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De Operador Para Operador Marcos Antonio Camargo

COMO SE CERTIFICAR

O processo de certificação CAS pode ser solicitado a qualquer momento pelos operadores aeroagrícolas que já participaram e foram aprovadas no “Curso de boas práticas em aplicação aéreas do CAS”. Após a solicitação e o pagamento da taxa de certificação, a equipe CAS realiza a auditoria de boas práticas (Checklist CAS), com avaliação detalhada dos processos de boas práticas nas operações aeroagrícolas.

Os cursos da Certificação CAS são realizados com agenda prévia definida e divulgada pela equipe do CAS, de acordo com a demanda do mercado (em caso de interesse, entre em contato). Podem participar do curso o sócio/proprietário da empresa, um de seus pilotos, o engenheiro agrônomo ou o técnico agrícola responsável.

CAS DRONES

Operadores privados e prestadores de serviços de aplicação com drones também podem participar do CAS. Assim como nas demais ações realizadas pelo CAS, o Programa CAS Drones tem como fundamento a capacitação e a qualificação de operadores de drones dentro dos conceitos de boas práticas na aplicação dos produtos fitossanitários.

CONTATO

Para participar e conhecer melhor as ações do CAS e as empresas certificadas, acesse:

https://www.cas-online.org.br

Em caso de dúvidas, entre em contato com a equipe do CAS por e-mail (danielle@fepaf.org.br) ou pelo WhatsApp (14) 997111434.

DE OPERADOR PARA OPERADOR

Marcos Antonio Camargo Sócio Diretor da ITAGRO e ItagroAgro

Quando o cliente pede a pior aplicação possível?

Quando meu piloto chefe ouviu que precisávamos fazer a pior aplicação aérea possível, abriu um sorriso pálido, ajeitou-se na cadeira e de pronto ponderou que na nossa empresa isso não seria possível pois sempre trabalhamos buscando a excelência, praticamos as boas práticas com responsabilidade técnica e tudo mais.

Calma, eu explico, disse-lhe. Vamos ter que fazer uma péssima aplicação em parte da nossa lavoura de soja, num talhão de aproximadamente 100 ha, pois a coisa está realmente complicada, a cultura está totalmente desuniforme e as invasoras estão acima do dossel, precisamos aplicar ao mesmo tempo proteger as plantinhas de azevém e aveia que já germinaram, estamos numa verdadeira “sinuca de bico” e precisamos resolver o problema.

O que aconteceu?

Após um período prolongado de seca e temperaturas altas em todo o sul do Brasil, as lavouras não cresceram suficientemente e não fecharam as linhas, o que mais a frente foi determinante para que as lavouras, de um modo geral, ficassem sujas após as capinas químicas iniciais. As lavouras que foram “premiadas” com chuvas ocasionais, normalmente pela formação de cumulonimbus, voltaram ao seu estágio vegetativo, ocasionando o que na gíria agronômica se chama “soja louca” tendo o seu ciclo alongado por uma alteração fisiológica e tendo sua maturação totalmente desequilibrada, enfim seu ciclo ficou alterado, ocasionando alguns problemas pontuais.

Como usamos a técnica de sobre-semeadura de aveia e azevém com a soja na sua fase final, no estágio de maturação, na senescência ao cair das folhas, ganhamos com isso tempo substancial na implantação das pastagens de inverno. Ocorre que, após fevereiro, as chuvas voltaram de forma abundante fazendo as sementes dessas gramíneas germinarem de forma muito satisfatória, porém as invasoras também tiveram sua germinação ativada em virtude da insolação e umidade neste período, tornando as lavouras extremamente sujas em sua fase terminal. ➤

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