29HORAS - agosto 2020 - ed. 127/01 - Campinas

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CAMPINAS Claudia

Raia A G O S T O / 2 0 2 0 d istr ibuiç ão gr atuita em viracopo s

Múltipla, a atriz produz seus espetáculos e inspira mulheres de todas as idades


Quem aluga um carro para viajar só não economiza na segurança.

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Sumário

FOTO TATO BELLINE

AG OSTO 2 02 0

# 1 27/01 AGOSTO 2 02 0 WWW.29HORAS.COM.BR

@29horas @29horas PUBLISHER Pedro Barbastefano Júnior CONSELHO EDITORIAL Chantal Brissac, Clóvis Cordeiro, Didú Russo, Georges Henri Foz, Kike Martins da Costa, Luiz Toledo, Paula Calçade e Pedro Barbastefano Júnior

CO M E RCI AL comercial@29horas.com.br EQUIPE: Rafael Bove (rafael.bove@29horas.com. br), Angela Saito (angela.saito@29horas.com.br) GERENTE REGIONAL Giovanna Barbastefano (giovanna.barbastefano@29horas.com.br) RIO DE JANEIRO – Rogerio Ponce de Leon (rogerio.leon@viccomunicacao.com.br) ASSISTÊNCIA COMERCIAL Hanna Mercaldi (hanna.mercaldi@29horas.com.br) JORNALISTA RESPONSÁVEL Paula Calçade DISTRIBUIÇÃO GRATUITA E EXCLUSIVA NAS SALAS DE EMBARQUE E DESEMBARQUE DO AEROPORTO DE VIRACOPOS.

2 9 H OR AS é uma publicação da MPC11 Publicidade Ltda. A revista 29 HOR AS respeita a liberdade de expressão. As matérias, reportagens e artigos são de responsabilidade exclusiva de seus signatários. Av. Nove de Julho, 5966 - cj. 11 — Jd. Paulista, São Paulo — CEP: 01406-200 TEL.: 11.3086.0088 FAX: 11.3086.0676

Capa

A versátil Claudia Raia, no seu auge, fala sobre seus projetos e planos para este semestre e para 2021 Foto da capa: Tato Belline

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A TIRAGEM E DISTRIBUIÇÃO DESTA EDIÇÃO SÃO AUDITADAS PELA BDO.

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COLUNAS

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MISTO

CARTA AO LEITOR A 29HORAS está em Campinas!

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Hora H

INSTANTE FOTOGRÁFICO Programa IMS Convida

Musas, negócios, cultura e bem-estar

MARKETING E MARCAS Vendas online crescem MOBILIDADE Novos apps no pós-pandemia

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HORAS DE VOO Mudanças no ranking das cias. aéreas BOM DE COPO Os melhores vinhos nacionais

Hora Campinas

Dicas descoladas e as novidades da região

BON VIVANT Dicas de boas escapadas no litoral paulista RÁDIO VOZES Lançamentos da MPB durante a quarentena SUSTENTABILIDADE Por um consumo mais consciente AGORA É AGRO Onde o agronegócio mitiga a crise HORA LIVRE Viver no presente

FOTO JOÃO WAINER

P U BL I CI DADE

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FOTO DIVULGAÇÃO

COLABORADORES Adonis Alonso, André Hellmeister, Chantal Brissac, Chiara Gadaleta, Claudio Franchini, Didú Russo, Georges Henri Foz, Juliana Simões, Luiz Toledo, Patricia Palumbo, Pro Coletivo, Raphael Calles

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O melhor de São Paulo Dicas para todas as horas na cidade

FOTO DIVULGAÇÃO

REDAÇÃO Paula Calçade (editora de redação); Kike Martins da Costa (editor contribuinte); Rose Oseki (editora de arte)


FOTO DIVULGAÇÃO

CARTA AO L E I TOR

Caríssimo passageiro, A Revista 29HORAS chega ao aeroporto de Viracopos. Consolidamos em Campinas um projeto vitorioso. Há dez anos presente nos principais aeroportos executivos do Brasil, a nossa publicação vem recheada de dicas descoladas e conteúdo relevante. Sonho idealizado, sonho realizado. Com muito orgulho e cheios de esperanças, pousamos em Viracopos em um momento em que o mundo está vivenciando grandes transformações. Desenvolvemos um projeto único para passageiros únicos. Na contramão do mercado, criamos uma fórmula mágica. Conteúdo de altíssima qualidade, produzido por jornalistas e colaboradores “descolados” que buscam transmitir informações relevantes, serviços diferenciados e adequados ao perfil “descolado” dos passageiros deste aeroporto, distribuído também em totens digitais inovadores. A partir de agosto, disponibilizamos as melhores dicas de Campinas e região nas áreas restritas do aeroporto. Criamos uma verdadeira integração entre marcas, passageiros e serviços. Viracopos, há tempos líder em transporte de cargas aéreas da América Latina, foi modernizado e ampliado. E, hoje, está preparado para ser o principal hub de passageiros do Brasil. Estruturado para receber mais de 80 milhões de pessoas por ano, o aeroporto de Campinas nos recebe de braços abertos para perpetuarmos um projeto digno da grandeza e importância da região. Sorte a todos nós.

Pedro Barbastefano Publisher

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INSTANTE FOTO G R ÁFICO

KARIM AÏNOUZ e GRACE PASSÔ CURADORIA IMS

FOTO DIVULGAÇÃO

FOTO BOB WOLFENSON

Lançado em abril, o Programa Convida é um projeto de apoio à produção artística no contexto da pandemia da Covid-19. A plataforma (ims.com.br/convida/) é atualizada diariamente, conforme a chegada dos trabalhos. Entre os destaques, está o curta-metragem “Missão Perséfone”, do diretor cearense Karim Aïnouz. O filme se passa em 3020, cem anos após a vida animal ter sido extinta na planeta Terra, em 2020. Com um viés distópico, tece uma forte crítica à devastação do meio ambiente. Outra novidade é o curta “República”, da atriz, diretora e dramaturga mineira Grace Passô. Misturando ficção e realidade, a produção aponta a dimensão surreal do atual momento do Brasil.

Diretores Karim Aïnouz e Grace Passô no IMS Convida �F IMS ims.com.br/convida/


Marcas na pandemia; tecnologia no mundo fitness, mercado de luxo e as tendências digitais nos negócios

hora

M U S A S | M O B I L I D A D E | B E M - E S TA R | C U LT U R A

H

TEATRO

Oficina pede apoio durante o período da quarentena

FOTO JENNIFER GLASS

pág.15

LANÇAMENTO

NOVAS PRIORIDADES

CESTA VIRTUAL

HIGH TECH

Bebel Gilberto volta ao Brasil com "Agora" pág.08

As tendências do luxo pós-pandemia pág.10

Brasileiros intensificam compras online pág.12

Inovações tecnológicas no mundo fitness pág.13


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HORA H


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MUSAS

Chega de saudade

Bebel Gilberto está de volta ao Rio de Janeiro e divulga novo trabalho após hiato de seis anos

POR PAULA CALÇADE

FOTO JOÃO WAINER

BEBEL GILBERTO lança neste mês um novo

álbum imerso em tristeza contida, amores pelo mundo e no bom humor, diluídos pela atmosfera dos arranjos eletrônicos do pianista norte-americano Thomas Bartlett. “Agora” é o primeiro disco da filha dos ícones da música brasileira João Gilberto e Miúcha depois da morte dos pais, em 2018, e marca o retorno da cantora ao Brasil. Após morar 20 anos em Nova York, Bebel agradece ao destino por trazê-la de volta ao Rio Janeiro neste momento. “Cheguei em março para ficar somente um mês, depois de uma turnê no Japão, e logo depois veio a pandemia, então ainda não consegui ver a cidade direito, estar com amigos... Mas apesar de estarmos vivendo um período muito difícil, para mim é confortante estar aqui, perto da família, no mesmo fuso horário que eles, divulgando meu disco em português”. Escrever música é uma terapia e é o que a cantora segue fazendo para se manter firme. “Momentos de crise impactam na criação artística. O setor está lutando para se reinventar”, define. A carioca já lançou um novo clipe,

espera ansiosamente o momento de apresentar suas canções ao vivo para o público e faz parcerias à distância em novos singles, como com Mart’nália. “Foi um processo simples. Mart’nália é muito musical e se lembrava da melodia que eu tinha cantado para ela em uma noite em que nos encontramos em Nova York. Tempos depois, a procurei para escrevermos juntas a letra, que acabou sendo finalizada por WhatsApp”. O resultado foi uma música divertida, “Na Cara”, que já está disponível nas plataformas de streaming. “Agora” traz ainda a bagagem cultural de Bebel pelo mundo. A faixa “Bolero”, em espanhol, é dedicada a um amor vivido em Madrid, e revela as experiências da cantora. “Falo espanhol desde criança, pois morei no México com os meus pais por um tempo e sempre tive vontade de cantar nessa língua. Acho muito sexy! Minhas vivências estão sempre presentes nas composições e o álbum traz pedacinhos da minha vida em diversas canções”, conta. Ouvir as novas músicas de Bebel é uma forma de reviver experiências, como em um sonho ou descanso, e aliviar as tensões.


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HORA H

LUXO

O consumo na pós-pandemia

Driblando os danos do álcool em gel

Novo luxo destaca preocupação social, protocolos de higiene, inovações e preferência por lojas de rua

UMA PESQUISA realizada pelo Hibou Monitoramento de Mercado e Consumo com clientes de alto padrão e apresentada em parceria com a agência de Relações Públicas Suporte Comunicação revelou mudanças no comportamento de compras deste público na pós-pandemia. O levantamento mostra que 61% dos entrevistados pensam em reduzir as aquisições de roupas e acessórios e 49% aprendeu que precisa ponderar sobre a necessidade do bem a ser adquirido. Com isso, 34% dos consumidores de luxo já compram menos por impulso e, desse montante, mais de 80% pretende manter esse comportamento. No entanto, as grifes podem driblar certas resistências com iniciativas simples. Antes do período de isolamento, apenas 4% dos entrevistados tinha o hábito de levar a loja para dentro de casa, com pequenos encontros – e é uma tendência que deve ser explorada no futuro. Pouco mais de 50% dos entrevistados gostariam de realizar um encontro entre amigos para fazer compras com suas marcas favoritas. Mas é importante também deixar claro todos os protocolos de higiene dos espaços e produtos, já que isso se mostrou relevante para 91% dos entrevistados. Já as iniciativas de responsabilidade social durante e após a pandemia são relevantes para a escolha de que marca consumir para 74%. Para os próximos meses, lojas de rua devem ganhar maior relevância, pois fornecem uma menor circulação de pessoas e podem oferecer espaços privativos para pequenas ativações.

FOTOS DIVULGAÇÃO

POR RAPHAEL CALLES

A marca francesa La Roche-Posay acaba de lançar o hidratante intensivo LipikarBaume AP+M. O produto promete auxiliar na preservação de uma microbiota saudável da pele por meio dos agentes AquaPosa e Filiformise Microresyl. O uso do álcool em gel danifica a pele, já que o produto elimina micro-organismos patógenos e também os fungos e bactérias responsáveis pela proteção da pele. Entre os ativos, manteiga de karité, que restaura o filme hidrolipídico, e água termal, responsável por acalmar a pele. A partir de R$ 80. LAROCHE-POSAY.COM.BR

Tecido protetor A marca de moda praia Feline apresenta uma linha de bodys produzida com ação antiviral. O agente AmniVirus-Bac Off, presente na matriz polimérica do fio de poliamida, impede o contato de vírus e bactérias com a pele, incluindo o novo coronavírus, causador da Covid-19. As propriedades repelentes são permanentes e não se perdem com a lavagem do tecido. A linha é composta por uma peça de manga longa, uma regata e uma máscara feita no mesmo tecido. SOUFELINE.COM


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FOTO GETTY IMAGES

HOR A H - BR A NDE D CONT E NT BY 29 H

NEGÓCIOS

Relevância digital

Consulting House promove relacionamentos exclusivos à distância e aproxima líderes na retomada

CONECTAR PESSOAS sempre foi o valor e

o objetivo da Consulting House, que organiza encontros para fomentar relações duradouras entre empresários brasileiros há mais de 20 anos. Com a pandemia do novo coronavírus, os debates e as trocas de experiência se mostram mais uma vez urgentes, o que fez o grupo ampliar a atuação digital em diversas frentes. “Relacionamento baseado em conteúdo de qualidade norteia as nossas ações mais importantes do momento”, destaca Fernando Nogueira, Chairmain da Consulting House. O Debate Online traz um palestrante de relevância nacional ou internacional para uma plateia fechada de até 100 pessoas. Em abril, o presidente do Hospital Albert Einstein, dr. Sidney

Klajner, mostrou a importância da cultura do cuidado e da gestão da prevenção fora do ambiente hospitalar. Já o Interchange Online mantém a experiência de proximidade dos almoços e cafés da manhã entre CEOs, em uma sala virtual com até 20 pessoas, em que todos podem interagir em uma hora e meia de conversa. O Carreira em Debate é um espaço virtual para executivos em transição de carreira trocarem insights e tendências para essa fase da vida. E, diante de tantos debates e tomadas de decisão que o período exige, o Tasting Online é uma vivência de relacionamento descontraída dentro de casa. “O momento também pede descompressão e são nessas ocasiões que medidas propositivas podem ser

compartilhadas para a retomada nas empresas”, explica Fernando Nogueira. A Consulting House promove uma degustação durante a noite, entregue na casa de líderes em parceria com marcas que conversam com a estética e a ambientação da proposta, como a vinícola Concha y Toro, os embutidos Ceratti e os produtos Vigor. Depois de uma conversa online com sommeliers e chefs, os empresários podem continuar a troca entre si à distância, discutindo projeções e analisando as melhores práticas de liderança para o momento no Brasil. Essas iniciativas no ambiente digital e os encontros presenciais fazem parte do Consulting Club, uma associação para executivos em busca de bons negócios.


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CO LUNA

adonis@blogdoadonis.com.br

Adonis Alonso

FOTO DIVULGAÇÃO

Marketing e marcas

POR

Explosão virtual Na contramão da crise do varejo físico, o setor de e-commerce cresceu pelo menos 40% no país durante a pandemia do coronavírus

Como alternativa ao isolamento social, o comércio eletrônico ganhou cerca de 5 milhões de novos clientes desde o início da quarentena. A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) registrou o lançamento de quase 90 mil novas lojas online a partir de março. Somente no primeiro mês da crise, o número de consumidores com pelo menos uma compra virtual foi de um milhão. A tendência que fortaleceu as grandes plataformas de comércio online por outro lado abriu também novos caminhos para o setor varejista e, mais do que isso, criou uma alternativa para pequenos empreendedores. O grande varejo especializado em e-commerce abriu os braços para lojistas sem infraestrutura e capital para frete. Com suas lojas fechadas, o Magazine Luiza acelerou o projeto Parceiro Magalu, agregando em sua plataforma pequenos negócios em troca de uma comissão por venda. O programa superou as expectativas do grupo de Luiza Helena Trajano. Lançado em 31 de março, em três meses ultrapassou 40 mil cadastros. Comércio regional e pequenas lojas de bairro romperam fronteiras e, por meio dessa parceria, expandiram sua área de atuação para todo o território nacional utilizando o serviço de frete do Magalu. De São Paulo, maior mercado consumidor do Brasil, até Epitaciolândia, no Acre, pequenos comércios ganharam um vendedor poderoso, funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana. Já o Mercado Livre, maior empresa de e-commerce do país, vem nadando de braçada desde o início da pandemia. Seu balanço do primeiro trimestre do ano é recheado de boas notícias. Cresceu 70,5% em faturamento, atingindo um valor líquido de US$ 652 milhões. No total, o volume de vendas foi de US$ 3,4 bilhões, o que representou um crescimento de 34,2%. Na avaliação da empresa, atuando em uma das áreas menos afetadas pela pandemia da Covid-19, apesar do impacto inicial

Lu, a assistente virtual do marketplace Magalu

e da incerteza financeira de seus clientes, a recuperação começou já em abril. O levantamento do Mercado Livre na América Latina revela que o marketplace sofreu baixa significativa durante a semana de 18 a 24 de março. No mês seguinte, porém, houve uma forte recuperação, com taxas de crescimento aceleradas em itens vendidos em volume transacionado, da ordem de quase 75%. E embora o comportamento do comprador tenha se modificado, com redução de compra de itens não essenciais, cresceram as categorias de saúde, produtos cotidianos e brinquedos. Outras grandes marcas também se movimentaram pelo mundo digital, como a Samsung, que criou a página “Conecte-se à sua casa”, com uma série de ações promocionais direcionadas ao e-commerce de redes varejistas parceiras. A ViaVarejo, dona das Casas Bahia, do Extra.com e do Ponto Frio, colocou cerca de 20 mil vendedores, impedidos de ir às lojas, para vender via WhatsApp. A situação atípica mudou completamente qualquer previsão que se fazia para o comércio eletrônico brasileiro, e a primeira experiência de compra online deve fazer com que isso se torne um hábito duradouro para as pessoas.

ADONIS ALONSO é jornalista, colunista e coordenador de Conteúdo do Fórum de Marketing Empresarial do LIDE.


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B E M - E S TA R

Academia do novo mundo Rodrigo Sangion, CEO da Les Cinq Gym, detalha inovações para segurança sanitária durante os treinos

POR PAULA CALÇADE

A PANDEMIA DO NOVO CORONAVÍRUS fez a

equipe da academia paulistana Les Cinq Gym, nos Jardins, se debruçar no estudo de medidas de segurança, já pensando em um retorno, que acontece neste mês. Foram feitos testes e consultas a empresas de desinfecção de ambientes fechados. O resultado vai além do que é proposto pelas autoridades sanitárias. A academia será a primeira no país a aplicar uma tecnologia completa de reconhecimento facial termográfico, que checa a temperatura e o uso de máscara. O CEO da Les Cinq Gym, Rodrigo Sangion, detalha à 29HORAS a reabertura. 29HORAS - As regras estaduais para a reabertura das academias já foram estabelecidas. Para além do uso de máscara e da higienização constante, quais outras medidas a Les Cinq Gym lança para a maior segurança dos clientes? Rodrigo Sangion – A Les Cinq Gym está inovando em medidas de segurança, sendo a primeira academia do Brasil a investir em algumas tecnologias que vão nos ajudar no funcionamento seguro. É o caso do reconhecimento facial termográfico, que é um sistema completo de câmera, que dá acesso às áreas de treino. Ele identifica rapidamente o rosto do aluno, checa se a pessoa está de máscara e mede a temperatura corporal, sem que seja preciso tocar qualquer superfície. O acesso não será permitido caso o aluno esteja sem máscara e a temperatura dele seja superior a 37,4ºC, um indicativo de febre. Temos ainda o tapete químico para higienizar a sola dos calçados na entrada, que combate bactérias e

Reconhecimento facial termográfico já foi instalado na entrada da Les Cinq Gym, nos Jardins

vírus, e foi aprovado pela Anvisa. Já as lâmpadas germicidas lançarão radiação ultravioleta tipo C, para neutralizar a ação do vírus em todo o ambiente. 29HORAS - Qual é a expectativa de funcionamento nesse cenário? Como acha que os clientes receberão essas adaptações? Rodrigo Sangion - Somos uma empresa que possui um DNA de inovação contínua, e o nosso cliente sempre recebeu as mudanças de forma muito positiva. Não acreditamos em novo normal, mas no alinhamento entre o nosso serviço versus a superação das expectativas dos clientes. E, mesmo com todas essas mudanças, nós acreditamos que o nosso cliente vai valorizar ainda mais a atividade física. 29HORAS - Como a tecnologia tem sido aliada antes mesmo dos treinos virtuais e da pandemia? Rodrigo Sangion – A Les Cinq Gym já foi projetada desde o início para ser referência em inovação quando o assunto é bem-estar e performance de treino. Nosso propósito nos guiou até a italiana Technogym, a maior

wellnesscompany do mundo e responsável pelo que há de mais high tech no mercado. Fizemos um investimento e reformamos a Les Cinq com 100% dos equipamentos da marca, alguns até exclusivos. Todo aluno tem uma band, que é a pulseira digital para entrar na academia e acessar seu treino, outro diferencial é que os equipamentos contam com telas de acesso para a Netflix. E também temos simuladores de corrida, paraquedas e surf. 29HORAS - Como manter a atenção individualizada e próxima quando é necessário distanciamento? Rodrigo Sangion - Mesmo com autorização legal e tendo toda uma estrutura de segurança instalada, optamos por não reabrir em julho. A redução de horário de funcionamento não contribui para o serviço premium que a Les Cinq Gym proporciona, assim nem todos nossos clientes poderiam usufruir de treinos personalizados. Entendo que segurança, bem-estar e igualdade de atendimento devem andar juntos. Estudamos as diversas possibilidades para a reabertura nesse último mês e voltamos de forma segura a partir de 3 de agosto.


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CO LUNA

www.procoletivo.com.br

FOTO DIVULGAÇÃO

Mobilidade

POR

Pro Coletivo

Ônibus e app de transporte coletivo sob demanda em Goiânia

Novas soluções As iniciativas e ações de mobilidade no Brasil pós-pandemia O período de isolamento e as restrições de circulação vão ficando para trás, enquanto as pessoas voltam a se movimentar. Esse fluxo traz novas ações de prefeituras, instituições e empresas. O objetivo agora é evitar aglomerações, reduzir a poluição (trabalhos científicos mostram que ela agrava, entre outras doenças, também a Covid-19) e favorecer a saúde das pessoas. O carro a combustão, aos poucos, vai saindo de cena – as tendências apontam para o fim da era dos combustíveis fósseis, com novos hábitos e modais. No mundo todo, os esforços se concentram no incentivo à bicicleta, ao pedestrianismo e aos carros elétricos, com ampliação de calçadas e ciclovias, e bônus para compra de bikes e veículos elétricos. Confira algumas iniciativas que surgem no país para melhorar o vaivém e a saúde geral:

Elétricos em alta A Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) mudou recentemente a sua diretoria e colocou em prática um conjunto de ações para fazer da eletromobilidade uma realidade no Brasil. Animados com o mercado, que em junho retomou o ritmo do final de 2019 – aumentou em 86% em relação ao mesmo mês, no ano passado –, eles pretendem lançar as bases de um Plano Nacional de Eletromobilidade, com ações junto ao poder público e diálogos com o empresariado e a sociedade. Mais segurança para os ciclistas Lançado há poucos meses, o aplicativo Bike & Park, do empresário Daniel Kohntopp, dá suporte para os ciclistas, conectando-os com estacionamentos de diversas regiões de São Paulo. O app está ligado a uma rede de 13 estacionamentos, com cobertura de seguro. No

O PRO COLETIVO ajuda as pessoas a aproveitar a vida se locomovendo de forma inteligente.

primeiro mês, o ciclista utiliza a rede de graça, para degustar e ver se gosta, e a partir do segundo paga R$ 15 mensais. Já a empresa Kakau, de Henrique Volpi, é uma seguradora que decidiu focar também na bicicleta, modal que teve um boom de vendas nos dois últimos meses segundo a Semexe, a maior plataforma de bikes seminovas no Brasil. Vale lembrar também que, em São Paulo, a Ciclofaixa de Lazer voltou com sucesso no domingo, 19 de julho, agora operada pela Uber, e a prefeitura prometeu a construção de mais 110 km de ciclovias nos próximos meses, seguindo o seu Plano Cicloviário.

Novos apps para o transporte coletivo O transporte coletivo sob demanda, bastante comum lá fora, tem se diversificado também no Brasil. Nesse serviço flexível, as rotas são definidas de acordo com as necessidades dos usuários, em vez de programadas em trajetos e horários fixos. Pelo app Via, o usuário se conecta ao operador, informando localização e o destino desejado. São Bernardo do Campo, Goiânia, Fortaleza e Brasília são cidades que já oferecem o serviço, um complemento ao sistema convencional. A tecnologia também é aliada do transporte coletivo na hora de recarregar o Bilhete Único: é o caso do Bipay, assistente virtual desenvolvido pela OnBoard Mobility, que faz a recarga pelo Facebook com pagamento por cartão. O objetivo é facilitar o processo e evitar filas indesejáveis nos terminais de recarga.


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FOTO DIVULGAÇÃO

Zé Celso em cena no Teatro Oficina, no Bixiga

em 2018 com grande sucesso de público. Em 2015, o Oficina foi eleito pelo jornal britânico "The Guardian" como o teatro mais intenso do mundo. O prédio, reformado pelos arquitetos Lina Bo Bardi e Edson Elito em 1992, reflete as ousadas propostas de Zé Celso, conhecido por desafiar convenções. O público e o elenco se mesclam nas diversas galerias desmontáveis, sem barreiras. “O projeto da Lina é fruto de décadas de trabalho, porque não diferencia coxia, palco e plateia, ele foi sendo esculpido pelo movimento ao longo dos anos, é um teatro vivo”, observa Camila Mota, atriz e diretora há 23 anos na companhia.

C U LT U R A

O teatro pede socorro O diretor Zé Celso Martinez Correa lança campanha para angariar fundos para o Oficina, a companhia teatral mais antiga do Brasil POR CHANTAL BRISSAC “JÁ PASSEI POR TANTA COISA NA VIDA, tenho 83

anos, mas essa realmente eu não esperava”, desabafa José Celso Martinez Correa sobre a pandemia do novo coronavírus e a situação do Teatro Oficina, a companhia teatral mais antiga em atividade, fundada por ele e um grupo de estudantes da faculdade de Direito do Largo São Francisco, em 1958. Quando iniciou a progressiva escalada do vírus, Zé Celso e seu grupo de 60 atores estavam prontos para reestrear “Roda Viva”, encenada por eles em 2019, uma remontagem da clássica obra de Chico Buarque, escrita em 1967. A estreia da peça aconteceu no Rio de Janeiro sob a direção de Zé Celso em 1968, no ápice da Ditadura Militar. Em quarentena desde março, o dramaturgo, um dos líderes da contracultura brasileira, vem fazendo lives, podcasts,

escrevendo um livro e divulgando a campanha do Oficina para angariar fundos, já que a situação financeira do teatro se agravou com a suspensão dos espetáculos em cartaz: “Roda Viva”, que tinha casa lotada em 2019, e “O Bailado do Deus Morto”, de Flávio de Carvalho, que iniciava sua temporada no histórico teatro do bairro do Bixiga. Desde 2016, ano em que deixou de receber o patrocínio da Petrobras, a companhia enfrenta dificuldades para se manter ativa.

Sem barreiras e limites No canal do YouTube, que tem 25 milhões de visualizações, é possível ver várias peças já encenadas e filmadas, como “Cacilda!”, “Bacantes”, “Boca de Ouro” e “O Rei da Vela”, escrita em 1933 pelo poeta Oswald de Andrade, levada ao palco do Oficina em 1967 e remontada

Especulação da vida Todo esse espaço criativo e um entorno verde belíssimo, com árvores frutíferas, são alvos da especulação imobiliária há mais de quarenta anos, com o grupo Silvio Santos à frente da disputa. O apresentador quer construir três prédios de até 100 metros de altura na região, prejudicando o teatro, que é tombado desde 2010 pelo patrimônio histórico nas esferas federal, estadual e municipal. O projeto do Parque do Bixiga, luta do Oficina e também da comunidade do bairro, busca preservar toda essa riqueza histórica, cultural e ambiental da região, inclusive um riacho que atravessa o terreno. Durante o isolamento, o movimento se manifestou nas redes sociais do Parque do Bixiga em lives como “O Parque do Bixiga contra a Especulação da Vida”, com a urbanista Raquel Rolnik e Casé Tupinambá, e “Cursos d’Água e Florestas Urbanas como Forças Políticas”, com Newton Massafumi e Cecilia Herzog. Zé Celso ressalta que a luta do Parque Bixiga é pela natureza e pela preservação da vida. “A pandemia nos mostrou que a coisa mais importante do mundo é a vida, não o capitalismo. E a nossa vida depende inteiramente da natureza”.


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COLUNA

kikecosta@uol.com.br

POR

Horas de voo FOTO DIVULGAÇÃO

Kike Martins da Costa

Radar Fora do ar

Vírus que gera turbulências Pandemia chacoalha o mercado doméstico e deve promover já neste semestre mudanças significativas no ranking e no ‘share’ das empresas

Enquanto as unidades do Brasil, do Chile, do Peru, do Equador, da Colômbia e do Paraguai do Grupo Latam encaram o processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, a subsidiária argentina do grupo teve suas operações encerradas por tempo indeterminado. A Latam Argentina representava apenas 1,8% do faturamento total do grupo e operava com uma frota de 15 aviões. Transportava, em média, 3 milhões de passageiros ao ano.

Novo player A paralisação nos aeroportos por causa da pandemia do novo coronavírus promoveu um pandemônio nas companhias aéreas brasileiras. A Latam, que historicamente disputava a liderança do mercado doméstico com a Gol, entrou em recuperação judicial e deve sair desse processo menor do que a Azul, tradicionalmente a terceira colocada. Essa, pelo menos, é a expectativa de especialistas do mercado e analistas de investimento. Em 2019, a Gol terminou como líder, com uma fatia de 37,7% do mercado doméstico, seguida de perto pela Latam, com 34,7%. A Azul, que cresceu muito com o fim das operações da Avianca Brasil, ficou com “apenas” 23,6%, segundo informações compiladas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Agora, neste segundo semestre que deve marcar o início da retomada do setor, a Gol deve se consolidar ainda mais na liderança, fechando o ano de 2020 provavelmente com algo entre 40 e 45% do bolo, enquanto Latam e Azul devem ficar cada uma com parcelas em torno dos 25-30% do total.

Segundo a consultoria britânica OAG, que é a maior rede global em termos de informações sobre tráfego aéreo, o Brasil foi o país que teve a maior queda no número de assentos ofertados em voos domésticos após a pandemia ter sido decretada pela OMS, em março. A empresa comparou os dados de julho de 2019 contra os de julho de 2020. O encolhimento por aqui foi de 72%, o mesmo percentual verificado na Austrália. No Canadá, a redução foi de 69%, e nos Estados Unidos, de 47%. Ainda segundo esse mesmo levantamento da OAG, a British Airways teve, entre as grandes empresas do planeta, a maior queda, com redução de 83%. As únicas empresas que tiveram resultados positivos foram a indiana IndiGo, com aumento de 11,6% em relação a 2019, e a China Eastern, com alta de 5,3%. No Brasil, no auge das medidas para frear a disseminação da Covid-19, a Azul chegou a cancelar 90% de seus voos, a Gol estima ter reduzido sua oferta em 92% e a Latam atingiu uma diminuição de 95% em suas operações.

A empresa de baixo-custo chilena Jet Smart, que tem voos regulares de Santiago para São Paulo, Salvador e Foz do Iguaçu, negocia com a Anac para operar rotas domésticas aqui no Brasil. A empresa é controlada pelo conglomerado Indigo Partners, que é dona também da Frontier Airlines, da Volaris e da WizzAir.

Agora vai? Com seu mais recente lançamento, o 737 Max, aterrado desde março de 2019, a Boeing quer dar logo um fim a essa novela. Após redesenhar completamente o recurso automático que causou dois terríveis acidentes, a Boeing já está promovendo voos para obter a certificação e a liberação do modelo junto às autoridades. Se tudo der certo, os primeiros voos com passageiros devem ocorrer no Thanksgiving (Dia de Ação de Graças), em novembro, o feriado de maior movimento nos aeroportos dos Estados Unidos.


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CO LUNA

www.didu.com.br

Didú Russo

FOTOS DIVULGAÇÃO

Bom de copo

POR

Vinhos brasileiros Um passeio por rótulos imprescindíveis da nossa terra, que merecem ser apreciados e prestigiados Eu sou um grande defensor do vinho brasileiro. Ainda assim, nunca deixei de criticar a postura dos líderes do setor que, por vezes, consideram os importados como concorrentes e sempre tentam implementar regras protecionistas. Mas isso nada tem a ver com a qualidade do nosso vinho. O Aurora Millésime, por exemplo, 100% Cabernet Sauvignon, é um dos grandes e está lançando sua décima edição, a de 2017. Outro vinho que destaco é o Miolo Gamay Wild SO2 free. Listo esse vinho pela iniciativa de uma gigante do setor, que produz cerca de 13 milhões de litros de vinho e faz em perfil artesanal que, embora não seja de vinhedos orgânicos, é fermentado com as próprias leveduras e custa perto dos R$ 50. Cito também o Rio Sol Touriga Nacional Gran Reserva, produzido em Petrolina, no Vale do São Francisco, pelos portugueses da Dão Sul, um espetáculo de fruta e intensidade. Há ainda o Fvlvia Pinot Noir do Atelier Tormentas, fabricado em Canela, no Rio Grande do Sul, sem adição de SO2 e com muita classe, um vinho que já superou muito seus similares da Borgonha em degustações às cegas. O estado de São Paulo tem preciosidades, como os vinhos da Guaspari (em especial, o Syrah Vista do Chá) ou os vinhos naturais e de fermentação espontânea do Entre Vilas, em São Bento do Sapucaí. Os vinhos naturais da Era dos Ventos, especialmente o Peverella, produzido pelo Alvaro Escher e o Luís Henrique Zanini, são imprescindíveis. DIDÚ RUSSO é editor do site didu.com.br

No alto, vinhedo da Guaspar, em Espírito Santo do Pinhal. Acima, o Era dos Ventos Peverella, o Rio Sol Touriga Nacional Gran Reserva e o Orus Pas Dosé

Em Santa Catarina, há vinhos de altitude excepcionais, selecionei aqui o Innominabile com cinco castas (Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Malbec, Marcelan, Merlot e Pinot Noir), produzido pela Villaggio Grando, que é espetacular. Em espumantes, então, é um show de qualidade e frescor com bons preços. Cito ainda os espumantes da Cave Geisse: qualquer um deles é de altíssima qualidade e foram, inclusive, citados pela crítica e autora Jancis Robinson como exemplo de qualidade de espumante no Novo Mundo. Os vinhos do Adolfo Lona, um craque que produz o Orus Pas Dosé Rosé, têm uma elegância rara. Destaco, para finalizar, esse passeio por vinhos brasileiros icônicos, como o Salton Brut Ouro, que custa pouco, é muito bem feito e tem consistência. Prestigie e experiente os vinhos do nosso Brasil. Há inúmeras garrafas excepcionais. Saúde!


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COLUNA

georgeshenrifoz@gmail.com

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Bon vivant Ilha de Toque Toque Boutique Hotel & Spa

A primeira escapada Após quatro meses em casa, merecemos redescobrir o prazer de viajar no fim de semana, sem neuras e sem elevadores É curioso como a percepção da Covid-19 foi mudando conforme o tempo passou. Tenho certeza de que o assunto foi recorrente para todos nós e, se assim podemos dizer, toda essa situação nos fez rever novamente alguns velhos conceitos. Acho que estávamos mal acostumados, talvez até blasés e confundindo rotina com prazer. No meu caso, sempre viajando tanto a trabalho quanto a lazer, a ideia de qual seria meu desejo de destino assim que acabasse essa loucura foi se modificando ao longo do extenso confinamento. Quanto mais o tempo foi passando, mais fui encurtando a distância que separa minha casa do meu provável destino da primeira viagem pós-pandemia. Descobri, ou melhor, redescobri que o grande prazer está no estado de espírito e na sede de provar uma ou outra sensação como o sol, o vento e os pés na areia com

o azul do mar à frente. Visto que estamos trancados desde março e que essas primeiras escapadas ainda serão no inverno, resolvi optar pelo sol ameno e pela luz maravilhosa que nosso inverno paulista oferece à beira do mar. Afinal, estamos carentes de poder andar no sol e ao ar livre, sem elevadores. Passo aqui alguns exemplos de lugares próximos a São Paulo que estão na minha lista de escapadas de praia e que pedem pouquíssimo tempo de viagem (até 2 horas). Vale ressaltar que é bom reservar com antecedência, por causa da demanda reprimida do momento, além da capacidade de atendimento ainda reduzida em função das medidas de contenção da pandemia. Para mim, mar em São Paulo significa litoral Norte, sendo que minhas praias preferidas desse trecho da Rio-Santos são também as menos distantes. São elas a

GEORGES HENRI FOZ é publicitário, restaurateur e empresário franco-brasileiro.

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Georges Henri Foz

Praia do Engenho (na Barra do Una), Juquehy e Barra do Sahy. Nessa época, o clima da região é um luxo. Nunca chove e a luz de inverno deixa as cores do céu, do mar e da areia ainda mais lindas. Boas opções de hotelaria não faltam, e basta procurar aquela que cabe no seu sapato e no seu orçamento. Eu conheço e gosto do hotel Aldeia de Sahy (Barra do Sahy) e do Juquehy Praia Hotel (em frente ao mar). Os dois são bem confortáveis e têm ótimo serviço. Uma dica que faz a diferença é tentar passar por Bertioga (a meia hora do destino na ida) ainda em tempo de almoço. Ali, na própria Rio-Santos, pare no restaurante Dalmo Bárbaro e peça o imperdível prato de mariscos no molho de tomate fresco. Uns 40 km mais adiante, no sentido São Sebastião, se encontra a linda Praia de Toque Toque Grande, onde fica um hotel boutique altamente recomendado por todo mundo que passa por lá. Encravado entre o verde da Mata Atlântica e o azul do mar, o Ilha de Toque Toque Boutique Hotel & Spa é perfeito para casais em busca de sossego, cuidados corporais e relax total. Cada suíte conta com varanda e piscina ou ofurô privativo. Trés chic! O Spa é da l’Occitane, o que denota a qualidade do serviço. Se optar por essa sugestão (que também é a mais cara), aconselho ir por Caraguatatuba (rodovia Ayrton Senna), fica mais rápido. O mais importante é termos a capacidade de reavaliar alguns conceitos que andavam meio que banalizados. O momento é propício para se desprender de padrões de consumo passageiros e focar naquilo que realmente nos dá prazer. Aproveite. Até!


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CO LUNA

contato@radiovozes.com

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Rádio Vozes

Música feita dentro de casa Lançamentos de discos brasileiros na pandemia para nos distrair, educar e embalar Uma das questões que temos nos feito quase diariamente é como se manter produtivo durante essa temporada de isolamento. Estamos vivendo tempos extremos. No mundo da música, muitos estão sem trabalho remunerado, os shows foram adiados e o que resta ao artista é se manifestar no mundo digital. Para alguns, a situação é opressiva a ponto de levar à inércia e, para outros, a saída é justamente produzir. A arte tem nos salvado, a nós consumidores. E também aos artistas. Trago aqui dois exemplos de criação em tempos de Covid. Adriana Calcanhotto lançou um trabalho que pode ser considerado um diário desses tempos dentro de casa. As canções vêm com data, como se estivessem dentro de um caderno de anotações. Foram compostas no dia a dia, a partir de estímulos internos ou dos acontecimentos no mundo. O disco se chama “Só” e foi gravado com a colaboração de músicos de várias partes do país, cada um em sua casa ou no estúdio, com o jovem compositor paraense Arthur Nogueira.

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Patricia Palumbo

Por isso mesmo as canções ganham novas cores e novos sotaques, é um trabalho brasileiríssimo, diverso ritmicamente, cheio de camadas como o nosso tropical e antropofágico país. “Ninguém na Rua” é um batidão, no pensamento, no peito. É a música que abre o disco. Composta em 27 de março às 19 horas. Para quem, como eu, que gosta desses detalhes em uma ficha técnica, essa informação tem um sabor especial. A segunda canção é um clássico de Calcanhotto, uma dessas para tocar no rádio. “Era Só” é emocionante, romântica, fácil sem ser e com o belíssimo piano de Zé Manoel, compositor e músico pernambucano. Assim segue o disco. São nove faixas, cada uma com a verba das vendas revertida para um coletivo, para a favela da Maré, para a Rocinha, para a Ação Cidadania. Um trabalho absolutamente necessário e assertivo. Dá alento para quem ouve e traz em si a ação, o movimento, a responsabilidade social e comunitária. Um novo mundo. O outro trabalho que acaba de sair é obra de uma dupla longeva, o casal Pato Fu, Fernanda Takai e John Ulhoa. É um lançamento que sai agora, enquanto escrevo essa coluna. Fernanda Takai em carreira solo é dessas delícias que o Brasil nos dá. As duas primeiras músicas são recados aos que vão melhorar o mundo, nossos filhos. “Terra Plana”, escrita por John, é uma mensagem de confiança na criação. Diante de tantas inverdades, teremos feito um bom trabalho? A segunda é de Nico Nicolaiewski, “Não Esqueça”. De ser feliz, de se apaixonar, de querer ser feliz, é linda... No total, são dez canções com aquele astral que vem desse casal mineiro, delicado, irônico, maduro. Fernanda cantando lindamente e John compondo cada vez melhor. Participações de MakiNomiya, direto do Japão, e Virginie Boutaud, da França. Maravilhas que a internet nos proporciona. O disco se chama “Será Que Você Vai Acreditar?” e, assim como “Só”, traz os temas que nos atravessam nesses dias. A solidão, a incerteza, o negacionismo que é preciso combater. E, claro, aquela que é uma das funções maiores da arte, nos distrair daquilo que nos desorienta. Quando você ouvir a faixa “One Day in Your Life”vai entender exatamente o que estou dizendo. Ouça bem alto. Duvido que não balance o corpo... A arte nos salva. Boa audição!

OUÇA AS NOVIDADES DO ISOLAMENTO NO 29HORAS PLAY

PATRICIA PALUMBO é jornalista especializada em música, apresenta o programa "Vozes do Brasil" em rede nacional de rádio e é criadora da Rádio Vozes. Baixe o app gratuito nas lojas digitais ou acesse www.radiovozes.com


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@chiaragadaleta

COLUNA

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Chiara Gadaleta

Sustentabilidade

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Afinal, o que é consumo consciente? Um passo a passo para estar de acordo com as mudanças que o novo mundo pede

A humanidade já consome 30% mais recursos naturais do que a capacidade de renovação da Terra. Se os padrões de consumo e produção se mantiverem no atual patamar, em menos de 50 anos serão necessários dois planetas para atender as nossas necessidades de água, energia e alimentos, e não é preciso dizer que essa situação certamente vai ameaçar as novas gerações. Se você está se perguntando o que pode fazer para colaborar, ou melhor, o que não fazer para manter uma relação responsável entre as vontades e necessidades, você está no caminho certo. A tomada de consciência é o primeiro passo. Vamos começar imaginando que cada item que compramos teve um impacto e deixou uma pegada. Cada roupa, acessório ou objeto usou energia e água na sua fabricação e, se você começar a olhar de forma mais curiosa, vai acabar indo além e se perguntando onde foi feito, por quem e como. Nessa etapa você já pode começar a escolher produtos levando em consideração mais do que apenas preço e a vontade de “ter”. O consumidor da nova era, da Ecoera, coloca na conta o meio ambiente, a saúde humana e a dos animais, não se contenta com meias verdades e vai além, quer saber qual o posicionamento da marca que produziu aquela peça no que

Etiqueta do Sou de Algodão, movimento que apoia a produção de algodão nacional

diz respeito à igualdade de gênero, aos movimentos sociais e à conservação das nossas florestas. Mas vamos começar pelo começo. Aqui vai um passo a passo simples para você iniciar essa jornada e se tornar um consumidor mais consciente:

#1

Antes de mais nada, primeiro de tudo, pergunte se realmente você precisa desse produto. Aproveite para organizar seu guarda roupa, estante e armário da cozinha. No caso da moda, veja se a peça que você deseja comprar pode ser coordenada com outras que você já tem.

#2

Sempre experimente a peça antes de adquirir ou analise suas especificidades antes de fechar a compra. Assim, não levará para casa uma roupa que não lhe cai bem ou um objeto que não lhe agrada e que vai ficar parada sem uso.

#3

Pesquise, seja curioso e busque o máximo possível de informações sobre a marca que fabricou a peça que você está levando. Faça sempre as seguintes perguntas antes de concluir uma compra:

CHIARA GADALETA é fundadora do Movimento Ecoera e embaixadora do Pacto Global da ONU

quem fez, como e onde foi feita a peça que vou vestir? Promova marcas que são transparentes, valorizam seus colaboradores e usam materiais mais limpos e de menor impacto ambiental.

#4

Pense a longo prazo e prefira peças de qualidade, que possam durar muito tempo. O barato sai caro. Desconfie quando o preço é muito baixo, pois o material provavelmente também deve ser de baixíssima qualidade e a mão de obra certamente não foi paga de forma justa.

#5

Leia a etiqueta e promova o que é feito no Brasil. Na crise e no mundo pós-pandemia, temos a oportunidade e a responsabilidade de valorizar produtos nacionais, colaborar com a economia local e garantir empregos. Em tempos de sustentabilidade e de urgências ambientais e sociais, cada um de nós pode e deve fazer parte das mudanças que o mundo pede. O consumo consciente é uma questão de hábito e de pequenas mudanças. Vamos juntos!


SE ESTÁ DIFÍCIL PARA NÓS,

IMAGINE PARA ELES!

O Sertão Nordestino é hoje a região do país com maior vulnerabilidade para enfrentar os efeitos da pandemia. Milhares de pessoas, neste momento, enfrentam a fome, a sede e falta total de estrutura de saúde em povoados isolados.

Utlize o QR code para fazer sua doação

AJUDE. DOE.

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CA PA


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MUSA

grandiosa

ATRIZ, BAILARINA, CANTORA E EMPRESÁRIA, CLAUDIA RAIA EMPODERA E DEFENDE AS MULHERES E CONFESSA QUE SUA FILOSOFIA DE VIDA É PLANTAR AMOR EM TUDO O QUE FAZ

FOTO TATO BELLINE

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CHANTAL BRISSAC

CLAUDIA RAIA É SUPERLATIVA. Não só no tamanho (1,79 m de altura, sendo 1,10 m de pernas), mas também nos atributos de sua personalidade. Nascida em Campinas há 53 anos, ela é uma atriz conhecida por sua exuberância, intensidade e versatilidade: além de atuar, cantar, dançar e sapatear lindamente, Maria Claudia Motta Raia é empreendedora, palestrante e produtora de seus próprios e concorridos espetáculos. Pioneira na produção de musicais no Brasil, Claudia é símbolo da mulher forte e que se reinventa a cada ano. Está sempre envolvida em novos projetos. Um de seus trabalhos, hoje, é um canal de vídeos para valorizar a mulher com mais de 50 anos, injetando poder e autoestima na parcela feminina que está no seu auge. Sua missão, como ela mesma diz, é “transformar a vida das pessoas”. E é isso mesmo: Claudia move diferentes públicos, nas mais diversas esferas. No início de julho, Claudia conversou com a 29HORAS, falou de seus planos pós-pandemia e relembrou a gostosa infância passada em Campinas, cidade natal e morada até os 13 anos.


Como tem sido esse período de isolamento? No começo do ano, eu estava em Portugal com o espetáculo "Conserto para Dois" {assim mesmo, com "s"]. Com a pandemia, eu e o Jarbas [seu marido, o ator Jarbas Homem de Mello] acabamos voltando antes do previsto porque os teatros fecharam. Voltamos e ficamos em casa direto, porque dias depois foi decretado o isolamento no Brasil. O período tem sido em casa, com a família. Fiz minha autobiografia com a Rosana Hermann, agora estamos vendo quando será o lançamento. Tenho também uma fotobiografia para ser lançada. Estou fazendo ioga, meditação, mantenho uma rotina de exercícios físicos, faço aula de balé, de canto. Tudo a distância. O que descobriu nesse período tão difícil? O que essa experiência coletiva está nos mostrando e alertando? Para mim, essa experiência está nos lembrando exatamente isso: que somos um coletivo, uma sociedade. Precisamos olhar para o lado, para o próximo, para continuarmos avançando. Nesse sentido, a pandemia é um momento de rever muitas coisas, de pensar mais no próximo, de ajudar. Acredito que quem continuar com uma postura egoísta não terá vez. Vamos melhorar porque estamos aqui para isso. Vejo com muita alegria tantas iniciativas para ajudar. Participei do Festival Ao Vivo Pela Vida e do Bazar Ao Vivo Pela Vida. que ainda está no ar, em que arrecadamos doações para o Fundo Emergencial para a Saúde e para a Ação da Cidadania, uma organização comprometida com o combate à fome. Quero muito que o sentimento de empatia e solidariedade seja o que levemos desse momento. Que mudanças pretende fazer no dia a dia após a quarentena? A pandemia me fez questionar algumas práticas. Antes eu tinha uma vida muito corrida, sempre pensando no próximo compromisso. Isso eu não quero mais. Onde eu estava querendo chegar, gente?! Costumo dizer que a gente deita na pretensão de que vai acordar no dia seguinte. Então, todo dia, quando abro os olhos, agradeço ainda mais por estar viva. Nesse momento, mergulhei na medicina Ayurveda e quero

FOTO ARQUIVO PESSOAL

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FOTO ANTONIO EVARISTO

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FOTO VINÍCIUS MOCHIZUKI

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“Eu costumo dizer que nasci com o chip da felicidade, acho que a energia vem daí. Eu amo a vida, amo viver. Isso é um combustível incrível”

ma aprofundar cada vez mais nela, além de continuar com a prática de ioga e meditação – que intensifiquei também.

Quais são os projetos para o segundo semestre e para 2021? Tenho um projeto de apresentações de teatro, tanto adulto quanto infantil, e de shows em drive in. Por enquanto, ainda não sabemos quando poderemos estar de volta a uma sala de teatro. Então, como produtora, estou pensando em alternativas. Eu e Jarbas apresentaríamos o espetáculo "Conserto para Dois", que teria sua segunda turnê nacional quando voltássemos de Portugal. Mas com a pandemia os planos foram adiados.

FOTO REPRODUÇÃO

Na outra página, Claudia Raia na academia de sua mãe na infância, e com o marido, Jarbas. Acima, a atriz no espetáculo "Conserto para Dois" e, ao lado, com seus filhos, Enzo e Sophia

Fale um pouco sobre Campinas, onde você nasceu... Eu vivi em Campinas até os 13 anos. Passei minha adolescência em Nova York e na Argentina e depois vim morar em São Paulo. Mas a infância foi toda em Campinas. A academia da minha mãe (Dona Odette Raia, que faleceu aos 95 anos há um ano) era na rua Barão de Jaguará com a Ferreira Penteado, um lugar bem no centro, maravilhoso. Eu vivia dentro da academia de dança da minha mãe, fazendo aula, dançando, participando de eventos e desfiles. Minha mãe era muito enaltecida na cidade, nós éramos responsáveis por tudo que era relacionado a evento de cultura, de música e de dança. Foi uma infância muito feliz.


CA PA

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O que você aprendeu de mais valioso com a sua mãe, a dona Odette? Aprendi a ser uma pessoa que busca seus sonhos, que corre atrás do que quer. Aprendi a respeitar os outros e saber que há espaço para todo mundo. Ela nunca quis cortar minhas asas, me limitar, pelo contrário. Sempre me deu suporte: abriu a porta da gaiola para que eu voasse. Tanto que permitiu que eu fosse para Nova York estudar balé quando tinha 13 anos. Eu perturbei tanto, que ela percebeu que não conseguiria me conter e me incentivou. E eu busco fazer o mesmo com meus filhos (Enzo, de 23 anos, e Sophia, de 17). Minha mãe é minha grande inspiração na vida. Como nasceu o projeto de vídeos sobre a mulher 50 +? Pouco se fala no Brasil sobre a mulher com mais de 50 anos. Lá fora é comum elas estarem nas capas de revistas, produzindo, atuando... Aqui nós caímos em uma espécie de ostracismo e ressurgimos como fênix aos 70, 80 anos. Mas eu não quero isso. Estou no meu auge, produzindo, trabalhando com o que amo, realizada pessoal e profissionalmente. Eu sentia essa lacuna. Então, pensei: por que não começar eu mesma a falar sobre essas coisas? E foi o que eu fiz. Como tem sido o resultado? Maravilhoso. Muitos dos vídeos ultrapassaram a marca de 200 milhões de visualizações. As mulheres ficaram felizes de ver essas questões postas ali. Me deu uma sensação boa de dever cumprido, sabe?!

imagina! Sinto que as pessoas, às vezes, ainda ficam presas a esses estereótipos.

São muitos os estereótipos para as mulheres, inclusive de padrões de beleza. Na Europa, é mais elástico, como no caso de assumir os cabelos brancos. Você usaria? Eu acho justamente que não tem regra. A gente precisa mostrar cada vez mais que a idade é um número e não deve ditar a maneira como a gente se veste, como corta o cabelo, como usa maquiagem... O grannyhair, que é como chamam a tendência do cabelo branco, é algo que vai além da idade. Acho charmoso, acho lindo. Se você quer usar dessa forma, vai lá e usa, não importa o que vão dizer. Eu não deixo essas coisas me limitarem,

Antes da pandemia, você vinha fazendo muitas palestras sobre empreendedorismo. Me conta um pouco sobre isso? Eu comecei a empreender desde muito nova. Quando percebi que ninguém investiria no meu sonho como eu, fui entender como se produzia um espetáculo e comecei a enveredar por esse caminho. De lá até agora, produzi todos os meus espetáculos e outros projetos. As palestras são uma outra forma de compartilhar a minha experiência, ajudando as mulheres a trilhar essa estrada. Podemos ocupar qualquer espaço. Que a gente tenha mais mulheres como CEOs, mais personagens femininas

plurais e de idades diversas, mais jogadoras de futebol, apresentadoras, escritoras, cineastas, diretoras...

Você comentou que congelou seus óvulos porque pensa na possibilidade de ter um terceiro filho. Existe esse projeto? Eu não me fecho para nenhuma possibilidade. Justamente por isso, congelei meus óvulos. Há, sim, a vontade de ser mãe mais uma vez. Hoje estamos desconstruindo essa idade ideal de maternidade. Eu tenho essa vontade de aumentar a família, mas ainda não tenho uma data. Por enquanto, é mesmo, uma vontade. De onde vem toda a sua energia? Eu costumo dizer que nasci com o chip


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da felicidade (risos). E é isso, eu sou feliz. Acho que a energia vem daí. Eu amo a vida, amo viver. Isso também é um combustível incrível.

Qual é a sua filosofia de vida? Eu sou budista e influenciada por essa filosofia. O meu mantra é o mantra do budismo “Nam-myoho-rengue-kyo”, que quer dizer “Peço perdão de todas as minhas causas passadas, harmonia com o Universo e fusão com Deus”. Sou uma pessoa muito grata, que sempre olha o copo meio cheio, sabe!? Planto amor em tudo o que faço, busco um olhar atento para o outro, cuido das pessoas, estendo a mão e também aplaudo o momento do outro. Saber ajudar, enaltecer e se alegrar pelo outro é uma das belezas da vida. Falando em ajudar, li que você sempre gostou de levar marmita, uma mania sua, também para os colegas de trabalho nas novelas. Você tem esse lado mãezona? Tenho esse lado, adoro cuidar de quem está ao meu redor. Falo que é importante levar a comida, dou conselhos, dou colo... Eu cuido em todos os aspectos, me apego, trago para debaixo da minha asa. Quando você começou a ficar conhecida como a rainha da marmita? Eu levo marmita desde sempre. E para todos os lugares. Eu levo porque assim eu sei o que estou comendo e evito comer qualquer coisa na rua. Além de essa ser uma maneira de criar uma rotina de alimentação, né? Como estou sempre com minha comida, respeito os intervalos das refeições e me alimento bem. Brinco com minha nutricionista, Gabriela Ghedini, que sou o orgulho da nutri. E sou mesmo (risos). Como é sua dieta? E quando chuta o balde? Na hora de montar minha dieta, a Gabriela respeita o meu paladar. Por exemplo, se ela coloca uma fruta, coloca também algo salgado, como uma castanha-do-pará salgada. Eu chuto o balde com salgado. Amo massa, gente! Mas eu bebo muita água, que ajuda a evitar a retenção de líquido, assim como chá de hibisco, chá verde. E se em algum dia eu chuto o balde, uso a lei da compensação.

Jogo rápido Quem é Claudia Raia? Uma mulher brasileira, lutadora, empreendedora, que acredita no ser humano, positiva e fundamentalmente sonhadora e realizadora dos seus próprios sonhos. Qual é a sua missão? Transformar a vida das pessoas. Eu costumo dizer que os artistas são médicos da alma. A pessoa que entra no seu teatro sai de lá transformada. Essa é a minha missão: levar o sonho, a alegria, a elevação da alma de cada pessoa que está ali ouvindo a história que estou contando. Seu sonho maior... Que o mundo entenda que não é mais um dia. E sim menos um dia. E que tudo gira em torno do amor. Não do ódio, da ganância. Só o amor vai trazer paz, serenidade, paciência, resiliência. Meu sonho é encontrar esse mundo mais cheio de amor.



hora

CAMPINAS

O MELHOR DA REGIÃO DE CAMPINAS

ESCANEIE E FAÇA UMA IMERSÃO EM CAMPINAS NA NOSSA PLAYLIST ESPECIAL

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Coração campineiro

PATRIMÔNIO CULTURAL A Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, formada por 75 músicos, é uma das mais dinâmicas do país, com 90 anos de história. Foi reconhecida como patrimônio imaterial pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural da cidade. Durante o isolamento social, os músicos têm atuado de forma remota e se reinventado. “Apresentamos online a ópera ‘O Guarani’, do compositor campineiro Carlos Gomes, em comemoração aos 100 anos de estreia da ópera em Milão, fizemos também o vídeo do aniversário de 246 anos de Campinas. Dessa forma, mantemos o vínculo com nossos conterrâneos nesses tempos difíceis”, conta o maestro Victor Hugo Toro. Todos os vídeos estão disponíveis no canal do Youtube "Cultura Abraça Campinas", da Secretaria de Cultura da cidade.


HORA CAMP INAS

FOTO LEONARDO BOCONI

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Gustavo Müssnich, Diretor-Presidente do Aeroporto Internacional de Viracopos


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AEROPORTO

Em direção aos novos tempos Diretor-Presidente de Viracopos, Gustavo Müssnich, explica medidas sanitárias aplicadas no aeroporto, somadas às demandas de carga e ao crescimento de passageiros POR PAULA CALÇADE

EM 2012, o então Diretor de Engenharia,

Gustavo Müssnich, enfrentou o desafio de construir um novo terminal para 25 milhões de passageiros em 20 meses. Hoje, como Diretor-Presidente da Aeroportos Brasil, concessionária que administra o aeroporto, a importância de Viracopos (VCP) é percebida. O aeroporto inaugurou, antes da pandemia, uma nova ala internacional, com uma estrutura de re-check-in para conectar desembarques internacionais com voos nacionais. Investiu R$ 6 milhões nas obras e em novos equipamentos de raio X e softwares, e anunciou a conexão com novos destinos no exterior. Os resultados foram a aprovação do público e, até então, o crescimento constante no número de passageiros. Com a chegada da Covid-19, Viracopos implementou uma série de medidas de segurança para reforçar o combate ao contágio. Ações como ampla higienização, avisos sonoros e sinalização de distanciamento se somaram a uma desinfecção especial de três horas nas áreas comuns sempre antes dos horários de pico operacional, que ocorre pelo menos três vezes ao dia e, mais recentemente, à instalação de totens de álcool gel nas áreas publicas e restritas do aeroporto. Essa logística mantém o aeroporto como principal porta de entrada de mercadorias vindas do exterior para o Brasil, como

medicamentos, equipamentos de combate ao coronavírus e alimentos. “O aeroporto cumpre, desta forma, seu papel de promover as melhores medidas que levem o cliente a optar por Viracopos, sem nunca nos esquecermos do conforto e da eficiência”, ressalta o executivo. O aeroporto é o primeiro do país com certificado da ISO 2001:2015 em cargas e passageiros, um sistema que garante a otimização de processos na aviação. Orquestrar o atendimento cada vez maior de passageiros em meio à conhecida demanda de cargas e, agora, intensificar os cuidados sanitários é o desafio incorporado pela gestão do aeroporto. “Os investimentos são direcionados com base nas pesquisas de satisfação e experiência dos clientes”, explica. A eficiência fez o aeroporto ser escolhido pela segunda vez consecutiva como o melhor do Brasil em avaliação realizada pelo Governo Federal no início deste ano. São mais de 30 quesitos checados pelos passageiros, como limpeza, conexão de wi-fi e pontualidade. Recentemente, o Aeroporto Internacional de Viracopos obteve também a maior nota já recebida por um operador aeroportuário em auditoria realizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) sobre a segurança operacional, que avalia uma série de medidas para reduzir

o risco de acidentes na aviação. Do total de 230 pontos possíveis na auditoria, o aeroporto obteve 223 pontos. Viracopos integra ainda o “Acordo Ambiental de São Paulo” para redução de emissão de gases de efeito estufa. “Embaixo das pontes de embarque, há uma fonte de energia elétrica e um ar-condicionado que permitem que a turbina da aeronave pare totalmente quando o avião estaciona no aeroporto, diminuindo em toneladas a emissão de CO2”, sinaliza o Diretor-Presidente. A sustentabilidade é um dos pilares para o crescimento do aeroporto.

A RETOMADA A recuperação da aviação apresenta tendência de crescimento gradual após a queda registrada a partir de março por causa da pandemia. A retração no movimento de passageiros em Viracopos, entretanto, foi menor comparada aos outros aeroportos, e VCP está se mostrando o mais promissor nessa retomada, com um crescimento de mais de 42% nos dois últimos meses. Hoje, o aeroporto opera mais de 100 destinos nacionais e internacionais, como Lisboa, em Portugal, e Fort Lauderdale, nos Estados Unidos, com uma média de 100 voos por dia.


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HORA CAMP INAS

Experiência em casa

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GASTRONOMIA

Restaurantes locais e casas tradicionais da cidade investem em entrega própria, menu reduzido e atendimento personalizado na pandemia POR PAULA CALÇADE A GASTRONOMIA faz parte do DNA de

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Campinas. Antes da Covid-19, o número de eventos focados no turismo gastronômico triplicou nos últimos três anos. Um levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Econômico mostra que em 2017 foram realizados 11 eventos desse tipo na cidade, número que subiu para 17 no ano seguinte e para 19 no ano passado. Além de sediar festivais e encontros, Campinas abriga restaurantes de chefs renomados, como o Duke Bistrot, de Érick Jacquin, grandes redes e iniciativas locais que têm se reinventando durante o isolamento prolongado. Veja a seguir alguns desses bons serviços de delivery da cidade:

Com todo cuidado Para aqueles que apreciam opções picantes, o restaurante asiático Lagundri intensificou o serviço de entrega também para as cidades próximas a Campinas, como Itatiba, Paulínia, Valinhos e até Sorocaba. “Não medimos esforços!”, enfatiza o dono, Ricardo Amaral. A casa pretende seguir

apenas na modalidade de delivery e retirada até o fim da pandemia. “Quando houver cura ou tratamento eficaz para este vírus, vamos reabrir”. De quinta a sábado, o restaurante oferece jantar e, aos domingos, atende apenas no almoço. Os destaques são o Satay Kai, espetinhos de frango com curry e amendoim; o Ninhos do Dragão, canapés empanados feitos com as carnes do pernil suíno e camarão envoltos em alga nori; além do Mie Goreng, um clássico indonésio à base de noodles fritos. Para todos os pratos, os clientes customizam o grau de pimenta de 0-4 e, para curries, de 1-4. O Thai Banana Soup feito com bananas, leite de coco, especiarias e sorvete; e o Gulab Jamun, um bolinho de leite indiano servido em calda com especiarias, são doces que surpreendem para a sobremesa. Os pedidos devem ser feitos no WhatsApp (19) 98254-3545.

LAGUNDRI - Rua Sampainho, 58 - Cambuí, Campinas

Do shopping à mesa No almoço e jantar de toda a família, a filial campineira da rede cearense Coco Bambu atende todos os dias com uma frota própria de motoboys, que agiliza a entrega. O menu foi adaptado para o delivery e os best-sellers da casa são o Camarão Coco Bambu, prato com camarões recheados com catupiry e empanados, servidos com arroz ao molho branco, em duas versões para 3 ou 6 pessoas, e o Bacalhau com Natas, um lombo de bacalhau em lascas sobre fatias de batata inglesa envolvido em nata e gratinada com queijo parmesão. Para a sobremesa, a Cocada de Forno e o pudim ao leite com ameixas, disponível nos tamanhos individual e grande, são os destaques. Os pedidos podem ser feitos pelo iFood e pelo telefone (19) 3252-8844. O restaurante também está aberto para retiradas (take away). COCO BAMBU - Shopping Iguatemi, Av.

Iguatemi, 777 - Vila Brandina, Campinas


FOTO FABIANA MURGEL

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Nápoles na geladeira A Lastro Pizzaria é especialista em pizzas napoletanas de longa fermentação. As massas são feitas a partir de farinha italiana tipo 00 e passam por um processo de 48 horas de fermentação antes de serem assadas no forno a lenha. O delivery opera exclusivamente via iFood, todos os dias da semana, das 18h às 23h. No início de julho, uma nova linha de produtos foi lançada, a Lastro Vouto, pizzas embaladas a vácuo, prontas para serem assadas no forno, que duram até 3 dias na geladeira e são muito práticas. “As pizzas levam menos de 20 minutos para ficarem prontas. Preparamos uma cartilha simples com todas as instruções, auxiliando o cliente a realizar esse preparo. É uma forma que encontramos de atender essa demanda e, ao mesmo tempo, levar a experiência para a casa”, conta Daniel Gaio, sócio da Lastro Pizzaria. Outro destaque do cardápio semipronto é o Kit Burrata, que contém burrata, molho de tomate, molho pesto, tomatinhos cereja, folhas de manjericão e um corniccione.

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LASTRO PIZZARIA - Av. Santa Isabel, 570 - Barão Geraldo e Rua José Villagelin Junior, 19 - Cambuí, Campinas

Volta ao mundo culinária Na mitologia indiana, os wãlakhilyas são seres pequenos e fortes, como os condimentos que dão cor e sabor aos pratos. O Wãlakkhilya Kafé & Bistrô é um restaurante que valoriza a presença dos temperos nos pratos com inspiração na Ásia e no leste europeu. Além de executivos para o almoço de segunda a sexta, o cardápio oferece opções livres de glúten e lactose, grelhados, massas, saladas, chás especiais, sucos funcionais, sobremesas e até cervejas artesanais - tudo entregue pelas chefs da casa, Gabrielle Beatriz Jung e Flávia Palmonari. “Preferimos fazer dessa forma para garantir a segurança de todos, nossa e dos clientes, assim reduzimos o risco de contaminação no transporte. E oferecemos um atendimento mais cuidadoso, completamente personalizado”, conta Flávia.

Os destaques da casa são o arroz tailandês nas versões com camarões e cogumelos, mignon e vegano; e o Goulash, um prato executivo com inspiração na culinária húngara, com carne marinada na cerveja, páprica picante e alecrim, acompanhada de arroz com açafrão. Para a sobremesa, as deliciosas tortas de maracujá e de limão cobertas com chocolate amargo são as queridinhas do público, além do pão doce com amêndoas laminadas, passas e açúcar mascavo. Os pedidos devem ser feitos diretamente no WhatsApp (19) 998141-9384.

WÃLAKKHILYA KAFÉ & BISTRÔ

Av. Santa Isabel, 1.834 - Vila Santa Isabel, Campinas


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Vozes da cidade

As dicas e os segredos de quem adora a região

BLÉQUE

POR RENATA NEGRÃO*

As boas compras da região Quatro descoladas lojas boutique, marcas autorais, designers e artistas de Campinas

SAINT STUDIO

Bléque “Nossos produtos são de baixo impacto para o planeta e muita qualidade. Somos um ateliê local de Campinas e vendemos acessórios, sapatos e bolsas. Ganhamos o Prêmio Ecoera 2019 na categoria planeta e o prêmio Abit Calçados na categoria design de pequenas empresas. A seguir, compartilho outras marcas autorais da nossa região. É muito bom ver a nossa cidade crescendo e apreciar o trabalho de pessoas daqui.” Rua Areias, 29 - Cambuí, Campinas. Compra online @blequeoficial

Saint Studio “É uma marca local super minimalista e que eu adoro. Estou sempre de olho na loja linda, que fica no coração do Cambuí. A modelagem minimalista das peças, com tons monocromáticos em preto, branco e cinza me encantam!”

SANTA COSTURA DE TODOS OS PANOS

Rua Dr. Carlos Guimarães, 496 – Cambuí, Campinas. Compra online @saintstudio

Santa Costura de Todos os Panos “Eles trabalham com malharia, como cardigans, suéteres e camisas de botões, é uma marca perfeita para a estação! São roupas confortáveis e modernas, que trazem muito estilo.” Rua Dr. Vieira de Bueno, 156 – Cambuí, Campinas Compra online @santa_costura

Lapima “Além de terem a fábrica própria aqui em Campinas, fazem os óculos de sol mais ousados e criativos que já vi, com armações e cores que são tendências!” Avenida Dr. Hermas Braga, 96 – Nova Campinas, Campinas. Compra online @lapimaofficial *RENATA NEGRÃO é empresária, designer da Bléque e influenciadora de moda

LAPIMA

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T EC N O LO G I A

O “senhor” dos anéis

Com seu enorme formato circular, acelerador de partículas Sirius consolida Campinas como capital da ciência nacional e produz as primeiras imagens em 3D de uma das principais proteínas do coronavírus

POR KIKE MARTINS DA COSTA

CAMPINAS É UM DOS PRINCIPAIS POLOS tec-

nológicos do país. Cerca de 15% de toda produção científica nacional é originária da cidade, que concentra centenas de entidades de pesquisa e empresas do setor de tecnologia. E a grande estrela dessa constelação é Sirius, um acelerador de partículas no formato de um gigantesco anel, do tamanho do estádio de futebol, com 518 m de circunferência, 15 m de altura e 68 mil m2 de área construída. O nome Sirius é uma referência à estrela mais brilhante do céu noturno, e tem tudo a ver com o principal “produto” desse moderno laboratório: a geração de luz síncotron. Quando circulam pela estrutura, os feixes de elétrons formam raios de luz que ajudam na análise da estrutura de materiais orgânicos e inorgânicos, como rochas e células vivas, ao serem observados

em um poderoso microscópio. As pesquisas feitas ali estão no limite do que a física permite e alcançam escalas mínimas, no nível das partículas elementares (átomos, moléculas e outros nanocomponentes). O projeto brasileiro tem a luz mais brilhante do mundo, de qualidade incomparável, e um zoom único. Apenas em Lund, na Suécia, existe outro equipamento tão potente. Por meio dos campos magnéticos, os elétrons são impulsionados até atingirem a velocidade de 1 bilhão de km/h. Os feixes de luz síncotron produzidos têm diâmetro 35 vezes menor do que o de um fio de cabelo. Na prática, aceleradores são usados para diversas aplicações na indústria e nas áreas de Física, Biologia, Medicina, Ciência dos Materiais e Química, entre outras. Na Saúde, permite um maior

entendimento sobre bactérias e unidades intracelulares de organismos, etapa vital na fabricação de novos medicamentos e no combate de doenças como o câncer e o Mal de Alzheimer. Em julho, por exemplo, uma equipe do Sirius gerou imagens em 3D das estruturas da 3CL, uma das principais proteínas do coronavírus e, com isso, cientistas terão novos elementos para descobrir como bloquear a replicação do Sars-CoV-2 dentro do corpo humano e encontrar a cura da Covid-19. Na área de Energia, o Sirius pode colaborar na criação de novas técnicas de exploração de petróleo e gás e no desenvolvimento de novos materiais, mais leves e eficientes, para a produção de baterias e para a geração de energia solar. Já na Agricultura, as pesquisas desenvolvidas ali auxiliam nas análises de solo e na descoberta de fertilizantes mais eficientes e ecológicos. Situado às margens da SP-340 (rodovia Adhemar de Barros), o Sirius integra o campus do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e custou R$ 1,8 bilhão para ser construído. As obras começaram em 2012 e o início das operações deste marco da ciência e da pesquisa brasileira aconteceu em novembro de 2019.


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VIAGEM

Sinta-se um barão do café Fazenda Águas Claras, em Itapira, é um hotel com o selo da associação Roteiro de Charme e é o lugar ideal para quem busca sossego e ar puro em uma centenária propriedade rural

POR KIKE MARTINS DA COSTA

DESDE MEADOS DO SÉCULO XIX, a Mogiana é o berço de

alguns dos melhores cafés do Brasil. E um dos mais importantes produtores dessa região naquela época era a Fazenda Águas Claras, fundada em 1870 pelo comendador Araújo Cintra. Instalada nos contrafortes da Mantiqueira, a maior parte da propriedade fica em altitudes superiores aos 1.000 m, com aquele friozinho gostoso de noite. Com muitas nascentes de água cristalina – não por acaso as fontes de água mineral de Águas de Lindoia ficam a poucos quilômetros dali - os trechos de mata nativa que ainda resistem intocados são o lar de animais como capivaras, veados-mateiros, siriemas e até mesmo onças. Na década de 1940, uma segunda sede foi erguida, maior e mais confortável. Por causa das várias crises da cafeicultura brasileira, a fazenda acabou tendo vários proprietários e foi se deteriorando, até que, em 1979, a propriedade foi adquirida pela família Aranha Barbosa, que a converteu em um exclusivo hotel com menos de dez quartos. A reforma envolveu uma cuidadosa restauração, para preservar as características originais dos casarões históricos, com suas estruturas aparentes de madeira nobre, paredes de taipa de pilão e portas e janelas ornamentadas com altos-relevos.


Hoje, os hóspedes têm também a seu dispor dois bangalôs mais afastados, com lareira e banheira de hidromassagem – ideais para casais apaixonados – e uma casa rural, perfeita para famílias, com três quartos, cozinha, ducha no quintal e varanda com vista para o lago. Se você é do tipo que gosta de acomodações de luxo, com amenities de grifes europeias, alta gastronomia, talheres de prata e porcelanas finas, este com certeza não é um lugar para você. A Hospedaria da Fazenda Águas Claras oferece aos seus hóspedes a oportunidade de vivenciar uma experiência imersiva em uma autêntica fazenda cafeeira do século XIX. Os quartos são confortáveis, mas sem ostentação e futilidades. Todos têm TV via satélite, dock station, wi-fi, frigobar, camas fofas, janelões amplos e sabonetes e xampus da Granado. Já a oferta de comidas é uma festa para quem aprecia receitas caseiras, reconfortantes, sem gourmetização e com muito sabor. O café da manhã tem café fresco no bule, pão de queijo assado na hora, bolo saindo do forno e frutas orgânicas recém-colhidas no pomar. Quem quiser pode pedir ainda tapiocas e ovos mexidos ou omeletes. Na hora do almoço, as cozinheiras vão te enfeitiçar com outras delícias do repertório caipira – como a leitoa a pururuca, a galinhada e a carne seca com abóbora – e nas noites de sábado a melhor pedida é o festival de pizzas preparadas no forno a lenha. Quer mais? No fim da tarde, é servido um lanche, com mais gostosuras preparadas na hora, como o ultracremoso chocolate quente e o inacreditável bolo de pão de queijo! De dia, a garotada se diverte andando a cavalo, pedalando até o mirante ou se esbaldando nas cachoeiras e na piscina. Quem quiser, pode participar de pescarias, acompanhar a ordenha das vacas ou ver de perto como é feito o beneficiamento e a torrefação dos grãos de café. O hotel tem ainda quadras de tênis, caiaques para quem quiser remar no lago e uma sauna - mas essa atividade deve permanecer interditada pelo menos até a descoberta de uma vacina para deter a disseminação do novo coronavírus.

FOTOS DIVULGAÇÃO E KIKE MARTINS DA COSTA

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Tudo na Fazenda Águas Claras é rústico, mas muito aconchegante e convidativo: desde a piscina e os quartos às varandas e à cachoeira natural

Desde 2001, a Hospedaria Águas Claras pertence à Associação de Hotéis Roteiros de Charme, entidade reconhecida pelo compromisso de aliar conforto e qualidade de serviços e que tem apoio da Unep (United Nations Environment Programme) pelo seu Código de Ética e Conduta Ambiental. O projeto de adaptação da Fazenda Águas Claras para o turismo rural se guiou por critérios como a valorização histórico-cultural, a manutenção das atividades agrosilvopastoris e a preservação da natureza. As diárias começam na faixa dos R$ 800 (para os apartamentos na casa-sede) e vão até os R$ 1.200 (pelos espaçosos e modernos bangalôs da colina).

FAZENDA ÁGUAS CLARAS

Rodovia SP147, km 35 (entre Itapira e Lindoia). As reservas podem ser feitas pelo telefone (19) 4126-0870 ou pelo site www.fazendaaguasclaras.com.br.


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GASTRONOMIA

Queijos garimpados Produtores oferecem laticínios premiados e artesanais, disponíveis para entrega sem perder a experiência de fazenda O NOME É SUGESTIVO: Queijos e Amigos.

Guto Campos e Carolina Nalin tinham o hobby de garimpar os melhores queijos e propor degustações para amigos. A ideia agradou tanto que começaram a promover essas experiências em condomínios, cervejarias, eventos e na casa de pessoas que queriam desfrutar uma gostosa experiência com esses produtos. “Percebemos que as pessoas têm muita conexão afetiva com os queijos”, conta Guto. E o que era paixão, então, se transformou em escolha profissional. Hoje, a marca comercializa queijos e produtos lácteos em toda a região de Campinas. São queijos de vaca, búfala, ovelha e cabra, e variam de acordo com as estações, em diferentes tipos de maturação. A dupla propõe, também, harmonizações com geleias e pães de fermentação natural.

Os destaques são o queijo da Canastra do sr. Miguel, premiado na França; a Burrata laureada no Prêmio Queijo Brasil; os produtos de leite de búfala do Laticínio Montezuma; os queijos de ovelha, incluindo queijos tipo Camembert e Boursin; e uma linha completa de queijos de leite de vaca e cabra do laticínio Serra das Antas, que foi o mais premiado no 1° Mundial de Queijos do Brasil de Araxá, em agosto do ano passado. “Um dos vinte queijos premiados na categoria máxima, Super Ouro, é o queijo tipo Taleggio e nós também temos à venda. O queijo brasileiro tem uma qualidade fantástica!”, exalta Carolina.

O esquema de delivery da Queijos e Amigos para Campinas e região funciona por meio de pedidos pelo telefone (19) 99194-7726 e instagram (@queijoseamigos).

De Minas para casa Há três décadas, o sítio São Benedito, em Itapeva (Minas Gerais), introduziu as primeiras vacas da raça Jersey na região para produção leiteira. Em 1994, Edeval Benati, patriarca da família, criou a marca Cuitelo Real, produzindo queijos prato, meia-cura, nozinho e fresco. Os filhos Bruno e Enzo conheceram a produção na infância e, hoje, perpetuam os segredos dos deliciosos produtos. Com uma alimentação baseada em pasto, as dez vaquinhas Jersey lactantes produzem um leite encorpado, com mais nutrientes e com diversas bactérias da região, garantindo sabor e textura característicos. Todo dia às 6 horas da manhã, como conta Enzo, o leite é ordenhado. “Do curral, o leite parte para a queijaria. Da cozinha, o leite se transforma em Cuitelo Real, e de lá saem quatro tipos de queijos; Cuitelinho, Cuitelo 60, Cuitelo Casca Florida e Boursin, além do iogurte, geleias e o Doce de Leite Cuitelo Real”. A marca conquistou Medalha de Ouro e Bronze no Prêmio Queijo Brasil 2019, com os queijos Cuitelo 60 e Cuitelinho. Bruno e Enzo fazem entregas mensais em Campinas e São Paulo e é possível encomendar as delícias pelo telefone (35) 9203-3163 ou pelo instagram do laticínio (@cuiteloreal). (PAULA CALÇADE ) FOTO DIVULGAÇÃO

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CO LUNA

kikecosta@uol.com.br

POR

Agora é agro FOTO SHUTTERSTOCK

Kike Martins da Costa

Prosa rápida Campo no ar Em cartaz desde o final de junho, o AgroMais estreou no line-up das principais operadoras de TV por assinatura do país. O canal tem 100% de sua grade dedicada às informações do universo rural. Além de boletins meteorológicos, tem atrações apresentadas por jornalistas especializados em segmentos como pecuária de corte e de leite, avicultura, suinocultura, cultivo de soja, de milho e de café.

Na pandemia, agronegócio é a salvação da lavoura Crise do coronavírus causa menores impactos econômicos nas regiões do país onde a produção agropecuária é mais representativa Além de causar a morte de dezenas de milhares de pessoas, a crise gerada pelo coronavírus também gerou sérios danos à economia brasileira. Mas algumas regiões sofreram de maneira diferenciada. Em abril e maio – o auge das paralisações impostas na tentativa de conter a expansão da pandemia - a atividade econômica no país como um todo teve uma retração de 15,29%, segundo o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), indicador mensal que a instituição usa para monitorar o ritmo da economia. Nesse período, estados como Amazonas e Ceará registraram quedas de 21,44% e de 15,89%, respectivamente. Por outro lado, em unidades da federação onde o agronegócio é a base da economia, o tombo foi bem menor. Em Goiás, por exemplo, foi de 4,4%. A região Centro-Oeste – maior produtora de soja e carne - viu sua atividade econômica encolher em média "apenas" 6,16%.

Na Bahia, onde a produção de algodão e de frutas para exportação vem adquirindo um peso cada vez maior na economia do estado, a queda foi de 4,99%, e no Paraná, líder na produção de trigo e de milho, o baque foi de 11,12%. Já no industrializado estado de São Paulo, além da redução de 11,92% na atividade econômica, o pior efeito da pandemia no interior foi o surto de desemprego no setor de eventos do universo country & sertanejo. Várias festas de peão estão sendo adiadas - como a de Barretos, que foi reagendada para outubro. Mas, na maioria dos casos, esses eventos já tiveram suas edições 2020 definitivamente canceladas, pois os rodeios em geral acontecem entre março e agosto – o período menos chuvoso no Sudeste. Com isso, milhares de profissionais ficaram sem renda, como montadores, salva-vidas, músicos e pequenos comerciantes.

Colheita noturna O Miolo Reserva Sauvignon Blanc safra 2020 é um vinho elaborado a partir de uvas colhidas durante a madrugada. A operação começa às 3h30 e termina às 6h30. “A colheita noturna evita a oxidação e mantém o frescor das uvas. Dessa forma, conseguimos extrair os melhores aromas e sabores dos cachos de Sauvignon Blanc”, relata o enólogo Miguel Almeida, que trabalha na unidade da vinícola Miolo em Candiota (RS), na região da Campanha Meridional.

Açaí paulista O sítio de Nelsindo Gonzalez, em São José do Rio Preto, em São Paulo, parece um pedaço da Amazônia ou da Mata dos Cocais, com a vegetação típica dos estados do Maranhão e do Pará. É que cinco hectares da propriedade são ocupados por milhares de palmeiras de açaí. Isso mesmo: agora o superpoderoso frutinho amazônico começa a ser produzido no interior de São Paulo! Nelsinho planeja ampliar a área plantada para 7 hectares. Depois de processado, seu açaí é comercializado na forma de polpa, pronta para o consumo.



o melhor

de

SÃO PAULO

P R O G R A M A S PA R A TO DA S A S H O R A S D O M Ê S

DE VOLTA ÀS VELHAS E BOAS MARMITAS

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Restaurantes de gastronomia elaborada, como o Animus, da chef Giovanna Grossi, embalam suas criações em charmosas e práticas marmitinhas para atender sua ainda receosa clientela pág.42

ARTE

COMIDINHAS

DOCES

STAYCATION

Arca recebe exposição drive thru para ser visitada de carro pág.42

Ko Burger serve caprichados sandubas de Kobe Beef pág.43

Capim Santo lança pudins em deliciosos sabores

Está de férias e não vai viajar? Explore São Paulo

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GASTRONOMIA

Felicidade que cabe numa marmitinha

Chef Giovanna Grossi, do restaurante Animus, embala em marmitinhas suas receitas reconfortantes e elaboradas com ingredientes da melhor qualidade O Animus é o primeiro restaurante da chef Giovanna Grossi, principal nome do Bocuse D’Or no Brasil. Lá, ela prepara receitas de inspiração artística, com ingredientes em seu ápice, rigor técnico e apresentação caprichada. Agora nesses tempos de delivery, oferece marmitinhas com receitas comfort e algumas de suas criações. Tem picadinho de fraldinha, arroz, farofa de banana, couve e ovo confitado (R$ 25), moqueca de peixe e camarão com arroz, farofa de banana e tomate confitado (R$ 29), cordeiro com arroz cremoso de cogumelos, farofinha de bacon, coalhada artesanal e picles de cogumelos (R$ 27) ou ainda polvo e camarão em molho de laranja, com purê de batata doce picante assada e farofinha de bacon (R$ 35, foto). Para os veggies, tem quinoa cremosa com caponata de berinjela, coalhada da casa e picles de cebola (R$ 22). Na seção dos parmegianas, tem bife de alcatra (R$ 24), filé de frango (R$ 20), berinjela (R$ 18) e camarão (R$ 26), todos acompanhados de arroz com chips de batata. �F Rua Vupabussu, 347, Pinheiros. Pedidos pelo WhatsApp 98181-5270 ou pelo aplicativo Goomer

ARTES PLÁSTICAS

Exposição sem sair do carro

Na cidade onde o automóvel é o melhor amigo do homem, galerista promove mostra de pinturas para ser observada sem que seja necessário sair do veículo A DriveThru.Art é uma exposição de arte em formato drive thru que reúne obras de 18 artistas de diferentes gerações, técnicas e pesquisas no galpão da Arca, na Vila Leopoldina. O espaço, com mais de oito mil metros quadrados, recebe até o dia 9 o projeto idealizado pelo galerista Luis Maluf juntamente com Mauricio Soares e Mário Sérgio Albuquerque. A visitação deve ser feita a bordo do seu carro, por causa do distanciamento social imposto pelo atual cenário da pandemia. Com hora marcada, os automóveis percorrem um circuito criado por entre obras de artistas que trabalham em torno de questões contemporâneas, como a representatividade das mulheres negras e

a urgência da preservação do meio ambiente. São pinturas, vídeos e fotografias de Acidum Project, Apolo Torres, Crânio, Criola, Edu Cardoso, Felipe Morozini, Gian Luca Ewbank, Hanna Lucatelli, Juneco Marcos, Luiz Escañuela, Nathalie Edenburg, Patrick Rigon, Raquel Brust, Ruas do Bem, Thasya Barbosa, Vermelho Steam, Vinicius Meio e Vinicius Parisi. “Em comum, eles apresentam pesquisas conectadas ao espírito do nosso tempo”, explica Maluf. �F Avenida Manuel Bandeira, 360, Vila Leopoldina, até o dia 9 de agosto, das 13h às 21h. www.drivethru. art


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LANCHES

Onde o porco é cultuado como merece FOTOS DIVULGAÇÃO

Rede Porks inaugura na Augusta mais uma unidade de seus bares dedicados aos chopes artesanais e petiscos à base de carne suína

O Baixo Augusta acaba de ganhar mais uma filial da rede curitibana Porks, especializada em petiscos elaborados com carne suína e chopes artesanais. As 11 unidades da rede

comercializam mensalmente 10 toneladas de carne suína, em sandubas, beliscos como as pururuquinhas Porkspoca (foto). Entre os sanduíches do cardápio, destaque para o Porks Bacon Burger (R$ 12, com burger de costelinha de porco, creme de cheddar e tiras de bacon crocante) e o Pernil Municipal (R$ 12, com pernil marinado por 12h e coberto com mozzarella). Já nas novidades, vale citar o Pork Burrito (R$ 16), feito com tortilha macia recheada com pernil desfiado, queijo cheddar, sour cream, cebola caramelizada e chips de batata. Para essas gostosuras descerem ainda mais fácil, a Porks oferece uma grande variedade de chopes artesanais, com preços a partir de R$ 8. Sem garçons e serviço informal, a casa trabalha também com delivery. �F Rua Augusta, 1.292, Consolação. Pedidos para delivery pelo app Rappi.

Bons drinques em chinfrosas garrafinhas

Saudades de um birinaite, né, minha filha? Tudo bem, agora a alta coquetelaria do bar Negroni está disponível para delivery, assim como suas ótimas pizzas napolitanas!

COMIDINHAS

Seu novo hambúrguer favorito

Ko Burger serve suculentos sandubas preparados com a saborosa e valiosa carne de gado bovino da raça wagyu A KoBurger é uma hamburgueria que tem como diferencial só trabalhar com burgers de kobe beef de excelente procedência. Ainda assim, consegue cobrar preços absolutamente razoáveis – partindo de R$ 16. Isso só é possível porque um dos sócios, Henry Nakaya, é criador de gado da raça japonesa wagyu. Ele comanda o negócio juntamente com os empresários Gustavo Quattrone e Eduardo Cocco. As receitas da lanchonete foram desenvolvidas pelo chef Thiago Gil, que

BAR

ensinou a equipe a produzir no local todos os molhos e condimentos usados na preparação dos lanches. No cardápio, a estrela é o Chef´s KoBurger (burger 100% Kobe, maionese da casa, cebola caramelizada, queijo prato, alface, cebola roxa, bacon crocante e molho barbecue no brioche – R$ 25). De sobremesa, ataque o brownie de Oreo (R$ 12). Para delivery, os pedidos devem ser feitos pelo app iFood. �F Rua Padre Garcia Velho, 83, Pinheiros, tel. 95203-6023.

O bar Negroni está oferecendo para entrega suas deliciosas pizzas napolitanas e, para acompanhar, vinhos e também alguns dos drinques de sua carta de bebidas. Entre os coquetéis engarrafados, destaque para o Negroni (gim, bitter italiano e vermute tinto), para o Rooibos (gim com infusão de rooibos sul-africano, bitter italiano e vermute tinto), Di Casa (gim, bitter italiano, vermute tinto e amaro) e o Caramel (gim com infusão de caramelo, bitter italiano e vermute tinto). Cada um deles é vendido em garrafinhas de 180 ml (suficiente para duas doses) e custa R$ 68. Já entre as cinco opções de pizzas do menu, os grandes hits são a Napolitana (de mozzarella com parmesão, tomate caqui, orégano fresco e azeitonas pretas, R$ 34), e a de Abobrinha Italiana (com queijo de cabra, parmesão, limão siciliano e manjericão, R$ 41). �F Rua Padre Carvalho, 30, Pinheiros. De terça a domingo das 18h às 23h. Take away pelo telefone 2337-4855 e delivery pelo app iFood.


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SOBREMESA

Pudins para adoçar o confinamento

Chef Morena Leite lança pudins tentadores e em vários sabores, exclusivos para o delivery de seus restaurantes, o Capim Santo e o Santinho Os restaurantes Capim Santo e Santinho, com eficientes serviços de delivery de pratos quentes criados pela chef Morena Leite (como as moquecas e as tapiocas), agora investe também na entrega de pudins inteiros, em diferentes sabores, para serem compartilhados. Eles são oferecidos em quatro opções: tradicional (de leite), de chocolate, de doce de leite e de castanha do Pará. Cada um custa R$ 59 e serve, em média, 6 pessoas. Os doces são entregues em embalagens especiais, na própria forma em que são assados, para garantir a integridade do produto e preservar seu visual. Após receber, basta desenformar e servir. Os pedidos devem ser feitos com antecedência de pelo menos 1 dia. �F Avenida Brig. Faria Lima, 2.705 (Museu da Casa Brasileira), Jardim Europa. Pedidos pelos tels. 3816-0745 e 98189-0082 ou pelos aplicativos iFood, Rappi e Uber Eats.

PF COM GRIFE

Batista vivencia seus dias de chef

Com menu enxuto de receitas caseirinhas e muito bem executadas, o braço direito de Claude Troisgros trabalha com cinco opções disponíveis exclusivamente para delivery

CINEMA

Crimes em série na serra e na telona

Thriller “Macabro”, sobre os assassinatos atribuídos a 2 irmãos de Nova Friburgo, faz sua estreia no autocine do Belas Artes, que também reabre as suas salas na Avenida da Consolação Memorial Além de exibir clássicos da cinematografia mundial, como “Apocalypse Now” e “2001 – Uma Odisseia no Espaço”, o Belas-Artes Drive-In também está apresentando lançamentos nacionais. Exemplo disso é o thriller “Macabro” (foto), dirigido por Marcos Prado e premiado nas mais recentes edições do Brooklyn Film Festival, em Nova York, e do Festival de Austin, no Texas. A trama do longa é inspirada na história real de Ibrahim e Henrique de Oliveira, os “Irmãos Necrófilos”, que nos anos 90 foram acusados de brutais assassinatos de oito mulheres, um homem e

uma criança, na Serra dos Órgãos, em Nova Friburgo, na Serra Fluminense. Confira os horários em www.cinebelasartes.com.br. Enquanto isso, o multiplex da Avenida da Consolação reabre suas portas dia 6, com um festival de filmes do cineasta italiano Federico Fellini, que completaria 100 anos em 2020. Boa oportunidade para rever filmaços como "A Doce Vida", "E La Nave Va" e "Amarcord". �F Rua Tagipuru, s/ nº, Memorial da América Latina (entrada pelo portão 2). Ingressos em www.sympla.com.br a R$ 65 para cada carro com até 4 pessoas.

Enquanto o chef Claude Troisgros não inaugura seu pied-à-terre paulistano, o espaço onde em breve vai funcionar o restaurante Chez Claude vem servindo para que o cozinheiro paraibano Batista, seu braço direito há 38 anos, mostre seus talentos. No cardápio do DoBatista, que só trabalha em sistema de delivery com pedidos pelo aplicativo iFood, dá para escolher entre feijoada, galinhada com angu, picadinho e estrogonofe, tudo muito bem temperadinho e embalado em práticas caixas de papelão impermeável. A comida é deliciosa, feita com sabor e com alma, em porções que saciam e não empapuçam, perfeitas para o almoço ou para o jantar. A quinta opção do cardápio é o penne do Claude, com tirinhas de filé mignon. O preço camarada é o mesmo para qualquer uma dessas alternativas: R$ 38. Ah, e não deixe de experimentar uma sobremesa que certamente vai entrar na sua lista de prediletas: os dadinhos de tapioca polvilhados com açúcar e canela e prontos para serem mergulhados em doce de leite cremoso. Hummm... �F Rua Prof. Tamandaré Toledo, 25, Itaim, tel. 3071-4228. Pedidos pelo aplicativo iFood.


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CELEBRAÇÃO

Dia dos Pais com delícias japonesas

Para as famílias celebrarem esta data, o restaurante Aizomê preparou duas opções para delivery ou para consumir no local, com incríveis criações da chef Telma Shiraishi Para este Dia dos Pais, a premiada chef Telma Shiraishi, do restaurante japonês Aizomê, oferece duas opções de cardápios, que podem ser consumidas nos salões do casarão no Jardim Paulista ou na sua casa. O kit Sukiyaki para duas pessoas custa R$ 200 e inclui 200g de contra-filé fatiado, tofu, rolinhos de acelga, horenso (espinafre japonês), ovas, flor de cenoura, cogumelos shiitake e enoki, caldo e macarrão tipo udon. A outra alternativa é uma refeição completa com entrada, prato principal e sobremesa que custa R$ 235 por pessoa e inclui tamboril e siri mole karaage no molho ponzu, kaisen ju (arroz temperado para sushi com algas, ovas, ouriço, vieiras e fatias de atum), magret de pato ao molho de laranjinha kinkan com cogumelos e vegetais da estação e, para finalizar, ópera de matchá e doce de feijão com frutas vermelhas. Garanto que o seu pai vai te admirar ainda mais se tiver a oportunidade de degustar essas maravilhas! �F Alameda Fernão Cardim, 39, Jardins. Reservas e pedidos até o dia 7 pelo tel. 2222-1176 ou pelo WhatsApp 97247-3862.


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V I AG E M S E M SA I R DA C I DA D E

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Explore São Paulo como um turista Agora que somos ‘persona non grata’ em vários países, o negócio é se divertir por aqui mesmo. Descubra uma São Paulo que muitos estrangeiros conhecem e pela qual nós, brasileiros, jamais nos aventuramos

POR KIKE MARTINS DA COSTA ENQUANTO O “NOVO NORMAL” ainda impõe restrições para quem pretendia viajar para alguns destinos distantes, uma nova e interessante modalidade de turismo surgiu nos Estados Unidos: a “staycation” – fusão dos termos ‘stay’ (ficar) com ‘vacation’ (férias). Aproveite esse momento para conhecer algumas atrações da capital do estado, São Paulo, que poucos brasileiros visitam e que, cada vez mais, vêm encantando turistas estrangeiros que chegam por aqui e se surpreendem com a natureza, a criatividade e a história dos paulistanos.

TODO DIA É DIA DE ÍNDIO

CITY TOUR SEM TRÂNSITO Como visitar 20 diferentes atrações turísticas da cidade de São Paulo em apenas 30 minutos? De helicóptero, oras! Com saída do Campo de Marte, os voos panorâmicos passam pela Catedral da Sé, pelo Mercadão Municipal, pela Estação da Luz, pela Avenida Paulista, pelo Parque do Ibirapuera, pelo Museu do Ipiranga e pelo Estádio do Pacaembu, entre outros marcos da paisagem paulistana. O pacote para até três passageiros sai por R$ 1.925, e o voo com cinco passageiros custa R$ 3.850. Para mais informações e reservas, acesse WWW.AROUNDSP.COM.BR

Pouca gente sabe, mas existem duas tribos indígenas dentro do município de São Paulo. Em uma excursão com 10 horas de duração, você poderá visitar a aldeia Tenondê Porã e conhecer a cultura, os costumes e as danças tradicionais desses índios da etnia guarani. Eles vivem em casas de alvenaria em uma área demarcada de 16 hectares no extremo sul da cidade, em Parelheiros. Lá, fazem artesanato com penas e sementes e cultivam mandioca, feijão, milho e frutas de todo tipo. O tour inclui um almoço preparado ali, na hora, e não é barato – custa US$ 300 por pessoa -, mas é uma experiência memorável e boa parte desse valor financia projetos para a comunidade da aldeia. Reservas no site WWW.GREGTUR.COM.BR


kikecosta@uol.com.br

SEGREDOS DO IBIRAPUERA Explore e conheça o Parque do Ibirapuera de uma maneira diferente. A Ibira Walking Tour começa no mirante no alto do prédio do Museu de Arte Contemporânea (MAC) e em seguida desbrava atrações como o Mausoléu do Obelisco, o Pavilhão Japonês, o Museu de Arte Moderna (MAM), o Jardim das Esculturas, a Oca, o Auditório Ibirapuera e o Museu AfroBrasil. No final, rola um piquenique no gramado da Praça da Paz. O ingresso, por pessoa, custa R$ 30, e as reservas podem ser feitas no site WWW. BEMSAOPAULO.COM.BR

CADA PASSO UMA HISTÓRIA Caminhando por 3 horas pelas ruas do centro, o historiador Giuliano Orlando guia grupos de até dez pessoas por marcos históricos e arquitetônicos da metrópole. O roteiro começa com uma visita ao terraço no alto do Edifício Copan, passa pelo Theatro Municipal, pela Prefeitura, pelo Mosteiro de São Bento, pelo Prédio Martinelli (o primeiro arranha-céu da América Latina) e pelo Páteo do Collégio, para terminar na Praça da Liberdade, em meio a gostosuras da culinária japonesa. Muito bem avaliado por gringos do mundo todo, o tour custa R$ 145 e pode ser contratado no site WWW.GETYOURGUIDE.COM.BR

ARTE NA FAVELA Paraisópolis é a segunda maior favela de São Paulo, com cerca de 25 mil moradores. Neste surpreendente passeio, você descobrirá que nem tudo é pobreza por lá. Paraisópolis é um hub de empreendedorismo e modelo de organização comunitária. Caminhando com seu guia pelas ruelas, você terá a chance de conhecer projetos sociais (como o Ballet de Paraisópolis e a Horta na Laje) e os ateliês de artistas como o mecânico Berbela, que cria obras incríveis com todo tipo de sucata, e o jardineiro Estevão, conhecido como “Gaudí brasileiro”, que mora em uma casa-museu toda feita com peças de plástico e cacos de louça. O tour termina com um almoço no Bistrô Mãos de Maria. O preço por pessoa é R$ 350, e as reservas podem ser feitas em WWW.AIRBNB.COM.BR/EXPERIENCES


O melhor d e Sã o Paulo

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CAMINHADA NA MATA ATLÂNTICA Neste passeio de 4 horas, é possível explorar o Parque Estadual da Cantareira, uma magnífica reserva florestal na zona Norte de São Paulo. Caminhando pelas trilhas, seu guia vai te revelar espécimes pouco conhecidos da flora e fauna nativas da Mata Atlântica. Com sorte, dá para avistar bugios, tucanos e quatis. Da Pedra Grande, um enorme bloco de granito, dá para se ter uma fantástica vista da metrópole, ali ao longe. O tour passa ainda por cachoeiras de águas límpidas e termina no restaurante e antiquário Velhão, onde é servido um almoço com comidas preparadas no fogão a lenha e oferecida uma degustação de cachaças artesanais. Custa R$ 800 por pessoa, e as reservas devem ser feitas em WWW.GREGTUR.COM.BR .

CRUZEIRO À PAULISTANA Quem disse que praia de paulistano é shopping center? A Represa de Guarapiranga é rodeada de muito verde e tem trechos com água limpa, própria para nado ou esportes aquáticos. Contate a Vivant (WWW.VIVANTSP. COM.BR ) e agende um passeio de duas horas para dois adultos e até duas crianças por apenas R$ 500 (incluindo sucos, refrigerantes, água, amendoim, toalhas e pranchas de stand up paddle). O itinerário passa pela Ilha dos Macacos, pelo Solo Sagrado e pela praia da Riviera Paulistana. Para grupos maiores, contate a empresa e promova uma confraternização customizada com seus amigos ou colegas de trabalho.


kikecosta@uol.com.br

A EXUBERANTE FLORA PAULISTANA

PEDALADAS COM ARTE URBANA Este passeio de bicicleta, com saída da Avenida Paulista, passa por murais, paredões de prédios e vigas que ostentam obras dos mais talentosos grafiteiros da Pauliceia. O percurso passa pelos baixios do Minhocão e pelo Vale do Anhangabaú até chegar ao Museu Aberto de Arte Urbana (MAAU), com pinturas fantásticas nas colunas da linha elevada do metrô, perto do Parque da Juventude, onde funcionava o Presídio do Carandiru. Cada participante paga R$ 403 e tem direito a uma bike, capacete de proteção e água mineral à vontade. Reservas pelo site WWW.VIATOR.COM.BR .

Passear pelo Jardim Botânico já é uma experiência e tanto. Guiado por um biólogo, torna-se uma atividade fantástica! Você será conduzido pelas atrações do parque com explicações e curiosidades históricas. No Jardim dos Sentidos, será estimulado a usar o tato, o olfato e o paladar para identificar temperos e, no Jardim de Lineu, encontrará um paisagismo peculiar em meio às esculturas e às estufas. O tour passa também pela nascente do Riacho do Ipiranga, pelo Orquidário e pelo Lago das Ninféias, povoado por “primas” da amazônica Vitória Régia. Com sorte, você avistará ainda macacos, bichos-preguiça, aves e lagartos em seu habitat natural. O preço por pessoa é R$ 60, e as reservas podem ser feitas em WWW.AIRBNB.COM.BR/EXPERIENCES .


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COLUNA

Hora livre

Contando os dias, observei as horas. Sentindo as horas, reparei nos minutos. Percebendo os minutos, respirei os segundos. Aí troquei o relógio por uma manga. E só então vivi o presente.

texto

Luiz Toledo

yestoledo@gmail.com arte

André Hellmeister andre@collages.com.br


CHEGOU O

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