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Livre para Voar | Gleice Silva

Se fizéssemos uma dessecação normal através de glufosinato iríamos prejudicar as plantas de azevém e aveia, comprometendo também a pastagem já implantada, que estavam apresentado um ótimo desenvolvimento.

Após consulta à área técnica decidiu-se aplicar um maturador fisiológico que iria controlar as folhas largas e causar injurias severas às folhas estreitas, porém se fosse aplicado nas plantinhas semeadas também iria causar problemas e comprometer todo o trabalho já realizado. Não podíamos aplicar e “pegar” a pastagem lá embaixo, ao nível do solo. Realmente uma situação difícil de ser resolvida com uma aplicação normalmente usada.

O que fazer?

Vamos fazer uma péssima aplicação!!!

Após definirmos dosagens e técnica de aplicação chegamos a conclusão que iriamos precisar de um vento moderado do quadrante sul, para evitar deriva em áreas vizinhas, usaríamos baixa taxa de aplicação, gotas extremamente grossas, voaríamos mais alto que o habitual para uma aplicação aérea, buscando com isso um ângulo de 45º na faixa de deposição efetiva, contando com o efeito “guarda-chuva” que a própria cultura da soja e as invasoras mais altas iriam propiciar, protegendo as plantinhas de azevém e aveia rente ao chão. Voaríamos com aeronave Air Tractor para fazermos o mais rapidamente possível observando os parâmetros previamente definidos.

Esperamos por 3 dias para que as condições metereológicas fossem adequadas quanto ao vento. As 11 horas da manhã ele soprou na intensidade adequada para aquela aplicação. Após fazermos fumaça no centro da área, munidos de rádio de comunicação autorizamos a decolagem, e logo nas primeiras passadas brincamos com o piloto que sairia da área pois a “chuva” de gota grossa iria quebrar o parabrisa da camioneta. Isso nos leva a reafirmar uma máxima aprendida durante muitos anos como aplicador “Sempre tem o jeito certo de fazer as coisas, as vezes é não fazer”, ou seja, muitas vezes precisamos esperar a condição ideal para uma péssima (nesse caso específico) ou para uma ótima aplicação (o que visamos sempre). É preferível em condições que não sejam as ideais não aplicar do que correr riscos com uma aplicação deficiente. Já perdemos cliente no afã de atendê-lo, pois o resultado não foi o esperado. Com a postura de não aplicarmos em algumas situações, preservamos a integridade da empresa e a confiança do cliente em nosso trabalho fica reforçada a sua confiança.

Conhecimento técnico também é fazer a coisa certa na hora certa.

Resultado

Conseguimos fazer a “péssima aplicação” de que precisávamos, emparelhamos a soja para colheita que, mesmo com as adversidades do tempo foi ótima, exterminamos as folhas largas como buva, picão, caruru e outras tantas invasoras, e de quebra estamos com as pastagens implantadas prontas para o uso, é só concluirmos a colheita e o gado seguirá utilizando a área. Dessa forma conseguimos ganhar 40 dias de pastejo. Como dizia o Tio Patinhas, tempo é dinheiro.

Conclusão

Em muitas ocasiões os aviões são acionados para resolver problemas onde a situação já está praticamente fora de controle e a produção seriamente comprometida, mesmo quando acionados como bombeiros para literalmente “apagar o fogo”, a aplicação aérea quando bem planejada e executada é fator determinante para uma boa produtividade, é uma ferramenta fundamental para incrementos à produtividade e salvaguardarmos dos nossos cultivos.

LIVRE PARA VOAR

Gleice Silva - gleice.prevencao1@gmail.com

O que é um transtorno de somatização e como tratá-lo?

Já ouviu o termo: O corpo fala?

Pois é, nosso corpo responde o que a boca não pode dizer!

O transtorno de somatização, ou também conhecido como doenças psicossomáticas, são alguns distúrbios que podem nos atingir muito mais do que imaginamos. Tratam-se de sintomas físicos relacionados a doenças que começam na nossa mente; isto é, dores emocionais que se traduzem no nosso corpo.

Segundo Feijó (1998), "somos nossos próprios corpos", pois ele é o local das percepções e o equipamento físico que utilizamos para expressar e comunicar nossas sensações.

Nosso corpo responde continuamente a alterações emocionais tanto positivas quanto negativas, porém, quando uma emoção negativa, ocorre em episódios repetidos ou durante longos períodos, como por exemplo, estresse emocional e ansiedade crônica. O corpo pode se sentir estagnado, perdendo sua capacidade de adaptação a diferentes estímulos e com isso o surgimento de doenças psicossomáticas torna-se muito mais propícias (Lederman, E. (2001).

Doenças de fundo emocional são estudadas há muito tempo pela psicologia. A psicossomática é um tema fascinante e trata da intercomunicação mente x corpo, os problemas de somatização, por sua vez, normalmente envolvem a clínica médica. Os sintomas envolvem os diversos órgãos e sistemas, como por exemplo, dores no peito (sistema cardiovascular), falta de ar (sistema respiratório), cólicas abdominais (sistema gastroenterológico ou ginecológico), e assim por diante.

Todos esses sintomas psicorreativos são reversíveis e não obedecem à realidade orgânica ou à fisiologia médica conhecida. Eles obedecem sim, à representação emocional que o sujeito tem de seus conflitos, de seu corpo e de seu funcionamento. Através dessa representação sintomática nada fisiológica podemos observar uma perda total da visão sem que o reflexo fotomotor se encontre alterado, ou uma lombalgia com exames neurológicos normais, tonturas com exames otoneurológicos normais e assim por diante.

Vale acrescentar que nenhum desses sintomas tem algo a ver com a simulação, tratando-se, pois, da comunicação corporal de um conflito ou mobilização emocional. É a expressão de uma necessidade psicológica onde os sintomas não são voluntariamente produzidos e não podem ser explicados, após investigação apropriada, por qualquer mecanismo clínico conhecido.

O que provoca uma doença psicossomática?

Inabilidade social, dificuldade em expressar seus sentimentos e necessidades, angústia, medos, raiva, depressão, ansiedade, fobias, enfim, todo sofrimento emocional debilita a pessoa como um todo. Há casos de pessoas que se trataram por

anos com remédios para hipotiroidismo. Até que em psicoterapia descobre-se que esta pessoa se entregava muito mais do que recebia nos relacionamentos. Uma troca desigual. Se a pessoa mantiver essa “doação de si mesma” exagerada com o marido, família, amigos, todo mundo fará seu corpo adoecer.

Em pesquisa pessoal recente e aleatória, encontrei duas teses da Fiocruz sobre o tema: “Ciência pós-normal, muitos pilotos apresentam sintomas fisiológicos e psicossociais, sintomas psicológicos, tais como: estresse, ansiedade, impaciência, problemas de concentração, sensação de cansaço, dificuldade para dormir. Também podem trazer consigo sintomas físicos, como: dores de cabeça, baixa imunidade, queda de cabelo, insônia, falta de ar, problemas no estômago, tonturas.

Como obter ajuda diante da somatização?

A terapia resolve, isso é fato. Mas ela não é suficiente. Para que isso não ocorra, para evitar que

mais e mais funcionários sejam afastados, para que eles estejam sempre motivados, para que

possam trazer o resultado esperado, é necessário que sejam feitas campanhas motivacionais na

empresa. Uma pessoa pode se beneficiar muito com tratamento psicoterápico individual, grupal ou familiar.

Espera-se melhora na qualidade de vida através de comportamentos mais adaptados, pensamentos mais racionais e uma melhora na inteligência emocional como um todo.

Um piloto pode realizar psicoterapia... é um investimento, um valor que você “aplica” em você mesmo e recebe retorno, normalmente muito maior do que o investido, em forma de atitudes mais sensatas e adaptadas.

*Lederman, E. (2001). Fundamentos da Terapia Manual - Fisiologia, Neurologia e Psicologia. São Paulo: Manole

Feijó, O. G. (1998). Psicologia para o Esporte - Corpo e movimento. 2ª ed. Rio de Janeiro: Shape.

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