Six Seconds #3

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ÍNDICE 09.

Sound Of The Underground

10.

Ekoa

Um abrigo para o sofrimento.

10

12.

Project46

Tomorrow won’t have a future.

16.

Stay Brutal

17.

A galera no show de Metal

18.

Soturnus

Contos sombrios.

32

22.

Euphorbia Sem devoção.

24.

Vegas

Baseado em fatos reais.

26.

Your Scene Really Sucks

Conheça a verdadeira face da música.

28.

Sonic Syndicate

Os sindicatos da Suécia.

28

30.

Amon Amarth

O amanhecer do Deus do Trovão.

32.

Protest The Hero Eles estão de volta.

34.

Ill Niño Ao Vivo.

38.

Project46, Libria, Ponto Nulo no Céu. Ao Vivo.

30

40.

Resenhas de albums. 34 resenhas de albums.



Editor Chefe Ian Menezes onheçam Alyssa Herries. Ela tem 8 anos e C mora em Dover, New Hampshire, onde ela estu-

da na Woodman Park Elementary School. Alyssa é provavelmente a mais grave fã de Alice Cooper do planeta. Com apenas 8 anos a garota mostra seus desejos: 01. Conhecer Alice Cooper 02. Ir até Alice Cooperstown, um restaurante em Phoenix. 03. Ficar na primeira fileira em um show do Alice Cooper. Sim, nos podemos chamar essa garotinha de uma fã do Alice Cooper. Seu desejo número 1 foi realizado em uma noite de sabado em Boston. “Quando você vai num show do Alice você encontra alguns fãs extremos e outros fãs casuais” - conta seu pai Tony Herries - “Ela envergonha os fãs casuais” Alyssa canta todas as músicas. Ela comenta sobre as letras do Alice Cooper. Ela tem mais 40 camisas do Alice Cooper, poseters, carros, comics e muito mais. O placa do carro da familia é ALICE18 “Tem um assento de vaso que ela está louca!” comenta Tony. “Digamos que 75% das Barbies dela tem um visual “dinstinto”. Os outros 25% não fazem parte desse visual.” Alyssa juntou $900 do seu própio dinheiro na esperança que Alice Cooper oferecesse um “Meet and Greet” [¹] na sua próxima turnê. Quando ela foi perguntado por sua familia, se ela queria ir para a Disneylândia, ela disse que prefere ir para Alice Cooperstown. Ela nunca pediu para mudar seu para Alice, mas ela pediu uma vez para mudar para Calico, o nome da filha de Alice. Suas músicas favoritas são “Zombie Dance” e “Run Down the Devil.” Quando ela crescer ela quer estar em uma banda tributo entitulada como “Big Apple Dreamin”. Ela já foi para 2 shows do Alice Cooper - ambos em Outubro, o segundo no seu oitavo aniversário, no qual também é Dia das Bruxas. Em ambos shows ela se vestiu totalmente como Alice Cooper e foi considerada uma celebridade. As pessoas continuam querendo uma foto como a pequena fã do Alice Cooper.

Design e Paginação Ian Menezes Colaboração nessa edição Bruno Thompis Bruno Dante de Souza Rafael Fehér Anayara Fraga Pedro Tiago da Silva Jr. Livia Ramires Almir Macedo Arthur Cachel Quadrado Moraes Rafael Andrade Vitor Bruno Pereira Mateus Casali Fotos Clown Natalia Breciani Pedro Saad Anderson Silva Bruno Bittencourt Anna Sofya Revisão Rafael Andrade Marcelo Monaco Contato www.sixseconds.com.br contato@sixseconds.com.br

Six Seconds Magazine http://www.sixseconds.com.br contato@sixseconds.com.br

Na qual vem a pergunta: Como que é uma doce e timida criança que também gosta de Jonas Brother, acaba uma extraordinária fã de uma banda heavy metal dos anos 70?

A Six Seconds é uma revista online bimestral que vem com o intuito de apoiar e divulgar bandas do metal moderno que ainda estão no underground. Nós visamos apoioar bandas do cenário independente, ajudar eventos e serem mais divulgados, trazer notícias sobre bandas nacionais e internacionais, resenhas sobre lançamentos de CDs e sobre shows.

Como você pode imaginar, Papai e Mamãe foram uma influências. Tony e sua esposa Kelly são grandes fãs de Alice Cooper. “Eu sou um fanático” - explica Tony. Ele ouve os CDs de Alice Cooper desde do primário em 1983.

Ian: +55 71 8712.4491 Pedro: +55 11 9702.5058 Anayara: +55 11 9792.1777

“Ela vive no mundo de Alice Cooper do momento de que ela acorda até a hora que ela vai dormir” - comenta Tony.

Na lembrança de Alyssa ela conta, “Nos estavamos indo a um show e meu pai me disse para eu dar uma chance a Alice Cooper, e eu dei e acabei gostando mais e mais...”

Mostre para a Six Seconds do que você é capaz, se você gostaria de contribuir com a revista, não perca tempo! Mande já um e-mail para

[¹] “Meet and Greet” - serviço que recepciona e

contato@sixseconds.com.br

ajuda os membros do grupo após a sua chegada ao aeroporto.

e agarre está chance. 6SEC VOL;3 | 05


Six Seconds News novo álbum no ano que vem por um selo ainda indeterminado. http://www.youtube.com/watch?v=r-Oqyaih5Rk

Novo album do The Black Dahlia Murder De acordo com Blabbermouth.net, The Black Dahlia Murder irá lançar o seu quarto album, entitulado Deflorate, dia 15 de Setembro pela Metal Blade Records.

Slipknot pretende lançar um novo álbum em 2010

Confira a seguir um vídeo do Spineshank tocando “New Disease” no dia 22 de Junho em Sacramento, Califórnia (EUA). A versão original da banda se reuniu recentemente e pretende lançar um novo álbum no ano que vem por um selo ainda indeterminado. http://www.youtube.com/watch?v=r-Oqyaih5Rk

Mike Novak deixa Everytime I Die Baterista Mike “Ratboy“ Novak deixa Everytime I Die por problemas pessoais. Novak fala oficialmente na internet sobre sua saída: “Eu deixei Everytime I Die oficialmente devido a problemas pessoais. Eu sinto que estou saindo de uma situação desconfortavel relacionado a minha saúde e isso é o melhor pra todas. Eu estou pronto pra continuar tocando minha vida. Eu ainda planejo me envolver com música e eu estou planejando um novo projeto. Esse é um novo capitulo na minha vida e espero que tenha acompanhado meu desempenho como pessoa/baterista nos ultimos 11 anos, continue acompanhando. Obrigado a todos os fãs de ETID.”

Desde o lançamento do 4º álbum “All Hope Is Gone”, os integrantes do Slipknot deram várias declarações a respeito de materiais guardados e pretensão de produzir um novo álbum, até então chamado genericamente de ‘Vol.5′. O percussionista Chris Fehn revelou que a banda planeja lança-lo já em 2010. Um vídeo contendo diversas declarações e informações sobre o possível novo álbum pode ser visto a seguir. http://www.youtube.com/watch?v=mu4T6P3SJt0

Biografia de Cliff Burton A primeira biografia do finado baixista do Metallica, Cliff Burton, chamada “To Live Is To Die: The Life And Death Of Metallica’s Cliff Burton” está a venda na loja online do Metalica. O livro foi escrito por Joel McIver e publicado pela Jawbone Press. O livro inclui um prefácio escrito por Kirk Hammett, guitarrista do Metallica. e para os fãs de Metallica, segundo a Universal Music Brasil, o Metallica irá tocar no Brasil em 2010. De acordo comunicado oficial da gravadora, a turnê sulamericana da banda será em Janeiro de 2010. Veja também James Hetfield toca com Machine Head http://www.youtube.com/ watch?v=t481xHUOAVY

Vídeo do Spineshank ao vivo Confira a seguir um vídeo do Spineshank tocando “New Disease” no dia 22 de Junho em Sacramento, Califórnia (EUA). A versão original da banda se reuniu recentemente e pretende lançar um 6SEC VOL;3 | 06


Ultimos lançamentos Bleeding Through “Germany“ www.youtube.com/watch?v=ynfPpBKwAmk

Ruination

Job For A Cowboy Metal Blade

Killswtich Engage Killswitch Engage Roadrunner Records

Eyes Set To Kill “Heights“ www.youtube.com/watch?v=vdiqqZsdJ_o

Alexisonfire “Young Cardinals“ www.youtube.com/watch?v=kmaYBV5Hq9M

The Tropic Rot Poison The Well Ferret Records

For The Lions Hatebreed Koch Records

Enter Shikari “Juggernauts“ www.youtube.com/watch?v=9055NLRl-6Y

Toxic Holocaust “Nuke The Cross“ www.youtube.com/watch?v=0cTAtIqZ8nY

Impending Doom “More Than Conquerors“ www.youtube.com/watch?v=lVAeTH3fsOk

No Time To Bleed Suicide Silence Century Media

Old Crows, Young Cardinals Alexisonfire Vagrant Records

The Breathing Process “The Harvesting“ www.youtube.com/watch?v=v1wyJ2R63Js

Hatebreed “Ghosts Of War“ www.youtube.com/watch?v=JOm3b89Prvc



decada de 70

ANAYARA FRAGA

Como vocês sabem, voltando naquela aula chata de história que você teve com aquela tia gorda na 8ª série, nos anos 70 foi quando a ditadura estava ainda no fim, porém ainda muito presente. Muitos músicos, como Caetano Veloso, Gilberto Gil foram exilados por causa das suas letras. AI-5, repressão, alienação e aquilo tudo que a sua tia te ensinou. Mesmo com tanta coibição, esses artistas mostraram ser superiores aos seus governantes. Lutaram, enfrentaram, sobressaíram, mostrando o que é a música é capaz de fazer. Artistas como Elis Regina, Tom Jobim, Raul Seixas, Tim Maia, Fagner, Maria Bethânia, Milton Nascimento, Chico Buarque, Zé Ramalho, Eramos Carlos, Roberto Carlos, Vinícius de Moraes, Mutantes, Secos e Molhados e entrem outros, faziam parte desse cenário de repressão. Além dessa movimentação toda, não devo deixar de lado a famosa Disco. Lembro da minha querida mãe comentando sobre como eram as discotecas na época. Época que não somente as músicas brasileiras faziam sucessos (obvio), a influência nas roupas psicodélicas, tanto o glam como os hippies eram bastante evidentes. A influência gringa sempre foi muito evidente. O comportamento jovem, com o fim da ditadura, tanto lúgubre e agressivo vindo com o punk e o colorido do disco. Eu queria estar viva nessa época só por causa das discotecas. Recomendações: Elis Regina – Como nossos pais: http://www.youtube.com/watch?v=2qqN4cEpPCw Tom Jobim & Elis Regina – Águas de Março: http://www.youtube.com/watch?v=srfP2JlH6ls Fagner – Deslizes: http://www.youtube.com/watch?v=7PUhXF2unMk Os Mutantes – A minha menina: http://www.youtube.com/watch?v=5ohTi8lbeok Secos e Molhados - Flores Astrais: http://www.youtube.com/watch?v=t63MPf1daCA Vinícius de Moraes e Tom Jobim – Soneto da Fidelidade: http://www.youtube.com/watch?v=PMZ10B82ZZg


Valorizando o cenário nacional e a língua materna, qual é a sensação de surgir frente à outras bandas de destaque nacional, as quais também preservam a língua materna como Envydust, Fim do Silêncio e Ponto Nulo No Céu? Drones: A sensação é a melhor possível. Ver que estamos tendo boa aceitação do público é sempre muito positivo, ainda mais ao lado de bandas tão fortes na cena independente. Acho que uma coisa que todos devem achar frustrante é ouvir uma música na qual você não consegue entender a letra, o sentimento por trás dela. Por isso escolhemos preservar nosso idioma. Nada mais justo, já que vivemos no Brasil. Comentem sobre o uso experimental de sons de piano, violoncelo e flauta barroca na faixa ‘Depois da chuva’. Jota: Na verdade essa faixa foi um momento de experimentação na composição do cd. Ela seria apenas uma faixa instrumental com algumas viagens malucas, como uma vinheta no meio

do cd, porém o R-VOX teve a ideia de botar uma letra e gostamos. Resultou na “Depois da chuva”. (risos) Lançando o álbum debut homônimo independente, como está a banda atualmente? Digo, seguindo uma carreira independente com alguns shows por mês, ou com alguma negociação pendente de contrato com alguma gravadora e mais do que alguns shows agendados por mês? Drones: Atualmente estamos fechando contrato com uma produtora de Curitiba/PR e seguindo na luta árdua por um lugar ao sol na cena independente. Fizemos alguns shows fora do estado nos meses passados e a experiência foi muito boa, ainda mais em Curitiba e São Paulo, onde fomos muito bem recebidos e todas as expectativas foram superadas. Aos poucos a agenda está sendo montada com alguns shows por mês e por enquanto ainda não nos foi oferecida nenhuma proposta de gravadora, mas quem tiver algum contato pode até indicar a gente (risos).

O debut homônimo de vocês foi gravado com um baterista que hoje já não faz mais parte da banda. Como vocês lidam atualmente com um novo baterista que, aparentemente, não é nem inferior e nem superior ao antigo? Drones: A saída de um integrante que foi essencial na formação da banda é sempre muito difícil, ainda mais se tratando de um cara muito amigo nosso, desde infância, como era o caso do Jorge, mas foi algo totalmente amigável e até hoje ele ainda continua sendo parte integrante do EKOA para nós. No começo a entrada do Portes foi um pouco complicada, pois já estávamos em sintonia e a entrada de um novo integrante sempre causa uma certa insegurança, porém soubemos lidar bem com a situação e hoje podemos dizer que estamos bem os cinco juntos. Portes somou bastante no quesito musicalidade e técnica, e assim evoluímos musicalmente com a entrada dele. O mais engraçado dessa história foi que a gente o conheceu por um vídeo no Youtube (risos). Gostamos do trabalho dele e ele já nos conhecia e gostava muito dos nossos sons, então essa mudança de

formação foi muito favorecida por essa O único problema é que não o conhecía reito então foram feitos alguns intermé levaram ao teste com ele (risos).

R-VOX: Essa questão de ser inferior ou é muito relativa, pois ambos são bateri têm backgrounds musicais bem distint si. Jorge sempre foi mais eclético: toca rock, reggae e outras coisas, tendo o como fator principal. Já o Portes segu mais metal, e prioriza mais o aspecto da bateria.

De onde vem o potencial que vocês ram nas faixas executadas no álbum

Jota: Nós tentamos explorar não só a dade do metal, mas sim harmonias rica instrumentais quanto vocais. Fazemos música pede nos quesitos arranjo, assi nas letras, normalmente inseridas po no processo de composição. Uma gran tagem para explorarmos estas variada é o fato de termos nosso próprio hom (onde gravamos o primeiro cd) para po


as coisas. amos diédios que

superior istas que tos entre ava pop, o feeling ue a veia o técnico

s explom?

a sonorias, tanto s o que a im como or último nde vanas coisas me-studio oder tes-

8.5

Ekoa Independente

tar todos os tipos de arranjos, efeitos, vocais, melodias, baterias. Tudo com muita paciência, vinho barato, cigarro e café (risos). O nome Ekoa significa ‘morada’ ou ‘abrigo’ no dialeto tupi-guarani. A banda tem alguma relação com nativos tupi-guarani? Jota: Depois de uma temporada nossa na tribo Pataxós, na festa rave do Cacique Ababauê resolvemos criar a banda com esse nome em uma homenagem a eles que tanto nos orgulham. Nada como um abrigo para um love de vez em quando (risos). Drones: (risos). Na verdade o nome veio de uma ideia do Mike X. (Guitarrista) a partir do projeto do Jason Newsted (ex-Metallica), o Echobrain. Ele estava testando a sonoridade do nome e em um momento de doidera chegou ao EKOA. O significado soubemos pouco depois de já estarmos utilizando o nome, em uma busca de nosso amigo Leo, que descrobriu que em Tupi-guarani significava abrigo ou morada. O que nos chamou atenção foi à escolha inconsciente do nome levou a um significado totalmente coe-

rente com todas as nossas expectativas, pois o EKOA é nossa morada, onde depositamos todas as nossas expectativas e temos total liberdade para fazer o que gostamos, como em nossa casa. Qual o nome verdadeiro de R-Vox e, por que o uso desse codinome? R-VOX: Na verdade, todos nós acabamos meio que usando codinomes. Drones e Jota C aproveitaram seus apelidos, já Mike X e Portes utilizaram seus sobrenomes. No meu caso a história é diferente: há muitos anos atrás, eu, Mike e Jorge tínhamos uma banda chamada Razzia, e eu tinha um e-mail que era Razzia-Vox, só que assim que a banda acabou, eu retirei o Razzia e deixei só o R, que vem do meu sobrenome (Raposo). Nossos codinomes representam uma espécie de ‘fuga’ para nós. Todos os dias nós temos nossas batalhas diárias como estudo, trabalho, família, enfim. Quando estamos no palco ou no estúdio, ou quando estamos fazendo qualquer coisa relacionada ao EKOA, temos que nos ‘desligar’ da realidade que nos cerca. Nossos ‘eus’ precisam se resguardar um pouco. E é nesse contexto que entram em cena Jota C, Mike X, Drones, Portes e R-VOX. ALMIR MACEDO

Do Rio de Janeiro, a banda Ekoa estréia em um formato físico após um bom tempo com divulgações pela internet, como exemplo, o Trama Virtual, no qual a banda disponibiliza todo o álbum para download. O álbum por sua vez, é homônimo, isto é, o nome é o mesmo da banda. São ao todos 11 faixas que mostram um cd cheio de energia e peso, com grandes influências do metal moderno. No entanto, é notável a preocupação da melodia da banda por todo o cd, com diversos trechos bastante melódicos e emocionantes. O álbum inicia de modo muito interessante, com uma faixa introdutória, na qual progressivamente vão entrando os instrumentos, até o fim da faixa, que de imediato, já faz ligação com “Contra O Tempo”, uma das melhores faixas do álbum, que conta com típicos riffs derivados do chamado metalcore. Destaque também para Mente Insana, que possui um belíssimo e marcante refrão, que no final sofre uma variação no qual o deixa ainda mais empolgante. Apesar do melodioso refrão de “Mente Insana”, a próxima faixa já não é tão “boazinha” assim: no meio de “Resolvendo O Agora” há um breakdown muito brutal onde a banda demonstra todo o peso que é capaz de trazer. O cd conta também com músicas mais lentas como “Errado Novamente”, que traz com destaque, os ótimos vocais de R-Vox. Porém ainda se tratando dos vocais, há um grande problema quanto a masterização do cd. Os vocais estão muito ao fundo em todas as músicas, isso deve-se também pelo volume elevado das guitarras em certas partes de algumas canções. Isso acaba tirando um pouco o destaque dos refrões, que poderiam ser muito mais fortes e marcantes, se não fosse esse problema. O grande trunfo da banda é justamente o fato de aliar peso e agressividade, com belas melodias e refrões “grudantes”. E é isso que se acompanha por todo o álbum, como na faixa “Tarde Demais Pra Recomeçar”, que em partes, é extremamente pesada, em outras bastante pop. E é esse lado pop da banda que é evidenciado na última música do álbum: “Depois da Chuva”. Essa canção possui um belíssimo arranjo, no qual envolve violinos, piano, etc. Novamente o problema dos vocais em baixo volume aparece, certamente a música ganharia um destaque maior se as vozes estivessem mais evidentes. Porém isso não tira o brilho dessa linda canção, que é de uma leveza impressionante, ela lhe conduz pacificamente ao fim de um cd totalmente agitado. Um ótimo final de um excelente cd da banda Ekoa, que mostra, muito bem por sinal, a que veio. BRUNO DANTE DE SOUZA


Com o fim do cover Slipknot “Kroach“, Project46 vem ao mundo com um som completamente promissor na cena do Metalcore nacional-. A Six Seconds conversa com o guitarrista Jean Patt6n sobre como tudo começou, sobre o novo clipe Tomorrow, e sobre o lançamento do EP. Antes do Project46, vocês tinham bandas cover certo? Pantera, Korn, Slipknot, como foi que surgiu a ideia de começar com som própio? Sim, passamos por muitos covers, gostávamos de tocar músicas de nossos ídolos, e ainda gostamos mas com uma visão diferente hoje em dia. Todos tiveram suas bandas de cover, entre elas já passaram por Pantera (até hoje), Sepultura, Chimaira, Killswitch Engage, e Slipknot onde todos do Project46 fizeram parte, e dai crescemos juntos e aprendemos muito a lidar com viajens, convivência de banda, shows, organização e por ai vai. Para nós, as bandas covers nós ajudaram muito no nosso conhecimento de estrada, aprendemos muito, e até fica aí a dica pra quem quer um bom aprendizado na carreira, além de exercitar a parte musical e sentir como é subir num palco e ver as pessoas cantando junto, é incrivel! O som de vocês é realmente bom, com fortes influências de bandas consagradas do metal atual. Sendo assim, o que vocês almejam para o futuro? Nosso propósito desde o início sempre foi fazer um som característico tendo em vista nossas influências, mas que ao mesmo tempo soasse o mais natural possivel. Temos muitas influências diferentes, desde jazz, samba e bossa nova até death, thrash, hardcore ou screamo. Mas sempre tentamos ”bater tudo no liquidificador”, transformando tudo isso num som misturado porém conciso.

de forma natural e espontânea. Mas na maioria das vezes, começa com algum riff já pronto, mesmo que seja uma parte bem pequena e simples que alguém traz e nós vamos “lapidando” com calma e juntando as partes em comum. Mas as vezes também acontece de alguém fazer a música quase inteira e chegamos no estúdio e só damos aquele “tapa” e mudamos uma coisinhas ali e outra aqui e pronto! O acabamento final nas partes de vocais sempre ficam como responsáveis o Caio e o Rafa, assim como partes mais limpas e|ou berradas. Nós sempre estamos fazendo pequenas alterações nas músicas e refinando mais a cada ensaio, isso é constante, sempre vamos achar um jeito melhor de mostrar “aquela tal parte”! Vocês acham que por cantarem em inglês, tem mais chances de receber uma proposta para assinar um contrato com alguma gravadora? Não, somos iguais a todos mas temos outros objetivos, entre eles, relacões internacionais. Qual o motivo principal de vocês cantarem em inglês? Vocês acham que conseguiram um destaque maior na cena underground ou talvez até no pais afora?

Não tocamos porque queremos ser famososíssimos e milionários, queremos mostrar nosso som para o máximo de pessoas possíveis no mundo inteiro, fazer turnês de meses, vender discos, camisetas, ver um cara na rua andando com a camiseta da banda, ver alguém com uma tatuagem do logo da banda estampado na pele. Esse tipo de coisa que nos fará satisfeitos e vendo que estão fazendo nossa parte, fazendo outras pessoas contentes também!

Nós cantamos em inglês porque acreditamos poder levar mais facilmente nossa música para o mundo inteiro já que é um língua universal, além de ter mais facilidade na comunicação com outros países para possíveis turnês internacionais. Desde o começo da banda, sempre foi o nosso sonho poder viajar o mundo inteiro tocando nossa música, com o orgulho no rosto de ter um trabalho reconhecido não só pelo seu próprio país e sim pelo mundo inteiro. Também tocar juntos com bandas que nos influênciaram e dividir o mesmo palco com nossos maiores ídolos.

Como funciona as composições entre vocês, desde dos riffs até a parte lírica?

Existe uma banda americana de rock cristão com o nome de Project 86, foi por aí que surgiu o nome Project46 ou qual é a história do nome?

Não temos uma fórmula perfeita de criação na banda. Ela acontece sempre

Não. Nós desconhecíamos a existencia da banda durante um bom tempo.

9.5

If You Want Your Su

Independente

No mundo undergro promissora no ramo Travar disputa no me banda independente faz sua própria mús dos motivos fortes, pra que o Project46 de um Slipknot cove sora da música pes foi tendo uma evol entrar em estúdio p Survival Sign Wake pra banda se engra derground brasileiro vival Sign (em pouc que o disco se trata única), que traz um bem cadenciada, nã vocal de Caio Marce vel, alternando mom bem rasgados sem Sign, vem como pre que, fica bem acima faixas do EP. Faixa b lado a pegada funda vi que é característic a faixa If You Want segue com a mesm das outras duas mú destaque fica por co cem mais frequente se encerra com a f é a faixa mais conc minutos de duração que falar: guitarras sempre firme e com necessária e garant tante agressivos. A m tipo de mensagem b seguintes e aproveit cluir que o EP do Pro independentes que trabalho está acima habilidosos, profissi zem. BRUNO THOMPIS

Foto Natalia Breciani & Pedro Saad


urvival Sign Wake Up Tomorrow

ound nasce uma das bandas mais o do Metalcore/Groove brasileiro. ercado musical, hoje em dia, como e, é um estímulo a mais pra quem sica. Creio que esse tenha sido um além do amor à música pesada, 6 tenha passado “da noite pro dia” er à uma banda bastante promissada brasileira. Project46 surgiu e lução gradual até se consolidar e pra gravar o EP: If You Want Your e Up Tomorrow, que é uma porta andecer mais ainda no cenário uno. O disco se inicia com a faixa Surco tempo, o ouvinte vai perceber de um disco com uma mensagem ma pegada bastante interessante e ão há como não comentar sobre o ellus, que se mostra bastante flexímentos mais agressivos com vocais perder o “fio da meada”. Survival eparação para a música Tomorrow a dos padrões impostos nas demais bastante melodiosa, sem deixar de amental que, com poucas audições, ca desse quinteto. Após Tomorrow, t não deixa a peteca cair e prosma pancadaria mesclada à melodia úsicas anteriores. Nessa música, o onta dos vocais limpos que apareemente do que nas demais. O EP faixa Wake Up que, ao meu ver, cisa e madura do grupo. Com oito o, o instrumental continua dando o muito bem harmonizadas, bateria m pegada, baixo dando a marcação tindo o peso além dos vocais basmelodia final de Wake Up, trás um bastante reflexiva. Dado os fatores tando o que já foi dito, posso conoject46 é um dos melhores discos escutei esse ano. A seriedade no a de tudo. Promissores, eficientes, ionais e apaixonados pelo que fa-

Mesmo assim isso não nos prejudicou, também porque a proposta é totalmente diferente da nossa. Antigamente tínhamos um Slipknot cover, mas quando vini e eu decidimos fazer um som, só nós dois inícialmente chamaríamos de Project46 pelo fato de serem nosso números na banda cover. Respectivamente #4 e #6. O Project vêm da idéia de que inicialmente seria apenas um projeto nossos sem mais integrantes. Mas achamos bem perto de nós os outros integrantes para a banda que também era do Kroach (Slipknot cover). E assim nasceu o Project46! aquele refrão grudento sabe? Rs Vocês conseguiram até lançar um clipe, tendo apenas 4 músicas produzidas. Vocês acham isso um privilégio ou apenas um esforço para uma maior divulgação da banda? O clipe veio por intermédio apenas do nosso esforço e vontade. O Caio que cursa a faculdade de Rádio e TV sempre esteve nesse meio, por isso foi mais fácil de ser produzido e conseguir os equipamentos e equipe necessária pra finalizá-lo. Conseguimos um ótimo resultado tendo em vista que não tinhamos muita verba e experiência com filmagens. Qual foi o critério que vocês deram para escolher a música para um clipe?

car numa mensagem só, um tipo de mensagem de alerta aos ouvintes. Mas pra quem quiser isso pode ser melhor compreendido conhecendo as letras das músicas do EP. Ainda esse ano vai ser lançado o EP “If You Want Your Survival Sign Wake Up Tomorrow”, mas e quanto ao um CD? Vocês já tem planos pra lançar? Já começaram com novas composições? O que vocês podem no contar sobre isso? Estamos já numa nova fase de composição na banda, já faz um tempo. Estamos compondo as músicas que vão fazer parte do nosso próximo disco. Será nosso primeiro album Full-Length e asseguro que virá com muito mais força e pegada, as influencias estão a cada músicas mais exploradas e com uma nova sonoridade pra banda. Aguardem…. rs Vocês já tem algo planejado para uma possível turnê de lançamento do EP? Turnê mesmo não, pois não temos nenhuma produtora fixa pra agendar shows ainda. Nós fazemos tudo nós mesmo totalmente independente. Mas estamos sempre conseguindo marcar datas legais em bons festivais pra divulgação do EP. Mesmo assim fica ai pra quem quiser que o Project46 toque em seu festival é só entrar em contato com a gente atraves do email project46brazil@hotmail.com.

Primeiramente o roteiro do Caio por ser um fundo branco infinito, que remete ao assunto do clipe que é o “Amanhã”. E depois de uma breve pesquisa com amigos e ouvintes, a músicas que estava mais se sobresaindo era sempre a Tomorrow, então não tinhamos o porque fazer de outra. Mas acreditamos que as outras também possam gerar ótimos futuros clipes, porém “Tomorrow” foi o primeiro a ser filmado.

A reação do público parece ter sido muito boa sobre o video “Tomorrow”. Vocês ainda pretendem lançar outro video do EP ou vão esperar para até lançamento do album?

Hoje em dia a cena musical está cheia de rotúlos. Muita gente vem rotulando vocês como Metalcore, o que vocês acham dos rotúlos que envolve a música hoje em dia?

Com a medida que vocês vão tocando juntos a experiência da banda vai aumentando. O que vocês acham da evolução que a banda fez até agora?

Nós procuramos não nos prender em nenhum tipo de rótulo. Tem gente que acha que somos uma banda de “Metalcore”, outras Thrash e até de Death Metal. Cada um ouve do seu jeito e chama como quiser. Sempre falamos que somos uma banda de METAL, simplesmente isso. Mas é claro, temos muitas influências de Hardcore Nova Yorquino, Thrash Metal oitentista, e até de Power metal. Mas no geral fazemos com que o rótulo “metalcore” não soe de forma negativa no nosso som.

Isso foi muito notório para nós mesmos. Desde o começo da banda estamos em constante evolução, tanto técnica como musical e feeling. Hoje em dia conseguimos colocar muito melhor nossas idéias em praticas sem se prender muito a dificuldades, velocidade ou harmonia

Por que colocar o nome do EP de “If You Want Your Survival Sign Wake Up Tomorrow” e as músicas começarem por “Survival Sign”, “If You Want”, “Tomorrow” e “Wake Up? Fizemos uma união dos nomes das músicas pra se encaixar e se unifi-

Talvez vamos fazer um novo Video clipe de alguma música do Ep, mas ainda nada confirmado ou datado.


Project46 - “Tomorrow“

Assista ao clipe do Project46, Tomorrow: www.youtube.com/watch?v=TC0PfIVcjv8 exemplo. Estamos sempre fazendo musicas simples, mas também algumas mais complexas. Sem duvida isso se torna cada vez mais saudável, nos ajudando principalmente no tempo de criação, tornando-nos mais ageis em concluir um riff em conjunto, porém sempre tivemos essa facilidade, apenas cada vez mais aprimorado. Vocês apesarem de serem novos, já mostram bastante confiança e tem bastante conteúdo, um myspace bem desenvolvido, um clipe (o que poucas bandas independentes no inicio não tem) e camisas da banda. Vocês tem algum tipo de patrocinio ou fazem tudo sozinhos? Praticamente tudo foi feito sózinho por parte da banda. A gravação do EP em particular que foi necessário uma terceira pessoa para torna-lo concreto, mas antes de entrar no estudio, ja tinhamos uma pre produção e um conceito já formado, que teve muitas melhorias por parte do Henrique e o Carlos. Ambos tem uma grande experiencia musical no ramo e concerteza ajudaram demais a produzir o disco. Pergunta para o Caio, você tem um gutural monstruoso. Que tipo de cuidado você tem com sua voz, qual o segredo dos berros? Caio: Bom primeiro queria agradeçer pelo “Gutural monstruoso”. Mas me cuido tentando ao maximo não jogar a voz para garganta, pegando potência do diafragma e amplificando na caixa craneana. E estou sempre em busca de novos estilos e som para aperfeiçoar a voz e porque não inovar com alguma coisa? Mas pra isso tenho que comer muito fejão com arroz ainda. O Gui já abriu varios eventos de bateria em São Paulo. Agora que está em uma banda, há uma possibilidade de que os velhos fãs estejam acompanhando o percursso da banda? Gui: Sim, sem duvida alguma. Óbvio que existe casos de pessoas que gostam de um individuo como artista mas não acompanha seu trabalho a longo prazo e comigo isso não seria diferente. As pessoas que realmente adimiraram o meu trabalho como baterista, sempre entraram em contato comigo após algum festival ou apresentação, e de minha

parte, sempre mantive contato via e-mail e derivados na internet. Assim que o Project virou meu projeto principal, concerteza todos que acompanham meu trabalho ficaram cientes. Espero que que isso aumente cada vez mais. Vindo de São Paulo onde a cena do metal cresceu bastante, vocês acham que pelo esforço de terem gravado um clipe e tudo mais, vocês já obteram um certo público? O clipe em sí não foi o principal fator para o nosso aumento de publico, e sim uma junção de tudo: músicas bem gravadas, um bom myspace, merchan e uma ótima pegada ao vivo, mas temos muita ciencia que hoje o nosso clipe faz uma grande diferença pra quem conhece a banda pela primeira vez, por sua qualidade muito satisfatória na nossa opinião. Como vocês iniciaram na carreira musical? Todos tivemos uma iniciação na musica de uma forma diferente, mas concerteza foi as nossas primeras bandas que deram o maior “empurrão para o mundo da música! Desde então nunca paramos de tocar e tirar musicas de bandas que gostamos! Faziamos isso até praticamente 2 anos atráz, com o nascimento do project que estamos mais focado para a cena de som próprio. Até hoje, não deixamos de tocar musicas covers, e talvez nunca iremos deixar. Pra finalizar o que vocês tem a dizer ao seus fãs. Desde o slipknot cover, tinhamos o custume de dizer algo que até hoje é muito importante pra nós: OBRIGADO, a todos aqueles que acreditam na nossa musica, que direta ou indiretamente nos ajudam a crescer mais e nos dão força para continuar fazendo nosso som! E que concerteza todos eles são a nossa razão de fazer o que fazemos com tanto gosto e vontade! ALMIR MACEDO / IAN K. MENEZES


A banda Ill Niño foi formada mais exatamente em 1998, quando haviam lançado um EP demo nesse mesmo ano, com Jorge Rosado nos vocais. O EP foi intitulado El Niño, quando o nome da banda ainda originalmente era chamada El Niño, por causa do fenômeno meteorológico. Mas foi em 1999, que tinham oficialmente formalizado. Após a saída de Rosado para a banda Merauder, o El Niño havia assinado com a Roadrunner Records em 2000, mas foram obrigados a mudar o nome dele porque ele já estava sendo usado por outra banda, então mudaram para Ill Niño. Eles lançam seu álbum de estréia, Revolution Revolución, em 18 de setembro de 2001. Em apoio ao lançamento do álbum, a banda fazia parte das turnês Ozzfest e Jägermeister em 2002. O single do álbum, “What Comes Around”, também recebeu significativo airplay na MTV2 no final de 2001. Ill Niño lança seu segundo álbum de estúdio, Confession, foi liberado em 30 de setembro de 2003. O álbum estreou em #37 nos gráficos da Billboard 200O single, “How Can I Live”, foi usado para a trilha sonora do filme Freddy vs. Jason, e foi posteriormente seu primeiro single a estar no gráfico da Billboard, na posição #26 nos gráficos Hot Mainstream Rock Tracks. O álbum tinha vendido mais de 110 mil cópias nos Estados Unidos nos primeiros cinco meses do lançamento e é considerado o melhor álbum do Ill Niño até então, vendendo no total aproximadamente 500 mil cópias nos Estados Unidos. Em 23 de setembro de 2004 é lançado o primeiro DVD da banda, Live from the Eye of the Storm, gravado em um concerto na Pennsylvania no início de 2004. A banda lança seu terceiro álbum, intitulado One Nation Underground, foi lançado em 27 de setembro de 2005. O álbum estreou em #101 no gráfico Billboard 200[4], e lutou para alcançar boas vendas, bem como o seu antecessor Confession. A banda anunciou que haviam encerrado contrato com Roadrunner Records

em 15 de julho de 2006. Nove dias mais tarde, foi anunciado que Ill Niño haviam assinado novo acordo com a recém formada Cement Shoes Records. O baterista Dave Chavarri afirmou que sua saída da Roadrunner foi “amigável”, mas considerou que eles não estavam recebendo a devida atenção e apoio da Roadrunner que tinham recebido em seus dois últimos lançamentos. Roadrunner Records lança a coletânea The Best of Ill Niño em 29 de setembro de 2006. O álbum apresenta treze faixas de seus três lançamentos com Roadrunner. No entanto, foram apenas emitidos nos Estados Unidos. Na estréia na Cement Shoes, a banda lançou o EP de cinco faixas The Undercover Sessions em 7 de novembro de 2006. Três versões covers foram colocadas no álbum, que incluiu a canção da banda Faith No More “Zombie Eaters”, a do Nirvana “Territorial Pissings”, e a de Peter Gabriel “Red Rain”. Duas novas faixas, “Arrastra” e “Reservation for Two”, também foram incluídas. 1300 cópias foram vendidas em sua primeira semana de lançamento. O quarto álbum de estúdio da banda foi lançado em 2008, Enigma, o álbum era para ter sido lançado em 9 de outubro de 2007, mas foi adiado para ser lançado apenas em 11 de março de 2008. http://www.myspace.com/illnino http://www.illnino.com


Por mais que muitos já devem ter lido, eu acho que o manual do true metal merece um espaço aqui! Bom, vamos lá. É mais ou menos assim. . . Seja true. Não seja gay. Quem não é true é gay. Seja satânico. Seja pagão. Seja satânico e pagão ao mesmo tempo, embora isso não faça sentido. Quebre coisas enquanto for satânico e pagão. Faça tudo o que foi citado até aqui e ao mesmo tempo denuncie todas as formas organizadas de religião. Não se divirta nos shows. Apenas fique lá de braços cruzados e fazendo cara de mau. Nos intervalos fique andando de um lado para outro sozinho. Nada de bater palmas para as bandas nos shows. Em sinal de apoio apenas erga o braço e urre algo incompreensível fazendo cara de mau. Ninguém vai perceber que você não conhece a banda, nem as músicas e nem muito menos sabe as letras. Não toque air guitar. Nos shows, quando o vocalista grunhir o nome de uma música de forma incompreensível, faça de conta que entendeu o que ele falou e que conhece a música. Não ria deste texto. Rir é uma atitude incompatível com um fã de true black metal. Lembre-se que você está triste. Maldito amador. Quando as pessoas perguntarem se você gosta de Mayhen, informe que você gosta apenas do Mayhem “de verdade”. O novo Mayhen é totalmente mainstream. Não brinque com animaizinhos. A não ser que “brincar” signifique “queimar”. Não seja igual a Dani Filth. Não seja igual a Dani Filth. Não seja igual a Dani Filth. Sodomize uma virgem. Sodomize qualquer coisa que não seja do sexo masculino (cuidado, animaizinhos!). Use o verbo “sodomizar” sempre que possível no seu dia a dia. Sodomizar é um verbo true. Outros exemplos de verbos true: “vociferar”, “queimar”, “blasfemar”. Vire todas as cruzes que encontrar de cabeça para baixo. Desenhe ou monte cruzes invertidas sempre que possível. Nunca, jamais, seja uma pessoa de mente aberta. Se vestindo e agindo igual a todos os outros milhares de true black metal maniacs, você expressa a sua individualidade, o fato de não se adaptar a qualquer tipo de moda e de não querer ser igual a ninguém. Pare de rir deste texto, maldito bastardo. Fãs de black metal de verdade não riem, eu já disse! Infelizmente malditos amadores como você infestam a cena. Nunca faça brincadeiras. Ande com os olhos virados. Não seja igual a Mortiis (nem Dani Filth). Bandas como Kreator e Slayer são gays mainstream que fazem música pop. Bandas true não saem em revistas, apenas em zines urderground sem policromia na capa. Vista-se sempre de preto. Use calça preta, coturnos pretos e camisa de manga longa preta, mesmo que esteja muito quente, mesmo que more no sertão do Ceará, e mesmo que você tenha de esperar um ônibus debaixo do sol quente ao meio dia. Na sua camisa preta deve constar o logotipo ininteligível de uma banda de black metal norueguesa de que ninguém ouviu falar e de quem você ouviu apenas uma demo mal gravada. Lembre-se: quanto mais ininteligível o logotipo e quanto mais desconhecida a banda, mais true. Jamais use bermuda. Jamais use bonés, muito menos bonés com a aba virada para trás. No pescoço use uma corrente com uma cruz de cabeça pra baixo ou um pentagrama invertido. Use braceletes com spikes e cintos de balas. Use arame farpado sempre que possível. Pinte o rosto com “corpse paint”. Estando completamente vestido como um true black metaller conforme explicado acima, pegue um machado, vá para a floresta e aja como um troll. Quando perguntado por uma pessoa que não é true o que é black metal, diga algo como “Black Metal é a mais pura essência da negra maldade humana.” Tenha certeza de que, ao fim da conversa, a pessoa não faça a mínima idéia do que é black metal. Compre facas, espadas, lanças e machados. Como poderá ser preso se sair com estas armas na rua, guarde-as no seu quarto. Caso sua mãe não permita, esconda as mesmas embaixo da cama. Pare de rir, seu amador. Faça cara de mau. Fãs de black metal não sorriem nunca. Muito menos ao ler textos engraçadinhos na internet. Na verdade fãs de black metal não usam internet. Espero que você esteja lendo este texto em algum zine underground. Ao saudar um outro true, a única saudação permitida é “Hail!”. Ao saudar alguém especialmente true, use “Infernal hails!”. Compre centenas de álbuns, demos e bootlegs de black metal. Não ouça mais do que uma dúzia deles regularmente. Se um álbum é raro, deve ser bom. Compre ou encomende imediatamente mesmo que seja um lançamento caríssimo feito a partir de uma fita demo mal gravada que você vai ouvir apenas uma vez. Você precisa possuir todos os álbuns, demos e bootlegs do Darkthrone, mesmo que não ouça nenhum deles. Não use “smiles” bonitinhos quando se comunicar pela internet. O único smile aceitável é -(. Não importa de onde você seja. Faça de conta que você é da Noruega e, portanto, true. Não seja igual a Dani Filth. Espero que isso esteja claro. Coloque o nome de “Crucifier” no seu animal de estimação, mesmo que ele seja um peixe. Todos os seus animais de estimação no futuro devem ter o mesmo nome. Torne público que você é um satanista e que está em contato com o passado pagão da antiga Noruega. Ignore o fato de isso não fazer nenhum sentido. Reclame da falta de divulgação das bandas underground que fazem o verdadeiro true norwegian black metal. Reclame das bandas que têm boa divulgação e perdem a sua dignidade se vendendo ao mainstream. Tire fotos suas em ambientes com neve tão fria quanto o seu coração e árvores tão mortas quanto a sua alma. Escreva um zine underground. Publique entrevistas e reviews de bandas de que ninguém ouviu falar. Sem cores. O zine deve ser produzido com cópias tipo xerox. Quanto menor a tiragem, mais true. Ao invés de perder tempo lendo este texto na frente de um computador, você poderia estar vagando por uma floresta. Envergonhe-se. A quanto tempo você não age como um troll? Ponha sua maquiagem, pegue um machado e lute, soldado!


Em um show de Metal pode aparecer todo tipo de pessoa (o que a maioria não nota). O pessoal do VirusComix fez essa ilustração para surpreender as pessoas e é claro, dar uma boa risada. [01]. O cara no meio do mosh que acha que deveria esta lá, mas não deveria. [02]. Só veio por causa da cerveja mesmo sabendo que custava o dobro do preço e pagou 30 conto pra entrar. [03]. Um cara anônimo que fica batendo cabeça no meio do mosh feito um bebado até mesmo quando a banda para. [04]. Amigos e familia da banda apenas tirando uma das fotos. [05]. Pessoas que estão lá simplesmente pra dizerem que foram, mas sabendo que ninguem ta nem aí pra elas. [06]. Tipo de cara ciumento, porquê eles não tem nenhum talento musical. [07]. Maluco psicótico que vive criticando a banda antes mesmo dela entrar no palco...e que frequentemente desvia seus olhos para garotas menores. [08]. Tipo de cara que berra todas as letras da banda com a intenção de atrair os outros. Geralmente Slayer ou Pantera. [09]. Só está lá porque acha o vocalista gostoso. [10]. Cara fazendo aqueles videos que vão pro YouTube que nunca dá pra ver nada ao invez de curtir o show. [11]. Cara que derrama a cerveja nas suas costas [12]. WOOOOOOOOOW! [13]. Pessoas que vem escutar uma música desconhecida, mas não podem ir fumar com medo de perder a música. [14]. Ganhou um ingresso no rádio, mas não consegue suportar o fato de que foi ao show. [15]. Acha que isso é um jogo de futebol americano [16]. Adora a banda.


Foto: Anderson Silva

Com o lançamento do album When Flesh Becomes Spirit, a banda Soturnus avança mais um level. O baxista Guilherme Cavalcanti, conversa com a Six Seconds como tudo aconteceu e o que está por vir. O que vocês utilizam como fonte de inspiração para as letras, tendo em vista que o estilo musical no qual vocês se enquadram, é sempre marcado por temas como morte, tristeza, angústia, medo, enfim... temas soturnos! Há algum tipo de literatura que os influencia? Sempre valorizamos muito a parte literal das músicas. Todas as nossas influências são de bandas que possuem uma parte literal forte e parte fundamental no processo de composição musical. No Soturnus não poderia ser diferente e nossas letras são parte fundamental da nossa música. Leio bastante Augusto dos Anjos, Fernando Pessoa, Michel Foucault, Lord Byron, Marquês de Sade e todo esse universo psicológico e subjetivo já faz parte de minha maneira de escrever. Com isso, consigo passar para o papel o sentimento de inquietação que procuramos passar com nossa música. Algum de vocês saberia explicar o significado da arte e do design da capa do álbum e o por quê do nome “When Flesh Becomes Spirit’ ? De uma forma geral, falamos das dores e paixões humanas de uma forma conectada à mudança. Por isso as borboletas que significam a transformação, a transmutação dos sentimentos. Queríamos, tam-

Por que o nome ‘Soturnus’? Teria alguma relação específica às composições líricas da banda? No inicio não. Apenas procurávamos um nome que não fosse composto como Tears of Serenity, Lake of Silence e coisa do tipo. Procurávamos um nome que fugisse um pouco do lugar comum. Quando decidimos por ‘Soturnus’, justamente por causa os significados por trás de dele, como melancólico, sorumbático, tristonho, ainda não tínhamos desenvolvido nenhuma composição. Então, sim, o nome tem relação com os temas líricos abordados hoje dia pela banda, mas um não é função do outro. Quais são os pontos positivos e negativos com a constante entrada e saída de membros na banda anteriormente e posteriormente ao lançamento do primeiro álbum? Bom, se fosse para escolher preferiria que a formação nunca tivesse sofrido mudanças. Mas como elas são, de certa forma, inevitáveis temos que aprender com as mudanças, reorganizar as coisas e seguir em frente. No nosso caso, a primeira grande saída de membros mudou bastante a concepção interna do que seria uma banda para nós, membros originais, como também mudou nosso direcionamento musical. Mudamos de estilo, nos tornamos mais rápidos e pesados, abolimos as vocalizações femininas e os teclados. Com isso tudo, atrasamos

muito o processo de lançamento do primeiro álbum, mas ficamos mais compactos como banda. Com 4 em vez de 6 membros, coisa que, no nosso caso, facilitou desde decisões internas até o fechamento de cachês e transportes para show. E, além disso, ficamos com uma linha de influencia e composição mais compacta e solida. Enfim, essa primeira e talvez maior mudança na banda teve pontos muito mais positivos que negativos. A segunda grande mudança, que foi a saída de Rafael, que era um membro original e fazia todos os vocais e ainda tocava guitarra, teve um impacto diferente pois não mudamos o direcionamento musical mas tivemos que entrosar 2 novos músicos e com isso cancelamos alguns shows e interrompemos a seqüência de shows. Mas isso durou apenas alguns poucos meses. Retomamos os shows em novembro passado e agora já estamos compondo para o novo disco que deverá sair próximo ano. Qual a importância para vocês do primeiro álbum ter sido produzido por Marcello Pompeu (Korzus)? Quando decidimos gravar o nosso primeiro CD, também decidimos que faríamos a melhor produção que pudéssemos. A princípio queríamos gravar aqui e mixar no Mr. Som. Foi quando ligamos para o Pompeu e acabamos conversando sobre a idéia de ele vir à João Pessoa para produzir o CD. E foi isso que aconteceu. Ele veio e gravamos o álbum em 12 dias. Foi realmente


bém, passar a idéia de redescoberta do que há no mundo e de como o vemos, de auto-análise, seja ela física, psicológica ou de quebra de paradigma, como no caso de “Pain&Pleasure”, onde conectamos o prazer e a dor. Então, a capa é uma junção de toda essa gama de temas que o álbum aborda, a transmutação dos sentimentos, a quebra de paradigmas, a dualidade...tudo isso fundido nas figuras masculina e feminina unidas e mais mesmo tempo separando-se uma da outra. A faixa título, também, trata bem disso quando aborda o tema da morte e de como nos sentimos diante dela, sejamos nós que estamos enfrentando-a ou alguém próximo que tenta lutar, sem chances, contra ela. O som de vocês consiste em um Doom metal influenciado por Death/Black Metal, com alguns riffs de Melodic Death Metal e com raízes de Gothic Metal vindo de linhas depressivas. Sendo assim, quais são as suas influências músicais para mesclar tantos gêneros? Nossas principais influencias são as grandes bandas inglesas de Doom do inicio dos anos noventa como Paradise Lost, My Dying Brinde e Anathema, passando, também, por Amorphis e Sentenced e indo até Dark Tranquillity , Soilwork e Opeth.Ou seja, tudo muito variado mas sempre com alguma coisa em comum. Claro que isso tudo vem junto e misturados aos grande pilares do metal como Black Sabbath e Metallica por exemplo.

Como vocês lidam com bandas que são totalmente diferente do estilo de vocês quando estão tocando ao vivo? Normalmente, dividimos muito pouco o palco com bandas do nosso estilo ou até mesmo com banda de estilos teoricamente mais próximos ao nosso. No Nordeste existe uma grande quantidade de banda de death e brutal death metal e, além disso, vivemos hoje em dia com uma grande onda de bandas praticando o chamado thrash metal old school . Então, geralmente, estamos meio deslocados, mas lidamos com isso normalmente, não temos atritos e o respeito é mutuo, até porque no final das contas todos estão lutando por um underground melhor e mais unido. Temos visto que a região Nordestina, nos últimos anos, tem sido palco de diversos shows de metal, das mais variadas vertentes. Como vocês vêem este avanço na participação da sua região no cenário do metal nacional e também na rota das bandas internacionais. À que vocês atribuem este desenvolvimento? Isso se deve a uma grande soma de fatores. Acho que o principal deles é o profissionalismo, tantos dos promotores e casas de show quanto das bandas locais. Passando também pelo grande veículos de informação que é internet. Hoje em dia é mais fácil consumir música pesada. Claro que estamos ainda longe do sul e sudeste e mais longe ain-

da do mercado europeu, mas o mais importante, que é o publico e o amor pelo metal, está e sempre esteve intacto aqui no Nordeste. Tivemos grandes shows no fim dos anos noventa e começo século por aqui com Blind Guardian, Mercyful Fate, Rotting Christ, Stratovarius, Destruction, Kreator e varias outras. E agora tivemos shows memoráveis como Iron Maiden e Motorhead que só vieram para consolidar de vez o Nordeste dentro do circuito de shows do Brasil. Por que a citação de versos do poeta Augusto dos Anjos em meados e no final da faixa ‘Pain And Pleasure’? Esse trecho é, na verdade, parte de um poema de Augusto dos Anjos que adaptei para encaixar no refrão dessa música. Resolvi deixar em português para dar uma ênfase maior ao texto, que é bastante forte, e também por causa da sonoridade. Em inglês poderia não ficar tão bom.E , também, foi uma forma de homenagear uma das minhas influencias literárias. Acho que funcionou, essa é uma das músicas que o público mais gosta.



Uma dúvida: Qual é o line-up do álbum, e o line-up atual da banda? E que tipo de intrigas internas e/ ou externas ou problemas pessoais fizeram com que ocorressem essas mudanças? O line-up do álbum é Rafael Basso(guitarra e vocal), Andrei Targino(Guitarras), Guilherme Augusto( baixo) e Eduardo Vieira (Bateria) e o line-up atual conta com Marcos Meireles(vocal), Andrei Targino(Guitarras),Eduardo Borsero (Guitarras), Guilherme Augusto (baixo) e Eduardo Vieira(bateria). Não existiram intrigas internas ou externas, nada disso. Simplesmente Rafael saiu do país. Foi morar na Suécia e sua saída ocorreu de forma totalmente amigável, inclusive ele participou da escolha dos novos integrantes. Em relação à gravação/produção de um novo álbum da banda, quais são as suas expectativas para esse possibilidade, e quando poderá ser concluído?

mos essa música na abertura dos shows. Colocamo-la nos PAs enquanto o palco fica todo apagado. É uma forma de prender a atenção do público e passar a idéia de que depois das explosões mostraremos uma nova realidade, uma nova maneira de encarar os sentimentos, dores e paixões humanas. O interlúdio “The Weight of Life” foi muito bem utilizado para anteceder a grande faixa “Cry of Dawn”. Gostaria de saber do por que ter um prelúdio, interlúdio e não ter um poslúdio (algo que poderia fechar o álbum com chave de ouro). Pois é, não sei ao certo responder essa pergunta.(risos). O prelúdio, expliquei anteriormente. O interlúdio, colocamos para chamar a atenção para a música “Cry of Dawn”. Poderíamos ter colocado um poslúdio, mas não sei ao certo porque não colocamos. Não pensamos nisso a época das gravações

Estamos trabalhando duro nas composições. Já temos uma música pronta com a nova formação e já a tocamos nos nossos últimos shows.

Como vocês tiveram a idéia de bolar riffs melódicos progressivos e outros mais emotivos nas primeiras faixas do album?

No momento, demos um tempo nos shows e estamos totalmente concentrados na composição das novas músicas. As expectativas são as melhores possíveis. Estamos ainda mais pesados e acredito que o público vai gostar das novas composições. Ainda estamos decidindo como será o processo de gravação mas é certo que, como aconteceu no primeiro trabalho, vamos fazer tudo da melhor maneira que pudermos, sem economia de tempo e esforço. O planejado é lançar o algum próximo ano, ainda no primeiro semestre.

O estilo foi sendo formado naturalmente, tendo a primeira grande mudança de integrantes como um divisor de águas para a banda. A idéia do clima das músicas é fazer com que as partes se desenvolvam crescendo para os momentos fortes ou diminuindo para os momentos mais atmosféricos. Dessa forma a escolha de riffs melódicos progressivos, agressivos ou emotivos, foi natural porque cada momento da música pedia um estilo. ALMIR MACEDO

Qual é a reação do público à música de vocês, principalmente no estado da Paraíba? Como somos uma das bandas mais antigas em atividade constante no estado, alguns pessoas acompanham a banda faz tempo. Conhecem nossa musica e inclusive pedem musicas antigas, que não tocamos mais, nos shows. Como gravamos um disco oficial depois de um longo tempo sem lançamentos de bandas locais de metal, muita gente escuta de verdade nosso disco, sabe as letras e curte intensamente nossas apresentações. Sem falar nos ‘orfãos’ do estilo, pois como disse anteriormente, são poucas as bandas da nossa linha aqui na Paraíba e no Nordeste então as pessoas vão aos shows para ver realmente a banda, curtem nosso som e sentem-se meio que de alma lavada por terem um representante do estilo preferido aqui tão perto, com fácil acesso à sua musica e apresentações. Por outro lado, as pessoas que não gostam do nosso estilo, às vezes, vão aos shows para saber como é, por curiosidade ou vão pra perto do palco, quando no mesmo evento existem bandas do estilo que eles gostam, para ver de perto uma banda de um estilo difícil de encontrar por aqui, isso tudo torna nossos shows sempre concorridos. As faixas “Cry of Dawn” e “Hollow Nights” são as mais influênciadas pelo Gothic Metal, que estava fortemente presente na antiga formação da banda. Com a regravação da mesma e com um tempo de duração inferior, quais os pontos positivos e negativos que cada uma delas atribui? Algumas músicas são ainda de 2003, época que tínhamos vocais femininos e teclados na banda; outras são mais novas, mas também com vocais femininos e teclados.E outras são novas, com a cara do novo som da banda. Tínhamos mais de quinze músicas que poderiam ser gravadas. O que fizemos foi escolher as melhores e ajustar os arranjos para a nova sonoridade da banda, sem teclados, com mais peso, velocidade e um maior trabalho de guitarras. As que você citou são exatamente duas musicas da época em que tínhamos vocais femininos e teclados na banda. Em “Cry of Down”, fizemos mudanças bem drásticas, diminuindo o tempo, cortando riffs e introduzindo vilões. Isso tudo só acrescentou mais riqueza a musica, que ficou mais uniforme, com um toque mais suave e técnico, além das obvias influencias góticas. O mesmo aconteceu em “Hollow Nights”, que, embora bem menores, fizemos algumas mudanças, como a obvia tirada dos vocais femininos e dos teclados e a inclusão de uma pegada mais forte e puxada para o thrash no riff principal. Acho que só tivemos pontos positivos regravando essas músicas. A introdução “Stimuli”, me lembra muito o gênero Drone-Doom, uma vertente do Doom Metal, surgida na década de 90 (ou seja, até recente). Gostaria de saber o que ela significa para vocês, qual o sentimento passado? Engraçado você tocar nesse ponto, pois nenhum de nós é influenciado por esse estilo e nem costumamos escutálo. Acho que apenas eu na banda teve um contato mais profundo com o estilo, pois escuto as vezes, bem as vezes mesmo, a banda japonesa Boris. Essa música é uma composição de Rafael e ele quis passar o sentimento de abertura para uma nova realidade ou forma de enxergar as coisas, é a tal da transmutação dos sentimentos, já que a música possui sons que se aproximam do som de explosões. Usa-

8.5

When Flesh Becomes Spirit Independente A proposta inicial desenvolvida pelo Soturnus é uma mescla entre o Death/Doom/Dark Metal, desenvolvido inicialmente por bandas como o My Dying Bride, November’s Doom, ou pelos gregos do Rotting Christ no disco A Dead Poem. As influências de tais bandas citadas é inevitável, porém, não é com base somente nelas que o Soturnus foca seu trabalho, fazendo assim com que o disco se torne bastante heterogêneo. Ser fã dos estilos, acima de tudo, me torna um crítico ainda mais ferrenho em relação ao trabalho, e o que vi mediante audições é que a banda é bastante madura e tende a ter um lugar de destaque dentro da proposta a qual se enquadra. A Intro Stimuli, dá ao disco uma atmosfera densa logo de início. On The Verge of Changes mostra, logo de cara, a proposta da banda, uma faixa bem trabalhada, com riffs bastante criativos e bem trabalhados, e as partes mais melodiosas sendo executadas com uma desenvoltura surpreendente, fazendo dessa música o destaque maior do disco. Seguida pela faixa que dá nome ao disco, a banda mostra a criatividade quase que inesgotável pra composição de riffs e vale ressaltar aqui, que o trabalho desenvolvido pelos guitarristas Rafael Basso (Guitarra e Vocal) e Andrei Targino é maravilhoso, um entrosamento incrível dos dois. O disco segue com a mesma pegada firme das primeiras três composições. O baterista Eduardo Nunes se mostra bastante diversificado e alternado ao longo das composições, juntamente com o baixista Guilherme Augusto que tem um pegada bastante característica, principalmente pelas influências do mesmo que são notáveis. O Disco do Soturnus, poderia ser um disco merecedor de nota bastante alta, beirando o máximo , não fosse a aposta do grupo em vocais mais limpos em 90% das faixas o que torna as faixas previsíveis e os vocais idem. Porém, o disco é bastante bem trabalhado e trás uma coisa que é primordial em qualquer banda: a Identidade. E isso o Soturnus tem de sobra. Longa vida ao metal mórbido. Ótimo trabalho.BRUNO THOMPIS


Como ocorreu a origem da Euphorbia? Cirion: Viemos do rock, certamente. Eu sempre fui tecladista, antes mesmo de tocar com o Ulisses. Já ele, um pouco antes de montarmos uma banda, começou com a bateria tocando metal com uns amigos, eu acho. E como eu tenho amigos em comum com o Ulisses, resolvemos nós mesmos termos uma banda de rock. Tocávamos alguns covers e um punhado de músicas próprias, que iam do pop ao estilo Bowie até o rock do Garbage e um pouco de britpop mais sutil. A banda se desfez por desavenças sonoras, então eu continuei a tocar sozinho programando algumas bases em casa. Muito experimental e muito sugado do Kraftwerk, que é e sempre foi minha principal referência. Apresentei a idéia pro Ulisses e depois de uns dias em contato com a música eletrônica, ele começou a produzir junto comigo. Era natural que daí em diante surgisse a idéia de formarmos uma banda com som eletrônico, que acabou sendo uma dupla. Ninguém manjava muito de preencher quadradinho naquela época, de qualquer jeito. Ulisses: Em 2004, tocávamos em uma banda de rock que fazia também alguns covers de Bowie e Garbage. Eu tocava bateria e o Cirion tocava teclado. Nessa mesma época nos surgiu interesse pelo industrial. O Cirion já tinha certa experiência em compor eletrônico, já que ele é um grande fã de Kraftwerk, e eu comecei a ouvir mais EBM, Industrial e Dark Electro. Antes disso, eu passei um bom tempo compondo metal usando softwares. Nessa banda que tocávamos, a Zeitgeist, levei esse processo de composição; juntando nossas experiências, fomos aprendendo mais sobre a composição através desses softwares até que tivemos a idéia de criar um projeto de eletrônico. A idéia inicial era tocarmos metal industrial; mas com o decorrer do tempo, decidimos fazer apenas um som eletrônico mais pesado, que não soasse comum. Assim, no final de 2005, criamos a Euphorbia. Nessa época, nós ainda não pensávamos em colocar voz nas músicas. Criamos músicas como Liechtenstein, Erich Zann e Fractal Chaos nessa época, até que em meados de 2006, pouco após nossa primeira apresentação (no Macondo, em Santa Maria/RS), optamos por usar a voz na música para criar uma atmosfera mais adequada ao que tínhamos em mente. De onde surgiu o nome Euphorbia? Cirion: De nós dois, eu acho que sempre fui o mais fã de Einstürzende Neubauten... pelo menos eu fui o que virou fã com menos resistência. Então eu, como fã em busca de material (escasso, diga-se de passagem) da banda, consegui achar alguns clipes. Assistindo o clipe da música “Blume”, achei a palavra Euphorbia. É o termo latino pra uma classe ou família de plantas, entre elas os cactos. Depois de um tempo, eu descobri também que a flor mais fedorenta do mundo é de uma Euphorbia. Irônico, não? Quais as principais influências da banda? Cirion: No início, quando eu estava sozinho, a refêrencia óbvia era o Kraftwerk, e um pouco de Rammstein. Ainda bem que fiquei pouco tempo sozinho na produção. Eu tinha muita resistência em ouvir coisas novas, e acho que até hoje eu ainda sou um pouco assim. Não sou um ávido por conhecer bandas novas que surgem a todo momento, ou que brilharam num passado próximo. Eu deixei isso pro Ulisses, que trouxe nomes como Hocico, Wumpscut, Suicide Comando, etc, pro nosso som. Algumas fórmulas ainda tiramos desses nomes consagrados, mas é só para não perder as rédeas. É como eu disse, viemos do rock. Não deixo de lado a influência do Pink Floyd na hora de construir atmosferas, assim como eu acho que o Ulisses não deixa de lado o Depeche Mode na hora de escolher os acordes. E sim, Depeche Mode pra mim, de um tempo pra cá, vem sendo mais rock do que muita bandinha grunge de garagem, que se esforça tanto pra fazer barulho. Ulisses: A influência no início, para mim, no que tange à sonoridade, foi basicamente em bandas como o :wumpscut:, Suicide Comando e Hocico. Também nunca deixamos de lado o que ouvimos em qualquer estilo do eletrônico; até mesmo Kraftwerk e Garbage entram nas influências já que são bandas que se prezam pelos detalhes, algo que nem sempre podemos encontrar no dark electro. Além dessas influências, sempre nos baseamos no terror fantástico para criarmos as letras e atmosferas. Vocês se definem por qual estilo musical? Vocês já mudaram de estilo alguma vez? Cirion: Mudança mesmo foi no início, quando eu ainda não tinha parceria nas produções. Predominavam composições instrumentais ou com alguns fonemas sintetizados. Depois que começamos a trabalhar as músicas em dupla, adotamos o formato que temos hoje. Acredito que estamos em algum lugar entre o EBM, o Industrial e o Electrodark. Mas isso é algo que eu sinceramente digo que não faço a menor idéia onde melhor nos encaixamos. Ulisses: Como nossas composições tem certas variações no que tange ao estilo, indo de músicas mais rápidas como Cage

Foto: Anna Sofya

a músicas mais lentas e lascivas como Pater Noster, a melhor classificação é o dark electro. A sonoridade industrial não é tão evidente na nossa música e também não é nosso objetivo soar dessa forma. Quando deixamos alguma composição para trás, é por que ela não se adequa à atmosfera que criamos atualmente e não por que ela não entra em determinado estilo. Qual é a abordagem lírica? Cirion: Isso é algo que eu jamais imaginei responder um dia. Sei que nunca fomos muito melódicos, ao menos na hora de compor o vocal. Em nosso repertório atual, só as músicas mais recentes é que apelam um pouco para os refrões elaborados e com acordes bem construídos. Mas antes o aspecto rústico do Industrial e as letras declamadas em linha reta predominavam as composições. Hoje em dia acredito que nossa tendência atual é seguir os refrões melódicos. Esse foi um aspecto que aprendemos ao ouvir coisas como Blutengel, Ladytron, Depeche Mode e outras bandas que dão mais destaque pra esse tipo de coisa. É claro que tudo isso ao estilo Euphorbia de ser. Ulisses: O tema principal sempre foi o desespero e a agonia. Nisso, possuímos muita influência de H.P. Lovecraft, como fica evidente em Erich Zann. Em músicas como Moai, Oblivion e Memento, a questão de perder-se no tempo também é envolvida nas letras. Em relação a esse tema, nos baseamos nos poemas de Renato Pacheco. Eu não cheguei a escrever nenhuma letra completa para a Euphorbia, apenas alguns ajustes ao que o Cirion escreve. Qual o gosto musical de vocês? Cirion: Nosso gosto musica se confunde com nossas influências, mas não o tempo todo. Eu sou indiscutivelmente fã de Pink Floyd. Atribuo a culpa de hoje eu ser tecladista ao Richard Wright, falecido tecladista do Floyd. Eu sei que o Ulisses é muito fã de Morrissey, por exemplo. Além de todas as outras coisas que ouvimos, seja rock ou não. David Bowie é um sujeito que nos agrada bastante, mas só pra citar nossas preferências em comum. Eu gosto de muita coisa que ele não gosta, a exemplo de Oasis, Iron Maiden, etc. Ulisses: O meu gosto musical beira a falta de critério. Se um dia estou ouvindo Milton Nascimento, no outro ouço Old Man’s Child e Brahms. Também sou muito fã de Morrissey e David Bowie. Na verdade, as bandas com a sonoridade mais próxima da Euphorbia são as que menos ouço... Existiu algum show ou momento marcante para a banda? Ulisses: Já A primeira vez que colocamos vocal nas nossas músicas foi ótimo, pois não sabíamos como aquilo poderia soar. O retorno que tivemos a partir do momento que decidimos fazer essa mudança na banda foi muito positivo e nos motivou a continuar com o projeto. Foi a partir daí que co-

meçamos a ficar mais conhecidos na região até q convidados para o show de abertura do Pet Shop Esse show foi um momento marcante para nós susto que tomamos do que pela apresentação em mos avisados da escolha com pouco mais de um de antecedência; a partir daí, conhecendo a dime a banda poderia tomar, decidimos que precisáv mar mais cuidado com a divulgação e tecnicidade projeto. Foi quando percebemos como estávamo parados.

Mas foi apenas em 2008 que conseguimos fazer que soasse mais próximo do que fazemos em es quando começamos a utilizar o mesmo equipa passarmos a operá-lo adequadamente ao vivo. A apresentação dessa nova fase foi na primeira P em Caxias do Sul. Além disso, cada apresentação me trazer novas amizades, o que considero uma lhores coisas que a Euphorbia me trouxe.

Cirion: São sempre três momentos, pra mim. O momento foi nosso primeiro show, em Santa Ma rior do RS). Lá que eu senti que ter uma banda d eletrônica daria tanta dor de cabeça quanto uma rock, se não até mais, devido ao mercado prat inexistente aqui no Estado. O segundo momento foi a abertura do Pet Shop Boys em Porto Alegre ceiro momento é sempre nosso último show, qu do fazemos um balanço de como estão as coisa atenção sempre ao que pode mudar e as idéias n podem surgir, seja do ponto de vista criativo ou

Fiquei sabendo que vocês abriram o show Shop Boys. Como foi tocar para público e es diferente do qual vocês estão acostumados?

Cirion: Para nossa surpresa, fomos muito bem dos no calor do momento. É claro que vários com negativos vieram no ambiente pop em que os f Shop Boys se encontram, mas isso foi bem de achei ecleticamente interessante eles terem nos s do para tocar lá. Ao mesmo tempo que somos d temos muito em comum com eles: somos uma du tecladista e um vocalista – e estamos diretamen vidos com toda a produção.

E tem toda a questão de estrutura... acho que nu tocaremos em uma estrutura tão forte e profissio Serviu também para enxergar como é o mercad valor a isso frente à nossa realidade amadora sempre temos que encarar situações e obstáculo que já me fizeram repensar a viabilidade da ban vezes.

Ulisses: Foi... estranho e surpreendente! O p Porto Alegre sempre tem certa resistência a band não importa o tamanho do evento. A princípio, e tranquilos para a apresentação; mas no moment bimos no palco e ouvimos toda aquela multidão nos bateu o nervosismo. Felizmente, tudo corre público aplaudindo, gritando e claro, pedindo c Claro que nem todos estavam satisfeitos com a n


que fomos p Boys. mais pelo m si... foma semana ensão que vamos toe do nosso os despre-

um show stúdio; foi amento e A primeira Psychose, o costuma a das me-

formance, mas após esse show, muitas pessoas foram nos procurar no orkut e MySpace para conhecer mais do nosso material. Vocês tem alguma demo, EP ou CD lançado? Cirion: Temos um EP e um disco lançados, ambos virtuais. Nosso EP de estréia foi o “No devotion”, com 4 músicas e que rolou no nosso MySpace por dois anos, aproximadamente. Agora em maio desse ano, lançamos nosso primeiro disco ao vivo, “Euphorbia live at Ooh Lala”, com 10 músicas; algumas inéditas, alguns covers e as músicas do EP. O disco está disponível gratuitamente para download em: http://www.euphorbia.com.br/Euphorbia-2009-05-02-Live-OhLaLa.zip Estão preparando algum material novo?

O primeiro aria (intede música banda de ticamente o, é claro, e. E o terue é quanas, dando novas que técnico.

Cirion: Sim, sempre estamos preparando material novo. Sempre temos vários “rascunhos” de músicas na manga. Agora, se esses esboços verão a luz do dia, só o tempo pode dizer. Na maioria das vezes, o material inédito que temos sempre acaba aparecendo nos shows antes de irem pra veiculação oficial, até mesmo para testar as músicas e ver se dão certo com o público, então nada nunca é verdadeiramente e 100% inédito. Ainda está nos planos um disco formal, que não seja ao vivo. Talvez não no meio físico, com prensagem e tudo mais, mas acho que ainda existe a idéia do disco em formato de álbum, mesmo.

w do Pet spaço tão ?

Ulisses: Após a gravação do show que fizemos na Penumbra, em Porto Alegre, temos um vídeo a ser lançado, o que eu espero que aconteça em breve. Ainda estamos prorrogando o lançamento do CD visto que é cada dia mais difícil nos dedicarmos à banda. Esperamos poder lançá-lo antes do final do ano! MATEUS CASALI

m recebimentários fãs do Pet epois. Mas selecionadiferentes, upla – um nte envol-

unca mais onalizada. do que dá a, em que os difíceis, nda tantas

público de das novas, estávamos to que sugritando, eu bem: o camisetas! nossa per-


Foto: Bruno Bittencourt

Direto de Santa Catarina, a banda Vegas vem explorando a cena hardcore nacional como nenhuma outra banda. Com muita dedicação eles lançaram seu primeiro album e a Six Seconds conversa com o guitarrista André Bresiani como tudo aconteceu e o que está por vir. Aaah, e o principal: que tivesse a letra inicial “V”. (risos) E ai pessoal, tudo beleza? Tudo muito bem! E ai galera como estão vocês? Esperamos que curtam a entrevista e que possam conhecer um pouco mais sobre a VEGAS. Vocês recentemente lançaram o CD “Baseado em fatos reais”, como foi a experiência de produzir esse album?

Vocês também chegaram a gravar um clipe? Nos conte ferem cantar em inglês. Existe algum motivo de vocês um pouco sobre ele. cantarem em português? Foi bem engraçado gravar o videoclipe. Primeiro que pra Gostamos mais de fazer músicas que toquem diretamente quem vê tudo prontinho lá no youtube não imagina como é o as pessoas, e cantar em português ajuda bastante nisso. A momento da gravação. A gente nunca tinha feito nada paregente é meio chato com isso sabe, é até uma questão de cido. Todo mundo tava bem tímido no começo. Tava rolando patriotismo um pouco. Do mesmo modo que nenhuma, ou o playback e a gente tinha que se imaginar num show. Repequase nenhuma banda de fora deixa de fazer música no seu timos várias e várias vezes até o pessoal se soltar legal. Foi idioma pra cantar em português, a gente não acha legal FA- bem cansativo mas muito legal pra gente. ZER letras em inglês. É uma coisa que não se extende à outras bandas que cantam inglês mas sim um pensamento da Existe alguma faixa que vocês tocam ao vivo que posbanda. sue uma maior receptividade?

Foi uma experiência muito boa pra gente. Ficamos uns 3 ou 4 meses compondo e produzindo o material até entrarmos em estúdio. O resultado veio pra compensar todo o esforço que a gente teve pra conseguir financiar o que era e continua sendo Como vocês chegaram ao nome Vegas? um sonho pra gente. Na verdade não tem um porque específico. Queríamos um Muitas bandas que estão começando geralmente pre- nome pequeno de fácil pronúncia, que soasse forte e bonito.

Acho que o novo single “Camisas Negras”, é a que mais chama atenção por ser mais diferente, mais pesada. Mas tem outras como “Dio ED Il Diavolo”, “Amar Não Amar”, “Sangue Do Meu Sangue” que soam muito intensas também.


Como vocês iniciaram a carreira musical? Tudo começou na escola. “Juntavam-se uns 5 muleques com um violãozinho precário e alí um ia aprendendo com o outro”. O tempo foi passando e a vontade de levar isso a sério foi crescendo, crescendo até chegarmos à VEGAS. Quais influências nacionais e internacionais a banda possui? O pessoal escuta bastante coisa diferente entre sí, desde Dead Fish, AC/DC, SOAD, Incubus, Angra, Cpm22, até bandas como Roupa Nova e Bon Jovi. Tentamos aprender o que cada estilo da música tem de bom. Como é feito o processo de composição (riffs, solos, etc.)?

Geralmente alguem chega com a música quase pronta, na maioria das vezes é letra é posta depois, então mostramos pra todos primeiro e nos ensaios finalizamos as músicas. Todo mundo dá os seus pitacos até chegarmos num concenso que agrade todos nós. Eu gostaria de agradecer vocês pela entrevista, há algo que vocês queiram dizer para concluir? Primeiramente gostaríamos de parabenizálos pelo trabalho, agradecer o espaço e a atenção com a banda. E pro pessoal de casa, esperamos que tenham gostado e muito obrigado à todos que acompanham a VEGAS. Nos vemos por ai! IAN K.. MENEZES


om passar dos anos a cena musical vem cresC cendo e muitos acabarão aderindo algumas cenas musical como estilo de vida. Há exceções. Muito poucas delas. Então, é bom saber que podemos paródiar, intrometer-se em diversão, ridicularizar e desvalorizar em nossos próprios termos.

Robi Dobi (www.yourscenesucks.com) elaborou 20 diferentes fringers, escreveu uma sinopse estereotipada sobre cada um, montado uma lista adequada. Vamos ver alguns deles, como o Black Metal Knight [2]. Você provavelmente ja viu um desses caras na banda Immortal. Talvez em um show de Black Metal (sem o machado). O que podemos dizer da Halloweencore Goth [1]? Esse cara com certeza frequenta shows do AFI, aquele cabelo e aquele colar dizem tudo. No entanto a Halloweencore Goth não é a única que entra nesse tipo de cenário. Juntamente com #1 Pete Wentz Fan [6] e Generic “Emo” Girl [5] eles formam o trio perfeito. Na verdade nós não podemos dizer qual desses fringers é o pior, provavelmente a Generic “Emo” Girl, ela é hipócrita e insegura. O Brootal Kid [4] é parecido com o Orgcore Punker, eles estão em todo lugar. Walmart até vendem as roupas do Brootal Kid, com exeção do cinto do Cannibal Corpse. Esse cara podia seguir uma carreira como vocalista de bandas tipo Suicide Silence ou Job For A Cowboy, mas nunca se sabe. A pergunta que você deve pergunta é a seguinte: “Que banda é essa cara?” Brootal Kid é quase intersubstituível quanto o Screamo Frontman [8], com exceção que o Brootal Kid irá admitir 1) Jeans femininas são para as meninas . 2) Capengar pulsos são para.. hum, Paris Hilton.

SIX SECONDS #3: 10

Vamos falar um pouco agora do SXE Mosh Warrior [3]. Ele não bebe, ele não fuma, mas e sexo prénupcial? Bem, tavlez. Diferente dos outros nerds, esse cara se cuida, é o tipo de cara que luta kickbox, malha e adora nadar nas piscina da casa dos pais. Ele é um dos maiores fãs de hardcore. Devido a sua abstinência, caras como esse, muitas vezes perdem a paciência e acaba se tornando um cara raivoso alcolatra. Se você precisa contratar alguem para o mosh, não hesite em contratar ele. O Screamo Frontman [8] é mais lindo que a sua namorada. Garotas adoram caras que podem balançar microfones sobre suas cabeças como um cowboy em um rodeio, mantendo o seu outro braço para fora como um T-Rex. #1 Pete Wentz Fan [6]. Ela apenas tem 14 anos e gasta todo dinheiro ganho por seus pais em coisas que lembre o seu baxista favorita. Pete Wentz é seu ídolo e pra ela ele é simplesmente perfeito, do jeito que ele anda, do jeito que ele vira, do jeito que ele fala...vocês entenderam o que eu quis dizer. Ela tem um autografo de Pete Wentz nas pernas só até ela ter 18 anos, então será uma tatuagem permanente. Ela se irrita demais com os garotos da escola que se dizem ser fãs de Pete, onde ela ja teve várias detenções. Ela sabe que ninguem ama garotos do jeito que ela ama, ela pode ser jovem, mas ela está absolutamente convencida que ela é o par ideal para Pete Wentz. Ela é aquela garotinha que vocês veem nos programas de TVs, mostrando seu peito para que todos seus amiginhos admirem, sim, estamos aqui

falando da Generic “Emo” Girl [5]. Diferente dos outros, ela é completamente sem originalidade e baseia sua identidade praticamente no que os outros estão fazendo. Ela vive atualizando seu blog de hora em hora, deixando assim todos informados sobre seu ego e seus relacionamentos (que somente se envolve com pessoas exatamente do mesmo estilo musical). Ela adora vestir jeans e camisetas de cowboy, de qual ela compra somente da sua loja favorita, mas se você perguntar, ela dirá que não suporta essa loja, (haha). A sua cor de cabelo está sempre mudando, acredite em mim, muda muito rapido. IAN K. MENEZES


Se o hardcore foi o combustível para a recente onda Pop, ninguém incorporou mais esse espírito tendencioso e ateou fogo em tudo como o RANCORE. Formado em meados de 2001, a banda paulista caminha rumo ao topo da cena independente. Um ano depois de sua formação original, lançou de forma caseira sua primeira demo “Galo Insano”, que teve boa repercussão, alcançando o 1º lugar no site mp3.com. Em 2006, o grupo lançou pelo selo Dalaranjaaocaos o CD “Yoga, Stress e Cafeína”, que lhe rendeu o prêmio “Revelação do Ano” pelo tradicional site underground ZonaPunk. Três músicas do álbum entraram para as TOP 100 mais baixadas do site Tramavirtual. A faixa “MEI” ficou em primeiro lugar por duas semanas. A banda foi então

Grindcore é um estilo musical marcado pela incrível velocidade e peso brutal, que surgiu através da mistura dos elementos mais agressivos do hardcore punk com thrash metal e death metal. É um estilo que utiliza séries atonais e desarmônicas de notas moídas (grinded) entre si e é marcado pela batida ultra-veloz da bateria, chamada pelos adeptos de Blast Beats.

convidada a participar do programa “Banda Antes” da emissora MTV. Durante a turnê de lançamento, o RANCORE foi convidado a abrir shows de bandas internacionais como o Strung Out (Califórnia) e H2O (Nova Iorque), na respeitada casa de shows Hangar 110. A banda se apresentou em diferentes cidades brasileiras: Belo Horizonte, Brasília, Cubatão, Curitiba, Londrina, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Santos, interior de São Paulo, entre outras. Em 2007, o RANCORE continuou sua turnê “Yoga, Stress e Cafeína” e foi convidado para diversos festivais pelo Brasil, realizando mais de 70 shows ao longo do ano. Em agosto de 2007, a banda foi indicada para concorrer na categoria destaque regional do “Prêmio Toddy de Música Independente”. Durante o mês de dezembro de

Algumas bandas de Hardcore Punk já faziam algo próximo antes da existência do termo, como por exemplo o Siege, nos Estados Unidos, Lärm, na Holanda e o Asocial, na Suécia, cuja demo “How Could Hardcore Be Any Worse”, de 1982 é provavelmente o exemplo mais antigo de Blast-Beats que se tem notícia. No entanto, eram todas bandas de hardcore sem grande influência de Metal. O Grindcore propriamente dito só surgiu quando algumas bandas passaram a misturar a velocidade do Thrashcore (Cryptic Slaughter, Repulsion) com o peso do Death Metal, via as pioneiras Death e o Celtic Frost. IAN

O estilo começou na metade da década de 1980, principalmente em países como Inglaterra, Holanda e EUA. De início as bandas tinhas uma maior influência estética e ideológica do anarco-punk, com o K. MENEZES passar dos anos e das evoluções o estilo foi se alterando e criando várias subdivi- Dentro do Grindcore estão divididos vários sões dentro dele. sub-geneneros, conheça alguns abaixo: O inventor do termo Grindcore foi o baterista do Napalm Death, Mick Harris. Segundo o próprio, a palavra “Grind” veio à sua cabeça como sendo a única capaz de descrever a música do primeiro LP do Swans. Napalm Death foi o primeiro grupo a usar o termo para se auto-descrever. (O Grindcore também foi conhecido por pouco tempo como Britcore, rótulo cunhado pela NME). Outras bandas que marcaram o início do Grindcore foram Unseen Terror, Electro Hippies (Inglaterra), Fear Of God (Suíça), Terrorizer (EUA) e, em menor grau, os dois primeiros discos do Carcass (Inglaterra).

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Power Violence Goregrind Cybergrind Modern Death/Grind Pornogrind Noisecore Crustcore Mincecore Tretacore

2007, os integrantes Teco Martins (voz), Gustavo Teixeira (guitarra), Candinho Uba (guitarra), André Mindelis (baixo) e Alexandre Iafelice (bateria) gravaram no estúdio Vibe, em São Paulo, o álbum “Liberta”, que conta com 10 faixas. O responsável pela produção do CD foi o músico Guilherme Chiappetta, que produziu o álbum “Outros Nunos”, do “blueseiro” angolano Nuno Mindelis e a mixagem foi feita pelo experiente André Cabelo, que já gravou Ratos do Porão, Ana Carolina e Capital Inicial.

Atualmente, a banda está em turnê de divulgação do disco, que foi lançado no dia 10 de agosto de 2008, em São Paulo. A turnê já passou por cidades como Curitiba, Recife, Fortaleza, João Pessoa, Rio de Janeiro. Recentemente a banda deu Sold Out no Hangar 110, e lançou seu primeiro vídeo-clipe que lhe rendeu o primeiro lugar no TOP10 MTV, ao lado de artistas como Green Day e Britney Spears.

Um ano foi, aproximadamente, o tempo necessário para a criação e composição do disco, cuja proposta sugere a busca de uma nova identidade musical diante do cenário em que se encontram através do foco na elaboração do álbum como uma peça digna de arte. A personalidade marcante do som é o resultado do Rancore em sua melhor fase, “LIBERTA”.

ARTHUR CACHEL & QUADRADO MORAES

Sua agenda lotada é o reflexo de um compacto que te faz viajar e do show com o poder de excitar. Surpreenda-se com “LIBERTA”! www.rancore.com.br www.myspace.com/rancore www.fotolog.com.br/rancore


Com o lançamento Love And Other Disasters, os mais novos pr Seconds conversa com o guitarrista Robin Sjunnesson sobre essa maravilhosa baixista que existe entre eles.

Que tipo significado tem o “Love And Other Disasters”?

nós provavelmente iremos a compor desse jeito.

O significado deste album é mostrar para as pessoas que não existem fronteiras quando se trata de música pesada. Nos podemos ter música de death metal e músicas de baladas no mesmo disco, não ha nada de estranho nisso. Diversidade é algo muito importante para o nosso som, e é isso que torna esse album fantástico. Nos queriamos ter músicas rápidas e pesadas, mas também queriamos ter músicas calmas e melodicas. Isso é o que Sonic Syndicate é e esse é o significado do nosso ultimo album.

A banda é tem 3 irmãos. Isso facilita o trabalho? Os outro membros não se sentem excluídos?

Como vocês comparam a evolução entre esses três albums? Entre o “Eden Fire” e o “Only Inhuman” houve uma evolução enorme. Entre o “Only In Human” e o “Love & Other Disasters” a evolução foi ainda maior, então eu acho que o próximo album será sempre mais diversificado do que o anterior. A evolução é igual a diversidade se trata desses três albums. O “Eden Fire” foi bastante rigoroso no Death Metal Melódico ou seila como devo chamar isso. Já o “Only Inhuman” teve mais vocais limpos e mais partes melódicas. “Love & Other Disasters” foi mais melódico e teve mais diversidade do que os outros dois albums. Nós fale da composição e gravação do album “Love And Other Disasters”. Foi composto de uma forma totalmente diferente do que costumamos compor. O primeiro album foi composto por apenas um membro da banda, mas esse último, todos participaram. Nós nos reunimos na sala de ensaio e começamos o improviso por algumas horas e dessa forma o album foi composto. Nós poderiamos andar pela sala sem nenhuma idéia e andar depois novamente com 3 músicas fantásticas. Eu amo a sensação de todo mundo ter participado e

Nós costuvamos brigar muito quando eramos mais novos, mas qual é, nós podemos nos comportar assim no trabalho. Nos evitamos conflitos, nunca 10 brigamos mais. Eu não vejo isso como um problema, ter 3 membros da fami- Love and oth lia na mesma banda, desde de quando isso não interfira no trabalho. Eu diria Nuclear Blast que toda a banda é uma familia e nós nos divertimos um com outro. Vocês tem uma linda baxista (Karin). Como o público reage durante os shows? Infelizmente, Karin não está aqui no momento. Mas eu posso te contar uma história engraçado que aconteceu na turnê “DeathSyndicate”. Quando nós estavamos tocando com Deathstars muitas garotas estavam em frente olhando Cat Casino (guitarrista do Deathstars), e quando nos entremos todas as garotas deixaram o outro lado e todos os caras vierem pro nosso lado, simplesmente pelo fato de Karin estar lá. Então, com certezas, os caras amam isso e eu sei que ela acha isso engraçado. Onde vocês ainda não tocaram ao vivo e ainda gostariam de tocar? Japão! Eu espero que nós possamos ir pra lá no final de 2009 ou no começo de 2010. Isso vem sendo um sonho e esperamos que se realize logo. Não só indo como banda, vai ser maravilhoso para conhecer o pais. Só pra andar pelo pais e conhecer um pouco sobre sua cultura.

Um pouco dep “Only Inhuma nic Syndicate Other Disaster a produção d novo trabalho sível do que o Ainda há muit guitarras, voc cando ainda m Metal Melódico frões cativante bum mostram uma intensida último trabalh Elementos do sistem, o que n ridade do álbu Disasters” é u carreira do Son do não somen também muita

veis. IAN K. MEN


romissores do Death Metal Melódico sobem mais um degrau. A Six e o novo album, o entrosamento de três irmãos na banda e sobre

Eu imagino que as pessoas se perguntam o por quê do titulo “Hellgate: Worcester”. O que tem por trás disso?

Haha, sim, essa música é sobre um show que nós fizemos em Worcester que não saiu da maneira que nos esperavamos. 100 pessoas na primeira fileira (de talvez 800) sentaram e deixaram bem claro que não gostaram de nossa música. Nós não nos importamos, nós her Disasters continuamos tocando como se nada tivesse acontecido. O mais ent graçado é que nos quebramos o record de vendas nessa noite, isso pois do último álbum foi muito divertido.

an”, os suecos do Soe lançam “Love And rs”. Continuando sob de Jonas Kjellgren o o é ainda mais aceso ultimo lançamento. ta agressividade nas cais guturais, marmais a cena do Death o. Mesmo com os rees, os riffs neste álm um certo peso, com ade maior do que no ho, “Only Inhuman”. Metalcore ainda pernão ajuda na singulaum. “Love And Other um grande passo na nic Syndicate trazennte originalidade mas as melodias memorá-

NEZES

Vocês venceram a competição de bandas da Nuclear Blast em 2005. Desde então vocês estão indo de bom a melhor. Vocês não acham que isso aconteceu um pouco rápido pra banda? Eu não acho que tenha acontecido TÃO rápido, mas claro, isso tudo aconteceu rápido porquê a banda realmente deu duro, e cada recebe o que merece. Nosso primeiro objetivo era lançar album atrás de albums e fazer turnê sem parar e é nisso que estamos lutando agora. Agora vamos impor novos objetivos e iremos continuar dando duro para alcança-los. Nós conte um pouco da história da banda. A banda foi formada na véspera de Natal de 2003, nós tivemos um jantar em familia e nós, os três irmãos Sjunnessons (da banda) estavamos conversando e falando como seria massa ser Rockstars. Então nós formamos a banda e gravamos algumas demos, só por diversão, não levamos nada a sério. Mas a coisa ficou bastante sério

quando uma gravadora do estado estava pronta pra fechar contrato conosco. Nós fizemos umas mudanças na formação e então lançamos nosso primeiro album, “Eden Fire”. Esse foi o começo do Sonic Syndicate, nada de especial, haha. Vocês são jovens e já obteram um grande sucesso. Como se sentem sobre isso? Cara, nós nos sentimos ótimos, tipo, eu assinei meu primeiro contrato com uma gravadora quando eu tinha 15 anos de idade e era massa ser jovem nesse tempo, mesmo ainda no colégio e tudo mais. Como eu disse, é uma ótima sensação, mas também um pouco estranho. Eu não acho nós sabemos o quão grande nós samos. Quero dizer, quando chegamos no local do show deviam ter 50 a 100 pessoas em pé as 6 da manhã nos esperando sair do ônibus. Nós nos sentimos estranhos mas também foi demais. Como vocês acabaram assinando contrato com a Nuclear Blast? Como você perguntou antes, nós ganhamos isso através da competição que eles tiveram. Bem, não conta bem como uma competição. Nós fizemos como qualquer faria com qualquer outra gravadora. Você manda a demo e espera que eles fechem contrato. Foi assim que nos fizemos, claro, isso acabou virando uma promoção, uma vez que tudo foi uma concorrência. Eu não me arrependo de ter me juntado a eles, Nuclear Blast Europe são os melhores caras para trabalhar e se relacionar. IAN K.. MENEZES


Twilight of the Thunder God é o título do novo alb lista Johan Hegg sobre tudo que está rolando ne

E aí, cara? Como vão as coisas? Nada demais. Só descansando em um hotel em Lithuania esperando a hora do show.. Uma pergunta pra descontrair: por que todos vocês são barbudos? Na verdade nem todos nós somos barbudos. Acho que sou só eu e Johan Söderberg os barbudos, e no meu caso é porque sou muito preguiçoso pra fazer a barba. Após ver algumas fotos dos seus shows no Brasil, não pude deixar de reparar que vocês estão sorrindo o tempo todo. Isso foi uma resposta ao público brasileiro? Sim, mas você sabe, nós gostamos de nos divertir no palco e sempre que temos um bom público, como o público brasileiro, não conseguimos deixar de sorrir. Vocês esperavam isso do público brasileiro? Nós ouvimos várias coisas boas sobre o público brasileiro, e do público Sul-Americano em geral, então nós já chegamos com expectativas,

e eu devo dizer que essas expectativas foram mais que satisfeitas, pelo menos da forma que eu vejo. Eu me diverti demais. Vocês planejam voltar ao Brasil? Nós adoraríamos voltar ao Brasil, mas é claro que ainda não há planos, acabamos de voltar. O que você tem a dizer sobre os relançamentos de seus albuns mais aclamados? Bem, antes de tudo, eu não tenho certeza se esses são nossos albuns mais aclamados, mas são os nossos quatro primeiros. Acho que é uma grande idéia fazer esses relançamentos, para que novos fãs também possam conhecer nosso velho material. São relançamentos muito bem feitos, com um disco bônus ao vivo para cada album. Vamos falar do novo CD. Como foi o processo de gravação do ‘Twilight of the Thunder God?’ Não teve nada de especial, na verdade. Escrevemos o album em cerca de três meses, e gravamos tudo dentro de sete semanas. Tentamos nos trabalhar bem focados quando escrevemos

músicas e as to envolvidos muito bacana. Bogren como trabalhar com

Foi o resultad

Foi sim, em al

Como você c mento da ba buns?

Nós amadure músics têm u dois albuns, m ca. As maiores albuns, e é aí mente nos aju nossos álbuns

O fato de vo faz muita gen tal. O que vo

Eu não tenho n concordo, mas


bum do Amon Amarth, A Six Seconds conversa com o vocaesse novo album e sua vinda recente vinda no Brasil.

gravamos, e todos estamos muino processo todo, o que eu acho . Escolhemos trabalhar com Jens produtor novamente, e foi ótimo ele.

do que vocês esperavam?

lguns casos até melhor.

compara a evolução e crescianda em relação aos outros al-

ecemos muito como músicos. As uma melhor estrutura nos últimos mas é basicamente a mesma músis diferenças estão na produção dos í que Jens Bogren entra. Ele realudou a alcançar um outro nível com s.

ocês terem letras sobre vikings nte os rotular como Viking Meocês têm a dizer sobre isso?

nada o que dizer sobre isso. Eu não s é isso.

A propósito, o que os inspirou a escolher vikings como tema lírico? É um tema que achamos muito compatível com as músicas que fazemos, e é algo que todos estamos mais ou menos interessados, mas nunca planejamos falar sobre isso no início. O que você tem a dizer para o leitor dessa entrevista? Mor åt gröt. Far åt helvete…

RAFAEL ANDRADE



As músicas velhas do PTH tem um som diferente, mas ainda pesado e letras políticas. Porque vocês decidiram mudar? Nós crescemos um pouco, eu acho. Eu diria que as nossa “nova” cara é mais pesada, mas cada um seu lugar. Sobre a questão política, apesar de todos os aspectos, continua a existir, apenas ficou um pouco velho e deu tempo a algo novo. Nós não queremos ser apenas reconhecidos pela nossa mensagem, então nos decidimos torná-lo um pouco mais metáforico. Vocês tem alguma influência quando estão produzindo os albums? Muitas para citarmos, nós concerteza utilizamos tudo aquilo que ouvimos. Por quê vocês decidiram em lançar uma versão instrumental do Fortress? Isso foi uma idéia de última hora. Eu acho que daria um valor digital maior para o Fortress. Como vocês tiveram a idéia de pegar remixes de uma de suas músicas e lançar um EP com elas? Na verdade não foi nossa idéia..e pra ser honesto, nós não queriamos nos aprofundar com isso. Nós fizemos isso porque seria pra a iTunes, as pessoas iriam fazer download disso de qualquer maneira. A um tempo atrás eu li na internet (talvez no MySpace) que vocês gravaram um DVD. Quando ele será lançado? Estamos quase lá, ele deve ser lançado no verão. É mais um DVD/CD ao vivo. Eventualmente nós pretendemos fazer uma retrospectiva sobre a história da banda e tudo envolvendo nossa existência patética. Mas isso é outra história. Onde vocês não gostariam de tocar ou onde vocês gostariam de tocar de novo? É privilégio tocar pra qualquer um em qualquer lugar. Nós tivemos uns shows ruins que não gostaríamos de lembrar, mas nós iremos sempre voltar para nos redimir. A internet tem sido usada como uma ferramenta por várias bandas que querem espalhar sua música. O que vocês acham sobre isso e o que você acha do fato que ela facilitou a comunicação com fãs? Sem dúvida. Eu não acho que nós ainda estariamos na ativa se não fosse pela internet. Bandas mortas estariam se revirando no túmulo ao ouvir isto. Algumas pessoas são afetadas pela música de um modo que suas opiniões mudam em alguns aspectos. Isso já aconteceu com vocês? Com certeza. Músicas que não afetam você de algum modo, se tornam terrivelmente chatas. Você acha que as músicas do Protest The Hero pode fazer isso com as pessoas? Isto é difícil de responder com clareza. Eu gostaria de pensar que sim, mesmo que seja só um pouco. Qual foi o momento mais complicado ou o mais engraçado durante uma turnê? Todos os dias são engraçados, nós fazemos e falamos muita merda - nós rimos muito o dia todo. Existem momentos complicados em uma turnê sim, dividir ingressos é um dos problemas que acontecem toda noite. Qual o lugar mais esquisito que vocês ja tocaram? Provavelmente no Japão. Qual é o objetivo da banda hoje? Parar a turnê e produzir algo que nós não estejamos cansados de tocar. Pra finalizar, vocês tem muitos fãs aqui no Brasil. Há algo que vocês gostariam dizer a eles? Nos leve até aí. Nós estavamos falando muito sobre viajar para America do Sul, mas precisamos fazer isso acontecer ainda. Esperamos estar aí logo. LIVIA RAMIRES


O fanatismo é algo realmente incrível. Faz com que pessoas cheguem mais de doze horas antes do show, só para terem um ótimo lugar diante dos seus ídolos. Não que isso seja algo ruim, obviamente, até porquê o cansaço é recompensado com momentos provavelmente inesquecíveis. Como se não bastasse esperarem intermináveis horas na fila com comida e agasalho, diante de um frio de seis graus (o que é realmente muito frio aqui em São Paulo.), ainda são atingidos por uma clara falta de organização e demonstração de poder desnecessário. Organizadores deixam de organizar quando a palavra 'responsabilidade' é dita em voz alta. Atrasos, atrasos, atrasos e injustiça. Injustiça não somente com os fãs, é claro, mais também com as próprias bandas de abertura. Aquelas bandas que lutam durante dias, semanas, meses e até anos para conquistarem aquele momento que se resume em menos de uma hora, tudo para dividir o palco com uma banda ícone da cena mundial. Como consertar imprevistos? Pergunte aos organizadores. No caso do Ill Niño, foi reduzindo tempo de palco das bandas menores e colocando um rapper entre elas que usava samples do Killswitch Engage. Ainda, como se não bastasse, o tal do 'rapper' subiu no palco de alguma forma interplanetária, porquê ninguém viu aquele ser de roupas caríssimas e jóias valiosas aparecendo com as mãos pro alto ao lado de um dj falando 'hey, hey nigga, what's up?'. Alguns ainda curtiram e falaram que ele representava demais, porém infelizmente eles não sabiam o que realmente ocorria nos bastidores daquela super produção. Depois de mais de quatro, cinco horas de espera para a abertura dos portões, o evento finalmente é iniciado. A banda Bacteriology sobe ao palco com pressa e toca somente quatro músicas. O vocalista com muita colocação e clareza mostra a imprudência ocorrente para o público que atingia cerca de quatro mil pessoas. A próxima banda a subir no palco, foi a banda do Shucky, responsável pelos contatos internacionais da organização do show, o Skin Culture. Mandaram um som muito bacana e descontraído com o público, interagindo bem com tudo e todos. Metal técnico com alicerces baseados em trash e new metal, levando um estilo bem alternativo para a reunião de bandas daquele dia. Após diversas distrações e até uma música oferecida para o Ronaldo, astro do futebol brasileiro que se encontra atualmente no time Corinthians, o show dos tiozões do metal é encerrado. Agora, o palco é dos caras do Libria, que mais do que honrosamente fazem um show magnífico, com palavras pra lá de tocantes e mostram que tem o poder de conseguirem, de alguma forma, mudarem a vida das pessoas. Sentimentalmente, agradecem com carinhosos gestos e palavras, depois de terem feito daquilo a casa deles. E sem deixar de fazer um trocadilho com futebol, a bola é passada para a banda Black Swan. Guitarras basicamente desafinadas, de tão soltas que as cordas se encontravam, um media que se fazia ser um dos destaques da banda pela sua criatividade em samples e uma grande mistura de metalcore com new metal. Entre duas e duas e meia da manhã, chegou o horário tão esperado por aqueles que estavam lá por um único motivo, ver o Ill Niño de perto! A entrada gloriosa da banda começou pelo percussionista Danny Couto, seguindo com o baixista Laz e o restante da banda, finalizando com a estrela, Christian Machado. Abriram o show com If You Still Hate Me, um clássico do Revolution Revolución, seguindo de When It Cuts do Confession. Seguindo uma noite de mais inúmeras músicas marcantes como This Is War, Unreal, I Am Loco, God Save Us, How Can I Live e entre outras. Como não poderia faltar, nos foi oferecido ainda uma drum jam incrível como nos vídeos mais populares da banda que rolam pena internet. Pouco antes de acabar o show, Danny se direciona ao microfone e conversa com o público em português, na nossa própria língua. Como se a galera não tivesse enlouquecido o suficiente, o percussionista do Ill Niño canta com eles Planet Hemp. . . ‘Quem joga fumaça pro alto?’ Sendo assim, o show é encerrado com aproximadamente uma hora e meia, duas horas de duração com Rumba, uma das músicas que para mim, sem dúvida, é uma das melhores de todas da carreira da banda, e, What Comes Around, segundo single lançado. A cena do Chris se pondo na frente daquela multidão com a bandeira do Brasil nas costas foi muito mais do que emocionante, fazendo com que o nosso astro voltasse as suas origens de criança. Será histórico, do primeiro, ao último segundo. Independente do que aconteceu. Um agradecimento especial ao fã clube oficial! Um abraço a todos do Ill Niño Street Team BR.

CLOWN





Project46, Ponto Nulo No Céu e Libria A noite foi esperada por muitos. Em cima do palco estariam bandas como Tolerância Zero, EDC, Voices Of Fear, Project46, Ponto Nulo No Céu, Libria e entre outras. A idéia era misturar os caras que representam a cena independente com o pessoal dos covers pra ver no que dava. E o que deu? Muito orgulho para ambos. Se o pessoal não apavorasse também ia ficar feio, afinal, o pico é uma ex-boate muito visitada do Anhangabaú. A primeira banda a ser resenhada por nós sobe no palco, desgraçando tudo literalmente. Confesso nunca ter ouvido o som do Project46 antes, mais me surpreenderam. Eles são do tipo de banda que mostram um ótimo produto dentro do ramo virtual, tem uma ótima gravação e ainda arrumam tempo pra arregaçar ao vivo. A performance de todos os membros é aplaudível. Casa lotada logo nas primeiras músicas, e a banda fazendo a galera pirar nos breakdowns, pig vocals e guitarras pesadonas. Os caras deram direito até sambinha, provando que as inspirações não vem só do metal. Sendo assim, com chave de ouro fecharam o show com uma música inédita que será lançada no próximo CD. Em seqüência, Ponto Nulo No Céu. Todos aguardavam muito da banda, até porquê não é sempre que temos a oportunidade de ter um show que vem direto de outro estado nos nossos picos. Como se eles não tivesse já moral o suficiente, ganharam ainda mais. Uma introdução maravilhosa, digna de uma mistura de metalcore com hardcore urbano, levando pitadinhas melódicas. Não é a mesma coisa de muita banda por aí que acha que arrasa com breakdowns lentões. Os caras são bons e pronto. Interagiram de forma demasiada com o público, tocando o terror e ao mesmo tempo, tocando o coração de cada ser com frases sentimentais. Acredito que depois de um show como aquele, até a Ocean Club vai sentir saudades. Sem mais delongas, chegamos a com certeza um dos shows mais marcantes da noite. Com uma legião de fãs inacreditável, o Libria não arregaça, não destrói, não consola, não intimida e não revoluciona, apenas, mostra pra centenas de pessoa a verdadeira essência da vida em forma de música. Uma banda formada por cinco músicos e por uma equipe monstruosa, chega a intimidar pelo tamanho da produção. Bandeira, fragmentos simbólicos no cenário, camisetas registradas com o nome da família e tudo mais. Eles provaram que o nome Libria definitivamente vem de equilíbrio, sentimento, compreensão, coragem, fé e força de vontade. Para muitos isso é pouco, mais esse pouco é muito mais do que os incansáveis olhos estão acostumados a ver todos os dias. Sem projeção comercial, mostraram que no mínimo um espírito maravilhoso reinava no lugar e tocava por eles. As lágrimas escorriam de emoção, os corações aceleravam e mais um refrão chegava, deixando os céticos frente a frente com a palavra.

CLOWN



estrangeiro. 2. “Minha Paz”

8 Gloria Gloria Arsenal Music Após 2 anos de expectativa, finalmente o Gloria lança seu novo cd, entitulado: “Gloria”. Havia uma grande espera em torno desse cd por conta da banda recentemente ter assinado com a Arsenal/Universal Music, do já conhecido produtor Rick Bonadio. Este que encabeça a produção do álbum juntamente com Paulo Anhaia, conhecido e veterano produtor que já produziu bandas como: Charlie Brown Jr., CPM 22, etc. Pois bem, em meio a tudo isso, a banda faz sua estréia em uma gravadora major. E aqui segue nossa análise: 1. “Anemia” Na primeira faixa a banda já mostra a que veio, Anemia começa com os dilacerantes riffs de Elliot e Peres. Aliás, este riff que causou discussões entre fãs da banda, por conta de ser muito semelhante a outras bandas, como Bullet For My Valentine, Atreyu, etc. A princípio, apesar de ser uma música com uma roupagem mais pesada, já é possível notar a falta de berros, substituídos por vocais com drive, isto é com rouquidão, muito bem executados pelo vocalista Mi Vieira. Junte isso a um refrão cativante extremamente bem cantado por Elliot, que possui uma voz singular, e se tem uma faixa bastante inspirada nas bandas do cenário de metal

6SEC VOL;3 | 40

Minha Paz já havia sido lançada anteriormente pela banda, através de um programa da gravadora Trama, que foi exibido no Multishow. Porém, a canção foi regravada para este cd, com algumas mudanças no arranjo. Essas, que foram pra pior. No lugar da bateria no início da música, foi colocada uma bateria eletrônica, e o tremôlo nas guitarras foi aumentado em comparação a música antiga, dando ainda mais a impressão de algo mais eletrônico. Também há uma orquestra no final da música, apesar da idéia ser ótima, a orquestra foi mal arranjada, e não mescla-se com a música. A linha de baixo, outrora melódica e extremamente técnica, foi totalmente tirada nessa versão. No mais, novamente atento para os belíssimos vocais de Elliot, e mais um refrão com alta qualidade de composição. Apesar de tudo isso, tem tudo para virar um “hit”, tanto que este é o primeiro single da banda. 3. “Tudo Outra Vez” A princípio quando se ouve essa música, vem a mente: “Isso não é Gloria”. E não é mesmo. A terceira faixa foi composta por três produtores: Marlos Vinicius, Diogo M. e Tuta. Tanto a melodia quanto arranjo são bem diferentes do que os fãs de Gloria estão habituados a ouvir. A faixa destoa do resto do álbum, no que envolve a temática e o próprio arranjo. Também aponto para a letra, que em alguns trechos parece não se encaixar muito bem com a melodia. Alguns efeitos eletrônicos desnecessariamente inseridos, e um ótimo final para a canção, com grande tensão musical. Aparentemente há a possibilidade dessa música ser single, e não a toa, visto que é mais uma das músicas do álbum que não possui berros. 4. “Asas Fracas” A conhecida Asas Fracas, que já havia sido gravada no trabalho independente do Gloria, “Nueva”. A canção já era hit entre os fãs e

foi regravada para este álbum. Canção típica do Gloria: rápida, pesada, e com refrão bastante melódico. Quem ouve esta versão e a antiga nota a diferença que uma grande produção pode fazer, pois a música melhorou bastante, apesar de não haver grandes diferenças na composição. Foi colocado um solo dual de fundo no final da música, que remete um pouco a Iron Maiden, aliás, solo muito bem inserido, contribuiu positivamente para a música. É um hit entre os fãs, mas devido ao seu peso, dificilmente deve ser single. 5. “Agora É Minha Vez” A música já estava sendo tocada com certa frequência nos recentes shows do Gloria, e agora figura como a música mais pesada do álbum. A quarta faixa já inicia com os pesados e empolgantes riffs de Elliot e Peres, um dos melhores do álbum. Porém atento que poderia ter um acompanhamento do pedal duplo em relação às cavalgadas da guitarra. Seguido de um bom refrão, no qual se utiliza um coro, típico de músicas de hardcore, recurso que foi utilizado ao longo deste álbum. Após o primeiro refrão vem a presença de alguns efeitos eletrônicos, provavelmente oriundos dos produtores do cd, visto que o Gloria antes disso, não utilizava efeitos eletrônicos. A música termina da mesma forma que começou, pesada e volumosa. 6. “É Só Você Lembrar” Ouvir “É Só Você Lembrar” logo após de “Agora É Minha Vez” é um tanto quanto estranho. Acredito que houve alguma falha na masterização ou algo do tipo, pois a queda de volume das guitarras é muito grande. Provavelmente nessa música teve menos dobras de guitarra. Apesar disso, a introdução é muito bem composta, sendo um momento de grande criatividade da banda. As melodias de voz dessa música são muito boas, bastante coesas, principalmente pela troca de vocais entre Mi e Elliot. É uma canção não típica do Gloria, apesar de ser mais leve e tudo mais, ela não destoa do resto do álbum. A maio-

ria dos berros colocados nessa música ficaram de fundo pra voz cantada, tendo apenas um pequeno trecho com os berros em evidência. 7. “Me Tira Daqui” Bom, a sétima faixa começa com esquisitos sons indianos. Após isso, já entram as guitarras e a música toma seu rumo. É importante saber que essa música não foi composta pela banda, e sim por um trio de produtores. Apesar disso, foi colocado no arranjo guitarras um pouco mais pesadas se comparadas a outra música do álbum não composta pelo Gloria. Porém, não é algo tão pesado assim, as guitarras são colocadas de forma um pouco mais tímida nessa música, porém mantendo a identidade de um som pesado. Certamente, tem grandes chances de ser single, inclusive por conta da grande ausência de berros na música. 8. “Tirar Você de Mim” Os guitarristas Elliot e Peres, mostram a que vieram nessa canção. Logo na introdução da música, já surgem solos bastante rock’n roll, mostrando as influências diferentes da banda. Posso dizer que esta é uma canção mais típica do Gloria: grande variação entre berros e vocais limpos, bastante peso em algumas partes, e marcantes melodias. Destaque mais uma vez para Elliot, que no refrão mostra toda sua extensão vocal, atigindo notas bastante altas. Essa faixa conta também, com um solo muito bem composto, que se inicia de um modo mais rock’n roll e aos poucos vai se revelando um solo típico de metal, com as famosas guitarras duplicadas. Tem tudo para virar um hit nos shows. 9. “Inimigo do Tempo” Esta com certeza, é uma das melhores canções do álbum. Inicia de modo esma-


gador, com ótimos riffs, porém após a introdução, a música já decai e fica mais calma. É interessante notar a suavidade e a fluência que a música desenvolve a partir daí. A melodia de voz é ótima e faz seu ouvido ficar grudado nos falantes. Destaco também a ótima linha de baixo, bastante melódica, dando um ótimo suporte a canção. O refrão é estonteante e bastante forte, daqueles que você realmente fica cantando sozinho quando menos nota. Assim como todo o álbum a predominância se faz de vocais melódicos em vez dos berros, porém com uma presença um pouco maior. A letra é composta por Rodrigo Koala, do Hateen, que já escreveu várias letras para diversas bandas, como exemplo, “Não Sei Viver Sem Ter Você”, do CPM22.

base, letras marcantes, como não poderia deixar de ser, envolvendo a questão do livre arbítrio e todos os contextos sociais, “o que fazemos de nós”. O disco se inicia com Seperation, a bela introdução que chega a dar arrepios e segue pra uma pancadaria sem precedentes chamada Nothing Left, onde já se começa a perceber tudo sobre o que eu citei acima de desenvolvimento e amadurecimento dos integrantes: ótimos riffs, bases soladas e uma bateria super empolgante. A faixa que dá nome ao álbum, se torna a melhor música do disco, onde o refrão faz qualquer um cantar ou, no mínimo, cantarolar, por uma semana seguida. O disco têm diversos outros destaques que farão os fãs se deliciarem, como a pegada pesadíssima de Bury Us All, The Sound of Truth e a derradeira This is Who We Are que vêm como uma faixa cheia de melodias e termina com um solo muito bonito de piano, finalizando o álbum muito bem e fazendo com que o ouvinte se sinta no dever de escutar o disco novamente. Em resumo, posso afirmar com convicção que, An Ocean Between Us, é um dos discos que marcarão a história do Metalcore mundial. BRUNO THOMPIS

te empolgante. Um dos casos em que faço jus a essa citação é logo na segunda faixa do disco, In Your Words, que já empolga da mesma forma que Laid To Rest vem empolgando há tanto tempo. A seguir temos a pegada forte de Set to Fail, seguida pela Contractor, minha faixa preferida do disco, onde a banda alterna momentos de extrema pancadaria, letras fortes com um final bastante cadenciado e melodioso. A faixa Grace é a que possui uma das letras mais fortes, diretas e críticas de todas, fazendo com que percebamos a ironia socrática do nome Lamb of God. A partir daí, podemos destacar Broken Hands e Dead Seeds, como as duas faixas de maior destaque até o fim do disco, com ótimos riffs, pegada tradicional e característica dos cordeiros. Reclamation encerra a apologia ao pensar, tradição nos discos do Lamb of God, com uma letra bastante apelativa no que tange as ações humanas na terra, nos mostrando como destruidores natos e instintivos, com a “finalidade” de um nada sem fim. É por esses e diversos outros motivos que eu posso dizer, afirmar, reafirmar e dizer novamente que o disco Wrath é o melhor disco do Lamb of God. BRUNO THOMPIS

11. “Diferente de Você”

8.5

Esmagadora, destruidora, dilacerante. Assim é “Diferente de Você”, décima primeira faixa do álbum. E isso combina muito com a letra escrita por Koala, que aborda um tema mais politizado, com críticas sociais. É uma das músicas mais pesadas do cd, possui grande quantidade de berros, ótimos riffs, belas cavalgadas nas guitarras e um refrão altamente empolgante. Destaque para os corais típicos de hardcore, perfeitamente inseridos nessa música, combinou totalmente. É nessa canção que Fil dá uma breve amostra do que ele pode fazer como uma baterista de metal. A pegada típica, que falta em algumas músicas do cd, nessa música está presente. Fil mostra que possui potencial pra ter uma pegada mais adequada com esse tipo de som. A música se mostra perfeita para os shows, mas dificilmente vai figurar nas rádios, por ser uma música mais agressiva e pesada.

Exilia

7

10. “Vai Pagar Caro Por Me Conhecer” A décima faixa do álbum começa bem estilizada, como uma típica canção de metal. Porém a impressão que se tem ao ouvir essa música, é que ela não conseguiu atingir tudo aquilo que ela poderia. Fica claro que a intenção era de fazer uma música mais pesada, porém a banda não consegue atingir isso em sua totalidade nessa faixa. No início, o pedal duplo é excessivamente baixo, praticamente inaudível, não consigo entender o motivo disso. Quanto aos vocais, a música começa com Mi utilizando drive na voz, depois Elliot entra com os vocais mais melódicos. No entanto a melodia se torna um tanto quanto repetitiva, pois tanto a melodia do início quanto a do refrão são muito parecidas. Em relação ao arranjo, foram colocados sintetizadores que não combinam em nada com a música e muito menos com a banda. Mais tarde há a entrada de um ótimo solo, mas isso não muda o panorama da música: ela poderia ser melhor.

12. “Sua Canção” Mais uma música que não foi composta pela banda, “Sua Canção” é muito bela e tocante. A composição de letra e música fica por conta de Tavares, baixista da Fresno. Apesar de ser uma ótima música, o fato de ter sido composta por Tavares se torna um problema: a música parece mais com algo tirado de um cd da Fresno do que do Gloria. Tirando isso, a música segue com seu tom extremamente emocional, vocais mais cadenciados e calmos. O refrão é belíssimo, bastante tocante, certamente carregado de muito brilho e emoção. Há um piano muito bem colocado nos refrões dessa música, um acerto em relação ao arranjo. Único problema na questão de arranjos fica por conta de um solo “vai-não-vai” na parte final da música. Ele não tem começo, meio e fim, ou seja não conta uma história, portanto ele é obsoleto na canção. Tem tudo para virar um hit e single, e estar na boca de menininhas adolescentes fãs da banda.

vocais com drive, tirando um pouco da agressividade da música. Logo depois do segundo refrão, alías, este que é muito bom, com belos vocais de Elliot, começa-se um interlúdio na canção, com a presença de um coral, bastante típico de músicas de metal. Quanto as guitarras, estas foram muito bem executadas, com diversos licks e solos duplos interessantes. No fim da música, há um epílogo com um piano, dando adeus ao ouvinte, que depois de 14 músicas, certamente se impressiona com que ouviu. Análise final: Era complicado imaginar que um dia uma banda como o Gloria assinasse com uma gravadora major, porém se tornou realidade. A banda mostrou que é possível fazer um som mais pesado de uma forma mais comercial. Só que isso se torna um revés, pois ao longo do cd há grandes brechas para partes com mais peso e agressividade que não foram aproveitadas. Porém, é muito bom poder ouvir um álbum desse gênero com uma produção profissional de grande porte. O Gloria mostra nesse a que veio e com certeza há várias músicas que representam o som típico da banda, ou seja, esse cd é um ótimo cartão de visitas da banda. Esse é apenas um começo para o metal na grande mídia brasileira. Só nos resta saber qual será o nível de aceitação no mercado. BRUNO DANTE DA SOUZA

My Own Army AFM Records

8.5 Here Comes The Kraken Here Comes The Kraken Concreto Records

Confesso que me assustei, a princípio com a velocidade dos pedais, logo após a introdução It’s comming, o que me deixou satisfeitíssimo. O Here Comes The Kraken é o tipo de banda que começa a surpreender pelo nome, visto que faz menção ao polvo gigante da mitologia marinha (vide Piratas do Caribe). Como se não bastasse eles trazem um Deathcore extremamente bem tocado e altamente bem gravado. O que surpreende, visto que é um disco independente. Em uma busca básica por sonoridades anteriores da banda, descobri que os mesmos são de uma prodigiosidade invejável. O disco, como disse anteriormente, começa com uma breve introdução e é seguida por Don’t Fail me Drako, que contém uma bateria extremamente rápida e empolgante. Os destaques do disco, ficam por conta das demais faixas: Confessions of What I’ve Done, From The Deepest Darkness e a última, que além da pegada firme vêm recheada de técnica, I Shawtrcwbky. À você que aprecia um bom underground catastrófico, a música do Here Comes The Kraken vai lhe satisfazer bastante. O diabo se mudou, companheiros. Ele reside no México e adotou novo nome.BRUNO THOMPIS

Primeiro de tudo, é um prazer ver que as mulheres estão tendo, mais do que nunca, o seu lugar dentro do metal. Se formos ter como base o Ill Niño, como uma das principais representantes do New Metal mundial atualmente, seguida por Linkin Park, Limp Bizkit e Sistem of a Down, poderíamos tranquilamente dar lugar ao Exilia pra assumir o posto juntamente com essas. O Exilia faz parte do tipo de bandas que me proporcionaram uma abertura musical tremenda e uma dismistificação do preconceito existente contra as bandas de New Metal. As batidas características do New Metal como bateria cadenciada e swingada, letras fortes, vocal melodioso e forte quando necessário se fazem presentes nesse lançamento. O que me chamou atenção, basicamente foi o Feeling do guitarrista e a voz marcante da vocalista Masha Mysmane. Os destaques do disco ficam por conta da faixa Are You breathing?, a balada Across The Sky, onde Masha mostra toda sua desenvoltura nas alternâncias vocais sem deixar nada a desejar a marmanjo nenhum. A faixa que dá nome ao disco, deixa um pouco a desejar, o que não compromete em nada o

14. “No Dia Em Que Deixei Você Morrer” A princípio, parece-se que está ouvindo Avenged Sevenfold, por conta da introdução muito semelhante a “Afterlife”, do próprio Avenged. É a canção mais “metal” do cd: solos duplos, corais, riffs cortantes e peso. Novamente notase a falta de berros nesse cd, onde a banda provavelmente incluiria berros, foram inseridos

Leviathan (EP) Napalm Records Há apenas alguns anos desde que Alestorm era conhecido como Battleheart, uma banda esquecida com alguns EPs. Mas ao mudar de nome eles deram inicio a uma nova jornada com a Napalm Records. Seguido do album “Captain Morgan’s Revenge”, eles lançam o “Leviathan EP”, um EP cheio de energia sobre piratas, e cervejas. Com apenas quatro faixas “Leviathan” levanta as âncoras deixadas pelo seu antecessor. O EP mostra exatamente é que se é esperado dessa banda escocesa, alcool, uma jornada pirata e muita aventura. Embora o aspecto da banda foi odiado por muitos e assim chamado de “artifício barato”, ele acrescenta uma nova dimensão ao tema pirata que nenhum outro vocalista por aí poderia trazer. Eles criaram uma sonoridade épica, melódias foclóricas que ajudaram a colocar o ouvinte no estabelecimento do álbum, podendo assim imaginar músicas sendo cantadas por um pirata solitário tentando passar o tempo enquanto navega pelos sete mares em busca de riqueza e batalha. IAN K. MENEZES

trabalho dessa surpreendente banda Italiana. BRUNO THOMPIS

10

13. “Quando Tudo Terminar” Uma música típica do Gloria: peso, melodia e rapidez. Porém, por conta disso mesmo, ela se ofusca um pouco em relação às outras canções do álbum. Acaba sendo comum demais, e fica um pouco perdida. Apesar disso, é uma boa música e se desenrola de modo agradável. Possui um refrão mais calmo e tranquilo, mas isso deixa-o um pouco fraco e sem tanta expressão. No entanto, o resto da canção se mostra cheio de energia e empolgação. Em relação as guitarras, há pouco trabalho nessa música a não ser acompanhamento, não há grandes solos, nem grandes firulas. A música flui simples, básica e sem rodeio.

Alestorm

9 Lamb Of God Wrath Epic Records

9.5 As I Lay Dying

An Ocean Between Us Metal Blade Versar sobre As I Lay Dying, hoje em dia, é versar sobre um dos maiores ícones do Metalcore mundial. Juntamente com bandas como Lamb of God, o As I Lay Dying fixou seu nome na cena devido a discos marcantes anteriores como Frail Words Collapse e Shadows are Security. A partir disso, vimos uma seqüência de desenvolvilmento e amadurecimento musical dos integrantes e produtores do AILD, o que se reproduziu bastante com o lançamento do disco An Ocean Between Us (2007). Tendo como

Falar do Lamb of God é falar do maior ícone do Metalcore mundial. Após diversas pesquisas, vi que os Cordeiros de Deus entram na transgressão do Crossover (o que costumou-se chamar de Neo Trash Metal). Porém, rótulos à parte, posso começar dizendo, e sendo bastante impactante diga-se de passagem, que o disco Wrath é o melhor disco da banda desde a sua fundação. Muitos poderão ter o Sacrament como a ‘Obra-Prima’ dos Cordeirinhos. Porém, o mais novo lançamento desse quinteto americano vai além da pancadaria, técnica e brutalidade que ficamos bastante acostumados a ouvir em Walk With me in Hell, Redneck, por exemplo. O disco Wrath se faz um disco bastante maduro e se mostra extremamente bem composto. Ver a banda lançar músicas que facilmente se tornarão clássicos é bastan-

Icon & The Black Roses Icon & The Black Roses Independente

O que pode ser bastante estranho à primeira vista, é a data de lançamento do disco e o por quê de eu vir resenha-lo agora, em 2009. A história resumida é essa: Vim conhecer a banda há algum tempo atrás, através de uma amiga que me mostrou. A partir daí, fui procurar bandas semelhantes que eu sempre soube que existiam, porém nunca havia me interessado em escuta-las pra valer. E, sinceramente, apesar do I&BR ter somente esse disco lançado, eles conseguem superar nomes como Poisonblack, H.I.M, The 69 Eyes, que são os maiores representantes dentro do gênero que ficou conhecido como Gothic Love Metal. O disco se inicia com a altamente chamativa Black Roses que clama pelo estilo e faz jus com toda a convicção pelas melodias impostas, tanto no instrumental, quanto na maravilhosa voz do vocalista Jhonny Icon, que reúne vocais melodiosos, com passagens mais agitadas, fazendo com que o refrão de


Black Roses seja viciante e te faça querer ouvir novamente (não hesite em faze-lo). A partir daí temos a faixa Endless que segue a mesma linha com um coro bastante interessante, juntamente com o teclado, dando vida à música. Na faixa Crucify You Love, percebemos a potência dos backing vocals e quão marcantes eles são no resto do disco (“Soorrooow and pain for you my loove”). Angel é a faixa mais conhecida dos gajos, visto que foi o primeiro single deles, e tem uma letra extremamente fofa (tá, isso foi estranho). Dando continuação ao álbum temos Remember e Sweetest Emptiness of Love, que não conseguem deixar a peteca cair em nenhum segundo e nos preparando para uma das faixas que mais chamam atenção no disco: Black Cage. Com o refrão bastante marcante e com passagens mais pesadas que no resto do disco, essa faixa se torna um dos destaques máximos desse maravilhoso disco. Após a mesma, seguimos a belíssima balada Who Do You Hurt Now, que é maravilhosamente executada e conta com todos os atributos citados acima: vocal melodioso, backing vocals perfeitos, linha acústica bastante bem trabalhada. Após essa bela balada vem uma das músicas mais conhecidas em Portugal, Running up That Hills que chegou a ser tocada nas rádios portuguesas, durante um tempo. Porém, ao meu ver ela serve como preparatório para a faixa mais ‘pesada’ do disco, You Set Me On Fire, que dispensa comentários e vai fazer o ouvinte sentir a mesma sensação que teve ao escutar Black Roses (Não hesite em ouvi-la denovo). O disco se encerra com a faixa Diamond Baby que, realmente, é uma faixa de encerramento de disco. Sendo um pouco mais cadenciada e um pouco mais parada que as demais. Em resumo, nota máxima à esse grupo injustiçado do metal português. Adicionem o I&BR à sua lista de bandas portuguesas. BRUNO THOMPIS

ath Metal, porém sem deixar de lado as ‘graças’ e ‘desejos’ da música Folk. Além de muito bem feito, o disco traz tremendas variações líricas, enfocando os temas ‘regionais’, como não poderia deixar de ser. A partir daí, fui convidado a fazer a resenha desse novo disco e confesso que me surpreendi com a mudança extrema que presenciei entre os dois álbuns. Sendo extremamente direto, a única música que não deixa o disco ser bom o suficiente pra ganhar nota máxima é a faixa “Nata”, que nem foge da proposta, porém se torna a única que não me convenceu. A voz da vocalista Anna Murphy se faz extremamente marcante na banda, me remetendo mais uma vez ao trabalho desenvolvido por Richie Blackmore, sua esposa e companhia. Sei que as comparações serão inevitáveis, principalmente nesse disco que está se saindo maravilhoso, porém, o Eluveitie consegue se mostrar uma banda evolutiva e altamente diferente do convencional. O disco é repleto de ótimas músicas, porém o destaque fica por conta da segunda faixa do disco Brictom, que mostra a alegria cativante do Folk e um ótimo instrumental que se seguirá durante as demais faixas do disco. BRUNO THOMPIS

8 Sybreed

Antares Listenable Records

10 Sonic Syndicate

Love and other Disasters Nuclear Blast Um pouco depois do último álbum “Only Inhuman”, os suecos do Sonic Syndicate lançam “Love And Other Disasters”. Continuando sob a produção de Jonas Kjellgren o novo trabalho é ainda mais acessível do que o ultimo lançamento. Ainda há muita agressividade nas guitarras, vocais guturais, marcando ainda mais a cena do Death Metal Melódico. Mesmo com os refrões cativantes, os riffs neste álbum mostram um certo peso, com uma intensidade maior do que no último trabalho, “Only Inhuman”. Elementos do Metalcore ainda persistem, o que não ajuda na singularidade do álbum. “Love And Other Disasters” é um grande passo na carreira do Sonic Syndicate trazendo não somente originalidade mas também muitas melodias memoráveis. IAN K. MENEZES

Futuristic Hybrid Cyber Metal, é a definição mais complexa do que o Sybreed faz. Trabalham com um som totalmente híbrido, que vai do Industrial Metal e Groove Metal à marcantes usos de sintetizadores. Sua produção é totalmente superior ao álbum anterior, “Slave Design”, tendo um uso mais freqüente de vocais harmônicos e arranjos de sintetizadores, sem tirar uma notável maior agressividade nos vocais guturais. O som é ao mesmo tempo moderno e futurista, com uma qualidade incontestável de músicas como “Ego Bypass Generator” e “Revive My Wounds”. O único ponto negativo é que o album vai perdendo a força, não permanecendo assim tão “viajante” e excitante como inicialmente. O album chega ao fim trazendo uma longa canção com vocais hamônicos. ALMIR MACEDO

8 Samael

Above Nuclear Blast

9.5 Eluveitie

Evocation I: The Arcane Dominion Nuclear Blast O Folk, há pouquíssimo tempo, se figurou como um dos estilos que eu me enquadrei. Dentro do estilo, o que mais me chamou atenção foi o Vintersorg e o Blackmore’s Night, que, na minha opinião, fazem músicas únicas e em dois extremos. Tanto representando o metal, que é o caso do Vintersorg, quanto representando o Rock mais clássico, caso do Richie Blackmore e companhia. Há algum tempo atrás, lembro de ter escutado um dos discos do Eluveitie (Slania) e me deparei com um Folk Metal, bastante influenciado pelo De-

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Um disco de black metal puro e bastante simples para os que estavam acostumados com a variação tecnotrônica musical do Samael. É a frase que resume basicamente esse novo trabalho intitulado Above. O Samael é o tipo de banda que os fãs não podem reclamar sobre inovação. Há algum tempo atrás a banda divulgou uma nota no site oficial dizendo que o próximo lançamento seria tudo o que eles não fizeram no decorrer da carreira e sempre tiveram vontade, em outras palavras: a real ‘cara’ do Samael. O disco se inicia com a ótima faixa Under One Flag, que faz o Samael mostrar a que veio e a proposta que se seguirá durante o decorrer do disco. Virtual War e Illumination são, dentre todas, as que irão se destacar mais dentro do disco, trazendo a atmosfera pesada e densa dos discos onde a linha industrial não era tão freqüente. Black Hole se destaca pela pegada mais acelerada, onde os blast beats se fazem extremamente presentes, dando a marcação necessária e fixa da música. Porém, mesmo com o visto, não concordo com a posição dos integrantes quanto ‘mostrar a real face do Samael’. Prefiro-o mascarado e fazendo discos ótimos como o Solar Soul ou o Reign of Light. É um disco que deixa a desejar,

porém não é um disco ruim e não foge da proposta investida desde os primeiros acordes. BRUNO THOMPIS

7.5 Finsterforst

...zum Tode hin Einheit Produktionen Acordes alegres, sensação majestosa, assim que está o novo trabalho do Finsterforst. Depois de dois anos parados, Finsterforst lança o todo glorioso album entitulado “...zum Tode hin”. O album está coberto por uma atmosfera cheia de guitarras acusticas, flautas seguindo o padrão do trabalho anterior e continuando sendo uma peça original do Viking Metal. Esse album soa muito semelhante ao o antigo som de Finntroll ou Eluveitie, principalmente devido ao uso intensivo de flautas e sobre tudo dos acordes de Johannes Joseph. Ao ouvir o album, eu imediatamente comparei com Korpiklaani, mas depois de ouvir ele mais vezes a impressão foi um pouco reduzida. Em um estilo como este, é dificil descrever as faixas individualmente, uma vez que com uma duração destas músicas, contêm praticamente todos os elementos, desde das passagens acusticas até os sons que só podem ser descritos como “Furor Teutonicus”. IAN K. MENEZES

No mundo underground nasce uma das bandas mais promissoras no ramo do Metalcore/ Groove brasileiro. Travar disputa no mercado musical, hoje em dia, como banda independente, é um estímulo a mais pra quem faz sua própria música. Creio que esse tenha sido um dos motivos fortes, além do amor à música pesada, pra que o Project46 tenha passado “da noite pro dia” de um Slipknot cover à uma banda bastante promissora da música pesada brasileira. Project46 surgiu e foi tendo uma evolução gradual até se consolidar e entrar em estúdio pra gravar o EP: If You Want Your Survival Sign Wake Up Tomorrow, que é uma porta pra banda se engrandecer mais ainda no cenário underground brasileiro. O disco se inicia com a faixa Survival Sign (em pouco tempo, o ouvinte vai perceber que o disco se trata de um disco com uma mensagem única), que traz uma pegada bastante interessante e bem cadenciada, não há como não comentar sobre o vocal de Caio Marcellus, que se mostra bastante flexível, alternando momentos mais agressivos com vocais bem rasgados sem perder o “fio da meada”. Survival Sign, vem como preparação para a música Tomorrow que, fica bem acima dos padrões impostos nas demais faixas do EP. Faixa bastante melodiosa, sem deixar de lado a pegada fundamental que, com poucas audições, vi que é característica desse quinteto. Após Tomorrow, a faixa If You Want não deixa a peteca cair e prossegue com a mesma pancadaria mesclada à melodia das outras duas músicas anteriores. Nessa música, o destaque fica por conta dos vocais limpos que aparecem mais frequentemente do que nas demais. O EP se encerra com a faixa Wake Up que, ao meu ver, é a faixa mais concisa e madura do grupo. Com oito minutos de duração, o instrumental continua dando o que falar: guitarras muito bem harmonizadas, bateria sempre firme e com pegada, baixo dando a marcação necessária e garantindo o peso além dos vocais bastante agressivos. A melodia final de Wake Up, trás um tipo de mensagem bastante reflexiva. Dado os fatores seguintes e aproveitando o que já foi dito, posso concluir que o EP do Project46 é um dos melhores discos independentes que escutei esse ano. A seriedade no trabalho está acima de tudo. Promissores, eficientes, habilidosos, profissionais e apaixonados pelo que fazem..BRUNO THOMPIS

9 Sepultura

A-Lex SPV Records A-Lex é o décimo primeiro disco da banda mineira Sepultura, lançado em 2009, e traz a estréia do novo baterista da banda, Jean Dolabella. O disco traz uma linha de melodias e composições bem parecidas com o que o Sepultura se dispõe a fazer desde seu início, o grande atrativo do disco fica por conta de sua história, A-Lex é um disco conceitual, baseado na obra “A Laranja Mecânica” (“A Clockwork Orange”), de Anthony Burgess. A história do livro está muito bem colocada nas letras, mas é claro que ler o livro ou assistir ao filme ajuda no bom entendimento do disco, a faixa “Ludwig Van”, por exemplo, para quem nunca leu o romance, pode parecer apenas uma faixa instrumental jogada ao acaso no meio do disco, porém, para quem o leu, faz completo e total sentido, já que o personagem principal, Alex, é um grande fã de música clássica, principalmente de Beethoven. O destaque fica para a música “We’ve Lost You”, uma das melhores contidas no disco. Com ótimas composições, letras e riffs empolgantes e contagiantes o Sepultura mostra que, apesar de quase trinta anos de existência, ainda mantém suas raízes e consegue inovar sem perder sua essência..RAFAEL FEHÉR

9.5 Project46 If You Want Your Survival Sign Wake Up Tomorrow

Independente

9.5 Sharks At Abyss Demo Independente

Radicados em São Paulo, eles mostram uma proposta inicial de um metalcore bastante influenciado pelo maravilhoso As I Lay Dying. O lançamento da demo foi feito meio que às pressas, o que não comprometeu em nada o trabalho desse quinteto paulista que é de se invejar. A faixa de abertura Bad Souvenirs of a Shady Past é uma completa violência e faz com que imaginemos a música ao vivo. A desenvoltura do baterista Bruno é invejável, alternando momentos mais fortes com passagens mais cadenciadas, fazendo com que a música seja bastante imprevisível e surpreenda quando revelada. De cara é a melhor faixa dessa demo. Nothing Is Like before, vem com riffs bem alternados e palhetadas poderosas, sendo uma ótima faixa para se bangear, o defeito fica por conta da gravação, que não é a mesma de Bad Souvenirs of a Shady Past e deixa um pouco a desejar. O disco se finaliza com a faixa Through My Promisse, que é repleta de breakdowns e passagens mais melodiosas, sem perder o conceito de pancadaria dos paulistas. Em suma, prefiro ver o lado evolutivo da banda: em 2007 se reuniram, e em 2008 gravaram essas três músicas que me renderam um conceito no mínimo ‘Bom’. Portanto, o Sharks At Abyss é um dos nomes promissores do Metalcore nacional. Torçamos por novas composições. E que a seriedade no trabalho seja sempre marca registrada da banda..BRUNO THOMPIS


8.5 Soturnus

When Flesh Becomes Spirit Independente A proposta inicial desenvolvida pelo Soturnus é uma mescla entre o Death/Doom/Dark Metal, desenvolvido inicialmente por bandas como o My Dying Bride, November’s Doom, ou pelos gregos do Rotting Christ no disco A Dead Poem. As influências de tais bandas citadas é inevitável, porém, não é com base somente nelas que o Soturnus foca seu trabalho, fazendo assim com que o disco se torne bastante heterogêneo. Ser fã dos estilos, acima de tudo, me torna um crítico ainda mais ferrenho em relação ao trabalho, e o que vi mediante audições é que a banda é bastante madura e tende a ter um lugar de destaque dentro da proposta a qual se enquadra. A Intro Stimuli, dá ao disco uma atmosfera densa logo de início. On The Verge of Changes mostra, logo de cara, a proposta da banda, uma faixa bem trabalhada, com riffs bastante criativos e bem trabalhados, e as partes mais melodiosas sendo executadas com uma desenvoltura surpreendente, fazendo dessa música o destaque maior do disco. Seguida pela faixa que dá nome ao disco, a banda mostra a criatividade quase que inesgotável pra composição de riffs e vale ressaltar aqui, que o trabalho desenvolvido pelos guitarristas Rafael Basso (Guitarra e Vocal) e Andrei Targino é maravilhoso, um entrosamento incrível dos dois. O disco segue com a mesma pegada firme das primeiras três composições. O baterista Eduardo Nunes se mostra bastante diversificado e alternado ao longo das composições, juntamente com o baixista Guilherme Augusto que tem um pegada bastante característica, principalmente pelas influências do mesmo que são notáveis. O Disco do Soturnus, poderia ser um disco merecedor de nota bastante alta, beirando o máximo , não fosse a aposta do grupo em vocais mais limpos em 90% das faixas o que torna as faixas previsíveis e os vocais idem. Porém, o disco é bastante bem trabalhado e trás uma coisa que é primordial em qualquer banda: a Identidade. E isso o Soturnus tem de sobra. Longa vida ao metal mórbido. Ótimo trabalho. BRUNO THOMPIS

8 Lacuna Coil

Shallow Life Century Media Records A cada disco lançado, o Lacuna Coil tira uma grande parte do seu corpo do Gothic Metal. Isso é um fato que vem seguindo a banda desde o lançamento do aclamado disco Karmacode. Apesar do mesmo conter algumas passagens mais Dark, não mostra o que a banda propunha há um tempo atrás com o lançamento de Comalies. Vale citar aqui, a escala e patamares alcançados pela vocalista Cristina Scabbia que, definitivamente, mostrou um amadurecimento vocal bastante grandioso. Nota-se o que digo na faixa Not Enough .... O sexteto italiano, comandado por por Marco Zelati, trás no disco Shallow Life, uma proposta um pouco superior ao disco Karmacode, principalmente no que diz respeito às pitadas de Alterna/New Metal, que se fazem bastante presentes. A faixa Survive, pra quem é fã antigo do Lacuna Coil, vai ser empolgante até: boa pegada de guitarra, bateria característica e o vocal de Andrea Ferro, bastante característico e tomando de conta dos refrãos iniciais. A partir daí, o que se vê é uma demonstração de desenvoltura por parte dos membros em criar música que sejam extremamente marcantes e “dançantes”, até. E a proposta é concluída com êxito, pela faixa

I Won’t Tell You, I’m Not Afraid que seguem essa linha bem new metal mesmo (beirando o metal ‘comercial’ americano). Na faixa, Not Enough, já citada acima, vemos uma espécie de releitura do Comalies, que soou bastante interessante, se encaixando perfeitamente no disco. Underdorg reconstitui a pegada mais cadenciada e marcada da banda e, por que não dizer, gótica, trazendo belos vocais de Andrea Ferro (que sinceramente, nunca me agradou. Porém é bastante característico). A escolha por Spellbound ter sido o single desse disco, se torna bastante evidente nos primeiros 30 segundos de música. Riffs muito bons das guitarras de Marco Biazzi e Cristiano Mogliore e uma linha de bateria bem empolgante. Divide opiniões em meu ser, com Not Enough no que diz respeito a ser a melhor faixa do disco. Em seguida temos a balada Wide Awake, que é até bonitinha, porém não empolga tanto quanto deveria. O disco é finalizado com as faixas The Maze, Shallow Life e Unchained. Shallow Life, que dá nome ao disco, musicalmente chega a ser fraca, porém o contexto lírico é muito bom, afinal de contas, todos nós lutamos contra fantasmas internos. Unchained fala por si só, pelos maravilhosos solos presentes, bela faixa pra se finalizar um disco. Deixando de lado o passado da banda e levando em consideração a proposta atual, o disco beira o conceito “ótimo”..BRUNO THOMPIS

como são tocadas no estúdio, não se tem nenhum prazer em ouvi-las. Este é exatamente o problema com este álbum - ele tem ótimas músicas e o som está totalmente limpo e perfeito para ouvir, mas não há nada que valha a pena ouvi-lo. A seleção das faixas para esse album é claramente muito boa, não há como negar isso. A banda escolheu as melhores faixas que eles achariam que tocariam ao vivo e, como esperado, eles tocaram. Na verdade, faixas como “Lovers End” beneficiaram bastante este album, somente devido a vocalista Chibi proporcionando um vocal mais sinistro durante a faixa. Outra faixa que deixa um certo encanto é “Red Stars”, devido à forte percussão e o peso da guitarra. Infelizmente poucas faixas como essas salvam o album. “Show and Tell” pode ser um alternativa muito boa para pessoas que não conheçam o som da banda. As músicas são tocadas muito bem, tal como nos àlbums. Misturando a cena industrial com rock gótico, The Birthday Massacre traz um som bem interessante para os desconhecidos. A banda tras um som obscuro coberto pelas letras macabras da vocalista Chibi. Mais uma vez, albums ao vivos são difíceis de serem avaliados, e com esse, não é diferente. É tocado com perfeição e funciona como uma excelente representação na discografia da banda, mas não há nada neste album que não esteja nos outros.. IAN K. MENEZES

todo um trabalho que a banda vem desenvolvendo desde 2003 com seus discos, até medianos, na cena metalcore mundial. É um fato que vem crescendo em demasia nos últimos 2 anos, o surto de bandas de metalcore surgirem no mercado. O Catherine, apesar de não ter surgido nesse meio, parece que estagnou como tais: fazendo músicas chatas, maçantes e, enfim, chatas é um bom adjetivo. O que quero mostrar, com isso, é toda a minha insatisfação em relação a uma banda que tendia a fazer um som único dentro do metalcore e acabou se enveredando por caminhos que fazem com que o ouvinte se sinta desrespeitado. Encontrar mais de 3 músicas boas, em alguns discos do Catherine, se confunde com uma busca incessante por uma agulha em um palheiro. Nesse novo lançamento, intitulado “Inside Out”, posso afirmar com plena convicção que Prothestic Limbs e Turbulence, são diferenciais que salvam o disco, mesmo com minha recusa às vozes melódicas de Turbulence, que lembra bastante o My Chemical Romance. O que, definitivamente, não é a proposta de uma banda de metalcore. Continuando a seqüência, posso incluir Drugs Are Bad, como outra faixa de destaque no disco, porém, nada que não tenha sido explorado por outros nomes do Metalcore mundial. BRUNO THOMPIS

7 2.5 CKY

Carver City Roadrunner Records Ingenuidade não é dificil de se encontrar, se você olhar no lugar certo. Indepente de quão complexa a banda seja, ainda existem maneiras de produzir algo totalmente único. Porém, é importante manter em mente que a individualidade não exige qualidade. Quando CKY começaram com “Oil and Foreign Objects”, eles era únicos. Quando eles se mudaram pra CKY eles ainda eram únicos. Muitas pessoas pensaram que a Roadrunner Records estava dificultando suas ideas, mas no entanto CKY voltou com um album inteiramente própio, o que é basicamente o problema. Nada mudou em toda sua carreira, eles continuam presos a os mesmo riffs, começando a soar bastante banal a essa altura, o efeito-driven são uma das principais caractéristicas da banda, porém eles não parecem saber como progredir o seu som. Hellions On Parade começa com o mesmo riff tocado em Escape From Hellview, tocado de trás pra frente, o é ralmente uma idéia interessante. Infelizmente o resto da música é muito típica como qualquer outra música do CKY. Liricamente, o album não difere dos trabalhos anteriores. O meio do álbum é a unica parte que é agradavel, introduzindo um elemento relativamente nostálgico. Teclados são estimulados ao longo de todo o álbum. Carver City é um uso amplo de efeitos de guitarras para mascarar a sua incapacidade para produzir algo original. IAN K. MENEZES

8 Depeche Mode

Sounds Of Universe Mute/EMI “Só os melhores sobrevivem”. Essa é, sem dúvida, uma máxima facilmente aplicável no mundo da música, principalmente na era dos downloads, mp3, adaptação [ou não] das gravadoras aos novos tempos, lançamentos de turnês, pra se vender CDs (o que vem a ser o contrário do que era feito no início da década de 80, por exemplo)... Enfim, as mutações decorrentes do avanço tecnológico no mercado fonográfico, contribuíram bastante para que a máxima citada anteriormente, valesse de forma quase que unânime nos dias atuais. O Depeche Mode é, sem dúvida, uma das melhores no que faz. O fenômeno do synthpop (nome pós-moderno, substituto de dark wave / electronic music), surgido no início da década de 80, na Inglaterra, ainda parece vibrar nos corações desses ingleses. Prova disso é o lançamento do Single “Wrong”, terceira faixa do álbum, que mostra a mesma proposta desenvolvida em discos mais atuais. Um dos diversos pontos positivos da banda, é o fato de se adaptarem ao seu tempo sempre, procurando com isso inovarem, sem deixar de lado a velha fórmula que os consagrou. Isso tudo, sem ser chato. Em Sounds of The Universe, o Depeche Mode continua o velho trabalho iniciado em meados da década de 90. Dentre os destaques do disco, pode-se destacar o single ‘Wrong’, que segue bem a linha mais pop da banda, ‘Hole to Feed’, ‘Miles Away’ e ‘Fragile Tension’, que tem uma pegada bem oitentista. O “Sounds of The Universe” é um disco que pode ser considerado como bom. Segue o patamar descrito pelo Depeche Mode ao longo de mais de 20 anos de carreira. BRUNO THOMPIS

Face Of Ruin

Face Of Ruin (EP) Independente Ser técnico sem ser chato é pra poucos. Em diversas bandas onde a técnica e o quê mais progressivo se fazem bastante presentes, a chatice chega a predominar de tal forma, que o ouvinte é obrigado a tirar o disco que está ouvindo, simplesmente por não conseguir entender o que se passa. Essa, obviamente, não é uma característica do Face of Ruin. A banda, como se percebe no primeiro minuto da faixa de abertura “Gutted By The Knife Guilt”, não segue a mesma linha técnica do Quo Vadis, por exemplo, porém, não deixa a desejar em nada, tendo uma pegada bastante agressiva nas guitarras e a bateria sempre marcada por muita técnica e precisão, sem deixar de ser bem pesada. Há de ser percebida a bela gravação com que o disco é concebido. Os destaques do disco ficam por conta da faixa de abertura, já citada acima, e “Pleasure of Malevolence” que é característica do estilo e bastante virtuosa (nota-se pelos riffs e a bateria inimagináveis). O estilo seguido pela banda ainda precisa convencer bastante, fazer com que os ouvintes não tenham vontade de trocar de música ao ouvir, por exemplo. Repito: ser técnico e extremo sem ser extremamente chato é pra poucos. Face of Ruin está no meio desses. Espero ver novos lançamentos da banda, que é bastante promissora e tem ótimos instrumentistas.. BRUNO THOMPIS

8.5 And So I Watch You From Afar FAnd So I Watch You From Afar Smalltown America Records

3 The Birthday Massacre Show and Tell Repo Records

Albums ao vivo são bem dificeis de serem avaliados. Para que eles realmente valam alguma coisa, eles devem apresentar algo que o album original não possui. Poderia ser algo tão simples, como a audição de um novo membro ou tocar músicas antigas, mas sempre tem de haver algo que chame atenção. Quando um album ao vivo toca as músicas exatamente

5 Catherine

Inside Out Rise Records Posso adiantar que o Catherine nunca foi uma banda que me chamou tanta atenção. Talvez pelo fato da pitada punk do grupo, ser bem maior que nas outras bandas de metalcore. Isso seria um fator legal, ao meu ver, se não fosse usado com demasia e comprometesse

Para os que já estão familiarizados com a banda, um choque. Para os que ainda não a conhecem, uma enorme surpresa. Com seu primeiro album Full-Lenght, os irlandeses do And So I Watch You From Afar (nome grande hein?) reformularam totalmente o estilo que faz a banda ficar conhecida. Deixando o post-rock tranquilo de lado, mas ainda com um som totalmente instrumental, esse album já começa com uma faixa de forte presença, entitulada “Set Guitar to Kill”. Quem esperava o post-rock “brisante” dos EPs anteriores, se espanta, pois essa música se aproxima, em vários trechos, a ser algum gênero de Me-


tal. Na segunda faixa, chamada “A Little Bit of Solidarity Goes a Long Way” (sério, qual é a deles com nomes gigantes?) você se recupera do choque que é ouvir a primeira música. Mais calma, essa faixa mostra que não, você não está ouvindo o album de uma outra banda. São os mesmos, e nessa faixa mostrando porque são um dos nomes mais falados do cenário Post-Rock. Durante a metade do album, a faixa “Tip of the Hat, Punch in the Face” consegue transmitir uma sensação de bom humor logo que começa, e então nos coloca em um turbilhão de emoções que não nos deixa saber o que sentimos ao ouví-la. Ficamos agressivos? Tranquilos? Estressados? Bem humorados? Não dá pra distinguir, pois essa faixa mescla com perfeição todos esses sentimentos. Outros destaques ficam para as faixas “I Capture Castles”, “These Riots are Just the Beginning” e “The Voiceless”, canções que está estavam em seus EPs anteriores, mas apresentam uma versão nova, onde podemos ter uma boa noção do rumo que a banda pretende seguir. Não se destacando tanto quanto os albuns anteriores, mesmo mostrando um grande trabalho, o primeiro full-lenght da banda leva uma nota 8.5. RAFAEL ANDRADE

8.5 Amorphis

Skyforger Nuclear Blast A mudança é um marco que acompanha todas as bandas, seja ela pequena ou grande. No caso das bandas que surgiram naquele ‘boom’ de bandas doom da inglaterra, por volta do começo da década de 90, essa mudança vem se tornando bastante presente na modernidade. Um dos casos que vêm se acentuando com uma grandeza até absurda é o do Anathema. De um doom bastante pesado e marcante de início de carreira, a banda pratica uma sonoridade voltada, hoje, ao post-rock/alternativo com uma grande influência do rock psicodélico. No caso do Amorphis, a mudança seria basicamente essa, que começou a ser desenvolvida nos álbuns Elegy e posteriores. De uma sonoridade mais voltada pro Death/Doom Metal, os finlandeses caíram de vez nas garras do Death Metal Progressivo. Sinceramente, apesar de gostar bastante do segmento doom metal, o Amorphis teve uma melhora significativa no que tange a sonoridade desenvolvida pela banda. Apesar de a repercussão dos álbuns da fase mais progressiva do Amorphis não ser tão grande, vemos despontar nesse âmbito discos como o Tuonela (1999) e o mais recente Silent Waters (2007). O disco Skyforger tinha tudo pra ser o melhor lançamento dessa fase mais progressiva da banda, porém, a decaída após a faixa My Sun é inegável e faz com que o disco perca uns pontos preciosos que poderiam fazê-lo fechar com chave de ouro esse novo lançamento. Skyforger se inicia com a bela Sampo, que desde o início, com vocais mais melódicos e bem limpos (característica da banda), se mostra bastante direta. Palhetadas certeiras e bem precisas fazem com que a música seja cadenciada e melódica. A parte melódica dá lugar ao contexto mais death metal da banda quando os vocais guturais entram e fazem a música tomar um rumo diferente, sem perder a essência apresentada. Silver Bridge vem quase que ligada à Sampo e dá continuidade à beleza apresentada em Sampo. Simplesmente impressionante. Após Silver Bridge, vem a segunda faixa que mais chama atenção no disco: From The Heaven of My Heart. Com um teclado bastante clássico, bateria bem cadenciada, e os riffs lembrando bastante o Gothic Metal com fortes influências do Paradise Lost do álbum Believe in Nothing, por exemplo. Após a bela pegada de From The Heaven of My Heart, Sky is Mine vem como a música de maior aceitação entre os fãs e não-fãs da banda. É uma certeza quase que absoluta, que essa música virará um clássico pedido em uníssono nos shows. Após a faixa Sky is Mine, Majestic Beast se impõe como a faixa mais pesada do disco e tem a primeira decaída na metade de sua execução. A Balada My Sun recupera o disco e chega a remeter ao início avassalador do disco. Porém, Highest Star, Skyforger e Course of Fate, fazem o disco voltar lá pras faixas mais inaudíveis do Eclipse (, por exemplo. A retomada se dá por conta

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da última faixa do disco From Earth I Rose, que retoma a pegada mais progressiva, mas fica bem aquém das demais faixas empolgantes. Enfim, o disco poderia seguir à risca o que mostrou no início, seria tranquilamente o melhor disco dos Finlandeses.. BRUNO THOMPIS.

9 The Gathering

The West Pole Psychonaut Records The Gathering está na ativa a 20 anos e nesse tempo eles já tiveram 7 mudanças no line-up. É número bastante surpeendente, mas o mais significante é que 5 deles foram vocalistas. Naturalmente, 4 desses vocalistas foram dos primeiros albums da banda e por isso eles entraram no esquecimento. O vocalista que os fãs modernos irão lembrar é obviamente Anneke Van Giersbergen, devido à sua voz unica e sua longevidade no seio da banda. É claro que muitos fãs sentiram que a perda de Anneke seria o fim do The Gathering, mas “The West Pole” acaba apresentando uma banda revitalizada mostrando uma das suas melhores obras em quase uma década. Com esse tipo de declaração ficou claro que a substituição de Anneke acabou sendo um ajuste perfeito. No caso de não ser claro o suficiente, deixe-me afirmar que Silje Wergeland é um ajuste perfeito para o tipo de som de The Gathering. Sua voz é semelhante a de Anneke, não sofrendo assim quando tocada música de trabalhos anteiores. Ainda assim está óbvio que ela não está tentando imitar e antiga vocalista. De fato, depois de ouvir um pouco a voz dela pode até ser preferível do que a de Anneke (blasfêmia, eu sei). A principal razão dela ser preferível é que sua presença tem inspirado a band a ser criativa novamente. Alguns podem ter gostado de “Home” ou da gothic/shoegaze “Souvenirs”, mas para muitos da banda foi retirado tudo que eles costumavam apelar. A banda parece ter finalmente percebido isto porquê eles trouxeram de volta a natureza de melodias que não tenham estado presente desde do album “Nighttime Birds”. Além disso a guitarra teve uma recaida nos ultimos anos a favor de uma abordagem nítida. A estrutura basica do The Gathering ainda se mostra presente no album “Home”, mais presente, mais completa e mais enérgica. O album inicia com uma faixa instrumental que mostra rápidamente o regresso da banda a a exuberante melodias. A coisa divertida sobre o inicio do album ser uma faixa instrumental é que a maioria das pessoas vão ser ansiosos para ouvir a nova vocalista, e banda faz eles esperarem quatro minutos para isso. Quando se iniciar a segunda faixa é evidente que a espera valeu a pena. Esta faixa se mostra facilmente uma das músicas mais fortes da carreira do The Gathering. Ela possui um grande, arrebatador refrão acentuado por uma melodia no violino, uma batida forte acompanhado por um vocal deslumbrante e o mais surpreendente é que a banda conegue manter este nível de qualidade em todo resto do álbum. O álbum é capaz de manter esse nível elevado com algumas faixas energéticas antes de aliviar gradualmente com algumas mais lentas como “The West Pole” e “Capital of Nowhere”. Muita das vezes a perde um vocalista anuncia o fim de uma banda, mas de vez em quando é exatamente o que a banda precisa. IAN K. MENEZES

8 Eyes Set To Kill

The World Outside Breaksilence Records Quando uma banda tem esse tipo de sucesso que Eyes Set To Kill teve com seu album debut

“Reach”, geralmente significa que os próximos trabalhos serão familiares. Felizmente, existem aquelas bandas que se consideram artistas de verdades e não ficam satisfeitas com simples variações do trabalho anterior. Eyes Set To Kill, aparentemente é uma delas. De acordo com o website da banda, o objetivo deste álbum era obter críticos, fãs, reconhecendo o crescimento e maturidade da compositora e vocalista Alexia Rodriguez. Reconhecendo o crescimento da banda a partir de suas origens até este álbum é facil de se notar, e se esse realmente era o objetivo deles, então estou feliz em dizer que a missão está cumprida. O mais novo lançamento “The World Out Side” tem melhorado em todos os pontos da banda e é quase certo dizer que coisas ainda melhores estarão para vir. Sobre o nível mais básico, Eyes Set To Kill pode ser descrito como uma banda de screamo que utiliza uma sensibilidade pop, a fim de criar um som cativante. Eles também incluem um dinâmico adicional, utilizando dois vocalistas, um femino e outro masculino. Um dos problemas de ESTK no passado é os berros de Brandon Anderson, seus berros eram fracos com uma uma frequência altissíma e também não possuiam a clareza de que uma banda como essa exigiria. A faixa de abertura “Heights” prova duas coisas dentro dos primeiros 30 segundos - um, a produção deste album é notável e dois, que os berros tem melhorado muito. Eles são mais profundos, mais poderosos e não há separações entre as palavras, permitindo que a letra fique mais eficaz. Os berro ainda não estão totalmente perfeitos, mas eles não atrapalham as músicas como eles faziam nos trabalhos anteiores. A banda também incorporou mais os vocais maculinos, que embora não seja perfeito, ajuda a amenizar os pontos negativos trazidos pelos berros. Com toda honestida, a parte lírica melhorou de tal forma, de que mesmo se os berros não tivessem melhorados, provavelmente não seria o suficiente para estragar o album. Aparentemente, a convicção de Alexia acreditando em evoluir simplesmente superou o album anterior, “Reach”. IAN K. MENEZES

8.5

última música do álbum: “Depois da Chuva”. Essa canção possui um belíssimo arranjo, no qual envolve violinos, piano, etc. Novamente o problema dos vocais em baixo volume aparece, certamente a música ganharia um destaque maior se as vozes estivessem mais evidentes. Porém isso não tira o brilho dessa linda canção, que é de uma leveza impressionante, ela lhe conduz pacificamente ao fim de um cd totalmente agitado. Um ótimo final de um excelente cd da banda Ekoa, que mostra, muito bem por sinal, a que veio. BRUNO DANTE DE SOUZA

6 Drop, Dead, Gorgeous The Hot-N-Heavy Suretone Records

Com o lançamento de ‘Worse Than A Fairy Tale’, Drop Dead Gorgeous mudou seu estilo musical de metalcore para uma forma melódica de Post-Hardcore. Hot-N-Heavy traz o básico dos outros albuns e junta em um só. Tomando outro rumo, DDG, mais uma vez prova que são um dos melhores no seu genero. King A Classic: essa música ja inicia o album com mais berros que no album ‘Worse Than A Fairy Tale’. Após uma explosão de agressividade, ela se torna uma faixa cativante como reminiscência do album anterior. Essa faixa é um ótimo exemplo de como o album irá soar. A estrutura da música é um pouoco variada, tem um refrão, mas no meio é sempre diferente. Apesar do refrão não ser muito forte, ele permanece de uma maneira, não o deixando chato de se ouvir. Hoje em dia, muitas bandas vem tentando fazer o que Senses Fail fez com “Let It Enfold You”, a maioria falhou. DDG por outro lado criou algo totalmente original. Eu realmente tiro o chapéu para DDG, eles realmente fizeram um bom trabalho mistrando partes melódicas com partes agressivas nas músicas. Nenhuma das faixas caminha para fora do tempo (exceto a último). Este álbum está realmente acima da média, algo bom, não ótimo. IAN K. MENEZES

Ekoa

Ekoa Independente Do Rio de Janeiro, a banda Ekoa estréia em um formato físico após um bom tempo com divulgações pela internet, como exemplo, o Trama Virtual, no qual a banda disponibiliza todo o álbum para download. O álbum por sua vez, é homônimo, isto é, o nome é o mesmo da banda. São ao todos 11 faixas que mostram um cd cheio de energia e peso, com grandes influências do metal moderno. No entanto, é notável a preocupação da melodia da banda por todo o cd, com diversos trechos bastante melódicos e emocionantes. O álbum inicia de modo muito interessante, com uma faixa introdutória, na qual progressivamente vão entrando os instrumentos, até o fim da faixa, que de imediato, já faz ligação com “Contra O Tempo”, uma das melhores faixas do álbum, que conta com típicos riffs derivados do chamado metalcore. Destaque também para Mente Insana, que possui um belíssimo e marcante refrão, que no final sofre uma variação no qual o deixa ainda mais empolgante. Apesar do melodioso refrão de “Mente Insana”, a próxima faixa já não é tão “boazinha” assim: no meio de “Resolvendo O Agora” há um breakdown muito brutal onde a banda demonstra todo o peso que é capaz de trazer. O cd conta também com músicas mais lentas como “Errado Novamente”, que traz com destaque, os ótimos vocais de R-Vox. Porém ainda se tratando dos vocais, há um grande problema quanto a masterização do cd. Os vocais estão muito ao fundo em todas as músicas, isso deve-se também pelo volume elevado das guitarras em certas partes de algumas canções. Isso acaba tirando um pouco o destaque dos refrões, que poderiam ser muito mais fortes e marcantes, se não fosse esse problema. O grande trunfo da banda é justamente o fato de aliar peso e agressividade, com belas melodias e refrões “grudantes”. E é isso que se acompanha por todo o álbum, como na faixa “Tarde Demais Pra Recomeçar”, que em partes, é extremamente pesada, em outras bastante pop. E é esse lado pop da banda que é evidenciado na

2 Stratovarius Polaris SPV Records

Já havia presenciado uma desestabilização do Stratovarius uma vez, na época de lançamento dos discos Elements (2003). Na época, a mídia criticou ferrenhamente o lançamento do disco Elements Part II, inclusive em algumas revistas o disco conseguiu chegar à incrível nota de 1,0 ponto, numa escala de 10. E, sinceramente, eu imaginei que o Stratovarius jamais fosse capaz de lançar algo tão ruim quanto, ou superiormente pior que o Elements Part II. É um fato que vem se estabelecendo a cada disco lançado após os Elements, um fato triste, pra ser bem sincero. Ainda mais pra mim, que tive um dos meus primeiros contatos com o metal, através da banda, durante as promoções do disco Visions, que ainda hoje ocupa lugar de destaque dentro do cenário Heavy Metal mundial. Porém, as mudanças tanto no line-up quanto na forma de compor podem afetar bastante o andamento da banda, principalmente quando o seu maior compositor resolve abandonar a banda. Os motivos não vem ao caso, porém, vale ressaltar que Timo Tolkki, há muito não se sentia bem devido a estresses causados pela fatídica missão de guiar a banda nessa jornada que estava beirando um suicídio musical no que tange à aceitação dos fãs. Com a confirmação de sua saída da banda, no ano passado, os fãs esperaram positivamente o lançamento de


polaris, visto que Jens Johansson chegou até a mencionar uma possível empolgação a mais da banda nas composições e Kotipelto chegou a falar que nunca tinha se sentido tão motivado para compor um álbum. Enfim, o lançamento de Polaris, só comprova o que há muito se vê: a falta de criatividade da banda em lançar algo realmente marcante como foi do fim da década de 80 até meados da década de 90. Polaris é, simplesmente o disco mais chato que tive a oportunidade de escutar esse ano e, tenho quase certeza que nenhum o vencerá. O disco vai receber dois mízeros pontinhos pela minha consideração ao passado da banda e ver que, uma ou duas passagens do instrumental realmente empolgam. Todavia, não duram mais que 0:25seg. BRUNO THOMPIS

8 Kreator

Hordes Of Chaos SPV Records O mais novo trabalho do Kreator lançado em 2009 recebe o nome de ‘Hordes of Chaos’ e mostra um Kreator muito parecido com sua origem dos anos 80, algo para confirmar isso é o fato de o disco ter sido gravado ao vivo, contendo muito pouco overdub nas gravações, algo que a banda não fazia desde 86 com o disco ‘Pleasure to Kill’. Letras e melodias fortes, riffs e solos na linha do thrash metal e um timbre de guitarra muito sugestivo à moda antiga são usados e abusados durante o disco. O ponto negativo fica por conta da melodia do vocal, que não traz frases melódicas empolgantes ou algo perto disso, o ponto forte fica por conta do instrumental sempre muito bem trabalhado pela banda. ‘Hordes of Chaos’ traz um Kreator novo porém antigo, não deixando para trás suas raízes. Destaque para as faixas ‘Escalation’, ‘Amok Run’, ‘Destroy What Destroys You’, ‘Radical Resistance’ e ‘To The Afterborn’. RAFAEL FEHÉR

9 Fightstar

Be Human Search And Destroy Records A banda inglesa Fighstar está de volta com seu terceiro álbum, “Be Human”. É estranho pensar que a banda surgiu em 2003, e só veio aparecer na cena em 2005, porém já conta com 3 cd’s e um EP lançados. Ao mesmo tempo, já fizeram turnês ao lado de bandas importantes, inclusive tendo participado do festival da revista americana Kerrang. Um dos grandes elementos deste novo álbum, é a presença de uma orquestra, que contribuiram de uma forma incrível para o som da banda. Esta, que deu um clima épico para as músicas, lembrando até trilhas sonoras de filmes de Hollywood. Também há a presença de elementos eletrônicos em algumas das músicas, sendo assim, a banda inclui ao som dois diferenciais, que estão sendo usados nos últimos anos em bandas de metal. Já na primeira música, “Calling On All Stations”, podemos ver esses elementos em ação. A faixa inicia com belíssimos violinos, que se encaixam muito bem com a voz de Charlie. Também nota-se que a banda se utiliza de diferentes influências, pois há um aglomerado de diferentes elementos, tanto no arranjo quanto na parte rítmica das guitarras. A segunda faixa “The English Way”, que já havia sido mostrada ao público em Novembro de 2008, define muito o som do álbum, e é uma das melhores músicas já escritas pela banda. É incrível como a música vai crescendo e construindo um clima épico, seja através da orquestra, seja através

do lindo coral que foi utilizado nessa canção. Pra terminar em grande estilo, há um violento riff bem no final da música, que certamente já é possível imaginar a reação dos fãs quando essa canção for tocada ao vivo. Ainda carregando esse som cinemático, “War Machine”, começa com suaves violinos, num clima de bastante tranquilidade. Aos poucos a canção vai crescendo e aumentando de intensidade, até chegar em seu refrão. Este, que possui o grande revés da faixa, por conta de ser muito repetitivo. A letra dele poderia ter sido melhor pensada. “Colours Bleed To Red”, quinta faixa do álbum, remete muito ao som dos antigos álbuns da banda. Tempo mais acelerado, guitarras previsíveis, mistura de alguns vocais berrados com os suaves vocais de Charlie. No fim a canção acaba soando sem graça, pois é o chamado “mais do mesmo”. No entanto, assim como em “The English Way”, a banda guarda a parte mais pesada pro fim: um riff destruidor que lembra muito bandas de New Metal, como Limp Bizkit.O primeiro e atual single da banda, “Mercury Summer”, não foi escolhido a toa: a música é aquilo que os americanos chamam de “radio friendly”, pois possui guitarras mais calmas, sem tanta distorção, melodia e vocais mais pop, levada mais suave. Por conta disso, a canção se mostra sem sal, sem brilho, mas ainda sim, é excelente pra se tocar nas rádios. Cada música de “Be Human” se difere uma da outra, porém sem jamais perder a coesão que um álbum necessita. A banda realmente se superou nesse cd, pois foi um grande risco levar as músicas nesse caminho, que é totalmente diferente dos álbuns anteriores. Porém, Fighstar mostra que foi um grande acerto correr esse risco, pois “Be Human” é um álbum excelente e mais maduro. A banda finalmente mostra a que veio, e certamente já merece muito respeito. BRUNO DANTE DE SOUZA

5 Yngwie J. Malmsteen Angels Of Love Rising Force Records

Yngwie Malmsteen sempre foi muito criticado e contestado no mundo da guitarra por possuir músicas com solos velozes, pouco feeling e músicas muito parecidas. Dessa vez o guitarrista resolveu mudar um pouco seu estilo. O álbum ‘Angels of Love’, lançado em 2009 partiu para algo mais calmo e menos veloz, porém a parte das músicas parecidas continuam, e em alguns momentos você nem percebe que o disco mudou de faixa. As composições são melancólicas e mortas demais, e é um grande desafio conseguir escutá-lo a partir de sua metade. Está longe de ser o melhor trabalho do guitarrista e muito mais longe de ser um CD indispensável na sua prateleira. Infelizmente para uns e felizmente para outros, Malmsteen continuará sendo criticado e contestado no mundo da guitarra. RAFAEL FEHÉR

8.5 Kiko Loureiro

Fullblast Boosweet Records ‘Fullblast’ é o terceiro álbum solo do guitarrista do Angra, Kiko Loureiro. O disco foi lançado em 2009 e traz uma linha bem parecida com o ‘No Gravity’ e ‘Universo Inverso’, seus respectivos primeiro e segundo trabalhos solos. O disco mescla os seus dois antecessores, e não traz uma grande inovação do guitarrista, como aconteceu no ‘Universo Inverso’. Com melodias bem arranjadas, mesclando o Heavy Metal com a música brasileira, como é seu costume também no Angra, o disco traz composições como ‘Headstrong’, ‘Desperado’ e ‘Cutting Edge’, mais puxadas para os riffs

e solos, e também traz composições como ‘A Clairvoyance’, ‘Mundo Verde’ e ‘Pura Vida’, com uma levada mais brasileira e até momentos acústicos. O disco começa com uma pegada forte, suaviza-se em sua metade e logo após começa a mesclar seus ritmos, mostrando todos os estilos de composição do guitarrista, e acaba com a música ‘As it is, Infinite’, com uma pegada bem calma e relaxante para terminar o álbum. RAFAEL FEHÉR

9 Maybeshewill Sing The Word Hope In Four-Part Harmony

Field Records

O Maybeshewill, é uma banda de Post-Rock/ Metal Instrumental. Só isso já bastaria pra espantar alguns dos leitores da Six Seconds, não fosse a destreza e a perfeição com que todas as músicas são executadas e a capacidade que elas têm de envolver o ouvinte e fazê-lo abrir os olhos pra um novo horizonte musical. Ser uma banda instrumental, já deixou de ser um tabu a ser quebrado faz muito tempo e isso está sendo mostrado com o lançamento de vários discos e o surgimento de várias bandas no estilo. O Maybeshewill, foge um pouco da perspectiva das bandas japonesas, como o Mono, que tem uma pegada bem mais progressiva e isso é um dos pontos fortes do grupo. Tendo uma pegada bem mais voltada pra música pesada, mesclando momentos mais harmoniosos e progressivos com algumas passagens eletrônicas. O que não causará espanto em possíveis ouvintes, pois não se fixa em demasia nesses atributos eletrônicos. O novo álbum, intitulado Sing The Word Hope In Four-Part Harmony, vem com oito faixas bastante precisas e melodiosas, o que se nota a partir das primeiras notas e segue no decorrer do disco sem perder a veia característica do estilo ao qual se adequam. You can’t Shake Hands With a Clenched Fist, vem como faixa de abertura do disco e é bem precisa, pode tranquilamente ser considerada um preparatório para a próxima faixa: “CoConspirations” que segue muito bem a pegada mais forte, com uma bateria bem marcada e as guitarras bem harmonizadas entre si. O teclado, como de costume, dá a atmosfera à música e faz com que ela tome um rumo de ascensão até chegar em seu final. This Time Last Year, é uma das músicas disponíveis para download, na página do grupo na Last FM. Uma ótima escolha, visto que ela passa todo o contexto musical do grupo dentro do disco. Accept & Embrace é minha faixa preferida do disco e, inclusive, me fez imaginar um vídeoclip. O que chama a atenção nessa faixa são as passagens mais harmoniosas que criam uma atmosfera bem pensante e se juntam a uma parte mais pesada e bastante agradável. Da metade, até o fim da música, dá pra imaginar o porquê de eu ter tido o surto de imaginar um vídeo-clip. How To Have Sex With a Ghost, é uma das músicas com o trabalho das guitarras mais solados no disco, se deixando levar mais para o contexto post-rock que pro progressivo. Our History Will Be What We Make Of It, é a faixa “falada” e eletrônica do disco, serve como mais uma intro no disco e prepara muito bem, principalmente pelo teclado presente nela, para a faixa Last Time This Year. Faixa esta que se destaca por ter ganho um video-clip oficial da banda. O disco se encerra com a faixa que dá nome ao disco, muito bem elaborada e bem terna, tendo, no finalzinho, umas belas passagens de violão. Quem ama música, sabe entender o que ela quer passar mesmo sem ter um vocalista encarregado disso. A mensagem do Maybeshewill é clara, basta querer ver.. BRUNO THOMPIS



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