JULHO | R$ 14,90 | 52ª edição
FUTURISMO A arte que previu o presente
BOUROULLEC A irmandade do design
GRAFFITI Traço a céu aberto no CasaShopping
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Há mais celebração nesta edição: além das dezenas de inaugurações de lojas e marcas de desejo no CasaShopping, registramos lançamentos de coleções,
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talentos raros na arte urbana, que estão transformando o CasaShopping em um grande graffiti a céu aberto.
mostras de arte e
Há energia e o espírito empreendedor de quem trabalha
decoração. As obras sempre frescas de nomes como o dos
a decoração, mas divide seu tempo com o bem-estar. São
irmãos Bouroullec, a dupla de franceses que ilustram nossa
arquitetos e empresários, profissionais, enfim, que afrouxam
capa e que mostram o quanto o design está cada vez mais
suas gravatas e mostram saúde em suas atividades indoor,
próximo da arte. Ou como a arte está próxima do design,
em um exemplo de vida saudável.
como na matéria sobre o MAD, o museu que une os dois conceitos na mais badalada esquina de Nova York.
Mais inspiração vem na matéria de Iesa Rodrigues sobre o fenômeno Dior. Ou as de Heloisa Marra sobre dois modelos
Algumas dessas atividades já estão em cartaz nesta nova edição de Magazine CasaShopping. É o caso da mostra inédita
chiques de aplicação de grifes: os móveis assinados por arquitetos e os hotéis de grandes nomes do estilo.
em qualquer núcleo de design: uma reunião de artistas,
Leia e venha conferir.
Pedro Mello e Souza, Editor
Diretor Geral Francisco Grabowsky Diretora de Marketing e Coordenadora Geral Gilda Antoniazzi Produção Executiva e Revisão Rose Mendonça | Publicidade Silvia Lima | Fotografia Marcio Irala Produção Gráfica Ediouro Gráfica | Tiragem 120.000 exemplares | Periodicidade Trimestral CasaShopping Av. Ayrton Senna 2150 Tel.: (21) 2108-8000 casashopping.com | mktcs@casashopping.com
Diretor Executivo Fabiano Niederauer | Diretor Editorial Ricardo M. R. Pereira Coordenadora de Arte Roberta Agnese Martins Designers Ana Claudia Domingos, Bruno Madureira, Daniela Rocha, Fabiano Klein e Kamila Gonzalez Assistente de Produção Luiz Antônio Oliveira (Orô) 3R Studio Comunicação Av. Gal. Guedes da Fontoura, 674, Jardim Oceânico Tel.: (21) 3578-6242 www.3rstudio.com.br A Revista Magazine CasaShopping não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e artigos assinados. As pessoas que não constam no expediente não têm autorização para falar em nome da Revista Magazine CasaShopping ou de retirar qualquer tipo de material sem autorização formal e expressa do diretor executivo da agência.
JULHO | R$ 14,90 | 52ª ediçãO
FUTURISMO A Arte que previu o presente
BOUROULLEC
A irmAndAde do design
GRAFFITI trAço A céu Aberto no cAsAshopping
Capa Bivouac, instalação dos irmãos Bouroullec em Chicago Foto Divulgação do arquiteto Arte Ricardo Pereira
Índice
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Notebook 26 Conexão Europa 34 Design Bouroullec 44 Milão 54 Casa Premium 60 Mostras 66 Fique por Dentro 70 Arquitetos 88 Design: Móveis Assinados 100 Made in Brazil: Pedro Useche 108 Arte CasaShopping: Graffiti 114 Interiores: Katia Barros 122 Decoração: Acessórios da Casa 130 Crônica Urbana 138
122
162
180
108
140 Cultura: MAD 148 Arte: Futurismo 154 Estilo de Vida 162 Gastronomia: Chá 170 Crônica Gulosa 172 Moda: Dior 180 Viagem: Londres 188 Tendência: Hotéis de Grife 196 Projeto: Design Paramétrico 202 Tecnologia 204 Clique 206 Arquitetônicas 214 Vitrine 238 Guia de Compras
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148
Magazine CasaShopping: JULHO | R$ 14,90 | 52ª ediçãO
FUTURISMO A Arte que previu o presente
BOUROULLEC
A irmAndAde do design
casashopping.com
Eduardo Camara | LT.9
GRAFFITI trAço A céu Aberto no cAsAshopping
Versão para iPad disponível na AppStore
LUZ NACIONAL
MCA Estúdio
Conheça as novas coleções de luminárias, abajures e pendentes assinados por designers e arquitetos brasileiros. O modelo de mesa Albert (foto), com estrutura de latão, é criação do catarinense Jader Almeida.
JARDINAGEM Em espaços generosos ou pequenas varandas, cuidar do verde pode ser um hobby prazeroso e acessível. Na seção Dicas e Tendências, a paisagista Carmen Mouro mostra um de seus projetos recentes na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e destaca produtos do CasaShopping para quem ama a natureza.
CAVALO CHINÊS Divulgação
Réplica de uma escultura do Exército de Terracota erguido no século 3 a.C. na China, este enorme cavalo guarda a fachada do restaurante de culinária asiática P. F. Chang’s. Veja no Blog como a peça de 3,40m de altura foi reproduzida e instalada na primeira unidade brasileira da marca no CasaShopping.
LIQUIDAÇÃO Imperdível a Liquidação 2014 no CasaShopping! O Blog traz uma seleção de produtos das nossas lojas com descontos superespeciais.
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• Cubistas As estantes são as novas queridinhas dos designers. Prova disso é a linha modular que integra a Coleção Habitare, que a Sierra Móveis concebeu para a Abraccio. Linhas contemporâneas e uma nítida interferência cubista marcam a peça, que foi projetada em melamina branca fosca, com quatro módulos diferentes, que pode ser combinados em configurações diversas pelo usuário. É uma peça multifuncional que se adapta a configurações tão diversas quanto a de um quarto e a de uma cozinha.
• Elegância em uma peça É de Paola Orleans e Bragança o projeto e o desenho do sofá da Coleção Brasilidades, que marca a chegada da Espaço 204 ao CasaShopping. Próprio para uma sala de estar, uma varanda coberta ou até mesmo um escritório moderno, dependendo das várias opções de combinações de tecidos do acabamento. Por trás da elegância da peça, uma estrutura em madeira maciça, pés em imbuia e assentos com almofadas em fibra sintética, sob os quais esconde-se um baú forrado para guardar objetos.
• Tulipa Pierre Paulin é um daqueles designers que a gente reconhece no momento em que olha uma de suas peças. É o caso da cadeira Tulipa, em destaque na Abra Casa, aqui em uma belíssima versão em preto, mas que pode ser encomendada em diversos tipos de cores e tecidos. Na sua estrutura, mais refinamento de Paulin: o assento ganha base giratória em alumínio fundido, com rolamentos e forração em poliuretano, pensado para o uso em quartos, salas e escritórios.
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• Os dois V da vitória Estrutura, conjunto e elegância. Assim podemos descrever design vencedor do aparador 2V, que a Finish traz para ambientes diversos, do quarto ao hall, do living à sala de jantar. O design de Jayme Bernardo traz ao ambiente um alinhamento refinado, marcenaria bem trabalhada, e com o detalhe dos pés intervindo na forma da caixaria, e das portas com cortes em V. “São recortes que servem para reforçar a peça. Fico muito satisfeito quando a forma está em harmonia com as funções e necessidades estruturais da peça”, diz Jayme.
• Kilim versátil A força decorativa dos tapetes do tipo kilim chega à coleção da Trama Tapetes com importantes denominações de origem. Uma delas é o Paquistão, de onde chegam as peças da coleção Ventana, confeccionadas inteiramente em lã e disponível nas cores vermelha, azul-claro e azul-escuro. A outra é a coleção que integra, a Etna, da By Kamy. Sua textura é semimacia, com seu design marcante e contemporâneo – suas janelas acendem aos poucos, criando um efeito geométrico inesperado, mas de muita versatilidade na decoração de livings, home theaters, lounges, quartos ou salas de jantar.
• Esqueleto Depois de passar pelo Salão do Móvel de Milão em abril deste ano e, mais recentemente, pela Design Week, de Nova York, em maio, a cadeira Esqueleto acaba de aterrissar, com exclusividade no Rio, na Novo Ambiente. Assinada pelo designer Pedro Paulo Franco para a empresa A Lot Of, tem visual inspirado na costela humana e assento produzido com material sustentável, que pode ser em coco, acerola, com sua cor alaranjada, ou madeira líquida injetado com polímero. A estrutura de aço carbono pode ser pintada de diversas cores. 28 MAGAZINE CASASHOPPING
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• Cozinha gourmet A fome do brasileiro pelos produtos gourmets está cada vez mais forte. A High Inox sabe disso e usou sua experiência e flexibilidade para a sua Coleção Gourmet de bancadas feitas especialmente para cozinha que recebe os amigos para provar suas receitas. As estrelas dessa coleção são as cubas da linha Square, o Canal de Utensílios e a série de nichos especiais que, além de dar funcionalidade a qualquer projeto, dá à cozinha um toque sofisticado e exclusivo.
• De alto a baixo Belíssimas as luminárias que a designer Cristiana Bertolucci concebeu para a coleção Alfaia, da Light Design + Exporlux. São padrões similares mas aplicados com inteligência, um como abajur, outro como pendente, com cúpula de algodão e detalhes de arame em aço. Nas cores laranja e lilás, a linha é inspirada em um instrumento de percussão, muito utilizado nas apresentações do maracatu. E conferem padrão requintado a ambientes residenciais ou comerciais.
• Bucca O refinamento das cadeiras para ambientes como salas, banheiros, quartos e até ambientes corporativos estão em pauta na Ilustre, com a chegada da cadeira Bucca no portfólio de móveis da marca. As linhas são nacionais, projetadas pelo estúdio Oboio Design e chega com seis cores – branco, preto, azul, verde, amarelo e vermelho –, com estrutura em lyptus natural com fibra de vidro, que garantem solidez e elegância.
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• Um bom papo Reunir amigos para um papo descontraído requer mais do que elegância dos móveis: exige o lado prático da interação. Pensando nisso, a Trançarte traz a Base Bar, uma mesa com tampo de tamanho à escolha do cliente, com giro e geleira, em mármore ou granito. O lado prático da interação vem com as banquetas giratórias, que permitem mobilidade e a conversa frente a frente. As opções de estofados são diversas, com opções de cores de fibras e tratamento para resistir às mudanças climáticas com charme e beleza.
• Bela e discreta Discreto, elegante, bonito, enfim, qualidades bem pessoais que Carmen Zaccaro e Marise Kessel imprimiram à sua nova criação, uma escrivaninha em peroba-mica com o tampo em laca branca acetinada. São linhas finas e com acabamento que torna a peça discreta, mas muito útil, para uso diversos em quarto ou escritório. Na Quarto Composto.
• Seleção da Holanda São cores e padrões com grafismos incríveis. É a nova coleção de papel de parede da holandesa Origin, que chega agora à By Floor, com assinatura da designer gráfica Mariska Meijers. Conhecida por suas estampas de cores vibrantes e ousadas, a artista plástica desenvolveu a coleção que leva seu nome a partir de pinturas que combinam referências clássicas com toques modernos.
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CONEXÃO EUROPA
Transformer A jovem designer Julia Kononenko apostou na multifuncionalidade ao criar o sofá Convertible. O nome não é gratuito e a opção é bem original, pois é um modulado inteligente, ideal para pequenos espaços. Ou grandes, já que a peça, própria para uma sala clara e moderna, pode ser desmontada para se tornar uma pequena mesa de jantar com seis banquinhos acolchoados. Divertido e dinâmico.
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Transparência total Apresentado durante a ICFF, a Semana do Design de Nova Iorque, no mês de maio, Kart foi o novo projeto de Karim Rashid para Tonelli. O lançamento coroa os 10 anos de colaboração entre o famoso designer e a marca que produz objetos em vidro. Trata-se de um móvel-bar valorizado por grandes e icônicas rodas que sustentam a estrutura.
Circular Maru significa círculo em japonês. Não por acaso se chama Maru 42 o lavabo de linhas arredondadas que a marca Victoria + Albert lançou durante o Salão do Móvel de Milão em abril. Essa cuba profunda, que pode ser apoiada, ou semiembutida, em uma bancada, é realizada em quarrycast – um material produzido com rocha calcária vulcânica triturata e mesclada com resina, que é resistente a manchas e colisões, além de delicado ao toque. A superfície externa do lavabo pode ser pintada usando tintas a óleo ou a água, seguindo as instruções da empresa.
Velhos tempos Old Times é uma linha de móveis da marca Zeus, desenhada por Maurizio Peregalli. A coleção é composta por luminárias, mesa, banquinho e – as mais recentes novidades – aparador e cama. Em todas as peças, chama a atenção o contraste entre a madeira maciça envelhecida com cortes irregulares e o suporte metálico de linhas retas na cor preta. Rústico e elegante ao mesmo tempo.
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Atmosfera relaxante É um irresistível convite a sentar-se e relaxar. O sofá Mariposa, da Vitra, é um projeto dos designers Edward Barber e Jay Osgerby que irradia uma aura de conforto e atrai também por seu estilo elegante e suas proporções equilibradas. O estofado macio envolve completamente a estrutura, impedindo o contato com elementos rígidos. Através do engenhoso mecanismo de ajuste, é possível inclinar individualmente o encosto e as laterais e, portanto, variar as posições.
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Talento brasileiro Até o dia 31 de agosto, o trabalho de um mestre brasileiro da arquitetura estará em cartaz na Triennale de Milão. A exposição Paulo Mendes da Rocha – Tecnica e Immaginazione – percorre a carreira do famoso profissional que recebeu o prêmio Pritzker, em 2006, e é um dos mais relevantes nomes da arquitetura contemporânea. A fim de oferecer um amplo panorama sobre a mente criativa do arquiteto, foi recolhido um rico material: fotografias (algumas realizadas para a monografia assinada por Daniele Pisani e publicada pela editora Electa), desenhos, maquetes (algumas produzidas pelo protagonista especialmente para a mostra), vídeos e uma série de poltronas Paulistano.
Cristalino O estilo fluido que distingue o trabalho de Zaha Hadid se faz presente em duas criações para a marca Lalique: os vasos Visio e Manifesto, da coleção Crystal Architecture. Traços sinuosos, movimentos que exprimem leveza dão forma aos objetos nos quais se destaca o contraste entre os acabamentos polido e escovado. Em edição limitada, os vasos – numerados e assinados – são disponíveis em cristal transparente ou preto.
Multicor Linhas circulares são, desde sempre, um tema das louças da Villa D’Este Home Tivoli. Na sua mais recente linha, a marca o reapresenta em uma nova versão. Um mix de círculos coloridos, em diversas combinações, caracteriza o vibrante look da coleção de pratos em grês. Uma proposta de charme para a estação primavera-verão.
Dá até pena de pisar Novos tons para o tapete Losanges de Nanimarquina, criação dos badalados irmãos Ronan e Erwan Bouroullec. Se a primeira versão mesclava 13 cores, as duas mais recentes apostam nas combinações vermelho-bege e cinza-escuro-bege. Artesanais, os tapetes são realizados com lã natural do Afeganistão através da tradicional técnica de tecelagem kilim.
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A instalação dos drones É um pássaro? Um avião? Não, são drones em exposição. Os objetos voadores (porém) identificados vão sobrevoar o jardim John Madejski, do Victoria and Albert Museum, durante o próximo London Design Festival, de 13 a 21 de setembro. Tudo fará parte da instalação Drone Aviary, projetada por Superflux, com apoio da cintilante Swarovski. Cerca de 15 drones, os polêmicos veículos aéreos remotamente pilotados, cada um de um tamanho, forma e estética diferentes, serão programados com “personalidade e comportamento” próprios para dançar uma espécie de “balé” performático no ar, com direito a interação com o público. A instalação será realizada com materiais novos e tecnologicamente avançados, desenvolvidos pelos laboratórios de inovação da Swarovski, como lentes, cristais e fibras. O objetivo é oferecer, no tempo presente, aquela que pode ser uma visão do cotidiano no futuro.
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DESIGN
Bou r ou lle c A irmandade do design A dupla de arquitetos que levou a linha francesa ao padrão de arte fala com exclusividade à Magazine CasaShopping Heloisa Marra
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les têm revolucionado o interior da casa e do escritório inventando novas arquiteturas capazes de se adaptar ao maior número de pessoas. Muito além das preocupações com estilo, Ronan e Erwan Bouroullec têm recriado o próprio conceito de design. Um exemplo disso foi The North Tiles (2006), um sistema modulável e flexível de placas de espuma e tecido feito em parceria com a Kvadrat, paredes têxteis que podem dividir ambientes de maneira charmosa, colorida e à prova de som.
Foto: Studio Bouroullec
Imitando a natureza, fizeram também Clouds (2009), um sistema modular em forma de nuvem, também em espuma e tecido, que divide, de maneira criativa, os espaços. Da cadeira Uncino, para Mattiazzi, à casa flutuante, um estúdio de artista feito para o Chateau Art Center, do sofá Alcova à linha de escritório em vidro, madeira e feltro para a Glas Italia, Ronan e Erwan antecipam nossa maneira de viver. Nascidos em Quimper, na Bretanha, é para lá que vão esquiar e ver o mar para descansar.
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Foto: Ola Rindal
Sofรก Ploum: simplicidade de linhas e desenhos, pluralidade nos usos. Ao lado, os irmรฃos Bouroullec, Ronan e Erwan: conceitos prรณprios de design
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Foto: Studio Bouroullec
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Disputados por empresas como Vitra, Cappellini, Glas Italia, Kartell e muitas outras, eles têm suas criações reunidas em retrospectivas de museus como o das Artes Decorativas, em Paris, o MoMa, em Nova York, e o Museu de Arte Contemporânea em Chicago. Magazine: Quem é Ronan para Erwan e Erwan para Ronan? E qual foi o primeiro trabalho que os dois fizeram juntos? Ronan & Erwan Bouroullec: Não está muito claro para nós qual foi o primeiro projeto que fizemos juntos, porque mesmo quando não éramos citados como colaboradores, já estávamos ajudando um ao outro. Ronan foi o primeiro a se interessar por arte, principalmente por ser mais velho e por ter tomado sua decisão mais cedo depois de tentar diferentes mídias (fotografia, etc.) para escolher o design. Dessa forma, ele fez alguns cursos de design e começou uma carreira. Erwan também decidiu seguir uma carreira criativa quando era adolescente. Depois estudou arte e progressivamente foi ficando evidente a parceria. Ele começou ajudando e depois fazendo projetos. Nós nos associamos claramente em 1997/1998.
Num certo sentido, o bloco de desenhos pode ser considerado como um disco rígido. É muito importante para nós termos períodos calmos e serenos diante de uma mesa. Mas isso pode acontecer em qualquer lugar. A partir daí, outras atividades tendem a se organizar em torno disso, mas sem qualquer regra concreta ou definitiva. Falando em desenhos, é interessante ler o texto que escrevemos para Cercles (Círculos), um aplicativo para iPad, que mostra uma seleção de desenhos e peças. “O design é uma prática que exige precisão e uma certa metodologia. No entanto, longe de uma fantasia futurista, a maior parte do nosso tempo é passada diante de nossos livros com um lápis ou no escritório. Essas bases, onde nossas intenções estão cristalizadas são naturalmente imperfeitas, ligeiramente trêmulas e cheias de incertezas. Nos últimos anos, temos apresentado esses esboços que preservamos e decidimos mostrá-los em exposições. Esses desenhos e modelos são um testemunho desordenado de grande parte da nossa pesquisa; alguns deles são bem diferentes, mais abstratos e autônomos. Perdermo-nos de nós mesmos, na hora de mapear uma ideia, é uma constante em nosso trabalho.
Magazine: Qual é a importância do desenho para o diálogo entre os dois? Ronan & Erwan: Nossa atividade central acontece diante de um bloco de desenho. Não significa que só fazemos isso, mas esses momentos são chave para o nosso trabalho. A criação pode ser considerada uma atividade predominantemente cerebral. A primeira e indispensável ferramenta é o bloco para não esquecermos.
“Fazemos questão de criar peças que se integrem nos interiores usados pelas pessoas, Foto: Paul Tahon & Studio Bouroullec
sejam elas de qualquer background cultural”
Na página anterior, uma das marcas registradas dos Bouroullec, os painéis da série Bivouac. À direita, o Alcove Loveseat: integração aos interiores
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Foto: Ola Rindal
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Linha de móveis para Vitra
Quanto à maneira como trabalhamos juntos, podemos ter um alto nível de compreensão um do outro, mas ainda assim discordarmos. Tentamos dialogar ao máximo. Cada projeto é discutido por muito tempo e a cada passo. E no final o mais importante é que encontramos uma visão comum, uma solução que satisfaz a ambos. Quando discordamos, fazemos tudo para chegar a um acordo. Magazine: Com a criação da linha de escritório para a Glas Italia, que mudanças vocês veem no mundo do trabalho? Ronan & Erwan: A missão do design é acompanhar e antecipar da maneira mais correta a evolução do nosso ecossistema compartilhado. No nosso caso, estamos interessados em ajudar as pessoas a reorganizarem seu espaço de trabalho, e reorganizar o espaço em que vivem. Em nosso trabalho, providenciamos soluções às questões “Como lidar com a Arquitetura” e “Como criar uma separação, ou uma espécie de muro” e “Como customizar um espaço interno para atender às necessidades de cada um”. No caso preciso do mundo do trabalho, o mobiliário pode determinar a arquitetura do ambiente. Ele pode ser
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arrumado para formar uma separação visual, quase como um muro. Em princípio, uma hora mais tarde, ou um ano ou uma década, quando você não está mais satisfeito com a arrumação, ela pode ser reposicionada. Como você disse, se pensarmos na transparência permitida pela mesa da Glas Italia – é uma mesa mais para um lugar doméstico do que para ser colocada num ambiente íntimo, então propomos uma ligação com o que a circunda. No caso das estações de trabalho, criamos diferentes situações como casulos para você se isolar que também funcionam como espaços de encontro. Uma das chaves por trás dos nossos pensamentos é uma analogia com a biodiversidade. Imagine uma floresta: tirando a umidade e o frio, na verdade, é o escritório ideal. A floresta possui uma área ampla e aberta com luz natural ou, ao contrário, – pequenos arbustos e cantos escondidos – todas as distrações de que nosso corpo precisa para trabalhar bem. Nós humanos somos muito mais complexos do que computadores e máquinas. Portanto, para nós, é incompreensível que limitemos nossos corpos a uma única mesa, uma única configuração de trabalho – como máquinas. Essa é a razão pela qual propusemos diferentes soluções que podem ser adaptadas a diferentes situações e momentos.
Foto: Paul Tahon & Studio Bouroullec
A iluminação como tema de uma exposição dos imãos Bouroullec, na Gallerie Kreo, em Paris (Foto: Tahon & Bouroullec). Na página anterior, a linha de módulos Self, uma das criações dos Bouroullec para a Vitra
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Foto: Studio Bouroullec
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A cascata de luzes criada para uma das escadarias do Pal谩cio de Versailles. Na foto menor, um portrait da dupla segundo a fot贸grafa Morgane Le Gall
Magazine: Como definem os projetos que vocês criam? Ronan & Erwan: Não consideramos nossos projetos de uma forma estilística. Mesmo assim, num certo sentido, sempre tentamos tirar tudo o que parece desnecessário para nós. Nós nos empenhamos por uma espécie de síntese tentando encontrar a essência de um projeto. Sempre tentamos pensar projeto por projeto. Assim descobrimos a lógica do projeto dentro de sua própria problemática. Mas, de um certo modo, todos eles têm o DNA característico do nosso trabalho, porque estão repletos de uma certa liberdade. Há uma continuidade em nossos projetos que liga todos. Fazemos questão de criar peças que se integrem nos interiores usados pelas pessoas, sejam elas de qualquer background cultural. Isso resulta em projetos que descreveríamos como “não muito barulhentos”. Mas, num sentido, é a lógica do design industrial, cujo objetivo é o imenso mercado. Como não sabemos exatamente em que contexto nossos objetos vão terminar, tentamos eliminar tudo o que não seja necessário. Justeza é muito importante para nós, mais do que simplicidade ou minimalismo. Magazine: Em que projetos trabalham atualmente? Ronan & Erwan: Estamos fazendo novos projetos para Vitra, para a dinamarquesa HAY... São vários projetos sempre. Em Milão, em abril deste ano, apresentamos vários. Uma coleção de cadeiras para Mattiazzi, chamada Uncino; uma coleção de mesas com a Magis, batizada de Officina, com um sistema de pernas em ferro fundido em novas formas geométricas capazes de apoiar tampos de natureza diferente em vários tamanhos. Começamos também uma parceria com a Glas Italia com Diapositive, uma coleção de dois tamanhos de mesa, dois bancos e uma prateleira em vidro soldado a calor associado à madeira e feltro para quebrar a impressão de fragilidade; e três coleções têxteis em 3D para Kvadrat (Moraine, Gravel e Canal), que serão lançadas no showroom da empresa em Corso Monforte. Magazine: Poderiam falar da linha de tecidos para a Kvadrat? Ronan & Erwan: É verdade que existe uma fascinação pelos traços estruturais dos tecidos que, observados sob uma lente de aumento, podem ser interpretados como uma estrutura de fios construindo maravilhosas arquiteturas/padronagens. Nossa última pesquisa para Kvadrat concentra-se em introduzir uma nova compreensão do material têxtil onde a aparência da superfície é mais o resultado de uma abordagem construtiva do que um efeito estético. No final, as estruturas têxteis internas são reveladas em superfícies com um toque suave e uma aparência sensual. Na verdade, em nosso trabalho sempre escolhemos tecidos por suas qualidades de performance. Trabalhar nesta coleção têxtil específica para Kvadrat nos permitiu seguir nossa intuição de que tecidos tramados em particular poderiam abrir novos horizontes graças às
suas características de elasticidade e às suas superfícies macias e estofadas. Como resultado desse desafio, a coleção para Kvadrat revela novas superfícies e a firmeza necessária para construir uma ampla variedade de formas. Magazine: Quais são seus ícones no design? Erwan & Ronan: Ettore Sottsass ou o design americano dos anos 50. Nossa resposta seria a cadeira Thonet 14 (chamada de Thonet 214), porque ela personifica um tipo de perfeição do design. A harmonia sutil da sua forma com a técnica das curvas em madeira fez dela uma cadeira clássica eterna. Cada detalhe, que exigiu um trabalho altamente rigoroso, não parece óbvio. Magazine: Como surgiu a ideia do lustre criado para a escada Gabriel em Versalhes? Ronan & Erwan: Tínhamos que produzir uma peça que possuísse personalidade, mas ao contrário de várias iniciativas de arte contemporânea feitas em Versalhes no passado, que não fosse uma instalação temporária, nem uma obra de arte nem uma exposição. O briefing do design era criar um lustre para iluminar a escada Gabriel, que é a entrada pública do palácio de Versalhes. Trabalhamos durante um ano com essa ideia em mente não apenas para fazer uma bela peça de iluminação, mas também algo que fosse apropriado para permanecer num lugar tão histórico, onde ficará provavelmente por uns mil anos. Depois de considerarmos outros materiais, como pedra, nos pareceu que o cristal seria a melhor resposta porque, historicamente, todos os lustres de Versalhes foram feitos nesse material. Fizemos então um cordão de segmentos de cristal suspenso e descendo em curvas de quatro pontos do teto, como ramos de uma árvore. No final, a forma surgiu quase naturalmente.
Leia a íntegra da entrevista na versão para iPad da Magazine CasaShopping
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Uma síntese sobre os eventos simultâneos que aconteceram na cidade por Roberta Devisate
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oram mais de 3 mil expositores e 300 mil visitantes de todo o mundo. Mas o melhor saldo da Feira de Design de Milão, que aconteceu em abril, estava nos oito pavilhões, com stands recheados de lançamentos com conceitos e tendências que vão inspirar os profissionais da arquitetura e da decoração. Na visita ao Pavilhão 20, estava Tom Dixon. Ele entrou na criação de acessórios para uso doméstico e lançou a coleção The Classic Gentleman’s Club, uma interpretação moderna dos clubes antigos de cavaleiros ingleses. Chama também a atenção a Cog Collection, com visual industrial que remete às peças mecânicas das motos da sua juventude, com o latão como matéria-prima combinado a bronze, cobre e titânio. Com seu stand muito concorrido como sempre, a Vitra Home Collection homenageou importantes designers do cenário mundial, entre eles o casal americano Charles & Ray Eames. A proposta de expandir a coleção original “The Aluminium Group”, um dos maiores projetos do século XX, surge com o lançamento de modelos mais leves e menores com a colaboração da holandesa Hella Jongerius. Ela apresentou a poltrona “The East River Chair” aplicando seu estilo único de fundir artesanato e tecnologia. Muito confortável e divertida, foi um dos lançamentos mais comentados no Salão, pois pode assumir visuais distintos de acordo com cada combinação de cores e texturas. A Street Art invadiu o stand da Cappellini, marca consagrada no cenário mundial, reproduzindo a influência urbana em seu processo criativo e explorando o universo de estudo e pesquisa da empresa. Grandes caixas coloridas organizadas lado a lado revelavam em seu interior itens clássicos e lançamentos no intuito de mostrar o crescimento progressivo de uma coleção de produtos – foi o que aconteceu com a Peg Collection do japonês Studio Nendo. A Peg Chair, lançada em 2013 com enorme sucesso, compacta e eficiente foi comparada aos carros ‘Mini’ e arrebatou o mercado imediatamente. Logo depois, a família cresceu e surgiram a Peg Column, o Peg Sofa, a Peg Table, a Peg Bed e o Stand Mirror. Todas as peças possuem interseções nas estruturas, encaixes e delicados perfis arredondados.
Moroso e sua cadeira Banjooli: sopro de frescor e ousadia em suas peças
Como muitas vezes os próprios stands são um espetáculo à parte, valeu a pena conhecer o espaço destinado à Cassina. O japonês (sim, eles estão por toda parte) Sou Fujimoto propôs a “Floating Forest” – uma floresta flutuante com grandes caixas espelhadas que refletia e multiplicava uma vegetação verde e exuberante. A ideia era MAGAZINE CASASHOPPING
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fazer um paralelo à historia da marca como se estivesse a projetar sua tradição para o infinito, fundindo o espaço interno com o externo, apostando em novos talentos, sempre aberta ao pensamento jovem e transformador. Em seu 30º aniversário, a Casamania lançou 12 novos produtos que bem traduzem seu espírito alegre e descontraído. Sua originalidade pode ser percebida nas cadeiras “La-Dina Chair”, do italiano Luca Nichetto – uma interpretação divertida das cadeiras tradicionais austríacas. Mais ainda nos pendentes “Tweetie” do inglês Jake Phipps em parceria com a Bosa: gaiolas douradas e pássaros de cerâmica numa alusão à tradição de criar canários em casa, hábito difundido pelas antigas civilizações egípcias e romanas. Moroso, como sempre, se destaca pela mistura de peças artesanais e bem tecnológicas, como um sopro de frescor e ousadia em sua peças. A Precious Kartell, traduz 15 anos de transparência, investigação e experimentação na moldagem por injeção de policarbonato: material plástico reciclável, acessível e de
Ao lado, detalhe da exposição Hermès em lumière: requinte e funcionalidade. Abaixo, Paola Lenti, com cor e espaço visual em cada canto
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Casamania: os pendentes Tweetie e, abaixo, as cadeiras LaDina, de Luca Nichetto. Escolhas da arquiteta Roberta Devisate, na foto à direita
baixo custo. A nova coleção trouxe o impacto e o brilho dos metalizados em tons de ouro, bronze e prata, elevando o status do policarbonato a matéria-prima nobre. Outro destaque foi o lançamento de Philippe Starck, a Uncle Jack. Com apenas 30 quilos, o sofá em molde único possui 1,9 metros de comprimento em uma estrutura delgada e altamente resistente. Integra uma coleção de móveis leves, moldados em policarbonato, inspirando-se nas lembranças dos tios e tias fumando cachimbo em frente à lareira. A Exposição “Dove Vivono Gli Architteti?” reuniu oito importantes arquitetos admirados e respeitados no cenário mundial: David Chipperfield, Mario Bellini, Zaha Hadid, Doriana e Massimiliano Fuksas, Shigeru Ban, Daniel Libeskind e o brasileiro Marcio Kogan – protagonizaram uma exibição multimídia. Ali, propuseram reflexões sobre as conexões entre a vida e a obra de cada arquiteto e abriram suas residências, mostraram seus universos particulares, seus objetos de maior apreço e, principalmente, os diferentes estilos de vida e formas distintas de imaginar o espaço interno.
O Fuori Salone Tão badalados quanto a feira em si, as exposições de maior impacto, se destacam a Hermès em Lumière, no Palazzo Serbelloni. A alquimia da grife surgiu em um cenário composto por painéis curvos de madeira contrastando com elementos barrocos dos salões do Século XVlll: exclusividade, requinte, tradição e funcionalidade. Um êxtase. Reeditaram móveis de Jean-Michel Frank da década de 30 ricos em detalhes. E Michele De Lucchi assinou luminárias com estruturas em aço, costuras feitas a mão e elementos de selaria no couro, reforçando as raízes equestres da marca. Verdadeiras poesias em forma de luz: Pantographe e Harnais. Outro luxo aconteceu na mostra “Bisazza Wears Emilio Pucci”, em que a grife italiana, ganhou nova interpretação com o calibre da italiana Bisazza. A coleção captou a essência de estampas icônicas da grife, aplicadas em mosaicos de grande formato. Não poderia deixar de mencionar a Zona Tortona e o espírito libertário da antiga área industrial que foi revitalizada e passou a ser referência para quem busca a vanguarda e o pioneirismo em amplos ateliês e armazéns. Era enorme a expectativa para visitar a Mostra “Moooi – Unexpected Welcome” depois do impacto da edição de 2013. Neste
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ano, o diretor criativo da marca, o holandês Marcel Wanders, um designer obstinado e visionário, exibiu a magia de suas criações em ambientes majestosos e inspiradores. Ainda no Fuori Salone, não podia deixar de mencionar o Spazio Rossana Orlandi – um espaço multifacetado, criativo. A marca descobre e promove jovens designers promissores e organiza previews de vanguarda. Nika Zupank é uma eslovena craque em criar produtos com uma elegância atemporal única. Seu inconfundível estilo traduz ternura e sensibilidade em peças que misturam artesanato e luxo. Paola Lenti trouxe a exposição “Il Colore dei Luoghi” que aconteceu em um mosteiro franciscano do século XV. A cor, foco no espaço visual, surge em cada canto, em cada composição com técnicas artesanais.
Leia sobre as mostras Eurocucina e Salone del Bagno na versão para iPad de Magazine CasaShopping
No alto, o estilo da Bisazza em parceria com a Pucci. Abaixo, as cadeiras de Hella Hongerius no concorrido estande da Vitra
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Instagram: um a g a l e r ia vi r t u a l de design
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pelos profissionais de decoração do casashopping
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rquitetos, decoradores, designers, empresários e lojistas que têm suas marcas no CasaShopping e que foram ao Salão do Móvel em Milão participaram de mais uma das mais criativas promoções do mercado: “Milão sob o melhor ponto de vista”, parte do programa Casa Premium. Eles foram convocados a registrar no Instagram o que viram durante o evento, que aconteceu em abril, marcando cada uma com as hashtags #conexaomilao e #casashopping. As dez imagens mais surpreendentes estão em destaque abaixo.
2 1. Angela Meza
Em tempos de crise econômica na tradicional Europa e América, o dourado do ouro e brilho dos cristais e lacas voltam a imperar no cenário do design italiano na Feira de Milão em 2014
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Petal Chaise Longue é uma espreguiçadeira feita de poliuretano. É grande – mede 1 metro por 2,10m e pode ser usada em áreas externas. Disponível na cor verde e branco. Ambientação feita com peças e estampas da própria Missoni Home.
2. Carol Scarano Essa é uma visão diferente, sem relação com produto, mas muito ligada ao design. A foto foi tirada na Via Tortona, uma das principais ruas do Fuorisaloni, na semana de design de Milão. O painel é descrito como “Design street by Mosaico digitale”. Arte urbana feita com mosaico de imagens.
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3. Andrea Duarte
5. Francisco Amorim
Luminárias Raimonds, da Mooi. São esferas pendentes de aço pontuadas por pequenas lâmpadas de LED. Seu designer foi Raimond Puts, falecido em 2012 e que ganhou o prêmio Woonproduct of 2010 Award com essa incrível coleção apelidada de Starry Sky. Basta olhar para esse conjunto que temos essa percepção de céu estrelado. Absolutamente magnífico.
“Bonequinhas”. Essas fotos são da coleção Wooden Dolls, criada por Alexander Girard em 1963 e, agora, produzida e lançada pela Vitra. É uma coleção de 25 bonecos de madeira com pintura. A grife produz uma linha variada de produtos criados pelo designer, que vai desde painéis decorativos, mantas em lã e almofadas, com estampas dos seus desenhos gráficos, até mesas e bancos.
4. Emmilia Cardoso
6. Lia Paiva
No estande da Smeg, na Euro Cuccina, bienal que cobre a decoração das cozinhas durante a Feira de Milão, veio a seguinte pensata, a respeito desse fogão com bocas decoradas com passarinhos: “Todos os medos do mundo limitam a criatividade. Surgem, a partir dos processos criativos e do conflito do mercado em ter que há pressão por criar, com materiais inovadores, que não fiquem reféns do seu funcionamento usual. A partir disto a imaginação é livre para criar e voar como um pássaro.”
A Kartell acaba de lançar uma nova linha a “kartell in tavola”. Como se não bastasse a cadeira Louis Gosht e a luminária bourgie, a marca lança sua coleção de acessórios para cozinha com a assinatura de três designers de referência como Philippe Starck, Patricia Urquiola e Jean Marie Massaud, em parceria com três chefs como Carlo Cracco, Davide Oldani e Andrea Berton. Foi a sensação no Fuori Salone e, como sempre, a Kartell agradou com sua vitrine supercriativa e conceitual. MAGAZINE CASASHOPPING
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7. Gilda Antoniazzi
9. Rodrigo Barbosa
Uma estação de trabalho ilha projetado para ser ao ar livre, Open não é uma cozinha. É muito mais: é uma máquina para preparar o jantar, tomar uma bebida, ouvir música, chiaccierare, com os amigos, cozinhar uma refeição ou degustá-la com os amigos. O corpo desse carro é em aço inox escovado, madeira natural e indústrias de vidro.
Em tempos de crise econômica na tradicional Europa e América, o dourado do ouro e brilho dos cristais e lacas voltam a imperar no cenário do design italiano na Feira de Milão em 2014, como mostra a grande Kartell no salão de design deste ano. É a influência das novas potências econômicas do mundo árabe e oriental marcando influência no cenário do design internacional.
8. Priscila Mauro
10. Thoni Litsz
A poltrona 4Olga é trabalho da dupla Sawaya & Moroni, que vem há vários anos trazendo extravagância ao design de mobiliário italiano. Esse ano não foi diferente. A poltrona é uma verdadeira obra de arte. A edição limitada em madeira possui curvas incríveis, as linhas orgânicas dão movimento, leveza e conforto.
Ateliê de novos talentos na Zona Lambrate. Mesa para agregar mais pessoas. Forma orgânica sugerida para uma rede de restaurantes self service. O desenho sinuoso e instigante é um projeto tese em curso de alunos de design da Universidade de Milão.
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mostras
Quarto Composto f a z sua 1 � m o s tr a
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ostrar as soluções criativas dos arquitetos cariocas para a decoração de quartos. Essa é a proposta da primeira mostra que a Quarto Composto realiza, para mostrar a vanguarda dos profissionais da decoração do Rio de Janeiro. Sete deles estão em exposição, com as ideias que marcam a nova coleção da loja, no CasaShopping: Gisele Taranto, Ana Lúcia Jucá, Gorete Colaço, Márcia Meira, Dani Parreira e a dupla Fábio Bouillet e Rodrigo Jorge. “Resolvemos criar essa mostra só com quartos porque é o primeiro espaço da casa que as pessoas investem e decoram”, diz Carmen Zaccaro, uma das sócias da marca. “Com o corre-corre do dia a dia, muita gente chega do trabalho para o quarto, daí a necessidade de torná-lo aconchegante”, completa Marise Kessel, sócia de Carmen e também idealizadora do evento. Entre os destaques, peças como a estante freijó para o quarto do casal, em que Gisele Taranto traz cama Atelier com ripas assimétricas e cortinas, colchas e almofadas em linho amassado. Destaque para a parede pintada com tinta feita com o pó de aço corten. Já Ana
Lúcia Jucá desenhou para a nova coleção da Quarto Composto uma escrivaninha e mesinhas de cabeceira, em laca e madeira. As duas peças compõem o quarto de casal criado por ela que tem como grande estrela um armário com portas vazadas, feitas com madeira e palha, que deixam a ventilação entrar. Já Gorete Colaço fez um quarto de adolescente em homenagem ao filho de 13 anos. “Ele escolheu cada detalhe do ambiente”, conta. Da cama em couro natural (uma das novidades da Quarto Composto) à colcha de lona estonada que foi pintada pelo grafiteiro Leonardo Biansa com os dizeres Life is Beautiful e #soufla. O quarto de Márcia Meira foi criado para um casal jovem que curte praia. Conta com penteadeira, cama e duas mesinhas de cabeceira, tudo feito em madeira freijó e laca. E com muitos espelhos, como na criação da dupla Fábio Bouillet e Rodrigo Jorge, com armários, cama e mesa de cabeceira da Quarto Composto, é todo em tons de preto, cinza e verde neon. Em destaque o tapete com a frase: “Só lobo cai em armadilha feita pra lobo”. “É um recado!”, brinca Rodrigo Jorge.
Ana Lúcia Jucá
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Fabio Bouillet e Rodrigo Jorge
Gisele Taranto
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Q&E Quartos Etc.
ina ugura n o Rio de Jan e i r o
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nspirada no tema Momentos da Vida, marca investe R$ 1,5 mi na abertura de showroom e exibe primeira mostra com as novas tendências em decoração de quartos na capital carioca. A chegada da Q&E Quartos Etc. no CasaShopping aconteceu em grande estilo. A empresa pioneira no segmento de lojas especializadas em móveis de alto padrão para quartos, apresentou não somente o seu primeiro showroom no Rio de Janeiro. Trouxe também uma mostra com o tema Momentos da Vida, com os produtos que marcam a tradição da empresa no desenvolvimento de móveis customizados para quartos. Em uma área de 271m², a Q&E Quartos & Etc. Rio traz camas e criados-mudos, produtos mais procurados e vendidos pela empresa, além dos acessórios (cabides, porta-colchas e revisteiros), cabeceiras, beliches, cômodas, escrivaninhas, estantes, estofados, mesas, entre outras peças, todas exclusivas e sob medida, que totalizam cerca de 200 itens variáveis de acordo com a coleção e customizações possíveis.
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“O público carioca pode esperar por uma loja eclética, com produtos do clássico ao moderno, para crianças e casais. “Nós apresentamos o colorido das estações e a sobriedade das madeiras para agradar aos mais diversos gostos”, explica Victor Paladino, diretor de operações da Q&E Quartos Etc. Rio de Janeiro. Com a proposta de sugerir ideias e soluções na decoração do quarto, que atendam às peculiaridades e necessidades das mais diversas, além do aconchego e qualidade, o showroom do Rio de Janeiro exibe 10 ambientes, incluindo os lançamentos exclusivos da marca. Entre os arquitetos e designers presentes: Ana Lúcia Jucá, André Piva, Bezamat Arquitetura, Duda Porto, Elaine Ramos, Erick Figueira de Mello, Fernanda Pessoa de Queiroz, Paola Ribeiro, Paula Neder e Solange Medina.
Cores modernas no quarto de Erick Figueira de Mello
O estilo rom창ntico do quarto da Bezamat Arquitetura
A estante de Duda Porto
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• Circuito de Destaques 2014 Objetos de desejo e exclusividade nas vitrines
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m autêntico desfile de tendências. Esse foi o resultado da segunda edição de uma série de lançamentos do setor que aconteceram no mundo e chegaram ao Circuito Destaques do CasaShopping. Em maio deste ano, realizou-se uma exibição do design contemporâneo em todas as vitrines e exposição de produtos de destaque no espaço localizado sob a Onda Carioca. Na mostra, uma coleção de objetos para a casa, resultado de pesquisa em todas as 170 lojas do CasaShopping, com curadoria de Roberta Devisate: mesas de jantar, estantes, sofás, poltronas, tapetes, luminárias, nos mais diversos es-
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tilos. “Só o CasaShopping, único Flagship Store Center em decoração no mundo, com a maior concentração de lojas conceito das principais marcas do país, poderia criar um Circuito de Destaques, acompanhando a temporada de lançamentos do setor”, diz Gilda Antoniazzi, Diretora de Marketing do CasaShopping. Outra atração do evento foi a palestra “Milão do Melhor Ponto de Vista”, que a designer de interiores Roberta Devisate e a diretora de redação da Casa Vogue, Taissa Buescu, fizeram sobre os Salão do Móvel de Milão 2014.
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• OS GUERREIROS CHEGARAM CasaShopping abre as portas do Brasil para o paladar do P.F. Chang’s
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a entrada, a mítica e colossal escultura de cavalo inspirada no exército em terracota de Xian. Lá dentro, um ambiente que remete a dois mil anos de cultura chinesa, contados com a culinária que marca os 20 anos da marca internacional P.F. Chang’s. Uma das portas de entrada no Brasil é o CasaShopping, onde a marca abriu, em julho, sua primeira filial no país, simultânea a outra, em São Paulo.
São pratos preparados com pro-
O esplendor do ambiente já começa com o número de lugares: 320, que terão à disposição os mesmos pratos e o atendimento idêntico ao de outros 13 países no mundo, em um total de 254 unidades. São pratos preparados com produtos frescos, apuro na textura e nos aromas, equilíbrio nos temperos e rígido olhar nas receitas criadas por um dos fundadores, Philip Chiang, sempre baseadas na vibrante culinária asiática contemporânea.
ceitas criadas por um dos fun-
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dutos frescos, apuro na textura e nos aromas, equilíbrio nos temperos e rígido olhar nas redadores, Philip Chiang, sempre baseadas na vibrante culinária asiática contemporânea.
A maioria dos 70 pratos do menu é preparada nos woks, as míticas panelas curvas, de alta temperatura, com opções de pratos sem glúten e muitas especialidades vegetarianas, na seção sem carnes, criadas apenas com base em arroz e massas do tipo noodles.
Orange Peel Shrimp, camarões preparados com molho levemente picante, servidos com gomos de laranja e finalizados com brotos.
No cerimonial, muitas atrações à parte. Uma delas é a tradição chinesa do compartilhamento dos pratos em centro de mesa. É como chegam os Chang´s Famous Chicken Lettuce Wraps, entrada mais famosa do restaurante, que combina frango, cogumelos, cebolinha e castanhas d’água.
Entre as sobremesas, o Banana Spring Rolls é feito de massa crocante recheada de banana e acompanhadas de um cremoso sorvete de abacaxi com coco e cobertas com calda de caramelo e baunilha. Para os amantes de chocolate, a grande pedida é o bolo de seis camadas, conhecido como The Great Wall of Chocolate, decorado com chips de chocolate meio amargo e calda de frutas vermelhas.
Na área dos pratos principais, uma verdadeira viagem pela Ásia, começando com o Mongolian Beef, com lâminas de carne caramelizadas em molho à base de shoyu, alho e cebolinha. Prossegue na região de Hunan, com o
Três momentos da culinária do P.F. Chang’s: camarões com cogumelos (foto maior), os chicken lettuce wraps e, embaixo, os dumplings, uma das entradas favoritas do público
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• Manekineko Refinamento à japonesa O Manekineko com mais conforto no CasaShopping. O ambiente foi ampliado e passa a distribuir sofás e cadeiras para receber até 240 clientes. No projeto, assinado por Jorge Delmas, paredes revestidas de pedra e elementos em madeira, que tornam o ambiente mais aconchegante, especialmente com o novo sushibar, agora em formato de ilha. Um complexo de espelhos nas paredes dá impressão de amplitude ainda maior do que antes e todos os móveis do salão foram substituídos, inclusive na varanda, que ganhou novo layout, com um maior espaço entre as mesas. No cardápio, a qualidade de sempre, com os formatos para os sushis e sashimis, especialidades da culinária japonesa como os yakisobas, os teppanyakis e receitas originais da casa, como o camarão ao ninho e o salmão ao molho de amora. Destaque também para outra exclusividade do Manekineko, os manekicrocs, em que os peixes crus vêm em casquinhas, no lugar das algas.
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MAIS PARQUET Nosso sonho era estabelecer uma empresa que fosse referência em soluções de madeira de alta qualidade para resultados únicos. Hoje, esse sonho é uma realidade, evidente em cada instalação bem sucedida e inigualável. Deixar o cliente encantado ao vivenciar o toque e a sensação confortável da madeira de verdade, feita por gente que ama o que faz, é o nosso maior orgulho. CONHEÇA A NOVA PARQUET NOBRE, ACESSE WWW.PARQUETNOBRE.COM.BR
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• Portobello Shop Catálogo rico Na Portobello é assim: personalização, design e sustentabilidade. E a variedade de quem conta com um catálogo de mais de mil produtos, muitos deles exclusivos, que vão desde os revestimentos mais simples e funcionais até os mais elaborados elementos para decoração, com a riqueza em materiais naturais, como pedra, madeira e mármore, e elementos desenvolvidos pelo homem como concreto, cimento, vidro e outros materiais sintéticos. Tudo isso está na segunda loja que a grife abre no CasaShopping, na área de expansão. Bloco M • PAV 2
• Celular Station – Vivo Se liga O leque de serviços do CasaShopping se amplia e, no passo da tecnologia, chega agora à telefonia, com a vinda de uma loja autorizada da operadora Vivo, a Celular Station. A administração é de grupo com mais de 13 anos no mercado, atendendo o cliente em tudo o que for preciso, com todas as ferramentas e sistemas como uma loja da própria operadora, com venda de linhas, pacotes e aparelhos celulares. Bloco N • PAV 0
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• Hamadan Tapetes Olho no mundo A chegada da Hamadan Tapetes traz a visão global da marca ao CasaShopping por dois motivos. Primeiro, a atenção às inovações nos mercados de tapetes em todo o mundo. Segundo, por buscar sempre o que há de melhor no mercado oriental. Toda essa ótica garante o sucesso da grife após 16 anos de atividades, que incluem, além das vendas, os serviços de lavagem e restauração. “O importante no CasaShopping é mais do que o foco na decoração – é o ponto de encontro dos mais importantes arquitetos, designers e decoradores do Rio de Janeiro”, diz Carlos Hamadan, proprietário da loja. Bloco O • PAV 0
• DryWash Limpeza e preservação O conceito da DryWash já é bem conhecido por quem gosta de cuidar bem de seu carro. Mas a marca chega ao CasaShopping com novo modelo. Além de limpeza e polimento, das revisões e pequenos reparos, a nova franquia chega com diferenciais e novos equipamentos. Uma delas, as novas técnicas para limpeza de motocicletas. E também a de preservação do meio ambiente que garante, atualmente, uma economia de mais de 20 milhões de litros de água, com a tecnologia de lavagem a seco. O planeta agradece. Bloco P • PAV -1
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• Vallvé Quem for à nova loja da Vallvé no CasaShopping vai se surpreender. Decoração nova, interior novo, vitrine nova. O que há de melhor em qualidade, desenho e novos materiais para banheiros. Em destaque, a linha de mobiliário 100% artesanal e feito sob medida. O cliente escolhe todos os detalhes. São gavetas, nichos e containers feitos conforme o sonho do cliente e suas necessidades. Somado a isso, há também uma coleção de peças internacionais importantes, como Bisazza Bagno, Fantini, Keuco, Samuel Heath, alguns deles assinados por designers internacionais, como Piero Lissoni, Naoto Fukasawa e Jaime Hayon. Bloco B • PAV 1
• Fraldário A expansão do CasaShopping traz uma graciosa e delicadíssima área de conforto para quem é pai ou mãe e traz os seus filhos pequenos para as compras. É o novo fraldário. No ambiente claro, os pais encontram trocadores acolchoados, lavatórios, poltrona para amamentação, forninhos para aquecer mamadeiras e cadeirinhas para a refeição. São oferecidos também sabonete líquido, hidratante para a higiene do bebê. É só procurar no Bloco M, Pavimento 0, ao lado da Farmalife.
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• O marco da Ovoo A primeira loja da Ovoo chega ao Rio – e, claro, no CasaShopping, com seu conteúdo cultural: os ovoos eram os marcos em topos de montanhas ou margens de lagos, em honra às divindades. Esse simbolismo chega aqui com exclusividade de nível global: a poltrona Moeda Bergère, assinada por Zanini de Zanine, baseada no clássico “bergère” do século XV e produzida com chapas descartadas da Casa da Moeda. Os furos dessa chapa já estiveram nas nossas mãos: eram as antigas moedas de 10 centavos. “O CasaShopping, a Onda Carioca, é o destino natural da jornada da Ovoo e o público vai encontrar sempre peças lindas, exclusivas e muitas novidades a cada estação”, promete Marlos Fontes, proprietário da marca que administra com a mulher, Adriana Terra. Bloco M • PAV 2
• Viterbo Estofados O lado novo da tradição A Viterbo Estofados chega ao CasaShopping oferecendo uma linha de estofados finos e restaurações que se destacam pela qualidade e design atemporal. Possui fabricação própria e se destaca pelos detalhes de acabamento, conforto e a vantagem de criar projetos especiais. Prazos e preços justos somadas com atendimento relacionamento com clientes são referências da Viterbo. Possui fabricação própria com uma linha diversificada de itens e com forte ênfase em sofás, poltronas, almofadas, capas, futtons, mantas, pufes e tapetes. “Estar presente no CasaShopping é a certeza de ter atingido uma nova era dentro da Viterbo, uma consolidação de nossa marca e esforços em torno dos estofados”, diz Cláudio Heleno, responsável pela marca, famosa ainda pelas reformas de peças clássicas e customizações para novos clientes. Bloco M • PAV 2
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• Beertaste Bom gusto e gosto bom Em tempos de copos refinados, lúpulos especiais e colarinhos elegantes, a chegada do Beertaste ao CasaShopping mata uma autêntica sede de novidades do carioca. Eleita a melhor carta de cervejas da Barra da Tijuca, a marca surgiu em 2008 como um ponto para receber os amigos. O negócio cresceu, a clientela também e a carta de rótulos sofisticou-se ainda mais, trazendo ícones como as trapistas belgas (Westvleteren) e holandesas (La Trappe), além das cervejas da moda, as IPAs (Indian Pale Ales) americanas e as espetaculares Ola Dubhs escocesas. Bloco N • PAV 0
• Tanto Revestimento uma verdadeira experiência de compra A Tanto acaba de ganhar uma nova loja no Bloco A, com muito mais espaço e instalações especiais para demonstração de produtos. As cerâmicas para piso, com placas de grandes formatos, de até 0,60m x 1,80m, podem ser içadas com elevador mecânico para serem apresentadas na mesa de exposição. A melhor forma de avaliar e sentir o efeito real da peça. Cabines de banho com chuveiros funcionais para medir a pressurização, banho de luz e som sincronizados, banheiras com massageadores e ultrassom fisioterapêutico com retorno estético para tratamento de celulite. Bancadas de Duralight, novidade por trazer material mais resistente e inédito. Marcas de metais de design premiados e alta qualidade como Hansgrohe, Rubinettos, Deca. Uma variedade de acabamentos que faz diferença em qualquer projeto. Bloco A • PAV 1
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• High End
• W. Works Cobertura total Novo local, novo formato com direito a showroom. Assim, a W. Works, especializada em produtos para projetos de escritório, inicia sua nova fase no CasaShopping. O espaço da marca está agora na cobertura, em local nobre para os produtos que representa, como as divisórias e revestimentos da Wall Works, as cadeiras para escritórios da alemã Interstuhl, os móveis corporativos da Bortolin. A ambientação moderna, que chega, é uma combinação de escritório e showroom, com o atendimento técnico-comercial, e o acompanhamento individual de cada projeto junto aos clientes está entre os diferenciais que a marca oferece.
Nova loja, novo espaço, novos conceitos. Esse é o compasso da tecnologia, do ritmo da High End, que está sempre um passo à frente em áudio, vídeo e automação para residências e empresas. Uma das surpresas está nos novos sistemas de cinema, que ampliam a noção de home video para níveis além deste século. “São sistemas de surpreender, que combinam o que há de mais moderno com cultura da arte no espaço, com exposições ultra modernas”, diz Luis Fernando Amorim, da High End. “Estamos no lugar certo, pois o CasaShopping respira os arquitetos e clientes que conhecem o que há de melhor no mercado”, completa. Bloco A • PAV 2
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• Studio Gladys Acosta Estações da beleza Se estética também é design, a chegada do Studio Gladys Acosta é mais um elemento de bom gosto para o mix de serviços do CasaShopping. Mais do que um cabeleireiro, a grife chega com novas experiências para aqueles que cuidam da beleza. No espaço, projetado por Leonora Lohrisch e Leonardo Pascual, os serviços se multiplicam em estações de manicures e porcelanistas; de cabeleireiros para realização de tratamentos estéticos diversos e capilares: penteados, tinturas e a especialidade maior da marca: o mega-hair. Gladys especializou-se em alongamento e desenvolveu uma técnica própria – que garante naturalidade, resistência, rapidez na aplicação e durabilidade. Hoje a especialidade é procurada por muitos artistas. Horário de funcionamento: das 9 às 22h, de segunda a sábado, e domingo, das 15h às 22h. Bloco M • PAV
• O’S Studio de Arte O’S de Giovanni Pinturas, desenhos, esculturas, objetos de arte em geral – e de mobiliário, em particular, com exposições anuais. Esse é o conceito do O’S, uma galeria concebida pelo artista plástico Giovanni Gargano, pintor e escultor, arquiteto e designer, membro da Academia Brasileira de Belas Artes. “É um espaço do culto da arte, de exibição de projetos e obras com novas propostas, onde profissionais da arte e da arquitetura contribuem com seus valores na projeção de seus ambientes”, diz Giovanni, que destaca a sua presença no CasaShopping: “É um lugar de ousadia e cultura, com uma estrutura de arrojo arquitetônico abrindo espaço para um novo mix de lojas e serviços para o público”, completa. Bloco F • PAV 3
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• Novo Showroom Florense CasaShopping
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em poderia ser diferente. A Flagship Store Florense vem gerando um tremento frisson na alta decoração. A inauguração do novo showroom da marca, no CasaShopping, foi um dos maiores acontecimentos do ano no mercado de móveis de luxo. E ainda nem chegamos à metade de 2014.
Explica-se: a grife, que, em paralelo, também fincou bandeira no ponto mais chique de Nova York, consolidando-se entre os cânones mundiais, implantou desde 2006 a sua megaloja, com a proposta de ser referência na alta decoração do Rio de Janeiro. O objetivo é demonstrar diversas linhas de produto da fábrica da Florense no Brasil em sua loja conceito. Mas a festa não lançou apenas as referências da marca. O evento foi também o palco de lançamentos como a coleção AWA, com peças assinadas por designers brasileiros exclusivamente para a Florense e de ambientes decorados, um deles com a grife da arquiteta Paola Ribeiro. Além disso, o público viu a chegada dos novos modelos de gavetas para cozinhas – Antaro e Legrabox – e para o posicionamento contemporâneo da marca num nível ainda mais elevado, expresso pelos novos acabamentos perolizados, que foram destaque na feira de Milão deste ano, e pelo exclusivíssimo madrepérola, que insere a Florense entre os ícones do ultraluxo.
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MOSTRA ARTE E INOVAÇÃO Exposição inédita no Brasil sobre a união da arte com a inovação e a tecnologia foi destaque no CasaShopping
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oram duas semanas intensas para o design e a arte no Rio de Janeiro. No CasaShopping, mais exatamente, que sediou a Mostra Arte e Inovação, um encontro entre a arte com a inovação e tecnologia como nunca aconteceu antes no Brasil. Com curadoria da Rio+Arte, a exposição reuniu artistas de renome no cenário carioca, como Venétia Santos, Beth Santoro, Sonia Saraiva, Urubatan Oliveira Nunes, Guilherme Toleto e Cris Cabus. Eles trabalharam com materiais tão diferentes quanto a cerâmica, bronze e a madeira. Ao todo, a mostra Rio+Arte contou com 30 obras expostas. Além disso, os profissionais executaram suas atividades como se estivessem em seus ateliês, em performances individuais, com o processo aberto ao público do desenvolvimento de peças exclusivas. Entre as técnicas que a exposição trouxe ao país estão a aplicação da tecnologia de escaneamento e modelagem 3D nesta área. Algumas peças dos artistas serão escane-
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adas em 3D, com o apoio do Laboratório de Ergonomia da Divisão de Desenho Industrial, do Instituto Nacional de Tecnologia/MCTI. A partir do escaneamento das peças, elas poderão ser manipuladas por softwares de modelagem 3D, podendo ser reprojetadas e redimensionadas, segundo as necessidades dos artistas. Esculturas, por exemplo, podem ser redimensionadas e transformadas em joias, com o auxílio da prototipagem 3D. As obras de cada artista poderão compor, no futuro, uma plataforma digital com o acervo carioca. O oleiro Leonardo em ação. No detalhe, obra de Venetia Santos
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MARCIA MEIRA LUZ E F OCO NA DE C OR AÇÃO MIN IMA LISTA Fotos Marcio Irala
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empre que consegue uma folga, a arquiteta carioca Marcia Meira não perde uma oportunidade de reunir a família e viajar. É no convívio com a família e nas quadras de tênis que Marcia alivia as tensões de um cotidiano repleto de prazos apertados e demandas de clientes. As estratégias para driblar o estresse são bem-sucedidas e garantem à arquiteta a leveza que ela imprime aos seus projetos. Um bom exemplo foi o trabalho desenvolvido para a residência de uma família, com dois filhos, que adora receber os amigos. A principal demanda do cliente para o amplo apartamento no Rio de Janeiro era manter espaços livres e uma decoração minimalista. “Meu objetivo neste projeto era criar ambientes com poucos móveis, porém integrados e com conforto. Os clientes são pessoas de extremo bom gosto, muito elegantes e sabiam exatamente o que queriam. Minha função foi interpretar seus desejos e transformar a expectativa deles em realidade”, conta Marcia. Apesar de a demanda do cliente priorizar ambientes bem clean, Marcia conta que foi bem-sucedida em inserir cor em alguns elementos. Outro recurso muito explorado pela arquiteta foi a iluminação, que ganhou destaque na sala de jantar. Sem lustre, o ambiente atrai atenção graças ao projeto de iluminação,
À esquerda, integração e conforto em um dos espaços de convívio social
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“A iluminação é um ponto forte em meus projetos. Gosto de estudar os efeitos das lâmpadas e, com elas, criar uma decoração noturna, aplicando efeitos que garantem um show à parte. Acredito que a iluminação na decoração não tem a função só de iluminar, é um instrumento para embelezar um ambiente”, afirma. Um dos grandes desafios do projeto era criar uma sala de banho que ficasse integrada ao quarto do casal, mas, ao mesmo tempo, preservasse a privacidade. A arquiteta aproveitou a área dos dois banheiros do projeto original para criar um espaço de 13m². No novo ambiente, utilizou recursos para ressaltar a iluminação, o que garantiu efeitos sofisticados com toque de funcionalidade. A sofisticação que o ambiente exprime também é resultado de uma seleção cuidadosa de matérias-primas nobres. Marcia explica que ousou nos recursos diferenciados. Um dos exemplos foi o revestimento da parede, onde foi aplicado papel náutico. No teto, ela mesclou a criatividade às técnicas de iluminação. “Instalei uma lona tensionada que simula uma claraboia”, detalha Marcia.
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“A iluminação é um ponto forte em meus projetos. Gosto de estudar os efeitos das lâmpadas e, com elas, criar uma decoração noturna, aplicando efeitos que garantem um show à parte. Acredito que a iluminação na decoração não tem a função só de iluminar, é um instrumento para embelezar um ambiente”
Sofisticação em diversos estilos: a sala de estar e o banheiro principal (esquerda) e no quarto principal e a sala montada no prolongamento da cozinha
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leila dionizios En erg i a con s c i e n t e Fotos Marcio Irala
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À direita, a arquiteta na sala de estar da casa. Na foto maior, a área da piscina, com paisagismo de Carmen Mouro
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om o mesmo talento usado para harmonizar tons neutros com toques de ousadia em ambientes contemporâneos e aconchegantes, a arquiteta Leila Dionizios também é hábil na arte de selecionar ingredientes para compor combinações de um bom vinho com uma receita impecável. Como quase todos os cariocas, ela não dispensa o exercício físico diário, mas confessa que relaxa mesmo na sua cozinha, preparando pratos especiais para a família. Especialista em luminotécnica, Leila privilegia o consumo de energia consciente e vem se dedicando a projetos com sistemas integrados de automação. Outra característica do seu trabalho é a mistura equilibrada entre o clássico e o moderno, porém, cuidadosamente inserida em ambientes contemporâneos e aconchegantes. Esta marca de Leila ficou flagrante em um projeto, na fase final de desenvolvimento, no Rio de Janeiro. “A solicitação do cliente era uma casa clean e moderna, porém com um toque de aconchego. Como a área é muito grande, havia um enorme desafio. O projeto tinha que contemplar a demanda por elementos contemporâneos, trabalhar com os espaços de forma mais arejada e, simultaneamente, conferir o tom aconchegante”, explica Leila. MAGAZINE CASASHOPPING
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“A solicitação do cliente era uma casa clean e moderna, porém com um toque de aconchego. O projeto tinha que contemplar a demanda por elementos contemporâneos, trabalhar com os espaços de forma mais arejada e, simultaneamente, conferir o tom aconchegante”
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Entre algumas soluções reveladas pelo projeto de Leila, estão os revestimentos com textura usados na sala. “Optei por uma textura da Colori di Venezia e, no piso, usei um mármore da Royal”, detalha. A iluminação, sempre priorizada pela arquiteta, foi outro destaque. “Gosto de fazer trabalhos em que os recursos de luz possam adquirir uma atmosfera dramatizada, capaz de oferecer várias possibilidades para compor diferentes cenas”, completa. Como os clientes de Leila não moram no Brasil, eles entregaram as chaves para a arquiteta e só conferiram de perto há pouco tempo, quando retornaram para verificar os ajustes finais. “Eles tiveram uma surpresa. Apesar de eu ter usado recursos de terceira dimensão para que eles, mesmo a distância, pudessem ter uma visão muito próxima do ambiente real, ao vivo é sempre melhor”, comenta. Muito atenta a detalhes da decoração, Leila elegeu como diferencial a mesa de Guilherme Torres, da Finish, e o sofá Otto.
De cima para baixo, o efeito da iluminação no quarto temático, no banheiro principal e na suíte do casal. Na página anterior, a luz intimista das salas de estar e de jantar
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Elegantes, inspirados, premiados e badalados, os m贸veis com assinaturas de grandes nomes da arquitetura brasileira tomam conta de ambientes dom茅sticos e corporativos Heloisa Marra
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le nasce no papel, daquela vontade de sentar e desenhar entre um projeto e outro. Ou de divagar em novas formas pensando em algum evento ou nos ambientes de uma casa que está sendo construída. Pode vir da conversa com algum cliente. E pode ficar por anos ali rabiscado, aninhado, pertinho do seu autor, mas um dia acaba encontrando sua forma, seu material e seu lugar. É o móvel de arquiteto que leva elegância ao ambiente e um toque de exclusividade a quem adquire, como um colecionador compra um quadro. De todas as grandes peças desse lendário, surgem rapidamente os nomes de Sérgio Rodrigues e Oscar Niemeyer, marcos históricos de uma tendência que, hoje, conta com nomes como Lia Siqueira, Ivan Rezende, Isay Weinfeld, Arthur Casas, Carmen Zaccaro e Marise Kessel.
As origens A vontade de adequar o mobiliário à arquitetura levou Oscar Niemeyer a criar ícones, como a chaise longue Rio, em 1978. Equilibrando seu balanço num só ponto, feita de palhinha e madeira ebanizada, suas linhas curvas e sinuosas refletem a arquitetura de Niemeyer. Elas aparecem também na marquesa. Os
Oscar Niemeyer criou a Chaise Longue Rio e a Marquesa Bench, ambas em madeira ebanizada e palhinha. À venda na Arquivo Contemporâneo
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dois móveis, assim como alguns outros, foram criados por Oscar a partir da vontade de adequar o mobiliário à modernidade de seus projetos. Numa época em que arquitetura e design se fundem cada vez mais, tiramos pela milionésima vez o chapéu, ou melhor, a boina, para Sergio Rodrigues.
Na década de 50, ao trabalhar como arquiteto junto a nomes como Olavo Redig de Campos, Oscar Niemeyer e muitos outros, percebeu a importância do espaço interno para a arquitetura e fez dessa descoberta não só o seu caminho mas o de vários outros profissionais. Entre eles, Ivan Rezende que, com Lia Siqueira, lançou ano passado um dos livros mais cobiçados e esgotados do momento: “Conversas ilustradas – Sergio Rodrigues”. Um livro da Editora +2 Produções Culturais, feito a partir de 30 horas de gravações de conversas com Sergio, acompanhadas de muito humor e desenhos inéditos rabiscados por ele ao longo do papo.
Conceitual e popular se unem no trabalho de Ivan Rezende. No alto, o banco paraná e a bandeja Zip, em madeira brasileira, que cresce e encolhe. À esquerda, o banco Bandeirola se inspira nas bandeiras das festas juninas. À venda na Novo Ambiente.
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Na década de 50, ao trabalhar como arquiteto junto a nomes como Olavo Redig de Campos, Oscar Niemeyer percebeu a importância do espaço interno para a arquitetura e fez dessa descoberta não só o seu caminho mas o de vários outros profissionais Estante “Meu amigo Brancusi, até tu Volpi”, de Lia Siqueira, destaque na Arquivo Contemporâneo
Ivan Rezende: aço no Salão Ivan tem peças que ligam erudito e popular como o banco Bandeirola, feito em blocos de madeira, que lembram as bandeirinhas das festas de São João. Vendido na Novo Ambiente, ele parte do desenho de uma bandeirinha recortado em três peças que se conjugam. Superversátil, com 1,60m, pode crescer para os lados, ganhando outras utilidades, como a de um porta-revistas ou a de uma mesa de centro. O Bandeirola recebeu o 18º Prêmio Design Museu da Casa Brasileira em 2004. Ivan já participou do Salão de Milão com o banco Paraná, em madeira, aço e couro, e a Mesa Sinestesia, composta por 100 cubos de madeira maciça de 10cm x 10cm x 10cm, formando a palavra Sinestesia. É impossível não se apaixonar também pela bandeja Zip, em madeiras brasileiras, que aumenta e encolhe dependendo da vontade e da gula do cliente. O arquiteto participou do Salão de Milão este ano com a estante HI. Criada inicialmente em madeira, em 1997, ela foi fabricada pela Mekal em aço. Da parceria com a Mekal, surgiu a Still HI (o nome brinca com a palavra steel, que significa aço). O móvel permite várias montagens adaptando-se facilmente a todos os ambientes, em planos ou curvas. A estante nômade de Lia Siqueira Para Lia Siqueira, ele pode surgir aos poucos ou de repente por causa de alguma exposição. “Você vai desenhando e convivendo com ele até que em determinado momento alguém pede e acontece”. Ao ler um estudo sobre Volpi num periódico de arte dos anos 50, Lia viu que o pintor brasileiro tinha tudo a ver com o que rabiscara pensando nas linhas de Constantin Brancusi, para
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É o móvel de arquiteto que leva elegância ao ambiente e um toque de exclusividade a quem adquire, como um colecionador compra um quadro
ela, o maior escultor da atualidade. Surgiu então uma estante. “Criei um vazio no interior da forma escultural e batizei de Meu amigo Brancusi, até tu Volpi”. Com módulos giratórios como se fossem prismas esculturais vazados, interligados por um eixo invisível, a peça foi criada em 2010 e até hoje é fabricada pela Etel. “O protótipo estreou numa exposição do Arnaldo Danemberg. Junto com ele, colocamos o periódico com o artigo sobre Volpi, para as pessoas entenderem como tudo aconteceu”, lembra a arquiteta, observando que a estante, vendida no Arquivo Contemporâneo, é dinâmica, podendo se dividir em segmentos de alturas diferentes de acordo com o ambiente.
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Pensando na mobilidade, Lia criou também a estante Beduína, que pode ser transportada e remontada permitindo várias composições. “Ela fecha inteira e vira uma tábua”, conta Lia, que recebeu em 2009 dois prêmios internacionais, o If e o Red Dot Award, pelo desenho, pela matéria-prima, pelo valor e pela adequação ambiental. No eixo central da estante, a palhinha, além de dar leveza, ajuda a ventilar. No mesmo espírito nômade, Lia fez o banco Trinco em 2006. “Dobrável, com assento de couro, ele pode ser travado através de um trinco de madeira para ser guardado num canto. É gostoso de usar, por exemplo, numa biblioteca, onde pode ser facilmente aberto em qualquer canto”, explica.
A penteadeira-escrivaninha de Carmen Zaccaro e Marise Kessel Madeira é a matéria-prima da dupla Carmen Zaccaro e Marise Kessel. A penteadeira-escrivaninha com direito a espelho dobrável é um charme, além das camas com cabeceiras estofadas em linho e couro. Laqueada de branco, a cômoda com detalhe em palhinha dá vontade de levar na hora. “Apostamos na laca colorida com madeira em mesas laterais e estantes, principalmente nos quartos infantis, que são nosso carro-chefe”, afirma Carmen, que oferece 25 tonalidades fortes para combinar com tons de cinza ou madeira. No final de abril, Carmen e Marise estrearam com a mostra de seis arquitetos apresentando a coleção 2014, entre eles, Gisele Taranto, Ana Lúcia Jucá, Gorete Colaço, Fabio Bouillet e Rodrigo Jorge, Marcia Meira e Dani Parreira.
Leveza e praticidade marcam as criações de Carmen Zaccaro e Marise Kessel: a escrivaninha soft em peroba e laca branca; a estante azul e a multifuncional penteadeira-escrivaninha. Os banquinhos Trinco, de Lia Siqueira, são dobráveis e podem ser guardados fechadinhos em qualquer canto charmoso
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Em São Paulo, há móveis assinados por arquitetos que se adequam além de ambientes particulares e chegam aos comerciais. É o caso de restaurantes, que contam com peças como a poltrona Trançada, que deu uma descontraída sofisticação do arquiteto Arthur Casas, que também desenhou a poltrona em 2008. Jogo de dominó inspira Isay Weinfeld. Vendida no Arquivo Contemporâneo, feita em freijó, com percintas de couro para estruturar o assento e almofadas em tecido, que pode ser em linho rústico, ela segue o estilo arquitetônico arejado de Casas. Outro sucesso de Arthur Casas é a mesa Amorfa e as mesas laterais Arquipélago, desenvolvidas pela Etel e também à venda no Arquivo Contemporâneo. O arquiteto ganhou recentemente o concurso para construir o Pavilhão Brasil na Expo Milão 2015.
A melhor casa do mundo em 2014 foi projetada por Isay Weinfeld, segundo a revista “Wallpaper”, para o publicitário Fábio Fernandes. Dentro dela, não deve faltar o aparador Credenza Domino, vendido na Novo Ambiente. Primeiro móvel feito por Isay para o mercado internacional, no caso a Geiger, a peça, composta por 12 módulos, se inspira nas linhas modernistas dos anos 50 e no jogo de dominó.
As mesinhas Arquipélago foram criadas por Arthur Casas, autor da mesa Amorfa e da premidada Poltrona Trançada. Todas à venda na Arquivo Contemporâneo. Isay Weinfeld fez a Credenza Domino, que pode ser comprada na Novo Ambiente 106 MAGAZINE CASASHOPPING
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Três décadas depois... Um painel sobre o trabalho de Pedro Useche Antonia Leite Barbosa | Fotos: Divulgação
Espriguiçadeira Mesedora Longa e desenho executivo feito em lápis e papel
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le não nasceu no Brasil, mas é hoje um dos maiores expoentes do design nacional e completa 30 anos de carreira. O país que escolheu para viver, o recebeu em 1984, quando veio de Caracas, após ter se formado em arquitetura pela Universidade Central da Venezuela. É fácil se apaixonar pelo trabalho do Pedro Useche, que passamos a conhecer melhor depois de adquirir peças como uma mesa da linha Flexus. Resultado de muita pesquisa, e uma admirável e impecável busca pelo equilíbrio, suas criações estão em constante renovação e na busca de novos processos construtivos.
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Para quem não está ligando o nome à pessoa, Useche é o criador de peças icônicas do mobiliário nacional, como revisteiro Eixo 7 e os sistemas Flexus e Vira Vira. Seus móveis estão expostos no Museu da Casa Brasileira e seu currículo estampa inúmeras premiações. Com 750 obras na bagagem (entre projetos especiais, peças únicas e objetos), 58 anos, Pedro tem participações frequentes em algumas das mais importantes mostras de design no mundo, como a Feira Internacional de Móveis de Milão, Bienal de Design da França e Bienais Nacionais de Design.
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Revisteiro Eixo 7, versão alumínio e tinta eletrostática: prêmio MCB 1998. À direita, cadeira Mosca , linha ML
Nas três décadas em que Pedro Useche está no Brasil, notamos em seu trabalho alguns elementos de sua memória, como cores e contrastes da montanha e do vale onde fica Caracas, entre outras reminiscências que influenciaram sua criação, além das obras de arte cinética espalhadas pela cidade. No início de suas produções, Useche tinha em seu processo de montagem uma forma bem artesanal. Isso acabava dando um caráter quase que único para cada objeto criado, com um apelo estético muito forte: “peças personagens”. Com o passar dos anos, evoluiu seu raciocínio projetual. Iniciou o conceito de sistemas construtivos que permitem a execução de famílias de móveis, com mais eficiência e economia de material Hoje, todos os produtos são produzidos com ferramentas 3D de última geração e em parceria com diversas fábricas. Mas Pedro ainda se considera old
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school na forma de criar: “projeto tudo com lápis e papel em escala, com os detalhes necessários para a execução”. Em abril deste ano, inaugurou a exposição Variações Monocromáticas na Novo Ambiente do CasaShopping, onde apresentou a mais nova linha de móveis, resultado de um processo de trabalho que durou oito meses. Esta coleção valoriza a madeira maciça, a presença do aço inox polido e a sobreposição de partes construtivas, uma combinação que deixa as peças mais funcionais e leves. “Procurei combinar em cada móvel a tonalidade da madeira – freijó, cinamomo, catuaba e jequitibá – com a tonalidade de couro mais próxima – rodeo, castor, montana e camel. Sempre respeitando as matérias-primas utilizadas pela fábrica parceira, a Schuster, como as madeiras provenientes de áreas de manejo florestal sustentável”, explica o designer.
Sustentabilidade é uma preocupação constante para o artista. Os restos de materiais usados nos grandes produtos sempre ganham uma segunda vida. Um cabideiro feito com restos de cadeiras, a escultura de um cachorro cujo corpo é todo fatiado com diferentes sobras de madeira são alguns de seus hits. O designer é reconhecido por utilizar muito bem os materiais brasileiros, como madeira (certificada), couros e metais e por conseguir dar leveza e conforto ao mobiliário. “O Pedro tem um conceito próprio de design, mas é também voltado para a produção e visa muito bem fazer um produto com ergonomia. A cadeira dele tem o conforto que uma pessoa precisa. Coloquei duas de suas poltronas de leitura na minha sala de casa”, conta Salomão Crosman, dono da Novo Ambiente, principal revendedor das obras de Pedro em solo carioca.
Mesa Tarkus, poltrona Tepui, cadeira Mulher e luminária da linha Concha
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made in brazil “Sustentabilidade é uma preocupação constante para o artista. Os restos de materiais usados nos grandes produtos sempre ganham uma segunda vida.”
Imagem do ateliê de Pedro Useche com poltrona BO, feita com garrafas pet em primeiro plano. À direita, os banquinhos da linha Cinta
Uma galeria de outros projetos de Pedro Useche na versão de Magazine CasaShopping para iPad
Um olhar sobre o design nacional:Três pensamentos de Pedro Useche A palavra design “Acho que vivi, nesses trinta anos de profissão, uma transformação enorme. Quando comecei nos anos 80 pouca gente trabalhava com design de mobiliário e mesmo a palavra “design” não existia para a grande massa. Hoje, a escutamos para todo o tipo de referência, e o termo ficou um pouco banalizado: hair design, food design, design arrojado, art design, café design, etc. que no final das contas trata-se de uma palavra simples com um significado mais simples ainda: desenho! Desenho este que faz parte do processo de criação de absolutamente todas as coisas que nos rodeiam”, completa, a respeito da expressão. A consciência do produto Nos últimos 15 anos, surgiu uma grande quantidade de escolas de design, o ensino da categoria se popularizou e, consequentemente, uma grande
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quantidade de formados tentam entrar em um mercado de trabalho difícil de se inserir e cada vez mais competitivo. Por outro lado, dentro desse grande volume surgem jovens talentosos com trabalhos interessantes, além de as empresas estarem se conscientizando de que é importante ter um departamento de desenvolvimento de produto ou ter um designer dentro da empresa para dar diferencial a seus produtos. A democratização do desenho Um produto bem pensado e com qualidade estética gera vendas para a marca e felicidade para quem o adquire. Mas todo processo educativo é longo. Para adquirir tradição em qualquer atividade, é preciso muitos anos de exercício. Acredito nos mestres e pioneiros do design brasileiro, nos profissionais que hoje atuam, e nas cabeças novas que surgirão com foco na democratização do design”.
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CULTURA
VISUAL URBANA CasaShopping reúne seis dos mais importantes artistas da arte urbana brasileira em exposição na Onda Carioca Vanda Klabin
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O grafismo de Marcio Ribeiro (Piá): das ruas do Rio de Janeiro para o CasaShopping
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raffiti e Intervenção Urbana. Dois dos mais badalados fenômenos de cultura e de contracultura mundial têm encontro marcado a partir da próxima segunda-feira, 21 de julho, na área da Onda Carioca do CasaShopping. São obras inéditas de seis artistas contemporâneos – Antonio Bokel, Joana César, Mario Brands, Marcelo Macêdo, Pedro Sánchez e Piá (Marcio Ribeiro). Todos eles, de relação muito próxima com a arte urbana do Rio de Janeiro, criaram suas obras no local. A curadoria é de Vanda Klabin e, no fim da exposição, doze telas, todas de um metro por dois, extraídas dos 360 metros quadrados de painéis pintados, serão arrematadas ao público pelo leiloeiro Horácio Ernani, no dia 30 de agosto, às 17 horas, no espaço da Onda Carioca. O resultado será doado pelo CasaShopping para uma entidade beneficente.
“A arte de rua e o graffiti questionam o espaço público e exercem um papel importante no ambiente visual cultural no cenário urbano”, diz Francisco Grabowsky, diretor geral do CasaShopping. Para ele, a criação desse espaço no CasaShopping é uma marca poética na memória pública da cidade. “É uma forma de demonstrar a importância da iniciativa privada no circuito cultural e no incentivo da produção da arte contemporânea”, explica.
“Menu Vermelho”, de Antonio Bokel, os prismas urbanos de Marcelo Macedo, o Mack: referências do que o CasaShopping vai trazer nesta exposição
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Cada artista terá liberdade para trazer as suas diversas soluções visuais, as técnicas que usam e suas múltiplas observações estéticas. “Eles vão reproduzir aquilo que os consagrou no cenário nacional: as suas trajetórias, registradas nos muros da cidade, que mostraram, ao longo dos últimos anos, uma natureza efêmera e transitória, com associações, afinidades, ou oposições entre as suas mais diversas formas de linguagem e de técnicas”, diz Vanda Klabin.
Plasticidade, iconografias, formas e cores que refletem a vibração dos territórios urbanos são a definição do graffiti. No Brasil, é um fenômeno que trouxe figuras, signos, letras, códigos cifrados, abstrações ou imagens que ganham significado por meio de uma noção local da pop art, do construtivismo, dos ícones da cultura popular e do transporte de elementos do cotidiano para o campo da arte.
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O S ARTI S TAS ANTONIO BOKEL Carioca, 36 anos, é designer gráfico desde 2004. Um ano antes, já realizava sua primeira exposição individual em 2003, na Ken’s Art Gallery, em Florença, Itália, onde morou e fez cursos de fotografia e história da arte. De volta ao Rio, teve aulas de modelo vivo com Bandeira de Mello e fez cursos de pintura com João Magalhães e com Luiz Ernesto, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro. Ao longo das duas últimas décadas, tem apresentado seu trabalho no Brasil e no exterior, em galerias e em intervenções urbanas, fazendo a ponte entre a arte de rua e a arte contemporânea.
As mensagens enigmáticas de Joana César, nas vigas da antiga Perimetral, sobre o Cais do Porto
Dani Borges
JOANA CESAR Para quem circula no Rio, é impossível não conhecer o estilo enigmático das mensagens cifradas de Joana César. Ela nasceu no Rio de Janeiro, em 1974, mas foi, somente
em 2003, que começou a espalhar sua caligrafia indecifrável pela cidade. Tudo começou na década de 1990, quando teve aulas de modelo vivo, com Gianguido Bonfanti, e de videoarte, com Adriana Varella. Também fez curso de fotografia, na Foto Rio Grafia, e participou do programa Dynamic Encounters, realizado por Charles Watson, em Nova York. Em 2012, participa da II Bienal Mundial da Criatividade e é convidada para ocupar um corredor de sessenta metros dentro do evento Casa Cor Rio de Janeiro.
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Construtivismo no graffiti de Mario Brands em um tapume no Centro
“A arte de rua e o graffiti questionam o espaço público e exercem um papel importante no ambiente visual cultural no cenário urbano” Francisco Grabowsky
PIÁ Marcio Ribeiro é Piá, um dos ícones do graffiti carioca e da arte urbana na cidade. Nasceu no Rio de Janeiro, em 1974. Membro de Fleshbeck Crew desde 1999, a formação original. Seu novo trabalho individual fala do acúmulo de emoções e da necessidade humana para expressá-lo de qualquer maneira, fazendo uma analogia entre as pessoas e reservatórios como a cisterna. Aprecia a simplicidade do desenho e escolha de cores. Piá é um aficionado de grandes murais, tanto individuais como coletivos. MACK (MARCELO MACEDO) Do esquete ao desenho, do plano à escultura, da caneta ao spray, da abstração ao figurativo de personagens. Essas são as marcas distintas do trabalho de Marcelo Macedo, um investigador de diferentes métodos criativos, que passeia por formas e dimensões, compondo uma reunião de trabalhos multifacetados de sua arte urbana. Uma característica que une todas as suas obras: o uso de cores calmas e objetos encontrados pelas ruas e feiras da cidade. MAGAZINE CASASHOPPING 119
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PEDRO SÁNCHEZ Artista plástico, pesquisador e professor, Pedro Sánchez é mestre na arte – mas também é de fato, com mestrado em História da Arte, na extensão de sua formação em gravuras, e doutorado em Design na Escola de Belas Artes da UFRJ, do qual é, hoje, professor. No caso de Pedro, quem fala em gravuras fala em xilogravuras, que marcam a sua estética e sua pesquisa, que resultaram no trabalho Gráfica de rua: estratégias e táticas na cultura visual de rua do Rio de Janeiro, importantíssimo para desvendar a apropriação do espaço público como aparato visual por diversos agentes, as táticas visuais desenvolvidas por cada um no intuito de se fazer representar nesse espaço e os conflitos territoriais decorrentes desse uso.
trouxe figuras, signos, letras, códigos cifrados, abstrações ou imagens que ganham significado por meio de uma noção local da pop art, do construtivismo, dos ícones da cultura popular e do transporte de elementos do cotidiano para o campo da arte.
Pedro Sánchez e a contribuição brasileira para a pop art figurativa dá uma ideia do que vai acontecer no CasaShopping
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MARIO BANDS O texto de Leandro Fazolla é definitivo. Bands é artista urbano com obras marcadas pelo intenso uso da geometria e precisão no trabalho com luz, sombras e cores. Ele utiliza a técnica do graffiti para deslocar elementos, confundir e trair o olhar do espectador com a inserção de novas formas nos suportes que utiliza. Com olhar aguçado, Bands busca nas ruas espaços e objetos para empreender seu gesto artístico, voltando-se, muitas vezes, para locais não inseridos no circuito de arte.
No Brasil, é um fenômeno que
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Com vestido floral garimpado num brechó no Japão, Katia Barros brinca com o estilo urbano e praiano na decoração de sua casa usando um balanço para dividir os ambientes
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carioca Misturas de tropicalismo com urbanidade e minimalismo, conheça a casa de Katia Barros, um pedaço de céu aberto no meio do caos urbano no Rio Helen Pomposelli | Fotos: Marcio Irala
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A varanda e a piscina são ambientes prediletos da empresária, que adora a mesa baixa para jantares e encontros de criação
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odo mundo deve se perguntar como seria a casa de uma estilista que desenvolve um estilo de vestir totalmente carioca. Chegou a hora de saber um pouco mais sobre o jeito de viver e decorar a casa da empresária Katia Barros, criadora das marcas Farm e Fábula. Estivemos na sua aconchegante residência no alto do Humaitá, uma casa colonial do final dos anos 60, sonho realizado da estilista, que nos revelou como viver no Rio de Janeiro no estilo das mulheres cariocas: entre as montanhas, a praia e o asfalto. “Pisar no chão e olhar o céu”, é assim que Katia Barros resume seu espaço. “Tenho uma conexão com a qualidade de vida. São cinco minutos do caos: um pedacinho de Minas, local onde passei a maior parte da minha infância e a multidão de Copacabana, bairro tradicional da cidade, onde morei por muito tempo”, diz a empresária que divide seu tempo entre aulas de ioga, viajar, trabalhar e cuidar da sua filha. Estofados, roupas de cama, mobiliário e até objetos de arte, pensou em cores e estampas? Está errado. Os opostos se atraem... Katia Barros mantém a bonita luz da sua casa usando uma cartela de cores de tons terrosos, brancos, beges e deixa o colorido para os detalhes como adornos e acessórios para compor o ambiente. Em clima arejado, a estilista explica que a casa é um espaço solar,
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Em clima arejado, a estilista explica que a casa é um espaço solar iluminada tal como a cidade fica no meio da natureza, pois fica situada do lado da montanha e com a janela do quarto virado para um pedaço do mar. Por isso, procura dar ênfase à iluminação distribuída e focada, fazendo uma mistura de formas, cores e texturas usando móveis com design contemporâneo e harmonizados com obras de arte, dando requinte à decoração. O estilo despojado de decorar também está no jeito que ela recebe as pessoas com feijoada e muita roda de samba. Aliás, receber e festejar são verbos que não faltam dentro da casa da estilista, que reservou um espaço multifuncional na sala ampla que fica na parte debaixo da casa. Prática, a decoração conta com móveis modulares que se transformam de acordo com o estilo das festas e encontros entre amigos, reuniões de trabalho e até home office. “Faço tudo
ao mesmo tempo. Esse espaço foi pensado para esses momentos. Às vezes gosto de sair da fábrica e voltar para casa para trabalhar sozinha nesse espaço ou realizo encontros de criações aqui com a equipe. O espaço cria personalidade de acordo com os objetivos”, explica. Com mesas altas, baixas, de madeira ou de ferro, colocadas por todo canto da casa e do jardim, parece que a casa está sempre pronta para um belo jantar. A cozinha é aberta com um balcão que divide o outro espaço, que tem uma ampla mesa de madeira e cadeiras brancas. Muito usada no dia a dia, a cozinha, que se torna parte da sala de jantar, é também um cenário perfeito para os garimpos de Katia: são xícaras pintadas à mão, adornos de gastronomia e coleções de pratos pintados que decoram a copa com alegria. O local é onde Katia adora fazer suas famosas bruschettas e risotos. “Apesar de não cozinhar muito, gosto de fazer comida junto com a minha cozinheira que sempre está por perto dando truques na receita que fazem toda a diferença”, explica. Estantes compradas em viagens para os livros de moda e arte dão decoração moderna à arquitetura tradicional. No mesmo tom, Katia preferiu a cozinha em ambiente aberto para integrar a sua rotina
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A decoração da casa que, segundo a estilista, é um misto de “tentativa e acerto” segue com ares tropicais, toques urbanos e simplicidade, são fotos da família colocados em molduras pendurados nas paredes das escadas, lembranças que foram ganhando de amigos e sendo reunidas em cantinhos no jardim, cartas de amor penduradas na parede, garimpos de viagens como objetos antigos decorando a bancada do banheiro, obras de arte arrematadas em galerias e feiras nas viagens da família e detalhes lúdicos que são aproveitados em áreas não convencionais como um quadro-negro feito na coluna principal da cozinha, um balanço de madeira pendurado com cordas integrando a sala de estar com a sala de jantar e, ainda, vestidos criados pela estilista e pendurados em cabides como quadros formando cantos especiais na sala da casa. Moderna e com toques clássicos, a sala mescla de obras de arte com peças artesanais e acabam valorizando o ambiente minimalista oferecendo um aconchego especial. “Tenho uma personalidade muito forte e procuro manter a decoração do meu jeito. Não consigo seguir um padrão de decoração e não tenho um decorador que me oriente em algum projeto específico. Coloquei a TV na sala de estar por causa da minha filha, mas pretendo aproveitar essa área e a profundidade para fazer o outro espaço de quadros e obras de arte. Como a arquitetura dessa casa é muito forte e marcante, optei por uma decoração onde a casa vai tomando vida com o passar do tempo”, conta. O sofá, por exemplo, Katia escolheu em tom neutro que ca126 MAGAZINE CASASHOPPING
Acima, a sala arejada e com muita luz e obras de arte garimpadas pela empresária em viagens e em galerias de arte. Na página ao lado, o estilo Farm de Katia, bem visível no quarto de sua filha Manuela: romântico com toques lúdicos e florais na parede e nos acessórios. Na sala de reuniões e divertimentos, sofá e mesa de sinuca reversíveis
sou perfeitamente com as luminárias e com as almofadas em tons variados de verde estampado de folhagens. Além disso, o tapete de couro em pelo branco causa uma sensação de amplitude no espaço dando leveza ao ambiente. No banheiro do primeiro andar da casa, a parede recebe um colorido e romântico papel de parede floral com borboletas e ainda mimos antigos comprados em antiquários e feiras como canecos, porta-sabonete e vidros, oferecendo um ambiente com ares vintage. Katia procura projetar ambientes na casa onde une a tecnologia com arte e a natureza oferecendo alegria a casa. A estilista, para acertar o formato da piscina, chegou a fazer três projetos e finalmente concluir conforto visual e sensorial ao ambiente. “ No espaço da piscina, que fica junto com uma cozinha aberta com adornos artesanais, queria que remetesse um rio com plantas e pedras. Cheguei a um resultado bizarro e mudei de ideia. A solução foi mudar o formato e reunir o mesmo material com o fundo da piscina”, explica.
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INTERIORES
Com descontração e bom gosto, a varanda é um caso de amor à parte, pois a estilista aponta como seu local predileto, onde relaxa, trabalha, recebe amigos e deixa livre a céu aberto, o seu jeito carioca despojado e tímido mineiro. Detalhes charmosos são destaques no ambiente da piscina e do jardim como a prancha de surf apoiada na parede, pufes de tricot na mesa baixa estilo oriental, gambiarras penduradas para dar um toque mais romântico, uma coleção de vidros antigos e novos, a manta colorida feita de tricô sobre as cadeiras antigas da varanda e a horta com árvores frutíferas. Para Katia Barros, que tem como foco sua próxima viagem de garimpos para Guatemala, decorar é transferir seu estilo de viver para a forma de receber em casa e não pensar na decoração quando for comprar objetos e móveis e, sim, seguir o coração. “Isso é uma boa solução, mas, ao mesmo tempo, um problema, pois às vezes tiro e boto o mesmo móvel do lugar várias vezes para chegar a uma conclusão. Aí, vira uma diversão”.
Detalhes afetivos dão aos cantos da casa uma viagem ao passado e ao presente de Katia, na forma de objetos, obras de arte e fotografias
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decoração
Manta listrada para sofá e almofadas coloridas, da Alfaias. Luminária amarela da Lumini 130 MAGAZINE CASASHOPPING
acess贸rios da casa Acredite, se quiser, eles roubam a cena e enriquecem o ambiente Com personalidade Helen Pomposelli
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decoração
T
odo mundo sabe que, em moda, acessório refere-se a algum item decorativo que complementa e enfeita o visual de uma pessoa, pode ser uma joia, bolsa, óculos de sol ou um simples cinto. Na decoração, não é diferente, os acessórios decorativos também seguem um mix de tendências e são os melhores amigos da boa decor. Na dúvida, basta pensar que a casa é como um corpo. E procurar referências como a Novo Ambiente, a Arquivo Contemporâneo, a Vilaseca Molduras e o Gabinete Duilio Sartori, a Alfaias, a Trama Tapetes e a Light Design + Exporlux, entre outras no universo de vitrines do CasaShopping. Alguns acessórios servem como peças-chave para separar um ambiente, outros servem para dar aconchego ou simplesmente alegria num espaço. Na moda ou na decoração, não entre em casa sem pelo menos um deles. Peças-desejo, obras de arte ou até mesmo um simples mimo comprado numa viagem para o jardim, os acessórios na decoração estão cada vez mais em destaque e são uma excelente estratégia para diversificar a sua casa e reafirmar traços da personalidade e estilo de cada espaço. No dia a dia, os acessórios usados para a decoração de um ambiente também podem trazer facilidades. É o que acontece com uma casa mais básica: joga-se uma cor no tapete, que modifica e traz um calor ao
Tapete com arabescos, da Trama Tapetes
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ambiente. O tapete divide espaços e, nos maiores, pode mudar muito a personalidade da casa. A dica é colocar para dentro do móvel ou fazer parte de toda a área do cômodo. Assim, demarcam o espaço ou centralizam como um acessório para dar uma alegria ou quebrar um ambiente com muitas cores. Aconchego, maciez e acústica são outras facilidades. Ter tapetes pequenos e grandes para demarcar os espaços e para não precisar pisar diretamente no chão frio é a dica da Trama Tapetes e Carpetes que oferece os tapetes kilim coloridos ou em duas cores, com arabescos ou listrados. Quem também considera os acessórios os melhores amigos da boa decoração é a empresária Manuela Vilaseca, da Vilaseca Molduras, que oferece não só quadros e telas especializados no tema Rio de Janeiro como também obras de arte que podem compor de maneira mais luxuosa. Extremamente versátil, o quadro é um tipo de acessório de decoração que reforça a personalidade dos donos da casa. Para Manuela, o segredo para escolhê-los é ter em mente a sua personalidade e seu gosto pessoal e assim fazer composições únicas num cantinho da casa ou em cima do sofá. Vale sempre pensar em equilíbrio, proporção e evitar o exagero sem “carregar” na parede. A sugestão também são os objetos de arte, como a obra de recortes e dobras produzidas em papel por Sheila Mancebo, que pode clarear uma decoração ou oferecer um toque de modernidade.
Bancos da Way Design e abajur laranja da Light Design+Exporlux
Assim como a Vilaseca Molduras, a loja Gabinete Duilio Sartori acredita na obra de arte usada em forma de objetos decorativos e que também pode dar um toque lúdico ao ambiente como a série de pôsteres feitos em parceria com a marca Fora de Série. Nessa área da decoração, todo cuidado é pouco, pois podemos exagerar nos objetos e não conseguir dar uma harmonia ao equilibrar cores, texturas ou misturar materiais que irão realmente dar valor ao ambiente. A dica de Duilio Sartori é o colar de parede que também pode ser colocado no centro de mesa. Feito de pedra e chumbo, o colar é um acessório de cerâmica assinado por Milena Liberman. Pura harmonia ao alcance das mãos – e do conforto. O ideal é pensar em colocar objetos que favoreçam o olhar no ambiente trazendo beleza aos olhos. Uma boa sugestão para dar destaques a esses objetos é a iluminação através de luminárias e abajures com designers diferenciados. Podendo, assim, valorizar os objetos, acentuando as cores e as suas formas. MAGAZINE CASASHOPPING 133
decoração
Nessa área da decoração, todo cuidado é pouco, pois podemos exagerar nos objetos e não conseguir dar uma harmonia ao equilibrar cores, texturas ou misturar materiais que irão realmente dar valor ao ambiente.
Quadro e robôs: o positivo e o retrô nos acessórios da Gabinete
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Painel de arte abstrata de Sheila Mancebo, na Vilaseca
Se o caso for um cantinho da mesa com o sofá ou um bufê moderno em tons neutros, a sugestão da Light Design + Exporlux é usar o abajur em tons de laranja feito de algodão e alumínio assinado por Cristina Bertolucci. Já a Lumini, sugere a luminária de pé amarela que oferece um ar lúdico ao ambiente. Saber harmonizar cores, acessórios, móveis e objetos não é para qualquer um. Assim, uma dica boa e barata é o uso de um acessório mais comum de todos e superversátil: as almofadas. Esse item pode tirar a claridade de um ambiente e também iluminar, trazendo equilíbrio e harmonia com o mobiliário. É um item de tendência forte e elementos rápidos e eficientes para mudar um ambiente. Coloridas ou clássicas, elas transformam e dão personalidade. O cuidado fica apenas por conta dos tamanhos: Para uma boa composição, vale a pena ter sempre algumas peças menores para dar harmonia. O tecido da almofada é outro item que interfere na escolha. Os naturais, como o linho, são perfeitos para dar um ar mais rústico, já o mix de estampas com cores e texturas e floral pode dar um pouco de romantismo ao ambiente.
Formal, informal, sofisticada, feita a mão ou rústica, as almofadas supercoloridas e com frases da marca Alfaias dão um clima agradável e podem ser colocadas sobre camas mais tradicionais como um toque aconchegante ou em poltronas que tem a cara de vovó. Os bancos, assim como esculturas, são acessórios de decoração e também estão na moda, consentindo um ambiente mais sofisticado. Os bancos assinados por designers misturados com comuns dentro de casa demonstram requinte e personalidade na decoração contemporânea. Na linha da tendência, há sempre alguns acessórios que viram modismo e, mais tarde, cansam. Os bancos são clássicos, principalmente se forem de boa qualidade. Na loja Arquivo Contemporâneo, vários bancos assinados por Sergio Rodrigues e Fernando Mendes se transformaram em mesinha de centro. Ideia superoriginal. Já as mesas de jardim, assinadas pelo designer Jader Almeida, são pequenas, versáteis e podem servir de apoio lateral ou para sentar. Na loja Novo Ambiente, a estante de Pedro Useche, que foi feita com placa de madeira de aproveitaMAGAZINE CASASHOPPING 135
decoração
mento, vem com um cachorro feito de encaixes que também serve como apoio. A peça, além de manter a composição visual no ambiente, proporciona áreas de apoio funcionando como mesa ou estante. Cortinas e persianas também são itens de decoração que têm a função não só de dar ou tirar a luminosidade do ambiente como, para muitos locais, transformar a decoração com detalhes diferenciados. Podem ser feitas artesanalmente em tecido, madeira ou alumínio. O ideal é respeitar o estilo da decoração e manter na mesma linha. Esses itens devem se combinar perfeitamente e levar tranquilidade e calma ao ambiente. Em resumo, os acessórios, além de poderem dar uma cara nova à decoração de um ambiente, são elementos que fazem toda a diferença. Numa economia mais pesada para todo mundo, o acessório pode transformar, como na moda – se você usar o mesmo vestido todo dia, basta colocar uma meia diferente e parece que mudou de roupa. O acessório na decoração também é igual: pode trazer alegria, diversão ou luxo no básico.
Abaixo, vidros da Rosa Kochen. Ao lado, cabideiro de madeira com cachorro-banco, da Novo Ambiente
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crônica urbana
TELEFONE SEM FIO Antonia Leite Barbosa
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eu primeiro namorado morava em São Paulo e já existir no mercado, e o roaming custava uma nota nós tínhamos 15 e 18 anos respectivamente preta. Quantas lágrimas correram pelas broncas em quando o romance começou. A distância e a falta cima da fatura de telefone... de “paitrocínio” não foram empecilho para os dois anos Depois do primeiro namorado, não me aventurei em e meio de relacionamento. Ele vinha ao Rio dirigindo seu nenhum outro relacionamento a distância, mas entendo novíssimo e possante carro, um Uno Mille, e eu ia pra lá de quem o faça. Hoje em dia as barreiras são muito meno“busão”, preferencialmente da Itapemirim. Mas, quando res. A mobilidade aérea, com promoções constantes para não tinha alternativa, ia de “Cometão” mesmo. Se tinha compras antecipadas de companhia de algum amipassagens, as dezenas de go também de passagem Relacionamentos a distância são ferramentas de comunipela cidade, voltava docação gratuitas como o mingo por volta de meiadesafiadores, mas funcionam Skype, Facetime, permitem -noite de ônibus leito. até uma imaginação mais desde que você mantenha sob Chegava em tempo crosolta entre quatro paredes. nometrado para ir direto Nunca mais recebi nada controle o ciúme e a conta para a escola. Passagem pelo correio que não fosse de avião nem pensar. Era fatura, catálogo de moda bancária. Se ambos estiverem tão cara que represenou propaganda. Sinto falta tava um ano de mesadas cartas, de não viver o dispostos a fazer o romance da. Quando o sol estava imediatismo das relações, muito forte na estrada, de esperar para alcançar acontecer hoje em dia está mais acontecia uma coisa enum objetivo, mas não digo graçada: ele chegava com que voltaria no tempo. fácil do que nunca. metade do corpo bronSó não contava que, dezeado. A expectativa do pois de sete anos de conreencontro e as saudades vivência com o meu marido Joaquim, passaria a reviver eram um forte combustível. Explorávamos as variadas esses momentos de separação. Desde fevereiro deste ano, formas de comunicação da época: telegrama, carta com a contratação dele para trabalhar em uma empresa pelo correio e sabíamos exatamente quais as faixas de norueguesa na área de petróleo, com sede em Macaé, ele horário em que as ligações interurbanas tinham tarifa passou a ter que viajar para lá de terça a quinta, toda sereduzida. Eu ainda não tinha um celular, apesar de ele
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mana. Nas suas primeiras idas estranhei demais. Foi como se a nossa cama ficasse fria e gigante. Liguei correndo para uma amiga cujo marido passa o mesmo número de dias por semana em São Paulo e ela garantiu que a sensação ia passar, que em breve eu ficaria “deslumbrada” com a perspectiva de ter dois dias de folga, voltados só para mim. E ainda acrescentou: “se esse esquema do trabalho mudar um dia acho que meu casamento não resiste”. Com as noites solitárias fui ficando espaçosa, me esparramando e descobrindo a maravilha que é usar o lado dele para empilhar revistas e dormir atravessada somando os meus travesseiros aos dele. Tenho aproveitado muitas dessas noites para reencontrar amigas que não via há tempos, ver filmes ou séries de mulherzinha que ele se recusa a assistir e até arrumar armários e gavetas. De vez em quando carrego nosso filho de dois anos e meio para a cama do casal. Não tem nada mais delicioso do que dormir de chameguinho com a sua cria. O perigo é que ele cada vez mais pede pra ir pra “cama gandi do papai” e está difícil dizer não. Mas, mente vazia, oficina do diabo. É importante se distrair, ter vida própria para não ser consumido por desconfianças e ciúmes. Quem procura acha. Quantas e quantas histórias a gente já ouviu de amigos que bisbilhotaram o email e o celular do parceiro e encontraram desde traições até troca de mensagens mais íntimas, que podem não ser nada demais, mas magoam. Tenho respeito, cumplicidade e confiança no meu marido e vice-versa. Mas, em todo caso, pelo sim, pelo não, acho prudente seguir um conselho: ir de tempos em tempos a Macaé marcar território e certificar-me de que não há risco de ele formar por lá uma outra família... MAGAZINE CASASHOPPING 139
cultura
MAD
Lo u cos por de s ign Museu em Nova York joga nova luz (literalmente) sobre o design em exposição.
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Ed Watkins
Intrinsecus, 2010, painel da joalheira e artista plรกstica Jennifer Trask 141
cultura
P
ara muitos, uma novidade. Mas para quem frequenta as vizinhanças da Columbus Square, uma das esquinas mais badaladas de Nova York, diante do Central Park, o MAD já é um velho conhecido. Desde 2008, mais exatamente, quando a praça recebeu o Museum of Art and Design, nome completo desse misto de galeria de arte e um imenso workshop das mais diversas disciplinas, das esculturas contemporâneas às mais novas criações do design por computador, sem qualquer receio de assumir o papel da arte na era digital, inclusive a da fotografia. Design é o motivo, mas quando foi fundado há seis décadas, ainda em outro endereço, era o Museum of Contemporary Craft. Hoje, olhando de longe, o prédio do MAD já é uma peça do próprio museu. Seu projeto que lembra o de uma grande peça montagem com peças de Lego foi concebido por Brad Cloepfil, da Allied Works Architecture. Ele venceu,
Eric Scott
Museum of Art and Design, nome completo desse misto de galeria de arte e um imenso workshop das mais diversas disciplinas
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em 2002, uma concorrência que contou com nomes como os de Zaha Hadid, Toshiko Mori e o escritório Smith-Miller & Hawkinson. E superou também uma imensa onda de críticas na época, que debochava dos primeiros esquetes do projeto do prédio, classificado pelos detratores como “um imenso Palácio dos Doges erguido sobre pirulitos”. As críticas passaram, a instituição durou. Doze anos depois, lá está o MAD, com as suas galerias dedicadas às criações ligadas de alguma forma ao design, seja em sua mostra permanente, seja em uma programação diversificada, temáticas ou na forma de coletivas de artistas. As exposições dividem o espaço com toda a estrutura educacional de um museu, com direito a salas e auditórios para aulas, palestras e seminários. Mas o que deixa a instituição um passo à frente em termos de interação com o público é a abertura de um imenso estúdio para que artistas criem suas obras – e para que o público assista e até participe de todas as etapas de criação. Quem for hoje ao MAD vai encontrar três exposições importantes em andamento, que ficam em cartaz até setembro. A primeira é a Multiple Exposures: Jewelry and Photography, uma coletiva de mais de 80 artistas que fazem um jogo duplo, que leva a fotografia para as fotos – e as fotos para as fotografias, unindo elementos como
Galerie Perimeter
The Hope Throne, o trono da esperanรงa, de 2008, obra do moรงambicano Gonรงalo Mabunda, feita com restos de armas. Na pรกgina ao lado, a galeria da retrospectiva Re: Collection
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Ed Watkins
cultura
Doze anos depois, lá está o MAD, com as suas galerias dedicadas às criações ligadas de alguma forma ao design, seja em sua mostra permanente, seja em uma programação diversificada, temáticas ou na forma de coletivas de artistas
Acima, Cadeira Pilot, de 1995, por Paul Villinski, com uma asa feita com luvas de pilotos de avião. Abaixo, o curador do museu, David McFadden.
pulseiras com antigos daguerreótipos. E dando tratos digitais a antigos projetos com pedras preciosas. Para quem pensa nisso como uma ideia original, fica o dado histórico: a associação entre joalheiros e fotógrafos em mais de 150 anos. Detalhes, na exposição. A segunda mostra em cartaz é também histórica: conta, através de peças de mobiliário, a trajetória do museu nos últimos cinco anos, desde que mudou-se para o endereço definitivo. Batizada de Re: Collection, a exposição traz 65 peças que redesenharam – ou simplesmente entortaram – os conceitos de objetos da casa, de cadeiras a xícaras. O destaque é a Lathe V Chair, do artista holandês Sebastian Brajkovic, famoso pelas novas formas que dá a poltronas e sofás, mas permitindo que integrem o ambiente com o conforto que se espera. Allison Underwood
A terceira e mais importante, acaba de inaugurar. É a NYC Makers, a versão MAD das grandes bienais de arte. Ali, o museu reúne 100 artesãos de toda a grande Nova York, selecionados por um conselho de outros 300 notáveis em áreas tão distintas quanto a arquitetura e a música, a curadoria e a coreografia. Em exposição, obras de aplicação no dia a dia, que vão de pequenos objetos como fruteiras de centro de mesa até uma destilaria completa, 144 MAGAZINE CASASHOPPING
Ed Watkins
passando por um jardim de flores artificiais. A programação prevê o uso desses ambientes para eventos como programas de televisão, desfiles de moda e festivais gastronômicos, que não soam estranhos ao museu, que abriga um restaurante igualmente badalado, o Robert. Para quem for nos próximos meses, a agenda prevê uma mostra de móveis que diz respeito aos sul-americanos. É a New Territories: Laboratories for Design, Craft and Art in Latin America, uma coleção de peças que traz trabalhos de artesanatos na forma de painéis e papéis de parede, luminárias criativas e cadeiras com motivos étnicos, ambientes inteiros e até soluções para lixeiras a partir de materiais reciclados. “É uma mostra que reúne a diversidade de uma tendência que é a de reunir o talento dos novos designers com a indústria dos commodities, mas com reflexos das emigrações, nas urbanizações e até na sustentabilidade”, observa Lowery Stokes Sims, uma das curadoras da exposição. “Toda essa multiplicidade se revela em uma das mais interessantes manifestações do design na atualidade”, diz. O MAD Museum foi fundado em 1956 por uma colecionadora visionária, Aileen Osborn Webb, como uma forma de organizar as peças que tinha em seu acervo particular sob o ponto de vista dos ofícios e das suas naturezas sob
Jim Baxter
Acima, a cadeira King, de Shao Fan e, ao lado, o biombo Apart Hate, a People Divider, de Kim Schmahman
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cultura
os pontos de vista do sign e dos avanços tecnológicos. Era conhecido como Museum of Contemporary Craft – ou Museu dos Ofícios Contemporâneos. Tornou-se rapidamente um fenômeno que refletia tanto a aplicação pura de técnicas quanto os traços sociais das origens das criações.
Uma nova dinâmica foi conduzida entre 1963 e 1987, com importâncias sociológicas em foco, entre elas a das antigas quebras de hierarquias que ocorreram na virada do século XX. Em sua origem, a instituição localizava-se na Rua 53, mas o crescimento do acervo levou à procura por espaços maiores. Foi quando se iniciou, em 2002, a busca pelo novo prédio em que está hoje o MAD Museum, na mais importante esquina mundial do design.
Carpenters Workshop Gallery, Londres
Se hoje boa parte das galerias é ocupada por trabalhos realizados com tecnologias de ponta, as peças de antes mostravam o processo de evolução do design em cada era. Predominavam móveis, joias, adornos, painéis, tapeçarias e muitos objetos de uso cotidiano,
como os objetos de iluminação, sempre adaptados ao desenvolvimento das lâmpadas.
Meio cadeira, meio escultura, a Lathe V, do inglês Sebastian Bajkovic 146 MAGAZINE CASASHOPPING
ARTE
F U T U R E Exposição dos futuristas no Guggenheim traz de volta a primeira visão do mundo da tecnologia – e sua manifestação na arte Vanda Klabin
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uando inaugurou, em fevereiro, a exposição “Reconstruindo o Universo”, o Guggenheim levou aos americanos uma visão ainda inédita de um movimento duro, tanto no sentimento quanto na forma, do que era o retrato do progresso na época. Era um terreno ainda frágil, delicado, sensível na política, no dia a dia – e, mais ainda, nas artes e em todos os campos relacionados à estética. Todo esse caminho continua em cartaz até setembro, quando os visitantes do museu assistem a uma mostra inédita, a primeira nos Estados Unidos, a mostrar uma cronologia da primeira arte a refletir os avanços tecnológicos, presentes entre nós até hoje. São mais de 300 peças, que incluem 35 anos de pinturas e escultura e os reflexos do movimento da moda, da arquitetura e de duas atividades ainda crescentes, mas já vibrantes: a fotografia e a publicidade. Arquitetura no futurismo com o “Estudo para Central Elétrica’, de Antonio Sant’elia. Ao lado, interpretação do cubismo de Carlo Carrà em “Demonstração Intervencionista”, de 1914 148 MAGAZINE CASASHOPPING
MAGAZINE CASASHOPPING 149 Courtesy Solomon R. Guggenheim Foundation, New York
ARTE
O Futurismo foi considerado como um movimento artístico e literário de vanguarda do início do século XX. Trazia um caráter muito particular, devido à quantidade de forças contraditórias presentes na Itália moderna e do conceito de nação, de país, que os futuristas tentaram controlar no turbulento cenário político da sociedade naquela época. Foi um movimento de alcance internacional, e o “Manifesto Futurista”, do poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti, foi publicado em Paris, em 1909, na primeira página do jornal conservador francês Le Figaro. Era um tempo em que a Unificação da Itália ainda vinha fresca, com pouco mais de 40 anos de anúncio e de rivalidades regionais, políticas e intelectuais, que se manifestavam na música, na poesia, nas artes plásticas. Mas trazia uma visão de infinitas possibilidades de progresso, a experiência do presente em movimento, do que ainda está por vir, ou seja, uma série de buscas de respostas para o futuro e de um suposto extraordinário desenvolvimento tecnológico. A beleza da velocidade, as novas técnicas e os aparatos da vida moderna foram elementos emblemáticos para a formulação de uma nova estética que representa essa nova civilização das máquinas. Seus adeptos tinham uma profunda rejeição ao passado e aos elementos que contrariavam a modernização. Colocavam-se contra o que chamavam de passadismo burguês e o tradicionalismo cultural. Um dos pontos principais do Manifesto alardeava coisas do gênero: “um automóvel que ruge e parece cavalgar uma metralhadora é mais belo que a Vitória de Samotrácia”. Aqui, a ideia de que o automóvel era considerado um símbolo da liberdade pessoal aponta para distintas propostas e intervenções estéticas – e para uma nova maneira de encarar o mundo. O propósito intelectual e estético era reorganizar a sociedade italiana, negar o passado, anular a dependência de sua cultura morta dos museus, para abrir novas possibilidades à nova arte do futuro. Essa mudança política e cultural foi compartilhada por diversos intelectuais de vanguarda, tais como Umberto Boccioni (1882-1916); Giacomo Balla (1871-1958); Gino Severini (1883-1966); Carlo Carrà (1881-1966); Luigi Russolo (1895-1947) que assinaram o “Manifesto dos Pintores Futuristas”, em 1910. Um ano depois aconteceria a primeira grande exposição futurista, que contaria com 50 obras desses artistas, as quais chamaram a atenção mais pelo tema que tem como base a ideia de que o ritmo cria a imagem, do que pela linguagem, embora insistissem no fato de que a tecnologia e o progresso deveriam ser expressos em novas e audaciosas formas de arte. O culto exaltado à máquina tem sua origem nos efeitos das inovações científicas e tecnológicas que criaram maneiras distintas de pensar e viver o tempo e o espaço. O telégrafo sem fio, o telefone, o raio X, o cinema, a bicicleta, o automóvel, o avião, navios e trens movidos a vapor, estavam presentes no pensamento do novo homem moderno, 150 MAGAZINE CASASHOPPING
atuante nessa Itália rejuvenescida por essa interação dinâmica de eventos simultâneos. A tela de Giacomo Balla, pintada em 1909, intitulada Poste de Iluminação (atualmente no MoMA, em Nova York) exemplifica essa eletrificação da vida moderna e deu origem ao texto em prosa de Marinetti, que descreve a nova paisagem noturna: Assassinemos o luar !!! …. Foi assim que trezentas luas elétricas cancelaram com seus raios de cegante brancura mineral, a antiga e verde rainha dos amores. Balla estudou a percepção do movimento e realizou uma série de pinturas referentes à análise científica do movimento, onde o ritmo cria a imagem que ele quer representar. Em seu famoso quadro Velocidade Abstrata: o Carro Passou, de 1913, que está na Tate Gallery, em Londres), o automóvel desaparece da representação e restam os vestígios atmosférico das curvas elípticas como ondas em movimento.
Reprodução
Courtesy Fondazione Cassa di risparmio della Provincia di Macerata
Três reflexões sobre tecnologia e movimento: na foto maior, o “Trem veloz”, de Ivo Pannaggi, de 1922; a escultura “Formas Únicas de Continuidade no Espaço”, de Umberto Boccioni (1913); e, no alto, à direita, o dinamismo de Luigi Russolo.
Art Resource, New York
“A beleza da velocidade, as novas técnicas e os aparatos da vida moderna foram elementos emblemáticos para a formulação de uma nova estética que representa essa nova civilização das máquinas. ”
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No alto, os corredores do Guggenheim, que recebe a mostra “Os Futuristas”. No quadro, o autorretrato de Gino Severini.
Umberto Boccioni, que anteriormente tinha estudado com Giacomo Balla, criou uma identificação com o processo industrial e com o progresso triunfante da ciência e afirmou que: Sinto que quero pintar o novo, o produto da nossa era industrial. Estou enjoado das antigas paredes, dos velhos palácios, dos temas vetustos baseados em reminiscências: quero ficar de olho na vida do nosso tempo. O seu quadro Fábricas em Porta Romana, de 1909, retrata essa transformação, com a presença de operários na cena e a paisagem de fábricas a expelir fumaça pelas chaminés. A noção de dinamismo plástico como sensação, traduzido na ideia do movimento absoluto do corpo humano no espaço, estão presentes nas suas esculturas, verdadeira representação visual da vitalidade como a emblemática Forma Única de Continuidade na Continuidade do Espaço, de 1913 (Tate Gallery, Londres), modelada em gesso e anos após a sua morte, fundida em bronze. Ao observá-la, parece que as formas em movimento se multiplicam, se deformam, se sucedem com as suas variações aerodinâmicas. O Autorretrato, do pintor Gino Severini, de 1912, é exemplo dessa representação dinâmica do mundo, como um universo em movimento, um fluxo constante. Trabalhava em Paris e a influência cubista se faz também presente na sua pintura. Carlo Carrà e Luigi Russolo vão introduzir o espírito dos manifestos políticos em seus trabalhos futuristas e nessa organização complexa de pinceladas, estão alinhados o pensamento libertário de Marinetti, como nas obras de Carrà, O Funeral do Anarquista Galli, de 1911 ou A Revolta, de Russolo, de 1911. O arquiteto Antonio Sant’Elia, influenciado pelas ideias de Otto Wagner e pelas edificações industriais americanas, publicou em 1014, o manifesto da arquitetura futurista. Foi o autor de diversas cidades visionárias, verdadeiros símbolos da expansão urbana e em consonância com as exigências das novas tecnologias e materiais da moderna sociedade italiana. As propostas dos futuristas se ampliaram para outras esferas culturais, como nas artes plásticas, na arquitetura, na literatura, na música, no cinema, na fotografia, no design, nas artes cênicas e no vestuário. Com o advento da guerra de 1914, o Futurismo chegou ao fim. Artistas como Boccioni sucumbiram em combate, outros à tradição. 152 MAGAZINE CASASHOPPING
Reprodução
Kris McKay © SRGF
ARTE
Marinetti, que exaltava a guerra e se autodenominava a cafeína da Europa, teve seus ideais políticos como suportes para o regime fascista chegar ao poder. Alguns jovens artistas tentaram reavivar o movimento, após 1918, mas sem sucesso; porém, teve um impacto internacional, como nos Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, França, México e Brasil e sua influência sobre os outros movimentos modernos foi importante e duradoura. Vanda Klabin é curadora e historiadora de arte. Na versão para iPad da revista, uma galeria cronológica de artistas futuristas
ESTILO DE VIDA
DECO R A Ç ÃO C OM
DISPOSIÇÃO Como a vida saudável de empresários da decoração torna as suas rotinas de trabalho mais avançadas e criativas Suzana Liskauskas
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om os profissionais da arquitetura e do design que estão sempre nas lojas do CasaShopping é assim: mente sana em corpo são. Eles superam obstáculos todos os dias, estão sempre correndo, literalmente, contra o relógio, suando a camisa para dominar o cronômetro. Mas cuidam do corpo, driblam as tensões do dia a dia e passam a integrar um time de atletas da decoração. Eles entram em campo com disposição para ganhar vitalidade através do esporte, encontrar soluções ainda mais criativas para seus clientes. Entre a supervisão de uma obra e um desenho complexo, a disciplina esportiva ajuda essa equipe de vencedores a enxergar as suas atividades com olhos mais atentos, bom humor e agilidade para tomar decisões ainda mais vibrantes.
Alexandre Dias, diretor de marketing da Madeirol e uma sequência alucinante no kitesurf
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ESTILO DE VIDA
A arquiteta Deborah Wilcox durante a Maratona de Berlim
Para começar bem o dia, o diretor de Marketing da Madeirol, Alexandre Dias, acorda muito cedo. Por volta das 6h, já está na praia da Barra em busca das melhores ondas. Surfista desde criança, Dias é definitivamente um homem do mar, das pranchas e das velas. Durante quatro anos, ele treinou com equipes de windsurf, participou de diversas competições e, há 12 anos, adotou o kitesurf como esporte predileto. Parte dessa memória de vitórias sobre as ondas foi integrada à decoração do quarto de adolescente na loja Madeirol, do CasaShopping. Lá estão pranchas e medalhas do acervo pessoal do executivo. “Hoje meu esporte predileto é kitesurf. É uma fonte de prazer. Na maioria das vezes, como não é preciso fazer muita força, posso curtir a paisagem e relaxar. Neste momento, organizo meu dia, encontro soluções para os problemas e vou listando mentalmente minhas prioridades”, conta Alexandre.
Com várias vitórias em campeonatos de iatismo, nacionais e internacionais, incluindo o primeiro lugar na classe 470 no Mundial da França, em 1985, disputado em La Rochelle, a arquiteta Deborah Wilcox atribui sua facilidade para encontrar soluções no dia a dia aos benefícios do esporte. “A vela é uma paixão. Embora hoje não tenha uma rotina sistemática, voltada para competições, nunca abandonei o iatismo. Mas há cinco anos descobri uma nova atividade, a corrida de rua. Ano passado, corri a meia-maratona de Berlim, e agora busco novos destinos para superar meu tempo. Sigo uma rotina de treinos semanais e organizo minha vida durante as corridas”, conta.
“O esporte ajuda muito a lidar com os problemas do dia a dia,” Deborah Wilcox
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Giordano Cacciola, da Lacca e a caça submarina
Os anos de competição deixaram como legado a busca de soluções. Deborah conta que sempre foi muito prática e, quando se depara com uma situação inesperada, procura imediatamente a saída. “O esporte ajuda muito a lidar com os problemas do dia a dia, além de me conferir boas doses de felicidade”, diz. O empresário Giordano Cacciola, sócio da Lacca, divide com a amiga Deborah o amor pelo mar e pelas velas. Praticante de caça submarina há 20 anos, Cacciola também é um amante de kitesurf, esporte que entrou na sua rotina há dez anos. Ele explica que o esporte é um velho aliado no controle do estresse no dia a dia. Durante a semana, ele costuma praticar na Praia do Pepê, na Barra da Tijuca. Nos fins de semana, quando tem mais tempo disponível, a preferência é a caça submarina, que ele pratica nas Ilhas Tijucas e Cagarras, quando está no Rio, ou em Angra dos Reis, em locais destinados ao esporte.
“É o momento em que esvazio completamente minha mente e foco toda a minha atenção no fundo do mar” Giordano Cacciola
“É o momento em que esvazio completamente minha mente e foco toda a minha atenção no fundo do mar. Como é um esporte em que as situações de perigo são constantes e exige concentração, tenho um condicionamento muito bom para resolver problemas sob pressão”, afirma Cacciola, que não se imagina sem suas doses diárias de endorfina.
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ESTILO DE VIDA
As manobras radicais na neve deram novos focos ao empresário Artur Fernandes, sócio da Mac Móveis. Ele descobriu o snowboard há três anos e diz que não sabe mais viver longe de uma montanha desafiadora. Valle Nevado, no Chile, e Colorado, nos EUA, estão entre seus lugares preferidos para a prática do esporte. Nem mesmo uma queda que resultou numa fratura da mão direita, este ano, diminuiu a intensidade da paixão de Tutu. “Desde que descobri o prazer na atividade, procuro viajar sempre que posso durante o ano. É o momento de recarregar as baterias e afastar o estresse, que é intenso, pois vivo pressionado por prazos e demandas inesperadas. Além disso, a prática do snowboard nos leva a paisagens incríveis, com uma gastronomia maravilhosa. Combinação perfeita para namorar minha esposa”, brinca Fernandes. O snowboard de Artur Fernandes, da Mac Móveis, e o motocross de Murilo Marreco, da Vivence Interiores
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Murilo Marreco, sócio da Vivence Interiores, acelera mesmo quando ouve os roncos dos motores nas pistas de motocross. Os desafios das pistas de enduro fizeram parte do dia a dia de Marreco por mais de 10 anos. “A paixão começou na adolescência. Participei de diversos campeonatos, mas, com a rotina de trabalho e a vida familiar, tenho que restringir a prática aos fins de semana. Costumo treinar em uma pista em Vargem Grande, mas já estou me programando para o Rali dos Amigos, uma das etapas do Rali dos Sertões, no fim do ano“, conta Murilo. O empresário, fascinado por desafios, diz que não se imagina longe de um circuito de rali, onde os imprevistos acontecem a todo instante.
Para a arquiteta Mabel Graham Bell, lazer é acordar antes de amanhecer e, com sua bicicleta, encontrar a equipe de treinos na rua. A rotina dela inclui ainda natação e corrida. Mabel, porém, não pretende ser uma triatleta profissional, quer manter a prática dos esportes para garantir sua dose diária de felicidade e bom humor. “Sempre frequentei academia, fazendo pilates e alongamento, e gostava das aulas de spinning. Há dois anos, comecei a pedalar na rua, com consultoria especializada. Logo depois inclui treinos a natação e a corrida. Hoje, quando não consigo treinar pela manhã, por conta do clima, por exemplo, meu dia não é o mesmo”, conta.
A arquiteta afirma que não tem pretensão de fazer provas de triathlon ironman, mas ela não abre mão dos treinos semanais. “As pedaladas, a corrida e a natação me garantem um jogo de cintura para enfrentar a rotina. Se o fornecedor não entrega, se a obra atrasa, nada é motivo para eu perder o controle. Costumo brincar que sofro de um bom humor insuportável”.
“As pedaladas, a corrida e a natação me garantem um jogo de cintura para enfrentar a rotina.” Mabel Graham Bell Mabel Graham Bell: a arquiteta e as pedaladas nas alturas
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ESTILO DE VIDA
Manuela Vilaseca na Pedra da Gávea: patrocínio de marca de esportes radicais
Desafios são companheiros inseparáveis da empresária Manuela Vilaseca, sócia das lojas de molduras Vilaseca. A carioca, que começou o namoro com o esporte aos 11 anos, praticando hipismo, e 14 anos depois se apaixonou pelos esportes de aventura, é tão competente na administração das lojas quanto na canoagem, na corrida de aventura e no mountain bike.
“Nas provas, geralmente estou sozi-
Mas superação mesmo ela experimentou, em dezembro de 2011, ao completar em primeiro lugar, entre as mulheres, os 160 quilômetros da ultramaratona de La Mission, nos vales e montanhas da Patagônia, no sul da Argentina. Não era uma prova qualquer. Manuela arriscava um resultado pela primeira vez em uma ultramaratona. E foi além da superação pessoal. O resultado chamou a atenção da marca The North Face, uma das maiores patrocinadoras de esportes radicais no mundo. Hoje, Manuela é uma das qua-
forma de enxergar o mundo”
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nha quando preciso tomar uma decisão para contornar uma dificuldade. Isso, sem dúvida, mudou minha Manuela Vilaseca
tro atletas brasileiras patrocinadas pela marca. “O esporte de aventura me deu mais segurança e independência. Nas provas, geralmente estou sozinha quando preciso tomar uma decisão para contornar uma dificuldade. Isso, sem dúvida, mudou minha forma de enxergar o mundo”.
gastronomia
O CHÁ
DA H ORA Das origens chinesas aos sabores universais, a moda do chá revela a trajetória da bebida e o seu paralelo com a História Moderna
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“Seja educado e cortês com todos, mesmo com os mais inesperados forasteiros. Se ele estiver com sede, dê-lhe uma xícara de chá” Confúcio
Os moais, ícones da Ilha de Páscoa, inspiração para os ovos de chocolate de Jacques Génin
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Divulgação
gastronomia
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nfusão, maceração, tisana, poção. Quanta magia não existe em uma taça de chá? A ciência explica algumas delas, com propriedades que, mesmo ancestrais, integram nosso dia a dia e chegam até à nossa rotina contemporânea dos restaurantes, onde, cada vez mais, o café está sendo substituído pelo alívio acalentador e digestivo de um chá feito na hora. Alguns deles, como os de limão, de tangerina ou do badaladíssimo oolong “olho do dragão” chegaram ao CasaShopping, no rastro do menu do P.F. Chang’s. A lenda é belíssima. Um nobre chinês descansava junto a um arbusto do sol inclemente de 30 séculos atrás. Uma folha desprendeu-se e, candidamente, repousou sobre a água quente em sua xícara. O resultado dessa história improvável é o chá, que ganhou do imaginário popular uma origem tão lírica e onírica quanto a relação dessa bebida com o homem ao longo da história. Mais do que a infusão da erva Camelia sinensis, o chá tornou-se um conceito, que chega às nossas mesas com toques saborosos de história, tradição e propriedades terapêuticas.
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Chá de hibisco de Andrea Tinoco. Na foto maior, chás digestivos viram tendência nos restaurantes cariocas.
Pedro Mello e Souza
Necessidade e requinte É comum, no ocidente, associar o chá aos chineses e, principalmente, aos japoneses, que guardam especial autoridade no rastro dos mistérios da cerimônia do chá. Mas a bebida surgiu como consequência do avanço da civilização, que contaminava as águas dos rios. Fervê-la era a necessidade; aromatizá-la, o requinte.
“Uma folha desprendeu-se e, candidamente, repousou sobre a água quente em sua xícara”
A própria expressão “chá” vem da China. Uma das diversas ervas usadas para perfumar a água quente era descrita pelo ideograma 茶,que os portugueses interpretavam como “teá”. A transliteração para o inglês veio do batismo da planta por Lineu, que a definiu, inicialmente, como Tea sinensis, que os ingleses tomariam para consagrar a expressão tea.
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Das estepes ao chá das cinco Assim o chá espalhou-se pelas estepes até tornar-se uma das bebidas favoritas dos mongóis e, depois, dos russos, que imprimiram personalidade própria à história com a criação de belos aparelhos para água quente, conhecidos como samovares. Graças às rotas dos mercadores, uma delas a do improvável Marco Pólo, um chá forte e açucarado é, até hoje, símbolo de hospitalidade em todo o mundo árabe.
Marcas como a Twinings e casas como a Fortnum & Mason, na Inglaterra, o Fauchon, na França, e, recentemente, a Tee Gschwendner, da Alemanha, tornaram-se referência no mercado da degustação da bebida com status compatível com o de um Lafite-Rothschild para os vinhos. Todas elas já estão no Brasil, que conhece o chá desde 1812. Era o ápice da relação comercial entre portugueses e ingleses. A primeira muda da planta vingaria no Rio de Janeiro, no solo do Jardim de Aclimatação, futuro Jardim Botânico. As matrizes desenvolvidas ali até 1924 seriam distribuídas a agricultores de Minas Gerais, São Paulo e do Sul (Paraná e Santa Catarina). Cinquenta anos depois, o chá brasileiro ganharia identidade própria e arrebataria a medalha de prata na feira de Viena, perdendo somente para os produtos chineses. Nada como um chá para comemorar.
Pedro Mello e Souza
Bules e xícaras da mais fina porcelana seguiram de Portugal para a Inglaterra, na bagagem de Catarina de Bragança. Prometida ao rei Carlos II, ela levou a novidade à corte inglesa, lançou a moda do chá das cinco – alternativa a um almoço que ainda não fora inventado – e tornou-se plataforma de lançamento de sua degustação por toda a Europa. Após cruzar o Atlântico, o chá foi objeto de revoltas na Boston do século XVIII. A famosa Tea Party, descrição irônica da
revolta das colônias contra a taxação inglesa sobre a erva, foi o estopim para a independência dos Estados Unidos.
Kit de chás da Tealosophy, em Buenos Aires. Na próxima página, o serviço de chá indiano do Sawasdee e os pirulitos de chá verde, de Ferran Adrià. No prato, as folhas de chá Oolong prontas para infusão.
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Francesc Guillaumet
Pedro Mello e Souza
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Assam Um dos chás mais comuns do mundo, é denominado a partir de sua região de cultivo, a província de Assam, na Índia, logo abaixo da fronteira com o Butão. Tem cor, corpo e sabor um pouco mais fortes do que o chá tradicional e tornou-se um dos favoritos do high-tea inglês. Na Fortum & Mason, em Londres, a bela lata de 125 gramas, com a indicação da Coroa Britânica, sai pela bagatela de 20 libras. Dei De 茶, mesmo ideograma que, genericamente, identifica o chá entre os chineses e os japoneses. A China é tida como o berço biológico do chá – e a Dinastia Chang, há 3.500 anos, a origem de seu uso sanitário, estimulante, farmacológico, medicinal e, por via do hábito, alimentar e cerimonial. Tchai Interpretação de чай, forma pela qual os russos, belarusos, ucranianos e chechenos se referem ao chá, que consomem durante praticamente todo o dia e todas as refeições, gerando uma demanda que levou a antiga União Soviética à condição de maior produtora mundial da mercadoria.
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Per-Anders Jorgensen
gastronomia
Sorvete de camélias, o chá e a flor, do restaurante Mugaritz.
Mastruz Folha da família do agrião, que integra chás que aprimoram a respiração, o olfato e o paladar. Camomila Infusão de folhas de camomila, famosa por suas propriedades calmantes. A fórmula da infusão vem sendo explorada pelos chefs modernos, que aplicam o sabor suave da folha em molhos doces, tal como faziam os beduínos, que aromatizavam com a essência da planta as suas coalhadas e iogurtes. Carqueja Menos pelo sabor e mais pela fama terapêutica, por ser considerado um tônico hepático e um breve contra a tensão arterial.
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Oolong Do mandarim wu long, dragão negro. Variedade de chá cujas folhas escuras são fermentadas de forma a proporcionar cor, aroma, sabor e corpo peculiares e festejados. Considerada por muitos como o melhor chá existente, supera o ‘oolong’ chinês por fermentar por mais tempo. Algumas notas de degustação registram aromas de pêssegos, coerente com a sua cor âmbar claro.
Uma linha do tempo com a história do chá pelo mundo.
crônica gulosa
Zelig e A gula
Wair de paula Jr.
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embrei-me do filme de Woody Allen, cujo personagem principal é um homem que muda física, social e intelectualmente ao longo de sua história, de forma ora poética, ora cômica, mas sempre inexplicável. Personagem fascinante, é praticamente uma parábola sobre como lidar com as diferenças, simplesmente aceitando-as ou fazendo parte de novas culturas, absorvendo-as em todos os sentidos. Eu talvez tenha uma certa inveja desse personagem, pois creio que procuro comer pratos de algumas regiões para me tornar “um deles”. Peço acarajé, caruru e efó para me sentir baiano – e um pouco de baianidade sempre é bom. Galinha com quiabo para me sentir mineiro, torta capixaba para me sentir capixaba, e pato no tucupi para me sentir paraense. Consumo tzatziki e moussaka para sentir-me grego, 170 MAGAZINE CASASHOPPING
e devoro tapas com goles de Tio Pepe para sentir-me espanhol. Faço – e como, claro – altas panquecas com manteiga derretendo em seu topo e grossas camadas de maple syrup para me sentir um norte-americano nos domingos de manhã, e na mesma noite providencio um borscht como se fora do leste europeu. Peço quibe cru e como-o como um típico libanês, e me sinto um perfeito judeu ao consumir guefilte fish ou kasha, o delicioso trigo sarraceno. Traço uma fritada de aratu como um pernambucano arretado, da mesma forma como estraçalho caranguejos em bárbaro ritual. A dupla vodka+caviar me torna um autêntico russo e, dependendo do grau etílico, sou capaz de recitar algum poeta russo na língua original. Delicio-me com um tajine de cordeiro como se marroquino fora, e anseio por grandes e dulcíssimos figos turcos secos como se tivessem sido constantes desde minha infância.
Uma pasta cacio e pepe (ou um spaghetti à carbonara) é capaz de fazer surgir em mim um empedernido italiano discutindo a origem da receita com pormenores e gestos típicos, assim como um cassoulet bem feito levanta meus brios franceses. Allons enfants... Uma porção bem fornida de moules me faz discutir Tintin, o famoso personagem belga, com a certeza de que lá nasci. Saboreio cada sabor do potente kimchi coreano, e procuro me lembrar se é igual à “minha” receita de família... e sou capaz de ingerir quantidades homéricas de sangrita e de tequila como qualquer mexicano. E o meu arroz de pato – com Amália Rodrigues cantando ao fundo – me força a matar as saudades da terrinha em que não nasci com talagadas de amarguinha.
Cada vez mais acredito que a gastronomia é uma forte expressão cultural e que, através dela, podemos dizer muito de uma sociedade ou de um núcleo familiar. Provavelmente por isso, estranho quando alguém faz uma viagem para um lugar bastante diferente e não ousa provar da culinária local. Provar da comida de outrem é pertencer, nem que por parcos momentos ou dias, daquele núcleo, daquela cultura, é compartilhar conhecimentos pelo quociente “sabor”. E manifestar, através deste, a capacidade de entender e absorver uma nova cultura, eliminar as diferenças compartilhando-as. Afinal, somos todos iguais neste mundo. Exceto Angelina e Brad, mas estes não são deste planeta. www.cronicasgulosas.blogspot.com.br
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marca forte A grife mais emblemática da moda francesa resiste ao tempo – e às mudanças Iesa Rodrigues | Fotos: Marina Sprogis
“E o que fez nosso jovem Christian Dior? Um desfile com saias godês enormes, casacos de alfaiataria ajustados, ultrafemininos. Roupas que gastavam 40 metros de tecidos, para seduzir as mulheres a esquecerem os macacões de operárias e os sapatos de solado de madeira impostos pelas restrições da guerra.”
No alto, looks do auge do trabalho de John Galliano, com makes a cargo de Pat McGrath. E a fachada da butique na Avenue Marceau, em Paris
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omo sempre, a história começa com um desvio típico de contos de fadas. O jovem Christian Dior, nascido em 1905, deveria ser diplomata, pela vontade do pai, que era vendedor de adubos. No que saiu de Granville, cidadezinha na Normandia, e chegou a Paris para estudar, o garoto caiu no circuito das artes plásticas e se destacou por desenhar roupas. Logo, chamou a atenção de um empresário da tecelagem Boussac, que garantiu o capital para a abertura do ateliê em 1946, em pleno traumático pós-guerra, quando a Europa mal se aguentava em pé, econômica e socialmente.
A embalagem e o frasco do Miss Dior demonstram a coerência com a moda, através do padrão pied-de-poule. Na página ao lado, Marc Bohan e a corrente psicodélica dos anos 60, que ele adaptou às licenças da grife
agenda. Além de competente como homem de moda, Dior criou um sistema de royalties, para evitar que deixasse de faturar com as cópias nos Estados Unidos. Investiu na perfumaria, com frascos coerentes com as roupas – o Miss Dior clássico tinha embalagem com padrão pied-de-poule, frequente nas suas roupas.
E o que fez nosso jovem Christian Dior? Um desfile com saias godês enormes, casacos de alfaiataria ajustados, ultrafemininos. Roupas que gastavam 40 metros de tecidos, para seduzir as mulheres a esquecerem os macacões de operárias e os sapatos de solado de madeira impostos pelas restrições da guerra. Com esta coleção, ele conquistou o maior mercado consumidor, os Estados Unidos. As editoras americanas batizaram os modelos de New Look, e mesmo que tenham sido vendidos poucos exemplares do famoso tailleur Bar, o autor se consagrou como o grande costureiro da época.
Novos tempos
Dali em diante, as atrizes de Hollywood queriam ser vestidas por ele, as colunáveis disputavam horários na sua
Esta foi uma década de renovação, de uma geração que revolucionaria o mundo civilizado. A juventude que tomou
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Dior morreu na Itália, em 1957. Para garantir a continuidade da empresa, foi contratado um jovem tímido, de 22 anos: Yves Saint-Laurent. E o que fez nosso YSL na Maison Dior? Em 1958, apresentou a coleção Trapézio, uma linha de vestidos geométricos, de formas retas. Que mal revelavam as formas do corpo, exatamente o contrário do que criava o estilista original da marca! O sucesso foi tanto, que o garoto se apavorou com a repercussão, entrou em depressão e abandonou a Dior.
as ruas também se instalou na moda e lançou as marcas do prêt-à-porter, de marketing incipiente graças, em parte, a livros como O meio e a mensagem, de Marshall McLuhan. Esta era a arma de novos criadores como Pierre Cardin, André Courrèges e Paco Rabanne, que contestavam as regras de elegância das maisons de alta-costura. Com eles, Yves Saint-Laurent também voltava ao trabalho, abrindo sua marca, com inspiração na moda de rua de Paris. Não foi uma década fácil para as maisons estabelecidas, como Chanel e Dior. Mas enquanto Gabrielle Chanel esbravejava contra o jeans, a Dior seguia faturando com seus perfumes e a moda entregue a Marc Bohan, um dos estilistas da casa. Para todos – Para permanecer no topo das grandes grifes, a moda francesa devia mudar. Já havia derrubado a italiana, mas os americanos começavam a incomodar, com a força das revistas de moda que lançavam nomes como Calvin Klein e Ralph Lauren. Sem falar no jeans, que deixava de ser peça de rancho e virava item sofisticado.
A saída foi a licença. Todas as marcas assinaram contratos com fabricantes de vários países – inclusive com o Brasil –, autorizando o uso da grife em artigos tão diversos quanto colchões e chaveiros, itens que nunca haviam feito parte das coleções originais. Uma estratégia que desencadeou boas vendas, mas comprometeu o nome das licenciadoras. Nos anos 80, a Dior ainda tentou ir mais longe. Em desfiles que duravam mais de uma hora, Marc Bohan apresentava modelos adaptados a clientes de todas as regiões do planeta. Esta globalização desvalorizava a imagem da marca, já que as coleções sequer tinham coerência de estilo. Volta por cima – Mesmo com os tropeços, Dior era um nome forte. Bernard Arnault, executivo de um grupo de bebidas de luxo – champanhes Moët & Chandon e conhaques Hennessy –, decidiu investir na Maison. Foi o toque de Midas não só para a Dior como para toda a moda parisiense: os anos 90 marcaram o estouro da volta ao luxo, palavra que andava banida do consumo desde as eras hippies e yuppies, seguidas pelo minimalismo japonês.
“Mas enquanto Gabrielle Chanel esbravejava contra o jeans, a Dior seguia faturando com seus perfumes e a moda entregue a Marc Bohan, um dos estilistas da casa. ”
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Gianfrancesco Ferré: As blusas de organza branca (1 e 2) eram pontos fortes nas coleções assinadas pelo italiano. Seu estilo era mais sóbrio, com modelos em preto e branco (3). Ferré nos agradecimentos no final de um desfile (4). Em uma das últimas coleções para a Dior, o macacão de crepe com casaco de vison violeta (5). Princesa Diana portava sua bolsinha Lady Dior nos eventos oficiais (6), na época em que Galliano vestia estampa de jornal com notícias dele (7) mesmo
Arnault convocou o italiano Gianfranco Ferré para substituir Marc Bohan. Motivo de grande revolta local, já que na época não se admitia uma maison francesa com autor que não fosse francês. Resultado: muita publicidade em torno da mudança e coleções elegantes que trouxeram as plateias de volta às salas de desfiles durante as semanas do prêt-à-porter de Paris.
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Triunfo e polêmica – Ferré reinou nos ateliês Dior de 1989 até 1995. Porém, ter um trabalho feminino e elegante era pouco para os objetivos de Bernard Arnault. Ele precisava provocar mais notícia para recuperar o prestígio da moda francesa. Para tanto, recorreu ao talento de alunos recém-formados na St. Martin, escola técnica (até hoje, sem graduação universitária) de Londres. Convocou Alexander McQueen para a Dior e John Galliano para Givenchy, grife que também já fazia parte do grupo então acrescido da Louis Vuitton. A reação por serem dois ingleses em casas com tanta tradição francesa já foi menor do que nos tempos de Ferré. Em 1997, houve a troca de criadores, Galliano assumiu Dior, McQueen passou para Givenchy. A butique na Avenue Montaigne, aberta em 1946, foi renovada. Os acessórios ganharam mais espaço, a Princesa Diana se encarregou de consagrar a bolsa com o logo pendurado nas alças, modelo Lady Dior. Mas foi nos apoteóticos desfiles que Galliano mostrou trabalho e transformou a marca em sensação. Looks imitando mendigos, gueixas, camponesas, indianas, jeans rasgados, maquiagens assinadas por Pat McGrath que deixavam irreconhecíveis modelos, como Gisele Bündchen e Linda Evangelista, chegaram a irritar o poderoso Bernard Arnault. Era muito gasto, para relativamente poucas vendas. O que fez 176 MAGAZINE CASASHOPPING
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Galliano? Levou uma bela coleção de inspiração militar, com grandes pantalonas, vestidos armados e Gwyneth Paltrow na fila A para o exíguo espaço com escadarias da butique na Avenue Montaigne. A visão das convidadas e das editoras sentadas nos degraus convenceu o executivo a voltar aos desfiles com passarela. A essa altura, além das coleções e de tentar adivinhar quem eram as modelos de rostos maquiadíssimos, a maior sensação dos shows era... o próprio Galliano! Sempre caracterizado, eternamente bronzeado, cheio de apliques no cabelo, o designer percorria sozinho a passarela, depois de alguns segundos de sala escura. A plateia gritava como se visse um rock star. Enquanto Galliano vivia essa glória, Hedi Slimane se destacava como um revolucionário na moda masculina da Dior. Homens jovens, esguios e fora dos padrões musculosos da época vestiam roupas ajustadas e escuras.
Aparentemente, não era um sucesso comercial. Mas com seu jeito rock’n’roll Slimane convenceu os homens a revalorizarem a alfaiataria e os ternos, bases da roupa masculina mais do que tradicional. Decisões importantes – Infelizmente a fama costuma subir à cabeça, um chavão confirmado no caso do jovem estilista inglês que reinou de 1997 até 2010 na Dior. O cara normalmente calmo e gentil, que fazia questão de agradecer às modelos que participavam de seus shows, como acontecia com a então novata brasileira Raica Oliveira, perdeu a linha em um café parisiense e xingou frequentadores judeus e asiáticos. Às vésperas da semana de moda de março, quando seriam apresentados os luxuosos casacos de pele para o inverno 2011, Galliano foi demitido sumariamente pelo mau comportamento em público.
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“Raf Simons estreou em meio a discussões sobre como um minimalista daria conta de um estilo que já havia exigido 40 metros de tecido para fazer uma saia.” O belga Raf Simons traz para a grife Dior uma aura minimalista que se reflete nas campanhas. Como na imagem da bolsa Lady Dior, ao lado da modelo de preto, com sombras projetadas no fundo
Brilhos, musas e esportes competem com a tendência retrô que anda dominando os acessórios. O mundo da moda tremeu. O que aconteceria com a Dior, quem seria o diretor de criação, quem substituiria o genial John Galliano? Bill Gayten, assistente de ateliê na maison, assumiu o posto. Fez boas coleções, atento aos arquivos da casa, com um estilo um pouco anos 60, algum pied-de-poule, saias em comprimentos elegantes – em resumo, bastante comercial, atraente para as consumidoras. E o que fez Bernard Arnault? Em busca de comentários mais empolgados, trocou o criador. Deixou Bill Gayten por conta da grife John Galliano (que também saiu das mãos do dono do nome) e contratou um mestre do minimalismo, o belga Raf Simons que, desde 2005, reinava absoluto na grife Jil Sander. Se o antigo e lendário noticiário de TV, Atualidades Francesas, ainda existisse, certamente estaria dando o mesmo espaço de sempre às reviravoltas da Dior. Afinal, atualmente a empresa é uma subsidiária do LVMH, em 178 MAGAZINE CASASHOPPING
vez de uma simples integrante do maior grupo do luxo do mundo. E a França considera a moda como setor estratégico, assunto dos Ministérios da Cultura e da Economia. Raf Simons estreou em meio a discussões sobre como um minimalista daria conta de um estilo que já havia exigido 40 metros de tecido para fazer uma saia. Desde 2012, o belga aparece discretamente para as palmas nos finais dos desfiles. Sem a euforia do rebelde inglês, a discrição compensada pelos cenários espetaculares montados em uma tenda no centro de Paris, ele mostra coleções que combinam cores fortes e tecidos metalizados com a clássica alfaiataria dos tailleurs da era New Look. As bolsas Lady Dior continuam disputadas, há um prédio de 1.800 metros quadrados com fachada do arquiteto Peter Marino para a butique, em Taipei (Taiwan), os perfumes se multiplicam em novas versões da imbatível Eau Sauvage e do delicado Miss Dior. Mais do que um conto de fadas, já que ainda nem terminou para ter um final feliz, a Dior resiste a guerras, depressões e escândalos, que só aumentaram o prestígio da maior grife parisiense. Ou melhor, do mundo, já que a moda de Paris ainda lidera o ranking fashion. Dior parece mais uma lenda de mitologia grega, como a Fênix, o pássaro que ressurgia das cinzas. Aguardemos mudanças e mais surpresas no elegante universo da maior representante do luxo no planeta.
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London and L on don A cidade sob o ponto de vista de uma cantora brasileira Paula Acosta
Londres do século XXI: um mix irreverente de tendências, etnias, ritmos, cores, luzes e sabores. É o retrato atual de uma cidade que irradia moda há dois séculos e que contrapõe o seu turbilhão de novidades à sua tradicional imagem monárquica, sisuda, palaciana.
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sse lado contemporâneo da capital britânica ganhou um roteiro pop, na visão da cantora anglo-brasileira Nina Miranda. Ao trabalhar com artistas de vanguarda, como Marisa Monte e Bebel Gilberto, Arto Lindsay e Sly & Robbie, ela mostra um retrato da cidade, com impressões, dicas e opiniões sobre a cidade e como degustá-la com a intimidade de quem a conhece por dentro.
pela Jamaica, quando eles moravam nas redondezas. E quem vem por essas bandas é bem capaz de esbarrar com o filho ou neto dele que vivem no local. “Foi ali também que exilados Caetano Veloso e Gilberto Gil moraram e se inspiraram para gravarem algumas de suas belas canções”. Quando a fome bater, a cantora indica falafel, comida vegetariana e jamaicana nas ruas ao redor.
Marley, Gil, Caetano e Portobello A visita a Portobello Road (metrô: Notting Hill ou Ladbroke Grove) é uma das escalas dos roteiros tradicionais do turismo londrino. Mas Nina Miranda dá o seu testemunho de cantora e as dicas do insider para curtir a região, palco do filme Notting Hill e cenário de um dos mais vibrantes pontos de encontro da classe artística londrina: “Sexta-feira e sábado, na Portobello Road, rolam os famosos mercados de usados e antiguidades. São feirinhas muito coloridas, vibrantes, com o swing dos anos 60 e 70 e música saindo de todos os cafés e barraquinhas. Nos diversos brechós, muita coisa antiga, com preços para todos os bolsos e muitos astros do cinema e da música experimentando calças com cheiro de mofo e uma etiqueta de 400 libras”, diz Nina.
Alternativos A vida de músico em Londres leva a roteiros alternativos: Há o The Marathon (metrô: Chalk Farm), uma loja que vende kebabs – sanduíches feitos com um pão árabe recheados com carne de cabra e salada – e que acabou virando um ponto de encontro para a turma da música. “É uma dica para quem curte um programa mais alternativo, bem easy, nem um pouco sofisticado: um lugar onde se vendem umas garrafinhas de cerveja e pratinhos de comida. Há umas poucas mesas cobertas com toalhas quadriculadas, mas, às vezes, pode calhar que o companheiro da mesa ao lado tenha exagerado com o álcool. Os outros clientes ficam em pé, nos fundos sob uma luz meio avermelhada para assistir ao jazz de uma jam session improvisada”, explica Nina.
Segundo a cantora, é normal ver novos estilistas e designers que garimpam por ali. Andando pelo mercado de Portobello, penso sempre em Bob Marley, que vinha aqui com a sua namorada Cindy Breakspear, ex-Miss Mundo
Alice by Temperley, um dos ícones de Notting Hill
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“Sexta-feira e sábado, na Portobello Road, rolam os famosos mercados de usados e antiguidades. São feirinhas muito coloridas, vibrantes, com o swing dos anos 60 e 70 e música saindo de todos os cafés e barraquinhas”
Nas vizinhanças, há ainda o Marine Ices, um restaurante italiano simples, mas com os melhores sorvetes de Londres. Para quem vai de dia naquelas redondezas, vale visitar o Primrose Hill, um pequeno e belo parque ao lado do Zoo de Londres e onde artistas como Jude Law e Gwyneth Paltrow têm suas casas. “É uma área chique e cara de Londres, cheia de cafés e bons gastro-pubs, com cozinhas de boa qualidade, como The Lansdowne e The Engineer”, indica a cantora. Às margens do rio A caminhada com os amigos às margens do rio Tâmisa é uma das indicações de Nina Miranda para se sentir um autêntico londrino. Para isso, ela sugere uma das atrações da moda na cidade, o South Bank, que significa, literalmente, margem sul. Ali foi construído o Southbank Centre (metrô: Waterloo ou Embankment), um grande espaço cultural que oferece ao público exposições, shows de variados tipos de música, espetáculos de dança, eventos de literatura. “A atividade mais cult é a programação de filmes de arte do BFI (British Film Institute). Estive lá com amigas e ainda jantamos depois no restaurante do local, que tem uma cozinha deliciosa, mas é possível também só beliscar ou tomar um drinque no bar chique em que rola uma ótima trilha sonora com DJ às quintas-feiras”, ela sugere. 182 MAGAZINE CASASHOPPING
Arte na Kenwood Para o programa cool em torno da arte, a indicação é o Kenwood House, um palacete do século XVIII, transformado em galeria de arte que conta com obras como um autorretrato de Rembrandt e “A tocadora de violão”, de Vermeer: “A casa é deslumbrante e conta com um parque imenso, esplêndido, com direito a um lago cheio de cisnes. Veem-se pouquíssimos turistas, pois como a entrada é franca, o lugar não é muito divulgado”, conta Nina. O acesso mais fácil ao local é o metrô (estação Hampstead) e, no verão, são organizados shows ao ar livre seja de música clássica ou popular. “As pessoas fazem piqueniques, a atmosfera é muito agradável. Uma dica especial é um pequeno restaurante nas proximidades, onde serve-se um bufê delicioso, com direito a uma tortinha de nozes ou iogurte com frutas vermelhas, imperdível”.
Acima, o Tate Modern, templo da arte contemporânea em Londres. Na página ao lado, o Kenwood House: galeria de arte com grandeza de museu. Abaixo, detalhe da diversidade do mercado de Portobello
Para o programa cool em torno da arte, a indicação é o Kenwood House, um palacete do século XVIII, transformado em galeria de arte que conta com obras como um autorretrato de Rembrandt e “A tocadora de violão”, de Vermeer Diversão e arte Londres com os filhos é uma situação que Nina Miranda entende bem. Para ela, quem passa as férias na cidade com a família e pensa duas vezes antes de ir a um museu por causa das crianças, a dica é o Tate Modern (estações de metrô Southwark ou Blackfriars). “É um lugar fascinante até para quem não aprecia as artes plásticas”, comenta ela. “É tudo tão bem explicado e organizado que mantém o visitante atento e distraído, seja pelos documentários e as obras de videoarte, seja pelas atrações das cafeterias e das lojinhas.” Para os filhos, Nina indica o Turbine Hall, um espaço enorme, à entrada principal do museu, onde são colocadas as grandes instalações, em torno das quais os pequenos podem correr e pular à vontade. Até um piquenique discreto é permitido. Dentro das galerias, os guardas – jovens simpáticos vestidos com modernas roupas cor de laranja – são vigilantes e não deixam a criançada botar nada fora do lugar. No foyer do primeiro andar, tem ainda uma parte dedicada às crianças com livros, brincadeiras, papel e lápis.
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viagem Mais tradicional, tranquilo e também ótimo para as crianças é o Tate Britain (Metrô: Pimlico, Vauxhall ou Westminster). Nos fins de semana, são oferecidos a elas materiais para colar, cortar e construir suas próprias obras de arte. “E a boa notícia: é de graça!”, completa Nina. Baixo Gávea inglês Perto de Leicester Square tem o Soho, um bairro mítico, com muito movimento e pontos de encontro que ficam abertos até de madrugada, como o Bar Italia. “É uma espécie de Baixo Gávea para terminar a noite, só que sem álcool”, comenta Nina. Mas ela indica também o Chinatown, nas redondezas para comprar uns mooncakes ou outras tortinhas chinesas, em vez de se deixar seduzir pelo charme visual dos inúmeros restaurantes de comida, quase todos eles turísticos e de baixa qualidade. Já na Greek Street localiza-se o Ronnie Scotts, uma casa de espetáculos que existe desde 1959, por onde passaram alguns dos maiores nomes do jazz. Ali, Nina assistiu a um dos últimos shows do Baden Powell e acompanhou o cantor Chico César para assistir a Airto Moreira e Flora Purim. “Esse club tem as paredes cobertas por retratos de todo o mundo que lá já se apresentou, o espaço é confortável, mas devo avisar que a comida não é boa, ainda que diante de um bom show não se dê tanta importância a esse detalhe”, explica Nina.
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A noite cai... Se a música é um dos pilares da cultura pop londrina, um roteiro de casas noturnas torna-se indispensável. Nina Miranda sugere o Jazz Café, em Camden Town (metrô: Camden Town). Excelentes grupos de jazz se apresentam lá, com direito a show de abertura e atração principal. “Já assistimos a fantásticos concertos de Roy Ayres, Ed Motta, Seun Kuti, Sly and Robbie, Azymuth, Tania Maria, entre outros”, comenta Nina. Nos fins de semana, depois dos espetáculos, os DJs entram em ação e o lugar se transforma em boate. “O Jazz Café não é como um daqueles jazz clubs onde tudo é muito sério, silencioso. Isso porque os ingleses começam a beber, dançam, gritam e até soltam seu lado latino, tornando-se amigo inseparável do ilustre desconhecido ao lado, com direito a “I really love you, mate, you know?” Isso é que é amar Londres...
Ao lado, o comércio de rua de Portobello, em Notting Hill O Jazz Café, em Camden Town: onde os artistas de Londres dançam e se soltam
O S ATI VOS DO MERCADO Um panorama dos mercados de Londres Maria Eduarda Padilha
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ondres é das cidades mais democráticas do mundo. Não só por sua imensa quantidade de imigrantes, que hoje chamam a cidade de casa em tantas línguas, credos e cores, ou pela vasta variedade de culturas e opções. É difícil não ser agradado pela cidade da rainha que, apesar de tão diversa, consegue ser também tão popular. Por aqui não há praia, mas é nos mercados de rua que os opostos se encontram. Barraquinhas tomam vias e becos nos fins de semana e, ali mesmo, no meio da rua, franceses barganham um precinho com árabes, africanos, e alemães trabalham lado a lado, ingleses cozinham para indianos e brasileiros; bem, os brasileiros fazem compras enquanto os japoneses fotografam tudo. Tem para todos os gostos, de barraquinhas de kebab a relógios do tempo do ronca. Por lá passam punks com o cabelo pintado de azul às senhoras mais elegantes que você já viu. Todos, sem dúvida, encontram alguma coisa que os agrade.
Em diferentes áreas da cidade, por vezes focado só em comidas, roupas, flores ou tudo junto e misturado (e nesse caso o cheiro de curry no seu vestido novo pode ser inevitável), os mercados de rua são alegres, divertidos, descolados e versáteis. Ou seja, a cara de Londres e imperdíveis! Está com viagem marcada para Londres? Então encaixe estes passeios no seu cronograma: Borough Market Focado em comida e, portanto, o meu favorito. No Borough Market, você encontra de raclette ou doces árabes a frutas e trufas frescas. Pratos de todo canto do mundo, muitas vezes preparados ali mesmo, para vegetariano, carnívoro, natureba ou junky nenhum botar defeito. Se você gosta de comer bem, esse é o seu lugar! • 8 Southwark Street, SE1 1TL • De segunda a sábado, das 9h às 17h. MAGAZINE CASASHOPPING 185
viagem
Old Spitalfields Market De turbantes africanos a casacos de pele, não há quem resista às tentações (e pechinchas!) do Old Spitalfields Market. Este não é o lugar para você que procura uma Chanel vintage, nem de onde vai sair o próximo designer da moda. Mas quem não precisa de bijuterias e roupas baratinhas de vez em quando, não é mesmo? • 16 Horner Square, E1 6EW • Sábados, das 10h às 18h. Columbia Road Flower Market Como já sugere o nome, o Columbia Road Flower Market é um mercado de flores. De todos os tipos, cores e tamanhos, com apenas duas coisas em comum: mais frescas e mais baratas. Cercado por lojas de marcas independentes e lanchonetes, já vale a ida até lá só pelo passeio, mas se você for para comprar, aqui vai uma dica: uma hora antes do fim, os vendedores se livram do que sobrou a preço de banana. • Columbia Road, E2 7RG • Domingos, das 8h às 15h. Broadway Market Esse é do tipo tudo junto e misturado. Localizado em Hackney, o novo bairro da moda, o mercado é um mix eclético de mercadorias de produtores locais a artistas e artesãos. Quer um abajur novo? Tem. Uma tortinha deliciosa? Tem também. Um vintage shop maravilhoso? Tem o Strut (2 Ada Street, E8 4QU), com bolsas Lanvin e jaquetas Chanel por um preço inacreditá186 MAGAZINE CASASHOPPING
vel! E tudo praticamente novo, de duas, três coleções atrás, nada cheirando a mofo. • Broadway Market, E8 4PH • Sábados, das 9h às 17h. Portobello Road Market Você pode dizer que de todos Portobello é o mais manjado dos mercados. Pode ser, mas não pense você que já viu de tudo. Ele está lá desde 1800, mas sempre cheio de novidades. De pôsteres a antiguidades, essa rua, cercada pelas melhores lojas e restaurantes de Notting Hill, nunca deixa a desejar. Suba ela de ponta a ponta (de preferência em um dia de semana, para fugir da multidão) e termine o passeio na Hirst Antiques (59 Pembridge Road, W11 3HN), onde você vai achar joias e bijuterias de todos os tipos, para agradar qualquer um. • Portobello Road, W10 5TE • De segunda a sábado, das 9h às 18h. Covent Garden Market Seja uma cantora de ópera que aglomera senhoras emocionadas ou um mágico que distrai as crianças que passam, sempre há diversão e entretenimento no Covent Garden Market. Apesar de ser cercado por lojas e restaurantes já conceituados, são os sabonetes feitos a mão, cookies caseiros e brinquedos infantis de artesanato que chamam mais a atenção. • 41 The Market, WC2E 8RF • De segunda a segunda, das 9h às 19h.
TENDêNCIA
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Daniele Pennati
ALéM das CINCO
ESTRELAS GRIFES NOS HOTéIS DE GRIFE Saiba quem são os designers que projetam o conforto dos mais badalados hotéis Heloisa Marra
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á imaginou dormir na cama da vovó da Chapeuzinho Vermelho com direito a lobo mau? Ou cruzar com Anna Wintour no café da manhã diante de uma praia particular no Caribe? Não há nada mais fashion atualmente do que um hotel design. Vários deles têm convidado estilistas para incrementar a vida dos hóspedes com um visual que vai do lustre de cupcakes na Maison Moschino ao roupão de zebra criado por Diane von Fürstenberg para o Claridge’s, em Londres, um dos favoritos de Kate Middleton. No mundo inteiro, a moda pegou. Além da Maison Moschino, em Milão, temos o Claridge’s, em Londres, decorado por Diane von Fürstenberg, e o Tortuga Bay Resort, no Caribe, com o toque de Oscar de La Renta. Por aqui, Gloria Coelho também segue a tendência, criando uma atmosfera super trendy nos ambientes do Best Western Plus Arpoador, com inauguração prevista para o fim de 2015.
Fachada da Maison Moschino, em Milão
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TENDêNCIA
Massimo Listri
Dormindo num vestido de baile Localizado em Milão, berço da Moschino, o hotel da grife é uma verdadeira viagem à altura da irreverência de Franco Moschino, que morreu em 1994, e do atual criador da marca, Jeremy Scott, que, no início do ano, surpreendeu a todos com um vestido inspirado no Bob Esponja. O prédio do hotel já foi a estação ferroviária de Monte Grappa 12, que ligava Milão a Monza. A arquitetura neoclássica de 1840 foi restaurada para abrigar 65 apartamentos. Cada um deles faz você se sentir dentro de um conto de fadas. A cabeceira da cama se transforma num vestido de baile encarnado. É um delírio tomar café na mesa com suporte esculpido em forma de xícara. Ou relaxar no quarto decorado com árvores e uma luminária coruja na cabeceira. Os requintes são inúmeros como a colcha feita de pedaços de tecido imitando pétalas de rosas.
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A criação dos ambientes foi de Rossella Jardini e JoAnn Tan. Rossella não está mais atualmente na Moschino e sim na direção criativa da Missoni. Ela batizou os quartos de “O quarto de Alice”, “Zzzzzz”, decorado com móbiles em forma de Z, “Dormindo num vestido de baile”, e vários outros nomes sugestivos. Na entrada do hotel, luminárias em forma de vestido, as dress lamps, e nuvens fazem o visitante entrar no mundo da fantasia.
Três detalhes que lembram Alice nos quartos da Maison Moschino: a cama de floresta do coelho, a cama com roupa de baile e a luminária dos doces
Eson Lindman Eson Lindman
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Tortuga Bay Resort e De La Renta Localizado numa reserva ecológica de 1.500 acres, Punta Cana, repleta de praias paradisíacas, o resort tem o estilo caribenho com a sofisticação de Oscar de La Renta. O hotel faz parte de um complexo de casas residenciais, que incluem a do estilista, nascido na República Dominicana. Tem 30 suítes divididas em 13 chalés situados em uma praia privativa do Caribe. Cada um possui de três a cinco quartos, com cozinha e banheiro. Oscar fez um tributo à beleza natural da ilha e colocou as cores dela na paleta da decoração, além de mobiliário de madeira e roupas de cama de luxo. Entre seus hóspedes famosos, estão a também estilista Carolina Herrera e a editora da “Vogue” Anna Wintour. Claridge’s Hotel, favorito de Kate Middleton No coração de Londres, no distrito de Mayfair, o Claridge’s é uma referência desde a sua criação em 1850. Muitos membros da realeza já passaram por lá. Desde a rainha Vitória e o Príncipe Albert, em 1860, até Kate Middleton, em 2012. Uma das maiores fãs do hotel é a estilista Diane von Fürstenberg que, inclusive, já produziu coleções inspiradas nele. Hóspede desde 1983, Diane colaborou com o hotel em 2010 desenhando 20 de suas salas e quartos. Entre eles, o de maior sucesso é a Suíte Grand Piano. A decoração inclui cristais de murano, cobertores de cashmere feitos sob medida, tapetes de leopardo e até roupões com estampa de zebra.
Acima, o ambiente arejado de Oscar de La Renta para o Tortuga Bay Resort. Na página anterior, os grafismos de Diane von Fürstenberg no Claridge’s
Uma das maiores fãs do hotel é a estilista Diane von Fürstenberg que, inclusive, já produziu coleções inspiradas nele. Hóspede desde 1983, Diane colaborou com o hotel em 2010 desenhando 20 de suas salas e quartos. Entre eles, o de maior sucesso é a Suíte Grand Piano.
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Reprodução
Best Western Plus Arpoador e Gloria Coelho O Rio de Janeiro vai ganhar o primeiro hotel fashion do Brasil. As formas, cores e texturas que vão reinar no interior de um prédio de 17 andares e 89 apartamentos, em Ipanema, são as desfiladas na passarela da estilista Gloria Coelho. O empreendimento que visa os turistas que chegarão para as Olimpíadas será localizado na Rua Bulhões de Carvalho e tem inauguração no fim de 2015. “Quase fui arquiteta, sou apaixonada pelo tema e tenho ídolos nessa área que me inspiram, como Richard Meier, Richard Rogers e Ruy Ohtake. A moda vai me inspirar para fazer o hotel, assim como a arquitetura esteve presente muitas vezes nas minhas criações. É uma inspiração de duas vias”, contou Glória sobre a nova empreitada.
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Entre as inspirações para a decoração está o futurismo que já pode ser percebido no projeto. O volume de um sapato de salto alto, Glória enxergou similaridade com o pé de uma poltrona de Philippe Starck. As luminárias redondas do teto têm o shape volumoso das golas de tule. Além da paleta de cor ligada ao branco que saiu da passarela e os cabideiros em forma de manequim.
A visão de Glória Coelho para o futuro Best Western Arpoador
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Na era do
design paramétrico As impressoras 3D chegam para revolucionar a rotina do consumidor e são capazes de aproximar o projeto da produção
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arece que ele chegou para ficar, mas se, por acaso, você ainda não ouviu falar dele, muito em breve irá se deparar com o termo “design paramétrico”. A tecnologia que começou a ser desenvolvida como um braço de criação para as indústrias automotiva, aeroespacial e marítima tem sido incorporada por diversos profissionais nas áreas de design e arquitetura. Uma das grandes vantagens na utilização da tecnologia paramétrica aplicada ao design está na modelagem e na fabricação de objetos. Além de permitir ousadias na forma e na customização dos produtos, durante a fabricação ela reduz a perda de materiais e não gera emissão de CO2.
O aperfeiçoamento dessa técnica, chamada também de ‘fabricação digital’, vem crescendo no Brasil gra-
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ças ao aumento da disponibilidade dos equipamentos chamados de Routers CNC (Computer Numerical Control) – roteadoras com controle numérico computadorizado, as chamadas impressoras 3D que possuem corte a laser. Uma das facetas que torna o “design paramétrico” tão fascinante e inovador é a possibilidade de se alterar formas preconcebidas, em tempo real, sem ter que começar tudo de novo a cada alteração. O projetista não precisaria desenvolver um novo arquivo, caso mudasse de ideia quanto à largura de uma gaveta, por exemplo. “É impressionante, o computador mantém tudo interligado. O que produz essa dinâmica é a possibilidade de se criar relações entre diversas variáveis, através de modelos matemáticos, de forma a adaptar uma mes-
Criado-mudo criado pelo sistema paramétrico: apenas três parafusos, pois o sistema de encaixe das peças possibilita que a montagem seja feita com o mínimo de ferragens possível MAGAZINE CASASHOPPING 197
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ma solução projetual a diferentes necessidades específicas, como uma luminária, por exemplo, que poderia ser projetada num tamanho que coubesse em cima de uma mesa pequena. Depois, esse mesmo arquivo seria alterado, redefinindo-a para que coubesse no canto de uma sala” explica o arquiteto Pedro Passos, que estuda o tema há quatro anos, desde que participou de um workshop com professores do Instituto de Arquitetura Avançada da Catalunha (IAAC), na Espanha, e descobriu a possibilidade de dominar e projetar ferramentas digitais e eletrônicas que pudessem fabricar objetos customizados, algo bem comum na Europa.
Produção e tecnologia em quatro etapas, com o desenho e os cortes por máquina de cortar de origem chinesa, controlada por software, que causa um mínimo de perda de material. Na página ao lado, o acabamento com lixadeira antes de aplicar o verniz no móvel, para reduzir a aspereza da madeira
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Segundo ele, a tecnologia veio para causar impacto positivo e direto na vida cotidiana das pessoas, já que o equipamento de origem chinesa Router CNC, embora seja incorporado em diversos campos, está se estabelecendo como excelente ferramenta para produção de objetos de pequeno porte, objetos de uso pessoal, de médio porte, mobiliário, equipamento urbano, letreiros, e de grande porte, como pavilhões temporários, showrooms, grandes painéis para decoração de interiores e instalações artísticas. No entanto, mesmo que essas máquinas estejam se tornando cada vez mais utilizadas internacionalmente, na área de projeto de produtos, no Brasil, ainda é uma novidade. Poucas empresas estão aptas para a manipulação das ferramentas digitais que permitem a customização de objetos com design paramétrico.
“O mercado está preparado para absorver a tecnologia, embora esbarre ainda na falta de informação e de hábitos e na questão cultural, pois a indústria não está habituada a receber pedidos de peças customizadas e os arquitetos não estão preparados para solicitá-las”, diz o arquiteto Wilson Barbosa, que estuda a aplicação da Fabricação Digital no processo de produção arquitetônica com base nas condições brasileiras. “O profissional precisa aprender a projetar de maneira compatível com a possibilidade industrial, assumindo as limitações do processo produtivo. Cabe a ele propor soluções criativas executáveis para a indústria. Claro que ele não vai fazer nada sozinho, ele precisa da contribuição de engenheiros e técnicos”, completa ele, que teve seu trabalho publicado pela Faculdade de Engenharia Civil e Arquitetura (FEC) da Unicamp em 2013. Grande parte da tese fala sobre a importância no encurtamento das distâncias entre a fase de elaboração de um projeto e sua execução, permitindo o estabelecimento de uma conexão muito próxima entre o “projetar” e o “produzir”.
Customização com baixo custo e redução da perda de material são algumas vantagens da tecnologia
A proposta da fabricação digital não só aproxima a projeção da produção, como também permite e viabiliza que o consumidor seja parte do processo desse produto. É o caso da psicóloga paulistana Kika Melhem, de 33 anos, que acaba de fazer sua primeira
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compra de móvel customizado pela Internet. Dentro do site da empresa carioca IU Design, ela mesma fez as configurações necessárias para que seu armário ganhasse dimensões exatas e coubesse perfeitamente na parede do quarto. Feito o pedido via Internet, após duas semanas, o móvel foi entregue pelo correio, na residência da psicóloga, que passou a integrar uma lista ainda seleta de consumidores ávidos por um serviço totalmente novo no mercado brasileiro.
Cores: acabamento em preto, branco e natural, três opções que dão toques de elegância nos mais diferentes espaços, tanto em casa como no escritório. Na página ao lado, o trio de arquitetos da IU Design: César Jordão, Pedro Passos e Fagner Marçal
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Ela não dispunha de tempo hábil para peregrinar em busca do móvel ideal, que coubesse na parede do quarto. Soube do serviço através de uma amiga, entrou no site e viu que era tudo simples. “Fiz meu primeiro pedido de móvel para ser usado como uma sapateira de 0,70m x1,50m. A montagem ficou por conta do meu namorado, que achou bem fácil, principalmente pelo fato de não precisar de ferragens, como dobradiças, por exemplo”, conta a paulistana que, antes de fechar o pedido, contou com ajuda do YouTube e do Instagram da empresa para entender o processo de fabricação do móvel, antecipando a imagem do modelo antes que ele chegasse ao destino final, graças ao empreendedorismo de três amigos arquitetos, impulsionados pelo desejo de revolucionar o mercado. Fagner Marçal, César Jordão e Pedro
“Sempre nos questionávamos se a arquitetura contemporânea estava realmente cumprindo seu papel social. Acreditamos que o aperfeiçoamento da produção de peças geométricas complexas e paramétricas pode reduzir o material desperdiçado no ato da fabricação, o que viabiliza um trabalho mais correto ecologicamente” Passos, formados pela FAU/UFRJ, ficaram amigos na faculdade e partilhavam ideais semelhantes: criar soluções inovadoras e práticas que impactassem positivamente na vida das pessoas. A dupla começou fazendo intervenções urbanas para experimentar um olhar diferente sobre a cidade e seus moradores. “Sempre nos questionávamos se a arquitetura contemporânea estava realmente cumprindo seu papel social”, ressalta o arquiteto Fagner Marçal, que acredita que o aperfeiçoamento da produção de peças geométricas complexas e paramétricas pode reduzir o material desperdiçado no ato da fabricação, o que viabiliza um trabalho mais correto ecologicamente”, diz Fagner. A marca tem apenas um ano e meio e busca parcerias de diversos âmbitos para expandir seu campo de
experimentação no Brasil. Outro detalhe importante na trajetória inicial do trio de amigos foi contar com apoio na fase inicial do projeto. A IU Design é uma empresa integrante da Incubadora Rio Criativo, da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro, e foi patrocinada, na fase de implantação, pela FAPERJ – Fundação de Amparo a Pesquisa do Rio Janeiro, através de seu Apoio à Inovação e Difusão Tecnológica no Estado do Rio de Janeiro. “O protótipo número um da marca é uma estante que pode ser completamente customizada. A criação inclui desde a alteração da altura, largura e/ ou profundidade do móvel, como também a escolha da quantidade de gavetas, portas e prateleiras. Com essas características, ele pode ser transformado em guarda-roupas, cômoda, aparador e, até mesmo, em criado-mudo”, conta o arquiteto César Jordão, que também estuda design paramétrico. MAGAZINE CASASHOPPING 201
Tecnologia
A Internet Será que você quer que ela chegue? Mario Jorge passos
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á alguns meses, parece que foi ontem, um avião da Malaysia Airlines desapareceu. Sem deixar rastros. Em um mundo em que nos acostumamos a saber de tudo o tempo todo pode parecer absurdo. Mas como isso foi possível, ou poderia ser evitado? Ao contrário de muitos de nós, que temos ao nosso alcance, dia e noite, no bolso, na bolsa, no painel do carro ou sobre a mesa um smartphone ou tablet, o avião não era conectado à Internet o tempo todo. A razão mais provável seria o custo. Transmitir informação por satélite é muito caro. Por isso o avião era monitorado apenas pelos radares de terra. Mas o que tem isto a ver com essa Internet das coisas do título, seja lá o que for isso? A Internet of everyting – a Internet de tudo — ou, mais coloquialmente, a Internet das coisas (things) – a sigla em inglês é IoT – pretende que todos os equipamentos – domésticos ou industriais, pessoais ou públicos – estejam ligados o tempo todo à Internet. Para que possamos controlá-los, monitorá-los ou… sermos controlados ou monitorados por eles. Falaremos disso adiante. Do seu relógio de pulso à sua geladeira, passando pelo elevador, carro e… aviões. Grandes, médios, pequenos. Não importa. Tudo terá a capacidade de se comunicar via Internet. Se pensarmos no avião perdido, ou algo bem mais simples – um celular deixado na mesa do restaurante – a ideia parece atraente. Mas se você pensar que cada objeto poderá, sem que você saiba ou tenha controle sobre ele, passar informações a seu respeito para o fabricante, anunciantes, governo ou mesmo criminosos, a coisa passa a ser menos interessante. Apesar de os entusiastas da Net de tudo, como também pode ser chamada, terem explicações bem formuladas e tecnicamente corretas, quem usa equipamentos eletrônicos no seu dia a dia sabe que eles estão longe de ser perfeitos. O que faz prever que qualquer processo de segurança embutido nestes equipamentos será suscetível a falhas e poderá sofrer eventuais invasões. Sem contar no que já pode vir “de fábrica”. O carro informará para quem o fez quantas pessoas andam em média no veículo, que marca de combustível você usa – a bomba de gasolina vai estar conectada e vai “falar” com o carro – e que itinerários você costuma fazer. 202 MAGAZINE CASASHOPPING
E a geladeira? Poderá, sem que você saiba, transmitir para os diversos fabricantes – os produtos terão identificadores eletrônicos – o que há dentro dela, quanto tempo está lá, e até qual a marca e outras características dos outros aparelhos da cozinha, incluindo tal o celular no seu bolso ou bolsa. Ah, e as câmeras de segurança, cada vez mais populares? Se comunicação com bancos de dados infinitos que reconhecerão faces ou mesmo íris, como no filme Minority Report, permitindo que portas se abram. Ou se fechem.
das coisas
Tudo isso soa absurdo? Um filme de ficção científica? Se você lê esta coluna regularmente talvez se lembre há alguns meses falamos sobre o termostato inteligente Nest. A empresa foi comprada pela Google, que a transformou em Nest Labs. Enquanto este artigo era escrito a Nest Labs comprou a Dropcam. Uma fábrica de câmeras de segurança, acessíveis de qualquer lugar com um mínimo de configuração – sim, na Internet das Coisas, tudo se configurará automaticamente. Para em seguida informar que em breve seus termostatos – já então promovidos a “big brothers” domésticos – em breve serão capazes de falar com sua máquina de lavar roupas ou…. seu Mercedes. Não, não é uma piada. Tudo isso ao mesmo tempo em que a mesma Google apresenta o seu carro que se autodirige.
E voltamos ao controle e monitoramento dos equipamentos sobre as pessoas sobre o que falamos antes. O genial físico Stephen Hawking tem declarado repetidas vezes que a humanidade corre grave risco ao dar poder crescente a robôs. Sejam eles apenas programas de computador que controlam seu termostato ou tomam decisões como que voos vão ser cancelados – é fato, não é ficção – sejam eles objetos mecânicos que, como no filme 2001, Uma Odisseia no Espaço, se negam a abrir a porta para um astronauta. Tudo isso dito fica a pergunta inicial: será que você quer que a Internet das coisas chegue ao seu dia a dia? MAGAZINE CASASHOPPING 203
Kitty Paranaguá
clique
sem fronteira Uma volta ao mundo dentro do universo da decoração CasaShopping. Esse foi o desafio do arquiteto Mario Santos ao percorrer o mapa de vitrines do CasaShopping. São peças e acessórios que nos remetem aos estilos de destinos tão distintos quanto o Peru e a Turquia, a França e o brasil, a Indonésia e o Reino Unido. Pronto para a viagem? Aqui, damos a partida com itens internacionais, tanto na influência quanto no padrão.
A Amazônia está no centro de mesa Vitória Regia, de vidro, com acabamento em prata ou bronze, da artista plástica Regina Medeiros. No Gabinete Duilio Sartori.
Escultura Cabeça de Buda, da Indonésia, em resina esculpida e pintada em tons pastel. Na Domme.
Do outro lado dos Andes, a almofada em palha peruana, em verde, vermelho ou colorida. Na coleção da Franccino Giardini.
Na Casa Julio, a Turquia é representada pelo patchwork de tapetes ornamentais antigos, em 16 cores diferentes, que podem ser customizados em qualquer medida.
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Reino Unido na Velha Bahia, com o pufe Antico, de lona de caminhão lisa ou estonada.
Sofisticação à francesa, na Allhausz, com o lustre em metal cromado, vidro e cristal, com cúpulas em veludo cinza.
Mac Móveis cita a Itália na poltrona Istambul Flags em alumínio e acrílico, com assento e encosto revestido de fibra sintética, em várias cores.
Um toque de Índia no City Garden, banco de jardim em madeira natural entalhada à mão, na Rosa Kochen.
Portugal, na Frei Caneca, com a linha de azulejos da Portinari, com padrões misturados para um autêntico patchwork à lusitana.
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arquitetônicas
Evento de Inauguração Mac Móveis fotógrafo:
Ari Kaye
1. Maranhão 2. Artur Fernandes e Maneco Quinderé 3. Emmilia Cardoso e Marilene Galindo 4. Patricia Meza, Tatiana Loureiro, Andrea Duarte, Andrea Zeitune, Gilberto de Souza, Denise Queiroz e Ângela Meza 5. Carla Bellora e Eva Taquechel 6. Patricia Hall, Andrea Zeitune, Guilherme Osborne, Juliana Neves de Castro e Luciana Nasajon 7. Artur Fernandes, Roberta Fernandes, Marcelo Serrado e Jairo de Sender 8. Alexandre Cardim, Marcio Marques, Rodrigo Beze e Fabio Cardoso 9. Flavia Sidéris, Leila Dionizios, Bruna Sidéris e Sophia Galvão 10. Cadas Abranches e Luis Fernando Amorim 11. Artur Fernandes, Marcella Fogaça, Francisco Amorim e Alexia Deschamps 12. Leonardo Pascual e Carlos Mota 13. Ana Paula Violland, Maria Luiza Violland e Artur Fernandes
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Brunch de Inauguração Arquivo Contemporâneo fotógrafo:
Cristina Lacerda
1. Rodrigo e Maria Fernanda Quadrado e Ricardo Tozzi 2. Alessandro Sartore e João Caetano 3. Vera e Sergio Rodrigues e Lígia Schuback 4. Roseli Muller e Poliana Deitos 5. Bernad Ring e Patricia Marinho 6. Bel Lobo e Paula Neder 7. Flavia Marcolini e João Caetano 8. Rodrigo Jorge, Poliana Deitos e Fabio Bouillet 9. Laura Cristina Bezamat, Ivo Wanderley e Laura Bezamat 10. Pedro Moog, João Caetano e Alfio Lisi
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Apresentação da loja Conceito All em tour pelo CasaShopping foto:
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1. Paula Nabuco, Andrea Rudge, Bebel Niemeyer, Marcia Solera, Maria Candida, Viviane Grabowsky, Beth Accurso, Rony Muller, Amanda Antunes e Nir Sirvan
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arquitetônicas
Coquetel de Lançamento da Coleção 2014 - Novo Ambiente fotógrafo:
Mariana Vianna
1. Emmilia Cardoso 2. Eva Bordovsky, Danielle Riley, Marcelle Fragale 3. Jairo de Sender, Salomão Crosman, Luciana Dias 4. Ivan Rezende 5. Claudia Souza Santos e Guilherme Osborne 6. Rosita, Fillipi Sartori, Barbara Machado, Krupp Emerson Araujo e Joy Garrido 7. Amanda Antunes, Emerson Araujo, Lia Paiva e Mariana Dornelles 8. Beth Kalach, Paulo Crosman, Bruno Crosman, Cristina Côrtes e Henock de Almeida 9. Carlos Henrique Herz, Mariana Kimelblat e Liane Michels 10. Beth Portela e Ricardo Melo 11. Joy Garrido, Chicô Gouvea, Patricia Mayer 12. Ursula Castelan, Dalia Tamler e Rafaela Brazil 13. Pedro Useche, Gorete Colaço, Wilson Schuster
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1ª Mostra Quarto Composto – Lançamento Coleção 2014. fotos:
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1. Ana Lúcia Jucá 2. Ana Malta, Marise Kessel e Maranhão 3. Fabio Bouillet e Dani Parreira 4. Flavia e Luiz Paulo Marcolini e Marise Kessel 5. Andrea Chicharo 6. Gisele Taranto e Marise Kessel 7. Paula Acosta e Raquel Salgado 8. Juliana Neves, Nelson Vainer, Carmen Zaccaro, Gorete Colaço e Luciana Nasajon 9. Sophia Galvão 10. Claudia Souza Santos 11. Andrea Menezes, Marise Kessel e Rogério Antunes 12. Marcia Meira e Carmen Zaccaro 13. Marise Kessel e Lila May Bueno
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arquitetônicas
Evento Circuito Destaques 2014 fotógrafo:
Ari Kaye
1. Cristina Côrtes e Monica Kochen 2. Fredy Dodeles e Nelson Vainer 3. Giordano Cacciola e Deborah Wilcox 4. Andrea Zeitune e Lise Tautz 5. Carmen Mouro, Irene Bucksan e Roberta Devisate 6. Leisa Coelho, Marilene Galindo e Francisco Bezerril 7. Francisco Grabowsky e Pamela Dietrich 8. Nir Sivan e Sandra Strauss 9. Taissa Buescu, Gilda Antoniazzi e Roberta Devisate 10. Raquel Stelmann, Lia Paiva e Amanda Antunes 11. Clóvis Alvarenga, Gloria Copello, Guilherme Bezerra, Cacau Dias e Rosangela Mattos 12. Claudio Kamel e Lilia Ricken 13. Monique Granja e Heloisa Cito 14. Julio Arman, Suzana Andraschko e Emmilia Cardoso 15. Artur Fernandes e Roberto Borges 16. Rosa Prado e André Alencar 17. Mariana Fonseca e Gabriel Salatino 18. Carol Hubner e Leonardo Oliveira 19. Fabio Vigorito e Leila Dionizios
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Inauguração do Novo Showroom 2014 - Lançamento Awa Collection - Florense fotógrafo:
Geraldo Valadares
1. Beth Kalache e Eliane Fiuza 2. Adolfo Fuzzinato Jr., Marilene Galindo e Ezio Valente 3. Patricia Quentel e Luiz Fernando Grabowsky 4. Bernardo Santos, Rose Mendonça, Fabio Bouillet, Gilda Antoniazzi, Mário Santos e Claudia Dalmazio 5. Jacira Pinheiro, Carmen Mouro, Adolfo Fuzzinato e Cristina Côrtes 6. Gelson e Roberta Castellan, Paola Ribeiro e Roberta Castellan 7. Rogério Antunes, Paola Ribeiro e Bernardo Schor 8. Gisele Falcão, Ezio Valente e Adriana Falcão 9. Elizabeth Amaral, Mario Batista e Claudia Magalhães 10. Roberta Castellan e Bianca DaHora 11. Gabriela Eloy, Ezio Valente e Carol Travaglini
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MAGAZINE CASASHOPPING 211
arquitetônicas
Jantar de Lançamento da Coleção High Line - Ornare fotógrafo:
Geraldo Valadares
1. Celia Pessoa, Francisco Grabowsky e Stella Lutterbach 2. Esther Schattan, Patricia Brandao e Murillo Schattan 3. Luiz Fernando Grabowsky, Esther Schattan e Guto Indio da Costa 4. Sergio Conde Caldas, Danielle Chaves, Murillo Schattan e Zanini de Zanine 5. Joy Garrido, Pedro Paranaguá, Patricia Mayer e Esther Schattan 6. Juliana Neves de Castro, Denilson Machado e Luciana Nasajon
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Evento de Inauguração Ovoo fotógrafo:
Paulo Jabur
1. Alice Motta, Lenora Lohrisch, Deborah Wilcox, Roberta Devisate, Fábio Bouillet, Natália Paes e Carla Bellora 2. Gabriela Eloy, Carolina Travaglini, Roberta Devisate, Marilene Galindo e Natália Paes 3. Carlos e Inês Vergara 4. Cláudia Damazio, Zanini de Zanine, Gilda Antoniazzi 5. Emerson Araújo e Rosita Krupp 6. Simone Meira, Natália Paes e Rodrigo Botelho 7. Nina Kauffmann, Marlos Fontes e Adriana Terra 8. Marlos Fontes, Adriana Terra e Zanini de Zanine
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212 MAGAZINE CASASHOPPING
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1ª Mostra Q&E Quartos Etc. Momentos da Vida fotógrafo:
Geraldo Valadares
1. Adriana e Gisela Falcão 2. Beth Murtinho, Fernanda Pessoa de Queiroz e Cristina Vasconcellos 3. Bia Lynch, Alessandro Cennachi e Tiana Meggiolaro 4. André Piva, Vanessa Borges e Victor Hugo Paladino 5. Luiz Fernando Grabowsky e Tatiana Lopes 6. Suzana Menezes e Lila May Bueno 7. Laura Bezamat, Glaucia Cennachi e Christina Bezamat 8. Andrea Duarte, Fernanda Mancini e Tatiana Mendes
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Studio Gladys Acosta foto:
Divulgação
1. Leonardo Pascual, Patrícia Carvalho, Lenora Lohrisch, Suzana Vieira, Gladys Acosta, Gilda Antoniazzi e Claudia Damazio 2. Mary Isabel Ramirez, Gladys Acosta, Lady Liz Ramirez e Sophia Isabel Ramirez 3. Fatima Ribeiro, Gladys Acosta, Marina Jaguaribe, Raquel Stelmann, Amanda Antunes e Mell Campello 4. Cristina Cruz, Raquel Stelmann, Claudia Damazio, Nilda Brasil, Elaine Teixeira, Silvia Lima, Gilda Antoniazzi, Juliana Varga e Bruno Masello 5. Ghilhermina Guinle e Carmen Mouro 6. Gilda Antoniazzi e Laura Bonfá Burnier
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MAGAZINE CASASHOPPING 213
vitrine Promoções e preços por tempo limitado. Produtos sujeitos à disponibilidade de estoque. ** Acessórios não incluídos
Revestimento de parede em placas de vegetação permanente. Sete espécies que simulam a natureza. Beleza, durabilidade, praticidade. De R$ 900 o m2 por R$ 730 o m2 em até cinco parcelas sem juros. Preço para folhagem Kiwi. Na By Floor.
Cadeira com braço Barcelona. De R$ 1.151 por R$ 829 à vista ou em quatro parcelas de R$ 245. Na Amazonia Móveis.
Tapete Java Montanha. De R$ 665 o m2 por R$ 632 o m2 em até cinco parcelas iguais. Na Avanti Tapetes.
Colcha de solteiro, mais porta-travesseiro, modelo Corações, 100% algodão. De R$ 249 por R$ 179 em duas parcelas sem juros no cartão de crédito. Na Alfaias.**
Mármore Travertino Bruto 1m x1m, de R$ 519 por R$ 369. Marmoglass 1,20m x 1,20m, de R$ 673 por R$ 493. Mármore Crema Marfil Standard 1,20m x1,20m, de R$ 659 por R$ 489. Limestone Moca Creme/Mont Dorê 1m x 1m, de R$ 637 por R$ 487 em até três parcelas sem juros. Na MGR Marmoraria.
214 MAGAZINE CASASHOPPING
até R$ 1.000
Piso vinílico Sêneca - Clic, incluídos piso e mão-de-obra, sem acessórios. De R$ 145 o m2 por R$ 119,99 o m2 em cinco parcelas iguais com entrada. Na Casa Fortaleza.**
Centro de mesa, da coleção Batucada, de Bruno Jahara. De R$ 500 por R$ 400. Na Conceito All.
Adega climatizada GE Profile, inox 220 volts, com capacidade para 34 garrafas. De R$ 1.399 por R$ 999 em até quatro parcelas sem juros no cheque. Na Celdom. Tapete Hemp com lã, do Nepal. De R$ 1.490 o m² por R$ 990 o m² à vista. Na Casa Julio.
Cotto Realle, da Gardênia Orchidea, medindo 0,33m x 0,33m. De R$ 126,56 o m2 por R$ 31,64 o m2 em até seis parcelas no cartão de crédito (respeitando parcelas mínimas vigentes). Na Ekko Revestimentos.
Puxador Geris Belíssima, em aço Inox 304, acabamento polido e com 1,20m de comprimento. De R$ 591,10 por R$ 514. Na Daflon Soluções em Arquitetura.
MAGAZINE CASASHOPPING 215
vitrine
até R$ 1.000
Assoalho de demolição Sucupira Grigio. De R$ 410,55 o m2 por R$ 361,28 o m2 à vista. Na Parquet Nobre.
Puxador duplo Vita em inox polido (ZPO772), medindo 1m. De R$ 932,10 por R$ 793. À vista com 5% de desconto ou em três parcelas no cartão. Na Ferragê.
Lixeira automática 30l. De R$ 710 por R$ 355 em duas parcelas no cartão. Na Altero.
Mosaico Stella Rerthy. De R$ 178,72 o m2 por R$ 160 o m2 em seis parcelas no cheque ou no boleto ou em três parcelas no cartão. Na Gumos Mix.
Bortolomiol Proseco Superiore. De R$ 88 por R$ 59 à vista. Na Maison des Caves.
Marmoglass white, placas de 1,20m x 1,20m, de R$ 595 por R$ 495 o m2. Mármore Crema Marfil, placas de 1,20m x1,20m, de R$ 695 por R$ 595 o m2. Pagamento em até três parcelas iguais sem juros. Promoção enquanto durar nosso estoque. Na Mármores e Granitos Royal.
216 MAGAZINE CASASHOPPING
MAGAZINE CASASHOPPING 217
vitrine
Conjunto de cerâmicas com três peças. De R$ 473 por R$ 426 à vista nos cartões de crédito ou em duas parcelas no cheque. Na Guilha Decoração.
Simplesmente branco polido, medindo 0,60m x 0,60m. De R$ 184,90 o m2 por R$ 166 o m2 à vista ou em três parcelas no cartão. Na Portobello Shop.**
Estante Rústica. De R$ 920 por R$ 690. À vista com 10% de desconto ou em três parcelas no cartão de crédito. Na Raphis Design.**
Quadro Rio com moldura, medindo 1,10m x 0,50m. De R$ 680 por R$ 540. À vista com 10 % de desconto ou em três parcelas no cartão de crédito. Na RJ Sign.
Tecidos da coleção Sólidos. De R$ 194 o metro por R$ 97 o metro. À vista no cartão ou em cinco parcelas no cheque. Na Orlean.
218 MAGAZINE CASASHOPPING
até R$ 1.000
Cachepot de cerâmica colorida, em diversas cores. De R$ 170 por R$ 130 em qualquer cartão. Na Rosa Kochen.
Orquídea Vanda com raiz em vaso bola de vidro espelhado prata. De R$ 405 por R$ 365 em dinheiro, cheque ou cartão de débito. Na Sempre Verde.
Porcelanato Sonar Vestige. De R$ 358 o m2 por R$ 286 o m2, parcelado. À vista com 6% de desconto. Na Santa Sofia Home.
Revestimento Moving Blue Modern Wall, da Aparici. De R$ 260 o m2 por R$ 155 o m2 à vista ou por R$ 170 o m2 parcelado no catão de crédito ou no cheque. Na Santa Sofia Revestimentos.
Kilim Moroccan em lã e algodão. De R$ 675 o m2 por R$ 540 o m2 em até cinco parcelas no cheque. Na Trama Tapetes.
Adega termoelétrica, com capacidade para 12 garrafas (cód. 409.2640024). De R$ 990 por R$ 790 em cinco parcelas sem juros nos cartões. Na Spicy.
MAGAZINE CASASHOPPING 219
vitrine
até R$ 1.000
Quadro Rio Antigo de R$ 350 por R$ 280 em dinheiro, cheque e cartões de crédito Visa e Martercard. Na Vilaseca Assessoria de Arte.
Linha Tube, com cinco peças (bandeja, pote de algodão, pote para cotonetes, pote para sabonete líquido e pote para escova com tampa) em diversas cores. De R$ 974 por R$ 828 em três parcelas de R$ 276 no cheque, com sinal para 30/60 dias. Na Vallvé.
Panela Wok. De R$ 194 por R$ 129 em até seis parcelas no cartão de crédito. Na Tramontina Store.
Cadeira Masters, do designer Philippe Starck, Original Kartell. De R$ 1.392 por cinco parcelas de R$ 199 enquanto durar o estoque. O valor se refere à compra de quatro peças (pedido mínimo). Na Novo Ambiente.
Almofadas. De R$ 150 por R$ 120 cada à vista ou no cartão de crédito. Na Tracciato.
220 MAGAZINE CASASHOPPING
Tecido Eco, da coleção New York, de Alexandre Hercovitch. De R$ 150 por R$ 110 em três parcelas no cartão. Na Villemarie.
MAGAZINE CASASHOPPING 221
vitrine
Pendente Kos de cristal, medindo 0,58m. De R$ 3.970 por R$ 2.950 em quatro parcelas no cheque. Na Allight.
Sofá Portinari de três lugares, medindo 2,10m, faixa de tecido Mega. Na compra de uma peça, ganhe um pufe de presente. De R$ 3.800 por R$ 2.780 à vista ou em quatro parcelas sem juros de R$ 695. Na Arboreto Design.**
Rack Holly. De R$ 1.598,88 por R$ 1.298,88. À vista com 8% de desconto no cheque, com entrada de 50%, mais três parcelas no cheque ou em 12 parcelas no cartão. Na Abra Casa.
Serigrafia numerada e assinada, de Sebastião Rodrigues, medindo 0,50m x 0,70m. De R$ 1.300 por R$ 1.100 em duas parcelas de R$ 550. Na Almacén Galeria de Artes.
Berço Provence. De R$ 2.492 por R$ 2.148 em 10 parcelas sem juros no cheque. Na Amor Bebê.**
222 MAGAZINE CASASHOPPING
de R$ 1.001 a R$ 3.000
Quadros geométricos, medindo 0,60m x 0,60m. De R$ 1.440 por R$ 1.240 no cartão de crédito e no de débito. Na Cris Molinari.
Colchão Fresh, casal, medindo 1,38m x 1,88m, em poliuretano, HR42. De R$ 2.990 por R$ 2.691 em até seis parcelas. Na Colunex.
Sofá Econobuck, de três lugares (ref. U089). De R$ 2.052 por R$ 1.231 à vista ou em 10 parcelas de R$ 136,80. Na Edno Interiores.
Conjunto box Simmons Aspen, medindo 1,58m x 1,98m. De R$ 2.984 por R$ 2.352 em 10 parcelas sem juros em todos os cartões ou em 10 parcelas com entrada no cheque (sujeito a aprovação de crédito). Aceitamos Construcard. Na Copel Colchões.
Cadeira Daniella, do designer Aristeu Pires, de madeira maciça louro freijó, assento estofado em couro ecológico, medindo 0,57m x 0,55m x 0,79H. De R$ 2.283 por R$ 1.715 em 10 parcelas. Na Arquivo Contemporâneo.
MAGAZINE CASASHOPPING 223
vitrine
Conjunto Kingsdown Crown. De R$ 3.900 por R$ 2.626 em 10 parcelas. Na Euro Colchões - Bloco N.
de R$ 1.001 a R$ 3.000
Poltrona Tag. De R$ 4.382 por R$ 2.520 em três parcelas. Na Espaço 204.
Poltrona Toá em carvalho americano (tecido não incluído no preço). De R$ 2.162 por R$ 1.890 à vista. Na Finish.
Mesa de jantar Bridge, em lâmina de madeira canaleto, com 1,20m de diâmetro. De R$ 2.215 por R$ 1.845 em cinco parcelas com entrada. Na Florense.
Bancada HI Composit, com lixeira e dispenser de detergente. Peça de mostruário. Torneira não incluída. De R$ 4.200 por R$ 2.000 em três parcelas no cartão ou no cheque. Na High Inox.**
224 MAGAZINE CASASHOPPING
vitrine
Conjunto Veneza Casal. De R$ 2.800 por R$ 1.812 em 10 parcelas. Na Euro Colchões Bloco A.
Painel em tecido Mary Design. De R$ 1.890 por R$ 1.512 no cartão de crédito em até três parcelas. No Gabinete Duilio Sartori. Poltrona 007. De R$ 3.860 por R$ 2.900 em quatro parcelas no cheque. Na Guimar Interiores.
Luminária Tolomeo, da Marca Artemede, com LED dimerizável, nova versão. Lançamento em Milão na cor cinza chumbo. De R$ 2.790 por R$ 2.100 em quatro parcelas iguais. Na Vigolucci.
Tapete Pachwork. De R$ 1.490 por R$ 1.190 em 10 parcelas iguais. Na Hamadan Tapetes.
Poltrona Puerto. De R$ 2.092 por R$ 1.823 em 10 parcelas no cheque. Na Ilustre.
226 MAGAZINE CASASHOPPING
de R$ 1.001 a R$ 3.000
Sofá Dijon. De R$ 3.590 por R$ 2.890 à vista. Na Maison Design.
Coluna Sarará. Em latão, de R$ 2.038 por R$ 1.630,40. Em cobre, de R$ 2.578 por R$ 2.062,84 à vista. Na Light Design + Exporlux.
Mancebo feminino, design by Zanini de Zanine. Por R$ 2.335 em cinco parcelas. Na Ornare.
Tapete Terenas. De R$ 1.364 o m2 por R$ 1.091,20 o m2 em cinco parcelas no cheque ou em três no cartão Visa ou Mastercard. Na Santa Mônica.
Colchão T Latex, modelo Pró-Saúde T Latex com cama americana nobuck black, medindo 1,38m x 1,88m. De R$ 3.549,18 por R$ 2.699 à vista ou em 10 parcelas sem juros. Na Ortobom.
Luminária pendente Planet Piccola, uma combinação entre design e tecnologia, disponível em dois tamanhos, na cor branca e vermelha. De R$ 4.367,42 por R$ 2.183,71. Na Lumini.
MAGAZINE CASASHOPPING 227
vitrine
de R$ 1.001 a R$ 3.000
Sofá Masbou, medindo 1,80m x 1m x 0,85, com capa. De R$ 3.600 por R$ 2.659 à vista ou em 10 parcelas de R$ 265,90 no cartão de crédito (valor para forração em brim). Na Viterbo Estofados.
Toalheiro Térmico CR, da Cromatto. De R$ 1.870 por R$ 1.496 à vista. Na Tanto Revestimentos.
Poltrona Marina Corda Mix. De R$ 2.232 por R$ 1.798 à vista. Na Tidelli.
Rack Curinga (DV585) com rodízios, medindo 1,60m x 0,50m x 0,50m. De R$ 2.689 por R$ 2.479 à vista com 10% de desconto ou em 10 parcelas. Na Velha Bahia.
Poltrona Sato. De R$ 2.314 por R$ 1.666 à vista ou em seis parcelas de R$ 308,50. Na Domme.
Colchão Atlanta Casal, com molas Pocket, com pillow top em viscoelástico, medindo 1,38 x 1,88. Por R$ 1.930 em 10 parcelas sem juros de R$ 193*. * Valor somente do colchão, box vendido separadamente. Crédito sujeito à aprovação pela instituição financeira. Na Studio do Sono.
228 MAGAZINE CASASHOPPING
vitrine Poltrona Ferrara com pufe. De R$ 3.985 por R$ 3.188 em quatro parcelas. Na Franccino Giardini.
Sofá retrátil Prime com chaise, medindo 2,98m x 1,60m. De R$ 6.450 por R$ 3.800 à vista ou em cinco parcelas no cheque. Na Formato.
Rack Plaza, com acabamento demolição e laca preta brilho, medindo 2,33m x 0,50m, extensível a 2,90m. De R$ 5.635 por R$ 4.500 em cinco cheques de R$ 900. Na Lider Interiores. Cama Escorrega com túnel tema futebol. De R$ 4.360 por R$ 3.511 em seis parcelas de R$ 585. Na Intercasa.**
Chaise Chivas (CLCH01). De R$ 5.594 por R$ 3.757 à vista ou em 10 parcelas de R$ 417,50. Na Mac Móveis.
Estofado em couro natural de três lugares. De R$ 5.650 por R$ 3.390 em 10 parcelas ou à vista com 10% de desconto. Na Novità Design. **
230 MAGAZINE CASASHOPPING
de R$ 3.001 a R$ 5.000
Cama marquesa estofada Simone, medindo 1,58m x 1,98m. De R$ 5.000 por R$ 4.250 à vista ou em três parcelas no cheque. Na Provence & Cia.**
Sofá Prestige, medindo 2,40m x 0,85m x 0,72m, nas cartelas G e I. De R$ 6.200 por R$ 4.590 em três parcelas. Na Udine Casa.
Mesa de jantar Dux, em madeira, medindo 2,10m x 1m x 0,77m de altura (consultar cores e medidas diversas). De R$ 6.589 por R$ 4.030 em três parcelas de R$ 2.030. Na Vivence Interiores.
Cama Turim, medindo 1,60m x por 2m. De R$ 3.910,56 por R$ 3.343,52 em três parcelas de R$ 1.114,50 no cheque. Na Companhia das Camas.** Sofá Tonelli, medindo 2,70m x 0,81m x 0,80m, sem o tecido. De R$ 5.560 por R$ 4.500 em quatro parcelas. Na Ovoo.
Poltrona Flute, sem tecido. De R$ 4.827 por R$ 3.620 em quatro parcelas de R$ 905. Na Saccaro.
MAGAZINE CASASHOPPING 231
vitrine
Poltrona Yanyan, em fibra natural. De R$ 10.044 por R$ 8.537 à vista. Na Artefacto.
Quarto de casal, com porta em laca cava. De R$ 60 mil por R$ 18 mil em até três parcelas. Na Dell Anno.**
Sofá Canvas, em tecido couro brilhante, cor pinhão e madeira maciça tonalizada tabaco, medindo 2,50m x 0,97m x 0,84m. De R$ 13.815 por R$ 8.100 em três parcelas de R$ 2.700. Desconto promocional somente para produtos de estoque de julho a agosto de 2014 ou enquanto durar o estoque. Favor consultar a loja para outros acabamentos. Na Breton Actual.
Poltrona Freedom, da Humanscale, revestida de tecido Vellum. De R$ 7.378,88 por R$ 6.198 à vista ou em seis parcelas no cartão de crédito com acréscimo de 3%. Na Alberflex.
Cozinha Linha Colore, com portas laqueadas. Venda de Mostruário. De R$ 44.000 por R$ 22.000 à vista ou em até três parcelas. Na Favo.**
Escrivaninha Sheraton. De R$ 7.080 por R$ 5.800 em quatro parcelas de R$ 1.450. Na Arte Inglesa.
Conjunto Simmons Modelo Master Piece Canvas, medindo 1,38m x 1,88m x 0,76m. De R$ 5.700 por R$ 5.200 em 10 parcelas sem juros ou à vista de acordo com negociação na loja. Na Colchões Botafogo - Blocos B e E. 232 MAGAZINE CASASHOPPING
acima de R$ 5.001
Chaise Bowl Scorpion. De R$ 11.400 por R$ 9.120 à vista com 20% de desconto ou com 15% de desconto em seis parcelas com entrada. Na Trançarte.**
Armário de quarto com três portas deslizantes – duas em couro e uma em espelho bronze. De R$ 37.800 por R$ 18.900 em três parcelas de R$ 6.300. Na Roma Mobili.
Sofá Ávila, medindo 2,40m, no tecido 4.000. De R$ 6.720 por R$ 5.107,20 em três parcelas de R$ 1.702,40 com entrada. Na Way Design.
Armário de quarto com portas com perfil de alumínio e vidro. Peça única de mostruário. De R$ 26.286 por R$ 13.143 em cinco parcelas. Na Treselle.
Armário Bertolini bisotado. De R$ 59.600 por R$ 29.800 em quatro parcelas de R$ 7.450. Na Evviva Bertolini.**
Estante para estudos e penteadeira completa em melamina branca com laca colorida. De R$ 21.970 por R$ 15.300 em três parcelas iguais. Na Quarto Composto.**
MAGAZINE CASASHOPPING 233
vitrine
Pufe Color, jogo com 4 peças (ref. 26645), estrutura em madeira maciça com espuma densidade 26, medindo 41cm x 48,5cm. Preço sob consulta. Na Abraccio Móveis.
Armário em Laccato, com portas de vidro de altíssima tecnologia com sistema Movie. Preço sob consulta em até 24 parcelas. Na Bontempo.**
Chaise (ref. 22045TKT), com balanço HERA, medindo 1,72m x 0,63m, com estofado no tecido G, toda em madeira maciça teka, com detalhes em aço inox, espuma antiabsorção revestida com manta siliconizada e tecido Sumbrella. Preço sob consulta. Na Sierra Garden.
Misturador Dot Deca (exclusivo), cromado com branco. Preço sob consulta à vista com 5% de desconto ou em cinco parcelas no cartão. Na Frei Caneca.**
Open Closet. Preço sob consulta, com 35% off em 12 parcelas sem juros. Na Soluction Home Marel.
Cucina. Preço sob consulta em até 10 parcelas iguais. Na Lacca.**
234 MAGAZINE CASASHOPPING
sob consulta
Armários 100% MDF, com entrega em 12 dias úteis. Preço sob consulta em até 12 parcelas iguais. Na Madeirol.**
Cômoda Saint Martin. Preço sob Consulta. Na Q&E Quartos Etc.
Spas e banheiras. Preço sob consulta. À vista com 12% de desconto ou parcelado com 5% de desconto. Na Santa Sofia Spas e Banheiras.
Armário com portas mosaico S.C.A., ampla possibilidade de configurações de tamanhos e materiais. Preço sob consulta. Na SCA.**
Armário embutido sob medida. Preço sob consulta em 10 parcelas com cheque pré-datado. Na Tinoc.
Sofá Sierra, três assentos extensíveis, medida fechado: 2,76m x 1,18m x 0,90m; e aberto 2,76m x 1,63m x 0,90m. Preço sob consulta. Na Sierra Móveis.
MAGAZINE CASASHOPPING 235
vitrine
Oferta de Serviços
Aproveitando o clima de Copa, kits de sabonetes Pátria Amada, Brasil. Cada kit contém três sabonetes – um verde, um amarelo e um azul, com fragrâncias diferentes e deliciosas. Por R$ 14,90 cada. Na Farmalife.
Pacote especial: Pé + Mão + Escova. Por R$ 84. No Studio Gladys Acosta.
Itália Plus 9 dias. Visitando Veneza, Pádua, Pisa, Florença, San Gimignano e Roma – somente terrestre. A partir de nove parcelas de R$ 227,54 sem juros, com entrada de R$ 511,98. À vista por R$ 2.559,90. Valor sujeito a disponibilidade e a reajuste sem aviso prévio. Na Flytour American Express.
10% de desconto em qualquer serviço e estacionamento por conta da DryWash.
236 MAGAZINE CASASHOPPING
MAGAZINE CASASHOPPING 237
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LOJAS Disque o número de telefone da loja/sala desejada ou entre em contato com nosso SAC - Serviço de Antendimento ao Cliente pelo número +55 (21) 2108-8000. Segunda - das 12h às 22h, Terça a Sábado - das 10h às 22h e Domingo - das 15h às 21h.
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