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Couve De Bruxelas
Nome comum: Couve de Bruxelas Nome científico: Brassica oleracea L. var. gemmifera Família: Brassicaceae (Antiga Cruciferae)
Importância nutricional: É uma fonte excelente de vitaminas A, B1, B6, C e K, além de fornecer quantidades importantes de folato, minerais como manganês e potássio. Também é fonte de fibras, o que auxilia no sistema digestivo e intestinal, promove sensação de saciedade e possui baixas calorias, recomendado para dietas que visam redução de peso. Também auxlia no equilíbrio hormonal, como as demais hortaliças da Adubação orgânica: Aplicar de 30 a 60 t/ha de esterco bovino bem curtido ou composto orgânico, sendo a maior dose para solos arenosos. Pode-se utilizar também ¼ dessas quantidades, se for esterco de galinha. Todos devem ser bem incorporados ao solo, entre 10 e 20 dias antes do plantio. Em solos degradados e com baixa atividade microbiana, aplicar de 100g a 200g por m² do composto bokashi. Adubação mineral de plantio: aplicar também, em solos deficientes, de 1,0 a 1,5 kg/ha de boro (B) e de
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mesma família, sobretudo em mulheres. Utilização: Há várias formas de preparar a couve de Bruxelas: as mais comuns são: cozidas, no vapor, grelhadas ou assadas.
PROPRIEDADES DO SOLO E SUGESTÕES DE ADUBAÇÃO:
pH do solo
6,0-6,8
T (ºC) solo germinação variação ótima
15-25 V (%)
70-80 Adubação Básica (kg/ha)
N
40-70
P2O5
200-500 K2O
80-220 Adubação de Cobertura (kg/ha)
N
30-200
P2O5 K2O
40-60 Adubação
Boro e molibdênio
Foliar
1,0 a 1,5 kg/ha de molibdênio (Mo), juntamente com os formulados. Adubação de cobertura: parcelar em até quatro aplicações, iniciando de 10 a 20 dias após o transplante. Preferir adubos com enxofre (por exemplo, sulfato de amônia) a adubo sem (por exemplo, ureia). Produtores orgânicos podem utilizar torta de mamona ou bokashi, de 50 a 200 g/m², parcelados em duas vezes. Observações: 1) Doses excessivas de N predispõem as plantas à maior incidência de doenças fúngicas e bacterianas
PRINCIPAIS INDICAÇÕES SOBRE O SISTEMA DE CULTIVO:
Espaçamento (m)*
Nº sem./g
0,80 a 1,00 (entre linhas) x 0,40 a 0,60 (entre plantas) 280 - 320 Gasto de sementes/ ha Densidade de plantio (pls/ha) Profund. de plantio (cm) Transplante
150 - 200 g 16 mil 20 mil 0,3 - 0,5 Sim Semeadura direta
Não Plantio
Manual
Sim Mecânico
Não Sistema de condução Tipo de irrigação
Canterio, linha Aspersão*, gotejo
DICAS IMPORTANTES
Pouco tolerante à acidez e exigente em Ca, B e Mo. Evitar solos encharcados que acumulam muita água. Evitar plantio de mudas velhas e passadas. Necessita de baixas temperaturas para formação dos “repolhinhos”. O plantio não é recomendado em regiões quentes. Solarização do solo pode ser uma ótima alternativa no manejo de plantas daninhas e patógenos de solo, em pequenas áreas.
ÉPOCA DE PLANTIO: normalmente recomendada para plantio no outono e inverno, podendo avançar também até o início da primavera, em locais com altitude mais elevada.
CICLO: 100 a 140 dias PRODUTIVIDADE: Produz “repolhinhos” compactos junto ao caule com 2cm a 3cm de diâmetro, com rendimentos variáveis em função das diversas formas de apresentação ao mercado.
PRINCIPAIS DOENÇAS
Fúngicas/Oomicetos: Míldio (Peronospora parasítica); Tombamento (vários fungos e oomicetos, tais como Pythium spp, Rhizoctonia solani); Mancha de alternária (Alternaria brassicae); Hérnia das crucíferas (Plasmodiophora brassicae); Fusariose (Fusarium oxysporum f. sp. conglutinans). Bacterianas: Podridão negra (Xanthomonas campestris pv. campestris); Podridão mole (Pectobacterium carotovora subsp. carotovora). Viroses: Mosaico do nabo: “Turnip mosaic virus” (TuMV).
PRINCIPAIS PRAGAS
Lagarta rosca (Agrotis ipsilon); Traça das crucíferas (Plutella xyllostella); Curuquerê (Ascia monuste orseis); Lagarta mede palmo (Trichoplusia ni); Pulgões; Mosca branca (Bemisia tabaci); Vaquinha (Diabrotica speciosa); Larva minadora (Liriomyza spp).
MEDIDAS GERAIS NO MANEJO DE PRAGAS E DOENÇAS
Utilizar sementes e mudas de boa qualidade. Plantar em solos bem drenados e adotar canteiros altos, quando o cultivo for conduzido em períodos chuvosos, para evitar encharcamento na base das plantas. Plantar em espaçamentos adequados para permitir melhor ventilação entre as plantas. Fazer rotação de culturas com espécies de outras famílias. Não repetir o plantio em locais onde já tenham ocorrido doenças de solo. Controlar a irrigação, evitando o excesso de água no solo. Realizar adubação equilibrada, evitando excesso de nitrogênio. Eliminar os restos culturais. Evitar plantios próximos a lavouras velhas e abandonadas, inclusive de outras brassicáceas (tais como repolho, couve-flor, brócolis, couve). Solarização do solo.
EVENTOS
Workshop sobre as Organizações Nacionais de Proteção Fitossanitária (ONPFs) promovido pela ABCSEM, em Campinas (SP), no ano de 2016. O evento contou com uma comitiva de profissionais da ONPF da Holanda e da ONPF do Brasil, além de representantes do Ministério da Agricultura (Mapa), para discutir práticas fitossanitárias nacionais e internacionais.