EDIÇÃO #9 www.myspace.com/sixsecs - setembro, outubro, novembro 2010
Editor Chefe: Ian K. Menezes Design e Paginção: Ian K. Menezes Fotos: Felipe Nevares Vivianne Drummond Clown Colabores nesta Edição Anayara Fraga Clown Bruno Thompis Costábile Salzano Jr. Marco Oliveira Rafael Andrade Glauber Dias Diego N. Vianna Contato: ian@sixseconds.com.br www.myspace.com/sixsecs
04 Sounds of the Underground
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08 Unlife (entrevista) 10 Recomendações 11 TOP 10 (Dimmu Borgir e Thrudvangar) 12 Dark Tranquillity (ao vivo) 14 Baroness (entrevista) 16 ART Design (Marcelo Vasco) 17 Deathstars (ao vivo) 18 Arsis (entrevista) 20 The Atlas Moth (entrevista) 23 Stay Brutal
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24 Savant Inc. (entrevista) 26 Moana (entrevista) 30 Resenhas de álbuns
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A MORTE DO BOM E VELHO ROCK N’ ROLL Algum tempo atrás, quando se tratava de Underground, as pessoas batiam no peito e falavam que era essencial na vida deles. Casas de show que nem o próprio capeta iria, preços acessíveis, pessoas com pouca grana e pura diversão.
na mão ou CDs em casa. Tudo agora é virtual. Pra que comprar um cd se posso baixar em um site? Confesso que raramente comprei CDs, por falta de grana, porém sempre é prazeroso quebrar a cabeça para tirar aquele plástico sem danificar a capa.
Para as bandas, isso era um prato cheio, pessoas realmente interessados no que eles tinham para mostrar. Hoje em dia, o desinteresse chega até ser inconveniente?
Mas será que a mídia está matando a essência do rock? Somos todos responsáveis por isso? São os sites de downloads, MySpace, mp3s ou o Underground está se tornando virtual?
O rock se tornou um antro de pessoas que estão ali para libertar o que eles não querem mostram perante a sociedade? Será que era mais fácil alcançar o sucesso nesse tempo? Essa moda “old school” está acabando? Estava, eu, conversando com alguns amigos e chegamos a conclusões interessantes. Bandas do Underground precisam somente dele para sobreviver ou para alcançar algo muito maior?
Faço questão de não trazer respostas, por seria muito egoísta impor meus argumentos aqui. Gostaria que esse texto fosse mais reflexivo e que parecesse mais como uma conversa. Porém, eu tenho faço mais uma pergunta: O underground vai acabar dentro de nossas casas, em nossos quartos e sendo visto em uma tela de computador? ANAYARA FRAGA
A morte do underground está cada vez mais evidente: o que ontem era para poucos, hoje alcança até aqueles que nunca pensaram em fazer parte disso. Nada de panfletos
Dark Matter Dimensions veio do fato cientifico que nao podemos ver 95% ou mais do universo. Essa parte do universo que nao conhecemos é chamada de materia negra ou energia negra, que é simplesmente um termo para alguma coisa que nós não temos o menor conhecimento. Mas nós podemos ver alguns dos efeitos causado por esses elementos desconhecidos. Então idéias começaram a surgir na minha cabeca, tipo: Como nós podemos agir como se conhecessemos tudo quando na verdade não conhecemos mais de 95% do universo? Como nós podemos ignorar várias coisas quando nosso senso lógico é tão limitado e cinico. Nós deveriamos considerar que tudo é possível considerando o quanto nosso conhecimento é limitado! Então, o tema “Dark Matter Dimensions” trata desse assunto e celebra as forcas desconhecidas do universo, porque sem os mecanismos das dimensões e mundos desconhecidos esta realidade fisica nem sequer poderia existir. “Dark Matter Dimensions” simboliza tudo que é desconhecido e invisivel... mas apesar disso presente. - Henrik Ohlsson (baterista)
Foto: Filipe Nevares
Christian Democracy é o título do primeiro álbum dos paulistas do Unlife. O álbum aborda temas como o preconceito, hipocrisia e até mesmo a fé. Nos da Six Seconds batemos um papo com o vocalista Renato Ribeiro, que nos deu mais detalhes sobre a banda e o seu primeiro álbum. Oi, tudo bem? Com 4 anos de banda, a Unlife com certeza tem uma história, por favor, nos conte um pouco dela. Somos uma banda paulistana que simplismente faz o que gosta e tenta dar o seu melhor tanto no estúdio quanto no palco, tentamos fazer algo que seja diferente e agradável, explorando todos os extremos musicais independente de quais sejam eles. Temos pouco tempo de banda, porém ja aprendemos muito,a Unlife evita esbarrar em barreiras sonoras, tentamos fugir o máximo possivel de parecer com alguma banda ou movimento. O lance é sermos nós mesmos e sorrir pra vida, acreditamos que Deus é a nossa gasolina e que nossas
vidas são apenas uma forma de agradecer à Ele por tudo que temos e vivemos nos dia a dia. Como vocês avaliam a atual cena underground nacional? Crescente, progredindo ou regredindo, mas sempre expandindo. É agradável poder conhecer diversas bandas que tem um grande potencial e que apresentam isso com com mérito, infelismente nem todas as bandas tem o reconhecimento que merecem. A Unlife (ao lado de Sharks At Abyss) está começando a se tornar popular por abrir shows de
bandas internacionais, certo? Começando com o The Devil Wears Prada e agora August Burns Red e Blessthefall. Poxa, quanto a se tornar popular,rico ,ter uma piscina de dinheiro e bling blings no pescoço eu não sei(rs), mas é ótimo ver esse carinho que a galera tem com a gente, saber que de certa forma tudo isso esta sendo reconhecido, ficamos muito felizes quando abrimos para o TDWP, eu particularmente tive a chance de conversar com todos eles e trocar algumas “figurinhas” com os gringos. Acredito que Deus sempre capacita os escolhidos e se você pensa grande, com certeza Deus vai te capacitar a fazer coisas grandes, mas tudo com a
direção e ajuda o nosso “Paizão” lá de cima é claro, só assim que o nosso trem anda. Sendo uma banda cristã, que tipo de influências vocês tem ou tiveram? Deus é a nossa inspiração pra se manter em pé e continuar caminhando não importa o que tenha na frente. Para compor as letras nós nos inspiramos em nossas experiências (boas ou ruins) que vivemos com a “igreja” e com Deus, ja em relação à sonoridade, ouvimos de tudo, cada um da banda tem sua prórpia preferência musical, isso é bem legal pois sempre ouvimos sons novos que trazemos e estudamos, Eu e o Jão gostamos muito de Trash e Nu Metal, o Júnior ouve muito Southern e Prog, o Bruno gosta muito de Prog e Nu Metal, o Rafa gosta de Metalcore e Trash, a Marina traz Pop e Classics, esse é um dos motivos que a UNLIFE faz essa “salada musical” que muitos dizem por ai, sempre ouvimos as influências uns dos outros. Nos explique o por quê do título ‘Christian Democracy’? Alguns dizem que é por causa do Chinese Democracy do Guns (rs), se você pensou o mesmo está correto, é uma brincadeira relacionada ao nome do albúm dos caras, funcionou direitinho a mensagem que pretendemos passar com o nome Chistian Democracy, mas em relação ao tema... logo ali em baixo vou explicar direitinho(rs). O álbum foi produzido e mixado por membros da banda Korzus. Como foi essa experiência? Foi simplesmente incrível, aprender com quem fez história é sempre bom, o Pompeu e o Heros são super profisionais e muito amigos, descobrimos muitas coisas novas com eles e pra falar a real, foi mais que uma escola pra Banda, foi uma experiência que marcou nossas vidas. Recentemente, o baterista Zaquini deixou a banda, mas foi substituido por Gustavo Paes. Como ocorreu esse processo de substituição? Foi tranquilo pois ambos ja eram grandes amigos, o Paes tocava em uma banda chamada ENCE, todos são muito amigos da Unlife, convidamos o Paes pra nos ajudar no processo do Christian Democracy, a banda achou muito interessante convidá-lo pra fazer parte efetiva e se juntar a banda, o Paes concordou gravou o CD e chegou a fazer alguns shows com agente, mas ao mesmo tempo que estava conosco na estrada ele também estava ajudando os brothers da December, como o Paes se idêntidica muito com o som da December ele resolveu se dedicar totalmente aos caras e saiu da Unlife, nós da banda levamos na boa e apoiamos a decisão, logo em seguida iniciamos a procura de um novo batera e foi ai que o RAFAEL apareceu, cheio de garra e disposto a se dedicar ao nosso som, o cara é sem dúvidas o nosso melhor batera, e esta fazendo direitinho a lição de casa(rs). O ‘Christian Democracy’ é um álbum conceitual que leva temas como preconceito, hipocrisia e até mesmo fé. Que tipo de mensagem vocês tentam mandar para os ouvintes? Christian Democracy é uma crítica à religiosidade no Brasil e no mundo, na verdade em certos aspectos não deveria existir DEMOCRACIA CRISTÃ e sim TEOCRACIA CRISTÃ, pra galera entender melhor hoje em dia não precisamos de muitos clicks no controle remoto ou no mouse pra perceber como diversas entidades cristãs funcionam hoje em dia, a forma com que alguns líderes conduzem seus rebanhos e dirigem suas igrejas, é tudo
muito sistemático, democrático, as vezes parece até algum tipo de empresa ou partido idealista, algo em que os Homens lideram e manipulam com suas próprias mãos e vontades, e não com as mãos e vontades de Deus como deveria ser, infelismente esta é a realidade de muitas igrejas hoje em dia e que infelismente Eu e alguns membros da Unlife assistimos de perto, sabemos que é um tema polêmico e que quase ninguém topa colocar a idéia na roda, por isso colocamos tudo em ênfase e escrevemos o Christian Democracy, não é pra ser falado ou gerar polêmica, mas para que as pessoas realmente pensem diferente e passem a entender que Deus é o início e o fim de tudo, não podemos nada sem Ele. No começo do ano, a Unlife foi convidada a participar da radio, Blaqart Radio Show, ao lado de grandes bandas como God Forbid, Intronaut e Iwrestledabearonce. Como vocês se sentiram ao receber este convite? Incrível, foi engraçado poder ouvir na gringa o nosso som, e ainda ver os comments que o apresentador fazia, ele Dizia: “Sim é uma banda cristã, mas e daí?? eu não acredito nessas coisas mas os caras arrebentam!! então merecem estar aqui”. (rs) ser apresentado ao lado de IWABO e ainda levar um comment nesse nível é impressionante pra nós, mesmo o cara não aceitando nossa ideologia ele ouve pelo som, um dia ele vai compreender o que estamos falando. Nos conte um pouco como funciona o processo de composição entre vocês. Ao contrário do que todos pensam, nunca existiu problema algum para criar, sempre que alguém tem alguma idéia, passamos tudo na tablatura e repassamos pra banda nos ensaios, as vezes alguém chega com a idéia da música quase toda pronta, ai só acertamos colocando mais idéias e acertando os detalhes, ou então cada um pega uma idéia que fez em casa e tentamos montar de um modo legal tudo isso, quanto aos vocais a Marina e eu sempre sentamos nos ensaios e definimos a linha vocal toda juntos, isso nao quer dizer que ela simplismente faça a parte dela e eu a minha, sempre criamos linhas um para o outro e analizamos detalhadamente o que ficou melhor e mais confortavel para ambos. A grande ideia é mostrar pro pessoal que nao existem divisões, gostamos de misturar e diferenciar o maximo possivel de uma musica pra outra. No show do The Devil Wears Prada, vocês fizeram um mini-documentário. Vocês pretendem fazer o mesmo no show do August Burns Red/Blessthefall. Há alguma possibilidade de vocês lançarem um DVD? Pretendemos fazer o mesmo com o show do ABR e BTF, colocaremos os detalhes no nosso canal no Youtube, a UnlifeTv colocando dotalhes de Backstage, firulas com os gringos e uns trechos dos shows. Sobre lançar m DVD, ai já é um projeto nosso que esta em andamento, mas enquanto não sai, colocamos tudo na net pra que todos tenham acesso geral do que rola na banda. Com relação ao público, qual é a reação deles, pelo fato de vocês serem uma banda cristã? Rola algum tipo de preconceito? Nenhum, até as bandas que não apoiam a ideoligia cristã sempre tem o maior respeito e reconheciento pelo que falamos no palco, o público sempre é muito receptivo e nos tratam muito bem, ficamos horas conversando com a galera e tentando ajudar caso tenham algum problema em casa com os pais ou
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Unlife
Christian Democracy Independente
Ousados. Esse é, talvez, o adjetivo que melhor define os paulistas da Unlife. Ousados pela mescla de componentes musicais em cada música, ousados pelo uso da irreverência musical, ousados por usarem uma forma nada convencional (dentro da sonoridade) de espalhar sua religiosidade. Particularmente, apesar de soar bastante contraditório aos meus ideais, gosto muito de escutar bandas cristãs ou com um mínimo (ou máximo) de religiosidade atreladas à música. Por que isso? Porque há um somatório bastante interessante no que tange a religião e a música. A música é tão antiga quanto a religião ou religiosidade (usaremos esse segundo termo, daqui pra frente), e ao fazermos a ligação de uma com a outra, podemos ver uma espécie de “revisão” de costumes, análise de evolução cultural, dentre diversas outras situações antropológicas. Contextos pessoais a parte, muitas coisas me chamaram a atenção nesse disco do Unlife. O primeiro foi o carinho com o qual os músicos tratam seus instrumentos na hora de descer a martelada em nossos ouvidos. Fiquei bastante impressionado, também, com a potência vocal imposta pelos dois vocalistas em cada segundo do disco. Em alguns momentos do disco (principalmente nas duas primeiras faixas do disco – não contemos a introdução, certo?) um pouco de insegurança por parte da vocalista Marina Kawahara, porém, na faixa “Posso Ouvir um Amém?” ela quebra minhas pernas em 35 pedaços quando canta divinamente bem e encaixa uma voz bem suave e definida, dando um tom diferente e contrastante com o peso imposto nos minutos iniciais da música. Muitas coisas pesam para que Christian Democracy receba uma ótima nota dos meios especializados, algumas delas foram citadas acima. No “behind the scenes” seria interessante citar a força incomensurável que a banda tem da internet, um meio que vem sendo bastante utilizado por diversas bandas no cenário musical mundial. Além da super oportunidade de ter o disco produzido e mixado pelos lendários Marcello Pompeu e Heros Trench que recentemente assinaram a produção de mais outra pérola do rock cristão, o disco “Depois da Guerra” do Oficina G3, e ganharam 2 Grammy’s. Com um time como esse, só poderíamos esperar que viessem coisas boas. E foi justamente isso o que aconteceu. No fim de Agosto, eles fazem a abertura do show do August Burns Red juntamente com os rapazes do Sharks At Abyss. Merece a sua atenção? A minha merece. Meu destaque do mês de Agosto: Unlife. BRUNO THOMPIS
em qualquer outro lugar, isso nos deixa muito próximos, mesmo se tratando de internet, o carinho e compaixão uns pelos outros é incrível. Obrigado pela entrevista. Há algo que você gostaria de acrescentar? Poxa mas ja acabou (rs), agradeço a Six Seconds pela chance de expressar um pouquinho sobre nossas mentes malucas, não posso terminar essa entrevista sem dizer pra você ai que esta lendo que Deus te ama muito e o melhor é que Deus te ama como você é. Esse lance de usar terninho engomado, botar a bíblia em baixo do braço e sair por ai dizendo que tudo é do Diabo não EXISTE, Deus te quer desse seu jeitão de ser, com seus defeitos e talentos, Ele quer te dar nova vida e te ajudar a enfrentar suas barreiras, então se liga por que ser filho de Deus não dói nem um pouco... Que Deus abençoe grandemente a todos. Paz IAN K. MENEZES
SIXSECONDS Recomenda
Post-Punk The National
Álbum recomendado: The National é uma banda indie rock/ post-punk formada em 1999 por amigos de Cincinnati, Ohio. As influências vão de Bruce Springsteen a Tindersticks. E as músicas são escritas e cantadas por Matt Berninger com sua diferente voz de barítono O resto da banda é fomado por dois pares de irmãos: Aaron e Bryce Dessner e Scott e Bryan Devendorf. Padma Newsome, da banda Clogs, frequentemente colabora no teclado e nos arranjos da banda. The National (2001)
Interpol
Álbum recomendado: Interpol é uma banda de Nova York, formada por Paul Banks (vocal e guitarra), Carlos Dengler (baixo), Sam Fogarino (bateria), e Daniel Kessler (guitarra e background vocais). O som da banda é caracterizado por uma mistura de baixo pulsante e som esparso e variado de guitarra. Eles têm sido comparados com Joy Division, Echo & The Bunnymen e The Chameleons por sua atmosfera sombria, sonoridade densa e letras ambíguas. Apesar do primeiro álbum, Turn on the Bright Lights (2002), ser disperso e experimental, o segundo, Antics (2004), sugere uma banda mais confidente ao desenvolver um som mais complexo. Antics (2004)
White Lies
Álbum recomendado: White Lies é uma banda de rock alternativo de Ealing, West London, Inglaterra, cuja gravadora atual é a Fiction Records. A banda é formada por Harry McVeigh (vocalista, guitarra), Charles Cave (baixo e backing vocals) e Jack Lawrence-Brown (bateirista). Lançaram quatro singles: “Unfinished Business”, “Death”, “To Lose My Life” and Farewell to the Fairground. O seu primeiro disco, To Lose My Life, foi lançado em janeiro de 2009, estreiando no primeiro lugar nas paradas britânicas. Cave and Lawrence-Brown nasceram em Pitshanger Village, North Ealing, e tocam juntos desde a escola. McVeigh, nascido em Shepherd’s Bush, juntou-se a banda dois anos depois. A banda nessa época chamava-se Fear of Flying. Cave considerava a banda apenas como um “projeto de fins-de-semana”, mas depois começaram a abrir os shows de bandas como The Maccabees, Jamie T e Laura Marling.
To Lose My Life (2009)
Lançaram dois singles em vinil no selo idependente Young and Lost Club. “Routemaster / Round Three” em 7 de Agosto de 2006 and “Three’s a Crowd / Forget-Me-Nots” em 6 de Dezembro de 2006. Ambos foram produzidos por Stephen Street, colaborador antigos de bandas como Blur e The Smiths. Duas semanas antes dos membros da banda começarem universidade, eles decidiram dar um tempo, porque acharam que as novas músicas não encaixavam-se bem com o que faziam antes. Cave disse que não podia mais escrever nenhuma letra pessoal, então passou a inventar histórias semi-cômicas que não eram importantes para ninguém. E les anunciaram em outubro de 2007 no MySpace da banda que o Fear of Flying havia acabado. E passaram a adotar o nome White Lies, com músicas mais sombrias e um nome novo para refletir a maturidade da banda. Quando perguntado sobre a mudança de nome em uma entrevista dada numa rádio em San Francisco, Jack Brown disse que as novas músicas deveriam ser tocadas por uma nova banda, porque eram muito diferentes das que tocavam antes e que White Lies encaixava-se perfeitamente nessa idéia.
não, eles são ótimos ao vivo. bina com tudo.
[1]
[3]
Bathory
‘Hammerheart’
[5]
[9]
‘Twilight of the Thunder [7] Type O Negative Gods’ ‘The Origin of the Feces’
‘Till Fjalls’
Bathory
Dimmu Borgir
O primeiro e mais puro álbum de Viking Metal, orquestral e nórdico. Melhor música: One Road to Asa Bay
e poderosas (parecido com divertido. Thrudvangar sem os teclados). Ótima banda ao vivo.
‘Stormblast’
Muito intensivo, agressivo, contudo muito melódico, ótimo teclado assim como piano.
Dificilmente este álbum é metal, é uma mais uma sinfonia, uma obra prima, mesmo depois de 19 anos.
Vintersorg Muito variado, vocais limpos e normais, excelente melodia.
Metal original e não tão rápido, estranho, simples, mas muito bom.
[10] [2]
‘Son of Northern Dark- Solstafir ness’ ‘Kold’
Viking Metal encontra Death Metal, as estruturas das músicas são bastante claras
Span
‘Mass Direction’ Rock/Pop norueguês, um dos mais talentosos da Noruega, uma banda que tinha muito Não acho que este álbum te- potencial antes deles acabanha chamado a atenção que rem. merece, mas é um classíco no meu livro de Thrash e Speed Metal com uma maneira muito original de se cantar.. e sim eu posso cantar todas as músicas no Karaoke sem problemas.
[5]
‘Sacrilegium ’ Misteriosamente difícil de se apossar dos materiais com esta banda, simplesmente genial em todos os sentidos do humor e muita inspiração que recebo de ouvir essa obra de arte
[2]
Sabbat
‘History of a Time to Come ’
Darkthrone
Nada de Metal, voz limpa, apenas alguns instrumentos, nada para pessoas depressivas.
‘Slania’
‘Versus The World’
[4]
Devil Doll
Eluveitie
Amon Amarth
Black Metal lento, mas muito Estilo de música indepente, agressivo, super instrumenta- nem Black, Death, Heavy ou do e muito bem mixado, com- Viking Metal, goste você ou
[1]
[8]
[6]
[4]
Immortal
Kari Rueslatten ‘Pilot’
Influências de música celta, tocado também que instrumentos da idade média, bem
[6]
[8]
‘Thorns’
‘Creatures of the Night’
Thorns
Riffs perfeitos de guitarra, simplesmente perfeita, a arte negra na atmoesfera, qualquer um que discorde, precisa levar um tapa na cara.
[7]
The Carburetors
Kiss
Para mim, pessoalmente, um álbum clássico, com um monte de lembranças do dia anual da magia ...
[9]
Fastway
‘Trick or Treat ’
‘A Blaze in the Northern ‘Pain is temporary, Glory Brilhante banda de rock/meis forever’ Sky’
[3]
Ninguém se sente ligado aos In Slaughter Natives primórdios da magia, na história do black metal norueguês, ‘Enter now the World’ esse álbum é um clássico, nada Desligue a luz, acenda uma mais a acrescentar. vela e viage para o submundo, esse álbum é sombrio, ambiental e é o melhor.
tal, se você gosta de música Levante suas mangas e prepa- dos anos 80.. bem eu gosto. re-se para uma briga de bar, rock norueguês perfeito, com cargas de atitude, esse álbum me da sede e vontade de dirigir em alta velocidade.
[10]
Katatonia
‘Night is the new Day’ Muito triste, porém belo e edificante na arte ao mesmo tempo, com paixão e originalidade, bem composto e bem produzido.
Foto: Vivianne Drummond
Dark Tranquillity faz uma das melhores apresentações de Heavy metal do ano Praticamente uma semana após o show do Deathstars, outra banda sueca resolveu mostrar as caras aos headbangers brasileiros. Desta vez, quem passou pelo palco do Carioca Club, foi o Dark Tranquillity. A noite do Dia dos Namorados celebrou a exuberante estreia de um dos criadores do Death Metal melódico no País. O Dark Tranquillity é um grupo que ficou mundialmente conhecido devido a sua excelência musical. Com temas rápidos, excêntricos e letras inteligentes, a sua sonoridade arrebatou em cheio os fãs tanto das músicas pesadas como os que gostam de partes mais melódicas. Após realizar longas turnês por Europa e América do Norte, Mikael Stanne (vocais), Martin Henriksson (guitarra), Niklas Sundin (guitarra), Daniel Antonsson (baixo), Martin Brandstrom (teclados), Anders Jivarp (bateria) finalmente vieram desbravar a América do Sul por completo. E o Brasil foi um dos países agraciados por esta ilustre e tão esperada visita. Exatamente às 20h25, o Dark Tranquillity estreava no Brasil e, logo de cara, recebia o tão famoso calor do público brasileiro. O sexteto entrou em cena com At the Point of Ignition e The Fatalist, duas pauladas de seu mais recente álbum We are the Void. Assim como aconteceu na estreia do Amon Marth, outro excelente grupo sueco, logo nas duas primeiras músicas, o público já estava extasiado, nos braços do sexteto. Afinal, foram 20 anos de espera que deveriam ser recompensados em pouco mais de 1h40 do mais puro Gothenburg Sound.
clássicas The Wonders At Your Feet e Final Resistance. O repertório, conforme fora prometido, seguiu com composições de praticamente todos os trabalhos. Uma das músicas que mais impressionaram foi a nova Shadow in Our Blood, que teve o seu clipe sincronizado no backdrop. No entanto, o clímax da apresentação veio justamente na primeira do bis com Therein. Se no disco ela é fantástica, ao vivo, é fora de série. A partir dali o que veio foi lucro. Porém, tudo o que é bom dura pouco. O show passou muito rápido, sinal de que os integrantes do Dark Tranquillity foram eficientes. Até mesmo quando executaram músicas mais calmas, a exibição não se tornou maçante e a interatividade com os fãs foi a mesma do início ao fim. O vocalista Mikael Stanne foi um poço de simpatia e carisma. Com o sorriso sempre largo no rosto, deu um show à parte. Seu vocal é impar. Perfeito nas partes melódicas e nos vocais rasgados, sem sombra de dúvidas, ditou a vibração para que aquela noite fosse inesquecível tanto para a banda como para os fãs. A dupla de guitarristas Niklas Sundin e Martin Henriksson se completam como unha e carne. Donos de riffs poderosos, são verdadeiros maestros, conseguiram evidenciaram porque são músicos tão aclamados dentro do Death Metal.
A cozinha formada por Daniel Antonsson (baixo) e Anders Jivarp (bateria) “joga” fácil até mesmo nas partes mais Mantendo o ritmo acelerado, executaram uma trinca complicadas, não deixaram o ritmo, muita vezes frenético enlouquecedora: Focus Shift e, para delírio da galera, as da apresentação, cair.
No entanto, é o teclado de Martin Brandstrom que determina a excentricidade das músicas. Mesmo que posicionado ao fundo do palco, sua presença é mais do que notória. Suas linhas melódicas dão aquele toque intimista a cada composição o que muitas vezes determina a identidade de uma música. Fato que também acontece em outras bandas como Dimmu Borgir, Cradle Of Fith, Children of Bodom e muitas outras. O Dark Tranquillity provou, ao vivo, diante dos aficcionados fãs brasileiros, porque é considerado um dos melhores grupos do atual cenário do Heavy Metal Mundial. Se seus compatriotas In Flames e At the Gates tomaram um rumo um tanto diferente se compararmos com a sonoridade do inicio de carreira, o Dark Tranquillity mantem até hoje a sua identidade musical. É claro que passaram por momentos experimentais, mas a sua peculiaridade característica se mantem intacta. Os suecos não precisaram de muito elementos para fazer uma boa apresentação. Os caras se garantiram na raça mesmo, no palco, executando seu som rápido, pesado e devastador sob a base de uma iluminação simples. A única coisa de extravagante foram as imagens sobrepostas no backdrop, que, de certa forma, deram um toque mais intimista ao show. De resto, foi porrada na orelha executada por uma banda segura e com uma performance perfeita. O único porém foi ter deixado Monochromatic Stains, que há um bom tempo, não tem figurado no repertório, mais uma vez de fora. Mesmo assim, fizeram uma das melhores apresentações do ano! COSTÁBILE SALZANO JR.
Foto: Vivianne Drummond
‘Blue Record’ foi um dos mais aclamados álbuns de 2009 lançado pela banda americana, Baroness. a banda de mistura um som progressivo sludge e ganhou muitos admiradores após o lançamento do álbum. Nós da Six Seconds tivemos uma conversa com o baixista Summer Welch que nos fala da comporação da banda com Mastodon, a rica e detalhada artwork e muito mais.
‘Blue Record’ foi um dos mais aclamados álbuns em 2009. A banda esperava que o álbum fosse tão bem sucedido? A atenção sobre esse álbum tem sido quase sempre positiva. Nós todos nos sentimos muito honrados que tantas pessoas apreciam o que estamos fazendo. Nós acreditamos na nossa música, mesmo ao receber uma critica negativa. E o mais importante aos nossos olhos é que nós demos tudo de nos mesmo afim de criar algo honesto e verdadeiro. Nossas expectativas deste álbum não deixaram o estúdio de gravação, nossa única expectativa real é que colocamos em prático o melhor que pudemos na composição, gravação e no design. Qualquer coisa que veio depois foi uma surpresa bem vinda. É um sentimento muito humilde e poderoso ter algo artesanal que parece falar com tantos outros. Mesmo revistas e sites que não são muitos familiares com o metal, derem uma nota alto para o álbum, o que não uma ocorrência comum. Como você acha que esse lançamento deixou a banda mais conhecida? Eu não posso te dar uma resposta pra essa pergunta, porquê eu não tenho certeza. Eu posso dizer que tentamos pisar fora da nossa zona de conforto e se concentrar em nossos pontos fracos, tornando-os assim em pontos fortes. Nós trabalhos em cada um dos nossos erros e tentamos ouvir nossos instintos durante a gravação. Se algo soasse bom, nós continuariamos com isso, mesmo que isso fosse arriscado. Eu também tenho que dar crédito a nossa gravadora, eles fizeram uma ótima imprensa. Tirando os shows, nós não nos promovemos muito. A gravadora deu uma ajuda intensiva e fez de uma maneira que mexe com a nossa perspectiva moral. Nós estamos agradecimos por tudo que eles fizeram por nós e tentamos viver de acordo com a expectativa criado pelas turnês e oferecendo um desempenho honesto cada vez que estamos no palco. A banda tem sido comparada com Mastodon, embora haja alguns pontos em comuns. Na minha opinião, o novo álbum mostra que Baroness encontrou seu própio som. O que você pensa desta comparação, você acha frustante ou está feliz pela banda ser colocada ao lado de uma banda desse calibre? Nós sempre temos sido comparado com Mastodon. Eu entendo a comparação, embora eu não concorde completamente. Eu sinto que Mastodon e Baroness são duas bandas completamente diferentes que compartilham certas semelhanças. Mas nós estamos honrados em sermos colocado ao lado de uma banda como esta. Em ‘Blue Record’ a banda parece manter as raízes do sludge, porém com alguma mistura com hard rock. É vital para abanda manter um equi-
líbrio entre estes dois estilos ao compor as músicas? Nós compomos músicas que nós nos identificamos, em primeiro lugar. É algo natural. Dito isto, penso que a nossa base e alicerce é sólida. Nossos ideais e gostos mudaram e amadureceram muito desde o início da banda. Sempre que compomos algo novo, tentamos avançar em uma direção positiva. Se você tiver sucesso nisso, é vital que você permaneça com a sua raiz e que faça isso de forma natural. A banda é famosa pela arte complexa que John Baizley (guitarra/vocais) projeta em todos os lançamentos da banda. Quanto esforço vai até a finalização das obras? A quantidade de pensamento e de tempo que vai para a obra de arte é igual ao que vai para a música. Eles caminham lado a lado, não haveria um sem o outro. Na cena musical, parece que muitas bandas simplesmente fazem uma capa simples usando programas como Photoshop e com isso a arte parece ficar perdida. É importante para a banda ir além e fazer uma arte com componentes vitais do produto final? Absolutamente. John realmente da tudo de si no trabalho. São horas e horas gatas com o lapiz na mão. É um processo lento, mas o resultado final é algo para se orgulhar de porquê foi criado inteiramente à mão. Isto pode não ser a melhor comparação, mas eu sinto que transmite o mesmo significado. A próxima vez que você for escrever um e-mail para um amigo, desligue o computador. Arrume sua mesa, puxe uma cadeira confortavel, pegue uma bebida do seu gosto. Beba lentamente, continue escrevendo sua carta. Leve o tempo nescessário, certifique-se de toda palavra que você escreve. Concentre-se em sua escrita, torne-a legível e clara. Se você é fumante, aprecie seu cigarro. Dobre a carta cuidadosamente e coloque-a em um envelope. Leve até o correio e siga com seu dia. Eu garanto que quando seu amigo ou amiga receber esta carta, ele ou ela ficará surpreso, porquê você teve tempo para criar algo único. O que um fã pode esperar de um show da banda? Nossa setlist nunca é realmente concreta. Nós tentamos mudar um pouco a cada noite. Tem algo que você gostaria de dizer para os fãs da banda? Nós agradecemos muito a todos por sua dedicação pela música. Sem vocês, nós não seriamos capazes de viajar pelo mundo e fazer o que amamos. MARCO OLIVEIRA
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Baroness
Blue Record Relapse Records
Saindo das sombras de seus contemporâneos, Baroness cria uma experiência incrivelmete bem polida e consistente para os ouvintes. A cor azul pode ter vários significados. As vezes é interpretada como calma ou felicidade. Também pode significar conhecimento, poder, integridade e seriedade. Sejam bem vindos ao ‘Blue Record’ o segundo álbum da banda de Savannah, Baroness. Há muito o que dizer sobre essa banda. Baroness tem se escondido nas sombras de seus contemporâneos, Mastodon. Embora existam semelhanças ligeiras nos sons de ambas bandas, Baroness consegue ter o seu própio estilo. Comparar essa duas bandas seria injusto, ambas são bandas únicas. Sendo o segundo álbum da banda, é sempre bom saber se eles evoluíram como artistas. Eles mantiveram o seu som global, adicionando novas idéias. O trabalho anterior, ‘The Red Album’, foi um álbum bom, mas a banda refinou seu som, criando uma experiência que vai satisfazer os fãs velhos e os recém-chegados. Baroness tendem a usar o seu título de Sludge Metal com orgulho, vocais abrasivos, instrumentação distorcidas e tempos contrastantes estão por todo lugar do ‘Blue Record’. Tudo funciona bem em conjunto, com o intuito de montar uma peça polida e consistente. No entanto, o charme principal do álbum não vem do seu instrumental, mas sim da sua pura estética do sul. O álbum é cheio de influências que vão do Southern Rock até o Bluegrass. A estrutura do álbum é uma coisa fantástica, ao invés do ouvinte ficar apenas com riffs e Skynard de minuto em minuto, a banda decidiu trabalhar com uma abordagem mais sutil. O instrumental usado no ‘Blue Record’ é algo bastante variado. O ‘Blue Record’ não é um álbum de metal que se resume a riffs e solos de guitarras, não senhor. Ao invés disso, um meio-termo é encontrado, John Baizley e Pete Adams são mais competentes. A banda faz um fantástico trabalho da mudança de ‘Swollen and Halo’ para o mais foclórico ‘Blackpowder Orchard’. Os sons e humores são mudados constantemente e os membors fazem um ótimo trabalho ao longo do álbum. IAN K. MENEZES
KEEP OF KALESSIN - Reptilian
BORKNAGAR - Universal
INFERNAEON - Genesis To Nemesis
Criador de capas de várias bandas conhecidas pelo mundo, Marcelo Vasco está trabalhando como ilustrador desde de 1995. Desde de 2007 sendo designer oficial da Indie Recordings, o maior selo da Noruega. Nós da Six Seconds batemos um papo com ele e ele nos falou sobre seu trabalho e outras coisas. Confira! Nos conte sobre seu trabalho como ilustrador. Sou designer gráfico autônomo desde 1995 e direciono meu trabalho à criação de projetos para a mídia impressa e eletrônica, geralmente publicações através de ilustração digital como desenvolvimento gráfico para CD/DVD/LP, identidade visual, design promocional e campanhas públicas focadas na cultura musical underground. Também ofereço soluções na criação de websites/myspaces/ecards e todo tipo de propaganda virtual. Desde 2007 sou contratado da Indie Recordings, o maior selo/distro da Noruega, como seu designer gráfico oficial. Já fiz trabalhos para grandes bandas como o Borknagar, Belphegor, Dimmu Borgir, Obituary, Satyricon, Enslaved, Vader, Keep of Kalessin, Absu, Devian, Fenriz/Nattefrost, Merauder entre muitas outras, e atualmente também trabalho como freelancer para selos como Nuclear Blast, Regain Records, Metal Blade, Napalm Records, Candlelight Records, entre outros. Você tem alguma coisa em especifico que você gosta de desenhar? Adoro faces e personagens... Aliens, Demônios, Guerreiros Apocalípticos... e quanto mais feio, brutal e esquisito, melhor :) Minhas artes são em sua maioria baseadas no surrealismo, como se fossem sonhos/pesadelos ilustrados que transcedem a dor, o prazer, a vida e a morte! Qual a melhor ilustração que você já fez? É difícil dizer a melhor, pois a maioria delas são como filhas pra mim. Digamos que eu tenha respeito por 90% das ilustrações que eu crio. Esses 10% restantes são de clientes que eu particularmente considero sem a visão necessária para fazer uma capa funcionar através do meu tipo de trabalho, mas acabo tentando agradar e fazendo o que os deixa satisfeitos, mesmo que eu não esteja totalmente de acordo com a idéia. Ossos do ofício, infelizmente! Mas no geral sou feliz com grande parte das ilustrações que eu crio e apesar de não ter uma preferida eu poderia citar algumas das últimas com as quais eu fiquei extremamente satisfeito... São elas: BORKNAGAR, THORNIUM, KEEP OF KALESSIN, THE ORDHER, EXHORTATION, LACONIST e DEUS INVERSUS.
Você costuma ouvir música enquanto desenha? Se lentes. Para a criação das ilustrações uso o Photoshop sim, que tipo? e em raras vezes chego a precisar de papel, caneta e lápis, mas no geral faço tudo diretamente no softwaCom certeza! O Itunes tocando é parte fundamen- re. O material que uso se resume a fotografias e imatal do meu trabalho, quase como uma ferramenta ges de stock! Através delas eu manipulo digitalmente que complementa todo o processo. Eu sou uma pes- 99% das ideias que tenho para o conceito de uma ilussoa bastante eclética e ouço de tudo, mas no geral tração. o que está sempre na minha playlist são bandas de Heavy Metal e suas várias vertentes, principalmente o Nos conte 5 objetos que estão ao seu redor no moThrash & Black Metal, que talvez sejam os estilos que mento. mais me agradam e consecutivamente me inspiram nas minhas criações. Copo de coca-cola (já vazio hehe), CDs, mouse/teclado/monitor e esse tipo de parafernália, muitos papéis O que te inspira? e anotações... e uma pilha de vinís... Além da música em si, sou fanático por cinema... Fil- Que tipo de conselho você daria para as pessoas que mes de horror, ficção científica, era medieval, mitoloestão começando a desenhar? gia e guerra! Isso é algo que me prende numa cadeira por horas e mais horas! Que estudem, pesquisem, apreciem, olhem além do que uma simples imagem representa!!! Dominar Como é o processo de criação das suas artes? as ferramentas de trabalho como o Photoshop, por exemplo, não te faz um designer, te faz um técnico/ Tudo parte de uma ideia ou conceito que geralmente operador. É muito importante as pessoas saberem recebo diretamente da banda/artista em questão. O entender essa gigante diferença. Além de toda essa início do processo depende um pouco disso, mas ge- dedicação aos estudos é importante também que os ralmente parto para a produção e busca das imagens/ debutantes se valorizem e procurem o seu próprio cafotografias que eu possa precisar pra começar a mani- minho, sem querer dar passos maiores que as pernas! pular e criar a ilustração. Isso feito, vou ao Photoshop Adquira uma visão extremamente ampla do simples e e começo a criar uma espécie de rascunho. Esse rascu- uma visão simplificada do complexo através do treinho eu apresento para o cliente e ele estando de acor- namento de seus próprios olhos diante da arte! Bom, do com o direcionamento da arte, começo a trabalhar é uma resposta quase “filosófica” hehe mas na minha mais minunciosamente no conceito e detalhes da ilus- visão esse é realmente o caminho... tração até a sua finalização. Basicamente seria isso! PC ou MAC? Onde você se vê daqui a 10 anos? Sabiamente MAC :) PC é lixo e 99% das vezes nos deixa Espero estar ainda trabalhando com o Heavy Metal na mão! em geral e tenho um sonho de trabalhar também com cinema de alguma maneira. Estou batalhando pra Últimas palavras? aprender mais e melhorar a cada dia e espero que essa evolução no futuro me renda bons frutos :) Agradeço a SIX SECONDS pelo interesse e ajuda na divulgação do meu trabalho gráfico! Espero que todos Que tipos de programas e material você usa para gostem do meu material e prometo estar sempre ofesuas ilustrações? recendo o melhor possível e representando o Brasil lá fora nesta área que tem crescido a cada dia. Obrigado De equipamento basicamente eu uso um MACBOOK e um abraço a todos! IAN K. MENEZES PRO 2.53 Duo Core 8GB Memória ligado em um Apple Cinema Display de 20”, HDs externos, teclado e mouse sem fio + Camera NIKON D80 com diferentes tipos de
ao vivo em São Paulo - 30/05/2010 Acho que não há como falar sobre o show de uma de suas bandas favoritas sem acabar caindo em clichês, mas a verdade é que o show realizado pelo Deathstars no dia 30 de Maio no Carioca Club, em São Paulo/SP foi melhor do que qualquer um ali poderia imaginar. 7 anos se passaram desde que a banda lançou seu primeiro álbum, intitulado Synthethic Generation, e desde então o número de fãs só vem aumentando. Após um pouco de trabalho pra localizar a casa onde seria o show, logo começaram as especulações do público: “será que vão tocar ‘aquela’ música?”. Claro que todo mundo tem sua música favorita, e como a banda vinha mudando seu setlist a cada show pela América do Sul ficava quase impossível saber quais músicas seriam tocadas. Apesar do show ter atrasado um tempo considerável pra começar, e algumas “falsas
aberturas” que deixaram o público um pouco frustado, eis que começa a grande atração da noite. Logo ao abrir o show com a faixa título do novo álbum, Night Electric Night, os Deathstars deixaram bem claro que este não seria um show a ser esquecido. No setlist da banda constaram excelentes faixas como “New Dead Nation”, “The Revolution Exodus” e “Semi-Automatic” para os velhos fãs da banda, faixas novas como “Arclight” e a belíssima “Blood Stains Blondes”, e as faixas que proporcionaram o “boom” que a banda teve por volta de 2005, “Blitzkrieg” e “Cyanide”. A banda se despediu, mas como todos sabemos, o show ainda não havia acabado. Eis que voltam para mais 2 músicas e se retiram. “Pronto, agora o show acabou... mas tá faltando algo, né?”E estava mesmo. A banda volta ao palco mais uma vez e manda para o
público “The Last Ammunition” e “Play God”. Seria de se estranhar muito uma faixa como Play God não aparecer no setlist. Mas mesmo com o setlist excelente, essa ainda não foi a melhor parte. O que deixei de falar até agora (de propósito) é sobre a performance da banda. Acho que nunca vi uma banda tão bem entrosada, com um domínio de palco tão impressionante e com tamanha energia. Óbvio que muitos passos e passagens são devidamente coreografados, mas isso não diminui a magia de ver todos os integrantes da banda gritando, pulando, batendo palmas e cantando ao mesmo tempo. Prova disso é o baixista Skinny, que desde a hora em que subiu ao palco não parou de sorrir por 1 segundo. RAFAEL ANDRADE
No seu quarto álbum os americanos do Arsis decidiram mudar a direção do seu som e produzir um álbum mais melódico, nós da Six Seconds batemos um papinho com o vocalista e guitarrista James Malone sobre essa mudança e as reações dos fãs sobre esse novo trabalho. Confira também os 5 álbuns influênciados em ‘Starve for the Devil’. Ah, foi ótimo. Eu amo esse cara, nós somos amiO novo álbum está bem mais melódico do que o último. O que levou vocês a terem essa mudan- Qual foi a diferença no processo gravação desse gos a muito tempo e é muito bom ter ele de volta álbum comparado ao outro? na banda. Ele está em duas turnês conosco, uma ça? com Behemoth e outra com Arch Enemy. Eu acho que eu sempre quis fazer algo mais des- Nós estavamos preparados para esse. Nós não esse tipo, quando eu comecei a compor as músicas tavamos preparados muitos no último, e também Vocês tem muito carinho com seus fãs, se enpara o novo álbum, simpelsmente aconteceu e eu todos se deram bem nesse, o que foi uma grande contrando com eles. Isso é algo que vocês fazem gostei muito. Eu estava gostando de compor de- ajuda. Não teve nenhuma discussão no meio das toda turnê e como isso funciona? novo. Eu acredito que eu só precisava fazer algo faixas ou algo assim. Eu acho que o procedimento diferente, eu sempre tentei ser o mais técnico pos- foi bastante semelhante, mas a atitude da banda Sim, eu definitivamente tento fazer uma parada. Eu acho que é importante para o crescimento da sível. Eu só queria me expressar em um novo jeito de estar preparada fez uma grande diferença. banda, é também é divertido para mim. Eu acho e por isso eu mudei. Esse é o segundo álbum de vocês, produzido por que ajuda nas vendas, ter a banda lá toda hora, Você acha que a evolução começou no último Zeuss, você irão continuar a trabalhar com ele? mas é divertido. Eu gosto. O que ele adiciona na música de vocês? álbum? Voltando um pouco no tempo, eu soube que Talvez um pouco, eu acho que o último álbum foi Nós tinhamos todas as músicas preparadas antes você teve um acidente durante a filmagem do muito técnico para mim, talvez até demais, não de vir para o estúdio, então nós não tivemos ne- video ‘We Are The Nightmare’. tenho certeza. Mas eu acho que teve momentos, nhum contato nos arranjos ou algo do tipo. Mas ele é ótimo em conseguir o melhor desempenho Para começar, eu fui perseguido por pit bulls anespecial na última faixa ‘Failure’s Conquest’. em geral e tem um grande trabalho de ética. É tes mesmo da filmagem começar. Isso deveria um ótimo cara para se trabalhar. ser um presságio para eu ser cuidadoso, mas no Como está sendo a recepção do novo álbum? meio das gravações, eu tropecei e cai no chão de Eu diria que está 50-50. Eu imaginaria a recep- O video ‘Forced To Rock’ já estava disponivel. O uma igreja abandonada. Eu não morri, poderia ter sido pior ção do novo álbum, as pessoas estão ouvindo ele que te fez escolher essa música? direitinho, eu acho que o elas terão um choque inicial tipo “Wow, isso não é ‘We Are The Night- Eu acho que eu queria fazer uma declaração, não Se Arsis pudesse montar uma turnê personalimare’”. Mas tudo bem, eu queria fazer algo dife- sei. Acho que foi diversão mesmo. Eu achei que zadas para ‘Starve For The Devil’, quais bandas rente e é isso. Eu acho que as pessoas vão levar nós poderiamos fazer muita coisa com o video, você traria? sabe? Eu tive várias idéias diferentes, umas bem um tempo para gostar. diferentes do que nós acabamos fazendo. Eu só Caralho, isso é maluquice. Provavelmente Arch Enemy, porquê eles são troll. Mercyful Fate e/ Qual sua faixa preferida de Starve for the Devil? acho, que seria divertido, só isso. ou King Diamond. E eu estou realmente viajando Nossa, eu gosto de muitas delas, eu gosto bastan- Como foi ter Mike Van Dyne, quem inicou a ban- nessa banda da Suécia, chamada Hardcore Superstar, eles provavelmente não se encaixariam, te de ‘Escape Artist’ e.. provavelmente ‘Beyond da com você, de volta nesse álbum? mas seria legal ve-los tocar toda noite. GLAUBER DIAS Forlorn’. Gosto muito dessas duas.
OS 5 ÁLBUMS QUE INFLUENCIARAM EM ‘STARVE FOR THE DEVIL’ [1]
atitude com certeza foi.
[2]
tenho certeza que ele irá continuar.
[4]
[3]
álbum é o melhor que eu já ouvi em muito tempo, e preciso pedir que todos ouçam ele também.
[5] Deathstars ‘Night Electric Night’ Nucler Blast
Mercyful Fate ‘Don’t Break the Oath’ Eu e o Nick ouvimos esse Roadrunner/Combat álbum inumeras vezes enquanto estavamos no Esse álbum foi uma granestudio. Eu não posso de inspiração para mim, dizer que nossa música ele me influenciou em foi influenciada por esse todo tipo de coisa que eu álbum, eu acredito que a já fiz musicalmente e eu
Dissection ‘Storm of the Light’s Bane’ Nuclear Blast
Hardcore Superstar ‘Beg for It’ Nuclear Blast
Honestamente, nós apens descobrimos essa banda algumas semanas Esse álbum é simples- atrás, então, nós não esmente foda, preciso dizer tavamos ouvindo a esse álbum antes ou durante mais alguma coisa? o ‘Starve The Devil’. Esse
Hardcore Superstar ‘Beg for It’ Metropolis Records Eles tem são respeitaveis e eles são brilhan-
tes. Uma das melhores bandas nos últimos sete anos.
Mesclando o Stoner com o Sludge Metal, os americano do The Atlas Moth produziram um som bem interessante de se ouvir, depois de um tempo em estúdio eles lançaram seu primeiro álbum. Nos batemos um papo rápido com o guitarrista Stavros que falou um pouco sobre a banda. Confira! Você poderia nos contar um pouco sobre a história do The Atlas Moth? Tony e eu começamos a tocar por diversão. Nós marcamos uma reunião com Dave através de um amigo em comum e continuamos a compor nosso EP enquanto procuravamos um baxista. Alex estava tocando com Tony em outra banda e ele acabou se juntando a nós como baxista. Nós fomos recomendados a gravar o EP com Andrew e quando estavamos no meio do processo, ele meio que agiu como se tivesse na banda. Como nós estavamos querendo adicionar outro membro na banda, ele foi a escolha óbvia.
ver algum. Eu gosto de deixar coisa em branco para que as pessoas tenham suas própias opiniões. Eu me refiro ao ideal de que não importa o quão perfeito algo pode ser, nada é perfeito, seja isso uma pessoa, um emprego, um estilo de vida, qualquer coisa. Você está 100% satisfeito com o álbum? Eu acho que 100% satisfeito é impossível. Sem falar que, se está 100%, por quê se importar em fazer denovo?
Houve alguma mudança na composição da banSobre o primeiro álbum ‘A Glorified Piece Of da nesse álbum? Seja ela no aspecto lírico ou no Blue-Sky’. Qual o significado desse título? Se ti- aspecto musical.
Entre o EP e o álbum, absolutamente. Quando compomos o EP, Andrew nem estava na banda, tanto Dave quanto eu, nunca cantamos em um álbum antes e nós estavamos tentando achar o nosso som. Eu acho que foi um passo importante, mas eu acho que ainda há muito que crescer. Como foi o processo de gravação do álbum em comparação ao EP? O EP foi gravado em 22 horas. O álbum em quatro meses. Houve muito mais profundidade e nós passamos muito mais tempo trabalhando no estúdio. Nós também experimentamos muitos amplificadores com diferentes tons e várias técnicas de gravações. IAN K. MENEZES
KINGDOM OF SORROW [EUA] [BEHIND THE BLACKEST TEARS] LANÇAMENTO 8 DE JUNHO DE 2010
Kingdom Of Sorrow é o projeto paralelo de Kirk Windstein (Crowbar/Down) e Jamey Jasta (Hatebreed/Icepick). O segundo álbum intitulado Behind the Blacket Tears irá ser lançado de 8 de Junho de 2010. via Relapse Records. www.myspace.com/kingdomofsorrow www.myspace.com/relapserecords
A verdade é que eu nunca me preocupo em pesquisar antes de escrever sobre algo: apenas deixo minha criatividade tomar conta do momento e faço uma dissecação das minhas idéias. Dessa vez não foi diferente, porém tentei fazer sem o serrote enferrujado. Acho interessante como alguns assuntos são retratados com tanto sensacionalismo, sendo que o melhor a se fazer é apenas cada um aprender a lhe dar com a sua própria opinião e aprender também a lhe dar com as opostas opiniões. A incapacidade do ser humano ser humano é irônica e abre um leque gigantesco de contradições e contraversões, exatamente como o assunto que vou tratar nesta edição: a aceitação da música, do metal e dos diferentes tipos de fãs. Comecei a pensar na chacina intelectual, ética e moral lendo há poucos minutos um texto interessante sobre o assunto que me motivou a detalhar certas situações. “Charles Robert Darwin foi um naturalista britânico que alcançou fama ao convencer a comunidade científica da ocorrência da evolução e propor uma teoria para explicar como ela se dá por meio da seleção natural e sexual.” Em meados de 1800 já tínhamos provas concretas de que o homem, pela sua própria natureza e crescimento, tinha como pré-determinado sempre evoluir, porém ás vezes, nem com a Wikipédia nos dizendo isso, usando os maiores nomes da história, é possível acreditar. Alguns céticos aparentam deixar de evoluir propositalmente e se prendem no fácil contexto de simplesmente odiar tudo e todos, sem motivos ou acusações, sem justificativas ou demais opiniões. Duro seria não ter quem se opor: algumas mentes são fechadas até mesmo para o livre-arbítrio. – Por favor, permita-me apresentar meu pedaço de carne morta ambulante: Lixo sem opção de escolha e sem a condição de ser feliz. Meu objetivo é lacrimejar e sangrar por dentro até o meu último suspiro. Se sobrar um tempinho hoje, atear-me-ei fogo e pularei de cabeça em um milharal coberto de corvos. Devemos admitir que nossos pais tinham razão, não é mesmo? Tudo que é demais, nunca é bom. Eu em particular, acho degradante qualquer tipo de extremismo e fanatismo, por isso acredito que no fundo, as maiores muralhas apenas estão lá para esconder algo. Seguindo com este pensamento, existem apenas dois tipos de pessoas: as que sentem necessidade de uma muralha para poder se esconder, e as que não temem que os outros enxerguem através da fechadura. A mentalidade comum hoje em dia está associada ao comportamento das ovelhas, dando valor a ‘se encaixar e ser aprovado pelos outros’ ao invés de se expressar. Um destes violentos e sanguinolentos ganchos então, poderia ser o metal? Na verdade, qualquer estilo musical tem a mesma fórmula e trás os mesmos sintomas de consumismo. A grande questão a ser levantada é: será que as ovelhas não estão levando isso a sério demais? Talvez, o problema não seja então os metaleiros apenas que são muito drásticos perante suas decisões e metodologias de vida, mais e sim qualquer um que se cataloga semelhantemente às suas pastas de mp3. Algumas pessoas perdem a sua valorosa personalidade original por causa da música, então? Não, não é bem assim também. Por muitas vezes a música e, inclusive o próprio metal, é a mais completa solução para os nossos problemas, seja por causa das letras ou apenas pela forma que elas tomam conta de nossas cabeças. Sendo assim, os músicos em geral são autodenominados a maior sustentabilidade da maior parte de pessoas, fanáticos ou não, metaleiros ou não, músicos ou não. A música e a satisfação por uma boa música acolhedora é uma eterna corrente presa em nossos pés que passa e repassa por nós incontáveis vezes, confortando ou destruindo nossos sentimentos. A mensagem muitas vezes é até distorcida, interpretada de várias formas para fortalecer os nossos alicerces e só assim, satisfazemo-nos com aquela música que jamais passaria goela à baixo, com digestão ou não, com defecação ou não. Em casos relevantes, é nítido que as mensagens dos nossos ídolos se tornam as nossas opiniões e não conseguimos fortalecer as nossas próprias, por novamente, claro fanatismo. Por outro lado, pessoas ‘prontas para uma recorrente evolução’ aderem as mensagens ouvidas, não as absorvem totalmente, as filtram, selecionam-nas e finalmente as acrescentam em suas próprias opiniões, tornando-os reis do próprio domínio. “Para algumas pessoas no mundo, a única coisa ‘real’ são aquelas coisas que podem ser medidas pelos cinco sentidos. Para elas, os trabalhos internos são como misteriosos ‘faz acreditar’ que às vezes brincam por aí até alguma situação séria surgir e então tais coisas voltam ao seu lugar de ‘faz de conta’. Elas, com certeza, voltam à terra e procuram qualquer verdade em que elas achem ‘certeza’, não? Essa fórmula, não é baseada na dependência de outros, e caso seja, o que isso tem a ver com a liberdade? Como a independência? Onde está a ‘força’ em tal comportamento? É só por que talvez isso seja considerado ‘legal’ e é legal o suficiente?” Após abranger alguns pontos interessantes e causadores de discussões pelas palavras do guitarrista do Morbid Angel, Trey Azagthoth, concluo que o expressionismo musical é aplicado sim, de forma correta, porém absorvido de forma errônea, o que mostra que a carnificina só é personificada por nós mesmos, admiradores e ao mesmo tempo, destruidores de uma boa canção. Posso finalizar dizendo que brutal mesmo não é aquele que se contenta com as informações que tem, não é aquele que está pronto para qualquer próximo passo ou aquele que já tem a mais perfeita opinião formada. Brutal é aquele que tem fome por saber sempre mais até sobre o que não lhe interessa, é aquele que busca conteúdo em tudo ao seu redor e aquele que está apto para ouvir do death metal ao pop. Se vendêssemos personalidade, não compraríamos CDs até hoje.
Em uma tentativa de juntar músicos do cenário de 2009, o vocalista d vários outros músicos e formaram a Savant Inc. Com o grande sucess na cena underground e já estão a caminho de lançar seu primeiro EP. vocalista Shark sobre tudo que está rolando na band Por favor, nos fale um pouco sobre a Savant Inc. A principio o Savant Inc. nasceu como um projeto feito apenas para a internet. Nossa intenção era montar uma banda juntando alguns integrantes das bandas ativas na cena em 2009. Então lançamos as musicas do projeto na internet, mas a repercussão foi tão boa que resolvemos arriscar um show pra sentir a vibe da banda ao vivo, então participamos de um evento muito conhecido em nossa cidade o “Rock in Rancho”, então conhecemos o Clayton, que é dono de uma produtora chamada “Mandrack Produções” que se interessou pelo trabalho da banda. Iniciamos uma parceria forte, que funciona quase que como uma família e desde então estamos ai tocando em vários festivais com as principais bandas da cena atualmente. Vocês já foram rotulados por algum gênero? O que vocês acham sobre isso? Acho que isso ainda não aconteceu, mas também
não temos nenhum problema com isso, talvez seja difícil rotular o Savant Inc, pois cada integrante vem de “escolas” diferentes e quando juntamos nossas idéias o resultado é algo que eu considero diferente. Que tipos de temas vocês abordam em suas letras? As letras do Savant Inc abordam assuntos como os sentimentos do nosso cotidiano conturbado, superação, respeito e confiança. Como você entrou no mundo da música. Eu me lembro como se fosse hoje que foi aos acordes de Pantera ouvindo pela primeira vez Cowboys From Hell que eu senti de verdade que aquilo era pra mim, foi como se eu tivesse tomado uma martelada na cabeça. Depois disso eu me juntei com alguns loucos e mesmo vendo muita gente desistir no meio do caminho eu permaneci firme e forte no
meu sonho.
Sendo vocalista do Chipset Zero, como surgiu a idéia de formar uma nova banda? Eu sempre tive idéias de composições que não se encaixavam no Chipset Zero, como por exemplo, à vontade de fazer algo em português. Então, senti que podia realizar algo diferente do trabalho que eu já havia construído com o Chipset e pulei de cabeça neste novo projeto.
Até agora, vocês apenas disponibilizaram 2 músicas. Vocês pretendem lançar um álbum logo? Sim, quanto as músicas liberadas na internet, elas não estão disponíveis para download porque se trata apenas de uma previa do disco. O nosso trabalho está pronto e com participações bem legais de algumas bandas importantes do cenário brasileiro, tivemos o prazer de poder contar com a participação do Mi (GLORIA) e da Bruna (DRIVE.IN). O
do Chipset Zero se juntou com so da banda eles progrediram Nós batemos um papo com o da. Confira! nosso primeiro EP vai ser lançado ainda esse ano. A música ‘Inevitável’ tem a participação da Bruna da banda Drive.In. Como surgiu esta participação? Nós conhecemos e respeitamos muito o Drive.In, somos amigos dos caras e já pudemos dividir palco com eles algumas vezes. No dia da gravação fizemos uma festa no Disconnect Estúdio, onde estamos fazendo toda a nossa produção e isso nos rendeu muitas risadas, além de uma ótima participação. Ouvi por ai, que vocês estão produzindo o clipe da música ‘Verdades e Mentiras’, como está sendo a produção dele? Sim, nosso videoclipe está sendo produzido por Felipe Rocha da Hastes Produções e já esta na fase final da edição. Agora estamos aguardando ansiosos pelo resultado.
Falando de produção, quem estará produzindo e masterizando o álbum? Bom o Ronny esta trabalhando toda à parte de cordas eu estou fazendo a produção de vozes e bateria. No fim eu vou mixar e masterizar tudo aqui mesmo no nosso estúdio. Quando vocês vão ao estúdio, para gravar o álbum no caso, vocês vão com alguma idéia de como o álbum deveria soar? Sim fizemos alguns trabalhos de pré-produção onde tivemos a real idéia do que estávamos fazendo e então pudemos pensar com mais cuidado nas possibilidades do EP oficial. O que é ser uma banda underground hoje em dia? Eu diria que ser underground hoje em dia é desfrutar da liberdade que se tem na internet pra propagar o seu som sem ser boicotado pelo monopólio abusivo das grandes gravadoras, o que era normal
nos anos 80 e 90. Hoje uma banda consegue atingir o seu publico de uma forma bem fácil, rápida e direta. Últimas palavras? Primeiramente gostaria de parabenizar a revista e agradecer com muita sinceridade o espaço que a Sixseconds nos deu nesta edição. E dizer pra galera que por enquanto é possível ouvir as previas do nosso EP “A Síndrome” no www.purevolume.com/savantinc. E ainda ficar por dentro de tudo o que acontece com a banda no twitter @savantinc. Valeu! IAN K. MENEZES
8
Moana
Libido Amargo Amanhecer dos Sonhos Independente
Pesado, agressivo, rápido, violento, técnico... Caótico. Esse último adjetivo é o que melhor define esse primeiro álbum dos paulistas do Moana. Não deveria mais, porém, a cada disco novo de bandas independentes do grande eixo Rio-São Paulo-Minas, eu me surpreendo com a capacidade que cada uma tem de adquirir uma identidade tão rapidamente em um só lançamento. E isso fica bastante característico a cada nota entoada desse disco de estreia dos paulistas. Momentos melodiosos no disco são quase inexistentes, o que contrasta bastante com as partes mais violentas que chegam a tomar quase que o disco todo, levando o disco quase à uma proposta de um deathcore muito bem tocado. Fãs de Mnemic e Dillinger Scape Plan apreciarão bastante o som dos rapazes do Moana que é repleto da técnica e brutalidade que consagrou os americanos. O diferencial é a “tal” da identidade que foi citada acima e, essa identidade é muito bem aproveitada pela banda que dá sua cara à todas as faixas desse debut. Cessar fogo e a faixa que dá nome ao disco são as que mais me empolgaram, se mostrando as mais consistentes dentro do álbum. Há alguns pontos a serem acertados nas faixas como alguns excessos nos breakdowns, o que chega a tornar algumas faixas bastante previsíveis. Porém, é certeza que isso sera corrigido logo logo. No mais, só tenho a me alegrar por ver que a nossa cena é diversificada e sabe “meter o pé na porta” na hora que se pede. Bom álbum, boa pegada e belíssimas ideias! BRNUO O THOMPIS
Antes de comerçamos, nos conte um pouco da história da banda! A banda teve início em 2008 sem uma proposta muito definida e um som muito diferente da linha que seguimos hoje, mas um fator que persiste até hoje e foi algo essencial pra gente é a amizade, somos muito próximos e com certeza esse é o pilar pra toda a estrutura da banda. Nessa época nossa formação era a seguinte: Daniel - Guitarra, Murilo - Baixo, Théo - Vocal, Vitor – Bateria. Depois de algum tempo durante as novas composições percebemos a necessidade de mais uma guitarra, e acabou rolando o convite pro Danilo tocar baixo, que sempre foi uma pessoa próxima da banda, pra fechar a formação que é a mesma atualmente, o Murilo assumiu a nova guitarra da
Dentro da cena de uma cena Metalcore paulista, Moana tem c Devil Wears Prada. Em Março de 2010 eles lançaram seu prim Sonhos. A Six Seconds bateu um papinho a banda que come
banda. Desde então a cada nova composição, o som está com uma linha mais definida e cada vez mais pesado. Essa diferença é notável na música “Fim dos dias” que foi gravada em Junho de 2009 para o restante das músicas do EP que foram lançadas em março deste ano e em breve se nossos planos se concretizarem, novamente poderão notar essa diferença entre o EP e as novas músicas em nosso próximo lançamento. Durante esse período tivemos a oportunidade de tocar em diversos lugares dentro do estado de SP.
gostamos muito do resultado. Levamos cerca de três meses pra concluir todas as gravações e todas as músicas já estavam praticamente prontas antes de entrarmos em estúdio e pra gente tudo isso já havia deixado de ser uma experiência, então isso nos deixou mais à vontade. Durante as gravações acrescentamos vários detalhes e alteramos algumas coisas nas músicas, até meio que como uma produção pelo Ricardo Piccoli, dono do estúdio.
Como foi o processo de gravação do EP?
Nos explique o titulo, ‘Libido amargo, amanhecer dos sonhos”!
Todo o EP foi gravado no estúdio Piccoli, em Campinas/SP, já conhecíamos o trabalho deles pelo single que havíamos gravado anteriormente e
Na verdade a palavra Libido representa nossos desejos e sonhos, e a intenção não foi considerar uma tradução ao pé da letra. O nome da mú-
lista Théo, as mesmas variam com o comportamento do mundo real, sem nenhum tema especifico, nas 4 musicas de nosso EP oscilamos entre o apocalipse, guerras e sonhos inalcançados. Ao contrário do que muitos comentam e pensam, nós não somos uma banda cristã. Mas todos temos crenças e apenas não envolvemos essas questões com a banda em si, mas nossas letras sempre abordam mensagens positivas como apoio,luta e conquistas. Como está sendo a recepção do EP? Apesar do pouco tempo que o EP foi lançado, a recepção tem sido excelente, todos os comentários foram positivos, muitos dos shows que tocamos e a própria divulgação da banda foi graças a ele, estamos muito contentes com o resultado até agora, porém acreditamos que ainda temos muito oque colher com este trabalho, apesar de já termos algo novo em mente. Mas é muito gratificante quando diversas pessoas nos procuram pela Internet pra conhecer um pouco mais sobre agente ou apenas pra dizer que curtiram as músicas, ainda mais quando essas pessoas são de longe, de lugares que nunca imaginaríamos que soubessem da nossa existência. E pelo Myspace conseguimos acompanhar esse crescimento. Que tipos de objetivos a banda tem? Somos muito “pé no chão” (risos) , mas é claro que não deixamos de almejar certas coisas. Muito em breve estaremos lançando um novo merch e até o fim do ano pretendemos gravar material novo. Sempre desejamos fazer mais shows e em lugares mais distantes para que mais pessoas possam ouvir nossa música e curtirem nosso show. Eu fiquei na curiosidade de qual seria o significado ou a origem do nome Moana.
como principais influências August Burns Red e The meiro EP initulado Libido, Amargo, Amanhecer dos entou sobre a sua história e o seu atual EP. Confira!
sica foi escolhido como título do EP, pois é um nome um tanto quanto forte, e é algo que com certeza quem não presenciou, ainda irá viver este “libido amargo, amanhecer dos sonhos”, que nada mais é oque ocorre quando suas metas e objetivos são jogados por água abaixo e você se encontra frustado quando se depara com a realidade e surge a necessidade de buscar outros horizontes. Como diz a primeira estrofe da música: “No amanhecer dos sonhos, A vida se desfaz.” Com influências como August Burns Red, The Devil Wears Prada e Bring Me The Horizon. Quais músicas vocês tocam ao vivo além das do EP?
Antigamente tocávamos alguns covers como ABR, Norma Jean, Deftones e Heaven Shall Burn, mas hoje tocamos apenas músicas próprias, além das do EP existem mais algumas músicas que não estão gravadas, mas já adicionamos elas ao set list, além da Intro que sempre tentamos bolar algo diferente a cada dois ou três shows, e um interlúdio que pretendemos gravá-lo em breve também. Vale lembrar que nossas influências vão muito além das citadas. Que tipo de temas vocês abordam nas suas letras? As letras são compostas pelo nosso voca-
“Moana” é uma música de uma banda de agrado de todos,o Deftones. Na verdade procurávamos algum nome forte e com personalidade, este representa tudo isso para nós, significa imensidão do mar, oceano. Na época quando ele foi escolhido, queríamos transmitir através das músicas essa idéia sugestiva em relação ao mar, de tranqüilidade e agressividade ao mesmo tempo. Hoje com um rumo totalmente diferente do que tínhamos planejado, com certeza não temos quaisquer semelhanças com esse significado, porém como dissemos o nome é forte e acabou ficando. Nos conte um pouco como funciona o processo de composição entre vocês. O Murilo grava várias linhas de guitarra, com um pouco do desenho da música e repassa pra todo mundo ir ouvindo e tentar criar algo em cima dessas linhas. Depois durante o ensaio agente junta as idéias e termina de rascunhá-las e com o tempo vamos modificando até que atinja o que realmente tínhamos em mente. Muitas vezes não existe nenhuma alteração ou como em outros casos o processo é bem longo no qual tínhamos 8 min de idéias gravadas e fizemos uma música de 3 min e ½. Algo que gostaria de acrescentar? Queremos agradecer todo mundo que nos apóia e toda a galera que sempre esta com agente nos roles, os camaradas que estão sempre junto nos ajudando. Realmente quando surge, mesmo que seja apenas um comentário, ou alguém que venha trocar idéia com agente por que curtiu o som, já faz todo o esforço valer a pena. Obrigado mesmo. IAN K. MENEZES
na próxima edição
MYCHILDREN MYBRIDE [EUA] [LOST BOY]
LANÇAMENTO 8 DE JUNHO DE 2010 Lost Boy é o nome do novo álbum dos americanos do MyChildren MyBride. O álbum foi lançado via Solid State Records. Gravado no Glow in the Dark estúdios em Atlanta, Georgia e foi produzido por Matt Goldman www.myspace.com/mcmb www.solidstaterecords.com/
8
Our Last Night
We Will All Evolve Epitaph Records
Indo direto ao ponto, ‘We Will All Evolve’ é uma continuação do primeiro trabalho do Our Last Night, ‘The Ghosts Among Us’. O som deles não mudou nada; eles apenas aperfeiçoaram um pouco mais o som e coletivamente improvisaram como músicos. A primeira diferença do último álbum é a maturidade dos berros do vocalista Trevor Wentworth. O álbum começa com a faixa mais pesada em todo o álbum, ‘Elephants’. Ela começa com um forte estrondo que define muito bem o rítmo,
5
Keane
Night Train (EP) Island Records
O quê a diferença de alguns anos faz. Em 2006, Keane lançou um álbum atmosférico, que foi classificado como seu melhor trabalho, intitulado, ‘Under the Iron Sea’. O álbum seguinte saiu em 2008, ‘Perfect Symmetry’ e perdeu grande parte dos seus fãs originais, uma vez que a banda optou por algo mais pop voltado dos anos 80. No entanto, o álbum ainda tinha algumas qualidades e singles acessíveis (‘The Lovers Are Losing’) para manter a banda. Agora, Keane lança um EP intitulado ‘Night Train’, que inclui contribuições de dois músicos de R&B e até mesmo sessões de hip-hop. Enquanto a versatilidade da banda sempre foi sua força, parece que desta vez eles foram longe demais e se arriscaram a cair penhasco abaixo. Nem mesmo o vocal de Tom Chaplin pôde salvar a confusão eclética que é este EP. Considerando o sucesso dos dois primeiros álbuns ‘Hope & Fears’ e ‘Under the Iron Sea’, a sua insistência na mudança é desconcertante. Experimentar é muitas vezes uma coisa maravilhosa, desde que a banda não ultrapasse seus limites criativos. Quando Radiohead lançou ‘OK Computer’ em 1997, seus fãs ficaram chocados, mas depois, finalmente se apaixonaram por sua beleza. Quando Thrice deixou suas influências do post-hardcore para criar um som mais atmosférico, uma valorização semelhante foi desenvolvida. O problema com a evolução de Keane, é que em vez de pegar os pontos fortes da banda (vocal de Chaplin, ambiente sintetizado, piano, etc) eles continuam forçando em um gênero que eles não pertencem. Isto começou a aparecer em ‘Perfect Symmetry’ e agora está dolorosamente evidente com o lançamento do seu novo EP. Ironicamente ‘Night Train’ traz algumas coisas parecidas com o tradicional Keane. A faixa instrumental ‘House Lights’, é a introdução que chega mais perto do álbum ‘Under the Iron Sea’ que a banda ja fez recentemente. Ela contém um ambiente denso e sonoro.. a música dura um minuto e meio e definitivamente instila um clima pesado nos ouvidos do ouvinte. Mas infelizmente, o sucesso que a primeira faixa consegue causar, desaparece no resto do álbum. Mais uma vez, Keane opta por se interessar em um gênero que, no mínimo é questionavelmente adequado para eles. Faixas como ‘Stop for a Minute’ e ‘Looking Back’ estão confinadas nas influências do artista hiphop K’naan. Os dois sons poderiam ter sido
juntamente com um refrão super cativante. Falando nisso, este álbum é repleto de refrões cativantes, cortesia do guitarrista e vocalista Matt Wentworth. Sua voz realmente brilha nas faixas ‘The Air I Breathe’, ‘Mouth Machine Gun,’ ‘Across the Ocean’, e ‘Deceiver’. ‘The Air I Breathe’ tem um destaque maior entre essas faixas, se tornando a “jóia” do álbum. Andrew Wade fez um trabalho sólido produzindo este álbum. As baterias e as guitarras tem um som nítido e limpo, é definitivamente
misturados com sucesso, mas ao invés disso, apenas soa como uma versão de hip-hop da banda. No final, estas faixas acabam soando agitadas, forçadas e artificiais. A faixa ‘Ishin Denshin’ conta com a participação da artista japonesa Tigarah, o que não ficou muito atrás com suas batidas de techno. Como é o caso da maioria das músicas com participações de vocalista, teria sido melhor Chaplin assumir os vocais e tomar controle da situação. Felizmente, ainda existem algumas músicas no EP que fazem exatamente isso. ‘Back in Time’ e ‘Clear Skies’ embora ainda sejam fracas contra o padrão original de músicas da banda, conseguem ao menos trazer o ouvinte a ter expectativas que ele teria da banda. De modo geral, ‘Night Train’ é um EP muito complicado. Ele cruza gêneros que a banda se esforça para conseguir, traz artistas para ajudar e acaba deixando tudo ainda mais estranho. Há uma pequena esperança para este EP, uma vez que contém apenas alguns momentos clássicos da banda, o que mostra que a banda ainda pode se recuperar. IAN K. MENEZES
uma das coisas positivas no álbum. É bom ouvir uma banda que não exagera nas baterias ou nos vocais. Outro ponto positivo no álbum, são as letras. Elas variam de música a música e dificilmente soam imaturas ou amarguradas. ‘The Devil Inside You’ é outra faixa pesada. O breakdown perto do fim da faixa com certeza irá chamar sua atenção. As próximas três faixas se misturam devido sua composição estereotipada, o que mantem o álbum em um nível superior. IAN K. MENEZES
Erna tornou-se mais melódico, sua voz mais parece uma combinação de Danzig com Savatage. Cada faixa foi feita a partir da mesma coleção de riffs simples, mas cada uma assumindo uma personalidade diferente, dependendo de qual caminho o vocal de Erna leva, dando assim uma variação nescessária para o álbum. O que nos ouvimos em ‘The Oracle’ não é nada que não tenhamos ouvido antes. Godsmack é assim, e é exatamente o que eles querem deles. Eles não tentam fazer um novo som, eles apenas aperfeiçoam o que já tem, tentando assim compor músicas melhores. IAN K. MENEZES
8
Nonpoint
10
Bad Religion
30 Years Live Epitaph Records
7
Godsmack
The Oracle Republic/Universal Records
Godsmack é uma banda que não tenta inovar. É uma jogada inteligente, já que eles aplicam isso com talento, mas o que eles realmente sabem fazer é compor uma música que fica presa na cabeça do ouvinte. Mais do que qualquer outra banda de metal que tenta achar seu som nas radios modernas, Godsmack tem a formula nescessária. Eles são pesados, agressivos e mantem o senso de melodia que encanta a todos (ou quase todos). Em ‘The Oracle’, Godsmack afia sua fórmula ao extremo, deixando poucas falhas nas músicas. O que o álbum pode faltar são músicas implacáveis como ‘Voodoo’ e ‘Awake’, mas por outro lado, compensa por ser o álbum mais consistente do Godsmack. O único ponto fraco a ser encontrado é a faixa instrumental, ‘The Oracle’ que finaliza o álbum. A banda não tem capacidade ainda de fazer esse tipo de música, e sua inclusão demonstrou ser um passo em falso, embora não seja uma vergonha. O resto do álbum é uma coleção de pequenas explosões de agressividade, riffs, projetados para maximizar o groove, servindo como caixa de ressonância para os berros do vocalista Sully Erna, que melhorou consideravelmente desde a estréia da banda. Assim como a própia banda,
se, a banda também incluiu duas faixas do seu próximo álbum. São as faixas ‘Resist Stance’ e ‘Won’t Somebody’ e eu não vou entrar muito em detalhes porquê eu não quero estragar a surpresa, mas.. ok, não há surpresa. Elas são típicas do Bad Religion e soam como se pudessem estar em qualquer dos três últimos álbuns da banda. Com uma super produção, clareza e uma seleção de músicas variadas, o álbum se tornou excelente de se ouvir. IAN K. MENEZES
Já faz realmente 30 anos desde que Bad Religion existe? É realmente maluquice pensar que eles estão juntos por tanto tempo, mas é verdade. Durante esse tempo eles lançaram quatorze albuns e sairam em turnê inumeras vezes. Mas, o mais importante é que eles ajudaram a ensinar toda uma geração de crianças a questionar as coisas de uma forma inteligente. As letras provocantes de Greg e os riffs rápidos e cativantes de Brett combinados, criaram uma voz para as crianças que nunca tinham se focado no hardcore ou no rock, e eles estão continuando seu legado para uma completamente nova geração. Alguns podem pensar que depois de trinta anos, a banda não seria capaz de tocar as músicas com rítmos acelerados de quase todos os álbuns lançados anos atrás, mas isso está errado. Se havia algum dúvida sobre esta banda e do que eles ainda são capazes, ‘30 Years Live’ torna óbvio que Bad Religion ainda estão no topo e agredecidos a todos os fãs que fizeram isso possível. O álbum consta com dezessete músicas de um punk rock acelerado que puxa praticamente de todas as épocas da banda. Na verdade, existem mais algumas surpresas aqui, incluindo ‘Flat Earth Society’, ‘Marked’ e ‘Man With a Mission’. ‘Man With a Mission’, em particular parece fazer parte da tracklist, porquê por trás dela simpelsmente brilha a força de todos os três guitarristas, na verdade, todas as músicas parecem se beneficiar da mais completa forma que os três guitarristas poderiam conduzir. Uma das coisas que me chamaram atenção nesse álbum, é o baterista Brooks Wackerman. Ouvindo ele por seu própio estilo em todas essas músicas antigas, lhe dão uma vida nova. Como se não bastas-
Miracle 954 Records
Tem sido divertido seguir Nonpoint por todos esses anos, testemunhando sua ascensão e sua queda. O álbum ‘Vengeance’ lançado em 2007 foi uma decepção em relação aos outros trabalhos do Nonpoint e também a perda do guitarrista Andrew Goldman não simplifica as coisas. Mas, após recrutar Zach Broderick para preencher o vazio que Goldman deixou, os caras do Nonpoint obviamente, só tinham um coisa em mente, voltar a ativa mais forte do que antes. Agora Nonpoint tem um som refinado e remodelado e após ouvir o novo álbum ‘Miracle’, torna-se evidente que ‘Vengeance’ foi, felizmente, apenas um pedrinha na carreira da banda. Nesse novo trabalho, Nonpoint, deixa para trás suas raízes de Nu Metal e entram no território do Hard Rock, certificando-se assim como uma das mais interessantes bandas de metal/rock crossover. Tudo sobre Nonpoint soa revitalizado nesse álbum. O vocal de Elias, o trabalho de guitarra, o baixo.. por um lado você pode ouvir o bom e velho Nonpoint em todas direções, mas por outro, soa como uma banda completamente nova composta pelos mesmos membros. Em ‘Miracle’ existe também uma ênfase sobre o engradecimento bruto da melodia. Também é notável a influência de Pantera. Talvez seja porquê Pantera é uma das principais influências de Broderick. Não é apenas o trabalho de guitarra que se destaca, todas os outros instrumentos no som da banda tem subido desde do álbum ‘Vengeance’. Elias abandonou aquele vocal ‘macho’ nesse álbum e está voltando a cantar e berrar em sua forma típica. ‘Miracle’ não é um álbum que vai agradar a todos. Certamente haverá pessoas que não gostaram da nova direção que a banda está tomando, mas isso é uma coisa indiscutível. Esse álbum é a melhor coisa que banda poderia ter feito, depois da queda em 2007. IAN K. MENEZES
8
Crazy Lixx
New Religion Frontiers
A banda glam sueca mais cara-de-pau do mundo Crazy Lixx volta seguindo a mesma fórmula do álbum de estreia: copiar os ídolos. Ecos escancarados de ícones do hard rock, uma sensação de dèja vu e sintomas de paramnésia permeiam New Religion. Porém, quando não apenas soa como seus heróis, o Crazy Lixx solta riffs inspirados como a faixa de abertura Rock And A Hard Place. O refrão é Def Leppard até não aguentar mais, principalmente os backings em coro lá em cima! O riff que introduz My Medicine é simplesmente uma variação de Unskinny Bop do Poison, enquanto a vocalização é puro Joe Elliot (Def Leppard)… A ponte, todavia, simplesmente se torna Slipped Her The Big Ones, do Danger Danger. Até os títulos das canções “homengeiam” as bandas clássicas, como mais Danger Danger em Blame It On Love, que tem um quê de AOR. Children Of The Cross se assemelha a Pink Cream 69… Mas é Pink Cream 69 mesmo, um cover fiel! The Witching Hour surpreende pelo pé no heavy metal com seu riff pesado e umas porradas do baterista no china até chegar à ponte que é… Def Leppard de novo! She’s Mine é a mais comercial de todas, com uns cacoetes do Bon Jovi, enquanto What Of Our Love chupa What It Takes do Aerosmith. Casualmente (modo irônico ligado) tem até uma vinhetinha de 45 segundos logo após (assim como no álbum Pump da turma de Steven Tyler e Joe Perry). A lista de referências é longa e provavelmente mais extensa do que aquelas que lembrei de citar. Em nada inova, mas divertirá em cheio fãs de Danger Danger, Warrant, Tuff e afins. DIEGO N. VIANNA
certo ex-amigo de Slash. O guitarrista utiliza alguns licks um pouco diferentes dos de costume. Uma agradabilíssima surpresa é Fergie Ferguson, cantora do tal de Black Eyed Peas em Beautiful Dangerous; com muito feeling e garra, põe no chinelo muito marmanjo com cara de mau, vide os malas Myles Kennedy (Alter Bridge) em Back From Cali e Starlight, bem como M. Shadows (Avenged Sevenfold) em Nothing To Say. Ambos são vocalistas que sofrem daquela ressaca pós-grunge: cantam como se tivessem uma batata quente na boca. Chris Cornell, o superestimado ex-vocalista do Soundgarden e Audioslave, reaparece em Promise. Uma semi-balada pop sem graça, assim como seus trabalhos solo, embora Slash esteja inspirado em seus arranjos. Mais apatia em By The Sword, em que Andrew Stockdale (Wolfmother) faz a besteira de tentar soar como Axl Rose. Adam Levine canta na balada Gotten, tão chato quanto James Blunt, apesar do feeling de Slash. Em Doctor Alibi Slash volta ao hard rock sem frescura, não à toa que Lemmy assume os vocais. Um instrumental nervoso em Watch This chama o amigo Duff McKagan no baixo, comparsa de Guns N’ Roses e Velvet Revolver, e Dave Grohl (Foo Fighters, Nirvana) na bateria. I Hold On, mesmo com o boçal Kid Rock à frente, é uma balada com ares sulistas e uma interessante ponte. Os violões de Slash brilham na melancólica Saint Is A Sinner Too, com a voz do cantor solo Rocco De Luca. Pra encerrar, o rock’n’roll mais cru reemerge em We’re All Gonna Die ao lado do vovô Iggy Pop. Há várias versões deste álbum. A brasileira, felizmente, conta com a faixa-bônus Baby Can’t Drive, um hardão em que Alice Cooper divide os vocais com a gata Nicole Scherzinger (Pussycat Dolls), enquanto Steven Adler (ex-Guns N’ Roses) mata a saudade na bateria, com direito a cowbell e tudo. Pra resumir, um bom álbum que soaria muito melhor não fosse o excesso de baladas e artistas “hype”. Retomemos a máxima do hilário guerreiro dos quadrinhos de Sérgio Aragonés: “Groo faz o que Groo faz melhor”. O mesmo pode-se dizer de Slash. DIEGO N. VIANNA
Outro tema pessoal é abordado na dramática Jimbo’s Bunk, sobre um amigo que ficaria paralisado da cintura pra baixo após um acidente. Tema abordado com tanto glamour numa recente telenovela, Howarth é muito mais realista. A balada The Artist versa sobre a sensibilidade e sublimação do artista. Nela, o autor mistura todo seu feeling vocal com sua habilidade aos violões. Layne, como o título entrega, é sobre o falecido vocalista do Alice In Chains, cuja influência é nítida nas passagens mais melancólicas do álbum. Alfi’s Torment é um “anti-mantra”. O que poderia ser um cântico religioso delirante se tornou uma simples homenagem a seu cão! A bela Tell Me, sobre lutos amorosos, lembra algo de Faith No More (fase King For A Day) e traz belas harmonias vocais num dueto com sua filha. Detonando nos teclados da introdução, depois passando por guitarras mais robustas, Change é menos emocional, e desafora as diversas administrações governamentais norte-americanas. On My Own começa sem muita frescura, semiacústica, assim como tema: escolhas que se faz na vida. A patriota Veterans homenageia soldados que voltaram - ou não - da guerra. Dancing Through The Pain traz arranjos de corda interessantes e uma temática que gira em torno de um enigmático sofrimento. Mais vocais melódicos e um solo de guitarra cheio de feeling. Pra fechar a instrumental cheia de nuances October Son, cujo trocadilho faz referência explícita ao filho de Tod (autor da capa de Opposite Gods). Nela, Howarth esbanja feeling e técnica. Howarth é um talento nato e subestimado pela mídia como tantos. Sua música é um mosaico vário, rico e moderno. Faz tempo que não surgem obras como Opposite Gods. King’s X vem à mente, em se tratando das melodias. No quesito letras, faltam artistas tão honestos quanto este, dando a cara pra bater, sem papas na língua e com a vantagem de dominar a fina arte da ironia. Só mais uma curiosidade: a esposa de Tod tirou a foto da contracapa, ou seja, tudo em casa! Dêem um jeito de comprar este CD! DIEGO N. VIANNA
todo para atingir as notas mais altas, ou melhor, simplesmente as ignorando ao cantá-las em tons mais baixos. Todas as canções aqui apresentadas trazem vocais comedidos, tímidos e mornos. Assim como a produção. Clássicos com Breaking The Chains, Into The Fire, It’s Not Love, Alone Again, Dream Warriors, Unchain The Night e Tooth And Nail fizeram a trilha sonora de muita gurizada (hoje tudo coroa) nos áureos tempos da Sunset Strip. O guitarrista original George Lynch até hoje é uma influência respeitável nos EUA e no mundo. Um tratamento digno a estas canções era o mínimo que se esperava! Mas o que se vê, digo, o que se escuta é de um desleixo sem precedentes! Pra se ter uma ideia, o solo de guitarra e os backing vocals em In My Dreams estão total e escancaradamente fora de sincronia! Quem foi o incompetente que deixou passar batido uma mancada dessas? Em que pese Levin reproduzir com fidelidade as notas de Lynch (claro que sem o mesmo feeling), assim como Brown em apenas repetir suas viradas na época em que se chamava “Wild” e McNabb em não compremeter o que Jeff Pilson fazia (embora seus backing vocals exagerados façam falta), Don passa vergonha. Cabe ressaltar que no encarte apenas há um agradecimento a Mick, Jon e Sean (não há menção de Don), sem jamais apontar quem toca o quê. De positivo, as duas faixas inéditas, a ótima Almost Over e a boa Magic Man, que mostram aquele Dokken mais pesado de Erase The Slate (1999) pra cá, sendo que esta última tem um quê de Kiss Of Death. Nelas, não há o compromisso de soar “selvagem” como no passado... A versão japonesa ainda possui de bônus os covers de Bus Stop (The Hollies) e Lies (The Knickerbockers), mas depois dessa, duvido que alguém ficará curioso de ouvilas... DIEGO N. VIANNA
9
Baroness
Blue Record Relapse Records
9.5
Tod Howarth
7
Slash
Slash Music Brokers
Slash, icônico ex-guitarrista do Guns N’ Roses lança seu primeiro álbum propriamente dito, dando um tapa de luva na cara do seu ex-parceiro Axl Rose que há pouco tempo lançou o esquisito Chinese Democracy. Pois Saul Hudson (seu nome de batismo), que de bobo não tem nada, chamou pro batente grandes nomes da cena rockeira do passado e da atualidade: Ian Astbury, do The Cult, o eterno príncipe das trevas Ozzy Osbourne, Alice Cooper, Iggy Pop e Lemmy Kilmister (Motörhead), todos tiros certeiros. A faixa de abertura Ghost, com vocais de Astbury, que ainda traz Izzy Stradlin, também ex-Guns N’ Roses na segunda guitarra, é simplesmente a melhor do álbum. Onde Ian mete a boca (no bom sentido), soa como The Cult. Aqui não é diferente. O refrão empolgante gruda logo na primeira audição e permanece até o fim. Ozzy Osbourne, embora sempre se saia melhor nas canções mais pesadas do que nas baladas, faz bonito em Crucify The Dead, cuja letra parece uma cutucada num
Opposite Gods Independente
Sempre associado aos grupos de que fez parte no passado, como 707, Cheap Trick e, principalmente, Frehley’s Comet, o multinstrumentista Tod Howarth segue sua independente carreira solo. Composto, gravado e produzido totalmente por ele, Opposite Gods destoa das supracitadas bandas, principalmente no quesito lírico. Howarth usa e abusa do cinismo em suas letras, em sua grande maioria questionadoras. Já começa descendo o cacete na vida frívola das celebridades que nascem como chuchu na cerca na pesada Drown, que abre os trabalhos sob riffs esmagadores, ponte e refrão memoráveis. Vocais agressivos mas melódicos continuam sendo sua marca registrada. A pessoal Way Down South mantém o ritmo frenético, em sintonia com o tema familiar caótico de que se trata. Porém, é na faixatítulo (cujo baixo soa como uma pedrada) em que o bicho pega. A letra questiona a validade da instituição religião e categoricamente afirma: “They ingest a faith, they enforce with fear, lies are what you’ve been told, open your eyes to what you’ve been sold (...)”. Por não se tratar de um Caetano Veloso da vida, temo que o debate ficará um tanto quanto restrito.
3
Dokken
Greatest Hits Cleopatra
Quando em tempos bicudos as bandas outrora mainstream já não são mais donas de seu catálogo, o negócio é regravá-lo para futuros licenciamentos sem ter que deixar uma grande fatia dos lucros restritos à gravadora que detém os direitos das gravações originais. Artistas consagrados como KISS e Journey, hoje - por incrível que pareça - independentes, já apelaram para esta estratégia. Não tão em voga hoje em dia, o Dokken lança mão do mesmo recurso em Greatest Hits. Porém, o selo que distribui este álbum é o norte-americano Cleopatra, famoso por liberar novas produções de forma um tanto despojada, vide o caso do Warrant no pobretão Greatest And Latest (1999). A atual formação do Dokken conta com o líder fundador e vocalista Don Dokken, o baterista remanascente da formação original Mick Brown, o guitarrista e também advogado da banda Jon Levin e um tal de Sean McNabb no baixo. Com um repertório respeitável na década de 80, torna-se até previsível a escolha dos temas. Porém, o tio Don já não tem aquela voz toda faz tempo... Na abertura com Just Got Lucky logo pode-se antever o que será este álbum. Don se cagando
Saindo das sombras de seus contemporâneos, Baroness cria uma experiência incrivelmete bem polida e consistente para os ouvintes. A cor azul pode ter vários significados. As vezes é interpretada como calma ou felicidade. Também pode significar conhecimento, poder, integridade e seriedade. Sejam bem vindos ao ‘Blue Record’ o segundo álbum da banda de Savannah, Baroness. Há muito o que dizer sobre essa banda. Baroness tem se escondido nas sombras de seus contemporâneos, Mastodon. Embora existam semelhanças ligeiras nos sons de ambas bandas, Baroness consegue ter o seu própio estilo. Comparar essa duas bandas seria injusto, ambas são bandas únicas. Sendo o segundo álbum da banda, é sempre bom saber se eles evoluíram como artistas. Eles mantiveram o seu som global, adicionando novas idéias. O trabalho anterior, ‘The Red Album’, foi um álbum bom, mas a banda refinou seu som, criando uma experiência que vai satisfazer os fãs velhos e os recém-chegados. Baroness tendem a usar o seu título de Sludge Metal com orgulho, vocais abrasivos, instrumentação distorcidas e tempos contrastantes estão por todo lugar do ‘Blue Record’. Tudo funciona bem em conjunto, com o intuito de montar uma peça polida e consistente. No entanto, o charme principal do álbum não vem do seu instrumental, mas sim da sua pura estética do sul. O álbum é cheio de influências que
vão do Southern Rock até o Bluegrass. A estrutura do álbum é uma coisa fantástica, ao invés do ouvinte ficar apenas com riffs e Skynard de minuto em minuto, a banda decidiu trabalhar com uma abordagem mais sutil. O instrumental usado no ‘Blue Record’ é algo bastante variado. O ‘Blue Record’ não é um álbum de metal que se resume a riffs e solos de guitarras, não senhor. Ao invés disso, um meio-termo é encontrado, John Baizley e Pete Adams são mais competentes. A banda faz um fantástico trabalho da mudança de ‘Swollen and Halo’ para o mais foclórico ‘Blackpowder Orchard’. Os sons e humores são mudados constantemente e os membors fazem um ótimo trabalho ao longo do álbum.
uma das melhores faixas da carreira da banda até agora, começa com uma batida agradável até estourar nos vocais e então gradualmente fica mais pesada até o fim dela. Para mim, o que faz de Rosetta uma grande banda, é a sua capacidade de combinar todos seus truques e técnicas instrumentais e sua tensão como banda. Suas músicas, na sua forma final se tornam uma experiência totalmente visceral, devido à previsão meticulosa que entram nelas. ‘A Determinism of Morality’ acrescenta dimensões para o som, tornando-o mais afetados em um nível, mas também mostra uma experiência mais densa e pensativa. Até agora ‘A Determinism of Morality’ é sem dúvida o melhor álbum lançado pela banda. IAN K. MENEZES
IAN K. MENEZES
8
Rosetta
A Determinism of Morality Translation Loss Records
Rosetta sempre tem sido desconfortávelmente rotulado como uma banda de post-metal, quando foi mostrado no seu Facebook na parte de gênero musical: ‘qualquer coisa, menos post’. Para ser honesto, o seu primeiro álbum ‘The Galilean Satellites’ tem sido mais do que semelhança passeira com o som de duas bandas: Isis e Neurosis. Rosetta no entanto, sempre foram uma banda original e por isso as semelhanças com essas bandas são estéticas e ideológicas. Essa frustração parece ter sido dirigida por trás do novo álbum, ‘A Determinism of Morality’, o terceiro álbum da banda e uma verdadeira evolução estilística. Esse álbum é um trabalho que tem todas as melhores qualidade da banda, deslocando-os para uma estética mais rápida. Nesse novo trabalho, você também vê influências do post-hardcore, como técnicas dos vocais em ‘Revolve’, a dinâmica em ‘Ayil’ e os riffs em ‘Renew’. Cada música apresenta alguns dos momentos mais bonitos e delicados da carreira da banda até hoje. Já que ‘Wake/Lift’, lançado em 2007 teve uma menor medida, ‘A Determinism of Morality’ quase evita partes post-rock em favor de uma abordagem mais dinâmica e consistente com a estrutura. Ao invés de nos direcionar no som evoluido, o álbum inicia com uma faixa mais rápida e mais chocante. Bastante parecido com a introdução de ‘Wake/Lift’, a faixa inicial ‘Ayil’ é uma demonstração de domínio da dinâmica do grupo. O vocalista Mike Armine oferece uma de suas performances mais intensas.. na verdade, todos os membros da banda parecem ter melhorado, tanto na técnica, quanto na diversidade. A maneira que o baterista BBJ McMurtie toca nos álbuns anteriores era chique e dinâmico, mas em ‘A Determinism of Morality’, ele prova que pode balançar as coisas da sua melhor forma. Dave Grossman sempre teve uma base sólida com seu baixo e nesse álbum ele se torna mais adepto, tendo um papel mais ativo na função melódica. O guitarrista Matt Weed possa ser talvez a única coisa que se distanciou um pouco da banda, suas técnicas melhoraram consideravelmente nesse álbum, como riffs no final de ‘Ayil’ e no final de ‘Renew’. Os riffs tocados por Weed no entanto, estão longe de ser apenas riffs de base, ele combina a brutalidade dos riffs com um ambiente que torna algo suave e pesado ao mesmo tempo. ‘Ayil’ tem uma estrutura bastante hardcore.. seus riffs e sua velocidade mantem uma atmosfera crucial no som do Rosetta. O resto do álbum é mais simples ‘Je N’en Connaisn Pas La Fin’ é
7
Silent Civilian
Ghost Stories Mediaskare/Century Media
Imagine a surpresa dos críticos quando Silent Civilian lançou seu primeiro álbum em 2006 intitulado ‘Rebirth of the Temple’ e quando Jonny Santos provou que deixar Spineshank em 2004 não foi uma uma decisão tola. E dizer que o álbum pegou muitos de surpresa, seria bem verdade e cara, você ouviu a guitarra deste álbum? Suas influências de bandas como Kreater e Testament já foram predominantes. Versos thrashs no mais tradicional metalcore, refrões limpos e na estréia do álbum, Santos mostra suas habilidades que aparentemente os ouvintes não começeram a ouvir nos dias com Spineshank. Embora as freqüentes mudanças na formação, problemas com a gravadora e ele ter que escrever a maioria do material por si mesmo, 90% pra ser exato. Santos foi capaz de desafiar os céticas com uma estreia que rivaliza as melhores bandas de new metal e industrial de seu passado. E agora Silent Civilian superam seu trabalho anterior com o lançamento ‘Ghost Stories’, o que aparenta ser um álbum muito mais violento e irá surpreender os ouvintes sem perder seu interesse. A medida que você ouve, essa promessa se torna discutível, é realmente apresentado que o instrumental é muito mais melódico. Liricamente, no entanto, eu não discutiria com ele nem por um segundo. Estruturalmente, apesar de uma formação sólida, Santos diz que eles agem e trabalham juntos como se fossem irmãos. ‘Ghost Stories’ não exatamente entrega as promessas feita na estreia de Silent Civilian em 2006, mas também, não é correto dizer que também decepciona. GLAUBER DIAS
10
Soulfly
Omen Roadrunner Records
Ao conversar com alguns amigos sobre algumas características do novo disco do Soulfly, me vi forçado a não ignorar o passado recente de Max Cavallera em sua antiga nova banda. Esse passado é repleto de batucadas, reggae, hardcore, thrash metal e a assinatura de um som totalmente atemporal e inovador a cada
disco lançado. Como não poderia deixar de ser, Omen é mais um disco que contém toda a desenvoltura característica de Max e toda a pegada dos instrumentistas que há muito o acompanham além de resgatar aquela pancadaria deixada no belo Dark Ages. Conquer talvez tenha sido o disco que mais dividiu opiniões dos fãs do Soulfly. Dado isso, Omen tem a tarefa de unir a técnica do seu antecessor com a brutalidade do Dark Ages. E a proposta é totalmente alcançada logo nas primeiras 5 faixas do disco, onde a participação especial do vocalista Greg Puciato do Dillinger Scape Plan (ótima banda, aconselho a todos os que curtem um som mais caótico) se dá um toque especial de ousadia na segunda da faixa do disco “Rise of The Fallen”. A partir daí, não existe uma reduzida no peso das canções, porém elas se cadenciam em alguns pontos, usando todos os artifícios do metal mais alternativo, que se tornou mais uma ótima influência de Max e do Soulfly ao longo dos tempos. Como de praxe, temos uma faixa bem HC e outra instrumental que leva o nome da banda. Ao longo dos discos essas duas últimas citadas tem se tornado peças fundamentais no encaixe de qualquer álbum de estúdio que o Soulfly vá lançar. Meu destaque vai para a ótima Lethal Injection que me fez cantarolar o riff por uns 4 dias seguidos. Mais uma vez: ótimo disco, ótima pegada. Tudo com a assinatura famosíssima de nosso glorioso Max Cavallera. BRNUO O THOMPIS
7
Bleed From Within Empire Rising Records
Tal como acontece com todos os gêneros, Deathcore atingiu um ponto na sua progressão, onde o trigo está começando a ser separado do joio, deixando claro a ver onde há mentiras. Líderes do grupo, All Shall Perish desviaram ligeiramente a partir da fórmula incorporando uma maior utilização de melodia no seu último álbum ‘Awaken The Dreamers’, Job For A Cowboy preferiu o caminho oposto, optando por uma abordagem em linha reta até a morte do metal e o equipamento de Deathcore arquetíco do Bring Me The Horizon foi utilizado em uma inclinação mais hardcore em ‘Suicide Season’. Agora, embora não pareça ser necessário para uma banda, alterar seu som de forma tão drástica como as bandas acima, um grupo como Bleed From Within, é o epítome de uma banda que demonstrou um enorme potencial na sua estréia, mas também é evidente que a evolução os tornou dinstintos e populares no mar da mediocridade. Eu acho que em ‘Empire’, a banda conseguiu isto. O álbum ‘Humanity’ lançado em 2009 foi muito agradável de se ouvir, meia hora girando em torno de riffs pesados e um desempenho particulamente competente do vocal de Scott Kennedy. No entanto, o álbum não tinha aquela brutalidade, aquele toque de individualidade excepcional, a banda corria sérios riscos de ser tornar mais um clone da banda The Black Dahlia Murder. ‘Empire’ tem os elementos que Bleed From Within tem estabelecido como núcleo de seu som, criando-os sutilmente, melhorando com pequenos toques astutos que combinam para ter um impacto substancial. O mais eficaz deles é a inclusão de algumas linhas de guitarra melódica, criando uma contrapartida agradável aos ritmos de trepidação que estão muitas vezes presente. A introdução de ‘The Healing’ por exemplo, mostra como um maior senso de melodia é bem vindo para as músicas, sepa-
rando completamente a ferocidade de se tornar arrogante. Na verdade, existem muitos relances breves que traem uma vasta gama de influência, e não mais do que em vaidade, onde são tratados como um riff thrash vicioso. São esses pequenos detalhes que acena para uma maior compreensão e capacidade de manter o som fresco, o que acrescenta sabor na música, tornando o álbum mais cativante de se ouvir. Como eu mencionei antes, Scott Kennedy é um vocalista extremamente capaz e em ‘Empire’ ele oferece um desempenho confiável. Apesar de não se comparar a sua estréia, ‘Empire’ é um álbum bastante agradável de se ouvir. IAN K. MENEZES
7
Trap Them
Filth Rations Southern Lord Records
Da última vez que eu chequei em Trap Them, eles tinham lançado o seu segundo álbum ‘Seizures in Barren Praise’ em 2008. Dois anos depois e depois de muitas turnês, eles lançaram um novo EP, intitulado ‘Filth Rations’. Embora o EP não tenha contribuido em nada de novo para o som da banda, ele exibe todo o peso e desespero que os fãs da banda estavam esperando. O EP inicia com ‘Day 38: Carnage Incarnate’, uma faixa rápida que eles vem tocando em suas mais recentes turnês. Com todo o peso da bateria e do baixo, seguido pelos riffs pesados de guitarra, o vocalista Ryan McKenney fala mais uma vez sobre as aflições dos cidadãos de Barren Praise, uma cidade fictícia que está na maioria das letras da banda. Se ‘Seizures In Barren Praise’ contou a história dos cidadãos e ‘Séance Prime’ contou a história dos refugiados, ‘Filth Rations’ parece contar sobre progenitores condenados da cidade. O álbum continua com a faixa voltada para o death n’ roll ‘Day 39: Degenerate Binds’. ‘Dead Fathers…’, a faixa a seguir, é bem lenta em comparação as outras e isso é usado para criar um final esmagador para as novas faixas. A música termina com os instrumentos desaparecendo e com notas dissonantes de guitarra. Isso parece um pouco estranho depois de ouvir ‘Dead Fathers…’, mas é interessante ouvir a energia exibida pela banda nesta faixa. Comparado com o resto da discografia do Trap Them, ‘Filth Rations’ parece um pouco curto, mas é agradável de se ouvir, para aqueles que já são fãs da banda. IAN K. MENEZES
8
Moana
Libido Amargo Amanhecer dos Sonhos Independente
Pesado, agressivo, rápido, violento, técnico... Caótico. Esse último adjetivo é o que melhor define esse primeiro álbum dos paulistas do Moana. Não deveria mais, porém, a cada disco novo de bandas independentes do grande eixo Rio-São Paulo-Minas, eu me surpreendo com a capacidade que cada uma tem de adquirir uma identidade tão rapidamente em
um só lançamento. E isso fica bastante característico a cada nota entoada desse disco de estreia dos paulistas. Momentos melodiosos no disco são quase inexistentes, o que contrasta bastante com as partes mais violentas que chegam a tomar quase que o disco todo, levando o disco quase à uma proposta de um deathcore muito bem tocado. Fãs de Mnemic e Dillinger Scape Plan apreciarão bastante o som dos rapazes do Moana que é repleto da técnica e brutalidade que consagrou os americanos. O diferencial é a “tal” da identidade que foi citada acima e, essa identidade é muito bem aproveitada pela banda que dá sua cara à todas as faixas desse debut. Cessar fogo e a faixa que dá nome ao disco são as que mais me empolgaram, se mostrando as mais consistentes dentro do álbum. Há alguns pontos a serem acertados nas faixas como alguns excessos nos breakdowns, o que chega a tornar algumas faixas bastante previsíveis. Porém, é certeza que isso sera corrigido logo logo. No mais, só tenho a me alegrar por ver que a nossa cena é diversificada e sabe “meter o pé na porta” na hora que se pede. Bom álbum, boa pegada e belíssimas ideias! BRNUO O THOMPIS
Walk Among Us, a mudança mais visível foi a baixada do tom de voz de Vincent Cavanagh nesta última faixa onde, na demo, a cantava com um tom bem alto. Get off, get out é uma das quatro realmente inéditas e não deixa a desejar em momento algum, sendo uma das faixas que mais me agradaram dentro do disco. O final do disco. Ah, o final do disco. É sempre muito complicado falar dos finais de discos do Anathema pelo fato de serem (de forma mais geral), a “mesma coisa”. Esse “a mesma coisa”, se deve ao fato de ser a hora onde a banda tira o pé do acelerador de vez e encaixa faixas mais leves e com menos expressão no disco, se não são faixas de menos expressão, são faixas que exigem mais do ouvinte. Nesta posição, já tivemos diversos clássicos como Dreaming – The Romance (Serenades – 1993), Destiny (Alternative 4 – 1998), Wings of God (Judgement – 1999), Temporary Peace (A Fine Day To Exit – 2001), Electricity e Violence (A Natural Disaster – 2003). A minha incerteza em relação às duas últimas faixas desse novo disco é se elas realmente mereciam ter entrado no disco, ao invés de Masters ou Bricks da demo de 2007. Universal e Hindsight são ótimas músicas, que fique bem claro, porém não me agradam da mesma forma que as demais faixas do disco por achar que estão desconexas dentro do disco. Porém, eu também achava isso de Anyone, Anywhere (Judgement – 1999) e hoje ela virou clássico. Vejamos o que acontece. Ótimo disco, evolução perfeita. BRNUO O THOMPIS
9
Anathema
We’re Here Because We’re Here Burning Sheed
E agora? Começar a falar sobre a evolução das bandas inglesas do começo da década de 90 antes de falar sobre o disco ou ir direto ao assunto? Os que costumam ler minhas resenhas aqui na Six Secs sabem de toda a minha teoria que engloba as bandas desse meio, especialmente as de doom metal, portanto, falarei somente do disco e desconsiderarei o fato evolutivo e “a estrada que o Anathema percorreu até aqui”. WHBWH (abreviação do nome do disco) é um disco que completa o que foi anunciado em 2003 com o lançamento de A Natural Disaster: a entrega da banda, dessa vez por completo, à música mais progressiva e alternativa com forte influência do post rock europeu. Essa influência, que já vem tendo reflexo desde 2001, vem com muito mais força e se mostra muito mais fundamental no desenvolvimento do disco do que em álbuns anteriores. “Thin Air” funciona muito bem como faixa de abertura e foca nas guitarras bem trabalhadas e atmosféricas, principalmente a partir do meio da música, dando toda a pinta de como o disco será dali a frente. Essa sensação vem com mais força na segunda faixa, “Summer Night”, que, a despeito da primeira, começa com uma pegada mais forte, dessa vez com a adição do teclado de Les Smith que dá todo o direcionamento à música, levando-a a ser a faixa mais pesada de um disco totalmente “light”. Seguindo o conceito de light, entramos em “Dreaming Light”, que se torna a balada do disco, apostando em arranjos menos complexos de guitarra e baixo e uma bateria mais previsível e simples (o que não tira a beleza da música em nenhum momento). As próximas sete faixas em sequência são bem conhecidas dos fãs do Anathema, em 2007 a banda lançou uma demo intitulada “everything” que continha três dessas faixas seguintes (Everything, A Simple Mistake e Hindsight – que mais tarde seria reeditada para sair no semi-acústico auto-intitulado) e, posteriormente, em alguns shows da turnê do álbum semi-acústico a faixa Universal foi incluída, fazendo com que WHBWH não seja um disco tão inédito assim. Em Everything, A Simple Mistake e Angels
8
12 Stones
The Only Easy Day Was Yesterday Wind-Up
12 Stones tem feito um ótimo trabalho em seus 10 anos como banda. Apesar de nunca ter chegado a um nível extraordinariamente elevado de popularidade, eles que tem tido sucesso no seu hard rock cristão, que se concentra mais no rock e menos sobre a pregação, a fim de ser acessível a um público secular. Eles foram responsáveis a levar muitas pessoas para o Hard Rock, incluindo eu. Eu vi que cada um dos seus lançamentos são muitos agradáveis. No novo EP da banda, ‘The Only Easy Day Was Yesterday’, eles continuam com o som mais maduro do que o seu ultimo trabalho. Embora o EP esteja foltando solos de guitarras feitos geralmente pelo guitarrista Eric Weaver, o EP apresenta uma coleção de canções muito sólidas, principalmente devido aos vocais de Paul McCoy. A faixa ‘We AreOne’ foi a pior maneira de representar o EP, já que serve como uma faixa decente, porém repetitiva, algo que tem sido feito de forma bem melhor pela banda no passado. Felizmente, o resto do EP é muito mais forte e, surpreendetemente, bem mais pesado do que seria de se esperar da banda neste momento. A faixa mais forte é ‘Disappear’ e é uma das melhores faixas que a banda já lançou, não é típico do 12 Stones, parece mais com Breaking Benjamin. Os vocais de Paul estão claramente mais fortes e com isso faz com que o peso do EP aumente de forma incrível. Embora, ‘The Only Easy Day Was Yesterday’ não seja uma coisa inovadora para o gênero ou até mesmo para a banda, ele sugere que 12 Stones cresce com um som mais maduro e que continue com essa progressão no próximo lançamento. IAN K. MENEZES
8
Drowning Pool Drowning Pool Eleven Seven
Por muito pouco os norte-americanos do Drowning Pool não alcançam a incrível marca de lançar quatro discos com quatro frontman diferentes. Dessa vez, a despeito do que aconteceu em oportunidades passadas quando Ryan McCombs havia tomado o posto do falecido Dave Williams, o ex-vocalista Ryan McCombs, que acompanhou a banda em seu segundo disco de estúdio, foi reintegrado ao grupo para a gravação desse novo trabalho. Pesquisando sobre a banda a partir de audições mais detalhadas de discos anteriores pude perceber que nesse novo disco eles tiram o “pé do acelerador”, chegando a beirar um hard rock forçado, o que não me agrada. Apesar da mescla com o metal mais alternativo e contendo algumas passagens de peso, o disco não me convenceu. Isso não significa que o disco não seja bom, muito pelo contrário, pois em quesitos de produção, mixagem, limpeza do som, o álbum beira a perfeição. Algumas faixas roubam a cena no quesito sonoridade e “funcionalidade” (shows ao vivo, acústicos, clipes e essas coisinhas mais). A verdade é que esse novo álbum do Drowning Pool é uma preparação para um show ao vivo, onde muitos dos riffs me fizeram imaginar uma multidão pulando e bangeando insanamente. Destaques? Let The Sin Begin, All About Me (pra quem curte Nu Metal, ela é um prato cheio) e Turn So Cold (essa reflete muito bem o que eu falei sobre discos ao vivo). Um bom disco, ponto maior para a produção do álbum. BRNUO O THOMPIS
9
Unlife
Christian Democracy Independente
Ousados. Esse é, talvez, o adjetivo que melhor define os paulistas da Unlife. Ousados pela mescla de componentes musicais em cada música, ousados pelo uso da irreverência musical, ousados por usarem uma forma nada convencional (dentro da sonoridade) de espalhar sua religiosidade. Particularmente, apesar de soar bastante contraditório aos meus ideais, gosto muito de escutar bandas cristãs ou com um mínimo (ou máximo) de religiosidade atreladas à música. Por que isso? Porque há um somatório bastante interessante no que tange a religião e a música. A música é tão antiga quanto a religião ou religiosidade (usaremos esse segundo termo, daqui pra frente), e ao fazermos a ligação de uma com a outra, podemos ver uma espécie de “revisão” de costumes, análise de evolução cultural, dentre diversas outras situações antropológicas. Contextos pessoais a parte, muitas coisas me chamaram a atenção nesse disco do Unlife. O primeiro foi o carinho com o qual os músicos tratam seus instrumentos na hora de descer a martelada em nossos ouvidos. Fiquei bastante impressionado, também, com a po-
tência vocal imposta pelos dois vocalistas em cada segundo do disco. Em alguns momentos do disco (principalmente nas duas primeiras faixas do disco – não contemos a introdução, certo?) um pouco de insegurança por parte da vocalista Marina Kawahara, porém, na faixa “Posso Ouvir um Amém?” ela quebra minhas pernas em 35 pedaços quando canta divinamente bem e encaixa uma voz bem suave e definida, dando um tom diferente e contrastante com o peso imposto nos minutos iniciais da música. Muitas coisas pesam para que Christian Democracy receba uma ótima nota dos meios especializados, algumas delas foram citadas acima. No “behind the scenes” seria interessante citar a força incomensurável que a banda tem da internet, um meio que vem sendo bastante utilizado por diversas bandas no cenário musical mundial. Além da super oportunidade de ter o disco produzido e mixado pelos lendários Marcello Pompeu e Heros Trench que recentemente assinaram a produção de mais outra pérola do rock cristão, o disco “Depois da Guerra” do Oficina G3, e ganharam 2 Grammy’s. Com um time como esse, só poderíamos esperar que viessem coisas boas. E foi justamente isso o que aconteceu. No fim de Agosto, eles fazem a abertura do show do August Burns Red juntamente com os rapazes do Sharks At Abyss. Merece a sua atenção? A minha merece. Meu destaque do mês de Agosto: Unlife. RNUO O THOMPIS
8
Unlit Face
My Seasons Independente
Inovador e com um pé em dois estilos distintos: de um lado o Death Metal Melódico que nos mostra uma banda bem melodiosa e firme quando o assunto é pancadaria e do outro, uma banda que carrega todas as influências vocais de Rafael Basso, um típico vocalista de Doom Metal. Essa mistura teria tudo pra soar no mínimo estranha (e realmente soa), mas ai entra o fato interessante da musicalidade do Unlit Face que se traduz nas palavras de Rick Bonadio: “Quanto mais sua música se parecer com algo que já existe menores serão suas chances de sucesso”. Não que o saudoso Rick Bonadio seja “o produtor musical tupiniquim” a ser respeitado, afinal de contas, ele nos “presenteou” com Fresno e NxZero em menos de um ano.Voltando ao disco, o que notamos nisso tudo é a diferença gritante existente entre as partes mais pesadas do disco que tendem sempre a soar como um Death/Doom Metal, e as partes convencionais do Death Metal Melódico.My Seasons e Wrong Enemies demonstram isso muito bem! O único ponto negativo é que eu esperava bem mais do vocal de nosso amigo Rafael Basso. Mas o que podemos ver é que há uma adaptação de um segmento ao outro dentro do metal, segmentos estes que exigem técnicas diferentes. É questão de tempo (muito pouco) até Rafael encaixar seu melhor vocal. Espero ver a Unlit Face em breve, com seu debut lançado! Potencial pra isso eles tem: ainda bem que na Suécia não é costume descobrir NxZero e Fresnos! BRUNO THOMPIS