Boletim da Indústria Gráfica (BIG) - Edição 111 - 1959

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INDÚSTRIA GRÁFICA Distribuído pelo

"S IN D IC A T O DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS” NO EST. D E S. P A U LO

(í7íatal!Doce e envolvente claridade! Jesus que ê todo amor todo bondade, Que nos envia as graças infinitas, De um Novo ano cheio de luzes benditas

ANO X -

DEZEMBRO DE 1959 -

N.° 111


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Dezembro, 1959

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Boletim da Ind. Gráfica


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ao fim do ano. Acabou-se mais uma década. Entraremos, agora, nos “sessenta”. É oportuno, neste momento, voltarmos os olhos para os dez anos que acabam de se passar e compararmos nossa posição, hoje, com aquela de há dez anos atrás. Não afirmamos, inquirimos apenas: houve quem não progre­ disse nesse período ? sem levarmos em conta a inflação, que dá uma falsa impressão de valor aos bens, houve ou não melhoria no padrão de vida de todos ? — Acreditamos, sinceramente, que sim. No que diz respeito ao Sindicato mesmo, não há termos de com­ paração. Em 1949, êle estava acanhadamente instalado na Praça da Sé, sem que os industriais gráficos tomassem conhecimento da sua existência, a não ser em raros almôços da classe. Em princípios de 1953, mudou-se para o “Edifício América”, onde ficou até 1958. Alí, no velho “Martinelli”, tomou corpo o espírito de união dos industriais, passando a sede a ser visitada por grande número de associados em busca de informações, sugestões e esclarecimentos. O sentimento asso­ ciativo, inerente à natureza humana, venceu, pouco a pouco, a pas­ sividade, e os problemas da classe passaram a ser examinados em con­ junto, não só pelos diretamente interessados, mas por outros que tra­ ziam seu ponto de vista para auxiliar o debate na busca de soluções. Sucederam ao Romiti, primeiro Presidente eleito após a ditadura, o saudoso Mesa e o nosso atual e prezado Theobaldo. Ao primeiro coube iniciar a reforma administrativa, extinguindo departamentos inoperantes e criando outros mais condizentes com as reais necessi­ dades dos industriais e da época, redistribuindo responsabilidades e encargos. Seus sucessores não ficaram atrás. A tal ponto se desen­ volveu o movimento e tais foram os benefícios trazidos à coletividade, que a velha sede já não comportava a demanda, nem estava à altura, do ponto de vista de localização, instalação e estética, de atender aos reclamos da classe representada pelo Sindicato. Coube ao Theobaldo De Nigris corporificar os anseios de todos e comprar a sede própria, onde se acha magnificamente instalado o Sindicato. O apoio que recebeu dos colegas e de outros industriais é altamente significativo, demonstrando o amadurecimento do espírito associativo e a consciência das responsabilidades coletivas, além do reco­ nhecimento implícito da importância que hoje tem o Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo. Neste mesmo número, publicamos relação de todos os industriais que contribuiram no “Livro de Ouro” para a aquisição da sede do Sindicato. Aos industriais gráficos, nossos parabéns; aos demais que, gene­ rosamente, contribuiram, nosso agradecimento. A todos desejamos um feliz Natal e formulamos votos para que os “sessenta” lhes sejam ainda mais propícios. |

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Boletim da Ind. Gráfica


Uma pesquisa de acompanhamento (Follow-Up) dos aprendizes formados na escola de Artes Gráficas do SE N AI em São Paulo Concluídos os seus cursos que fazem os alunos do s e n a i nas nossas indústrias f ----------------- J O Ã O

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A R R U D A -----------------

( Diretor da Escola de Artes Gráficas)

dado de emprego (permanecendo -*—À anda na bôca de todos: pa­ nas mesmas firmas que os manti­ trões, empregados, pais de alunos, veram no estudo), 76% dêsses exprofessores, instrutores e na minha alunos exerciam na indústria o que tenho a responsabilidade de mesmo ofício aprendido nas Escolas dirigir uma Escola. e mais 9% trabalhavam em ofícios O acompanhamento dos ex-alu- afins com o da aprendizagem adqui­ nos é uma preocupação constante rida; finalmente, o salário médio do Departamento Regional do dos mesmos era de Cr$ 6.400,00 (salário mínimo = Cr$ 3.700,00). SENAI. Em 1958 a Comissão de Planeja­ Entusiasmado com o índice dêsses mento de Escolas e Cursos ( c p e c ) resultados, ao proceder-se a pesquisa promoveu, pela primeira vez, um dos ex-alunos das turmas de 1956 estudo sôbre o acompanhamento de e 1957, dentro das diretrizes esta­ alunos egressos das Escolas do belecidas pela c p e c , a Escola de Ar­ s e n a i da 6.a Região. tes Gráficas do s e n a i em São Paulo, Aquela pesquisa abrangeu os alu­ aproveitando os mesmos elementos nos que concluíram os cursos de que estão sendo fornecidos à Secção aprendizagem de ofícios das Escolas de Estatística para a pesquisa de or­ s e n a i do Estado de São Paulo, nos dem geral, efetuou a pesquisa parce­ anos de 1954 e 1955, considerando lada dos ex-alunos dos seus cursos a situação dos mesmos em fins de de aprendizagem em Artes Gráficas. 1957. De 144 ex-alunos a serem pesqui­ De 2.773 alunos a serem pesqui­ sados, obtiveram-se 64 questionários sados obtiveram-se 1.062 questioná­ devidamente preenchidos, isto é, rios devidamente preenchidos, isto 44% do total de casos. Os resulta­ é, 38,5% do total de casos. dos são bastante promissores e tra­ Os resultados obtidos foram ani­ duzem, na linguagem de seus madores e assaz interessantes. Como números, o índice da eficiência rela­ índice geral, mostraram que: 82% tiva dos cursos de aprendizagem dêles estavam em trabalho ativo na mantidos pela Escola de Artes Grá­ indústria; 49% nunca haviam mu­ ficas do s e n a i em São Paulo: |H STA

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Dezembro, 1959

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QUADRO I SITUAÇÃO DOS ALUNOS PESQUISADOS

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Prosseguindo estudos, mudança de domicílio, moléstia. QUADRO

II

DISTRIBUIÇÃO DOS ALUNOS DE ACÔRDO COM O SALÁRIO PERCEBIDO po r

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4 500 4 300 4 200 4 100 4 000 3 900 3 800 3 700 3 600 3 100 3 000 2 500 2 000 1 750

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Sal.° mínimo. 3 700,00 Sal.0 médio. . 5 193,00

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QUADRO

XII

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Nunca mudaram.................. Mudaram 1 vez................... Mudaram 2 vêzes................ Mudaram 3 vêzes................ Mudaram mais de 3 vêzes.

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QUADRO

IV

OFÍCIO EXERCIDO E OFÍCIO APRENDIDO O FÍC IO S IG U A IS

O FÍC IO S A FIN S

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Trabalho e remuneração

Símbolos na Apreciação de Valores ARMANDO GODOY FILHO p i m a r t ig o s anteriores desta sé-■—J rie, procuramos desenvolver a matéria tendo em mira uma boa preparação psicológica do leitor — no caso dos menos entusiasmados por questões matemáticas — no sen­ tido de levá-lo a aceitar as fórmulas de salários aqui indicadas, como ex­ pressões, em linguagem matemáti­ ca que traduzam, segundo pensa­ mos, a melhor doutrina a respeito do assunto. Para isso, ainda, como nem tudo, na apreciação dos valo­ res, pode ser rigorosamente medi­ do, com auxílio de instrumentos, etc., fizemos algumas considerações sôbre o mérito do “senso de mensuração” — isto é, dessa capacidade “neuro-psíquica” que todos pos­ suem, de avaliar distâncias, fatos, etc., e compará-los — tendo em vis­ ta a sua importância na solução de alguns aspectos do problema em questão. Apesar disso, mostramos, também, que a tendência, na evo­ lução histórica dos processos de ava­ liar ou medir tem sido sempre no sentido de substituir-se o menor ri­ gor, das avaliações com base apenas no “senso de mensuração”, por ou­ tros processos, mais exatos, que se utilizam de métodos matemáticos. Estamos, assim, preparados para entrar na apreciação da nossa fór­ mula, começando pela apresentação do significado de cada um dos seus símbolos ou letras. Por convenção chamaremos: S = salário ou remuneração to­ tal paga ao tiabalhador ou servidor, que pode ser, a critério de cada em­

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presa, calculado na base do dia, se­ mana ou mês de trabalho: Sm — salário mínimo, calcula­ do (na base dos hábitos de vida e de consumo dos trabalhadores menos categorizados) para cada uma das localidades onde se ache instalada a indústria ou serviço em questão, e não com o caráter regional, pôsto que, como sabem os entendidos no assunto, mesmo em se tratando de municípios vizinhos, às vêzes as di­ ferenças do custo de vida são con­ sideráveis, quando se o estuda, es­ tatisticamente, num ou noutro da­ queles; Pn = índice ou multiplicador profissional, sempre superior à uni­ dade, podendo ser um número fra­ cionário, específico para cada pro­ fissão ou função no trabalho; atua sempre como multiplicador ou ope­ rador, que incide sôbre o valor do salário mínimo para produzir o sa­ lário básico, profissional; haverá tantos P, ou melhor tantos n, carac­ terísticos, respectivamente, das vá­ rias profissões, quantas dentre estas, sejam de fato usadas nos serviços da emprêsa; Sb = Sm X Pn = Salário bási­ co, categorizado, específico de cada profissão — por isso melhor deno­ minado “Salário básico profissio­ nal”; no caso das profissões, embora diferentes, de artesanato, cuja re­ muneração básica seja equivalente ao salário mínimo: Pn = Pl — l, donde Sb = Sm X / = Sm; p — índice de produtividade: na realidade é uma fração decimal, Boletim da Ind. Gráfica


função percentual dos resultados fi­ no “senso de mensuração” merece nanceiros obtidos pela empresa, co­ ser feita, levando-se muito em con­ mo decorrência não de lucros pro­ ta a qualidade do trabalho realiza­ priamente ditos, mas de acréscimos do; a avaliação de e pode ser pro­ de rendimento dos fatores de pro­ cedida pelo chefe imediato do in­ dução; nesse caso, embora reconhe­ teressado ou (ainda quando possí­ cendo as dificuldades práticas que vel) de preferência por uma comis­ podem ocorrer na apuração de um são especializada nesse mister; rendimento padrão, para, daí para t = índice relativo ao tempo de cima, serem tomados os acréscimos serviço, apurado de três em três de produtividade, que devam bene­ anos — com o significado de pro­ ficiar, na base de 50% para cada moção horizontal por antigüidade, um, quer ao capital quer ao traba­ isto é, sem alteração da condição de lho, achamos que o problema, ten­ hierarquia do empregado ou servi­ do-se em vista os registros contábeis dor — que só deve prevalecer, em da produção, em anos ou períodos obediência a regulamento apropria­ anteriores, com boa vontade e bom- do, na hipótese de ser constatada, senso pode ser convenientemente durante os referidos três anos, boa solucionado; o importante é que ca­ média dos valores de e, já men­ da trabalhador saiba — do gerente cionados, bem como ótima assidui­ ao simples servente — que pode ter dade; tem o caráter de capitalização um acréscimo considerável no res­ do mérito em função do serviço efe­ pectivo salário ou remuneração, se tivamente prestado pelo profissio­ a produtividade da empresa onde nal, não só à emprêsa, mas, através tiabalhe se mantiver alta; dessa, à sociedade de um modo geSb X p = abono específico de ral; deve, portanto, influir, como produtividade — específico porque fator ponderável, no cálculo da re­ varia, com Sb, em função da cate­ muneração do aposentado; tal pro­ goria profissional do trabalhador; moção, embora pequena, deve inde­ pender de vaga e processar-se autoe = índice de eficiência pessoal, màticamente, na hipótese de serem sob a forma de pequena fração de­ cimal, correlacionado a cinco graus preenchidas as condições regula­ de eficiência, de 0 a 5, sendo que, mentares referidas; para o grau 0, e = o; sempre que r = índice de responsabilidade possível, ainda, quando a produção ou de autoridade, relativo à posição puder ser contada ou matemàtica- hierárquica do trabalhador ou ser­ mente avaliada, os referidos graus vidor dentro do serviço —que pode devem, por correlação, ser dados, ser transitório ou constante, neste levando-se em conta, principalmen­ último caso quando se processar te, a medição da produção de cada uma promoção vertical; isto é, pro­ trabalhador; nos demais casos e, moção com alteração da posição precipuamente, quando se tratar de hierárquica do empregado: êste as­ trabalho de natureza intelectual, pecto do nosso problema comporta­ onde a avaliação do mérito do tra­ ria, por si mesmo, um maior desen­ balho produzido ou da eficiência do volvimento de nossas considerações, empregado, nem sempre pode ser pela sua importância e complexida­ função da quantidade visível da sua de, visto se relacionar com a difícil produção, tal avaliação, com base função de liderar ou chefiar, que Dezembro, 1959

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exige aptidões especiais e prepara­ ção adequada de quem a deve exercer; foge, portanto das limita­ ções dêste despretencioso trabalho; quando corresponder a uma pro­ moção vertical, deve incorporar-se, definitivamente, ao salário do em­ pregado, como uma espécie, outrossim de capitalização pelo mérito conquistado no trabalho e influin­ do, por fim, na própria aposentado­ ria do interessado; pode haver ca­ sos que, embora sem alteração da categoria profissional (Sb) do em­ pregado, por se exigir dele a reali­ zação de certo curso de aperfeiçoa­ mento, com o intuito de melhorar a sua capacidade profissional, seja necessário estimulá-lo nesse sentido, mediante o emprêgo, no cálculo do seu salário, de valores r, após a conclusão do referido curso; por outro lado, quando se tratar de fun­ ção de chefia que perdure por mui­ tos anos, é natural que o produto Sb X r venha a se incorporar tam­ bém, como uma espécie de promo­ ção vertical, ao salário profissional do empregado; os valores de r, sempre representados sob a forma de números ou frações decimais, precisam ser criteriosamente estu­ dados, variando com as condições próprias dos serviços de cada emprêsa; nesse caso, ainda, em geral, com apoio no “senso de mensuração” nas partes interessadas, devido a dificuldade de equacionar muitos dos elementos ou fatores que afe­ tam o problema; m — fator de correção do nível básico do salário, em função das condições do mercado de trabalho na localidade onde funcione a em­ presa ou serviço em questão; isto é, se o valor de Sb, calculado pelo sis­ tema antes indicado, para o caso de determinadas profissões, mais espe­

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cializadas, não se mostrar atraente para os poucos profissionais dessa categoria ali existentes — devido a terem oportunidade de ganhar mais noutros empregos ou trabalhando por conta própria — então, em fun­ ção disso ou cio nível de renda que habitualmente venham conseguin­ do nesses empregos, deve ser estu­ dado o valor de m; A f = abono familiar, isto é, uma espécie de subvenção, paga junta­ mente com o salário — não como retribuição pelo serviço prestado à empresa — e sim como auxílio aos trabalhadores que têm grande nú­ mero de dependentes ou famílias numerosas; não nos deteremos aqui na apreciação dêsse assunto, por ter sido já considerado em artigo an­ terior. Podemos, pois, agora, apresen­ tar a nossa fórmula, assim redigida: S = Sm X Pn (p + e j - t - f r | m) -f- Af; ou, ainda, substituindo Sm X Pn = Sb, temos: S = S b (p + e + t + r + m) -f- Af.

Devemos esclarecer que a fór­ mula em aprêço, com ligeiras mo­ dificações ora feitas para torná-la mais inteligível, foi publicada, pela primeira vez na Revista do Serviço Público, por volta de 1943, no ca­ pítulo IX (Mérito Relativo e Salá­ rio) do nosso trabalho, em série, nela divulgado, sob êste título: “O Instinto De Poder Na Ordem So­ cial” . Também foi ela reconsidera­ da num pequeno artigo que publi­ camos, no “Correio da Manhã” de 7-1948, tratando dos “Salários”. Na próxima publicação desta sé­ rie, vamos procurar analisar ou dis­ cutir os têrmos da referida fórmula, tendo em vista os seus possíveis re­ flexos na ordem econômica e social ou ainda, na ordem jurídica. (do “Diário de S. Paulo”). Boletim da Ind. Gráfica


A Vida dos trabalhadores nos Estados Unidos que chama a atenção do forasteiro nos Es­ tados Unidos é o elevado nível de vida dos trabalhadores dêsse país. Não é estranhável que um operá­ rio das docas chegue à sua casa de automóvel próprio e ofereça ao visi­ tante, com encantadora amabilidade, uma hospitalidade repleta de bem-estar. Em seu lar, possui êsse trabalhador todos os adiantamentos modernos que a técnica do confor­ to criou para que a humanidade viva melhor e seja mais feliz. T al­ vez se deva êsse conforto da vida norte-americana a que o povo pro­ duz em grande escala tudo quanto necessita para o seu bem-estar e con­ some o que produz em proveito próprio. Cinqüenta e cinco por cento dos trabalhadores norte-americanos vi­ vem em uma casa adquirida com pagamentos a longo prazo. Dos tra­ balhadores qualificados, 77 por cen­ to possuem automóvel próprio e dos não qualificados 81 por cento o possuem. Em todos os lares há te­ lefone, refrigerador, banheiro com água quente e fria, aspirador de pó, máquina de lavar roupa, etc. É des­ necessário mencionar o rádio, pois o televisor está hoje ao alcance de todos os bolsos. Apesar de os arti­ gos de primeira necessidade terem experimentado um ligeiro aumento desde o término da II Guerra Mun­ dial — o centavo e mesmo a fra­ p r im e ir a c o isa

Dezembro, 1959

ção de centavo têm ali valor res­ peitável — na despensa da dona de casa do trabalhador norte-america­ no nunca faltam os alimentos indis­ pensáveis para tôda a família. O trabalhador ganha um salário-tipo que vai de um dolar a três dólares por hora (ültimamente cifras varia­ ram em mais alguns centavos por hora), com o que reune, em um mês de quatro semanas, 160 a 480 dólares, respectivamente. O alu­ guel está também ali submetido a um notável desnível “antes” e “de­ pois” da guerra, embora sem as ca­ racterísticas catastróficas que conhe­ cemos bem. Em Nova York, há apartamentos por 50 dólares men­ sais e outros três vêzes mais caros, com as mesmas comodidades. O trabalhador norte-americano come em sua casa pela manhã o clássico desjejum dos povos anglo-saxões: dois ovos fritos, presunto, café com leite e bastante creme de leite, um copo de suco de frutas, duas bana­ nas e torradas com marmelada. Ao meio-dia, serve-se êle próprio na “cafeteira” mais próxima um almo­ ço em que entram duas variedades de comida e pão, leite, etc., por um dolar ou um dolar e alguns centa­ vos. À saída do serviço passa por um bar e toma um “trago” antes de ir para casa. Na rua é difícil distinguir, quan­ do ambos saem a passeio, um tra­ balhador do seu patrão. A mulher

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do trabalhador tem abrigo de pele, jóias (não como as de uma “estréia” do cinema, mas jóias enfim), cha­ péu, etc. Isto não quer dizer que os Estados Unidos sejam um país igua­ litário, mas é a nação onde a desi­ gualdade das classes sociais é apenas perceptível. O trabalhador se veste nas mes­ mas lojas de confecção em que adquirem sua roupa o dono e o en­ genheiro de sua fábrica. Os pró­ prios norte-americanos dizem que os Estados Unidos são “um país de empregados e patrões”. Na época de férias, o trabalhador veraneia, geralmente, em alguma pitoresca e cálida ilha do Caribe. Todavia, após a II Guerra Mundial e devido ao fato de ser o dolar a moeda sóli­ da do mundo, o trabalhador norteamericano visita, também, países da América Latina e da Europa, em seus “quinze dias de prazer”. De­ pois de uma vida de trabalho inten­ so e quando chega aos 60 anos de idade, o trabalhador norte-america­ no pode acolher-se a uma pensão de cêrca de cem dólares mensais, a qual, em geral, se eleva ao dobro. Com essa pensão, transfere-se para a Itália, as Ilhas Canárias, Corfu ou a qualquer outra povoação repleta de história da bacia do Mediterrâ­ neo, onde lhe chega mensalmente seu cheque, enviado pelos escritó­ rios de Segurança Social. Isso con­ verte o trabalhador norte-america­ no frente ao seu colega europeu, em um burguês que vive de rendi­ mentos. Há algum tempo, o Conselho Econômico e Social das Nações Uni­ das publicou os seguintes algaris­ mos: a produção total dos Estados Unidos (indústria, agricultura, co­ mércio, profissões liberais, etc.) tra­

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duziu-se num valor monetário de 266 bilhões de dólares. Os saldos e salários absorveram 162 bilhões de dólares e os benefícios que percebe­ ram os empresários totalizaram 18 bilhões de dólares. Estas cifras in­ dicam que quando os Estados Uni­ dos entregam um dolar ao capital proporcionam nove ao trabalho. Mas, essa cifra de benefícios — ver­ dadeiramente astronômica como “lucro” —não foi parar inteiramen­ te nas mãos dos plutocratas. Em sua maior parte, esses bilhões de dólares voltaram em sua quase to­ talidade à imensa multidão dos pe­ quenos acionistas, entre os quais distribuem seus dividendos as gran­ des organizações industriais. A “Ge­ neral Motors”, a maior sociedade capitalista do mundo, distribui seus lucros entre 430.000 pequenos acio­ nistas, dos quais somente oito por cento possuem mais de cem ações, cujo valor médio é de 46 dólares por ação. E êsses oito por cento não são todos acionistas individuais, pois o capital correspondente está em mãos de outras organizações in­ dustriais. Tal é o caso da “Dupont de Nemours”, que possui sozinha 22,7 por cento do capital da “Gene­ ral Motors” e a “Dupont” se com­ põe por sua vez de 110.000 acionis­ tas. Isto significa que o poder de um plutocrata norte-americano está sempre fiscalizado por milhares de pequenos possuidores de ações. É um eficaz contra-pêso para o equilí­ brio da organização industrial e, ao mesmo tempo, uma base de justiça para tôda a sociedade norte-ameri­ cana. O trabalhador norte-america­ no acha que esta visão inteligente de seus capitalistas é o melhor estí­ mulo para produzir e trabalhar. Isso reverte em prosperidade para todos. Boletim da Ind. Gráfica


NOVAS MENSALIDADES PARA 1960 associados doin terio r................. 100,00 firmas com até 10operários .. 150,00 firmas com mais de 10 até 25 operários ................................ 200,00 firmas com mais de 25 até 50 operários ................................ 300,00 firmas com mais de 50 até 100 operários ................................. 400,00 firmas com mais de 100 até 150 operários ................................ 600,00 firmas com mais de 150 até 250 operários ................................ 800,00 firmas com mais de 250 ope­ rários ........................................ 1.000,00

Após sete anos, foram majoradas as mensalidades devidas ao Sindicato por seus Associados. Houve, não só um aumento no valor das contribuições, como uma nova redistribuição de “classes”. Devidamente aprovada em Assembléia Geral legalmente convocada, e realizada no dia 27 de novembro último, é a se­ guinte a nova tabela, que vigorará a partir de l.° de janeiro de 1960:

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Boletim da Ind. Gráfica


Primeiro Jantar de Confraternização ---- da Classe Industrial Gráfica ---Mais um sucesso, podemos registrar, foi êsse primeiro jantar de confraterni­ zação, realizado na quinta-feita, dia 22 de outubro último, na Churrascaria Guaciara. Deu certo essa iniciativa da Diretoria do Sindicato. O jantar, com os compa­ nheiros de classe, após o dia de trabalho, pleno de atividades e de preocupações, torna-se até um suave lenitivo, compen­ sador do disperdício de energias, na luta em que nos engolfamos todos os dias. Encerrado o expediente da gráfica, um pulinho à casa, um banho rápido, uma muda de roupa e. . . rumo ao convívio amigo e alegre dos colegas, que já nos esperam. É que nunca somos — os pri­ meiros a chegar. Curioso mesmo. De­ pois, os aperitivos, as conversas alegres, satisfação por todos os lados e nada de mais preocupações. Tudo se nos afigura “o manso lago azul, sem névoas, nem espumas” do Poeta. Pois foram essas as impressões agra­ dáveis que nos ficaram do l.° jantar de confraternização do dia 22. Pena foi que, em vez de 65 colegas par­ ticipantes dêste ágape tão agradável, não tivéssemos, pelo menos uns cem colegas da classe. É que nem todos ainda pu­ deram compreender êsse negócio. Isso, evidentemente, seria a demonstração de uma fôrça que ainda não se manifestou. Houve, como sempre, os que man­ daram reservar as suas “adesões” e mesmo os que as pagaram antecipadamente e. . .

Dezembro, 1959

não compareceram. Porque seria ? Quem sabe. .. Enfim. . . à noite, depois do dia de trabalho cansativo, com co­ legas, “sòsinhos” . . . H u m ... Talvez algumas das “Patroas” não tivessem con­ cordado. . . Talvez. Mas êsse problema seria tão fàcilmente resolvido se os nossos caros amigos convidassem também — o que seria muito justo — as suas Exmas. Esposas para compartilharem da festa. Assunto resol­ vido. E esperamos mesmo que, de fu­ turo, assim seja. Naturalmente que teríamos de preparar o ambiente para a agradável recepção. Quando conseguirmos que isso se torne rotina, teremos resolvido êsse problema, que nos preocupa há muito tempo, e transformado o nosso Sindicato num centro social digno de nossos associados. Não mais será o lugar onde se vai apenas para se discutir assuntos rotineiros da classe, questões econômicas, técnicas, sa­ lariais, etc. Façamos, pois, uma campanha para que, d’oravante as nossas reuniões fes­ tivas sejam sempre abrilhantadas, flo­ ridas, embelezadas com a presença distinta das Exmas. Esposas de nossos amigos. E teremos avançado um grande passo na realização da parte social de nosso Sindicato. Parabéns aos que compareceram. O nosso muito obrigado também pelas gentilezas que nos dispensaram.

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Eis aí flagrantes do 1 ° Jantar de Confraternização da Indústria Gráfica. Pouco ou nada precisamo acrescentar às fotos para dizer o que foi essa reunião. As fisionomias alegres dizem tudo: falam-nos da camaradagem real, da amizade e do verdadeiro espírito associativo existente entre os integrantes da nossa categoria econômica, que se sobrepõem a “questiúnculas” tais como concorrência, dificuldades de importação, etc. Está faltando algo, que, entretanto, não esquecemos: o Romiti “tomando” a contribuição “ expontânea’’ de Cr$ 1.000,00...


Relação das firmas que subscreveram no “Livro — de Ouro” para aquisição de nossa Sede — Conforme dissemos em nosso “ Editorial” , aqui vai a lista dos associados e amigos (iue contribuíram para a aquisição da sede do Sindicato. Cumpre notar que, apesar do volume de dinheiro doado ser apreciável, as dívidas existentes não são pequenas. Explica-se : a instalação decente da nossa sede, com divisões de salas, aquisição de móveis, máquinas, Salão Nobre, etc. não ficou barata. Oportunamente, publicaremos, em detalhe, a relação das des­ pesas efetuadas.

Ângelo Lastri & Filho Ltda. Assunção Teixeira S/A. — Ind. Gráfica Ambrosiana — Cia. Gráfica e Editorial Arte Gráfica do Brasil S/A. Administração Feher Ltda. Arnoni, Lenci & Cia. Artes Gráficas Mercantil Guimarães Ltda A. Miksas — Litografia Aurora. Brasilgráfica Ltda. Brasital S/A.

Estabelecimento de Reproduções Grá­ ficas Janus Ltda. Editora Gráfica Piratininga Ltda. Empreza Editora o Pensamento Ltda. Emprêsa Gráfica da Revista dos T ri­ bunais Estabelecimento Gráfico Cruz de Malta Estabelecimento Gráfico Bignardi S/A. Estabelecimento Gráfico Irmãos Gon­ çalves Estereotipia Sul Americana F. Orlandi S/A. — Indústria e Comércio Francisco Cruz Maldonado Folhinhas Scheliga S/A. Funtimod — Fundição de Tipos Mo­ dernos Ltda. Fotolitografia Pancron Ltda. Fortuna &: Cia. Ferreira, Filho 8c Cia.

Chimigráfica Rádium Ltda. Companhia Santista de Papel Companhia Melhoramentos de São Paulo Companhia Lithographica Ypiranga Camapi — Ind. Artefatos de Papel Companhia de Cigarros Souza Cruz Departamento Gráfico. Campofiorito &: Cia. Ltda. Companhia Importadora Gráfica Arthur Sievers Casa Publicadora Brasileira Companhia Refinadora Paulista Cartográfica Francisco Mazza Copelli & Cia. Ltda. Carvalho S/A. — Comércio de Papéis Comagraf — Comércio de Máquinas Gráficas

Gráfica Gráfica Gráfica Gráfica Gráfica Gráfica Gráfica Gráfica Gráfica

D. Giosa — Indústria Gráfica S/A.

Hennies & Cia.

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Asbahr S/A. Romiti Ltda. São José — Dr. Vinícius Canton Ltda. Editora Edigraf Ltda. Artística Ltda. Cinelândia Ltda. Chieregati Ltda. Martini S/A.

Boletim da Ind. Gráfica


Indústria Gráfica Siqueira S/A. Impres — Cia. Brasileira de Impressão e Propaganda Indústria Gráfica Girotti Irmãos Knorich Sc Cia. Ltda. Indagraf — Indústria de Artes Gráficas Ltda. Irmãos Clemente Indústria de Papel Leon Feffer S/A. Indústria Gráfica Maluhy S/A. Indústria Gráfica São Luiz S/A. Indústria de Papel Simão S/A. Imprensa Metodista Indústria Rotativa de Papéis Ltda. Irmãos Vitale Klabin, Irmãos & Cia. L. Niccolini S/A. — Indústria Gráfica Litografia Columbia Ltda. Lito Record Ltda. Lembo Sc Cia. Papelaria e Tipografia Andreotti S/A. Plínio H. Crocce Papelaria e Tipografia República Ltda. P. Galvão — Comercial e Importadora

Quimica Norma Comércio e Indústria Ltda. Reis, Cardoso, Botelho S/A. Regalmuto Sc Cia. Ltda. Ribeiro Parada S/A. Rothschild Loureiro Sc Cia. Ltda. Rosenhain S/A. — Indústria e Comércio Rubino, Fittipaldi S/A. São Paulo Editora S/A. S/A. Indústrias Graphicars F. Lanzara S/A. Gordinho Braune — Indústria de Papel S/A. Indústrias Reunidas Irmãos Spina S/A. Impressora Brasileira — S.A.I.B. Saraiva S/A. — Livreiros e Editores Sociedade Comercial de Papéis Ciasca Ltda. Tipografia Edanée S/A. Tipografia Cruzeiro S/A. Tipografia Gonçalves Ltda. Vva. Mário Miranda Pinheiro Weiss & Cia. Ltda.

O total das contribuições subscritas em nosso “Livro de Ouro” até 31 de outubro p.p., foi de Cr$ 2.215.000,00

Contribuíram para a compra de Poltronas do Salão, os seguintes : Amádio & Cia .................................. Alírio G. da S ilv a .............................. Artes Gráf. Mercantil Guimarães . . Alignani & F ilh o s..............................

1 1 1 1

Clemente Catalano .......................... Cia. Editora Nacional ...................... Cartográfica F. Mazza S/A ...............

1 4 1

D. Giosa Indústria Gráfica S/A. . .

1

Est. Reprod. Gráficas ja n u s Ltda. . . Est. Gráfico Bignárdi S/A ................. Editora Prelúdio Ltda...................... Editora Gráf. Irm. Andriolli ........

1 4 1 1

Dezembro, 1959

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Gráf. Editora Piratininga Ltda......... Gráfica Asbahr S/A ............................. Gráf. Editora ed ig ra f Ltda.............. Gráfica Cinelândia Ltda.....................

2 2 1 1

Humberto Rebizzi ............................

2

Irmãos Knorich & Cia....................... indagraf Ind. Artes Gráficas .......... Impressora de Anais S/A ..................

1 1 1

Jayme de Oliveira Sc F ilh o .............. João Virgílio Catalani ......................

1 1

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L. Niccolini S/A ................................. Litografia Columbia S/A .................. Lito Record Ltda................................. Litografia Sayago Ltda......................

2 2 1 f

Plínio H. Croce ................................ Papelaria e Tip. Andreotti S/A. . . Papelaria e Tip. República Ltda. . .

2 2 1

Reis, Cardoso, Botelho S/A .............. Regalmuto & Cia............................... Rothschild Loureiro & Cia. Ltda. . . R. Luís Pereira ..................................

1 2 1 3

São Paulo Editora S/A .......................

4

S/A. Gordinho Braune ....................

2

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1

Saraiva S/A. Livreiros Editores . . . .

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Tipografia Edanée S/A ..................... Tipografia Cruzeiro S/A .....................

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Boletim da lnd. Gráfica


100.000 O motivo é que as Heidelberg sempre foram as máquinas que levaram con­ sigo às tipografias que as instalaram uma era de satisfação, progresso e resul­ tados não igualados. Nunca alguém se arrependeu de ter adquirido uma Heidelberg. Muitos, sim, se arrependeram de não a terem com­ prado antes. No Brasil já existem mais de 1.500 Heidelberg e o ideal de todo impressor é ter a sua. Por ocasião do evento do lançamento da 100.000 Heidelberg, diversas perso­ nalidades de todo o mundo foram soli­ citadas a dar o seu parecer, inclusive o presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo, sr. Theobaldo De Nigris, dentre os ele­ mentos de projeção dos meios gráficos de Paris, Londres, Berna, Haia, etc., e que vêm publicados no número 5 da “Revista Heidelberg”, que, como sem­ pre, apresenta magnífico aspecto e inte­ ressantes artigos sôbre o ramo gráfico.

Êste número, 100.000, tem estado atualmente em evidência, especialmente nos meios gráficos, no Brasil e no mundo inteiro. Há comentários a respeito e mesmo alguns elementos ligados ao ramo gráfico trazem na lapela um pequeno distintivo com o número “ 100.000”. O que representa ? Representa um fato notável no ramo gráfico: a quan­ tidade de máquinas impressoras automá­ ticas Heidelberg já fabricadas (até há pouco tempo, porque agora já são mais de 100.000, visto que a fábrica produz diariamente 47 Heidelberg). Sendo o ramo gráfico um dos mais especializados e composto de um relativo pequeno número de industriais, que pos­ suem uma particular dose de idealismo e arte, êsse número (100.000) adquire, porém, um significado de alta relevância e destaque: nenhuma outra máquina impressora atingiu a êsse elevado número e nenhuma é fabricada em séries e ritmo tão significativos.

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SÃO PAULO

Boletim da Ind. Gráfica


f- s LECMAÇÃO IMPOSTO

DE C O N S U M O

Diretoria das Rendas Internas PROCESSO N .° 229.119-59 Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo. Consulta. Despacho: De acordo com o parecer da A. T. Publique-se e, em seguida, arquive-se. O parecer aludido é o seguinte: “O Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo, a fim de atender aos seus associados, formula a esta Dire­ toria a consulta seguinte: As indústrias gráficas compram os en­ velopes prontos dos fabricantes. Ditos envelopes são por elas impressos com os dizeres pedidos pelo freguês. Dessa forma, a tipografia não fabrica dita mer­ cadoria, apenas a imprime e vende”. Salientando que têm surgido dúvidas sôbre a incidência ou não do imposto de consumo sôbre a operação dessa forma realizada, solicita, afinal, o pronuncia­ mento desta Diretoria. 3. Os envelopes se acham expressa­ mente tributados pelo inciso 3, da alínea VIII, da Tabela “A”, do RIC. Entre­ tanto, tais produtos, quando adquiridos de terceiros, com o imposto já pago, para que nêle se imprimam dizeres, não im­ plica a operação em sujeitá-los a novo imposto, pois que tal operação não se enquadra no conceito de beneficiamento e, muito menos, de transformação. 4. Assim sendo, parece-nos que a con­ sulta pode ser respondida como está dito no item anterior. Dezembro, 1959

À consideração do Sr. Diretor. — Os­ valdo Tancredo de Oliveira Assessor Técnico. (D.O. 9-11-59, pág. 23620). PROCESSO N.° 229.118-59 Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo. Consulta. Despacho: “Homologo o parecer da A. T . Publique-se e, em seguida, ar­ quive-se”. Item 5 do parecer, o qual responde à consulta: “5. Assim sendo e tendo em vista que as agendas se acham nominalmente citadas na incidência do inciso 3, da alínea VIII, da Tabela “A”, circuns­ tância que torna desnecessário recorrer-se à regra de classificação do art. 4.°, do R.I.C., os produtos objeto da consulta, como agendas que são, estão tributados na já referida alínea e inciso, à taxa de 5% ”. (D.O. 10-11-59, pág. 23.715 PROCESSO N.° 195.280-59 Sindicato dos Comissários e Consignatários de Gêneros Alimentícios, do Rio de Janeiro. Consulta. Despacho: “Aprovo o parecer da A. T. Publique-se e, em seguida, arquive-se”. O parecer aludido é o seguinte: “O Sindicato dos Comissários e Consignatários de Gêneros Alimentícios, do Rio de Janeiro formula consulta a esta Diretoria sôbre a aplicação do Sêlo de Autenticação, nos casos seguintes.

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Boletim da Jnd. Gráfica

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a) se as firmas que trabalham com produtos tributados e com produtos não tributados estão obrigados a selar tôdas as notas fiscais, indistintamente; b) se as firmas nas condições acima, mas que possuem séries de talões dis­ tintas para produtos tributados e não tri­ butados estão na obrigação de selar tôdas as notas fiscais que emitem ou se a obri­ gação se refere apenas às notas fiscais des­ tinadas a produtos tributados; c) se as firmas que não trabalham com produtos tributados estão igual­ mente sujeitas à emissão de notas fiscais e aplicação do sêlo de autenticação. 2. Diga-se, inicialmente, que a exi­ gência da aplicação do sêlo de autenti­ cação se refere a todos os que emitam Notas Fiscais modêlos 16 ou 16-A. A emissão de uma dessas notas correspon­ derá, obrigatoriamente, à aplicação do sêlo de autenticação. 3. Estão obrigados à emissão de Nota Fiscal modêlo 16, os fabricantes de pro­ dutos sujeitos ao imposto de consumo e ps comerciantes a êles equiparados; são obrigados à emissão de nota fiscal mo­ dêlo 16-A os comerciantes por grosso de produtos sujeitos ao imposto de con­ sumo, cujo tributo já tenha sido pago. Igualmente nos casos de produtos expres­ samente isentos, há obrigatoriedade de emissão de nota fiscal modêlo 16, por

parte do respectivo fabricante e 16-A pelo comerciante por grosso. 4. Quanto aos produtos não tribu­ tados não há obrigatoriedade de emissão de notas fiscais, quer por parte do fa­ bricante, quer por parte do comerciante por grosso. 5. Assim sendo, passamos a responder aos itens formulados na consulta: a) quanto aos produtos tributados, não. Quando, porém, ambos os produtos constarem da mesma nota, esta terá que ser modêlo 16, se emitida por fabri­ cante ou comerciante a êle equiparado e mod. 16-A, se emitida por comerciante por grosso. Em ambas as hipóteses se usará o sêlo de autenticação; b) apenas as referentes a produtos tri­ butados; c) não. 6. Diga-se, finalmente, que a obriga­ toriedade do uso do Sêlo de Autentica­ ção, terá valor a partir de 1-1-60. de acor­ do com a Circular n.° 116, de 27-8-59, desta Diretoria. 7. Penso que a consulta pode ser resrespondida de acordo com o exposto no item 5 dêste Parecer. À consideração do Sr. Diretor Osvaldo Tancredo de Oliveira — As­ sessor Técnico. (D.O. 27-10-59, pág. 22.864).

Recebedoria do Distrito Federal (*) PROCESSO N .° 73.20-59 Cia. Litogrâfica A. Ferreira, estabe­ lecida nesta Capitai, tendo dúvida quanto à tributação dos produtos de seu fabrico cujas amostras apresenta, e escla­ recendo que em alguns casos tais pro­ dutos são confeccionados com matéria (*) As decisões da Recebedoria do Distrito Fe­ deral não são definitivas, eis que as mesmas podem ser reformadas pela Diretoria das Rendas Internas; entretanto, servem de subsídio para esclarecimento de dúvidas referentes à incidência do iinpôsto).

Dezembro, 1959

prima de terceiros mediante encomenda, consulta a esta Recebedoria se estão su­ jeitos a imposto de consumo e por que alínea e inciso do vigente Regulamento a que se refere o Decreto n.° 45.422, de 12 de fevereiro de 1959. 2. As amostras A e B - envoltórios para apresentação de produtos — não se caracterizam como simples impressos ou trabalhos gráficos mas exigem operações

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e mão de obra de outra natureza, cons­ tituindo artefatos de papelão com dizeres de conveniência do industrial que utiliza a embalagem; as amostras C e D — rótulos para diversos fins, prospectos e bulas — são meras obras gráficas ou impressos pròpriamente ditos, com iden­ tificação do autor da encomenda que os adquire para seu consumo, não se confundindo os rótulos com as etiquetas nominalmente citadas na Alínea VIII como artigos de escritório, ou sejam os artefatos de papel, papelão ou cartolina, gomados ou não, em branco, para a grafia de dizeres pelo interessado com­ prador. Responda-se, pois, que os produtos constantes das amostras A e B estão su­ jeitos a imposto de consumo na base de 5% “ad-valorem” pelo inciso 3 da Alínea VIII, e os das amostras C e D se acham desonerados do referido tributo. 4. Publique-se e dê-se ciência asse­ gurado o direito de recurso à Diretoria das Rendas Internas, no prazo de vinte (20) dias úteis, de acordo com o Art. 343, § l.°, do mencionado Regulamento do Imposto de Consumo. 5. Desta decisão recorro ex-offício para aquela Diretoria. 6. A S. P. J. para os devidos fins. (D.O. 6-11-59).

h) talões de notas fiscais i) mementos de laboratórios farma­ cêuticos j) mataborrão de propaganda k) envelopes timbrados 2. De acordo com o art. l.° e o inciso 3 da Alínea VIII do Regulamento do Imposto de Consumo, o tributo alcança os artefatos de papel, papelão, cartão ou cartolina em geral, com exclusão de livros, músicas e outros impressos para fins didáticos ou culturais, assim como cartões de visita e aniversário, calendá­ rios, imagens, estampas, gravuras, anún­ cios, prospectos, catálogos, talões e outros impressos confeccionados mediante enco­ menda, para consumo do próprio com­ prador. 3. Consideram-se impressos, para efeito fiscal, os produtos industrializados que se caracterizam como simples tra­ balhos gráficos, sem mão-de-obra e ope­ rações de outra natureza. 4.

Responda-se, pois, que:

I — os cartuchos, como caixas de pape­ lão impressas para embalagens, consti­ tuem artefatos sujeitos ao imposto de consumo de 5% “ad-valorem”, pelo in­ ciso e alínea citados; II — os rótulos, bulas, folhetos de pro­ paganda, catálogos, encartes de propa-

PROCESSO N .° 79.341-59 Gráfica Rainha Lescal Ltda., estabe­ lecida nesta Capital, com o ramo de artes gráficas, consulta a esta Recebedoria quanto à incidência do imposto de con­ sumo sôbre os produtos de sua indústria, a seguir enumerados: a ) cartucho b ) rótulo c) bula d ) folheto de propaganda e) catálogos /) encartes de propaganda g) papel de carta timbrado

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Boletim da Ind. Gráfica


ganda, mementos de laboratórios farma­ cêuticos e mataborrões de propaganda, conforme amostras juntas, confecciona­ dos mediante encomenda e com indica­ ção identificativa de adquirente consu­ midor, são impressos desonerados da referida tributação: III —os papéis para cartas e envelopes produzidos pela consulente, timbrados ou não, estão tributados na base de 5% “ad-valorem’ pelo mesmo inciso e alínea:

das Rendas Internas, no prazo de vinte (20) dias úteis, de acordo com o art. 343, parágrafo l.° do mencionado Regu­ lamento a que se refere o Decreto n.° 45.422 de 12 de fevereiro de 1959. 6. Desta decisão recorro “ex-offício” para aquela Diretoria. 7. À S. P. J. para os devidos fins. (D.O. 9-11-59 - pág. 23.632).

N o t a : Há uma aparente contradição entre a decisão da Diretoria das Rendas Internas e a Recebedoria do Distrito Federal, no que tange IV — os talões de nota-fiscal, manufa­ dos envelopes. Entretanto, tal não se dá. A turados por encomenda do consumidor resposta dada pela Recebedoria se refere a nêles expressamente identificados, esca­ uma indústria que “fabrica” envelopes, caso pam à incidência do imposto de con­ em que há incidência do imposto. A resposta da D.R.I., dada à consulta formulada pelo sumo. nosso Sindicato, se refere a simples “impressão" 5. Publique-se e dê-se ciência, asse­ no envelope, operação essa sóbre a qual não há gurado o direito de recurso à Diretoria incidência do tributo.

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SACOS DE CELOFANE, Máquinas e equi­ pamentos para fabricação de Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639.

SACOS DE PAPEL, Máquinas para fabricar Artega Ltda. — Rua Florêncio de Abreu, 157 —sala 405 - Fone: 33-9299 - São Paulo e Av. Almirante Barroso, 91 - salas 717/19 - Fone: 22-5519 - Rio de Janeiro. Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 36-0937. Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alameda Cleveland, 690 - Fone: 52-2522. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. * Tecnigráfica S.A. — Rio de Janeiro - S. Paulo.

TUDO PARA AS ARTES GRÁFICAS * Tecnigráfica S.A. — Rio de Janeiro - S. Paulo.

VERNIZES Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 36-0937. Vernizes Horst S/A. — Rua Florêncio de Abreu, 157 - Fone: 32-8489 — C. Postal, 2769.

WINDMOELLER & HOELSCHER, Repre­ sentantes : Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639.

ZINCO, Chapas de Artega Ltda. — Rua Florêncio de Abreu, 157 —sala 405 - Fone: 33-9299 - São Paulo e Av. Almirante Barroso, 91 - salas 717/19 - Fone: 22-5519 - Rio de Janeiro. Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 36-0937.

TINTAS PARA IMPRESSÃO Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alameda Cleveland, 690 - Fone: 52-2522. Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 36-0937.

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RECIFE

Rua G e rv á sio Pires, 165 Cx. Postal 1145

PO RTO A LEG R E A v . A lb erto Bins, 785 Cx. Postal 1374

CURITIBA Rua Paula Gom es, 140 Cx. Postal 1170 l

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B E L O H O R IZ O N T E Rua Rio G d e . do Sul, 426 Cx. Postal 238

'V '

Boletim da lnd. Gráfica


BOLETIM DA INDÚSTRIA GRÁFICA NO ESTADO DE SÃO PAULO

Serviços prestados pelo Sindicato das Indústrias Gráficas aos seus associados

R edação e A dm inistração

Rua Marquês de Itu, 70 — 12.° andar Telefone: 32-4694 — (Sede própria) SÃO

PAULO

SECRETARIA Das 8,30 às 11,30 e das 13,30 às 17,30 horas. Aos sábados: das 9 às 12 horas.

ANO X — DEZEMBRO DE 1959 — N.° 111 R. Luís P e r e ir a D iretor responsável J o ão A n d r e o t t i

R edação T h e o b a l d o D e N ig r is J o sé N a p o l it a n o S o b r in h o Dr. J oão D a l l a F il h o *

Composto e impresso nas oficinas da São Paulo Editora S. A. — Rua Barão de Ladário, 226 — São Paulo, Brasil. *

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRAFICAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

Secretário Geral

❖ Distribuição de guias para recolhi­ mento de impostos em geral. * Impressos fiscais e modelos de im­ pressos de comunicações. ❖ Serviços de Despachante, Encami­ nhamento de papéis nas repartições públicas. Registro de Empregados. Encaminhamento de relações de em­ pregados. Recolhimento de Impostos e multas. Informações sobre assuntos trabalhistas, fiscais e técnicos. * Distribuição de publicações periódi­ cas informativas. Departamento Jurídico D r. J o ão D a l l a

F il h o

Diretoria

Diretor

Theobaldo D e N igris — Presidente José N apolitano Sobrinho — Secretário João A ndreotti — Tesoureiro

* Defesa de associados na Justiça do Trabalho. * Informações jurídicas trabalhistas.

Su plentes

José J. H. Pieretti, Vitto Jo sé C iasca e D am iro de Oliveira Volpe

Conselho Fiscal Jorge Saraiva Bertalino G azzi D ante G iosa Su plen tes

João Rocco Bruno Canton

Delegados na Federação Th eobaldo D e N igris H um berto Rebizzi Pery Bom eisel Suplentes

João Virgílio C atalani, C urt W erner Reichenbach e M ário Ponzini

* D e l e g a c ia

em

Santo s

A ffonso Franco

Praça da República, 20 NOSSO REPRESENTANTE E M C A M PIN A S Ernani Paulino Rua D. Quirino, 1220/32

Departamento Técnico ❖ Orientação em geral sobre qualquer assunto concernente à indústria grá­ fica. ❖ Palestras e conferências técnicas. Sociedade Cooperativa Gráfica de Seguros Rua José Bonifácio, 135 — 10.° andar P a u l o M o n t e ir o

Gerente Técnico

Ambulatório da “A Têxtil” Rua Boa Vista, 99 — 6.° andar

H* Seguro contra acidentes no trabalho em bases bem mais compensadoras que as de Companhias particulares. Hí Assistência jurídica em casos de mo­ léstias profissionais. Diversos Colaboração com os serviços públicos no desenvolvimento da solidariedade social. — Bolsa Gráfica — Oferta e procura de empre­ gos, Vendas, troca ou compra de máquinas e equipamentos gráficos. Desenvolvimento do espírito associativo e defesa dos interesses da classe, visando o seu engrandecimento.


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Não se iluda com IM IT A Ç Õ E S e C O P IA S

da legítima impressora automática

A produtividade, a durabilidade, a garantia da impressora auto­ mática , , H E I D E L B E R G ,/ não dependem apenas do seu aspeto. A rigorosa exatidão de suas peças; a qualidade insuperável do seu material; o seu Funcionamento harmonioso e seguro, não são visíveis e não podem ser copiados. Existem somente na máquina legítima, Fabricada exclusivamente na cidade de Heidelberg, na Alemanha.

A fábrica "Heidelberg" não tem filiais/ não cedeu a ne­ nhuma outra fábrica os direi­ tos de fabricação; não autorisou cópia da impressora automática Heidelberg e nem de seus dispositivos paten­ teados em vigor. Por isso para produção e satisfação compre sómente a

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• Rua dos Bandeirantes, 398 • Fone 37-4639 • Caixa Postal 3855

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(V. S. recebe o revista "Noticias de Heidelberg" ? Caso deseje

recebe-la, escreva á Funtimod)


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