3R Studio - Casa Shopping Magazine 51

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ABRIL | R$ 14,90 | 51 ª edição

LUCA N CHETTO Uma luz sobre a forma

Shigeru Ban O papel do arquiteto ISSN 2176-2031

Edgar Duvivier O interior do artista


















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A expressão “revista e aumentada” nunca coube tão bem para uma edição como esta, a 51ª de Magazine CasaShopping. O que temos de “aumentado” está na mão do leitor: 244 páginas de design, estilos, ideias, tendências e muitas sugestões nas áreas da decoração, do que acontece e do que ainda vai acontecer. O que temos de “revista” está no número recorde de matérias, entrevistas, perfis e galerias de objetos de nossos desejos cotidianos. O que vai acontecer já está em cartaz na matéria especial sobre o Salão de Milão, sempre visionário, sempre cobiçado, pois anuncia sempre o que vem por aí. Mas parte da ansiedade a gente liquida aqui, com um leque de novidades que está sendo visto no Novo CasaShopping, neste exato instante. Mas tudo isso é tendência do futuro. Nós, que adoramos o presente, trouxemos, no fechamento desta edição, uma matéria especial sobre o nome do ano na arquitetura, o do japonês Shigeru Ban, prêmio Pritzker 2014, muito mais valioso do que qualquer Oscar, especialmente pelo perfil da obra que mostramos: emocionante, tanto na atitude quanto no resultado.

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E falamos também sobre Luca Nichetto, um dos personagens de maior evidência no momento atual do design. É o seu trabalho que ilustra a capa desta edição. E não deixamos de citar outro nome que movimentou os cenários da arte e da arquitetura no Brasil: François Valentiny e o anfiteatro de Trancoso, na Bahia, que lançou a cidade, agora pra valer, no roteiro da cultura internacional. De resto, distribuímos design pela revista, com coisas que adoramos ver, usar e experimentar, das fontes de letras, aqui retratadas com histórias ótimas, até a arte aplicada aos ovos de Páscoa, passando pelas cenas sempre emocionantes da GoPro. Falamos ainda nas tendências dos acabamentos brilhantes, dos grafittis em Berlim, do que acontece na área da arte – Londres, Miami e Nova York – e até de um Rio que planejaram, mas não executaram. Ainda bem... Aproveite.

Pedro Mello e Souza, Editor

Diretor Geral Francisco Grabowsky Diretora de Marketing e Coordenadora Geral Gilda Antoniazzi Produção Executiva e Revisão Rose Mendonça | Publicidade Silvia Lima | Fotografia Marcio Irala Produção Gráfica Ediouro Gráfica | Tiragem 120.000 exemplares | Periodicidade Trimestral CasaShopping Av. Ayrton Senna 2150 Tel.: (21) 2108-8000 casashopping.com | mktcs@casashopping.com

Diretor Executivo Fabiano Niederauer | Diretor Editorial Ricardo M. R. Pereira Coordenadora de Arte Roberta Agnese Martins Designers Ana Claudia Domingos, Bruno Madureira, Daniela Rocha, Carlos Quintanilha e Kamila Gonzalez Assistente de Produção Luiz Antônio Oliveira (Orô) 3R Studio Comunicação Av. Gal. Guedes da Fontoura, 674, Jardim Oceânico Tel.: (21) 3578-6242 www.3rstudio.com.br A Revista Magazine CasaShopping não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e artigos assinados. As pessoas que não constam no expediente não têm autorização para falar em nome da Revista Magazine CasaShopping ou de retirar qualquer tipo de material sem autorização formal e expressa do diretor executivo da agência.

Capa Luminária Fondue, de Luca Nichetto Foto Divulgação do arquiteto Arte Ricardo Pereira


Índice

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Notebook 26 Conexão Europa 34 Mostras 40 Casa Premium 50 Fique por Dentro 56 Arquiteto Shigeru Ban 84 Design: Milão 94 Perfil: Luca Nichetto 104 Interiores: Edgar Duvivier 114 Cult: Martino Gamper 122 Crônica Urbana 128 Decoração: Brilho 130 Projeto: Centro Cultural de Trancoso 138 Cultura: PAMM 144

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150 Arte: Gauguin 158 Gastronomia: Ovos de Páscoa 166 Crônica Gulosa 168 Moda: Óculos 174 Viagem: Berlim 182 Hobby: GoPro 188 Grafismo: Tipologia 194 Tendência: Instagram 202 Tecnologia 204 Memória: Plano Agache 210 Clique 212 Arquitetônicas 218 Vitrine 238 Guia de Compras

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Magazine CasaShopping:

Versão para iPad disponível na AppStore

Divulgação Bernardo Schor e Rogério Antunes | Marcio Irala

casashopping.com Elemento natural

Pausa para o lanche

Divulgação Movimento 90º

Quer fazer uma refeição rápida e saborosa? Então passe no CasaShopping. Selecionamos no Blog as delícias mais pedidas nas nossas lanchonetes e cafés. Como os Paninis com recheios em diversos sabores (foto), especialidade da Casa do Pão de Queijo.

Divulgação Casa do Pão de Queijo

Fibras, madeira, pedra. Quando bem aplicados na decoração, os materiais naturais imprimem um clima todo especial, até mesmo em ambientes urbanos. Como mostra este SPA projetado por Bernardo Schor e Rogério Antunes em uma casa no Jardim Oceânico, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Confira na seção Dicas e Tendências.

Babilônia verde

Milan Design Week 2014 O Brasil marca presença no mais importante evento internacional de design. Acompanhe no site CasaShopping as festas, lançamentos e mostras nacionais em Milão. Na foto, exposição exclusiva do designer Jader Almeida e da marca catarinense Sollos na Via Lanza, distrito de Brera.

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Foto: Divulgação Solos. Jader Almeida

Diante da falta de espaço nas grandes cidades, paredes residenciais e até mesmo empenas de prédios podem virar jardins suspensos. O paisagista Guil Blanche, do Movimento 90º, fez um levantamento de 500 paredões em São Paulo e simulou como ficariam com as plantas. Ao lado, prédios no Elevado Presidente Costa e Silva, conhecido como Minhocão, no Centro da cidade. Saiba mais no Blog.







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• A bossa da Mac móveis Fina, autêntica, sempre moderna, a bossa nova foi a inspiração para uma linha de peças criadas para a Mac Móveis pela dupla Pepê Lima e Claudia Mazzieri, que transporta para a elegância da estrutura em aço inox e o acabamento em tecido náutico o mesmo requinte da música-símbolo dos brasileiros. A linha Bossa Nova, que integra a coleção 2014 da Mac, é composta por poltrona, pufe, banqueta alta, mesa de centro e lateral e é indicada para áreas externas.

• Milano Um dos negócios que a Euro Colchões domina é a tecnologia do sono. Mas com a chegada da linha de colchões Milano, a marca passa a dominar também a tecnologia do sonho. Desenvolvido pela Euroflex, em sua fábrica de Três Rios, em parceria com a americana Kingsdown, as peças contam com sistemas de molejo duplo, com molas verticoil, estofamento com látex e viscoelástico, a mítica espuma Nasa. O acabamento vem em tecido de malha, de tecnologia belga, com viscose de bambu e tratamento exclusivo que combate ácaros e bactérias. Enfim, um conjunto de tecnologias previstas pela Sleep to Live, instituição dedicada à ciência do sono – e do sonho.

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• Batucada Os desenhos de Brunno Jahara frequentemente misturam formas orgânicas com inspiração tropical, usando uma grande variedade de materiais. Um deles é o alumínio, que marca a série de vasos Batucada, em destaque na Conceito All, que remete aos antigos tambores de toques de Carnaval, com a característica do artista: a combinação de resultados únicos, que tornam cada peça especial e colecionável. Brunno faz uso de diversas mídias, mas não se limita a aplicativos gráficos, móveis, instalações, interiores de lojas e joias.

• Fito Se as letras e as melodias do músico argentino Fito Paes inspiram a linha de pensamento de muita gente, pode inspirar também linhas de design. Foi o que aconteceu com os irmãos Jack e Sergio Fahrer, que conceberam a poltrona e o pufe Fito com o som do hermano na caixa. Esse destaque da Breton Actual conta com estrutura em alumínio naval sem soldas, com multilaminado curvado em processos especiais e espuma de poliuretano, e acabamento em tecidos diversos, incluindo couro e lâminas naturais ou lacas. E foi concebido para home theaters, salas de leitura e, claro, de música.

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• Tinoc As formas abstratas marcam uma das novidades da Tinoc para este outono. O traço dá o tom da coleção de luminárias pendentes, feitas em poliestileno, um material bem resistente, pois é um tipo de plástico que faz um efeito bem legal. Do mesmo material existem outros desenhos, como uma estrela que pode ser colocada junto fazendo um efeito bem interessante, ou até mesmo umas flores para colocar na parede toda colorida. Podendo usar somente lâmpada eletrônica, esta luminária pode integrar desde a decoração de uma sala até ambientes infantis.

• Portobello As madeiras nobres brasileiras são inspiração para a nova linha de pisos da Portobello Shop. A linha Ecollection Jacarandá Pátina foi um dos lançamentos de 2014 e traz marcas como a beleza natural do material e a possibilidade de democratizar seu uso sem ameaçar as normas de sustentabilidade. As peças usadas para reprodução foram aplicadas na construção de casas no século passado e apresentavam as marcas das diversas camadas de pintura ao longo do tempo. Em alguns momentos, a sobreposição das madeiras preservaram a cor original da espécie, um tom achocolatado escuro.

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• Verde e metal Aço Corten e plantas permanentes de toque real. Coube à Raphis Design essa união em um projeto de paisagismo na montagem de um painel desenvolvido com o metal para ambientes como salas, escritórios, cozinhas, quartos e halls. O resultado é elegante com a combinação do toque pós-moderno do aço com o verde vibrante das folhas.

• TRAMONTINA store Os chefs sempre fazem moda. Recentemente, foi com a decoração dos pratos. Agora, é com a decoração das panelas, como na linha Duo Color, da Tramontina Store. São peças em aço inox, combinadas a cores vibrantes – amarelo, vermelho e o clássico preto – nos três tipos de peças, as caçarolas, as frigideiras e um cozi-vapore. Todos os itens têm alças e pegadores em baquelite, com cobertura soft touch, que garantem maior segurança no manuseio. Na parte técnica, contam ainda com fundo triplo (aço inox, alumínio e aço inox magnético) para o preparo rápido e com mais sabor. O design exclusivo das peças ainda facilita na hora da limpeza.

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conexão Europa

• Design para o bem-estar O escritório Zaha Hadid Architects desenhou o “Apartment 5” para a Casa Ronald McDonald, localizada próxima ao Hospital Infantil de Altona, em Hamburgo, na Alemanha. O objetivo do projeto é oferecer um lugar acolhedor para famílias hospedadas na instituição beneficente, que se dirigem à casa de saúde para curar seus filhos. A compacta habitação de 25m2 foi projetada

meticulosamente, com iluminação embutida e móveis integrados que economizam espaço, além de pavimento e paredes recobertas de madeira que oferecem uma agradável sensação tátil. A zona próxima ao leito é pensada para que a família possa se sentar, jogar, compartilhar momentos. Todos esses detalhes favorecem o conforto e fazem com que o espaço pareça maior do que é.

• Eclipse Uma luminária que, quando acesa, recorda o fenômeno de luz provocado pelo eclipse. E’Lunaire, que Ferréol Babin criou para Fontana Arte. Destinada à iluminação de grandes espaços, é constituída por um grande difusor em alumínio de forma côncava, dotado de um disco de menor tamanho no seu interior, onde vem posicionada a fonte luminosa. Uma curiosidade: quando se abre o disco, a luz é projetada frontalmente; fechado, ilumina-se a parte posterior ao objeto, ou seja, a parede.

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• Grafismos Ink é uma coleção de mesinhas, criada por Emilio Nanni para a Zanotta, marca italiana que completa 60 anos de existência em 2014. O objeto se distingue por seu tampo realizado com tecido trabalhado à impressão digital e revestido por uma resina. Traços gráficos caracterizam os dois tipos de decoração, nas cores preta e marrom-acinzentado. Ambas as versões possuem pernas em aço envernizado preto. A série inclui, ainda, opções monocromáticas com os tampos nas cores branca, vermelha ou preta e pernas em aço da mesma tonalidade. Disponível nas formas quadrada e retangular.

• Alegria de viver A fotógrafa inglesa Pam Weinstock, que também é designer, projetou uma inovadora linha de móveis: as imagens que captura ao redor do mundo são incorporadas aos objetos que cria. Resultado: criações originais, com um tom poético, inspiradas em temas urbanos ou naturais. É o caso Joie De Vivre, um moderno e expressivo sofá de dois lugares, com encosto alto, que serve de “moldura” para uma imagem encantadora: o florescer de uma árvore de magnólias durante uma manhã de sol e límpido céu azul.

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conexão Europa

• Ecologicamente correto Único complexo empresarial localizado no Centro de Madri, projetado pelo arquiteto Rafael de La-Hoz, a nova sede da Repsol recebeu o LEED Platinum, prestigiosa distinção concedida pelo U.S. Green Building Council, que certifica seu altíssimo padrão quando o assunto é respeito ao ambiente. Do design à construção, foram avaliados aspectos como a sustentabilidade do terreno, o uso de meios de transporte ecológicos e de materiais reciclados, sem esquecer da eficiência dos sistemas energético e hidráulico. O complexo – com 123 mil metros quadrados de área construída – engloba quatro prédios erguidos em torno um grande jardim, onde foi plantada uma centena de árvores adaptáveis ao clima da cidade. A certificação reconhece o impacto positivo seja na vida dos ocupantes dos edifícios seja no meio ambiente.

• De pé O escritório Roderick Vos apresenta Tabique, uma estante que combina a elegância da simplicidade a um estilo contemporâneo. O móvel, realizado em MDF laqueado, é composto por um painel vertical com cantos arredondados traçado por linhas perpendiculares e horizontais que se cruzam nas extremidades, criando o espaço destinado aos livros e revistas. É disponível nas versões para parede ou autônomo, em diversas cores.

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• Design of the Year Até dia 25 de agosto será possível visitar a exposição Design of the Year, organizada pelo Design Museum de Londres. Por trás dos 76 projetos expostos e indicados ao prêmio homônimo à mostra, comparecem profissionais renomados como David Chipperfield, Zaha Hadid, John Pawson, Stephen Jones e Miuccia Prada, ao lado de estudantes e de startups de financiamento coletivo. Os brasileiros podem torcer pelos conterrâneos Ronaldo Fraga e Mauricio Affonso, além do escritório Brasil Arquitetura. Um grupo de espertos vai escolher uma criação vencedora em cada categoria e um vitorioso geral da competição, que vai ser anunciado futuramente. O público que visitar a mostra também pode opinar e indicar o seu projeto preferido. A novidade este ano é que até o povo da rede pode votar, através da plataforma Social Vote que coloca em concorrência dois projetos por dia. As propostas que disputam o Design of the Year emergem de setores que vão da arquitetura ao digital, passando por móveis, moda, produtos, transporte e comunicação visual, e se confirmam como um panorama internacional de tendências em design.

• Apostando em autoprodução Internoitaliano é a aposta de Giulio Iacchetti no sistema de produção independente. O designer desenvolve projetos em parceria com artesãos e empresas de manufatura italianos, e usa a Internet como um importante canal de vendas. Um dos produtos nascidos dessa iniciativa é o cabideiro Cevo, criado junto com a BeD Living. O objeto possui estrutura em madeira e base em ferro envernizado. Curvados, os ganchos oferecem funcionalidade seja na parte superior ou na inferior, como suporte para objetos.

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mostras

P ERSON A LID A D ES Sテグ HOMENAGEADAS NA MOSTRA 30 POR 30 DA ARTEFACTO CASASHOPPING

Foto: Soraia Pierrot

O Bistrテエ Artefacto: de Joy Garrido para o chef Claude Troisgros

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m dos eventos mais badalados da sociedade carioca aconteceu em março, no Novo CasaShopping. A Mostra 30 por 30 da Artefacto reuniu personalidades em torno do evento em que nomes, como os atores Rodrigo Hilbert e Carlos Casagrande, o chef Claude Troisgros, a curadora Vanda Klabin, a estilista Lenny Niemeyer e a apresentadora Ana Maria Braga, foram a inspiração para ambientes assinados por arquitetos e designers de interiores.

Home Office da Estilista, projeto de Luiz Fernando Grabowsky para Lenny Niemeyer

Foto: Soraia Pierrot

A mostra, batizada de 30 Personalidades por 30 Profissionais de Decoração, está aberta ao público desde 22 de março. A festa de abertura foi badaladíssima e transformou o espaço da Artefacto do CasaShopping em uma autêntica galeria do design carioca.

Durante a Mostra, foram lançados também mais de cem novos produtos que traduzem o estilo inconfundível da marca e que estarão expostos em diferentes ambientações, feitas pelo seleto time de profissionais. Nessa nova coleção, a marca buscou o “contemporâneo orgânico”, misturando, de forma harmoniosa, materiais, fibras e cores.

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Foto: Soraia Pierrot

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Foto: MCA EstĂşdio

Dois home theaters: acima, o da Curadora de Arte, de Gisele Taranto, em homenagem a Vanda Klabin. Abaixo, o da Promoter, de Leila Dionizios para Nina Kauffmann

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Entre os destaques, móveis e acessórios inspirados no estilo Art Déco, conferindo ecletismo e modernidade, utilizando linhas simples e sofisticadas. Na área de tecidos, a Artefacto priorizou fibras naturais, texturas nobres e encorpadas. As cores predominantes partem dos tons neutros, que criam conforto visual aos ambientes. Elas estão nos acessórios, como almofadas e abajures, revestindo o mobiliário com maestria e garantindo, assim, a linguagem contemporânea idealizada na nova coleção. O CEO internacional da empresa, Paulo Bacchi, filho do fundador da Artefacto, Albino Bacchi, que assumiu a direção de branding no ano passado, aposta no sucesso da Mostra: “Todos os espaços têm alma, têm a personalidade dos homenageados, o que faz muita diferença em arquitetura, design e decoração”, diz Paulo. “A participação dessas personalidades dá à Mostra uma atmosfera mais intimista”, conclui.

reuniu personalidades em torno do evento em que nomes, como os atores Rodrigo Hilbert e Carlos Casagrande, o chef Claude Troisgros, a curadora Vanda Klabin, a estilista Lenny Niemeyer e a apresentadora Ana Maria Braga, foram a inspiração para ambientes assinados por arquitetos e designers de interiores Loft da Apresentadora, de Jairo de Sender, inspirado em Ana Maria Braga

Foto: Marcio Irala

Com 38 anos de existência, a Artefacto está em franca expansão internacional da marca, que já tem lojas nos Estados Unidos, Caribe e México. Nos próximos anos, Paulo Bacchi pretende expandir os negócios para países da África, Europa e do Oriente Médio.

A Mostra 30 por 30 da Artefacto

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Um pouco mais da exposição em uma galeria de imagens na versão da Magazine CasaShopping para iPad

Fotos: Soraia Pierrot

Home Theater da Estilista, de Roberta Devisate para Francesca Romana. Abaixo, o Living do Artista, que Marcia Meira dedicou ao ator Rodrigo Hilbert

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Decora Lider

Rio 2 0 1 4 Fotos MArcelo Rangel

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Rio de Janeiro e o seu estilo de vida foram os temas que a Decora Lider 2014 usou de forma bem criativa. Nos ambientes da quinta edição da mostra, que aconteceu no dia 20 de março, foram explorados os cotidianos e os lados peculiares dos bairros da cidade, sob o olhar de 37 profissionais que lançaram, em 25 projetos, um pouco das personalidades, dos pontos turísticos e da personalidade do carioca.

“A Decora Lider já se consolidou como uma das maiores mostras de decoração monomarca do país. A cada edição procuramos mostrar o que há de melhor e mais moderno no mercado, como linha de produção, mobiliário, comunicação e publicidade”, explica Tiago Nogueira, gerente de Marketing da Lider Interiores. “Em nossa quinta edição, já era hora de agradecer ao Rio de Janeiro e, por isso, tomamos a cidade como tema”, diz o empresário.

Sala de jantar, em projeto Mario Santos. Na página ao lado, o Home Theater Gávea, de Raquel Salgado (em cima), e Quarto do Casal Ipanema, de Mario Brasil, abaixo

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Et possed quidis cus maio. Porem a doluptio imendic illiquis in prepuditi cumque nonsed et prem fugiat untur? Quia excerupti officabor susandae arum restrum aut inullam erferibusti doluptam verepedit volupti

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mostras

Nos ambientes da quinta edição da mostra, que aconteceu no dia 20 de março, foram explorados os cotidianos e os lados peculiares dos bairros do Rio de Janeiro

Conheça uma coleção de ambientes da Decora Lider na versão da Magazine CasaShopping para iPad.

Abaixo, Sala de Estar, de Jacira Pinheiro. Na página ao lado, o living com Sala de Jantar Grajaú, de Andrea Duarte, e, abaixo, a Quarto de Casal Copacabana, de Thoni Litsz

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casa premium

OS vencedores CasaShopping Leva Você a Milão divulga o resultado de 2014 dos profissionais mais pontuados.

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uda Porto e as arquitetas Elizabeth Amaral e Claudia Magalhães foram os vencedores da edição 2013 do Casa Premium. Eles foram os profissionais mais pontuados nas compras aos clientes realizadas nas lojas do Novo CasaShopping e ganharam pacotes completos com passagens e hospedagens, com acompanhante, para o Salão do Móvel, que já está acontecendo em Milão. Ambos têm escritório no CasaShopping e mostram, nesta edição, duas ideias de projetos para quem quer casa. Duda Porto abriu seu próprio escritório há 8 anos. Nessa época, começou a tornar-se um dos profissionais mais ativos do Novo CasaShopping, onde tem escritório e se divide entre projetos comerciais, residenciais e urbanísticos. “A casa, o escritório ou qualquer outro ambiente tem que ter a cara do dono, e o bacana de nosso trabalho é a adaptação e o equilíbrio”, diz Duda, sempre preocupado em adaptar o seu trabalho ao gosto do cliente. Elizabeth Amaral e Claudia Magalhães são sócias no escritório Cer Arquitetura e Interiores no Novo CasaShopping. Construções e reformas de ambiente, sempre de olho no que há de mais moderno em tendências e tecnologia de materiais levou a dupla a ser uma das vencedoras do Casa Premium deste ano. “Nosso foco está na liberdade e na ousadia, que resultam em uma pluralidade de estilos”, resume Claudia. O Casa Premium foi criado em 2006 para reconhecer e retribuir a preferência e assiduidade de profissionais de decoração pela escolha das lojas do Novo CasaShopping em compras para seus clientes. Para tornar-se membro do Casa Premium, arquitetos, decoradores, paisagistas e designers deverão se cadastrar no SAC do Novo CasaShopping, de acordo com o regulamento disponível no www.casashopping.com. MAGAZINE CASASHOPPING

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DUDA PORTO Casa de Final de Semana, projeto que Duda Porto concebeu para pessoas que possuem um terreno para a construção de uma segunda casa, tanto na praia quanto na serra. Prático, sustentável, limpo, rápido e funcional, seu conceito é ideal para a situação e para realizá-lo com a harmonia do encontro do exterior com o interior de forma. A construção se deu em uma área de 200 metros quadrados, em um terreno de 450 metros quadrados. Foram previstas duas lâminas de pedras naturais para um grande plano livre de paredes em “L”. Essa estrutura sustenta a cobertura em estrutura metálica preta, revestida na parte interna com Kronotex. Os dois planos em pedra ultrapassam os limites da cobertura dando a sensação de apoio em movimento, um dos planos ao passar desse limite abre um grande vão dando passagem para um espelho d’água revestido em pedra natura preta, que reflete uma bela jabuticabeira. Na cobertura, uma grande abertura na projeção da varanda, revestida com pérgolas de material reciclável, gerando um detalhe arquitetônico único e a entrada de iluminação natural. 52 MAGAZINE CASASHOPPING


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ELIZABETH AMARAL CLAUDIA MAGALHÃES A dupla de arquitetas fez um projeto de decoração para um apartamento na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca. Originalmente, o espaço oferecia uma suíte, três quartos, sala e varanda em toda extensão do apartamento, em um total de 200 metros quadrados de área. O projeto devia atender a um casal jovem, com dois filhos pequenos, uma família típica carioca. Precisavam de espaços mais integrados e com mais descontração e conforto para a reunião de familiares e amigos. Uniram a sala à varanda, valorizando a vista do mar, onde foi aberto um espaço para o home theater para uma charmosa cozinha gourmet, executada pela Florense do Novo CasaShopping. Um espaço, enfim, que vem se tornando tendência para as novas famílias. Para o piso, usou-se o Marmoglass de 1,0 x1,0m. Em todo o apartamento foram utilizados revestimentos claros, papel de parede e, para contrastar, foi feito um amplo painel de madeira em peroba do campo, executado pela Marcenaria Maurício Cachione. Isso deu grande destaque à sala e, ao mesmo tempo, disfarçou os acessos da área íntima da casa, emoldurando um belíssimo quadro do artista Cubano, Alejandro Lloret, da Galeria Almacén. Valorizou-se o projeto luminotécnico, com lâmpadas de LED em diversos locais e sistema de automação, que contribui bastante para otimizar a energia e usá-la de forma mais consciente e eficiente.

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Novo CasaShopping faz parceria com as escolas de Design mais importantes da atualidade: Domus academy e istituto marangoni. O privilégio será para profissionais parceiros.

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ma boa notícia para quem participa do programa Casa Premium: a partir de agora, o Novo CasaShopping incorpora importantes parceiros para troca de pontos. A partir de abril, os arquitetos e profissionais da decoração podem trocar seus pontos por uma variedade de cursos de reconhecimento mundial. Diversos formatos de curso, projetados para atender às necessidades individuais de cada um. Cursos de férias, intensivos e pós-graduações nas áreas de design e moda. A Escola de Design do Istituto Marangoni é fruto da parceria entre o Istituto Marangoni e Giulio Cappellini, grande guru do design italiano. Seu trabalho se dá em duas frentes: como diretor criativo e responsável pelo design interno do novo campus, inaugurado em janeiro

Ao lado, arte e autor: Giulio Cappellini. Abaixo, o ambiente dos cursos do Istituto Marangoni

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Peças da coleção de mais de 17 mil itens da Tramontina Store.

A Escola de Design do Istituto Marangoni é fruto da parceria entre o Istituto Marangoni e Giulio Cappellini de 2014 e como consultor acadêmico para seminários, workshops, cursos e outras iniciativas, além de projetos especiais com empresas. A nova sede da escola fica localizada na via Cerva, no bairro de design de Milão, no centro da cidade, e próximo da área histórica. A Domus Academy é uma escola de referência mundial em arquitetura, design, gestão e moda, fundada em 1983, na Itália. Tornou-se uma das mais conceituadas universidades de pós-graduação no mercado de design e décor pela sua contribuição com a indústria, cultura e estética. Foi avaliada como umas das 30 melhores universidades de design, pela revista americana Business Week, e premiada com “Compasso D’ Oro”. Os criadores da escola, Alessandro Mendini, Andrea Branzini, Alessandro Guerreiro, Valerio Castelli e Maria Grazia Mazzochi se uniram para criar a instituição que MAGAZINE CASASHOPPING

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Foto: Divulgação

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A Domus Academy é uma escola de referência mundial em arquitetura, design, gestão e moda conta com corpo docente e colaboradores de peso como Patricia Urquiola, o designer Phillipe Starck e Scott Schuman. No Brasil, as duas instituições são representadas pela consultora de marketing e estilo Luiza Bomeny. O Casa Premium é um programa que traz vantagens para profissionais parceiros das lojas do Novo CasaShopping, com acúmulo de pontos e recompensas em prêmios. Os pontos podem ser trocados por produtos de nossas lojas, viagens, artigos de luxo, beleza, moda, lazer, gastronomia e decoração, empresas parceiras, especialmente selecionadas para a escolha de prêmios na troca de pontos. Para Mais informações: informacoescursos@luizabomeny.com.br www.istitutomarangoni.com.br www.domusacademy.com.br (21) 2287-0552 e 2287-3101 58 MAGAZINE CASASHOPPING

Acima, a fachada da Domus Academy, sede dos cursos com a arquiteta Patricia Urquiola (ao lado)



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COMO FAZER ONDA inaugurada a Exposição que mostra a odisseia do projeto, construção e montagem da Onda Carioca, ícone do Novo CasaShopping

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ma das mais belas obras contemporâneas da aliança entre arte e arquitetura está no Brasil – e está no Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, como ícone da chegada do Novo CasaShopping. É uma estrutura monumental, uma escultura vertiginosa, inspirada em um dos símbolos que a cidade tem de melhor: as ondas do mar. Mas até que fosse projetada, construída no interior e montada aqui, foi montado um esforço profissional que envolveu artistas, artesãos, técnicos e engenheiros para dar ao público uma obra única, uma das mais sofisticadas do momento. Mas por que única? Todas as explicações estarão na exposição Construindo a Onda, em que o arquiteto – e, por que não, artista – Nir Sivan explica cada passo da construção do monumento, da ideia original (ele também é surfista) até os detalhes da pintura, após os oito meses de montagem da estrutura.

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Detalhes da montagem da Onda Carioca, no Novo CasaShopping: a colocação das placas de vidro (ao lado e na página anterior) e a flagrante de parte da equipe sobre a estrutura, que dá ideia da dimensão do projeto (abaixo).

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CasaShopping premiado “Destaque em Novos Formatos de Shopping Centers 2014. O Novo CasaShopping recebeu o Prêmio LIDE de Shoppings 2014 na categoria. A cerimônia foi um dos destaques do 1º Fórum Brasileiro de Shopping Centers que aconteceu em fevereiro, em São Paulo. O prêmio homenageou os empresários que mais se destacaram no país e foi recebido por Flávia Marcolini, diretora de Planejamento, representando o empreendedor, Luiz Paulo Marcolini.

“Foi uma honra receber o prêmio em nome do meu Pai, Luiz Paulo Marcolini, que apostou na Barra da Tijuca quando era apenas um areal e, ao longo dos últimos 30 anos, transformou o CasaShopping numa referência no setor de decoração, arquitetura e design. O Novo CasaShopping acaba de alcançar uma ABL de quase 70mil m2 na sua quinta expansão, tornando-se o maior das Américas em sua especialidade, agradece Flavia. O Lide, Grupo de Líderes Empresariais, presidido por João Doria, é uma organização de caráter privado, que reúne empresários em doze países e quatro continentes. É uma instituição que debate o fortalecimento da livre iniciativa do desenvolvimento econômico e social.

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Escultura no CasaShopping artista: Bruno Catalano

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s viajantes, os trabalhadores, os imigrantes, o estrangeiro. Todos esses são personagens que integram a escultura do artista plástico Bruno Catalano, marroquino de nascença e francês na formação. São peças em bronze com representações humanas, esculturas surrealistas que exprimem a força e a fragilidade do ser humano. “Quem olha, pensa que faltam órgãos vitais, mas os corpos invisíveis representam um cidadão do mundo, que tem saudades de um lugar que amamos, mas temos que deixar”, diz o escultor. A obra, adquirida pelo Novo CasaShopping, já esteve exposta da Galerie des Medicis, na Place des Vosges, em Paris. O alcance internacional do artista já levou suas obras a pontos tão distantes quanto Saint-Paul de Vence, Megève, Honfleur, Courchevel e também nos Estados Unidos. “A inspiração vem da viagem que gera dor do que ficou para trás, da saudade, do fragmento”, explica Catalano, em um resumo quase autobiográfico.

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“Meus personagens deixaram para trás uma parte de si mesmo. Por isso, o rasgo. É uma ausência que permite ao espectador imaginar alguma coisa” Sobre a peça em exposição no Novo CasaShopping, o artista filosofa: “meus personagens deixaram para traz uma parte de si mesmo. Por isso, o rasgo. É uma ausência que permite ao espectador imaginar alguma coisa”. Ainda, segundo ele, a obra revela seu desejo de capturar a atenção dos espectadores, imprimindo a sua marca única sobre o assunto. “Dar uma resposta não é interessante. Eu me exprimo através das esculturas. Não tenho palavras e, por isso, me expresso através delas.”, completa.


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• Light Design + Exporlux Muito mais do que comercializar produtos, a ideia é trazer soluções de iluminação. Não importa em que escala, a Light Design + Exporlux traz modelos que atendem a arquitetos, designers de interiores, paisagistas e lighting designers, com projetos sob encomenda e produtos de fabricação própria e de marcas importadas da mais alta qualidade. Além disso, o showroom da marca, no Novo CasaShopping, traz uma linha completa de luminárias técnicas e decorativas, criações da designer Cristiana Bertolucci, o design de referências como a FontanaArte e Catellani & Smith. Bloco P • PAV 2

• Amor Bebê Nova vida e novas experiências no Novo CasaShopping. Essa é a meta da Amor Bebê com a sua nova loja, que mostra que design e conforto fazem a diferença, especialmente no caso de um baby. Amor e um sono delicioso à noite estão na pauta da marca que traz a sua linha de móveis que cria, há mais de uma década, para crianças da mais tenra idade. São berços, cômodas, estofados, armários e acessórios – ou ambientes completos para o descanso merecido depois de um dia de descobertas. Bloco N • PAV 1

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•Arquivo Contemporâneo São 750 m2 com o melhor do design brasileiro. Projetado pelo arquiteto Alessandro Sartore, o showroom Arquivo Contemporâneo no Novo CasaShopping traz ambientes mobiliados exclusivamente com peças nacionais. “Móveis e acessórios assinados compõem espaços contemporâneos e cheios de estilo”, diz o sócio Rodrigo Quadrado. Nas paredes, fotos em grandes dimensões – criadas por Eduardo Camara e Araci Queiroz, do estúdio LT.9 – mostram os designers em seus locais de trabalho: “trouxemos para dentro da loja o clima das marcenarias e indústrias”, explica Rodrigo. Na vitrine destacam-se as criações de Jader Almeida, incluindo o novo banco Elle desenvolvido especialmente para o Arquivo. Ao circular pelos ambientes, o visitante conhece a história do mobiliário brasileiro, com toda a coleção de Sergio Rodrigues, além de ícones de Oscar Niemeyer e Jorge Zalszupin, entre outros mestres. Designers contemporâneos renomados – como Carlos Motta, Etel Carmona e Fernando Mendes – apresentam criações primorosas com exclusividade no Rio de Janeiro. Não faltam peças premiadas: a cadeira Easy, de Jader Almeida, o banco Charlotte, de Paulo Alves, e a poltrona Alice, de Marcus Ferreira e Aristeu Pires, são alguns exemplos. Experiente na curadoria do segmento, o sócio João Caetano inclui também o trabalho de jovens e talentosos criadores, mantendo o showroom sempre atualizado e cheio de novidades. Bloco N • PAV 2

• Conceito All Shop in shop é o tipo de conceito em que o cliente encontra os mais diversos tipos de produtos em um mesmo espaço nobre. Nessa linha, as sócias Amanda Antunes e Lia Paiva trazem a Conceito All ao Rio de Janeiro. Na loja, que inaugurou no Novo CasaShopping, referências como a Slim, marca de acessórios para decoração; a Cruise, recentemente lançada e que já caiu no gosto das paulistanas; a Egray, de Eduardo Toldi; o oleiro Jonathan Adler, referência mundial em cerâmica. O atendimento é uma atração à parte, com atenções que vão da água aromatizada e do ambiente aconchegante até os serviços de consultoria em decoração e produção de eventos, planejados pela própria Lia. Bloco M • PAV 0

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• Cris Molinari Elegância, design, refinamento e um toque de exclusividade. Todos esses conceitos estão reunidos no mais novo empório de objetos luxuosos, a Cris Molinari, uma das novidades do Novo CasaShopping. A marca chega com o objetivo de proporcionar uma excelente opção no segmento de objetos para decoração. O showroom foi montado para valorizar ainda mais a exibição das peças. “Uma boa localização aliada à força do CasaShopping, já é um grande passo para receber como se deve este segmento já tão solicitado por todos”, diz a empresária, que dá o nome à própria loja. Bloco B • PAV 2

DryWash Se carro também é ambiente, limpeza é um dos itens fundamentais à sua conservação. No Novo CasaShopping, a DryWash traz, desde 1º de abril, seus serviços de limpeza automotiva com rapidez e sem agressões ao meio ambiente. O sistema da marca abre um leque de produtos para tratamentos de superfícies e ambientes, uma rede de franquias de limpeza e conservação automotiva que atua no Brasil e na Índia e um centro compartilhado de gestão de unidades de prestação de serviços. Além da limpeza, você também poderá fazer reparos no seu automóvel, revisões e muito mais, enquanto aproveita o melhor do design no Novo CasaShopping. Bloco O • PAV -1

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• Espaço 204 Atualizada, cosmopolita e global, com objetos de desejo e uma pitada de bossa. Cultuada por designers e expressa em linhas assinadas, a Espaço 204 possui um showroom Hype e contemporâneo, com projeto assinado pelo renomado arquiteto Nagib Orro, que traduz os diferenciais da marca e seu espírito rebelde e anárquico. Em sincronia com a moda e acompanhando as tendências internacionais, a Espaço 204 apresenta coleções inéditas semestralmente, em um espaço de estilo cosmopolita, de linhas retas e limpas, complementado pela disposição das peças que sugerem composições inusitadas para quem deseja conferir personalidade e exclusividade à sua decoração. Bloco P • PAV 2

• Euro Colchões A Euro Colchões inaugura seu segundo espaço no Novo CasaShopping com novidades na bagagem. Em destaque, a parceria que a marca tem com duas empresas que são referências mundiais na ciência do sono: a americana Kingsdown e a belga DesleeClama. Na primeira, mais de um século de atuação no mercado de luxo e hotelaria dos Estados Unidos. Na segunda, a criatividade no trabalho contra os microorganismos, o ActiPro que revolucionou a antiga batalha contra os ácaros. Mas nem tudo é tecnologia. A tradição e a criatividade também estão bem presentes na área do desenvolvimento dos colchões da marca, aliado a uma gama de produtos relacionados como travesseiros, protetores, saias para colchões e uma linha completa para cama e banho. Bloco N • PAV 1

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• Farmalife Ambiente, atendimento, elegância e saúde têm encontro marcado no Novo CasaShopping, com a inauguração da Farmalife, que chega com nova marca e infraestrutura. Com o formato, chega o conceito que consagrou a referência, com seu mix completo de medicamentos e produtos dermocosméticos, de higiene e beleza, com atendimento feito por farmacêuticos e dermoconsultores. Esta é a terceira da rede aberta com novo layout e branding, desenvolvidos pelo escritório carioca Valeria London Branding e Design. Bloco N • PAV 0

• Ferragê Atendimento é tudo. Essa foi a percepção dos sócios da Ferragê, que investiram em todas as etapas dessa que é a alma do conceito de butique de ferragens, que trazem ao Novo CasaShopping. Antigos empresários de multinacionais, eles discutiam, há 15 anos, quando os sócios, que eram executivos de grandes multinacionais, o tipo de atendimento que se recebia em uma loja do gênero. Desde então, a Ferragê traz mais do que simpatia a esse mercado – traz também um atendimento personalizado para dar ao cliente a certeza de que saiu da loja com a solução que precisava na escolha de uma das mais completas coleções de acabamentos para casa em geral. São puxadores, maçanetas, acessórios de banho, aramados, fechos, todos em estoque e prontos para entrega para uma clientela, que, por ser formadora de opinião, contribuiu com o aumento da base de amigos da marca. Bloco N • PAV 1

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• High Inox

• Ilustre Projetos conscientes, um mobiliário que reflete a praticidade que o dia a dia exige, e espaços inusitados criados na loja, alinhados com o estilo de vida dos consumidores. Esse é o DNA da Ilustre, uma das novidades do Novo CasaShopping, uma loja especializada em móveis e objetos de decoração para casa, que acredita no consumo inteligente, conhecido como “smart shopper”. Em foco, materiais de qualidade, seus produtos possuem preços acessíveis ao mesmo tempo que valorizam a importância do design funcional.

Mais do que nunca, o aço está na moda, no mundo da decoração. E o material chega com dois reforços: o mercado de luxo, que está em franca expansão, e a exigência do público pelo metal. A loja que a High Inox inaugura no Novo CasaShopping atende a todas essas exigências, com a sua coleção de peças. São bancadas sob medida, cubas especiais, lavabos e móveis personalizadas e inteligentes e pias completas para diferentes medidas, que levam design e soluções para projetos exclusivos. Bloco N • PAV 0

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• Abraccio Móveis O Grupo Sierra leva ao CasaShopping toda a sua gama de marcas e produtos. A nova coleção Habitare, da Abraccio, estará à disposição dos clientes, que poderão conhecer a nova marca e suas peças inspiradas nas últimas tendências do mercado moveleiro internacional, com estilo urbano, capaz de adaptar-se a espaços compactos e multifuncionais. O projeto segue os padrões da marca, com espaços que transmitem o conceito Abraccio, de modernidade, conforto, design, qualidade e inovação. Bloco P • PAV 0

• Sierra Garden Referência em móveis para jardim e áreas externas, a Sierra Garden chega ao Novo CasaShopping com sua nova coleção de vasos, com pinturas e texturas especiais que os diferenciam das demais peças e tornam os jardins ainda mais vibrantes e alegres. A nova loja segue os padrões da marca, porém com ambientes especialmente projetados para a loja do Rio de Janeiro, valorizando a característica essencial das peças, a durabilidade. Todo o projeto é coordenado e definido pela equipe de engenharia e arquitetura do Grupo Sierra. Bloco P • PAV 0

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• Sierra Móveis A grife Sierra leva ao Novo CasaShopping toda a sua gama de marcas e produtos. Os visitantes poderão conferir os lançamentos da coleção Nature, da Sierra Móveis, com inspirações na essência da natureza, aliando-as às mais avançadas tecnologias, gerando formas inimagináveis. É o caso da madeira maciça, trabalhada de forma orgânica, transmitindo a sensação de ter sido retirada da natureza no formato exato da peça. O espaço destaca ainda o design refinado e o uso de matérias-primas nobres, da coleção Sierra Premium, sinônimo do mais alto luxo. São peças de muito requinte e bom gosto em um móvel único. “O que mais vai impressionar o público será o fato de todas as marcas do Grupo Sierra estarem em um único endereço, em uma loja diferenciada no Brasil, com um conceito que trará uma atmosfera elegante, inovadora, com identidade própria”, diz André Tissot, presidente do Grupo Sierra. Bloco P • PAV 1

• Trama Tapetes e Carpetes Punto e Filo e Nani Chinellato. Essas e outras importantes referências na área de tapetes e carpetes estão entre as atrações da Trama, novidade que a designer Pamela Dietrich traz para o Novo CasaShopping. Em destaque no showroom da loja, linhas de nomes consagrados e outras de fabricação própria, além de cortinas e persianas, apresentados por uma equipe de oito profissionais que cuidam não somente da venda, mas também do pós-venda, com o suporte ao cliente. “Quis trazer para o Rio algo novo que sentia falta na cidade. E uma loja multimarcas foi uma solução ideal para agregar todas as qualidades em um só local”, diz Pâmela, que está há 15 anos no mercado de tapetes e parte agora para seu voo solo. Bloco M • PAV 1

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• Raphis Design

• Mac móveis O visual contemporâneo é de Cadas Abranches; a iluminação é de Maneco Quinderé. O resultado é uma estrutura espetacular, um autêntico cubo de vidro gigante, com espelhos d’água, jardim vertical e um bar que, desde a inauguração em 25 de março, promete se tornar um ponto de encontro de clientes e profissionais da arquitetura. Com essa estrutura requintada, a Mac Móveis chega ao Novo CasaShopping com a sua coleção de grifes de móveis e peças de decoração para áreas externas. Entre as novidades, a Sawabona e a experiência de mais de 30 anos da marca. “Abrimos novo espaço para um público seleto, que investe em um produto sofisticado e resistente”, festeja Artur Fernandes, sócio da Mac Rio. Bloco O • PAV 2

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Para quem acompanha as tendências do paisagismo, a raphis é uma das referências mais constantes. É uma palmeira de origem chinesa, refinada e versátil. Essas são as marcas da planta e da instituição que inspirou, a Raphis Design, que traz um portfólio de plantas, vasos e móveis baseados em materiais de reflorestamento para atender a todos os tipos de demandas, do flower design de hotéis e restaurantes ao complemento natural de projetos de ambientes corporativos ou domésticos. São ambientes internos, varandas ou jardins que ganham, além de beleza e leveza, marcas como sustentabilidade, beleza natural e o toque contemporâneo que leva a parceria da empresa com arquitetos e designers. Bloco M • PAV 0


• Udine Casa Udine Casa é uma loja que chega ao Novo CasaShopping com a proposta de apresentação de móveis inéditos e de design moderno e retrô estilizado, com cores alegres, descontraídas. Esse diferencial no uso inusitado do colorido na assinatura da decoração do espaço foi desenvolvido por Paula Zilberberg. No catálogo, peças de designers de renome como Zanini de Zanine, Marcelo Ligieri, Ronaldo Sasson, Bruno Faucz e Carolina Haveroth. O público deve esperar móveis de bom gosto atemporais e com boa relação custo-benefício. Bloco F • PAV 2

• Vigolucci Um histórico de 7 anos de experiência em luminárias e automação de som e vídeo. Com essa bagagem, a Vigolucci inaugura seu espaço no Novo CasaShopping com mais novidades: a linha completa de automação da Lutron. Serão cortinas, graffic eye e todos os modelos de dimmers da marca, desde o mais simples ao top entre as peças. A loja contará ainda com luminárias de designers internacionais, muitas delas apresentadas em eventos consagrados, como o Salão de Milão. Bloco N • PAV 0

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• L’Entrecôte de Paris O bom gosto do Novo CasaShopping não está apenas nas vitrines e nos projetos dos maiores profissionais de design da cidade. Está também no prato, especialmente após a chegada do L’Entrecôte de Paris, o mítico restaurante parisiense, que tem o corte que batiza a marca como único prato do cardápio. Suculento, no melhor estilo comfort food, com seu molho secreto e suas batatas crocantes, a carne chega em um dos cinco pontos de preparo, que o cliente escolhe, a partir da forma favorita dos franceses, o bleu (muito malpassado), para sentir o mesmo paladar que sente em Paris. Bloco O • PAV 0

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O que vem por aí • Galeria 021 Há oito anos em Ipanema, a Galeria 021 expande seus horizontes e inaugura, em junho, uma ampla loja no Novo CasaShopping. O conceito segue a proposta do showroom da Zona Sul, como concebido pelo designer Marcio Lewkowicz: reunir, em um mesmo lugar, design contemporâneo e charme numa sintonia fina com o que representa a região para o carioca. E deu certo. Não é por acaso que o espaço traz no nome o prefixo 021 da Cidade Maravilhosa. Em destaque, peças de designers brasileiros em uma série de trabalhos, autorias que vão valorizar ainda mais o novo showroom da marca. Bloco N - PAV 0

• Quartos & Etc A Quartos & Etc vai chegar ao Novo CasaShopping com histórias para contar. São mais exatamente 30 anos de histórias, desde o lançamento da marca, nos anos 80, como uma pioneira no segmento de lojas especializadas em móveis de alto padrão para quartos. A ideia é das empresárias Teresina e Maria Aparecida Cenacchi, que apostaram no poder da escolha pelas medidas, acabamentos e detalhes dos móveis para qualquer estilo de quarto. Além de exclusivas, as peças Quartos & Etc são feitas de madeira certificada e contam com uma fábrica não poluente, afirmando, assim, sua responsabilidade ambiental no mercado. Bloco M – PAV 2

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Shigeru Ban O ar qui te t o d o p a p e l Japonês é premiado com o Pritzker de 2014

The Naked House, em Tóquio: leveza e iluminação de Shigeru Ban

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Stephen Goodenough

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“É uma grande honra, claro, o prêmio é um incentivo a continuar fazendo o que faço – e não a mudar, mas a crescer”, disse Ban ao receber a notícia do prêmio, que será entregue em junho, em cerimônia no Rijksmuseum, em Amsterdam. Sobre a objetividade de cada trabalho, ele acrescentou: “é preciso ser cuidadoso: preciso continuar a ouvir as pessoas que me fazem encomenda em cada projeto que eu recebo, seja o residencial, seja o das emergências”, disse, em seu estúdio, em Paris. Ban não esconde sua admiração pelas referências que recebeu em cada etapa de seu caminho, dos carpinteiros que trabalhavam em sua casa, quando era pequeno – “o cheiro da madeira é mágico até hoje” –, até a influência de mestres como os alemães Frei Otto e Mies van der Rohe. Segundo ele, o estudo das obras dos dois arquitetos foi fundamental para o desenvolvimento de seu conceito de espaço aliado à luz e à claridade natural. “São linhas arquitetônicas que, apesar de simples e diretas, não têm nada de comum”, diz o arquiteto. 86 MAGAZINE CASASHOPPING

Foto: Stephen Goodenough

anúncio de Sigeru Ban como o escolhido dos jurados do Prêmio Pritzker de 2014 traz uma nova luz à arquitetura contemporânea. Literalmente, pois o japonês tornou-se conhecido pela forma como trabalha a iluminação e com a sua habilidade em dar uma extraordinária leveza às estruturas que constrói, não importa a dimensão. E dimensão é coisa que ele conhece bem, pois engaja-se sempre em soluções de emergência, como nos centros de atendimento a vítimas de catástrofes, como as de Ruanda, em 1994, e no tsunami de 2011, no Japão. No primeiro, uma das marcas que o diferenciou: o uso do papel.

O arquiteto de papel (no alto) e o Cardboard Cathedral, construção em papelão em Christchurch, Nova Zelândia


Stephen Goodenough

“Não importa se são moradores, trabalhadores, visitantes ou vítimas – esse tipo de atenção de Shigeru Ban se revela na funcionalidade de seus planos, na seleção dos materiais adequados e pela riqueza dos trabalhos que cria” (Lord Palumbo - diretor do Prêmio Pritzker)

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Todas essas influências estão em obras como o Centre Pompidou de Metz, em que resolveu todo o entrelaçamento da madeira do teto com um espetacular efeito ondulado. A mesma madeira foi usada como contraponto a uma encomenda de uma empresa suíça, que tinha o bem-estar dos funcionários no briefing. A solução veio com o corte das peças, que eram cortadas com os encaixes que dispensaram o uso de metal em juntas. Todo esse respeito com quem vai ocupar os seus prédios foram considerados pelo júri do Pritzker. “Não importa se são moradores, trabalhadores, visitantes ou vítimas – esse tipo de atenção de Shigeru Ban se revela na funcionalidade de seus planos, na seleção dos materiais adequados e pela riqueza dos trabalhos que cria”, disse o Lord Palumbo, diretor da organização. Um dos exemplos dessa escolha está no Naked House, uma casa em Saitama, nos arredores de Tóquio. Todas as estruturas brutas ganharam do arquiteto um revestimento que deu ao conjunto a mesma leveza das divisórias de papel das antigas residências japonesas. Em outro caso em que a leveza chegou com soluções simples, Ban usou o vento como recurso estético: a Curtain Wall House (casa do muro de cortinas), em que os tecidos substituem todos os muros desde o alto dos dois andares da casa. 88 MAGAZINE CASASHOPPING

O Centro Pompidou-Metz, na França, em vista interna (acima) e externa (à esquerda). Na página ao lado, dois momentos das ajudas de Shigeru Ban a vítimas de tragédias: uma no terremoto do Haiti, outra, no tsunami do Japão


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Voluntary Architects’ Network

Voluntary Architects’ Network

Didier Boy de la Tour


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Mas Shigeru Ban pede cuidado com o entusiasmo em torno de sua obra. Frequentemente, o uso de materiais como madeira reutilizável, papel, bambu e até antigos contêineres de carga, que usou para construir as sedes de Los Angeles e Nova York do Nomadic Museum, fazem com que a seu trabalho obra seja encarada como “sustentável”. “Nunca tive a preocupação com os rótulos. Quando comecei a usar esses materiais, ninguém falava em sustentabilidade”, chama a atenção. “O uso desse tipo de item é intrínseco à arquitetura, especialmente a que pratico, que sempre envolveu uma forma de facilitar quem faz a encomenda através de produtos de baixo custo, de acesso local e reutilizáveis”, diz. Os exemplos mais famosos desse tipo de aplicação de materiais como o papel aconteceu no momento em que contribuiu com a construção de instalações para atender a vítima de suas tragédias. Na primeira, a de Ruanda, em 1994, quando pessoas feridas, doentes e refugiadas da guerra ganharam abrigo em imensos tubos de papelão, que sugeriu e construiu. Deu certo e a eficácia do resultado fez com que o Alto Comissariado da ONU para refugiados o nomeasse consultor. Ainda é até hoje e todo o trabalho é doado.

as Filipinas. Parte desse trabalho, Ban desenvolve através da ong que criou no mesmo ano de Kobe, a VAN – Voluntary Architects Network, que se movimenta sempre em caso de ocorrência. Mas as estruturas que idealizou em papelão não se resumem às obras de assistência. O material ganhou força estética e está presente em uma série de outras obras bem conhecidas do arquiteto. Duas delas são igrejas: a Paper Church, em Taiwan, e a Cardboard Cathedral, em Christchurch, Nova Zelândia. A outra, a sala de concertos de L’Áquila, em que, além do papel, ele traz de volta o conceito de cortinas. Há ainda a Carta Series, uma coleção de móveis, com cadeiras e pés de mesa em que explora o material. E, para quem ainda duvida do lado “trendy” do tubo de papelão de Shigeru Ban, ele foi usado em toda a estrutura aparente do pavilhão de ninguém menos do que a Hemès, durante o Salão de Arquitetura de Milão, em 2011. Mas ele não para. E uma das suas preocupações é entender a importância do prêmio Pritzker em seu entusiasmo. “Isso não é um prêmio por conquistas – eu ainda não fiz nenhuma grande conquista”, disse, modesto, em entrevista ao New York Times.

No ano seguinte, o terremoto de Kobe, ele doou o mesmo papelão e as casas com os quais construiu, que serviram às comunidades em dois instantes: no primeiro, o auxílio aos desabrigados; no segundo, para abrigar uma comunidade de imigrantes vietnamitas.

Fabio Mantovani

A experiência com desastres naturais no Japão levou os projetos de Shigeru Ban para outras áreas, como a China, Haiti, Índia, Sri Lanka, Turquia e, recentemente,

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Saiba o que é o Prêmio Pritzker na versão da Magazine CasaShopping para iPad.

Vista externa do Paper Concert Hall, em L’Áquila, na Itália: estruturas tubulares em papel no revestimento externo e na fachada


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A MARA T O N A D O

DESign Um pequeno roteiro de uma grande feira, com as novidades e sugestões de paradas para a principal feira de decoração do planeta Paula Acosta

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á quem diga que o ano começa em março. Para arquitetos e designers, os novos tempos começam em abril, mês da grande maratona do mercado de decoração, com a chegada do Salão Internacional do Móvel – Salone, para os íntimos – que acontece todos os anos em Milão. Desde o dia 8, as ruas da cidade recebem milhares de pessoas de todo o mundo, cheias de disposição e fôlego, em busca das mais recentes novidades do setor. Para esses “atletas”, a 53ª edição do evento promete ser um longo, mas irresistível desafio para as pernas. Como em todos os anos, o epicentro das mostras está localizado no núcleo de eventos em Rho, sede oficial do Salão, que em 2013 recebeu mais de 300 mil visitantes de 160 países. O complexo abriga, ainda, o Salão

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Internacional de Complementos para Decoração, as bienais Eurocucina, dedicada ao setor de cozinhas e que inclui a FTK, exposição de eletrodomésticos imbutidos e exaustores; e a Eurobagno, dirigida ao universo dos banheiros. Para muitos, a grande escala nessa maratona é o Salão Satélite, onde emergem os jovens talentos. Ao todo, são previstos cerca de 2.400 expositores, dispostos em uma superfície total de 340 mil metros quadrados, divididos segundo três temas: Clássico, Moderno e Design. Uma das atrações do parque expositivo é a mostra “Onde vivem os arquitetos”, organizada por Francesca Molteni e com protagonistas de peso: Shigeru Ban, Mario Bellini, David Chipperfield, Massimiliano e Doriana Fuksas, Zaha Hadid, Marcio Kogan, Daniel Libeskind e Bijoy Jain/


Foto: Divulgação

Paola Lenti Completando 20 anos de atividade, o empresa Paola Lenti volta a ocupar o pátio da Società Umanitaria para mostrar a sua visão de mobiliário para interiores ou para a vida ao ar livre. O sistema composto por sofá modular e complementos, desenhado por Francesco Rota, é uma das curiosidades deste ano. Graças aos diversos tipos de pés dos assentos, é possível variá-los em altura, o que permite composições tradicionais ou informais. Completam a série bufês realizados totalmente em madeira ou com partes revestidas em tecido e uma mesinha de serviço.

Studio Mumbai. Usando como ponto de partida as residências desses profissionais, pretende-se refletir sobre o que significa, hoje, projetar uma casa. Para facilitar a visita à feira, é possível baixar gratuitamente o aplicativo Salone del Mobile.Milano 2014. Como o Salão contagia toda a cidade, é natural correr de um lado a outro para conferir o máximo possível de eventos paralelos. A mais famosa zona do chamado Fuori Salone apresenta-se com um novo nome, Tortona Around Design, ocupando sempre o perímetro entre as ruas Tortona e Savona, mas mantendo sempre a estreita colaboração com um outro circuito, o Brera Design District. Já no Centro, nasce mais uma área do design: 5Vie. O circuito em lançamento cobre uma área histórica de Milão – entre corso Magenta e via Torino, cercada por ruínas romanas, museus, igrejas, edifícios antigos – e é um convite a um belo passeio entre showrooms, tradicionais lojas de artesãos, galerias de arte, performances de rua.

Na Triennnale, a sétima edição do Design Museum indaga sobre a criatividade italiana nos anos de crise, com foco na autoprodução declinada em modos diversos durante os anos 30, 70 e a partir de 2000. O rico patrimônio cultural e artístico milanês também ganha destaque na ocasião. Com projeto cenográfico do renomado arquiteto Piero Lissoni e curadoria de Giovanni Agosti e Jacopo Stoppa, a mostra Bernardino Luini e i suoi figli, dedicada a um dos pintores fundamentais do Renascimento, ocupa o andar nobre do Palazzo Reale a começar do dia 10 de abril. Para completar, durante a design week, o ingresso a diversos museus da cidade é grátis. Quem já é veterano do Salão de Milão já conhece o circuito e sabe como o é puxado. Mas para quem quer administrar a sua visita, vale a pena conhecer algumas das paradas estratégicas, para ganhar ritmo e, com a beleza das peças, segurar o fôlego ao longo da maratona, com as dicas que Magazine CasaShopping antecipou.

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Nodus Japanese Folklore e Bouquet são duas novidades de Nodus, marca de tapetes do grupo Il Piccolo que une, de um lado, a produção artesanal, do outro, a criatividade de designers, artistas, arquitetos. A primeira, a criação é de Jaime Hayon, que faz uma releitura, em estilo moderno, da cultura oriental. O segundo, de Sam Baron, brinca com a irregularidade da forma e cores que recordam a força da natureza. Ambos são produzidos no Nepal.

Living Divani A grife expõe seus novos produtos em três endereços: na feira, no seu showroom na cidade e no Horto Botânico de Brera. Nesse último espaço, uma instalação assinada por Piero Lissoni vai acolher as criações para ambientes externos. É o caso da poltrona Pancho, projeto de Paolo Lucidi e Luca Pevere. Com suas cômodas formas arredondadas e estrutura tubular em aço galvanizado ou pintado, a peça é revestida em tecido e contornada por laços em fibra kevlar. Podese escolher entre a almofada em versão central ou assimétrica.

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Moroso Projeto dos jovens Daniele Bortotto e Giorgia Zanellato para Moroso, La Serenissima é uma sugestiva coleção de assentos com design poético. Sua estrutura sólida e linear recorda as passarelas usadas em Veneza, quando a maré é alta, sobre a qual se posa um elegante, leve e macio revestimento em seda.

Globo O banheiro dever ser visto, não apenas por seu aspecto funcional, mas como um ambiente cheio de estilo e inovador. Seguindo essa filosofia, Ceramica Globo apresenta Animus, uma operação conceitual elaborada com a dupla de designers indianos Thukral & Tagra. Inspirações pop, referências visuais à Índia do terceiro milênio que se revela um mundo complexo, fascinante, onírico e colorido, além de toques vintage, podem ser conferidos seja em novos produtos ou no cenário visionário e irônico proposto no showroom da marca.

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Galleria Nilufar Lembra um delicado ramo de cerejeira, mas é, na verdade, o sistema de iluminação Cherrybomb que Lindsey Adelman criou para Galleria Nilufar. O poético elemento é constituído por uma rede de tubos delgados em latão, pontuada por pequenos globos em vidro soprado. Sua linguagem visual é minimalista, mas, ao mesmo tempo, expressiva. Modular e de tamanho variável, o sistema oferece infinitas possibilidades de composição e pode ser aplicado em paredes, no teto ou ser usado para criar uma instalação. Diversas são as opções de cores para o vidro, como o azul-marinho opaco coberto por folha de ouro 24 quilates.

Lineabeta Trata-se de um charmoso e funcional chuveiro para espaços externos. Projeto de JVLT (Joevelluto) para a marca, o produto mostra uma haste em metal envernizado, disponível nas cores azul-claro ou verde-menta. Na base de plástico, há uma superfície de apoio integrada que também pode ser usada como um assento. Sua versatilidade o torna adequado para vários tipos de espaços e necessidades: pode-se conectá-lo diretamente ao tubo do jardim para uma maior mobilidade, ou a um sistema hidráulico tradicional.

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Unopiù Camargue é a linha de cadeiras, poltronas e chaise longues que Unopiù lança este ano. Adequadas para ambientes abertos, combinam a estrutura de ferro galvanizado à corda tecida em modo artesanal. Sofisticada reinterpretação das cadeiras de praia dos anos 60, a coleção pode ser encontrada nas cores marrom-acinzentado, marrom-claro, laranja e azul petróleo.

Gebrüder Thonet Viena Além de peças históricas, como a cadeira N.1, desenhada por Michael Thonet em 1849, a marca traz novas colaborações. Uma delas é a Front, uma trinca de designers suecas, que concebeu Coat Rack Bench, um “cabide-banco” inovador, divertido e, ao mesmo tempo, clássico ao explorar o estilo característico da marca – a madeira curvada e os assentos em palha de Viena.

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Lema O metal é o protagonista de Orpheo, uma ideia de Ferruccio Laviani para a linha de camas da Lema. A peça é elegante e conta com uma estrutura fina com detalhes arredondados, que funciona como uma espécie de moldura para as almofadas que repousam dois elementos de madeira. As bordas em carvalho, que fazem o contraste com o metal, enfatizam o contraste com o minimalismo da cabeceira e confere uma atmosfera acolhedora ao produto.

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Euromobil Linha original de prateleiras, a ZEDline se desvincula dos cânones tradicionais de composição. Projeto criado por Leonardo Zen, junto com o setor de pesquisa e desenvolvimento de produtos de Euromobil, o movel é composto por quatro módulos lineares que, reunidos, podem gerar infinitas combinações para satisfazer todos os gostos – desde as composições mais racionais às mais desestruturadas e aleatórias. Sua flexibilidade permite disposiçao em horizontal, vertical e diagonal. A gama laqueada está disponível em 15 cores.

Cappellini Peg Sofa Table é a novidade que Nendo projetou para Cappellini. A mesinha é valorizada por curvas simples e elegantes que se adaptam a qualquer tipo de ambiente. Seus pés característicos prometem ser a característica principal de uma futura família de produtos da marca. Está disponível em madeiras como nogueira, freixo e ébano, entre outras.

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Moroni Gomma Não só de móveis vive o Salão: a loja Moroni Gomma aposta em objetos made in France. É o caso da coleção concebida pelo designer Ora Ïto que, em colaboração com Kvadrat e Bigben Connected, criou os fones de ouvido Gïotto e Ayrtön, realizados com os mesmos materiais usados ​​para design de interiores. Entre os outros objetos da linha estão o alto-falante com sistema bluetooth, Emily com alça para apoio e transporte, capas para tablets e smart­phones Louïse o Ïta, entre outros produtos. Outro exemplo da criatividade francesa são os óculos de sol LetmeSee Sun, da marca See Concept. Vivaz e jovial, a linha tem opções em cores vibrantes ou em tons pastel.

Fotos: Divulgação

Cassina LC5 é o mítico sofá que Le Corbusier criou, com Pierre Jeanneret e Charlotte Perriand, para o apartamento parisiense para o qual se transferiu em 1934. Cassina aposta em uma segunda reedição da peça (a primeira foi em 1974), agora com duas dimensões, com dois e três lugares, e em sete cores, que poderá ser vista na feira de Rho. Já o seu showroom, no centro da cidade, recebe Avant-garde Retro que vai reunir, entre outras iniciativas, uma celebração aos 40 anos do sofá Maralunga, desenhado por Vico Magistretti, além da apresentação da edição limitada da chaise longue LC4 CP, sempre do trio Corbusier, Jeanneret e Perriand, em homenagem simultânea à que a Louis Vuitton fez a Charlotte, com a sua coleção Icônes 2014.

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Luc a

Nichetto Sabor de Veneza no design escandinavo Heloisa Marra

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jörk, Martin Margiela, Jean Paul Goude, Marcel Duchamp, o maquiavélico bebê prodígio Stewie Griffin, do desenho animado “Family Guy”, são fontes de inspiração para o design de Luca Nichetto, um dos nomes italianos mais disputados da atualidade. Suas peças respeitam o meio ambiente, refletindo na forma, no desenvolvimento de materiais e no humor, uma sofisticação pop que acolhe e diverte.

Coleção de cadeiras Elysia, feitas para a De La Spada

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Cadeira Motek, para a Cassina

Mas se a inspiração é rica em elementos, Luca Nichetto sabe sintetizar tudo em linhas puras e objetos essenciais. O segredo talvez seja um talento devidamente afiado em Murano, onde nasceu em 1976 (tem 38 anos) e começou a trabalhar em 1999, desenhando para Salviati, famosa por belas peças de vidro cristal, material batizado com o nome da cidade que, uma vez inflado, exige rapidez na hora de decidir a forma. Além disso, ao longo da carreira tem cultivado grande afinidade com o design sueco, abrindo a Nichetto & Partners em 2006, em Veneza, e em 2011 em Estocolmo. Peladas na infância inspiram painéis à prova de som Luca Nichetto formou-se em desenho industrial no Instituto de Arte e no Instituto Universitário de Arquitetura, em Veneza. Hoje, vive metade do mês na Itália, metade na Suécia. Na entrevista que concedeu à Magazine CasaShopping, contou que sua criação Notes, painéis de feltro reciclado à prova de som, feitos para a Offecct, foi inspirada na sua infância em Veneza, nos lençóis e roupas que as mulheres costumavam pendurar entre as casas. “Quando você cresce numa cidade como Veneza é especial. Nesse caso, a ideia foi muito simples, baseada nesses lençóis que ajudavam a abafar o som da bola e a gritaria da garotada”, conta. Lançados em cinco formatos diferentes no início deste ano, na Semana de Design de Estocolmo, os painéis 106 MAGAZINE CASASHOPPING

não precisam ficar necessariamente presos à parede, funcionando também como divisórias de ambientes. O português é uma língua familiar à equipe que trabalha no escritório de Luca. Uma das moças que atendeu o telefone para marcar a entrevista, falou em português impecável. Por uma boa razão: a parceria do designer com a empresa lusa De La Espada, cujo resultado foi outra sensação da Semana de Design de Estocolmo esse ano, a cadeira Elysia. Trata-se da primeira peça da coleção 50/50, que leva esse nome não só por se basear nos grandes arquitetos dos anos 50, mas por equilibrar o uso da madeira trabalhada à mão com outros materiais na proporção 50/50. Feita em madeiras nobres, como o freixo europeu e a nogueira americana, ela tem acabamento a óleo e cera. O esqueleto da peça, tradicionalmente oculto, está deliberadamente exposto para mostrar a sofisticação e a qualidade da marcenaria e do material, uma característica da La Espada, que cuidou dos mínimos detalhes como o local do lançamento: o Bauer Atelier, Brunnsgatan 4, em Estocolmo, que desde 1863 combina a antiga tradição da alfaiataria com a busca de matérias-primas inéditas. Carmencita e as referências de um jogo de café Os produtos lançados por Luca têm consumidores fiéis no mundo, especialmente no Canadá, em Toronto, na galeria Mjölk, do casal John Baker e Juli Daoust. Por sugestão do


amigo Eero Koivisto, Luca visitou a galeria e sentiu-se logo à vontade num ambiente cercado por peças de design escandinavo e japonês. Convidado por John e Juli para expor seus trabalhos, criou o jogo de café Sucabaruca. Por trás da aparente simplicidade da cônica cafeteira de cerâmica, há uma infinidade de referências e detalhes, a começar pelos parceiros de diferentes nacionalidades que ajudaram no desenvolvimento. Além de Juli e John, que distribuem o Sucabaruca, Luca contou com a ceramista canadense Alissa Coe para fazer o protótipo, com Valeria Moiseeva, russa sediada em Nova York, responsável pelo desenvolvimento em parceria com o estúdio do designer, e com Elena Freddi, da equipe do estúdio em Estocolmo, para montar a exposição no Canadá no início deste ano. As referências do Sucabaruca são inúmeras. A forma cônica da cafeteira foi feita pensando no personagem Carmencita, criado por Armando Testa, em 1966, para o famoso programa da TV italiana “Carosello”. O jogo vem em três gamas de cores, do branco total, inspirado no estilista francês Martin Margiela, às pastel, características da arquitetura japonesa, sem esquecer as cores pops em homenagem ao eclético artista Jean Paul Goude.

Aplicações e cores da cafeteira Sucabaruca

O jogo vem em três gamas de cores, do branco total, inspirado no estilista francês Martin Margiela, às pastel, características da arquitetura japonesa, sem esquecer as cores pops em homenagem ao eclético artista Jean Paul Goude.

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Foto: Hiroshi Iwasaki

arquitetura

Poltronas, biombos, estantes entre os sete produtos criados na parceria entre Luca Nichetto e Oki Sato, em 2013

Luca e Oki: parceria através de um poema Além do design, Luca Nichetto conta que sua inspiração vem também das viagens: “Adoro viajar, abrir a porta para o novo, sem esquecer minhas raízes. Viajar me dá energia, mostra para onde o mundo está caminhando e me permite identificar onde o novo se combina com o passado, com a minha identidade. Sempre tento colocar qualquer coisa num cenário internacional.” Uma das parcerias mais interessantes de Luca Nichetto foi com o designer japonês Oki Sato, à semelhança de famosas dobradinhas feitas no passado, como a de Ettore Sottsass com Shiro Kuramata. Ele contou aqui como ambos venceram a distância. “Trabalhamos através de uma poesia japonesa chamada Tanka, onde uma pessoa compõe as primeiras três linhas e depois a outra completa. Esse processo resultou em sete produtos, que eu

e Oki fizemos juntos e apresentamos ano passado em Milão”, disse o designer, que contou com o apoio de empresas como Shiro Kuramata Casamania, Discipline, Foscarini, Glas Italia e várias outras. Para cada produto, os dois criaram legendas quase versos. Sobre a peça, Prateleiras em quadrinhos (Shelves in a comic), desenvolvida com a Glas Italia, Oki escreveu: “coloque várias pequenas prateleiras juntas transformando algumas em suporte e crie pequenos e tantalizantes espaços esperando apenas que algo os preencha...” Luca completou: “Envolva essas prateleiras numa grande e flexível silhueta parecida com um balão de histórias em quadrinhos, do tipo que aparece sobre a cabeça do personagem de mangá à medida que ele imagina algo”.

“Trabalhamos através de uma poesia japonesa chamada Tanka, onde uma pessoa compõe as primeiras três linhas e depois a outra completa. Esse processo resultou em sete produtos, que eu e Oki fizemos juntos e apresentamos ano passado em Milão” 108 MAGAZINE CASASHOPPING


Pavilhão criado em um mês na China “Por enquanto não estou desenvolvendo outros produtos com Oki, mas espero ter outra oportunidade para trabalharmos juntos, pois foi uma experiência agradável não só para mim mas para toda a equipe”, explicou Luca que, em setembro do ano passado, aceitou o desafio de cons­ truir em apenas um mês um pavilhão, o Tales Pavillion, no coração de Beijing.

Foto: Constantin Meyer, Koelnmesse

“A China é um tipo de país onde você descobre novas coisas, novas maneiras de trabalhar. A língua é diferente mas no sentido prático não tão diferente assim. Acho que consegui ensinar algo a eles. O pavilhão é permanente, feito para meu cliente que distribui várias marcas europeias na China. Na China, eles precisam de vários itens de design, assim como no Brasil, onde houve um boom econômico na classe média e assim como na Índia. Nós, europeus, cometemos muitos erros depois da Segunda Guerra Mundial. Podemos ensinar como não repetir isso. O importante não é simplesmente fazer negócio, mas um bom negócio no sentido de viver melhor”, afirma.

Dentro e fora da “Das Haus – Interiors on Stage”, em exposição de design em Colônia, na Alemanha

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Mas se a inspiração é Nichetto sabe sintetizar tudo em linhas puras e objetos essenciais. O segredo talvez

Foto: Divulgação

rica em elementos, Luca

seja um talento devidamente afiado em Murano, onde nasceu em 1976

Foto: Massimo Gardone

Duas luminárias: a Fondue, amarela, inspirada em cartuns, e as Stewie para Foscarini. Na página ao lado, cadeiras Robo, inspiradas na cantora Björk

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Foto: Massimo Gardone

Cadeira Robo, Björk e a ecologia Pensando nisso, Luca Nichetto foi aprendendo com os próprios erros. A cadeira Robo surgiu a partir de um deles. “Quando comecei a colaborar com a Offecct, propus o projeto de um banco para ser usado em espaços públicos. Era um banco enorme, que deveria ser fabricado através de uma rotomoldagem particular de um material capaz de dar à peça uma espessura suave. A Offecct gostou muito e começou a fazer os protótipos. De repente pararam: havia apenas um fornecedor capaz de fazer o banco e ele ficava na Itália. Isso significava que o banco tinha que ser transportado de navio da Itália para a Suécia e de lá para o resto do mundo. Acharam que não era ecológico por causa do tamanho”. Luca ficou deprimido com o insucesso, mas ao desenvolver o conceito de uma nova cadeira para a empresa, partiu do que havia aprendido com o banco. “A Robo é feita de partes desmontáveis: pode ser transportada numa pequena caixa e isso significa menos gasto com transporte numa abordagem mais ecológica. Robo foi um grande sucesso: atualmente está na coleção permanente do Museu de Design de Helsinki, o mais antigo do mundo, e foi selecionada pelo ADI Design Index 2011, uma coleção de produtos, entre os quais a ADI (Italian Design Association) para receber o Compasso D’Oro, prêmio de design mais importante da Itália e do mundo. O conceito de desmantelamento acendeu a faísca para a criação da cadeira Robo, que teve como musa inspiradora a cantora Björk e seu vídeo de 1999 para a música “All is full of Love”, dirigido por Chris Cunningham. Nele, os

principais protagonistas são robôs que passam a ter características humanas. “Acho a ideia de um robô se tornar um ser vivo realmente excitante e imaginei o que aconteceria se o mesmo princípio fosse aplicado ao design de uma cadeira. Para o Salão de Milão de 2014, Luca preparou com a Arflex uma cadeira chamada Ladle e uma bergère que batizou de Serena. “Participo também com uma extensão da família Torei (uma linha de mesas de vários tamanhos, inspiradas no conceito de bandeja, adaptáveis a vários ambientes e móveis) para Cassina, com uma cadeira de madeira e um sistema modular para o espaço da Casamania. Fiz também uma sopeira, Cheburaska, para a empresa russa Dymov, que será apresentada com o jogo de café Sucabaruca na exposição “Walk the line”, do espaço Rossana Orlandi. Desenhei também o espaço da empresa sueca Kinnarps”. Fondue e cartoon inspiram luminárias Luca dá títulos originais às suas criações. Stewie, uma luminária criada para a Foscarini, faz referência ao personagem do cartoon “Family Guy”, mas foi desenvolvida a partir da observação de uma bacia para lavar as mãos, posicionada no estúdio como uma obra de Marcel Duchamp. Feita em espuma e revestimento têxtil capaz de filtrar a luminosidade, ela surgiu em 2012. Tem também a luminária Fondue que lembra os vidros de Murano e foi baseada nos recipientes de fondue. O fio aparente dentro da luminária faz parte do design facilitando sua adaptação em vários espaços. Luca explica que gosta de comer bem em companhia da mulher e dos amigos e adora peixe. MAGAZINE CASASHOPPING 111




INTERIORES

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Edgar

Duvivier Na casa do artista, o reflexo de suas estéticas, de suas filosofias, de suas ansiedades, de seus amores texto Claudia costa Fotos Marcio Irala

P

oucos artistas são tão multimídias quanto Edgar Duvivier. Por trás do escultor de sucesso, há o músico – é clarinetista formado em Berkelee. Já foi premiado por trilhas sonoras de cinema, TV e teatro. E há também o produtor e diretor de filmes igualmente laureados. Todos esses talentos têm uma linha em comum: a estética e a versatilidade que marcam seu trabalho – e também sua casa, na Gávea, que, claro, ele mesmo produziu e construiu. E que continua evoluindo: o jardim virou ponto de encontro; a garagem é seu ateliê; a sala virou uma galeria; e alguns dos quartos, depósitos de materiais, filmes, instrumentos. A própria narrativa dessa engenharia já chega organizada, pincelada como um roteiro de filme que está produzindo, o curta-metragem, «O atelier», a partir do tema arte contemporânea, com humor, com Maria Clara Gueiros (sua atual namorada), Gregório Duvivier e Orã Figueiredo. E dessa entrevista que deu à Magazine CasaShopping, quem sabe não surge mais uma produção sobre a sua casa? A chegada “Primeiro, aluguei a casa, pois tinha me separado. Apesar de ter construído uma casa com projeto de Lúcio Costa,

feita pra morar para sempre com meus filhos e mulher, o ‘pra sempre’ não rolou, e saí para deixar meus filhos com a mãe, na casa que construí, nos moldes que sonhei. Perambulei por diversos apartamentos, em bairros que foram de Santa Teresa ao Leblon, passando por Jardim Botânico e Cosme Velho, até que voltei à Gávea, pra ficar mais perto dos meus filhos que ainda eram pequenos. Aluguei uma casa no caminho da casa deles. Uma casa meio feiosa por fora, mas numa rua onde parei e escutei de cara o pio muito bonito de um sabiá.” Os primeiros habitantes “Conheci uma moça que estava morando na França. Ela tinha dois filhos, e convidei a todos para vir morar comigo. Passei a ter cinco filhos e, por isso, construí mais dois quartos na casa. Fechei também uma varanda, fiz uma pequena ponte para acesso ao que veio a ser uma espécie de varanda de inverno (e lugar onde desenho), com três mesas grandes. Aproveitei esse lugar para colocar um grande lustre de opalina, que conheço desde que nasci, que enfeitava a casa de minha avó, onde eu morava em criança. Dessa casa eu trouxe azulejos, pratos, copos, esculturas e estantes.”

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INTERIORES

Sala e o misto de convivência e de galeria

Os pontos “No centro de minha sala tem uma escada em caracol, de cimento e com degraus forrado de peroba. É uma senhora escada. Parece que o cara primeiro fez a escada e depois construiu a casa em volta. Fiz eu mesmo uma grande estante de maçaranduba. Tenho um vizinho, o Luiz Fernando Penna, que é um cara que adora construir e tem muitas ideias. Ele me ajudou nessa estante. Simples de fazer e bem bonita. Nela eu ponho muitos livros, de arte e história, e, claro, de literatura, mas também ponho esculturas, troféus e pequenos bustos. Aos poucos minha casa se tornou uma galeria, ou, para alguns, um depósito. Gosto do que eu faço, pois, quando não gosto, jogo fora, portanto convivo com muitos objetos, esculturas de pessoas e esculturas abstratas minhas e de meus pais, que também eram escultores, e me sinto muito bem acompanhado.” As companhias “Meus filhos não moram comigo, portanto, vivo com esculturas e com hóspedes, na maior parte estrangeiros e de preferências do sexo feminino, para trazer uma certa graça à casa. Gosto de receber as pessoas no jardim. Não é grande, mas é muito bacana. Tem uma pequena piscina e muitas plantas. Tem também uma pitangueira, uma tangerineira, uma jaqueira enorme, um manacá (em todas as minhas casas planto manacás), uma dama-da-noite, uma gardênia, um mamoeiro e algumas ervas de cozinha.”

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Arte tomando conta “Transformei minha garagem num ateliê, portanto, deixo meu carro ao relento, na rua, mas consegui arrumar todas as ferramentas e apetrechos herdados de meu pai onde era a garagem e virou este ateliê de onde já saíram inúmeras (mais de trinta) esculturas que povoam os pedestais do Rio de Janeiro e de outras cidades. Este ateliê virou um filme. Um filme de ficção com meu filho Gregório Duvivier e Maria Clara Gueiros. Um curta que eu escrevi, dirigi, editei, musiquei e produzi. No terceiro andar de minha casa, tem uma produtora de vídeos, que divido com meu amigo Ricardo Gomes, que, com Thiago Lopes, fez a direção de fotografia do “Atelier”. Minha casa tem três andares. Embaixo, logo na entrada, fica o ateliê.” A área do paladar “Quando você entra mesmo na casa, tem a sala, com a escada, um laguinho com peixes (sempre tenho peixes na minha casa, talvez pra honrar meu nome ‘Duvivier’). Uma grande mesa de jantar que ganhei de minha amiga Anusha Jardim. Voltando à minha sala, além de todas as esculturas, tem um piano que herdei de uma prima de minha mãe. Tem também a cozinha onde eu preparo de vez em quando uns pratos, de preferência italianos, que são mais fáceis de fazer e impressionam meus convidados. Sirvo com os talheres e porcelana familiares, copos de cristal com monograma e coisa e tal. Gosto do velho, do antigo, do usado.


“Não consigo entender quem fica entediado sem fazer nada. Se pudesse comprava o tempo dessa gente. Na realidade eu queria ser uns dez ao mesmo tempo, só assim talvez desse pra eu fazer tudo o que eu quero” (Edgar Duvivier)

Escada em caracol e as esculturas no jardim

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INTERIORES

Tenho muita louça lascada e garfos tortos, mas me sinto bem assim. Sou contra o descartável. Tenho sempre vinho em casa, mas não tenho uma adega especial ou uma geladeirinha daquelas. Estou aceitando uma de presente, se alguém quiser me dar, mas, por enquanto, os vinhos ficam na copa mesmo, ou na geladeira, se são brancos.” Andar acima “Subindo a escada, tem quatro quartos e um quartinho de TV. Meu quarto dá para os dois lados da casa e tem uma varanda com uma rede, ótimo lugar pra se isolar e ler um livro, contanto que o celular esteja desligado. Outro dia fiz um pé de luminária em bronze a pedido do Maneco Quinderé. Uma ideia dele de luminária que ele pediu para eu executar e em troca me deu uma de presente. É um dos raros objetos que enfeitam a minha casa que não são feitos por mim ou minha família. Tem uma parede com quadros de antepassados, onde eu pendurei um quadro que eu fiz de J.S.Bach, bem no centro, indicando que ele é meu mais ilustre antepassado (cultural).”

Banheiro e mezanino: casa em construção. Na página ao lado, a sala de jantar, local dos talheres tortos e louças lascadas

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Tempo sem sobra “Tenho muitas esculturas na cabeça, desenhos, filmes, por isso aproveito o máximo o tempo que tenho, porque ele não estica. Quando estou no piano, não estou na escultura, e, quando estou na escultura, não estou desenhando, então nunca consigo fazer tudo o que eu quero. De repente, me lembro: putz, estou sem fazer exercício, aí pego a bike e desço até o Arpoador, dou um mergulho e volto. Pego o clarinete, o sax, vou desenhar, vou editar um vídeo. Não consigo entender quem fica entediado sem fazer nada reclamando. Se pudesse comprava o tempo dessa gente. Na realidade, eu queria ser uns dez ao mesmo tempo, só assim talvez desse pra eu fazer tudo o que eu quero.” Leituras e críticas “Tenho lido muitos livros de arte, entre outros, como ‘Grands et Petits Secrets du Monde de L’Art’ de Danièle Granet e Catherine Lamour, ou ‘The $12 Million Stuffed Shark’, de Don Thompson, sobre o mistério das artes plásticas, esse caminho viciado que faz com que o valor da arte seja decidido por uma pequena elite feita por marchands, críticos e colecionadores. Li uma pequena historieta do Julio Le Parc, muito boa, sobre isso. Ele propõe que os artistas mudem essa trama, não se sujeitem a esse jogo. Outro dia comprei na orla um trabalho muito bom de um artista argentino, Alberto del Rio. Custou 100 reais. Hoje as pessoas não tem mais nenhuma confiança nas artes plásticas, então elas compram o que está na moda, sempre na lógica de

“O povo não precisa de um curador pra aprender a gostar de arte. A arte é um reflexo do tempo, do lugar, do povo, portanto, esse povo tem que ser capaz de entender essa arte” que, quanto mais caro, melhor. Porém, o preço da obra de arte é uma das maiores manipulações do mercado que existe. Bota na Sotheby com uma boa mídia, você vende uma lata de lixo por alguns milhões de dólares, e o comprador sai feliz achando que fez um bom negócio.” Os preferidos “Gosto muito do trabalho do Gustavo Von Ha, gosto do Gregorio Gruber, gosto do Dustin Yellin, mas eles estão caros para o meu bolso, mas tem muita gente boa por aí. Hoje você pode comprar pela Internet através de sites que te mandam em casa por preços que começam pelos 50 dólares. Eu mesmo vendo minhas peças pelo meu site www.edgarduvivier.com. Acho muito bacana essa mudança que a Internet provocou nas artes. O YouTube foi uma das invenções mais democráticas do mundo. Você bota seu filme ali, do lado do Spielberg, do Chico Buarque, do Sting, e está lá, você ao alcance de todos. MAGAZINE CASASHOPPING 119


INTERIORES

Por mais que uns críticos, curadores e pensadores andaram alardeando, a arte não vai morrer. O que vai morrer são as galerias, as gravadoras, os atravessadores. O povo não precisa de um curador pra aprender a gostar de arte. A arte é um reflexo do tempo, do lugar, do povo, portanto, esse povo tem que ser capaz de entender essa arte.”

Outros ângulos dos interiores de Edgar Duvivier na versão da Magazine CasaShopping para iPad.

O futuro do artista “As artes hoje em dia têm chegado cada vez mais ao povo, desde a arte de rua, dos grafiteiros, do gênio de Banksy que brinca com essa coisa do museu, da idolatria do artista, do preço astronômico. A arte passa por um movimento de ‘cross-over’, em que os artistas plásticos se abrem para outras formas de arte, como a música, a poesia, a dança, e, até mesmo, o design e a haute couture, como, por exemplo, Saint Laurent, Balenciaga, Elsa Schiaparelli e Galliano criaram coleções inspiradas em Mondrian, Goya, Dalí e Klimt. Louis Vuitton, Chanel e outras grandes marcas da moda estão investindo na criação de coleções e mesmo museus para vincular suas marcas à arte. O limite entre arte e não arte desapareceu. A minha amiga Francesca Romana é um exemplo aqui no Brasil da união de artistas e designers de joia. Francesca tem pulseiras com fotos de D. João, outras com aquarelas de Mercedes de Orleans e Bragança… E Francesca me atentou para sua combinação de cores preferida: rosa e laranja. Ela tem todo um trabalho nessas cores.”

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Piano na sala e ateliê na garagem: espaços reaproveitados e carro ao relento



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Além do Martino gamper lidera nomes do design em exposição na Serpentine Gallery, em Londres Duda B. Padilha

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Design

Gritti Bookcase, de 1981 (foto Hugo Glendinning)

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trabalho que Martino Gamper faz vai muito além de design de móveis. Suas criações não são do tipo utilitários banais, que se tem na sala de casa – pelo contrário, são verdadeiras peças de museu. Aqui em Londres estão expostas no lugar certo: uma galeria de arte. O designer Italiano domina a exposição ‘Design is a State of Mind’, que toma, até o fim de maio, toda a renomada Serpentine Gallery com diversas estantes e objetos de uma série de peças de armazenamento. E não é pra menos. Embora divida o espaço com outros designers conhecidos, como Ettore Sottsass, Charlotte Perriand e Giò Ponti, assim como as democráticas Ikea e Dexion, é o trabalho de Martino que se destaca mais. Suas obras, que incluem designs para exposições e de interiores, peças sob encomenda e produtos criados por ele para o mercado de massa internacional, são uma nova forma de pensar em móveis. Em busca de novas formas de se envolver com design e introduzi-lo no cotidiano, o trabalho de Gamper cria uma linha tênue entre arte, design e curadoria.

Martino Gamper ficou conhecido pelo projeto ‘100 Chairs in 100 Days’, no qual criou cem cadeiras buscando estudar a metodologia do processo de produção, alegando “não buscar a perfeição por ela não existir”, nesta mostra expõe um novo lado do seu trabalho. Martino apresenta um panorama de sistemas de prateleiras nos mais variados tamanhos, formatos e materiais e nos faz perceber o quão próximo um simples móvel, que muitas vezes banalizamos, pode estar de uma obra de arte. Peças que datam de 1930 a hoje, de produtos em madeira modular a exemplares únicos que desafiam a lei do equilíbrio, fascinam e surpreendem. Afinal, quando, na vida, imaginamos entrar em uma galeria de arte com tanta pompa e circunstância quanto esta, e nos depararmos com estantes? Algumas, inclusive, que poderíamos comprar on-line, pela bagatela de 40 libras e tê-la entregue em menos de 48 horas. Mas o que se propõe aqui é um desafio: o de representar uma história eclética da forma como expomos, arquivamos e organizamos nossos bens mais precisos. Em cada

Quando, na vida, imaginamos entrar em uma galeria de arte com tanta pompa e circunstancia, quanto esta, e me deparar com estantes? Em cada estante exposta descobrimos objetos pessoais, escolhidos a dedo por Gamper, de seus parentes e amigos. Dois detalhes do Book Show Case, de Andrea Branzi, 2010 (foto: Hugo Glendinning)

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cult

Robot Chair (esquerda) e Estrutura em carvalho, de Michele de Lucchi (direita), ambas de 2008. (foto Angus Mill) (Imagem Amendolagine e Barracchia)

estante exposta descobrimos objetos pessoais, escolhidos a dedo por Gamper, de seus parentes e amigos. Peças cotidianas (como martelos e cabides), outras de valor sentimental, relíquias, antiguidades, algumas feias, outras bonitas, mas tudo precisamente escolhido para representar a essência de cada pessoa, suas inspirações e valores. No centro da galeria duas salas se destacam de seu entorno. A primeira, no qual Gamper homenageia o icônico designer italiano Enzo Mari, nos aproximando da obra e vida do artista, através de seus desenhos e anotações, expostos junto à sua coleção pessoal de pesos de papel. No espaço ao lado é a vez de compreender a vida e inspiração de Martino. Convidados a se sentarem (e porque não conversarem e trocarem ideias?) nas cadeiras e mesas desenhadas pelo próprio, espectadores folheiam catálogos de móveis contemporâneos do mundo inteiro, enquanto assistem aos filmes ‘Mon Oncle’, de Tati, e ‘Le Chant du Styrene’, de Alain Resnais. É um espaço social, de pesquisa, onde cada um a seu tempo descobre e entende a evo126 MAGAZINE CASASHOPPING

lução do design: do futuro previsto em 1950 às modernas peças que ali estão. No fim, o visitante sai dali com uma foto de cada peça, querendo fazer obra em casa e, de prefêrencia, levar uma de cada comigo. Mais do que isso, o visitante sai convencido de que arte não precisa estar no museu – e pode, sim, fazer parte do dia-a-dia e estar muito mais próxima do que imaginamos. Como já diria Marcel Duchamp “a arte não é sobre si mesma, mas sobre a atenção que damos a ela”. Por isso, fica a proposta: que nos dedicarmos mais ao que nos cerca? A arte pode estar do nosso lado e nem percebemos.

Que tal darmos mais atenção ao que nos cerca? Talvez você esteja cercado de arte e nem saiba



crônica urbana

Remando

contra a maré Antonia Leite Barbosa

F

ui ao supermercado fazer umas comprinhas. Entre os supérfluos necessários que lotavam o meu carrinho estavam um pacote de biscoito Oreo, um saco de bombom de stracciatella, um pote de doce de leite argentino e a irresistível batatinha Joe Chips. Se estivesse acompanhada de alguns amigos da geração saúde, daqueles que patrulham a alimentação alheia, certamente poderia ser questionada quanto as minhas escolhas pouco ortodoxas. Afinal de contas, sinto que todos a minha volta estão entrando numa nova era, embarcando na doutrina do viver bem de forma quase religiosa. Já me aventurei em várias dietas da moda. Descobri o suco verde antes de ele ganhar toda essa fama e comprei uma centrífuga; fiz por duas vezes o bem-sucedido programa “detox”, da Andrea Henrique, que me deixou mais bem disposta e eliminou três quilos por vez; frequentei uma aula do curso da nutricionista funcional Patricia Davidson; li o best-seller da

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Bia Rique, segui um tempo a dieta e as receitas bacanas das nutricionistas Isabel Jereissati e Maria Eduarda Guaraná, mas não consigo fazer nada disso virar um “estilo de vida”. Sou resiliente como um elástico ou uma vara de salto em altura, que se verga até um certo limite sem se quebrar e depois retorna à forma original. Faço restrições por necessidade e não por prazer. Tem um lado meu que não quer aceitar, que se esforça e buzina no meu ouvido “você é o que você come”, mas o outro não consegue abrir mão dessas delícias. Até poucos anos nunca tinha ouvido falar em antioxidante, alto ou baixo índice glicêmico, o que é um alimento termogênico ou sei lá mais o quê. O primeiro vilão de que tenho registro é o aspartame e olha que eu já era bem crescidinha. Depois falaram em gordura saturada, fenilanina, ácido fosfórico, glutamato monossódico. Um vocabulário técnico que saiu dos livros e ganhou as ruas.


De uns anos pra cá, produtos nada familiares como amo: camarão, carangueijo e lagosta. Isso lá é vida? chia, gojiberry, leite de amêndoas, gelatina agár-agár, colágeno hidrolisado, farinha de linhaça, espirulina, seMeu pai, rei da proteína e do carboidrato, foi passar um mente de girassol, chá de hibisco, biomassa de banana fim de semana em São Paulo na casa do meu tio Sobral e verde, quinoa, óleo de coco, batata doce, entre ouna hora do jantar presenciou toda a família comendo salatros, foram introduzidos na dieta de pessoas normais. da. Lamentou e perguntou se eles queriam viver para semDeixou de ser consumo de gente alternativa. E o tema pre. Como contraponto, cresci com o bom exemplo da mi“intestino preguiçoso” nunca esteve tão em evidência. nha mãe, que se alimenta muito bem, apesar do fraco por As pessoas disfarçam falando de alimentos funcionais, chocolates. Na Páscoa ela era mestra em surrupiar frações mas o que todo mundo quer como nunca antes visto imperceptíveis dos nossos ovos sem que eles colapsassem é ir ao banheiro. Suco de ameixa e mamão papaya é e capaz de refazer o embrulho sem deixar evidências. Meu coisa pra dinossauros. Hoje existem armas bem mais pai conta que quando a conheceu sentiu muita pena e teve poderosas. Tenho vários amia certeza de que ela passava gos vegetarianos, veganos fome em casa. Nas refeições Prova de que o mundo está ou que apenas retiraram das quais ele participava, só carne vermelha de suas diesendo abduzido por uma folha haviam legumes e grelhados. E tas. Passei a conhecer outras frutas de sobremesa. de couve gigante é o número tantas pessoas com intolerância a lacotose ou glúten. Prova de que o mundo está de lojas de produtos naturais Não lembro de ter conhecido sendo abduzido por uma foespalhadas pela cidade, ninguém da geração da milha de couve gigante é o núnha mãe ou avó sofrendo do se multiplicando como gremlins mero de lojas de produtos mesmo mal. naturais espalhadas pela cidade, se multiplicando como Fiz um exame que aponta quais os alimentos bons e gremlins. Por outro lado, ser saudável, fazer dieta custa ruins para cada pessoa. Uma picadinha para retirar uma muito caro: 250 gramas de açúcar de coco, que é muito amostra de sangue e 40 minutos depois o paciente já mais saudável, chega a custar o equivalente a 10 quilos descobre o que é melhor para o seu metabolismo, dido açúcar refinado convencional. Mas admito que custa gestão, TPM, qualidade do sono, dores de cabeça e tal. muito caro pagar academia e não ir; comprar equipaO meu resultado foi um tanto assustador. Os alimentos mento de ginástica e não usar, fazer tratamentos estéque estou neste momento com maior rejeição são os ticos sem mudar coisa alguma na rotina, práticas das que levam fermento e leveduras: cerveja, chope, vinho, quais sou especialista. Pode ser que daqui a um tempo pão, massa de pizza, shoyo, vinagre. Também tenho eu mude de opinião sobre tudo, passe a comer muito que evitar aveia, trigo, amêndoa, leite de vaca, peixes bem sempre, mas por hora vou continuar sendo apenas como hadoque e bacalhau e os crustáceos que mais uma mulher de fases

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decoração

Brilh aos ol ho s

Cadeiras e mesa em revestimento brilhante, da grife italiana Casabella Icaro.

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o A volta dos revestimentos brilhantes aos móveis e como contribuem com uma casa de ambientes elegantes, práticos e de efeitos luminosos Helen Pomposelli

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ouve tempo em que se viravam os olhos quando se pronunciava a palavra “brilho”. Era sinônimo de gosto duvidoso, na hora de pensar em glamour no visual ou na decoração. Sinal dos tempos, o resultado na decoração moderna traz ousadia e bom gosto se for bem medido. Materiais transparentes, cores brilhantes, plásticos e formas suaves, seguindo essa tendência retrô de materiais de superfície na área de decoração também estão sendo muito vistos em fotos de cozinhas de décadas atrás, mas que estão de volta com os painéis te tintas brilhantes, em MDP ou MDF, um revestimento com acabamento de verniz acrílico já preparada em lâminas de madeira. Ideal para os recém-casados que não querem perder tempo limpando a cozinha, os revestimentos brilhantes têm um resultado moderno. Os tons variam de vermelho, branco, gelo e preto, chegando até a lâminas que remetem à madeira. A ideia desse toque vintage é que passe um efeito superbrilho. Assim, para que seja bem-feito, é necessário uma aplicação com alta tecnologia e qualidade, gerando um resultado de uma camada de verniz com mais profundidade em um brilho uniforme. Além da cozinha, esse material de brilho vintage pode ser usado em portas de closet, divisão de ambientes, portas de cozinhas, home theaters, revestimento de paredes, cabeceiras de camas e outros projetos para uso vertical. Segundo a consultora da empresa Multimulti, Alina Martin de Mello, que presta assessoria pessoal para o dia a dia, os efeitos de superbrilho podem ser usados em pequenas reformas e pequenas doses, porque o efeito é muito grande. “O ideal é usar em pequenos ambientes e painéis para dar um up”, diz. Como esse acabamento é mais brilhante, atual e com alto índice de reflexos, a consultora sugere não somente aplicar em cozinhas, mas também em lugares que queremos dar um certo destaque com ares de personalidade.

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decoração

Segundo Alina, o brilho nos móveis é marcante e permite amplas e variadas composições contemporâneas. “Podemos usar como um painel na sala, num ambiente pequeno que você precise dar um grande efeito ou até como divisória de ambientes. O ideal é aplicar essa técnica para uma direção mais lúdica”, explica. Com toda essa qualidade de detalhes e características, o hall e os escritórios mais contemporâneos em casas e salas antigas também podem ganhar a aplicação do acabamento que se destaca por si só. A arquiteta e decoradora Paula Neder também é adepta dos acabamentos brilhantes. Segundo a arquiteta, o acabamento é muito fácil de usar e oferece uma certa luz ao ambiente, pois as madeiras reluzem. “Acabei de fazer uma cozinha Florense Novo CasaShopping em rosa balé e tons de fendi, mesclei high gloss com microtextura, que é fosca. Pois deixei o acabamento para os locais onde não sujam muito e não exigem tanto manuseio. Ficou bárbaro! Além disso, fiz uma estante em que a estrutura era fosca e os fundos dos nichos todos em high gloss em um tom mais claro. Pareciam iluminados! O resultado é uma superfície bonita e agradável de se ver”, dá a dica.

Cozinha com acabamento em brilho, da Red Box Developments. Abaixo, o armário em high gloss, da Florense Novo CasaShopping (esquerda), e o glitter dos copinhos de cachaça da Duilio Sartori (direita)

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Dentro da área dos toques “luminosos” na decoração, há tempos que o glitter também virou queridinho fashionista das unhas decoradas das blogueiras até nos desfiles e passarelas urbanas. Foi a Chanel que deu o empurrãzinho para que o brilho se transformasse em algo “a mais” no estilo. Durante seu desfile de verão 2014, a marca apostou nesse efeito no cantinho dos olhos como delineador. O resultado é puro glamour, lógico, quando é bem equilibrado na produção. Já em territórios brasileiros, o glitter já era enredo nos desfiles carnavalescos e nas noites badaladas a tempos, usado no make-up sendo aplicado no rosto e até no próprio tecido da roupa. A novidade é a entrada desse precioso brilho em sua casa. Mas cuidado! Tem gente que vem colocan-

do glitter em tudo, de pregadores de roupas, passando por almofadas e até em taças de vinho e champagne. Duilio Sartori, arquiteto, designer e empresário, aposta nos detalhes purpurinados como os copos de cachaça de vidro, lamparinas e até nos bowls de mesa e admite ter um certo receio na hora de decorar uma casa com peças que levam glitter. Mas os brilhos não param por aí. Estamos falando de inspiração nos anos 60, década onde a tecnologia, os jovens e o estilo psicodélico eram relevantes. A Arte Pop causa até hoje impacto sobre o design e os revestimentos mais comerciais e brilhantes são fascínios contemporâneos na decoração de interiores.

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decoração

“O excesso e a falta de harmonia são cafonas. Tudo preto, tudo branco, tudo com muito brilho não compõe uma beleza harmoniosa no ambiente”, resume Duilio. Segundo o arquiteto, que não segue tendências e curte objetos atemporais que marcam o estilo do cliente, se o dono da casa quiser brilho de cima a baixo e se sentir feliz com isso, não é ele que vai tirar essa alegria dele. “Chique é ser feliz!”, diz. Moderno, clássico, vintage ou casual, esse brilho natural pode trazer alegria e sofisticação aos dias mais ensolarados e combina com tudo, qualquer tipo de louça ou móveis. A dica do Sartori é se inspirar na natureza. “O que mais brilha na natureza é o sol e as pedras como os cristais. Que tal buscar esses elementos para dentro da sua casa? As esferas de vidro, as pedras, os bowls de vidro com efeitos craquelê podem oferecer uma atmosfera com brilho discreto que, com a entrada da luz, oferece um resultado de pura energia para dentro da sua casa”, explica Duilio.

“O excesso e a falta de harmonia são cafonas. Tudo preto, tudo branco, tudo com muito brilho não compõe uma beleza harmoniosa no ambiente”

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O estilo dos reflexos nos copos da Domme e na mesa com gaveteiro em rosa, da Lacca

Para a arquiteta Paula Neder, que sempre adora novidades e que procura se aproximar das tendências fazendo pesquisas e descobrindo desde o que é, quanto custa, como é, quais os empregos indicados, qual a durabilidade e usos, o glitter é muito interessante para trazer uma surpresa ao ambiente. “Costumo dizer que tudo é bom, depende da adequação e da criatividade no uso. Muitas vezes conseguimos efeitos discretos, que só vemos em certas posições, esses, então, adoro, pois surpreendem e suavizam”, explica a arquiteta que tem usado muito papel de parede com glitter em lavabos, halls de entrada, parede do quarto e em nicho. Misturar móveis com glitter ou laca na decoração que dão a luz um canto morto na sala pode dar personalidade ao ambiente. A dupla Joana e Julia, da empresa Lá na Ladeira, que “iluminam” móveis com laca e misturas inusitadas há 4 anos, transformaram a arte de dar brilho e cor na decoração em negócio. O projeto começou com reforma de móveis antigos e, hoje, elas não só experimentam novos materiais como também criam novas peças para decoração. Segundo as “meninas”, a grande dica é verificar se a peça que você vai aplicar a cobertura está bem restaurada, porque a madeira muito antiga pode descascar e deixar a superfície com texturas indesejáveis. MAGAZINE CASASHOPPING 135


decoração

A dupla concorda que essa busca por um “brilho a mais” na decoração faz parte da tendência retrô dos anos 60 e 70, onde o glitter era usado em todas as formas de manifestação de arte, decoração e moda. “Moda e decoração andam juntas. Essa onda também traz o retorno dos móveis mais retos, como os com pés de palito com cara de antiguinho, ou dos objetos inspirados no vintage como cabideiros e bandejas”, explica Joana, que sugere não ter medo da mistura, ou seja, colocar mesas modernas com cadeiras antigas e objetos com glitter. Perfeito! O mix purpurinado é muito bem-vindo e causa também um toque divertido e artesanal na decoração através de coberturas, acabamentos e objetos. Uma maneira cool de usar essa tendência é investir nos objetos que ganham reciclagem de vidros com glitter como vasos, cinzeiros, potes e bowls. Assim, o glitter faz parte da sua casa dando ares de festa e alegria sem chamar muita a atenção.

Com ares de festa, os objetos decorativos com detalhes em brilho, como glitter, dourado ou bronze, são destaques na decoração de qualquer casa ou escritório. A ideia é dar um toque moderno e criar um contraste inovador em qualquer ambiente. Percorrendo casas mais contemporâneas, é fácil achar o brilho intenso em cores ousadas como vermelho, amarelo e roxo ou nas mais clássicas e discretas como o preto, branco, dourado e prata. Na loja Domme, os minicopinhos de vidro trabalhados em glitter servem também como castiçais, na Gumos Mix, o acabamento de um banheiro pode ser detalhado em pastilhas Glass Mosaic com vidro em efeito glitter. Já na Vallvé, o jogo de banheiro recebeu uma discreta camada de resina de poliéster dourada que oferece “ares purpurinados” ao ambiente. Se o assunto fala de modismos, na Conceito All, a minissaia, jaqueta e vestidos mantêm a tendência em forma de aviamentos e tecidos.

Abaixo, purpurinas na saia da Conceito All e no jogo de banheiro da Vallvé. No pé da página, as pastilhas da Gumos Mix

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projeto

Meet the MeT Anfiteatro de Trancoso é o novo destaque da agenda cultural e da arquitetura das Américas Vanda Klabin

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ependendo do ângulo, é uma meia lua. Mudando-se de lado, percebe-se o formato de concha. De cima, um teatro romano. De frente e de trás, o painel com estruturas perfiladas como letras que, se não formam palavras, dizem muito sobre uma das obras mais espetaculares do momento no Brasil: o Centro Cultural de Trancoso. A estrutura foi inaugurada em março e foi o orgulhoso cenário da terceira edição do MeT – Música em Trancoso, um festival que une, pela música clássica, jazz e bossa nova, artistas brasileiros e grandes solistas internacionais.

Branco, em contraste tão dramático quanto delicado com o céu e a vegetação, é um anfiteatro construído sob a regência de um maestro que vem se destacando cada vez mais nos projetos de salas de concerto pelo mundo: François Valentiny. Nome francês, pinta de italiano, estudos em Viena e, finalmente, o contato com o Brasil, através do projeto Mozarteum. Ele voltava de Shaghai, onde participou da construção do pavilhão de seu país, o Ducado de Luxemburgo. De lá a Salsburgo, na Áustria, ponto de partida para a primeira edição do festival Música em Trancoso, em 2012.

Vista do anfiteatro a partir do prédio do bar e das salas de aula

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Tal como os organizadores, apaixonou-se pelo lugar. E, a convite de Reinhold Geiger, do grupo L’Occitane, patrocinador do evento, recebeu a proposta para construir um lugar definitivo para o festival no litoral da Bahia. Do convite à inauguração, meros dois anos, que exigiram várias vindas de Valentiny ao Brasil. “Não quis apenas fazer algo durável para deixar como marca, mas também dar ao conjunto o que eu vi de metafísico na obra: o som entrando pelos muros das estruturas”, contou, em entrevista exclusiva à Magazine CasaShopping. “A ideia era a harmonia com o ambiente e com o povo. Estive muitas vezes visitando as comunidades para absorver a simplicidade das pessoas e devolver o que sentia”, contou a respeito do processo de criação e de construção do anfiteatro. A opção foi por uma estrutura em cimento e aço e cobertura de concreto armado para moldar o sistema de acústica que já tinha desenvolvido em uma ópera que construiu em Viena e outra em Luxemburgo. “Não era para ser sofisticado, mas foi rebuscado para permitir o trânsito do som e também do ar”, explicou, dando ao esquema do projeto a mesma sensação de

se descrever um órgão. Na parte de trás, também discreto, o prédio baixo para a administração, ensaios, o bar Facilities, com painéis em bronze da artista plástica Maria Bonomi, e as aulas, administradas por ninguém menos do que os solistas de orquestras sinfônicas lendárias como as de Munique, Viena e, sonho maior, a de Berlim. Não parece, mas François Valentiny tem 61 anos. Foi a sensação do festival. Mas por trás do entusiasmo do arquiteto, está uma carreira que uniu a arquitetura à musica. Pela prancheta, formou-se na Universidade de Nancy, na França e estendeu os estudos na Universidade de Viena, onde tornou-se “Magister architecture”. Dez anos depois, já se tornava consultor de design da Salsburgo, cidade natal de Mozart, e iniciou uma série de construções e expansões urbanísticas no país, que lhe valeram a Comenda de Honra em Ouro, pelo governo da Áustria. Começava aí o seu mestrado na música. Enquanto desenvolve projetos habitacionais na China, já planeja as próximas vindas ao Brasil. “Quero trabalhar aqui”, diz, já sondando locais para a abertura da sede do seu escritório no país.

Três aspectos do anfiteatro de Trancoso: o grafismo do projeto, a partir do bar Facilities (abaixo) e, na página ao lado, François Valentiny, o arquiteto, junto de uma das estruturas curvas (acima) e o perfil do complexo com o anfiteatro e o prédio anexo

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Não quis apenas fazer algo durável para deixar como marca, mas também dar ao conjunto o que eu vi de metafísico na obra: o som entrando pelos muros das estruturas

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M eT

Festival de Música em Trancoso Uma Sinfonia para o Desenvolvimento Trancoso, um histórico e charmoso vilarejo situado no litoral sul da Bahia, encontrou definitivamente uma nova trilha musical: o MeT/Música em Trancoso, festival que reúne, desde seu início, cerca de 200 intérpretes da música erudita e popular do Brasil e do exterior, com apresentações gratuitas para moradores e visitantes. Inaugurado em 2012 e com direção artística do Mozarteum Brasileiro, o evento ocorre, anualmente, entre o Carnaval e a Páscoa, durante oito dias. Trata-se de um projeto inovador, que criou um novo espaço para a música, agora com palco permanente. O anfiteatro conta com duas diferentes plateias sobrepostas, com 1.100 lugares cada, sendo uma inferior coberta e, acima desta, uma segunda, utilizada para espetáculos a céu aberto. Além de ter como objetivo difundir a música e reunir profissionais consagrados e jovens músicos, foi concebido para ser um fator de desenvolvimento sustentável e, ao mesmo tempo, para estimular o desenvolvimento econômico de Porto Seguro, ao impulsionar a cadeia turística e comercial da região com um evento que já integra a agenda cultural das Américas. Paralelamente aos concertos, os solistas internacionais ministram, gratuitamente, aulas de técnica e interpretação – masterclasses, para estudantes de música de todo o Brasil e alunos de escolas públicas da região. Os recursos provenientes de patrocínio de empresas e empreendedores, contam com o apoio das leis de incentivo fiscal. Entre os fundadores principais, estão Sabine Lovatelli, fundadora do Mozarteum Brasileiro); Reinhold Geiger, da empresa L’Occitane e um dos principais mantenedores do MeT: Carlos Eduardo Bittencourt, protagonista da vida em Trancoso há mais de trinta anos; François Valentiny, arquiteto luxemburguês responsável pela criação do teatro do festival MeT. Além da finalidade cultural e da inserção do Brasil no meio musical internacional de primeira linha, há uma função educacional da maior relevância: os solistas das filarmônicas de Berlim, Viena e Munique comandam masterclasses aos alunos das escolas públicas da região durante os dias do festival e há um projeto de uma escola permanente nas instalações do MeT, assinalou o advogado João Afonso de Assis, um dos fundadores e membro do conselho do MeT. 142 MAGAZINE CASASHOPPING

Concerto do “Música em Trancoso”, nas instalações do anfiteatro

Um voo sobre o projeto de François Valentiny, em Trancoso, na versão da Magazine CasaShopping para iPad.



cultura

Pé r ez A r t M use u m é a mai s n ova r e v elação do ce n ári o cu lt u ral de Mi ami Antonia Leite Barbosa

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Na estrutura, caixas elevadas, uma grande varanda e o conjunto de jardins verticais

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á 12 anos, a feira de arte Miami Basel vem coloO prédio tem três andares, 200 mil metros quadracando a cidade de Miami no roteiro dos amantes dos de área explorável e uma extensa coleção de obras das artes plásticas. Infelizmente, com exceção de arte moderna e contemporânea, que pode ser exidesses poucos dias de agitação cultural em dezembro, bida tanto em espaços internos, quanto externos. Uma quase ninguém programa um circuito cultural quanpreocupação dos arquitetos foi permitir que todas as do está de passagem por lá. Mas salas de exibição e espaços fosa cidade que converge o Caribe, sem integrados. a América do Norte e do Sul vai Impressionam as viver uma mudança. E a transforEm 2015, será inaugurado um cascatas verdes assinadas mu­seu vizinho, o Patricia and Phillip mação já começou, em dezembro de 2013, com uma festa para 700 Frost Museum of Science, que pelo paisagista francês convidados que inaugurou o Pérez transforma Downtown Miami em Art Museum Miami, que se tornou um destino central da cena cultuPatrick Blanc, que mais conhecido como PAMM. ral da cidade.

pesquisou as mais

Projetado pelo badalado time de A construção avançadas técnicas de arquitetos do escritório suíço Herzog Quem vê o prédio de fora tem & de Meuron (vencedores do prêa percepção de caixas elevahorticultura e utilizou as mio Pritzker em 2001, responsáveis das perfuradas através de uma pela reforma do prédio que recebeu grande varanda, camuflada por plantas mais resistentes a Tate Modern, em Londres, entre um conjunto de jardins vertipara as condições outros tão aclamados projetos), o cais. Impressionam as cascatas PAMM foi erguido no meio de uma verdes assinadas pelo paisagisclimáticas locais paisagem verde em um terreno à ta francês Patrick Blanc, que beira-mar com uma das mais bepesquisou as mais avançadas las vistas para a Baía Biscayne, um técnicas de horticultura e utiliexemplo de arquitetura integrada ao ambiente ao redor. zou as plantas mais resistentes para as condições cli“Nós queríamos fazer algo que mostrasse o potencial que máticas locais. O clima quente, tempestades pesadas essa cidade tem de deixar a luz do sol e a vegetação entrar. e os riscos de furacão, que são sempre uma ameaça O PAMM apresenta permeabilidade e falta de forma, coisa na costa leste da Flórida, foram prioridade na concepque Miami já tem de sobra”, explicam os criadores. ção arquitetônica.

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cultura

Instalação de Ai Weiwei: labirinto de rodas de bicicleta. Abaixo, o caminhão de Mark Dion “The South Florida Wildlife Rescue Unit”, que reúne ferramentas, livros e outras quinquilharias focando na interação humana com o parque Everglades e o ecossistema do sul da Flórida

O prédio tem três andares, 200 mil metros quadrados de área explorável e uma extensa coleção de obras de arte moderna e contemporânea, que pode ser exibida tanto em espaços internos, quanto externos

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Salão do museu com a panorâmica sobre a exposição do artista chinês Ai Weiwei. No fundo, à direita, a obra dos vasos coloridos que foi alvo de um manifestante

O uso de concreto e a grande cobertura são parte de uma estratégia para manter o calor para fora. Os gigantescos vidros, peças inteiras importadas da Alemanha, filtram a luz natural e são resistentes a um terremoto de escala 5. Um espaço para performances, que se assemelha a um auditório com degraus de madeira, duplica sua capacidade quando consideramos que, além dos assentos, ele é a escadaria que conecta o primeiro e o segundo andar. As paredes de concreto encontram portas com soleiras de madeira, elemento que eles utilizaram para esquentar, tornar o ambiente mais agradável. No entanto, o edifício aparece como uma estrutura bastante frágil e talvez nisso resida a beleza do projeto. A coleção O Pérez Art Museum começou sua história como um centro de artes plásticas fundado em 1984, com uma orientação artística bem abrangente e com objetivo de realizar exposições. Em 1996, se tornou uma instituição que resultou na criação do Miami Art Museum e que tinha como missão colecionar e exibir obras a partir de 1930 até os dias atuais com ênfase nas Américas. Em 2004, a prefeitura de Miami concedeu um terreno público avaliado em 100 milhões de dólares para instalação do museu. Em

2013, doadores privados deram um suporte adicional de mais de quase 100 milhões. Mas foi Jorge M. Pérez, um administrador do mercado imobiliário e antigo colecionador de arte latino-americana, quem marcou a liderança em 2011, com sua generosa doação para a campanha de construção do novo museu. Em reconhecimento ao gesto e empenho em advogar pelo museu, que passou a homenagear seu grande mecenas. No outono de 2013, Pérez e a Fundação John S. and James L. Knight estruturaram um fundo de 1 milhão de dólares para garantir a compra de mais obras contemporâneas de artistas afro-americanos para integrarem a coleção permanente do museu. Somando a isso, em 2012, o PAMM encomendou trabalhos de renomados artistas como Yael Bartana (Israel), Bouchra Khalili (Marrocos), e Monika Sosnowska (Polônia). Hoje o acervo do PAMM conta mais de 1.800 obras. A exposição de abertura incluiu uma retrospectiva do trabalho de Ai Weiwei, um dos mais provocativos e bem-sucedidos artistas chinês, apresentando cerca de 30 obras de larga escala, incluindo esculturas, instalações, fotogra-

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cultura

O projeto da artista Monika Sosnowska para o PAMM faz uso dramático da altura

Os brasileiros não têm do que reclamar. No acervo do PAMM, encontrase uma escultura da Lygia Clark, obras do Cildo Meireles, Hélio Oiticica e Waldemar Cordeiro e duas fotografias de Artur Barrio. E uma exposição individual de Beatriz Milhazes está programada para o calendário de 2014

fias, áudio e vídeo. Uma instalação com centenas de bicicletas foi criada especificamente para o local. A escolha do artista não foi um acaso. Ai Weiwei já tinha uma estreita relação de sucesso com os arquitetos do PAMM. Tinha atuado como consultor artístico na construção do “Bird’s Nest” estádio que recebeu os jogos olímpicos de Pequim, em 2008, executado pela firma Herzog & de Meuron. O patriarca O bilionário cubano Jorge Pérez doou US$ 40 milhões ao Miami Art Museum em 2011. Foram 20 milhões de dólares em dinheiro, e a outra metade em obras de arte. Pérez revelou, em entrevistas, que o motivo que o levou a doar, além do fato de ter assinado o documento de Warren Buffet e Bill Gates, “Giving Pledge”, foi ter superado um câncer, que o fez refletir sobre seu dever enquanto humanista. Pérez é um homem excêntrico, pois, diferentemente da grande maioria dos colecionadores, nunca vendeu uma peça de sua coleção, e, após ter doado o resultado de trinta anos de devoção ao tema (século XX em peso, assinado por artistas como Joaquín Torres-García e Diego Rivera),

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começou outra coleção, mais conceitual, composta por obras de artistas jovens de todo o mundo. A arte do protesto No dia 18 de janeiro de 2014, o artista dominicano Maximo Caminero destruiu um dos vasos que compunham a obra “Colored Vases” de Ai Weiwei, avaliada em um milhão de dólares, como protesto por todos os artistas locais em Miami que nunca expuseram em museus da cidade. Museus estes que têm gasto milhões com artistas internacionais. Ele ainda não foi julgado, mas as acusações podem levar a uma pena de cinco anos de detenção. Já os brasileiros não têm do que reclamar. No acervo do PAMM, encontra-se uma escultura da Lygia Clark, obras do Cildo Meireles, Hélio Oiticica e Waldemar Cordeiro e duas fotografias de Artur Barrio. E uma exposição individual de Beatriz Milhazes está programada para o calendário de 2014 com inauguração marcada para o dia 19 de setembro.



ARTE

Chocante demais: As metamorfoses de Gauguin Mostra especial do artista no MoMA mostra o processo criativo de um dos pintores mais presentes no imaginário de quem consome arte Vanda Klabin

“Diante de Gauguin e de Van Gogh, desenvolvi um complexo de inferioridade porque eles souberam se perder. Gauguin no seu exílio. Van Gogh na sua loucura. Penso que para encontrar a autenticidade, é preciso que algo entre em colapso.” (Jean-Paul Sartre)

“D

e onde viemos? Quem somos nós? Para onde estamos indo?”. Mais do que um apelo existencial, a frase é o título de uma das mais famosas telas de Paul Gauguin. A frase vem discreta, no canto superior esquerdo da pintura que mostra as questões filosóficas, intrigantes, complexas e contemporâneas que cercam o trabalho do artista e mostram a sua assinatura em um testamento espiritual e artístico diante do mistério da nossa origem e do nosso futuro. Toda essa ansiedade do artista e o reflexo nos processos e nas mudanças de seu estilo, do esboço até a explosão de cores, estão na mostra Metamorfoses, que o MoMa mantém em cartaz até o início de junho. A complexidade dos desenhos e dos quadros de Gauguin não é gratuita. A turbulência acompanha sua vida e sua arte desde a infância, quando se mudou de Paris para Lima, no Peru, e seu pai, um jornalista, morreu durante a viagem. No fim de sua vida, os quadros ganham a pincelada autobiográfica e uma imensa carga emocional: “fiz um trabalho filosófico sobre essa questão, comparável ao Evangelho”, disse o pintor, com entonação misteriosa, um determinante ao longo de sua vida e de sua mitologia familiar.

No quadro Paisagem perto de Arles, a proximidade com Van Gogh (Museu de Indianápolis) 150 MAGAZINE CASASHOPPING


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ARTE

Natureza morta com o indício da influência japonesa (Museu de Arte de Teera)

A ida para Lima não foi gratuita – sua mãe era peruana –, mas foi o início de uma vida de viagem e deslocamentos, especialmente quando entrou na Marinha, já de volta à França. Viu o mundo, da Índia ao Polo Norte, passando pela América do Sul, inclusive o Brasil, onde passou uma temporada em Salvador e no Rio de Janeiro. De volta a Paris, em 1871, já casado, pai de cinco filhos e como corretor de valores, entra em nova viagem: a arte. A exposição impressionista, em 1874, despertou o seu interesse. Autodidata, ele começa a pintar, torna-se amigo de Camille Pissarro que o apresentou ao seu grande mestre, Paul Cézanne, a Edgard Degas e ao grupo dos impressionistas. Com apenas dois anos de experiência, ele irrompe na cena parisiense com suas paisagens no Salão Oficial de1876 e, por outro lado, inicia também sua própria coleção, comprando obras dos amigos. Suas primeiras telas apresentam uma ligação com o círculo dos impressionistas, com a adoção de seus temas e técnicas, com pinceladas curtas de cores para captar os 152 MAGAZINE CASASHOPPING

efeitos atmosféricos e trazem um ingrediente importante ao tratar a estética da vida cotidiana. Porém, a composição descentralizada, a profundidade rarefeita, os nus audaciosos, os enquadramentos insólitos, o de massas cromáticas – com um novo contraste de luz e sombra –, tornam a sua pintura cada vez mais distinta da estética dos colegas. “Os impressionistas estudam exclusivamente a cor. Mas sem a liberdade, pois a necessidade de verossimilhança é um obstáculo”, ele afirmou. Com a crise financeira europeia em 1882, perdeu o emprego e dedicou-se à pintura. Muda-se de Paris para Rouen, Copenhagen (sua mulher era dinamarquesa) e, já separado, vai para a Bretanha. E começa um relutante roteiro de ida e volta à Martinica. “Amo a Bretanha, é selvagem, primitiva. Quando meus tamancos ecoam sobre esse chão de granito, eu ouço aquele som surdo, opaco e potente que tento obter com a pintura”. Em 1891, com grandes intranquilidades financeiras, consegue vender algumas obras que manifestam essa nova es-


tética no Café Volpini, em Paris, e decide embarcar para o Taiti. Ao chegar, prefere deixar a capital Papeete para viver na aldeia de Maitaca, onde aprende a língua nativa. Na sua ansiedade pelo desconhecido, ali encontra aspectos de um mundo inexplorado, uma espécie de tempo perdido na então chamada barbárie dos primitivos. É clara a sua adesão a modelos culturais não contaminados pela estrutura da civilização burguesa: “parto para ficar tranquilo, longe da civilização. Ali espero encontrar um reino de paz, êxtase e arte, longe de ser essa luta europeia por dinheiro”. A sua tela Tatiana Sentada foi um dos primeiros trabalhos que realiza ao chegar à ilha. Mas como encontrar telas e tintas em um Taiti do fim do século XIX? Nesse ponto, Gauguin passa a improvisar com outros materiais como a juta e sacos de pano. Inicia uma série de obras com uma nova força rítmica, tendo a cor como elemento livre, arbitrário para a fundamentação do seu trabalho. Em sua primeira tela no Taiti: “Duas Mulheres na Praia”, trouxe um enorme impacto para o meio de arte ocidental.

A javanesa e o macaco (Coleção particular). Ao lado, Gauguin em auto retrato (Musee d Orday)

“Gauguin não explora o mundo em busca de sensações novas, explora a si mesmo para descobrir as origens, os motivos remotos de suas sensações.” (Giulio Argan, historiador)

As telas desconcertantes de Gauguin chegam a Paris através do marchand Ambroise Vollard, o mesmo de Cézanne e, depois, Picasso. Mesmo com os ganhos, o pintor volta à França dois anos depois, sem nenhum dinheiro no bolso e a sua nova mulher, então com 13 anos, que retratou em A javanesa e o macaco. Em uma mostra, em 1893, expõe 44 telas, mas vende apenas onze. Era chocante demais e desagradou até a antigos defensores, como Monet e Pissarro. Em seu ateliê, na rua Vercingétorix, recebe seus amigos, sobretudo o círculo literário dos simbolistas que organizam leituras dos trechos do seu livro de memórias intitulado Noa Noa, em que descreve a então inédita experiência de isolamento cultural: “eu escapei de tudo o que é artificial e convencional. Aqui eu entrei no processo de verdade pura para me tornar um indivíduo unificado com a natureza... pouco a pouco, a civilização sai de mim”.

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ARTE

Gauguin e a pergunta existencial no canto do quadro: “De onde viemos? Quem somos nós? Para onde estamos indo?” (Museu de Belas Artes de Boston)

Em 1895, doente, agressivo e suicida, produz cada vez menos – mas, com qualidade, cada tela mais excepcional do que a outra. E responde com vigor às críticas que recebe: “Violência, tons monótonos, cores arbitrárias. Sim, existem, sem dúvida, que existem. No entanto, a repetição de tons, de acordes monótonos no sentido musical das cores, por vezes desejados, têm semelhança com cantos orientais de vozes estridentes, acompa-

nhando as notas vibrantes com as quais estou em contato... para o senhor que vai muitas vezes ao Louvre: olhe atentamente Cimabue pensando nisso que estou dizendo. Pense também na função musical que de agora em diante as cores vão assumir na pintura moderna. A cor é vibração como a música, que é capaz de captar o que poderia ser mais geral e, portanto, mais vago na natureza: a sua força interior.”

“De onde viemos? Quem somos nós? Para onde estamos indo?”. Mais do que um apelo existencial, a frase é o título de uma das mais famosas telas de Paul Gauguin

Decepcionado pelo progresso da moderna civilização europeia, retira-se definitivamente para as Ilhas Marqueses, em 1901, e se estabelece na pequena ilha de Hiva-Oa, habitada por apenas três europeus, com a cultura mais preservada, e constrói sua nova moradia: La Maison de Juir. “Os índios são menos influenciados pelos europeus. Aqui, na minha solidão, estou satisfeito”, ele escreveu. A virulência das telas estava também na vida pessoal. Brigava com os soldados franceses para defender os nativos. Foi preso e condenado, mas sofreu um ataque cardíaco, aos 54 anos.

Gauguin e Van Gogh: brigas e admiração mútua entre os dois pintores na versão da Magazine CasaShopping para iPad

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gastronomia

O design da Páscoa Os artesãos por trás do lado contemporâneo dos ovos de Páscoa texto Pedro Mello e Souza

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Os moais, ícones da Ilha de Páscoa, inspiração para os ovos de chocolate de Jacques Génin

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gastronomia

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oi-se o tempo em que a criançada aguardava ansiosamente pela caça aos ovos de Páscoa, que acontecia entre os móveis de casa ou os recantos do jardim. E foi-se também o tempo em que essa criançada ainda tinha algo a ver com a doce atividade. Hoje, os ovos de chocolate podem ser encontrados em outro cenário: o das pranchetas de designers e de alguns dos mestres confeiteiros mais badalados do mundo. De Armani a Ducasse, a Páscoa passa hoje por um processo criativo que, se ainda tem algo de lúdico, passou a ser referência em design – e em negócios no mercado do luxo.

“Mas a criatividade não se esgota na forma simples do ovo. A mudança de conceitos chega invocando artes, histórias, geografias e até lendas insolúveis” Rotações na criação de Alain Ducasse (esquerda), a pérola no ovo de Armand Demodel (centro) e os pois de Pierre Hermé

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gastronomia

Os grandes nomes das cozinhas nunca abdicaram das grandiosidade dos ovos de Páscoa, de seus belos desenhos, de seus chocolates finos e de seus recheios milionários. Mas o design contemporâneo deu novo traço à iguaria e voltou à evidência. Com os catalães, naturalmente. A influência de Ferran Adrià – e de Mirò, e de Dalí, e de Picasso – chegou a chocolatiers como Enric Rovira e Oriol Belaguer que deram a formação e a deformação do surrealismo aos ovos de Páscoa. Hoje, suas criações são aguardadas com o mesmo suspense da nova linha da Lamborghini. Ou da mais recente coleção de um Armani. Falamos em Armani? A própria marca faz parte dessa caça ao chocolate. Anualmente, as suas criações para a Páscoa, dentro da linha Dolci da grife italiana, foram divulgadas em janeiro e chegaram às lojas flagship da marca em meados de fevereiro – e ficarão em exposição até maio. Em destaque, um pacote chique como se espera, o chocolate finíssimo e o acabamento com o objeto maior de desejo: um gigantesco monograma “A”, ícone da grife, que sacia qualquer paladar pelo luxo. E não adianta perguntar: eles não divulgam preço. Mas a criatividade não se esgota na forma simples do ovo. A mudança de conceitos chega invocando artes, histórias, geografias e até lendas insolúveis. É o caso dos ovos que o confeiteiro parisiense Jacques Génin desenvolveu, invocando não a data, mas a Ilha de Páscoa. As peças, espetaculares, são baseadas nos moais, as estátuas gigantes, que olham para o infinito, gerando ansiedades existenciais na humanidade que só o chocolate pode sanar. Da arte, veio a peça “Ceci n’est pas un oeuf” (“Isso não é um ovo”), inspirado no surrealismo do pintor René Magritte, que todos os anos ganha uma versão diferente, desde que se tornou sucesso com a série de vitrines da rede de lojas Jadis et Gourmande, em 2012. Mas a culpa não é da verve inventiva dos chefs contemporâneos. Na realidade, todo o fascínio pelos ovos de Páscoa teve a sua época áurea nos tempos dos czares, quando as Rússias se uniam para bancar o sorriso de Maria Fiodorovna, mulher de Nicolau III. No pivô de toda essa história fofa estava o talento de Pierre-Karl Fabergé, um russo de nome francês e origem dinamarquesa. Ele, que era ourives, fazia ovos de Páscoa preparados não com chocolate, mas com ingredientes ainda mais saborosos: ouro, prata, marfim, diamantes. O império caiu, mas Fabergé, não. E, hoje, tal como as peças da realeza, são objetos de arte dignos de destaques em museus como o Louvre. 162 MAGAZINE CASASHOPPING


Há o olhar para a natureza, da marca À La Mère de Famille, que se inspirou na forma recheada de um espinhoso baiacu. E há a visão sempre dinâmica de Alain Ducasse, com a beleza dos seus ovos em forma de hemisférios em rotação, que mostram o vigor desse mercado, que, por muito tempo, ainda estará girando como antigamente

Diodonus chocolatus, da loja À la Mère de Famille. Na página à esquerda, o ovo de Páscoa “Les Trésors”, da grife Hédiard

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Na realidade, Fabergé apenas cobriu com traços finos e metais pesados aquilo que já era uma tradição de milênios, a de decorar ovos de Páscoa, em um rito bem pagão de fertilidade, um dos raros que as patrulhas religiosas não conseguiram proibir. Do Egito ao norte da Europa, o ovo era símbolo do ressurgimento que aquela época, nos meses de abril, chegavam com as primeiras colheitas e, com o aquecimento, as galinhas voltavam a pôr ovos regularmente – no Hemisfério Norte, a Páscoa acontece na primavera. As cascas dos ovos eram pintadas com motivos decorativos, em exercício familiar em que todos participavam e, muitas vezes, o estilo dos desenhos funcionavam como uma assinatura de estilo.

A saga do ovo de Páscoa e suas lendas saborosas na versão da Magazine CasaShopping para iPad

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Para quem tem apego pela tradição, nem tudo está perdido. O velho formato dos ovos de Páscoa ainda são os favoritos dos grandes chefs. Há Pierre Hermé, que derrama sua calda criativa em ovos que podem remeter à obra de Fabergé ou ganhar um belo acabamento em pois, em um estilo que lembra o de Yayoi Kusama. Há o olho mítico no centro da peça de Armand Demodel. Há o olhar para a natureza, da marca À La Mère de Famille, que se inspirou na forma recheada de um espinhoso baiacu. E há a visão sempre dinâmica de Alain Ducasse, com a beleza dos seus ovos em forma de hemisférios em rotação, que mostram o vigor desse mercado, que, por muito tempo, ainda estará girando como antigamente

Ovo com um praliné, no papel de clara, e um pêssego confit como uma bela gema: criação da Pralus.



crônica gulosa

Do A ao Z

passando pelo Ipisilone. Abacaxi, mas o servido na praia de Boa Viagem, Recife. E acarajé, do verdadeiro, feito por uma baiana linda vestida de branco e cheia de balangandãs. E arroz com aletria, lembrança de infância. Batata. Frita, assada, na versão salada, purê ou caldo verde – adoro batatas. E Barca Velha, um de meus vinhos preferidos. E brigadeiro, claro. Coxinha e a caipirinha – entre os dois, meu coração balança. E ainda tem cocada ... Já fiz uma refeição intei-

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ra onde tudo começava com C – da caipirinha de caju à caldeirada de camarões, passando por uma coxinha de caranguejo fantástica e um caruru criminoso de tão bom. A letra C é pródiga. E ainda tem café, imprescindível. E chocolate. A letra C é calórica... De tudo um pouco não vale para a letra D. Mas tem doce de abóbora, que meu pai fazia magistralmente, receita que nunca consegui repetir, pois imprecisa e, por isso mesmo, única. E...esqueci. Lembrei – empadinha!!!


Farofa, sou fanático. Para mim, ganha do foie-gras. Mas empata com o frango com quiabo do interior de Minas Gerais. O ideal seria frango com quiabo e farofa – heresia gastronômica? Goiabada, uma das maravilhas da culinária brasileira. E gnocchi, uma das maravilhas da culinária italiana.

pastel, sempre – se for o pastel de angu servido na praça de Tiradentes, melhor ainda. E pudim de leite e panna cotta. E Porto (o vinho) branco seco, pecado. No cinema, um saco com pipoca doce no fundo e pipoca salgada no topo. O P é quase tão calórico quanto o C. Quibe conta na letra Q ou na letra K?

Hommus – mesmo porque não me lembro de mais nada que comece com esta consoante.

Ragu, rabada, rosbife – as comidas da letra R são untuosas...

Ilhas flutuantes – tradução literal de îles flottantes, a etérea sobremesa de claras em neve cozidas no leite com calda de baunilha. Traduzi, porque não achei nada com a letra I que mereça crédito.

Sardinha, sauvignon blanc, shepherd´s pie, sushis do Jun (vide letra J) e sangrita, o suco de tomates temperado servido no México antes da tequila – viciante.

Jean-Georges Vongerichten – tudo o que este chef faz eu traço. E Jun Sakamoto, outro chef de primeira grandeza. E jujubas – sim, o paladar infantil se manifesta neste senhor, às vezes. Kibe – ou quibe? Lentilhas com lagostins, entrada irrepreensível do Enoteca Pinchiorri, Firenze. A conta, ao contrário, era altamente repreensível. Quase assustadora, na verdade. Melancia ainda morna, recém-colhida sob o sol do interior. E merengue de caqui, invenção minha que deveria patentear, se me garantisse riqueza, sucesso e champanhes eternos. E milanesa – qualquer coisa à milanesa fica mais gostosa. Nozes – ou nuts, generalizante, e nougat (o vulgar torrone). Tem nhoque também, mas eu não gosto de escrever desta forma, prefiro o original - vide letra G. Omelete de queijo e alho-porro, que faço em minutos e resolve qualquer fome mais urgente. E Oswaldo Aranha, que merece menção honrosa por ter criado o filé homônimo. Pão, sem ele, nada. O alimento básico, em todos os sentidos. Poire, o destilado de pera, por criar estados alterados de consciência. E Pera Manca, outro grande vinho. E

Tarte tatin – alguém deveria erguer um monumento às irmãs que criaram esta maravilha. E tucupi, que adormece a língua enquanto desperta o paladar. E tagliarini com trufas. Uvas, porque geram o vinho – merecem destaque deste consumidor. Vinho, vodka e vatapá. A letra V é um perigo. Wild Turkey, meu bourbon preferido. Ainda fico pensando o porquê desse nome estranho. Xantana, a goma – tive que pesquisar o que era, já meio que esqueci – mas está na composição de uma pequena montanha de produtos prontos. Tem nome de heroína de filme B de ficção... Yorkshire pudding – não gosto muito, mas não me lembrei de mais nada no ipisilone... Ziti, a massa ao forno que minha avó italiana fazia, quase uma lasanha. Nunca mais comi nem fiz, já está na hora, assim como o zabaglione, o molho a base de vinho, gemas e açúcar que ela servia ainda morno sobre frutas ou apenas num potinho com um biscoito para molhar neste. A letra Z é estranhamente italiana... www.cronicasgulosas.blogspot.com.br

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O FOCO

DA MODA

テ田ulos: acessテウrio de moda ou utilidade? Iesa Rodrigues

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1. Audrey Hapburn 2. Marilin Monroe 3. Grace Kelly 4.Jackeline Kennedy 5.Sophia Loren

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1. Christopher Reeve, como Clark Kent 2. Woody Allen 3. John Lennon 4. Tom Cruise 5. Grazi Massafera

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epois das bolsas, os produtos que mais rendem dinheiro e fama para as grandes grifes são... os óculos! Um dos primeiros designers a investir no apelo das armações com assinatura foi Giorgio Armani, um dos grandes gênios da moda contemporânea. Depois vieram Pierre Cardin, Valentino, YSL, Prada. E Chanel, com direito às correntinhas nas hastes. Ou Dior – quem não cobiçou um dos modelos máscara criados por John Galliano?. Essas marcas internacionais contam com a produção de gigantes como a Luxottica, grupo que reúne fábricas, redes de lojas e chega a vendas líquidas de mais de sete bilhões de euros por ano. Portanto, o status de utilidade como proteção dos raios solares ou ajuda para quem precisa de grau é superado pelo apelo do marketing e das tentações da moda. Inspirações nas telas do cinema Por mais populares que sejam as redes sociais, elas ainda servem apenas de vitrines para os grandes clássicos lançados pelo cinema. Pode ser que em alguns anos tenhamos modelos lançados e divulgados somente pela Internet, mas, por enquanto, os mitos são

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hollywoodianos. Um exemplo monumental? Os óculos escuros, de armação e lentes pretas, usados por Audrey Hepburn, em Bonequinha de Luxo, um dos filmes mais fashion já produzidos. É um modelo da Bausch & Lomb, o Wayfarer, criado pelo designer Raymond Stegeman. A inspiração era bem anos 1960: os carros que eram conhecidos na época como rabos-de-peixe. Outra sensação da mesma Bausch & Lomb (que foi vendida para o grupo Luxottica em 1999) é o eterno Ray-Ban. Um militar americano pediu que a fábrica inventasse lentes que protegessem os olhos dos raios solares – pronto, surgiu o modelo Aviador ou Ray-Ban, rapidamente adotado pelos pilotos da Força Aérea dos Estados Unidos. Adivinharam quem foi o grande ícone do Ray-Ban? Claro, Tom Cruise, como piloto em Top Gun. Grace Kelly nunca disfarçou a miopia, sempre foi fotografada com seus óculos de grau. Em compensação, o SuperHomem virava o modesto repórter Clark Kent, quando portava seus óculos de aro grosso. Jacqueline Kennedy, depois de casar com Onassis, também virou musa da moda. Para enfrentar o sol da Grécia e os paparazzi, usava óculos de sol grandes, de forma arredondada, que agora ganham novas

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versões a cada temporada de verão. Do povo da música, John Lennon foi melhor do que Elton John como inspiração: seus óculos redondinhos e coloridos agradaram mais do que as extravagâncias do Elton. Mas uma das grandes influências derivadas do mundo do cinema é o ator-diretor-músico Woody Allen – nada mais cool do que usar armações da Moscot, ótica novaiorquina que costuma fornecer a ele belos óculos em tartaruga ou de resina preta. Talvez possamos dizer agora “fornece de vez em quando”, porque ultimamente, a Sociel, pequena fábrica portuguesa de Gondomar, anda competindo com a novaiorquina pelo lugar no rosto do polêmico diretor. Eva Mendes é o rosto da série Design da Vogue Eyewear, criada por Charlotte Ronson, designer de moda urbana e chique. Amy Adams e Katy Perry são adeptas da Vogue Eyewear, que já contou com Gisele Bündchen como ícone nas campanhas. Agora, a Colcci tem este privilégio, para exibir seus estilos redondos, quadrados, gatinhos e geométricos.

Estilo brasileiro Pelo verão longo, pelo sol frequente a maior parte do ano, o Brasil comparece entre os grandes consumidores desses acessórios. A preferência de quem gosta de colecionar óculos é pelas assinaturas de prestígio. Valem as internacionais, acrescidas das nacionais, que possuem suas próprias musas e motivos. Motivos? Sim – compramos armações que se referem à vontade de exibir um visual esportivo, atlético, ousado. Daí, que entre as marcas que agradam estão a catarinense Mormaii, criada pelo surfista Marco Aurélio Raymundo, conhecido como Morongo no universo das ondas e pranchas. Na mesma linha, apesar da coleção atual se inspirar pelo lifestyle de Brasília, é a Aloha Eyewear, que apoia Diego Bebeça, do futevôlei, Evelyn Nemer, do vôlei de praia e as bandas Surf Sessions e Criolina. “A intenção é passar a personalidade por meio dos óculos, que levarão o nome dos projetos gravados nas lentes”, declara Diego Moreira, líder da Aloha. Uma das musas brasileiras mais requisitadas pelas marcas é Grazi Massafera.

“O meu preferido é o de sol que tem a lente degradê e formato arredondado. É muito chique e contemporâneo, estou apaixonada” Grazi Massafera, estrela da Pierre Cardin

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Sabrina Sato, que assina os gatinhos e aviadores da it!eyewear

Depois de biscoitos e produtos de beleza, ela estrela a campanha da Pierre Cardin. E tem seus eleitos. “O meu preferido é o de sol que tem a lente degradê e formato arredondado. É muito chique e contemporâneo, estou apaixonada”, define a beldade, que fotografou a coleção de sol e de grau, com opções de cristais Swarovski. Grazi só tem uma concorrente, a também ex-BBB Sabrina Sato, que assina os gatinhos e aviadores de metal ou acetato da it!eyewear. Brilhos, musas e esportes competem com a tendência retrô que anda dominando os acessórios. O jeito antiguinho, que deu nova vida à fábrica Sociel, de Portugal, está na série Frogskins, da Oakley, com inspiração nos anos 70. A Polaroid, depois de reduzir a linha de câmeras fotográficas que faziam sucesso nessa década, aproveita suas lentes polarizadas, que aumentam o contraste das cores, em óculos de sol em 15 modelos diferentes. Enfim, óculos são produtos que forjam bons negócios no Brasil. Basta ver os números da Chilli Beans: são 600 pontos de venda no mundo.

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Brilhos, musas e esportes competem com a tendência retrô que anda dominando os acessórios. Fora das tendências Nem surfistas, nem celebridades. Há opções com inspirações mais barrocas e figurativas. Como os óculos Swan 2221, da marca francesa BOZ, que usa elementos culturais e da natureza nas criações. Pelo colorido – como no UNUK 9323 ou pelo desenho – como o desenho em teias de aranha do Sexy 3010 – a empresa de Jean-François Rey é pioneira em aplicar design em óculos. E quem busca estilos muito diferentes pode apelar para os Rejected Samples. No Rio, eles estão à venda na Zellig, loja em Copacabana com duas designers à frente. Na pesquisa em busca de novas ideias, Priscila Andrade e Adriana Cataldo descobriram a Rejected Samples (amostras rejeitadas, em inglês), baseada na Itália, país do design. A empresa simplesmente vende os protótipos de óculos que não foram aceitos pelas marcas – e haja peças únicas em cores, materiais e estilos diferentes, para agradar a quem não se contenta em sair como uma Bonequinha de Luxo, um surfista esnobe ou um piloto Top Gun.



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ortando toda a cidade, o traçado do antigo Muro de Berlim é uma das tantas marcas do passado que Berlim carrega. Se não com orgulho, como lembrança que não deve se apagar. Na antiga área comunista, uma longa parte remanescente da parede virou galeria de arte, uma exposição permanente e a céu aberto dedicada ao grafitti. O magnífico e imponente Sony Center se ergue sobre as ruínas do Hotel Esplanade, que foi o epicentro da vida boêmia e cultural da cidade no início do século passado, antes de ser destruído por bombardeios no final da Segunda Guerra Mundial. Antigo posto de controle entre os setores americano e soviético da Alemanha dividida, o Checkpoint Charlie é o emblema de um período que ninguém ali quer esquecer. A capital da Alemanha reunificada é uma cidade em ebulição que não esconde as marcas do passado, ao contrário, e que transforma antigas chagas em emblemas de sua impressionante reconstrução, um processo urbanístico que ainda promete durar décadas, porque se existe uma coisa que não falta em Berlim é espaço. Não foi nada fácil costurar esses dois universos antagônicos, a Berlim capitalista, a oeste, e a Berlim socialista, a leste. A Postdamer Platz estava justamente na divisa desses dois mundos e, por décadas, foi um amontoado de escombros. Hoje é o símbolo desse renascimento berli-

Vista do Panoramapunkt, com o Sony Center e o verde do parque Tiergarten ao fundo

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nense. Junto a ela, está o Sony Center, inaugurado no ano 2000, e sua cúpula elevada que faz lembrar o Monte Fuji, no Japão. No espaço podemos beber uma bela cerveja na Lindenbräu, ao lado de acepipes germânicos como salsichas e kassler; acompanhar transmissões esportivas no imenso telão, fazer compras e até visitar um museu dedicado ao cinema (e o festival de Berlim acontece por ali). Junto à praça, uma série de construções atraentes, como o belo prédio do hotel Ritz-Carlton, de portas abertas aos que não estão hospedados ali para visitar o seu ótimo bar e a brasserie francesa acolhedora que serve um brunch disputado e cafés da manhã antológicos em suas várias estações que combinam comidinhas germânicas e gaulesas. Do outro lado da praça, atravessando a rua, subimos até o Panoramapunkt, na cobertura do edifício, cujo endereço icônico é o número 1 da Postdamer Platz. A vista da cidade é das mais belas, e podemos observar o Sony Center do alto saboreando no café que funciona no topo um copo comprido de Berliner Weisse, a leve e refrescante cerveja de trigo local. Lá de cima se observa a cidade em 360 graus, incluindo o Tiergarten, o mais importante parque da capital alemã, o coração berlinense, que começa a poucos passos da praça.


Do outro lado da praça, atravessando a rua, subimos até o Panoramapunkt, na cobertura do edifício, cujo endereço icônico é o número 1 da Postdamer Platz Nem dá para chamar o Tiergarten de pulmão da cidade, porque ela tem vários deles. Rodeada pelo verde, repleta de parques e envolvida por florestas, Berlim é uma capital ecológica, onde as pessoas nadam nas águas limpas de seus muitos lagos no verão, tiram as roupas em setores de nudismo dos gramados centrais do Tiergarten e circulam de bicicleta aproveitando uma extensa malha de ciclovias e calçadas largas, também muito utilizadas pelos riquixás que carregam os turistas por toda a cidade, seguramente uma das formas mais interessantes de se explorar seus pontos turísticos, com guias-ciclistas bem informados e simpáticos (existe uma incrível quantidade de abelhas em Berlim, o que revela a qualidade do seu ar, dos seus parques). No verão em alguns recantos funcionam os biergartens, os jardins de cerveja, um ambiente essencial da vida alemã nos períodos mais quentes do ano, onde se passa a tarde bebendo, comendo e filosofando sobre a vida, não necessariamente nesta ordem. Para acentuar o clima bucólico, podemos alugar um barco a remo retrô e passear pelas águas tranquilas do lago.

Como ponto central – e sobre uma das mais importantes estações de metrô de Berlim –, a Postdamer Platz é uma referência turística, até porque a poucos passos dela encontramos muitos elementos importantes nos roteiros pela cidade. Dali, numa curta caminhada, chegamos ao desconcertante Monumento aos Judeus Mortos na Europa, uma árida e cinzenta esplanada, junto ao Tiergarten, com blocos sólidos e de linhas retas, em alturas diferentes, com pequenos aclives e declives, que carrega a beleza da reflexão, uma simetria confusa, um ambiente que nos convida a caminhar por dentro dela, borrando as noções de espaço.

Acima, vista interna do novo Reichstag e, à direita, o checkpoint Charlie, ícone da Guerra Fria

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Quatro formas de grafittis em Berlim: um monumento em homenagem ao Trabant, o carro ícone da antiga Alemanha Oriental, hoje objeto cult (1), dois restos do Muro (2 e 3) e os desenhos da Haus Schwarzenberg (4) 1

Caminhando mais um pouco, encontramos o Portão de Brandemburgo, outro monumento arquitetônico, um marco urbanístico, igualmente carregado de simbolismo. Assim como o hotel Adlon, com vista para ele, mais um ícone da cidade, onde funciona um dos melhores restaurantes locais, Sra Bua by Tim Raue, que tem na cozinha o chef mais famoso de Berlim. Um ótimo restaurante, por sinal, deste chef em ascensão, dono de duas estrelas Michelin na casa que carrega o seu nome, em Kreuzberg. Experiência muito mais berlinense e barata, porém, é visitar o seu outro endereço, La Soupe Populaire, conceitual e moderno, misto de galeria de arte, restaurante e bar que funciona em um antigo galpão industrial e que só recebe clientes sob reserva. No menu, pratos clássicos da cozinha caseira alemã tratados com cuidado, com apresentação primorosa, uma sequência arrasadora que varia constantemente, com um tartare servido sobre torradinha, e coberto com ovas de peixe, que deixa saudades. A quantidade de lagos na cidade e nos arredores é fruto 178 MAGAZINE CASASHOPPING

de um lençol freático elevado, que quase chega à superfície, obrigando as construtoras a drenar muita água quando se vai erguer algum prédio, o que gerou uma característica curiosa na paisagem, uma rede de canos suspensos, coloridos, espalhado pela cidade – que vive um momento de impressionante expansão imobiliária, com a construção de centenas de novos edifícios, entre residenciais, culturais e comerciais, muitos deles monumentos arquitetônicos. Um bom lugar para se observar essa reconstrução é do terraço do ótimo restaurante que funciona no topo do Palácio do Reichstag, o parlamento alemão, um dos mais conhecidos cartões-postais de Berlim, reformado na prancheta de Norman Foster, com a sua cúpula de vidros com uma passarela que leva os visitantes até o alto, um caminho em espiral que revela vários e belos ângulos da cidade. Nas mesas externas do restaurante, podemos ver a imensa quantidade de guindastes usados pela construção civil: contei mais de 50 na minha visita, temperada pelos incríveis vinhos brancos alemães, que brilhantemente acompanharam a refeição, coroada por um wiener schnitzel de tirar o chapéu.


Para vivenciar esse momento de reinvenção, é preciso circular muito pelo setor soviético, onde encontramos avenidas monumentais e conjuntos residenciais de perfil arquitetônico socialista, hoje convertidos em enclaves artísticos, com guetos hippies, escritórios de design, ateliês de artistas e jovens estilistas, com muito grafitti nas paredes e clima alternativo, além de muitas casas noturnas e bares que reúnem gente jovem e animada madrugada adentro. São locais como Haus Schwarzenberg e seu estilo riponga, ocupação criativa de uma área decadente; e Hackesche Höfe, um complexo comercial e residencial cheio de bossa, com cafés, bares, lojas e restaurantes, mesinhas na calçada e muita gente interessante. Para os interessados em arte e design, a cidade apresenta um dos mais impressionantes conjuntos de museus da Europa, alguns bem originais, como o dedicado aos videogames. Para comprar peças únicas e originais, a área mais vanguardista e de bom gosto está em Tagesspiegel, onde encontramos lojas como a Andreas Murkudis e seu acervo inimitável de arti-

Na antiga área comunista, uma longa parte remanescente da parede virou galeria de arte, uma exposição permanente e a céu aberto dedicada ao grafitti

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gos diversos, entre roupas, acessórios, objetos os mais variados e até bebidas, ou o ateliê de Fiona Bennett, que produz chapéus para pessoas como Brad Pitt. Quem curte carros antigos pode alugar um modelo vintage para passear na cidade no Classic Depot, que também é uma espécie de museu dedicado ao assunto, abrigando uma impressionante coleção, pertencente na maioria dos casos a particulares, que ali guardam os seus modelos, incluindo motos e lanchas. Nessa mesma linha, vale investir em um passeio pelas águas do rio Spree, que corta a cidade como importante referência geográfica, uma das maneiras mais práticas de se observar a arquitetura de Berlim. Algumas empresas fazem o percurso em embarcações vintage, em programas regados a bons vinhos locais e comida típica, como o currywurst que vai bem com um riesling. Nesses passeios, no final da tarde, vemos a famosa torre de TV do antigo lado comunista, que recebe 1,2 milhão de turistas a cada ano, outro ponto de observação privilegiado da cidade. Quando o sol bate na estrutura arredondada no final da tarde, cria-se o desenho de uma cruz. Dizem por lá que foi a vingança divina contra o ateísmo comunista. Porque em Berlim nada é comum. Dois momentos de turismo: o de design, com o mostruário de porcelanas da KPM, e, abaixo de lazer, com o barco vintage, no lago do Tiergarten

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Hobby

GoingPro Decifrando a câmera mais versátil do mundo Mariana Broitmann

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ue atire a primeira pedra quem não se encantou com uma GoPro, depois de ver de perto o que a pequena máquina é capaz. A câmera, que se acopla a coletes, capacetes ou peças de equipamento, começou como uma moda de surfistas, mas subiu a serra, a montanha e foi mais alto ainda – chegou à estratosfera com o skydiver Felix Baumgartner para registrar o que viria a ser o maior mergulho no ar de todos os tempos: 39 quilômetros de altura. O vídeo está no YouTube para quem quiser conferir – e sentir parte da loucura. Graças a sete equipamentos GoPro estrategicamente posicionados em várias partes do corpo de Felix, o equipamento passa aquilo que o espectador deve sentir: a mesma perspectiva e, principalmente, a mesma adrenalina de quem usa.

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Rafael Boccaletti: autorretrato em Marrakech, Marrocos MAGAZINE CASASHOPPING 183


Hobby

Presente em situações cada vez mais inusitadas, a maquininha revolucionou o conceito de portabilidade e trouxe de volta a fotografia-registro e o suspense e prazer da fotografia analógica. Cada clique é um testemunho, uma evidência, e os cerca de 15 milhões de vídeos já postados no YouTube são uma prova viva da audácia humana. Mais do que ângulos inusitados registrados em 12 megapixels e vídeos com 4K de resolução, a câmera seduz pela possibilidade de qualquer um ser estrela de seus próprios vídeos. E mesmo que o leitor não seja um atleta ou pratique um esporte radical, pelas lentes da GoPro vai parecer ser um deles. O grande apelo é o esportivo, mas a máquina se presta para qualquer tipo de registro. Em um dos comerciais da marca, um cachorro se diverte com um graveto preso a uma GoPro e o barato do vídeo é justamente o ponto de vista inusitado. O slogan GoPro – Be a Hero faz todo o sentido no vídeo “Fireman saves kitten”, o emocionante resgate de um filhote de gato inconsciente pelo bombeiro Cory Kalanick após um incêndio. O canal da GoPro no YouTube reúne registros amadores e profissionais e a propaganda fica por conta dos próprios usuários. Hoje essa câmera é a líder de mercado, e, diferentemente de quem consome Canon, Nikon e qualquer outra referên-

Chapada dos Veadeiros

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Macaquices em Coimbra: Yzadora Monteiro fotografa o amigo André Kato

cia em fotografia, os adeptos da GoPro exploram as possibilidades que a câmera oferece – o que muitas vezes implica em testar os próprios limites.

nos Estados Unidos, cintos de concha importados de Bali. Doze anos mais tarde, a câmera evoluiu muito: funciona com controle remoto, pode ser acessada pelo celular e transmite as fotos por wi-fi. Nick, que hoje figura na lista dos bilionários da Forbes, ainda se surpreende com o que as pessoas vêm sendo capazes de fazer com a sua cria.

A onda da GoPro nasceu no mar, no calor de um torneio de surf na Austrália, em 2002. Um dos competidores, Nick Woodman, voltou para casa sem registros empolgantes. Decidiu então criar uma câmera que permitisse capturar a si mesmo com No entanto, a relação com a câmeMesmo que o imagens que os fotógrafos do evento ra de três botões, aparentemente sem não conseguiriam captar. A primeira nenhum mistério, é um tanto complileitor não seja um versão da câmera era descartável e cada no primeiro momento. Para cobem maior que o modelo atual, mas meçar, ela é completamente automáatleta ou pratique ainda assim foi um hit entre os surfistica: esqueça zoom, foco ou controle tas. “Antes da GoPro, se você quisesse de luz. Acostumados a gadgets que um esporte radical, respondem ao mínimo toque – alguns ter alguma filmagem fazendo qualquer coisa, você precisava não apenas até à fala –, com a GoPro é tudo difepelas lentes da de uma câmera, mas de outra pessoa rente. E o mais comprometedor: sem que fosse habilidosa com o equipavisor. É preciso confiar mais em nosso GoPro vai parecer mento”, explica Nick. Um dos grandes instinto de fotógrafo ou de cineasta diferenciais é a resistência a oscilações do que em qualquer outra coisa. Mas ser um deles de temperatura e pressão e, claro, o até “pegar a manha” rolam algumas fato de ter um eficiente case à prova decepções. “A primeira vez que filmei d’água. As dezenas de suportes e acessórios disponíveis com a GoPro foi para registrar um amigo e sua nova pransão um saco sem fundo e consumo obrigatório para quem cha de wakeboard. Voltamos para casa exaustos e suposentra nesse universo. Engenhocas que permitem acoplar tamente satisfeitos com o nosso feito: quatro mil fotos em a câmera a diversas superfícies, como capacete, guidão, uma única tarde! Ao conferir os cliques, frustração total: prancha, garras e cinturões. mais da metade delas eram do fundo do console do jet ski, diz diz o publicitário Yuri Porto. Uma dica para evitar Curiosidades à parte, a trajetória é divertida desde esses acidentes de percurso é seguir a luz. Acredite, se a o início: Nick começou a financiar a ideia vendendo, luz vermelha da máquina está piscando, ela está filmando. MAGAZINE CASASHOPPING 185


Hobby

Se piscou apenas uma vez, é porque tirou uma foto, e por aí vai... Existe ainda um visor LCD acoplável que permite ver o enquadramento, um bom investimento para os iniciantes. Mas isso implica em aumentar o peso e tamanho do equipamento. A lente de 170 graus da câmera, uma “olho de peixe”, capta um espectro tão amplo quanto a vista humana. Toda a paisagem ao redor ocupa a cena. Experimente tirar uma selfie na varanda e verá aparecer até o vizinho do outro lado da esquina. Com a GoPro não existe o conceito de “close”. Bernardo Cartolano, membro da equipe de filmmakers, da Perfilme Produções, assume ter tido seus cliques de iniciante. Mas depois de acompanhar as transformações das três gerações da câmera, a sua GoPro Hero 3+ mais parece uma extensão da própria mão. A câmera acompanha o fotógrafo em passeios com o golden retriever Zico à praia, serra e até às pistas de snow de Lake Tahoe. “Com o tem-

Presente em situações cada vez mais inusitadas, a maquininha revolucionou o conceito de portabilidade e trouxe de volta a fotografia-registro e o suspense e prazer da fotografia analógica. po você acostuma e começa a se posicionar de acordo com o resultado desejado”, explica o purista, que dispensa o visor para resgatar o sentimento de fotografia analógica. “Com ela vem aquele frio na barriga pensando ‘Será que pegou tudo? Será que ficou bom?’ E, muitas vezes, a surpresa é boa”, conta. (colaborou Antonia Leite Barbosa)

O filmmaker Bernardo Cartolano clica o Golden Retriever Zico na praia do Leblon

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fontesabc nopqrs jkletra abcdefg GRAFISMO

De cima para baixo, as fontes: Bodoni, Helvetica, Samba, Unity (Adidas) e Bauhaus

uando as fontes fazem o maior tipo e mostram a sua ligação com a arquitetura, a decoração e até as artes modernas

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cdefghijk stIPOSx asmnop ghijklmn pedro mello e souza

Q

ual a sua fonte preferida para escrever textos no computador? Não importa a resposta: Steve Jobs está por trás dela. Essa relação mostra a grandeza de algo que nos parece insignificante no dia a dia, mas que diz muito sobre o nosso estilo e o quanto o guru da Apple esteve ligado ao nosso comportamento: a letra que escolhemos para editar nossos textos. Em um famoso discurso como paraninfo de uma turma da Universidade de Stanford, Jobs revelou o quanto a tipologia está em seu passado. “O design das letras dos anúncios me deixavam hipnotizado, fascinado”, lembrou. Tempos depois, com seu projeto de computador pessoal em desenvolvimento, levou o design dos antigos tipos de textos de livros para a tela. “Queria que aquele estilo de fonte estivesse nos meus produtos”. Com a facilidade de se administrar um catálogo de fontes de letras no computador, elas se popularizaram. Com os acessos abertos pela Internet, elas se pulverizaram. “Com a chegada da Internet, as fontes foram globalizadas”, repara um professor que, como Steve Jobs, já colocou a sua marca em nosso trabalho. Ele é Carlos Horcades, que já fez nossos selos, nossa moeda e, depois de anos em Londres, foi o primeiro a formar uma turma de tipologia no Brasil. “Não existia essa atividade no país, mas hoje já temos marcas no mundo inteiro, desde as letras do tipo Samba, inspirado no trabalho do chargista e ilustrador J. Carlos, até o lettering da Adidas para a Copa do Mundo da África do Sul, incluindo a bola Jabulani, obra de Yomar Augusto, ex-aluno meu”, diz o professor.

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bcdefgara GRAFISMO

Os profissionais Mas se os arquivos das fontes acabam se dispersando pela Internet, como ganhar dinheiro com isso? O caminho está nas empresas, que apostam cada vez mais na própria identidade e, principalmente, na comunicação e identificação de seu produto. E a proteção é severa a ponto de algumas filiais de empresas multinacionais serem obrigadas a comprar as fontes da matriz. Foi o caso de um trabalho de um dos discípulos de Horcades, o designer Ricardo M. R. Pereira, para uma multinacional farmacêutica, que não liberou os arquivos até que fossem adquiridos pela própria agência da empresa. “Não existe uma legislação de defesa desse tipo de direito autoral no Brasil”, completa o designer, que fazia o catálogo da LetraSet, a grande referência que existia em um mundo anterior aos computadores pessoais. Junto com a Decadry, outro padrão para os antigos diretores de arte, a empresa não conseguiu acompanhar o passo das mudanças e perdeu a hegemonia das fontes de letras para a Adobe, hoje o mais sólido arquivo de fontes seguras – muitas não são – para garantir a exportação de um trabalho on-line sem que o trabalho sofra algum desastre quando as letras são aplicadas ao chegar nas gráficas. Alice e a trajetória das letras A história das fontes confunde-se com a própria história da escrita. A uniformidade, a elegância e a facilidade da leitura já estavam presentes nos padrões das letras cuneiformes, encontradas em placas de até 30 séculos antes de nossa era. A escola do traço dos egípcios para os hieróglifos e para os alfabetos cirílicos dos templos gregos inspiraram os romanos na criação de um padrão que dura até hoje. Uma das marcas da letra sofisticada dos romanos é a marca nos pés e na borda das letras, a chamada serifa, que alguns têm como recurso para marcar as linhas nas an-

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mondhijk tigas gravações em pedra. “É um estilo que dá fluência à leitura e, no papel, é mais elegante que existe”, explica o professor Horcades, que se refere ao mais usado dos padrões em papel, seja nos livros ou nos jornais: a Times, criada pelo designer Stanley Morison, a pedido do jornal The Times. A encomenda era curta e complicada: queriam uma letra menor, para economizar papel; mas que fosse mais confortável de ler, para vender mais papel. Mas antes de os caracteres do tipo romano serem reabilitados durante a Renascença, o estilo gótico prevaleceu por mais de um milênio. Era a forma adotada na transcrição das escrituras, dos antigos textos gregos, da poesia, da ciência e da engenharia que se desenvolvia, mesmo que, lentamente, em toda a Europa. Era o padrão dos textos formais e das versões da Bíblia e demais livros sagrados. “Muitos dos responsáveis por esses textos tinham a letra tão perfeita que mesmo em lentes de aumento é difícil diferenciar de um padrão mecânico atual”, repara Carlos Horcades. “Era pura arquitetura e suspeitava-se até de que a habilidade era um trabalho de artesanato que dispensava até mesmo a necessidade de um desses profissionais de saber ler ou escrever, pois era uma questão de reproduzir à perfeição”, filosofa ele, com base nos estudos de livros antigos e na coleta de materiais que fariam inveja a qualquer colecionador.

mas inteiras para estudos em livros antigos – para se ter noção da importância da instituição, é importante informar: é a única biblioteca do mundo a contar não com um, mas com dois exemplares originais da Bíblia impressa por Gutenberg. Em uma dessas visitas, houve uma descoberta que entrou para o acervo do museu, um original de De Divina Proportione, de Luca Pacioli com desenhos de Leonardo da Vinci. O estudo vai além e esbarram em personagens que encaravam a letra de forma inesperada para transformá-la em precursora de estilo de arte. Horcades cita o dadaísmo que, segundo ele, começou nas letras muito antes de o movimento chegar às peças. “Basta olhar: “ a disposição das letras no papel levou a loucuras que se transformaram em arte, como nos casos de poetas como Mallarmé e Appolinaire, com as suas reconstruções do texto em formas de círculos, pirâmides, folhas, que remetem a um estilo familiar aos temas lisérgicos de Lewis Carrol, em seu clássico “Alice no país das maravilhas”. No estudo que fez em seu “Almanaque Tipográfico Brasileiro”, Horcades reproduz a cabeça de Antonio Houaiss, recriada somente com fontes.

Uma dessas peças mostra o avanço dos orientais em relação ao desbravamento do território gráfico inaugurado por Gutenberg: trata-se de uma caixa com os tipos em madeira de mais de 800 ideogramas chineses, cunhados à mão, prontos para ir ao molde e fazer o trabalho de uma gráfica que já existia quando os europeus deram a sua como o mais prodigioso avanço da cultura no Ocidente. Todo esse estudo fez com que Horcades fizesse uma parceria com a diretora da Biblioteca Nacional, Ana Virginia Paes para levar tur-

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cdefuturah GRAFISMO

Se o computador é recente, as fontes, nem tanto. Algumas das mais tradicionais podem estar completando meio século. Ou mais, como no caso da fonte Universal, de Herbert Bayer, em 1925, fonte para a família Bauhaus. Ou a Futura, que Paul Renner criou em 1927, e da Helvetica, de 1958, inspiração para a Arial. Mas há a Garamond, base da Times, mas que está para completar 500 anos de existência e foi a fonte escolhida para dar fluidez a textos que fizeram a história, tanto a adulta, com a Divina Comédia, como a infantil -– é a fonte padrão dos jogos do saudoso Super Mario e dos livros da miliardária saga Harry Potter. Mas Carlos Horcades chama a atenção para uma tendência em curso, embora ainda esteja longe dos nossos textos: as letras criadas pelos grafiteiros. Impactantes, transgressoras, quase ilegíveis, elas estão em todas as paredes públicas do mundo. Uma coleção delas está no Almanaque do professor, ao lado de outras, que estiveram nos muros também, mas assinadas por nomes como Toulouse-Lautrec e outros artistas menos conhecidos, mas que imortalizaram o art déco e o art nouveau na caligrafia. “São as letras, que mudam de cara com a história, com a sociologia e com a tecnologia, do computador de ontem aos tipos de madeira de antigamente”, arremata o mestre. (Colaborou: Ricardo M. R. Pereia) Carlos Horcades e o ambigrama com o nome de Gutenberg, onde consegue-se ler de cabeça para baixo

Os artesãos das fontes Se a produção dos tipos era manual, a sua criação, hoje, não é muito diferente. Fazer um alfabeto para o computador não se resume às letras. Há também as formas em letras maiúsculas e capitulares, as acentuações nacionais e internacionais, os estilos em itálico, em negrito e toda a simbologia relacionada ao teclado e a comandos ocultos ou específicos, como os de moedas e frações. O valor de uma coleção dessas vai além do dinheiro e pode definir até o modelo dos nossos estilos. “A fonte arial é uma criação da Microsoft, que não conseguiu fechar contrato em seus termos com o criador da fonte Helvetica para o padrão de seus editores de texto. Mas trouxe ao público algo muito similar, embora seja muito inspirada na original”, explica Horcades. Por trás desse incidente comercial está uma evidência: a Internet exige uma mudança das fontes, especialmente para a leitura on-line. A grande discussão gira em torno das fontes com serifas, que podem gerar uma leitura cansativa com a ainda baixa resolução das telas. 192 MAGAZINE CASASHOPPING

Arte da cabeça de Antonio Houaiss feita de letras


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tendĂŞncia

AS LINHAS DO

TEMPO

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Os arquitetos e designers mais seguidos no Instagram Heloisa Marra


Um rosto feminino de Fornasetti pede silêncio na cerâmica delicada de um porta-velas. Um prédio art déco amarelo e branco brilha sob o céu azul de Miami. Emoldurada pelo Museu de Arte Contemporâneo, surge uma nova paisagem de Niterói. Revelamos aqui os cliques dos arquitetos e designers mais comentados do Instagram. De Jasper Conran, estilista e presidente da famosa Conran Shop, a Martyn Lawrence Bullard, designer de interiores preferido de Cher, Tommy Hilfiger e Ozzy Osbourne. Nas imagens, ex­celentes dicas de viagem, gastronomia, estilo de vida e flagrantes da paisagem carioca.

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tendência

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de curiosidades

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sper ova York, Ja esign, em N D lava d fi an es d rt A já f School o s 19 anos, s o n o A . rs , el Pa d a le en el g B Henri acia in sa Formado p ção para a stir a aristocr le ve co , r n a o ra p m n u o o z C id onhec rence Conran fe de roupas. C e berço. É filho de Sir Te hecidas por a h lin a ri p n sua pró ue vem d op, ambas co m talento q de Conran Sh peças contemporâneas re a d Jasper tem u o n o d com Habitat e ai para ser o e interiores fundador da lhido pelo p decoração d co a es ao i em fo ar er iz 2, Jasp ando a rede democrat das. Em 201 e então, vem revolucion aí as tr d n ri lo co co es d as ae e mais p. Desd Margiela Cas os Conran Sho d n zi a ti u d ar d te M ro p a en , h d o si pre e consum eças da lin d p s s o h ja n lo n so le as s n ma exce te tre outro introduzir o estilista, u ie Daâge, en d ar m de M ra e d ag st as com jardim n. No In porcelan , um refúgio tos do desig te sh n ar le ke e ta ra d s ar s vo ra M o b por n adani em ireito a o d M m d ia co R a o in l: na. Med dica de hote s dentro da e e arte africa res frutífera as de Laliqu eç p l, o h ar flores e árvo dy W Picasso a An que vão de

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ra da arquitetu m. A imagem s 7 anos, ele ra ag st In u se Ao der Gorlin em prédio com seu nome. yd Alexander iteto Alexan e Frank Llo u m q er u si ar e u o ad rb u d o o ci C st a o n Le p , e es iu d s !” ru o st co Fã n bran ades. ue co aximizar amarelo com uetes de cid de Gorlin, q ecido por m h se a aq es n el es m o p xõ C , ai ro m o p o a. d co d ez as sa A s “ n en pas ma d ília em Quee MoMA e na Bienal de V Lançou, ano mi reflete u casa da fam o l Libeskind. n a ova York em ie déco de Mia d s N o an e la st D d o sa s o p a et en ex it s er u ag o q ch h im ar al en o as ab s a el tr b te av tem ring Street. s clien m seus costum u Instagram o 189 da Sp m entre seu Se er der Gorlin te te . n m e ” ú xa el re n le z, tu o A n lu ec t, e it y, h ch aker Wrig pletas d in art and ar ique Ansel B nstruções re ro “Kabbalah lturais cakes da Domin liv paços em co o s es Pr s escu ted Leaf ropolitan ao editora Poin sas: do Met er iv d s ra u arquitet Metropolitan Gorlin: do

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: inglesa Ashley Hicks pela aristocracia viagem uma de interiores ado designer br le ce do o Filh , ficou conhee, nos anos 60 te abstrata qu ks ic H id Dav os, ar turar grafism y cido por mis bientes, Ashle am us se em as ve tig te an i e peças crata. O pa sangue aristo não nega seu o cabeleireiro o m rtantes co po im . Aos es nt ie cl pe de Gales n e o Prínci tado en at no V idal Sassoo r de morre u po ca de es on , C 16 anos u avô o lancha de se a ciiu te od pl os r ex que na olha en. Vale a pe y, tt le ba sh nt A r ou M po de criados de re pa de os is nh dos e papé xturas e dese ram revela te id Hicks by que no Instag , tre elas a Dav alho do en s, ha lin as de su o o trab , continuand gner Ashley Hicks ram do desi ag st In do es qu ta um de lhe pai. Desta investigados: r se n em ec er que m no Petit Triano aria Antonieta ês M gl de in a ta m tis ca da pelo ar as ilustradas e as sobrecap ras-primas. ob s ra ei verdad Rex Whistler,

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ram . No início fo anos, em 1983 o, iss 20 e s qu ao do rio . Mais u escritó Tóquio e Dacar de l começou se a be em ic Isa br as fá s, ol a iro nh tig ue pa an nq adas es família de ba sua casa, uma o ulo as embaix Nascida numa Calle de Alfons om, ao lado de em seu curríc ro 22 : m ow te ço Sh e re e oj de H Th . en os ço O . en pa ra es qu re u pe er H Se projetos arolina Espanha. pela estilista C ia de estilo na idos em Madri er virou referênc ef pr s do da, é um 2, Espanha. cera moderniza ia, Madri, 2800 ar am nt Sa z Rodrigue

Isabel López

de -Quesada: preferida

da a es u q pez @isabello MAGAZINE CASASHOPPING 199


@kellywearstler

tendência

Kelly Wearstler e o

glamour californiano

doses de e o casual, sempre com misturam o exuberante e design qu s, ito ore mu eri int com a , s nd pa ou Ela cria tudo: de rou geles, é um playgr An Los em , ue en r: Av lly Wearstle pedras na Melrose ntos-chave do estilo Ke dourado. Sua flagship me Ele fe. sur de rtfólio. as nch em pra Caribe estão no seu po marcando presença até téis de Beverly Hills ao Ho . o dires m flo e Co r. es he cor llag os, o de Kelly Ga brutas, dourado, grafism yboy com o pseudônim hoje Pla de on ista n, rev ma na od ate Go ym orf dendo no Bergd Em 1994, ela foi pla ven 95 19 em s isso, pa r rou po gócio pelas Exatamente nheiro, começou seu ne mour e informalidade. gla rar stu ela mi jan ue a seg Pel . con an . Kelly to em Manhatt tem seu próprio espaço decorar seu apartamen ra seu pa do z a Dia Dic ron as. me rid Ca hipercolo foi escolhida pela atriz tras janelas floridas e , descobrimos muitas ou taurantes, lojas de frutas res com do rca me do Instagram de Kelly, ga me um , les ge An rket em Los Instagram: Farmers Ma 34. ncia na cidade desde 19 erê ref , res flo e legumes nunca Alex Papachristidis: em luxo

economize

s, Flórida, Londres, Manhattan, Hampton ê acha que a era de Arábia Saudita. Se voc lmente acabou, vai Maria Antonieta rea ambientes de Alex se surpreender com os la Parsons School pe Papachristidis. Formado em 2012, o livro “The of Design, ele lançou, ors”, pela Rizzoli. Alex age of elegance: interi s preciosas nos estogosta de tons de pedra luxo, nunca está safados e, em matéria de os. Sua inspiração: a tisfeito com os resultad uma montagem da ópera. Nunca esqueceu Itália. “Tinha até caAída, de Berdi, vista na Teddy, seu yorkshire, . melo no palco”, lembra Instagram. é figura carimbada no

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Tecnologia

O FUTURO 16 Bilhões em troca do que mesmo? Mario Jorge

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ois é. Deu primeira página no mundo inteiro. O Facebook, que tinha perdido destaque, voltou ao foco, comprando o WhatsApp. Pagou 16 bilhões de dólares pela empresa, além outros 3 bilhões a serem distribuídos entre os seus fundadores e poucos funcionários - 55 para ser exato. Como o assunto tecnologia ao mesmo tempo atrai os entusiastas e assusta os que não vivem imersos nele, vamos primeiro esclarecer algumas coisas sobre os atores desta grande operação para quem não é tecnófilo. O Facebook é um site de relacionamento pessoal – não concordo em chamar de rede social porque redes sugerem interligação, e o Facebook é fechado. O WhatsApp é um aplicativo de mensagens instantâneas – o nome é um trocadilho que soa mais ou menos como “O que é que há?” em inglês. Já falamos aqui sobre isso no número passado. Há muitos aplicativos de mensagem instantânea. O mais conhecido vem embutido nos celulares e envia SMS. Só que SMS não é gratuito ou mesmo barato, como os pais de adolescentes bem sabem. O WhatsApp – assim como o Viber (mais adiante), iMessage (para quem

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usa produtos Apple), BBM, para quem permanece no Blackberry – envia mensagens sem pagar por unidade. Usa a conexão de dados do celular (ou tablet) que geralmente tem um preço fixo. Então bater um papo de meia hora “custa zero”, já que o valor fixo dá esta impressão, e, é claro, não causa surpresas no fim do mês. Não é preciso dizer que pelo que falamos antes os jovens de todo o mundo – com ou sem os pais pagando a conta – adotaram o WhatsApp como o seu mensageiro instantâneo favorito. E o que o Facebook tem com isso? Vamos voltar rapidamente no tempo: primeiro veio o rádio, que derivou a sua receita dos anúncios. A televisão seguiu pelo mesmo caminho. A Internet nasceu subsidiada por governos. Ao se tornar pública precisava ser paga. Surgiram dois caminhos: um foi usá-la para vender. Outro foram os anúncios. Pensando melhor, o assunto é um só: vender. Para quem não sabe a maior parte da receita do tão famoso Google vem de anúncios. Você já deve ter visto que algumas buscas no Google retornam apenas respostas com o mesmo visual. Em outras as pri-


DO PAPO meiras respostas são maiores, mais legíveis. São anúncios. Cada vez que estes anúncios aparecem na sua busca o Google ganha alguns centavos. E se o internauta clica, lá se vão mais outros centavos para a conta do Google. Da Google, melhor dizendo. E se, depois de ler este texto, você prestar atenção vai notar que em muitos outros sites os tais anúncios aparecem. E, pior, eles sabem o que você andou buscando no Google e por onde você navegando. Anunciam o que você andou procurando, lendo, quase que sabendo o que você pensou. Porque esta longa explicação? Porque o Facebook sonha em ser uma Google, não no que diz respeito à busca, mas em relação aos anúncios. Só que é apenas uma promessa e há muito dinheiro em jogo. Algumas estatísticas defendem que à medida que os mais velhos invadem o Facebook – pais e avós, que começam a publicar a fotos dos filhos e netos, e pais para ver o que andam fazendo os filhos – estes últimos, os jovens de lá do início do texto, estariam se afastando do “Face”. E são eles, novamente, os clientes do WhatsApp. Donde, a compra seria um movimento do Facebook de ao mesmo tempo se manter flutuando,

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continuando a crescer, e de se aproximar do público jovem, que tem potencial de se tornar consumidor e, consequentemente, alvo de publicidade. Não por acaso poucos dias antes do anúncio da grande compra o Viber concorrente do WhatsApp, mas que transmite principalmente voz (sem que você pague à operadora por isso, novamente usando o plano de dados de valor fixo) foi vendido por cerca de 900 milhões de dólares. Uma pechincha! E também não por acaso, pouco após a venda o WhatsApp anunciou que vai passar a oferecer o serviço de voz. Se vai valer a pena o investimento, deve ser a sua pergunta, ao fim de tudo isso. Retorno do investimento, neste caso, importa menos do que o efeito negativo que teria um concorrente – são poucos e agressivos, Google, Microsoft, Apple, Yahoo – comprar o WhatsApp e o Facebook descobrir tarde demais que era para lá que o mundo ia. E dinheiro, ao menos hoje, para o Facebook não é problema. É solução.

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mem贸ria

Os Planos do Rio Os tra莽os que definiram as linhas retas de um Rio sinuoso Leticia Helena

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O

turista desembarca no porto, novinho em folha, e atravessa o Centro numa larga avenida, batizada de Santos Dumont, rumo à esplanada que funciona como cartão de visitas da cidade. Em Copacabana, moradores passeiam por um charmoso calçadão, construído sobre a mais movimentada rua do bairro. Na Tijuca, passageiros embarcam no metrô, atravessam o maciço da Rua Uruguai e, em 15 minutos, desembarcam em frente ao Jockey Club, na Gávea. Projetos futuristas? Nada disso. Ideias totalmente retrô, do século passado. Mas esse é o Rio de Janeiro que surge nos projetos do francês Alfredo Agache, que andou por aqui no finzinho dos anos 20, ou do grego Constantino Doxiádis, que trabalhou na cidade nos anos 60. Curiosamente, ambos planejaram um Rio com mais saneamento e melhores opções de transporte público. Sem favelas, com morros reflorestados, e um avanço calculado rumo ao Oeste, como conta o arquiteto e urbanista David Cardeman, autor de “O Rio de Janeiro nas alturas”, em parceria com o filho Rogerio Goldfeld Cardeman, e um pesquisador apaixonado pela história do urbanismo em terras cariocas.

Plano Agache: da década de 20, a previsão de um aterro na Lagoa.

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memória

Duas imagens do impensável, no Plano Agache: o estudo em aquarela (acima) e o mapa de uma esplanada triunfal no local em que, hoje, está o Aeroporto Santos Dumont

“No fim do século XIX, criou-se uma comissão de melhoramentos. Em 1903, Pereira Passos assume a prefeitura e promove uma reforma urbana, com a clara preocupação de melhorar as condições sanitárias da cidade que eram desastrosas. Criou avenidas, demoliu casarões, regulamentou a altura dos sobrados em função da largura das ruas. Ainda alargou a chamada Rua da Vala, hoje Uruguaiana, por onde escoavam os esgotos do Centro, a céu aberto. É o célebre período do ‘bota-abaixo’”, conta Cardeman. Apesar das iniciativas de Pereira Passos, que passaram à História como o primeiro movimento urbanístico da cidade, o arquiteto considera o Plano Agache realmente o trabalho pioneiro no sentido de organizar a ocupação do Rio. Em seu escritório, Cardeman tem duas cópias do plano original do francês, lindamente ilustradas. Nos traços, fica evidente uma tendência a transformar o Rio numa Paris dos trópicos: avenidas radiais, grandes espaços abertos, jardins... “O Agache é de uma geração que sofreu a influência direta do Haussmann, o prefeito que tornou a cidade um ícone de urbanismo. A ideia de grandes áreas internas livres entre os prédios, com jardins, já tinha se espalhado na Europa. Barcelona, Londres e outros lugares seguiam esse modelo, diz o arquiteto. Contratado em 1925, Agache entregou “Cidade do Rio de Janeiro – Remodelação, extensão e embeleza206 MAGAZINE CASASHOPPING

mento” no ano seguinte. Em 1930, com a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, o projeto foi oficialmente engavetado. Porém, os arquitetos e urbanistas que trabalharam com o francês conseguiram, aqui e ali, implementar algumas propostas. Agache previa, por exemplo, a alternância de prédios altos e baixos no Centro da cidade. Um visual que ainda pode ser admirado, por exemplo, no Ministério do Exército, na Avenida Presidente Vargas, ou na área do Ministério do Trabalho, na Avenida Erasmo Braga, no Castelo. “O plano previa prédios altos porque o concreto armado já podia ser usado em larga escala. Com isso, em vez de sobradinhos de, no máximo, três pavimentos, você pensava em construções com oito, dez andares”, diz Cardeman. O Castelo, por sinal, era uma das meninas dos olhos de Agache. Dali até a ponta do Calabouço, onde hoje funciona o aeroporto, ele projetou uma esplanada, com eixo monumental e jardins. Os turistas desembarcariam no porto, perto da hoje Praça Mauá, e atravessariam a cidade pela Avenida Santos Dumont, cujo trajeto lembra um pouco o da Avenida Rio Branco. Na outra ponta, já na Baía de Guanabara, haveria a esplanada. “Era um cartão de visitas para a cidade. Agache considerava que a chegada ao Rio era muito feia, indigna da beleza carioca”, conta Cardeman.


“A esplanada era para ser um cartão de visitas para a cidade. Agache considerava que a chegada ao Rio era muito feia, indigna da beleza carioca” Ideias ousadas para a época, mas nada surpreendentes para alguém que, no prefácio do plano, definiu urbanismo como “uma sciência e uma arte”. Agache, justificando suas propostas, explicou que elas tinham sido levadas “a effeito mediante um estudo methodico de geografia humana e da topografia, embora sem descurar as soluções financeiras”.

do em parceria com arquitetos do Rio, previa, entre outras iniciativas, a criação de 403 quilômetros de vias expressas e mais 517 de vias principais, fora 80 quilômetros de trilhos de metrô. As linhas foram batizadas com nomes de cores e, algumas, embora não tenham saído do papel na época, são bem familiares aos cariocas.

“Agache já compreendia que urbanismo é pensar a cidade como um todo. É oferecer maneiras de as pessoas morarem, trabalharem, se locomoverem. Tanto que, lá nos anos 20, ele projetou um metropolitano para a cidade”, lembra Cardeman.

“A Lagoa-Barra ainda foi inaugurada nos anos 70, mas as linhas Amarela e Vermelha só foram executadas nos anos 90. E trechos da Linha Azul estão sendo utilizados na Transolímpica e na Transcarioca, duas obras prometidas para os Jogos Olímpicos de 2016. E a Linha Verde, que incluía o metrô atravessando o Maciço da Tijuca, não teve a mesma sorte”, lamenta o arquiteto.

Quatro décadas depois, já no governo Lacerda, a proposta do metropolitano voltou ao debate, na elaboração de “Guanabara – A plan for development”, assinado pelo urbanista grego Constantino Doxiádis. O trabalho, elabora-

Doxiádis, porém, apresentou outras sugestões, como a criação de um calçadão acima da atual Avenida Nossa

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Senhora de Copacabana e a delimitação de uma área de proteção ambiental na Baixada de Jacarepaguá. O grego também propôs a urbanização das favelas, com a remoção de moradias em áreas de risco, como morros e manguezais. Dinheiro não era problema, já que, com a transferência da capital para Brasília, o Rio se tornara o Estado da Guanabara e arrecadava impostos suficientes para fazer uma grande remodelação. Mas a alegria durou pouco. Em 1975, com a fusão, as verbas minguaram e as ideias do urbanista foram arquivadas.

apartamento). Já o Plano Básico teve, como maior cartão de visitas, a criação do Projeto de Estruturação Urbana, o chamado PEU. O número 1 foi na Urca. Cardeman era funcionário da prefeitura na época.

“Quase tudo o que estamos fazendo hoje de obras viárias é herança da proposta do Doxiádis. Depois dele, tivemos mais duas iniciativas de planos urbanísticos, ambas bem mais modestas”, afirma Cardeman.

Cardeman lembra que, em 1992 e 2011, a cidade teve dois planos diretores, mas sem o mesmo impacto das propostas anteriores. Para o futuro, o arquiteto acredita que a palavra-chave seja centralidade.

As duas propostas são o trabalho de Lucio Costa, em 1969, para a ocupação e expansão da Baixada de Jacarepaguá; e o Plano Urbanístico Básico da Cidade do Rio de Janeiro, de 1977, já na gestão do prefeito Marcos Tamoyo, no período pós-fusão. Lucio Costa, ousadamente, sugeriu a criação do Centro Metropolitano, numa área próxima à atual Avenida Abelardo Bueno. Em termos de geografia, a região é exatamente o centro do munícipio do Rio. Seu trabalho também sugeria a criação de quadras com ocupação mista (comércio e

“No mundo todo, as cidades estão criando polos que centralizam todas as atividades. Você pega Madureira, por exemplo. Ali, tem infraestrutura básica, moradia, comércio, serviços. Você cria condições econômicas para funcionar como um centro daquela região. E você vai interligando esses centros com uma rede de transporte público eficiente”, explica Cardeman. “Esse é o futuro”.

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“Trabalhei no Plano Básico, e a proposta inicial era de mais de 50 unidades especiais de planejamento, nas quais aplicaríamos o PEU. Só umas dez saíram do papel. Mas se a Urca está conservada hoje, deve a essa iniciativa, que não permitiu a descaracterização do bairro.

No Plano Diaoxiades, dos anos 60, uma ficção sobre a Praça do Lido: circulação subterrânea de carros abaixo do espaço público



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Marcio Irala

reluzente O brilho de janeiro, fevereiro e março chega também a abril. Cada um deles reluz o traço das criações, o humor e as inspirações de designers que pensam no que ninguém viu ainda. Com exceção, claro, da arquiteta Cristina Côrtes, que percorreu as lojas do Novo CasaShopping para encontrar os novos reflexos da estação, dos objetos mais sutis às grandes peças de mobiliário. Aqui, tudo que reluz é moda.

Na Artefacto, par de cavaletes Architect, importado, em aço inox polido, com regulagem de altura e tampo de cristal opcional.

Limpidez dos espelhos na Sierra Móveis e a marca das mesas com estrutura de madeira maciça.

Abajur Tall, da Archela, de metacrilato, com acabamento polido brilhante. Na Vigolucci.

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Efeitos gráficos no conjunto de castiçais em cristal lapidado, da Rosa Kochen.

Na Treselle, o jogo de luz nas curvas do puxador Cristal, em aço cromado, com vidro cristal, disponível em dois tamanhos.

O brilho do metal na folha seca, estilizada como centro de mesa, de Cris Molinari.

No Arquivo Contemporâneo, o toque dos azulejos da Fundação Athos Bulcão, no bufê Costa, dos designers Flávio Borsato e Maurício Lamosa.

No bufê Hibridos, da Finish, a criação do designer multimídia José Marton: toque retrô na colagem de tiras em metacrilato.

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arquitetônicas

abertura da

Artefacto

Mostra 2014

fotógrafos: Geraldo Valadares, Murillo Tinoco, Reginaldo Teixeira e Udo Kurt

1. Xuxa Lopes 2. Carlos Tufvesson e Andre Piva 3. Carol Castro e Monica Gervasi 4. Luiz Paulo e Elisa Marcolini, Diva Bacchi e Albino Bacchi 5. Bruno Chateaubriand, Mario Brasil e André Ramos 6. Jorge Israel e DJ Scallet 7. Carlinho de Jesus 8. Nina Kauffmann 9. Pedro Torres, Ivy e Carlos Machado 10. Fabio Bouillet e Rodrigo Jorge 11. Bruno Gagliasso e David Brazil 12. Paulo e Lais Bacchi e Jairo de Sender 13. Vera Loyola 14. Elaine Ramos 15. Sérgio Gonçalves e Fernanda Keller 16. Marcia Meira 17. Patricia Brandão e Vanda Klabin 18. Werner e Marilene Galindo 19. Gilda Antoniazzi e Pedro Mello e Souza e Claudia Damazio 20. Clarice Sette, Claude Troigros, Paulo e Lais Bacchi 21. Joy Garrido 22. Beth Acurso 23. Leilane Neubarth e Zulma Mercadante 24. Lenny Niemeyer e Edgar Otávio 25. Claudia Santana, Ana Botafogo e Cristina Côrtes 26. Luiz Fernando Grabowsky 27. Maranhão 28. Roberta Devisate, Patrícia Junqueira e Miriane Flores

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Mostra Decora Lider fotógrafos: Ari Kaye e Fernando Ferreira

1. Aurélio Nogueira e Mario Santos 2. Augusta Nogueira Gilda Antoniazzi e Deborah Wilcox 3. Andressa Fonseca e Giordano Cacciola 4. Carol Siggel, Paula Motta, Gloria Copello, Fernanda Sixel, Miriam Chactoura e Clovis Alvarenga 5. Célio Nogueira e Francisco Grabowsky 6. Raquel Nogueira e Mariana Sobreira 7. Fábio Vigorito e Leila Dionizios 8. Pamela Dietrich Angela Meza e Patricia Meza 9. Mario Santos, Francine Zanardi, Cacau Dias e Clovis Alvarenga 10. Claudia Brassaroto 11. Thoni Litsz e Liliana Rodriguez 12. Raquel Salgado e Maria Eduarda 13. Patricia Hall e Eva Taquechel

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Lançamento Coleção 2014 Way Design fotógrafos:

Paulo Jabur

1. Fernanda Mancini e Lia Lamego 2. Patrícia Mayer e Tatiana Lopes 3. Adriana Falcão e Caco Borges 4. Fábio Cardoso, Luciana Nasajon, Isabela Matarazzo, Leonardo Pazzini e Mariana Indio do Brasil 5. Paula Neder, Thoni Litsz e Ângela Lemos 6. Leonardo Pazzini, Patrícia Fiúza e Eliana Pazzini 7. Joy Garrido e Pedro Paranaguá 8. Eliana Pazzini e Roseli Müller 9. Tatiana Scorzelli e Gorete Colaço 10. Ana Maria Indio da Costa e Patrícia Marinho

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Bontempo X malas prontas fotógrafo:

Marcio Irala

1. Carol Ayres, Priscilla Peres, Emmilia Cardoso, Chris Bernardes 2. Bel Ribeiro, Tania Christoph, Emmilia Cardoso, Patricia Junqueira, Nara Lauria 3. Josiana Boldrini, Andressa Fonseca, Raquel Salgado, Adriana Canton, Cris Diniz, Alexandre Cardim 4. Tania Christoph, Fatima Ribeiro e Luis Palma 5. Marcos Barros, Maria Luiza, Tania Christoph, Vania Talarico 6. Sandra Sidney, Raquel Salgado e Gabriela Ximenez

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Coquetel de Lançamento da linha 2014 da Hardscape - Ekko Revestimentos fotógrafo:

Guilherme Bayma

1. Carla Napolião, Marcelo Dadoorian, Clovis Alvarenga, Roberta Nicolau e Luiz Lima 2. Alexandre Santos, Cris Diniz e Jo Boldrini 3. Ana Claudia Ribeiro e Carol Nunes 4. Flavia Ambrosano, Marcelo Dadoorian, Roberta Nicolau e Monique Granja 5. Douglas Pestana, Tacila Lima, Ana Claudia Ribeiro, Carol Nunes e Karol Amorim

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Inauguração do restaurante L’entrecôte de paris fotógrafos:

Antônio Kämpffe

1. Joana Amado Havelange e Veronica Mascarenhas 2. Leonardo Gandara e Marcela Monteiro 3. Monique Malta e Marcelo Malta 4. Alessandra Ferraz e Fabiola Cabral 5. Cataria Zecchin e Luiza Sobral 6. Juliana Santos, Maria Clara Marques, Paula Sarney, Diogenes Queiroz e Alessandra Ferraz 7. Juliana Cuoco e Diogo Cuoco 8. Alexandre Ibitinga e Marcia Veríssimo 9. Horacio Ernani e Suzana Galdeano 10. Joaquim Monteiro de Carvalho e Alexandre Ostrowsky

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vitrine Promoções e preços por tempo limitado. Produtos sujeitos à disponibilidade de estoque. ** Acessórios não incluídos

Bicicleta de parede com buquê de gerânios. Por R$ 330 no dinheiro, cheque, cartão de crédito ou de débito. Na Sempre Verde.

Ladrilho hidráulico, medindo 0,20m x 0,20m. Por R$ 9,90 a peça em seis parcelas no cheque ou três no cartão. Na Gumos Mix.

Misturador monocomando para lavatório. Por R$ 986,50 em até seis parcelas sem juros. Na Open.

Colchão Herval, modelo Green Pocket, medindo 1,38m x 1,88m x 0,25m. Por R$ 990 à vista ou em 10 parcelas sem juros. Na Colchões Botafogo - Bloco B.

Jogo de cama bordado arco-íris, em percal 200 fios solteiro. Por R$ 279 em duas parcelas sem juros no cartão de crédito. Na Alfaias.**

Mármores importados, ladrilhos, 1m x 1m. Por R$ 495 o m2 em até 3 parcelas sem juros. Na Mármores e Granitos Royal.

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até R$ 1.000

Luminária Quadrilha, assinada pela designer Cristina Bertolucci, com cinco composições de curvas repuxadas, composta de latão, cobre ou alumínio. O valor varia de R$ 760 a R$ 1.750 (dependendo do material) à vista. Exclusividade da Light Design + Exporlux.

Escultura Esfera de madeira. Por R$ 594 à vista ou no cartão de crédito ou no de débito. Na Cris Molinari.

Chuveiro Cubo Deca. Por R$ 683,65. À vista com 5% de desconto ou em cinco parcelas no cartão. Na Frei Caneca.

Leather Struttura Gardênia Orchidea, medindo 33,3cm x 33,3cm. Por R$ 76,84 o m2 em até três parcelas (respeitando a parcela mínima vigente). Na Ekko Revestimento.

Cama Dog Slim - Entreposto. Por R$ 370 em até três parcelas no cartão de crédito. Na Conceito All.

Piso em Nanoglass, medindo 1,20m x 1,20m. Por R$ 500 o m2. Forma de pagamento sob consulta. Na Arte em Pedras Mármores e Granitos.

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vitrine

Assoalho Multstrato em carvalho nude, grey ou classic, medindo 10cm x 1,1cm. Por R$ 368 em até seis parcelas no cheque. Na Parquet Nobre.

Tapete em Antron, da Punto e Filo (A0125). Por R$ 580 o m2 em três parcelas. Na Trama Tapetes e Carpetes.

Mármore Travertino Bruto 1m x1m, por R$ 369. Marmoglass 1,20m x 1,20m, por R$ 493. Mármore Crema Marfil Standard 1,20m x1,20m por R$ 499. Limestone Moca Creme/Mont Dore 1m x1m, por R$ 487 em até 3 parcelas sem juros. Na MGR Marmoraria

Conjunto Tube, com cinco peças, em várias cores. Por R$ 853 à vista. Na Vallvé.

Violone na cor limone. Por R$ 390,26 em todos os cartões de crédito. Na Regatta Tecidos.

Concrete Smoke, medindo 1,20m x 1,20m. Por R$ 230,90 o m2 à vista. Na Portobello Shop.**

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até R$ 1.000

Quadro Canvas, da coleção Rio ou personalizado. Por R$ 580 em três parcelas no cartão a medida de 1,10m x 1,10m. Na RJ Sign.

Vasos Tye Die, em azul e branco, assinados por Sig Bergamin. Por R$ 565 o grande, R$ 380 o médio e R$ 255 o pequeno em três parcelas em qualquer cartão. Na Rosa Kochen.

Linha Memory Décor. Por R$ 220 o m2 à vista ou R$ 245 em seis parcelas no cartão ou no cheque. Na Santa Sofia Home.

Tecidos Linho Tempo multicoloridos. Por R$ 103 o metro em cinco parcelas no cheque e à vista no cartão. Na Orlean.

Baú Ideal, modelo Korino nas cores branco, preto ou marrom, medindo 1,38m x 1,88m x 0,38m. Por R$ 999 em 10 parcelas sem juros. Na Colchões Botafogo - Bloco E. Soda Stream (ref.: 408893.0086). Por R$ 399 em quatro parcelas nos cartões de crédito. Na Spicy.

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vitrine

até R$ 1.000

Papel de parede Álbum Vila Vita. Por R$ 385 o rolo em três parcelas. Na Tracciato.

Tapete Dimensão. Por R$ 799 à vista, com 5% de desconto, ou em três parcelas no cartão Visa ou Master. Na Santa Mônica.

Spechio Verano, medindo 1,20m x 1,20m. Por R$ 169,90 o m2 em oito parcelas no cheque ou no cartão de crédito. Na Tanto Revestimentos.

Quadro Rio em Caixa. Por R$ 350 em dinheiro, cheque e cartões Visa, Master, Diners e Amex. Na Vilaseca Assessoria de Arte.

Faqueiro Carmel 16 peças. Por R$ 64,90 em todos os cartões de crédito. Na Tramontina Store.

Porcelanato Aparici Sonar Vestige, medindo 0,11m x 0,90m. Por R$ 288 o m2 à vista. Na Santa Sofia Revestimentos.

Tapete em couro, módulo 0,10m x 0,10m. Por R$ 309,99 o m² (válido para peças em estoque). Na Casa Fortaleza.

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de R$ 1.001 a R$ 3.000

Adega Sun, com acabamento do corpo em base de madeira e portas em laca. Por R$ 1.902,16 à vista ou em 10 parcelas no cheque. Na Ilustre.

Conjunto Venesa com box Korano de casal, medindo 1,38m x 1,88m. Por R$ 1.784 em 10 parcelas. Na Euro Colchões - Bloco A.

Conjunto Pendentes Bambu permanentes. Por R$ 1.443. À vista com 10% de desconto ou em três parcelas no cartão de crédito. Na Raphis Design. Sofá Paco, de três lugares, medindo 2,20m, em suede. Por R$ 2.400 à vista ou em três parcelas de R$ 800. Na Arboreto Design.

Cama Miami, medindo 1,60m, com acabamento em nogueira ou laca branca. Por R$ 2.814 em três parcelas. Na Companhia das Camas.

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Sofá Ícone, em suede. Por R$ 2.298,88. À vista com 8% de desconto no cheque ou em oito parcelas no cheque com o primeiro para 5 de junho ou em 12 parcelas no cartão. Na Abra Casa.

Cooktop Vitrocerâmico Kitchen Aid 2 zonas. Produto com potência profissional e dimensão especial de 38cm para uma área de trabalho mais ampla. Manipulos extra grandes, para facilitar o manuseio. Por R$ 1.599 em até cinco parcelas sem juros no cartão. Na Celdom.

Serigrafia assinada e numerada de Cícero Dias, medindo 0,75m x 1,10m. Por R$ 2.400 à vista ou em quatro parcelas de R$ 750. Na Almacén Galeria de Artes. Berço Provence. Por R$ 2.492 em 10 parcelas sem juros no cheque. Na Amor Bebê.**

Tapete Évora, lançamento. Por R$ 1.452 o m2. Na Avanti Tapetes.

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de R$ 1.001 a R$ 3.000

Poltrona Gênova outdoor. Por R$ 2.800 em quatro parcelas de R$ 700. Na Saccaro.

Sofá Valência, mais chaise, em suede E, medindo 3m x 1,85m. Por R$ 2.870 à vista ou em cinco parcelas de R$ 620 no cheque ou em três no cartão. Na Formato.

Kit com manta e almofadas. Por R$ 1.500 no cheque ou dinheiro. Na Guilha Decoração.

Cama retrátil Flage, medindo 0,88m x 1,88m (não está incluídos colchão e armário). Por R$ 2.110 em 10 parcelas sem juros (sujeito à aprovação de crédito). Na Studio do Sono.

Base de mesa Cavalete 3P para tampo de até 2,20m, do designer Pedro Useche. Por R$ 1.338 em duas parcelas. Na Novo Ambiente.**

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Cama Provençal com cama auxiliar. Por R$ 2.584 em seis parcelas de R$ 386 no cheque. Na Intercasa.**

Luminária Uto, branca. Por R$ 1.939,75. Na Lumini.

Poltrona Nina, no tecido FX 1.200. Por R$ 1.444 em quatro parcelas de R$ 361 no cheque. Na Guimar Interiores.

Aparador Hex. Por R$ 1.960 em três parcelas de R$ 651 no cheque. Na Lider Interiores.

Conjunto Palace com box suede de casal, medindo 1,38m x 1,88m. Por R$ 2.935 em 10 parcelas. Na Euro Colchões - Bloco N.

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de R$ 1.001 a R$ 3.000

Sofá Nord pérola, revestido em couro, disponível nas cores pérola, preta e marrom. Por R$ 2.990 à vista. Na Maison Design.

Cadeira Java em corda fechada, braços de madeira com opções de cor e acabamento. Por R$ 1.280 à vista. Na Tidelli.

Luminária Lumiere turquesa. Por R$ 1.450 em três parcelas. Na Vigolucci.

Persiana horizontal em madeira laqueada, medindo 1,40m x 1,60m. Por R$ 2.800 em três parcelas iguais. Na Uniflex.

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Sofá com canto em “L”, medindo 3,10m x 2m, no tecido suede, com opção de escolha para qualquer tecido do grupo 300. A posição da chaise pode ser definida se à direita ou à esquerda. Por R$ 3.500 à vista ou por R$ 3.900 em até 10 parcelas. Na Novità Design.

Rack Container, de duas portas, vão e rodízios em prata. Por R$ 4.397 à vista ou R$ 4.885 em dez parcelas com entrada em cheque ou em até cinco parcelas no cartão. Na Velha Bahia.

Painel com quatro venezianas. Por R$ 3.635 em dez parcelas com entrada. Na Trançarte.

Poltrona Montana (pufe à parte). Lançamento Fahrer designer, em carvalho americano natural com tecido Linho Pistache. Por R$ 4.864 à vista. Na Finish.

Colchão PKT Gold Star Plush Vitagel, medindo 1,38m x 1,88m x 0,42h. Por R$ 3.700 em 12 parcelas sem juros. Na Castor Colchões.

Poltrona Luís XV, com encosto de tecido com opção de escolha ou de palhinha (entalhada). Por R$ 3.980 em cinco parcelas de R$ 796. Na Arte Inglesa.**

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de R$ 3.001 a R$ 5.000

Poltrona Woody, do designer Jader de Almeida. Por R$ 4.392 em seis parcelas. No Arquivo Contemporâneo.

Um par de caixa acústica Bookshelf Klipsch RB 51 mais uma caixa central Klipsch C-10. Por R$ 3.064,25 à vista. Ou por R$ 3.424,75 em duas parcelas de R$ 1.712,37 ou por R$ 3.605 em quatro parcelas. Na High End.

Sofá Ávila, tecido 3.000, medindo 2,20m. Por R$ 4.183,20 em três parcelas de R$ 1.394,40 com entrada. Na Way Design.

Mesa de jantar Xis, medindo 2m x 1m x 0,76h, em carvalho e laca brilho. Por R$ 4.719,60 à vista ou por R$ 5.244 em 10 parcelas de R$ 524,40. Na Domme.

Poltrona giratória Bombaim. Por R$ 3.294 à vista ou R$ 3.875 em quatro parcelas. Na Franccino Giardini.

Rack Papillon, medindo 2m x 0,45m x 0,45m, em várias cores. Por R$ 3.300 em três parcelas. Na Udine Casa.

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vitrine

Pufe Tom Hoffman. Por R$ 5.650 em quatro parcelas no cheque. Na Allhausz.

Sofá Odeon, medindo 2,50m x 1,15m x 0,83h, faixa de tecido 5.000 (linho). Por R$ 6.495 em três parcelas. Preço promocional válido para produtos de encomenda válido durante os meses de abril e maio. Na Breton Actual.

Mesa de centro Everest, medindo 1,60m x 0,80m, com opção de acabamento em pintura fosca ou high gloss resistance. Por R$ 5.134 à vista. Na Artefacto.

Sofá Macedônia, de três lugares, medindo 2,40m x 3,05m x 0,65h. Por seis parcelas de R$ 2.167. Na Amazônia Móveis.**

Poltrona Freedom. Por R$ 5.549 à vista ou por R$ 5.714 em seis parcelas no cartão. Na Alberfelx.

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Pendente Iago, revestido de folha de ouro, medindo 1m. Por R$ 5.220 em 10 parcelas no cheque. Na Allight.


acima de R$ 5.001

Carrinho de chá Acessorium (CCAC01). Por R$ 5.023 em 10 parcelas ou à vista com 10% de desconto. Na Mac Móveis.

Quarto de casal com porta em laca cava. Por R$ 18 mil em até três parcelas. Na Dell Anno.**

Colchão Visco Next, com núcleo em poliuretano de alta resiliência e visco elástico, medindo 1,38m x 1,88m. Por R$ 5.163 em até cinco parcelas sem juros. Na Colunex. Sofá Kinto, em couro natural envelhecido C3, retrátil, medindo 2,52m de largura x 1,14m de profundidade fechado / 1,52m aberto. Por R$ 12.803 em até 10 parcelas. Na Espaço 204.

Cozinha de mostruário (troca de mostruário). Por R$ 21 mil à vista ou em até três parcelas de R$ 7.000. Na Favo.**

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vitrine

acima de R$ 5.001

Mesa de centro Zurique, em vidro pintado e com banco de madeira de demolição, medindo 1,65m x 1m x 0,35m (consultar cores e medidas). Por R$ 6.152 em até 10 parcelas ou à vista com 10% de desconto. Na Vivence Interiores.

Cadeira AirPad, modelo 3C72, assento estofado em tecido. Por R$ 8.380. Na W. Works Office.

Sofá italiano U070, medindo 2,11m x 0,97m, em couro natural, da categoria 10, com dois assentos reclináveis. Por R$ 5.868 à vista ou em 10 parcelas de R$ 652. Na Edno Interiores.

Adega Sophistique azul cobalto com capacidade para 70 garrafas. Por R$ 7.170 em oito parcelas iguais. Na Maison des Caves.**

Balcão Bistrô com Vitrine, da linha Charme. Por R$ 21 mil em três parcelas com entrada. Na Florense.**

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sob consulta

Balcão Dueto, medindo 1,80m x 0,77m x 0,45m, produzido com caixa de melamina, bordas e base em madeira maciça taeda. As gavetas e portas têm sistema de amortecimento de retorno. Preço e forma de pagamento sob consulta. Na Abraccio Móveis.

Corrimão de aço inox. Preço sob consulta em seis parcelas no cartão. Na Daflon Soluções em Arquitetura.

Cozinha em MDF branco. Preço de projeto sob consulta, com 25% de desconto para pagamento em cinco parcelas. Na Treselle.**

Sofá Broadway, com estrutura em madeira maciça, grandes almofadas de encosto em fibra siliconizada e pés de alumínio, na medida de 2,75m x 0,80m x 0,90m. Preço e forma de pagamento sob consulta. Na Sierra Móveis.

Cadeira de aproximação Aqua, com estrutura de madeira maciça teka, medindo 0,76m x 0,81m x 0,73m. Preço e forma de pagamento sob consulta. Na Sierra Garden.

MAGAZINE CASASHOPPING 233


vitrine

Cozinha. Preço sob consulta em até 36 parcelas. Na Soluction Home Marel.**

Toldos Stobag. Preço sob consulta. À vista antecipado com desconto de 10%. Ou em 10 parcelas iguais sem juros no cheque pré-datado ou em duas parcelas iguais com desconto de 5%. Na Cristalle Interiores.**

Quarto Casal, com armário com portas em laca com várias opções de modelo e acabamento. Preço sob consulta em até 10 parcelas. Na Quarto Composto.**

Projetos de bancadas em inox. Preço sob consulta, com desconto de 30%, em três parcelas no cartão ou no cheque. Na High Inox.**

Armário em Laccato, com portas de vidro de altíssima tecnologia com sistema Movie. Preço sob consulta em até 24 parcelas. Na Bontempo.**

234 MAGAZINE CASASHOPPING


sob consulta

Cucina Lacca, lançamento Linhas de Cozinha. Preço sob consulta em até 10 parcelas sem juros. Na Lacca.**

Armário em “L”, 100% MDF, com entrega em 12 dias úteis. Preço sob consulta em até 15 parcelas. Na Madeirol.**

Projeto com cama alta com bibox, escada baú, bancada embutida, painel de TV e estante feitos sob medida. Marcenaria Tinoc. Preço sob consulta. À vista com 10% de desconto na marcenaria ou em seis parcelas iguais no cheque. Na Tinoc.**

Cozinha em Rigatto chumbo. Preço sob consulta à vista ou em três parcelas. Na Ornare.**

Closet com portas Cinex, modelo Slice branco, com vidros Cristallo acidato milk e Cristallo milk, ilha com visor de vidro, porta-joia e gaveta em lacato acetinado bianco. Preço sob consulta à vista, podendo ser parcelado em três vezes. Na Roma Mobili.**

MAGAZINE CASASHOPPING 235




guia de compras

Seja qual for a sua escolha, a melhor opção está aqui

Em Breve Acessórios de cozinhA Frei Caneca Bloco F PAV 2 2108-8260

High Inox

Bloco N PAV 0 2108-6363

Spicy

Bloco E PAV 1 2108-8234

Tramontina Store Bloco A PAV 1 2108-8388

AdegAs Maison Des Caves Bloco D PAV 1 2108-8066

AgênciAs de ViAgens Flytour Turismo Bloco N PAV 0 2108-6308

AlimentAção / restAurAntes Ana & Victoria Bloco G PAV 1 2108-8389

Balanceado

Bloco G PAV 1 2108-8292

Beertaste

Bloco N PAV 0 I

Café Hum

Bloco G PAV 2 2108-8171

Casa do Pão de Queijo Bloco A PAV 2 2108-8166

Empório Café Sartori Bloco G PAV 1 2108-8143

Enotria por Joachim Koerper Bloco G PAV 2 2108-8101

Geneal

Bloco A PAV 1 2108-8182

Kopenhagen

Bloco B PAV 1 2108-8403

Favo

Bloco E PAV 2 2108-8096

De Boscan & Erasmo Rocha Arquitetura Interiores

Florense

Bloco B PAV 3 225 2108-8067

Forma de Criar

Bloco F PAV 3 209 2108-8800

Bloco I PAV 2 2108-8137

Bloco H PAV 1 2108-8132

Denise Cadore Arquitetura Dois D Arquitetura

Bloco C PAV 3 213, 214, 216 2108-8073

Banco do Brasil - Caixa Eletrônico

Intercasa Portas

Bloco E PAV 3 225 2108-8073

Banco do Brasil - Caixa Eletrônico

Kuchen Gaertner

Bloco F PAV 3 218 2108-8858

Banco Itaú CasaShopping

Lacca

Bloco G PAV 3 204 2108-8161

BAnheiros Altero

Madeirol

Bloco F PAV 3 215 2108-8869

Ornare

Bloco E PAV 3 207 2108-8807

Bloco E PAV 1 2108-8093

Bloco C PAV 3 218 2108-8446 Bloco D PAV 1 2108-8083 Bloco C PAV 1 2108-8044 Bloco C PAV 1 2108-8173 Bloco L PAV 2 2108-8061

Quarto Composto Bloco F PAV 2 2108-8049

Roma Mobili

Bloco C PAV 2 2108-8068

Soluction Marel Bloco B PAV 1 2108-8190

Tinoc

Bloco B PAV 1 2108-8090

Treselle

Bloco D PAV 2 2108-8268

ArquiteturA, construção, decorAção e engenhAriA A. Siqueira

Duda Porto Arquitetura

Bloco B PAV 1

Eloy & Travaglini

Bloco G PAV 1

Emmília Cardoso

Bloco A PAV 1 2108-8176

Et Artes e Serviços Fábio Bittencourt

Flávia Utchitel e Vanessa Menna Barreto Bloco C PAV 3 204 2108-8095

Gaertner Projetos e Construções Bloco F PAV 3 203 2108-8158

Insight Arquitetura e Construção Bloco F PAV 3 206 2108-8120

Leles Arquitetura e Iluminação Bloco F PAV 3 212 2108-8366

Lélia Chitarra

Bloco H PAV 3 208 2108-8448

Leonardo Pascual Arquitetura Bloco E PAV 3 220 2108-8037

Marilene Galindo

Bloco E PAV 3 213 2108-8287

Bloco B PAV 1 2108-8241

Bloco E PAV 3 221 2108-8327

Bloco D PAV 3 208 2108-8167

Bloco G PAV 1 2108-8324

Bloco H PAV 3 215 2108-8256

Bloco H PAV 3 213,214 2108-8444

Bloco O PAV 1

Ana Lúcia Adriano

MPA Arquitetura

Ana Luiza Violland

NB Arquitetura

Ráscal

Ana Raquel Oliveira

Royal Grill

Angela Meza

Subway

Arqlume Arquitetura e Iluminação

Bloco B PAV 1

ApArelhos eletrônicos Celdom Bloco C PAV 2 2108-8181

High End

Bloco A PAV 2 2108-8021

Smart House

Bloco H PAV 3 218 2108-8812

Ar condicionAdo Consult

Bloco C PAV 3 223 2108-8889

Armários Bontempo

Bloco A PAV 2 2108-8247

Dell Anno

Bloco B PAV 2 2108-8208

Dell Anno

Bloco O PAV 2 2108-8208

Evviva Bertolini Bloco A PAV 2 2108-8265

Bloco H PAV 3 208 2108-8448

Arqmede Arquitetura Bloco G PAV 3 219

Bloco B PAV 1

Duda Porto Arquitetura

Bloco D PAV 3 201 2108-8253

P.F. Chang’s

Bloco G PAV 1

Intercasa

Bloco C PAV 3 211 2108-8115

Bloco F PAV 1 2108-8033

Provence & Cia

Bloco C PAV 3 215 2108-8073

Bloco I PAV 1 2108-8071

Bloco D PAV 3 211 2108-8211

Manekineko

BAncos Banco 24 Horas - Caixa Eletrônico

Formato

Bloco F PAV 3 219 2108-8275

Bloco O PAV 0 2108-6318

Euro Colchões

Bloco H PAV 3 218 2108-8812

Banco Bradesco - Caixa Eletrônico

Bloco E PAV 3 218 2108-8219

L` Entrecôte de Paris

Smart House

Ney Cannabrava Núcleo D

Paola Ribeiro Interiores Bloco E PAV 3 219 2108-8216

Patrícia Fiuza Arquitetura Bloco H PAV 3 216 2108-8843

Bloco A PAV 2 2108-8247

Lider Interiores

Bloco B PAV 2 2108-8208

Ortobom

Bloco N PAV 1 2108-6312

Dell Anno

Bloco I PAV 1 2108-8284

Dell Anno

Bloco O PAV 2 2108-8208

Ortobom

Bloco O PAV 1

Studio do Sono

Favo

conVeniênciA 5àSec

Bloco A PAV 2 2108-8265

Bloco F PAV 1 2108-8246

Bloco E PAV 2 2108-8096

Bloco M PAV 0

Florense

DryWash

Forma de Criar

Farmalife

Frei Caneca

cortinAs e persiAnAs Atrio Plus

Bloco I PAV 2 2108-8137

Bloco O PAV -1 Estacionamento 2108-6422

Bloco H PAV 1 2108-8132

Bloco M PAV 0 2108-6380

Bloco F PAV 2 2108-8260

Gumos Mix

Bloco G PAV 3 2108-8321

Kuchen Gaertner

Bloco B PAV 2 2108-8290

Bloco G PAV 1 2108-8111

By Floor Decorações

Bloco D PAV 1 2108-8083

Cristalle Interiores

Bloco C PAV 1 2108-8173

Guilha Decorações

Madeirol

Metalbagno Spazi

Bloco B PAV 3 218,219 2108-8020

Open

Valente Arquitetura e Interiores

Windsor

AutomAção Delmak

cAmA, mesA e BAnho Alfaias

Bloco A PAV 3 209 2108-8382

Bloco D PAV 1 2108-8059

Evviva Bertolini

Vallvé

DColeção Arte + Design

Bloco E PAV 1 2108-8400

Bontempo

Tatiana Lopes Arquitetura

Bloco D PAV 3 211 2108-8211

Colunex

Euro Colchões

Treselle

Danielle Sabino

Bloco M PAV 1 2108-8398

Bloco M PAV 2 2108-8276

Ribeiro Guimarães Engenharia

Bloco F PAV 3 213 2108-8185

Colchões Botafogo

Bloco A PAV 1 2108-8386

Bloco F PAV 3 208 2108-8298

Dani Parreira

Bloco E PAV 1 2108-8398

BainArt

Redó - Arquitetura e Decoração de Interiores

Cintia Vainer Utchitel

Colchões Botafogo

Euro Colchões

Bloco E PAV 3 210,211,212 2108-8082

Bloco C PAV 3 204 2108-8095

Bloco B PAV 1 2108-8330

Bloco B PAV 3 222 2108-8276

Bloco D PAV 3 223 2108-8266

CER Arquitetura e Interiores

Colchões Botafogo

Bloco D PAV 1 2108-8383

Bloco A PAV 1 2108-8862

Casa 3 Arquitetura

Bloco A PAV 1 2108-8065

BainArt

Rachel Molinaro

Cacchione Mobiliários

colchões Castor

Copel Colchões

Bloco E PAV 1 2108-8890

Bloco E PAV 3 207 2108-8899

Bloco H PAV 1 2108-8393

Bloco E PAV 2 2108-8041

Paula Costa Arquitetura e Interiores

As Arquitetura

Bloco A PAV 1 2108-8386

Bloco D PAV 3 206 2108-8881

Santa Sofia Home

Bloco H PAV 3 219 2108-8299

SCA

Bloco C PAV 2 2108-8036 Bloco E PAV 1 2108-8174

Orlean

Bloco H PAV 1 2108-8040

Tracciato

Bloco C PAV 1 2108-8280

Uniflex

Bloco A PAV 1 2108-8055

Bloco B PAV 1 2108-8826

cozinhAs Addore

Bloco A PAV 3 220,221 2108-8307

Bloco B PAV 1 2108-8190

Bontempo

Bloco H PAV 3 220 2108-8271

Bloco D PAV 2 2108-8268

Bloco D PAV 3 202 2108-8254

Bloco B PAV 1 2108-8099

Bloco A PAV 3 207 2108-8238

Bloco G PAV 3 201 2108-8438

Soluction Marel

Bloco D PAV 2 2108-8106

Bloco F PAV 1 2108-8842

Bloco A PAV 3 205 2108-8404 Bloco A PAV 2 2108-8247

Dell Anno

Bloco B PAV 2 2108-8208

Dell Anno

Bloco O 2108-8208

Evviva Bertolini Bloco A PAV 2 2108-8265

Favo

Bloco E PAV 2 2108-8096


LOJAS Disque o número de telefone da loja/sala desejada ou entre em contato com nosso SAC - Serviço de Antendimento ao Cliente pelo número +55 (21) 2108-8000. Segunda - das 12h às 22h, Terça a Sábado - das 10h às 22h e Domingo - das 15h às 21h. Florense

Bloco I PAV 2 2108-8137

Formato

Bloco I PAV 1 2108-8071

Kuchen Gaertner Bloco D PAV 1 2108-8083

Madeirol

Bloco C PAV 1 2108-8173

Ornare

Bloco L PAV 2 2108-8061

Roma Mobili

Bloco C PAV 2 2108-8068

Santa Sofia Home

Delmak

Bloco G PAV 3 201 2108-8438

Smart House

Bloco H PAV 3 218 2108-8812

iluminAção Allight

Bloco J PAV 1 2108-8077

Arqlume Arquitetura e Iluminação Bloco H PAV 3 208 2108-8448

Ilustre

Bloco N PAV 0 2108-6400

Vilaseca

Mac Móveis

Intercasa

móVeis de escritório Abito

Novo Ambiente

Intercasa Portas

Abraccio Móveis

Saccaro

Alberflex

Sierra Garden

Arte Inglesa

Tidelli

Bloco G PAV 1 2108-8116

Bloco M PAV 1

Bloco L PAV 1 2108-8134

Bloco P PAV 0 2108-8353

Bloco J PAV 2 2108-8336

Bloco E PAV 1 2108-8188

Bloco P PAV 0 2108-8353

Bloco G PAV 2 2108-8070

Bontempo

Light Design

Bloco A PAV 2 2108-8247

Lumini

Bloco B PAV 2 2108-8208

Lumini

Bloco O PAV 2 2108-8208

Dell Anno

Bloco A PAV 1 2108-8862

Bloco P PAV 2 2108-6369

Bloco B PAV 1 2108-8826

Bloco M PAV 1 2108-8625

Dell Anno

Bloco B PAV 1 2108-8190

Bloco F PAV 1 2108-8625

Bloco D PAV 2 2108-8268

diVersos Jornaleiro - Banca CasaShopping

SCA

Bloco O PAV 2 2108-6510

Bloco L PAV 2 2108-8295

Trançarte

Bloco H PAV 1 2108-8217

Vivence Interiores Bloco B PAV 2 2108-8377

Bloco E PAV 1 2108-8093

Bloco C PAV 3 218 2108-8446

Lacca

Bloco C PAV 1 2108-8044

Lider Interiores

Bloco I PAV 1 E,F 2108-8284

Mac Móveis

Bloco O PAV 2 2108-6510

Madeirol

Bloco C PAV 1 2108-8173

Maison Design Bloco A PAV 2 2108-8833

móVeis de quArto e sAlA Abito

Novità Design

Evviva Bertolini

Abra Casa

Novo Ambiente

Bloco B PAV 3 220, 221 2108-8408

Florense

Abraccio Móveis

Ovoo

Bloco H PAV 1 2108-8393

Forma de Criar

Amazonia Móveis

Bloco M PAV 1

Bloco D PAV 2 2108-8442

Lumini Automação

Bloco A PAV 2 2108-8265

Bloco F PAV 1 2108-8109

Bloco L PAV 1 2108-8134

Bloco P PAV 0 2108-8353

Bloco M PAV 2

Provence & Cia

Bloco I PAV 2 2108-8137

Bloco PAV 1 Estacionamento Via Lagoa 2108-8394

Quartz Iluminação

Bloco H PAV 1 2108-8132

Bloco G PAV 2 2108-8088

Bloco D PAV 3 203 2108-8136

Guimar

Arboreto Design

Bloco M PAV 2

Relumi Iluminação

Bloco B PAV 2 2108-8380

Quarto Composto

Sem Parar / Via Fácil

Bloco E PAV 2 2108-8133

Bloco E PAV 1 2108-8836

Bloco A PAV 3 206 2108-8148

Lacca

Arquivo Contemporâneo

Bloco F PAV 2 101 2108-8049

diVisóriAs Abito

Bloco C PAV 1 2108-8044

Bloco N PAV 2 2108-6335

Roma Mobili

Rosa Kochen

Bloco D PAV 1 2108-8103

Madeirol

Arte Inglesa

Bloco C PAV 2 2108-8068

W. Works

Bloco C PAV 1 2108-8173

Bloco G PAV 2 2108-8070

Rosa Kochen

Sustenlux

Novo Ambiente

Artefacto

Bloco D PAV 1 I 2108-8103

Bloco H PAV 1 2108-8829

Bloco A PAV 3 204 2108-8236

Saccaro

Tendência Iluminação

Bloco K PAV 1 2108-8060

eletrodomésticos Addore

Bloco L PAV 1 2108-8134

Bloco D PAV 3 221 2108-8424

SCA

Bontempo

Bloco J PAV 2 2108-8336

Bloco B PAV 1 2108-8826

Bloco A PAV 2 2108-8247

SCA

Vigolucci

Bloco B PAV 3 207 2108-8056

Sierra Móveis

Breton Actual

Bloco B PAV 1 2108-8826

Bloco P PAV 1 2108-8353

Bloco I PAV 1 2108-8244

Sierra Móveis

Vigolucci

Companhia das Camas

Bloco P PAV 1 2108-8353

Bloco D PAV 1 2108-8107

Soluction Marel

Dell Anno

Bloco B PAV 1 2108-8190

Bloco B PAV 2 2108-8208

Tidelli

Dell Anno

Bloco L PAV 2 2108-8295

Bloco O PAV 2 2108-8208

Tinoc

Domme

Bloco B PAV 1 2108-8090

Bloco H PAV 2 2108-8126

Treselle

Edno Interiores

Bloco D PAV 2 2108-8268

Bloco G PAV 2 2108-8332

Velha Bahia

Espaço 204

Bloco E PAV 1 2108-8052

Bloco P PAV 2 2108-6500

Vivence Interiores

Evviva Bertolini

Bloco B PAV 2 2108-8377

Artefacto

Bloco A PAV 2 2108-8265

Way Design

Finish

Bloco J PAV 1 2108-8084

Breton Actual

Bloco I PAV 2 2108-8196

móVeis inFAnto-JuVenis Abra Casa

Domme

Bloco I PAV 2 2108-8137

Edno Interiores

Bloco H PAV 1 2108-8132

Finish

Bloco I PAV 1 2108-8071

Soluction Marel Treselle

Bloco M PAV 1

Bloco A PAV 3 205 2108-8404

Celdom

Bloco C PAV 2 2108-8181

Maison Des Caves

Bloco N PAV 0 2108-6344

Rainbow

mármores e grAnitos Arte em Pedras Marmores e Granitos

Bloco D PAV 1 2108-8066

Bloco A PAV 3 213 2108-8220

Spicy

Bloco D PAV 2 2108-8410

Tramontina Store

Bloco D PAV 3 207 2108-6366

Bloco E PAV 1 2108-8234

Futura Superfícies

Bloco A PAV 1 2108-8388

Gramil Mármores

entretenimento Kids Park Bloco N PAV 0

FArmáciA Farmalife

Bloco M PAV 0 2108-6380

gAleriAs de Artes Almacén Bloco G PAV 1 2108-8117

Espaço Kakati

Bloco F PAV 3 221 2108-8412

Gabinete Duilio Sartori Bloco G PAV 1 2108-8144

O’S Studio de Arte

Bloco F PAV 3 222 2108-6322

Bloco E PAV 3 222 2108-8105

Guandu Prime

Bloco B PAV 3 209, 210 2108-8250

I Colori Di Venezia

Bloco B PAV 1 2108-8190

Tinoc

Bloco B PAV 1 2108-8090

Treselle

Bloco D PAV 2 2108-8268

Vivence Interiores Bloco B PAV 2 2108-8377

W. Works

Bloco H PAV 1 2108-8829

móVeis de JArdim Amazonia Móveis

Bloco G PAV 3 221 2108-8286

Bloco G PAV 2 2108-8088

Bloco B PAV 3 223,226 2108-8063

Bloco K PAV 1 2108-8060

Italian Leather

Mármores e Granitos Royal Bloco F PAV 1 2108-8108

MGR Marmoraria Bloco G PAV 1 2108-8163

Ouro Mel

Bloco B PAV 3 208 2108-8009

Sérgio Gonçalves Galeria

modA Conceito All

Bloco B PAV 3 228 2108-8838

Bloco M PAV 0 2108-6408

home theAter High End

moldurAs Santa Luzia

Bloco A PAV 2 2108-8021

Soluction Marel

Bloco F PAV 3 225 2108-8878

Bloco I PAV 1 2108-8244

Florense

Bloco H PAV 2 2108-8126

Forma de Criar

Bloco G PAV 2 2108-8332

Formato

Bloco I PAV 2 2108-8196

Galeria 021

Bloco J PAV 1 2108-8191

Bloco E PAV 2 2108-8133

Bloco N PAV 0

Franccino Giardini

Guimar

Guimar

Ilustre

Bloco E PAV 2 2108-8133

Bloco N PAV 1 2108-6400

Provence & Cia Bloco H PAV 1 2108-8393

Q&E Quartos

Bloco F PAV 1 2108-8109

Amor Bebê

Bloco N PAV 1 2108-6364

Bontempo

Bloco A PAV 2 2108-8247

Dell Anno

Bloco B PAV 2 2108-8208

Dell Anno

Bloco O PAV 2 2108-8208

Evviva Bertolini Bloco A PAV 2 2108-8265


guia de compras

LOJAS

Seja qual for a sua escolha, a melhor opção está aqui

Em Breve Forma de Criar Bloco H PAV 1 2108-8132

Intercasa

Bloco E PAV 1 2108-8093

Intercasa Portas

Bloco C PAV 3 218 2108-8446

Lacca

Bloco C PAV 1 2108-8044

Madeirol

Bloco C PAV 1 2108-8173

Provence & Cia

Guilha Decorações Bloco E PAV 1 2108-8174

Guimar

Bloco E PAV 2 2108-8133

Lider Interiores Bloco I PAV 1 2108-8284

Novità Design

Bloco D PAV 2 2108-8442

Novo Ambiente Bloco L PAV 1 2108-8134

Provence & Cia

Bloco H PAV 1 2108-8393

Bloco H PAV 1 2108-8393

Bloco F PAV 2 2108-8049

Bloco M PAV 0 2108-6444

Bloco C PAV 3 201, 202 2108-8157

Bloco L PAV 1 2108-8222

Bloco B PAV 1 2108-8826

Bloco D PAV 1 2108-8103

Quarto Composto

Raphis Design

RZ Bambini Atelier de Decoração Infantil

RJ SIGN - Revestimentos Criativos

SCA

Rosa Kochen

Soluction Marel Bloco B PAV 1 2108-8190

RZ Bambini Atelier de Decoração Infantil

Tinoc

Bloco C PAV 3 201, 202 2108-8157

Treselle

Bloco B PAV 1 2108-8339

Bloco B PAV 1 2108-8090

Sempre Verde

Bloco D PAV 2 2108-8268

Sempre Verde - Presentes

oBJetos de decorAção Abraccio Móveis

Bloco B PAV 3 227 2108-8839

Sierra Garden

Bloco P PAV 0 2108-8353

Bloco P PAV 0 2108-8353

Bloco F PAV 1 2108-8842

Bloco P PAV 1 2108-8353

Alfaias

Allhausz

Bloco G PAV 1 2108-8883

Amazonia Móveis Bloco G PAV 2 2108-8088

Arte Inglesa

Bloco G PAV 2 2108-8070

Artefacto

Bloco K PAV 1 2108-8060

Breton Actual

Bloco I PAV 1 2108-8244

By Floor Decorações Bloco B PAV 2 2108-8290

Companhia das Camas Bloco D PAV 1 2108-8107

Conceito All

Bloco M PAV 0 O 2108-6408

Cris Molinari

Bloco B PAV 2 2108-8228

Cristalle Interiores Bloco C PAV 2 2108-8036

Dom Decoração e Objetos Bloco D PAV 3 222 2108-8831

Domme

Bloco H PAV 2 2108-8126

Edno Interiores Bloco G PAV 2 2108-8332

Finish

Bloco I PAV 2 2108-8196

Gabinete Duilio Sartori Bloco G PAV 1 2108-8144

Galeria 021

Bloco N PAV 0

Sierra Móveis Szalay

Bloco A PAV 3 214, 215 2108-8415

Tinoc

Bloco B PAV 1 2108-8090

Velha Bahia

Bloco E PAV 1 2108-8052

Vivence Interiores Bloco B PAV 2 2108-8377

Way Design

Bloco J PAV 1 2108-8084

pAisAgismo Raphis Design

Bloco M PAV 0 2108-6444

portAs e JAnelAs Abito Bloco M PAV 1

ArtMais

Bloco E PAV 3 201, 202 2108-8866

presentes Abraccio Móveis Bloco P PAV 0 2108-8353

Amazonia Móveis Bloco G PAV 2 2108-8088

Artefacto

Bloco K PAV 1 2108-8060

Breton Actual

Bloco I PAV 1 2108-8244

Conceito All

Bloco M PAV 0 2108-6408

Cris Molinari

Bloco B PAV 2 2108-8228

Gabinete Duilio Sartori Bloco G PAV 1 2108-8144

Maison Des Caves Bloco D PAV 1 2108-8066

Provence & Cia Bloco H PAV 1 2108-8393

Raphis Design

Bloco M PAV 0 2108-6444

Rosa Kochen

Bloco D PAV 1 I 2108-8103

Sempre Verde

Bloco B PAV 1 R 2108-8339

Sempre Verde - Presentes Bloco B PAV 3 227 2108-8839

Sierra Garden

I Colori Di Venezia

Bloco G PAV 3 221 2108-8286

Italian Leather

Bloco B PAV 3 223,226 2108-8063

Santa Mônica Bloco F PAV 1 2108-8053

Sierra Móveis

Mármores e Granitos Royal

Bloco P PAV 1 2108-8353

Melanne

Bloco A PAV 3 214, 215 2108-8415

Bloco F PAV 1 2108-8108

Bloco G PAV 3 220 2108-8808

MGR Marmoraria Bloco G PAV 1 2108-8163

Orlean

Bloco H PAV 1 2108-8040

Szalay

Thake Pisos e Revestimentos Bloco D PAV 3 212 2108-8424

Tracciato Bloco C PAV 1 2108-8280

Bloco P PAV 0 2108-8353

Ouro Mel

Trama Tapetes e Carpetes

Bloco P PAV 1 2108-8353

Parquet Nobre

Velha Bahia

Bloco E PAV 1 2108-8234

Portobello Shop

Bloco B PAV 1 2108-8090

Portobello Shop

Bloco E PAV 1 2108-8052

Santa Sofia Home

Sierra Móveis

Bloco B PAV 3 208 2108-8009

Spicy

Bloco H PAV 1 2108-8032

Tinoc

Bloco D PAV 2 2108-8834

Velha Bahia

Bloco M PAV 2 2108-8834

puxAdores e mAçAnetAs Altero Bloco E PAV 2 2108-8041

Daflon Acessibilidade Bloco G PAV 3 217 2108-8308

Ferragê

Bloco N PAV 1 2108-6310

Gumos Mix

Bloco G PAV 1 2108-8111

High Inox

Bloco N PAV 0

Open

Bloco E PAV 1 2108-8890

reFormA de móVeis e estoFAdos Mix Reforma Bloco E PAV 3 206 2108-8237

Viterbo Estofados Bloco M PAV 2 2108-6398

reVestimentos Abito

Bloco M PAV 1

Atrio Plus

Bloco G PAV 3 223 2108-8321

By Floor Decorações Bloco B PAV 2 2108-8290

Casa Fortaleza Bloco F PAV 2 2108-8127

Ekko Revestimentos Bloco D PAV 2 2108-8802

Eliane

Bloco B PAV 3 216, 217 2108-8278

Frei Caneca

Bloco F PAV 2 106 2108-8260

Bloco A PAV 1 2108-8862

Santa Sofia Revestimentos Bloco A PAV 1 2108-8822

Bloco M PAV 2108-6328 Bloco E PAV 1 2108-8052

tecidos Abraccio Móveis Bloco P PAV 0 2108-8353

Artefacto Bloco K PAV 1 2108-8060

Atrio Plus

Tanto Revestimento

Bloco G PAV 3 223 2108-8321

Thake Pisos e Revestimentos

Bloco I PAV 1 2108-8244

Bloco A PAV 1 2108-8819

Bloco D PAV 3 212 2108-8424

Tracciato

Bloco C PAV 1 2108-8280

sAlão de BelezA Gladys Coiffeur Bloco M PAV 0

tApetes Amazonia Móveis Bloco G PAV 2 2108-8088

Atrio Plus

Bloco G PAV 3 223 2108-8321

Avanti

Bloco H PAV 1 2108-8122

Breton Actual

Bloco I PAV 1 2108-8244

Casa Fortaleza Bloco F PAV 2 2108-8127

Casa Júlio

Bloco F PAV 2 2108-8338

Finish

Bloco I PAV 2 2108-8196

Hamadan Tapetes Bloco O PAV 0 2108-6350

Lider Interiores Bloco I PAV 1 2108-8284

Gramil Mármores

Novità Design

Guandu Prime

Novo Ambiente

Breton Actual

Casa Fortaleza Bloco F PAV 2 2108-8127

Cristalle Interiores Bloco C PAV 2 102 2108-8036

Finish Bloco I PAV 2 2108-8196

Guilha Decorações Bloco E PAV 1 2108-8174

Orlean Bloco H PAV 1 2108-8040

Regatta Tecidos Bloco H PAV 1 2108-8844

Sierra Garden Bloco P PAV 0 2108-8353

Sierra Móveis Bloco P PAV 1 2108-8353

Tracciato Bloco C PAV 1 G 2108-8280

Villemarie Bloco J PAV 1 G 2108-8846

Vivence Interiores

Bloco E PAV 3 222 2108-8105

Bloco D PAV 2 2108-8442

Bloco B PAV 3 209, 210 2108-8250

Bloco L PAV 1 2108-8134

teleFoniA Celular Station - Vivo

Guilha Decorações

Orlean

Bloco N PAV 0 G

Bloco E PAV 1 2108-8174

Bloco H PAV 1 2108-8040

Gumos Mix

Vinhos Maison Des Caves

Bloco G PAV 1 2108-8111

Provence & Cia Bloco H PAV 1 2108-8393

Bloco B PAV 2 107,108 2108-8377

Bloco D PAV 1 E 2108-8066


SALAS/OFFICES Disque o número de telefone da loja/sala desejada ou entre em contato com nosso SAC - Serviço de Antendimento ao Cliente pelo número +55 (21) 2108-8000. Segunda - das 12h às 22h, Terça a Sábado - das 10h às 22h e Domingo - das 15h às 21h. Produtos & Serviços Diversos AdministrAção de imóVeis, AssistênciA empresAriAl e contABilidAde Camurupim Imóveis Bloco F PAV 3 211 2108-8352 Lepeme Bloco F PAV 3 204,205 2108-8000 Marcofac Bloco F PAV 3 204,205 2108-8000 NSM Empreendimentos Bloco C PAV 3 219 2108-8074 RCG Administradora de Bens Bloco D PAV 3 217 2108-8320 Vamarco Bloco F PAV 3 204,205 2108-8000 AdministrAção do cAsAshopping Administração CasaShopping Bloco K Cobertura 2108-8000 Alsh - Associação dos Lojistas Casashopping Bloco K Cobertura 2108-8300 Park Casa Bloco B Cobertura 2108-8178 Serviço de Atendimento ao Cliente Bloco A PAV 1 2108-8000 AdVocAciA Elias Gomes Advogados Bloco B PAV 3 211 2108-8062 Elizabeth Accioly G. Bensusan Bloco B PAV 3 211 2108-8062 Leandro Dias Ferreira Bloco D PAV 3 204 2108-8258 consultoriA empresAriAl CountryServ Bloco A PAV 3 223 2108-8215 R. E. Consultoria Empresarial Bloco B PAV 3 204 2108-8197 cursos GR Soft Informática e Serviços Bloco C PAV 3 221 2108-8847 design gráFico Villela Design Bloco D PAV 3 206 2108-8882 Despachante R. E. Consultoria Empresarial Bloco B PAV 3 204 2108-8197 Rosa Maria Esteves Bloco B PAV 3 204 2108-8197 eVentos Espaço Casa Bloco K PAV 4 Cobertura 2108-8091 locAções de AutomóVeis Locanorte Bloco E PAV 3 223, 224 2108-8118 mArketing, puBlicidAde e eVentos Crowd Mobile Marketing Bloco E PAV 3 203,204 2108-8075

Villela Design Bloco D PAV 3 206 2108-8882 mídiA digitAl Projeteria.com Bloco H PAV 3 209 2108-8057 pArk cAsA Park Casa Bloco B Cobertura 2108-8178 plotAgem e xerox CasaTecno Bloco F PAV 3 205 2108-8384 GR Soft Informática e Serviços Bloco C PAV 3 221 2108-8847 sAc Serviço de Atendimento ao Cliente Bloco A PAV 1 2108-8000 sAlão de BelezA Espaço Vip Bloco A PAV 3 216 2108-8255 Nosso Salão Bloco G PAV 3 210 2108-8323 turismo Hotel Urbano Bloco I PAV 2 2108-3636 Infinitas Travel Bloco E PAV 4 302 2108-8440 Journeys Special Travel & More Bloco E PAV 4 301 2108-8440 Viagemcom.com Bloco E PAV 4 301 2108-8441 Vestuário: Aluguel e conFecção Atelier das Princesas Bloco F PAV 3 223,224 2108-8159 sAúde Acupuntura Hiroshi Kohara Bloco B PAV 3 205 2108-8054 Alergia e Imunologia Denise de Andrade Corrêa Braga Bloco E PAV 3 217 2108-8207 Angiologia Roberto Ramos Gonzales Bloco E PAV 3 205 2108-8078 Cardiologia Antônio Luiz Brasileiro Bloco H PAV 3 212 2108-8150 Cirurgia: Plástica, Geral, Toráxica, Urologia e Maxilofacial Consultório Cirurgia Plástica Bloco H PAV 3 217 2108-8232 Luis Henrique Bussinger Ferreira Bloco H PAV 3 217 2108-8232 Clínica Geral Ernesto Paiva Marreca Neto Bloco E PAV 3 208 2108-8385 Lúcia Dolores Suassuna Valeixo Bloco E PAV 3 205 2108-8078

Clínica Médica Andrea Miceli de Alcântara Costa Bloco A PAV 3 208 2108-8187 Clínica Médica Respiratória e do Trabalho Bloco E PAV 3 205 2108-8078 Sylvia Oighenstein Loureiro Bloco C PAV 3 209 2108-8251 Dermatologia Marcelle de Figueiredo Bloco B PAV 3 212,213 2108-8344 Spaço Ella Bloco B PAV 3 212, 213 2108-8344 Studio Postural Bloco A PAV 3 210, 211 2108-8240 Esteticista e Drenagem Linfática Consultório Cirurgia Plástica Bloco H PAV 3 217 2108-8232 Francine Seixas Pinheiro Bloco A PAV 3 210, 211 2108-8240 Nice Pinheiro Bloco A PAV 3 210,211 2108-8240 Spaço Ella Bloco B PAV 3 212, 213 2108-8344 Studio Postural Bloco A PAV 3 210, 211 2108-8240 Fisioterapia, RPG e Pilates Francine Seixas Pinheiro Bloco A PAV 3 210, 211 2108-8240 Maria Antonieta Oliveira Ribeiro Bloco G PAV 3 202,203 2108-8261 Mirian Dutra Rodrigues Manes Bloco G PAV 3 202,203 2108-8261 Movimentos Fisioterapia Geral Bloco G PAV 3 202,203 2108-8261 Pilates - Movimentos Arquitetura do Corpo Bloco G PAV 3 228 2108-8149 Spaço Ella Bloco B PAV 3 212, 213 2108-8344 Studio Postural Bloco A PAV 3 210, 211 2108-8240 Taís Maria Cury Carriço Bloco G PAV 3 202,203,228 2108-8261 Fonoaudiologia e Psicomotricidade Andréa Regina Vastella Bloco G PAV 3 227 2108-8267 Cláudia Pinheiro Bassalo Antunes Bloco B PAV 3 201 2108-8034 Cláudia Siqueira Veiga dos Santos Bloco B PAV 3 201 2108-8034 Espaço de Psicomotricidade Cláudia Pinheiro Bloco B PAV 3 201 2108-8034 Fabiana Werneck Tinoco França Bloco G PAV 3 202,203,228 2108-8261

Jupira de Oliveira Fernandes Bloco B PAV 3 201 2108-8034 Luciana Marquês Bordallo Bloco B PAV 3 201 2108-8034 Movimentos Fisioterapia Geral Bloco G PAV 3 202,203 2108-8261

Ótica Ótica SPY / Óticas Lanna Bloco E PAV 3 214 2108-8087

Homeopatia Carla Palmieri Zarur Bloco E PAV 3 205 2108-8078

Pneumologia Lúcia Dolores Suassuna Valeixo Bloco E PAV 3 205 2108-8078 Raquel Vilela Blake Piller Bloco C PAV 3 209 2108-8251 Roberto Ramos Gonzales Bloco E PAV 3 205 2108-8078

Nefrologia Diney da Cruz Loureiro Bloco C PAV 3 209 2108-8251 Odontologia: Ortodontia, Cirurgia, Periodontia e Dentística Restauradora A. Sampaio Bloco H PAV 3 207 2108-8305 Clínica Dental Center Bloco G PAV 3 206, 207, 208 2108-8138 Cristiana Trinckquel Bloco A PAV 3 212 2108-8018 CT Odontologia Especializada Bloco A PAV 3 212 2108-8018 FaceOrto Odontologia Bloco F PAV 3 202 2108-8129 Mariana Wanderley Dias Ferreira Bloco D PAV 3 204 2108-8258 Sandra Vicente Bloco F PAV 3 202 2108-8129 Oftalmologia e Clínica de Olhos Clínica Master de Oftalmologia Bloco G PAV 3 225 2108-8263 Elizabeth Maria Rabelo de Azeredo Bloco E PAV 3 215 2108-8089 Fernanda Carneiro Bloco E PAV 3 215 2108-8089 Juliana Lima Velloso Bloco E PAV 3 215 2108-8089 Marilia Lanna Bloco E PAV 3 215 2108-8089 Oftalmoclínica Dr. Lanna Bloco E PAV 3 215 2108-8089 Ricardo Amorim Bloco E PAV 3 215 2108-8089 Ricardo Esper Bloco G PAV 3 225 2108-8263 Yoshifumi Yamane Bloco F PAV 3 214 2108-8303 Ortomolecular Andrea Miceli de Alcântara Costa Bloco A PAV 3 208 2108-8187 Jorge P. Alves Jamili Bloco B PAV 3 212,213 2108-8344 Spaço Ella Bloco B PAV 3 212, 213 2108-8344

Pediatria Denise de Andrade Corrêa Braga Bloco E PAV 3 217 2108-8207

Posto Médico Posto Médico Bloco C PAV 1 L 2108-8337 Psicologia, Psiquiatria e Psicopedagogia Ana Maria dos S. Barbosa Bloco D PAV 3 216 2108-8285 Bárbara Caneira Reis Bloco B PAV 3 224 2108-8328 Cláudia Siqueira Veiga dos Santos Bloco B PAV 3 201 2108-8034 Devellopé Bloco B PAV 3 224 2108-8328 Espaço de Psicomotricidade Cláudia Pinheiro Bloco B PAV 3 201 2108-8034 Iêda Maria Moura Cury Bloco G PAV 3 202,203 2108-8261 Meire Moreira Lima Bloco G PAV 3 202,203 2108-8261 Movimentos Fisioterapia Geral Bloco G PAV 3 202,203 2108-8261 Nair Gonçalves Cidade Bloco D PAV 3 216 2108-8285 Shanna Avellar Bloco D PAV 3 214 2108-8283 Terapia Alternativa e Corporal Espaço de Psicomotricidade Cláudia Pinheiro Bloco B PAV 3 201 2108-8034 Francine Seixas Pinheiro Bloco A PAV 3 210, 211 2108-8240 Studio Postural Bloco A PAV 3 210, 211 2108-8240 Urologia e Urologia Infantil Edson Nogueira Braune Bloco H PAV 3 206 2108-8270 Yoga Studio Postural Bloco A PAV 3 210, 211 2108-8240





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