A Tardinha 10.03.2012

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SALVADOR, SÁBADO, 10 DE MARÇO DE 2012

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ANO 06

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Nº 336

EDITORA-COORDENADORA: NADJA VLADI / ATARDINHA@GRUPOATARDE.COM.BR

A R I E D A C BRIN R E D N E R DE AP

Raquel, Cauã, Pedro e Leonardo aprendem a somar com o jogo Escô

imento. Jogos ec h n co o i ró st n co ue se s Não é só na aula q am nas somas, na d ju a s la co es s a n s adotado 5 leitura págs 4 e multiplicações e na

SUPLEMENTO INFANTIL DE A TARDE. NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE

Marco Aurélio Martins / Ag. A Tarde


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Saiane, 8, quer todos unidos pela preservação do nosso planeta Vamos visitar a Torre Eiffel desenhada por Adrian de Jesus, 10?

Que personalidade famosa você admira? Por quê?

Kalil, 9, anda preocupado com as catástrofes naturais

, Eu gosto da Claudia Leitte a. tor can porque ela é uma ótima cisa E para ser boa cantora pre ria Ma ter caráter e dedicação. Santana Cecília Vieira, 7, Feira de Eu admiro aquela banda que tem nome de Pato... Pato Fu. Eles têm um disco com músicas de brinquedo que é bem legal. Pablo Luís Valente, 11, Barra


SALVADOR, SÁBADO, 10 DE MARÇO DE 2012

CIÊNCIA

Pesquisa NO GELO

3 Base brasileira na Antártida, antes do incêndio

Estação que pegou fogo na Antártida realiza estudos importantes para o Brasil

Paulo Whitaker / Reuters

ROBERTA MARQUES

Você deve ter ouvido muitas notícias nos últimos dias sobre a base científica brasileira que pegou fogo lá na gélida Antártida, o continente mais frio, mais seco e mais desconhecido do planeta. Então talvez você esteja se perguntando: por que o Brasil tem laboratórios e cientistas lá? Uma das principais coisas que todos precisamos entender é que tudo o que acontece na Antártida tem reflexos em outras partes do mundo, inclusive aqui no Brasil. Em 1982, começaram as ações do Programa

Antártico Brasileiro e, em fevereiro de 1984, o governo instalou uma “minicidade” na Antártida onde viviam 62 pessoas (pesquisadores, pessoal de apoio e militares da Marinha). Lá, os cientistas trabalhavam em quatro áreas: biologia, geologia, ciências espaciais e atmosféricas.

Precisamos entender que tudo o que acontece no continente antártico tem reflexos em outras partes do mundo

Estudar o gelo traz pistas do passado e do presente, e assim conseguimos fazer previsões para o futuro. Por exemplo, em 2009 uma grande quantidade de neve cobriu a estação, deixando só os telhadinhos de fora. E sabe o que os pesquisadores conseguiram concluir? Que isso era por causa do calor do aquecimento global! Como? A temperatura subiu e aí a água evapora mais. Portanto, significa mais chuva, só que como lá é muito frio, a chuva vira neve. Com o incêndio, muitos estudos se perderam. Alguns cientistas estimam que precisem de pelo

menos mais cinco anos para recuperar os dados. Mas na base não moram só cientistas. A maior perda de todas foram os dois militares da Marinha que deram a vida para tentar controlar o incêndio: o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o sargento Roberto López dos Santos, que era baiano de Vitória da Conquista. Governo e cientistas já estão negociando as reformas da estação para que a gente aqui continue a entender o que está acontecendo com o planeta. ROBERTA MARQUES É BIÓLOGA E PROFESSORA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

O que se estuda na Antártida? Meteorologia A coleta de dados para as pesquisas sobre aquecimento global e efeito estufa é indispensável para todas as outras atividades da estação, pois faz previsão de possíveis saídas a campo Glaciologia Investiga o que tem acontecido com as geleiras nesta época de aquecimento global e quais as consequências para nós aqui no Brasil. As pesquisas têm mostrado que, se o gelo continuar a derreter, até o fim do século, o nível médio dos mares deverá aumentar entre 25 centímetros e um metro Elefantes-marinhos Por meio do estudo desses predadores de topo de cadeia (eles não são comidos por outros animais), percebeu-se que seus locais de alimentação são áreas de muitos recursos marinhos que precisam ser estudadas e preservadas FONTE | O BRASIL E O MEIO AMBIENTE ANTÁRTICO (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO )


Somando Amanda de Carvalho, 10, e diversão os parceiros de tabuleiro

Teoria na prática

ELINALVA VERGASTA, professora de matemática da Ufba

ADRIANA DE SOUZA, educadora

AULA DE BRINCADEIRAS

Damas, xadrez, escô, tabuleiro da multiplicação e bingo de palavras tornam o aprendizado mais divertido. No horário da aula ou no recreio, eles ajudam a entender como funcionam os números, as palavras e até a nossa vida Marco Aurélio Martins / Ag. A TARDE

Guilherme, Amanda e Anne jogam com o tabuleiro da multiplicação

Guilherme Reis, 10, e Annelene Boaventura, 10, multiplicam os números para vencer. O tabuleiro da multiplicação é como um jogo de conquista de território. Mas tem de ser bom de tabuada. Antigamente, no tempo dos nossos pais, era um pesadelo ter de decorar esse livro cheio de números vezes um montão de outros. Pode perguntar. Mas o jogo ajuda bastante, pois eles memorizam brincando. “Fica muito mais fácil aprender. A matemática está em todo lugar. No telefone, no supermercado”, disse Amanda. Com o jogo se aprendem outras lições valiosas para a vida. “Todo mundo tem que saber ganhar e perder”, explicou Annelene.

“A utilização de jogos ajuda a desenvolver a memória e o raciocínio”

“Aprender a tabuada hoje é diferente. Primeiro é preciso entender como funciona a multiplicação. Depois é que eles memorizam a tabuada”

MARCEL BANE

SALVADOR, SÁBADO,

10 DE MARÇO 2012 Correndo deDEum lado para o outro, Rafael Rodrigues, 8, Helena Barros, 8, e os colegas do colégio têm que trocar tampinhas de garrafa pet uns com os outros. Assim eles aprendem unidades de dezena, centena e milhar. “Não é um jogo de competição”, disse Helena. Se prefere as aulas no quadro ou com brincadeiras? Ela diz que depende da hora. “Tem hora de brincar e tem hora de fazer atividades”. Rafael concorda, mas prefere sempre aprender brincando. “É melhor aula prática do que teórica”, diz. As salas da sua escola têm baús cheios de histórias e brincadeiras para fazerem quando terminam as atividades. E até ciência dá para aprender. Eles, por exemplo, estão estudando o clima. Para isso, medem a temperatura com termômetro e anotam tudo. Não parece mais legal desse jeito?

4 e5 Mariana David / Ag. A TARDE

Os colegas Rafael e Breno se esforçam na corrida para trocar tampinhas Em dupla, Kauã e Joice aprendem a ler com o bingo de palavras

Enzo, Kalil e Gabriel aprendem sobre ganhar e perder no jogo de damas

Marco Aurélio Martins / Ag. A TARDE

Se você acha que matemática é um monstro complicado, alguns jogos podem mudar a sua ideia. Escô (aprenda a jogar na página 6) é o nome do jogo que Cauã Galvão, 6, e os colegas Pedro Arco Verde, 7, Raquel Reis, 6, e Leonardo Vieira, 7, usam para trabalhar a soma e a concentração na escola onde estudam. O primeiro a jogar é quem tira a maior soma nos dados. “Aprendemos mais números. E a pensar também”, contou Leonardo.

Multiplica aí! “É diferente de fazer dever no caderno. É bem mais legal”, finalizou Raquel. A brincadeira acontece na hora do recreio ou na saída da escola. E entre uma partida e outra, sobra espaço para contar histórias com números gigantes. Cauã disse que o tio era jogador de futebol e ganhava R$ 1.050 de salário. “Não era só isso, eram R$ 10 trilhões”, corrigiu Pedro. “Meus Deus! Isso é muito pouco!”, assustou-se Raquel. E olha que o tabuleiro de escô só vai até 9.

“O xadrez é uma ferramenta de desenvolvimento de habilidades, concentração e disciplina” CHARLES NETO, vice-presidente da Confederação Brasileira de Xadrez

“Com o xadrez, é possível também trabalharmos a história, as línguas, as artes, a geografia e outras disciplinas. É só fazer a ponte”

Respeitando limites Os jogos de tabuleiro, como xadrez e dama, são aliados na sala de aula. E as lições vão além da matemática. Gabriel Corrêa, 9, e os colegas jogam no tabuleiro de dama

gigante da escola onde estudam. “Você aprende a pensar e a respeitar os limites do jogo”, contou Guilherme. O companheiro de partidas, Rodrigo Dantas, 9, disse que ajuda a ser mais

GILENO AMARAL, diretor da Federação Baiana de Xadrez

social. ”É impossível jogar dama sozinho. E aprendemos a respeitar a vez do outro”. Para movimentar as peças, é preciso tomar decisões. E isso é uma coisa que faremos por toda a vida.

Bingo de palavras

Mateus da Luz, 9, terminou o 2º ano sem saber ler. Mas, mal voltou das férias e já virou motivo de orgulho na escola onde estuda, em Pernambués. Lá, para ajudar a reconhecer as letras, os alunos fazem um bingo diferente. Esse é com palavras em vez de números. Cada um escolhe nove palavras indicadas pela professora Rosângela Morais. As letras de todas elas são misturadas e vão sendo sorteadas. No final, ganha quem conseguir completar todas primeiro. O prêmio é um incentivo à leitura: um livro. Mas a turma toda

Margarida Neide / Ag. A TARDE

ganha, porque o ele é trabalhado na sala. “Nós aprendemos palavras e começamos a ler. Marquei 9 pontos. Quase ganhei”, conta Robert Santana, 11. Juntando as peças Keyla de Lima, 10, conseguiu formar as palavras gato, galinha e rua. Isabela Conceição, 7, foi de vivo, azul e uva, e Alana Santos, 7 juntou casa, doce e pato. A tarefa é feita em duplas. “Alguns não sabem reconhecer as sílabas, outros já as reconhecem e outros já leem alguma coisa. Em pares, um ajuda o outro”, conta a professora.


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Folia cantada O Carnaval já passou, mas o grupo musical Palavra Cantada ainda não se cansou da festa, e você também pode participar. É que ele chega hoje, às 16h, a Salvador, com o seu show Carnaval & Sucessos, no Barra Salvador Hall, na Barra. O repertório da dupla formada por Sandra Peres e Paulo Tatit, que já produziu 11 CDs e quatro DVDs e vendeu mais de um milhão de

cópias, traz músicas de sucesso como Sopa, Criança não trabalha e Pindorama, além de canções do CD Carnaval. A apresentação tem muitos elementos teatrais e conta com a participação da plateia. Tudo vai ter clima de bailinho, então você pode ir fantasiado e levar seus confetes e serpentinas. Antes do show, você vai rir com mágico, palhaços e animadores.

GIGANTE DO MAR ROBERTA MARQUES

Palavra Cantada - Carnaval & Sucessos / [ vá lá ] Salvador Hall (Rua Barão de Itapuã, 783,

Barra) / às 16h /de R$ 30 (mezanino) a R$ 240 (mesa)

Você conhece os elefantes-marinhos? Eles não são como quimeras que têm o corpo formado por pedaços de diferentes animais, nem são elefantes que vivem na praia! São mamíferos que gostam do frio, da ordem carnívora e da família Phocidae, a mesma das focas. Eles são parecidos com os leões e lobos-marinhos, mas estes pertencem à família Otariidae. As principais diferenças entre eles é que os elefantes-marinhos não têm orelhas e, quando estão em terra (ou no gelo), se

locomovem apoiados no ventre e não nas nadadeiras, como os outros. Existem duas espécies: Mirounga leonina (que vive no continente antártico) e Mirounga angustirostris (que habita o hemisfério norte). Eles comem lulas, polvos e peixes. Aqui no Brasil é muito raro eles aparecerem, mas já foram avistados no Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. Os machos são grandes (chegam a cinco metros de comprimento e podem pesar até cinco mil quilos) e as fêmeas menores (três metros de comprimento e 800

quilos de peso). Os filhotes nascem com pelos negros que rapidamente caem, dando lugar a pelos maiores e cinza. Com um ano, os pelos são amarelados e vão escurecendo. Quando ficam adultos, o pelo é marrom-escuro. Entre os elefantes-marinhos não existem casais: os machos formam um “harém” com 40 a 50 fêmeas e brigam pelas mocinhas que estão no período certo para engravidar! Nesta disputa, ganha quem grita mais alto. ROBERTA MARQUES É BIÓLOGA E PROFESSORA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA


LAERTE

BRUNO AZIZ

ZIRALDO

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