gonzaga, faz sucesso entre jovens, adultos e pessoas da melhor idade
Toda quinta-feira, eu e minhas amigas dos tempos de ginásio do Colégio Des Oiseaux costumamos nos reunir na casa da Cecília, que mora na Liberdade, para torneios de crapô. Mas, como vocês sabem, sou uma notívaga compulsiva e sempre tento estender o encontro para lugares mais animados, como os karaokês da região – não me leve a mal, Cecília, também me divirto na sua casa. Graças a esta coluna, consegui convencer a mulherada a me acompanhar e reservamos a sala quatro do Porque Sim, o restaurante-karaokê da Dona Magnólia, uma conhecida que sempre vejo no mercadinho Marukai. O térreo do local abriga o restaurante, enquanto os espaços destinados ao karaokê ficam no andar de cima. Ao todo, são quatro salas, sendo três para até dez pessoas e uma para até vinte.
Minha colega Palmyra cantando "Minhas Coisas", de Odair José, na sala 4
Como sempre há uma fila de clientes na frente do estabelecimento esperando um cobiçado assento para apreciar o lámen da casa, chegamos com antecedência para provar o prato. Pedi o missô lámen (R$ 25) e recomendo a todos – estava divino e caiu muito bem nessa época de baixas temperaturas. Na sequência, migramos para a salinha reservada, no andar de cima. (Faço aqui um rápido parênteses para falar da estante de mangás localizada ao pé da escada, pois lembrei do meu neto Gabriel, que ia amar fuçar naquelas prateleiras).
O equipamento de karaokê é fantástico e há quatro fichários de músicas: em português, em inglês, em japonês e em coreano. Acabamos ficando nos clássicos brasileiros da nossa juventude, tais como Márcio Greyck, Reginaldo Rossi, Waldick Soriano e, claro, Roberto Carlos. Da próxima vez, inclusive, tentarei arrastar as meninas para o karaokê Samurai, na rua da Glória, frequentado pelo Roberto Carlos japonês, uma personalidade do bairro que sempre interpreta as canções do rei com muita presença de palco.
Karaokê Porque Sim endereço Rua thomaz Gonzaga, 75, Liberdade, tel. 3277-1557 Valores do karaokê Sala para 10 pessoas: 12h ~ 18h: R$ 30/h, 18h ~ 24h: R$ 40/h. Sala para 20 pessoas: 12h ~ 18h: R$ 50/h, 18h ~ 24h: R$ 80/h. µ Não abre às quartas-feiras
Lourdes de sá tem 74 anos, é funcionária pública aposentada e avó de três jovens. Gosta de sair e se intitula uma “notívaga compulsiva”.
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co luna
Hora livre
ObstĂĄculos: Cavalos saltam alegremente.
texto
Luiz Toledo
yestoledo@gmail.com arte
AndrĂŠ Hellmeister andre@collages.com.br
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