RJ
AGOSTO/2019
distribuiçã o g ratu ita n o aeroporto santos du m o n t
Fabrício Boliveira
estreia no cinema como Wilson Simonal e fala sobre arte, política e afeto
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29H SP
Veja o ping pong com o ator
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#118 AGOSTO 2 01 9
Sumário
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WWW.REVISTA29HORAS.COM.BR
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Fabrício Boliveira
@revista29horas
interpreta Simonal no cinema e fala sobre sua carreira artística
PUBLISHER Pedro Barbastefano Júnior CONSELHO EDITORIAL Chantal Brissac, Clóvis Cordeiro, Didú Russo, Georges Henri Foz, Kike Martins da Costa, Luiz Toledo e Pedro Barbastefano Júnior REDAÇÃO Chantal Brissac (diretora de redação); Kike Martins da Costa (editor contribuinte); Paula Calçade (repórter); João Benz (estagiário); Rose Oseki (diretora de arte); Karen Suemi Kohatsu (designer) COLABORADORES Alejandro Calviello, André Hellmeister, Carlos Alberto Lancia, Claudia Penteado, Dona Lourdes, Enrico Carnevalli, Georges Henri Foz, Letícia Novais, Leonardo Boconi, Patricia Palumbo, Pro Coletivo P U BLI CI DADE GERENTE REGIONAL Giovanna Barbastefano (giovanna@29horas.com.br) CO M ERCI AL comercial@29horas.com.br GERENTE Rafael Bove EQUIPE: Angela Saito, Beatriz Bezerra, Fernando Chapper, Nathalia Sakata BRASÍLIA – Leonardo Freitas (leonardo.freitas@ootb.net.br) CURITIBA – Alexandre Martins (alexandre.martins@29horas.com.br) SANTA CATARINA – Jean-Luc Jadoul (jljadoul@terra.com.br) RIO DE JANEIRO – Rogerio Ponce de Leon (rogerioponcedeleon@gmail.com) FLORIANÓPOLIS – Sonia Meireles (sonia@yaguar.com.br) CAMPINAS E REGIÃO – Marília Perez (marilia@imediataonline.com.br RIBEIRÃO PRETO – João Queiroz (jgq@bbi.solutions) NORTE E OESTE DO PARANÁ – Marcelo Pajolla (pajolla@pajolla.com) MINAS GERAIS – Cibelle Bernardes (cibelle@sbfpublicidade.com.br)
Foto da capa Carol Beiriz
RIO GRANDE DO SUL – Leonardo Hoffman (leonardo@zigon.com.br)
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ASSISTÊNCIA COMERCIAL Liana Pereira (liana.pereira@29horas.com.br) IMPRESSÃO E ACABAMENTO Plural Indústria Gráfica Ltda JORNALISTA RESPONSÁVEL Chantal Brissac (MTB 15.064)
Vozes da cidade
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Dicas de quem frequenta o Rio
A revista 29 HOR AS respeita a liberdade de expressão. As matérias, reportagens e artigos são de responsabilidade exclusiva de seus signatários.
MISTO
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Foto Nana Moraes
Av. Nove de Julho, 5966 - cj. 11 — Jd. Paulista, São Paulo — CEP: 01406-200 TEL.: 11.3086.0088 FAX: 11.3086.0676
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Camila Pitanga estreia peça no CCBB
Foto Alexandre Macieira / RioTur
2 9 HOR AS é uma publicação mensal da MPC11 Publicidade Ltda.
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Muito além de uma estrela O ATOR FABRÍCIO BOLIVEIRA LANÇA EM AGOSTO O FILME “SIMONAL”, UMA OPORTUNIDADE DE REVER A HISTÓRIA E REFLETIR SOBRE A CONSTRUÇÃO DE NOVAS POÉTICAS PARA A ARTE BRASILEIRA
POR JOÃO BENZ FOTOS CAROL BEIRIZ
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Acima e na outra página, cenas do filme "Simonal"
Quando Fabrício nos encontrou para a entrevista, havia em sua mão direita um anel prateado com a imagem de um pássaro com a cabeça voltada em direção à cauda. O que aparentava ser apenas um simples acessório, em meio a rica expressão de estilo do ator, remete a um conceito da sabedoria ancestral africana. Trata-se do Sankofa, que significa “olhar novamente para o passado para ressignificar o presente e construir o futuro”. Com um repertório muito plural de referências, que vai do dramaturgo Brecht ao candomblé, sem deixar de passar pelos desenhos animados e a inspiração que vem das ruas, Fabrício é um ator compromissado com o movimento negro e à procura de contar novas histórias que representem de fato o Brasil e a riqueza cultural do seu povo. Não é de se surpreender que o soteropolitano seja o protagonista da cinebiografia “Simonal”. Dirigido por Leonardo Domingues, o longa estreia no dia 8 de agosto com a promessa de abalar os espectadores. Retrato de uma época em que fuscas coloridos engarrafavam as ruas e o chá-chá-chá competia com o iê-iê-iê, o filme incita o debate de assuntos que poucas grandes produções nacionais ousam tratar. Onde beira o racismo? O que foi a ditadura militar? Que estrago notícias falsas podem causar? São questões que a saga de Simonal nos leva a refletir.
Os mais novos talvez desconheçam, mas quem viveu os anos 1960 e 1970 sabe quem foi Simonal. Ele passou do sucesso absoluto – vendia quase que em pé de igualdade com Roberto Carlos – para o mais completo ostracismo. Dono de uma voz sem igual, considerada uma das melhores do país, ele dominava a plateia como músico e apresentador. Foi o primeiro cantor negro a fazer sucesso sem ser um sambista – e que sucesso. Porém, uma falsa acusação de que ele era informante da ditadura acabou com a sua carreira, e também com o seu espírito. Manchetes como “o dedo de Simonal já é mais famoso que sua voz” foram reproduzidas pelo jornal Pasquim e outros veículos, sem que houvesse provas de suas delações. Não foi o público que abandonou Simonal, mas sim a classe artística e a mídia que o boicotaram. Aos poucos, ele foi sendo impedido de se apresentar e, entristecido, teve problemas com a bebida. Mesmo recluso e batalhando contra o alcoolismo, Simonal não poupou esforços para provar a sua inocência. Em 2000, morreu de cirrose hepática, sem conseguir recuperar o seu brilho. O primeiro astro negro do Brasil parecia ter sumido da história. “Um grande artista, talvez um dos maiores da história do país. E por fim, um grande injustiçado.” É assim que Fabrício define Wilson Simonal. O ator percebe, com muita satisfação, que o filme tem feito o público refletir. “Simonal nos dá a oportunidade de olharmos para o passado e pensarmos no que está por vir. Quem será o novo sujeito brasileiro? Ele
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deve entender que não é mais um jovem, amadureceu e agora deve tomar decisões que irão repercutir na nossa história. Há a dúvida se esse novo sujeito brasileiro pode dar conta de apagar as injustiças como os resquícios de escravidão no corpo negro, o genocídio indígena, os feminicídios, os crimes de homofobia e a violência de um país que está quase em guerra. Olhar para o passado pode nos dar essa oportunidade de alçar novos voos, para poder ver o que está por vir. Só assim podemos reconstruir a realidade”, afirma o ator. Para Fabrício, a arte é um dos caminhos para a reconstrução dessa realidade, e ela anda de mãos dadas com a política. Ele defende que a arte e, em especial a performance, permite fazer uma releitura da vida, o que amplia a nossa visão para além das restrições do cotidiano. Já a política é o cotidiano, a relação contínua com os outros que está sempre sendo negociada. Inevitavelmente, a arte e a política envolvem o afeto – “É a energia projetada por alguém sobre você, tudo aquilo que te afeta”, define o ator. Parte indispensável de seu trabalho é procurar pontos que o liguem aos seus personagens, a história a ser contada e a realidade atual. Isso o ajuda a trazer paixão para a arte, o segredo para que ela possa mover as pessoas. Sobre a conexão entre as narrativas e quem as conta, o artista comenta: “Há uma riqueza de fábulas, histórias e realidades no Brasil. Chegamos no momento em que é preciso também perguntar quem está querendo contar essas histórias. Porque não é mais possível apontar e narrar a história do outro sem que você esteja misturado no mesmo lugar.” Como exemplo disso, ele explica que a falta de diretores e roteiristas negros nas grandes produções foi algo que reforçou muitos estereótipos e, por um bom tempo, inflou o mercado com filmes de violência
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FOTO ARQUIVO PESSOAL / INSTAGRAM
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nas favelas. “Já estava saturador ver negro de tênis Nike com arma na mão. Não aguentamos mais ver esse tipo de retrato. Assim, o cinema deixa de ser denúncia e passa a ser entretenimento com violência. Talvez, filmes assim tenham perdido a capacidade de dialogar. Claro que devemos falar da violência, porque vivemos uma realidade superviolenta, mas é preciso trazer outras linguagens e outras poéticas [...] Algo que o movimento negro exige é protagonismo. Com ele vem a possibilidade de renovarmos a nossa arte”. O ator ressalta mais um fator importante que vem limitando a produção artística
brasileira: ao invés de se aventurarem na construção de novas poéticas e buscar inspiração na pluralidade e riqueza do seu povo, muitos artistas optam por copiar o que vem de fora. O cinema nacional tem vários exemplos disso, roteiros engessados com clichês americanos e personagens que parecem viver no cotidiano de uma cidade europeia. Aos olhos do ator, essa preferência pela imitação sobre a criação é sobra de uma mentalidade de colônia – reflexo de um país que ignora a sua história, não dá valor para a sua gente e desacredita da sua capacidade. “A fonte de luz do ocidente já se apagou.
É como se nós estivéssemos olhando para uma estrela que já morreu e só nós estamos vendo-a brilhar. Avistamos apenas restos de brilho e deixamos de perceber a terra resplandecente em que pisamos. No Brasil, não há muito espaço para valorizar o que de nosso é rico, o que é fértil e nem o que é experimental. Está na hora de nos emanciparmos. Precisamos ver desabrochar histórias de outras fontes, não podemos mais ficar o tempo inteiro revalidando aquilo que foi estereotipado pela cultura ocidental. Essa fonte já morreu. É aqui que está sendo produzido o novo, mas ainda precisamos entender isso.”
De Genisson a Fabrício Filho de um petroquímico e de uma funcionária pública que trabalhou em espaços culturais como a biblioteca e o teatro, Genisson Fabrício Boliveira Pereira nasceu na capital baiana em 1982. Criado com outros quatro irmãos e com muito afeto, teve a autonomia e a criatividade bastante estimuladas pelos pais. Ele se recorda de como cada espaço que ocupou na infância fazia aflorar uma personalidade diferente. “Na escola eu era Genisson, porque era o primeiro nome. Era gago, usava óculos e aparelho, sentava na frente, era bem estudioso. Em casa, eu era o Fabrício. Eu era um demônio em casa!”, conta, gargalhando com as lembranças. Desde pequeno, teve bastante contato com a arte. Sempre dançou muito e, por influência da mãe, passou a infância e adolescência vendo vários espetáculos, frequentando ambientes artísticos e lendo bastante. Aos 19 anos, começou a trabalhar para o IBGE, aplicando questionários aos moradores de Salvador; no mesmo ano, dava aulas de dança em academias e começou a estudar teatro na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Ainda como calouro, estrelou a sua primeira peça de sucesso, “Capitães da Areia”, adaptação do romance de Jorge Amado. Outra face surpreendente da sua história foi a experiência como garoto propaganda do governo do estado da Bahia. Fabrício não concordava com as ideias do governador, mas tinha vinte anos e precisava aproveitar a oportunidade de ter seu primeiro emprego fixo na área. Foi quando teve as suas primeiras noções técnicas de televisão e aprendeu sobre enquadramento, a escrever roteiro e a entrevistar. Em pouco tempo, estava trabalhando com a elite da tevê brasileira. Em 2005, teve bastante projeção com o filme “A Máquina”, de João Falcão, e a sua participação na série “Cidade dos Homens”. Foi chamado para fazer vários projetos, depois de registrado no banco de atores da Globo. Em 2006, mudou-se para o Rio, onde ficaria por dez anos trabalhando em projetos de cinema, televisão, teatro e dança. Ele foi o Saci do “Sítio do Picapau Amarelo”, o protagonista do filme “Faroeste Caboclo”, atuou na série global “Subúrbia” e encarnou recentemente o Roberval na novela “Segundo Sol”. Sempre muito empenhado nos seus papéis, o ator passa constantemente por transformações físicas, ganhando e perdendo peso, para dar vida a seus personagens. Atualmente, ele vive em Salvador, mas é assíduo frequentador da ponte aérea – sempre está participando de trabalhos no Rio e em São Paulo. Em “Simonal”, pôde se divertir agitando a plateia de figurantes e exercendo outra grande paixão: dançar com muito swing.
Fabrício como Roberval, na novela "Segundo Sol"
FOTO JOÃO COTTA / TV GLOBO
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Estreia de teatro, tecnologia, gastronomia, praias, passeios, dicas de saúde e nutrição
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FOTO NANA MORAES
Camila Pitanga em "Por que Não Vivemos?", em cartaz no CCBB
FOTOS NANA MORAES
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HORA RIO
T E AT R O
Temporada de Pitanga Montagem da Companhia Brasileira de Teatro, com texto do russo Anton Tchekhov, tem Camila Pitanga no elenco
Camila Pitanga está de volta aos palcos cariocas. Até o dia 18 de agosto, ela está em cartaz no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil com “Por Que Não Vivemos?”, o novo trabalho da Companhia Brasileira de Teatro. “Para mim, esta é a realização de um sonho antigo. Acompanho e admiro a Companhia já há alguns anos e acredito que ela faz trabalhos incríveis, relevantes e inovadores. Eu praticamente me convidei para participar dessa montagem e fiquei muito feliz por ser aceita”, festeja a atriz. Após se dedicar à criação de dramaturgias originais, montagens e traduções de autores contemporâneos inéditos, a curitibana Companhia Brasileira de Teatro investe num clássico. Escrita pelo russo Anton Tchekhov (1860-1904) quando ele tinha apenas 20 anos, a história só foi descoberta e publicada em 1923, quase duas décadas após a morte do dramaturgo. O autor de “O Jardim das Cerejeiras” agora tem outra fruta (pitanga) em seu pomar. A vontade da companhia de montar esse texto vem desde 2009. Marcio Abreu, Nadja Naira e Giovana Soar assinam a adaptação da obra. Embora não tenha um título oficial, a peça foi publicada em diversos países como “Platonov”, por causa de um dos personagens, o professor Mikhail Platonov. Foi somente no final da década de 1990 que a obra ganhou versões em teatros europeus. Em 2017, Cate Blanchett e Richard Roxburgh estrelaram uma montagem na Broadway, intitulada “The Present”. No Brasil, o nome da peça vem de uma pergunta chave que está inserida no texto: por que não vivemos como poderíamos ter vivido? “Essa questão, que se abre para tantas outras, é um pouco a alma dessa peça”, diz Marcio. Ambientada na fazenda de uma jovem viúva, a história se passa durante uma grande festa, na qual está presente o jovem Platonov, um aristocrata falido. “O espetáculo mostra pessoas que gostariam de estar em outro lugar, mas não fizeram nada para isso. Mostra como a trama da vida vai se desenrolando e as pessoas vão caindo na armadilha de ficar onde estão”, explica Giovana Soar. O texto aborda temas como o conflito entre gerações, as transformações sociais através das mudanças internas do indivíduo e as questões do homem comum e da pequenez que existem em cada um de nós – tudo isso na fronteira entre o drama e a comédia. O elenco, além de Camila Pitanga, traz Cris Larin, Edson Rocha, Josi Lopes, Kauê Persona, Rodrigo Bolzan, Rodrigo Ferrarini e Rodrigo dos Santos. Kike Martins da Costa
CCBB
Rua 1º de Março, 66, Centro, tel. 21 3808-2020. Ingressos a R$ 30.
FOTOS DIVULGAÇÃO
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NEGÓCIOS
Tecnologia a serviço das pessoas Depois de passar seis meses viajando em busca de um novo país para morar, o francês Xavier Leclerc escolheu o Rio de Janeiro, onde aportou em 2014, trazendo na bagagem a experiência em tecnologia – fruto da atuação em empresas como Facebook e Google, em Paris. Aqui, encontrou potencial e terreno fértil para empreender, mas também percebeu enormes barreiras que separavam profissionais e empresas da verdadeira transformação digital. Por isso, decidiu – com seus sócios Olivier Mourier e Maria Pidner – montar a Mox Digital, que organiza eventos internacionais
como o ".Futuro", cuja terceira edição foi realizada em junho no Rio. Para ele, há hoje a falsa impressão, nas redes sociais, de que qualquer opinião é importante. Diante de plateias perplexas de estudantes, ele costuma dizer que não, nem todas as opiniões são válidas. "Precisamos de menos achismos e de mais dados", afirma Leclerc. Ele acredita que estamos em plena adolescência no processo de transformação digital, e o mais importante é a conscientização sobre o impacto da tecnologia por parte das pessoas, das empresas e do poder público. Claudia Penteado
GASTRONOMIA
O rei do gado A lista de fãs é grande: inclui carnívoros inveterados, estrelas globais e chefs consagrados como Felipe Bronze e Thomas Troisgros. Marcelo Malta, 44 anos, é o grande responsável pela melhora da qualidade das carnes servidas nas mesas cariocas. É ele quem comanda o açougue gourmet Sabor D.O.C., no Leblon, e o Malta Beef Club, no Jardim Botânico”. Malta começou sua trajetória na gastronomia revendendo peixes. Com boas conexões entre fornecedores e mergulhadores, seu pequeno negócio chegou a comercializar mais de 500 kg por semana. A carne veio depois, quando Marcelo provou um churrasco na casa de um amigo de Porto Alegre. Espantado com a maciez e o sabor do produto, começou a estudar sobre o assunto e tornou-se o representante
carioca de bons pecuaristas do Rio Grande do Sul e do Uruguai. Foi aí que começou a fornecer carnes e peixes para os melhores restaurantes da cidade. Em 2016, em meio ao boom das boutiques de carne, Marcelo inovou mais uma vez e abriu o Sabor D.O.C., um açougue onde os clientes podiam escolher uma peça na geladeira e degustá-la grelhada ali mesmo. Os grandes hits da casa são a costela do dianteiro e a fraldinha, grelhados à perfeição, de acordo com suas especificidades, da forma mais natural, sem elementos que alterem sua essência e seu sabor característico. “Amo o que faço. Não troco a minha carreira por nenhuma outra”, festeja Malta. K.M.C.
SABOR D.O.C.
Rua Dias Ferreira, 605, Leblon, tel. 21 3088-8334. MALTA BEEF CLUB
Rua Saturnino de Brito, 84, Jardim Botânico, tel. 21 3269-4504.
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HORA RIO
FOTOS ALEXANDRE MACIEIRA / RIOTUR / DIVULGAÇÃO
Vozes da cidade
As dicas e os segredos de quem adora o Rio
Por Rodolfo Medina
Três lugares que tornam o domingo mais feliz Praia de Ipanema “Fechada para os carros aos domingos, a praia de Ipanema é um lugar que reúne adeptas dos mais diferentes esportes e atividades. São pequenas amostras que representam muito, não só pela beleza dessa mistura e das paisagens, mas por revelar um pouco do estilo e da alegria carioca”.
BB Lanches “Adoro tomar um suco no BB Lanches, que traz o melhor do espírito carioca. Essa lanchonete e casa de sucos naturais no Leblon recebe a todos no mesmo balcão, no melhor estilo descontraído”. R. Aristides Espínola, 64, Leblon, tel. 21 2294-1397.
Morro da Urca “Para chegar lá é preciso pegar o bondinho do Pão de Açúcar e descer na primeira parada. De cima, é possível ver diversos pontos da cidade e a vista é espetacular de dia ou à noite. O pôr do sol é um capítulo à parte.” Praça General Tibúrcio, Praia Vermelha.
RODOLFO MEDINA é presidente da Artplan
FOTOS FABIO CAVALCANTI / DIVULGAÇÃO
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Por Carol Sampaio
Programas saudáveis Quiosque Marea “Não há nada melhor do que correr ou caminhar na praia de Ipanema, encerrando a manhã com um mergulho refrescante. Deixar o corpo secar, enquanto se aprecia toda a beleza da costa carioca, acompanhada por uma água de coco fresca do quiosque Marea, do Hotel Fasano, no Posto 8".
Marina da Glória "Outro programa que amo, mas esse é para um dia inteirinho dedicado a ele, é alugar um barco e aproveitar entre amigos. Depois, parar na Marina e almoçar em um dos restaurantes de lá. Indico o Soho, de gastronomia oriental, e o restaurante 348, de carnes argentinas". Av. Infante Dom Henrique, S/N - Glória.
La Fruteria "Conheça a boutique de frutas La Fruteria, é o meu mercado favorito! Lá, você pode ter certeza, o que quiser comer é muito gostoso e saudável. Prove o milho com mel e mostarda e o coco caramelizado, é possível levar para a viagem. Há ainda o macarrão Konjac, uma delícia que tem apenas nove calorias". Av. Lúcio Costa, 3150 Lj 101 Barra da Tijuca.
Clínica Patrícia Davidson Haiat "Falando em saúde, aproveite para conhecer a Clínica Patricia Davidson Haiat. A Patrícia é nutricionista funcional. Eu não deixaria de marcar uma consulta com ela e conhecer alguns dos seus tratamentos." Rua Visconde de Pirajá, 572 / 6o andar, Ipanema, tel. 21 2239-7200.
ANA CAROLINA SAMPAIO é empresária e RP do meio artístico
agosto Em cartaz
2 a 4 de agosto • somente 3 apresentações
9 a 11 DE AGOSTO • somente 3 apresentações
16 a 25 DE AGOSTO • curta temporada
29 de agosto • única apresentação
30 e 31 DE AGOSTO • Somente 2 apresentações
Vem aí
1 de Setembro • única apresentação
06 a 29 de setembro • curta temporada
Teatro Oi Casa Grande • Av. Afrânio de Melo Franco, 290 • Tel. 21 25110800
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Corte argentino GASTRONOMIA Especializado em cortes argentinos, o restaurante Corrientes 348 apresenta o legítimo sabor portenho no Rio de Janeiro, na Marina da Glória. Uma ótima opção para o almoço e o jantar, a casa oferece um cardápio diverso e com boas opções de carnes, acompanhamentos e sobremesas, além de uma carta exclusiva de vinhos assinada pelo sommelier Paulo Andrade. Os destaques do menu de cortes de carnes incluem o Bife de Chorizo (R$ 98 / R$ 144) e o Ancho (R$ 148).
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