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Organizando o Setor para Voar na Direção Correta

Primeira comporta 13” da Zanoni, instalada pela Tangará: o equipamento oferece bons resultados para combate a incêndios em vegetação de alta densidade, mas ainda mantém versatilidade para uso agrícola, uma necessidade especial da frota no Brasil, já que em algumas regiões as aeronaves pulverizam quase o ano todo.

Essa é uma especificidade da frota brasileira: às vezes o avião opera tanto a pulverização agrícola quanto o combate a incêndios em um intervalo inferior a 24 horas. Então passamos a precisar de um equipamento que fosse o mais eficiente possível, para controlar incêndios também em vegetação de alta densidade, e o Sérgio Zanoni desenvolveu a comporta de 13 polegadas para a gente e instalamos o primeiro protótipo desse equipamento aqui na empresa. Os resultados desde 2019 são bastante interessantes. Mesmo com comporta tranversal estamos conseguindo uma grande eficiência, até em vegetações mais densas”.

Além de operador, Thiago vem auxiliando o combate a incêndios brasileiros por meio de sua liderança no setor, destacando essa atividade desde o início de seu primeiro mandato como presidente do SINDAG, em 2019. Ele reforçou a importância do trabalho de divulgação para o desenvolvimento do mercado:

“A demanda por esse serviço sempre existiu, mas quase ninguém tinha conhecimento do uso da nossa ferramenta. Com a divulgação desse trabalho, as pessoas foram conhecendo e percebendo que poderiam ter acesso a ele de forma simples. Passamos a ter um uso mais intensivo de aeronaves agrícolas nos últimos dez anos e o SINDAG tem ajudado muito nisso: desvendar o mistério do combate a incêndios e possibilitar que todas as empresas de aviação agrícola ofereçam esse tipo de serviço. Acredito que isso deve se intensificar muito nos próximos anos, principalmente com a iniciativa privada (agricultores) contratando aeronaves agrícolas para combater incêndios tanto nas lavouras quanto nas reservas naturais de suas propriedades [já que no Brasil todo produtor agrícola é obrigado a alocar pelo menos menos 20% de suas terras para preservação ambiental - chegando a 80% na região amazônica]”.

Thiago também destacou o ganho de imagem que o serviço gera para o setor de aviação agrícola:

“O uso de aeronaves agrícolas no combate a incêndios nos ajudou a gerar outra visão para a sociedade sobre nosso trabalho. A mídia está constantemente divulgando a importância que temos para o meio ambiente e isso contribui para quebraros preconceitos que sofremos. Estamos voando nessa direção para divulgar a atividade e estamos tendo muito sucesso”. ➤

Air Tractor da Tangará realizando monitoramento de incêndio em uma usina de cana-de-açúcar (Acima) e despejando retardante em um depósito de bagaço de cana-de-açúcar (baixo). O setor sucroalcooleiro é um dos pivôs do combate aéreo a incêndios no Brasil.

Ele também nos deu suas perspectivas sobre a Lei nº 14.406/2022, recentemente aprovada para regulamentar o uso de aeronaves agrícolas no combate a incêndios florestais:

“Com a nova legislação que o governo acabou de aprovar, teremos mais segurança para as instituições governamentais contratarem. Isso também se espalhará para o setor privado: os agricultores e toda a indústria agrícola verão a necessidade de contratar aeronaves e perceberão que é uma ferramenta que funciona e que é viável. A lei certamente será uma ferramenta para ampliar o serviço no país”.

De autoria do senador Carlos Fávaro, a lei inclui o uso da aviação agrícola nas diretrizes e políticas governamentais de combate a incêndios florestais. O projeto prevê a terceirização de aeronaves de combate a incêndio, reforçando a capacidade ociosa das mais de 2.300 aeronaves agrícolas da “Força Aérea Agrícola Brasileira”. Isso reduzirá consideravelmente os custos em relação à aquisição de aeronaves em um país onde a restrição orçamentária do setor pública está sempre presente, conforme destacado em sua exposição de motivos:

“Em vez de comprar aviões, contratar pilotos e arcar com todo o custo de instalações, manutenção, treinamento e pessoal (estrutura que ficaria ociosa por oito meses), o poder público terceirizaria plantões e horas voadas somente nos meses de incêndios”.

Thiago representa a segunda geração da família Magalhães no setor de aplicação aérea (com a empresa Tangará Aeroagrícola) e é presidente do SINDAG desde 2019. A instituição tem ajudado a impulsionar o mercado brasileiro de combate aéreo a incêndios.

O novo modelo será implementado como parte de um sistema de gestão integrado, adotando diversas medidas e instrumentos que consideram especificidades locais, geográficas, climáticas, sociais e econômicas, como parte de uma estratégia nacional de prevenção e combate aos incêndios florestais. Ele fará parte do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA - estrutura formada por órgãos da União, Estados e Municípios), contendo diretrizes gerais para o uso de aeronaves agrícolas nos planos de contingência de combate a incêndios florestais em todo o Brasil.

De acordo com a lei, os planos de contingência de combate a incêndios florestais, elaborados pelos órgãos ambientais, devem ter diretrizes para o uso das aeronaves agrícolas a serem utilizadas nessas operações, incluindo padrões de tecnologias e qualificação dos profissionais. A lei também prevê a possibilidade de apoio público à indústria, incluindo a educação e formação de pilotos.

PULVERIZANDO TECNOLOGIAS DESDE 1997

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