Newsletter_TPEN_4_setembro2010

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SETEMBRO 2010

nesta edição BARÓMETRO PÁG. 4 MUNICÍPIOS EM DESTAQUE PÁG. 8 DESTAQUE PÁG. 48 EVENTOS PÁG. 50 NOTÍCIAS PÁG. 60 LOJA DE SANTIAGO DE COMPOSTELA PÁG. 68 COMUNICAÇÃO E IMAGEM PÁG. 72 AGENDA PÁG. 78 APOIO AO INVESTIDOR PÁG. 82


MENSAGEM DO PRESIDENTE

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« O futuro promissor está mesmo à nossa frente. »

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Abraçar novos projectos com um espírito empreendedor e ambicioso. No Turismo do Porto e Norte de Portugal é esse um dos nossos objectivos. Mas,para o alcançarmos, não basta apenas olhar para o nosso caminho e delinear as nossas próprias linhas de sucesso. É importante e vital aliar responsabilidades, unir esforços colectivos e criar parcerias com outras empresas. Foi essa a nossa aposta. As colaborações com instituições de renome, como o Banco Espírito Santo, a EDP e os Jogos Santa Casa, são a prova de que, no nosso caso, a união

faz a força. Para nós, os limites territoriais também não criam qualquer constrangimento. «Dois países, um destino» é o mote para o acordo que estamos a celebrar com a Xunta da Galicia. Além fronteiras, a Porto e Norte tem a ambição e não tem medo de arriscar. Queremos conhecer bem o nosso turista, aquele que nos escolhe como local de excelência e aquele que escolhemos acolher com todo o calor que tão bem nos caracteriza. Para isso, unimo-nos, também, ao IPDT para traçar um perfil do nosso visitante e, através

do programa “Educar para o Turismo”, formar os recursos humanos do sector. O futuro promissor está mesmo à nossa frente. Mas é ao nosso lado que encontramos o que é necessário para lá chegar. É com a energia de todos que o Turismo do Porto e Norte de Portugal quer continuar o seu turista com qualidade. É um “caminhar” em conjunto. Presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal

Melchior Moreira


Estatísticas | Junho 2010

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BARÓMETRO

Segundo o INE – Instituto Nacional de Estatística, no mês de Junho de 2010, a hotelaria registou um decréscimo nas dormidas e estabilização nos proveitos. Os estabelecimentos hoteleiros registaram 3,5 milhões de dormidas, valor inferior ao do período homólogo (-2,3%). Para este resultado contribuíram tanto os residentes (-4,6%) como os não residentes (-1,1%), salientando-se a evolução negativa do mercado interno após três meses consecutivos de resultados positivos. Os proveitos totais atingiram 169,5 milhões de euros e os de aposento 114,5 milhões, valores muito semelhantes aos do período homólogo (+0,2% e +0,6%, respectivamente). Em comparação com Junho de 2009, a distribuição regional do total de dormidas evidencia um crescimento próximo dos 5% em Lisboa e de menor dimensão no Norte, Alentejo e Açores. As restantes regiões apresentaram decréscimos, que na Madeira permaneceram próximo dos 15% e no Centro (-6,6%). Dormidas

NUTS II

Taxa de Variação

Jun-09

Jun-10

%

PORTUGAL

3 606,9

3 522,4

-2,3

Norte

370,5

384,8

3,9

Centro

353,8

330,6

-6,6

Lisboa

667,7

700,0

4,8

Alentejo

107,3

110,7

3,2

Algarve

1 489,1

1449,2

-2,7

AÇORES

116,6

118,1

1,3

MADEIRA

501,9

429,0

-14,5

Quadro 1 – Dormidas por região (NUTS II)

Regionalmente, os níveis de ocupação não apresentaram alterações significativas relativamente a Junho de 2009, à excepção da Madeira que registou uma quebra de 8,2 p.p.. A região Norte continua a registar subidas na Taxa de Ocupação (1,5%) e com igual valor na Estada Média (1,8) Taxa de Ocupação

Estada Média

%

Nº de Noites

NUTS II Jun-09

Jun-10

Jun-09

Jun-10

PORTUGAL

43,9

42,5

3,0

2,8

Norte

32,1

33,6

1,8

1,8

Centro

30,4

29,0

1,9

1,7

Lisboa

42,8

43,6

2,2

2,1

Alentejo

33,6

31,6

1,8

1,7

Algarve

51,6

49,7

4,9

4,5

AÇORES

44,9

45,3

3,1

2,9

MADEIRA

58,0

49,9

5,2

5,2

Quadro 2 – Taxa líquida de ocupação-cama e estada média

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Do mesmo modo, o Algarve e os Açores apresentaram valores de proveitos próximos dos registados em Junho de 2009. Os maiores acréscimos nos proveitos observaram-se em Lisboa (cerca de 8% para ambos os indicadores) e no Norte (1,6% para os proveitos totais e 6,9% para os de aposento). A Madeira continua a registar quebras superiores a 15% para ambos os indicadores. 6

Gráfico 1 – Proveitos por região (NUT II)

O rendimento médio por quarto foi de 31€, ligeiramente inferior ao do período homólogo (31,5 €). Lisboa, Algarve e Açores foram as regiões onde se observaram os valores mais elevados do Rev Par (42,4 €, 36,9 € e 32,5 €, respectivamente). Estes valores correspondem a um acréscimo homólogo de 4,5% em Lisboa e a decréscimos de 2,8% e 1% no Algarve e nos Açores. A Madeira foi a região que mais decresceu (-17,9%). O Norte continua a crescer, embora moderadamente, subindo 1,5 € o rendimento médio por quarto para os 23,4 €.

Gráfico 2 – Rendimento médio por quarto

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2.1 Municípios em Destaque MATOSINHOS

Entrevista ao Dr. Guilherme Pinto, Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos

1. Considera que a reforma institucional do Turismo foi importante para a afirmação do seu Município no contexto regional e nacional? A criação ER – TPNP foi importante para uniformizar a imagem do turismo do Norte de Portugal. Matosinhos não estava integrado em nenhuma região de Turismo, articulando até à constituição da TPNP, com diversas entidades a promoção turística do concelho. Agora estamos integrados numa estrutura assumidamente vocacionada para o Turismo e promoção da região. Isto permite que as campanhas sejam melhor direccionadas ao nível dos produtos turísticos que o Norte de Portugal tem para oferecer podendo criar sinergias com outros municípios.

2. Como avalia o desempenho da Entidade Regional do Turismo do Porto e Norte de Portugal? Não obstante a dificuldade de iniciar e desenvolver actividades, em tão curto espaço de tempo, num organismo tão abrangente como a TPNP, são de louvar as iniciativas já desenvolvidas. De destacar os guias editados e as acções coordenadas, já realizadas este ano, com o Município nomeadamente na área da gastronomia. Assim, estamos confiantes e optimistas no desenvolvimento de mais actividades, na sequência do impacto positivo dos resultados já sentidos para a Região Norte. Estamos expectantes e disponíveis para colaborar com a TPNP na promoção e dinamização dos produtos turísticos da região.

3. Quais os Produtos Estratégicos que considera prioritários para o seu Município? Os produtos estratégicos do Município de Matosinhos integram-se nos produtos turísticos indicados a nível do PENT para a região Norte e Porto. No “Touring Cultural & Paisagístico e Patrimónios” temos a “Nova Arquitectura em Matosinhos” com obras dos melhores arquitectos portugueses do séc. XX e XXI: Fernando Távora, Souto Moura, Alcino Soutinho e o mais internacional de todos: Álvaro Siza. Mas não podemos esquecer que Matosinhos detém um importante património histórico: a Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, o Mosteiro de Leça do Balio, o Obelisco da Praia da Memória, só para destacar alguns dos mais importantes. Temos, também, um importante produto que é a gastronomia. Matosinhos é reconhecido pela excelência da sua gastronomia: os mariscos, o peixe grelhado, a açorda e o arroz de marisco ou tamboril. O Norte faz de Matosinhos o local de todas as celebrações: vêm almoçar, jantar, e ficam para um concerto ou espectáculo. Por isso a Câmara de Matosinhos tem apostado também na animação e nas iniciativas culturais. A Festa do Mar, que já vai na sua 5ª edição, decorre nos meses de verão de Junho a Setembro e visa promover a gastronomia de Matosinhos. Temos cerca de 50 restaurantes, entre Matosinhos e Leça da Palmeira, a participarem nesta iniciativa. A par das esplanadas de rua, nas noites de sexta e sábado promovemos animação com actuações de grupos como tunas, fados, musica tradicional portuguesa, jazz e outros. Outra iniciativa a destacar é a recriação histórica “Os Hospitalários no Caminho de Santiago” que pretende promover o Mosteiro de Leça do Balio, que é monumento nacional, dinamizar e reavivar o troço de Matosinhos nos Caminhos de Santiago, considerados Património da Humanidade, e recuperar a posição de relevo de Matosinhos nestas peregrinações.

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MATOSINHOS

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Terra de memórias e tradições Matosinhos turístico é incontornavelmente gastronomia, arquitectura contemporânea, cultura, a imensa costa marítima. Da gastronomia, poder-se-á dizer que é a âncora. O peixe, o marisco, as receitas de carne do Matosinhos interior, o tom e aroma de eterno arraial são desarmantes. Nos meses de Verão alia-se a Gastronomia à Animação com a realização da “Festa do Mar” que se realiza nas principais áreas de restauração da cidade. Da arquitectura contemporânea, dever-se-á fatalmente falar de Álvaro Siza cujos laços a Matosinhos são fortíssimos, mas também de Fernando Távora, Alcino Soutinho e Souto Moura que provam que ao visitar-se esta cidade se “respira” arquitectura. A cultura é igualmente uma forte aposta em Matosinhos, destacando-se, entre outros, o “Festival de Jazz”, a recriação histórica “Os Hospitalários no Caminho de Santiago”, o “LEV - Literatura em Viagem”, as “Festas do Senhor de Matosinhos” que demonstram a importância da cultura no dia-a-dia dos matosinhenses.

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HISTÓRIA

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A povoação, na origem do que hoje é Matosinhos é anterior à fundação da nacionalidade portuguesa, pois já existia no ano de 900, chamando-se Matesinus. Em 1258, figurou com o nome de Matusiny nas inquirições de D. Afonso III e foi-lhe concedido foral por Manuel I em 30.9.1514.

Em 1833 foi criado o concelho de Bouças, ficando nele incluídas as freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, entre outras. A vila de Matosinhos, constituída pelas freguesias de Matosinhos e de Leça, foi criada em 1853 e foi elevada a cidade em 28 de Maio de 1984. A cidade de Matosinhos está situada na margem esquerda e direita do Rio Leça, à beira mar e a 8 km do centro do Porto. Matosinhos é uma cidade com grande desenvolvimento industrial, que procura manter ao mesmo tempo as suas tradições populares. O concelho de Matosinhos é um dos mais importantes do país e a cidade das maiores e mais progressivas.

Na Alta Idade Média este território foi marcado pelo Mosteiro de Bouças, cuja fundação é anterior à nacionalidade. Foi ele que fez desenvolver todo o aglomerado populacional que encabeçaria a divisão administrativa do Julgado de Bouças que está na base do actual concelho de Matosinhos. Outro importante monumento medieval é o Mosteiro de Leça do Balio que resultou da ampliação de uma antiga edificação e que viria a ser a primitiva sede em Portugal da ordem dos Cavaleiros Hospitalários. No século XVI, com carta de foral atribuída em 1514 por D. Manuel I, assumindo-se como um importante centro produtor

agro-pecuário e sede de ricas propriedades, Matosinhos torna-se um dos principais pólos abastecedores do Porto numa altura em que freguesias como Ramalde, Foz e Aldoar ainda faziam parte do seu território. Mas o concelho é fruto também da sua abertura ao mar. Por ele partiram muitos mareantes na época dos descobrimentos. Por ele veio o exército comandado por D. Pedro e que desembarcando em Arnosa-Pampelido implantou definitivamente o liberalismo em Portugal. Por ele chegou, mais recentemente, uma importante comunidade piscatória. A necessidade de um porto de abrigo, primeiro, e um arrojado

projecto de desenvolvimento económico-portuário depois, levou em finais do século XIX à construção do Porto de Leixões. Era o início de um processo de transformação nítido em todo o desenvolvimento urbanístico e industrial da cidade de Matosinhos, onde a indústria conserveira desempenhou verdadeiro papel de líder. O Concelho de Matosinhos conta hoje com símbolos urbanísticos e arquitectónicos de grande significado, da autoria de arquitectos de à escala mundial, como Álvaro Siza Vieira, Alcino Soutinho, Fernando Távora e Souto Moura.

Situada ao lado da cidade do Porto, possui uma grande área banhada pelo Oceano Atlântico. Matosinhos é hoje um concelho de grandes projectos apostando no futuro. Aproveitem a 100% a visita a Matosinhos Latitude: 41º 10´59.1” N Longitude: 8º 40´ 59.4” W

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GASTRONOMIA

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Matosinhos é grande pela gastronomia e poder-se-á dizer que é a âncora. Os mariscos, requintadamente preparados, simples, grelhados ou na cataplana, verdadeiro ex-libris da restauração matosinhense, há-os para todos os gostos. Mas, sem dúvida, que o êxtase gastronómico está na açorda e no arroz de marisco ou de tamboril.

FESTA DO MAR O peixe, o marisco, as receitas de carne do Matosinhos interior, o tom e aroma de eterno arraial são desarmantes. O Norte faz de Matosinhos o local de todas as celebrações. Vêm almoçar, jantar, e voltam para um concerto, uma conferência, para a prática de um desporto, descobrem os demais encantamentos.

Embora hoje se possa comer um pouco por todo o concelho, é naturalmente no litoral que há uma maior concentração de restaurantes. Em Matosinhos, a zona envolvente da lota do peixe é a que regista a maior oferta de restauração, principalmente nas ruas Heróis de França e Serpa Pinto e as suas muitas transversais. Desde o pequeno tasco até às casas mais cuidadas, ali a oferta é muita e em geral de muito boa qualidade. Do outro lado do porto de Leixões, em Leça da Palmeira, é no largo do Castelo e ruas à sua volta que a oferta é maior, embora no interior e mesmo na marginal, haja muito boas opções. Por isso, para comer neste “Porto: Norte de Portugal” venha a Matosinhos.

Sendo Matosinhos um concelho com uma longa costa marítima, muitos passam o ano inteiro à espera do Verão. O sol, as praias cheias, as marginais repletas de pessoas a passear e a praticar diversos desportos é o resultado de uma dinâmica única: íntima ligação entre Verão e Matosinhos.

Com a chegada em força do Verão, existe uma iniciativa que tanto os matosinhenses, como os visitantes do concelho, já não dispensam: A Festa do Mar. Incluída nas iniciativas d´O Mar à Mesa que tem como objectivo a divulgação da gastronomia matosinhense, a Festa do Mar vai já para a sua 5ª edição, provando a aceitação da mesma e corroborando que o Verão sem a Festa já não seria o mesmo. Com aproximadamente 50 restaurantes de Matosinhos e Leça da Palmeira a participar neste evento, a receita vai ser novamente respeitada: o calor, as esplanadas, a excelência da gastronomia do concelho e muita animação.

Assim, quando visitar um dos restaurantes participantes, nas noites de sexta-feira e de sábado, pode contar com actuações de tunas, artes circenses, música tradicional portuguesa, música Africana, tango, fado, jazz entre outros. Voltou-se a (com)provar que a gastronomia de Matosinhos é uma Festa. Por esse motivo, renovamos o convite - venha encantar-se com a gastronomia matosinhense, visite-nos entre Junho e Setembro e participe na 5ª Edição da Festa do Mar!

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ARQUITECTURA

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Foi a visão estratégica, de quem num dado momento teve de tomar decisões, de fazer escolhas, que está na génese da arquitectura de ruptura que aparece em Matosinhos nas décadas de 50 e 60. Quando, em 1963, a Casa de Chá da Boa Nova é inaugurada, os escritos da época falam de um restaurante construído num local romântico à beira mar, de salas espaçosas e da deslumbrante vista de mar. O nome do arquitecto Siza Vieira, não é referido, passa despercebido. Hoje, em qualquer momento, em qualquer parte do mundo, haverá alguém a falar de Siza. Basta parar um pouco, basta um só olhar não muito penetrante e percebe-se a Casa entre as rochas - não fosse ofuscar o mar - para ver o génio, para distinguir o traço da nova arquitectura portuguesa, a da Escola do Porto, considerada hoje uma das melhores do mundo.

A Casa de Chá da Boa Nova, uma jóia idealizada por um jovem arquitecto de Matosinhos, um ícone da arquitectura mundial, era indubitavelmente um promissor começo. Seguiu-se a Piscina das Marés. Uma e outra obra são, embora que recentemente, monumentos nacionais. Siza continuou e continua a trabalhar também em Matosinhos. O Museu da Arquitectura também terá o seu traço. Alcino Soutinho foi o próximo. Foi o arquitecto escolhido para o edifício do poder local, um poder local imbuído dos valores da jovem democracia Portuguesa. Hoje, o edifício da Câmara Municipal e da Biblioteca, que lhe é contínua, são ex-libris da cidade de Matosinhos e da arquitectura portuguesa. Por sua vez, Souto Moura, também da Escola do Porto, contribui para este notável itinerário da nova arquitectura em Matosinhos: as “casas pátio”,

junto ao Porto de Leixões, e a nova marginal de Matosinhos, são as suas obras mais significativas. O paradigma desta arquitectura resulta do genial traço simples e da inspiração do Mestre de todos eles, Fernando Távora, cujo testemunho do seu talento encontramos nas obras dos outros e nas suas: a Quinta da Conceição e a adaptação do Museu da Quinta de Santiago. O respeito absoluto pela envolvente, a aparente simplicidade e a intemporalidade são qualidades do discurso arquitectónico de todos. Estes são os Arquitectos cuja obra e o traço genialmente simples marcam indelevelmente Matosinhos. Tal como numa peregrinação o desejo de mudança foi cumprido – Matosinhos é o marco da Nova Arquitectura Portuguesa.

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“Os Hospitalários no Caminho se Santiago”

De 9 a 12 de Setembro realizar-se-á a 5ª edição da recriação histórica “Os Hospitalários no Caminho de Santiago”, junto ao Mosteiro de Leça do Balio.

Este evento consiste numa recriação histórica que pretende transportar todos os que a visitam para a época medieval através da recriação de costumes, hábitos e tradições. Os objectivos são: promover o Mosteiro de Leça do Balio, um dos monumentos mais emblemáticos de todo o Norte de Portugal, principal local de apoio e assistência aos peregrinos rumo a Compostela; dinamizar e reavivar o troço de Matosinhos nos caminhos de Santiago, Património da Humanidade; e recuperar a posição de relevo de Matosinhos nestas peregrinações.

Um dos momentos mais importantes do programa é a recriação histórica do casamento de D. Fernando com D. Leonor Teles, casamento real que se realizou neste Mosteiro em 1357. O programa inclui, igualmente, torneios a cavalo, justas de armas, combates medievais, ceias medievais, concertos de música medieval, acampamento militar, treinos com arcos, exibições de falcoaria, passeios de burro, dança, pratica de armas, tabernas medievais, artesãos, mercadores, malabaristas, saltimbancos, entre outros. Para além da vertente de lazer, o programa desta recriação possui, também, uma vertente lúdica e científica, através da realização de uma conferência, dedicada à temática dos caminhos de Santiago, exposições, a peregrinação pelo caminho que atravessa Matosinhos e visitas guiadas ao Mosteiro.

A Visitar em Matosinhos

Eventos

| Paços do Concelho/ Biblioteca / Galeria Municipal (Alcino Soutinho) | Igreja do Bom Jesus de Matosinhos (João de Ruão / Nicolau Nasoni) | Quinta da Conceição / Parque Municipal | Piscina das Marés (Álvaro Siza) | Casa de Chá da Boa Nova (Álvaro Siza) | Museu da Quinta de Santiago / Centro de Arte de Matosinhos | Mosteiro de Leça do Balio | Obelisco da Praia da Memória | “Anémona” - Escultura de Rede

| “Os Hospitalários no Caminho de Santiago” 9 a 12 de Setembro Para mais informações http://hospitalarios2010.com | Festa do Mar – até fim de Setembro

Turismo de Matosinhos turismo@cm-matosinhos.pt Posto de Turismo de Matosinhos Av. D. Afonso Henriques – Parque Basílio Teles 4454-510 Matosinhos Tel: 22 938 44 14 Posto de Turismo de Leça da Palmeira Rua Hintze Ribeiro Leça da Palmeira Tel: 22 99 653 87 www.cm-matosinhos.pt www.omaramesa.com

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2.2 Municípios em Destaque PONTE DE LIMA

Entrevista ao Dr. Vitor Mendes, Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima

1. Considera que a reforma institucional do Turismo foi importante para a afirmação do seu Município no contexto regional e nacional? O Turismo tem efectivamente um papel preponderante na evidência das especificidades de cada Região, promovendo-as numa lógica integrada que privilegia a qualidade e a excelência dos produtos turísticos. A aposta forte no Alto Minho tem sido ganha, destacando as particularidades culturais dos concelhos como magnificência da Região. Apesar de ainda incipiente, nota-se uma progressão positiva no desenvolvimento de uma marca representativa de uma panóplia de possibilidades turísticas de qualidade, desconhecidas para uma larga franja de público que procura o nosso país. Nesse sentido, Ponte de Lima orgulha-se de ocupar um lugar de destaque na preservação dos seus valores históricos e patrimoniais e de elevar a cultura e as tradições ao mais alto nível, e principalmente de conseguir traduzi-los numa vantagem competitiva e transformá-los em factores de diferenciação regional. O Turismo tem sido promotor por excelência do tão desejado posicionamento territorial, fruto de uma visão estratégica de desenvolvimento regional tem consagrado progressivamente bons resultados.

2. Como avalia o desempenho da Entidade Regional do Turismo do Porto e Norte de Portugal? A Entidade Regional do Turismo do Porto e Norte de Portugal tem procurado responder aos desafios actuais de uma forma positiva, reafirmando a necessidade de promoção articulada entre as diversas áreas e pólos de desenvolvimento turístico, a (BTL) Bolsa de Turismo de Lisboa e o mercado da Galiza para onde devemos estrategicamente canalizar também as nossas atenções. Provavelmente, haverá ainda oportunidade de estreitar o network institucional, nomeadamente entre municípios, comunidades intermunicipais e outras entidades de referência, na partilha de ambições, de projectos e na concentração de interesses comuns. Talvez o próximo passo será reforçar a rede interinstitucional para que as mais valias das regiões sejam projectadas em uníssono e os seus efeitos produzam um impacto cada mais global. Funcionando como interlocutor, a Entidade

Regional do Turismo do Porto e Norte de Portugal tem ainda competências no envolvimento da iniciativa privada, criando oportunidades de dinamização e estimulando a valorização dos recursos turísticos. 3. Quais os Produtos Estratégicos que considera prioritários para o seu Município? Será difícil definir em poucas palavras as prioridades turísticas de Ponte de Lima, já que a abrangência e diversidade de factores de diferenciação constituem o seu maior potencial. Optando por dividir os produtos em vertentes turísticas, gostaria de evidenciar o Turismo Religioso, salientando o Museu dos Terceiros e as valências de apoio ao Caminho Português de Santiago; o Turismo Cultural, onde indubitavelmente o Centro Histórico, o Artesanato, a Etnografia, o Folclore, a Tradição, as Feiras Novas e a Vaca das Cordas são expressões máximas da identidade limiana; e o Turismo Ambiental / Rural, com o Festival Internacional de Jardins, o Museu Rural, os trilhos e a envolvência paisagística

natural, o desporto de Natureza, as aldeias e a rede de Albergues de Montanha, a consagração de Ponte de Lima Equestre e a Área Protegida das Lagoas de Bertiandos S. Pedro de Arcos, são alguns exemplos que personificam o bem-estar e a qualidade de vida que se respira em Ponte de Lima. É neste extenso rico património edificado e imaterial onde se encontra o âmago do potencial turístico, procurando assumidamente preservar a herança cultural, como a Gastronomia, o Vinho Verde, os Produtos Regionais, como parte de um todo, assente num triângulo de prioridades estratégicas que basicamente se podem resumir ao Património, Ambiente e Ruralidade. È na convergência de múltiplos factores que reside o equilíbrio e se define um futuro próspero, dignificando o que de melhor se faz, não descurando o que ainda se poderá fazer, mas impondo como elo de ligação o respeito pelos valores magistrais que distinguem a Vila mais antiga de Portugal.

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PONTE DE LIMA

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Visitar Ponte de Lima é uma autêntica viagem pela História. Desde os sinais mais remotos do passado, à qualidade de vida dos tempos modernos, adivinha-se um futuro sustentável assente na preservação de todo o património arquitectónico, cultural e ambiental. Nesta terra ancestral onde parece não haver grandes marcas da passagem do tempo, desenvolveram-se importantes projectos integrados nos valores das tradições, da ruralidade e do respeito pela Natureza.

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Envolta num vale de beleza ímpar, Ponte de Lima reúne todas as condições rurais e ambientais, mantendo a forte ligação ao rio que lhe conferiu a identidade cultural. Com o melhor índice de qualidade de vida da Região Norte, e o quinto melhor a nível nacional, Ponte de Lima prima pelas infraestruturas de qualidade, boas acessibilidades, incentivos para fixação de pessoas e empresas

e investimentos estratégicos no turismo, na educação com especial enfoque na educação ambiental, e na acção social. As facilidades económicas e fiscais, desde a isenção de pagamento de derramas, a isenção do pagamento de imposto municipal para empresas que se queiram instalar nos pólos empresariais, o baixo custo da água, a gratuitidade da recolha do lixo e do estacionamento

automóvel, bem como a isenção do pagamento dos 5% de IRS referente à receita municipal e a isenção de diversas taxas para as empresas aderentes aos projectos municipais, são óptimos incentivos para os que pretendam viver e investir em Ponte de Lima. A somar à sua beleza natural e às magníficas fachadas góticas, maneiristas, barrocas, neoclássicas e oitocentistas, o centro histórico, as actividades

ligadas ao meio rural, a gastronomia, as feiras e os festivais - Festival Internacional dos Jardins, Feira do Cavalo, Festival Expolima, Feira Quinzenal, Feira do Vinho Verde e Feira de Caça, Pesca e Lazer, são parte de uma visão estratégica que tem atraído milhares de visitantes, colocando Ponte de Lima como o terceiro concelho mais visitado do país aos fins-desemana.

De referir, que este rincão do Norte de Portugal foi o berço do Turismo de Habitação, reunindo o maior conjunto notável, pela eloquência e exuberância, de solares barrocos de Portugal. A oferta de alojamento inclui ainda o Turismo em Espaço Rural, o Agro-Turismo, os Albergues de Montanha, as Casas de Abrigo, o Parque de Campismo, os Hotéis e ainda um Albergue de Peregrinos, para os amantes do Turismo Religioso. Situada no coração do Minho, Ponte de Lima é um local obrigatório em todos os roteiros turísticos, um marco idílico para quem aprecia o bem-estar, o turismo de Natureza e a qualidade e o requinte do mundo rural.

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AS FEIRAS NOVAS

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Foi em 1826 que se inaugurou as Feiras Novas, assim designadas pelo povo para diferenciar das velhas feiras quinzenais. O documento que oficializa as Feiras Novas, autoriza a celebração da feira durante a festividade a Nossa Senhora das Dores que se realizava anualmente em Ponte de Lima com um dia de festa na Igreja Matriz, sempre na segunda quinzena de Setembro. Na verdade, passados dois séculos, as Feiras Novas é um dos temas mais atraentes da colectividade limiana e as suas vantagens continuam a ser imensas. É na efervescência das palavras, dos silêncios, dos gestos e das danças, das músicas, dos adornos, dos trajes, das diversões, dos negócios

e dos hábitos que a memória colectiva conserva as melhores lembranças e recordações. Ficam as imagens intimistas do corolário de um ano de vida intensa, culminando na alegria das barracas dos petiscos, do bom verdasco, da boroa caseira, dos rojões e sarrabulho, do encontro dos amigos ao som das concertinas e cantares ao desafio. As Feiras Novas fecham praticamente o ciclo festivo das romarias do Alto Minho, anunciando também a pausa das lides

das colheitas do ano agrícola. São um armazém de escolha múltipla, de consumo e de paródia, do típico e garrido minhoto genuíno, adornado de grinaldas, arcos e festões multicoloridos projectando sonhos no encanto da explosão do fogo de artifício. As Feiras Novas são sem dúvida um hino ao seu povo, num mítico regresso às suas origens. Os tempos são outros, mas a tradição ainda se mantém viva e recomenda-se. Num monumental arraial popular, viram

as chulas, o malhão e o vira minhoto, numa festa incontornável da cultura popular que perdura 24 horas por dia. A juventude, cada vez interventiva, adere efusivamente aos diversos espectáculos que criam um fascínio invulgar no imaginário social. As ruas e o imenso areal junto ao rio enchem-se de gente, de vida, de histórias, de labuta e de saudade. Mais do que as festas concelhias, as Feiras Novas são já uma marca, uma referência

nacional conhecida em toda a parte, dispensando publicidade e atraindo milhares de feirantes e visitantes oriundos dos mais diversos lugares. Elevam a cultura popular através do folclore, das tocatas de concertina, dos concertos de bandas de música, dos concursos pecuários, das tradicionais corridas de garranos e dos sublimes cortejos. Este ano, o maior congresso da cultura popular minhota realizase a 11, 12 e 13 de Setembro.

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2.4 Municípios em Destaque S. JOÃO DA PESQUEIRA

Entrevista ao Dr. José Tulha, Presidente da Câmara Municipal de S. João da Pesqueira

29 1. Considera que a reforma institucional do Turismo foi importante para a afirmação do seu Município no contexto regional e nacional? Sim, a reforma institucional do Turismo contribuiu para uma proximidade com os promotores do investimento turístico, tendo nós a noção que o turismo é tido como um dos eixos centrais do modelo de desenvolvimento do País, torna-se necessária uma crescente atenção à formulação de estratégias e à definição e execução de políticas, que possam contribuir para a promoção e afirmação do concelho de S. João da Pesqueira, como destino turístico de referência regional e nacional. No entanto para que este objectivo seja realmente conseguido, é também muito importante que as estratégicas e políticas a definir, passem pelo melhoramento/ alteração da rede viária do nosso Concelho.

2.Como avalia o desempenho da Entidade Regional do Turismo do Porto e Norte de Portugal? A Entidade Regional do Turismo do Porto e Norte de Portugal, tem tido um papel importante na divulgação e promoção do nosso município, enquanto destino turístico de eleição para quem visita o Douro.

3.Quais os Produtos Estratégicos que considera prioritários para o seu Município? Os produtos que consideramos ser a imagem de marca do município de S. João da Pesqueira são o vinho, o azeite e a amêndoa. Também, e não sendo propriamente um produto, é com toda a certeza uma grande imagem de marca, as nossas maravilhosas paisagens.


S. JOÃO DA PESQUEIRA

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S. JOÃO DA PESQUEIRA está literalmente no coração da primeira região vinícola demarcada do mundo, a Região Demarcada do Douro, onde nasce o famoso Vinho do Porto e vinhos de mesa de prestígio incomparável. As paisagens da região, sucessão infinita de encostas rasgadas em socalcos que os homens desenharam, surpreendem pela grandeza e convidam a uma viagem através da história.

S. João da Pesqueira, terra que se orgulha de deter o Foral mais antigo de que há memória, um dos mais antigos do país, anterior à criação da nacionalidade portuguesa. Todas estas singularidades, ficam marcadas e reconhecidas em 2001 com a classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial, sendo S. João da Pesqueira o concelho que maior área classificada detém (cerca de 20%).

Enquadrado por uma paisagem que varia das altas serranias, estranhamente belas na sua aspereza e isolamento agreste, até às encostas do rio Douro, talhadas em socalcos pela mão do homem e chão privilegiado de onde brotam os vinhedos, este concelho merece uma sugestiva viagem de lazer, navegando nas águas do rio Douro e descobrindo o património natural e arquitectónico que este município possui. Na verdade, não é fácil encontrar noutras zonas do interior do país, um território com tantos e diversos monumentos, ilustrando assim um passado recheado de actividade e azáfama

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construtiva, só possível graças à fervorosa crença religiosa que caracteriza este povo, e à permanência de famílias nobres e aristocráticas que, ao longo de séculos, aqui mantiveram residência. Estas vertentes, explicam, de maneira geral, a riqueza patrimonial e artística de base religiosa e a multiplicidade de solares brasonados, bem ilustrativos da presença de uma aristocracia rural que aqui perduraria quase até à actualidade. Por aqui há pinturas rupestres, necrópoles megalíticas, castros romanos, e ruínas de muralhas. Poderá fazer-se prova, através de uma visita atenta aos


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inúmeros testemunhos arqueológicos e arquitectónicos, a saber: Dólmen de Areita e Santos Mártires em Paredes da Beira; Praça da República, Capela da Misericórdia, Solar dos Tavoras, Casa do Cabo, Igreja Matriz, Paços do Concelho em S. João da Pesqueira; Solar Corte Real em Vilarouco; Casa do Adro, Paço Episcopal, Solar dos Caiados Ferrão e a Igreja Matriz (património nacional) em Trevões. Para além dos monumentos supra citados, o visitante pode ainda visitar o Museu Eduardo Tavares em S. João da Pesqueira e o Museu Etnográfico de Trevões. Pela localização geográfica e pela sua história, o concelho de S. João da Pesqueira é detentor de um vasto património paisagístico que fará as delícias dos turistas mais atentos, aconselhando-se uma visita mais demorada a cada um dos 14 miradouros existentes no concelho. S. João da Pesqueira dispõe de um vasto leque de oportunidades para o visitante desfrutar de bons momentos de recreio e lazer.

Para a prática de pedestrianismo e turismo de natureza o concelho dispõe: da Grande Rota dos Vinhos da Europa (GR14), da Rota dos Castanheiros (PR1), da Rota das Vinhas (PR2), da Rota das Amendoeiras (PR3), da Rota das Oliveiras (PR4). As Terras de S. João da Pesqueira têm também as condições ideais para a prática de turismo cinegético (caça e pesca). de entrada e os horários de acesso, divididos em três salas com os temas: “Terra,” “Gente” e “Ciclos Vitais”; Espaços semipúblicos acessíveis a pessoas do exterior sujeitos a modalidades prefiguradas, incluindo, marcação de visitas guiadas, seminários, estudos ou investigações, animações organizadas (escolares e outras), para outras prestações de serviço; Espaços privados acessíveis exclusivamente aos membros da equipa ou a pessoas autorizadas.

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VINDOURO FESTA POMBALINA

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O município maior produtor de Vinho do Porto e concelho que detém a maior área classificada como Património Mundial da UNESCO, acolheu nos dias 2 | 3 | 4 e 5 de Setembro, nova edição da VINDOURO | FESTA POMBALINA | S. JOÃO DA PESQUEIRA 2010.

Durante quatro dias, com entrada livre, dezenas de produtores de Vinho do Porto e DOC Douro estiveram reunidos no Parque de Exposições de S. João da Pesqueira, dando à prova os seus vinhos. No Cineteatro João Costa realizou-se o colóquio “Vitivinicultura Duriense – Novos Rumos” no âmbito do qual se debateu o futuro do Douro. No centro histórico, os visitantes tiveram oportunidade de encontrar expositores de produtos tradicionais durienses e divertir-se com animação de rua que recupera a época (século XVIII) de uma das figuras mais proeminentes da região: o Marquês de Pombal. No Palácio de Cidrô realizou-se o jantar pombalino, servido com todo o cerimonial e glamour da época, acompanhado de momentos de entretenimento. Durante o evento destacaram-se, ainda, concertos e outras actividades que elevaram S. João da Pesqueira a capital do Douro Vinhateiro.

www.vindouro.com www.facebook.com/sjpesqueira | www.twitter.com/sjpesqueira

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2.4 Municípios em Destaque VILA POUCA DE AGUIAR

Entrevista ao Dr. Domingos Dias, Presidente da Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar

37 1. Considera que a reforma institucional do Turismo foi importante para a afirmação do seu Município no contexto regional e nacional? Do meu ponto de vista, qualquer reforma, para ter sucesso, tem, em primeiro lugar, que partir do princípio de que algo está mal e é preciso corrigir. E o caso do turismo vem sendo, desde há muito tempo, por todos reconhecido como um sector constantemente esquecido pelas autoridades competentes. Portanto, se foi feita esta reforma, que, entre outros aspectos, visa uma maior aproximação do sector do Turismo aos órgãos governativos do país, estou em crer que desde logo é positiva, a partir do momento em que lhe reconhece a importância que, hoje, todos lhe atribuímos. No entanto, - e também como em todas as reformas – há ainda um longo caminho a percorrer na avaliação dos seus resultados e, nomeadamente no que respeita ao reconhecimento das regiões interiores enquanto maiores potenciadoras desta vertente do nosso país. Portugal precisa de compreender que o Turismo é a nossa maior potencialidade, e que, à parte do litoral, onde os turistas podem usufruir de belíssimas paisagens à beira-mar, existe um mundo por descobrir repleto de tradições, monumentos que construíram a nossa origem, e tantas outras paisagens que conciliam duas

grandes vantagens: a montanha, inseparável da biodiversidade que a rodeia, juntamente com a possibilidade de usufruir dela em qualquer época do ano. Na nossa região e no Município a que presido, conseguimos conciliar o Inverno com uma panóplia de experiências inesquecíveis e que devidamente potenciadas poderão conduzir a uma nova realidade turística. Precisamos, então, de trabalhar no sentido de minorar as diferenças que afastam o interior do litoral, criando ainda mais instrumentos/serviços, que nos permitam estar cada vez mais próximos das instâncias governativas, de forma a obtermos os meios indispensáveis a este desenvolvimento.

2.Como avalia o desempenho da Entidade Regional do Turismo do Porto e Norte de Portugal? No seguimento do que já referi anteriormente, ao ser criada uma entidade Regional é já um sinal positivo de proximidade, de entendimento desta necessidade de conhecer melhor os obstáculos para poder ultrapassá-los em conjunto. Mesmo num país pequeno como é o nosso, verificamos que há ainda demasiados índices reveladores de uma distância abismal entre Litoral/Interior, Norte/Sul. Quando temos ousadia para colocar na balança estes indicadores, percebemos que, em termos turísticos, este distanciamento se deve, em grande parte, à distância governativa que nos separa. Se são cridas novas redes de acesso, novos meios, e entidades que estão verdadeiramente próximas da realidade, torna-se, certamente, mais fácil de convergir interesses e torná-los globais, numa perspectiva de melhoria. É isso que se espera possa acontecer.


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39 3.Quais os Produtos Estratégicos que considera prioritários para o seu Município? Trás-os-Montes tem o que considero ser uma fonte inesgotável de “Produtos Estratégicos”, muito embora eu lhes preferisse chamar “naturais”, porque é isso mesmo que eles são. Também assim acontece com Vila Pouca de Aguiar. No entanto, penso que é correcto enumerar alguns que fazem as “honras da casa”. No que concerne à gastronomia, podemos referir a castanha, o cabrito, a carne maronesa, os cogumelos, o mel, para além dos variadíssimos tipos de pratos tradicionais que honram o Município e que constituem manjares riquíssimos que depois de provados são irrecusáveis.

Quanto ao património é para nós importantíssimo o Complexo Mineiro Romano de Tresminas, onde outrora houve a maior exploração mineira romana da Europa e que hoje sustenta parte de Turismo com carácter científico e parte com carácter lúdico com o seu auge no Festival de Ouro Romano; os monumentos arqueológicos megalíticos; os castros e sepulturas medievais, de valor inestimável, para além de todo um património imaterial, repleto de lendas, tradições e costumes, são um suporte enorme para o que queremos estratégico Turismo de Saúde e Bem-estar, alicerçado no projecto Aquanattur das termas de Pedras Salgadas.

Há ainda a considerar o facto de sermos a capital do Granito, e o concelho que guarda a água mineral gaseificada mais apreciada pelo menos em Portugal: a Água de Pedras Salgadas, juntamente com todas as suas qualidades termais. Para finalizar, não posso deixar de referir um dos bens mais abundantes e ricos que o Município de Vila Pouca de Aguiar conserva: a biodiversidade, com potencialidades imensuráveis para o Turismo de Natureza.

É por aqui, por isso, que temos começado o nosso trabalho: não queremos que quem nos visita deixe de apreciar a Feira do Cabrito, da Castanha e Cogumelos, que se realiza anualmente em Novembro e que conta com o envolvimento da nossa Academia da Micologia, queremos que regressem para conhecer o nosso artesanato e algumas iguarias quando visitarem a nossa Feira do Mel e do Artesanato, no Verão, e que venham conhecer os nossos produtos típicos – todos biológicos –, apresentados pela altura do S. Miguel (Setembro) na tão conhecida Feira das Cebolas. O nosso esforço tem vindo a ser o de revelar aos nossos turistas tudo o que a Natureza (naturalmente) nos ofereceu.

Aos produtos que temos apenas os melhoramos e lhes chamamos “transmontanos” porque é o que somos.


Os comensais, devidamente caracterizados, apreciam o banquete

Complexo Mineiro de Tresminas o Ouro Romano

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O Complexo Mineiro Romano de Tresminas constitui a exploração aurífera primária mais importante do conventus bracaraugustanus, enquadrada na extensa região mineira do Noroeste Peninsular. A exploração do ouro constituiu, em época romana, um dos principais vectores de desenvolvimento das regiões conquistadas pelo Império Romano.

romano, servido no Mercado Municipal.

Tendo permanecido quase incólume desde época romana, o Complexo Mineiro Romano de Tresminas encerra todo o seu potencial arqueológico e histórico, encontrando-se classificado, desde 1997, como Imóvel de Interesse Público. Com vista à valorização deste “espaço cultural privilegiado”, o Município de Vila Pouca de Aguiar tem apostado na promoção de projectos de investigação científica, concretamente campanhas de escavações e prospecções arqueológicas.

No fundo da Corta da Ribeirinha, o visitante pode, hoje, testemunhar

O Complexo Mineiro de Tresminas dispõe de um programa de visitas

o esforço humano empreendido na abertura destas autênticas

guiadas, durante todo o ano, com acesso ao interior das galerias sub-

crateras de extracção de ouro, durante o Império Romano.

terrâneas e explicações acerca do património arqueológico e natural.

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O I Festival do Ouro Romano, realizado entre 3 e 5 de Setembro, constitui a primeira materialização da ligação entre Tresminas e Las Médulas. Com efeito, este evento teve como principal objectivo a promoção e divulgação do património histórico e arqueológico do Município de Vila Pouca de Aguiar, nomeadamente, do Complexo Mineiro Romano de Tresminas/Jales, exploração aurífera de considerável envergadura em época romana. Como linhas de orientação, a recriação do ambiente vivido no

período áureo da exploração mineira no concelho de Vila Pouca de Aguiar com ênfase para a riqueza cultural do Império Romano, e a dinamização do Complexo Mineiro Romano de Tresminas, relevando o potencial patrimonial e paisagístico das grandes cortas mineiras. Mais do que uma feira romana, o I Festival do Ouro Romano pretendeu constituir um evento único em Portugal, em termos de recreação histórica e animação temática, pautado por qualidade e rigor.

O Cortejo Inaugural recriou uma recepção popular ao Procurator Metallorum, personagem que foi interpretado pelo próprio Presidente do Município


DESCOBRINDO A NOSSA NATUREZA

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O território de Vila Pouca de Aguiar é reconhecido, não só pela excelência dos seus recursos geológicos, desde o granito às águas minero-medicinais, mas também pela sua elevada biodiversidade. Esta grande riqueza deve-se, por um lado, à diversidade e boa conservação dos habitats existentes, e por outro à confluência de áreas de forte influência atlântica e mediterrânica, permitindo a ocorrência de várias espécies, numa situação única a nível nacional e rara a nível ibérico.

De facto, cerca de um terço do concelho de Vila Pouca de Aguiar encontra-se abrangido pelo Sítio de Interesse Comunitário Alvão/Marão, criado no âmbito da Rede Natura 2000. De referir, ainda, o facto de o concelho ser limítrofe, a sudoeste, com o Parque Natural do Alvão.

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A Libelinha-azul atesta, com a sua presença, a qualidade ambiental dos ecossistemas naturais.

A Barragem do Alvão permite-nos contemplar o espectáculo da Natureza, durante as quatro estações do ano.


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FAUNA

FLORA

Vila Pouca de Aguiar é o coração do território do Lobo ibérico, a norte do Douro. A presença ancestral desta espécie, actualmente em perigo de extinção, vem sendo cada vez mais valorizada, motivando, até, a alteração de projectos de infra-estruturas viárias importantes, para minimizar o impacto negativo sobre os seus habitats naturais.

Os bosques de folhosas são a base ancestral da vegetação local, com inúmeras espécies companheiras, arbustivas e herbáceas. Destacam-se as composições arbóreas de carvalhos e castanheiros, às quais se encontram associadas espécies como o abrunheiro, o pirliteiro, o azevinho, o zangarinho e o vidoeiro. As urzes, abundantes nas inóspitas serras da Padrela e do Alvão, são fundamentais para a produção do afamado mel da região.

Vila Pouca de Aguiar é o coração do território do Lobo

O colorido das flores e insectos, no concelho de Vila Pouca

ibérico, em Portugal.

de Aguiar.

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COGUMELOS

Rede Municipal de Percursos

Os cogumelos são uma importante fonte proteica na gastronomia local. As espécies comestíveis mais apreciadas são as sanchas, típicas de pinhais; os frades ou cachopos, em espaços abertos e prados; os tortulhos; os boletos; e os míscaros. Em Vila Pouca de Aguiar existe uma confraria dedicada aos cogumelos, a Academia Cultural e Gastronómica da Micologia, a qual se destina a apreciar, estudar e proteger este relevante recurso ecológico e gastronómico. De 13 a 15 de Novembro realizarse-à, no Mercado Municipal, a IX Feira Gastronómica de Vila Pouca de Aguiar, dedicada ao Cabrito Bravio, à Castanha da Serra da Padrela e aos Cogumelos Silvestres recolhidos no Concelho.

A Rede Municipal de Percursos de Vila Pouca de Aguiar inclui 14 percursos pedestres de pequena rota, um percurso pedestre de grande rota, um percurso equestre e um percurso cicloturístico, completando a mais extensa rede de trilhos sinalizados, a nível nacional. Os trilhos estão marcados de acordo com a sinalética internacional de pedestrianismo, podendo

Os boletos são das espécies de cogumelos mais apreciadas.

Para cada percurso foi publicado um topoguia desdobrável de apoio.

ser percorridos sem necessidade de um guia especializado. Para cada percurso, encontra-se publicado um topoguia desdobrável, contendo: ficha técnica do percurso, cartografia, regulamento, perfil altimétrico e uma breve descrição do património cultural e natural ao longo do trilho. Mais informações em www.cm-vpaguiar.pt.

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DESTAQUE

DIA MUNDIAL DO TURISMO 27 de Setembro

Com o tema Turismo e biodiversidade, proposto pela Organização Mundial do Turismo, o Dia Mundial do Turismo quer oferecer sua contribuição a este 2010, declarado pela Assembleia Geral das Nações Unidas “Ano Internacional da Diversidade Biológica”. O Turismo afirma-se como um sector em franco e rápido crescimento, o que comporta alguns importantes efeitos na conservação e uso sustentável da biodiversidade. Neste sentido, o desenvolvimento deste sector económico deverá ser acompanhado, inevitavelmente, dos princípios de sustentabilidade e respeito à diversidade biológica. É necessário potenciar, crescentemente, o equilíbrio entre o Turismo e a biodiversidade biológica no sentido de se apoiarem mutuamente, de modo a que desenvolvimento económico e protecção do ambiente não apareçam como elementos

opostos e incompatíveis. Os esforços para potenciar e promover a diversidade biológica na sua relação com o Turismo passam, em primeiro lugar, por desenvolver estratégias participativas e partilhadas, apelando a uma intervenção efectiva dos stakeholders na definição de objectivos, planeamento de acções e afectação de meios que devem ser reflectidamente ponderadas face a um mercado altamente competitivo e que se inscreve no “paradigma verde”. Com efeito, o desempenho ambiental de um Destino Turístico será cada vez mais um factor de atracção para os turistas que se encontram, crescentemente, orientados para as práticas ambientalmente responsáveis. Que a Comemoração do Dia Mundial do Turismo’2010 potencie uma renovada leitura sobre a importância do diálogo Turismo e Natureza como a via que melhor conduz à gloriosa edificação de um horizonte de reciprocidade entre os turistas e a realidade visitada.

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Festival aéreo “Red Burros, Fray-In” em Mogadouro

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EVENTOS

A Turismo do Porto e Norte aliou-se à Câmara Municipal de Mogadouro para assinalar o 5º aniversário do seu aeródromo municipal, que para o efeito organizou no dia 31 de Julho o 1º festival aéreo “Red Burros, Fray-In”, que contou com a participação de 70 pilotos e meia centena de aeronaves. O evento reuniu à volta de 2000 espectadores que puderam desfrutar das várias actividades que a organização propôs: exposição estática de vários modelos de aviões civis e militares, simulador de voo de helicópteros da marinha portuguesa, baptismos de voo, várias acrobacias aéreas e, claro está, passeios a dorso de burro mirandês. O Dr. Júlio Meirinhos, Vice-Presidente da Turismo do Porto e Norte, teve a oportunidade de referir à comunicação social que “O evento teve dignidade nacional e o nome colocado foi feliz e caiu muito bem na opinião pública, por isso trouxe tanta gente. Estas iniciativas orgulham os organizadores, fazem mexer a economia local e incrementam os fluxos turísticos da região”. Dado o sucesso, a Câmara Municipal está a ponderar o registo do nome e a realização anual do festival aéreo. O evento teve ainda como objectivo promover a modalidade do voo planado, pois naquele aeródromo funciona uma escola que em três anos já formou a metade dos pilotos de planadores em Portugal. criando um momento sublime e enriquecedor desta Romaria. Conta a tradição, que a origem deste cerimonial, provém de Santiago de Compostela. Seja de onde for, esta forma de representação urbana veio e ficou para sempre. O Cortejo Etnográfico e Histórico, sempre ao Sábado, têm como tema este ano, “o Mar de Viana nos Caminhos de Santiago”, alusivo ao Santo Compostelano e na evocação da Rota do Jacobeu, contando com a mulher de Viana que mais uma vez estará presente com os seus trajes.

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Festa da História em Bragança

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Durante o sábado 14 e domingo 15 de Agosto, integrada nas festas da cidade, este é o terceiro ano que o recinto do castelo de Bragança acolhe a Festa da História: danças e músicas medievais, exposições e mercados, jogos e torneios, personagens trajadas a rigor e peças de teatro, com destaque para “O Braganção Mendo Alão e o Rapto da Princesa da Arménia”, peça de teatro que recorda os antepassados gloriosos de Bragança. Este ano a Festa da História reuniu cerca de 70 expositores e trouxe milhares de visitantes, pretendendo afirmarse no futuro como um evento turístico de referência na modalidade.

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Turismo sustentável e espaços protegidos No ano Internacional da Biodiversidade, no dia em que comemora o seu 31º aniversário, o Parque Natural de Montesinho em colaboração com a Turismo do Porto e Norte, Delegação de Turismo Natureza em Bragança, organiza um “dia aberto” que inclui um debate sobre “Turismo de Natureza” seguido de uma visita à Área Protegida. O debate terá lugar no auditório da Delegação Turismo de Natureza, conta a presença do

Dr. Lagido Domingos, Director DGAC Norte / ICNB e com duas comunicações: “Compatibilização dos valores naturais do PNM com o turismo de natureza” do Prof. Doutor Dionísio Gonçalves, Presidente do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Bragança e ainda, “O turismo de natureza como instrumento para o desenvolvimento sustentável” de Carlos Ferreira, Administrador Delegado da Delegação Natureza da Turismo do Porto e Norte de Portugal.

O Parque Natural de Montesinho, situado em plena Terra Fria trasmontana é caracterizado por uma paisagem sóbria pautada por relevos suaves e rios encaixados e foi criado através do Decreto-Lei n 355/79, de 30 de Agosto. www.icnb.pt; pnm@icnb.pt


1º Troféu internacional de Patinagem de Velocidade Mondim de Basto

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A Turismo do Porto e Norte de Portugal, E.R. no âmbito da sua estratégia de promoção considera os eventos desportivos como estratégia de desenvolvimento de primeira grandeza. Neste sentido, associou-se ao 1º Troféu

Internacional de Patinagem de Velocidade de Mondim de Basto que se realizou no passado dia 7 de Agosto, cuja organização decorreu de uma parceria entre o Centro Cultural e Recreativo de Válega-Patinagem, aCâmara Municipal de Mondim de Basto e o Águahotels. Este evento contou com a presença de 98 patinadores de 8 clubes, 7 de Portugal Continental e um da

Galiza, Espanha. De facto, na conjuntura actual, a organização de eventos desportivos assume uma importância crescente decorrente do mediatismo e notoriedade que representam para o país e para a região. Podem constituir mesmo um precioso “atalho” para conseguir um reconhecimento global através da exposição mediática.

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Concurso “Construções na Areia” A Turismo do Porto e Norte de Portugal, E.R. participou no júri da iniciativa do Diário de Notícias “Construções na Areia” que decorreu em Vila Praia de Âncora com o objectivo de avaliar o lado mais criativo através da elaboração de “esculturas” e representações dos mais variados temas idealizados por jovens artistas.


Festas de Nossa Senhora dos Remédios | 26 de Agosto a 09 de Setembro LAMEGO

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Agosto despede-se em grande na histórica cidade de Lamego. Começa a Romaria de Portugal, a festa de Nossa Senhora dos Remédios. Nestes últimos dias, as ruas alegram-se, aparecem ainda mais turistas e forasteiros, as barracas de artesanato e as tasquinhas de gastronomia espalham-se pela avenida aos pés do escadório e a iluminação enche de cor e luz as principais artérias da cidade. Entre o dia 26 de Agosto e o dia 09 de Setembro, Lamego oferece a todos dias e noites repletas de animação. No primeiro dia de festejos a expectativa é grande. Pela manhã, lê-se o Arauto e todos os cidadãos ficam solenemente convidados. À noite, acende-se pela primeira vez a iluminação, cujo brilho se estende, degraus acima, até ao Santuário mariano. Oficialmente começa a festa. A cultura popular é, sem dúvida, a mais vivida nestes dias.

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As tradicionais arruadas de bombos e desfiles de bandas de música preenchem, com o seu som ensurdecedor, as manhãs e tardes da cidade que ansiosamente aguarda a agitação dos dias principais. Na véspera, os autocarros de excursões começam a chegar de todo o país; as barracas de comes e bebes reforçam os seus stocks de caldo

verde, frango, febras, sardinha e vinho tinto. Dia 06 à noite, o povo apressa-se para conseguir um bom lugar para assistir à espectacular Marcha Luminosa, um desfile que muitos esperam desde as primeiras horas da tarde, na ânsia de ficar na fila da frente para não perder pitada. A música toma, então, conta da cidade. Atrás dos coloridos car-


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ros alegóricos, seguem grupos folclóricos, escolas de samba, cantando e bailando, envoltos em serpentinas de mil cores que os populares lhes devolvem das janelas e varandas. No dia seguinte, o desfile repete-se pela tarde, mas desta feita, com outro colorido e mais descontracção. É a Batalha das

Flores, cujo nome se deve aos milhões de pequenos papelinhos atirados pelo ar durante a sua trajectória. À noite, a festa atinge o auge dos festejos populares. Bombos, Zés Pereiras, grupos de concertinas e cantares ao desafio, rusgas e tocatas de ranchos folclóricos e grupos espontâneos de romeiros a

cantar e a tocar instrumentos tradicionais e muita, muita gente, transformam as principais ruas de Lamego, num mar de pessoas, num vai e vem que só termina às primeiras horas do dia.

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No dia 08, os festejos são exclusivamente de cariz religioso. É dia de Nossa Senhora dos Remédios e a Procissão do Triunfo percorre silenciosamente as ruas da cidade com os seus andores puxados por juntas de bois – a única no mundo com autorização papal - e figurados vivos por crianças

e jovens encarnando anjinhos e figuras bíblicas. É o momento alto da Romaria. Milhares de pessoas aguardaram dias, outras deslocam-se a Lamego propositadamente para assistir à procissão. Passada a Procissão as Festas estão prestes a terminar. À noite, o fogo-de-artifício faz as

delícias de todos com duas partidas distintas, repletas de cor e luz ao rebentar nos céus da cidade. No dia seguinte, dia 09, os que ficaram cumprem a tradição: vão ao jardim ver o fogo preso, ouvir a música do último artista convidado e petiscar nas barraquinhas próximas.


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NOTÍCIAS

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE TURISMO DO DOURO Vai ter lugar, entre 11 e 13 de Novembro, na Aula Magna da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a Conferência Internacional do Douro, mais uma parceria do Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo e da Turismo do Porto e Norte de Portugal, desta feita complementada com a participação da Turismo do Douro. Financiada através do ON2, esta iniciativa visa promover uma reflexão técnico-científica acerca da situação actual do Turismo na região, aberta a todos os agentes regionais do sector. Pretende-se analisar possíveis estratégias de divulgação e desenvolvimento do Turismo no Douro bem como as sinergias a estabelecer com o restante território da região Norte.

SEXTA-FEIRA 13 – PRÉMIO REVELAÇÃO NA II GALA DE EVENTOS O concelho de Montalegre teve lugar de destaque na III Gala dos Eventos, iniciativa conjunta da ExpoEventos, da Associação Portuguesa das Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos (APECATE) e da revista Festas&Eventos, que pretende nomear os eventos organizados por empresas portuguesas, que mais se destacaram ao longo de 2009. Em causa continuam critérios como a criatividade, produção, conceito e impacto. No somatório dos votos o Prémio Revelação do Ano foi para a Câmara Municipal de Montalegre/Ecomuseu de Barroso com o evento “Sexta-Feira 13 - Noite das Bruxas”.

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Caminhos de Santiago

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No âmbito do projecto conjunto entre a TPNP, ER, Comissão Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDRN), AECT, Xunta da Galiza, e os Municípios do Norte de Portugal, que integram o Caminho Português de Santiago, realizou-se a última etapa da peregrinação entre o Porto e Santiago de Compostela, entre Padrón e Santiago,

com um acto simbólico de encerramento, que contou com a presença de várias Entidades Portuguesas e Galegas, seguida da “Missa do Peregrino”, realizada na Catedral de Santiago Compostela. Foram 14 etapas que envolveram mais de 200 peregrinos portugueses e galegos e 28 Municípios da Euro-Região. Esta iniciativa teve como objectivo principal, a promoção

do caminho de Santiago pela rota tradicional do lado português e a sensibilização pública para o seu importante valor histórico, religioso, patrimonial e paisagístico.

TURISMO DO PORTO E NORTE DE PORTUGAL ORGANIZA TOUR TERMAL TRANSFRONTEIRIÇO DA TERMATALIA Pelo segundo ano consecutivo, a Turismo do Porto e Norte de Portugal organiza o Tour Termal Transfronteiriço da Feira Internacional de Turismo Termal de Ourense (Termatalia), um dos eventos paralelos deste certame que mereceu destaque na conferência de imprensa de apresentação , realizada no passado dia 27 de Agosto, em Madrid. Este ano, os participantes do tour visitarão as Termas de Chaves – onde poderão experimentar algumas das técnicas e equipamentos termais -, as Termas de Caldelas – onde, para além da visita técnica ao hotel e ao balneário, degustarão

a gastronomia regional – e as Termas de Pedras Salgadas, onde poderão apreciar o sabor de uma das águas minerais naturais portuguesas mais conhecidas no mundo inteiro. O Tour Termal Transfronteiriço terá lugar a 17 de Outubro de 2010. Mais informações em: www.termatalia.com

FESTIVAL DA COR CASTANHO Ecomuseu de Montalegre [3 de Setembro a 15 Dezembro 2010] Foi inaugurado no passado dia 3, na sede do Ecomuseu de Barroso, Montalegre, o segundo Festival Internacional do Castanho. Presentes artistas nacionais e estrangeiros com exposição de obras de arte, performances (música, poesia, slideshow...), degustação de comida vegetariana, experimentações no Castanho (barro, papel, lã e pintura), mercado de produtos castanhos, workshops de som e vídeo, entre outros. Inscrições abertas no Ecomuseu de Barroso num evento que só termina a 15 de Dezembro. Mais informações em: http://www.ecomuseu. org/Portugues/ecomuseu/ detalhe_destaques. php?id=256 ou http:// festivalofbrown.blogspot.com/

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INTERPRETES DA COMISSÃO EUROPEIA VISITAM O NORTE DE PORTUGAL 64

No âmbito do seu plano de formação (cursos de actualização linguística) e com vista a proporcionar aos intérpretes funcionários um contacto vivo com a língua, a cultura e a realidade socioeconómica dos países da União Europeia, a Direcção Geral de Interpretação da Comissão Europeia, escolheu o Norte para a realização, entre 22 e 26 de Agosto, do curso de português. Simultaneamente, os formandos tiveram a oportunidade de entrar em contacto com o património da região num percurso com início em Chaves (onde visitaram as Termas de Chaves e as Termas de Vidago) e paragens em Montalegre, Boticas, Vila Real, Peso da Régua e Porto. Desta visita resultará um documentário em vídeo que integrará a biblioteca da DirecçãoGeral e que será divulgado através da respectiva página Web.

EXPOSIÇÕES PATENTENTES NA ALFÂNDEGA DO PORTO EM SETEMBRO “O Automóvel no Espaço e no Tempo” Conheça a evolução histórica e tecnológica do automóvel desde o seu surgimento até à actualidade. Colaboração com o CPAA (Clube Português de Automóveis Antigos). Saiba que o 1.º automóvel a entrar em Portugal foi o Panhard & Levassor e que na sua 1.ª viagem atropelou um burro. Veja o Marlei, modelo único construído por Mário Moreira Leite para a competição. Aproveite para passar pela “Garagem do Sr. Teixeira”.

“Com Peso & Medida” [ATÉ 15 DE SETEMBRO] Esta exposição pretende divulgar a história dos pesos e medidas em Portugal. Esta colecção de pesos e medidas traduz, também, a actuação das Alfândegas Portuguesas (Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo), no controlo e fiscalização das trocas comerciais efectuadas no país. A exposição Com Peso e Medida resultou de uma parceria institucional com o Museu de Arte e Arqueologia de Viana do Castelo que possui, igualmente, uma notável colecção de instrumentos de medição, de grande valor histórico.

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Inauguração do Museu do Côa 30 de Julho

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A TPNP, E.R. participou na inauguração do Museu de Foz Côa cuja cerimónia foi presidida pela Ministra da Cultura - Drª Gabriela Canavilhas. A intenção de edificar o Museu do Côa remonta a 1996, ano da criação do Parque Arqueológico do Vale do Côa. Em 1998 a UNESCO atribuiu a classificação de Património Cultural da Humanidade à Arte Rupestre do Vale do Côa, referindo-se a esta região do Nordeste de Portugal, caracterizada por centenas de gravuras datadas do Paleolítico, como o maior museu ao ar livre do mundo. Indissociável de uma descoberta arqueológica que apaixonou a opinião pública internacional, o Museu do Côa desenvolve-se num edifício “escultórico” na interacção forte que estabelece com a paisagem, desenvolvendo-se ao longo de 4 pisos que englobam auditório, serviço educativo, área administrativa, loja e salas expositivas. O projecto arquitectónico é da autoria de Pedro Tiago Lacerda Pimentel e Camilo Bastos Rebelo. A obra de construção civil iniciou-se em 2007. Os conteúdos científicos foram desenvolvidos pelo Parque Arqueológico do Vale do Côa e por Universidades portuguesas com as quais o IGESPAR estabeleceu protocolos: Universidades do Minho (Unidade de Arqueologia), de Lisboa (Centro de Estudos Geográficos da Faculdade de Letras) e Universidade Nova de Lisboa (Centro de Estudos Comunicação e Linguagem).

EXPOSIÇÃO SINAIS DA ARTE IBÉRICA DO SÉCULO XX Integrada na Bienal de Arte de Chaves, encontra-se patente ao público, no Centro Cultural de Chaves, até ao próximo dia 30 de Setembro, a exposição colectiva SINAIS DA ARTE IBÉRICA DO SÉCULO XX. Esta exposição promove o encontro entre a genialidade artística que Portugal e Espanha compartem através de obras de onde se destacam os “nomes sagrados” de Pablo Picasso, Juan Miró, Miquel Barceló, Luís Feito, Amadeo Souza-Cardoso, Dominguez Alvarez, Joaquim Rodrigo, Jorge Pinheiro, Júlio Pomar, Mário Cesariny e Nikias Skapinakis. Uma ocasião única para descobrir outra forma de cumplicidade transfronteiriça através alguns exemplares da criação estética de artistas que desenvolveram a sua produção entre as primeiras décadas e os anos 1960 do século passado. A Bienal de Arte de Chaves é organizada pelo Município em parceria com Cooperativa Árvore e conta com o apoio do Turismo de Portugal. Mais informações em www.chaves.pt

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LOJA DE SANTIAGO DE COMPOSTELA

Montalegre Apresentação das Sextas-Feiras 13 3 de Agosto

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PALCO POR EXCELÊNCIA DE PROMOÇÃO DOS EVENTOS DO PORTO E NORTE DE PORTUGAL

S. João da Pesqueira apresenta Vindouro Festa Pombalina’2010


S. João da Pesqueira apresenta Vindouro Festa Pombalina’2010

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O Município de S. João da Pesqueira apresentou no dia 24 de Agosto o programa Vindouro – Festa Pombalina’2010 na Loja de Santiago de Compostela numa evocação à época Pombalina.

Vila Pouca de Aguiar Apresentação do I Festival Romano 27 de Julho

Romaria d’Agonia por Santiago de Compostela A acção de divulgação da Romaria da Senhora d’Agonia em Santiago de Compostela foi registada em brochura. A Câmara Municipal de Viana do Castelo em conjunto com a VianaFestas compilou diversas fotografias de Arménio Belo alusivas ao evento. Da mesma constam fotografias do desfile de Mordomas da Romaria pelas históricas ruas de Santiago realizado em Maio, bem como, da conferência de imprensa realizada a 15 de Julho na Loja de Turismo da Turismo do Porto e Norte de Portugal.

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VOZ DE TRÁS-OS-MONTES

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CLIPPING TRIBUNA DOURO

COMUNICAÇÃO E IMAGEM | Clipping GRANDE PORTO

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MONTALEGRE

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MENSAGEIRO NOTÍCIAS

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VIVA! PORTO.PT


CORREIO DO MINHO

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JORNAL DO DOURO

JORNAL DO DOURO

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PUBLITURIS


8 de Setembro [feriado municipal]

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até 30 de Setembro

3 e 4 de Setembro

3 a 24 de Setembro

PEREGRINAÇÃO AO SANTUÁRIO DA

EXPOSIÇÃO

XI FESTIVAL iNTERNACIONAL

“Miragem” - Exposição de

NOSSA SENHORA DA NATIVIDADE

HOMENAGEM A NADIR

DE MÚSICA TRADICIONAL

Pintura de Costah & Azul

DO CASTELINHO

AFONSO (CHAVES, 1920)

Praça das Eiras, Macedo

Museu Municipal Carmen

Marco de Canaveses

[exposição integrada na

de Cavaleiros

Miranda, Marco de

www.cm-marco-canaveses.pt

Bienal de Arte]

www.cm-marco-canaveses.pt ou

Canaveses

Biblioteca Municipal

www.cartazdeideias.pt/noticia.

08 Setembro

de Chaves

aspx?id=2a6efb4d-fb47-474e-

Romaria de Nossa Sr.ª.

www.chaves.pt

9951-0ff0ebfb7682

de Porto D’Ave Povoa de Lanhoso

AGENDA

www.confraria-portodave.com 9 a 12 de Setembro Os Hospitalários no Caminho de Santiago (Feira Medieval) Matosinhos http://hospitalarios2010.com

2 a 5 de Setembro 2010 XXIV CONGRESSO DE MEDICINA POPULAR

10 a 13 de Setembro de 2010

Vilar de Perdizes

Feiras Novas

http://vilar-de-perdizes.

Ponte de Lima

blogspot.com/2010/08/

www.cm-pontedelima.pt

xxiv-congresso-de-medicina26 de Agosto a 9 de Setembro

popular.html

11 a 12 Setembro

Festa de Nª Sra. dos Remédios

4 e 5 de Setembro

Festa da Nossa Senhora da

Lamego

Festa do Agricultor

Bonança

www.cpfermentoes.com

Vila Praia de Âncora | Caminha

www.cm-lamego.pt

1 a 5 de Setembro de 2010

3 a 12 de Setembro

I FESTIVAL DO OURO ROMANO

27ª Feira de Artesanato e

30 de Agosto a 11 de Setembro

Complexo Mineiro Romano de

Gastronomia

5 a 11 de Setembro

Encontros Internacionais de

Tresminas

Vila Nova de Famalicão

Douro Film Harvest

Música de Guimarães

Vila Pouca de Aguiar

www.cm-vnfamalicao.pt

Torre de Moncorvo

Guimarães

www.cm-vpaguiar.pt

www.ccvf.pt

www.cm-caminha.pt

www.dourofilmharvest.com

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12 e 19 Setembro

17 de Setembro

18 a 22 Setembro

Romaria da Nossa Sr.ª. Alivio

IX ENCONTRO DE ENTIDADES

Festa de Nossa Sr.ª das Dores

24 e 25 de Setembro de 2010

24 a 26 de Setembro

25 e 26 de Setembro

Vila verde

LOCAIS CON AUGAS

Povoa de Varzim

FEIRA DAS CEBOLAS

JORNADAS EUROPEIAS DE

GEORAID SERIES

www.cm-vilaverde.pt

MINERO-MEDICINAIS E TERMAIS

www.cm-pvarzim.pt

Vila Pouca de Aguiar

PATRIMÓNIO

Montalegre

www.cm-vpaguiar.pt/

(vários locais)

www.cm-montalegre.pt/

19 Setembro

PageGen.aspx?WMCM_

24 de Setembro: Visita Guiada

PaginaId=31827

ao Museu da Pedra do Marco de

Ourense

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16 a 18 de Setembro

17 a 19 de Setembro

Romaria de Stª Eufémia

III SEMNIÁRIO

Festividades em Honra de N.

Trofa

Canaveses

INTERNACIONAL DE TAROUCA

Sra. das Graças

www.mun-trofa.pt

www.igespar.pt/pt/

E CISTER

Chaves

Tarouca

www.chavesviva.pt

agenda/5/1742/ 19 a 30 Setembro Feira e Festa de S. Miguel

www.cm-tarouca.pt/noticia_ bi.php?id_noticia=51

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17 de Setembro a 16 Outubro

Cabeceiras de Basto

Douro Jazz

www.cm-cabeceiras-basto.pt

Vila Real (Lamego, S. João da Pesqueira, Bragança e Chaves)

22 a 26 de Setembro

www.dourojazz.com

Portojoia 2010 Porto

17 a 26 de Setembro

www.portojoia.exponor.pt

FIMP - Festival Internacional de Marionetas do Porto

23 a 26 de Setembro

Porto

Feira das Colheitas

http://fimp2010.wordpress.com/

Arouca www.feiradascolheitas.com 24 a 29 Setembro

25 de Setembro

29 Setembro

18 e 19 Setembro

24 de Setembro

Festa da Labareda

Feira Joanina (recriação de

Festas de S. Miguel

Festa da Nossa Senhora

CICLO DE CONFERÊNCIAS:

Resende

uma feira da época de D.JoãoI)

Tarouca

da Ajuda

LEITURAS CONTEMPORÂNEAS QUE

www.cm-resende.pt

www.guimaraesturismo.com

www.cm-tarouca.pt

Espinho

TOMGOBRIGA PROPICIA “O PAPEL

www.cm-espinho.pt

DA LÍNGUA E A LATINIDADE”

24 a 29 de Setembro

Fórum de Tongobriga,

AGROBASTO

Marco de Canaveses

Cabeceiras de Basto

www.cm-marco-canaveses.pt

www.cm-cabeceiras-basto.pt


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APOIO AO INVESTIDOR

Crédito para a Reconversão dos Empreendimentos Turísticos A redução das tipologias de empreendimentos turísticos, concretizada com a publicação do novo regime jurídico da instalação, exploração e funcionamento dos empreendimentos turísticos, determinou a obrigatoriedade de reconversão, nas tipologias actualmente existentes, dos empreendimentos com uma classificação não enquadrada nos novos parâmetros.

A linha Crédito ao Investimento no Turismo – Protocolos Bancários prevê o enquadramento de operações associadas a projectos de requalificação que se traduzam na reconversão de estabelecimentos existentes nas tipologias de empreendimentos turísticos actualmente em vigor. A necessidade de realização da reconversão até 31 de Dezembro de 2010 e o esforço de investimento que a mesma terá de comportar justificaram a definição, no quadro daquele regime de financiamento, de uma nova linha de crédito especificamente destinada à reconversão dos empreendimentos turísticos. Com uma dotação de 10 milhões de euros, esta linha específica, que aplica supletivamente as regras gerais do Crédito ao Investimento no Turismo – Protocolos Bancários, tem como beneficiárias as PME e permite a concessão

de financiamentos até 75% do investimento elegível, dos quais 75% são assumidos pelo Turismo de Portugal, I.P., sem qualquer taxa de juro associada. Por outro lado, podem ser atribuídos prémios de desempenho aos promotores que, com o respectivo projecto de arquitectura já aprovado pela entidade competente, apresentem os pedidos de financiamento junto do Banco até 31 de Dezembro de 2010 e concluam o investimento no prazo definido na candidatura, com data limite de 31 de Dezembro de 2011. Esse prémio consiste na conversão de 25% do total do financiamento em incentivo não reembolsável, a imputar à parte do Turismo de Portugal, I.P. Configurando uma importante oportunidade de materialização dos objectivos de qualificação da oferta turística nacional que subjazem ao actual regime

jurídico da instalação, exploração e funcionamento dos empreendimento turísticos, pretende-se que esta medida favoreça a rápida adequação dos estabelecimentos existentes aos novos parâmetros de classificação e induza um processo dinâmico de investimento susceptível de garantir, a médio prazo, a elevação dos níveis de satisfação dos turistas. Integrada na Linha de Crédito ao Investimento no Turismo - Protocolos Bancários, esta linha específica dirige-se a projectos que visem a reconversão de empreendimentos turísticos nas tipologias previstas no Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de Março.

A Linha de Crédito ao Investimento no Turismo passou a prever uma linha específica para financiamento de projectos que visem a reconversão de empreendimentos existentes nas tipologias estabelecidas no regime jurídico da instalação, exploração e funcionamento dos empreendimentos turísticos, consagrado no Decreto-Lei n.º 39/2008. Em face da significativa diminuição das tipologias e subtipologias existentes, e considerando que os empreendimentos turísticos, os empreendimentos de turismo no espaço rural e as casas de natureza dispõem de um prazo até 31 de Dezembro de 2010 para se reconverterem nas tipologias estabelecidas, esta nova linha específica pretende proporcionar melhores condições de financiamento aos promotores que têm de assegurar a reclassificação dentro daquele prazo.

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Condições de financiamento

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Condições de candidatura Podem candidatar-se para à reconversão para empreendimentos turísticos as seguintes unidades de alojamento e, se for o caso, no upgrade de classificação dos próprios empreendimentos turísticos:

UNIDADES DE ALOJAMENTO Estalagens Motéis Pensões Parques de Campismo Rurais Turismo de Aldeia Turismo Rural Casas-Abrigo Casas Retiro Centro de Acolhimento

EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS Hotéis Hotéis-Apartamentos Pousadas Aldeamentos Turísticos Apartamentos Turísticos Conjuntos Turísticos Agro-Turismo Casas de Campo Hotéis Rurais Turismo de Habitação Parques de Campismo

| Gabinete de Apoio ao Investidor | Agostinho Peixoto (agostinho.peixoto@portoenorte.pt)

| Orçamento | 10 milhões de euros. | Beneficiários | Pequenas e Médias Empresas, sob qualquer forma jurídica, localizadas no território nacional, licenciadas para o exercício da actividade, e que exibam uma situação económico-financeira equilibrada e uma situação regularizada para com a Administração Fiscal, a Segurança Social e o Turismo de Portugal,I.P. | Vigência | Até 31 de Dezembro de 2010 (apresentação da candidatura junto do Banco).

Proporção

Montante máximo de Financiamento Projectos em Pólos de Desenvolvimento Turístico

75%até ao limite de 8 milhões de euros

Outro Projectos

75% até ao limite de 6 milhões de euros

PME 85 75%Turismo de Portugal, I.P. (*)/ 25%Banco

(*) Assegurada por garantia prestada pelas instituições de crédito intervenientes na operação

Montante máximo de Financiamento Turismo de Portugal Taxa 0%

PRAZOS MÁXIMOS

10 anos incluindo um período máximo de carência de 3 anos.

Banco Euribor, acrescida de spread máximo de 2,25% ou uma taxa que não ultrapasse 4% para PME Líder e 4,25% para as restantes

PRÉMIO DE DESEMPENHO A empresa ºpde ter direito a um prémio de desempenho, que consiste no perdão do reembolso de 25% do financiamento total, a imputar integralmente à parte do Turismo de Portugal, I.P., caso cumpra as seguintes condições: Apresentar o pedido de financiamento ao Banco, com projecto aprovado, até 31.12.2020. Concluir o projecto no prazo previsto, que não poderá ultrapassar 31.12.2011.


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SETEMBRO 2010

BARÓMETRO PÁG. 4

MUNICÍPIOS EM DESTAQUE PÁG. 8

DESTAQUE PÁG. 48

EVENTOS PÁG. 50 Ficha Técnica: Propriedade: Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal | Conselho Editorial : Melchior Moreira, Júlio Meirinhos | Coordenação: Cristina Mendes | Equipa Técnica: Ana Ladeiras, Carlos Ferreira, Marco Sousa, Sofia Ferreira Coordenação Tecnológica : João Sabino. Contactos: www.portoenorte. pt / turismo@portoenorte.pt Design: comni-agência de comunicação | www.comni.eu

NOTÍCIAS PÁG. 60

LOJA DE SANTIAGO DE COMPOSTELA PÁG. 68

nesta edição

COMUNICAÇÃO E IMAGEM PÁG. 72

| PARCERIAS |

AGENDA

| MENSAGEM DO PRESIDENTE | DIA MUNDIAL DO TURISMO | CAMINHOS DE SANTIAGO | CONDIÇÕES DE FINANCIAMENTO |

APOIO AO INVESTIDOR

PÁG. 78

PÁG. 82


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