05 DEVIL SOLD HIS SOUL (entrevista) 09 MISS MAY I (entrevista) 11 SHERWOOD (entrevista) 14 ALBUM DA VEZ 15 THE RESSURECTION SORROW (entrevista) 17 ANCHOR (entrevista) 19 ALL THAT REMAINS (entrevista) 21 DAN MUMFORD
(arte das trevas/entrevista)
23 MAKE THEM SUFFER (entrevista) 25 MUGO (entrevista) 27 Erleèd Hjelvik (KVELERTAK) (top 10 albuns) 28 STAY BRUTAL 29 Vitor Pazin (SHARKS AT ABYSS) (top 10 albuns) 31 SWU FESTIVAL (ao vivo) 35 RESENHAS DE ALBUNS
EDITORIAL A décima edição da Six Seconds tem sua capa, uma das revelações britânicas, Devil Sold His Soul. O sexteto lançou o seu segundo álbum intitulado Blessed & Cursed, a banda que vem se destacando ao longo dos anos, mostra um álbum muito mais promissor do que seu antigo trabalho ‘A Fragile Hope’. Em entrevista exclusiva, o guitarrista Rick fala sobre o tempo de estúdio da banda, os processos de gravação e produção e tudo que envolveu o novo trabalho. Além desta grandiosa entrevista, a Six Seconds conversou com vários outros artistas incluindo Levi Benton, vocalista do Miss May I, que deu mais detalhes sobre o novo álbum da banda Monument e também sobre os futuros planos da banda. Também batemos um papo com o ilustrador e designer Dam Mumford, responsável por artes de várias bandas, entre elas Parkway Drive, Miss May I, Evil Nine e A Day To Remember, o ilustrador conta tudo sobre sua vida artistica e várias outras coisas interessantes. Trouxemos para vocês no Album da Vez desta edição, o significado do álbum Ylem da banda de black metal alemã, Dark Fortress. Como você pode ver, a Six Seconds continua brutal como sempre e continua imperdivível nesta edição. Confira.
Ian K. Menezes www.myspace.com/sixsecs
COLAboradores Colaboradores nesta Edição: Livia Ramires Bruno Thompis Rodolfo Almeida Pedro Oliveira Gabriel da Costa Clown Contato: ian@sixseconds.com.br
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Editor Chefe: Ian K. Menezes Design e Paginação: Ian K. Menezes Fotos: Anna Tluczykont Tom Barnes Chiaki Nozu Seldon Hunt Justin Borucki
Épico e Progressivo, essas duas palavras definem melhor o novo trabalho do Devil Sold His Soul. Após de uma longa turnê do seu antigo álbum A Fragile Hope, os britânicos finalmente decidiram trabalhar em um novo álbum e Blessed & Cursed é o resultado de tanto tempo de espera. A Six Seconds bateu um papo com o guitarrista Richard Chapple que nos contou tudo sobre este todo esperado álbum.
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Olá! Você poderia nos contar um pouco do Devil Sold His Soul até agora? A banda se formou em 2004, após da nossa banda anterior, Mahumodo terminou, na qual eu, Johnny e Paul estavamos envolvidos. Nós decidimos em continuar a compor nossas própias músicas sem seguir nenhuma tendência. Nós fizemos uns testes e encontramos Ed e Lain, logo em seguida lançamos nos mesmos nossa primeiro EP, ‘Darkness Prevails’ em 2005. Dois anos dpeois, nós lançamos nosso primeiro álbum ‘A Fragile Hope’ e depois de quase 2 anos fazendo turnê desse álbum, na qual Leks Wood se tornou nosso baterista permanente, nós assinamos contrato com a Century Media Records, na qual lançamos o nosso segundo álbum, ‘Blessed & Cursed’. Seus fãs esperaram pacientemente três anos para o segundo álbum ‘Blessed & Cursed’. Por quê demorou tanto? Uma combinação de motivos, na verdade. A turnê do último álbum demorou no minimo dois anos. A recepção foi incrível e nós realmente nos divertimos tocar para tantas pessoas o quanto podiamos. Nós começamos a compor ‘Blessed & Cursed’ a um ano e meio atrás. Nós também estavamos ocupados se juntando a Century Media Records. Não era pra levar três anos para lançar o nosso segundo álbum, mas foi assim que tudo acabou acontecendo. Vocês foram para o estúdio com algum idéia particular de como o álbum deveria soar? Sim, nós queriamos que ficasse maior e melhor do que nosso último álbum. No entanto, nós não queriamos perder nosso som - ainda teria que ser o som do DSHS. Nós gravamos no mesmo estúdio que gravamos ‘A Fragile Hope’ (Bandit Estudio, England) com Jonny Renshaw (guitarra). Nós estavamos bem mais concentrados desta vez. Nós sabíamos exatamente o que nós iriamos gravar quando fomos ao estúdio e estavamos bem mais confiantes. Depois que o álbum foi gravado, ele foi mandado para os Estados Unidos para ser mixado por Steve Evetts (The Dillinger Escape Plan, Every Time I Die). Ele acrescentou seu própio toque no álbum e nós achamos que ficou muito bom. ‘A Fragile Hope’ teve muitos elogios. Que efeito isso teve na composição de ‘Blessed & Cursed’? Houve alguma pressão ou tentação ao compor ou isso afastou vocês do som do álbum inicial? Sempre houve uma pressão à fazer um álbum melhor.Depois, que nosso primeiro álbum foi recebido de forma tão boa, sempre seria difícil. Mas nós não queriamos fazer uma segunda versão de ‘A Fragile Hope’. Nós realmente queríamos expandir nosso campo musical. Nós usamos muito mais
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instrumentação e tentamos deixar as coisas mais épicas que antes. Nós usamos os mesmos amplificadores e as mesmas guitarras no último álbum, então a única mudança foi a composição e a produção. Nós acreditamos que criamos um álbum muito bonito e pesado.
grande gravadora e compomos música, da qual estamos orgulhosos e tudo que encontramos no caminho, apenas nos deixou mais fortes como uma banda. Nós estamos extremamente orgulhosos deste álbum. As resenhas do álbum tem sido ótimas até agora. Como vocês se sentem em receber uma recepção tão boa, para um álbum que vocês se dedicaram tanto?
Vocês mesmos produziram e lançaram o seu primeiro álbum. Vocês ainda estão envolvidos nesse processo de ‘Behind the Scenes’? Sim, mas agora nós temos uma gravadora bem conhecida para nos ajudar, o que é ótimo. Nós ainda trabalhamos duro e nos certificamos que tudo fique da forma mais padronizada possível. Se existe alguma coisa que nós estamos trabalhando duro pode ser complancente, nós temos que nos se esforçar ao máximo a cada oportunidade que surge. Nós queremos fazer uma grande turnê com este álbum e isso significa que nós temos que dar o máximo de nos mesmos. Como você compararia este álbum em relação ao antigo? Mais épico. Pense neste álbum como uma trilha sonora do seu filme favorito de guerra misturado com rugidos e guitarras. Nós realmente estamos querendo levar este álbum para o próximo level. Há mais variedade e mais profundidade. Há alguma história por trás de ‘Blessed & Cursed’? Há definitivamente uma reflexão das nossas experiências ao longo dos últimos três anos. Estando em uma banda, faz você experimentar coisa incríveis e ao mesmo você tenque sacrificar muito do seu tempo, afim de seguir este sonho. Nós também tivemos nossa maré de azar nos últimos anos e este álbum é um sinal que todo nosso esforço valeu a pena, que valeu a pena chegar até aqui. Nós estamos em uma
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Devil Sold His Soul Blessed & Cursed Century Media
A partir do momento que a bateria e o baixo se juntaram ao ambiente no inicio da faixa de abertura ‘Tides’, ficou óbvio que ‘Blessed & Cursed’ seria um álbum muito especial. Em seguida, os grunidos dos vocais de Ed Gibbs penetraram nos ouvidos dous ouvintes e a esperança de que este álbum seria muito mais brilhante, se solidificou ainda mais. A confiança e a crença dos britânicos do Devil Sold His Soul, levou eles a produzir um dos melhores álbuns de metal do séculos 21. Este álbum é o resultado de uma banda de seis membros, em uma coesão musical, produzindo um álbum o mais absoluto possível. Tal como acontece com o primeiro trabalho dos britânicos, as influências ambientais ainda estão do lado brilhante.Eles não tem o foco primordial de assinaturas como Meshuggah ou o desempenho virtuoso de Dream Theater e você certamente não iria encontrar solos de guitarra vindos de Jonny Renshaw e Chapple Richard. No entanto, esté álbum é tão progressivo como a maioria das bandas de metal lá fora classificadas do gênero. Por isso é sempre raro para um álbum de metal, alcançar tal grandeza nos domínios de tanta beleza imaculada e ferocidade diabólica. O vocalista Ed chegou imensamente desde os primórdios da banda com vocais limpos, sendo misturado com grunidos de grande efeito até o grande mérito de composição. Ouça ‘Drowning/ Sinking’, na qual muda a partir do coral vocal gutural se passa por ‘An Ocean of Lights’, na qual parece ter vocais melódicos juntamente com a demonstração melódica de Paul Kitney. De fato, as influências de ambiente da banda ainda são evidentes, levando o álbum a um nível que não importa o quão forte seja, mas ainda mantém uma aura de contenção como a paz oesquestral pontua nos riffs. Este é um trabalho verdadeiramente especial e, embora ele certamente não seja do agrado de todos, Devil Sold His Soul merece um grande parabéns.. IAN K. MENEZES
É muito bom. Você nunca se sabe como sua música será recebida e receber boas resenhas é simplesmente incrível. Nós realmente queremos fazer uma turnê ampla para que todos possam apreciar nossa música. Também pensamos que muitas pessoas que não pensam em ouvir, irão gostar. Nós queremos espalhar DSHS para o mundo. Lançar um novo álbum sempre há o risco de ser vazado e baixado. Isto tem sido um receio para vocês? Como vocês se sentem sobre a situação atual na indústria da música? Sempre foi um receio e infelizmente aconteceu. Isso realmente afeta uma banda do nosso tamanho. Nós agradecemos muitas pessoas que baixem músicas antes de comprarem, mas ao mesmo tempo, muitas pessoas não compram, mesmo elas gostando. Nós apenas queríamos que as pessoas que baixaram e gostaram, fossem lá e comprassem o CD ou as MP3s, isso realmente iria nos ajudar. Nós temos uma arte maravilhosa e uma edição limitada do CD, a qual é ótima. “A Fragile Hope” foi lançada a 3 anos atrás. Desde então vocês mudaram da Eyesofsound / Black Willow para Century Media. Como isso foi acontecer?
RIchard RECOMENDA
Nós apenas estavamos na Eyesofsound / Black Willow por causa do A Fragile Hope. A meta sempre foi obter o apoio de uma maior gravadora, para que pudéssemos ter a nossa música a um alcance muito mais vasto de pessoas. A transição foi muito fácil e nós estamos muito felizes por fazer parte da família da Century Media. Nós estamos muito contentes que eles gostem do que fazemos como uma banda e queiram nos apoiar. Como você acha que essa mudança irar afetar o futuro da banda?
Deftones - Diamond Eyes
Um excelente álbum de uma das minhas bandas favoritas. Nós vimos eles no Download Festival esse ano e foi incrível. Seria uma honra dividir o palco com eles.
Esperemos que nos permita fazer uma turnê pelo mundo e nossa música seja ouvida por mais e mais pessoas. Queremos que as pessoas ouçam DSHS e nós faremos tudo que pudermos para que isso aconteça. Nós temos agora o apoio bom e esperamos mais oportunidades surjam, tais como grandes turnês e mais exposição. O futuro é brilhante. Hoje em dia, várias bandas são rotuladas. Isso já aconteceu com vocês? Nós já fomos rotulados de várias coisas, post-rock, post-metal, post-hardcore, progcore, metalcore, etc. Mas nós gostamos de pensar que somos uma agradável mistura de metal, ambient, epic e músic progressiva. Eu acho que nós somos dificéis de ser rotulados, o quê é uma coisa tanto boa quanto ruim. As vezes fica dificil para certas pessoas saberem em que
tipo de turnê nos botar - mas nós temos a tendência de ter vários fãs diferentes. Nós já tocamos com bandas de New Metal, Hardocore, Metal e Progressive Metal e todas foram ótimas, então eu acredito que várias pessoas podem se relacionar com a nossa música. O que inspira vocês, quando estão compondo? Tudo - vida, filmes, livros, arte. A lista é infinita e com seis pessoas na banda, você pode imaginar que é uma mistura bem insana. Nós tentamos compor sobre o que sabemos sobre a oposição à fantasia, como nós sentimos que é a mais poderosa forma de expressão. O que vocês esperam de 2011? Final de 2010 nós vamos começar a turnê Europeia e começaremos 2011 com uma grande turnê na UK. Depois planejamos ir o mais longe possível. Se as pessoas quiserem nos ver ao vivo, nós nos esforçaremos o máximo para tocarmos para elas. Últimas palavras? Por favor, deem ua olhada no nosso novo álbum “Blessed & Cursed”, nós estamos extremamente orgulhosos deles. Se você gosotu, nos avise. Você pode nos encontrar em rede sociais como Facebook (devilsoldhissoul) e Twitter (D_S_H_S). Conte a todos sobre Devil Sold His Soul. Nós iremos tocar aí. IAN K. MENEZES
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Miss May I Monument Rise Records
E ai, como você está?
No novo album, vocês, amuTudo está indo ótimo. O novo dereceram bastante, certo? album Monument, chegou a 7.500 vendas na primeira se- Sim, nós finalmente tivemos a mana. Estamos espantados. chance de compor um album! Nosso último CD foi basicaComo você descreveria o mente uma banda vocal com som de Miss May I, para várias demos, tudo junto em aqueles que não conhecem um CD. Desta vez nós monainda? tamos um álbum do inicio ao fim. Puro Metalcore. O metal classic que todos cresceram com Um de vocês é ateu (até uma mistura modern e riffs onde eu me lembro), e até constantes por nós mesmos. onde eu sei, alguns de vocês SIX SECONDS #10 | P. 09
são cristãos e muitas pessoas acham que Miss May I é uma banda crista. Essa história toda me deixou bastante confuse. Vocês poderia nos esclarecer isso? Bem, alguns de nós somos cristãos e outros não. Na verdade nós tocamos porquê gostamos e amamos a música. Nós tentamos não misturar as nossas crenças. Para nós, é só a experiência e a música.
Muitas influências vindo de As I Lay Dying, All Shall Perish, Killswitch, Darkest Hour, Unearth, In Flames e várias outras. Cada membro ouve a bandas diferentes, o quê é ótimo, porquê eles veem de lugares diferentes e mistura bastante.
O gênero de “metalcore” é um fenômeno relativamente recente, mas toneladas de bandas referem a si próprios como tal. O que significa esse termo significa Vocês são da nova era de para você? Vocês estão em bandas do metal. Que tipo hardcore em tudo? Se sim, de influências vocês tiveram? quais bandas? Alguma coisa
Após lançar alguns EPs e Demos e im na lista de álbuns independentes da B seu debut, “Apologies Are For The Wea Ohio, “Miss May I”, nos entregou em 1 seu último release, e a maior prova de “Monument”. Ao apertar do “Play” n somos confrontados com a destruição mandads por Bj Stead e Justin Aufdem gs”, faixa que, comparada com a inici nos revela uma surpreendente evoluç dos; ritmo e riffs bem posicionados, b cais rasgados de altíssima qualidade, t bem aproveitados. Estes são elemento as faixas, ininterruptamente. “Masses ciada lentamente por dedilhados e sam com a presença de Caleb Shomo, do “A de sua conseguinte, “Answers”, mantém vel, veloz e arrebatador das faixas, com te, às guitarras - que chegam, por mo a riffs do nível de “August Burns Red mente rápida bateria, nos levando à “ xa destaque que nos mostra toda a té May I”) e chega a nos mostrar uma fa ase, contra-balanceada com os vocais Ryan Neff. A técnica é mantida nas su a introdutóriamente lenta “Gears”, a v grudenta “We Have Fallen”, nos levan rente do release “In Recognition”; cal tal, nos mostrando a clareza dos voca fim, a que dá nome ao álbum: “Monum que nos mostra toda a técnica dos gui antemente veloz bateria de Jerod Boy únicas faixas em que o baixo se torna do apenas na linearidade, repetição da presença das quatro cordas e implaca na lista de melhores álbuns da época ment” é a maior prova da evolução do jando técnica rara de se encontrar na c mínimo, evasivas de clichês, se tornan metalcore de altíssima qualidade e, co dilho: um álbum “Monumental”. RODOLF
mplacar em 66º lugar Billboard de 2009 com ak”, o quinteto de Troy, 17 de Agosto de 2010, e sua evolução musical: na primeira música, já o nas seis cordas - comkampe - de “Our Kinial do release anterior, ção em todos os sentibateria implacável, votécnica e vocais limpos os que permeiam todas Of A Dying Breed”, inimples abafados, conta Attack Attack!” e, junto m o alto nível implacám destaque, novamenomentos a nos remeter d” - e a supreendente“Relentless Chaos”; faiécnica do MMI (“Miss aceta hardcore do reles limpos cativantes de ucessoras “Creations”, violenta “Colossal” e a ndo à faixa mais difelma, quase instrumenais limpos, e então, por ment”, outro destaque itarristas e da estonteyd, bem como uma das sobressalente. Pecana fórmula e na falta de ando desta vez em 76º a da Billboard, “Monuo “Miss May I”, esbancena atual, e letras, no ndo, um dos marcos do om o perdão do troca-
FO ALMEIDA
Dentro da nova era de bandas de Metal. Miss May I, juntamente com a Rise Records lançaram o segundo álbum da banda, Monument. Nós conversamos com o vocalista Levi Benton, que nos falou tudo sobre o novo álbum e os futuros planos a da banda,
relacionada a 18 Visions, Bleeding Through, Throwdown, e todos os outros da primeira geração de bandas de metalcore dos anos 90? Bem, eu lembro do meu primeiro álbum de metal, eu tinha uns 14 anos e era a coletanea HeadBangers Ball , incluindo Killswitch Engage e Bleeding Through. Para nós, Metalcore é apenas uma forma de misturar alguns breakdowns e deixar a raiva sair e acho que o nosso som é um Metalcore melódico, porquê nós temos algumas partes leves. Você decide. Sobre Hardcore, nós estamos
ligados com algumas bandas sim. Nós aprendemos com a música a cada vez mais. Mas para o núcleo de metal dos anos 90 a maioria de nós estavam sob ou em torno de 10 anos de idade, de modo que ainda estamos aprendendo as raízes. Nós fale um pouco sobre Monument em comparação ao Apologies Are For The Weak. Bem, Monument é com certeza um álbum mais estruturado e trabalho do quê Apologies Are For The Weak. Ele possui todos os elementos
que amamos e que desejamos por no álbum anterior, é claro, com algumas idéias novas. Nós passamos por muita coisa. Por exemplo, a faixa “Answers” é perfeitamente todas as perguntas do começo ao fim. Não é uma frase completa ou uma declaração. Era uma tarefa, mas algo que estamos orgulhosos, no decorrer do álbum. A arte do álbum foi muito bem elaborada, existe algum significado por trás dela? Bem, nós estamos tentamos por o tema “Leões” ao longo dos nosso álbuns. O rei da sel-
va, o “Deus”. E em Monument isso serve como uma estatua. Que na verdade, esse era o nosso monument, dentro da nossa música. E já que um monumento é uma estatua, por quê não ter um leão para representar o álbum? Vocês tem planos para vim para o Brasil? Ainda não, esperamos que tenhamos logo. Existe algo que você queira adicionar? Por favor, comprem o Monument, vocês não irão se decepcionar. IAN K. MENEZES
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Sherwood é uma banda muito carismática de rock alternativo da California. A Six Seconds conversou com o baterista Joe Greenetz que contou um pouco sobre a história, o novo disco e os próximos planos da banda. Olá. E aí?
colheram esse nome?
Nada demais. E você?
O Robin Hood da Disney era o filme preferido do nosso guitarrista, Dan, quando ele era criança.
Bom, vocês vão sair em turnê no final deste mês (Agosto). Vocês tem alguma expectativa? Na verdade não. Essa é a nossa segunda turnê esse ano, e a última foi meio louca em algumas noites. Nós vamos tocar uma ou duas músicas novas, mas mais do que tudo dar aos fãs a chance de se conectar com a banda e cantar suas músicas preferidas. E vocês tem algum plano pra depois dessa turnê? Nós vamos trabalhar em algumas músicas novas. Somos agentes livres agora, então podemos fazer o que quisermos e no nosso ritmo. É bem legal. “Sherwood” é conhecida por ser o esconderijo de Robin Hood em histórias. Porque vocês esSIX SECONDS #10 | P. 11
“Bons discos são como velhos amigos com os quais eu adoro passar o tempo.” - Joe Greenetz Você pode nos contar um pouco sobre a história da banda? Nós nos conhecemos na faculdade, em San Luis Obispo na Califórnia em meados de 2002. Nós começamos a fazer alguns shows lá, nos empenhamos muito nisso, e eventualmente acabamos fazendo turnês pelo país e largando a faculdade. Porque o disco novo se chama “QU”?
Nós geralmente nomeamos nossos albums com uma específica música ou letra daquele album, mas queríamos que QU tivesse um nome sem um outro significado ou conexão com qualquer coisa - quando você ouve a palavra QU, você pensa no nosso disco e é isso. Você vê diferenças relevantes comparando o novo disco com os anteriores? QU é um pouco mais downtempo* do que A different Light. Nós passamos muito mais tempo compondo e gravando esse album em comparação com A Different Light. Nós passamos por 80 ou 90 músicas até chegar nas 12 que você ouve em QU. Como foi a reação dos fãs ao disco novo? E como foi a seguinte turnê? As pessoas realmente gostam de QU. Tem um monte de gente que gosta mais do A Different Light, mas você não pode agradar a todos o tempo todo. Nós temos fãs leais, e eles nos acompanham por albums que eles podem não
gostar tanto. A turnê seguinte ao lançamento de QU foi diferente da nossa turnê do A Different Light por várias razões: nossa gravadora estava prestes a fechar e não fez tanta propaganda, a economia tinha afundado, nós levamos bandas diferentes na turnê. A turnê do QU não teve tanto público, mas esse parece ser um resultado da indústria de turnês assim como as circunstâncias cercando nossa banda. O clipe de “Song in my Head” foi dirigido por Nate Henry. Vocês tomaram/tomam parte na criação dos outros roteiros dos seus clipes? Nós fizemos vários outros clipes, mas nem todos foram lançados. Nós queremos nos certificar de que tudo o que lançamos é exatamente tão bom quanto tinhamos imaginado. Vocês ficaram bem conhecidos através do myspace, então eu creio que a internet foi uma ferramenta importante pra fazer a banda ganhar fama. Vocês se esforçaram pra promover a banda na internet ou só “colocaram as músicas no ar”? Nós eramos marqueteiros sem vergonha no começo da nossa banda. Nós usavamos sites como o Myspace e o PureVolume pra fazer propaganda. O mundo da música é tão inundado com novas bandas/artistas que você não pode simplesmente colocar músicas no seu perfil e esperar o mundo aparecer na sua porta.
seus albums preferidos. Bons discos são como velhos amigos com os quais eu adoro passar o Como você disse, nosso vocalista Nate é um tempo. diretor de video. Ele é um visionário quando se trata de fazer videos, ambos sérios e engra- Qual foi a coisa mais assustadora que já aconçados. The Sherwood Show é apenas um ou- teceu com você em uma turnê? tro modo dos fãs se conectarem conosco e dar uma espiada no nosso dia a dia e em outro Nós estouramos muitos pneus, mas nunca socanto das nossas mentes criativas. fremos um acidente. Nós conhecemos muitas bandas que capotaram suas vans e foram paVocê acha que esses videos fizeram pessoas rar no hospital. Nós somos abençoados por que não conheciam a banda conhecer as mú- isso nunca ter acontecido conosco. sicas depois de assisti-los? Qual o melhor show em que você já foi? Possivelmente. Alguns dos videos criaram uma vida própria e extenderam-se além do público Radiohead na turnê In Rainbows. Eu vi eles normal do Sherwood. Se isso resultou em pes- no San Francisco’s Outside Lands Festival em soas conhecerem nossa música é impossível 2008. Incrível! dizer. Quais os albums que você tem ouvido ultiO que você acha desse revival do vinil que mamente? está acontecendo esses dias?(os discos de vinil nunca desapareceram, mas parece que ul- Estive ouvindo muita coisa antiga - Eagles, Cretimamente as pessoas começaram a dar mui- edence Clearwater Revival, Jackson Browne. É to mais atenção a eles) música confortante. Eu adoro. etc. Como vocês começaram com isso?
O nosso guitarrista, Dan, é um ávido coleciona- Que album você gostaria de estraçalhar? dor de vinil. Eu acho isso bem legal. Como vivi apenas de uma mala nos últimos 7 anos, eu Brokencyde. Aquele som é horrível. LIVIA RAMIRES acho que colecionar discos não é nada prático. Mas é ótimo ter uma representação física dos
Vocês fazem videos pra internet regularmente, mas eles não são podcasts, video blogs,
Major Oak, Floresta Sherwood
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O estilo em geral reflete o vazio, a morte (ou falta de vida), a dessecação que resulta quando a morte de tudo que existe é invocada. Como isso se extende do plano físico ao espiritual e é apresentado como um ato consciente de desejo, era importante para mim que este (na falta de uma palavra melhor) componente místico fosse também apresentado no encarte; isto é o que parte da frente do encarte descreve. Vê-se uma versão estilizada do ritual em Redivider, mas cada um é bem-vindo a fazer suas próprias associações com a arte, a música e as letras. Eu particularmente gosto que a arte crie uma vibração morbida e sem esperança sem recorrer aos clichés comuns do black metal como cemitérios ou florestas sob uma lua cheia. Nada contra isso, mas para se sobresair você precisa de algo mais original nos dias de hoje. - Morean (Vocais)
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Você poderia nos contar um pouco da história da banda? Nossa cara, é uma longa história! Haha! Era Outono de 2007 eu estava no Limbo com meu antigo projeto. Eu dei tudo de mim, mas teve muitas mudanças na formação, tumulto e isso se tornou cansativo. Eu decidi que queria começar uma banda com um grupo de indivíduos que compartilhavam da mesma idelogia sobre música. Foi quando eu chamei Alex Coelho, um amigo músico (baixista), que eu tenho admirado por muitos anos na cena pesada de NYC. Seu projeto também tinha acabado e nós dois estávamos procurando por algo novo. Lentamente mas seguramente, os riffs começaram a verter para fora de nós e após alguns meses tínhamos material suficiente pra procurar um baterista. O único baterista que queríamos era Loie Gasparro, um veterano de NYC que já tocou com grandes bandas (Murphy’s Law, Supervillian, Blitzspeer). Nós ensaiamos por quase um ano, Alex Coelho na guitarra, Lou na bateria e eu berrando nos vocais. De lá pra cá, nós continuamos até que o projeto assumiu uma nova vida. Após um ano, nós “oficialmente” começamos a nos chamar The Resurrection Sorrow. Começamos a montar o álbum em Janeiro de 2009 com um engenheiro pesos pesados, Joe Hogan. Alex Coelho estava fazendo tanto o baixo quanto a guitarra, pelo fato de nós não termos um guitarrista “oficial” ainda. As faixas foram gravadas em três estúdios diferentes em um periodo de três meses. Nesse ponto, Zak Grpss entrou no rebanho como solista convidado. Nós ensaiamos com ele e ele disse que queria ficar por perto, como membro permanente, o que foi ótimo, porquê Alex foi capaz de voltar a tocar somente baixo. O entusiamos de Zak deu ao projeto um novo sentido de vida. Ele amou as músicas e tocou elas como se já viesse tocando a anos. Após cerca de dois anos depois do Outono de 2007 e inicio do de 2009, nós tinhamos nosso primeiro álbum. Nós nunca tinhamos tocado ao vivo! Nosso objetivo era sair crescendo com um histórico sólido representando quem éramos como um todo. Louie nos deixou em 2010, mas ele ainda é parte da familia. A turnê tornou-se demasiado para os seus compromissos pessoais em casa. Além de que, houve bastante turnê, bebidas, e headbangs, mas isso é óbvio. Quando vocês começaram a banda? 2008, 2009 e já tem um contrato com Midnight Dreams Productions, certo? Como isso aconteceu? MDP é a minha gravadora e é na verdade um serviço completo de produção e entretedimento. Quando eu não estou em turnê com TRS, eu sou um cineasta e fotógrafo. Eu produzo todo o meu trabalho. Por favor, fale um pouco sobre o recente álbum, “Hour of the Wolf”. Seria obra de “Doctor Danger Skulls”, Seldon Hunt. Ele é o artista mais talentoso na cena independente de arte/música do mundo. Tanto digital, quanto orgânico, quando o assunto é design, ele é o melhor. Nós fizemos uma grande pesquisa sobre os artistas e pra ser sincero, ele foi simpático, menos pretensiosos de todos eles. Ele também estava muito animado em trabalhar conosco. Eu não imagino trabalhar com outro artista para próximos álbuns e trabalhos de design. Houve (ou há) algum interesse em se expandir entre outras gravadoras? Por enquanto nós estamos expandindo apenas nesta e no próximo álbum talvez expandiremos entre outras gravadoras, vamos ver quais opções nos temos. No entanto, se não houver muitas vendas, nós iremos continuar expandindo e o próximo álbum sairá apenas pela MPD. Estamos em uma situação melhor do que a maioriadas bandas que assinaram contrato com gravadoras independentes, porquê nós conSIX SECONDS #10 | P. 15
trolamos tudo, ou pelo menos eu acho que controlamos! Tudo o que queremos é um acordo de distribuição boa para colocar a música lá fora. Por agora, podemos fazer o resto de nós mesmos. Quando vocês vão ao estúdio, vocês vão com alguma idéia particular de como o álbum deveria soar? Quando vamos ao estúdio, nos contamos com a ajuda do veterano de NYC, Joe Hogan. Ele é a única pesoa na região que poderia por nosso som no lugar. Foi incrível ver ele fazer a mixagem do álbum e ve-lo ouvir ao invés de ficar olhando para a tela do monitor. Joe nos manteve na linha e temos certeza que não exageramos na produção do álbum. Também trabalhamos com Patrick Billard, na maioria dos vocais, ele também é um profissional talentoso. Ambos são caras talentoso e por causa deles HOUR OF THE WOLF é mais pesado do quê as bolas do Capeta. Existe álguma história por trás do álbum? Não é facil ser uma banda em dias atuais e havia uma grande dose de sacrifício vindo de nós. Minha principal fonte de inspiração lírica e pessoal veio do filme “A Hora do Lobo”, de Ingmar Bergman, seu único filme de Terror. No entanto, é mais um estudo de caso de um artista danificado que perde sua mente em seu trabalho. Como dizem, “Com grande luta, vem grande arte”. Foi uma luta conseguir este álbum e tomou uma grande dose de sacrifício pessoal, mas no final tudo valeu a pena. Lançar um álbum sempre existe o medo de vazar e cair na internet, vocês temem que isso aconteça e como vocês se sentem sobre a atual situação da industria da música? É uma droga! Você se esforça para fazer o melhor e vem um espertalhão e pega. Nós somos novos neste negócio, nós não sabemos como as coisas deveriam ser. O potencial de se vender um CD em 1980 e 1990 se foi. Nós apenas temos que nos unir e fazer o quê deve ser feito. Nós acreditamos que trabalho duro, integridade e crença no que você fazer vale a pena no final. O que nos reserva, nós não sabemos e não nos importamos. Nós so queremos trabalhar como uma banda e ter sucesso nisso. De onde sua principal fonte de inspiração? Como eu disse mais acima, minha principal fonte de inspiração vem de “Hour of the Wolf” por Ingmar Bergman. No mais, é difícil para mim se aprofundar e discutir as minhas letras sem soar pretensioso. O que eu posso dizer é que, todos nós temos olhos diferentes e interpretações diferentes do que vemos e experimentamos na vida. Essas experiências nos formam e nos moldam nas pessoas que nos tornamos. Então eu acho que minhas letras são uma manifestação da minha própria experiência e interpretação da vida e do mundo em geral. Você gostaria de adicionar algo? The Ressurection Sorrow tem tocado por menos de um ano e neste tempo nós fizemos uma grande turnê (quase 50 shows neste ano), enquanto temos nossos trabalhos. Nós trabalhamos duro e planejamos continuar nisto por muito tempo, expandindo nosso som e espalhando nossa música por todo o mundo. Todos os odiadores serão amaldiçoados, nós viemos para ficar. IAN K. MENEZES
Esperar o momento certo para atacar, exige diciplina. O tanque de Heavy Metal, conhecido como The Ressurection Sorrow estava em marcha lenta durante algum tempo. A hora final chegou e o grupo americano lançou seu primeiro álbum “Hour of the Wolf”. A Six Seconds bateu um papo com o vocalista Alex Dementia, que nos deu mais detalhe sobre a historia da banda e do seu primeiro álbum. SIX SECONDS #10 | P. 16
Opa! Para começar, nos fale um pouco da história do Anchor. O Anchor começou no início de 2009, em Foz do Iguaçu no Paraná, nos juntamos por termos gostos e sonhos em comum, todos da banda já vieram com bagagem de projetos anteriores que não se concretizaram, a proposta era se divertir fazendo um som, sem pressão alguma, as coisas foram rolando e tomando outras proporções, começamos a compor músicas próprias e vimos que estava se tornando algo mais, a partir daí começamos a nos focar mais no projeto que acabou se tornando tudo isso. Como vocês iniciaram na carreira musical? Começamos por amar a música, por necessidade de sempre estarmos envolvidos com qualquer atividade que envolva ela, seja em em cima de um palco, na platéia, nenhum de nós conseguiria viver sem estar nesse meio. O som de vocês é realmente bom, com fortes influências de bandas consagradas do metal atual. Sendo assim, o que vocês almejam para o futuro? Muito obrigado! planejamos bastante o futuro, as vezes até demais, queremos primeiramente terminar de gravar nosso CD, nos superar em nossas expectativas e tentar cada vez mais nos “profissionalizar”, queremos que o CD abra portas e esperamos conseguir cada vez mais fazer amigos, agendar shows, viajar, abrir shows de bandas gringas aqui no Brasil, e futuramente tocar lá pra fora, que é o sonho de cada um aqui dentro. Como funciona as composições entre vocês, desde dos riffs até a parte lírica? Geralmente no ensaio alguém vem com alguma parte ou idéia de música pra servir de guia, geralmente a música começa nos riffs das guitarras e vai crescendo a partir disso, rolam alguns jams e então todo mundo vai aperfeiçoando, e em pouco tempo já sabemos definir a idéia de como é pra sair tal música, nos reunimos, gravamos algumas partes no computador, e encaixamos os vocais, que quase sempre vem por último, mas não necessariamente. Qual o motivo principal de vocês cantarem em inglês? Vocês acham que conseguiram um destaque maior na cena underground ou talvez até no pais afora? A princípio, compomos em inglês por funcionar mais rápido pra gente, crescemos ouvindo musicas em inglês e isto já se tornou normal pra nós. Aqui no brasil precisa rolar muita água para rolar um reconhecimento digno as bandas mais pesadas, acontecem alguns festivais e eventos, mas é em geral independente, não há apoio. Tanto a nossa banda quanto tantas outras aqui do Brasil estão muito mais dentro de um contexto musical que está rolando lá fora, e as vezes é de lá mesmo que vem todo esse estímulo. Qual a proposta lírica no som de vocês? Quais temas vocês abordam? As letras abordam várias coisas, boas e ruins, mas positivas, conflitos pessoais que um ser humano pode ter, vingança, amor, ódio, raiva, problemas internos ou com o mundo que o envolve. A intenção é sempre passar uma idéia positiva. Como está sendo a recepção da nova música Vindicated? Vindicated foi muito bem recebida! Foi um alívio poder soltar ela, achamos ela o melhor engate pra esta nova etapa, pro pessoal conseguir ter uma prévia do que ainda virá. Hoje em dia a cena musical está cheia de rotúlos. Muita gente vem rotulando vocês como Metalcore, o que vocês acham dos rotúlos que envolve a música hoje em dia? Bom, nossas músicas tem forte influência de Metalcore, não há dúvidas, mas acreditamos que depois de um tempo compondo conseguimos dar uma roupagem nova a cada som que fazemos, sempre mesclando o melhor que puder, costumamos dizer que esses rótulos são apenas guias, e não deveriam gerar tantas divergências, não ligando tanto pra capa mais sim para o conteúdo. Vocês já tem algo planejado para um possivel álbum? Pode nos adiantar algo? Sim, estamos gravando nosso primeiro CD, nos dedicando 100% na produção dele, pra depois focarmos mais nos lances externos da banda, como shows, merch, e tudo o que envolve. Com a medida que vocês vão tocando juntos a experiência da banda vai aumentando. O que vocês acham da evolução que a banda fez até agora? A evolução da banda foi ótima até agora, sempre olhamos atrás e vemos como começamos, sem perspectiva alguma, com pouco equipo e espaço, ver o que fizemos com o pouco que nós começamos é algo que nos motiva muito. Pra finalizar, tem algo que vocês queiram dizer? Queríamos agradecer principalmente a você, Ian, e a todo o pessoal da Six Seconds por nos dar essa excelente oportunidade de sair na revista, muito obrigado mesmo, aos leitores, ao público que vem nos acompanhando nessa jornada, todos os irmãos que já vieram trocar idéia nos picos nos dizendo palavras motivadoras, bandas amigas, rolês.. etc. É isso que tem que continuar rolando, vamos acompanhar e prestigiar as bandas nacionais pessoal, vamos ser mais humildes e procurar sempre ter atitudes pra somar nessa cena, tem muita banda boa acabando por falta de incentivo, pra todas essas, força! tendo isso dito, até a próxima e muito obrigado mais uma vez! IAN K. MENEZES
HTTP://www.myspace.com/anchorbrasil SIX SECONDS #10 | P. 17
Dentro da cena do Metalcore nacional, Anchor vem se destacando das bandas undergrounds do Sul. Após do lançamento do EP Test of Time, os rapazes do Anchor entraram em estúdio e gravaram a nova música Vindicated, que mostram a grande evolução da banda. A Six Seconds bateu um papo com o guitarrista Guilherme Barreto sobre a banda e seus futuros planos. SIX SECONDS #10 | P. 18
...For We Are Many é o quinto álbum da banda de metalcore americana de Springfield (MA), All That Remains. Este é o terceiro álbum produzido por Adam Dutkiewicz (Killswitch Engage). A baixista Jeanne Sagan bateu um papo com a Six Seconds e nos contou tudo sobre esse novo trabalho. Confira! Vocês foram para o estúdio com alguma idéia parti- Não. Nós não somos o tipo de banda que montam hiscular de como o álbum deveria soar? tórias ou temas nos álbuns. Apesar que este foi o primeiro álbum que o título saiu antes de começarmos a Esse é o terceiro álbum que eu gravo, então o estú- compor. dio ainda é um lugar mágico para mim. Não há nada como a sensação de você ouvir uma música completa Qual a principal diferença entre esse álbum e o “Overtocada por você. Eu não fui ao estúdio com nenhuma come”? idéia particular. Eu sabia do quê Adam e essa banda era capaz. Eu acho que vou teque dizer a produção. Nós tentamos novos angulos e sons, pelo fato disto ser parte da evoVocês já pensaram em mudar de produtor ou tem lução da banda. Nós não queriamos fazer o Overcome algo especial em Adam? Parte 2. Nós trabalhamos com Adam nos álbuns anteriores e Agora que o CD está completo, como você se sente? conhecemos seus trabalhos. Então nós estavamos con- Está satisfeita com o resultado? fiantes em saber o que esperar e o quê nós iríamos obter. Eu me sinto ótima. Eu acho esse álbum tem uma boa mistura entre o peso e a melodia. Qual efeito o álbum “Overcome” teve em “...For We Are Many”? Houve alguma pressão ao compor este Como foi o processo de composição deste CD? Vocês novo álbum? trabalharam todos juntos? Quanto tempo levou? Tendo sucesso nas rádios comerciais definitvamente botou uma certa pressão. As vezes pensar duas vezes ou discutir bastante as partes pra ter certeza que estamos fazendo a música, da qual todos nós podemos nos orgulhar. Há algum significado ou história por trás do álbum? SIX SECONDS #10 | P. 19
O quê os fãs podem esperar quando comprarem o CD? Um novo lote de músicas versátis do ATR. Além do lançamento de ‘... For We Are Many’, o quê vocês tem planejado para 2010? Uma turnê implacável, haha. Voltar para a turnê do EUA/Canada. Ficar em casa algumas semanas e depois seguir para UK/Europa antes do natal. Hoje em dia é cada vez mais comum ver uma mulher se envolver em bandas de metal. Como você se juntou a este mundo?
Eu simplesmente amo música. Eu comecei trocando trompete na sexta série e a banda era bem nerd no colégio. Eu sempre quis experimentar como era tocar em uma banda de rock, eu cresci assistindo MTV. Quando meus amigos me chamara para se divertir eu peguei O processo total levou alguns meses. Quando estava- um baixo emprestado e comecei a tocar. Eu nunca imamos compondo Overcome, algumas pessoas partici- ginei que 11 anos depois eu estaria em uma banda, param das sessões, mas isso não era nescessário. Nós fazendo turnê pelo mundo. tivemos um espaço para novas práticas e uma boa quantidade de músicas que compomos e recompomos Como você se sente, sendo a única mulher no grupo? até que ficasse do jeito que queríamos. Foi muitas vezes uma experiência frustrante e entediante, mas tudo Eu não penso muito sobre isso. Eu preferia não ser tradeu certo no final. tada de forma diferente. Eu vejo minha banda, como
minha familia e nós definitivamente tratamos uns aos outros como irmãos, pelo fato de nós passarmos muito tempo juntos, haha. Hoje em dia as bandas são rotuladas bastantes. Vocês já foram rotulados? O que vocês acham disso?
CONHECAÇA UM POUCO JEANNE SAGAN , UMA bandA The Cure UM ALBUM SIX UM IDOLO BILLY UM ALBUM SIX UM IDOLO BILLY UM IDIOTA SCROOGE UMA VITORIA realizacao um vicio cafeina uma paixao musica UMA VITORIA realizacao um vicio cafeina um arrependimento mordida de lingua UMA INSPIRACAO ARTE UM LUGAR EM CASA UM PROGRAMA LOST UM FILME MACHETE UM LIVRO dUNE UM OBJETIVO EVOLUCAO UMA FRASE TO EACH THEIR OWN
Claro que sim. As pessoas rotulam qualquer coisa que elas queiram. Relações, roupas, músicas, etc. Eles podem nos rotular como quiserem. Pelo menos eles estão falando de nós. O que você acha da atual cena do metal? Eu acho que ela está vivo e esta boa. Existem bandas como Avenged Sevenfold e Disturbed que estão no topo da US BillBoard na primeira semana. mbora essas bandas são percebidas como comercial, elas podem ganhar o interesse de alguém através do rádio e de uma mente aberta. E eu acredito que isso pode servir como portão para outros gênero de ‘música pesada’. As primeiras bandas de metal que eu ouvi foram Iron Maiden e Metallica, mas eu gosto de thrash, doom, black metal e hardcore também. Vocês pretendem fazer uma turnê na America do Sul? Sem planos, mas eu adoraria ir. Palavras finais? Fiquem ligados, “...For We Are Many” logo estará nas lojas e no iTunes. Nós acabamos de gravar o video para Hold On, então, fiquem de olho. IAN K. MENEZES
DISCOGRAFIA
Nos fale sobre você. Meu nome é Dan Mumford e eu sou um ilustrador freelancer. Nos informe a sua localização. Eu trabalho em um estúdio no centro de Londres.
Responsável por várias artworks de bandas honoráveis, May I e The Devil Weas Prada, Dan Mumford espalha s impressão. Em entrevista exclusiva a Six Seconds, ele co coisas. Confi
Como seria o seu dia a dia? Geralmente começa as 9 horas quando eu olho na internet por vários blogs e começo a trabalhar e normalmente eu trabalho até as 19h. Por quê você é um artista? Porquê é algo que me interessa e é um jeito para me expressar, creio eu, é algo que eu sempre me interessei, desde quando eu era criança. Quais seriam os outros interesses que você tem (além da arte)? Música, Comics e principalmente Filmes. Estes interesses são todos figurados nas minhas artes, do ponto de vista narrativo das pessoas com quem trabalho. O que você quer que seus fãs saibam? Quero que saibam que eu irei continuar a me esforçar a criar as melhores artes possíveis. Se você pudesse ir em apenas um restaurante nos próximos cinco anos, qual seria? Eu não acho que isso seja uma pergunta, a qual eu possa responder. Eu gosto do jantar em Londres, é um jantar típico americano, apenas em Londres..comida padronizada, mas muito bem feita. Nos fale da sua comida favorita. SIX SECONDS #10 | P. 21
Aneis de cebola se tornou uma comida firme nos últimos anos. O que inspira você?
O quê você gosta de fazer
Sair com os amigos, ir para shows, jogar
Tudo e nada, minhas influências vem bastante de filmes, eu espero trabalhar em algo bem grande e épico, tipo filmes um dia. Que tipo de habilidades você acha que bom desgine Como é o processo das suas artes, do inicio ao fim. Você deve saber como usar a mensagem Geralmente começa conversando com o cliente sobre o que ele preci- cisa ter uma boa compreensão da hiera sa, então eu faço um esboço, geralmente leva 2 a 3 dias. uma boa imagem, que é esteticamente
“Não se preocupe em achar o estilo, apenas se divirta no processo de a você está usando para fazer sua arte.” - Dam Mumford Nos fale a mudança da sua carreira nos últimos dois anos? Se tornou um pouco melhor, eu acho. Eu tenho grandes clientes, mas ao mesmo tempo, é mais sobre tentar fazer novas coisas e me deixar MAC com certeza. interessado. Eu também tenho minha própia loja de roupas, a qual está se tornando uma grande parte do meu dia a dia.
MAC ou PC
Recomende um p
Você se vê em alguma direção ou tem alguma esperança nos próxi- Tipo Kidrobot? hahaha..não sei! mos anos? Algo que você gostaria d Eu espero que a Mumford Clothing se torne algo muito maior ano que vem, com mais linhas e outras coisas do tipo, nós estamos já pensan- Apenas que todas as pessoas com que do em tudo por agora. Eu espero também fazer outras artes e por a ners, continuem fazendo um ótimo tra venda. apoio através do meu trabalho, todos
Parkway Drive - Deep Blue
como Parkway Drive, A Day To Remember, Miss sua arte pelo mundo e vem causando uma ótima ontou tudo sobre sua vida artística e várias outras fira!
para se divertir?
thing! Obrigado! IAN K. MENEZES
r video-games, coisas assim..
alguem deve ter para ser um er?
Miss May I - Apologies Are For The Weak
m na arte, você também prearquia visual e de como fazer agradável.
aprendizado que
C?
produto.
de acrescentar?
em trabalho e todos os desigabalho e todos que me dão que apoiam a Mumford Clo-
Evil Nine - They Live! SIX SECONDS #10 | P. 22
Make Them Suffer é um quinteto de Perth, Australia formado em Outubro 2008. Desde do inicio, a banda vem abalando a cena australiana ao máximo, misturando Death, Black Metal com o Deathcore. Esse fusão levou eles a gravar o primeiro EP, intitulado “Lord of Woe”. A Six Seconds conversou com o vocalista Sean Harmanis e o baixista Chris Arias-Real sobre seu novo EP e muito mais. Confira!. Nos conte um pouco sobre Make Them Suffer. Chris: Nós somos um quinteto que toca Death Metal Sinfonico, formado em Julho de 2008 de Perth, oeste da Australia. Apesar de vocês serem novos, você mostram muita confiança e tem bastante conteúdo, como um myspace bem desenvolvido e um som maturo. Vocês obteram algum tipo de ajuda ou vocês estão sozinhos nessa? Sean: Nós não tivemos muita ajuda de gente fora da banda. A maior parte do gerenciamento da banda e as composições são feitas pelo Chris. Além disso, o fato de que todos nós vivemos juntos ajuda muito musicalmente e também na organização da banda. Vocês já dividiram o palco com várias bandas conhecidas, como Unearth, The Black Dahlia Murder, Winds SIX SECONDS #10 | P. 23
of Plague and Between the Buried and Me. Como isso aconteceu? Chris: Nós tivemos sorte de ter essa ajuda de vários promotores no nosso estado e também do Leste. Esses shows foram incríveis e nós estamos mais do que gratos por ter a oportunidade de tocar com bandas deste calibre. Quais são as melhores faixas no EP e por quê? Sean: É dificil escolher as melhores faixas no EP, especialmente porquê eu gosto de pensar como um pacote e não como uma divisão entre faixas. Eu acho que as faixas “Summoning Storms” e “Weeping Wastelands” (1 e 5) são as que mais se destacam. Mas eu gosto de todas as músicas do EP, especialmente “Lord of Woe”. Existe algum história por trás do EP?
Sean: Não existe uma história real, o EP foi feito com muito trabalho e nós tivemos várias mudanças na formção e MUITO estresse. Outra razão porquê nós amamos que as pessoas dessem uma olhada, é justamente pelo fato de nós termos trabalhado demais nele. Vocês tiveram mudanças na formação certo? Por quê? Chris: Nós tivemos três na verdade. As duas mudanças de tecladistas foram principalmente porquê nós queriamos algo mais elaborado em relação ao teclado/piano e para fazer isso, nós precisáriamos de pessoas que tivessem estas habilidades. Não foi nada pessoal e acabou sendo uma separação mútoa em ambas ocasiões. A terceira e a mais recente, nosso antigo guitarrista teve uma razão pessoal vindo da parte dele. Seus compromissos de trabalho tornou-se prioridade ele simplesmente não teve tempo de se comprometer com a banda em tempo integral.
Por quê o nome “Lord Of Woe”?
A Artwork do álbum é muito bem feita, vocês tiveram esta idéia sozinhos? Nos conte um Chris: O EP foi intitulado “Lord Of Woe” por pouco. causa das letras. O personagem Lord Of Woe (Senhor da Desgraça) representa os defeitos e Sean: Basicamente, nós tinhamos um conceito as falhas de um ser humano, tanto fisicamente lírico sobre o personagem chamado “Lord of quanto emocionalmente. “Summoning Stor- Woe” (Senhor da Desgraça) e então nós nos sems” visa um olhar mais introspectivo no fun- tamos e discutimos as idéias da arte e de como cionamento interno e nos padrões de alguém, o personagem deveria ser e depois entramos que sofre de doença mental. A faixa “Weeping em contato com Rainsong Design (WhitechaWastelands” se concentra mais na humanida- pel, Viatrophy, Impending Doom) e falamos de e quanto nós somos afetados por alguma sobre o conceito e ele foi de grande ajuda e forma de doença mental e porquê ela afeta o bastante fácil de trabalhar. comportamento humano. Hoje em dia é cada vez mais comum ver uma mulher se envolver em bandas de metal. Como você se juntou a este mundo? Sean: Bem, basicamente eu e Heather somos amigos a bastante tempo e a nossa antiga tecladista Nicole, tinha saído da banda por várias diferenças musicais. Heather decidiu assumir o lugar e disse que tocava piano a 8 anos. Então, iria parecer estúpido não aceitar como nova tecladista. Como ela se sente, sendo a única mulher na banda? Chris: Bem, o resto da banda vive junto, exceto Heather que vive sozinha, nós respeitamos seu espaço. Não que ela precise disso, ela uma parceira para nós acima de tudo. Hoje em dia as bandas são rotuladas bastantes. Vocês já foram rotulados? O que vocês acham disso? Sean: Isso é verdade. Rotular uma banda pode ser útil, mas eu ouvi por ai vários rotulos engraçados, o novo que apareceu bastante é “Symphonic Deathcore” ou “Blackened Symphonic Deathcore”. Algumas pessoas consideram bandas como The Breathing Process e Winds of Plague parte deste gênero, o quê é exatamente o porquê de eu não concordar com esses gêneros em especifico. Pessoalmente, eu acho que o nosso som é original e nos representa. Nós temos influências de vários gêneros além do Deathcore e do Black Metal. Muitas das nossas composições vem de bandas como Placebo, Deftones e Kings of Leon e o quê é errado restringir as bandas a um gênero especifico. Quando nós vamos compor, nós não dizemos “Certo, vamos fazer um deathcore sinfonico”, nós apenas fazemos a música do nosso jeito, a qual nós evoluimos depois de muito tempo juntos. Como é a cena do metal, aí do outro lado do mundo?
Sean: Aqui na Australia, a cena é mais forte para o Hardcore, é extremamente dificil você fazer nome aqui, tendo uma banda de metal. Ainda há uma cena razoavelmente grande de bandas de metal, no entanto é extremamente competitiva entre eles. Eu acho, que nosso principal objetivo nós proximos anos é fazer nome FORA da Australia, assim como existem muitas bandas boas de metal fazendo isso, pelo fato da cena Hardcore dominar por aqui. Seu som me faz lembrar dos antigos trabalho do Abigail Williams (exceto pelos breakdowns). Eu sei que vocês provavelmente ouvem isso muito, mas poderia nos dizer suas influências? Chris: Nós temos influências bastante amplas como Dimmu Borgir, Whitechapel, Abigail Williams, Viatrophy e Bleeding Through. Vamos falar sobre o EP. Vocês foram ao estúdio com alguma idéia de como o álbum deveria soar? Sean: Nós discutimos alguns álbuns que nós concordamos que tiveram uma grande qualidade de produção/ gravação, entre eles ficaram: “This is Exile - Whitechapel” e “In Sorte Diaboli - Dimmu Borgir”. Mas nós não tinhamos idéia do que esperar. Que efeito teve a demo neste álbum? Sean: Eu acho que a demo teve exatamente o efeito que esperavamos, que seria os fans que adquirimos antes de lançarmos o EP. No tempo que lançamos a demo, todos nós estavamos muito orgulhoso dela, mas vendo agora, realmente não da pra comparar com o EP. Qual a principal diferença entre a demo e o EP, “Lord of Woe”?
Sean: Há muitas coisas! A qualidade da gravação, o som se tornou mais maturo, o uso mais intensivo de piano e sintetizador e a gravação ao vivo da bateria, obviamente. Eu acho que nós evoluimos em termos de composição. Como foi o processo de composição do EP? Vocês compuseram todso juntos? Quanto tempo levou? Chris: Bem, nós usamos duas músicas do ano passado (The Eternal Cold e Affliction Of The Dead) e renovamos o EP. As outras faixas provavelmente levou 2 a 3 meses, devido à forma minha exigente de trabalhar. Basicamente, tudo começa comigo, trazendo um esboço na guitarra ou baixo e então começa a survir algumas idéias na bateria. Eu começo tocando as músicas com Tim, Cody e Heather trabalham juntos no piano antes que a música seja passada para Sean, que cuida das letras e dos padrões vocais. O que os fans podem esperar quando comprarem o CD? Sean: Um som sombrio, triste, brutal e épico. Quais são seus planos para o futuro? Chris: Nós estamos planejando uma turnê na Australia e também estamos vendo uma turnê para a UK/Europa, esperamos que isso dê certo em Junho/Julho do ano que vem. Vocês gostariam de adicionar algo? Chris: Obrigado por ler esta entrevista! Por favor ouça o nosso som em: http://www.myspace.com/makethemsufferau ou http://www.facebook.com/makethemsufferau. Nós também estamos no Last FM e se você quiser comprar nosso EP na nossa loja (Bigcartel), nós ficariamos muito agradecidos. IAN K. MENEZES
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Direto de Goiânia Rock City Pedro Cipriano, vocalista da banda Mugo, conversou com a Six Seconds sobre os projetos da banda, a cena independente brasileira e como é fazer parte de uma das cenas rock mais ativas do país. Bom, vamos do início, como surgiu o Mugo? Tudo começou em 2006, esse ano foi bastante produtivo e muito importante para o introsamento e para fase de composição das musicas, todos os integrantes do MUGO tocavam em outras bandas e ja eram figuras conhecidas pela cena musical da cidade, nós nos conhecemos dessa forma, um sacava o trabalho do outro por shows, ensaios e pela internet também, esse ano foi interessante porque todos nós tínhamos saído dos projetos que estávamos, encontramos algumas vezes nos rocks da vida e falavamos que um dia fariamos um som juntos e foi dessas conversas que surgiu a oportunidade de juntarmos pra fazer um som eu - Pedro Cipriano (Vocal) Léo Alcânfor (Guitarrra), Gil Vieria (Baixo) e André Splinter (Bateria) não esquecendo é claro do nosso produtor Antônio Guerino que desde o primeiro ensaio já fazia parte da banda também, de forma natural no primeiro ensaio ja tinhamos o formato perfeito e funcionou muito bem, desde então estamos quebrando túdo juntos, com uma pequena mudança na formação. Vocês estão com uma nova formação, certo? Como ocorreu essa mudança? Sim, o que ocorreu foi que o Léo (guitarra) mudou de cidade por motivos de trabalho e motivos pesSIX SECONDS #10 | P. 25
soais, pra ele estava bem complicado ter que viajar pra Goiânia para ensaiar e para fazer shows, o MUGO ta sempre na correria e somos uma banda muito ativa, ele percebeu que estava nos freiando demais e pediu pra sair, nós somos muito amigos e conversamos a respeito e chegamos a conclusão que seria para o melhor da banda, rapidamente começamos testes com outros guitarristas e fomos surpreendidos por dois grandes músicos da cidade que no primeiro teste ja chegaram fazendo a diferença tocando todas as músicas muito bem executadas e super interessados em trabalhar com a gente, então a mudança foi nas cordas, antes era uma guitarra e agora são duas, o que mudou bastante o nosso som, ficou bem mais pesado e elaborado, saiu Léo e entraram Lucas Henrique e Augusto Scartezini Goiânia é conhecida por ser um grande centro da cultura de festas de peão e música sertaneja, mas pra compensar, também é conhecida como “Goiânia Rock City” pela força da cena rock independente. Como você descreveria esse contraste? Eu descreveria como a salvação dessa cidade e dos milhares de rockeiros que vivem aqui, há muitos anos a cidade está mobilizada pela causa rock, produtores, bandas e público estão diariamente lutando para melhorar a estrutura e a qualidade da cena
musical, essa história de que Goiânia é a capital da música sertaneja não cola mais, isso é passado remoto, não aceitamos esse rótulo e lutamos muito pra fazer diferente, temos sim uma das cenas mais ativas e explosivas da américa do sul, em qualquer lugar do Brasil que você for hoje e perguntar sobre Goiânia para qualquer banda que já tenha tocado aqui ou ao menos ouvido falar vai poder te confirmar isso, o público consome e ferve nos shows a energia que rola aqui é diferente. Fico muito feliz de fazer parte desse movimento que cresce diariamente de forma enlouquecedora, a cena ta pegando fogo, todos os festivais estão sempre lotados e o que não falta são bandas fudidas pra tocar, estamos fortalecendo e expandindo cada vez mais nosso networking mandando os sons pra fora do país também. Convido a todos que estão lendo essa entrevista para conhecerem nossa Goiânia Rock City, garanto que não vão se arrepender! O primeiro CD da banda, “Go the the Next Floor”, foi lançado em 2009 depois de vocês terem vencido o festival TacabocanoCD. Como foi o processo de gravação do disco? Foi muito legal, nós gravamos o disco no estúdio RockLab com os produtores Gustavo Vasquez e Luis Maldonalle, a experiência toda foi bem loca, da pré produção até a mixagem foi muito interes-
sante, o Gustavo (Mestre) é uma pessoa muito bacana de trabalhar junto, tem idéias ótimas e uma aparelhagem de deixar qualquer colhecionador de boca aberta, esperimentamos vários timbres e processos diferentes durante a gravação, tomando muito café e cerveja (rsrs) finalizamos o disco em 2009. A única coisa que não fizemos em Goiânia foi a masterização que ficou por conta de Allan Douches do estúdio West West Side Music que fica em New York, conseguimos entrar em contato com o cara e fechamos negócio com ele, putz, ficou muito foda, o cara já trabalhou com uma galera da pesada, como Lamb of God, Hatebreed, Sepultura entre outros. O CD de vocês foi lançado pela Fósforo Cultural, mas vocês ainda são uma banda independente, certo? Eu gostaria de saber, na sua opinião, qual o lado bom e o lado ruim de ser uma banda independente. Sim, lançamos pela Fósforo Cultural e o cd é distribuido pela Alvo que é um braço da Monstro Discos e pelo selo Siksigma Music and Sports nos Estados Unidos, nós somos sim uma banda independente e como tudo na vida isso tem o lado bom e o ruim, o lado bom é que você é sempre livre pra tomar suas próprias decisões e assim poder dar o rumo que julgar melhor para o seu projeto, o lado ruim é que se torna cada vez mais difícil alcançar as massas que querendo ou não é a forma mais direta pra se estabilizar como artista, normalmente os shows grandes que se consegue são os festivais independentes, não sei se ainda cabe ser colocado dessa forma, o mercado da música mudou, hoje não se vende mais discos como antigamente e não existe um suporte tão grande vindo das gravadoras e dos contratos porque esses já não tem o mesmo poder e influência devida a queda desse mercado, o presente é a internet e as redes sociais, acontece que ta tudo muito fácil de ter acesso, as pessoas já não se relacionam mais com a música, hoje você ouve falar de uma banda e em exatos quinze minutos você acha tudo que existe da banda na internet isso fica muito fácil e pode se tornar meio superficial, antes você tinha que esperar o cd ser lançado e juntar o dinheiro pra ir na loja e comprar, rolava uma puta ansiedade e curisosidade, então os parâmetros mudaram e já fica bem mais distante essa relação de independente e mainstream, as bandas começam a se tornar um tanto quanto descartáveis. Continuando no assunto da pergunta anterior, o número de bandas independentes no Brasil é muito maior do que o de bandas contratadas e de um tempo pra cá foram criados vários festivais pra tais bandas terem uma maior divulgação do que teriam sozinhas e etc, meio que criando uma contracultura. Você concorda? E o que você acha
da cena underground brasileira? Não só concordo como faço parte desse movimento, a realidade é essa, se você não faz parte de uma gravadora você tem que correr atrás do seu, e assim como as bandas estão correndo atrás do pão de cada dia, da mesma forma estão os produtores e agentes de shows, os festivais e as agências como a Fora do Eixo são a salvação da música do presente, são os festivais que viabilizam as oportunidades para as bandas circularem pelo país de forma mais barata e expecífica, normalmente em um festival você conhece uma galera do meio e fortalece o seu networking, e a chance de você tocar para um público alvo e carente de novos sons é bem maior do que você meter as caras e marcar um show só da sua banda antes de ter circulado e feito um certo público pra sua banda. Em Goiânia e pelo Brasil inteiro existem festivais super respeitados e muito legais que oferecem estrutura e espaço para as bandas independentes conseguirem executar seu trabalho. A cena underground é fuderosa e não para de crescer, vou citar alguns festivais que já representam o que estou falando muito bem, em Goiânia tem o Goiânia Noise, Vaca Amarela, Bananada, Trash Core Fast, em Cuiabá tem O Calango, em Porto Velho tem o Casarão, em Natal tem O DoSol, em Uberlândia tem o Jambolada, em Brasília tem o Porão do Rock, em Recife tem o Abril Pro Rock, em Londrina tem o DemoSul, em João Pessoa tem o aumenta que é rock, tem São Paulo também que querendo ou não é o berço do networking, lá qualquer banda tem que ir, o MUGO está devendo uma ida lá tem tempo já. Então pelo brasil todo existem festivais de nível altíssimo e prontos pra receber bandas e público para se relacionarem de forma interativa. Esse movimento não para de crescer. Vocês gravaram um clipe pra música “Screams”. Como foi essa experiência? E porque escolheram essa música? Foi muito boa, ficamos 24 horas rodando no Centro Cultural Oscar Niemyer ( o grande Elefante Branco) em Goiânia, chamamos todos os nossos amigos e fâs pra participarem com a gente, fizemos uma roda e colocamos pra fuder com túdo até conseguirmos o material suficiente pra edição, o videoclipe foi dirigido pelo nosso produtor Antônio Guerino e nós decidimos usar a música Screams porque ela é a nossa musica de trabalho e representa bem as características do nosso primeiro disco. Quais os momentos do Mugo você destacaria como os mais importantes até agora? Cada momento tem sua particularidade e sua importância, nós ficamos muito felizes de poder participar de festivais grandes como Porão do Rock onde tocamos depois do Sepultura e antes do Angra bandas já consegradas, Goiânia Noise com Helmet,
Claustrofobia, Korzus e Sepultura, entre outras coisas, estar em uma banda é uma sentimento muito foda, cada dia é uma nova situação, a mais nova felicidade que tivemos foi a de lançar o cd nos Estados Unidos pelo selo Siksigma Music. “Go to the Next Floor” acabou de ser lançado nos Estados Unidos. Isso já era um plano de vocês ou foi algo que aconteceu eventualmente? Tínhamos a intenção de lançar o cd nos Estados Unidos desde o princípio, mas não tínhamos recebido nenhuma proposta ainda, só agora quase um ano depois do lançamento no Brasil conseguimos o contato certo nos Estados Unidos para podermos lançar lá, o selo é o Siksigma Music and Sports e o site é www.siksigma.com. E agora quais são os planos de divulgação do CD e da banda lá fora? Vamos continuar bombando na internet como sempre fizemos, pelas redes sociais e pelo Myspace que estamos sempre atualizando e aumentando a quantidade de amigos adicionados, já estamos com 63.000 amigos adicionados por todos os quatro cantos do mundo e ultrapassamos 2 milhoes e quinhentos mil plays, a intenção é conseguirmos armar uma tour pelos Estados Unidos e depois Europa, se surgir o convite e houver viabilidade vamos pra qualquer lugar do mundo. Vocês tem a intenção de lançar o CD em outros lugares fora Brasil e EUA? Sim temos intenção de lançar o cd aonde for possível, só precisamos do contatos e contratos certos para isso. Quais são os próximos planos da banda? 2011 cd novo e video-clipe na área, divulgação pesada e muitas tours. Que disco você gostaria de estraçalhar? Qualquer um dessa “onda” colorida e qualquer um sertanejo “universitário” se é que da pra considerar isso (rsrs). Últimas palavras? Valeu Lívia e toda a galera da Six Seconds, nós do MUGO gostariamos de agradecer a oportunidade e mandar um salve pra toda a galera que gosta de som pesado sangue nos olhos.VALEU!!! Blood and Soul. MUGO LIVIA RAMIRES
OS DISCOS QUE PEDRO CIPRIANO TEM OUVIDO RECENTEMENTE
Lamb Of God - Wrath
Chimaira - The Infection
Sevendust - Cold Day Memory
Fear Factory - Mechanize
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Black Sabbath - Sabotage
O primeiro álbum do Black Sabbath que eu ouvi, lembro especialmente de “Am I Going Insane” (eu estava chapado).
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Taake - Hordaland Doedskvad
Bathory - Bathory
Darkthrone - Sardonic Wrath
Hoest é um gênio. É muito melódico e ao mesmo tempo muito cruel. VII é uma das melhores músicas de Black Metal.
Tenho quase certeza que é isso que o Diabo ouve, quando estava festejando. Quorthon R.I.P!
Quando Darkthrone começou no punk, uma de nossas influênicas, quando começamos Kvelertak.
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Pentagram - Be Forewarned
Burzum - Burzum
Slayer - South of Heaven
Mercyful Fate - Melissa
Ulver - Nattens madrigal
High on fire - Blessed Black Wings
Meu álbum favorito de Doom de todos os tempos, um sonho se tornou realidade quando os vi no festival “Hole In The Sky” em 2009.
Black Metal não fica mais frio do quê isso, “War” foi a primeiro (e quase a única) música que eu aprendi na guitarra!
Meu álbum favorito do Slayer, eu realmente gosto da produção e os vocais limpos deste álbum. A transição de “Behind the crooked cross” para “Mandatory suicide”, me da quase sempre arrepios.
Hail to the King!
Rumores que esse álbum foi gravado na floresta! Pode até ter sido. Uma obra de arte totalmente crua.
Mike Pike é foda. O break acústico de “Face of Oblivion” não tem preço.
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Já que a religião é algo que se define pelas mais breves pesquisas como um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que se diz ser sobrenatural ou divino, por obrigação devemos pelo menos, dar a mínima atenção. Sendo assim, procurei observar com terceiros olhos como ela se manifesta em um todo perante a humanidade, e eu não estou me referindo apenas ao deus metal. A Stay Brutal desta edição te levará para dentro dos mais abençoados santuários até as mais devastadas capelas satânicas. Comecemos obviamente então, pelo ponto mais alto: absolutamente tudo nos dias atuais está diretamente ligado a religião e seus crentes. Derivando do latim ou não, todas as pessoas precisam acreditar em algo superior, seja você mesmo essa superioridade, seja algo dentro de você, seja algo localizado no metafórico céu ou nas profundezas do inferno. Isso trás a sustentabilidade e o equilíbrio pessoal até mesmo das outras raças. Além de muita fé e taças de vinho seguidas de hóstias, a companheira e traidora religião é uma das maiores rendas financeiras do mundo há anos. Porque será, afinal? Será tão fácil brincar de deus, se sentar em um imaginário trono e apenas mover os seus peões? Essa é uma das únicas certezas que nós teremos até o fim de nossas vidas sem precisarmos ler nenhum versículo bíblico, acreditem. Deixando o tema rentável de lado, os contras, meu caro leitor, acabam sempre difamando os mais protegidos prós naturalmente. Existem boatos, que por muitos são mais verídicos que suas próprias crenças: a existência do Necromancer, o tão temido livro dos mortos, guardado a sete chaves no Vaticano, o Barack Obama ser um dos finais sinais do apocalipse, a maçonaria ser a maior e mais poderosa organização secreta do mundo e entre outras questões incertas, porém curiosas. Devemos nos guiar, no final, apenas por aquilo que nos completa. Devemos nos guiar? Devemos deixar algo supostamente superior e imaterial deixar de nos fazermos incrédulos e ineptos? Devemos? Dever. É ele quem te livrará do laço do caçador, e da peste perniciosa. – Optamos por sermos a peste perniciosa. Alimentamos nossos demônios de outros demônios por opção: tudo indica tamanha necessidade então. Para afastar os males, oramos, nos devotamos, nos entregamos de corpo e alma e nos tornamos maiores. Outros, não sentem a vontade de se alimentarem assim, ou oram de outras formas. A música, por si própria, não deixa de ser uma oração: os instrumentos pregam por nossa devoção e as canções são sempre novos salmos tão subjetivos quanto os católicos. Ele não se importa, interpretem como quiserem. Eu também não. A devoção da devoção – As nossas igrejas, representadas por nós mesmos, nossos lares e até nossas casas de shows, supervalorizaram-se sozinhas, assim como as verdadeiras igrejas. Ao ajoelharmo-nos, percebemos até mesmo nos opondo que encontramos algo que não encontramos nas velas e nos crucifixos, levamos até a superfície a nossa fé independente dos preconceitos e reestruturamos cada santidade, cada benção e cada ponto final. Alguns até chegam a chamar de novo cristianismo a forma de simplesmente acreditar convictamente em Deus. Honradamente e é claro, apoiadas por mim, muitas bandas mesmo hoje em dia fazem questão de se definirem como cristãs, fazendo os sub-gêneros musicais caírem por terra. Atitudes como essas podem ser interpretadas como uma bênção, e aceitar o metal em companhia com algo verdadeiro como se mostra, um milagre. Ainda assim, existem as crenças absolutamente extremas, de todos os lados, que não se contentam em apenas louvarem para si mesmos. Desde os que acham moralmente intrigante entregar o que é chamado de alma para um anjo caído que se auto-rebaixou ou para um vendado falso profeta, devemos aceitar que todos são suportados por uma plataforma em seu eixo. Esse eixo agora, é o único eixo que importa. Quando me invocar, eu o atenderei; na tribulação estarei com ele. Hei de livrá-lo e o cobrirei de glória. Com brilho nos olhos, senti e presenciei uma divindade presente recentemente em uma das últimas casas de shows que trabalhei, da mesma forma que em muitas já senti um imenso e gordo encargo. O que ocasiona isso? As nossas próprias harmonias imperfeitas. Dentre dos maiores sacrifícios, aceitar a melodia que lhe faz se entregar, é mais arrepiante do que ver o próprio demônio na sua frente. Chorar, mesmo secretamente, diante de uma letra musical que expressa o que você precisa expressar, é purificador. Balançar a cabeça sabendo que a mizona não está representando apenas mais mortes e chacinas clichês, é excitante. Ver os maiores metaleiros beijando os pés de invisibilidades, é curioso. Tocar então, apenas não só para você e saber que algo muito maior, pelo menos para si, está lhe ouvindo, é uma das maiores realizações. Brutal mesmo é saber profundamente que essa superioridade está aceitando sua oferenda, suas palavras e o seu ato de se curvar.
Agradeça-se por acreditar em algo maior. Que seja feita a tua vontade, amém.
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AUGUST BURNS RED CONSTELLATIONS Para mim esse álbum é uma obra prima.
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AS I LAY DYING AN OCEAN BETWEEN US
WHITECHAPEL A New Era Of Corruption
OUR LAST NIGHT We Will All Evolve
Despised Icon Day Of Mourning
esse é um álbum marcante para mim, acho esse álbum sensacional, é impossível enjoar de ouvir.
Achei esse o melhor lançamento de 2010, produção linda, composições sinistras, Whitechapel é uma banda que é difícil vir algo ruim.
Esse álbum me deixou de queixo caído, eu ja curtia o ghosts among us, mas esse eles capricharam demais, um cd que é muito bom de se escutar, sons muitos equilibrados e muito criativos.
Nem preciso falar nada né.
7
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9
6
PARKWAY DRIVE DEEP BLUE
IT DIES TODAY SIRENS
SUM 41 CHUCK
Eu amo Parkway Drive. Achei esse CD ótimo demais, muita melodia, peso e breados, as músicas são muito boas, o cd é bem equilibrado em relação a peso e a um som mais suave, como “unrest” e “home is for the heartless”
Embora muitas pessoas critiquem esse álbum, eu curto demais, foi meio que uma experimentação, Nick usou muito o vocal melódico, mas as composições ficaram muito boas, as músicas são um bem grude, ótima banda, ótimo álbum.
Eu sempre curti Sum 41, desde pequeno. Pra mim esse álbum deles arregaça demais e as músicas são muito bem elaboradas e tem um peso que deixa o CD diferente.
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5
4
BLIND WITNESS Nightmare On Providence Street Peso, ignorância, e mais peso.
10
DESTROY THE RUNNER I LUCIFER Acho esse cd muito bom, a banda mudou um pouco em relação ao seu primeiro material Saints, mas mudar nunca é demais, e eu curti muito esse cd.
O
SWU é um dos maiores eventos realizados no Brasil, e em sua primeira edição trouxe bandas de grande porte como Linkin Park, Incubus, Joss Stone, Queens Of The Stone Age, Pixies e o Rage Against The Machine, que tocou no primeiro dia. O SWU foi bastante divulgado nesse ultimo mês, além de diversas promoções de ingressos, sua idéia sustentável, e a cobertura do canal Multishow, até a Rede Globo divulgou o evento. Portanto, já era esperado um número grande de público, e foi o que aconteceu. Para chegar até o Maeda, onde ocorreu o SWU, teve toda uma estrutura com guardas, sinalização e transporte. Infelizmente, para volta, talvez pelo grande número de pessoas, a organização e o transporte deixou muito a desejar. Mas vamos falar do show.
Estrutura
Estrutura
Chegando lá, para adiantar, resolvi comprar algumas fichas de cerveja e comida, isso me fez perder uma hora na fila, e se tivesse com cartão de crédito, passaria raiva, porque a probabilidade de conseguir fazêlo funcionar seria muito baixa. Os dois palcos principais Agua e Ar foram bem estruturados, um ao lado do outro, e conseguiram atender o público de ambos, então, foi por ali que fiquei a maioria do tempo. Claro que dei alguns rolezinhos para saber o que estava acontecendo no evento, mas, depois que o pouco sol que tinha em Itu acabou, o vento cortava, e a melhor opção não era andar por aí. Perdi o show do Brothers of Brazil e Black Drawing Chalks. Não conheço a última, e a banda do Supla e seu Irmão não fez falta. Macaco Bong foi bacana, pena que passou um pouco despercebida pelo público.
Estrutura
Estrutura
Infectious Grooves fez um show legal, levou uma galera da área vip para o palco e Mike Muir se aproveitou da popularidade do Suicidal Tendencies para animar o público, mas não foi nada de extraordinário. Mutantes fez toda a macumba que deveria fazer, e talvez pelo fato de não se firmarem com uma vocalista desde Rita Lee, a banda não parece ter muita sintonia com o público, e passou despercebido no festival. Já Los Hermanos surpreendeu.
Los Hermanos
Infectious Grooves
The Mars Volta
Agitou a galera, ou melhor, a galera que conhecia a banda, porque eu não tenho muita afinidade com Marcelo Camelo e cia, então senti uma grande “bad trip”e fui dar uma volta. Mas o público estava bem ativo e participativo. O Mars Volta também não fez feio e mandou super bem na sua apresentação. Um som experimental e psicodélico, que deixou o público mais louco ainda pela apresentação principal, Rage Against The Machine. Antes do show do RATM, a organização fez umas promoções furadas e claro, foram vaiados pelo público. A sirene de “Testify” anunciou que o Rage Against The Machine estava chegando. E não precisou de muito para que Zack De La Rocha se identificasse com a plateia. Foi uma energia muito boa. Parecia que a banda toda se sentiu em casa. E o público também. Já na quarta música, a galera começou a enlouquecer, e quando percebi, estava quase na area vip. Bastou
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um deslize e já estava lá, assistindo de frente para o palco. O pessoal começou a invadir e empurrar a area vip, o que fez a organização parar por um tempo o show até que o tumulto acalmasse. Rage Against The Machine fez uma apresentação excepcional. Não diria impecável porque a banda tocou uns 3 minutos somente com as caixas de retorno ligadas, e só nós privilegiados da área vip conseguimos escutar. No mais, a banda fez um show digno de primeira vez no Brasil, cheio de energia e sintonizaram com as terras tupiniquins.
Uma sacada boa da organização foi colocar o Dj Marky na tenda eletrônica logo após o show do RATM. E foi pra lá que eu fui. Até as 2h estava bombando a pista eletrõnica. Não sei a hora que acabou, mas depois das 2h fui embora sabendo que tinha presenciado uma apresentação única do Rage Against The Machine, que mandou super bem tocando no Brasil. E bacana foi ver que eles também gostaram do show.
A organização se preocupou muito com o marketing, com a sustentabilidade e esqueceu de dar um suporte efeciênte para o público. Havia muita gente reclamando, e o SWU se escondeu atrás das ótimas atrações presentes no evento. Ano que vem promete outro. Espero que o nível das atrações seja o mesmo, mas a organização tem muito que melhorar. MICAEL DELGADO
Para voltar, os ônibus que levariam o público para os bolsões do estacionamento simplesmente sumiram. Rage Against The Machine
Rage Against The Machine
Cavalera Conspiricy
Autoramas
Avenged Sevenfold
Crashdiet
SIX SECONDS #1
Avenged Sevenfold
Avenged Sevenfold
Tendo feito uma brilhante apresentação em terras brasileiras em maio de 2008, com direito a comentários do tipo: “Brasil é o país mais energético do mundo para se tocar. Nós voltaremos”, os californianos do Avenged Sevenfold enlouqueceram os fãs na noite de 11 de outubro de 2010, no polêmico e debutante SWU Music & Arts Festival. O festival, vítima de torrentes de reclamações quanto à organização e, por outro lado, considerado por alguns o Woodstock brasileiro, tornou-se objeto de estudo quanto ao futuro dos festivais de grande porte no país, que, com o SWU, prometem tornar-se cada vez mais frequentes. Não entrando no mérito, aqui, a discussão da organização de todos os outros shows do festival, vamos à apretalhes interessantes às canções, eram onipresentes. Com a pergunta do frontman Matt Shadows: “Quantos aqui vieram para seu primeiro show do Avenged? Bom, bem vindos à família”, a banda iniciava “Welcome To The Family”, outra faixa, com certeza, considerada um hit do último relase, cantada energéticamente por todos, e seguida de uma das músicas mais esperadas, de releases anteriores, “Beast And The Harlot”, impressionante na fidedignidade à versão estúdio e na precisão da execução impecável. A platéia então, ainversão estendida, com repetição de alguns riffs e algumas brincadeiras em coro entre a platéia e a banda. Um dos momentos mais pesados da noite. O setlist – ainda que curto - extremamente bem balanceado entre os clássicos de releases anteriores e os próximos hits do último CD, fechava-se então com os refrões recorrentes de “Almost Easy”, acompanhados da promessa do frontman Matt Shadows: “Voltaremos ano que vem para uma turnê de verdade”, se referindo, possívelmente, à relativamente curta duração de sua apresentação no festival. Para alguns, a orSIX SECONDS #10 | P. 33
sentação do Avenged. A banda, uma das mais esperadas da noite e de nome carregado nas camisetas da maior parte dos presentes, iniciou o show pontualmente no horário esperado, já sob a claridade da lua. A iluminação azul escura, acompanhada da projeção da capa de seu último release, Nightmare, no fundo do palco, dava a atmosfera que se completava com os pianos macabros do início da música de mesmo nome, “Nightmare”, suficiente para que os fãs ensandecidos gritassem com todas as forças. Entrando então no palco os integrantes, e levando a platéia ao total descontrole, os gritos gerais de “It’s your fucking nightmare!” embalavam o início da apre-
Avenged Sevenfold
Avenged Sevenfold
sentação, que se seguiu com a políticamente engajada “Critical Acclaim” que, por ter um refrão cantado pelo falecido baterista do grupo James “Rev” Sullivan, veio acompanhada da projeção de uma homenagem ao membro, além do refrão gravado em sua voz original, em vez de uma reposição. A energia exalava de todas as partes. O peso, a técnica e precisão na execução dos riffs, bem como a energia do frontman Matt Shadows (com certeza nascido para o que faz) e a excelente performance do ex-Dream Theater, Mike Portnoy, que, sem dúvida, é capaz de segurar o tranco do falecimento de seu antecessor, inserindo viradas inteligentes e deda demonstrando um furor sem igual, acompanhava a música seguinte “Buried Alive”, com os gritos “And it seem I’ve been buried alive!”, e mantinha a mesma energia no hit seguinte “Afterlife”, cujo refrão grudento era cantado em coro uníssono por todos os presentes, dos mais próximos aos mais distantes. Com a rápida “God Hates Us”, a platéia de mais de 50 mil pessoas, amontoada proxima à grade, pingava de suor à uma temperatura de 12ºC e se preparava para o peso da seguinte e lendária “Unholy Confessions”, em ganização se fez impecável; segurança bem instalada; horários cumpridos corretamente; áudio perfeito, enquanto que para outros, a noite acabou sendo diferente; complicações; gente passando mal; segurança precárica. Seja lá qual seja o veredito final de cada indivíduo, o indubitável é que a apresentação do Avenged Sevenfold no SWU foi, com certeza, uma das melhores do ano, e mostrou que a banda não se abalou pela morte de seu integrante e continua com forças para continuar trilhando um grande caminho. Esperamos por 2011. RODOLFO ALMEIDA
Cavalera Conspiricy
O dia 11/10/10, terceiro dia do SWU Music & Arts Festival, foi e será sempre conhecido como o dia de peso do Festival. Tendo contado com bandas e gêneros de toda sorte, de Regina Spektor à Rahzel, passando por Yo La Tengo e Avenged Sevenfold, o festival pôde trazer o melhor de diversos mundos para aqueles interessados nas apresentações, com apresentações mais leves em alguns dias e pesadas em outros. O terceiro dia, indubitavalmente, foi o que reuniu a maior massa de simpatizantes da música pesada dentre os três dias de festival, coordenando apresentações de bandas de peso em algum sentido, seja em seus passados ou presentes; Avenged Sevenfold; Linkin Park; Gloria; Crashdiet; e a, com certeza, mais pesada do dia, Cavalera Conspiracy.
Cavalera Conspiricy
Todos os que, em dado momento, acompanham ou já acompanharam a história da banda Sepultura e dos irmãos Max e Igor Cavalera, com certeza, se não estavam presentes, estavam na expectativa pela repercussão da apresentação do Cavalera Conspiracy (formado pelos ditos irmãos Cavalera). Terminado o show do Yo La Tengo, o peso que transpiraria do suor de todos os presentes, se prenunciava na entrada dos lendários membros no palco. Igor cômicamente trajando uma camisa do Palmeiras (o que faria com que Max mais tarde se referisse à ele por “esse palmeirense filho da puta, aqui”), e Max, empunhando sua patriótica guitarra estampada com a bandeira nacional, iniciavam logo de início um dos maiores hinos de seu único
release, “Inflikted”, cantado à plenos pulmões por todos aqueles que conheciam a banda (que, curiosamente, eram poucos em relação aos que esperavam pelo Avenged Sevenfold, por exemplo. Vai entender..) e em uníssono: “Inflikted! Show no mercy, motherfuckin’ wicked!”. Seguindo então a ordem do CD, Inflikted, vinham então a rápida“Sanctuary”, pregando mensagens violentas por meio de um peso incomparável e uma de minhas favoritas, “Terrorize”, poderosa em todos os aspectos e levando a mensagem que melhor descreve o Cavalera Conspiracy: “I am abomination/I am desecration/I am the ritual killing/I am the voodoo rising”. É incrível a capacidade de reprodução pre-
cisa dos instrumentais e a moral de Max, com uma performance vocal incrível, guitarras implacáveis e ainda agitando a platéia à niveís máximos. O show seguiu então com um cover (esperado) do Sepultura, “Refuse/Resist”, cantado em coro estrondoso por todos os presentes e seguido das rápidas e furiosas “The Doom Of All Fires” e “Hex”, aqui a performance de Igor Cavalera nas baterias é simplesmente avassaladora, reproduzindo com uma fidelidade sem igual às faixas estúdio e levando todos os apreciadores do peso à loucura. Segue então um, menos conhecido, cover de Nailbomb, “Wasting Away”, gerador da fúria e de algumas rodas que se faziam no meio das mais de 30 mil pessoas ali presentes, junto de “Hearts Of Darkness”, onde podia-se ouvir o coro da platéia “where madness is endless/where hate is endless/where hope is endless”. Veio então, mais um cover de Sepultura. Dessa vez, a rápida “Attitude”, cujos riffs eram executados com precisão asssustadora. O entrosamento dos integrantes era transparente e incrível, bem como a capacidade de mantar o alto nível técnico, enquanto agitava o público desvairado. Veio então a últimas do release Inflikted, “Ultra-Violent”, seguida, por um anúncio de Max de que tocariam uma música nova, que estaria contida no próximo release, em processo de gravação, chamada “Warlord”. O nível do peso e da técnica continuam presentes nesta faixa, nos anunciando que o próximo release do Cavalera com certeza deixará uma marca na história dos irmãos. As faixas seguintes foram um retorno às origens e um presente aos saudosistas. Covers de Sepultura, “Troops Of Doom” e a lendária e que não poderia faltar “Roots Bloody Roots”, colocaram o lugar abaixo e foram, com certeza, os maiores de maior peso do dia. Todos os órfãos do Sepultura estavam lá, estimando pelo futuro do Cavalera Conspiracy e apreciando uma das maiores manifestações de técnica da cena do metal. Neste momento, todos, todos mais novos aos mais velhos, cantavam os épicos refrões: “Roots, Bloody Roots!” e o peso era evidente e onipresente. O Cavalera então, agradecendo à presença de todos os presentes, e seu apoio à cena do “metal de verdade” deixou o palco com a promessa de um novo CD que, pelo pouco que pudemos ver e ouvir, com certeza, será um dos maiores releases do ano. RODOLFO ALMEIDA
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The Devil Wears Prada Zombie (EP) Ferret Music
Após o lançamento do full-length (With Roots Above And Branches Below), o sexteto The Devil Wears Prada de Ohio, trazem uma diferente proposta com seu EP lançado em meados de agosto, “Zombie”. A proposta é mais simples impossível, um EP de 5 músicas e 22,2 minutos de peso, baseado completa e inteiramente nas conhecidas e famigeradas criaturas conhecidas como Zumbis. O frontman Mike Hranica declarou que o álbum surgiu de seu súbito e forte interesse pelo tema ao ler “Manual de sobrevivência à ataque zumbi” (The Zombie Survival Guide), série de livros publicada por Max Brooks em 2003 retratando possíveis ataques de hordas zumbis, as precauções a serem tomadas e diversos relatos de ataques zumbis no curso da história humana. A série despertou interesse na banda, que prosseguiu com a proposta de criar um álbum centrado todo em um tema “divertido”, entregue de forma pesada e brutal. O EP em sua inteireza é ótimo, mostra um TDWP muito mais técnico e desenvolvido e cada faixa revela uma inovação em cada aspecto musical,
Maylene and the Sons of Disaster II Ferret Music
Cuspindo pela janela de seu Impala vermelho enferrujado, você estica o braco para fora, coloca seu óculos Aviator, aumenta o volume do toca-fitas e troca de marcha ao chegar à Route 66, voando em direção à um bar onde a madeira, invisível atrás das cortinas de fumaça e manchada de cerveja barata, conta histórias de brigas violentas e sanguinárias, entre homens largos de xadrez, bigode e cenho carrancudo. O que tocava em seu carro e na Jukebox deste bar, durante os duelos que lá se firmavam, era com total certeza Maylene And The Sons Of Disaster. O atual quinteto de Birmingham, Alabama, em 2007 nos entregou este que é um dos cartões-postais do hardcore (metalcore?) sulista da atualidade, repleto de todos os elementos característicos do gênero; guitarras que nos remetem ao hard rock, vocais característicos e melodias grudentas. “II” é um exemplo de musicalidade, técnica e ritmo, contando a história de Ma Barker, rebelde sulista que nos estados unidos do início do século XX cometia crimes desenfreademente com a ajuda de seus quatro filhos (“The Sons Of Disaster”), daí o nome da banda. Musicalmente falando, o full-lenght de 40m31s é excelente, contando com breakdowns lentos (quase que disfarçados), ao estilo Every Time I Die, como em “Memories Of The Grove”, solos raros na cena atual em “Plenty Strong And Plenty Wrong”, linhas principais intercaladas de guitarras fritadas em “Darkest Of Kin”, ritmos extremamente grudentos em “Wylie” - dona do refrão que não deixara sua consciência em paz “I wanna say what needs to be said/Addicted to the turbulence” - e até mesmo melodias calmas em violões sulistas em “Tale Of The Runaways” (novamente a história de Ma Barker vem à tona). O baixo serve de bom sustento ao instrumental, mantendo o ritmo fluente, e as baterias trazem os ritmos na hora certa, apesar de pouco criativas, sendo destaques do álbum as guitarras e principalmente os vocais de Dallas Taylor (ex-vocalista dos atualmente gigantes do Metalcore, Underoath) secos, ásperos e gritados, muito provavelmente críticados por qualquer professor de canto, mostrando preocupação zero com técnica, remetendo ao cenário em que um bêbado sobe na mesa
ficando difícil a escolha de destaques. A abre-alas “Escape” mostra um ótimo equilíbrio entre vocais limpos (grudentos, curtos e maduros) e os vocais rasgados de Mike, bem como o bom uso de samples eletrônicos aliados à velocidade sem a desassociação do peso da banda. A segunda faixa “Anatomy” nos revela, finalmente um bom uso dos palm mutes, as rápidas guitarras e baterias, e o contra-balanço sutil de linhas de piano, bem como elementos de pós-produção. “Outnumbered”, lançada com antecedência pela banda, inicia-se com um monólogo sampleado que nos diz basicamente “ATIRE NA CABEÇA”, e é uma das melhores do EP, reunindo todos os elementos desenvolvidos. Rápida, letal, e rítmica. Logo vem “Revive” que nos primeiros segundos nos mostra o avanço nas seis cordas, com riffs que saem do mesmo “chug chug” de sempre, vocais limpos grudentos e ótimos elementos de produção e em seguida temos a final “Survivor”, nos mostrando um baixo muito mais expressivo e baterias inovativas na banda. Repleto de guitarras rápidas - sendo
de bilhar e começa a gritar suas verdades em meio às cartas de baralho até estatelar-se no chão mofado, sendo este exatamente o fator que faz com que os vocais de Dallas sejam tão impressionantes e fervorosos. Só não esperemos que sua voz dure muito. O álbum em si é fantástico, pecando apenas na falta de criatividade das linhas de baixo e das baterias (lineares e que fariam uma diferença ENORME se usadas de forma mais inventiva), bem como no liricismo das canções, dotadas de letras por vezes clichê (“Stand up/fist out/wouldn’t have it any other way” - Plenty Strong And Plenty Wrong), bem como a linearidade dos vocais que apesar de excelentes, um dos destaques do álbum, tornam-se repetitivos em meio aos tempos EXATAMENTE iguais na maior parte das faixas (culpa da bateria fraca), tornando difícil até mesmo saber qual faixa é qual, sendo as guitarras as únicas responsáveis por este discernimento. Além da linearidade (fator que, se o som lhe agradar, como à mim, não deve ser um problema), quebrada apenas pelas faixas mais lentas, o álbum peca em faixas que passam batido, escondidas no meio dos inúmeros riffs de guitarras da fórmula repetida por todas as 11 faixas. No geral, “II” é um excelente álbum, trazendo à qualquer um a atmosfera sulista, entregando o necessário à sua viagem sem destino pelas auto-estradas, revivendo elementos pouco explorados, na cena atual, até mesmo do hard rock. Uma de minhas canções favoritas “Darkest of Kin” captura essencialmente do que se trata a banda, em seu som e seu liricismo: “I’ve traveled this country/Far and wide/But I’ll always be a son of the South”. Maylene And The Sons Of Disaster, a trilha sonora perfeita para sua próxima briga de bar. RODOLFO ALMEIDA
este release um dos mais “rápidos” da banda - finalmente o bom uso dos palm mutes, linhas de baixo presentes (novidade no histórico da banda), os vocais claramente evoluídos de Mike Hranica, revelando gritos mais graves e técnicos, rápidas baterias, pianos e samples de disparos de armas e grunhidos zumbis contribuindo à atmosfera, “Zombie” nos revela um The Devil Wears Prada muito mais musicalmente desenvolvido, centrado e livre de suas raízes “scene”. Sendo a banda comumente conhecida por fazer um “metalcore” altamente vendável, permeado por modismos, uso fraco de instrumentos, “chug chugs” e outros “atalhos ao sucesso”, “Zombie” pode ser encarado como um divisor de águas no histórico da banda, revelando um TDWP muito mais pesado, técnico e maduro - até os títulos das músicas não são humorísticos como nas antecessoras. Se surgiam preconceitos quanto às origens “scene” da banda, este EP com certeza nos trás uma nova ótica quanto aos cristãos do The Devil Wears Prada. RODOLFO ALMEIDA
num espaço de tempo de três anos) tinha tudo para ser um dos melhores álbuns deste ano. E foi, para alguns. Não que o álbum seja ruim, longe disso. O que ocorre é o conjunto conhecido de reações de fãs ao ver uma mudança - grande - de gênero de suas bandas favoritas. As duas primeiras músicas (“Beauty And The Freak” e “Revolution, Baby”), não assim tão diferentes dos trabalhos anteriores, nos mostram que o “SS” (Sonic Syndicate) ainda sabe muito bem fazer metal; uso de gritos característicos de “Death Melódico”, guitarras pesadas, bateria acelerada, o tecladista com arranjos perfeitos e bem harmoniosos, tudo o que se era esperado. No decorrer do álbum, é a partir de “Turn It Up” que surgem as mudanças. Só pelo início, já se pode inferir que a faixa tem muito mais elementos do Eletrônico, do que do “Death Metal”. É impressionante pensar que o que se ouve aqui vem dos mesmos autores de “Only Inhuman” e “Eden Fire”, releases símbolo do peso do SS. “We Rule The Night” é, basicamente, outra banda. Para os que esperavam música pesada, a repulsa começa aqui. Para os abertos à novos gêneros, a música não é ruim. Talvez umas das melhores do CD. No geral, uma batida agradável, que pode viciar por um bom tempo. GABRIEL DA COSTA
Parkway Drive Deep Blue Epitaph Records
Sonic Syndicate
We Rule The Night Nuclear Blast
A ideia de misturar “Melodic Death Metal” e efeitos eletrônicos não é antiga, nem ultrapassada. Na verdade, é uma fórmula que anda agradando muitos fãs de Metal recentemente. “Sonic Syndicate”, talvez uma das bandas que mais se destaca no gênero, lançou em 28 de Agosto de 2010 mais um full-lenght: “We Rule The Night”. Cercado de hype e expectativa, o quarto álbum da banda (terceiro
Esta é uma das poucas bandas de vocais exclusivamente growl que me agradam. Acho tantas bandas desse tipo tão sem graça, genéricas. Mas há algo de diferente no Parkway Drive, a música é contagiante, dá uma vontade do caralho de moshar. Depois do lançamento de Horizons em 2007, com obras-primas como Carrion, Boneyards e Idols And Anchors, e dois anos de tour, os australianos do Parkway Drive retornaram ao estúdio, lançando agora o fantástico Deep Blue. Como seu antecessor, o release continua agressivo e pesado. Sem dúvida o repertório continua excelente e variado, com alguns destaques especiais; Sleepwalker -dona de um dos melhores clipes do ano e um dos melhores exemplos da ótima combinação musical em todos os aspectos; composição, vocais, guitarras, bateria, breakdown, letras Alone, Pressures e a diferenciada Home Is For The Heartless, com participação de Brett Gu-
rewitz, do Bad Religion. Em nenhum momento o álbum fica entediante, sinal de que a banda ainda consegue fazer boas músicas na mesma fórmula. Calma, eu explico; Apesar de ser um excelente álbum, há pouco progresso na sonoridade desde Horizons, me deixando em dúvida se a banda conseguirá evoluir nos proximos álbuns, ou se manterá o mesmo nível. Apesar da boa qualidade, manter a fórmula intacta nos próximos discos pode deixar a banda um pouco desvalorizada, na opinião de alguns. Mas eu não duvido nada dos criadores de masterpieces como Carrion e Sleepwalker, talento é o que não falta. PEDRO OLIVEIRA
Emarosa
Emarosa Rise Records
O já conhecido sexteto de Lexington, Kentucky Emarosa traz seu segundo full lenght (curiosamente batizado com o nome da banda) em meio à especulações sobre o rumo que a banda poderia tomar (rumo este drásticamente mudado do peso do EP “This Is Your Way Ouy”, 2005 para a sutileza do novo vocalista Jonny Craig com o lançamento de “Relativity”, 2008) e aparantemente, traz infelizmente a premissa de “mais do mesmo”. Haviam críticas em relação a mudança de instrumentalidade da música com o lançamento de Relativity, alegando que o novo vocalista estaria “roubando a cena” e ofuscando o brilho dos outros músicos. O sexteto declarou que este álbum seria o ponto definitivo em relação à evolução musical da banda, mostrando um Emarosa muito mais maduro, e intrínseco, o que mediante o lançamento revelou-se apenas uma decepção. O álbum inicia-se com um dos dos destaques: “A Toast To The Future Kids!” que assim como “Pretend. Relive. Regret” (falha e exaustante continuação da antecessora e musicalmente superior “Pretend. Release. The Close” do “Relativity”), “Truth Hurts While Laying On Your Back” e “The Game Played Right” revela-se um ponto forte do álbum, trazendo apenas um bom desempenho em cumprir seu papel de “mais do mesmo”. A banda que supostamente iria evoluir musicalmente, refugia-se em melodia fracas, progressões de acordes simples, baterias pouco inventivas e linha de baixo quase inexistente, e aparentemente joga todo o peso para as costas do vocalista Jonny Craig, dono de uma voz angelical pouco SIX SECONDS #10 | P. 36
ção bem produzida, que dá um toque especial pra música que se segue, garante um toque especial ao CD. “Burning In The Skies”, que continua com estilo da “Intro” é uma música relativamente calma, porém cativante.
Linkin Park A Thousand Suns Warner Bros.
Talvez um dos releases mais aguardados de Setembro, o novo full-lenght da banda que se conssagrou no início da década, com um estilo irreverente, que chamava a atenção de milhares de gostos diferentes: Linkin Park. Não precisava ser um fã de “Nü-Metal”, nem de “Rapcore” para gostar do som. Difícil inferir o quanto a banda veio mudando, desde os primeiros álbuns. É uma mudança significativa de fato. Comparando álbuns anteriores como o “Meteora”, com o antecessor de “A Thousand Suns”, “Minutes To Midnight”, é possível perceber que são muitas as mudanças nos vocais; o instrumental muito mais melódico e um estilo, até mesmo eletrônico. “A Thousand Suns” começa bem, decai, e sobe de novo. “The Requiem” e “The Radiance” formam uma introdução, no mínimo, perfeita. Esse tipo de introduSIX SECONDS #10 | P. 37
Talvez não seja uma das melhores músicas do release, mas tem algo, que chama atenção. Por mais que seja quase uma batida totalmente eletrônica, quase sem uso de guitarra, e uso excessivo dos teclados (marca da banda), é uma música que merece destaque. Todos os instrumentos e os vocais, estão em uma harmonia, absurda. “Empty Spaces” tem 18 segundos, que complementam “When They Come For Me” que muda completamente a ideia da música anterior. O “Rap” que é essa faixa, por mais que vá de encontro com o peso comum - afinal, o que se esperava de Linkin Park? -há de se admitir, é uma música ótima. Além da semelhança com o “Rapcore”, o ritmo conta também com percussões e batidas tribais. “Robot Boy” é muito parecida com “Burning In The Skies”, só que não tão boa. Isso pode acabar sendo um pouco frustrante, pois depois de duas músicas boas e irreverentes, esperava-se um som tão inovador quanto. Mas não acaba sendo assim. É uma música muito repetitiva, sem criatividade, agoniantemente calma, quebrando a, até que decente, qualidade construída até então. “Jornada Del
Muerto”, é mais uma daquelas faixas curtas, que implementam outras músicas, no caso a anterior, preparando uma entrada animada para “Waiting For The End”, que não agrada muito, começa meio “Rap”, parece prometer uma música incrível, mas advinha, mais uma música calma demais. A partir dos 3 minutos de som, ela acelera, mas nem tanto. Não melhora em quase nada o que o restante proporcionou. “The Blackout”, surge com algo que eu nem esperava mais. Os gritos. O som é rápido, a partir dos 2 minutos e meio, começa uma mixagem animal. Uma mixagem respeitável, que dá aquela animada, e quebra um pouco, a calmaria que vinha sendo. Depois da mixagem, o álbum volta ao mesmo estilo de antes. E aí começa a música mais “Rapcore” da banda. “Wretches And Kings” (talvez a melhor do CD) anima um pouco, e talvez agrade os fãs da antiga banda. Fãs estes que já teriam desistido do álbum, em “Robot Boy”. Para quem ainda não tinha percebido. Todo o CD conta uma história. “Wisdom, Justice, And Love” mostra isso. O que parece ser um discurso, de algum presidente, diante de um cenário apocalíptico, começa calmo, com um pianinho de fundo, depois vai ficando “robotizada”. Entra “Irisdescent”, que é tão calma quanto as outras. Quase não se ouve
nenhum instrumento além do teclado e da bateria, mas ainda assim não deixa de ser boa, que depois da metade, entra com um coro, cantando o refrão. A parte mais interessante da faixa. “Fallout” é completamente descartável. Não faria diferença para o álbum, se não existisse. Mas, ela complementa “The Catalyst” que foi a faixa escolhida para ser o single, lançado alguns meses antes do CD. Excelente música, cativa por ser animada, usar os recursos eletrônicos para dar um estilo bem diferente, para o restante das faixas. “The Messenger”, quebra todo o estilo anterior. Violão e um vocal rouco. O teclado entra depois, mas só pra incrementar, numa péssima escolha de música para finalização. “A Thousand Suns” é outra banda, com o mesmo nome. Para quem esperou o lançamento do CD ansiosamente, para ouvir clássicos como “Numb”, “Faint” ou “In The End”, não espere nada assim. Um CD que eu ouviria um só vez, e não sentiria vontade de ouvir novamente. Ganha crédito pela qualidade, que é, indescritível, mas que como eu disse. Começa bem, decai, Fica bom novamente, e termina em queda. GABRIEL DA COSTA
aproveitada no álbum (e muitas vezes extremamente mal usado, como na péssima “Live it. Love it. Lust it”), mistura essa que faz com que o álbum torne-se completamente exaustivo (ao ponto de reaproveitar sucessos antigos da banda com novos capítulos, como em “I Still Feel Her Pt. IV”, sucessor da parte anterior, também reaproveitada no álbum solo do vocalista) e repetitivo, de forma que as músicas tornam-se indistintíveis, e lineares, completamente oposto à energia gritante, as frases e riffs rápidos (praticamente inexistentes neste álbum), às baterias marcadas do antecessor “Relativity” e os vocais esguelantes e por vezes sutis do vocal. O álbum pode, sim, ser bom àqueles que não conhecem a banda, porém aos que se acostumaram ao poder e energia de “Relativity”, é uma grande decepção. Um mais do mesmo que passa batido. RODOLFO ALMEIDA
Miss May I
Monument Rise Records
Após lançar alguns EPs e Demos e implacar em 66º lugar na lista de álbuns independentes da Billboard de 2009 com seu debut, “Apologies Are For The Weak”, o quinteto de Troy, Ohio, “Miss May I”, nos entregou em 17 de Agosto de 2010, seu último release, e a maior prova de sua evolução musical: “Monument”. Ao apertar do “Play” na primeira música, já somos confrontados com a destruição nas seis cordas - comandads por Bj Stead e Justin Aufdemkampe - de “Our Kings”, faixa que, comparada com a inicial do release anterior, nos revela uma surpreendente evolução em todos os sentidos; ritmo e riffs bem posicionados, bateria implacável, vocais rasgados de altíssima qualidade, técnica e vocais limpos bem aproveitados. Estes são elementos que permeiam todas as faixas, ininterruptamente. “Masses Of A Dying Breed”, iniciada lentamente por dedilhados e samples abafados, conta com a presença de Caleb Shomo, do “Attack Attack!” e, junto de sua conseguinte, “Answers”, mantém o alto nível implacável, veloz e arrebatador das faixas, com destaque, novamente, às guitarras - que chegam, por momentos a nos remeter a riffs do nível de “August Burns Red” - e a supreendentemente rápida bateria, nos levando à “Relentless Chaos”; faixa destaque que nos mostra toda a técnica do MMI (“Miss May I”) e chega a nos mostrar uma faceta hardcore do release, contra-balanceada com os vocais limpos cativantes de Ryan Neff. A técnica é mantida nas sucessoras “Creations”, a introdutóriamente lenta “Gears”, a violenta “Colossal” e a grudenta “We Have Fallen”, nos levando à faixa mais diferente do release “In Recognition”; calma, quase instrumental, nos mostrando a clareza dos vocais limpos, e então, por fim, a que dá nome ao álbum: “Monument”, outro destaque que nos mostra toda a técnica dos guitarristas e da estonteantemente veloz bateria de Jerod Boyd, bem como uma das únicas faixas em que o baixo se torna sobressalente. Pecando apenas na linearidade, repetição da fórmula e na falta de presença das quatro cordas e implacando desta vez em 76º na lista de melhores álbuns da época da Billboard, “Monument” é a maior prova da evolução do “Miss May I”, esbanjando técnica rara de se encontrar na cena atual, e letras, no mínimo, evasivas de clichês, se tornando, um dos marcos do metalcore de altíssima qualidade e, com o perdão do trocadilho: um álbum “Monumental”. RODOLFO ALMEIDA
Devil Sold His Soul Blessed & Cursed Century Media
A partir do momento que a bateria e o baixo se juntaram ao ambiente no inicio da faixa de abertura ‘Tides’, ficou óbvio que ‘Blessed & Cursed’ seria um álbum muito especial. Em seguida, os grunidos dos vocais de Ed Gibbs penetraram nos ouvidos dous ouvintes e a esperança de que este álbum seria muito mais brilhante, se solidificou ainda mais. A confiança e a crença dos britânicos do Devil Sold His Soul, levou eles a produzir um dos melhores álbuns de metal do séculos 21. Este álbum é o resultado de uma banda de seis membros, em uma coesão musical, produzindo um álbum o mais absoluto possível. Tal como acontece com o primeiro trabalho dos britânicos, as influências ambientais ainda estão do lado brilhante.Eles não tem o foco primordial de assinaturas como Meshuggah ou o desempenho virtuoso de Dream Theater e você certamente não iria encontrar solos de guitarra vindos de Jonny Renshaw e Chapple Richard. No entanto, esté álbum é tão progressivo como a maioria das bandas de metal lá fora classificadas do gênero. Por isso é sempre raro para um álbum de metal, alcançar tal grandeza nos domínios de tanta beleza imaculada e ferocidade diabólica. O vocalista Ed chegou imensamente desde os primórdios da banda com vocais limpos, sendo misturado com grunidos de grande efeito até o grande mérito de composição. Ouça ‘Drowning/Sinking’, na qual muda a partir do coral vocal gutural se passa por ‘An Ocean of Lights’, na qual parece ter vocais melódicos juntamente com a demonstração melódica de Paul Kitney. De fato, as influências de ambiente da banda ainda são evidentes, levando o álbum a um nível que não importa o quão forte seja, mas ainda mantém uma aura de contenção como a paz oesquestral pontua nos riffs. Este é um trabalho verdadeiramente especial e, embora ele certamente não seja do agrado de todos, Devil Sold His Soul merece um grande parabéns. IAN K. MENEZES
Atreyu
Congregation of the Damned Hollywood Records
Para muitos, o lançamento de Lead Sails Paper Anchor, em 2007, acabou com o quinteto californiano Atreyu. A sonoridade, muito mais pop, mais catchy, em relação aos álbuns mais antigos, como Suicide Notes and Butterfly Kisses ou até The Curse, acabou por espantar alguns dos fãs mais antigos, acostumados ao peso característico da banda. Para alguns, o grupo havia se vendido. Em 2009 sai, então, Congregation of the Damned, que no geral, executa um ótimo papel de misturar um pouco de cada disco, tornando-se um release mais variado e, para alguns, melhor do que os anteriores. O álbum inicia-se com Stop! Before It’s Too Late And We’ve Destroyed It All que tem uma excelen-
te introdução e é a mais pesada, remetendo os ouvintes ao primeiro álbum Suicide Notes and Butterfly Kisses, ainda que maioria das outras músicas traga uma mistura de The Curse com Lead Sails Paper Anchor e A Death Grip On Yesterday, releases anteriores da banda. Storm to Pass e You Were The King, Now You’re Unconscious são os grandes destaques do álbum. A primeira, muito bem composta, com um refrão viciante e ótimas letras. A segunda contando com uma fantástica introdução, sem dúvida a melhor de qualquer música da banda, sendo uma excelente abertura para um show. Destaque também para outras músicas como So Wrong, Gallows, Bleeding is a Luxury e Congregation of the Damned. Percebe-se que o vocalista Alex Varkatzas melhorou muito em relação aos outros álbuns, inclusivo fazendo vozes limpas em algumas partes, ainda que a maior parte destas fique por conta do baterista Brandon Saller que, como sempre faz, um trabalho fantástico. Congregation of the Damned, pela diversidade e miscigenação de gêneros, bem como a acessibilidade, com certeza é o melhor álbum do Atreyu, e se você gosta de metalcore melódico, recomendo. PEDRO OLIVEIRA
The Absence
Enemy Unbound Metal Blade Records
A banda da Florida de death metal melódico The Absence é bem conhecida pela sua magia na música. Eles tem guitarristas fenomenais e baterista expetacular e um vocalista que não problema algum em arregaçar a garganta nos berros. Seu segundo álbum “Riders Of The Plague” foi bastante popular, ele possuia uma ótima composição e foi declarado um dos melhores trabalhos na area do death metal melódico, especialmente na cena do metal americano. Esperando melhor de seus trabalhos, The Absence lançou seu novo álbum “Enemy Unbound” e embora não supere seu antigo álbum, ele atinge um nível admirável. Tudo que você esperava de The Absence está aqui, a bateria rápida, as guitarras pesadas e os berros violentos do vocalista Jamey. Um ponto alto, que também é um tipo de problema para este álbum, é o vocal. Embora seja claro e muito bem feito, eles tendem a mostrar algumas falhas nas letras deste álbum. As letras eram uma das minhas partes favoritas do “Riders of the Plague” e neste álbum elas estão muito ruins, estão bastante genéricas. Uma vez que você sabe o título da faixa, você pode prever o refrão. É uma espécie de vergonha, porquê a maioria das faixas seguem o mesmo padrão e isso se torna bastante previsível ao decorrer do álbum. Felizmente boa parte das melodias, que é uma coisa que eu considero muito importante neste gênero, são muito fortes. Pegue como exemplo a faixa de abertura. The Absence é conhecido por ser muito bom nas partes instrumentais e os fãs não ficaram desapontados neste álbum. Ela pode ser curta, mas é uma das melhores faixas do álbum. Onde “Riders of the Plague” sofria de faixas medíocres perto do fim do álbum, “Enemy Unbound” tem melhores momentos nas partes final. Com “Enemy Unbound”, The Absence provaram que ainda são relevantes na comunidade do metal americano. Pode não ser tão bom quanto seu antecessor, mas em 2010 poderia ser muito pior no death metal melódico. IAN K. MENEZES
Ozzy Osbourne Scream Epic Records
Depois de quase 6 anos sem criar novas músicas, Ozzy, que vinha (e ainda vem) se recuperando de um sério problema com bebidas, gerado quando ainda estourava o “Black Sabbath” no mundo inteiro, lançou “Black Rain” em 2007. Sucesso entre os fãs, não muito épico entre os críticos, a perceria com Zakk Wylde parecia não agradar mais àqueles que gostavam do antigo “Ozzy Osbourne”. E 3 anos depois, foi a hora de “Scream” tentar resgatar muitos fãs, que já tinham cansado de esperar por um trabalho épico do “Tiozinho do Metal”. Novas parcerias (guitarrista, baterista e tecladista novos) e um álbum, muito parecido com o seu antecessor. O álbum não ficou espetacular. Bom? Digamos que sim. Há nele, uma boa mistura do que o Ozzy foi, e do que ele é hoje. A técnica, continua indiscutívelmente excelente, como em todos os seus outros álbuns. As músicas sempre deixam um clima misterioso e fantasmagórico no ar, além do legado de “sexo, drogas e rock n’ roll” que o Heavy de Ozzy sempre nos passou, por mais que ele se diga “numa nova fase” de sua vida (há quem diga que a falta de bebida é o que deixa menos criativo). O bom uso da guitarra, a bateria agressiva, o baixista sempre aparecendo para dar um toque especial para aqueles riffs que sempre ficam na cabeça, misturam-se ao vocal clássico. É impossível não gostar do CD, se você já é um fã antigo. Claro, que não é comparável ao “Blizzard of Ozz” ou o “No More Tears”, mas continua sendo espetacular pensar que uma das figuras mais influentes e lendáriasdo Metal, responsável por inspirar bandas clássicas como o “Metallica”, possa ainda estar criando músicas, com um estilo próprio e irreverente, que cativa muita gente pelo mundo todo, após anos e anos. Destacam-se no álbum, “Let It Die”, “Let Me Hear You Scream” e “Diggin’ Me Down”, que são as faixas mais bem trabalhadas e mais “entusiasmadas” do álbum. Por ser Ozzy, podia ter sido muito melhor, mas é um bom disco, que vale a pena ouvir, e até comprar. GABRIEL DA COSTA
Anchor
Test of Time Independente
Dentre as bandas de metalcore no geral, poucas são as que conseguem cumprir a simples premissa de formar um som bem estruturado, formulado, produzido e bem-pensado. Dentre estas bandas, surge em 2009 em Foz Do Iguaçu, PR, a “Anchor”, banda cuja premissa de entregar um híbrido do heavy metal com o hardcore (talvez visto, aqui, como metalcore, ainda que a restrição de gêneros não seja presente), é brilhantemente cumprida. Anchor nos trouxe, no mesmo ano de sua formação, o EP de 4 músicas e quase meia hora: “Test Of Time”, release que demons-
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tra a capacidade do grupo de cumprir com seus objetivos, desde a velocidade hardcore da inicial “How We Met Destruction”, os grunhidos característicos das mais extensas formas de metal, a lentidão rítmica - até mesmo progressiva - dos primeiros minutos de “Inhaling Void”, desaguando novamente na velocidade, marca característica de todas as faixas do compacto, junto dos riffs que nos remetem até mesmo a grupos como “August Burns Red”, passando, também, pelo precioso instrumental energético de “This Addiction” - dona de um brilhante solo das seis cordas -, até a velocidade final e os gritos de guerra de “World War”. Test Of Time cumpre com precisão e qualidade suas premissas iniciais, produzindo um metalcore de qualidade, à nível de bandas como “As I Lay Dying”. O release peca apenas na qualidade dos vocais limpos, de fraca técnica e exposição - talvez por culpa até mesmo da produção -, o que transporta toda a responsabilidade aos grunhindos que, por si só, tornam o release linear, ainda que o instrumental pregue o contrário. O grupo lançou, ainda este ano, uma nova faixa liberada em seu myspace, “Vindication”, que será parte do lançamento de seu full-length debutante. Faixa esta que nos demonstra todo o potencial de Anchor, mostrando uma evolução surpreendente, em quase todos os aspectos, em relação ao release anterior, desde produção à vocais, gerando altas expectativas sob o próximo lançamento, elevando Anchor ao nivel de uma das promessas do metalcore nacional. RODOLFO
de sua sexta música (muito provavelmente devido aos vocais, que se mais balanceados com os ótimos gritos do vocal, poderiam durar mais) e nos clichês quanto aos temas de escrita, fazendo com que boa parte das letras centre-se na “hipocrisia da sociedade”, “manipulação da mídia” (notável até mesmo na capa do debut), e na “perda de valores” do homem moderno, temas dignos de atenção porém extremamente arrastados durante o álbum. Por vezes considerado negativamente o “Dragonforce” da cena underground (riffs altamente técnicos vistos como “desnecessários” por alguns, vocais simples e digeríveis, e repetição), tendo como destaques a abre-alas “Since 1776”, com suas guitarras marcadas com palm-mutes (ponto forte da banda), a rítmica “Thoughtcrime Is Death”, a marcante “The Deceiver” e, com certeza o maior destaque do álbum, a avassaladora “Rock N’ No Soul” (a única com vocais rasgados), o quinteto prova que muitas vezes a combinação sutil de gêneros pode muito bem trazer bons frutos e tornar um gênero muitas vezes reprimido pelo mainstream mais acessível a todos os gostos. RODOLFO ALMEIDA
ALMEIDA
Pendulum
Immersion Warner Music Group
I Am Abomination For Your Forefathers Good Fight Music
As diferenças entre os gêneros dentro da música undergrounds são muitas, com bandas representantes de cada escola e características específicas e extremamente distintivas, gerando uma gama de sons para todos os gostos. E poucas vezes a implementação de apenas uma ou outra característica dentro de um desses gêneros distintos é tão bem aceita e traz resultados tão positivos quanto a do quinteto “I Am Abomination”. A banda, aparentemente surgida “do nada”, traz uma mistura inusitada (ou nem tanto, apenas ninguém pensou em fazer isso antes), combinando guitarras altamente técnicas, riffs pesados, modulação de tons, baterias agressivas, rápidas e rítmicas e vocais comuns à bandas de pop rock, limpos em sua grande maioria (apenas uma música possui alguns vocais rasgados), ligeiramente agudos e que nos remetem aos sucessos do mainstream (“Panic! At The Disco”, “Fall Out Boy”, etc). A combinação, que se apenas lida estaria fadada ao fracasso, surpreendentemente se faz muito bem, com melodias extremamente cativantes e grudentas, balanceadas com o peso do metal das guitarras (afinadas 3 tons abaixo, diga-se de passagem) e a rapidez e frenesi dos solos e frases da guitarra principal, traz uma combinação destrutiva, tornando o peso “acessível” aos que não se familiarizam com as distinções do gênero. O quinteto de Taylor, Michigan ganha pontos pela ousadia em não apelar aos “vocais gritados” tão comuns e banalizados na cena e falaciosamente conhecidos como uma “fórmula rápida para o sucesso”, e pela aliança de instrumentais técnicos e rápidos a vocais simples, porém peca na repetição, tornando o álbum extremamente cansativo já à altura SIX SECONDS #10 | P. 39
Immersion foi o segundo álbum “diferente” do que eu costumo ouvir que eu baixei. O grupo mais similar que eu conhecia era The Prodigy (Invaders Must Die), e para minha surpresa, descobri que Pendulum (pelo menos este álbum) é melhor. A primeira faixa é Genesis, meio que uma orquestra, com sintetizadores e alguns efeitos, e sem interrupção te joga em Salt In The Wounds. Aí começa a festa. Faixa sem vocais, com muitos synths e batidas rápidas e lentas, muito bem construída. Em seguida, Watercolour começa, e é a primeira musica com vocais, por Rob Swire. Mais dançante que a primeira faixa. Depois, Set Me On Fire, mais pesada e lenta que as anteriores, com efeitos mais graves, e poucos vocais, bem atmosférica. Crush volta com as batidas rápidas, mas apesar de ser uma boa faixa, cai um pouco se comparada às anteriores. O mesmo serve para Under The Waves. Depois disso o disco volta a melhorar. Immunize tem a participação de Liam Howlett, do The Prodigy! Faixa de batidas rápidas, grande trabalho com os synths, uma das mais marcantes do álbum. Continuamos com The Island, que é dividida em 2 partes. A Part. 1 é mais calma, mas fantástica, convidativa para uma pista de dança (ou pra um headbang se você for como eu). Os vocais são incríveis, e o refrão viciante. A continuação, Part. 2 muda o estilo, com maior uso dos synths, deixando a musica mais pesada. Comprachicos é uma faixa fraca e não se destaca. A seguinte, The Vulture, volta a melhorar, novamente com um refrão “catchy”. Em seguida a fantástica Witchcraft, sem dúvida uma das melhores do álbum, com um lindo começo calmo, caindo nos efeitos digitais/ synths com maestria, harmonia perfeita, batida muito bem programada. Loops repetitivos é o caralho. A faixa seguinte sem dúvidas é a melhor do álbum. Self vs. Self conta com uma das minhas bandas favoritas, o IN FLAMES!. Se o álbum já tava excelente até então, essa música botou pra fuder. Forte influência do Melodic Death Metal dos suecos combinado com as características eletrôni-
cas do Pendulum fazem desta a favorita para os fans de metal/etc como eu. Anders Fridén como sempre foda nos vocais, contrastando com Rob Swire, fazem o melhor refrão do álbum. Bang garantido. Já no final do disco, The Fountain é uma faixa mais calma com Steven Wilson, do Porcupine Tree. Fechando o álbum, Encoder, outra faixa equilibrada entre calmaria/agitação com belos vocais, terminando ao som do mar. É um álbum bastante atmosférico, e se você não conhece o gênero, recomendo fortemente. PEDRO OLIVEIRA
Forthangel
Silver Bullets Independente
Começar e implacar uma banda, não se trata apenas de fazer um bom som, mas sim, ter um pouco de sorte, para que esse “bom som”, seja descoberto por alguém, que há muito já trabalha com artistas famosos. Exatamente o que aconteceu com a banda cristã Forthangel. Após gravar o seu primeiro EP em 2009, “In The End EP”, seu trabalho estava no site “Emurg”. Site estadunidense que também faz resenhas musicais. Com uma grande frequência diária de visitantes, Forthangel já ficou conhecida o suficiente, para sair um pouco do Underground e conseguir gravar o seu segundo EP, com uma renda um pouco maior. São apenas 6 músicas em “Silver Bullets EP”, mas 25 minutos que revelam uma grande banda, que promete, por ter um som um tanto quanto diferente, de qualquer coisa que ouvimos ultimamente. Não é Metalcore nem Hardcore, mas os vocais guturais pesados, combinados com arranjos pesados de guitarra, inclinam o estilo da banda, para um desses estilos. Com destaque para as músicas “Story Of The World” e “White Light”, que mesclam quase que perfeitamente, todos os instrumentos, criando uma harmonia pesada e agradável. Há uma ausência de solos bem trabalhados, as músicas não têm um grau de complexidade muito grande (tirando os vocais), o que deixa a desejar, mas somando tudo, “Forthangel” se torna uma das grandes revelações desse ano, e que promete um futuro promissor, para um gênero musical, diferente, e pouco valorizado nos dias de hoje. GABRIEL DA COSTA
Bullet For My Valentine Fever Jive Records
O BFMV é uma banda galesa de metalcore, cuja música vem mudando o conceito de muitos sobre o gênero recentemente. Seu debutante lançado em 2005, foi certificado com ouro pela RIAA e conquistou uma legião de fãs pelo mundo. Com o lançamento do 2º disco, Scream Aim Fire, de 2008, a banda mudou radicalmente o estilo, puxando mais para o lado thrash do que para o melodic metalcore do The Poison, desagrados vários fãs mais antigos da banda. Agora, trabalhando com o produtor Don Gilmore no
terceiro full lenght, Fever, a banda tenta retomar o estilo antigo. Na verdade, o álbum em poucos aspectos remete ao The Poison, pois o amadurecimento da banda é perceptível. A parte instrumental das músicas está muito bem feita, mesmo os solos não sendo muito criativos. As músicas mais promovidas, The Last Fight, Your Betrayal e Begging For Mercy conquistam facilmente o ouvinte, pesadas e melódicas ao mesmo tempo, enquanto Pleasure and Pain convida para um mosh/headbang, com riffs fodidos. Destaque também para Alone, com uma abertura extremamente foda, e Breaking Out, Breaking Down. Nota-se uma ótima melhora do vocalista Matt Tuck com relação ao álbum anterior. No caso, ele teve problemas na garganta e precisou de cirurgia, meio que estragando a voz. Agora recuperado, o vocal está mais similar ao The Poison. Progressos também nas guitarras, tanto pela parte de Tuck quanto por Michael Padget. O baixo é pouco notável, fazendo dos vocais rasgados a característica mais notável do baixista Jason James. A bateria não evoluiu desde o Scream Aim Fire, mas isso não tira os méritos do baterista Michael Thomas, que destruiu no Scream Aim Fire e mantém o nível no Fever. Mas alguns pontos cortam um pouco o barato de Fever, como a repetitiva introdução de Your Betrayal e de algumas outras músicas, e as letras no geral. Nada a se impressionar com as letras, nada criativas, elas nunca foram o forte do Bullet mesmo, com raras excessões. Também poderiam ter incluído mais umas duas ou três músicas. No geral Fever é um excelente álbum, uma boa dica para todos os apreciadores da cena, e obrigatório para os fãs de metalcore com vocais melódicos. PEDRO OLIVEIRA
Avenged Sevenfold Nightmare Warner Bros.
Marcada pela morte de seu baterista James Sullivan, ou “The Rev” como era conhecido, a banda norte-americana de Metalcore, Avenged Sevenfold (que também tem um estilo próprio e diferente da maioria das bandas atuais, o porquê de ter sido sugerida a rotulação “Alternative”), teve o futuro questionado por fãs e críticos. Mas como sabemos, o bateirista da banda de metal progressivo “Dream Theater”, Mike Portnoy, topou se juntar à banda, para a gravação do seu mais novo álbum, que não gerou muitas expectativas nem quando o single “Nightmare” foi lançado, um mês antes. Mas o que muitos achavam que seria um “menos inspirado trabalho da banda” acabou se revelando uma ótima harmonia de sons, que lembram muito, as músicas de seu segundo álbum “Waking The Fallen” e algumas do self titled lançado 3 anos atrás. Guitarras pesadas, arranjos de percussão muito rápidos e bem trabalhados e o vocal de “M. Shadows” que como em todos os outros trabalhos, se destaca muito pela qualidade. Com destaque aos arpejos e escalas harmônicas de “Welcome To The Family”, a volta de elementos antigos da banda ao mesmo tempo que a inovação de certos aspectos de “Nightmare”, a bateria rítmica de “Danger Line” - uma das músicas mais melancólicas do álbum -, a calmaria sedutora de “Buried Alive”, “So Far Away”, “Victim” e “Tonight The World Dies” e o peso característico do metalcore de “Natural Born Killer”
e “God Hates Us” (cujo nome é auto-explicativo), “Nightmare” demonstra a rápida recuperação da banda da tragédia decorrente da morte de “The Rev”, se mostrando um álbum impecável e de altíssima qualidade, da proposta à produção, passando pelas letras. O álbum falha apenas em algumas músicas que passam batido, como a última “Fiction” que merece atenção apenas pelas letras e a melodia (em homenagem ao baixista falecido da banda “The Rev) e a fraca e pouco expressiva “Save Me”, mas em meio à este cenário caótico e à toda a expectativa e hype em torno do release, “Nigthmare” revela-se um álbum fantástico. GABRIEL DA COSTA
Cardiac
Cardiac Independente
Chega a ser redundante apontar, nos dias de hoje, para a banalização quase que geral do significado, paixão e mensagem nas músicas - sendo a proposta de algumas das resenhas postadas aqui, indicar os expoentes deste cenário, dignos de atenção. E em meio a este cenário, formou-se, em 2007, em Campinas, SP, a “Cardiac”, cuja proposta inicial era, justamente, a de acender uma chama de paixão e significado em meio a esta penumbra quase que onipresente. Lançando em 2009 seu fulllength debutante, a Cardiac prega pela mescla do peso do metal, das mensagens e da técnica, gerando um que pode ser um dos melhores releases do metal nacional do ano passado. As faixas, permeadas por técnica - com destaque às seis cordas e às prudentes baterias -, de duração variando de 1’50” à 4’33”, nos levam, por vezes, da explosão quase que constante à súbita calmaria, com um ar de inteligência, por conta das guitarras melódicas, dos vocais rasgados abafados - produção que garante um certo charme único ao release -, e os vocais limpos fortes, claros e imponentes, com destaque às sábias letras de “Cidade Cinzenta” (Mergulhe em algo que você não conheça/Tempo perdido naquilo que você acredita), à melódica e sincera “Aliança”, à técnica “Morre Mais Um”, à pesada “Onde Prolifera O Desespero”, e à, quse que um constante breakdown, “Utopia”. O álbum no geral, é fantástico, provido de um liricismo espetacular, retratando as dificuldades e encruzilhadas do dia-a-dia, as relações de poder e solidariedade, o comodismo e a paixão, na forma de gritos intimidadores que só fazem complementar o poder e força da mensagem, carregada por toda a técnica do quinteto, pecando apenas, talvez, na linearidade e repetição da fórmula ao longo das faixas - fato que, se a fórmula (extremamente bem construída, por sinal) lhe agrada, como é o caso, não deve se tornar um defeito, e sim uma qualidade. O Cardiac, tendo abrido shows para diversas bandas internacionais, tais como Underoath, Silverstein, Blessthefall e Killswitch Engage, nos provou em 2009, com o lançamento de seu homônimo, que é uma das grandes promessas do metal nacional e que a chama da paixão não se apagou por inteiro, pelo contrário, continua forte na alma daqueles que se importam. RODOLFO ALMEIDA
Deftones
Diamond Eyes Reprise/Warner Bros.
Em 4 de Novembro de 2008, o então baixista da banda Chi Cheng, sofreu um grave acidente automobilístico em Santa Clara, California tendo sofrido danos cerebrais e entrado em mínimo estado consciente. A partir daí ouve uma comoção geral e incrível em toda a cena, de fãs à bandas, com a criação de blogs especializados em notícias quanto ao estado de Chi, shows em homenagem e até a composição de uma canção intitulada “A Song For Chi”, veiculada em prol da recuperação do baixista. A magnitude da comoção foi incrível. A banda então anunciou que o ex-membro do Quicksand, Sergio Vega, tomaria o lugar de Chi que, atualmente, encontra-se em hospitais em centros de recuperação, demonstrando lento progresso em sua luta contra o estado vegetativo em que se encontra. A partir da cena caótica que se instalava, surgiu o Diamond Eyes, o álbum que tinha tudo pra ser triste, melancólico, catatônico, em luto e que provou que as tragédias e fatalidades ajudam a moldar o ser humano, fazendo-o evoluir e seguir em frente. As canções, aparentemente calmas, como na abre-alas “Diamond Eyes”, a lindíssima “Beauty School” e a possívelmente mais próxima da catatonia, “Sextape”, mostram-se extremamente progressivas e cobertas de “camadas” requerindo mais de uma ouvida para se entender exatamente qual é a proposta. O contraste é atordoante de tão extremo. Os vocais lentos, misteriosos e sedutivos de Chino Moreno, conduzidos pelas guitarras melódicas dedilhadas e as baterias marcadas - características do Deftones -, sem aviso, irrompem de forma surpreendente gritos inumanos, agressividade, riffs extremos e hardcore em sua forma real, impressionantemente introduzido em meio à toda a atmosfera e lentidão aparente e superfícial do álbum, como na pesadíssima “Rocket Skates” - dona de um dos vocais mais agressivos dos últimos tempos, “Guns!/ Razors!/Knives!” -, na insana, quase maníaca “CMND-CTRL”, e na grudenta “Royal”. RODOLFO ALMEIDA
Thriven
Purecavespringwater Independente
Muitos dos que se aventuram na jornada musical do metal nacional acabam por cair em um lugar comum. Desta vez não apenas em relação a criatividade, mas sim a produção. Poucas são as bandas que conseguem consolidar inovação, qualidade, técnica, peso e produção de nível em um mesmo projeto. E é exatamente isto que o quinteto de Campinas, SP, Thriven, faz em Purecavespringwater (título em alusão ao Tennessee Whiskey Jack Daniels), seu EP debutante de quatro músicas. A qualidade é assombrosa.
Os pedais duplos de “Pure” - primeira faixa do release -, extremamente bem colocados e destruidores, em contraposição às sutis e imponentes aparições das frases do baixo e os vocais ásperos (que chegam a remeter à Matt Shadows, vocal do Avenged Sevenfold), e a inclusão até mesmo de leves batidas eletrônicas dubstep (que de forma alguma subtraem o peso da faixa, pelo contrário, reforçam-o) nos mostram à que vem o Thriven: fazer música de peso. A seguinte, “Cave”, ainda que peque um pouco na repetição das linhas vocais, é de alto nível; catchy, pesada, um hino em ode à brutalidade. “Spring” é definitivamente o maior destaque do release. Todos têm seu espaço. As guitarras são absolutamente fantásticas, velozes e técnicas. Os riffs arrastados ao lado da bateria avassaladora e os vocais melódicos são interrompidos por vezes por interlúdios atmosféricos e irrompidos por gritos desumanos. A faixa é veloz, pesada e destrutiva. Vem, em seguida, “Water”, que ainda que em um tempo mais lento, consegue se tornar uma das mais grudentas do EP, por conta da melodia espontânea dos vocais limpos e os riffs abafados e frequentes. O release, no geral, é fantástico. De produção sem igual, ótimo equilíbrio entre instrumentos e disposição destes, melodia única e um modelo inovador e diferente dos reconhecidos atualmente. A banda lançou também, em seu myspace, um cover divertido, pesado, brutal e até mesmo dançante de “Leave Me Alone”, do rei do Pop, Michael Jackson, que nos dá uma ideia da versatilidade da banda e, principalmente, do poder dos vocais. É transparente uma preocupação raríssima, nos dias de hoje, com todos os aspectos que orbitam a música: da produção ao artwork, passando pela forma de distribuição: gratuita no myspace da banda e principalmente com a música, extremamente bem balanceada e dosada. Definitivamente uma das bandas mais promissoras da cena: Thriven. RODOLFO ALMEIDA
The Birthday Massacre Pins and Needles Metropolis Records
The Birthday Massacre não é uma banda complacente. Já no seu segundo álbum, eles criaram uma formula que incluia o industrial, new wave e rock gótico, mas eles ainda não tinham acabado. No seu terceiro álbum eles melhoraram cada aspecto do seu som, tornado-o mais melódico e mais cativante ao mesmo tempo. Foi um bom resultado, simplesmente, devido ao fato deles não terem perdido nenhum balanço do seu som durante isso. Infelizmente, isso não pode ser dito sobre o lançamento mais recente da banda, “Pins and Needles”. O álbum impulsiona o som da banda para algo mais mainstream. A fundação de The Birthday Massacre sempre girou em torno de uma parte eletrônica e uma espécie de inocência psicótica estranha que permeia na maioria das letras. O som é complementado por melódias vindo de sintetizadores que possuem a habilidade de transformar a música em algo bonito e misterioso. A estrela deste show, é e sempre foi, é claro, a vocalista Chibi. Sua voz é a última peça nescesaria para criar uma atmosfera atraente e acessível. Infelizmente, essa atmosfera foi totalmente descartada em “Pins and Needles”. A banda parece ter se focado totalmente nas músicas e perderam suas personalidades no meio do cami-
nho. Não há um único momento neste álbum que cria sentimentos de inquietação ou até mesmo aterrorizadores como nos outros trabalhos da banda. As melodias seguem um mesmo padrão e Chibi parece ter feito seu trabalho atoa. Em retrospectiva, o fato de que The Birthday Massacre optou por deixar cair sua tendência estrnha/excêntrica, poderia ser vista como positiva. A produção deste álbum é ótima, o álbum é habilmente trabalhado. Este álbum leva a banda para um nível mainstream seguindo de uma direção totalmente profissional. iAN K. MENEZES
Bad Religion
The Dissent of Man Epitaph Records
31 anos depois de sua formação, a banda norte-americana de Punk Rock, Bad Religon, lança mais um full lenght, de qualidade excepcional, assim como todos os outros. Somando 15 álbuns, o grupo que é considerado uma das melhores bandas de Punk Rock da história, não perdeu a criatividade, nem o estilo próprio, mesmo com 3 décadas nas costas. “The Dissent Of Man” tem 15 faixas no total, e todas (sim, todas) são boas. Não há nenhuma que possa ser considerada “mais ou menos”. Assim como “New Maps of Hell”, é possível notar que os arranjos dos guitarristas, estão mais complexos, com uso de técnicas mais arriscadas e complicadas. Em “The Day that the Earth Stalled”, faixa inicial, já é possível notar isso. O começo da música: Punk, ao extremo; acordes rápidos e repetidos; bateria muito bem sincronizada com o resto da banda. “Only Rain” segue com o mesmo embalo em que veio a primeira faixa. Rápida, melódica, com as melhorias na guitarra, anteriormente citadas. “The Resist Stance” lembra músicas antigas dos álbuns da década de 90, como o “Stranger Than Fiction” por exemplo. A primeira música a apresentar um solo muito bem trabalhado. É curto, bem curto, mas já é algo para se entusiasmar. Começa “Won’t Somebody”, que quebra um pouquinho, o ritmo animadão. Mas mesmo assim, não compromete a qualidade que o CD vinha trazendo até aqui. Tem um refrão bem grudento. “The Devil Stitches” foi a primeira faixa a “vazar” na internet. Alguns ouviram, e com isso, criaram esperanças para esperar por um bom CD. As esperanças provém de uma música realmente boa, com um solinho bem trabalhado, um ritmo bem amigável, como foram todos os outros. “Pride and the Pallor” é fantástica. Muito boa música mesmo. Conta com todos os outros fatores que me chamaram a atenção, mais um toque de Bad Religion “das antigas”, que estava um pouco em falta. Pois bem, agora não falta mais nada, o CD já seria uma obra-prima, até aqui. Mas nada é tão bom, que não pode melhorar. “Meeting of the Minds” lembra músicas do “New Maps of Hell”. é um pouco mais agressiva, um som um tanto quanto diferente do resto. “Someone to Believe” é mais uma cativante e grudenta. “…Finally there’s someone to believe”, essa persiste em se repetir na mente. “Avalon” é frenéticamente empolgante. Tem um solo muito foda um ritmo bem Punk/ Hardcore, que mantém o álbum no auge da qualidade. “Cyanide”, “Turn Your Back on Me”, “Ad Hominem” são muito boas, mas não tão boas quanto as outras. Têm uns solos bem legais, mas, talvez como últimas SIX SECONDS #10 | P. 40
faixas do CD, já não sejam tão animadas. Quase no fim, vem “Where The Fun Is”, que realmente, é bem animada, e como penúltima música, não podia deixar de ser. E o CD chega ao fim, concluindo com “I Won’t Say Anything”. Um som bem legal, agradável, um pouco mais calmo, que as outras, mas continua sendo bom. Talvez não melhor que outros álbuns, talvez melhor que uma grande maioria, “The Dissent of Man” é um excelente CD. Todas as músicas são de alguma forma, muito boas. Podem não se diferenciar umas das outras (o que não é raro), mas a intenção, é ouvir todas as faixas. É difícil escolher apenas uma música, como melhor do álbum. Portanto, ouça-o inteiro, mais de uma vez, porque é um dos poucos álbuns esse ano. GABRIEL DA COSTA
Aqui se vai metade do álbum, e até agora, nenhuma faixa está abaixo da linha do “Ótimo”. As outras faixas mantêm o mesmo nível de qualidade e apenas acrescentam um riquíssimo valor ao release, como “From The Outside”, “Faithless”, “Hold On”, “Keepers Of Fellow Men” - estas três últimas, com certeza, as melhores de todo o release, com uma qualidade assustadora e mostrando todo o peso do ATR. A faixa que poderia ser considerada “fraca” em relação às outras é, possívelmente, “Dead Wrong”, uma faixa lenta, ainda que pesada, diferente do formato que regia, até então, mas ainda assim, de altíssima qualidade e que ainda se considera na linha do “ótimo”. Um álbum perfeito. O release pelo qual eu mais aguardei, o ano inteiro, foi realmente oque eu esperava. Não deixou a desejar, e acabou sendo, o melhor lançamento do ano. Um dos poucos CDs que eu daria nota 10, sem me arrepender, pois não há nenhum ponto negativo no CD inteiro. Nada que possa tirá-lo da linha da perfeição. GABRIEL DA COSTA
All That Remains ...For We Are Many Prosthetic Records
Desde 2002, com o lançamento do seu primeiro Full-length, “Behind Silence and Solitude”, a banda estadunidense, All That Remains, vem nos mostrando, o que é um bom Metalcore. Mesmo com uma significativa mudança de “peso”, no seu último álbum, “Overcome”, a qualidade sonora da banda não decaiu, e o estilo próprio deles, continuou sendo o destaque dessa banda, que chama à atenção em todos os aspectos musicais. “For We Are Many” começa com “Now Let Them Tremble…” uma introduçao bem bolada, que se encaixa perfeitamente com a música seguinte, a qual dá nome ao release. “For We Are Many” (faixa) lembra muito, músicas do estilo antigo da banda. Lembra várias músicas do “This Darkened Heart”, que apresenta como característica principal, o vocal rasgado. Esse estilo vocal, não apareceu muito em “Overcome”, nem em “The Fall of Ideals”, mas, acredito que numa tentativa de resgatar essa característica, que cativou vários ouvintes, a segunda faixa desse release, tem a intenção de mostrar quem realmente é o ATR. Passar a ideia de que uma banda pode arriscar mudanças, mas sem deixar para trás as suas origens. Para quem curte um bom Metalcore, essa faixa irá entretê-los. “The Last Time”, já tem maiores semelhanças com as músicas do “Overcome”. O vocal mais limpo, os guitarristas executando harmonias menos “sujas”, do que as da música anterior. Uma ótima faixa, que chama atenção daqueles que gostam do estilo mais “calmo” da banda. Já, o modelo “Fall Of The Ideals” do CD, vem com “Some Of The People, All Of The Time” que além de dos vocais rasgados, também apresenta alguns momentos mais relaxados. Um solo fantástico, também faz parte do som. Arpejos e escalas absurdas. É um solo curto, mas muito bem feito. A bateria continua indiscutívelmente genial. Os tempos dão uma base agressiva e destruídora a música. Até aqui, o release mostrou ser uma mesticidade de todos os estilos já adotados pela banda, em um único trabalho, agradando, assim, à todos os interessados no grupo. O refrão “calmo” de “Won’t Go Quietly” é tão viciante quanto o de “Two Weeks”, grande hit da banda. “Agressive Opposition”, segue o mesmo estilo. Nenhuma mudança, nenhum destaque surpreendente, mas mesmo assim, é uma ótima música, que melhora ainda mais a qualidade total do trabalho.
Abigail Williams
In the Absence of Light Candlelight Records
Abigail Williams é uma banda muito interessante. Nas suas primeiras demos, eles tocaram um Metalcore com Black Metal e com algumas influências de Death Metal, que também podem ser conhecidas como DeathCore. Em seu primeiro álbum “In the Shadow of a Thousand Suns”, eles largaram o Metalcore e incorporaram o Symphonic Black Metal. Agora com este lançamento, “In the Absence of Light” eles largaram o Symphonic Black Metal e nos deram um álbum mais Black Metal. Quando você ouvir este álbum, algumas bandas antigas de Black Metal, como Dissection e Gorgoroth provavelmente vão passar por suas mentes. Abigail Williams é de Arizona (EUA), mas seu som tem raiz escandinávia, seguido da onda do Black Metal e esté lançamento mostra como a banda vem progredindo desde do lançamento das demos. A coisa mais impressionante sobre este álbum é o trabalho da guitarra. Ken e Ian compartilham um talento nas guitarras e eles estão impressionantes neste álbum. Se você conhece esta banda, você sabe que eles sempre foram interessados em tocar da forma mais rápida possível e isso não muda em “In the Absence of Light”. As guitarras são pesadas, rápidas e melódicas ao mesmo tempo. Quase todos os riffs neste álbum são extremamentes cativantes e irão ficar presos na sua cabeça após ouvir o álbum. Também existem alguns solos aqui e ali durante o álbum. O trabalho das guitarras são um dos aspectos mais importantes neste álbum, diferente do outro álbum, onde o foco foi mais para os teclados e arranjos sinfônicos. Os vocais também estão muito bem feitos. Ken também é o vocalista da banda e seu estilo progrediu muito ao passar dos anos. Noo primeiro álbum, ele largou os vocais de death e começou com os berros de Dani Filth. Neste álbum, ele está começando a achar sua própia voz. “In the Absence of Light” é progresso fantástico para Abigail Williams, eles mostraram que não estão pra brincadeira e estão levando o negocio a sério. IAN K. MENEZES
12 Stones
The Only Easy Day Was Yesterday Wind-Up
12 Stones tem feito um ótimo trabalho em seus 10 anos como banda. Apesar de nunca ter chegado a um nível extraordinariamente elevado de popularidade, eles que tem tido sucesso no seu hard rock cristão, que se concentra mais no rock e menos sobre a pregação, a fim de ser acessível a um público secular. Eles foram responsáveis a levar muitas pessoas para o Hard Rock, incluindo eu. Eu vi que cada um dos seus lançamentos são muitos agradáveis. No novo EP da banda, ‘The Only Easy Day Was Yesterday’, eles continuam com o som mais maduro do que o seu ultimo trabalho. Embora o EP esteja foltando solos de guitarras feitos geralmente pelo guitarrista Eric Weaver, o EP apresenta uma coleção de canções muito sólidas, principalmente devido aos vocais de Paul McCoy. A faixa ‘We AreOne’ foi a pior maneira de representar o EP, já que serve como uma faixa decente, porém repetitiva, algo que tem sido feito de forma bem melhor pela banda no passado. Felizmente, o resto do EP é muito mais forte e, surpreendetemente, bem mais pesado do que seria de se esperar da banda neste momento. A faixa mais forte é ‘Disappear’ e é uma das melhores faixas que a banda já lançou, não é típico do 12 Stones, parece mais com Breaking Benjamin. Os vocais de Paul estão claramente mais fortes e com isso faz com que o peso do EP aumente de forma incrível. Embora, ‘The Only Easy Day Was Yesterday’ não seja uma coisa inovadora para o gênero ou até mesmo para a banda, ele sugere que 12 Stones cresce com um som mais maduro e que continue com essa progressão no próximo lançamento. IAN K. MENEZES
característica marcante. “Someday” mantêm a ideia da faixa anterior. Rápida, com o vocal masculino mais presente do que na música anterior. Não muito diferente das outras músicas, mas não inferior em qualidade, a faixa que deu nome ao CD, tem uns vocais bem legais, e chamativos, e o ritmo, muito empolgante. “Last Chance” segue quase a mesma linha, mas é notável, que ela vai ficando mais lenta, para acompanhar a música que se segue. “Sleep Tight” é a música mais calma do release. Uma melodia que lembra antigos bailes estudantis de filmes americanos. Realmente, não tem nada a ver com O “Horror Punk” da banda, mas é uma música tranquila e bem trabalhada que quebra um pouco a linha repetitiva que o trabalho vinha seguindo. “Dusk ‘Til Dawn” retoma o Punk, mas de uma forma diferente da anterior. O que chama a atenção nessa música, é o refrão ser cantado exclusivamente pelos vocais masculinos. “Keep Dreaming” tem bastante do mesmo estilo da banda, e essa música continua com a mesma linha da anterior. É um estilo um pouco diferente, assemelhando-se um pouco com o da banda “Bad Religion”, principalmente na parte dos refrões. Cantada apenas pelos homens, “Hellbound”, continua muito parecido com Bad Religion, e surge dentre os intrumentos, um Saxofone. Estranho? Espere, que a música também tem um solo no piano. Uma das melhores do álbum. Só faltou um pouquinho do vocal da Sarah. “Going Down” a traz de volta, com um estilo agressivo, parecido com o das músicas iniciais. Mais uma canção boa e bem trabalhada. A última faixa, “Road To Nowhere” não tem nada diferente do resto, tirando os 7 minutos de “vazio”, e no finalzinho uma pequena conversação entre os integrantes, só para preencher o CD. Apesar de as músicas soarem um pouco repetitivas, “They All Fall Down” é um bom CD, de ótima qualidade, bons vocais, bom trabalho instrumental. As letras, como sempre, inspiradas em filmes e histórias de terror, e o estilo próprio da banda, são mais alguns pontos que fazem desse CD, um dos melhores lançamentos do ano. GABRIEL DA COSTA
8
Drowning Pool Drowning Pool Eleven Seven
The Creepshow
They All Fall Down Stomp Records
O Punk é um gênero que poucas bandas de ultimamente, conseguem mantêr com a mesma qualidade que se tinha nos anos 90. Acompanho “The Creepshow” há um ano, e acredito que esta, é uma dessas bandas que sabem como fazer um bom Punk. Formada em 2005, a banda já teve 2 álbuns gravados, um com Jen Blackwood na guitarra principal e vocais, e outros dois (incluindo “They All Fall Down”) com sua irmã mais nova, Sarah Blackwood. O CD começa com um introdução (“The Sermon III”), que dá uma ideia sobre a temática do álbum. “Get What’s Coming” já começa bem Punk, o que já me agradou bastante. Sem enrolação, a música já começa rápida, e assim vai até o final, com muito entusiasmo. O vocal de Sarah continua inconfundível, e os vocais de apoio dos outros integrantes, continuam sendo uma
Por muito pouco os norte-americanos do Drowning Pool não alcançam a incrível marca de lançar quatro discos com quatro frontman diferentes. Dessa vez, a despeito do que aconteceu em oportunidades passadas quando Ryan McCombs havia tomado o posto do falecido Dave Williams, o ex-vocalista Ryan McCombs, que acompanhou a banda em seu segundo disco de estúdio, foi reintegrado ao grupo para a gravação desse novo trabalho. Pesquisando sobre a banda a partir de audições mais detalhadas de discos anteriores pude perceber que nesse novo disco eles tiram o “pé do acelerador”, chegando a beirar um hard rock forçado, o que não me agrada. Apesar da mescla com o metal mais alternativo e contendo algumas passagens de peso, o disco não me convenceu. Isso não significa que o disco não seja bom, muito pelo contrário, pois em quesitos de produção, mixagem, limpeza do som, o álbum beira a perfeição. Algumas faixas roubam a cena no quesito sonoridade e “funcionalidade” (shows ao vivo, acústicos, clipes e essas coisinhas mais). A verdade é que esse novo álbum do Drowning Pool é uma preparação para um show ao vivo, onde muitos dos riffs me fizeram imaginar uma multidão pulando e bangeando insanamente. Destaques? Let The Sin Begin, All About Me (pra quem curte Nu Metal, ela é um prato cheio) e Turn So Cold (essa reflete muito bem o que eu falei sobre discos ao vivo). Um bom disco, ponto maior para a produção do álbum. BRUNO THOMPIS
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