Edição em português Volume 24, Número 11
PERIÓDICO DE AVIAÇÃO AGRÍCOLA
Fechamento Autorizado. Pode ser aberto pelos Correios
O Programa de Mejora Continua na Progreso Aeroservicios POR QUE TEMOS TANTOS RITUAIS MONÓTONOS NA AVIAÇÃO?
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ANÁLISE DO CENÁRIO ECONÔMICO ATUAL E PERSPECTIVAS
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NESTA EDIÇÃO 8
Edição em português Volume 24, Número 11 PERIÓDICO DE AVIAÇÃO AGRÍCOLA P.O. Box 850 • Perry, GA 31069 USA 475 Myrtle Field Rd. • Perry, GA 31069 USA FONE/FAX: 478-987-2250 aau@marsaylmedia.com • agairupdate.com AgAir Update is a Marsayl Media Publication
EDITOR: Graham Lavender - graham@marsaylmedia.com CONSULTOR: Bill Lavender - bill@marsaylmedia.com
O pessoal da Progreso Aeroservicios que participou do Programa de Mejora Continua posam para a foto em frente ao seu Air Tractor AT-502.
PUBLICIDADE: Gina Hickmann - gina@agairupdate.com Ivan Parra - ivan@agairupdate.com Melanie Woodley - melanie@marsaylmedia.com
Nesta Edição... 28 Por que temos tantos rituais monótonos na Aviação? 32 A Importância de Termos uma Mentalidade Aeronáutica 34 CAPACITAÇÃO: Simpósios Aproximam Setor Aeroagrícola das Comunidades 38 Mais um Piloto Agrícola se Dedicando às Letras 44 Joelize Friedrichs, primeira piloto agrícola mulher no Brasil a se qualificar para operar o AT-802
18 Aviação Agrícola é Destaque em Feira Regional de Matemática em SC 20 Rodada de Visitas no Congresso Nacional e na ANAC 22 Sindag na Estrada Chega à 100ª Edição 24 RS: Estado Tem Projeto de Lei para Valorizar o Setor Aeroagrícola
Aerial Fire 46 Novas Tecnologias e Colaborações Podem Acabar com os Destruidores Incêndios Florestais 50 A Fire Boss Nomeia Distribuidora Parceira para a América Latina
Em Toda Edição 06 Papo de Cabine | Bill Lavender 07 Está por Acontecer
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PRODUÇÃO: Daniela Constantino - daniela@marsaylmedia.com CIRCULAÇÃO: Mary Jane Virden - maryjane@marsaylmedia.com subs@agairupdate.com AUTORES CONTRIBUINTES: Ted Delanghe - ted.delanghe@gmail.com Robert Craymer - robertc@covingtonaircraft.com Gleice Silva - comercial@prev-one.com.br EDITOR PARA A AMÉRICA DO SUL: Ernesto Franzen - franzen@agairupdate.com
SINDAG
34 Panorama Econômico | Claudio Junior Oliveira
ADMINISTRAÇÃO: Casey L. Armstrong - casey@marsaylmedia.com
Na capa: O Air Tractor AT-502 da Progreso Aeroservicios realizando um teste de deposição como parte do Programa de Mejora Continua.
REPRESENTANTES SUL AMERICANOS: Gina Hickmann - gina@agairupdate.com Ivan Parra - ivan@agairupdate.com Noelia Burgeus - noeliburgues@gmail.com Pat Kornegay - pat@svatx.com Direitos Autoriais 2023 AgAir Update mantém todos os direitos para a reprodução de qualquer material apresentado, incluindo, mas não limitado a artigos, fotografias, e-mails e mensagens. Todos os materiais continuam a ter os direitos de autoria para AgAir Update. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, em parte ou na totalidade, sem o consentimento por escrito do editor. O editorial publicado não necessariamente reflete as opiniões do editor. Acredita-se que o conteúdo dentro do AgAir Update seja verdadeiro e preciso e a editora não assume responsabilidade por quaisquer erros ou omissões. Editoriais manuscritos não solicitados e fotos são bem-vindos e incentivados. Nós não somos responsáveis por algum retorno a menos que os registros sejam acompanhados de um envelope selado e auto endereçado. O prazo da publicidade é às 12 horas, no 1 º dia do mês anterior ao da sua publicação.
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PAPO DE CABINE
Bill Lavender bill@agairupdate.com
Três Itens de Interesse Tenho três tópicos que gostaria de cobrir neste editorial de novembro. Começarei com o primeiro dos três, a Celebração da Vida do meu velho amigo Grant Lane. Nos dias 13 e 14 de outubro, a vida de Grant foi celebrada no Lane Airpark, em Rosenberg, Texas. Na sexta-feira, foram espalhadas as cinzas de Grant ao longo da pista, lançadas de seu Super Cub pilotado por seu filho Logan. Foi a mesma coisa que Grant tinha feito por seu pai, George Lane. No sábado à tarde, amigos de Grant, tanto locais como aqueles que ele fez em seus negócios, se reuniram. Foi uma bela cerimônia. Nos mais de 30 anos em que mantive uma amizade muito próxima com Grant, nunca imaginei seu falecimento. Isso era algo de que não falávamos, exceto por alguma breve piada. Bem, isso foi até 19 de Março de 1921, quando tive meu AVC. Naquele momento, me dei conta de que a vida é muito curta e valiosa. Grant teve seu chamado em abril de 2022, quando voltávamos de uma de nossas muitas viagens à América Latina. Ele foi diagnosticado com câncer Grant, sendo o homem que era, lutou uma corajosa batalha contra esta maligna doença. Felizmente, tivemos a oportunidade de passar quatro noites e cinco dias juntos em uma cidadezinha na costa da Flórida, mexendo em meu barco e simplesmente passando o tempo juntos. Ele faleceu seis semanas depois. Vá com Deus, meu amigo. Também neste outubro, faleceu Fred Ayres. Na primeira vez que encontrei Fred, em Dawson, Geórgia, em 1974, eu era um piloto agrícola de primeira safra. Sendo um piloto agrícola com uma safra, ninguém tinha nada para me ensinar. Eu é que queria ensinar os outros! Fred tinha recém iniciado sua escola de aviação agrícola na cidade próxima de Albany, Geórgia. Eu me ofereci para dar instrução no seu curso. Eu tinha recebido meu certificado de instrutor de voo fazia oito meses, mas só tinha ministrado instrução por três meses, antes de começar a voar agrícola. 6 | agairupdate.com | Português
Na minha cabeça, eu achava que eu poderia ensinar coisas aos alunos do curso de aviação agrícola que instrutores mais veteranos tinham esquecido há muito tempo. Como eu estava errado! Fred educadamente me informou que ele já estava com o quadro de instrutores completo. Porém, Isto não foi o fim de nosso relacionamento. Em 1980, eu comprei de Fred o primeiro Thrush com turbina PT6A-11AG, ou melhor, comprei da sua Ayres Corporation. Alguns anos depois, entre o meio e o final dos anos 1980, Fred se tornou anunciante em Agir Update. Sempre fomos amigos, e sua perda é significativa para mim. Você deveria ler a biografia dele, se não leu. Uma das coisas que Fred e eu tínhamos em comum, além de sermos ambos pilotos de Thrush, foi que ambos fomos incorporados ao Hall da Fama da Associação Nacional de Aviação Agrícola e ao Hall da Fama da Aviação da Geórgia. Realmente não sei se Fred ficou sabendo que eu tinha sido admitido no Hall da Fama da Aviação da Geórgia, já que isso aconteceu na mesma semana em que ele faleceu. Quanto à minha incorporação ao Hall da Fama da Aviação da Geórgia, se você ainda não sabia, informo que é verdade e que me sinto muito honrado por isso. Embora não tenham me falado nada a respeito das estatísticas da votação, sei que muitos de vocês votaram em mim. Poderia se dizer que eu tive uma vantagem neste aspecto, com milhares de leitores em todo mundo a quem pedi seu apoio e seu voto. Agradeço a cada um de vocês por terem tomado um tempo para votar em mim. Me sinto emocionado. A cerimônia ocorrerá na cidade vizinha de Warner Robins, no Georgia Aviation Museum da Robins Air Force Base, em abril. Dizem que é uma cerimônia e tanto, coisa de usar smoking. Vou ter de alugar um! Em dezembro terei um encontro com um videógrafo para uma entrevista. Estou um pouco nervoso quanto
a isso, mas acho que ele poderá editar meus erros no vídeo. Espero que haja tempo de vídeo suficiente, após ele remover todos os meus erros! Outubro está sendo um mês interessante para mim; parte dele cheio de tristeza e parte dele com alegria. Sou simplesmente grato por ser capaz de escrever este editorial. Até o próximo mês, Keep Turning…
APOLLO
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O Programa de Mejora Continua na Progreso Aeroservicios por Ernesto Franzen - Fotos Néstor Santos e Juan Molina 8 | agairupdate.com | Português
A aviação agrícola passa por tempos difíceis. Como se não bastassem as dificuldades econômicas, grupos ativistas ambientais mal informados elegeram nossos aviões altamente visíveis como seus maiores vilões, e se valem de qualquer incidente de deriva de aplicação aérea como munição para justificar legislações mais e mais restritivas contra nós. Este é o principal motivo pelo qual tantas associações de aviação agrícola estão promovendo programas de qualidade de aplicação para seus membros
Os Cessnas Ag Truck da Progreso Aeroservicios também tiveram sua deposição testada.
A ANEPA - Asociación Nacional de Empresas Privadas Aeroagrícolas - a associação de aviação agrícola nacional do Uruguai, não é exceção. Mas ao invés de “reinventar a roda”, a ANEPA buscou junto à sua co-irmã da Argentina, a FeArCA, Federación Argentina de Cámaras Agroaéreas, e adotou o mesmo Programa de Mejora Continua que o Grupo APC, uma empresa privada, vem desenvolvendo com a FeArCA nos últimos quatro anos, com a colaboração do INTA, the Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (equivalente à Embrapa brasileira) e também do SENASA, o Servicio Nacional de Sanidad y Calidad Agroalimentaria. ➤
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A primeira aeroagricola uruguaia a adotar este Programa de Mejora Continua não poderia ser outra senão a Progreso Aeroservicios, de propriedade de Néstor Santos, que também é secretário da ANEPA. Como seu nome indica, a Progreso Aeroservicios é uma empresa muito progressista com base principal na cidade de Progreso, Departamento de Canelones, perto de Montevidéu e do prestigioso resort de Punta del Este. Fundada por Néstor em 1983, inicialmente como uma empresa de publicidade aérea através de reboque de faixas, a Progreso acrescentou a aplicação aérea à seus serviços em 1988, com um Cessna 180 e um Pawnee PA-25, e cresceu gradualmente até sua atual frota de um Air Tractor AT-502, dois Air Tractors
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AT-402B e quatro Cessna C-188 Ag Trucks. Além dos serviços de aplicação aérea, a Progreso Aeroservicios também continua prestando serviços de reboque de faixa, bem como inspeções aéreas de redes de transmissão elétrica, táxi aéreo, aerofoto e outros. Para estes serviços, a Progreso Aeroservicios também opera dois Cessnas 182, um Taylorcraft e três helicópteros Robinson, dois R-44 e um R-22. Sendo a aplicação aérea seu negócio principal, em julho de 2023 a Progreso Aeroservicios passou por sua primeira avaliação dentro do Programa de Mejora Continua do Grupo APC. ➤
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De acordo com Juan Molina, presidente do grupo APC, o Programa de Mejora Continua se destina a reduzir as pegadas hídricas e de carbono das aplicações de agroquímicos, otimizando o uso de recursos naturais como a água e aumentando a eficiência dos defensivos, de forma a maximizar os resultados e proteger o meio ambiente
A metodologia do Programa de Mejora Continua também se aplica a aplicações por drones.
O programa começa com uma pesquisa feita através de questionários junto a todo o pessoal - pilotos técnicos e administrativos - com vistas a determinar seu grau de conhecimentos a respeito de aplicações de defensivos agrícolas. A seguir, uma reunião é feita com todo o pessoal envolvido visando criar um compromisso de todos com o processo de melhoria.
Os cartões hidrossensíveis são lidos em um escaner de mesa ou fotografados com um celular, para avaliação.
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Após isso, todo o equipamento usado pela empresa em aplicações de defensivos é avaliado pelos especialistas do Grupo APC: aviões, bicos, difusores, bombas, equipamentos GPS, controladores de vazão, etc. ➤
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Resultados consolidados das pesquisas realizadas dentro do Programa de Mejora Continua em empresas da Argentina.
Finalmente, testes de deposição são realizados com os aviões agrícolas da empresa. Para esta avaliação, o pessoal do Grupo APC prefere usar uma linha de cartões de papel hidrossensível postados em suportes especiais, os quais mantém os cartões de frente para o vento e em um ângulo de 45 graus com o solo. Após a passagem do avião, estes cartões são colocados em um escaner de mesa ou fotografados com um celular,.e lidos por um software comercial para avaliar a deposição da faixa. O Grupo APC está desenvolvendo um software proprietário para isto, que usará inteligência artificial. Este trabalho dá ao operador amplas informações sobre o que a empresa e sua equipe podem fazer para melhorar a qualidade de suas aplicações, e deve ser repetido anualmente. Juan Molina diz que, sob sua parceria com a ANEPA e a FeArCA, este trabalho de avaliação sai a um custo razoável para os membros destas associações.
Um mate para unir e animar a equipe não poderia faltar em um trabalho no sul da América do Sul!
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Segundo Juan Molina, ”Em apenas cinco anos, antecipamos uma mudança radical na forma com que aplicamos defensivos em lavouras. É essencial que nos preparemos para esta próxima revolução agrícola. ➤
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O pessoal da Progreso Aeroservicios que participou do Programa de Mejora Continua posa para a foto em frente ao seu Air Tractor AT-502.
A inovação tecnológica está transformando nosso trabalho e devemos estar na vanguarda para garantir a eficiência e a sustentabilidade na agricultura”. Um dos objetivos do Programa de Mejora Continua é preparar os profissionais da aplicação aérea para esta mudança. Embora a Progreso Aeroservicios tenha sido a primeira empresa membro da ANEPA a passar pelo Programa de Mejora Continua, outras já estão seguindo seus passos; no momento em que escrevemos isto, e muitas empresas associadas à FeArCA da já foram avaliadas por Juan e sua equipe do Grupo APC. O Programa de Mejora Continua não se aplica apenas à aviação agrícola; empresas de pulverização terrestre e por drones também já foram avaliados por ele, o que dá a Juan uma perspectiva única da qualidade 16 | agairupdate.com | Português
destas três formas de aplicação de defensivos. Juan diz que aplicadores aéreos têm registrado a melhor qualidade nas aplicações avaliadas por seu Programa, mas que operadores de drones têm demonstrado uma melhor compreensão dos parâmetros de qualidade de pulverização nas pesquisas por questionário realizadas por ele. Vivemos em uma época na qual o erro não é uma opção. Para sobreviver, a aviação agrícola deve tomar todas as medidas possíveis para evitar incidentes de deriva e melhorar a qualidade e efetividade das aplicações aéreas. Esta elogiável iniciativa de FeArCA e ANEPA chega bem a tempo. A NAAA (National Ag Aviation Association) dos Estados Unidos tem, desde 1996, o PAASS - Professional Aerial Applicator Support System (Sistema de Apoio ao Aplicador Aéreo Profissional), cujo lema diz tudo: “Do desempenho de cada um, depende o destino de todos”.
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SINDAG
ATUALIZAÇÕES DO SINDAG
Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola
PRESTÍGIO: técnica agropecuária Rosane Jariczinski (Aerodinâmica), a professora Tamires Tamio, os alunos Daniel Fuchs e Paolla Peter, Michele Fanezzi (Ibravag) e Graziele Dietrich (Sindag) festejaram o destaque do setor na feira com escolas do nordeste catarinense. Crédito foto: Castor Becker Júnior/C5 NewsPress.
Aviação Agrícola é Destaque em Feira Regional de Matemática em SC Escola de Massaranduba, no nordeste do Estado, concebeu trabalho a partir de visitas de alunos a uma base aeroagrícola, destacou-se em mostra regional e foi convidada para o Congresso AvAg 2024 Crianças e adolescentes da Escola Municipal Padre Bruno Linden, de Massaranduba, no nordeste catarinense, colocaram a aviação agrícola novamente em destaque. Desta vez na Feira Regional de Matemática e Tecnologia de Jaraguá do Sul. Os estudantes do 8º 18 | agairupdate.com | Português
ano usaram a matemática para mostrar a segurança e a importância da ferramenta aérea para as lavouras de seu Município. O trabalho Voo matemático – desvendando os segredos da aviação agrícola já havia conquistado destaque na feira escolar local, ocorrida em julho.
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E fez bonito ao representar o Município na etapa seguinte – chamando a atenção do grande público que percorreu o evento nos dias 21 e 22 de setembro. Conforme a professora Tamires Lays Tomio, que coordenou a atividade com os estudantes, o trabalho foi inspirado por visitas dos alunos à base da empresa Aerodinâmica Aviação Agrícola em Massaranduba. A tarefa envolveu 20 estudantes e dois deles – Paolla Poliana Peter e Daniel Elias Fuchs – foram escolhidos para apresentar a experiência tanto na feira de julho, em sua cidade, quanto na etapa regional. O Sindag também foi até a Feira Regional em Jaraguá do Sul, para acompanhar de perto (e mostrar, veja no QR code) como o trabalho nascido da visita de estudantes à empresa Aerodinâmica tem ajudado a desmistificar o setor perante a sociedade. Mais do que isso, reforçando a importância das empresas aeroagrícolas se relacionarem com suas comunidades, mantendo e mostrando suas rotinas de boas práticas e transparência. Em última instância, construindo e preservando boa reputação para si e para o setor.
Aponte a câmera para o QR Code e confira a reportagem em vídeo.
A apresentação do trabalho O Voo matemático em Jaraguá do Sul foi prestigiada também pela diretora operacional do Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag), Michele Fanezzi, além da equipe da Aerodinâmica. A pesquisa das crianças de Massaranduba não se classificou para a etapa Estadual, apesar de ter feito bonito na rodada semifinal das feiras de ciências. Mas os estudantes e a professora que apresentaram o trabalho acabaram carimbando passaporte para um pouco mais longe do que seria a final Florianópolis. A convite do Sindag e do Ibravag, eles vão apresentar o case da iniciativa no Congresso da Aviação agrícola do Brasil 2024, marcado para 20 a 22 de agosto, em Santo Antônio do Leverger, no Mato Grosso.
40 ANOS
DE TRADIÇÃO CONFIANÇA DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO
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SINDAG
Rodada de Visitas no Congresso Nacional e na ANAC Dirigentes do Sindag reforçaram a parlamentares a campanha contra os mitos em torno da atividade aeroagrícola, abordaram no órgão de aviação civil demandas sobre formação e pilotos e mecânicos e prestaram homenagem a diretor O mês de setembro fechou com mais uma rodada de visitas do diretor-executivo do Sindag, Gabriel Colle, e do conselheiro da entidade Francisco Dias da Silva a gabinetes do Senado, da Câmara dos Deputados, em Brasília. Com direito ainda a uma visita à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), também na capital federal. Os encontros, ocorridos nos dias 26 e 27, tiveram como foco, além da política permanente de aproximação institucional e diálogo da entidade, a divulgação da campanha Chega de Preconceito Contra a Aviação Agrícola, iniciada no dia 21, nas redes sociais do Sindag e Ibravag. Nesse sentido, no Congresso Nacional os dirigentes aeroagrícolas passaram pelos gabinetes dos senadores dos senadores Luis Carlos Heinze (PP/RS), Tereza Cristina (PP/ MS), Hiran Gonçalves (PP/RR), Vanderlan Cardoso (PSD/ GO), Alexandre Giordano (MDB/SP) e Margareth Buzetti (PSD/MT). E visitaram também os deputados federais Beto Richa (PSDB/PR) e Pedro Westphalen (PP/RS). Já na ANAC, a visita foi também para um agradecimento especial, com a entrega da maquete de um avião agrícola Air Tractor ao diretor Luiz Ricardo de Souza Nascimento. Neste caso, segundo Gabriel Colle, “a maquete é um símbolo de agradecimento do setor pelo trabalho de Luiz Ricardo pela relatoria do texto de modernização do Regulamento Brasileiro de Aviação Civil (RBAC) 137 – que entrou em vigor no dia 2 de outubro”.
AGRADECIMENTO: o conselheiro do Sindag Francisco Dias entregou ao diretor Luiz Ricardo, da ANAC, a maquete de um Air Tractor.
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Segundo o Colle, o encontro com Luiz Ricardo tratou também do esforço da ANAC em buscar recursos do Fundo Aeroviário para investir na ampliação da formação de mecânicos e pilotos de aeronaves. Tema que interessa muito ao setor aeroagrícola (que teme a falta de pessoal nessas áreas) e no qual o diretor da ANAC está trabalhando com foco também em fortalecer os aeroclubes (como escolas de formação). Major-brigadeiro do ar da Força Aérea, Luiz Ricardo assumiu diretoria na ANAC em dezembro de 2021. Depois de manifestações do Sindag e de diversas entidades aeronáuticas apoiando sua indicação, justamente pelo dinamismo e caráter estritamente técnico de seu trabalho.
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Sindag na Estrada Chega à 100ª Edição Marca foi atingida no roteiro que finalizou setembro com dois encontros em Rondônia, mostrando a importância do projeto iniciado 2017 e que desde o ano passado integra o BPA Brasil O projeto Sindag na Estrada chegou no final de setembro à sua 100ª edição, no encontro ocorrido na base da empresa Cone Sul Aero Agrícola, na cidade de Chupinguaia, Rondônia. Foi na quartafeira dia 27 e, já no sábado seguinte, foi a vez da edição 101, promovida na base da Jusarah Agro Aérea, em Cerejeiras. Em ambos os encontros, com a presença da diretora operacional do Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag), Michele Fanezzi, abordando cenários e oportunidades do setor aeroagrícola e destacando as ações do programa Boas Práticas Aeroagrícolas (BPA Brasil) – do Ibravag em parceria com o Sebrae Nacional e com apoio do Sindag e Corteva. A movimentação de quarta foi a partir das 19 horas e teve palestras da diretora operacional do Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag), Michele Fanezzi, e do representante comercial da Corteva Agriscience, Altamir Higino. Segundo Michele, o encontro reuniu cerca de 100 pessoas, entre produtores rurais, fornecedores de insumos, autoridades municipais e representantes de instituições financeiras, além de outros convidados. “Contamos inclusive com a presença da prefeita Sheila Flavia Anselmo Mosso e do presidente da Câmara de Vereadores, Ederson Luís Fassicolo (DEM)”, destacou a dirigente.
Gestão E Tecnologias Sobre o BPA Brasil, Michelle lembrou que representa o maior investimento até hoje feito no País em um programa voltado para melhoria dos processos administrativos, gestão mais eficiente, segurança operacional e implantação de novas tecnologias no setor aeroagrícola. A diretora do Ibravag destacou ainda ações de melhorias de competitividade e gestão da imagem do setor e entregou à prefeita Sheila e ao vereador Ederson Fassiolo exemplares do Manual de Boas Práticas do BPA. “O evento em Chupinguaia teve a presença de muitos pecuaristas, daí a parte técnica abrangeu também a importância da aviação para o trato de pastagens”, completou Michelle. Este também foi, aliás, o foco da palestra da Corteva, a cargo do representante comercial da multinacional Altamir Higino. 22 | agairupdate.com | Português
CHUPINGUAIA: evento na Cone Sul marcou 100 encontros realizados em todo o País no roteiro que promove comunicação e integração do setor.
Já em na base da Jusarah, em Cerejeiras, o evento teve também uma apresentação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e a palestra do consultor e pesquisador Wellington Pereira Alencar de Carvalho. Ele também foi o revisor técnico do Manual Teórico e Prático da Atividade Aeroagrícola no Brasil, da Mossmann Assessoria e Consultoria Aeroagrícola (parceira do Sindag e também representada no evento). O encontro na base da Jusarah teve ainda demonstração aérea e terminou com um almoço de confraternização. O Sindag na Estrada surgiu em 2017, com encontros presenciais em diversas partes do País, com foco em integrar e levar informações atualizadas aos operadores aeroagrícolas, profissionais do setor e todo o público ligado ao segmento em cada ponto do País. Ao mesmo tempo em que se promove a integração e a troca de informações sobre o cenário aeroagrícola em cada local. Desde o ano passado o programa integra também o programa Boas Práticas Aeroagrícolas (BPA Brasil). Só em 2022, o público chegou a mais de 1,1 mil pessoas em 12 edições do projeto que percorreram seis Estados.
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CERIMÔNIA: lançamento do projeto ocorreu na sala da Comissão de Agricultura, com a presença de representantes de entidades do setor aeroagrícola e agricultura. Crédito da foto: Castor Becker Júnior/C5 NewsPress.
RS: Estado Tem Projeto de Lei para Valorizar o Setor Aeroagrícola Iniciativa inédita no País é assinada por 23 deputados e tem como foco garantir segurança jurídica para atividade que é essencial para a economia e sustentabilidade no campo Uma cerimônia presidida pelo deputado estadual Marcos Vinícus (PP) marcou, no dia 9 de outubro, o protocolo do Projeto de Lei (PL) 442/23, que declara a Aviação Agrícola como de Relevante Interesse Social, Econômico, Público e Econômico no Estado do Rio Grande do Sul. A solenidade ocorreu à tarde, na sala da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa gaúcha e contou com a presença de parlamentares e representantes do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado (Crea/RS) e Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz). Também estavam presentes dirigentes e funcionários das empresas gaúchas KL, Mirim, Nitz, Santa Vitória e Stilo Aviação Agrícola, além da Cruzada Aero Agrícola. 24 | agairupdate.com | Português
Esta é a primeira iniciativa desse tipo no Brasil. Além disso, o PL 442/23 foi subscrito por outros 23 deputados do Parlamento gaúcho (confira a lista no final do texto), sendo a proposta conjunta com o maior número de adesões nesta legislatura. O texto de justificativa da proposta lembra que a tecnologia aeroagrícola é fundamental para diversas culturas no Rio Grande do Sul, especialmente o arroz, que tem 70% de seu trato dependente da aviação, assim como a soja (50%) e o milho (50%). Além da ferramenta ser essencial também para o trigo e até para as pastagens – influenciando positivamente também na pecuária. O PL deixa claro que o exercício e emprego da aviação agrícola é livre, autorizado e garantido em todo o território gaúcho, desde que observadas
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as normas que regem o setor. Lembrando que há mais de 50 anos a aviação agrícola é a única ferramenta para o trato de lavouras com regulamentação específica (e ampla). O texto também prevê que a administração pública poderá celebrar convênios, acordos de cooperação técnica e institucional com entidades de representação profissional, associativas, sindical e organismos não governamentais, nacionais e internacionais, ligados ao setor da aviação agrícola. Isso com foco tanto em pesquisa, quanto inovação e ações de combate a incêndios florestais, ações de emergência contra pragas e outras iniciativas.
Segurança “Esta é uma entrega da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Produtivo do Arroz”, destacou Marcus Vinícius, referindo-se à Frente lançada em agosto, durante a 46ª Expointer. “Deixamos claro, lá naquela ocasião, que esse seria um dos projetos que nós apresentaríamos na forma de um antídoto”, destacou, sobre o objetivo de dar segurança jurídica a um segmento tão importante para a agricultura do Estado. “Antídoto”, no caso, como resposta ao projeto de proibição do setor que tramita no Legislativo Estadual, originário da bancada do PT. Este, aliás,
cópia de um projeto semelhante que já havia sido derrubado na legislatura anterior. E que também tem como justificativa o mesmo discurso baseado nos mitos rebatidos há mais de uma década pelo Sindag – inclusive reunidos no sindicato aeroagrícola na coletânea explicativa sobre fatos e mitos do setor, publicada no site da entidade. E que integram a campanha Chega de Preconceitos Contra a Aviação Agrícola. Falando em nome do Sindag, o conselheiro Nelson Coutinho Peña destacou que “é com alegria e orgulho que os operadores aeroagrícolas gaúchos recebem esse projeto de apoio ao segmento aeroagrícola”. Em seguida, ao se referir à proposta de proibição que tramita no legislativo. Peña lamentou ainda o fato da aviação agrícola “ainda ser tão atacada com base no preconceito, ideologia e mesmo mentiras”. E disparou: “Não só a aviação agrícola, para a própria agricultura.” O diretor operacional da entidade, Cláudio Júnior Oliveira, reforçou também o pioneirismo da medida. “Já temos parlamentares de outros Estados buscando informações sobre o projeto”, destacou, adiantando que a iniciativa tende a ser replicada em outras partes do País.
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O SINDAG Congratula AgAir Update por 25 de Edições para a América Latina Em sua Newsletter enviada por e-mail no último dia 18 de outubro, o SINDAG - Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola - congratulou AgAir Update por completarmos 25 anos de edições dedicadas a nossos leitores na América Latina, em espanhol e português.
Você pode ler a postagem original no site do SINDAG, a qual inclui um link para nossa edição especial de 25 anos, escaneando este QR Code.
O e-mail contém um um link para uma postagem na seção de notícias do site do SINDAG, o qual elogia nossa edição especial de 25 anos pelo artigo sobre a lenda viva Eduardo Araújo e por ajudar a difundir a campanha do SINDAG contra os mitos criados em desfavor da aviação agrícola, bem como pela divulgação do próximo Congresso AvAg 2024.
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Todos nós em AgAir Update nos sentimos muito honrados por este cumprimento vindo do SINDAG, com quem temos uma parceria quase tão antiga quanto nossas edições latinas, e contamos em trabalharmos juntos pelos próximos 25 anos, visando o crescimento e desenvolvimentos de nossa aviação agrícola!
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HÉLICE LIVRE! Martín da Costa Porto
Por Que Temos Tantos Rituais Monótonos na Aviação? Martín da Costa Porto é um piloto agrícola e instrutor de voo agrícola no Uruguai. Ele tem mais de 25 anos e 12.000 horas de experiência aeroagrícola, além de 3.000 horas de instrução de voo. Atualmente, ele opera sua própria empresa aeroagrícola no Uruguai. mporto1@gmail.com Eu queria entrar na cabine e bater no piloto. Ele merecia. Era um dia quente e eu estava tendo que dar partida no motor de um Cessna 172 manualmente, ou como chamamos na aviação, “dando a hélice". É um processo que exige força e é perigoso, mas às vezes necessário. Que combinação para a aviação.
Rituais Na Aviação Não estou falando nada de novo se disser que a aviação é uma das atividades mais regulamentadas e processuais de todas as atividades humanas. Os processos de gerenciamento de trabalho na cabine evoluíram de fazer tudo mecanicamente até as atuais listas de verificação eletrônicas. Existem diferentes tipos de checklists, de acordo com os diferentes tipos de atividades aeronáuticas. A lista de verificação de um Boeing 747 não é a mesma de um Cessna C150. O checklist de um voo de linha aérea também não se compara ao de um piloto agrícola aplicando fertilizante (no qual ele pode fazer até 50 decolagens por dia). As listas de verificação na aviação envolvem uma variedade de gestos físicos e chamadas verbais que se realizam no desempenho das suas funções. São monótonas, enfadonhas e muito necessárias, e essa é a chave para procedimentos operacionais seguros. 28 | agairupdate.com | Português
O Processo De “Calling And Pointing” “Falar E Apontar” O funcionamento deste sistema baseia-se em nomear, dizer em voz alta a ação a ser realizada, apontar e tocar o objeto na cabine. Este processo conhecido como “Falar e Apontar” é um sistema projetado para reduzir erros. Baseia-se no controle cognitivo do paradigma de troca de tarefas. O sistema de nomear e apontar é muito eficaz, pois utiliza nossos olhos, mãos, boca e ouvidos para seu funcionamento. Transforma nossos hábitos inconscientes em conscientes. Os erros diminuem 85% e os acidentes 30%, segundo estudos de universidades japonesas (onde este sistema é amplamente aplicado no sistema ferroviário). Pode-se pensar que a aplicação deste sistema aumenta a precisão, mas retarda o processo. Pessoalmente e no meu ponto de vista, na aviação, a rapidez nos processos NÃO é a nossa melhor aliada. Se eu tiver escolha, prefiro a precisão à velocidade.
“Falar E Apontar” Aplicado À Aviação Agrícola Se tivermos que realizar 40 decolagens e pousos em um dia, não podemos esperar fazer um checklist de nem mesmo 10 passos para a decolagem. É a realidade pura e prática. O que podemos fazer é ser proativos. Há muito tempo que utilizo a estratégia de chamar e apontar em 3 fases da operação de voo e isso tem me ajudado nos índices de segurança.
Na partida do motor: Quando participei do curso em simulador de Air Tractor em Orlando, nos EUA, meu instrutor me disse: “se você está dando partida em uma turbina e alguém enfia uma faca em você, primeiro termine de dar a partida no motor e depois retire a faca”. Essa piada resume a importância de se focar em uma tarefa específica, ou seja,
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não temos atenção ilimitada e devemos priorizar o que fazer em determinado momento. Falando e Apontando. Na primeira decolagem do dia: Utilizo um mini checklist que coloquei no para-brisa do avião. Eu o incluo aqui. ➤
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Antes Da Decolagem • EQUIPAMENTO AG............................ LIMPO E EM BOAS CONDIÇÕES • PRODUTO A APLICAR.........................VERIFICADO E ANOTADO • COND. METEOROLÓGICO..................VERIFICAÇÃO DE DERIVA – PERGUNTE • LARGURA DA FAIXA..............................AJUSTADA • COMBUSTÍVEL MÍNIMO..............................CHECK • DGPS.................................................. AJUSTADO • CONDIÇÃO DE DECOLAGEM..............VERIFICADO • BRIEFING MENTAL..............................REALIZADO Configurar o avião para a próxima decolagem: Após o pouso e quando paro o avião, antes de fazer qualquer outra coisa, deixo o avião configurado para iniciar a próxima decolagem. Isso inclui a posição dos flaps, compensadores e janelas fechadas. Cada uma dessas fases ou situações do voo constituiria um artigo em si. A ideia é explicar o conceito e saber que a aviação agrícola exige que nós, como pilotos, saibamos gerenciar a nossa atenção. Ou, como eu chamo isso, de “nos sequenciarnos”. Os aviões agrícolas modernos exigem que estejamos atentos e tenhamos os nossos próprios rituais. O mais importante é descobrir qual sistema melhor se adapta às nossas operações. Qualquer opção é melhor que nada.
Meu Amigo Escapou De Uma Surra Era um dia quente e eu estava tendo de dar partida no motor de um Cessna 172 “na mão”. Eu estava parado na frente do Cessna, ia começar a “dar a hélice”, mas primeiro tinha que posicionar a hélice do avião, para em seguida, tentar ligar o motor girando fortemente a hélice com as mãos. Gritei para meu amigo dentro da cabine, “Sin contacto”, em espanhol, “Sem contato” (referindo-se aos magnetos, desligados), e a resposta dele foi - “sin contacto”. Girei a pá apenas para colocá-la na posição ideal para “dar a hélice” e o motor, que não deveria pegar (pois deveria estar “sem contato"), pegou!! 30 | agairupdate.com | Português
Fiquei inicialmente petrificado e depois pulei para longe da hélice. Queria entrar na cabine e dar um soco no piloto (mas não fiz isso), ele se salvou da surra. Ele merecia. Ele não tinha aplicado o “falar e apontar” e minha vida poderia ter acabado. Segundo James Clear, “O hábito é o melhor dos servos ou o pior dos amos.” Não existem bons hábitos e maus hábitos. Existem apenas hábitos eficazes. Eficazes para resolução de problemas. Fiz meu primeiro voo como piloto agrícola em 1995. Foi um ótimo dia para mim. O mesmo não aconteceu para o dono da lavoura. Eu estava aplicando fertilizante num campo de arroz e a carga de trabalho na cabina me fez esquecer de fechar a comporta do hopper. Sim, fiz meu primeiro “balão" como piloto agrícola sem fechar a porta de aplicação. Deixando de lado a anedota desastrosa, penso que o sistema de Falar e Apontar tem um lugar muito importante na aviação agrícola. Experimente seus próprios métodos e, se nenhum deles funcionar, aplique ou siga o que diz o manual do Piper J3 de 1947: “bata na cabeça do aluno para que ele devolva os controles ao instrutor”.
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A Importância de Termos uma Mentalidade Aeronáutica Os aviões agrícolas são a tradução da mais perfeita harmonia entre assertividade agronômica e eficiência temporal. Isso mesmo, as aeronaves realizam a nobre missão de aplicar defensivos agrícolas, adubos, fertilizantes, protegem os campos e a natureza de incêndios, povoam lagos e rios com peixes, e ainda combatem vetores de doenças endêmicas de maneira muito rápida. Isso tudo parece repeteco, chavão, mas são as principais virtudes dos serviços aeroagrícolas. No entanto, ainda temos no Brasil uma parcela importante da sociedade rural e urbana que pouco conhece esses valores da atividade. Isso mesmo: a maioria das Escolas de Agronomia não possuem cadeira específica que aborde a tecnologia aérea. Outras que possuem, o fazem como matéria optativa (nesse caso, não há fomento interno junto a clientela para cursarem). Se o agrônomo não conhece, como vai recomendar? Difícil né... Assistimos recentemente algumas Universidades e algumas Instituições (públicas e/ou privadas), que deram o start e estão procurando ofertar informações consistentes. Isso já é um pequeno avanço. Mas, ao contrário da Indústria de Equipamentos Terrestres, a Indústria Aeronáutica não tem conseguido se fazer presente na mesma proporção dentro dessas Instituições. Talvez porque parte entenda que não vale a pena tanto esforço, ou simplesmente porque lhes faltam “pernas” para abraçar tantas Universidades pelo Brasil afora.
por Jeferson Luís Rezende Piloto, atual Presidente do Aeroclube de Guarapuava/CIAC Membro voluntário de pesquisas do NATA/PR-UNICENTRO Representante Técnico de Vendas da INQUIMA Uma atividade de primeira necessidade! Assim poderíamos falar a respeito desta extraordinária ferramenta de apoio ao homem do campo. 32 | agairupdate.com | Português
Num passado não tão distante, o governo federal tinha uma estrutura – o CENEA, Centro Nacional de Engenharia Agrícola, em Iperó da Serra (região de Sorocaba, SP), onde existia o CAVAG – Curso de Aviação Agrícola. Neste local se desenvolviam pesquisas de grande valor para toda a cadeia agrícola e aeroagrícolas; e formava-se Pilotos Agrícolas – Engenheiros Coordenadores e Técnicos Executores em Aviação Agrícola.
Infelizmente, numa “canetada” do então presidente Collor, este fantástico Centro foi fechado. Imaginem: talvez tenha sido o maior e mais moderno Centro de Pesquisas e Ensino com estas características na América Latina. Mais adiante, no final dos anos 90 – início dos anos 2000, a UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro Oeste, sediada em Guarapuava – PR, apresentou ao Ministério da Agricultura um Projeto que visava recriar o Centro, noutros moldes, na cidade paranaense. A proposta era espelhada na Universidade de Louisiana, e precisava que o MAPA aprovasse a cessão/doação de duas aeronaves da sua frota do CENEA, e de alguns equipamentos existentes lá, que se encontravam em desuso – porém eram modernos (até para os dias atuais). A UNICENTRO chegou a criar o NATA-PR/ UNICENTRO: Núcleo de Aviação e Tecnologia Agrícola do Paraná, vinculado à Reitoria, que teria a missão de gerir este novo espaço de pesquisas e ensino. A Instituição criou o Curso Superior de Mecânico de Aeronaves – MMA, que se tornou um sucesso ao longo do tempo em que existiu. Com a falta de apoio por parte do MAPA, a Universidade acabou perdendo o fôlego, o interesse, e colocou em stand-by o Núcleo. Aulas magnas incríveis ocorreram no Campus CEDETEG, onde ficava a estrutura do NATAPR. Cada visitante convidado que as ministrava, saia impressionado com o que havia sido criado ali. O DAC – Departamento de Aviação Civil (precursor da ANAC), à época adotou o laboratório da UNICENTRO como exemplo de organização e estruturação, para outras Universidades que desejassem ofertar cursos para a aviação civil. Houve até a criação de um grande Convênio, que envolvia mais duas Universidades além da UNICENTRO, Unesp/Botucatu e Esalq/Piracicaba, que recebeu a denominação de CENTRO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM AVIAÇÃO AGRÍCOLA. Isso também jamais saiu do papel. Pois bem, o MAPA chegou a revitalizar seus aviões do CENEA (Fazenda Ipanema), porém jamais os colocou para voar. Também não doou para a UNICENTRO, que aguardava ansiosamente por eles. Apenas uma das aeronaves Ipanema restou em condição de voo, que hoje pertence à Universidade
de Lavras. Chegou até lá pelas mãos do brilhante professor Wellington Carvalho, que antes foi servidor do CENEA. E um PA-18 acabou doado para os Bombeiros do DF. Então, o que pensar de um país que renuncia a uma estrutura de ensino e pesquisas de valor inestimável como o CENEA/CAVAG; que não se compromete com uma Universidade que se dispôs levar adiante seu legado; que investe recursos públicos na recuperação das aeronaves, e as deixa perecer novamente por desuso? Que país é este afinal? O BRASIL, exatamente o celeiro do mundo!!! É por aqui que estas barbaridades aconteceram. E mais recentemente, este mesmo país, no ano em que se comemoram os 150 anos de nascimento de Alberto Santos Dumont, deixa também que muitos Aeroclubes – nossas principais Escolas de Aviação Civil, nossa base de formação da mentalidade aeronáutica, sucumbam. Fiquem à mercê dos tempos ... Este relato procura nos mostrar o quão somos apáticos com a mentalidade aeronáutica do Brasil. O quanto a aviação (em todos os seus segmentos), vem sofrendo porque a sua gente, os seus atores, não fazem o mínimo para mostrar a atividade aérea como uma imprescindível ferramenta da sociedade. Vivemos tempos de uma agricultura tecnificada, de um campo com altíssimas performances produtivas, de um mundo de informações ao toque da luz. E por algum motivo, quem sabe por falta de entendimento mesmo, ainda precisamos repetir e repetir os valores caros incomparáveis da aviação agrícola para o campo e para a sociedade. Repensemos como agimos... como estamos operando a imagem do nosso negócio e das relações dele com a coisa pública e social. O campo precisa desta ferramenta! Sejamos mais assertivos e visionários... mais perceptivos com o nosso mundo, com os que nos cercam... sejamos tão eficientes quanto são as aplicações aeroagrícolas. Afinal, somos parte de uma das mais eficazes e apaixonante atividade que contribui para o incremento da produção agrícola com responsividade e respeito ao meio ambiente e às pessoas. Volume 24 Número 11 | agairupdate.com | 33
NAVIRAÍ: 1º Encontro de Operadores Privados ocorreu dentro do Simpósio Regional do Setor Aeroagrícola. Foto: Divulgação
CAPACITAÇÃO: Simpósios Aproximam Setor Aeroagrícola das Comunidades Série de encontros regionais já ocorreram em Mato Grosso do Sul – em Sidrolândia, Naviraí, Douradina, Dourados – e se encerra em Sorriso, no Mato Grosso, neste mês Aproximar a comunidade das tecnologias de aplicação aérea motivou a Mossmann Assessoria e Consultoria Aeroagrícola e o Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag) a prepararem o Simpósio Regional do Setor Aeroagrícola. A série de encontros iniciou-se em 3 de outubro e segue neste mês de novembro, com o ingresso valendo dois quilos de alimentos que serão doados a entidades beneficentes locais. “A agenda de simpósios foi a forma que encontramos para levar informação sobre a atividade para estudantes, profissionais do setor e população em geral, mostrando que a aviação agrícola é segura e sustentável do ponto de vista ambiental, social e econômico.” Explicou a diretora e sócia da Mossmann, Cléria Regina Mossmann, especialista em gestão de documentação, por sinal, um dos conteúdos abordados nos encontros. O coordenador do Simpósio Regional do Setor Aeroagrícola, o engenheiro agrônomo Agadir Jhonatan Mossmann, também diretor e sócio da Mossmann Assessoria e Consultoria Aeroagrícola, explicou que os encontros, que vêm ocorrendo em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, são momentos de replicar conhecimento. “Aproveitamos para apresentar também 34 | agairupdate.com | Português
para as comunidades como funciona a atividade aeroagrícola no campo”, pontua o gestor.
Diferentes Públicos A ideia é atingir diferentes públicos. Empresas aeroagrícolas, operadores privados – produtores rurais que possuem avião para atender as necessidades da sua lavoura, estudantes e demais pessoas da comunidade. Exatamente por ser aberto a diferentes públicos, o conteúdo programático é diferenciado, contendo desde demonstrações de aplicação aérea, passando por segurança operacional, doenças ocupacionais, gestão da documentação até temas envolvendo a administração das finanças pessoais. Para falar sobre os diferentes assuntos, além de Cléria e Agadir Jhonatan Mossmann, foram convidados especialistas, como o professor Dr. Wellington Pereira Alencar de Carvalho; a advogada Cristina Branco Franco, o piloto agrícola Fábio José Cavalheiro Soares; e a diretora operacional do Ibravag, Michele Fanezzi. Também fizeram parte do time de palestrantes a psicóloga Amanda Cavalheiro e a enfermeira Fabiane Teixeira, que falaram sobre medicina e segurança no trabalho aeroagrícola.
DEMONSTRAÇÃO: simulação de aplicação aérea na base da Aeroagrícola Medianeira. Foto: Divulgação
Roteiro O primeiro simpósio da série ocorreu em Sidrolândia/ MS (3 de outubro), depois Naviraí/MS (dia 9 de outubro), onde foi realizado o 1º Encontro Aeroagrícola de Operadores Privados do Mato Grosso do Sul. Os estudantes do ensino médio e comunidade em geral também receberam uma aula sobre aplicação aérea em Douradina/MS. A palestra ocorreu dentro do 1º ETEC Agro Barão – Evento Técnico do Itinerário Formativo Profissional em Agronegócio (23 e 24 de outubro), no Centro de Atividades Múltiplas de Douradina, e contou com o apoio da Secretaria de Estado de Educação do Estado do Mato Grosso do Sul. Para novembro, está marcado mais um Simpósio, desta vez, em Mato Grosso, no município de Sorriso, para empresas de aviação agrícola e operadores privados. A jornada está prevista para dia 18 de novembro. A iniciativa conta com o apoio do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), Sebrae, BPA Brasil, CropLife Brasil e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea). Também integram a lista de apoiadores a Inovar Aviação Agrícola, Aeroagrícola Medianeira, CM CliMobile e a Comatral Equipamentos Agrícolas.
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PANORAMA ECONÔMICO
Por Claudio Junior Oliveira Economista e Administrador, Especialista em Gestão
Análise do Cenário Econômico Atual e Perspectivas Em outubro, o Banco Central do Brasil (Bacen) trouxe as expectativas dos principais indicadores econômicos do Brasil, inflação, taxa de juros, Produto Interno Bruto etc. Sobre a inflação oficial do Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apresenta uma projeção de 4,75%, ficando dentro do intervalo da meta estabelecida pelo Bacen, no qual é de 3,25%, podendo oscilar entre +1,5% ou -1,5% a partir deste percentual. Contudo, os dados atuais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o IPCA, mostram que no momento a inflação passou deste limite, 5,19% em 12 meses. No mês de setembro, o IPCA apontou variação de 0,26%, com forte contribuição do índice geral de transportes, possivelmente ocasionado pela alta nos combustíveis em todo território nacional. Sendo assim, o Bacen já vem adotando medidas de combate ao aumento do nível geral de preços, medidas estas que deram início a partir de março de 2021, sendo implementada a política monetária contracionista. Até o momento o Bacen já realizou duas reduções de 0,50% no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC) devido aos resultados favoráveis nos preços gerais, ficando atualmente em 12,75% (outubro/2023). As estimativas para a SELIC permanecem em 11,75% em 2023, contudo se os resultados de inflação continuarem a demonstrar percentuais acima da meta estipulada, não se descarta a hipótese de a SELIC permanecer em 12,75% para os próximos meses, como medida preventiva para que o nível geral de preços não extrapole. Além dos preços reajustados dos combustíveis, outro fator que pode estar desencadeando a elevação do IPCA, seria o reflexo dos gastos demasiados da atual gestão, gerando uma 36 | agairupdate.com | Português
dívida líquida do setor público, até agosto, de R$ 22,830 bilhões no déficit primário. Para que não ocorra um congelamento na SELIC, dificultando o acesso ao crédito de empresas e levando em resultados de desaquecimento econômico contínuos, o Governo aplica impostos em diversos setores da economia, como auxílio a política monetária contracionista; um deles foi o setor de transportes, para que se possa arrecadar capital e gerar receita, levando ao superávit nessas contas públicas, ou também através da venda de títulos públicos federais em parceria com o Bacen, com intuito na formação dessas receitas. As projeções para o PIB Total (variação % sobre o ano anterior) permaneceram em 2,92%, segunda semana neste patamar, o que reflete o fato da SELIC também não variar em sua projeção de 11,75%, pois juros baixos geram aquecimento econômico, e como essas estimativas estão congeladas neste percentual e os resultados atuais da inflação fora da meta, acabam por si só acusando essas probabilidades nestes indicadores econômicos, no qual um influencia o outro direta e indiretamente.
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Mais um Piloto Agrícola se Dedicando às Letras Após nossa matéria sobre pilotos agrícolas se dedicando a escrever livros (AgAir Update de maio de 2023), encontramos mais um piloto agrícola que se tornou autor, o Cmdt. Francisco Renato Wisniewski do Prado. Piloto agrícola e de linha aérea, com um extenso currículo acadêmico - mestre em avaliação de impactos ambientais, graduação no curso superior de tecnologia em segurança no trabalho pela universidade luterana do brasil e pós graduação lato sensu em docência no ensino superior entre outros cursos, Agente de Segurança de Voo com experiência em investigações de acidentes aeronáuticos e hoje aposentado, mas ainda atuando como instrutor em um simulador de Boeing 737800, o Cmdt. Prado também se dedicou ao registro histórico em quatro obras: “Etnias do RS”, “Del Prado: Uma família da Galícia espanhola no pampa gaúcho”, “Águia Polonesa” e “Centenário da Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul”. Como os dois primeiros não tratam de assuntos relacionados à aviação, apenas os dois últimos serão resenhados aqui. “Centenário da Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul” é o minucioso relato da travessia do Atlântico pelos portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral, entre abril e junho de 1922. Ao contrário de Lindbergh, tiveram de fazê-lo em várias etapas, por ser o percurso Lisboa-Rio de Janeiro que fizeram bem mais longo do que o Nova IorqueParis de Lindbergh, e devido à menor autonomia e velocidade do hidroavião Fairey F-III escolhido para a empreitada. Enfrentaram várias adversidades, inclusive tendo de substituir o hidroavião Fairey por outro, após perder um de seus flutuadores ao pousar no Arquipélago de São Pedro e São Paulo. No entanto, este voo até hoje é celebrado pelo 38 | agairupdate.com | Português
uso de um revolucionário sextante com horizonte artificial inventado por Gago Coutinho, para permitir a navegação pelos astros, sendo neste aspecto até mais avançado do que o voo de Lindbergh, que se valeu apenas de bússola e derivômetro. “Águia Polonesa” resgata a pouco conhecida história dos voos do capitão Stanisław Jakub Skarzynski, • militar ´polonês que, após ser considerado inapto para o serviço militar por conta de um ferimento em uma perna recebido na Guerra Polono-Soviética de
1919-1921, decidiu criar asas. Após se tornar piloto, • Skarzynski, ´ militar polonês que, após ser realizou dois grande “reides”, como eram chamados na época, os voos de longa distância efetuados em várias pernas: um pela África, partindo de Varsóvia, em 1931, juntamente com o tenente Andrzej Markiewicz e outro em 1933, no qual voou sozinho de Varsóvia até Buenos Aires, em um monomotor RWD-5bis muito parecido com os “Paulistinhas” em que tantos de nós aprendemos a voar, com um motor De Havilland Gipsy Major de 130 HP e um tanque de combustível adicional no local do assento traseiro. A travessia do Atlântico nesta aeronave marcou um recorde até hoje não superado de distância para aeronaves de menos de 450 kg, além de ser o RWD-5bis do capitão • Skarzynski, ´ militar polonês que, após ser considerado o menor avião a ter cruzado o Atlântico até hoje. Ambos os livros são fruto de extensas pesquisas históricas feitas pelo autor, com pitorescos relatos das circunstâncias em que estes voos foram realizados e fartamente ilustrados com fotos da época. São uma valiosa aquisição para a biblioteca de quem quer que se interesse pela história da aviação. Estas obras podem ser adquiridas diretamente com o autor, através do e-mail skysafe@gmail.com.
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Protegendo a Família de Quem Protege o Agro Falar que voar agrícola é uma atividade de risco é chover no molhado. Devido ao alto grau de risco da atividade, por muitos anos as seguradoras no mercado brasileiro se negavam a oferecer seguros de vida para pilotos agrícolas, forçando-os a deixar suas famílias sem uma proteção financeira no caso do pior. Tal situação perdurou por tanto tempo que até hoje, muitos aplicadores aéreos profissionais ignoram que agora, felizmente, já há opções viáveis de seguros de vida no mercado, para garantir a proteção de suas famílias.
c) Perda total do uso de ambos os membros inferiores; d) Perda total do uso de ambas as mãos; e) Perda total do uso de um membro superior e de um dos pés, simultaneamente; f) Perda total do uso de uma das mãos e de um dos pés, simultaneamente; g) Perda total do uso de ambos os pés; e/ou
Uma destas empresas é a Prudential do Brasil, a qual oferece um seguro de vida especialmente projetado para atender às necessidades dos pilotos agrícolas, proporcionando a proteção necessária para esta profissão única.
Seguro de Vida para Pilotos Agrícolas O seguro de vida para pilotos agrícolas da Prudential do Brasil é um produto feito sob medida para esse grupo de profissionais, com coberturas muito específicas, diferentes das dos pilotos comerciais de jatos privados.
h) Alienação mental total e incurável, devidamente comprovada, podendo ser necessária a apresentação de Termo de Cautela. Essa extensa lista de condições que se qualificam como invalidez total é um testemunho do compromisso da Prudential do Brasil em proporcionar segurança e suporte abrangente aos pilotos agrícolas, levando em consideração os desafios únicos que enfrentam em sua profissão. 3. Cobertura para Doenças Terminais:
1. Cobertura Abrangente: O seguro de vida para pilotos agrícolas oferece uma cobertura abrangente que aborda uma série de situações, incluindo morte natural, morte acidental, morte por qualquer causa e invalidez total. Independentemente da circunstância, esse seguro fornece a proteção necessária para os pilotos agrícolas e suas famílias. 2. Invalidez Total: O seguro de vida para pilotos agrícolas da Prudential do Brasil oferece cobertura abrangente em caso de invalidez total, o que inclui as seguintes situações: a) Perda total da visão de ambos os olhos; b) Perda total do uso de ambos os membros superiores; 40 | agairupdate.com | Português
O seguro também inclui cobertura para o diagnóstico de doenças terminais com sobrevida de até seis meses. Isso garante que, em tempos difíceis, o piloto agrícola tenha o suporte financeiro necessário. 4. Assistência Funeral: Caso o pior aconteça, o seguro de vida para pilotos agrícolas vai além, oferecendo uma assistência funeral que abrange uma ampla gama de necessidades. Com um valor ilimitado ou um reembolso de até R$12.000,00, esta cobertura engloba não apenas os custos tradicionais, como cremação e translado funeral nacional, que podem variar de R$3.000,00 a R$8.000,00, mas também os gastos de translados internacionais, que podem chegar a R$100.000,00. Essa abrangência alivia a pressão financeira das despesas funerárias e proporciona conforto emocional para a família do
segurado, permitindo que enfrentem esse momento difícil com menos preocupações financeiras. 5. Opções de Resgate: O piloto pode optar pelo seguro tradicional, que não inclui resgate. Ou, a opção de um seguro resgatável em que o segurado pode resgatar o valor do seguro após um período específico (cinco, dez, vinte ou trinta anos), dependendo do prazo escolhido. Isso significa que, caso o piloto agrícola não utilize o seguro, ele terá a oportunidade de resgatar o valor corrigido.
A Prudential do Brasil e a Proteção dos Pilotos Agrícolas A Prudential do Brasil é uma empresa com longa tradição no mercado de seguros e tem um histórico de oferecer produtos inovadores que atendem às necessidades específicas de seus clientes. Com o seguro de vida para pilotos agrícolas, a Prudential demonstra seu compromisso com a segurança e bem-estar desses profissionais que desempenham um papel essencial na agricultura. É importante lembrar que as necessidades de seguro podem variar de acordo com a profissão e os riscos
envolvidos. Para saber mais sobre como garantir a proteção necessária para você, entre em contato com a corretora especialista Paola Ribeiro e sua equipe. Contato pelo site www.trfinancial.com.br ou WhatsApp 41 99133-5587. Garanta que você, como piloto agrícola, esteja protegido, enquanto também protege o bem-estar de sua família. Você, o piloto protegido, é a chave para garantir um futuro seguro para todos aqueles que dependem de você.
Volume 24 Número 11 | agairupdate.com | 41
Oficina Aeronáutica Ícaro, 50 Anos de Tradição e Bons Serviços A história da Oficina Aeronáutica Ícaro se inicia com a chegada no Brasil de seu fundador, o imigrante alemão Eduardo Kessler Junior, no início dos anos 1930. Ele tinha uma habilidade especial, a marcenaria, e um amor, a aviação. Kessler, como se tornou conhecido no meio da aviação, inicialmente se instalou em São Paulo, mas logo se mudou para Joinville, em Santa Catarina, onde com outros aficionados pela aviação, fundaram o Aeroclube local. Em 1938, fez cursos na Varig Aero Esporte em Porto Alegre, RS, então uma escola de voo mantida pela hoje extinta linha aérea de mesmo nome. Em 1954, Kessler finalmente se instalou em Canoas, RS, no mesmo endereço da Rua Tuiuti 193 onde a Ícaro se localiza até hoje. Ele fundou a Ícaro nesta época, mas foi em novembro de 1973 que o então DAC - Departamento de Aviação Civil - homologou a oficina, sob o número 7311-05. As habilidades de Kessler na marcenaria o levaram a construir vários planadores e ajudar na manutenção de muitos dos aviões de madeira e tela que eram usados pelos aeroclubes naquela época. Mas onde sua capacidade realmente se destacava era na manutenção e reparo das hélices de madeira usadas pela maioria dos aviões de treinamento daquele tempo. Vem daí o foco que a Ícaro tem até hoje na manutenção de hélices. Mas a tecnologia avançou, e pelo final dos anos 1970, as hélices de metal passaram a ser as mais utilizadas na aviação. Assim, Kessler, que já estava começando a sentir a idade, em 1990 convidou o jovem oriundo da Força Aérea Brasileira, Paulo Roberto de Abreu (mais conhecido como “Abreu”), para ajudá-lo na manutenção das hélices. Esta parceria funcionou tão bem que em janeiro de 1992, Kessler vendeu a oficina para a esposa de Abreu, Jaira Oliveira de Abreu. Em abril de 1992, Kessler, veio a falecer precocemente aos 75 anos. Assumindo a empresa, Abreu e Jaíra implementaram novas técnicas e procedimentos, aplicando tudo o que Abreu tinha aprendido na Escola de Especialistas da Aeronáutica e no Parque de Aeronáutica do Galeão, 42 | agairupdate.com | Português
Paulo Roberto de Abreu exibe o sistema de boroscopia usado para verificar a correta montagem de mangueiras aeronáuticas na Oficina Ícaro.
onde tinha servido anteriormente. Eles construíram um novo prédio sobre o mesmo terreno, e obtiveram homologações adicionais do DAC para efetuar manutenção também em injetoras de combustível, governadores de hélice, magnetos e motores hidráulicos, sem nunca deixar as hélices de lado. Abreu precisou contratar técnicos adicionais para dar conta da demanda, e descobriu então o quão escassa era a mão de obra especializada na manutenção aeronáutica. Em janeiro de 1995, Abreu passou para a reserva da Força Aérea e assumiu integralmente a Oficina
Aeronáutica Ícaro. Como complemento à sua formação na Força Aérea, Abreu acrescentou graduação em estudos sociais, uma pós-graduação em métodos e técnicas de ensino e um mestrado em engenharia mecânica. Tendo constatado a escassez de bons técnicos em manutenção aeronáutica no mercado, Abreu estabeleceu no ano de 2000 uma parceria com a EEPMA - Escola de Educação Profissional em Manutenção Aeronáutica Otto Ernest Meyer, uma escola de formação de mecânicos de manutenção de aeronaves localizada em Porto Alegre, para auxiliar na formação de novos mecânicos aeronáuticos. Sob esta parceria, os alunos da EEPMA têm o aprendizado dentro da sala de aula e o prático na Ícaro, sob a orientação e mentoria de Abreu. Hoje a Ícaro faz manutenção em hélices Hartzell, McCauley e Sensenich, da qual é Centro de Serviços Autorizado, além de governadores de hélices, carburadores e montagem de mangueiras aeronáuticas para mais de 500 clientes fixos, incluindo empresas aeroagrícolas, serviços especiais, aeroclubes e proprietários de aeronaves privadas. No momento em
que a Ícaro completa seu 50º aniversário, a família Abreu planeja o futuro. Marcelo Abreu, filho de Paulo Roberto e Jaira, cresceu dentro da oficina, ajudando desde que tinha 10 anos de idade. Marcelo fez o Curso de Mecânico Aeronáutico na Embraer, é piloto comercial, instrutor de voo e piloto agrícola, além de ser formado em engenharia mecânica. Eduardo Abreu Schein, neto de Abreu e Jaíra, também cresceu e trabalhou como GSO na Oficina Ícaro. Eduardo concluiu “Piloto Privado” no Aeroclube de Eldorado do Sul e curso superior de Ciências Aeronáuticas na PUC/RS. Continua estudando e adquirindo conhecimentos necessários com PósGraduação e está concluindo um mestrado pelo ITA – Instituto Tecnológico da Aeronáutica. Com a nova geração, a Oficina Aeronáutica Ícaro Ltda. prosseguirá oferecendo serviços de qualidade, como uma empresa familiar com foco na aviação e nos clientes, sem esquecer seu passado, narrado no livro “Uma História de Sucessos” a ser lançado em breve.
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Joelize Friedrichs,
Joelize Friedrichs, junto ao gigante Air Tractor AT-802.
Primeira Piloto Agrícola Mulher no Brasil a se Qualificar para Operar o At-802
A gaúcha de Não-Me-Toque Joelize Friedrichs, uma piloto agrícola veterana de onze safras, se tornou a primeira piloto mulher no Brasil a obter o Certificado de Habilitação Técnica para voar o Air Tractor AT-802. Joelize iniciou sua formação aeronáutica no Aeroclube de Carazinho, onde fez seu curso de piloto privado, e depois batalhou lavando e abastecendo aviões para fazer suas horas de voo e cursos adicionais. Após obter seu comercial, voou em uma empresa de táxi aéreo, até se tornar instrutora em multimotor e fazer seu CAVAG no mesmo Aeroclube de Carazinho onde tinha começado. Após isso, Joelize acumulou uma rica experiência na aviação agrícola, voando Ipanemas, Cessna C-188 e Air Tractors em diversas culturas nas regiões sul, sudeste e centro-oeste, em diversas culturas e chegando a se tornar sócia da empresa Agrofly, de Carazinho. Essa experiência capacitou Joelize a também ser instrutora de CAVAG. Com a experiência adquirida voando um Air Tractor AT502 na Fazenda Vale do Rio Verde, em Tapurah, Mato Grosso, em junho passado Joelize fez o curso teórico do AT-802 com Sepé Barradas, e neste outubro, fez o curso no simulador de voo do AT-802 na AeroGlobo Aeronaves. Seus primeiros voos no 802 ocorreram em 19 de outubro, na Fazenda Santa Luzia do Grupo Bom 44 | agairupdate.com | Português
Celebrando a conquista do maior avião agrícola da atualidade!
Futuro, em Sapezal- MT, e no mesmo dia Joelize foi checada por um INSPAC da ANAC, obtendo assim seu CHT para operar o AT-802 às vésperas de iniciar sua décima-segunda safra. Joelize agora faz parte de um seleto grupo de pilotos a voar o AT-802, o maior avião agrícola em operação no mundo atualmente, a primeira piloto mulher no Brasil a obter esta certificação. Parabéns, e voe segura nesta sua próxima safra, Joelize!
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Novas Tecnologias e Colaborações Podem Acabar com os Destruidores Incêndios Florestais por Jay Stalnacker
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Os incêndios florestais estão mudando, e o modo pelo qual lidamos com eles não está dando conta. O combate aéreo a incêndios florestais tem estado na frente em termos de Inovação na luta contra o fogo desde os anos 1940, quando os primeiros brigadistas “smokejumpers” saltaram de paraquedas para combater um incêndio na Floresta Nacional Nez Perce. Logo depois, o primeiro lançamento de retardante feito por um avião bombeiro de asa fixa aconteceu na Floresta Nacional Mendocino em 1955. Rapidamente se seguiram o primeiro voo de reconhecimento de área incendiada por aeronave de asa rotativa e o lançamento de retardante por balde tipo Bambi. Em 1961, o programa “Hotshot” nasceu. No coração de cada uma dessas inovações estava a vontade de se adaptarem novas abordagens, aplicar novas tecnologias e de estabelecer colaborações entre agências de combate ao fogo. Hoje, temos aviões e helicópteros de maior porte, mais brigadistas e mais caminhões de bombeiros, e introduzimos o sensoriamento remoto para a previsão meteorológica e para estimar o comportamento do fogo, mas para as áreas atingidas, não parece que
muita coisa mudou. Nossas abordagens tradicionais não estão acompanhando a mudança do estado dos incêndios. As mudanças climáticas tornaram os fogos florestais mais frequentes e mais intensos. Ocorrem agora fogos florestais em locais onde nunca ocorriam antes, e onde alguns dizem que nunca deveriam ocorrer; o Ártico e a Amazônia estão queimando em uma proporção e intensidade que logo será irreversível. A incidência global de fogos extremos está estimada para aumentar em 50% até 2100, de acordo com o novo relatório da ONU. De fato, estes Eventos de Fogo Extremo (Extreme Wildfire Events - EWE), os quais compõem 3% de todos os incêndios florestais e são praticamente impossíveis de apagar, estão crescendo em severidade. Os EWEs causam mais de 80% dos danos relacionados ao fogo, custam 350 bilhões de dólares só nos Estados Unidos e são responsáveis por 340 mil mortes em todo mundo a cada ano. Eles também reduzem a biodiversidade, devastam comunidades através de danos financeiros, sociais e ambientais e podem causar ou piorar condições de saúde respiratória préexistentes, tais como problemas cardiovasculares. ➤ Volume 24 Número 11 | agairupdate.com | 47
O fogo foi e sempre será uma importante parte de ecossistemas saudáveis. Um “fogo bom” é uma parte essencial no ciclo de vida das árvores, e encoraja o crescimento de novas plantas. Mas nosso contínuo desenvolvimento, com a expansão da Interface UrbanaSilvestre (Wildland Urban Interface - WUI), o impacto humano e a mudança climática estão mudando este equilíbrio e aumentando a ocorrência de fogos destruidores para comunidades em todo o mundo. Com mais de 400 incêndios em todo o Canadá, e sua fumaça produzindo a pior qualidade do ar que Nova York jamais experimentou, fica claro que nossas abordagens atuais não estão à altura do problema. Precisamos estimular a Inovação e novas tecnologias tão rápido quanto possível. Visando ajudar a acelerar a Inovação, a XPRIZE, líder 48 | agairupdate.com | Português
mundial na criação e operação de competições de incentivo em larga escala para ajudar a solucionar os grandes desafios da humanidade, recentemente lançou o XPRIZE Wildfire, uma competição global de quatro anos que dará um prêmio de 11 milhões de dólares em verbas para equipes capazes de desenvolver e demonstrar capacidades plenamente autônomas para detectar e apagar fogos florestais. A XPRIZE Wildfire incentiva equipes de todo o mundo a inovar em uma grande gama de tecnologias, em dois ramos complementares, escolhidos para transformar a maneira pela qual fogos são detectados, gerenciados e combatidos. No ramo de Detecção e Avaliação de Fogos a Partir do Espaço, as equipes terão um minuto para detectar com precisão todos os fogos em uma região maior do
que estados inteiros ou mesmo países, e dez minutos para caracterizar com precisão e reportar dados com a menor quantidade de falsos positivos para gestores de combate ao fogo no solo. No ramo de Resposta ao Fogo Florestal Autônoma, as equipes precisarão monitorar pelo menos 1.000 km2 e suprimir de forma autônoma um fogo florestal dentro de 10 minutos a partir de sua detecção. O Prêmio-Bônus da Lockheed Martin para Detecção Precisa Inteligente, de um milhão de dólares, será dado para inovações na detecção precisa e acurada de fogos florestais. Como líder técnico do XPRIZE Wildfire, tenho a oportunidade de colaborar com líderes globais no gerenciamento de fogos, para garantir que as tecnologias desenvolvidas no curso desta competição possam fazer um impacto duradouro e efetivo. O engajamento de colaborações de governos, da iniciativa privada, de organizações sem fins lucrativos e de comunidades é a nossa única esperança para gerar uma mudança, e a XPRIZE consegue gerar um grau de colaboração que nunca testemunhei antes. A XPRIZE oferece um espaço seguro para discussões apolíticas e não tendenciosas, com todos os atores trabalhando para o objetivo comum de terminar com os incêndios florestais destruidores. A diversidade e o apoio de nossos co-patrocinadores titulares, a Fundação Gordon e Betty Moore e a PG&E, de nosso patrocinador e apresentador da competição, a Fundação Minderoo e o patrocinador do prêmio-bônus, a Lockheed Martin, demonstram um nível de colaboração raramente visto. Adicionalmente, o patrocinador do prêmio, a Fundação Conrad N. Hilton e seus benfeitores Nichola Elivits e Michael Antonov fornecem um exemplo de engajamento que acabará por nos ajudar a solucionar este complexo problema. Adicionalmente a XPRIZE está atualmente estabelecendo parcerias com organizações sem fins lucrativos, como o Instituto Aspen e o The Forest Stewardship Council, agências de segurança pública como a CAL-FIRE e o Serviço de Bombeiros Rurais de Nova Gales do Sul, e organizações privadas como a Onshape, para apoio à esta competição. Ao colaborar com essas organizações regulatórias, de segurança pública, empresas privadas e sem fins lucrativos, desenvolvemos uma voz unificada para influenciar e apoiar a Inovação em tecnologia para uma mudança no gerenciamento do fogo..
Sabemos que a tecnologia desenvolvida através dessa competição pode e irá transformar a maneira com que incêndios florestais destrutivos são detectados, gerenciados e combatidos; ela também ajudará os combatentes do fogo a ser mais ativos ao invés de reativos. Novas tecnologias que reduzem o risco de vida também irão proteger a saúde mental destes bravos indivíduos, salvando vidas na linha de serviço e além. E nós teremos de colaborar globalmente, para garantir que esta tecnologia salvadora de vidas poderá ser efetiva e acessível, de forma a tornar incêndios florestais destruidores uma coisa do passado.
Sobre o Autor: Jay Stalnacker, Líder Técnico, XPRIZE Wildfire. Jay Stalnacker tem 25 anos de experiência fornecendo serviços de gerenciamento de emergência a órgãos governamentais e privados nas áreas de saúde, segurança e defesa civil. O sr. Stalnaker anteriormente serviu em operações especiais governamentais não-militares, foi membro do programa federal de Smokejumpers (brigadistas paraquedistas) e policial com atuação em SWAT. O sr. Stalnacker serviu como comandante de incidente e chefe de operações em vários incidentes em todo o país, incluindo a enchente desastrosa do milênio, em 2014 em Boulder, Colorado, a Resposta de Emergência ao Evento do Eclipse de 2017 no estado do Oregon e mais recentemente, o desastre natural do Furacão Michael de 2018. O sr. Stalnacker recebeu duas medalhas Silver Star, uma Bronze Star e uma Medalha de Louvor por ações de salvamento de vidas e foi reconhecido por destacados serviços pelo Federal Bureau of Investigation (FBI), pelo Serviço Secreto dos Estados Unidos, pela Agência Federal de Gerenciamento de Emergências, pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos e pelos Escritórios de Gerenciamento de Emergências dos estados do Colorado e do Oregon. O sr. Stalnacker é graduado em liderança organizacional pela Universidade do Estado do Colorado. Ele é um instrutor certificado em saúde e segurança em várias disciplinas e considerado um especialista em investigação e gerenciamento de incidentes de desastres. Para saber mais sobre a X-Prize, visite www.xprize.org/ wildfire Volume 24 Número 11 | agairupdate.com | 49
A Fire Boss Nomeia Distribuidora Parceira para a América Latina por Ryan Mason A AgSur Aviones foi nomeada como parceira oficial para distribuição do sistema de combate aéreo a incêndios Fire Boss, para as Américas do Sul e Central. "Esta parceria significa que nossos clientes terão assistência direta dentro do seu país, para vendas e serviços. A AgSur já vendeu mais de 300 aeronaves Air Tractor neste mercado, provando ter a infraestrutura para estar à disposição quando for necessário para apoiar o combate aéreo a incêndios. Com o crescimento acelerado do mercado para o Fire Boss, faz sentido ter uma parceria com o revendedor Air Tractor número 1 na América Latina”, disse Clint E. Clouatre, Diretor de Marketing e Vendas da Fire Boss LLC. “A progressão de nosso crescimento, até nos tornarmos um distribuidor, ocorreu ao natural, e foi um crescimento intencional. O Fire Boss é a principal aeronave de combate à incêndios no mundo, e é uma honra para nós representar o Fire Boss em toda a América Latina”, disse Alejandro Moreno, SócioGerente da AgSur.
Fire Boss – O que você tem que saber 1 - Mais de 150 Fire Boss estão em operação em todo o mundo 2 - O Fire Boss é um AT802F modificado, fabricado pela Air Tractor 3 - O Fire Boss em ação: escaneie o QR Code nesta página para assistir o vídeo Fire Boss Overview – Fire Boss, LLC
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A AgSur Aviones Estabelecida em 2007, a AgSur Aviones é uma representante autorizada da Air Tractor Inc., a principal fabricante fornecedora de aeronaves para os mercados de combate aéreo a incêndios e de aviação agrícola. Baseada na cidade de Pergamino, Argentina, e com escritórios estrategicamente localizados em Cresson, Texas, EUA, e São Paulo, Brasil, estamos posicionados de forma exclusiva para atender às necessidades de nossos clientes com serviço superior, em toda a América Latina.
A Fire Boss LLC A Fire Boss LLC é a projetista e fabricante do Fire Boss, um sistema de auto carregamento de água que é instalado exclusivamente no Air Tractor AT-802. O sistema Fire Boss combina várias modificações da célula, melhoramentos no desempenho da aeronave e um par de flutuadores anfíbios série Wipline 10000, com um sistema coletor de água que permite a um AT802 SEAT (Single Engine Air Tanker - Bombeiro Aéreo Monomotor) se auto carregar com até 800 galões (3.000 litros) de água em cerca de 15 segundos. Mais de 120 sistemas Fire Boss estão em operação atualmente em todo o mundo. A Fire Boss LLC é parte do grupo de empresas Wipaire, sediado em South St. Paul, Minnesota. A Wipaire é a maior fabricante de flutuadores para aeronaves no mundo, tendo construído flutuadores para vários modelos de aviões, desde o Piper Cub de dois assentos até o Viking Twin Otter de 21 assentos.
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Câmara de Vereadores de Cachoeira do Sul - RS Aprova Projeto de Lei Homenageando o Comandante Laudelino Bernardi Em 16 de outubro de 2023, a Câmara de Vereadores da cidade de Cachoeira do Sul - RS aprovou o Projeto de Lei Ordinária (PLO) 55/2023, de autoria do vereador Augusto Cesar, que batiza como Sítio Aeroportuário Comandante Laudelino Bernardi o aeródromo da cidade. Trata-se de uma justa homenagem ao piloto agrícola e empresário Laudelino Bernardi, que nasceu em Tuparendi, oeste do Rio Grande do Sul, e foi músico profissional, jogador de futebol e funcionário do Banco do Brasil, até encontrar sua verdadeira
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vocação na aviação agrícola, no final da década de 1970. Com espírito empreendedor, fundou a Aero Agrícola Santos Dumont na década de 1980, na cidade de Cachoeira do Sul. Em 1990, a empresa passou a ministrar o seu Curso de Aviação Agrícola (CAVAG), que já formou mais de 1.000 pilotos agrícolas desde então. O legado do Comandante Bernardi segue no trabalho da Aero Agrícola Santos Dumont, nos mais de 1.000 pilotos agrícolas que formou, e agora no nome do aeródromo onde a empresa que criou está sediada.
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LOW AND SLOW - “BAIXO E DEVAGAR”
Mabry I. Anderson | Uma História da Aviação Agrícola por Quem a Viveu
A Propagação para o Sul e o Meio-Oeste — Capítulo 4 – Parte 4 Um Stearman aplicando “Black Annie” em algodão. Foto de Harris Barnes.
O Primeiro Desfolhante Talvez o mais significativo avanço na área de agroquímicos para aplicação aérea que ocorreu antes da Segunda Guerra Mundial foi a descoberta da “Black Annie” (“Aninha Preta”), o primeiro e por muitos anos único desfolhante de algodão no mundo. Mais apropriadamente, era conhecido como cianamida de cálcio, um fertilizante formador de nitrogênio a 16% não ácido, produzido em grandes quantidades pela American Cyanamid Corporation. A cianamida de cálcio é um material sólido preto, vendido em grandes volumes para a comunidade agrícola em forma granulada. Ele era, e ainda é, um excelente fertilizante. Diligentes pesquisas e vários questionamentos feitos diretamente à American Cyanamid Corporation falharam em determinar exatamente quando a capacidade deste material desfolhar algodão foi descoberta, mas entrevistas com pilotos provam 54 | agairupdate.com | Português
conclusivamente que ele já estava sendo usado alguns anos antes da Segunda Guerra. Cotton Carnahan, um veterano operador do Mississipi, que voou para Raymond Brezeale em Natchitoches, Louisiana, aplicava “Black Annie" no algodão já em 1941. Como muitas descobertas importantes, a da capacidade da cianamida de cálcio de desfolhar algodão ocorreu por acidente. Um container deste material granulado estava sendo espalhado numa terra vizinha a uma grande plantação de algodão em um final de setembro, quando o algodão estava maturando de forma natural. Ao abrir e manusear os sacos de 25 kg de “Black Annie", uma grande quantidade de pó era levantada e espalhada pelo vento na direção da plantação de algodão, depositando-se nas folhas do mesmo. Alguns dias após, o pessoal da fazenda voltou à área e imediatamente observou que a maioria das folhas de algodão atingidas pelo pó tinha caído,
deixando os ramos e as maçãs ainda fechadas limpas e expostas ao sol. Logo as maçãs abriram, e a colheita do algodão foi muito facilitada por esse processo de desfolhamento. Naturalmente, a American Cyanamid Corporation foi informada do fato, e a empresa rapidamente passou a produzir uma grande quantidade deste material em forma de pó. Testes foram realizados, usando-se tanto aplicação aérea quanto terrestre. Foi descoberto que a aplicação de 28 a 45 kg por hectare deste pó causaria um bom desfolhamento na maior parte dos cultivares de algodão. Logo, a cianamida de cálcio estava sendo fornecida em quantidade para um grande mercado, sob o nome de Aero Cyanamid Special Grade. Esta foi sem dúvida a primeira vez que um produto foi batizado especificamente para a aviação agrícola que o aplicaria! Os pilotos agrícolas amavam a “Black Annie", mas também a detestavam. Ela gerava uma receita extra muito necessária e dava bons resultados, mas era sem dúvida o pior e mais sujo material jamais desenvolvido para uso aeronáutico! O fino pó preto se infiltrava em todo e qualquer canto dos aviões. Após um dia aplicando o desfolhante, um avião novo aparentava ter 10 anos de uso! Para os pilotos, era tão ruim quanto. O pó era leve, fino e muito preto, e deixava os pilotos pretos de tão sujos! Após dois ou três tiros, um piloto ficava irreconhecível, e lavar o pó era um problema. Um sabonete comum praticamente não removia o pó da pele. Certo dia, um herói desconhecido tomou banho usando o sabonete de beleza Dove de sua esposa, um sabonete delicado e perfumado, contendo uma alta percentagem de creme hidratante. Ele funcionou como mágica, fazendo a “Black Annie” sumir totalmente sob sua espuma. Depois disso, nas regiões de plantação de algodão durante a época
do desfolhamento, os fornecedores de sabonete Dove não conseguiam dar conta do aumento da demanda. Além de ser suja, a “Black Annie" tinha um outro efeito inconveniente; por motivos nunca entendidos claramente, alguns indivíduos não poderiam se expor a “Black Annie" e depois beber duas cervejas socialmente. Embora nem todos os pilotos fossem afetados, muitos eram. Os resultados eram espantosos.
índice ABA Manutencao De Aeronaves..19 Aeroglobo/Lane Aviation.............17 Ag-Nav Inc..................................3 Agrinautics..................................9 AgSur Aviones...........................51 Air Tractor Inc.............................2 Airwolf Aerospace........................7
Bastava um piloto totalmente sóbrio tomar uma ou duas cervejas para ficar imediata e completamente afetado! Não tecnicamente embriagado, mas bastante alterado. Às vezes, reações na pele aconteciam, a vítima ficando vermelha como uma beterraba, como se estivesse apoplética, e sem nenhuma ideia de onde estava ou do que estava fazendo. A maior parte dos pilotos agrícolas logo aprendeu a evitar o álcool, especialmente a cerveja, durante a época do desfolhamento. Mas alguns veteranos às vezes se divertiam às custas de um piloto novato, insistindo para que ele tomasse uma cerveja no bar local, após ter sido exposto à “Black Annie". Os resultados costumavam ser hilários. Apenas uma diversão inocente, típica da época e da irmandade dos pilotos agrícolas Isso tudo aconteceu antes do advento da EPA (a agência de proteção do meio-ambiente americana) e de outras agências de proteção ao consumidor, e nenhuma providência jamais foi tomada quanto a este fenômeno. Hoje, uma investigação por parte do congresso seria instituída imediatamente. O Aero Cyanamid Special Grade manteve praticamente um monopólio na área de desfolhantes até o início dos anos 1950. Por esta época, a aplicação de defensivos líquidos estava substituindo a de produtos em pó, e vários novos produtos estavam entrando no mercado. Este desenvolvimento será discutido com mais detalhes mais adiante. (Continua no próximo mês)
Cascade Aircraft..........................7 Covington Aircraft Engines..........56 Diamond Aviação.......................27 Escapamentos João Teclis Ind. Com.........................19 Frost Flying Inc.........................13 Global Parts..............................25 Ícaro........................................43 Insero.........................................9 Micro AeroDynamics..................29 Micron Sprayers Limited.............35 Midcontinent...............................7 Mossman Consultoria ................35 Pratt & Whitney Canada.............21 Prudential.................................41 SINDAG....................................23 STOL LTDA ..............................31 Thrush Aircraft............................5 Transland LLC...........................11 Travicar Ltda.............................15 Turbine Conversions LTD............39 VMF.........................................37 X5 Company.............................45 Zanoni Equipamentos.................53
Quando é hora de Serviço e Suporte para PT6A, nada supera a
FORÇA DE UM.
Por mais de 50 anos, a Covington tem sido fiel à força de um. Somos uma família. Fazendo manutenção de motores de um fabricante. Com um compromisso nos guiando: construir nossa empresa através de um relacionamento, e um motor, de cada vez. Assim, sendo a única oficina designada para revisões pela Pratt & Whitney Canada que é propriedade de uma família, ninguém conhece a PT6A melhor do que nós, nem fornece mais suporte sem compromisso. Tudo com um nível de confiança e paixão pelo que se faz que você simplesmente não encontra em lugar nenhum. Ligue ou visite-nos hoje. Seria nosso privilégio colocar a força de um a trabalhar para você.
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