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Pepino
Nome comum: Pepino Nome científico: Cucumis sativus Família: Cucurbitaceae
Importância nutricional: O pepino é uma hortaliça muito refrescante, pelo seu alto teor de água e por ser um alimento leve, de fácil digestão. Apresenta poucas calorias e considerável teor de fibras, o que é ótimo para dietas que visam perda de peso. Melhora a contração muscular, ajuda na hidratação do corpo, melhora a circulação sanguínea, auxilia contra a prisão de ventre e ajuda na saúde do coração. Utilização: Os frutos podem ser acondicionados em caixas plásticas ou de papelão, devendo ser classificados para que o produtor obtenha melhores preços. São consumidos crus, em saladas, ou em conservas, na forma de picles. Também tem sido utilizado na indústria de cosméticos.
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PROPRIEDADES DO SOLO E SUGESTÕES DE ADUBAÇÃO:
pH do solo
5,5-6,5
T (ºC) solo germinação variação ótima
25-35 V (%)
70-80 Adubação Básica (kg/ha)
N
30-50
P2O5
50-300 K2O
30-120 Adubação de Cobertura (kg/ha)
N
50-100
P2O5 K2O
0-100 Adubação Foliar
Na calagem, o teor de magnésio deve atingir no mínimo 1,0 cmolc/dm³. Adubação orgânica: aplicar de 15 a 30 t/ha de esterco de curral curtido (ou composto orgânico), ou ¼ dessas quantidades, se for esterco de galinha, em torno de 10 a 20 dias antes da semeadura ou transplante. Adubação de cobertura: distribuir em duas ou três aplicações, sendo a primeira de 10 a 20 dias após
a germinação ou transplante e as demais aplicações a cada 10 a 15 dias. Fertirrigação: consultar um agrônomo para recomendações específicas, de acordo com cada fase do ciclo. Se a adubação de plantio tiver sido bem calculada, geralmente não é necessária a aplicação de fertilizantes logo após a semeadura ou transplante.
PRINCIPAIS INDICAÇÕES SOBRE O SISTEMA DE CULTIVO:
Espaçamento (m)
Nº sem./g
1,0 a 1,5 (entre linhas 0,35 a 0,70 (entre plantas) 0,80 x 0,40(1) 30-50 Gasto de sementes/ ha Densidade de plantio (pls/ha) Profund. de plantio (cm) Transplante
900 1800 g 14 mil 27 mil 0,8 - 2,0 Sim Semeadura direta
sim Plantio
Manual
Sim Mecânico
Sim (2) Sistema de condução Tipo de irrigação
Rasteiro ou Tutorado Aspersão, sulco ou gotejo
DICAS IMPORTANTES
A irrigação por gotejo favorece na economia de água e no manejo fitossanitário, pois permite realizar a fertirrigação. Se for utilizar mudas, evitar o plantio de mudas velhas (com mais de duas folhas verdadeiras e amareladas). Algumas anomalias fisiológicas podem ocorrer, como o abortamento e a má formação dos frutos que, dentre outros motivos, podem ocorrer por má polinização. Nunca é demais enfatizar o papel fundamental das abelhas (nativas ou colocadas) na polinização, evitando-se a pulverização com inseticidas (nem mesmo “alternativos”) no período da manhã, durante o florescimento. Na ausência de grande quantidade de insetos polinizadores, recomenda-se a colocação de colmeias, pelo menos 2 por ha. Atualmente, existem híbridos partenocárpicos, que não necessitam de insetos polinizadores e podem ser plantados em estufas fechadas. Se a irrigação for por aspersão, evitar realizá-la no período da manhã, durante o florescimento e a polinização, para não afetar o trabalho das abelhas. Frutos defeituosos devem ser eliminados para evitar que a planta aborte frutos de melhor qualidade. Existem vários grupos varietais, tais como caipira, aodai (ou comum), japonês e conserva (processamento ou industrial), dentre outros. Ficar atento às necessidades do mercado. Normalmente, os tipos japonês e aodai necessitam ser conduzidos (tutorados) para aumentar a produção e evitar a “barriga branca”. Já o caipira pode ser rasteiro ou tutorado. A colheita deve ser frequente, muitas vezes todos os dias, para que os frutos sejam colhidos no tamanho ideal, o que varia em função do mercado. Pepino em estufa pode apresentar mais problemas com patógenos de solo, como os nematoides. Recomenda-se a enxertia sobre abóbora. Dependendo do porta-enxerto, os frutos de pepino japonês ficam mais brilhantes e são melhor aceitos na comercialização.
ÉPOCA DE PLANTIO
Primavera e verão (temperaturas acima de 20oC)
CICLO: 50 a 80 dias para início de colheita PRODUTIVIDADE: 40 a 80 t/ha (a produtividade em estufas pode ultrapassar 150 t/ha).
PRINCIPAIS DOENÇAS
Fúngicas/Oomicetos: Tombamento (vários fungos e oomicetos); Oídio (Sphaerotheca fuliginea = Podosphaera xanthii); Crestamento gomoso ou Micosphaerela (Didymella bryoniae); Antracnose (Colletotrichum spp.); Míldio (Pseudoperonospora cubensis); Murcha de fusário (Fusarium oxysporum f. sp. melonis); Podridão do caule (Sclerotinia sclerotiorum); Mancha zonada (Leandria momordicae); Mancha foliar ou alvo (Corynespora cassiicola); Sarna (Cladosporium cucumerinum). Bacterianas: Mancha angular (Pseudomonas syringae pv. lachrymans). Viroses: Vírus da Mancha Anelar do Mamoeiro – estirpe Merlancia = Papaya Ring Spot vírus – Watermelon Strain (PRSV-W); Vírus do Mosaico Amarelo da Abobrinha = Zuchini yellow mosaic vírus (ZYMV); Vírus do Mosaico do Pepino = Cucumber Mosaic Virus (CMV); Virus do Mosaico da Melancia = Watermelon Mosaic Virus (WMV-2); Vírus do Mosaico da Abóbora = Squash Mosaic Virus (SqMV). Nematoides: Meloidogyne spp.
PRINCIPAIS PRAGAS
Mosca minadora (Liriomyza spp); Pulgão; Mosca branca (Bemisia tabaci); Tripes; Broca das cucurbitáceas (Diaphania nitidalis); Broca grande do fruto (Helicoverpa zea); Lagarta rosca (Agrotis ipsilon); Ácaro rajado (Tetranychus urticae); Vaquinha verde amarela ou brasileirinha (Diabrotica speciosa).
MEDIDAS GERAIS NO MANEJO DE PRAGAS E DOENÇAS
Fazer uso de sementes sadias; utilizar cultivares resistentes/tolerantes; rotacionar culturas; evitar plantios muito densos e fazer plantios em locais bem drenados; manter adubação e irrigação equilibradas; realizar a cobertura do solo com plástico; evitar plantios sucessivos e próximos a lavouras velhas; destruir restos de cultura, utilizar produtos alternativos, como o leite, para o controle do oídio em sistemas orgânicos. Controlar os insetos que provocam ferimentos nas plantas, por onde as bactérias e os fungos se instalam, e aqueles transmissores de viroses. Enxertia (principalmente para cultivo em ambiente protegido). Se a área tiver nematoides (Meloidogyne spp), evitar plantar pepino sem enxertia.