SALVADOR, SÁBADO, 17 DE MARÇO DE 2012
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ANO 06
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Nº 337
EDITORA-COORDENADORA: NADJA VLADI / ATARDINHA@GRUPOATARDE.COM.BR
Dia 22 de março é o Dia Mundial da Água. Mas preservar esse bem tão precioso, que está ameaçado, é uma tarefa diária e cabe a todos nós págs 4 e 5
Chuá!
SUPLEMENTO INFANTIL DE A TARDE. NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE
Bruno Aziz
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Fábio Teixeira, 10, é louco por esportes radicais como o skate
Qual o lugar de Salvador que você mais gosta? Por quê?
Que personalidade famosa você admira? Por quê?
não Ah, eu admiro demais a Lady Gaga, ela m, dize ou sam se importa com o que os outros pen ter ela gosta de ser ela mesma, e isso é , muitos diva personalidade própria, eu amo essa ntrica, não gostam dela pelo jeito de ser excê em como é sab exagerada, acho que é porque não ser feliz do seu jeito. Adrielle Lima, 14
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Raul Seixas. Desde pequeno eu o ouç o e as letras dele sempre me fortaleceram . As músicas falam coisas importantes da vida e da morte. A minha favorita é Maluco Beleza, expressa muito de mim. Acho que sou meio louco, como ele. Blanco Malaquias, 12
Como é grande e diversa a família de Kauan Barreto, 8
O leão feroz corre na selva que Letícia Brandão, 9, imaginou
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PEDRO FERNANDES NETO
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O Véi
PEDIN Era o pai do meu pai, meu avô, e eu tinha o seu nome. Achava que era por isso que todo mundo aceitava que eu fosse o neto preferido, sem sentir muito ciúme. Só mais tarde entendi que não sentiam inveja do meu posto de predileto porque não ligavam de verdade para ele. Era só o Véi Pêdo, o Véi Pedin, o Pêdo da Judite, que ganhou esse apelido porque quem mandava em casa era a mulher. Ela falava mais alto e ele, miúdo, quieto, monge sertanejo, dizia: - Deixa pra lá. Essa mulher é doida. Deixou tanto pra lá que o deixaram também. Vivia em seu mundo, caminhava para cima e para baixo na cidade, ou subia e descia uma serra. Sempre com seu boné de vovô, seu tênis e o radinho de pilha embaixo do braço. Uma vez, levou um irmão da minha mãe e um grupo de amigos para subir uma serra. Ele gostava mesmo era de andar só e de pirraça
levou todos para uma subida que os jovens não aguentaram. Lá de cima, ele grita para os exaustos: - Uh, matei! Por vezes ele abria uma exceção para mim e eu o seguia. - Como vai, Seu Pêdo? algum passante lhe perguntava. - Vou por aí, doidão! dizia cordial. Se eu queria saber quem era o tal ou a tal, ele respondia: - Sei lá! - Vovô Pedro, o senhor é engraçado. - Desgraçado não! - e ríamos juntos. Seus bolsos andavam sempre cheio de balas, que ele roubava no mercadinho do meu pai, e é por isso que as crianças das ruas por onde ele passava corriam aos montes ao seu lado, estendendo as mãos e pedindo a bênção. Antes de morrer, não deixou registrado nenhum grande feito, mas lembro das suas palavras finais. No hospital, minha mãe lhe faz companhia e, sem assunto, lhe diz: - Vida véia, né, Pedin? - A vida é boa.
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Forte como a água FÁBIO FREITAS
Estava morrendo de pressa e colocou a garrafa cheia no congelador para que ficasse bem gelada? Tome todo cuidado para não se esquecer de tirar! Se a água congelar, nenhuma garrafa consegue segurar ela ali
dentro e vai sair líquido por toda a geladeira. Isso acontece porque a água tem um comportamento bem estranho. Enquanto quase tudo que existe vai encolhendo quando congela, a água aumenta de tamanho. Quando chega bem perto de congelar, a 4 graus, a
água começa a aumentar de tamanho e quando vira gelo começa a ocupar mais espaço do que antes. Se não tiver algum espaço para o gelo crescer, o gelo consegue quebrar a garrafa e a parte que ainda não congelou faz aquela meleira. Por isso que as formas de gelo
têm que ser abertas (por isso e para poder tirar o gelo depois!). Só que isso não serve só parar quebrar garrafas no congelador. Em países muito frios no Inverno, a água que fica em lagoas também começa a congelar, mas a primeira parte que congela é a de cima. Só que esse gelo
acaba protegendo a água que fica embaixo e toda a vida que existe ali consegue se manter viva. Por isso que é tão perigoso andar sobre um lago congelado. Ali embaixo sempre vai ter água (muito) gelada! FÁBIO FREITAS É FÍSICO E PROFESSOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Aprendendo a voar Beto é um garoto que sonha em poder voar. Até que um dia ele recebe o convite para o aniversário de uma amiga que mora muito distante. Sem saber como chegar até lá, ele pede ajuda a seus amigos pássaros, que o guiam em uma aventura até a descoberta sobre como cada ser humano pode voar. Com música e dança, o espetáculo teatral Longe, dirigido por Roberto Laplagne, fala de amizade, respeito e proteção ao meio ambiente. A peça faz parte da 2ª Mostra Universitária Salvador de Teatro. / Teatro Martim Gonçalves - Escola de Teatro da [Vá lá] Longe Ufba (Rua Araújo Pinho, 292, Canela) / às 16h / de graça
LAERTE
BRUNO AZIZ
ZIRALDO
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