Revista Atelier das Artes 3º Edição — Especial Aniversario
Este Trimestre Edição Especial
Soledade Lopes A autora rompe com o tradicional conceito de Bijutaria
e
dedica-se
exclusivamente mas
artísticas
a
formais
atraentes e conceptuais.
Dalila Neiva Reconhecida Artesã que se dedica á arte do Crochet Tunisiano
Atelier das Artes
atelierdasartes@live.com.pt Revista Trimestral 3ª Edição Abril 2011 Correcção de textos: Sofia Caixeirinho Débora Rodrigues Assistência Logística: Hugo Tadeu
Editorial
Editor
Carolina Tadeu Sofia Caixeirinho Design Gráfico Carolina Tadeu Colaboradores Débora Rodrigues, Júlia Talita, Sofia Caixeirinho, Soledade Lopes, Ana Viera, Carmo Braga Convidados Especiais Soledade Lopes Dalila Neiva Propriedade
Fórum– Atelier das Artes
Feliz
Nesta data tão importante, que é o 2º. Aniversário do Fórum Atelier das Artes, não podíamos deixar de contar a história do Fórum e, principalmente, a de quem o fundou e tudo fez para que se torne no que hoje é. Cynthia Carolina Velazquez Rolón nasceu a 3 de Maio de 1980 e é natural de Asuncion, Paraguay. Na impossibilidade de conseguir um emprego e para preencher as 24 horas do dia, começou a interessar-se pelo artesanato e hoje já domina inúmeras técnicas em várias áreas. A ideia de fundar o Fórum - Atelier das Artes partiu do seu companheiro mas, a partir da data da sua criação, a Carolina (ou Karolv9, como é mais conhecida) tem sido incansável para satisfazer todos os pedidos de todos os membros e para manter o Fórum activo onde para isso, tem abdicado de algumas horas de sono. Algum tempo após a criação do Fórum, surgiu a ideia de se fazer uma revista associada ao mesmo. Da ideia inicial até ao resultado final, foi um grande passo. Foi reunida uma equipa fabulosa e, sem a qual, a revista não seria possível. Mas, mais uma vez, a principal mentora da revista é a karolv9 uma vez que, sem ela, nunca a mesma teria saído do projecto, pois é ela quem trata de toda a parte gráfica, elaboração e montagem, entre outros. A ti, Carolina, muito obrigado pela dedicação e carinho que tens demonstrado desde o início desta comunidade.
Por:
Hugo Tadeu e Sofia Caixeirinho
Aniversario Atelier das Artes 2 anos
10 34
LĂŁ MĂĄgica
Meia de Seda
34 16 Foto: Soledade Lopes
Filigrana
Cartonagem
6
Economia ( Débora Rodrigues)
18
Entrevista Soledade Lopes ( Carolina Tadeu)
24
Entrevista Dalila Neiva ( Carolina Tadeu)
32
Galeria de Trabalho I
35
Galeria de Trabalho II
46
Passo a Passo Pintura em Tecido ( Isabel Pereira)
50
Galeria de Trabalho III
52
Passo a Passo Reciclagem ( Raquel
56
Passo a passo Scrapbooking Postal
60
Passo a passo Scrapbooking Convite
64
Regiões & Costumes Açores
84
Gastronomia
24 Foto: Dalila Neiva
Marques )
( Sara Castelo de Carvalho )
( Sara Castelo de Carvalho )
( Débora Rodrigues, Hugo Tadeu)
( Débora Rodrigues)
Especial Brasil
Economia
Economia De encontro ao tema principal desta edição da Revista - Atelier das Artes, em comemoração do 2º aniversário do Fórum – Atelier das Artes, apresentarei, neste artigo, algumas dicas de elaboração de uma festa de aniversário (ou outras de especificidades idênticas) económicas. É importante ter em conta que dependendo da idade do aniversariante, estas festas têm especificidades diversas, como mais à frente alertarei. Como em todos os eventos onde se aplica dinheiro, o principal e mais importante é planeá-lo com bastante antecedência. Isto evitará a falta de tempo para pesquisar opções mais atractivas monetariamente, ou poderá mesmo gastar mais dinheiro com produtos que só se apercebe que faltam à última hora. O segundo passo é identificar o tipo de festa que pretende dar. Se a festa de aniversário for para uma criança, é essencial que a opinião dela seja levada em conta, afinal é a sua festa de aniversário. Pensem em conjunto no tema da festa. Quando se trata de adultos, é mais fácil tomar uma decisão adequada à carteira e ao gosto do aniversariante. O próximo passo é organizar a lista de convidados. É bastante importante que neste momento se foque no orçamento para a festa, daí depende o número de convidados a considerar. Mais uma vez, quando se trata do aniversário de uma criança, ela tem o principal papel na elaboração da lista. Insista que a criança apenas convide os seus amiguinhos mais próximos, não tente força-lo a convidar todos os amiguinhos da escola. Como os adultos, as crianças também se sentem melhor perto de umas pessoas de que de outras, força-lo a convidar colegas com o qual não se sente bem, não o deixará à vontade e em felicidade plena na sua própria festa de aniversário.
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Atelier das Artes
Especial AArtes O passo número quatro, após ter a lista de convidados, é considerar o local da festa. Faça uma alargada e refinada pesquisa de mercado. Verifique quais as opções mais viáveis em termos económicos. Daí advêm a importância de organizar prematuramente uma festa de aniversário. Tanto no caso de uma festa infantil como de adultos, poderá optar por faze-la em casa e preparar e organizar as refeições, o divertimento e a decoração. Quando se trata de uma festa de aniversário infantil, poderá também considerar um piquenique que reduzirá consideravelmente as despesas com o entretenimento das crianças (umas bolas e uns jogos de ar livre deixá-los-ão entretidos durante umas horas). Atenção, neste caso terá que solicitar ajuda aos pais das restantes crianças pois terá que exercer maior vigilância. No mesmo raciocínio, poderá optar por recorrer a serviços externos que oferecem alimentação e divertimento às crianças por um determinado valor, porém, este tipo de serviços não vão de encontro ao objectivo “poupança”. No caso de a festa ser dirigida a adultos, para além de se poder organizar a festa em casa, poderá decidir-se por um restaurante de buffet fixo, onde, geralmente, é mais barato refeições de grupos. Como poderá perceber, é importantíssimo fazer uma longa pesquisa e para isso é necessário organizar a festa com bastante antecedência. O passo seguinte é decidir as horas, datas e, consoante a decisão, as refeições. Uma festa de aniversário de crianças ficará mais em conta se feita durante a semana e à tarde. Mas tudo isto dependerá da disponibilidade que tiver e das escolhas nos passos anteriores. No entanto, a tarde é a altura o dia mais económica para fazer festas, não terá que investir-se em refeições muito elaboradas. Se o orçamento é curto, prefira bolos e doces simples e troque enfeites dispendiosos por balões de festa. Concentre-se no que é indispensável. Quando se fala numa festa de aniversário de adultos, o mais habitual é fazer-se um jantar, no entanto, continua a ser mais económico um festejo durante a tarde.
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Economia Seguidamente, deve considerar-se o entretenimento. Quando se trata de uma festa de aniversário de crianças é importante ter especial atenção ao divertimento das mesmas. De forma a tornar a festa mais económica e consoante o tempo que se pode disponibilizar para a elaborar, aconselho a adopção de uma série de brincadeiras caseiras do tipo dança da cadeira, caça - Tesouro, quente ou frio, jogos de tabuleiro, onde os adultos também participam, ou então, seleccionar um espaço só para brinquedos e brincadeiras. Quando se fala numa festa de aniversário de adultos, uma boa música é o suficiente para os entreter durante o festejo. Por fim, é só convocar os convidados com alguma antecedência (2/3 semanas) e desfrute. Lembre-se que as festas são momentos únicos para criar oportunidades de negócio bem como aumentar a sua rede de relacionamento, portanto divirta-se. Deixo ainda algumas considerações relativamente às festas de aniversários de crianças. Devem ser evitados locais com escadas, janelas baixas, brinquedos perigosos e tome enorme cuidado com piscinas e lagos. Estes locais deverão ser adequadamente vedados às crianças. A segurança dos mais pequenos é um dos pontos primordial para que tudo corra bem. No caso de alguns amiguinhos não serem da mesma faixa etária, peça para prepararem brincadeiras diferenciadas para cada grupo, ou adoptem brincadeiras adequadas a todas as idades (como algumas das que mencionei anteriormente). Finalmente, no caso de fazer festas fora da residência do aniversariante, procure escolher locais próximos da casa ou da escola das crianças. Débora Rodrigues Especial Aniversario Atelier das Artes
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Atelier das Artes
o s r u c n ora Co
Venced i a P o d Dia
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Um espaรงo dedicado รก mulher moderna http://mimosdecarol.blogspot.com email: mimosdecarol@gmail.com
http://magiadascores2010.blogspot.com Telefone: 962588099 email: lurdesagostinhoribeiro@hotmail.com
Trabalho executado por: Lurdes Ribeiro Para: Magia das Cores Blog: http://magiadascores2010.blogspot.com Telefone: 962588099 email: lurdesagostinhoribeiro@hotmail.com
Loja de Artes Decorativas, pintura a รณleo, pastel seco, Biscuit, tecidos, chacotas, madeiras Rua Padre Joรฃo Pinto, 7-C 2675-388 Odivelas www.pinta-e-cria.com http://pinta-e-cria.webnode.pt/ Telefone: 917564995
Lã Mágica Fada em lã Mágica Material necessário: Lã Cardada nas cores rosa forte, rosa claro, castanho, branco e bege; arame; tesoura; fio de coco; agulha de feltrar e esponja.
Como Fazer.. 1º. Passo: Começa-se por ir enrolando um pouco de lã branca e picando até formar uma bolinha, que irá ser a cabeça. 2º. Passo: Corta-se um pedaço de lã bege, cerca de 20 cm, e ata-se ao meio (conforme imagem). 3º. Passo: Coloca-se a cabeça dentro desta lã, envolvendo-a e ata-se. Após isto ficará com a cabeça e uma parte solta que irá ser o corpo.
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Atelier das Artes
Passo a Passo 4º. Passo: Para fazer os braços, reveste-se um pedaço de arame com lã bege e introduzem-se os braços por baixo da cabeça.
5º. Passo: Enrola-se um pouco de lã à volta do corpo, por baixo dos braços, e vai-se picando para prender a lã.
6º. Passo: Com um pedaço de lã rosa forte, envolvem-se os braços, para fazer as mangas do vestido. 7º. Passo: Para fazer a saia corta-se um pedaço de lã rosa forte, cerca de 25 cm, faz-se um buraco no meio, onde se enfia o corpo, e pica-se por cima do corpo para prender. 8º. Passo: Vai-se puxando a lã com a agulha, para Formar a saia.
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Lã Mágica 9º. Passo: Corta-se um pedaço de lã, rosa bebé. Com cerca de 25 cm, faz-se um buraco no meio e enfia-se pela cabeça. 10º. Passo: Faz-se uma trança com um pouco de lã rosa forte e rosa bebé, e ata -se à volta do corpo, para fazer a cintura, ata-se atrás e volta a puxar-se a lã com a agulha, para dar forma ao vestido. 11º. Passo: Para fazer o cabelo, corta-se um pedaço de lã castanho claro, cerca de 15 cm, que se ata ao meio. Esta parte vai ser colocada no cimo da cabeça e vai-se picando para agarrar à cabeça. 12º. Passo: Quando o cabelo já estiver seguro, fazem-se 2 tranças, uma enrola-se à volta da cabeça e picase para segurar e a outra puxa-se para a frente e fica caída.
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Passo a Passo 13º. Passo: Para as asas corta-se um pedaço de lã branca, junta-se um pouco de rosa bebé e ata-se com um fio de lã branca. Com a ajuda da agulha dá-se a forma de asas. 14º. Passo: Depois de feitas as asas fixamse nas costas picando com a agulha para prender bem. 15º. Passo: Depois de fixadas as asas fazemse os últimos detalhes. Com uns fios de lã faz-se um laço na ponta da trança. 16º. Passo: Depois de pronta, coloca-se um fio de coco na cabeça com a ajuda de uma agulha de costura, que vai servir para pendurar.
Realizado por: Custódia Costa Para: Lugar da Magia Especial Aniversario Atelier das Artes.
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Foto: Cust贸dia Costa
Destaque
Arte em forma de Renda Há mais de cinco mil anos, por volta de 2450 a.C., na cidade de Ur, Mesopotâmia ( hoje sul do Iraque) foi criado um elmo em ouro filigranado para o rei Mes-Al-
Filigrana
Kalam-Dung. É a peça mais antiga que se tem notícia na história da Filigrana. Filigrana (do latim filumm que significa fio e granum, grão) é a palavra usada para designar as jóias e objectos em ouro ou prata feita com fios de aspecto retorcido ou granulado. Em grutas de Palmela, Portugal, foram encontrados uns rolozinhos em ouro que datam de 2500-2000 a.C. Em Ermegeira dois brincos da Época do Bronze permitem afirmar que essa arte vem mesmo de longa data. Provavelmente a filigrana nasceu quando os artesãos dos metais quiseram arredondar as formas geométricas dos objectos que serviam de decoração ou adorno para o corpo. Na Época Romana é abundante em Portugal peças de ourivesaria, mas eram meras imitações de outras importadas. Mas deixemos de História e vamos falar das jóias que enfeitam as mulheres. As peças em filigrana são muito refinadas, lembram as rendas, representam delicadeza. Filigrana é um trabalho ornamental feito de fios muito finos e pequeninas bolas de metal, soldadas de forma a compor um desenho. O metal é geralmente ouro ou prata, mas o bronze e outros metais também são usados. A filigrana foi utilizada na joalharia desde a Antiguidade greco-romana, sendo ainda empregada em grande variedade de objectos decorativos. Actualmente, as peças de Filigrana podem ser encontradas com enorme visibilidade na Região Norte de Portugal, usadas frequentemente no conjunto do vestido de noiva tradicional e, ainda, no traje feminino dos ranchos folclóricos do Minho. Fonte Ivanir Faria
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Atelier das Artes
Elmo em ouro filigranado. É a peça mais antiga que se tem notícia na história da Filigrana.
Entrevista Soledade Lopes A autora rompe com o tradicional conceito de Bijutaria e dedica-se exclusivamente a formas artísticas mais atraentes e conceptuais. Começou pela Vitrofusão, depois á criação de jóias em cristais Swarovski e Strass, entrando agora no mundo da "bijutaria" com um toque mais sofisticado, criando peças com nível artístico mais elaborado e de inegável valor. No que diz respeito a este tipo de trabalhos, a criatividade é essencial para que a exclusividade e o toque pessoal sejam atributos a relevar, numa perspectiva de diferenciação. Cada peça é um modelo único e por exigência da Autora, não há lugar á duplicação, dando deste modo a garantia de que não haverá duas iguais. AArtes: Soledade começou nesta Arte da Bijutaria desde muito cedo? Contenos como foi?.
quando deixei de trabalhar tive necessidade de me ocupar com algo então comecei a fazer fusing com o meu marido e só depois parti para a bijutaria tirando uns cursos e pesquisando na net. AArtes: Quando e como surgiu o interesse por esta arte ?. Soledade Lopes: Tal como disse acima dia após dia foram surgindo ideias e até que cheguei ao ponto de criar uma linha bem definida e que é criada de raiz sem querer imitar alguém. Enquanto Artesã profissional
como se definiria ? . Soledade Lopes:
cesso no que faz. AArtes: A sua dedicação a esta arte tem correspondido às suas expectati-
Soledade Lopes: Não comecei cedo,
AArtes:
Foto: Soledade Lopes
Alguém que sem fa-
vas ? Soledade Lopes : Sem dúvida, não só pelas vendas mas também pelo interesse que as pessoas demonstram ao verem os meus trabalhos. AArtes: À parte da Bijutaria dedica-se a mais algum tipo de Arte ? . Soledade Lopes : Não. AArtes: Que tipo de material utiliza com mais frequência na criação das suas peças ? Soledade Lopes : Cristais, fio de arame forrado, cerámica, vidro, etc. AArtes: Em média quanto tempo dedica a cada uma de suas criações ? .
zer nada de especial tem tido algum su18
Atelier das Artes
Filigrana Soledade Lopes : Conforme o estado de espírito, há dias que as peças saem rapidamente como eu as idealizei outros há que mais vale estar quieta. À noite é quando estou mais concentrada e consigo transportar toda a energía para os meus trabalhos. AArtes: A Soledade trabalha num atelier? Descreva o ambiente em que desenvolve as suas obras de arte?. Soledade Lopes: Pode-se chamar de atelier, pois adaptei uma sala onde está o meu pequeno mundo. Música, net, a minha companheira (cadela) inseparável e caixinhas com montes de acessórios. AArtes: Quais são as principais características focadas pelos seus clientes quando lhe pedem a realização de um trabalho?. Soledade Lopes: Como ponto de partida, não consigo fazer duas peças iguais. Daí quando me pedem para fazer algo só se podem referir ao modelo e mais ou menos ao tamanho porque o resto é comigo . AArtes: Na sua família existem outros artesãos ? . Soledade Lopes : Sim, o meu grande herói, o meu mentor, o meu crítico: o meu marido Isaulindo. AArtes: Como faz para conseguir vender os seus trabalhos ?. Soledade Lopes Especialmente em feiras.
3 Edição
AArtes: Qual é a sua formação? Frequentou algum curso específico ou faculdade ? . Soledade Lopes: Fiz o secundário . AArtes: Na sua opinião, acha que o artesanato é bem divulgado, falando em termos nacionais? Diga-nos de que forma se poderia ajudar numa maior divulgação do Artesanato e seus Artesãos ? . Soledade Lopes: Não, não acho. Hoje, para se mostrar ou vender o Artesanato tem que se pagar imenso pelos espaços o que se torna insustentável. AArtes: Na sua opinião, o que deveria ser feito para que as pessoas aderissem mais à compra de peças artesanais?. Soledade Lopes: Haver mais certames e nesses sitios não existirem pseudoartesões que apresentam peças feitas em fábricas ou noutros sítios. Hoje em dia, existe uma grande mistura o que confunde o comprador pelo preço ,pela qualidade etc. AArtes: Para terminar, Soledade Lopes tem algo a acrescentar a esta entrevista ? . Soledade Lopes: Deixo aqui uma mensagem. É muito bom ter feed back sobre o nosso trabalho. Positivo ou negativo obriga-nos a ser cada vez mais exigentes e a ser mais perfeitos. Só assim é que conseguimos fidelizar as pessoas ao Artesanato. O mesmo se aplica a este FÓRUM que tanto se tem esforçado e tem crescido.
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Foto: Soledade Lopes
Foto: Soledade Lopes
Foto: Soledade Lopes
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Venced
a o c s รก P
Porque sรฃo os pequenos gestos que fazem a diferenรงa. http://abelhita-pequenosgestos.blogspot.com/ Telefone: 91 735 73 10 email: pequenosgestos.abelhita@gmail.com
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Crochet Tunisiano Dalila Neiva Reconhecida Artesã que se dedica á arte do Crochet Tunisiano ( técnica milenar ) .O tunisiano é uma mistura de crochet e tricô e é trabalhado com uma única agulha longa, com um gancho em uma das pontas. A técnica surgiu no norte da África, mais precisamente na Tunísia, as margens do mar Mediterrâneo
(daí
o
seu
nome).
Apesar do surgimento das máquinas de tricotar, felizmente ainda existem pessoas que preferem "tricotar" ou “crochetar" à maneira antiga. O tunisiano é mais fácil de executar, mais rápido, bonito e económico que o crochet tradicional ou o tricô, além de proporcionar incríveis texturas. Pode ser utilizado qualquer material, lãs e linhas de qualquer espes-
Foto Dalila Neiva
sura, ráfia, barbante, tecido de malha, plástico, ou qualquer outro material. A criatividade de artesão é ponto fundamental para o resultado do trabalho. AArtes: A Dalila começou nesta Arte do
não havia mais correntinhas e sim um
crochet desde muito cedo? Conte-nos
ponto que me pareceu um palito. Tra-
como foi?.
balhei esse ponto e enchi a agulha no-
Dalila Neiva: O tunisiano surgiu na minha vida de uma forma singular. Éramos muito pobres, minha mãe fazia crochet tradicional para nos sustentar. Quando tinha entre 8 e 10 anos , pensei
vamente,
fui
seguindo
dessa
forma
muito feliz por estar tecendo. Consegui meu intento fazendo cachecóis para as amigas de minha mãe e assim pude ajudá-la.
em ajudá-la e com uma agulha de cro-
AArtes: Quando e como surgiu o inte-
chet fiz as correntinhas, só que ao invés
resse e a consequente evolução para o
de arrematar os pontos, os deixava na
crochet Tunisiano?
agulha.
Observava que minha mãe fi-
cava com apenas um ponto, então decidi “come-los “ de dois em dois até ficar com um ponto na agulha, para poder
Dalila Neiva: Ao completar uns 13 ou 14 anos, folheando uma revista, vi a foto de uma peça com o “ meu crochet”.
começar a outra carreira. Acontece que 24
Atelier das Artes
Especial Brasil Então descobri que seu nome é tunisiano, que existe há milhares de anos, surgiu na Tunísia, dai seu nome. Com o tempo fazendo vários testes , completei 300 pontos diferentes.
ca a cada uma de suas criações?. Dalila Neiva: Gasto muito tempo imaginando como ficará a peça que tenho em mente. Algumas vezes começo o trabalho e não fica do meu agrado, en-
Há mais de 50 anos foram publicadas
tão desmancho e recomeço até encon-
em revistas, peças, receitas
trar o que pretendia. Quando isto ocor-
e textos
executados por mim.
re , faço uma blusa em um dia.
AArtes:
AArtes: Acredita no artesanato como
Enquanto Artesã profissional
como se definiria?.
fonte de rendimento ou de prazer e te-
Dalila Neiva: Muito determinada, exi-
rapia?.
gente ao ponto de procurar o perfeccio-
Dalila Neiva: No meu caso é fonte de
nismo e bastante criativa.
rendimento além de puro prazer e por-
AArtes:A sua dedicação a esta arte tem correspondido às suas expectativas?.
que não também terapia ?. AArtes: A Dalila trabalha num ateliê?
Dalila Neiva: Infelizmente não, apesar de minha luta nos ultimos 65 anos, ain-
Descreva o ambiente em que desenvolve as suas obras de arte.
da há no Brasil quem nunca ouviu falar
Dalila Neiva: Sim tenho um ateliê para
no tunisiano.
minhas “ brincadeirinhas “, o tunisiano
AArtes: À parte do Crochet Tunisiano dedica-se a mais algum tipo de Arte?. Dalila Neiva: Apaixonada por artes, trabalho com fusing, mosaico, vitraux, cerâmica em todas as técnicas, escultura,
telas
a
óleo,
que
chamo
de
“brincadeirinhas “ além do tunisiano. AArtes:
Que tipo de material utiliza
com mais frequência na criação das suas peças?. Dalila Neiva: Utilizo todo e qualquer material disponível, sou adepta da reciclagem e já fiz várias peças com sacos
faço em qualquer lugar, vendo TV, no carro, em salas de espera, etc. AArtes: Quais são as principais características focadas pelos seus clientes quando lhe pedem a realização de um trabalho?. Dalila Neiva: Não faço trabalhos por encomenda, quero ter a liberdade de dar asas à minha imaginação, só faço peças por puro prazer . AArtes: Na sua família existem outros artesãos? Dalila Neiva: Não .
plásticos de supermercado. AArtes: Em média, quanto tempo dedi3º Edição
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Entrevista AArtes: Como faz para conseguir ven-
Dalila Neiva: Que a mídia desse mais
der os seus trabalhos ?.
espaço e informações sobre a história
Dalila em
Neiva:
Os poucos trabalhos
tunisiano que vendi, foi para ami-
gos. Para cada apresentação na TV, é preciso executar entre 30 a 40 peças, para a produtora do programa escolher, fora as peças para as revistas, cheguei
de cada artesanato, antes que a maioria deles seja esquecida. Por ex: frivolité, renda de bilro, arraiolos, crivo, nhanduti e tantos outros, para que com o conhecimento as pessoas valorizassem mais esse trabalho.
a ter em casa aproximadamente 500
AArtes:
peças. Hoje tenho umas 300 porque o
tem algo a acrescentar a esta entrevis-
resto doei e provavelmente é o que fa-
ta?
rei com as que sobraram. Já os trabalhos em fusing, cerâmica, tela, etc são vendidos com facilidade através das exposições que participo.
Para terminar, Dalila Neiva
Dalila Neiva: Quero agradecer a Carolina Tadeu, pelo privilégio de me conceder a oportunidade de falar sobre mim e sobre o tunisiano.
AArtes: Qual é a sua formação? Frequentou algum curso específico ou faculdade? Dalila Neiva: Não. Em todas as coisas que faço, sou auto didacta. AArtes: Na sua opinião acha que o ar-
Entrevista realizada por: Carolina Tadeu Especial Aniversario Atelier das Artes Brasil.
tesanato é bem divulgado, falando em termos mundiais? Diga-nos de que forma se poderia ajudar numa maior divulgação do Artesanato e seus Artesãos?. Dalila Neiva: Infelizmente, pelo menos no Brasil, o artesanato não é considerado como algo cultural e está se perdendo para a industrialização, o que é uma pena porque artesanato é arte. Acredito que a mídia televisiva ajudaria muito a divulgação dos artesãos. AArtes: Na sua opinião o que deveria ser feito para que as pessoas aderissem mais à compra de peças artesanais ? .
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Atelier das Artes
Foto : Dalila Neiva
Foto: Dalila Neiva
o i f a s e D a r o d Vence o r t l e F m e a t r o P e d o Pes
Morada. Rua PaiĂŁ 2-B, Odivelas 2675-495 Odivelas Telefone: 210 158 763
http://www.atelierarcoiris.blogspot.com/ email: atelier-arcoiris@hotmail.com
email: tulipas.cintilantes@live.com.pt
Trabalho executado por: OfĂŠlia Coentro Para: Tulipas Cintilantes email: tulipas.cintilantes@live.com.pt http://magicarte.wordpress.com/ email: aquinomartins44@gmail.com
Galeria de Trabalhos
Trabalho executado por: Sofia Caixeirinho Para: Atelier Arco Íris Trabalho executado por: Marina Ribeiro Para: Criações da Mina
Trabalho executado por:
Trabalho executado por:
Susana Dias
Sofia Ramalho
Para: Susa Art.
Para: Artes da Sofy
32
Trabalho executado por:
Trabalho executado por:
Maria João Cerqueira
Carolina Tadeu
Para: Oficina da Cor.
Para: Mimos da Carol Atelier das Artes
Galeria de Trabalhos Trabalho executado por: Carolina Tadeu Para: Mimos da Carol
Trabalho executado por: Sofia Ramalho Para: Artes da Sofy
Trabalho executado por: Bárbara Dias Para: BD Artes Decorativas
3º Edição
Trabalho executado por:
Trabalho executado por:
Maria João Cerqueira
Sofia Caixeirinho
Para: Oficina da Cor.
Para: Atelier Arco Íris
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Meias de Seda Flor em Meia de Seda Material necessário: Arame 1,5mm; colants de seda ou de mousse de cores à escolha; linhas de costura; fita floral; alicate de corte ;alicate de pontas redondas; alicate de pontas normal; tesoura; pistilhos. Dicas: eu uso para os moldes varias embalagens recicladas por exemplo a caixa de fitas para medir a diabetes; o tubo de vitaminas; um tubo de rolo de papel de alumínio cortado em dois e colado com fita para fazer as folhas os outros são para fazer os vários tamanhos de pétalas.
Realizado por: Ofélia Coentro Para: Tulipas Cintilantes Especial Aniversario Atelier das Artes.
Como Fazer.. 1º. Passo: Pega-se no arame e passa-se em volta do tubo maior e faz-se um circulo e entrelaça-se as pontas e corta-se. 2º. Passo: Com o alicate de pontas normal torcem-se as 2 pontas. 3º. Passo: Fazer 5 argolas grandes, 5 argolas mais pequenas, e 3 mais pequeninas. 4º. Passo: Fazer o mesmo para as folhas. Com as duas metades do rolo fazer 4 argolas alongadas.
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Atelier das Artes
Passo a Passo 5º. Passo: Escolha as
cores, para este
passo a passo as cores escolhidas são o laranja para os 2 tamanhos maiores de pétalas, o branco para as pétalas pequeninas e o verde para as folhas. 6º. Passo: Pegue numa argola das maiores e passe por dentro da meia de seda. Agarre uma das pontas e estique a outra ponta o mais que puder para ficar bem esticadinha fazendo então um apanhado no pé da pétala. 7º. Passo: Agarre na linha de costura e vá dando voltas e apertando o quanto possível MAS SEM PARTIR porque se partir tem que enrolar outra vez para não desmanchar e na ultima volta então puxar até partir. 8º. Passo: Pegue na tesoura e corte quase rente ao pé da pétala. 9º. Passo: Faça o mesmo com todas as argolas das pétala e das folhas. 10º a te 13º. Passo: Com uma mão no pé da pétala e a outra na ponta, estique até ficar com a forma que indicam as imagens.
3º Edição
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Meias de Seda 14º. Passo: Com o alicate aperte o arame, torcendo-o. 15º. Passo: Pegue na fita floral e vá enrolando à volta do pé da flor e vá esticando a fita porque ao esticar a fita vai colando. 16º. até Passo: Pegue uma pétala das pequeninas e com a linha dê umas boas voltas e depois vá juntando outra pétala e enrolando até acabar as pétalas como indica a imagem. 17º. Passo: Pegue na fita floral e enrole-a à volta do pé de maneira a tapar o resto dos pés das pétalas e vá enrolando o resto do arame para formar o pé da flor . 18º . Passo: Pegue o arame floral, dobre-o ao meio e coloque o pé da folha e dobre o arame, torcendo-o. 19º. Passo: Com as folhas faça o mesmo com o arame floral e a fita floral. 20º. Passo: Faça o mesmo com todas as folhas. 21º.Passo: Vá juntando as folhas para formar o arranjo final .
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Atelier das Artes
Foto: OfĂŠlia Coentro
Galeria de Trabalhos
Trabalho executado por: Carmo Braga Para: As Tralhas da Sol
Trabalho executado por: Marina Ribeiro Para: Criações da Mina
Trabalho executado por: Bárbara Dias Para: BD Artes Decorativas
Trabalho executado por: Sofia Caixeirinho Para: Atelier Arco Íris
Trabalho executado por: Carolina Tadeu Para: Mimos da Carol Trabalho executado por: Maria João Cerqueira Para: Oficina da Cor
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Atelier das Artes
Galeria de Trabalhos
Trabalho executado por: Susana Dias Para: Susa Art
Trabalho executado por: Sofia Ramalho Para: Artes da Sofy
Trabalho executado por: Cock Parade Para: Art Alive Trabalho executado por: Bárbara Dias Para: BD Artes Decorativas
Trabalho executado por: Cock Parade Para: Art Alive
Trabalho executado por: Marina Ribeiro Para: Criações da Mina
3º Edição
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o i f a s e D a r o d Vence o c i x u F s a d e o M a t Por
Bijutaria e Artigos Decorativos http://www.niarts.blogspot.com/ email: tania.cvs@gmail.com
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Artes d'Amitaf http://lembrancasofertasdiversas.blogspot.com/ Telefone: 915054880 email: lembrancasofertasdiversas@gmail.com
Trabalho executado por: Ana Vieira Para: Nokasfx. Blog: http://nokasfx.blogspot.com http://astralhasdasol.blogspot.com/
Cartonagem Dossier forrado com Tecido Material necessário:
Cartão prensado 2.0mm; Cartolina dúplex ; Tecido de algodão; Tela para encadernação; Dracalon; Argolas; Ilhós; Cantos metálicos; Cola branca; Cola de contacto; Régua metálica/madeira; Tesoura; Martelo; Furador para cartão. Peças Cartão prensado: 2 peças 32x29cm 1 peça 32x8cm Cartolina dúplex: 2 peças 31x28cm Tecido Exterior: 1 peça 75x38cm
Realizado por: Maria João Cerqueira
Tecido Interior: 2 peças 37x34cm
Para: Oficina da Cor
Tela para encadernação: 1 peça 31x17cm
Especial Aniversario Atelier das Artes.
Como Fazer..
Colocar cola de contacto numa das peças de cartão prensado,
Colocar o dracalon, e deixar secar bem.
Pegar numa das peças de tecido para o interior, e numa das peças de cartolina duplex. Cortar os cantos da cartolina.
Colar as laterais do tecido.
Acertar o tamanho do draca-
tendo o cuidado de a colocar nos bordos e no centro.
Colar os 4 cantos com cola branca. A colagem é sempre feita no lado do cartão, e nunca no lado branco.
Proceder da mesma forma para a outra parte de cartolina e
lon, cortando o mesmo junto ao cartão.
tecido para o interior, e deixar secar.
3º Edição
41
Passo a Passo
Cortar os dois cantos dos ex-
A marcação deve ser feita no
Pegar agora na peça de cartão
tremos exteriores do dossier.
topo do tecido e em baixo, co-
que irá ser a lombada do dos-
Pegar agora no tecido para o
mo mostram as fotos.
sier, e marcar o centro da
exterior do dossier, e marcar o
mesma com a ajuda da régua.
centro do mesmo.
Deve ser marcado também em cima e em baixo.
Colocar cola branca na lomba-
Marcar 0.5cm para cada um
Colar agora as capas ao tecido.
da, no lado oposto à marcação
dos lados da lombada.
Cortar os cantos dos extremos
do centro. Colar a lombada ao
exteriores, da mesma forma
tecido, alinhando o centro des-
que foi feito para a capa forra-
ta, com o centro do tecido.
da com dracalon, e aplicar cola branca em toda a superfície.
Colar a capa ao tecido, e pro-
Começar a colar os cantos,
Proceder da mesma forma para
ceder da mesma forma que na
com cola branca.
os 4, e começar a colar as late-
colagem da lombada. Ter em
rais.
atenção os 0.5cm de distância para a lombada, e nivelar com a ajuda da régua.
42
Atelier das Artes
Passo a Passo
Colar a tela para encaderna-
Com a ajuda da régua, vincar o
Dar cola de contacto na parte
ção. Dar cola branca em toda a
espaço entre as capas e a lom-
de trás da capa interior. Posici-
superfície da lombada, e colar
bada.
onar a capa e pressionar. Dei-
a tela.
xar com peso uns minutos. Proceder da mesma forma, para a outra capa.
Identificar o sitio onde vão ser colocadas as argolas, marcando e furando o cartão. Posicionar as argolas, e colocar as ilhós.
Por fim, colocar os cantos metálicos com a ajuda do martelo. Não martelar directamente nos cantos para não os amolgar. Usar um pouco de cartão prensado ajuda a que isso não aconteça. O dossier está pronto!!!
3º Edição
43
Foto: Maria Jo達o Cerqueira
Pintura em Tecido BONECA – ALMOFADINHA Material necessário:
Tecido liso
Risco
Papel químico
Canetas, ou tintas para tecido
Espuma de enchimento
Como Fazer.. 1º. Passo: Passe o risco escolhido por si para o tecido, usando o papel químico. 2º. Passo: Passe todos os contornos do desenho com a caneta de cor preta para tecido. 3º. Passo: Após terminar a fase anterior, comece a preencher o desenho escolhendo as cores a seu gosto. 4º. Passo: Neste caso, não havendo cor de pele disponível em caneta usei tinta acrílica para tecido, no preenchimento das parte da cara. 5º. Passo: Dê um tom mais rosado nas bochechas, usando um rosa mais acentuado. 6º. Passo: Termine de preencher todas as partes de pele que existirem no desenho.
48
Atelier das Artes
Passo a Passo 7º. Passo: Pinte agora o cabelo. Usando duas cores de canetas, faça um matizado primeiro com o tom mais claro, que neste caso foi o amarelo e fazendo sobreposição com o castanho nas partes que pretende escurecer. 8º. Passo: Passemos então à roupa. Escolhi o azul para fazer as calças, pintando só nas zonas próximas ao contorno, e deixando o centro branco dando a ideia de incidência de luz sobre a roupa. 9º. Passo: Use o mesmo procedimento para fazer o casaco da boneca, para tal pinte com a caneta o mais
possível
na
horizontal
dando assim um efeito de esbatimento. 10º. Passo: Dobre o pano ao meio, corte em volta do desenho que acabou de preencher cortando duas parte de pano iguais e simétricas. 11º. Passo: Agora sobreponha-as e comece a cozer à volta, para fechar a almofada. 12º. Passo:
Realizado por: Maria João Cerqueira
Vá enchendo e arrumando a
Para: Paleta da Isa.
espuma de forma homogénea. 13º. Passo:
Especial Aniversario Atelier das Artes.
E tem a sua almofadinha pronta.
3º Edição
49
Foto: Isabel Pereira
e h l s o m
e c e r Ofe
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Galeria de Trabalhos
Trabalho executado por: DiTrabalho executado por: Lurdes Ribeiro
ana Almeida Para: Artes e Bijux da Diana
Para: Magia das Cores
Trabalho executado por: Susana Gomes Para: Artes da SusanaG
Trabalho executado por: Sara Castelo de Carvalho. Para: Os pequenos gestos da Abelhita
Trabalho executado por: Susana Dias Para: Susa Art
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Trabalho executado por: Susana Gomes Para: Artes da SusanaG
Atelier das Artes
Galeria de Trabalhos Trabalho executado por: Sofia Ramalho Para: Artes da Sofy
Trabalho executado por: Ofélia Coentro Para: Tulipas Cintilantes
Trabalho executado por: Sara Castelo de Carvalho Para: Os pequenos gestos da Abelhita
Trabalho executado por: Paula Pereira Para: Artes da shugarita
:
Trabalho executado por: Marina Ribeiro Para: Criações da Mina 3º Edição
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Reciclagem Flor em Caixa de Ovo Material necessário: Caixa de ovos Tintas várias cores (Verde, 2 tons de Vermelho, Amarelo) Pincéris Tesoura Lápis
Como Fazer.. 1º. Passo: Para esta flor de pétalas maiores e mais fechadinhas, vai precisar usar a lateral externa da caixa de ovos que é mais arredondada. 2º. Passo: Com a tesoura recorte a lateral incluindo uma parte do fundo da caixa. Dica: Procure recortar algumas pétalas maiores e outras menores para a flor ficar mais bonita. 3º. Passo: Risque na Caixa o formato das Folhas. 4º. Passo: Recorte um pedaço da caixa, em forma de folhas .
52
Atelier das Artes
Passo a Passo 5º. Passo: Escolha a tinta que vai utiliar para pintar a pétala, e Folha. 6º. Passo: Para pintar a pétala use um pincél pequeno (molhe o pincél na água para que a tinta seja absorvida pela caixa) e espalhe a tinta na parte superior da pétala . 7º. Passo: Ficará como nos indica a Imagem. 8º. Passo: Pinte também o miolo da pétala como indica a imagem. 9º. Passo: Pinte o pedaço da caixa, em forma de folhas, de verde para servir de base para a flor. 10º. Passo: Seguidamente cole as pétalas sobrepondo-as e distribuindoas uniformemente11º. Passo: Espalhe cola no miolo da flor e jogue umas sementes, espere secar completamente. Ou faça umas pintas pretas com tinta. Se quiser passe termolina leitosa para impermeabilizar a
Realizado por: Raquel Marques
flor.
Para: Sorria Sempre.
12º. Passo
Especial Aniversario Atelier das Artes.
A Flor esta Pronta.
3º Edição
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Foto: Raquel Marques
Scrapbooking Postal de Aniversario Material necessário: Cortador de cantos; Régua; Lima; Punche estrelas; Tesoura; Pincel; Cola UHU baton; Cola branca; Papel verde texturado de 300g; Papel Origami laranja e amarelo; Base de carimbos ; Carimbo “Let’s Party” e
Realizado por: Sara Castelo de Carvalho
estrela; Almofada para carimbo;
Para: Os pequenos gestos da Abelhita
Fita Organza; Caneta verde brilhante; Pó de embossing.
Especial Aniversario Atelier das Artes.
Como Fazer.. Decoração do Postal do Exterior
Com uma guilhotina ou um x-acto cortamos uma folha de papel texturada exactamente ao meio, e dobramos uma das partes, até conseguirmos o tamanho pretendido e cortamos os cantos. A parte dobrada será a base do nosso postal.
Utilizamos umas das folhas de papel Origami e recortamos um balão. Quem o pretender pode desenhar primeiro e depois recortar. Tendo o nosso balão recortado, copiamos o seu molde para cima do outro papel de Origami de modo a que os dois balões fiquem exactamente iguais. Envolvemos a parte final do balão que vamos utilizar para “capa”, numa fita de Organza, e fazemos um laçarote
58
Atelier das Artes
Passo a Passo
Passamos cola de baton no verso do balão e colamos no centro da capa do postal. Utilizamos um carimbo de silicone, previamente impregnado em tinta de almofada e aplicamos sobre o balão.
Utilizando um furador Punche com motivos de estrelas, perfuramos um papel canelado, de forma a obtermos as estrelas para colar no postal. Utilizamos novamente um carimbo de silicone, desta vez em forma de estrela e vamos carimbando em volta do balão. Com a ajuda de uma caneta de tinta brilhante verde, cobrimos as letras “Let’s Party!” de forma a obter o seu destaque.
Com a ajuda de um pincel, colamos pó de embossing, passando o pincel primeiro na cola seguido do pó, e pintamos as estrelas, dando assim por terminada a decoração exterior do postal.
3º Edição
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Scrapbooking Decoração do Interior do Postal
Para o interior do postal, utilizamos um segundo balão. Passamos cola de batom no seu verso e colamos no centro do interior do nosso postal. Repetindo o processo de utilização do carimbo de silicone em forma de estrela, carimbamos também uma das partes do balão.
Colamos algumas estrelinhas em cartão canelado que já previamente cortadas e pintamos ainda as estrelas com o pó de embossing repetindo para isso o processo utilizado na capa do nosso postal .
Acabamentos Com a ajuda de uma lima, eliminamos vestígios de corte nos cantos do postal.
58
Atelier das Artes
Foto: Sara Castelo de Carvalho
Scrapbooking Convite de Aniversario Material necessário: Régua; Tesoura; X-acto; Pincél; Cola UHU baton; Cola branca; Papel Amarelo de 300g; Papel decorativo; Abecedário para Scrap; Flor em Fimo; Base de carimbos ; Carimbo Vaso com flor; Almofada para carimbo; Fita cetim; Caneta Verde Brilhante; Pó de embossing.
Como Fazer..
Realizado por: Sara Castelo de Carvalho Para: Os pequenos gestos da Abelhita Especial Aniversario Atelier das Artes.
Decoração do Postal do Exterior
Com um x-acto cortamos uma folha de papel exactamente ao meio e dobramos uma das partes até conseguirmos o tamanho pretendido. Efectuamos uma dobra desnivelada de forma a ter o efeito que se vê na imagem. Desta forma conseguimos a base do nosso postal.
Utilizando agora o papel decorativo fazemos novas medições de forma a conseguirmos um rectângulo ligeiramente mais pequeno que a capa do nosso postal. No final recortamos com uma tesoura decorativa.
60
Atelier das Artes
Passo a Passo
Utilizamos uma fita de cetim para envolver o rectângulo e fazer um laçarote. Passamos cola batom no seu verso e colamos na frente do postal.
Recortamos do abecedário, para Scrap, as letras para formar a palavra “Parabéns”. Passamos cola batom no seu verso e colamos de forma desalinhada na parte interior do postal que fica visível.
Aplicamos o carimbo de silicone em forma de vaso com flor no canto inferior direito da capa do postal, utilizando para o efeito uma almofada para carimbo. Com a ajuda de uma caneta de brilho verde contornamos o desenho agora impresso de forma a dar-lhe o devido destaque.
Com a ajuda de um pincél passamos este na cola seguido do pó de embossing e pintamos o vaso e as pétalas da nossa flor, dando assim por terminada a decoração exterior do postal.
3º Edição
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Scrapbooking
Para o interior do postal, usamos uma folha de papel decorativo que vamos medir e cortar de forma a criar um rectângulo inferior ao espaço que temos no interior do postal, cortando com a ajuda de uma tesoura decorativa. Passamos cola batom no seu verso e colamos no centro do interior do postal.
Repetindo o processo de utilização do carimbo e do pó de embossing, carimbamos o canto inferior esquerdo do postal e pintamos ainda o vaso e a flor com o pó de embossing, mas desta vez de uma forma mais suave
Acabamentos: Colamos em cima do laçarote uma flor em fimo.
Trabalho Terminado
62
Atelier das Artes
Foto: Sara Castelo de Carvalho
Açores Localização e clima O Arquipélago dos Açores encontra-se no Oceano Atlântico, entre as latitudes 37º a 40º N e longitudes de 25º a 31º W, sendo as ilhas Norte Atlânticas mais isoladas. É composto por três grupos de ilhas: O Grupo Ocidental que é constituído pelas Ilhas das Flores e do Corvo. O Grupo Central que incorpora as Ilhas Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial.
História Pelos documentos conhecidos, Santa Maria é a primeira ilha cuja descoberta é oficialmente divulgada. Decorria o ano de 1427, quando aparece indicada no
E por fim o Grupo Oriental onde se pode
famoso mapa maiorquino de Gabriel
encontrar as Ilhas de São Miguel, Santa
Valsequa a Ilha de Santa Maria.
Maria
e
os
ilhéus
das
Formigas
(situados entre São Miguel e Santa Maria). Do arquipélago dos Açores a Portugal Continental dista cerca de 1500 km.
Porem, a ilha apenas começa a ser povoada pelo Infante D. Henrique no ano de 1439. Flores e Corvo, inicialmente chamadas de “o outro arquipélago”, foi avistada
O clima dos Açores sofre a influência
perto de1452 pelos pilotos Diogo de
moderadora do oceano. É, por isso, um
Teive e Pedro e só completou o conheci-
clima temperado marítimo, húmido e
mento dos Açores 25 anos depois de
moderadamente chuvoso, com peque-
Santa Maria.
nas oscilações anuais nos valores da temperatura, humidade e precipitação, sendo muito influenciado pelo Anticiclone dos Açores.
Os primeiros colonizadores, chegados às ilhas, encontram algumas aves idênticas a águias de asas redondas, desprovidos de manuais de ornitologia,
A temperatura habitualmente varia des-
baptizariam de Açores aquelas aves ja-
de os 16ºC (60ºF) no Inverno aos 26ºC
mais vistas. Daí surge o baptismo das
(79ºF) no Verão. Sendo a temperatura
ilhas, por Açores.
média anual de 17,5ºC. A humidade relativa do ar é elevada todo o ano devido à influência oceânica, com valores médios entre os 75% e os 80%. 64
Atelier das Artes
Regiões & Costume O povoamento do arquipélago foi forte-
o “ponto de encontro” de todas as ro-
mente influenciado pelo casamento da
tas.
princesa D. Isabel com Filipe, O Bom. Foi esta mesma princesa que fez com que aventureiros fidalgos e artesãos qualificados invadissem o arquipélago de forma a viabiliza-lo económica e socialmente. O Continente manteria a ilha política e administrativamente organiza-
Foi durante os séculos XV a XVIII que o porto de Angra, na Ilha Terceira, se tornou o mais importante ponto de apoio à navegação Europeia. Era ali que civilizações oriundas de toda a Europa se confundiam. Por volta do século XV, antes mesmo de
da. Oriunda de zonas do interior de Portugal, mas também da Alemanha, Espanha e Itália, reuniu-se mão-de-obra necessária e povoadores que mantives-
Cristóvão Colombo ter sido bem sucedido, da Ilha Terceira surgem navegadores como Lucas de Cacena a aventurarem-se por terras ocidentais.
sem actividades económicas rentáveis
No século XVI, Angra afirma-se como
no arquipélago. Daqui surgiram os pri-
porto obrigatório de escala para as naus
meiros Açorianos.
provenientes da América e da Índia. Nesse período a Terceira é um entreposto de ouro, prata, diamantes e especiarias jamais vistas pelos países europeus, o que suscitava a cobiça de corsários franceses, ingleses e flamengos e faz com que as suas costas sejam alvo de ataques constantes durante vários séculos. Com isto, em 1583, forças espanholas
Contudo, este misto de culturas não re-
comandadas por D. Álvaro de Bazan,
tirou às ilhas a incontestável prevalên-
depois de violentos combates, conse-
cia das origens lusas, com o domínio
guem dominar a ilha. Até 1640, o ano
dos valores arquitectónicos, religiosos,
da Restauração que põe fim ao Domínio
sociais e gastronómicos de várias regi-
Filipino em Portugal e nas Ilhas, a Ter-
ões de Portugal.
ceira é porto de escala regular dos ga-
Após as Descobertas geográficas dos séculos XIV a XVI, os Açores tornaramse o arquipélago mais procurado, para embarcar provisões, reler as estrelas e corrigir o rumo. Assim, considerava-se 3º Edição
leões espanhóis, que trazem as fabulosas riquezas do Peru e do México. Os espanhóis, que mobilizaram as populações das várias ilhas para a construção de obras públicas (caminhos pedestres calcetados, pontes, etc.), são expulsos 65
Açores com a Restauração e a vida regressa à
êxodo açoriano, à América Oriental.
normalidade, mantendo a ilha a sua posição de centro económico, administrativo e religioso dos Açores até ao início do século XIX. As lutas liberais levam a Terceira a desempenhar, mais uma vez, um importante papel na história de Portugal. Em 1820, após várias vicissitudes, a Terceira transforma-se na principal base dos liberais, quando, com uma viragem em 1828, os absolutistas são dominados. Em frente a Vila da Praia trava-se, em 1829, uma violenta batalha naval em que as forças miguelistas são derrotadas, seguindo-se a instalação da regência na ilha e a posterior conquista das restantes ilhas do arquipélago para a causa liberal. Da Terceira partem para o continente, em 1832, a armada e o exército que, após o desembarque no Mindelo, proclamam a Carta Constitucional portuguesa.
Do estado de Massachusetts, a emigração açoriana alastrou até à costa ocidental americana e ao Canadá, de África à Índia, de Malaca a Macau e da Indonésia até Austrália e Nova Zelândia. No fim dos anos 30 do séc. XX começou a esboçar-se o inicio do apogeu da caça à baleia. Na altura já se construíam canoas em quase todas as ilhas e em seguida, enquanto a Europa ardia, o difícil investimento na construção de fábricas baleeiras adequadas acompanhou a extraordinária subida internacional do preço do óleo verificado no final do II Conflito Mundial. A peripécia Baleeira conclui-se definitivamente na década de 80. O último cachalote no Grupo Ocidental foi apanhado em 1981, enquanto na Ilha do Pico a caça à baleia continuou, de forma inoportuna, até 1987. Nos meses de Inverno e por vezes também no Verão, quando o mar se enfure-
Na segunda metade dos anos setecen-
ce à volta das fajãs, a agricultura passa
tos, os navios baleeiros da colónia britâ-
por dias difíceis, tudo por causa da sal-
nica na América do Norte que faziam
moura. Nos pastos açorianos, o gado
escala nos Açores, transformaram-se no
bovino começara a ditar a libertação da
veículo principal da emigração insular.
bovinocultura tradicional.
Mudou assim o rumo da emigração açoriana: do Brasil, destino mais antigo do 66
Atelier das Artes
Regiões & Costume No entanto, o “aparecimento” da bovinocultura iria provocar a paragem gradual dos teares. Assim, nos finais do séc. XIX, voltados da América do Norte, os emigrantes açorianos trouxeram as primeiras batoneiras e desnatadeiras, brotando nas ilhas a indústria dos lacticínios. Esta veio impor-se à indústria caseira da manteiga, mais evoluída na Ilha de São Jorge, onde, seguindo técnicas francesas e inglesas, já se produzia queijo. Os progressos da produção de lacticínios e o aumento das pastagens levaram à instauração de um grave desequilíbrio cerealífero, que na década de 1930 levou várias ilhas ao encarecimento, quando, durante os séculos anteriores, elas sempre exportaram trigo em abundância.
Recentemente, os antigos trilhos da emigração têm tomado o rumo inverso, com as pessoas a regressar aos Açores desde o último quartel do século XX. A grande maioria volta para a terra natal, para gozar os últimos anos de vida. Financeiramente seguros, os regressados sentem a saudade da forma de viver açoriana e das suas tradições. Uma forma de viver também prezada por pessoas de outras nacionalidades, que têm contribuído para um pequeno aumento
Entre muitos outros, os dois produtos
da população no Arquipélago dos Aço-
das férteis terras açorianas que leva-
res. Tanto os ex-emigrantes como os
ram mais longe o nome desta ilha, fo-
novos habitantes estrangeiros procu-
ram o Vinho e a Laranja. A laranja ex-
ram um estilo de vida e atracções dife-
portada para Inglaterra, trouxe a São
rentes daqueles que podem encontrar
Miguel uma grande prosperidade, des-
nas nações onde se encontravam.
de o final do séc. XVIII. Uma epidemia levou á extinção dos pomares de laranja a partir de 1860, mas, rapidamente, a iniciativa local, de forma a garantir a sobrevivência económica da ilha, introduz novas culturas como o tabaco, chá, linho da Nova Zelândia, chicória, o ananás e às quais se juntam indústrias diversas e o desenvolvimento da pesca e da pecuária.
Festejos dos Açores A religiosidade do povo açoriano está bem perceptível nas muitas manifestações que se realizam, anualmente em toda a ilha. Consagra à sua volta alguns milhares de peregrinos vindos propositadamente de várias partes do mundo em cumprimento de promessas, em agradecimento de graças recebidas ou, simplesmente, em romaria de saudade.
3º Edição
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Açores Festa do Senhor Santo Cristo dos Milagres A Festa do Senhor de Santo Cristo dos Milagres é a maior festa religiosa que se realiza nos Açores. Tem lugar na cidade de Ponta Delgada, no quinto domingo após a Páscoa. Ali afluem milhares de peregrinos que, numa autêntica manifestação de verdadeira fé, seguem a passagem da imponente imagem do Senhor, incorporada na solene procissão que, durante cerca de três horas, percorre grande parte das ruas da cidade que, para a ocasião, são atapetadas com artísticos, coloridos e perfumados tapetes de diversas flores.
Tapete Floral
Procissão de São Miguel ou Procissão do Trabalho No domingo seguinte a 8 de Maio há majestosos cortejos que à volta do andor do Santo Patrono, São Miguel, reúne vários artesãos agradecendo sucessos obtidos e pedindo novos fôlegos para as suas profissões e a Festa do Bom Jesus da Pedra, no último fim-desemana de Agosto, ambas em Vila Franca do Campo, são, de igual modo, manifestações sinceras da verdadeira fé dos seus peregrinos.
Festa do Senhor Santo Cristo dos Milagres Fonte: lombadamaiajovem.blogspot.com
Com idêntica devoção, o culto ao Senhor Santo Cristo dos Milagres é celebrado pela população da Graciosa e pelos forasteiros que, no mês de Agosto, se concentram na Vila de Santa Cruz que, para o evento, se adorna com os seus melhores ornamentos.
Ainda em São Miguel e revelador do sentimento religioso da sua gente, destaque para os Ranchos de Romeiros, grupos de homens que, em promessa, percorrem a ilha a pé durante oito dias, no período quaresmal, rezando junto de todas as igrejas e capelas que tenham um altar dedicado a Nossa Senhora, na que é considerada uma das grandes manifestações religiosas do povo da ilha.
68
Atelier das Artes
Regiões & Costume As Festas de Nossa Senhora da Assun-
Na Terceira, domingo após domingo e
ção, Padroeira de ilha, que se realizam
em cada freguesia, desde o Pentecostes
todos os anos no dia 15 de Agosto,
até finais do Verão. Esta festa é essen-
ocupam lugar de destaque no calendá-
cialmente de natureza caridosa e com
rio festivo de Santa Maria, às quais es-
objectivo principal de entregar o bodo
tá associado o Festival da Maré de
aos mais necessitados. O ponto alto
Agosto. Este festival atrai à ilha multi-
desta grande festa atinge-se com a dis-
dões, sobretudo jovens de outras ilhas,
tribuição das típicas e célebres Sopas
do continente e das comunidades emi-
do Espírito Santo e da deliciosa Alcatra.
grantes açorianas, para assistirem a
Ambas as iguarias são confeccionadas
uma parafernália de iniciativas cultu-
com a carne das reses oferecidas ao
rais, à actuação dos vários grupos mu-
Espírito em cumprimento de promessas
sicais e às manifestações literárias e
ou pedidos e acompanhadas pelo pão
plásticas que, simultaneamente, se de-
de mesa, pão de água e pão doce,
senrolam.
massa sovada e aromático vinho de
As Festas do Divino Espírito Santo que se realizam a partir do domingo de
cheiro. Tudo isto é vivido num ambiente de enorme alegria e animação.
Pentecostes e durante vários domingos
As festas terminam com atribuladas e
e por todo o Arquipélago, embora se-
contagiantes “touradas à corda”, em
jam difiram nas suas características de
que o touro, amarrado com uma corda
ilha para ilha e até de freguesia para
que é manobrada por vários homens,
freguesia. Sendo comum em toda a ilha
percorre as ruas da localidade, perse-
a Grande Coroação, ponto alto das fes-
guindo os populares mais corajosos que
tas, e a distribuição, em muitos casos
o afrontam e enfrentam, perante os
graciosa, das típicas “Sopas do Impé-
olhares dos que assistem.
rio”.
Coroa do Espírito Santo
3º Edição
Tourada à corda
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Açores De 23 a 29 de Junho em invocação aos Santos Populares (Santo António, São Pedro e São João) e aliado a um rico folclore tradicional, as Sanjoaninas da Terceira estabelecem uma grande manifestação de cariz religioso e popular traduzindo a simplicidade dos açorianos.
Festa de São João da Vila Fonte: http://www.flickr.com/photos/ casimirovalerio/3669808434/
Em São Jorge, além das solenes festas em honra dos padroeiros das diversas Sanjoaninas
paróquias, a Romaria a Nossa Senhora
Fonte: visitazores.com
do Carmo, na Fajã dos Vimes a 16 de Julho e também aqui a Romaria do
As “touradas de praça”, para as quais
Santo Cristo no primeiro domingo de
são chamados grandes nomes do tou-
Setembro, fazem com que se reúnam
reio nacional e internacional e as hilari-
naquela, muitos fiéis em ameno alegre
antes “touradas à corda” são compo-
convívio. Tendo como foco principal a
nente indispensável e muito apreciado
devoção a Nossa Senhora de Lourdes,
no cartaz das Sanjoaninas que contri-
padroeira dos baleeiros, a festa tem iní-
buem, sem dúvida, para a projecção do
cio na Vila das Lajes do Pico no último
nome da Terceira para além das suas
domingo de Agosto e prolonga-se por
fronteiras.
uma semana a que se chama Semana
Nesta mesma altura do ano, realiza-se a festa de São João da Vila, em Vila Franca do Campo, com o desfile das suas alegres e coloridas “marchas” que extravasam toda a alegria de vida dos jovens que as integram. É um espectá-
dos Baleeiros. Durante esta semana realizam-se várias manifestações de carácter sociocultural ligadas à histórica actividade de caça à baleia de forma a proporcionarem momentos de entretenimento e alegria.
culo que se tem vindo a firmar no cartaz festivo da ilha de São Miguel.
70
Atelier das Artes
Regiões & Costume participar. Ainda na ilha do Faial, o dia 24 de Junho é subterfúgio para convívio dos seus habitantes que, em romaria, se deslocam ao Largo Jaime Melo e aí festejarem o São João, ao som das tunas e filarmónicas durante algumas animadas horas. Na ilha das Flores têm especial significado as celebrações religiosas nas Festas Sanjoaninas, em Santa Cruz e a Festa do Emigrante, nas Lajes das Flores, bem como as festas dos padroeiros Semana dos Baleeiros
que decorrem em todas as freguesias,
Fonte: acores.net
demonstração a devoção e sentimento
As Festas de Santa Maria Madalena, na Vila da Madalena a 22 de Julho e do Bom Jesus, em São Mateus a 6 de Agosto, são outras tantas manifestações dos sentimentos religiosos da população do Pico. Também na Vila da Madalena se realiza a Festa das Vindimas. Ao longo da primeira semana de Setembro evoca-se uma prática cente-
religiosos que invade os Florentinos. Destaca-se especialmente, a Nossa Senhora do Rosário, nas Lajes das Flores, Nossa Senhora da Conceição em Santa Cruz das Flores e Nossa Senhora das Milagres no Lagedo, não esquecendo de referir ainda a Festa dos Reis na Fazenda e Nossa Senhora da Saúde na Fajã Grande.
nária da população do Pico, a cultura da vinha e a produção de afamados vinhos. É ocasião para a realização de actividades culturais e desportivas que, naquele período, agitam esta vila. Considerada uma das maiores expressões de fé dos habitantes faialenses é de realçar a festa religiosa dedicada a Nª Senhora das Angústias, realizada na
Festa do Emigrante
cidade da Horta. Correm a esta, não só
Fonte: ilhadasflores.no.sapo.pt
habitantes de toda a ilha, como também gentes do Pico que se deslocam propositadamente ao Faial para nela 3º Edição
71
Açores Em evocação à padroeira da ilha, a po-
A Praia Formosa é um dos locais mais
pulação do Corvo celebra com grande
apreciados desta ilha, com uma extensa
crença as Festas de Nossa Senhora dos
praia de areia fina e clara, é também o
Milagres, no dia 15 de Agosto. E tal co-
local ideal para a prática de desportos
mo nas restantes ilhas do Arquipélago,
aquáticos.
também no Corvo as festas em honra do Divino Espírito Santo são sentidas com grande paixão e sentimento religioso das suas gentes.
A nordeste, a Baía de São Lourenço, é um local magnífico. Com as encostas repletas de vinhas em típicos “currais” rodeando uma praia de areia clara, no
Muitas festas igualmente interessantes
extremo da qual se situa o Ilhéu do Ro-
do ponto de vista de manifestações so-
meiro, onde se encontra uma gruta re-
cioculturais na Região ficam por desig-
pleta de estalactites e estalagmites, que
nar, bem como diversas outras festas
apenas é acessível em barco que atra-
de feição popular que têm o intuito de
cam num cais natural no seu interior.
animar os habitantes da ilha açoriana sempre acompanhadas por típicos ranchos folclóricos trajando a rigor. Possivelmente, numa outra edição, voltaremos a este assunto mais pormenorizadamente.
Locais a visitar Num ambiente de plena tranquilidade e ausência de poluição, nos Açores podese desfrutar de paisagens variadas e magníficas, e dos seus diversos miradouros apreciar vistas deslumbrantes. Devido à fertilidade da terra a vegetação é de uma grande exuberância não esquecendo a enorme diversidade de
Baia de São Lourenço Fonte: photorenato.blogspot.com
A Maia e os Anjos são também localidades a incluir nos passeios, com piscinas naturais de águas transparentes, for-
flores, plantas endémicas e aves, pas-
madas por rochas vulcânicas.
sando pelas lagoas e crateras vulcâni-
Diversos miradouros dão belíssimas pa-
cas, furnas, grutas, nascentes de água e as espectaculares costas que banham toda a Ilha.
norâmicas da ilha, sendo de salientar o das Fontainhas, o das Lagoinhas, o do Espigão e o do Pico Alto.
Ilha de Santa Maria 72
Atelier das Artes
Regiões & Costume As actividades vulcânicas que deram origem à ilha deixaram profundas fendas e túneis, conhecidos por furnas. Entre outras, é obrigatório visitar a Furna das Pombas com 337 metros de comprimento, e a Furna dos Anjos com 118 metros de comprimento. A visita a estas exige a presença de um guia e o uso de equipamento adequado. As Formigas, conjunto de oito ilhéus, situados a 37 KM da costa de Santa Maria, considerada reserva natural, são uma zona de grande riqueza de fauna subaquática e local de poiso e habitat de aves marinhas.
rada paisagem protegida. O Ilhéu de Vila Franca, considerado Reserva Natural, situa-se em frente à vila com o mesmo nome. É uma das maiores atracções da costa de São Miguel, no seu interior pode encontrar-se uma piscina natural com forma circular perfeita. De Junho a Setembro, existem ligações diárias e frequentes, efectuadas de barco a partir do Cais Tagarete. A Ponta do Escalvado, com o seu miradouro com panorâmica da costa oeste e sobre toda a região dos Mosteiros é um local a visitar.
Fonte: http:// farm2.static.flickr.com/1031/1007304564_651bd2c9e5.jpg Fonte: http://baixiosdaurzelina.blogspot.com
Na Ribeira Grande, a zona das Caldeiras, encontra-se pequeno conjunto de
Ilha de São Miguel
fumarolas e antigo estabelecimento ter-
A Sete Cidades, a oeste, é uma caldeira de 12 KM de perímetro com duas lagoas geminadas, a Lagoa Verde e a Lagoa Azul. No interior da caldeira encontrase a calorosa povoação das Sete Cida-
mal. Não pode esquecer-se também o Vale das Lombadas, onde brota a nascente da água mineral com o mesmo nome, numa zona considerada Reserva Natural.
des, com casas de arquitectura popular, verdes pastagens e um pitoresco jardim,
com
magníficas
árvores,
azáleas e hortênsias, por isso conside3º Edição
73
Açores Para leste depara-se a Praia dos Moi-
se pode observar nascentes de água
nhos na freguesia de Porto Formoso, na
férrea e deslumbrante vegetação.
Gorreana e Porto Formoso as Culturas do Chá.
O Vale das Furnas, situado a este da Ilha de S. Miguel, é uma enorme caldei-
A Lagoa do Fogo, no centro da ilha situa
ra atravessada por vinte e duas fontes
-se dentro da cratera de um vulcão ex-
termais. É ali que se situam a Lagoa
tinto, com águas transparentes, penín-
das Furnas, que além da sua beleza
sulas e praias de areia branca, é uma
tranquila, tem numa das suas margens,
reserva natural de beleza impar. A Cal-
as conhecidas sulfataras vulcânicas, au-
deira Velha, situada a meia encosta do
tênticas cozinhas naturais onde se ob-
vulcão da Lagoa do Fogo, é um peque-
tém o famoso cozido nas Caldeiras
no lago onde corre uma Ribeira de água
(enterrado no solo, em recipientes her-
tépida, ideal para um banho relaxante,
meticamente fechados) e a freguesia
e uma caldeira fumegante dentro da
das Furnas, com o seu maravilhoso Par-
mata.
que Terra Nostra, um conjunto de lagos, caminhos sinuosos, árvores centenárias e flores exóticas, e um lago de água termal. É aqui que se pode encontrar também as famosas Caldeiras das Furnas que são uma área de manifestações vulcânicas diversas, de onde brotam géisers de água fervente e lamas medicinais, sendo a mais espectacular a caldeira de Pêro Botelho.
Fonte: http://clickandclick.fotosblogue.com
Vale a pena visitar não só a Lagoa do Congro, também no centro da ilha, mas também o Pico do Ferro, rodeado de exuberante vegetação, e com várias cascatas, que oferecem uma vista deslumbrante sobre o Vale das Furnas. Pode encontrar-se também na Ilha de
Fonte: http://7maravilhas_azores.blogs.sapo.pt
São Miguel, a povoação de Pescadores, Ribeira Quente, com a sua famosa praia do Fogo em que na estrada de acesso 74
Atelier das Artes
Regiões & Costume A freguesia das Furnas é um importante centro termal onde as águas das ribeiras e lamas sulfúricas das caldeiras são aproveitadas para tratamento de doenças das vias respiratórias, de reumatismais, de aparelho circulatório entre outras.
um ambiente calmo. A Estrada das Doze Ribeiras, ladeada por hortênsias, percorrendo a encosta da Serra de Santa Bárbara, mostra-nos um dos mais belos panoramas sobre o oeste da ilha, e a Caldeira de Santa Barbara que tem grande valor patrimo-
As Estufas de Ananases situadas na Fa-
nial, pois no seu interior viaja-se a um
jã de Baixo, arredores de Ponta Delga-
passado bem distante devido ao bom
da, são uma boa oportunidade de ver o
estado de preservação deste ecossiste-
método único de desenvolvimento desta
ma.
cultura, produzindo frutos de incomparável qualidade. A região de Nordeste é, em termos paisagísticos das mais belas da Ilha de São Miguel. Desde altas montanhas a grandes desfiladeiros onde correm várias ribeiras, deslumbrantes miradouros e pequenas aldeias que despontam entre o
Fonte: afebredotartaruga.blogspot.com
verde intenso das pastagens, é um local que convida a estada por alguns dias.
A Caldeira de Guilherme Moniz, que é a
Pode visitar entre outros, a Serra da
maior do Arquipélago (15 km de perí-
Tronqueira, o Pico da Vara (1.105 me-
metro), é também uma visita obrigató-
tros de altura), miradouro da Ponta da
ria na Ilha Terceira. Sem esquecer a
Madrugada, o miradouro do Salto da
considerada reserva natural geológica,
Farinha, miradouro do Pico de Bartolo-
Algar do Carvão, que é formado por
meu, o farol da Ponta do Arnel, o porto
grutas com estalactites e estalagmites e
da vila de Nordeste, a Praia de Lombo
com cerca de 100 metros de profundi-
Gordo e vários e magníficos Parques
dade tendo até no seu interior uma la-
Florestais.
goa.
Ilha Terceira
Nas proximidades encontra-se as Fur-
O Monte Brasil, paisagem protegida, em Angra do Heroísmo, possibilita das mais belas paisagens da Terceira. Tal como a Mata da Serreta, a oeste, com luxuriosa vegetação
que
possibilita
magníficas
paisagens do miradouro do Peneireiro e 3º Edição
nas do Enxofre com fumarolas, as Grutas dos Balcões, Agulhas, Natal e Furna da Água. No entanto, para estes locais serem visitados recomenda-se a ajuda de um guia e de equipamento apropriado. 75
Açores treita que dá acesso à superfície, iluminando o seu extraordinário interior. Existem, em vários locais da ilha, fendas que apenas devem ser visitadas com o acompanhamento de um guia e devido equipamento e que nem por isso deixam de exibir beleza incomparável, muito pelo contrário. Tais são a Furna Fonte: http://www.geocaching.com
dos Bolos, Manuel de Ávila, Furada, Linheiro, Lembradeira, Cardo, Cão, Gato,
A zona das Alagoas, situada na freguesia de Agualva, é um sítio de paisagem
Queimado, Labarda, Castelo, Calcinhas, Vermelho, Luís e Urze.
protegida, rico em vegetação endémica,
O Monte de Nossa Senhora da Ajuda é
é também conhecido dos amantes da
o local ideal para um vislumbre sobre a
pesca de calhau. Já para os amantes de
Vila de Santa Cruz, bem como da parte
passeios a pé, a subida ao Pico Alto po-
norte da ilha. A visita à Caldeirinha pro-
derá ser um excelente desafio, podendo
porciona para além da vasta panorâmi-
-se desfrutar de uma bela paisagem.
ca sobre a Ilha Graciosa, também as
Para além do Pico Alto encontramos
restantes
também na Ilha Terceira os Picos da
Terceira, São Jorge, Pico e Faial.
ilhas
do
grupo
central
-
Bagacina e do Cabrito que se caracterizam por regiões de lava e onde são feitas as criações de gado bravo. Outros locais que, pela sua beleza, merecem uma visita são a Lagoa do Negro, as Lagoas do Pico do Boi, bem como a Lagoa das Patas e os Biscoitos, formações vulcânicas na costa norte que resultam de antigas erupções.
Fonte: http://cm-santacruzdasflores.azoresdigital.pt
Ilha Graciosa Entre rochas escarpadas, uma escadaria em caracol leva os visitantes a uma enorme abóbada vulcânica, dentro da qual se encontra uma lagoa de água morna e sulfurosa. Deve ser visitada
É também de sugerir um passeio ao Pico do Timão e ao Pico do Facho e dos diversos ilhéus existentes ao longo da costa, é de destacar o Ilhéu da Praia e o da Baleia.
entre as 11:00 e as 14:00, altura em que a luz do sol penetra pela boca es76
Atelier das Artes
Regiões & Costume Devido à riqueza das suas águas sulfu-
ao mar, algumas delas, devido a micro-
rosas, ricas em cloreto sódicas e alcali-
climas estão convertidas em férteis po-
nas, as Termas do Carapacho são utili-
mares apresentando frutos tropicais e
zadas para fins terapêuticos.
dragoeiros (o exemplo da Fajã de São João). Recomenda-se a visita à Fajã da Caldeira de Santo Cristo, na região de Ribeira Seca, considerada reserva natural bem como área ecológica especial onde existe uma lagoa, sendo o único local nos Açores onde se criam Amêijoas. Nas diversas fajãs ainda se pode observar as típicas casas de lavoura em
Termas do Carapacho Fonte: ilha-graciosa.blogspot.com
Ilha de São Jorge
pedra. O Ilhéu do Topo, na ponta leste da ilha, é considerado reserva natural pela existência de flora indígena e local de con-
A Ilha de São Jorge é de forma compri-
centração e de nidificação de várias
da e costa recortada, sendo atravessa-
aves marítimas residentes e migrató-
da por uma cordilheira em todo o seu
rias.
comprimento, onde a zona mais alta é o Pico da Esperança que atinge cerca de 1.053 metros, e de onde se pode avistar todas as ilhas do grupo Central.
Fajã da Caldeira de Santo Cristo Fonte: feriasemportugal.pt
Ilha do Pico Nesta ilha encontra-se a mais alta montanha de Portugal, o Pico, com 2.351 Fonte: http://br.olhares.com/ uma_das_fajas_de_sao_jorge_foto1437823.html
metros de altitude. Culmina na cratera do Pico Grande, onde se ergue o Pico
Encontram-se dos dois lados da ilha as
Pequeno ou Piquinho onde na base bro-
famosas fajãs, que consistem em su-
tam fumarolas.
perfícies planas, que se prolongam até 3º Edição
77
Açores Situados na costa norte, dignos de visita obrigatória são também os Arcos do Cachorro, arcos estes feitos de lava onde o mar penetra. Outros locais de grande interesse, resultado de antigas erupções vulcânicas, são o Mistério da Prainha, o Mistério de Santa Luzia e o Mistério de São João que é resultado de um vulcão formado no mar e que se Fonte: http://www.flickr.com/ photos/61539246@N00/2209555483
Embora já fosse considerado área protegida, essa consideração foi reforçada com a criação da Reserva Natural do Pico, como medida fundamental para a preservação da Natureza daquela que se pode considerar uma das zonas mais características dos Açores.
veio unir à ilha.
Ilha Do Faial A Ilha do Faial tem o título de Ilha Azul, pela sua enorme quantidade de hortênsias de todas as tonalidades de azul. Na zona mais central da ilha encontra-
Os Ilhéus Deitado e Em Pé, situados em
se o Cabeço Gordo, miradouro natural,
frente à vila da Madalena, são resultan-
com 1043 metros de altitude, de onde
tes de antigas erupções vulcânicas e onde nidificam diversas aves marinhas. Na parte Oriental da ilha, em que o solo
se consegue avistar as ilhas do Pico e de São Jorge.
é mais plano existem diversas lagoas, destacando-se as do Capitão, Caiado e Paúl.
Fonte: http://www.flickr.com/photos/ felixdcatagain/314364683/
Ilhéus Deitado e Em Pé Fonte: geocrusoe.blogspot.com
78
Atelier das Artes
Regiões & Costume Próximo, encontra-se a Caldeira Velha,
beleza natural ímpar.
classificada como reserva natural devido à formidável fauna e flora original da ilha, e com uma cratera de 2 km de diâmetro e 400 metros de profundidade. A Cidade da Horta, devido à sua situação geográfica, proporciona uma panorâmica sempre magnífica sobre a ilha do Pico, e muitas vezes, sempre que o tempo o permitir, de São Jorge.
Fonte: http://sotokai.tripod.com/ grupoocidental.htm
Um local de visita obrigatória, com construções históricas, ligadas à caça à baleia, é o Monte da Guia, zona de paisagem protegida.
Para melhor desfrutar de vistas deslumbrantes, aconselham-se o Pico da Burrinha, o dos Sete Pés e o ponto mais ele-
A Ponta dos Capelinhos, situada no ex-
vado da ilha, o Morro Alto (914 me-
tremo mais ocidental da ilha, é uma das
tros).
principais zonas turísticas do Faial. Ali pode visualizar-se os efeitos da erupção de 1957/58, que deixou a paisagem completamente alterada e que aumentou o comprimento desta ilha em cerca de 1km.
A Rocha dos Bordões é um fenómeno geológico de extremo interesse, com altas estrias verticais, formadas pela solidificação do basalto, formando um morro alto. Próximo da sua base e junto ao mar temos pequenas caldeiras de
O Varadouro, com a sua belíssima baia
água
com nascente de água quente, situa-se
Águas Quentes.
na costa sul da ilha. Devido ao seu microclima é uma zona muito desejada para banhos.
sulfurosa
ferventes,
chamadas
Pode encontrar-se as Sete Lagoas, na zona central da ilha, nomeadamente a Lagoa Funda, Branca, Seca, Comprida,
Toda a costa Norte oferece panorâmicas
Rasa, Lomba e Funda das Lajes são lo-
espectaculares sobre a ilha, sempre
cais a não perder.
com as hortênsias a orlar pastagens. Não pode ser esquecido também, o Vale de Flamengos, pela sua paisagem única.
Entre a freguesia da Fajãzinha e a Ponta da Fajã, existem cerca de vinte quedas de água, sendo a mais impressionante a Cascata da Ribeira Grande com
Ilha das Flores
uma queda de centenas de metros.
Ilha repleta de magníficas paisagens
Na costa, podemos encontrar dois dos
com fantásticas ribeiras e cascatas de 3º Edição
grandes atractivos da ilha. Duas grutas 79
Açores que apenas podem ser visitadas por via marítima. A Gruta do Galo, com uma entrada que se parece com a de uma catedral, e a Gruta dos Enxaréus, com cerca de 50 metros de profundidade e 25 metros de largura. É de se destacar o ponto mais ocidental de toda a Europa, o ilhéu de Monchique.
Ilha do Corvo A ilha do Corvo é a menor ilha do Arquipélago dos Açores. Pode encontrar-se o ponto mais elevado da ilha a 718 metros, o Morro dos Homens.
Fonte: http://www.galenfrysinger.com/ azores_corvo_island.htm
Artesanato Devido ao isolamento das ilhas, como forma de superarem algumas das suas dificuldades do quotidiano, os seus ha-
A zona norte, possuiu uma beleza única
bitantes viram-se obrigados a lançar
de costas escarpadas e com várias pon-
mão àquilo que a terra lhes oferecia.
tas e ilhéus.
Com o evoluir do tempo e, consequentemente, a grande abertura da Região para o exterior, que a aproximou expressivamente do resto da Europa e do mundo, muito do que outrora constituía uma necessidade dos seus homens, representa hoje o abastado artesanato açoriano. O artesanato típico do arquipélago açoriano é retratado em interes-
Fonte: http://www.galenfrysinger.com/ azores_corvo_island.htm
O Caldeirão, situado no Monte Gordo é uma grande cratera com cerca de 300 metros de profundidade e 3400 metros de perímetro, dentro encontramos duas lagoas com pequenas ilhotas.
santes trabalhos de cerâmica, madeira, tecelagem, vimes e bordados. “… Onde o sector dos texteis-lar representou 3,4% das exportações da Região Autónoma dos Açores entre 1993/95. As Empresas responsáveis pelo sector possuem um produto de qualidade que se adequa às tendências cada vez mais exigentes do mercado”
80
Atelier das Artes
Regiões & Costume tendo os bordados açorianos recebido a
No campo da cerâmica, nascem belas
denominação de Produto de Origem de
peças pintadas à mão, da rústica e mui-
Qualidade Certificada.
to apreciada louça da Lagoa e de Vila
Nascem admiráveis peças de materiais, formas e cores diversas, das mãos habilidosas dos artesãos dos Açores. São autênticas obras de arte.
Franca do Campo, em São Miguel, bem como curiosos exemplares das olarias mariense e terceirenses e os vasos, bules e canecas da Graciosa, despertam sem dúvida a atenção de qualquer um. No ramo da tecelagem, bordados e rendas, desde as quentes camisolas de lã de ovelha feitas manualmente em Santa Maria, à confecção, em velhos teares manuais, de colchas e mantas com bonitas combinações de cores em quadrados. Merecem referência especial, as conhecidas “colchas de ponto alto” ou “mantas de São Jorge” e as rendas de croché “caseado” ou “croché de arte” do Faial, além dos cobiçados bordados manuais em pano de linho, branco, cru e vermelho da Ilha Terceira.
Flores de escamas de Peixe
“As hábeis mãos das mulheres Açoria-
Fonte: http://br.olhares.com/ flor_de_escamas_foto136816.html
nas sempre bordaram e fizeram rendas.
Exemplo disso, as delicadas flores feitas com escamas de peixe, de papel, de penas ou de pano, ou os coloridos capachos de folha de milho e espadana, que em São Miguel se podem encontrar. Não menos notáveis são as trempes, as peneiras e as bandeiras borda-
Talvez melhor que nenhuma outra manifestação artesanal, os bordados personificam, na sua pureza, suavidade de cores, harmonia, perfeição e tranquila transparência, a maneira de ser das Ilhas – o que lhes confere redobrados motivos de interesse e beleza.”
das do Divino Espírito Santo feitas na
Podem também encontrar-se os inte-
Ribeira Grande.
ressantes trabalhos em vimes. Desde
Características das ilhas do Faial e Flores, nascem as magníficas e artísticas flores e outros interessantes trabalhos em miolo de figueira ou de hortênsia, são dignas peças do seu artesanato. 3º Edição
pequenos cestos a elegantes mobílias, sobretudo para casas de veraneio. A utilização do ferro e da madeira em objectos de uso diário nos trabalhos do campo e na faina pesqueira 81
Açores e da palha de trigo como matéria-prima
piscícolas, que, devido á extraordinária
para o fabrico de objectos de uso cor-
riqueza dos mares açorianos, lhes per-
rente ou ainda trabalhos em lata repro-
mitem obter excelentes capturas. Verifi-
duzindo artísticas peças muito aprecia-
ca-se
das e concorridas exposições, sobretu-
mundiais, com estas capturas, sobretu-
do na ilha Terceira, completam, em ter-
do no triângulo abrangido entre as ilhas
mos gerais, o curioso panorama artesa-
Faial, Pico e São Jorge. Note-se que nas
nal açoriano.
ilhas existem, embarcações de aluguer
Entretenimento e Desporto O clima ameno das ilhas açorianas, uni-
mesmo,
recordes
europeus
e
com profissionais que conduzem os amantes da pesca até aos locais mais propícios para tal actividade.
do ao seu ambiente natural proporciona óptimas condições para a prática do desporto ao ar livre, tais como o golfe, o ténis, a caça, a pesca e os desportos radicais aquáticos. Longas caminhadas entre caminhas floridos, montes e vales proporcionam aos caminhantes, uma sublime sensação de tranquilidade e trazendo, o contacto com a natureza, uma harmonia incontestável. Os Açores têm óptimas condições para a prática de variados desportos radicais, como o parapente que, actualmente, é praticado em quase todas as ilhas do Arquipélago. Realizando-se, no mês de Agosto, o Encontro Internacional de Parapente dos Açores, promovido pelo Aero Clube da Horta. As amenas temperaturas e as condições que a costa açoriana proporciona, con-
quáticas, os mares dos Açores oferecem extraordinários fundos multicolores de grande riqueza, não só vegetal, como também em animal. Tal beleza contrasta com o íngreme litoral das ilhas, e com as hospitaleiras praias e piscinas naturais abertas ao mar que, especialmente durante a época balnear, são ponto de convívio e de intercâmbio cul-
vidam à prática de diferentes desportos
tural.
náuticos, como o “surf”, o “windsurf”, o
Tudo isto são razões aliciantes para
remo, a vela e a natação. Para além disso, encontra-se condições perfeitas para aos amadores da pesca variedades 82
Para os amantes das explorações suba-
uma viagem ao profundo, maravilhoso e paradisíaco arquipélago dos Açores!
Atelier das Artes
Regiões & Costume Cozinha Tradicional A dispersão geográfica das ilhas é possivelmente a causa principal da grande variedade de pratos típicos que fazem parte da cozinha tradicional açoriana. Para isso, contribui também a grande riqueza piscícola dos mares dos Açores que, associada à produção de boa carne, leite e seus derivados, bem como à de produtos hortícolas de qualidade, permite a utilização de uma grande variedade de ingredientes na confecção daqueles pratos. Percorrendo as ilhas em busca dos seus pratos tradicionais, encontramos numerosos pratos que se associam ao povo Açoriano. Contudo, apenas poderemos destacar a elaboração de alguns manjares típicos, lamentando não poder faze-lo para todos aqueles cujo sabor é incomparável.
Investigação realizada por: Hugo Tadeu Correcção: Débora Rodrigues Especial Aniversario Atelier das Artes.
3º Edição
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Gastronomia Açores Sopas do Espírito Santo Ingredientes: 1 L de água (se necessário, pode adicionar mais) 1,5 kg de carne de vaca (peito alto e gordo) 1 kg de ossos de tutano 3 Cebolas 3 Dentes de alho 1 Galinha
Fonte: oblogdajoanina.blogs.sapo.pt
1 Repolho 400 g de pão duro 9 Batatas Manteiga Sal q.b. Louro Hortelã Preparação: Coza as carnes (à excepção da galinha) em água temperando com sal e 1 folha de louro. Quando estiverem meio cozidas junta-se a galinha, pois é a que demora menos a cozinhar. Junte o repolho e as batatas. Parta o pão em pedaços e barre-os com manteiga colocando em tigelas com a hortelã e vaze o caldo de cozer as carnes por cima até o pão ficar bem ensopado. Cobre-se as tigelas de forma a abafar-se o conteúdo e só se põe as carnes, o repolho e a batata antes de ser servido.
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Atelier das Artes
Regiões & Costume Pudim de mel
Ingredientes: 8 Ovos 450 g de mel puro Manteiga 1 Colher de sopa de aguardente 1 Pitada de baunilha 1/2 Limão
Fonte: docesregionais.com
Preparação: Bata as gemas com o mel. Junte-lhe 2 colheres de sopa de manteiga amolecida, a aguardente, a baunilha e as raspas de casca do limão. Bata as claras em castelo e misture-as ao preparado anterior, misturando muito bem. Deite o preparado numa forma de ir ao forno untada com manteiga. Leve ao forno (pré-aquecido) durante cerca de 45 minutos. Observações: É preferível que o pudim de mel seja servido no mesmo recipiente, não sendo obrigatório.
Sugestão: Divida o preparado por pequenas formas individuais barradas com manteiga, e leve-as ao forno num tabuleiro. Findos 25 minutos, verifique se os pudins estão firmes e ligeiramente tostados. Deixe arrefecer e decore com rodelas muito finas de limão sem caroços.
3º Edição
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Agradecimento
É com grande orgulho e muita emoção que lançamos esta 3ª edição da Revista – Atelier Das Artes e com ela assinalamos mais um importante marco na história da família Atelier Das Artes. O que hoje (29/04/2011) assinalamos é para todos nós uma grande conquista, a comemoração do 2º Aniversario do Fórum – Atelier Das Artes. Foram dois anos de consecutivas vitórias. Dois anos de crescimento, tanto na inscrição de membros como de conteúdo e qualidade. E é graças a essa qualidade e diversidade de trabalhos feitos pelos Artesãos do Fórum que atingimos esta meta. A prova viva deste crescimento é o sucesso que a Revista tem conquistado, onde nas duas primeiras edições foram atingidas mais de 45.000 leituras. Tudo isto só foi possível graças ao apoio e carinho de todos os que desta família fazem parte, para eles os nossos Parabéns e muito obrigado.
Grupo AArtes.