29HORAS - dezembro 2018 - ed. 110 - RJ

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RJ

DEZEMBRO/2018

distribu içã o g ratu ita n o ae roporto de santos du m o n t

EDIÇÃO ESPECIAL DE SUSTENTABILIDADE

André

Trigueiro fala sobre a urgência de mudarmos hábitos e padrões de consumo

O RIO É VERDE Dicas de restaurantes, passeios e atrações sustentáveis



Chegamos!



DE ZE MB RO 2 01 8

Sumário

#110 DEZ EMB RO 2 01 8 WWW.REVISTA29HORAS.COM.BR

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Publisher Pedro Barbastefano Júnior

Conselho editorial Chantal Brissac, Clóvis Cordeiro, Didú Russo, Georges Henri Foz, Kike Martins da Costa, Luiz Toledo e Pedro Barbastefano Júnior

Guardião da natureza

Redação Chantal Brissac (diretora de redação); Kike Martins da Costa (editor contribuinte); Paula Calçade (repórter); Rose Oseki (diretora de arte); Karen Suemi Kohatsu (designer)

André Trigueiro fala sobre a urgência de construirmos uma sociedade sustentável

Colaboradores André Hellmeister, Carlos Monteiro, Carol Albiero, Chiara Gadaleta, Dona Lourdes, Eduardo Ribeiro, Érico Hiller, Georges Henri Foz, Luiz Toledo, Patricia Palumbo, Pro Coletivo

P U BLI CI DADE Diretor dos escritórios regionais Luiz Carlos Stein (stein@29horas.com.br)

Gerente REGIONAL Giovanna Barbastefano (giovanna@29horas.com.br)

CO MERCI AL comercial@29horas.com.br Gerente Rafael Bove Equipe: Adriana Gusson, Angela Saito, Fábio Braga e Raphael Favilla Brasília – Leonardo Freitas (leonardo.freitas@ootb.net.br)

Curitiba – Alexandre Martins (alexandre.martins@29horas.com.br)

Santa Catarina – Jean-Luc Jadoul (jljadoul@terra.com.br) Rio de Janeiro – Rodrigo Oliveira (rodrigo@rjmidia.com.br)

Florianópolis – Sonia Meireles (sonia@yaguar.com.br)

Campinas e Região – Marília Perez (marilia@imediataonline.com.br Ribeirão Preto – João Queiroz (jgq@bbi.solutions)

Norte e oeste do Paraná – Marcelo Pajolla (pajolla@pajolla.com) Minas gerais – Cibelle Bernardes (cibelle@sbfpublicidade.com.br)

Rio Grande do Sul – Leonardo Hoffman (leonardo@zigon.com.br)

Assistência comercial Anderson Vidal (anderson@29horas.com.br)

Foto: Divulgação/Globo

Impressão e acabamento Plural Indústria Gráfica Ltda

Jornalista responsável Chantal Brissac (MTB 15.064) DISTRIBUIÇÃO GRATUITA E EXCLUSIVA NAS SALAS DE EMBARQUE E DESEMBARQUE DOS AEROPORTOS DE CONGONHAS E SANTOS DUMONT

2 9 HOR AS é uma publicação mensal da MPC11 Publicidade Ltda. A revista 29 HOR AS respeita a liberdade de expressão. As matérias, reportagens e artigos são de responsabilidade exclusiva de seus signatários. Av. Nove de Julho, 5966 - cj. 11 — Jd. Paulista, São Paulo — Cep: 01406-200 Tel.: 11.3086.0088 Fax: 11.3086.0676

MISTO

A TIRAGEM E DISTRIBUIÇÃO DESTA EDIÇÃO DE 110.000 EXEMPLARES É AUDITADA PELA BDO.

SELO CARBON FREE Nesta edição, a Iniciativa Verde irá compensar 37,70 toneladas de dióxido de carbono a partir do plantio de 239 árvores

Hora Rio As melhores dicas sustentáveis da cidade carioca

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COLUNA VIVÊNCIAS CARIOCAS Carlos Monteiro visita Itaipava e descobre atrações ecológicas


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“Dá para fazer diferente” JORNALISTA QUE ABRAÇOU A CAUSA DO MEIO AMBIENTE COM RIGOR, ANDRÉ TRIGUEIRO FALA SOBRE A URGÊNCIA DE BUSCARMOS UM MODELO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL POR CHANTAL BRISSAC FOTOS LEANDRO DITTZ

O NOME MAIS IMPORTANTE do jornalismo ambiental do país, André

Trigueiro se multiplica para dar conta de todas as suas atividades. Professor e criador do curso de jornalismo ambiental da PUC-Rio, palestrante, editor-chefe do programa “Cidades e Soluções”, comentarista do programa “Estúdio i” (ambos do GloboNews) e articulista da Folha, ele também é autor de seis livros e conferencista espírita. Premiado por suas reportagens ligadas à temática socioambiental, Trigueiro é um apaixonado pela causa, defensor da educação como forma de nos livrar do risco do colapso: “A gravidade da crise ecológica precisa ser objeto de atenção nas escolas, do contrário formaremos novas gerações de analfabetos ambientais”.

Em sua palestra na HSM você frisou a urgência de empresários e executivos investirem na sustentabilidade. O mundo corporativo evoluiu nesses últimos anos? Sem dúvida, há avanços. Hoje as empresas buscam certificações ambientais, produzem relatórios de sustentabilidade, reduzem consumo de água e energia, dão destinação inteligente aos resíduos, entre outras ações. Há ainda mobilizações coletivas através de entidades como o Ethos e o CEBDS, assumindo publicamente compromissos em favor do meio ambiente ou cobrando ações do governo na mesma direção. Entretanto, há ainda quem invista em campanhas publicitárias sem mudanças efetivas nos meios de produção ou, pior,

induzindo deliberadamente o consumidor ao erro. O caso mais escandaloso de “maquiagem verde” foi o da Volkswagen, que burlou um sistema que aferia a emissão de poluentes de veículos movidos a diesel. A montadora foi obrigada a reconhecer a fraude e isso abalou gravemente sua imagem e a reputação. Onde há democracia, imprensa livre, Ministério Público atuante e redes sociais compartilhando informações rapidamente, erros como esse custam caro e podem ser fatais.

Qual é o papel das empresas na construção de uma sociedade sustentável? Não há futuro para marcas que não sejam comprometidas com o meio ambiente. Pesquisas de prospecção de cenários no mundo corporativo têm apontado o crescimento de uma nova categoria de consumidor, cada vez mais exigente em relação aos impactos causados pelo produto ou serviço que deseja adquirir. Como comer uma carne que tenha cheiro de floresta queimada ou digital de mão de obra escrava ou infantil? A certificação da carne (rastreabilidade e selagem) está sendo negociada para atender as expectativas dos importadores (especialmente da Europa) e de um contingente cada vez maior de brasileiros. A expansão da consciência ambiental obriga o setor produtivo a fazer ajustes. Não fazê-los significa perder competitividade. Só permanecerão no mercado os que perceberem a inevitabilidade dessa nova cultura.


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Por que não boicotamos produtos de empresas que agridem o meio ambiente, como acontece lá fora? Esse nível de mobilização e consciência costuma acontecer em países onde o nível de informação, educação e cultura são altos. Mas não é impossível vermos isso acontecer por aqui, se as circunstâncias forem favoráveis. O agravamento da crise ambiental abre caminho para esse gênero de protesto.

A tragédia causada pela Samarco é sempre citada como “o desastre de Mariana”, minimizando a responsabilidade dessa empresa. O que podemos aprender com essa triste história? Não foi acidente. Houve omissão e irresponsabilidade. Os erros que precederam o rompimento da barragem do Fundão foram tão escandalosos que o Ministério Público Federal acusou os responsáveis por homicídio doloso. O fato de até hoje ninguém ter sido preso, nenhuma multa ter sido paga, os que perderam suas casas ainda estarem em hotéis, e não haver previsão de quando será possível recuperar os quase 700 km da bacia do rio Doce (além do litoral capixaba na altura de Regência) configura um dos maiores vexames de nossa história. A Vale e a BHP Billiton (que estão por trás da Samarco) ficarão marcados pela tragédia e pelo que fizeram depois. É simplesmente um escândalo.

20% da Amazônia já foram destruídos. Como evitar mais uma tragédia? Um estudo recente do economista da PUC-Rio e diretor do Instituto Internacional para a Sustentabilidade, Bernardo Strassburg, revela em números o bom negócio da preservação da Amazônia e do Cerrado. Segundo ele, um hectare de floresta amazônica realiza serviços ambientais (produção de água, regulação do clima, manutenção da fertilidade do solo, prevenção da erosão, polinização das culturas) que, se convertidos em valores, somariam R$ 3.500 por ano. No Cerrado, esse valor seria de R$ 2.300 por ano.

Nos dois casos, os valores superariam com sobras o retorno do investimento no mesmo hectare de floresta desmatado para pecuária (R$ 60 a R$ 100) ou soja (R$ 500 a R$ 1.000) por ano. Devemos estimular projetos que conciliem a exploração de madeira, minério, proteína animal e soja com a preservação desse monumental ativo que é a floresta. Do jeito que as coisas vão, nossa cultura desenvolvimentista se assemelha a uma praga de gafanhotos. O economista Ladislau Dowbor, da PUC (SP), resumiu em uma frase essa sanha de crescimento insustentável: “Crescer por crescer é a filosofia da célula cancerosa”.

Falando em água, as pessoas só economizam mesmo quando há risco eminente de uma crise. Esse "empurrar com a barriga" é característica da nossa cultura? O Brasil é imenso, ocupa um território continental e isso explica o chamado “mito da abundância”, quando nos percebemos em “berço esplendido” vivendo no país que detém 12% da água doce do planeta. Ocorre que 70% de toda essa água estão concentrados na Região Norte, onde vivem apenas 7% da população. Ou seja, a escassez de água doce no Brasil é real e mensurável, e com a mudança do ciclo da chuva esse cenário tem se agravado. Tive a honra de entrevistar um dos maiores hidrologistas do mundo, o saudoso professor Aldo Rebouças, da USP. Ele me disse que os países não são reconhecidos pela quantidade de água que têm, mas pelo uso que fazem dela. Israel é um país pequeno, tem metade de seu território situado em uma região desértica, e virou referência em dessalinização da água do mar e tecnologias de irrigação. Me pergunto quantas crises precisaremos atravessar até aprendermos a usar com cuidado a água que temos. Lavagem de calçada com mangueira e ducha grátis em posto de gasolina (com água potável) são considerados crimes em outros países.

"Me pergunto quantas crises ainda precisaremos atravessar até aprendermos a usar com maior cuidado a água que temos"

Fale um pouco de Niterói, onde o reúso de águas cinzas é lei.

Niterói depende de um único rio para abastecer 500 mil habitantes. A mudança do ciclo da chuva e a depredação da bacia hidrográfica inspiraram a aprovacão de uma lei que tornou obrigatória a instalação nas novas edificações de hidrômetros individuais, coleta de água de chuva e de águas cinzas (água ensaboada da pia, chuveiro, tanque e máquina). As águas coletadas são tratadas e recirculam nos condomínios como “água de reúso”, usadas para vasos sanitários, rega de jardim, lavagem de pisos etc. Usa-se, portanto, menos água potável (cada vez mais cara) para fins não nobres. O bolso agradece e a demanda de água dos mananciais se reduz drasticamente.


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Qual o futuro do Brasil na área ambiental? O que esperar da política do governo Bolsonaro para o meio ambiente? Entre os aliados do presidente eleito encontram-se as principais lideranças da bancada ruralista, que defendem – entre outras ideias – a flexibilização da legislação ambiental e dos mecanismos de fiscalização e licenciamento. Mas boa parte do mercado internacional já sinalizou que poderia suspender a importação de grãos e de proteína animal se esses produtos determinarem o avanço do desmatamento ou o desrespeito aos direitos das comunidades indígenas. Entendo que a expansão da fronteira agropecuária poderia acontecer sem qualquer novo desmatamento. Considerando apenas a área de pasto degradado, o Brasil já soma aproximadamente 50 milhões de hectares, o que equivale a duas vezes o Estado de São Paulo. O desenvolvimento não precisa ser sinônimo de destruição. Dá para fazer diferente. Espero que o presidente eleito siga nesta direção.

Como desenvolver um modelo de educação para sustentabilidade? Os Parâmetros Curriculares Nacionais do MEC já consideram o meio ambiente um assunto transversal que deve ser abordado pelos professores em sala de aula. Mas precisamos avançar mais. A singularidade do Brasil perante o mundo (somos o país com maior estoque de água doce, solo fértil e biodiversidade) deveria inspirar uma abordagem estratégica sobre as vantagens

do desenvolvimento sustentável. Defendo também a prática da coleta seletiva em todas as escolas, visitas guiadas a aterros sanitários, estações de tratamento de água e de esgoto, e conteúdos criativos sobre a urgência do consumo consciente. A gravidade da crise ecológica precisa ser objeto de atenção nas escolas, do contrário formaremos novas gerações de analfabetos ambientais. O conhecimento pode nos livrar do risco do colapso.

Em São Paulo e no Rio temos exemplos de grande descaso ambiental: os rios Pinheiros e Tietê e a Baía da Guanabara. O que poderia solucionar? Por incrível que pareça, tanto nos casos dos rios Tietê e Pinheiros, quanto na Baía de Guanabara, houve avanços na redução dos esgotos despejados. No caso do Tietê, há hoje 122 km de mancha de poluição (em 2010 essa mancha era de 243 km). Em apenas um ano, a mancha foi reduzida em 8 km. Na Baía de Guanabara, as novas estações de tratamento

A Amazônia é um monumental ativo que precisa urgentemente ser protegido


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O MAC, na cidade de Niterói, onde o reúso de águas cinzas é lei

de esgoto reduziram o despejo de matéria orgânica em uma escala que tornou possível mergulhar sem riscos, dependendo do dia, em algumas praias da Ilha de Paquetá. É evidente que a situação ainda é preocupante e há muito que fazer. É preciso cobrar resultados com veemência. Os avanços são lentos e tímidos. Mas estão acontecendo.

Fale um pouco sobre o ecocídio no Brasil. E qual é o país que você admira, pelo trabalho de proteção ao meio ambiente? Uma possível definição sobre ecocídio seria a obstinação de uma coletividade reproduzir hábitos, estilos de vida e padrões de consumo insustentáveis, mesmo sabendo que eles podem levar ao colapso da civilização. A verdade é que não se muda cultura por decreto. Não depende apenas dos governos, mas das empresas, do terceiro setor, das lideranças sociais e religiosas etc. Ocorre que, pela primeira vez na história da humanidade, precisamos fazer as escolhas certas em um intervalo de tempo curto. China e Alemanha impressionam pelo empenho em investir em fontes limpas e renováveis de energia. A Califórnia, nos Estados Unidos, tem varias ações que vão nessa direção do senso de urgência. Florianópolis, para dar um exemplo daqui, tornou-se a primeira cidade “lixo zero” do Brasil, ao aprovar uma lei que reduz o envio de resíduos para aterros sanitários, estimulando a reciclagem e a compostagem.

O que você faz em seu dia a dia para tornar sua vida mais sustentável e verde? Procuro ser um consumidor consciente evitando excessos e desperdício. Discrimino plástico descartável em todas as suas resoluções, uso copo retornável de água, não uso canudo e rejeito embalagens de isopor. Sou lixo zero dentro de casa porque separo materiais para reciclagem, crio minhocas que transformam lixo orgânico em adubo e pago R$ 60 por mês para a organização Ciclo Orgânico levar o que as minhocas não dão conta de digerir (6 kg de matéria orgânica por semana). Esse material é levado de bicicletas

para compostagem e é devolvido para mim na forma de adubo no fim do mês. Tenho um carro mil cilindradas que não lavo (no máximo uma vez por ano e com água de poço) e só abasteço com etanol por ser menos impactante para o clima. Não consigo me deslocar de bicicleta no Rio por causa dos meus trajetos e do trânsito enlouquecido e ameaçador da cidade.

Você lançou em 2017 um livro sobre suicídio. O que o motivou a mergulhar nesse assunto? Quando lancei o livro “Viver é a Melhor Opção” (Editora Correio Fraterno), com 100% dos direitos autorais para o CVV (Centro de Valorização da Vida), muita gente estranhou porque esperava mais um livro sobre sustentabilidade. Para mim, não houve mudança de assunto. Entendo que o suicídio é o mais grave desastre ambiental que existe, que o meio ambiente começa no meio da gente, e que a defesa da vida se resolve no macro (prevenção do ecocídio) e no micro (prevenção do suicídio). Entendo que a vida é sagrada, um bem precioso e inestimável, e que vivemos um tempo em que a psicologia e a psiquiatria desenvolveram importantes recursos terapêuticos para nos ajudar em momentos de crise. Quem sofre a ponto de pensar em abandonar a existência precisa de ajuda. O CVV disponibiliza por telefone, pela internet ou presencialmente o precioso recurso da escuta amorosa, com atenção e respeito. É um trabalho reconhecido pelo Ministério da Saúde como de utilidade pública, porque o desabafo pode, muitas vezes, evitar tragédias. São três milhões de atendimentos gratuitos por ano, pelo número 188. A organização precisa urgentemente de mais voluntários para dar conta dos chamados. Fico feliz por ajudar a divulgar esse belo serviço de apoio emocional e prevenção do suicídio.

"Tenho um carro mil cilindradas que não lavo (no máximo uma vez por ano e com água de poço) e só abasteço com etanol por ser menos impactante para o clima"


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Ópera no parque, japonês em Copa, festival no Planetário da Gávea, diária de 30 horas da Accor e açougue vegano

hora

O M E L H O R D A C I D A D E M A R AV I L H O S A Moqueca vegana de palmito da Fresh and Good

FOTO DIVULGAÇÃO

Fome zero, saúde dez!

IPANEMA A Fresh and Good acaba de abrir as portas de sua primeira loja física. A deli, dos sócios Fabiola Giffoni e Andre Penso, oferece itens de comfort food e alimentos veganos e funcionais elaborados com ingredientes frescos, como sucos desintoxicantes, saladas energizantes, quiches, sanduíches leves e sobremesas saudáveis. No cardápio, ovos mexidos com salmão curado, creme azedo e wasabi, waffles em versões salgadas e doces, frango grelhado acompanhado de batata doce assada, farofa e vinagrete, crudo de salmão com dill e croutons e ainda uma caprichada moqueca vegana de palmito fresco, banana da terra, farofa de dendê e arroz. Para quem quiser apenas um doce para alegrar o dia, tem brigadeiro quente no pote, crumble de banana e um tentador english bread pudding. FRESH AND GOOD Rua Garcia D’Ávila, 56, Ipanema, tel. 21 3796-4163.


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HORA RIO

L E B LO N

Réveillon com os pés na areia

FOTOS KLACIUS ANK / DIVULGAÇÃO

Depois do sucesso do ano passado, o restaurante Azur, comandado pelo chef Pedro de Artagão nas areias da praia Leblon na altura do Posto 11, promove mais uma vez um festão de Réveillon, longe da muvuca de Copacabana. A celebração terá espetáculo de fogos, pista animada pelo DJ Rodrigo Lampreia, muito espumante e deliciosas comidinhas, como o tataki de atum ao molho de wasabi, o salmão marinado com creme azedo fresco, as ostras abertas na hora, o arroz negro de lulas, o caldinho de frutos do mar, as bolinhas de queijo e tapioca, o ragout de lentilhas com farofa de cebolas, o steak tartare do Formidable e o arroz de bacalhau do Irajá. Os convites têm preços a partir de R$ 800.

COSME VELHO

Doce vida em estilo vegano A Conflor é uma mistura de confeitaria e café vegano, com doces sem ovo, leite de vaca, mel, manteiga ou doce de leite tradicional – e ainda há opções sem glúten! A confeiteira Luisa Mendonça prepara todo dia bolos e tortas apetitosas, como a cheesecake com queijo de castanha de caju e geleia de frutas vermelhas, a torta tiramisú sem glúten e polvilhada com cacau, o brownie com calda de maracujá e o tradicional bolo gelado

de abacaxi com coco. Para beber, o cardápio oferece várias opções de kombucha e cafés artesanais. Especialmente para o Natal, há diversas gostosuras que incluem ótimos panetones veganos e lindas tortas de nozes.

AZUR CONFLOR

Rua Ererê, 11, loja D, Cosme Velho, tel. 21 98167-7220.

Avenida Delfim Moreira, s/ nº, Leblon, tel. 21 99394-1628.


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CENTRO

Arte ao ar livre

A Cidade Maravilhosa acaba de ganhar seu primeiro museu a céu aberto. O Museu de Arte Urbana do Porto (MAUP) reúne mais de 50 murais espalhados pela região de Santo Cristo, da Gamboa e do Boulevard Olímpico. Os grafites de dimensões monumentais são de autoria de artistas consagrados como os paulistas Eduardo Kobra, Apolo Torres e Erica Mizú, a carioca Panmela Castro, o francês Rero e o holandês Leon Keer – famoso por suas pinturas em 3D. Além de promover a arte do grafite, a iniciativa tem como objetivo capacitar jovens da região para trabalhar com pintura e como guias turísticos de arte urbana. A inspiração veio de Wynwood, bairro de Miami revitalizado por meio do grafite. Em breve, o parque-museu ganhará uma lojinha de souvenirs, gravuras e outros itens. Para localizar as obras, acesse www.maup.rio.

M A N G A R AT I B A

O museu mais verde do Rio

LEME

Hospedagem consciente De frente para o mar, o Arena Leme Hotel tem as luzes de LED, a água do banho reciclada para uso nos vasos sanitários, o óleo das cozinhas cedido a uma cooperativa de reciclagem, a fachada com proteção contra raios ultravioleta, que demanda consumo menor em ar-condicionado; o mobiliário feito de madeiras certificadas e os resíduos processados segundo as diretrizes do Movimento Lixo Zero.As diárias começam na faixa dos R$ 330.

SÍTIO BURLE MARX

Estrada Roberto Burle Marx, 2.019, Barra de Guaratiba, tel. 21 2410-1412. Ingressos a R$ 10.

FOTOS DIVULGAÇÃO

O Sítio Burle Marx é um centro de estudos de paisagismo e botânica inserido em uma região de vegetação nativa do Maciço da Pedra Branca, na zona oeste do Rio. Residência do paisagista Roberto Burle Marx de 1973 a 1994, ano de sua morte, o sítio é reconhecido como uma das mais importantes coleções de plantas vivas do mundo, com um lindo acervo com cerca de 3.500 espécies, com ênfase nas samambaias, bromélias e palmeiras tropicais autóctones do Brasil.

ARENA LEME HOTEL

Avenida Atlântica, 324, Leme, tel. 21 2244-9200.


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HORA RIO

GAMBOA

B O TA F O G O

Sorvetes do bem A marca de sorvetes veganos Hoba é comprometida com a sustentabilidade: dá sempre preferência a produtores orgânicos na hora de comprar suas matérias-primas e só trabalha com as frutas de cada estação, acompanhando a sazonalidade e reduzindo desperdícios. Suas receitas não usam gordura hidrogenada, leite, ovo, soja, gorduras trans e outros ingredientes nocivos à saúde das pessoas e do meio ambiente. A marca, à venda em lojas como o DNA Empório, usa os sorvetes como forma refrescante e gostosa de estimular a alimentação consciente. Experimente sabores como o Morangotango (morango com hortelã), o Minamora (amora com banana), o Branco de Neve (baunilha), o Casadinho (castanha de caju, cacau, tâmara e lascas de coco) e o Pretinho Básico (puro chocolate).

DNA EMPÓRIO

Tesouros do fundo do mar Quem visita o AquaRio descobre espécies da fauna dos oceanos que dificilmente teria a oportunidade de conhecer em outro lugar. Bons exemplos disso são o caranguejo-aranha-gigante e o isópode gigante (também conhecido como barata marinha), crustáceos gigantes que acabam de ganhar um recinto só para eles. Em outro tanque, o visitante pode observar bem de perto espécies que só habitam as águas ao redor da Ilha da Trindade (a 1.200 km da costa do estado de Espírito Santo), como a moreia banana, o peixe-cofre, a garoupeta, o cangulo negro, a donzela, o jaguareçá e o bodião sabonete. Os ingressos para passear por este verdadeiro zoológico marinho custam de R$ 50 a R$ 100.

AQUARIO

Praça Muhammad Ali, s/ nº, Gamboa (em frente aos armazéns 7 e 8 do Porto do Rio).

FOTOS ALEXANDRE MACIEIRA / DIVULGAÇÃO

Rua Voluntários da Pátria, 62, Botafogo, tel. 21 4104-4446.


Vivências cariocas

carlos.monteiro@saravah.com.br

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POR

Carlos Monteiro

Há quase cem quilômetros do Rio, Itaipava, distrito de Petrópolis, é como um oásis serrano. A região tem cachoeiras, como a da Macumba (se for, fique ligado: em dias de chuva pode haver tromba d’água), um centro gastronômico variado e maneiro, uma feirinha de roupas, um parque municipal, que tem sempre eventos incríveis – confira a programação – e um mercado que, há quase trinta anos, oferece produtos superfresquinhos, diretamente dos produtores, em sua maioria orgânicos. São legumes, verduras, frutas (a banana mel é saborosíssima), geleias, trutas (sim, meu caro leitor, a região é fria), cogumelos, conservas, laticínios, mel, mudas, flores (inclusive comestíveis) e por aí vai. Lá encontrei meu querido amigo Walcyr: motociclista, guru, mestre, mago, roqueiro, xamã, cervejeiro, gourmet e por aí também vai. Um daqueles amigos com quem você se senta para conversar e não vê o tempo passar. Ele me apresentou o mercado e o Bar do Horto, que fica no próprio espaço. Após as compras, carregados com três sacolas recheadíssimas de orgânicos, nos sentamos à mesa do bar. Experimentamos cervejas artesanais como a Buda, produzida na região, ótimas cachaças e uns pastéis incríveis de shiitakes e de trutas defumadas com massa de angu, petiscos tradicionais do estabelecimento. A casa é (e foi) frequentada por figuras ímpares como o cartunista Jaguar,

FOTO CARLOS MONTEIRO

“Prepare o seu coração/Pras coisas que eu vou contar...”

coleguinha do Jornal O Dia, o ator e diretor Hugo Carvana, o arquiteto e urbanista Paulo Casé, o cartunista Lan, que inclusive criou um painel de azulejos que emoldura uma das paredes do bar e tantos outros fantásticos personagens anônimos ou famosos. É isso: sacola (retornável, é claro!) cheia de produtos de muita qualidade, barriga satisfeita com tantos sabores e mente embevecida com tão bom papo. No dia seguinte voltamos para uma média com pão na chapa, uma fatia generosa de queijo branco, ovos orgânicos fritos e um suco de laranja. Isso é que é café da manhã. Lembrando sempre: se for dirigir, jamais beba. Se for beber, me chama!

Citação musical: “Disparada”, de Geraldo Vandré.

MERCADO MUNICIPAL E BAR DO HORTO

Estr. União e Indústria, 9726, Itaipava. Sextas e sábados das 8h às 18h; dom., das 8h às 14h


CONTINUAMOS COM NOSSO LADO PAULISTANO

SEGUINDO VIAGEM COM OS NOSSOS 10 ANOS DE HISTÓRIA


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