Revista Abigraf 320

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Boa gestão e investimento nas ferramentas de fluxo de trabalho digital adequadas têm um papel decisivo no sucesso empresarial

Conheça as principais novidades que serão apresentadas na feira antecipadas por 21 expositores na Conferência Pré-Drupa

Serviços avançados melhoram processos críticos de negócios dos clientes, reduzem seus custos e geram novos fluxos de receita

SEUS CLIENTES PRECISAM IMPRESSIONAR?

Enquanto o mundo corporativo bombardeia os clientes com ações virtuais para tentar se comunicar, algumas empresas se destacam de forma estratégica, e mais do que isso, conseguem impressionar. É preciso que a mensagem destaque, seja memorizada, útil e guardada de forma tangível.

COMO?

Sugira aos clientes e empresas, que utilizem papéis com texturas e cores imponentes em projetos gráficos, catálogos, embalagens, convites, rótulos e displays. Temos novidades nas linhas para atender essas necessidades.

Rodovia da Convenção, 30

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Rede de distribuição credenciada em todo território nacional. Acesse o QR Code abaixo e saiba onde encontrar nossos papéis.

Rodovia da Convenção, 30

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Salto de São José - CEP 13.324-240

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O futuro ao alcance de todos

Vem aí mais uma edição da sempre aguardada Drupa, apresentando as tendências e inovações tecnológicas para a indústria gráfica.

Estamos às vésperas de mais uma

Drupa, o maior evento gráfico do mundo. Ao longo dos anos, muita coisa mudou em nosso mercado e, por conseguinte, na própria

Drupa: o número de pavilhões da Messe

Düsseldorf diminuiu, os grandes estandes com as famosas rotativas de jornais praticamente desapareceram, e novos players surgiram, sobretudo na área de digital, de rótulos e de embalagens.

Apenas uma coisa não mudou: a Drupa segue sendo o grande termômetro de nosso mercado, o evento que traz as maiores tendências, muitas das quais se concretizarão em curtíssimo prazo e impactarão sobre nossos negócios e nossas empresas.

APÓS O TÉRMINO DO

EVENTO, A ABIGRAF VAI PROMOVER O SEMINÁRIO PÓS-DRUPA

PARA DISCUTIR TUDO

O QUE ACONTECER DE MAIS IMPORTANTE.

Como a principal entidade representativa do setor, a Abigraf sempre esteve atenta a essas mudanças e novidades, não apenas marcando presença na Drupa-2024, com nosso estande e nossa caravana composta por cerca de 250 brasileiros, como também trazendo para o mercado nacional o evento pós-Drupa, realizado tradicionalmente poucos dias após o término da feira na Alemanha com o objetivo de apresentar aos gráficos de todo o Brasil que não puderam viajar a Düsseldorf o que foi mostrado pelas maiores empresas do setor.

Além de manter nosso mercado atualizado e em sintonia com as tendências mundiais, o pós-Drupa também tem a importante tarefa de ampliar a visão do gráfico brasileiro

sobre as possibilidades para seus negócios. Inovações e novas tecnologias não estão limitadas apenas a grandes empresas, mas, hoje, são acessíveis a gráficas de vários portes e segmentos as quais devem pensar e estruturar um modelo de negócio que permita escalonar seus investimentos e galgar novos patamares de crescimento ao longo dos anos. Divulgar conhecimento, compartilhar informações e criar um número cada vez maior de espaços e oportunidades para que empresas e empresários manifestem suas necessidades, falem e sejam ouvidos. Esta vem sendo nossa missão, e também será o nosso objetivo ao trazermos para o Brasil tudo o que for apresentado em termos de tendências e novidades na Drupa. Assim, seguimos honrando nosso lema de que ninguém ficará para trás, porque, juntos, somos mais fortes!

juliao@graficapontual.com.br

Flaves Gaúna

Julião
Presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional)

REVISTA ABIGRAF

ISSN 0103-572X

Publicação trimestral

Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional

Rua do Paraíso, 529 (Paraíso)

04103-000 São Paulo SP

Tel. (11) 3232-4500 Fax (11) 3232-4550

E-mail: abigraf@abigraf.org.br

Home page: www.abigraf.org.br

Presidente da Abigraf Nacional: Julião Flaves Gaúna

Presidente da Abigraf Regional SP: João Scortecci

Gerente Geral: Wagner J. Silva

Conselho Editorial: Bruno Mortara, Fábio Gabriel, João Scortecci, Plinio Gramani Filho, Rogério Camilo, Tânia Galluzzi e Wagner Silva

Elaboração: Gramani Editora Eireli Administração, Redação e Publicidade: Tel. (11) 3887.1515

E-mail: editoracg@gmail.com

Editor: Plinio Gramani Filho

Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26897) e Evanildo da Silveira

Colaboradores: Bruno Arruda Mortara, Carlos Silgado Bernal, Elisabeth Skoda, Hamilton Terni Costa, João Scortecci, Jorge Maldonado e Roberto Nogueira Ferreira

Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli

Editoração Eletrônica e Fechamento de Arquivos: Studio52 Papel fornecido pela Blendpaper: Capa – SignaPlus Naturale Martello 180 g/m². Miolo – Markatto Opalina 120 g/m². Encarte – SignaPlus Naturale Nappa 180 g/m²

BLENDPAPER

Enobrecimento da Capa: GreenPacking, aplicação de hot stamping com fitas da MP do Brasil Impressão e acabamento: Leograf Gráfica e Editora

Acesse: www.abigraf.org.br/revista-abigraf

Apoio Institucional

Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica

Caatinga, 2024. Coleção Biomas Brasileiros (peça única), 52 × 70 × 5 cm. Técnica mista, aquarela, desenho a mão livre, recorte e colagem, com papel, marcador e aquarela.

BELCA. A artista da capa

As obras da artista visual Belca encantam graças ao seu original método de composição em recorte e colagem em papel, responsável por levar ao público uma arte repleta de significado, bem-estar e harmonia.

Em seu processo criativo, fruto de sua busca conceitual, Belca procura unir técnica, sentimento, prazer e liberdade para compor. “Esse método gera um estado meditativo que conduz a uma sensação de bem-estar tão preciosa quanto o resultado final do trabalho artístico. É uma experiência muito especial”, explica a artista paulistana, formada em Design pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo.

Seu sistema de trabalho traduz a própria transformação vivida pela artista na vida pessoal, uma vez que precisou se reinventar e buscar novos rumos para unir carreira profissional, realização pessoal e maternidade, até encontrar uma composição equilibrada, produtiva e saudável para sua vida, baseada na arte-empreendedorismo.

A inquietação artística também resultou em uma série de novos desafios. Além da sua participação na 12ª Design Week de São Paulo, em 2023, Belca tem quase 200 obras no Qoya Hotel São Paulo By Hilton, e também transpôs seu estilo artístico para o enorme coração que pintou na Art of Love SP, um painel cheio de cores que fez em live performance no FAM Festival, uma parede de 16 metros na biblioteca do Colégio Franciscano Pio XII, entre outros feitos.

Além disso, Belca realiza outro importante trabalho, que extrapola a arte. É embaixadora do movimento Janeiro Branco, cujo objetivo é chamar a atenção para a saúde mental. Ela compartilha sua jornada de superação da Síndrome de Burnout e recentemente foi idealizadora e realizadora do evento “Semana Viva Janeiro Branco 2024”, no Shopping Vila Olímpia de São Paulo, que contou com 25 palestrantes sobre o assunto e teve grande repercussão. Para conhecer melhor a trajetória da artista, acompanhe a página oficial @belca no Instagram ou visite o portal www.belca.com.br

Os protocolos PRX e PQX e a indústria 4.0

Em seu artigo, o especialista Bruno Mortara detalha as normas ISO 20616-1 e ISO 206716-2, que contemplam os protocolos PRX e PQX, mostrando por que elas podem simplificar a comunicação entre as gráficas e seus clientes.

FUNDADA EM 1965

Membro fundador da Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf)

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A visão crítica do consumidor europeu

Embora a sustentabilidade seja importante, a eficácia da embalagem, a proteção do produto e a qualidade percebida são prioridades. É o que revela pesquisa europeia realizada no ano passado, analisada no artigo Drupa desta edição.

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Drupa 2024, veja o que vem por aí

A Revista Abigraf foi o único veículo brasileiro a participar da Conferência Internacional de Imprensa Pré-Drupa 2024, realizada no final de março, em Düsseldorf. Destaque para a IA e para o papelão ondulado.

Redução dos gases de efeito estufa

A Afeigraf avança no desenvolvimento de uma calculadora de pegada de carbono para a indústria gráfica e apresentará resultados preliminares desse estudo no fórum Touchpoint Sustainability da Drupa 2024.

Recordes na Fespa Digital Printing 2024

A maior área de exposição, recorde de visitantes e negócios movimentando R$ 185 milhões marcam a Fespa Digital Printing 2024, destacando o dinamismo e a inovação do mercado de comunicação visual e impressão digital.

Serviços avançados geram novas receitas

O consultor Hamilton Costa fala sobre a evolução do setor para além da produção tangível, adotando serviços integrados e soluções abrangentes para otimizar processos e agregar valor aos clientes. Isso será visto na Drupa.

Do PDF à IA: digitalizar com propósito

Gerenciar operações por meio de soluções digitais representa um potencial de geração de valor para as gráficas. Carlos Silgado explora a evolução da digitalização, desde os primeiros fluxos de trabalho até a integração com a IA.

O olhar sensível de Luciano Candisani

Renomado fotógrafo documentarista, Candisani vai além da força das imagens ao capturar a essência dos ecossistemas do nosso planeta, unindo com aprimorada técnica a beleza estética e a consciência ambiental.

Leograf completa 25 anos e segue investindo

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Em constante movimento, gráfica de São Paulo está finalizando mais uma etapa de investimentos robustos visando aumentar a versatilidade da sua produção para acompanhar a evolução tecnológica e as mudanças do mercado. 20

CONTEÚDO DESTA EDIÇÃO

Carlos Silgado Bernal na Revista Abigraf

A partir desta edição, os leito‑ res da Revista Abigraf passam a usufruir, na seção Tecnologia, dos artigos de Carlos Silgado Bernal, profissional reconheci‑ do internacionalmente pela sua expertise em processos gráficos, comunicação impressa, novas tecnologias e sustentabilidade ambiental.

Nascido em Bogotá, Colôm‑ bia, em 1952, Silgado adqui‑ riu formação especializada em processos e tecnologias gráficas na Alemanha, no centro de for‑ mação da Heidelberger Druck‑ mas chinen AG, e, nos Estados Unidos, na The Graphic Arts Technical Foundation.

Consultor da indústria gráfi‑ ca e especialista em processos gráficos, com especialização em marketing, ele trabalhou para a indústria em diversas posições diretivas e profissionais, tan‑ to em empresas fornecedoras quanto em empresas gráficas e em instituições de desenvol‑ vimento tecnológico e, na área de ensino, na formação univer‑ sitária e tecnológica.

Dirigiu e organizou seminá‑ rios especializados para indús‑ trias gráficas nos Estados Unidos, México e Colômbia. Foi docente nos programas de pós‑gradua‑ ção da Universidad de los Andes para a indústria gráfica. Atuou como diretor e conferencista de uma grande variedade de pro‑ gramas acadêmicos, técnicos e de negócios, realizados na Co‑ lômbia, Estados Unidos, Méxi‑ co, Peru, Equador, Venezuela, Bolívia e Paraguai.

Durante dez anos, Silgado foi editor‑em‑chefe da revis‑ ta e portal Artes Gráficas, a pu‑ blicação líder, em língua espa‑ nhola, da indústria gráfica para a América Latina, e da revista Conversión de Etiquetas, Empaques Flexibles y Cajas Plegadizas, publicações do Grupo Carvajal, com mais de 36.000 assinantes qualificados. Sua atuação nas revistas lhe proporcionou uma visão global da indústria gráfi‑ ca, seus cenários estratégicos e tendências tecnológicas, graças ao contato direto com as lideran‑ ças, no mais alto nível, dos mais importantes fabricantes de equi‑ pamentos, sistemas e processos e executivos da indústria gráfi‑ ca em diferentes países, espe‑ cialmente nos Estados Unidos, Alemanha, Israel, México e Brasil.

Carlos Silgado escreveu, jun‑ tamente com o consultor Ha‑ milton Costa, um conjunto de quatro guias de inovação tec‑ nológica e de gestão: Offset 4.0; O Fluxo Digital de Trabalho; Im‑ pressão Digital de Embalagens e Rótulos; e 10 Estratégias de Co‑ municação da Sustentabilidade Ambiental para Gráficas. Eles se‑ rão lançados, em português e espanhol, no início do segundo semestre deste ano.

Afeigraf faz estudo sobre emissão de carbono

E stá em vias de conclusão a pri‑ meira fase de um ambicioso estu‑ do da Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica, Afeigraf, sobre a avaliação de emis‑ são de carbono na indústria gráfica (veja matéria na página 14). O obje‑ tivo final é a elaboração de uma cal‑ culadora de carbono direcionada para as pequenas e médias indús‑ trias. O estudo tem a participação dos consultores Bruno Mortara, su‑ perintendente do CB‑27, e Patrícia Perini, da empresa Patients. Até o momento, os resultados têm sido enormes, inicialmente

Ibá

pelos conhecimentos adquiridos, baseados na ISO 14064, das infor‑ mações recebidas e analisadas da Europa, principalmente quando é executado o processo prático de quantificar os gases de efeito estu‑ fa (GEE) nas organizações brasilei‑ ras, e as barreiras encontradas que servem de referência para aperfei‑ çoar os métodos de abordagem.

A Margraf Editora e Indústria Gráfica, localizada no município de Barueri, SP, apoia esse estudo da Afeigraf que, com certeza, trará grandes benefícios para a indústria gráfica nacional.

www.afeigraf.org.br

comemora primeira década de atuação

O objetivo da criação da Indústria Brasileira de Árvores, Ibá, em 15 de abril de 2014, foi agrupar sob um mesmo guarda‑chuva as entida‑ des que na época representavam as empresas que plantam árvores para fins industriais. Eram elas: a Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira, Abipa; a As‑ sociação Brasileira da Indústria de Piso Laminado de Alta Resistência, Abiplar; a Associação Brasileira dos Produtores de Florestas Plantadas, Abraf; e a Associação Brasileira de Celulose e Papel, Bracelpa. Bem‑ ‑sucedido, o projeto superou as expectativas e ainda trouxe para perto as associações estaduais re‑ presentativas do setor, como Abaf, ACR, AgeFlor, Amif, Apre, Areflo‑ resta, CedAgro, Florestar e Reflo‑ ra MS. Recentemente, a entidade passou a compartilhar o mesmo espaço com a Associação Brasilei‑ ra de Embalagens em Papel, Empa‑ pel, e com a Associação Brasileira

Técnica de Celulose e Papel, ABTCP, unificando a voz do setor.

A data foi celebrada no dia 8 de abril, com a presença de pre‑ sidentes, executivos e colabora‑ dores, que foram fundamentais nessa trajetória. Foram homena‑ geadas três personalidades decisi‑ vas para a criação da Ibá: José Lu‑ ciano Duarte Penido, Carlos Aguiar e Salo Davi Seibel. Eles receberam um troféu feito com madeira pro‑ veniente de árvores cultivadas, obra de Ana Paula Castro.

Na ocasião, Paulo Hartung, pre‑ sidente da Ibá, destacou: “Em dez anos nos tornamos os maiores ex‑ portadores de celulose e os se‑ gundos maiores produtores, atrás apenas dos Estados Unidos. Não satisfeitos, continuamos nos reno‑ vando, investindo em novas fábri‑ cas e em tecnologias que atendam à demanda mundial de cuidado com o meio ambiente”. www.iba.org

(E/D) Sônia Menezes, diretora da Margraf; Jorge Maldonado, presidente da Afeigraf; Bruno Mortara e Patrícia Perini, consultores

Circule um Livro chega à terceira edição

Neste ano, em ação realizada entre os dias 22 e 28 de abril, a cam‑ panha “Circule um Li‑ vro” chegou à sua ter‑ ceira edição com o objetivo de alcançar milhares de pessoas em seis Estados brasi‑ leiros. Realizada con‑ juntamente pela In‑ dústria Brasileira de Árvores, Ibá, entidade que repre‑ senta o setor de árvores cultivadas para fins industriais no País, e pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica, Abigraf, que representa a indústria brasileira de impressão, a iniciativa convida a população a trocar livros já lidos por outros disponíveis em pontos de grande circulação das cidades.

(E/D) Fabio Gabriel dos Santos, vice‑presidente da Abigraf‑SP; Paulo Hartung, presidente da Ibá; João Scortecci, presidente da Abigraf‑SP; e José Carlos da Fonseca Jr.,presidente executivo da Empapel, na Estação Tatuapé, do Metrô São Paulo

interação entre a população, a cria‑ tividade, a imaginação e uma refle‑ xão sobre a cidade e o espaço em que vivemos.

Os pontos de troca, nas cida‑ des de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba e Brasília, localizados em áreas de grande circulação, como centros culturais, estações de metrô, ro‑ doviárias e ruas centrais das cida‑ des, foram abastecidos com mais de 11 mil livros de diferentes gêne‑ ros, doados pelas 35 editoras, en‑ tidades e empresas que apoiam a campanha. Com isso, a iniciativa buscou atingir mais pessoas com o objetivo de estimular a leitura, a

A campanha tem como par‑ ceiros o Metrô de São Paulo, Abaf, Amif, Apre, Firjan Senai, Rodoviá‑ ria Salvador, Metrô de Belo Hori‑ zonte, Embrapa, Sesi‑SP, Sesi‑DF e Fibra. E conta com o apoio do Pro‑ jeto Livro para Todos, Grupo Edi‑ torial Scortecci, Two Sides, Edito‑ ra Panini, Florestar, Bracell, Irani, Melhoramentos, Norflor, Editora do Brasil, Câmara Brasileira do Li‑ vro, UBE‑RJ, Leograf, Loyola Editora, Litoband, Parceiros do Livro, Em‑ balagens Santa Inês, APS Eventos, Gráfica Brogotá, Gráfica Viena, Vôo Livre Revista Literária, Ventania Cultural, e as Abigrafs Regionais do DF, PR, RJ e RS.

www.abigraf.org.br www.iba.org.br

Two Sides Brasil completa dez anos

E m evento articulado pela Abigraf/Sindigraf‑S P, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Fiesp, em abril de 2014, foi estabele‑ cida oficialmente a Two Sides Brasil, com a presença do cria‑ dor da iniciativa, Martyn Eus‑ tace, e com o apoio de 42 en‑ tidades da cadeia produtiva da comunicação impressa, repre‑ sentando as áreas de base flo‑ restal, fabricação de papel e ce‑ lulose, silvicultura, embalagens, editorial, tintas, pré‑impressão, impressão, acabamento, en‑ tre outras. Mundialmente reco‑ nhecido pelo seu trabalho na conscientização da sustentabi‑ lidade da comunicação impres‑ sa, o projeto Two Sides, criado na Inglaterra em 2008, che‑ gou ao Brasil por iniciativa de Fabio Arruda Mortara, na oca‑ sião, presidente da Abigraf Na‑ cional, para defender e difundir o poder ecológico do papel e combater a desinformação.

Organização sem fins lucra‑ tivos, a Two Sides Brasil congre‑ ga hoje 138 membros, unindo os interesses da indústria da comunicação gráfica e emba‑ lagens, com base em celulose, lideradas pela silvicultura sus‑ tentável e responsável, produ‑ ção e impressão de papel, com o objetivo de garantir que, em um mundo de recursos escassos, as qualidades recicláveis e renová‑ veis exclusivas desses insumos e produtos possam ser usufruídas por gerações futuras. A partir

de 2016, Fabio Arruda Morta‑ ra, o professor Manoel Mantei‑ gas de Oliveira e Heloísa Vidigal passaram a compor a direção de Two Sides Brasil e o projeto ganhou novo impulso. Há três anos, a instituição ampliou sua atuação também para a Amé‑ rica Hispânica, com importan‑ tes tarefas a serem cumpridas na defesa e promoção do papel e das embalagens de papel.

Entre outras missões, Two Sides também está empenha‑ da em promover a sustentabi‑ lidade da indústria da comuni‑ cação impressa e embalagens, divulgando ações que o se‑ tor tem adotado para reduzir o seu impacto ambiental, assim como, reagir às atividades de‑ letérias de greenwashing1 sobre os impactos ambientais da in‑ dústria da comunicação impres‑ sa e de embalagens com base em celulose, em diversos meios de comunicação, e esclarecer a realidade dos fatos ambientais. Nesses 10 anos, a Two Si‑ des Brasil e América Latina, já conquistou mais de 180 vitó‑ rias em ações relativas a casos de greenwashing contra o pa‑ pel, cometidos por organiza‑ ções que impactam e desinfor‑ mam ambientalmente milhões de brasileiros. www.twosides.org.br

1 Greenwashing é a prática de fa‑ zer uma alegação infundada ou enganosa sobre os benefícios am‑ bientais de um produto, serviço, tecnologia ou prática da empresa.

Fotos: Paulo Stucchi

Cresce presença brasileira na Feira de Bolonha

Número recorde de 23 editoras brasileiras, uma a mais que em 2023, compôs a delegação nacio‑ nal que participou da Feira do Li‑ vro Infantil e Juvenil de Bolonha, na Itália, maior evento mundial na categoria, entre 8 e 11 de abril. Efe‑ tuando negociações com editores de todo o mundo, estiveram pre‑ sentes as empresas: Ôzé, Viajan‑ te do Tempo, Pé da Letra, Biruta, Pallas, Callis, Girassol Brasil, Caro‑ chinha, Telos Editora, FTD Educa‑ ção, Ciranda Cultural, Bom Bom Books, Pingo de Luz, V R Edito‑ ra, Mil Caramiolas, Todolivro, On‑ line, Global, Grupo SM Educação, Panda Books, Jujuba, Instituto Incluir e Solisluna.

Além da comitiva empresarial, o Brasil contou com um grupo de representantes institucionais, en‑ tre eles: Karine Pensa, presidente da International Publishers Asso‑ ciation (IPA) e diretora da Câmara Brasileira do Livro (CBL); Fernanda Gomes Garcia, diretora executiva da CBL; Rayanna Pereira, coorde‑ nadora do programa de interna‑ cionalização; e os escritores Daniel Munduruku e Jacques Fux.

Encontro do segmento editorial em junho

Incluindo o estande oficial, a participação brasileira foi promo‑ vida pelo Brazilian Publishers projeto de Internacionalização de conteúdo editorial nacional, por meio de parceria entre a CBL e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) e o Ministério de Relações Exteriores.

Na feira deste ano, tiveram grande destaque os debates so‑ bre os impactos da inteligência artificial na produção literária, as‑ sim como a diversidade e visibili‑ dade de autores indígenas, negros e de autores africanos.

BRASILEIROS PREMIADOS – Hen‑ rique Coser Moreira conquis‑ tou o Bologna Children’s Book Fair – Fundación S M Internatio‑ nal Award for Illustration, pelas ilustrações do livro Tatu do Azul, escrito por Elias Nasser, que será lançado em breve pela Edições Barbacena; e o livro Dia de Lua, de Renato Moriconi, pela Jujuba Editora, ficou com o Bologna‑ Ragazzi Awards, como o melhor livro do ano para bebês. www.cbl.org.br

Klabin conclui novo ciclo de expansão

Fundada em 1899, ao completar 125 anos de sua história a Klabin expande sua atuação por todas as regiões do Brasil, nas quais man‑ tém 22 unidades fabris, além de uma na Argentina, e áreas flores‑ tais nos Estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, que somam 751 mil hectares, sendo 42% de áreas voltadas à conservação da bio‑ diversidade. A companhia está concluindo mais um importante ci‑ clo de expansão. Trata‑se do início de operação do Projeto Figuei‑ ra, que compreende uma nova fábrica de embalagens de papelão ondulado, em Piracicaba, SP, previsto para o segundo trimestre de 2024. Entre os destaques dos últimos anos estão a conclusão do Pro‑ jeto Puma II, com o startup das máquinas de papel 27 e 28, assim como investimentos no aumento da capacidade de conversão em embalagens e aquisições florestais. Com quatro unidades de negó‑ cios florestal, celulose, papéis e embalagens , a Klabin é a única do Brasil a produzir três tipos de celulose: fibra curta (eucalipto), fi‑ bra longa (pinus) e fluff, em uma mesma unidade industrial. A em‑ presa mantém escritórios comerciais na América do Norte e Europa, e exporta seus produtos para mais de 80 países, contando com um número superior a 17 mil colaboradores. www.klabin.com.br

Sabbry lança chapas

NanoPlate para offset

Em março, após rigorosos testes e homologação por parte do seu corpo técnico, a Sabbry Industrial Solutions fechou contrato com fabricante na Coreia do Sul para a produção da sua linha de chapas NanoPlate para impressoras offset. As chapas são utilizadas nos ci‑ lindros de contrapressão pós‑reversão e nos cilindros de transferên‑ cia. O produto atende aos principais equipamentos europeus e asiá‑ ticos e será comercializado com exclusividade pela Sabbry no Brasil e em toda a América Latina.

As chapas NanoPlate são revestidas com uma base de metal li‑ quefeito e camada especial de cerâmica para proporcionar uma perfeita repelência às tintas UV e temperatura de até 700°C, estan‑ do disponíveis em várias espessuras, de acordo com os requisitos e especificações de cada equipamento. www.sabbry.com

Será realizado no período de 5 a 7 de junho deste ano, no Tauá Resort & Convention, em Atibaia, SP, o 3º encontro de Editores, Livreiros, Distribuidores e Gráficos, promovido pela Câmara Brasileira do Livro, CBL. O evento reunirá profissionais da área editorial para discutir e debater as tendências e as novidades do mercado.

A curadoria está sob a responsabilidade de Cássia Carrenho, sócia‑diretora da LabPub, escola totalmente

EAD voltada para o mercado editorial. Com ampla experiência na área, incluindo a criação da Casa San‑ ta Rita da Cassia na Flip e a curadoria do espaço K D P Amazon na Bienal, ela é também produtora de even‑ tos, como a Flir, e mediadora nos maiores eventos literários do Brasil.

Para a aquisição de ingressos ou pacotes de patro‑ cínio, os interessados devem entrar em contato com Cinthia Favilla, fone (11) 99973‑0131, cinthia@cbl.org.br

Vista aérea da Unidade Puma, no Paraná
Divulgação Klabin

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Abigraf Regional Distrito Federal Abigraf Regional Espírito Santo

Pièce de résistence

Houve um tempo, acredite, em que o papel e o impresso eram os grandes disseminadores de infor mação. Por muitos séculos, os li vros foram os responsáveis por manterem vivas as nossas histó rias e a nossa memória, de gera ção em geração. Sem likes ou cur tidas, mas com engajamento que mostra a certeza do caminho que devemos percorrer.

Ainda hoje, seguimos como multiplicadores da cultura. So mos ícones de resistência. Enfren tamos bravamente o avanço das novas mídias, que durante os sé culos insistem em ocupar o nosso espaço. Lutamos contra as injusti ças do Estado oneroso, pesado e burocrático, que nos punem por querer trabalhar.

Remamos contra a maré, valen tes, com resiliência, em busca de vislumbrar um futuro para o im presso. E olha que somos muitos. O mercado gráfico no Brasil é al tamente competitivo, com gran de número de empresas atuan do no setor. Um estudo setorial de 2021 revelou que são mais de 15 mil gráficas.

Nossos oráculos, ou sábios com larga experiência no setor, nos apontam que existe, sim, um caminho. E que ele é baseado em valores como inovação, capacita ção, sustentabilidade e eficiência. Foi o que disse o guru Hamilton Terni Costa, que esteve aqui no DF e falou sobre as tendências, obstá culos e oportunidades do segmen to, e que a indústria de impressão segue se reinventando, sendo ca paz de explorar diversas linhas e que, portanto, há muitas possibi lidades no futuro.

O regozijo, entretanto, não deu lugar à procrastinação. Fazemos gestão, também, em outras esferas. Em parceria com a Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fi bra) e outros 10 sindicatos, defini mos recentemente as proposições que vão compor a Agenda Legisla tiva da Indústria do DF 2024. O do cumento é publicado desde 2003 e traz uma seleção de propostas em tramitação na Câmara Legisla tiva que de alguma forma afetam a indústria local, com o posiciona mento do setor sobre cada uma. Após anos de labuta, no en tanto, meu ânimo está amparado na esperança. Não na expectati va pura e simplesmente de revira volta do mercado. Mas no brilho dos olhos dos alunos do Senai‑ DF que lotaram nosso auditório du rante a palestra do craque Hamil ton. Me vi naqueles jovens, inte ressados, questionadores, cheios de sonhos e ideais revolucioná rias. É revigorante. São eles, meu caros, o sinal de que nossa ativi dade ainda vai se manter por mui to tempo, o futuro da indústria gráfica no Brasil. diretoria@athalaia.com.br

Indústria gráfica no mundo pós-pandemia

A partir de 2020 todo o mundo enfrentou um turbilhão de de safios, o mesmo ocorrendo com a indústria gráfica. Desde inter rupções na cadeia de suprimen tos até mudanças abruptas nas demandas dos consumidores, as empresas gráficas foram força das a repensar suas estratégias e abordagens. À medida que o mundo avança para uma nova normalidade, surge uma oportu nidade crucial para nos destacar mos e nos adaptarmos às novas demandas do mercado.

Atualmente, em um mundo pós pandemia, os consumidores valorizam mais do que nunca a autenticidade e a relevância. Pre cisamos focar em oferecer solu ções mais específicas e que aten dam às necessidades específicas de cada cliente. Isso pode incluir desde embalagens customizadas até materiais promocionais exclu sivos, que se destacam em um mar de produtos genéricos.

Além disso, a sustentabilidade emergiu como um aspecto fun damental para os consumidores conscientes. Os industriais gráfi cos que adotarem práticas susten táveis em sua produção, demons trando um compromisso com a responsabilidade ambiental, con quistarão a confiança e a fidelidade dos consumidores.

No entanto, para alcançar es ses objetivos, temos que abraçar as tecnologias emergentes. A impres são digital, por exemplo, permite uma produção mais flexível e sob demanda, reduzindo o desperdício

e possibilitando a personalização em escala. Da mesma forma, a rea lidade aumentada (AR) e a realida de virtual ( VR) estão se tornando ferramentas poderosas para apri morar a experiência dos consumi dores, permitindo que eles visua lizem produtos personalizados antes da compra.

Além disso, a inteligência artifi cial (IA) está revolucionando a ma neira como as empresas gráficas gerenciam suas operações. Desde a otimização da cadeia de supri mentos até a análise preditiva de tendências de mercado, a IA ofere ce insights valiosos que podem in formar decisões estratégicas e im pulsionar a eficiência operacional.

À medida que os consumidores se tornam mais exigentes e cons cientes, as empresas gráficas têm a oportunidade de se reinventa rem e se destacarem. Ao abraçar a inovação, personalização e susten tabilidade, e aproveitar as tecno logias emergentes, podemos não apenas sobreviver, mas prosperar neste novo cenário competitivo. cristhine@grafitusa.com.br

JOÃO BATISTA ALVES DOS SANTOS Presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica – Regional Distrito Federal (Abigraf‑DF) e do Sindicato das Indústrias Gráficas do Distrito Federal (Sindigraf‑DF) Gestão 2023/2026
CRISTHINE SAMORINI Presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica – Regional Espírito Santo (Abigraf‑ES) e do Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Espírito Santo (Siges) Gestão 2022/2025
Foto: Moacir Evangelista/ Fibra

Pegada de carbono

A otimização do processo produtivo e o gerenciamento sustentável como resposta à mitigação dos gases de efeito estufa (GEE).

Aanálise de informações técnicas de novos equipamentos e insumos gráficos de origem europeia nos revela um dado curioso. Boa parte desse material indica que, devido à adoção de novas tecnologias, tanto nas plantas industriais quanto nos próprios produtos, o atributo principal é a eficiência no consumo de energia.

Para Europa, Estados Unidos, Índia e alguns países asiáticos, esse é um assunto de extrema relevância, principalmente após o início do conflito entre Ucrânia e Rússia. O comprometimento no fornecimento de gás para o continente europeu provocou a reabertura de usinas geradoras de energia baseadas em combustíveis fósseis como carvão ou petróleo. Tal medida incrementou a emissão de gases de efeito estufa (GEE) e, junto com isso, um aumento significativo no custo do quilowatt utilizado nos processos produtivos.

Aqui no Brasil o cenário é bem diferente. Em função de sua enorme diversidade de fontes renováveis, em 2023, 93,1% de toda a energia gerada no País foi baseada em usinas hidroelétricas, eólicas, solares e por biomassa de cana de açúcar. No mesmo ano, a capacidade instalada nacional de geração cresceu perto de 20 gigawatts, dos quais 94% correspondem às fontes solar e eólica.

Esse é só um exemplo de que as prioridades para mitigação dos GEE na nossa indústria gráfica são outras. Estamos preocupados principalmente com a otimização de processos. Portanto, se justifica enormemente a tropicalização das análises de emissão de GEE, não sendo possível seguir padrões internacionais ao pé da letra.

E quando falamos de padrões, a indústria já trabalha com regras claras para os diferentes segmentos. Por isso se faz tão necessária a aprovação da Lei 412, que controlará a comercialização dos bônus de carbono. O projeto de lei foi aprovado no congresso em dezembro de 2023 e agora se encontra em revisão na Casa Civil para então ser sancionado pela Presidência da República.

Sobre esse assunto, existem várias incertezas regulatórias: quais serão os limites de emissão para cada empresa, quais tipos e porte de organizações serão considerados, como será a fiscalização e muitas outras questões.

Enquanto ficamos à espera dessas definições, devemos estar cientes de que foi a industrialização tecnológica, junto com o que todos nós provocamos, o que causou o incremento dos GEE. Obviamente, serão a mesma tecnologia e as mudanças de atitude de nossa parte que nos ajudarão

a consertar o problema. Essa é a razão da nossa insistência no sentido de que a saída para a indústria gráfica é a otimização dos processos e um gerenciamento sustentável.

Nós, como Afeigraf, já estamos trabalhando nesse assunto faz algum tempo. Neste momento estamos no final da primeira fase do desenvolvimento de uma calculadora de pegada de carbono para o nosso setor. Os aprendizados até agora são enormes, esforço reconhecido até pela associação de tecnologia de impressão e papel da Alemanha, a VDMA. A entidade nos convidou para apresentar alguns dos resultados desse estudo no espaço Touchpoint Sustainability, na Drupa 2024, durante o qual também comentaremos o que está acontecendo sobre esse assunto nos outros países latino-americanos.

Todos estão convidados para a nossa apresentação, que vai acontecer no dia 4 de junho, terça-feira. Ao meio-dia será realizado um fórum sobre o tema, seguido pela palestra da Afeigraf às 15 horas.

Nós nos encontramos por lá.

Jorge Maldonado Presidente da Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos Gráficos e Insumos para a Indústria Gráfica – Afeigraf

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Há 20 anos a ExpoPrint Latin America imprime a evolução da indústria. Somos reconhecidos como o maior evento de impressão das Américas e o palco escolhido pelos grandes players para lançamentos globais de tecnologias inovadoras.

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A Drupa do papelão ondulado e da inteligência artificial

A convite da Messe Düsseldorf, a Revista Abigraf participou da Conferência Internacional de Imprensa Pré-Drupa 2024, realizada na Alemanha no final de março, com 21 fornecedores dando uma prévia do que vem por aí.

Omundo era outro na última vez que o grande centro de exposições da cidade de Düsseldorf abriu as portas para a indústria gráfica. Em 2016, a palavra pandemia seguia apenas como mais um entre tantos verbetes colecionados pelos dicionários, e os líderes mundiais lidavam com desafios como o Brexit. O Brasil atravessava mais um período recessivo, agravado pela instabilidade política gerada pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Mesmo assim, 260 mil profissionais, de 188 países, circularam pelos corredores da Drupa em 2016. Entre eles, 1.493 brasileiros.

Passados oito anos, o cenário mudou. Muitos países vivem a retomada do crescimento econômico no pós-pandemia. A preocupação

com as questões ambientais aumentou consideravelmente e a digitalização quebrou as barreiras que ainda a continham. A economia brasileira também conseguiu se recuperar, assistindo agora à redução do desemprego e ao controle da inflação.

Como se não bastasse o longo intervalo de oito anos imposto pela pandemia, esse contexto amplia a expectativa em relação à Drupa 2024, que acontece entre os dias 28 de maio e 7 de junho. Ainda se justifica uma feira tão longa e dispendiosa?

A julgar pelo que foi apresentado na Conferência Internacional de Imprensa Pré-Drupa 2024, a resposta é sim. Nos dias 25, 26 e 27 de março, a Messe Düsseldorf, organizadora da maior feira da indústria gráfica mundial,

Fotos:

reuniu por volta de 60 jornalistas, de mais de 30 países, para antecipar algumas das novidades que serão mostradas a partir do final de maio. Dos 1.500 expositores da feira 21 participaram da conferência com seus times principais, valorizando o papel da mídia especializada na divulgação da Drupa e na disseminação de informação qualificada.

As apresentações apontaram o aprofundamento da união entre os detentores da tecnologia, com parcerias, acordos e joint-ventures viabilizando respostas às principais tendências do universo da impressão segundo a própria Messe Düsseldorf: digitalização, sustentabilidade e qualificação da mão de obra.

O cuidado com a integração do processo produtivo por meio do aperfeiçoamento dos sistemas de fluxo de trabalho ficou igualmen te evidente, independente da etapa em que se encaixam as soluções de cada fornecedor. En tre as matérias-primas, o papelão ondulado foi de longe o mais citado, explicitando o inte resse pelo mercado de embalagens. Por fim, e não menos pertinente, a presença cons tante da inteligência artificial como fer ramenta para a automação. Ela está no monitoramento da produção, na análise dos arquivos, na identificação de perfis de trabalho, agilizando e conferindo maior eficiência à produção.

Dos 21 fornecedores presentes, alguns falaram diretamente sobre seus lançamentos e outros optaram por guardar as novidades para a feira. A seguir, uma rápida pincelada no que foi exposto durante a Conferência Internacional de Imprensa Pré-Drupa 2024.

BOBST

Além das inovações nos equipamentos de pós-impressão, a Bobst enfatizará o desenvolvimento de ferramentas de automação, conectividade e digitalização, incluindo novos recursos em seu sistema de fluxo de trabalho Bobst Connect.

CANON

A Canon anunciou a entrada no segmento de papelão ondulado com o desenvolvimento de sua primeira impressora digital focada em embalagens, alimentação à folha, que promete combinar a qualidade do offset com uma largura de impressão de 1,70 m e velocidade até 8.000 m²/h.

O trabalho da mídia especializada foi valorizado pela organizadora da conferência

Sabine Geldermann, diretora geral da Drupa

Na abertura da conferência, a diretoria da feira e da Messe Düsseldorf falou sobre como a Drupa pode ajudar a indústria a encontrar caminhos diante dos atuais desafios

DURST

Um dos destaques da Durst será a série P5 Pack, família de impressoras digitais jato de tinta para a produção de displays e embalagens em papelão ondulado, que utiliza a nova tinta Luvera LED, com baixo odor e alta resistência à abrasão.

EPSON

A Epson deu ênfase ao segmento têxtil com o lançamento da Monna Lisa 13000 para impressão digital direta em tecido. Compacta, a impressora será posicionada como uma opção acessível para as gráficas comerciais que desejem entrar nesse mercado.

ESKO, X-RITE, PANTONE E ENFOCO

A parceria com a X-Rite, Pantone e Enfoco deu a tônica na palestra da Esko. As quatro empresas estarão juntas na feira apresentando um novo ecossistema integrado para o segmento de embalagens. A Esko uniu forças também com a HP para simplificar e automatizar a personalização de embalagens.

FUJIFILM

Aquafuze é a nova tinta à base de água que a Fujifilm levará para a Drupa. Elemento-chave da tecnologia inkjet, a tinta engloba as funcionalidades das tintas UV e solventes, priorizando as questões ambientais.

HEIDELBERG

A nova geração da impressora offset plana Speedmaster XL 106 deve ser um dos principais atrativos da Heidelberg na Drupa, com a pro-

messa de que os equipamentos dessa linha serão 20% mais produtivos do que a série anterior.

HIGHCON

A Highcon anunciou as novas soluções de corte e vinco digital com recursos avançados para produção em cartão e papelão ondulado. Destaque para a nova Highcon Beam 3, desenhada para executar 10 trabalhos com tiragem média de 1.000 folhas por turno.

HYBRID

O MyCloudflow, dentro do conceito SaaS (Software as a Service) é uma das novidades da Hybrid para o Cloudflow, seu sistema de fluxo de trabalho. A empresa demonstrará também o Capture3D, novo software para distorção da arte visando a impressão em embalagens retráteis e metálicas.

HP

Prometendo estabelecer um novo padrão de automação por meio da inteligência artificial, a HP mostrará na Drupa as novas impressoras digitais HP Indigo 120K e 18K (formato B2), além dos novos recursos da impressora digital rotativa jato de tinta HP PageWide Advantage 2200, incluindo a possibilidade de trabalhar com substratos até 320 g/m².

KOENIG & BAUER

A grande atração da Koenig & Bauer deve ser a nova impressora analógica e digital, desenvolvida em parceria com a Durst. Modular e híbrida, tem como base a plataforma da linha offset plana Rapida, combinada com uma unidade de impressão digital inkjet, com cabeçotes Fuji Dimatix Samba.

KONICA MINOLTA

A Konica Minolta apresentará na Drupa linhas de produção completamente automatizadas impulsionadas pela inteligência artificial. Levará também a nova impressora digital jato de tinta AccurioJet 60000, com velocidade de 6.000 folhas por hora.

KONGSBERG PCS

A Kongsberg PCS (Precision Cutting Systems) deve fazer barulho com o sistema de corte digital Kongsberg Ultimate, voltado para o papelão ondulado, e com a nova célula robô de sete eixos, possibilitando maior rendimento com o emprego de vários paletes e sistemas de corte.

KURZ

O novo sistema de enobrecimento digital DM-Maxiliner 3D é a aposta da Kurz para a Drupa, ao lado dos novos filmes para hot stamping e cold stamping, mais finos e sustentáveis. A empresa apresentará ainda seu novo portal, no qual os clientes poderão experimentar cores e texturas em peças tridimensionais.

LANDA

O próprio Benny Landa, pioneiro da impressão digital no final da década de 1970 e desenvolvedor da impressão nanográfica há 21 anos, participou da conferência para anunciar as duas novas impressoras da Landa Digital Printing, S11 e S11P. Com velocidade de 11.200 folhas por hora, as máquinas lançam mão da inteligência artificial para garantir ajuste perfeito tanto na impressão comercial quanto de embalagens.

MANROLAND/GOSS

Em sintonia com o movimento de substituição do plástico pelo papel, a Manroland/Goss mostrará a impressora offset rotativa Varioman, que promete menor custo de produção e alta produtividade, proporcionando redução de custo por cópia.

MIRACLON

A Miraclon levará para a Drupa as inovações promovidas nas soluções para chapas flexográficas, entre elas o processador Flexcel NX Ultra 42, os novos kits de lâmpadas LED Shine, e uma prévia da próxima geração das chapas Flexcel NX.

RICOH

Apostando suas fichas na prevalência da tecnologia jato de tinta, a Ricoh exporá pelo menos quatro impressoras digitais, entre elas a Ricoh Pro Z75, com alimentação de folhas soltas, formato B2, impressão frente e verso automática e tinta base d’água.

Mais de 60 jornalistas, de 33 países, foram convidados para conhecerem, em primeira mão, algumas das novidades da Drupa 2024

Fespa Digital Printing 2024 movimenta R$ 185 milhões

Com uma área de exposição 20% maior do que no ano passado, a feira registrou recorde de público, atraindo 24.080 visitantes únicos para o Expo Center Norte, em São Paulo.

s primeiras metas traçadas pela APS Eventos Corporativos foram alcançadas meses antes da Fespa Digital Printing 2024 abrir suas portas. A mais expressiva foi o aumento em mais de 20% na área de exposição, além de recordes em novos expositores e taxa de renovação dos espaços ainda durante a feira, voltada à comunicação visual e impressão digital. A audiência também superou expectativas, com 24.080 visitantes circulando pelos corredores da Fespa, contra 21.000 em 2023. Os mais de 150 expositores relataram uma estimativa de geração de negócios na faixa de R$ 185 milhões.

Alexandre Keese, diretor comercial da APS, celebra: “a Fespa Digital Printing 2024 foi histórica! Quebramos todos os recordes em mais

de 11 anos de Fespa no Brasil e mostramos aos líderes da indústria que nosso mercado é inovador e repleto de caminhos. Saímos muito satisfeitos e com todos os pensamentos voltados em como podemos novamente surpreender em 2025, agregando novas aplicações e segmentos ao nosso evento”.

Keese destaca também o posicionamento da Fespa brasileira em relação às edições promovidas ao redor do mundo. “Somos, há muitos anos, a Fespa que registra o maior público por metro quadrado. Agora, somos também, por dois anos consecutivos, a feira com o maior número de visitantes como um todo.”

Neil Felton, CEO da Fespa, esteve no Brasil e ficou impressionado: “a feira está incrível, maior e repleta de profissionais fazendo

negócios por todos os lados. Este é resultado do trabalho do time da APS e de um momento positivo da indústria”.

Desde sua primeira edição no Brasil, a APS Eventos e a Fespa possuem a preocupação em transmitir conhecimento e informações para a comunidade da impressão, visando uma indústria mais forte e que tenha as melhores ferramentas para tomar decisões acertadas em cenários desafiadores.

Sucesso nas últimas edições, a Ilha da Sublimação teve casa cheia em todas as palestras e bateu novos recordes de participantes, tratando tanto das recentes técnicas para produção de personalizados, quanto de novos conceitos de gestão, como o pensamento comercial aguçado e o cuidado com as redes sociais.

O Espaço 3D Fab Lab evoluiu e condensou novos tópicos da impressão 3D e como ela se adequa ao mundo da impressão digital e comunicação visual. As palestras da Arena Maker atraíram atenção para novos materiais e até uma área prática foi criada.

Estreia na Fespa Digital Printing 2024, a Fábrica de Camisetas atraiu profissionais interessados em compreender como a impressão digital têxtil vem evoluindo nos últimos anos. Outra ação foi o apoio ao Projeto Circule um Livro, da Abigraf e Ibá. Na entrada da feira, os visitantes doaram livros para a iniciativa que roda o Brasil com o objetivo de incentivar a leitura.

O tema da próxima edição já foi escolhido: inspiração que gera negócios. A feira ocorrerá de 17 a 20 de março de 2025, novamente no Pavilhão Azul do Expo Center Norte.

◀ Sempre uma grande atração, a Ilha da Sublimação teve lotação máxima em todas as palestras

▼ O estande da Abigraf/Sindigraf‑SP abrigou os parceiros Fiesp/ Sala de Crédito, Sebrae, Senai Theobaldo De Nigris e Barueri, Blendpaper e Lisboa Turismo

OBRAS DE ARTE SORTEADAS NO ESTANDE DA ABIGRAF

O artista Enrique Rodriguez presenteou a Abigraf com quadro que fez para a entidade: (E/D) Julião Flaves Gaúna, presidente da Abigraf Nacional; Plinio Gramani, editor da Revista Abigraf; o artista; e João Scortecci, presidente da Abigraf‑SP

O estande da Abigraf na Fespa contou neste ano com mais um atrativo, o sorteio de quatro obras do artista plástico chileno Enrique Rodriguez, criador da técnica de arquitetura em papel. Autor do trabalho que ilustra a capa da edição 319 da Revista Abigraf, Enrique doou os quadros para serem sorteados na feira, além de presentear a Abigraf com uma de suas peças. A Abigraf sorteou também a escultura de um urso em papel, criada pela artista Aline Silva, embaixadora oficial do papel Colorplus, fabricado pela Blendpaper.

Por: Evanildo da Silveira

Priscell comemora 40 anos com crescimento

Fabricante brasileira de equipamentos registra aumento de 15% no faturamento do primeiro trimestre deste ano.

o completar quatro décadas de atividade, a Priscell Indústria e Comércio, fabricante de sistemas para aplicação de adesivos, tem pelo menos mais um bom motivo para comemorar. Nos três primeiros meses deste ano, o faturamento da empresa cresceu cerca de 15% em comparação ao mesmo período de 2023. “Acredito que vamos manter esse ritmo de crescimento sobre o ano passado, atendendo os clientes que pedem o nosso apoio com a certeza de que também irão se desenvolver em 2024”, diz o engenheiro Carlos Carrizo Prisco, presidente da empresa.

Com sede no distrito da Lapa, na cidade de São Paulo, a Priscell foi fundada em abril de 1984. “Por mais de duas décadas, a empresa foi a única fabricante de aplicadores hotmelt da América Latina”, orgulha-se Prisco. “Hoje contamos com 25 colaboradores e, em função das necessidades dos clientes, não produzimos apenas aplicadores de adesivos, mas também sistemas de automação sob medida.”

De acordo com o executivo, esses sistemas incluem as áreas de armação e fechamento de caixas, paletização ou unitização, aplicação de adesivos para a fabricação de fraldas e absorventes, colchões e outros produtos de espuma. “Nosso mercado de atuação é extremamente amplo”, conta Prisco. “Atendemos grandes empresas de várias áreas industriais, como automotiva, moveleira, alimentícia, farmacêutica, gráfica e de embalagens. Isso também inclui todo e qualquer uso relacionado a processos de embalagem, armazenamento e construção, que utilizem a colagem.”

NOVOS PRODUTOS

O empresário destaca dois equipamentos que a Priscell lançou em 2023 e no começo deste ano. Um deles é um aplicador de adesivos a frio, com

sistema de refrigeração incorporado, que evita a secagem do produto nos bicos ejetores e os seus entupimentos, para o qual a empresa já requereu patente. O outro é um sistema completo para armação e fechamento de caixas de sorvete de cinco, sete e 10 litros, com aplicação de adesivos hotmelt e a frio.

Prisco explica que, em função da entrada no mercado de equipamentos sob medida, foi preciso atualizar os conhecimentos da equipe de engenharia e montagem da empresa. “Nessas condições, houve a necessidade de domínio de tecnologias que antes a Priscell não utilizava.” Em seguida, complementa: “Em constante inovação, criamos equipamentos exclusivos que se adaptam à linha de produção dos clientes, de acordo com os padrões ISO 9001/2015. Ao longo de vários anos de trabalho, milhares de máquinas foram vendidas para os mais diversos setores do mercado”.

Apesar do bom desempenho da empresa, do crescimento registrado no primeiro trimestre e das expectativas positivas para o restante do ano, Prisco não se mostra satisfeito com o que está acontecendo no mercado de máquinas. “O setor está estagnado há cinco anos. Algumas das grandes empresas com as quais trabalhamos atualmente demandam consertos e reformas. Como já instalamos cerca de cinco mil equipamentos no mercado, a Priscell é procurada para fazer essas manutenções. Todo dia chegam clientes solicitando peças ou pedindo para fazer reformas, limpeza ou consertos em suas máquinas. Isso tem nos ajudado a impulsionar os negócios.” Mas o que realmente preocupa o empresário é a desindustrialização verificada no nosso país.

PRISCELL www.priscell.com.br

Caixa de sorvete, que utiliza o sistema de armação e fechamento exclusivo da Priscell com aplicação de adesivos hotmelt e a frio.
Carlos Carrizo Prisco, presidente da Priscell

Com 25 anos de história e tradição, a Leograf é referência em tecnologia e inovação na indústria gráfica.

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A Corprint tem um compromisso com a inovação e modernidade , para sempre entregar os melhores produtos para os nossos clientes no menor prazo.

Nesse cenário, estamos sempre investindo em equipamentos para atualização do parque industrial, investimentos para redução de mão de obra e investimentos em novos produtos.

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Leograf, 25 anos em transformação

“NSempre em movimento, gráfica paulista comemora data encerrando um ciclo de investimento que objetiva maior flexibilidade na produção.

ós vendemos satisfação e felicidade”. Essa afirmação, que Fabio Gabriel dos Santos, diretor da Leograf Gráfica e Editora, repete em tom de brincadeira para suas equipes, resume as mudanças pelas quais a gráfica paulista passou ao longo de sua trajetória. Se no início a meta era a excelência em qualidade de impressão e o rigoroso cumprimento dos prazos de entrega, hoje é a realização dos desejos dos clientes de forma ampla. Tem sido assim já há algum tempo, com a empresa desdobrando-se para se ajustar às novas demandas.

Foi justamente por enxergar no momento econômico favorável e na proximidade com a tecnologia a chance para empreender no universo da impressão, que Fabio Gabriel e mais três empresários decidiram criar a Leograf, em 1999. Fabio fazia parte do time de vendas da Gutenberg, então representante da Heidelberg no Brasil, e uniu-se a Antônio Eugênio, Antônio Soares e Antônio Varella na estruturação de uma gráfica voltada aos segmentos comercial, editorial e promocional.

Nascia assim uma gráfica dedicada à inovação e muito atenta aos movimentos do mercado, pronta para caminhar junto com os clientes. Com um quadro de 80 funcionários e duas impressoras offset, a Leograf instalou-se na Freguesia do Ó, bairro da região norte da capital paulista, e em pouco tempo começou a se destacar em função da qualidade da pós-impressão, sobretudo em se tratando de peças mais complexas.

A GRANDE EVOLUÇÃO

Em 25 anos, os 80 colaboradores viraram 400; os 4.500 m² da Freguesia saltaram para

(E/D) Os diretores Fabio Gabriel dos Santos, Antônio Eugênio M. Cabral  e Antônio Soares Gomes

26.500 m² em Osasco, na Grande São Paulo; e as duas offset se transformaram em mais de 80 castelos de impressão. Isso sem contar a expansão das atividades do Grupo Leograf para outras áreas como gestão de dados, logística, comunicação visual e baixas tiragens.

A empresa encerra agora mais um ciclo de atualização tecnológica. Iniciado em 2022, o plano visa tornar a produção ainda mais flexível, versátil o suficiente para atender com a mesma presteza clientes que a procuram para fazer livros, catálogos ou peças de sinalização. Até o final de maio, a gráfica terá recebido nada menos que quatro impressoras offset (duas oito cores, uma seis cores e uma bicolor), em substituição a equipamentos antigos. O acabamento foi igualmente incrementado com novas dobradeiras e uma linha de corte e vinco automática. Os colaboradores não ficaram de fora desse movimento, mantendo a reciclagem do conhecimento intensificada durante a pandemia de covid-19.

Atualmente, cerca de 80% do faturamento da Leograf vem do segmento comercial e editorial. Nesse sentido, destacam-se os catálogos, cuja procura vem crescendo desde 2021 e está calcada, segundo Fabio Gabriel, na credibilidade do impresso. “Tudo havia migrado para a internet, porém o volume de fraudes e sites enganosos tem alimentado a volta dos catálogos. Por meio de QR Codes, eles são a porta de entrada do consumidor para uma compra online segura.” E o retorno tem sido em grande estilo, com peças de alto valor agregado, com o uso de recursos de enobrecimento e papéis especiais.

“Estamos otimistas em relação ao segundo semestre, certos de que a Leograf fechará mais um ano com crescimento no faturamento.

Iremos à Drupa com um olhar curioso e a mente focada na flexibilidade”, diz o empresário. No final da conversa, pedimos que Fabio diga o que sente ao pensar aonde a empresa chegou em 25 anos: “é interessante ver o quanto o mercado nos fez mudar e eu só tenho a agradecer pelas oportunidades que nos foram apresentadas”. Ao que acrescentamos: “e que vocês souberam aproveitar e devolver ao mercado na forma de soluções inovadoras”.

LEOGRAF www.leograf.com.br

Ondas Impressas agora também é vodcast

Formato marca o início da quinta temporada com gravação ao vivo direto da Fespa Digital Printing.

Com o objetivo de ampliar a conexão e a interatividade com os profissionais que atuam no universo da impressão, as conversas entre a jornalista Tânia Galluzzi e o consultor Hamilton Costa e seus convidados podem agora ser assistidas pelo YouTube. A gravação do primeiro episódio de 2024 foi inclusive feita ao vivo, durante a Fespa Digital Printing, realizada entre os dias 11 e 14 de março em São Paulo.

O formato vodcast nada mais é do que o conteúdo em vídeo do que é produzido em áudio. E assim foi com as entrevistas realizadas na Fespa para discutir as tendências tecnológicas nos mercados de comunicação visual e impressão digital. Participam desse bate-papo Arnaldo Peres,

diretor comercial da Neoband (SP), Wesley Ferreira, diretor comercial da Firstweb (Jundiaí), e Marcelo Giovanelli, diretor da Print e Arte (RJ), e criador do canal Minha Gráfica Rápida. Juntos, eles mergulham em temas como a evolução da impressão DTF (direct to film) e DTG (direct to garment), estratégias para conquistar novos mercado e os segmentos mais atraentes hoje.

O EP2, lançado em 10 de abril, traz a história da Papel Semente, que há 15 anos produz, a partir da reciclagem, papel artesanal com sementes em sua composição, dentro do conceito de lixo zero. Andréa Carvalho, sócia e cofundadora da empresa, fala da trajetória da Papel Semente, dos desafios iniciais até a exportação para a Europa. Andréa, que já trabalhava com reciclagem, aborda a decisão de ampliar o escopo do negócio, agregando a impressão digital e criando toda uma linha de produtos, cujo carro-chefe são as tags para a indústria têxtil. Ela explica o processo produtivo, as características da impressão no papel semente, ressaltando as iniciativas no

sentido de elevar continuamente a qualidade do produto visando o mercado gráfico.

Na mesma linha de abordar o esforço da indústria em responder à demanda por produtos que agridam menos o meio ambiente, o programa seguinte fala de um novo autoadesivo desenvolvido pela Avery Dennison em parceria com a Vitopel e a Wise. Com a presença de Renato Rafael, gerente de produto para a América Latina da Avery Dennison, Monica Telfser, gerente de desenvolvimento de novos produtos na Vitopel, e Luis Franchin, gerente de contas da Wise, o episódio detalha o processo de desenvolvimento do novo autoadesivo, os desafios vencidos pelas três empresas e o impacto dessa inovação no mercado de embalagens.

Além do vodcast, os programas continuam a ser disponibilizados também como podcast nas principais plataformas de streaming de áudio: Spotify, Amazon Music, Apple Podcasts, Google Podcasts, Deezer, Overcast e Stitcher. E também no site: www.ondasimpressas.com.br.

A cada quatro anos, a Messe Düsseldorf seleciona e convida experts da indústria gráfica mundial para elaborar um artigo, nas suas especialidades, contendo alguma referência alusiva à Drupa. Pela primeira vez, foi convidado um latino-americano, o consultor brasileiro

Hamilton Terni Costa, cujo texto publicamos aqui. O texto original, em inglês, pode ser visto em: https://www. drupa.com/en/Media_ News/drupa_blog

Liberando o poder de serviços avançados na Drupa 2024

Já se foi o tempo em que as gráficas e convertedores se concentravam exclusivamente em imprimir produtos tangíveis. A indústria está testemunhando uma mudança de paradigma à medida que as empresas adotam serviços avançados que vão além dos domínios convencionais. Imagine uma gráfica ou convertedor que não apenas fornece impressões de alta qualidade, mas também se integra perfeitamente às operações de seus clientes, otimizando processos e reduzindo custos. Novos modelos de negócios são apenas um dos muitos conteúdos que você encontrará na Drupa 2024.

A principal responsabilidade de uma gráfica atualizada é produzir impressões de alto nível por meio da utilização de maquinário de última geração, equipe competente, padronização de processos e fluxos de trabalho integrados, tudo adaptado para atender às necessidades exclusivas dos clientes. No entanto, os desafios crescentes da redução do volume de impressões e das exigências dinâmicas do mercado estão aumentando a concorrência, resultando muitas vezes na diminuição dos lucros. Muitas gráficas estão descobrindo que enfrentar esse desafio envolve não apenas aumentar a produtividade por meio de atualizações tecnológicas e reduzir desperdícios, o que

HAMILTON COSTA
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normalmente é essencial. Estão também adotando uma abordagem transformadora, indo além da mentalidade tradicional do processo de impressão para se integrarem nos processos empresariais dos clientes como fornecedores de soluções abrangentes.

Apesar das gráficas serem referidas como prestadoras de serviços de impressão e não como fabricantes, muitas delas são de fato fabricantes, especialmente aquelas envolvidas no segmento de embalagens. Na verdade, a maioria das gráficas é centrada no produto priorizando produtos em vez de serviços  , embora ofereçam serviços tradicionais até certo ponto, como verificação de arquivos, impressão de provas, mock-ups e melhorias de design.

O termo “serviço” pode ser interpretado de diversas maneiras. Pode denotar uma ação bem executada (“sua entrega foi no prazo, bom serviço”) ou referir-se a uma atividade (design, controle de qualidade, atendimento).

Serviços avançados são aqueles que substituem ou melhoram processos críticos de negócios dos clientes, ajudando-os a reduzir custos ou a gerar novos fluxos de receitas. Ao contrário dos serviços tradicionais de valor agregado, os serviços avançados envolvem trabalhar em estreita colaboração com os clientes com base em contratos de longo prazo ou implementar soluções amplamente utilizadas pelos mesmos nos seus negócios.

SERVIÇOS AVANÇADOS SÃO AQUELES QUE

SUBSTITUEM OU

MELHORAM PROCESSOS

CRÍTICOS DE NEGÓCIOS

DOS CLIENTES,

AJUDANDO-OS A

REDUZIR CUSTOS OU A GERAR NOVOS FLUXOS DE RECEITAS.

O serviço está no centro da economia atual, à medida que os fabricantes passam de centrados no produto para centrados no serviço. Essa transição envolve oferecer produtos como serviços ou desenvolver serviços a partir de seus produtos, realizando uma transformação interna e uma mudança de mentalidade nas organizações industriais tradicionais, conhecida como processo de servitização.

Esta mudança não é inteiramente nova. Em fevereiro de 2014, o relatório Drupa Global Trends afirmou: “A indústria gráfica está no meio de uma transição de uma indústria orientada para os produtos, para uma indústria orientada para os serviços. É clara a procura de novas soluções e modelos de negócio que reflitam melhor as necessidades dos clientes.”

Embora possamos nos referir a uma gráfica como prestadora de serviços, as organizações verdadeiramente centradas em serviços devem incorporar novas camadas nesse sentido para conservar as suas capacidades de produção. Precisam desenvolver os chamados serviços avançados, que apresentam novas oportunidades e fluxos de receitas rentáveis e contínuos.

A Antilhas, fabricante brasileira de embalagens, gerencia meticulosamente todas as operações logísticas das cadeias de suprimentos de diversas franquias de marcas. Ela auxilia seus clientes em todas as etapas, desde a conceituação e design até o armazenamento e entrega nacional das embalagens de vendas para cada loja franqueada. Indo além da mera logística, a empresa mantém comunicação direta com todas as lojas franqueadas licenciadas, atendendo com eficiência os pedidos e auxiliando os franqueadores na previsão de vendas. Com uma infraestrutura logística abrangente instalada, ela amplia seus serviços para distribuir produtos a outros clientes, alavancando seu amplo alcance de mercado. Seu modelo de negócios inovador permite que os clientes agilizem os processos de desenvolvimento e distribuição de embalagens, terceirizando-os. Além disso, a Antilhas prioriza os processos de produção gráfica, investindo consistentemente em tecnologia de ponta e em pesquisa e desenvolvimento, e, notavelmente, detém patentes mundiais em impressão flexográfica, demonstrando o seu compromisso com a excelência. Embora ofereçam uma gama diversificada de produtos, eles continuam focados em fornecer soluções de serviços avançadas, em vez de servir apenas como impressores de embalagens. É sempre uma tarefa desafiadora desenvolver um novo mercado de impressão, especialmente se o abordarmos pela perspectiva de fabricantes de produtos e não de prestadores de serviços avançados. Vejamos, por exemplo, o mercado de papel de parede na indústria decorativa. Tradicionalmente, ele é vendido em lojas

de departamentos e de decoração, e normalmente produzido por meio de impressão em rotogravura em grande volume. No entanto, com o avanço da impressão digital, surgiram novas oportunidades para papéis de parede personalizados. Essas ofertas estão disponíveis em sites especializados, permitindo que os clientes cocriem ou escolham opções preconcebidas. Foi dentro desse contexto, que a Criativando gráfica que nasceu como startup em Bassano, cidade com 9 mil habitantes no Rio Grande do Sul se identificou e direcionou sua atuação a clientes específicos no mercado de papel de parede. Ela construiu um negócio inteiro em torno disso, baseado em serviços avançados. Inicialmente apoiada por empresas de capital de risco, depois de desenvolver o seu modelo de negócio e conceitos, agora abastece todo o País. Continua a se expandir oferecendo produtos atrativos relacionados ao mercado decorativo, incluindo projetos completos para ambientes individuais, residências inteiras ou escritórios, incluindo móveis.

e lojas  , promovendo relacionamentos de longo prazo e agregando valor significativo ao longo do tempo.

A DRUPA 2024 OFERECE

UMA EXCELENTE

OPORTUNIDADE PARA MERGULHAR EM NOVOS MODELOS DE NEGÓCIOS E FAMILIARIZAR-SE COM SERVIÇOS DE PONTA . UMA VERDADEIRA EXPLOSÃO TECNOLÓGICA , CATALISANDO A TRANSFORMAÇÃO DA INDÚSTRIA.

Sua clientela é composta principalmente por arquitetos, cujos clientes são pessoas físicas de alta renda. A Criativando desenvolveu uma plataforma onde mais de 6.000 arquitetos (entre 100.000 cadastrados) podem desenvolver seus projetos com o apoio de uma equipe especializada. Eles têm a opção de escolher ideias preconcebidas ou criar projetos totalmente personalizados. Para dar vida a esses projetos, a Criativando colabora com 17 gráficas franqueadas localizadas em todo o Brasil. Um sistema de geolocalização na plataforma atribui o projeto à impressora mais próxima. Essas gráficas franqueadas utilizam impressoras de grande formato, padronizadas com matéria-prima fornecida pela Criativando. Os designs de papel de parede podem incluir recursos como Realidade Aumentada ou aromas específicos, melhorando a experiência geral.

Sua plataforma serve como base dos serviços avançados que oferecem aos seus clientes arquitetos, designers de interiores, decoradores

Há um número crescente de gráficas em todo o mundo que oferecem serviços avançados ou estão explorando oportunidades neste campo. Na América Latina, vários outros exemplos incluem a Mariscal, no Equador, especializada no desenvolvimento de projetos para seus clientes; a Cadena, na Colômbia, que não só fornece impressão transacional, mas também oferece sistemas digitais de folha de pagamento e faturamento; a Litoplas, no México, conhecida por suas soluções inovadoras de embalagens para seus clientes; e a Meta Brasil, com sede em São Paulo, que desenvolveu a plataforma UmLivro. Esta plataforma permite a venda e impressão de livros de editoras de todo o mundo, diretamente para a Amazon e outras livrarias digitais, bem como para livrarias e consumidores finais.

A Drupa 2024 oferece uma excelente oportunidade para mergulhar em novos modelos de negócios e familiarizar-se com serviços de ponta. A exposição funciona como uma verdadeira explosão tecnológica, catalisando a transformação da indústria. Os fóruns especiais drupa cube e drupa DNA, entre outros, funcionam como um centro de discussão para tendências e ideias inovadoras, hospedando apresentações e facilitando conexões entre pessoas que têm o potencial de inspirar novas abordagens que vão além da impressão. Ao aproveitar a impressão como base, os participantes podem cultivar um portfólio abrangente de serviços adaptados para atender às diversas necessidades dos clientes. Hamilton Terni Costa hterni@anconsulting.com.br www.anconsulting.com.br www.ciglat.com Podcast Ondas Impressas

www.bmfgrafica.com.br www.bmfgrafica.com.br

Do PDF para a IA Digitalizar com propósito, uma forma inteligente de inovar

Gerenciar operações comerciais e de produção por meio de soluções digitais de fluxo de trabalho representa hoje um imenso potencial de geração de valor nas empresas gráficas. Consequentemente, uma prioridade da gestão de topo é implementar sistematicamente a integração e a automatização de processos.

Permita-me, leitor, um minuto para um registro ilustrativo. Eram os primeiros anos do segundo milênio e ainda tenho viva a lembrança do meu primeiro encontro com um fluxo de trabalho digital de pré-impressão e da sensação de vertigem que a transformação dos processos

gráficos que tive à minha frente produziu em mim. Participava então, com um grupo de profissionais gráficos e jornalistas especializados, de um contato de forma experiencial com a primeira versão do Apogee X, um dos primeiros fluxos baseados em PDF, na sede da Agfa em Mortsel, na Bélgica.

A partir de uma estação de trabalho equipada com interface gráfica amigável, um único operador qualificado em processos gráficos e atendimento ao cliente utilizava aquela solução de fluxo de trabalho para processar os arquivos recebidos do cliente, revisá-los e preparar uma prova de cores impressa calibrada (a

CARLOS SILGADO BERNAL

prova em tela ainda era insegura), enviar para o cliente, obter sua aprovação por e-mail, aplicar a imposição e o trapping e proceder à produção de placas no então novíssimo sistema computer-to-plate, CtP. Tudo isso para levar as chapas até a gráfica, acompanhadas de quê? Acompanhadas de dados! De um perfil de tinta codificado que uma máquina de impressão offset compatível com eles usaria para pré-ajustar de forma automatizada a cor em cada corpo impressor. Na área de impressão, se as pessoas seguissem processos padronizados, as primeiras folhas comercializáveis poderiam ser produzidas em uma impressora multicolorida, na maioria dos pedidos com menos de uma dúzia de folhas desperdiçadas!

NOVOS PROBLEMAS

A maior parte do pessoal que habitualmente trabalhava nessa área na década anterior, com exceção dos designers, ficou redundante. A fotomecânica tradicional e suas operações manuais cansativas e repetitivas haviam desaparecido, e tinha chegado a hora do preflighting, dos arquivos prontos para impressão e dos perfis de cores. E com eles chegaram novos problemas: a compatibilidade de dados e processos, a necessidade de protocolos padronizados e a interatividade de equipamentos e máquinas na prática.

Isso nos leva ao cerne da questão deste artigo. A história que queria compartilhar uma experiência vivida, tenho a certeza, por milhares de profissionais gráficos em todo o mundo é no sentido de reconhecer que, com a digitalização em ascensão em todas as atividades, a gestão e investimento nas ferramentas de fluxo de trabalho digital apropriadas para cada empresa desempenha um papel central para o sucesso empresarial.

Sem dúvida, não se automatiza, “automaticamente”, por “default ”. Não existem atalhos. Automatizar significa gerenciar projetos, reconstruir processos com meios digitais e liderar mudanças organizacionais. Ademais, embora em teoria todas as ferramentas digitais contribuam para a melhoria da produtividade, se a sua implementação não estiver ao serviço do negócio principal da empresa podem ter um impacto limitado, constituir um custo elevado e não contribuir para a criação de vantagens competitivas autênticas.

Descrevo algumas destas últimas situações. Considere o caso de uma gráfica de médio porte que possui um sistema CtP e, portanto, tem

a possibilidade de utilizar os dados de confecção de chapas como dados para pré-ajuste de tinta na impressora offset e, ainda assim por qualquer motivo  , não integra esses dados no processo de impressão: quanto isso representa, anualmente, em aumento de tempo de setup e desperdício de folhas? Resposta: custa uma fortuna. Um programa de contabilidade, por exemplo, é uma ferramenta útil, mas está integrado ao sistema de custos? Um módulo de cotação também é uma ferramenta útil; todavia, está integrado com as informações de pós-custeio que vêm da fábrica e pode gerar ordens de produção online, caso o pedido seja aprovado pelo cliente? Em demasiados casos, a direção da gráfica deixou a gestão destes processos nas mãos de terceiros, ou seja, a área de sistemas dentro da empresa, e limitou a sua visão à aquisição de licenças. Mas, com o nível de desenvolvimento tecnológico da indústria gráfica, persistir nesta atitude pode representar uma grave falta de perspectiva e tornar-se um erro fatal.

ADOTE UM MODELO APROPRIADO

COM A DIGITALIZAÇÃO EM

ASCENSÃO EM TODAS AS ATIVIDADES, A GESTÃO E INVESTIMENTO NAS FERRAMENTAS DE FLUXO DE TRABALHO DIGITAL APROPRIADAS PARA CADA EMPRESA DESEMPENHA UM PAPEL CENTRAL PARA O SUCESSO EMPRESARIAL.

Não pretendo convidá-lo a desenvolver soluções próprias, modelo excessivamente caro para a maioria das empresas. É necessário um modelo intermediário combinando em um projeto a gestão das áreas que precisam ser otimizadas, com base na proposta de valor da empresa, com as oportunidades de digitalização oferecidas pelos parceiros tecnológicos da indústria. Menciono abaixo apenas algumas dessas oportunidades, para estimular a ação dos profissionais gráficos. Irei do simples ao complexo.

Na produção offset, o cálculo automático de esquemas de imposição, incluindo os casos de múltiplas versões e diferentes quantidades, é uma operação crítica que garante o rigor e a qualidade dos processos de pré-impressão e a rentabilidade da impressão. Pois bem, há o Apogee v13, da Eco3, para apoiar o processo e não é esta a única solução disponível no mercado. Existe um potencial para maximizar a produção de uma impressora offset moderna em números tão incríveis como aumentos anuais

de 20% e impactos ainda maiores na rentabilidade, mas é impossível atingir esse resultado na impressora sem racionalizar toda a cadeia produtiva. Nesse sentido, o Prinect Production, da Heidelberg, dá suporte à continuidade do fluxo de pedidos com base em dados precisos e um menor número de alterações. Contudo, não há somente ele. Outros fornecedores de tecnologia de impressão têm soluções similares, que dependem das suas próprias arquiteturas de sistemas.

A INTELIGÊNCIA

ARTIFICIAL DEU LUGAR A RECONSIDERAÇÕES PARA ALÉM DO ENTUSIASMO

INICIAL , À MEDIDA QUE AS EMPRESAS PERCEBERAM

QUE CAPTURAR O SEU ENORME VALOR POTENCIAL É MAIS DIFÍCIL DO QUE O ESPERADO.

Quando se trata da conversão de embalagens, muitas vezes é necessário considerar as necessidades de diferentes técnicas de impressão: flexográfica, offset e digital. A Automation Engine, da Esko, automatiza a aplicação dos parâmetros dos diferentes processos aos arquivos originais, dando-lhes o curso de saída específico, e ela não é a única solução que se encontra no mercado. Na personalização de alto impacto de rótulos e embalagens que cria variações ilimitadas de um padrão de design, mantendo o controle sobre a identidade visual da marca, as ferramentas de impressão de dados variáveis HP SmartStream Mosaic and Collage funcionam como plug-in no Adobe InDesign e no Adobe Illustrator, entre outras soluções existentes. Em se falando de comunicação multicanal personalizada, o impresso mantém um papel fundamental, seja nas publicações editoriais ou nas aplicações comerciais e de marketing crossmedia. Neste domínio, a integração em tempo real dos processos nos pontos de contato, sejam eles impressos ou digitais, é indispensável, pois dela depende em grande medida o sucesso das campanhas. É o caso da XMPie, unidade de negócios de software da Xerox para gerenciar o design, os dados e a lógica da experiência do cliente, e não é a única solução no mercado.

CONCLUSÃO: DIGITALIZE COM PROPÓSITO O acesso a funcionalidades automatizadas na indústria gráfica está cada vez mais fácil. A compra de suítes grandes e caras, proibitivas para a maioria das empresas, ficou para

trás. Os provedores de tecnologia agora contam com módulos e soluções especializadas na nuvem que podem ser adquiridos por assinatura e até baixados gratuitamente nos primeiros ciclos de uso.

Seria interminável continuar mencionando todas e cada uma das oportunidades que podem se tornar funcionalidades automatizadas: as plataformas de colaboração com clientes, o web-to-print, os fluxos para saída da impressão convencional e digital, o acesso às inovações dos trabalhos, a documentação da qualidade, a pré-produção de embalagens, o pós-custeio em tempo real, as embalagens como instrumentos de marketing conectados à internet. Sem falar da IA, a inteligência artificial, que ainda está na sua infância e impactando cada setor social, econômica e cultural e que, no entanto, deu lugar a reconsiderações para além do entusiasmo inicial, à medida que as empresas perceberam que capturar o seu enorme valor potencial é mais difícil do que o esperado. Como mencionei, não existem atalhos.

E transformar estas funcionalidades numa vantagem competitiva passa pela criação de capacidades organizacionais e tecnológicas para inovar, implementar e melhorar, reconfigurando o negócio.

Portanto, relativamente ao tema que aqui nos interessa inovação através da digitalização e automatização com propósito há um passo anterior: compreender o estado atual da transformação digital da empresa (a compatibilidade ou incompatibilidade dos fluxos de dados e processos, a interconectividade dos equipamentos, a capacidade das redes e o nível de capacitação do pessoal, entre outros fatores), detectar as áreas de melhoria que criam vantagens competitivas e estabelecer projetos de gestão da inovação, dotados de gestor e orçamento, e apoiá-los para que a transformação digital avance. Começando, talvez, com pequenos projetos, de seis meses, um ano, em vez de empreender ideias grandiosas.

Às portas da Drupa 2024, cabe uma sugestão: não olhemos apenas para as máquinas, vamos dedicar uma parte significativa do tempo aos avanços nas soluções digitais de fluxo de trabalho. Porque, olhando para o futuro, grande parte do potencial de criação de valor das empresas gráficas reside nestas últimas.

Carlos Silgado Bernal Especialista em processos gráficos

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O que os consumidores realmente pensam sobre embalagens?

Aúltima Drupa presencial ocorreu há sete anos, e a indústria de embalagens e o mundo mudaram drasticamente desde então. Uma pandemia, uma crise econômica global, uma guerra na Europa e os efeitos cada vez mais óbvios do aquecimento global, que se tornam cada vez mais claros, modificaram o panorama da indústria de forma acentuada. Nesse contexto, como mudaram e evoluíram as atitudes dos consumidores em relação às embalagens? Falamos com dois especialistas do setor para saber mais. Recente relatório da pesquisa de mercado desenvolvida na Europa pela respeitada agência internacional Mintel, sob o título Perspectiva Global sobre Sustentabilidade: um Estudo do Consumidor 2023, analisa em profundidade as mudanças nos valores e comportamento dos consumidores em relação à sustentabilidade.

CONCENTRE-SE NA

FUNCIONALIDADE DA EMBALAGEM

Questionado sobre as principais prioridades que os consumidores têm em relação às embalagens, o autor do relatório, Richard Cope, salienta que, embora a sustentabilidade seja importante, outros fatores, como a eficácia da embalagem, têm maior preponderância. “Em nossas pesquisas, os consumidores classificaram a familiaridade com a marca e a qualidade percebida do produto como os dois pontos mais importantes. O primeiro aspecto citado sobre a embalagem em si foi a proteção do produto, ficando em terceiro lugar, e as embalagens recicláveis e de origem sustentável vieram em seguida.”

Cope observou uma crescente firmeza nas respostas ao longo dos últimos três anos enquanto fazia pesquisas para o relatório. “A proporção de pessoas que citam a eficácia das embalagens como o tópico mais importante está

ELISABETH SKODA

aumentando mais do que a proporção de pessoas que pedem embalagens sustentáveis ou recicláveis. O foco principal é que a embalagem desempenhe sua função fundamental, protegendo o produto em seu interior.”

Nataliya Malhanova, diretora de Inovação e Marketing do Grupo de Materiais de Comunicação Emena, da Avery Dennison, sublinha o fato de que o produto e a embalagem devem, acima de tudo, cumprir a sua função principal. “Só depois disso vem a conveniência e a facilidade de uso, como acontece com a tendência de design de embalagens inclusivas. A sustentabilidade e o impacto que um produto e uma embalagem têm no meio ambiente é a peça final do quebra-cabeça. Num cenário ideal, encantamos os consumidores com embalagens seguras, atrativas, funcionais, fáceis de usar e sustentáveis.”

CUIDADO COM O EFEITO VALOR-AÇÃO

mas é importante que as marcas atentem para os princípios básicos e os valorizem antes de venderem a ideia da sustentabilidade.”

VINCULANDO O PRODUTO E O CONSUMIDOR

ETIQUETAS INTELIGENTES, QUE UTILIZAM

TECNOLOGIA RFID OU UM CÓDIGO QR IMPRESSO, PODEM AUMENTAR

A INTERAÇÃO DO CONSUMIDOR COM

UMA MARCA E ATÉ MESMO FORNECER

Quando entrevistadas, as pessoas tendem a dizer o que acham que o entrevistador gostaria de ouvir, e não o que realmente pensam. Este aspecto também ficou muito evidente quando os consumidores foram questionados sobre os seus hábitos de reciclagem de embalagens, explica Richard Cope. “Nas nossas pesquisas, 88% das pessoas disseram que não prejudicariam o meio ambiente, mas, quando questionadas se reciclaram no último ano, esse número caiu para cerca de 55%. Há um grande esforço por parte das marcas, empresas e governos em corrigir este descompasso”.

RASTREABILIDADE E TRANSPARÊNCIA NA

PEGADA DE CARBONO DE UM PRODUTO.

A rotulagem adequada pode ajudar a orientar os consumidores na direção certa quando se trata de descartar corretamente as embalagens, mas Nataliya Malhanova também acredita que é importante concentrar-se em garantir que as embalagens sejam criadas de acordo com as diretrizes do design ecológico e que a infraestrutura esteja sendo otimizada para coletar, classificar e reciclar diferentes tipos de embalagens de forma eficaz. “Um rótulo é um elemento pequeno, mas significativo, da embalagem. É um excelente canal de comunicação para chegar aos consumidores, explicar-lhes diferentes aspectos do design sustentável e incentivar o bom comportamento, em vez de confundi-los ou fazê-los sentirem-se culpados. Por que não substituir a afirmação “neutro para o clima” por informações mais significativas para os consumidores ou, em vez da mensagem “contém plástico”, orientar os consumidores sobre a melhor forma de reciclar uma embalagem? Vamos capacitar os consumidores para trabalharem conosco num futuro sustentável!”

O relatório da Mintel analisa quais são os pontos de sensibilização das pessoas e como usar técnicas de marketing e informação para atraí-las. “Sob a perspectiva da embalagem, a conclusão é que é fundamental fornecer informações claras e contextuais sobre como reciclar ou agir. Do ponto de vista de marketing, é importante lembrar de destacar em todas as caixas que o produto é de alta qualidade, adequado e atende sua função principal. Os consumidores se preocupam com a sustentabilidade,

As embalagens e, em particular, os rótulos são o ponto de contato entre as marcas e os consumidores, fornecendo informações sobre os produtos e transmitindo apelo nas prateleiras. Etiquetas inteligentes, que utilizam tecnologia RFID ou um código QR impresso, podem aumentar a interação do consumidor com uma marca e até mesmo fornecer rastreabilidade e transparência na pegada de carbono de um produto.

“Na Avery Dennison, estamos atualmente realizando testes piloto para usar uma etiqueta inteligente como comunicação de um ponto de prova da pegada de carbono de um produto específico. Usamos uma etiqueta inteligente e nossa plataforma conectada, Atma.io, para

monitorar a jornada de um produto desde a origem até o consumidor. A partir do rótulo de uma garrafa de vinho, por exemplo, o consumidor pode não só conhecer o vinho, mas também o impacto que esta garrafa de vinho tem no ambiente”, acrescenta Malhanova.

UM OLHAR DIFERENCIADO PARA EMBALAGENS

Uma função fundamental da embalagem é atrair a atenção na prateleira. Hoje, retratar uma imagem sustentável é igualmente importante para muitas marcas. Houve uma mudança sensível em relação à utilização do papel, especialmente nas áreas de beleza, tecnologia e alimentação. “Uma das razões para isso são as novas exigências que estão surgindo com a regulamentação do plástico”, explica Richard Cope. “Mas o que há é uma visão ampla por parte dos consumidores de que o papel é natural e não tem impacto no meio ambiente.”

Neste contexto, é importante confiar em fatos e números quando se olha para as embalagens, e as LCA (Life Cycle Assesment, Avaliação de Ciclo de Vida) podem desempenhar um papel importante. “As embalagens plásticas às vezes podem ter alguma vantagem quando se consideram somente os números, mas ainda têm má reputação junto aos consumidores. Há muitos anos que usamos plásticos sem prestar muita atenção em como descartá-los. Como resultado, a quantidade de plásticos no meio ambiente é enorme e os consumidores estão conscientes disso. É um tema muito sensível”, ressalta Nataliya Malhanova.

No entanto, não seguir os fatos e os números pode ter efeitos adversos na sustentabilidade global, quando as marcas são movidas pela

percepção do consumidor e não por aquilo que é objetivamente a embalagem mais sustentável. É por esse motivo que Nataliya alerta: “Precisamos de marcas ousadas e corajosas que escolham ou desenvolvam embalagens com base no ecodesign e não apenas na percepção do consumidor. É possível satisfazer as percepções dos consumidores escolhendo o papel, onde isso fizer sentido, com base nos princípios do design ecológico. Fatos e números podem ser usados para mostrar aos consumidores onde seja possível usar o plástico e onde é melhor mudar para materiais de embalagem alternativos ou soluções retornáveis. Mudar as percepções dos consumidores será difícil, mas precisamos ser ousados e fazê-lo onde for certo.”

LIDANDO COM A COMPLEXIDADE

O relatório da Mintel apresenta uma imagem clara ao mostrar que a maioria dos consumidores ainda não compreende as complexidades das embalagens, como descartá-las e como podem ser recicladas. “As pessoas não entendem que uma embalagem marcada como biodegradável ou compostável não se degradará necessariamente no jardim, ou que nem todos os plásticos oceânicos podem ser transformados em embalagens de alimentos ou de produtos de beleza. No entanto, observamos que a maioria pensa que as embalagens de plástico podem prolongar o prazo de validade e que os plásticos coloridos podem ser mais difíceis de reciclar. Uma pequena maioria acredita que só porque algo tem conteúdo reciclado, pode ser reciclado novamente. Apenas uma minoria percebe que embalagens cartonadas para líquidos e embalagens flexíveis podem não ser recicláveis. Ainda há muito trabalho a ser feito, especialmente porque não houve muito progresso quando fizemos as mesmas perguntas sobre embalagens por dois anos consecutivos”, conclui Richard Cope.

O tema da percepção do consumidor em relação às embalagens é complexo e tem diferentes níveis. Na Drupa 2024, haverá uma série de apresentações voltadas aos mais recentes processos de desenvolvimento e produção de embalagens, pretendendo ser uma plataforma aberta para todos os especialistas envolvidos em soluções inovadoras de embalagens orientadas para o futuro.

Elisabeth Skoda

Editora geral da Packaging Europe

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Pessoas amam papel

Em todo o mundo a comunicação impressa encanta bilhões de leitores. Boa notícia para os consumidores que preferem ler jornais, revistas e livros impressos. Depois de ler, compartilhe e recicle!

Pesquisa Global Trend Tracker, Two Sides e Toluna, 2023.

Descubra incríveis histórias sobre a pegada ambiental do papel

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Inscrições até 24 de maio

Exposição 10 de junho

Julgamento 13 e 14 de junho

Os 3 produtos melhores avaliados (maiores notas) em cada categoria, serão automaticamente inscritos no Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini.

Premiação 28 de junho

Acesse o regulamento e conheça as novas categorias. www.premiopaulista.com.br

Realização
Coordenação Técnica
Apoio Técnico
Patrocínio Ouro

Hoje em dia, a qualidade e a eficiência são cruciais para o sucesso em qualquer setor e isso se aplica de forma ainda mais explicita à indústria gráfica, pela sua característica de produção sob demanda e cada produto com características próprias. Esta produção intermitente e sob demanda é muito mais difícil de padronizar do que uma produção contínua, como uma fábrica de cimento ou uma usina de açúcar. Neste tipo de indústria a implementação de boas práticas e normas internacionais é essencial para garantir processos consistentes e eficientes e produtos finais de alta qualidade.

Uma ponte para a indústria 4.0 no setor gráfico

Outro aspecto importante para atingir a eficiência necessária é a implementação de automação de processos, a fim de viabilizar a passagem para a indústria 4.0. As normas ISO 20616-1 (PRX) e ISO 20616-2 (PQX) foram desenvolvidas para atender a essa necessidade específica na indústria gráfica, oferecendo uma série de vantagens tanto para as empresas do setor quanto para seus clientes. Com estas normas, clientes especificam os requisitos de qualidade da produção e os fabricantes (gráficas e convertedores) informam os índices de qualidade conseguidos durante a produção.

Neste artigo vamos ver por que estas normas foram criadas e mostraremos como elas podem ajudar a simplificar a comunicação entre os compradores e os provedores de impressão, entregando eficiência e automação à cadeia produtiva gráfica.

O nosso propósito é promover o conhecimento dessas normas, com a expectativa de que isso ajude a expandir seu uso em todas as fases do processo de produção de impressão. Como acontece muito com as normas gráficas,

as empresas gráficas as adotam comprando sistemas, fluxos de trabalho, sistemas de inspeção, materiais como tintas, chapas, papel ou blanquetas que estejam em conformidade com normas técnicas. O mesmo se dá com PQX e PRX, que estão embutidos em sistemas de orçamento ou procurement e em sistemas de inspeção online, incorporados a máquinas gráficas, ou offline, através de ação humana de verificação manual de qualidade, com o uso de instrumentos.

PRX

O PRX é um protocolo baseado em XML (Extensible Markup Language), que fornece um mecanismo padronizado para a transferência unidirecional dos requisitos de qualidade de impressão do cliente ou do proprietário da marca para o impressor, importantes para o processo de produção. O uso de um protocolo padrão melhora significativamente a eficiência e a precisão.

O PRX não foi projetado para solicitar trabalhos de impressão, mas sim para estabelecer a política do comprador quanto à qualidade esperada em um determinado trabalho.

O QUE HÁ NO INTERIOR DO PRX?

A especificação PRX define várias seções incluídas em um documento PRX, no qual está contida uma infinidade de informações. As seções mais relevantes do PRX são:

■ QualitySpecification (Especificação de qualidade) – Possui a essência do PRX, incluindo os requisitos detalhados, divididos em quatro áreas:

◆ Medição de cores

◆ Registro entre as cores

◆ Inspeção (detecção de defeitos)

◆ Qualidade de códigos de barra

BRUNO MORTARA

Esta seção conterá links para o CxFReferenceData e SamplingPositionImageData descritos abaixo. Também tem a especificação da tinta para o produto, identificando quaisquer revestimentos necessários, valores mínimos de solidez da cor e resistência a materiais específicos e quaisquer materiais que sejam proibidos no processo de impressão.

■ EvaluationInfo – Descreve a política de amostragem a ser usada para julgar a aceitabilidade do material impresso. Ela permite que alguns sistemas de classificação complexos sejam codificados em um formato padrão e também a definição de uma nota mínima aceitável.

■ CxF ReferenceData – Consiste em um documento CxF completo (definição espectral de cores), que contém os alvos de cor para todas as cores (de processo ou especiais) a serem medidas no produto. O documento CxF é incorporado ao documento PRX em sua totalidade.

A

■ SamplingPositionImageData – É uma seção opcional e pode ser usada para fornecer links para imagens a serem incluídas na especificação. Essas imagens podem ser usadas para identificar posições de medição na amostra ou áreas da amostra que exigem inspeção ou medição especial.

O QUE HÁ NO INTERIOR DO PQX?

Assim como o PRX , o PQX é um protocolo baseado em XML e fornece um mecanismo padronizado para a transmissão unidirecional de resultados de qualidade de impressão da gráfica ou convertedor para o cliente ou dono de marca. Foi projetado para fornecer dados brutos de qualidade, sem julgamento quanto à aceitabilidade. A aceitabilidade só pode ser determinada pela combinação dos requisitos descritos no PRX, com os dados de qualidade fornecidos no PQX

A especificação PQX define várias seções a serem incluídas em um documento PQX. As seções mais relevantes desse documento incluem:

B Marca C

Requisitos do cliente

Requisitos do convertedor

Figura 1: Com um fluxo de trabalho compatível com PRX e PQX, as gráficas e convertedores só precisam suportar um formato para especificações de qualidade e um formato para relatórios de qualidade. Isso reduz bastante a quantidade de comunicação manual e as oportunidades de erro humano em ambas as direções. (fonte: Colorconsulting)

■ CustomerItemCollection – Informações sobre o item ou itens impressos no trabalho associado. Esses dados devem ser mapeados para as descrições de itens fornecidas no documento PRX, a fim de serem avaliados em relação ao PRX correspondente.

■ SampleCollection – Entradas para cada amostra coletada durante a execução da impressão. Se houver muitas amostras coletadas durante a execução, será possível calcular a média das amostras ao longo do tempo, e o método

Marca A

B Marca C

Requisitos do cliente

Requisitos do convertedor

para cada amostragem. As informações na coleção de amostras são divididas nas mesmas quatro categorias descritas no elemento PRX

QualitySpecification

Cada atributo de qualidade relatado pode conter informações sobre a posição da medida ou do defeito no formulário impresso. Os relatórios de inspeção, código de barras e registro também podem incluir links para imagens associadas à medição ou avaliação em questão.

■ CxFSampleData – É um documento CxF completo, que contém as medições de cores realizadas durante a inspeção da impressão, no formato CxF, de preferência com medição espectral.

PRX
PQX
Marca
Marca
Marca

■ InkCollection – Seção opcional, pode ser usada para fornecer informações sobre as tintas especificadas usadas na impressão do trabalho.

A TROCA DE INFORMAÇÕES

No passado, os requisitos de qualidade de impressão eram fornecidos de várias maneiras por cada cliente ou dono de marca, muitas vezes usando uma amostra física, uma referência Pantone ou um simples documento com alguns requisitos. Do ponto de vista da gráfica ou convertedor esses métodos de referência de qualidade são muitas vezes imprecisos ou subjetivos, representando um risco e um desafio para os provedores gráficos.

Antes do PRX /PQX cada cliente ou dono de marca tinha seu próprio método de especificar os requisitos de qualidade gráfica, e o provedor teria de estar em conformidade com esses métodos. Se a gráfica tentasse automatizar o controle de qualidade, precisaria traduzir esses documentos de requisitos para um formato que pudesse ser interpretado pelos sistemas de controle de qualidade. Tal processo de tradução de métodos empíricos, vagos ou subjetivos, é impossível.

Assim como cada cliente ou dono de marca pode ter seu próprio formato para especificar os requisitos, cada um deles também pode ter seu próprio formato para o relatório de métricas de qualidade. Isso pode significar que a gráfica precisa oferecer suporte a um formato de relatório específico para cada um de seus clientes. (Figura 1).

Embora esse problema afete principalmente as gráficas e convertedores, as complicações causadas por essa situação resultam em retrabalho e possíveis erros humanos, cujo custo é invariavelmente repassado aos donos de marca na forma de custos de produção mais altos.

FUNCIONAMENTO DE PRX COM PQX

1. Configuração assistida por PRX – Durante a fase de configuração, as informações do documento PRX podem ser usadas para preencher os sistemas de gerenciamento de qualidade da impressora, reduzindo o tempo de configuração e os erros dispendiosos.

2. Gerenciamento de qualidade em tempo real – À medida que a impressora funciona, o PQX permite o monitoramento da qualidade de impressão e da consistência das cores em tempo real. Quaisquer desvios dos padrões estabelecidos podem acionar ajustes

nas configurações da impressora, orientados pelos dados do PQX

3. Troca de dados para controle de qualidade – O PQX facilita a troca de dados de qualidade de impressão entre diferentes partes interessadas, incluindo proprietários de marcas, gráficas e operações de pré-impressão. Isso pode incluir dados de cores CxF, permitindo que todas as partes garantam que as cores especificadas sejam mantidas

4. Redução de custos e desperdício – O uso combinado de PRX , PQX e CxF resulta em uma troca eficiente de requisitos de impressão, tempos de configuração reduzidos e menos impressões rejeitadas, levando a uma economia significativa e a uma redução no desperdício de material.

5. Consistência da marca – A integração dessas tecnologias ajuda a manter a consistência da marca em vários trabalhos de impressão, substratos e dispositivos de impressão, garantindo que os produtos finais representem com precisão a imagem da marca.

CONCLUSÃO

Em 2017, foi tomada a decisão de se fazer do PRX/PQX normas internacionais no ISO TC130. A norma PQX foi publicada como ISO 20616-2 em 2019, e uma pequena revisão foi publicada em 2020. A norma PRX foi publicada como ISO 20616-1 em 2021.

Com um fluxo de trabalho compatível com PRX e PQX, cada provedor gráfico precisa suportar apenas um formato para especificações de qualidade e um formato para relatórios de qualidade. Isso reduz bastante a quantidade de comunicação manual e reduz as oportunidades de erro humano em ambas as direções. (Figura 2).

Ao integrar o PRX, o PQX e o CxF ao fluxo de trabalho de impressão, as gráficas e convertedores podem otimizar suas operações, reduzir custos e fornecer impressões consistentes e de alta qualidade que atendam aos padrões exatos do mercado atual.

Estas normas podem determinar o fim das terríveis cartelas de cor utilizadas como base para aprovação de trabalhos!

Superintendente do CB -27

Representante do Brasil no TC130 da ISO superintendente.cb27@abigraf.org.br

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Luciano Candisani

FOTOGRAFIA

Guardião das águas

Otrabalho de Luciano Candisani é magistral. Como poucos, ele consegue transcender a captura de imagens, unindo excelência técnica e expressividade. Com uma carreira dedicada a documentar os ecossistemas mais diversos do planeta, Candisani se destaca por sua capacidade única de combinar beleza estética com consciência ambiental.

A potência da produção desse fotodocumentarista várias vezes premiado está em cartaz no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. O espaço abriga a exposição Água Pantanal Fogo, resultado de uma colaboração inspiradora entre Candisani e outro dos mais proeminentes fotógrafos brasileiros, Lalo de Almeida, sobre o qual falamos na edição 308 (abril/junho 2021).

A ideia para a exposição surgiu durante uma conversa entre Candisani e Eder Chiodetto, curador da mostra. Ao folhear o livro Terra D’água, que encapsula uma década de trabalho de Luciano no Pantanal, Chiodetto foi capturado pela perspectiva única de Candisani na

busca por uma identidade visual das águas pantaneiras. “O Pantanal é a maior planície inundável do planeta, mas as abordagens anteriores sempre tendiam a mostrar muito mais a parte seca. Pela primeira vez tinha ali um ensaio voltado à busca da identidade visual das águas. Eder se encantou com a ideia que vinha do livro e logo propôs uma exposição”, conta Luciano. Só que a sensibilidade do curador, que também é fotógrafo, foi além. Ao enxergar o pleno contraponto entre as imagens de Candisani com as de Lalo de Almeida que em 2020 fez o mundo voltar seus olhos para a tragédia provocada pelos incêndios na região com a série Pantanal em cinzas , propôs uma exposição conjunta, projeto imediatamente aceito.

O conceito fazia todo o sentido para Candisani, que se tornou fotógrafo inspirado por documentários como os de Jacques Cousteau. “A fotografia sempre foi uma ferramenta para que eu pudesse compartilhar o meu entusiasmo com a natureza original. E, ao mesmo tempo, para alertar para a urgência da conservação”,

Renomado fotógrafo documentarista, Luciano Candisani extrapola o registro visual para capturar a essência dos ecossistemas do nosso planeta.

Por: Tânia Galluzzi

1 (página ao lado) Uma das mulheres do mar (Haenyeo) da Ilha de Jeju, na Coreia do Sul. Trabalho de Candisani deu origem a um longa‑metragem, exposição no MIS e está prestes a sair em livro de arte.

2 (página ao lado) Grande concentração de jacarés fotografados para a matéria “The Comeback croc”, da edição principal de National Geographic

3 Filhotes de jacarés pela primeira vez fotografados de dentro d’água, no Pantanal.

4 Um grupo de mulheres do mar da Ilha de Jeju se dirige para a jornada diária de cinco horas no mar. A maioria tem entre 65 e 90 anos de idade.

5 Homem pantaneiro na vazante do Mangabal, Pantanal de Nhecolândia, MS.

6 Mergulhadora de 73 anos, com polvo coletado por ela a 5 metros de profundidade, Ilha de Jeju, Coreia do Sul. Haenyeo, Mulheres do Mar.

7 Kang Yeong Ran, 68 anos, é uma das mulheres do mar da Ilha de Jeju, na Coreia do Sul.

8 Cardume de peixinhos mato grossos tentando comer ovos de piranha, junto às raízes do aguapé. Lagoa Marginal do Rio Formoso, Bonito, MS.

LUCIANO CANDISANI https://lucianocandisani.com

afirma o fotógrafo. Mas, apesar da excelência das imagens e da ênfase para a questão ambiental, ficava a pergunta: até que ponto o trabalho dele despertava a consciência do observador para o fato de que toda aquela beleza estava ameaçada. A oportunidade de apresentar, lado a lado, a exuberância dos biomas e os impactos devastadores da degradação ambiental, tornou-se irresistível para Candisani. “Quando entrei na exposição pela primeira vez, ainda na montagem, foi impactante, porque senti a sensação que eu sempre quis despertar com as minhas fotografias.” Segundo ele, o sucesso da mostra indica que esse objetivo está sendo atingido. Tanto que a Documenta Pantanal, realizadora da exposição em parceria com o Instituto Tomie Ohtake, já está trabalhando na itinerância do projeto.

Formado em Oceanografia Biológica pela USP, a absoluta ligação de Candisani com as

águas o mantém mais tempo em seu veleiro do que em terra firme, na sua casa em Ilha Bela, Litoral Norte de São Paulo. Autor de sete livros de fotografia, ele está imerso atualmente em projetos que exploram a relação entre o homem e o mar, documentando populações tradicionais que dependem do oceano para sobreviver, buscando entender e celebrar sua conexão única com o ambiente marinho. Um dos destaques é o projeto Haenyeo, Mulheres do Mar, que registra a vida das mergulhadoras sul-coreanas da Ilha de Jeju, cuja tradição de 400 anos de extrativismo marinho é um testemunho da resiliência humana e da harmonia com a natureza. Produzidas em 2017, as imagens foram expostas no MIS, em São Paulo, em 2019, fazem parte de um documentário do qual Candisani é o fio condutor e agora o ensaio está pronto para virar livro. A obra está finalizada e em fase de captação de patrocínio.

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ALivro e leitura: direitos inalienáveis!

Associação Brasileira da Indústria Gráfica, Abigraf, e a Indústria Brasileira de Árvores, Ibá, com apoio do Projeto Livro Para Todos, uniram-se em campanha para a arrecadação de livros no Projeto “Circule um Livro – 2024”. A iniciativa visa estimular a troca de livros, a serem deixados em algum lugar. O interessado retira um livro e deixa outro em seu lugar, gratuitamente.

Paulo Hartung, presidente da Ibá, afirma que a leitura é um hábito imprescindível para o desenvolvimento de todos os conhecimentos. Para

João Scortecci, presidente da Abigraf Regional São Paulo, o objetivo é contribuir para o desenvolvimento social, cultural e educacional do Brasil. O projeto tem como diretriz realizar ações para facilitar o acesso a livros e incentivar a leitura. Trata-se de um trabalho voluntário de amor e respeito ao livro.

Os dois presidentes talvez desconheçam a história de Luiz Amorim. Dono de um pequeno açougue, em Brasília, ele instalou uma estante em seu estabelecimento, ainda na década de 1990, na qual seus clientes deixavam ou retiravam livros. Shows populares, até com artistas consagrados, aconteciam nas imediações do açougue, que passou a se chamar: T-Bone: Açougue Cultural. Um sucesso. Repercussão dentro e fora do País. Até que um dia a Vigilância Sanitária, sempre “vigilante”, certamente acionada por um inimigo do livro, foi lá, multou o açougue e só não o fechou porque clientes e admiradores da iniciativa, tão simples quanto tão valiosa, impediram. A Vigilância não sabia que livros também são alimentos: para a alma! Luiz Amorim

continua vendendo carnes. A pandemia o fez retirar a estante de dentro do açougue. O projeto continua em paradas de ônibus da Via W3 Norte, no Plano Piloto de Brasília. E programações culturais acontecem no Canal T-Bone.

Neste início de ano o LIVRO esteve em evidência por distintas razões, nem sempre agradáveis. Começo pela censura imposta pela Prefeitura de Santa Cruz do Sul, RS, ao livro “O Avesso da Pele”, do escritor Jeferson Tenório, negro, reconhecido no meio

Livro, da Leitura e da Escrita”. Estive lá representando os presidentes Julião Flaves Gaúna, da Abigraf Nacional, e João Scortecci. Em nome de ambos, coloquei as entidades à disposição para eventuais jornadas comuns em defesa do livro e da leitura. Lá também estava o escritor censurado, Jeferson Tenório.

É dever de todos a defesa incondicional do livro, da literatura e do direito de cada pessoa à leitura, e da preservação da integridade moral e intelectual dos escritores, sem restrição às suas manifestações, em nome da liberdade de pensamento e da diversidade. O leitor é soberano. Só a ele cabe, em julgamento individual, segundo seus valores e preferências, ler ou não ler uma obra editada.

literário, graduado, mestrado e doutorado. A Academia de Letras de Santa Cruz do Sul reagiu e a censura caiu. O melhor veio depois, a UFRS inseriu o livro, vencedor do Prêmio Jabuti 2021, dentre as leituras obrigatórias para o próximo vestibular.

Ainda em março, a deputada federal gaúcha, Fernanda Melchionna, bibliotecária por formação, militante da causa do livro, lançou na Câmara dos Deputados a “Frente Parlamentar em Defesa do

Nessa direção e sentido, disse à deputada, líder da Frente em questão, se já não estaria na hora de inserirmos dentre os direitos individuais e coletivos, discriminados no Art. 5º da Constituição Federal, o inalienável direito à leitura, ampliando as garantias à existência de bibliotecas públicas, em todos os municípios brasileiros, antes que seja tarde. Apresentei a proposta e me perguntei: a que ponto chegamos, de termos de recorrer à Carta Magna para evitar que o reacionarismo nos imponha a impossibilidade de acesso ao livro e a leitura.

Roberto Nogueira Ferreira Consultor da Abigraf Nacional em Brasília, DF roberto@rnconsultores.com.br

O autor é membro da Associação Nacional de Escritores, da qual foi vice-presidente, e da Academia de Letras do Brasil, ambas sediadas em Brasília

Foto: Joanna Marini
ROBERTO NOGUEIRA FERREIRA

Texto: João Scortecci

Elizabeth Mallet e os “últimos discursos moribundos”

Abiografia da gráfica e livreira inglesa Elizabeth Mallet (1672–1706) é incrível. Não a conhecia. Estava pesquisando sobre mulheres impressoras e editoras na Inglaterra, quando soube da história do seu The Daily Courant, primeiro jornal diário inglês, fundado em 11 de março de 1702. O diário consistia em uma única página, com anúncios no verso. No primeiro número do jornal, Mallet declarou que pretendia publicar apenas notícias e não acrescentaria nenhum comentário próprio, supondo que seus leitores tivessem “bom senso” e “discernimento” para julgar e analisar os fatos. O pulo do gato: anúncios somente no verso do jornal, prova do que dizia de não permitir interferências ou influências de anunciantes, políticos e poderosos.

A ideia de separar as notícias dos anúncios foi tentada ao longo do tempo  , por diversos jornais e revistas do mundo todo, sem sucesso. Simples assim: os anunciantes não aceitam! Exigem que seus anúncios ocupem espaços estratégicos e pagam por isso, seguindo os critérios de localização do anúncio no impresso, seu tamanho e relação proativa com a manchete.

Estados Unidos da América do Norte. É comum, também, condenados à pena de morte, no dia da execução, terem o direito a escolher o que desejam comer em sua última refeição. “O último pedido!”

David, o marido de Elizabeth Mallet, morreu em 1683. No seu lugar, na gerência da gráfica e dos negócios, assumiu David, seu filho. O moço não tinha jeito para o negócio, e o empreendimento acabou falindo.

Antes da invenção da imprensa, os livros eram feitos de páginas escritas por escribas, caros e luxuosos, privilégio apenas para religiosos e homens da classe alta. Um livro podia levar até dois anos para ser concluído. O alemão Johannes Gutenberg, por volta de 1450, inventou a prensa de tipos móveis, o que possibilitou a produção em massa de livros. A impressão naquela época era trabalho pesado, árduo e exigia força física. Mesmo assim, muitas mulheres conseguiam fazer todos os serviços necessários para produzir um livro. Aprendiam o ofício com seus pais ou maridos. De meados de 1500 a meados de 1600, as mulheres representavam 10% da força de trabalho de impressão, em Londres. Antes da abolição do sistema de guildas associações de artesãos e comerciantes que controlavam e supervisionavam a prática de um ofício ou comércio em determinado território ou região  , a única maneira de uma mulher se tornar empresária das artes gráficas era herdar um negócio de seu falecido marido, já que o privilégio da guilda (patente e autorização) era concedido por costume à viúva de um membro da associação.

Depois de menos de dois meses, Elizabeth Mallet vendeu The Daily Courant para Samuel Buckley. O diário durou até 1735, quando foi fundido com o Daily Gazetteer. Elizabeth Mallet e seu marido David Mallet, durante as décadas de 1670 e 1680, dominaram o comércio de discursos impressos proferidos por prisioneiros condenados antes da execução em Tyburn, feudo no condado de Middlesex, sudeste da Inglaterra. Os “últimos discursos moribundos” são as últimas palavras de uma pessoa antes da morte ou quando a morte se aproxima. Os registros são mais comuns do que parecem, principalmente na Europa e nos

A Inglaterra seguiu o costume europeu de permitir que as viúvas herdassem o privilégio da guilda, até que se casassem novamente.

Sabe-se que 34 viúvas eram ativas como impressoras e editoras de livros em Londres, entre 1641 e 1660. A lista de viúvas empresárias gráficas de sucesso é grande: Elisabeth Pickering, Mary Clark, Hannah Allen, Elinor James, Elizabeth Mallet, Ann Lea, Anne Dodd Ann Ward, Martha Gurney, Elizabeth Jackson, Eleanor Lay e Sarah Roddam. Na Inglaterra, a maioria das gráficas herdadas por mulheres, viúvas de impressores gráficos, progrediram e duraram por décadas. Algumas estão, até hoje, em pleno funcionamento, imprimindo jornais, revistas e livros.

João Scortecci Editor, gráfico e livreiro. scortecci@gmail.com

Democracia e inteligência artificial

Tão duramente conquistada, para sobreviver, a democracia depende de um permanente estado de alerta dos cidadãos de bem.

Democracia sempre! Deixando de lado o conceito utópico de democracia como lugar ou estado ideal de completa felicidade e harmonia entre os indivíduos, sabemos que, sem eleições livres, crescimento econômico, distribuição de renda, justiça social e segurança jurídica, esse regime político não existe ou morre.

E mais: sem o respeito à propriedade intelectual, à criação individual e coletiva, ao direito do autor e, principalmente, sem ética empresarial, dentro do setor de atuação bem como diante de clientes e concorrentes, ela a democracia não funciona, não se distribui renda e não se exerce a justiça social, inviabilizando direitos e deveres da cidadania.

criativo e justo do construtivismo com responsabilidade, obriga-nos a pensar, analisar e refletir sobre o momento singular e crítico. O uso de ferramentas de serviços autônomos e da inteligência artificial ocupa, no momento, o âmago da indústria global, com incertezas e medos: estado emocional em resposta à consciência perante uma situação de perigo.

SEM A DEMOCRACIA NÃO SE DISTRIBUI

RENDA E NÃO SE EXERCE A JUSTIÇA SOCIAL .

Estamos em perigo? Talvez. O medo é um sentimento normal que nos protege em situações de perigo. O medo também pode nos impedir de buscar, sempre, a completa felicidade e a harmonia entre os indivíduos, mesmo que isso seja utópico, impossível e humano.

Restam-nos, então, inteligência (humana), responsabilidade e coragem. Ao trabalho!

Depois dos anos 1970, o País passou por uma desindustrialização feroz e criminosa. A indústria a Nova Indústria Brasil  , seguindo o modal das economias do planeta, passa por profundas transformações, priorizando-se valores da sustentabilidade, da responsabilidade social e da transparência (ESG), frente às novas tecnologias, às ferramentas de serviços autônomos e à inteligência artificial. Os desafios são imensos. Para muitos, são devastadores. É quando o pensamento

scortecci@gmail.com

Presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica

Regional São Paulo (Abigraf-SP)

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