Boletim da Indústria Gráfica (BIG) - Edição 130 - 1961

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B IG 130 Boletim da Indústria Gráfica - Ano XII - 7 - 1961 Distribuído pelo Sindicato das Indústrias Gráficas no Est. de S. Paulo


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Boletim da Ind. Gráfica


Editorial C onstitui satisfação o cumprimento do dever. O estimulo, contudo, não deixa de ser necessário àqueles que, assumindo obrigações para com a coletividade, tudo fazem para bem se desincumbirem das mesmas. Êste introito vem a propósito da sede do Sindicato e do “Livro de Ouro” aberto para sua aquisição. Se bem que a alguns assim não pareça, o mandato na Diretoria Executiva do Sindicato das Indústrias Gráficas é trabalhoso. Há, permanentemente, problemas da classe demandando soluções. Ãs vêzes, são questões que afetam a todos, como no caso dos salários, das alterações na legislação fiscal, outras vêzes, são dificuldades de alguns setores, como seja de fabricantes de cadernos, livros, os quais se sentem prejudicados por concorrência governamental ou por au­ mentos desmedidos no preço do papel linha d’água; há, também, assuntos que implicam em prestigio social da indústria; estudam-se e se debatem soluções para a formação de técnicos etc. etc. Ai está uma amostra, apenas, do muito que os dirigentes do nosso Sindicato têm que fazer.

E tudo isto é feito com prejuízo de horas de trabalho lucra­

tivo em suas indústrias e de repouso no conchêgo de seu lares. Felizmente, a indústria gráfica paulista está coêsa nas horas de reconhecer o trabalho dos seus representantes, dando-lhes aquêle estimulo a que nos refe­ rimos acima, o qual chega a ser indispensável quando da prestação, por alguns, de serviços graciosos à coletividade. Exemplo dignificante da compreensão dos nossos industriais gráficos está na aquisição da sede do Sindicato. Aberto um “Livro de Ouro” para êsse fim, avolumaram-se as assinaturas, pois é sabido que a renda do nosso órgão de classe mal dá para atender às suas despesas orçamentárias. Entretanto, no final

►»

das contas, verificou-se um “déficit” que somado à necessidade de se pagar o imposto de transmissão (sisa), criou mais um problema de caráter financeiro. Nessa altura foi convocada reunião dos industriais, que se não furtaram a nova contribuição, testemunhando, assim, seu espírito de classe, seu despreendimento e, o que de perto e profundamente toca aos diretores, sua confiança nos mesmos e o reconhecimento do trabalho por êles desenvolvido no interêsse de todos.

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Boletim da Ind. Gráfica


Economia Escala móvel de sálarios e suas repercussões sôbre o desenvol­ vimento e a política de estabili­ zação monetária* IN T R O D U Ç Ã O

A função que se propõe para a escala móvel de salários no Brasil é a de im­ pedir que o poder de compra da remu­ neração do trabalho decline com a in­ flação. Teríamos, assim, um salário automaticamente reajustável com o au­ mento do custo de vida. Nas linhas abaixo, indagaremos as possíveis reper­ cussões de uma escala móvel sôbre o desenvolvimento e a política de esta­ bilização monetária. Para facilidade de exposição, o assunto será dividido em três partes: na primeira, mostraremos 0 significado, em têrmos de dinamismo econômico, do declínio crônico do poder de compra dos salários; na segunda, estu­ daremos as chamadas conseqüências prováveis da escala móvel de salários; na terceira, finalmente, mostraremos de que modo o atual Govêrno poderá cumprir seu compromisso de adoção de uma escala móvel de salário, sem preju­ dicar o desenvolvimento do país.

1 —A

queda do poder de cotnpra dos salários e sua função no desenvolvimento.

O desenvolvimento econômico de um país resulta do acréscimo do ca­ pital disponível por trabalhador (cuja conseqüência é a elevação da renda per capita, níveis de bem-estar, etc.). Êsse acréscimo decorre de investimentos que, ( • ) T rab alh o preparado pelo economista João Paulo de Almeida Magalhães. Sem responsabilidade da c. N . I.

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por sua vez, dependem das poupanças disponíveis no país. Ora, o declínio dos salários reais, e de outros rendimentos fixos, resultante da inflação, constitui um dos meios de se alargar a margem global de poupanças. Um exemplo simples ilustrará como as coisas se passam. Suponhamos que o Govêrno tenha decidido construir Três Marias. Os re­ cursos necessários para tal poderíam ser obtidos mediante aumento de impostos (poupança forçada fiscal), lançamento de títulos no mercado privado de capitais e a relutância em elevar impostos, que tornaram a emissão um dos meios mais utilizados para financiar grandes obras públicas. É o seguinte o mecanismo pelo qual a emissão cria poupança forçada monetária. A quantia emitida para construir a nossa hipotética Três Marias, ao entrar em circulação, provoca um aumento de preços. Como conseqüência, ocorre uma queda no poder de compra dos salários ou, em outras palavras, registra-se uma redução no salário real. Justamente essa redução é que constitui a chamada poupança forçada monetária. Tudo se passa, pois, como se o Govêrno tivesse tirado aos trabalhadores a quan­ tia necessária à construção de Três Marias. A conclusão dessas observações é de que a queda no poder de compra da classe trabalhadora tem constituído, no Brasil, um dos meios de se ativar o de­ senvolvimento do país. Assinale-se, de passagem, que a discussão sôbre a con­ tinuidade ou não do mecanismo da poupança forçada é irrelevante para nós.

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Em verdade, o problema da escala móvel só se coloca quando há perda de poder de compra dos salários e, portanto, por definição, poupança forçada.

II — Conseqüências

da adoção da escala móvel de salários.

É fácil demonstrar que a adoção de uma escala móvel de salários nos mol­ des que vem sendo correntemente enten­ dida, ou seja, de tornar os novos níveis de salário mínimo automaticamente ajustáveis à elevação do custo de vida, ocasionará o fechamento instantâneo de uma das fontes de poupança (pou­ pança forçada monetária), largamente utilizada, no momento presente, para o desenvolvimento do país. Em virtude, se, ao subirem os preços, houver um ajustamento proporcional e imediato de salários, deixará de existir o atraso de adaptação salários-preços, que constitui a essência do mecanismo formador da poupança forçada monetá­ ria. Essa conseqüência é, aliás, perfeitamente lógica em função do “leitmotiv” da escala móvel, que é a defesa do poder de compra dos salários. Deixemos claro que não defendemos a continuação indefinida da necessida­ de de se substituir, no Brasil, a pou­ pança forçada monetária. Pelo contrá­ rio, já tivemos ocasião de escrever inú­ meras vêzes (*) sôbre a necessidade de se substituir, no Brasil, a poupança for­ çada monetária pela poupança volun­ tária. Essa substituição é, contudo, forçosamente, demorada. Ora, a escala móvel, ao impedir o declínio do salário real, elimina instantâneamente o meca­ nismo formador da poupança forçada. A redução da margem global de pou­ pança é, portanto, inevitável. Em ver­ dade a recuperação dos níveis anteriores, pelo aumento da poupança voluntária, levaria pelo menos dois anos. Teríamos, pois, uma parada no processo de desen­ volvimento, ou, pelo menos, uma redu­ ção no seu ritmo. ( • ) Desenvolvimento è* Conjuntura, n.° 12 de 1960 e “Controvérsia Brasileira do Desenvolvimento” Rio, 1961.

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Essa não será, contudo, provàvelmente, a única conseqüência. Para me­ lhor compreender-se o que temos a dizer, convém recordar como se manifesta a espiral salário-preços típica do processo inflacionário. Ao ser feita a emissão, os preços come­ çam a crescer e os salários reais baixam proporcionalmente. Ultrapassados cer­ tos limites, as classes trabalhadoras re­ agem exigindo uma elevação de salários nominais, que restitua o antigo poder de compra de sua remuneração. No momento em que os salários são reajus­ tados, desaparece a poupança forçada. O processo deve, pois, recomeçar com novas emissões, nôvo aumento de preços e nova redução de salários reais. No caso de um reajustamento de sa­ lários, acompanhado de uma escala mó­ vel, dever-se-ia dentro da boa lógica parar as obras que vinham sendo finan­ ciadas por meios inflacionários, renun­ ciando às emissões que as apoiavamEstas, em verdade, diante do reajusta­ mento automático de salários, não mais poderíam contribuir para formação de poupança forçada. A experiência mos­ tra, entretanto, que êsse caminho nunca é seguido: tenta-se prosseguir as obras anteriores mediante novas emissões. Como, porém, os salários sobem junto com os preços, verificar-se-á que os recur­ sos disponíveis são insuficientes diante da elevação rápida dos custos. Tentase, então, emissão maior para compensar o crescimento mais rápido de preços. Como conseqüência, a velocidade dos preços aumentará, tornando necessária uma emissão ainda maior, donde uma nova aceleração dos preços, e assim por diante. Em síntese, ingressa-se no ca­ minho da hiper-inflação. Resumindo: em países como o Brasil, em que a poupança forçada constitui um dos meios de financiar investimentos, a escala móvel, adotada sem precauções especiais, provoca necessàriamente redu­ ção no ritmo de desenvolvimento. A par disso, a experiência demonstra que dificilmente se evitará um segundo co­ rolário, a saber, a intensificação do surto inflacionário.

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III

— A Escala e a Plataforma de Recife.

As Diretrizes de Recife, apresentadas pelo atual Presidente, na fase eleitoral, demonstram clara compreensão dos co­ rolários acima analisados. Em verdade, prometem uma escala móvel (“reajustamentos proporcionais à elevação do custo de vida”) condicionada à política de estabilização de preços. Conside­ rando-se, por outro lado, que no do­ cumento supramencionado o desenvol­ vimento do país constitui a preocupação central, cremos que ficam abertos apenas dois caminhos de política econômica: a) adoção de uma escala móvel depois de obtida a estabilização monetária)*) Supõe-se que se tenha chegado aqui a uma estabilização monetária, sem pre­ juízo do desenvolvimento. O primeiro risco decorrente da adoção imediata da escala móvel foi, pois, evitado. Quanto ao risco da hiper-inflação, nem mesmo se coloca, pois o sistema de financia­ mentos inflacionários já terá sido aban­ donado a algum tempo. E não se diga que a escala móvel em tais circunstân­ cias será inoperante. De fato, ela cons­ titui a garantia para os trabalhadores de que para o futuro não se fará o desen­ volvimento do país subtraindo, sobrerepticialmente, dos seus salários, o que não se tem coragem de pedir às claras. Mais do que isso, a escala móvel desencorajará o recurso à inflação, visto que esta, se desencadeada, tenderá ràpidamente a se acelerar. b) adoção imediata da escala móvel, tomando como base o salário real médio efetivamente pago. Assim, num país como o Brasil, o salário real efetivamente recebido pelos trabalhadores não corresponde ao do primeiro mês após o reajustamento. Em verdade, o surto inflacionário crônico faz com que o salário real decline mês a mês, atingindo seu nível mais baixo ime­ diatamente antes do nôvo reajustamento. Suponhamos um salário reajustado para 100. Êle declinará constantemente até

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atingir 50, quando será novamente reajustado para 100. Nessas condições, o salário real efetivamente recebido pelo trabalhador será alguma coisa em tôrno de 75. A diferença entre 100 e 75 dá uma idéia da margem de poupança for­ çada fornecida pelos salariados. Dentro do nosso raciocínio, uma es­ cala móvel que tomasse como base 75, poderia ser imediatamente aplicada. Teríamos, nesses têrmos, um reajustamento de salários mínimos para 75 e a aplica­ ção concomitante de uma escala móvel. Haveria, então, em vez da oscilação pe­ riódica de 100 a 50, a manutenção indefi­ nida do nível de 75. Nesse caso, não se registraria prejuízo para o desenvolvi­ mento, pois que a poupança forçada, an­ teriormente obtida através da inflação, se institucionalizaria. Da mesma forma as emissões sucessivas se tornariam desne­ cessárias, possibilitando uma política de estabilização de preços. Alguns pontos devem ser salientados. Em primeiro lugar, a proposta acima não implicaria em sacrifício algum para os trabalhadores, pois, em país de inflação crônica, de há muito o salário real era, de fato, de 75. Quanto à objeção de que não se deve fazer os trabalhadores pagar o preço do desenvolvimento, ca­ rece de base científica. Realmente, não apenas êles, mas todo país está se sacri­ ficando de um modo ou de outro. A par disso, a realidade econômica de­ monstra que os trabalhadores não po­ dem ser excluídos do esforço do desen­ volvimento. Lembremos, por exemplo, que nos países comunistas êsse esforço das massas chega a extremos jamais apro­ ximados entre nós. Donde concluir-se que, na ausência da inflação, deveria ser encontrada uma forma substitutiva para levar as massas obreiras a colaborar no esforço comum do desenvolvimento. Sem dúvida, a fórmula acima pro­ posta retiraria as ilusões de alguns que pretendem implantar a escala móvel to­ mando como base o nível 100 do exem­ plo anterior. Pensamos, todavia, que essa desilusão não apenas é necessária, mas altamente conveniente. Em ver­ dade, a escala móvel só pode ter como finalidade a estabilização dos salários e nunca o aumento dos salários. O que se visa com ela é tirar o trabalhador do

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atual clima de insegurança e instabili­ dade financeira em que atualmente vive. Quanto ao aumento de salários, sua fi­ nalidade consiste na melhoria dos pa­ drões de vida do trabalhador. Êsse au­ mento nos parece justo e economica­ mente aconselhável. Sua concessão de­ pende, não obstante, de uma série de considerações inteiramente irrelevantes para o caso da escala móvel. Dentre elas, temos a necessidade de preservar a mar­ gem de poupança necessária ao desenvol­ vimento do país. Ora, adoção de 100 como base da escala móvel significaria não apenas a supressão da instabilidade, mas a concessão de um substancial acrés­ cimo do salário real efetivamente rece­ bido. Não estamos dizendo que não seja concedido um acréscimo: tomarse-á, por exemplo, 85 em vez de 75 como base da escala móvel. Essa decisão de­ verá, porém, ser precedida de um estudo especial sôbre as repercussões dessa me­ dida no processo de desenvolvimento.

CONCLUSÃO 1 — A linha central da política propugnada pelo atual Governo é a de desenvolvimento com estabilidade mo­ netária. A escala móvel de salários, a menos que seja adotada com as necessá­ rias precauções, afetará negativamente o desenvolvimento e tenderá a acelerar a inflação. 2 — 0 Presidente da República mos­ trou conhecer perfeitamente essas impli­ cações ao condicionar a “uma política de estabilização monetária” os “reajustamentos [de salários] proporcionais à elevação do custo de vida”. 3 — Diante disso, restam apenas duas alternativas: a) adoção da escala móvel após completada a atual política de estabilização. b) adoção imediata da escala móvel, adotando-se, porém, como base o salário real efe­ tivamente pago.

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De s e n v o l v i me n t o Econômico (Continuação do número anterior) lucros de uma determinada venda à qual corresponde, em poder do mutuário, um determinado lote de duplicatas, mediante o adiantamen­ to dos recursos correspondentes a essas duplicatas. A participação nos lucros da operação é calculada de forma tal que se torne equivalente a uma taxa de juros da ordem de 30% ao ano. Êsses são os tipos mais comuns de operação das Sociedades de Crédito e Financiamento. Recentemente surgiu uma forma bastante curiosa, e que até agora vem tendo ampla aceitação no mercado, e que são as Letras de Câmbio da f i n a s a . O sistema desenvolvido pela f i n a s a aproxima-se bastante das operações de “Acceptance” dos mercados fi­ nanceiros mais desenvolvidos e pos­ sui uma série de vantagens sobre a Conta de Participação, como sejam: a sua auto-liquidação e a possibili­ dade de se cobrarem taxas de juros mais baixas. Em síntese, o esquema de operação é o seguinte: supo­ nhamos uma emprêsa que recorra à f i n a s a para obter os recursos cor­ respondentes a um lote de duplica­ tas referentes a vendas a prestações. Em contrapartida, ao recebimento das duplicatas a f i n a s a entrega ao cliente um lote de letras de câmbio aceitas por ela, e com vencimentos escalonados de forma tal que o ven­ cimento de cada letra seja prèvia-

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mente coberto pelo de uma dupli­ cata. A f i n a s a até agora vem ope­ rando com vencimentos que variam de 210 a 540 dias. Por essa operação a f i n a s a não cobra juros, mas ape­ nas uma comissão de aceite. A ob­ tenção de recursos financeiros é con­ seguida pela venda dessas letras de câmbio nas Bolsas de Valores com determinados deságios. Até agora a f i n a s a tem mantido constantes êsses deságios; assim, por exemplo, as letras vencíveis a 360 dias têm sido negociadas a 83% do seu valor nominal. Para o comprador da Le­ tra de Câmbio, isso equivale a uma taxa de juros de 20, 48% (17/83) além de vantagem da não incidência do Imposto de Renda já que a nossa legislação não prevê a tributação dos ganhos resultantes da valoriza­ ção dos títulos negociados na Bôlsa. Tais são os esquemas financeiros que hoje proliferam no Brasil. A sua aceitação pelo público tem sido extraordinariamente satisfatória, bastando dizer que, apesar do seu funcionamento ainda incipiente, as Sociedades de Crédito e Financia­ mentos e dos Investimentos já con­ seguiram captar um volume de pou­ panças populares da ordem de 10 bilhões de cruzeiros. E não há que negar que elas vêm preencher duas das primeiras lacunas do nosso mer­ cado financeiro criando, no Brasil, os fundos de investimentos e o mer­ cado de crédito a médio prazo. 1419


III - COMÉRCIO EXTERIOR III-1 — Introdução A principal característica do co­ mércio do Brasil com o Exterior no período 1956/1960 foi o declínio das exportações. Assim, enquanto no qüinqüênio 1951/1955 o valor f o b das exportações fôra, em média, de 1.541 milhões de dólares por ano, no qüinqüênio 1956/1960, essa média anual caiu para 1.331 mi­ lhões de dólares. Registrou-se as­ sim uma queda de cerca de 200 milhões de dólares na média anual das exportações. O café, sem dúvida, foi o fator determinante dêsse declínio. O pe­ rigo da superprodução, que já se an­ tevia desde o início da década de 1950, transformou-se em dura reali­ dade nos últimos cinco anos. Em grande parte, essa superprodução foi estimulada pela política artifi­ cial de valorização empreendida pelo Brasil no qüinqüênio 1951/ 1955. Tal política, visando a explo­ rar a inelasticidade-preço a curto prazo da demanda internacional, só poderia ter reflexos altamente no­ civos a longo prazo. E já no último qüinqüênio o Brasil pagou ose rros que havia cometido na sua política de exportação de café. Diante da su­ perprodução mundial e da diversifi­ cação da concorrência, o coeficiente de elasticidade da procura das ex­ portações brasileiras de café elevouse sensivelmente e, nessas condições, não restou ao Brasil outra alterna­ tiva senão baixar o preço do café. Assim, a cotação do Santos 4, que se havia elevado a cêrca de 90 cents por libra-pêso em 1954, desceu para a médias anuais de 57,20 em 1957, 48,81 em 1958 e 36,97 em 1959, mantendo-se nesse nível durante o primeiro semestre de 1960. Con­ 1420

quanto elevasse o volume físico das vendas ao exterior não foi possível evitar a queda da receita cambial, bial. Dessarte, a média anual das exportações de café, que havia sido de 997 milhões de dólares no pe­ ríodo 1951/1955, caiu para 779 mi­ lhões de dólares no qüinqüênio 1956/1960. Num país como o Brasil, em que as possibilidades de crescimento es­ tão fortemente vinculadas à capaci­ dade para importar, é fácil avaliar os reflexos negativos de um declínio das exportações. Se, a curto prazo, a redução de exportações pode ser compensada por um maior afluxo de capitais estrangeiros (como, em parte, ocorreu no último qüinqüê­ nio) ou por um aumento do endivi­ damento internacional, a longo prazo, a capacidade para importar se mantém pràticamente em equi­ líbrio com o volume de exportações. Nessas condições os programas de fomento à exportação deverão me­ recer, em futuro próximo, trata­ mento altamente prioritário a fim de evitar que o declínio da capaci­ dade para importar crie um sério ponto de estrangulamento para o desenvolvimento econômico do país. 111-2 — Balanço

de pagamentos

As principais rubricas do Balan­ ço de Pagamentos do Brasil evoluí­ ram, no último qüinqüênio, de acordo com os valores discrimina­ dos no quadro abaixo. O quadro compara também as médias anuais do qüinqüênio 1956/1960 com as correspondentes ao qüinqüênio an­ terior. O exame sumário dêsse quadro ressalta as seguintes principais ten­ dências do Comércio do Brasil com

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1421


BALANÇO DE PAGAMENTOS DO BRASIL (195/1960) (Valores em US$ 1.000.000)

Discriminação A) B) C)

M ercadorias (FOB). .

Exportação................. Importação................. S e r v iç o s ............................. S aldo em conta cor ­ r e n t e ....................................

D) E) F)

E rros e omissões .........

G)

S u perávit ou d é f ic it .

C a pit a is pa rticu la re s C a pit a is o f ic ia is .........

1957

1959

M édia anual

1956/60 1951/55

+ 436 + 1482 - 1046 - 429

+ 107 + 1392 - 1285 - 406

+ 64 + 1234 - 1179 - 330

+ 72 + 1282 - 1210 - 378

+ 30 + 509 - 560 - 180

+ 158 + 1331 - 1173 - 385

+ 135 + 1541 - 1406 421

+ 7 + 248 47 14 - 194

+ -

+ -

- 315 + 214 27 26 154

- 150 + 20 —

- 227 + 241 37 92 - 116

- 286 + 96 29

299 356 66 171 180

Paralelamente ao declínio das exportações, caíram as importações. A sua média anual, que fôra de 1.406 milhões de dólares no qüin­ qüênio 1951/1955, desceu para 1.173 milhões de dólares no qüin­ qüênio 1956/1960. c) A balança comercial (isto é, o saldo das exportações sobre as im­ portações) melhorou ligeiramente; a sua média anual elevou-se de 135 milhões de dólares no período 1951 /1955 para 158 milhões de dó­ lares no período 1956/1960. d) No item “Serviços” registrouse um déficit anual de 385 milhões de dólares, em média. Êsse item é tradicionalmente deficitário em vir­ tude da insuficiência da nossa na­ 1423

1958

1960

o exterior no qüinqüênio 1956/ 1960: a) As exportações brasileiras de­ clinaram sensivelmente no último qüinqüênio, tendo-se reduzido sua média anual de 210 milhões de dó­ lares em relação à do qüinqüênio anterior. As causas principais dêsse declínio das exportações já foram analisadas na Introdução ao presen­ te capítulo.

b)

Se­ Média mestre anual

1.» 1950

266 247 28 206 253

-

130

4

-

215

vegação de longo curso que nos obriga a pagar no exterior a quase totalidade dos fretes corresponden­ tes às mercadorias importadas, e em virtude da nossa condição de país importador de capitais, com as conseqiiêntes remessas de lucros para o exterior. Todavia, o “déficit” dêsse item diminuiu em relação ao corres­ pondente ao qüinqüênio anterior, o qual fôra, em média, de 421 mi­ lhões de dólares por ano.

e) O afluxo de capitais estran­ geiros aumentou substancialmente no qüinqüênio 1956/1960. A mé­ dia anual do saldo líquido das en­ tradas de capitais privados, que fôra de apenas 96 milhões de dólares no qüinqüênio anterior, elevou-se para 241 milhões de dólares. Em grande parte, essa intensificação do afluxo dos capitais estrangeiros privados se deve às facilidades propiciadas pelo sistema de importações sem cober­ tura cambial regulamentado pela Instrução 113 da s u m o c . f)

Continuou persistindo a ten­ dência deficitária do nosso Balanço de Pagamentos, tendo o déficit mé­ dio anual sido da ordem de 116 mi­

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lhões de dólares. Se bem que esses deficits tenham sido, em média, bem inferiores aos registrados no qüinqüênio anterior, a sua conti­ nuidade vem criando problemas cada vez mais difíceis para o Brasil, já que um país não pode aumentar indefinidamente o seu endividaII1-3 — Análise

mento com as outras nações. A si­ tuação tornou-se bastante crítica desde 1959, quando ocorreu o fa­ moso impasse com o Fundo Mone­ tário Internacional. Desde então, a cobertura dos deficits tem sido feita, em sua maior parte, por ope­ rações de “swap”.

das Exportações EXPORTAÇÃO DE CAFÉ DO BRASIL

Sacas

Valor médio

Anos

(1 000)

US$ (1 000 000)

1951........................................................ 1952........................................................ 1953........................................................ 1954........................................................ 1955........................................................

16,4 15,8 15,6 10,9 13,7

1 059 1 045 1 090 948 844

62,74 66,14 70,05 86,85 61,62

1956........................................................ 1957........................................................ 1958........................................................ 1959........................................................ 1960(*)...................................................

16,8 14,3 12,3 17,4 18,0

1 030 845 687 733 700

61,28 59,05 53,37 42,00 38,80

1951 55................................................... Média a n u a l........................................

72,4 14,4

4 986 997

68,86 —

1956 00( *).............................................. Média an u al........................................

78,8 15,8

3 995 799

51,00

(*)

US/saca

Estimativa.

As exportações no período de 1956/60 alcançaram a 6.749 mi­ lhões de dólares e u ’a média anual de 1.350 milhões, contra 7.711 e 1.542 milhões em 1951/55. Bas­ tante expressivo —quase um bilhão e quase 200 milhões a menos nos cinco anos e na média anual. O café, sem dúvida, foi o fator determinante dêsse declínio. A su­ perprodução mundial, que vinha sendo uma ameaça desde o início da década dos 50, tornou-se realidade, evoluiu e alcançou cifras perigosas durante os qüinqüênios de 1951/55 e 1956/60. A valorização dos pre­ ços do café foi o natural incentivo ao aumento da produção mundial,

Julho de 1961

que atraiu investimentos dos gran­ des países importadores nas áreas novas de produção, principalmente da África. Em conseqüência, as cotações de­ clinaram sistemàticamente, ou qua­ se, nos últimos anos. O Santos 4 passou dos níveis elevadíssimos de 1954, quando alcançou a mais de 90 centavos de dólar por libra-pêso, para as médias anuais de 57,20 em 1957, 48,81 em 1958 e 36,97 em 1959, mantendo-se nesse nível no primeiro semestre de 1960. O preço médio de exportação acompanhou essa queda, reduzindo-se de 86,85 dólares por saca de 60 quilos da mé­ dia anual de 1954 para 59,05 em 1423


1957, 53,37 em 1958, 42,00 em 1959 e 36,00 dólares por saca (estimativa) em 1960. Nessas condições de declínio sis­ temático e expressivo dos preços no mercado internacional, a receita cambial das exportações de café do Brasil não foi além de 3.995 mi­ lhões de dólares nos cinco anos de 1956/60 e de 799 milhões na mé­ dia anual dêsse período. O resul­ tado do qüinqüênio anterior foi de, respectivamente, 4.986 e 997 mi­ lhões de dólares. Esta diferença, sensível como já vimos pelos resul­ tados do intercâmbio global, não foi compensada pelas exportações dos demais produtos. Tal situação perdura até hoje. É difícil pensar numa melhoria a curto prazo que possa proporcionar um mínimo de estabilidade à econo­ mia cafeeira e um nível razoável à receita cambial do produto, a me­ nos que ocorram imprevistos climá­ ticos que não seriam inéditos, so­ bretudo no Brasil. O problema a mais longo prazo apresenta-se diferente. É possível ampliar o mercado consumidor, através de uma política firme de comum acordo com os países produ­ tores, pelo menos alguns dos prin­ cipais. Essa política, que deve ser ampla e abranger todos os setores da economia cafeeira, aliás, já vem sendo seguida pelo Instituto Brasi­ leiro do Café no que concerne à sua orientação geral. De fato, o IBC, por delegação do Governo, tem pro­ gramas de limitação das safras, de conquistar novos mercados, de am­ pliar os tradicionais através de pro­ paganda e melhor prestação de ser­ viços, de estimular a industrializa­ ção e de assegurar remuneração ade­ quada aos exportadores. Por outro lado, anuncia-se que a safra do 1424

Brasil de 1960/61 situa-se em torno de 20 milhões de sacas, bem menor que a anterior. Tudo dependerá, provavelmente, da continuidade do programa elaborado para enfrentar a crise de superprodução, do poder oficial para neutralizar as contra­ dições existentes dentro do setor cafeeiro e imprimir o necessário vigor a essa orientação. Mesmo porque os estoques acumulados no Brasil ainda não deixaram de crescer e al­ cançam a mais de duas dezenas de milhões de sacas. No que concerne às exportações de outros produtos, no qüinqüênio de 1956/1960, cumpre destacar o equilíbrio e o nível elevado das vendas de cacau e derivados; o res­ surgimento das de açúcar; e o sur­ gimento das exportações de petróleo bruto. A receita cambial das exportações de cacau e derivados alcançaram a cêrca de 100 milhões de dólares anuais durante o período, embora os seus preços tivessem caído de ma­ neira expressiva. O açúcar registrou uma exporta­ ção média anual da ordem de 37 mi­ lhões de dólares no quadriênio de 1956/59, esperando-se um aumento substancial em 1960, conseqüente à excepcional oportunidade propor­ cionada pelo mercado dos Estados Unidos, por motivo das sanções eco­ nômicas aplicadas por êsse país contra Cuba, seu tradicional e prin­ cipal fornecedor dêsse produto. O petróleo bruto de alta qualida­ de da Bahia apareceu nas estatísti­ cas de exportação durante o período de 1956/60, acusando, no biênio de 1958/59, média anual acima de 25 milhões de dólares. Como se sabe, essa exportação decorre do fato de que as refinarias brasileiras não es­ tavam aparelhadas para consumir

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Julho de 1961

1425


o petróleo baiano de tipo parafínico. É possível, por isso, que êsse novo item da exportação nacional venha a desaparecer no próximo qüinqüênio, uma vez que dentro de um ou dois anos, de acordo com o programa que está sendo executado, as refinarias estarão adaptadas para utilizar o “baiano”. A política dos Estados Unidos, de escoamento dos excedentes de algo­ dão iniciada em 1955, converteuse ràpidamente num verdadeiro “dumping” internacional, provo­ cando a queda vertical dos preços e das exportações de outros países, desestimulando o combate a condições naturais desfavoráveis que ocorre­ ram de fato algumas vêzes. O qiiinqüênio de 1956/60 marca, precisa­ mente, o período de declínio das ex­ portações de algodão brasileiro. Nesses cinco anos a receita cambial oriunda dêsse produto alcançou a 230 milhões de dólares, quase igual, portanto, ao resultado obtido em um só ano — 1953 — quando a ex­ portação de algodão rendeu 223 milhões de dólares. 111-4 — Análise das Importações Em conseqüência da deterioração das exportações, as importações de mercadorias também declinaram em 1956/60, no confronto com o período anterior de 1951/55, prin­ cipalmente nos itens de gêneros ali­ mentícios e matérias-primas. Alcalçaram as importações globais, em 1956/60, a 6.799 milhões de dó­ lares e u’a média anual de 1.360 mi­ lhões, cont r a, respectivamente, 8.119 e 1.624 milhões no qüinqüênio anterior. Mais de um bilhão de dólares de diferença total e quase 300 milhões na média anual. Em têrmos de suprimento de bens estrangeiros êsse declínio foi 1426

compensado pelo aumento da capa­ cidade de auto-reprodução da indús­ tria nacional e pelos investimentos estrangeiros realizados no período, êsses últimos de fato bastante ele­ vados. A verdade é que no qüinqüênio de 1956/60 não foi sentida a falta de bens estrangeiros, que ao contrário se caracterizam pela abun­ dância, seja de bens de produção e consumo ou de matérias-primas. A importação de petróleo e deri­ vados, no concernente ao valor, cres­ ceu no qüinqüênio de 1956/60, en­ quanto que diminuiu a de trigo em

grão.

A de petróleo e derivados alcan­ çou a 1.297 milhões de dólares com média anual de 260 milhões, para 1.202 e 240 milhões de dólares no qüinqüênio de 1951/55. Êsse resul­ tado foi devido ao rápido aumento do consumo nacional que, como se sabe, dobra cada seis anos. Dêsse modo, a produção substitutiva, ain­ da que apresentando notáveis índi­ ces de crescimento, tanto de extra­ ção de óleo bruto, como principalIMPORTAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS

Períodos

US$ 1 000 000

1951....................................... 1952....................................... 1953....................................... 1954....................................... 1955.......................................

204,1 245,5 237,2 259,2 255,8

1956....................................... 1957....................................... 1958....................................... 1959....................................... 1960 (* )................................

279,6 262,4 281,4 253,8 220,0

1951/55................................. M édia an u al......................

' 1 201,8 240,4

1950 60................................. Média an u al......................

1 297,2 259,8

(*)

Estimativa.

Boletim da Ind. Gráfica


mente de produtos refinados, não foi suficiente para permitir a redu­ ção do dispêndio cambial nesse im­ portante setor. As importações de trigo em grão acusaram no qüinqüênio uma des­ pesa global de 591 milhões de dóla­ res, com média anual de 118 mi­ lhões, enquanto no período de 1951/55 foram de 707 e 141 milhões de dólares. Entretanto, voltaram a aumentar nos últimos dois anos — 1959 e 1960 —, depois de quedas sucessivas da produção nacional, ocasionadas por condições naturais desfavoráveis e pelo aumento da cota de importação dos Estados Uni­ dos. Êsse país voltou a participar do nosso mercado importador de trigo, em conseqüência de um acor­ do, bem conhecido, realizado de Govêrno a Govêrno, de nosso lado re­ presentado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico, com pagamento em moeda nacional e a longo prazo. Êsse acordo é parte da política norte-americana de es­ coamento dos seus excedentes agrí­ colas. IMPORTAÇÃO DE TRIGO EM GRÃO

Períodos

US$ 1 000 000

1951....................................... 1952....................................... 1953....................................... 1951....................................... 1955.......................................

129,3 129,7 180,2 125,8 142,1

1956....................................... 1957....................................... 1958....................................... 1959....................................... 1960 (* )................................

108,6 104,1 111,8 131,4 135,0

1951/55................................. Média an u al......................

707,1 141,4

1956/60................................. M édia a n u al......................

590,9 118,2

(*)

Estimativa.

Julho de 1961

III-5 — A

Política Cambial

De modo geral, a tendência da política cambial no qüinqüênio 1956/1960 foi a de reduzir um pou­ co o grau de distorção cambial que se havia criado no qüinqüênio an­ terior com a instituição do sistema de taxas múltiplas. Ao findar o ano de 1955, era bastante distorcivo o nosso panorama cambial: cinco categorias de importação, além do custo de câmbio para importações preferenciais, quatro categorias de exportação e mais o mercado da taxa livre para a movimentação de capitais, remessas de lucros, etc. Se no atual qüinqüênio perdurou o sistema de taxas múltiplas, pode-se afirmar, pelo menos, que o seu grau de artificialismo foi sensivelmente reduzido. O primeiro passo importante para uma maior unificação das taxas de importação ocorreu com a promulgação da Lei das Tarifas em 14 de agosto de 1957. As cinco ca­ tegorias foram reduzidas a duas, mantendo-se ainda o custo de câm­ bio para as importações preferen­ ciais. Por outro lado, a lei criava um instrumento aduaneiro adequa­ do às necessidades de proteção da Indústria Nacional e à contenção de certas importações supérfluas. Do lado das exportações, as Ins­ truções da s u m o c se encarregaram de elevar progressivamente as suas taxas, procurando aproximá-las o quanto possível da do mercado li­ vre. Os passos mais importantes nesse sentido foram conseguidos com a Instrução 167, que transferiu para o mercado livre as exportações das manufaturas industriais e, pos­ teriormente, com a Instrução 192, 1427


que transferiu para êsse mercado da taxa livre tôdas as exportações, ex­ ceto as de café, cacau, óleo cru mi­ neral e mamona em bagas. O café, como era inevitável, continuou me­ recendo um tratamento cambial a parte, com uma taxa menos favorá­ vel para os exportadores, a fim de compensar a aquisição pelo Go­ verno dos excedentes das safras. Importante, também, no sentido de u’a maior unificação das taxas de câmbio, foi a providência da Ins­ trução 181, que transferiu para o mercado livre o pagamento dos fre­ tes e seguros. No tocante ao custo de câmbio, durante um certo período, pro­ curou-se elevá-lo a níveis mais rea­ listas; a taxa preferencial foi suces­ sivamente reajustada, fixando-se no atual nível de 100 cruzeiros por dó­ lar em janeiro de 1959. Desde en­ tão, porém, o Govêrno recusou-se a qualquer reajustamento de custo de câmbio. Deve-se notar, aliás, que nos 18 meses do qüinqüênio 1956/ 1960 registrou-se uma acentuada tendência do Govêrno a esconder os efeitos da inflação sôbre as taxas de câmbio, sobretudo no mercado da taxa livre. Êsse esforço para evitar a elevação da taxa livre aos níveis compatíveis com a desvalorização interna do cruzeiro é compreensí­ vel, do ponto de vista psicológico, mas pouco salutar do ponto de vista econômico. Com efeito, essa supervalorização forçada da taxa livre, além de absorver divisas do Banco do Brasil que normalmente deve­ ríam destinar-se aos leilões de câm­ bio, desestimula as exportações e as entradas de capital estrangeiro, incentivando as remessas de lucros para o exterior. 1428

111-6 —Sugestões para

um esquema de reforma cambial

Parece indiscutível que, após al­ guns anos de experiência com as taxas múltiplas de câmbio, estamos procurando restaurar a verdade cambial, caminhando para a unifi­ cação das taxas. É certo, porém, que ainda não estamos em condições de adotar imediatamente uma taxa téc­ nica em viitude de uma série de fa­ tores entre os quais se destaca a su­ perprodução do café. Dentro dessa ordem de idéias po­ dem sugerir-se as seguintes medidas básicas para o próximo passo no sentido da reforma cambial: 1) Tôdas as exportações, exceto as de café ou de qualquer outro pro­ duto que tenha excedentes compra­ dos pelo Govêrno, serão negociadas no mercado da taxa livre; 2) Aos exportadores de café, bem como aos de qualquer outro pro­ duto que tenha excedentes compra­ dos pelo Govêrno, será garantida uma taxa de câmbio equivalente à taxa do mercado livre subtraída de um determinado deságio destinado a fornecer os recursos em moeda na­ cional necessários à compra dos ex­ cedentes; 3) Tôdas as importações não in­ cluídas na atual categoria especial serão negociadas no mercado da taxa livre. Em particular fica su­ primido o atual custo de câmbio e o sistema de leilões da categoria geral; 4) Será mantida a atual categoria especial de importação. As disposições 1 e 3 acima obe­ decem diretamente ao princípio da unificação das taxas cambiais. Note-se aliás que a primeira dessas dis­ posições já está quase totalmente em vigor desde que se promulgou a Instrução 192 da s u m o c . Quanto

Boletim da Ind. Gráfica


cado livre, restará ainda a recupe­ ração dos deságios anteriormente cobrados, os quais poderão ser apli­ cados em benefício da lavoura. Deve notar-se que dentro do es­ quema proposto não pode haver, por parte dos cafeicultores, ne­ nhuma alegação de confisco cam­ bial porquanto os deságios que lhe estarão sendo subtraídos na taxa de exportação estão estritamente vin­ culados a um benefício equivalente concedido à lavoura cafeeira, qual seja, a compra, pelo Govêrno, dos excedentes de produção. Finalmente, o quarto dispositivo proposto atende à necessidade de se reprimirem certas importações des­ necessárias para a nossa economia, além disso, a de abrir uma eventual válvula de escape para o nosso sis­ tema cambial. A solução que se propõe é a de que continuem nos mesmos moldes atuais os leilões da categoria especial.

à segunda, disposição ela se destina a ressalvar a posição das exportações de café as quais, evidentemente, não se poderão lançar no mercado livre enquanto o Governo comprar os ex­ cedentes das safras. A solução pro­ posta de subtrair da taxa livre um deságio estritamente necessário ao financiamento dos excedentes desti­ na-se precisamente a evitar um tre­ mendo efeito inflacionário dêsses fi­ nanciamentos. A solução possui vantagem de conferir um certo automatismo equilibrador da oferta, porquanto, quanto maiores os exce­ dentes, maior será o deságio a se subtrair da taxa do mercado livre, e, por conseguinte, maior o deses­ timulo que se dará à produção de café e vice-versa. O mecanismo, de resto, deverá funcionar reversivelmente quando os estoques em poder do Govêrno passarem a diminuir, além de se remunerarem os expor­ tadores de café com a taxa do mer­

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Julho de 1961

1429


Há 14 anos, precisarnente a 9 de julho de 1947, surgia em nossa capital uma emprêsa especializada em embalagens industriais para todos os fins: a Cartográfica Francisco Mazza S. A., assim denominada em homenagem ao seu fundador.

Inauguradas as novas instalações da Cartográfica Francisco Mazza S. A. A organização nascida para atender

valho Pinto; Sr. Antônio Devisate, pre­

aos reclamos do parque industrial de São

sidente da Federação e Confederação

Paulo, desde seu aparecimento, identi­

das Indústrias; almirante Matoso Maia,

ficou-se com o ritmo do progresso pau­ lista e, através da contínua ampliação e

ex-ministro da Marinha;

modernização de seus processos e equi­ pamentos, veio a ser considerada no gê­

Prestes Maia, sr. Damiro de Oliveira Volpe e Dr. Oswaldo Preuss, represen­

nero uma das mais importantes do país. Mas a Cartográfica Mazza não parou

tando o sr. Theobaldo De Nigris presi­ dente do Sindicato da Indústria Gráfica,

aí. E, em permanente expansão, acaba

e outras autoridades civjs e militares,

engenheiro

Virgílio Gallo, representando o prefeito

de abrir mais uma expressiva fase em

além de expressivas figuras da sociedade.

suas atividades, com a inauguração, no

Dom Vicente Zioni, bispo auxiliar do

último dia 8 de setembro, de ampliações

Cardeal Motta, abençoou e celebrou

que dão às suas instalações e maquinários um lugar de destaque.

missa, após o que o Sr. Francisco Mazza

Ao ato inaugural, presidido pelo ca­ sal Francisco Mazza, acompanhado de tôda a diretoria, constituída dos senho­ res Jesus Quintanilha — superinten­ dente, José Mazza — técnico industrial, Adauto Scavone — tesoureiro e suas res­ pectivas esposas, compareceram também os senhores Dr. Paulo Marzagão, secre­ tário do Trabalho, Comércio e Indús­ tria, representando o governador Car­

1430

pronunciou um breve discurso de agra­ decimento, do qual extraímos o seguinte tópico: “A todos que nos oferecem a satisfação de sua amizade, os nossos me­ lhores e mais profundos agradecimentos. As Exmas. Senhoras e gentis Senhoritas aqui presentes as homenagens da minha respeitosa admiração.

Com a

sensibilidade de um coração sempre leal e amigo, queiram receber esta santa missa como imorredoura prece de minha

Boletim da Ind. Gráfica


profunda gratidão. Senhor Bispo, dig­ níssimas autoridades civis e militares; a todos indistintamente, meus bons ami­ gos, muito obrigado”.

N o ta da R ed ação :

talvez, da América do Sul; supre, nesse setor, as maiores indústrias do país. Em. razão do desenvolvimento das in­ dústrias que nos honram com suas enco­ mendas e que estão sempre a exigir um mais substancial fornecimento de emba­ lagens, vimo-nos na contingência de am­

Estivemos presentes aos atos de inau­ guração da Cartográfica Mazza S. A., e não podemos deixar de registrar aqui os nossos cumprimentos a essa organi­ zação, nas pessoas do Sr. Francisco Mazza e seus diretores, pela recepção dada a todos aquêles que lá estiveram. Rece­ bemos uma significativa mensagem que transcrevemos: Senhor visitante:

pliar as nossas instalações e maquinários, que hoje temos a satisfação de inau­ gurar e que se compõem das seguintes secções: Planejamento-Desenho e mode­ lagem, Preparação, Corte, Tipografia, Fotolito, Fotogravura (em montagem), Laboratórios, Offset, Impressão Gráfica (minervas e cilindros), Corte e Vinco, Secagem, fíronzeação, Cartonagem, Co­ lagem e acabamento, Vendas, Almoxarifado, Departamento pessoal, além do

Sentimo-nos honrados com a vossa visita, nesta data, para nós sumamente grata, pois ela marca catorze anos de ati­ vidades.

Departamento Social, composto de Refei­

Realmente, a 9 de julho de 1947, em razão dos reclamos do parque industrial de São Paulo, resolvemos fundar uma empresa especializada em embalagens industriais para todos os fins, a qual, em homenagem de seu fundador, foi dado o nome de Cartográfica Francisco Mazza S. A.

contrareis um nosso auxiliar que sentir-

Nossa organização é considerada, no gênero, a mais importante do país e,

tórios (masculino e feminino), Ambula­ tório Médico, Barbearia (em montagem). Em cada um dos Departamentos en­ se-á satisfeito em proporcionar-vos todas explicações que lhes forem solicitadas. A casa é vossa, locomovei-vos com in­ teira liberdade e creiais que nos sentimos sumamente desvanecidos com a vossa honrosa visita. Aceitai, pois, os agradecimentos da Diretoria.

Enquanto Você, caro associado, dedica-se integralmente à direção da sua emprêsa, a diretoria do Sindicato trabalha, atenta, na defesa dos seus direitos. Tanto quanto possível, coopere conosco.

Julho de 1961

1431


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1432

Boletim da Ind. Gráfica


Noticiário Industrial faz curso de especialização nos Estados Unidos 10 meses, intitula-se “Printing Ma­ nagement” (Administração em ar­ tes Gráficas) e é ministrado no “Los Angeles State College of Applied Arts and Sciences”.

Seguiu para os Estados Unidos, no dia 16 de agosto, o Sr Roberto Asbahr, filho do nosso grande amigo e ex-Diretor dêsse Sindi­ cato, Sr. Evaldo Asbahr. Roberto formou-se, no ano passado, com brilhantismo, pela Faculdade de Ciências Econômicas da Universi­ dade Mackenzie. Desde então faz parte da Diretoria da Gráfica As­ bahr S. A. Sabedor que nos Estados unidos havia um curso es­ pecial para administradores na in­ dústria gráfica, decidiu matricularse, a fim de aprimorar seus conhe­ cimentos em administração e prin­ cipalmente nas artes gráficas. Dito curso, aliás o único existente nos Estados Unidos, tem a duração de

Julho de 1961

Aproveitando sua longa perma­ nência no exterior, Roberto entra­ ra em contato com industriais gráficos, entidades de classe, insti­ tuições culturais, etc., e nos enviará, bem comoà a b t g , suas observações e dar-nos-á ciência dos ensina­ mentos que fôr adquirindo. T e­ mos certeza de que esta experiên­ cia nos será muito proveitosa. Desejamos ao Roberto Asbahr, sinceramente, feliz viagem e pleno êxito no excelente curso que irá freqüentar. Contamos poder pu­ blicar neste boletim, quando do seu regresso, os aspectos mais interes­ santes e importantes dessa viagem, cujo resultado nos esclarecerá rela­ tivamente a novas técnicas e ten­ dências na indústria gráfica norteamericana. Dessa forma poderemos estimular outros companheiros a seguirem o exemplo e constituir entre nós um grupo de vanguardeiros que por certo imprimirão um ritmo novo e mais dinâmico às ar­ tes gráficas de nossa terra. 1433


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1434

Boletim da Ind. Gráfica


Secretaria Relatório da diretoria do S. I. G. referente ao exercício de 1960 Cumprindo ditames legais e estatutários, a Diretoria do Sindicato das Industrias Gráficas no Estado de São Paulo tem satisfação em apresentar rela­ tório dos trabalhos desenvolvidos no ano de 1960. Ano de luta eleitoral e fim de governo, 1960 não nos trouxe maiores pro­ blemas. Não houve alterações sensíveis no plano econômico nem questões sérias no setor social. Sabido o resultado das urnas, à maioria interessava um ambiente de tran­ quilidade, de modo a não ser perturbado o processo democrático. No plano sindical propriamente dito, as reivindicações foram formuladas em moldes mais criteriosos e as negociações entre as várias categorias econômicas e profissionais se processaram sem contundências. Tornou ao debate a extinção do imposto sindical, gerador do “peleguismo”. Fato que teve de ser indevido do papel “linha rizações ilegais concedidas junto a quem de direito,

enfrentado, e o foi corajosamente, prendeu-se ao uso d’água” por indústrias diversas, inclusive com auto­ por departamentos do govêrno. A ação do Sindicato, acabou a conjura.

O ano se encerrou num ambiente de expectativa, decorrente do resultado das eleições para a Presidência da República. Todos aguardavam as medidas econômicas e sociais, que formaram a plataforma de govêrno do candidato eleito. É enorme o crédito concedido pela maioria esmagadora do povo brasileiro ao nôvo Presidente. Não podemos deixar passar a oportunidade para agradecer a colaboração prestada por todos os Associados e amigos, pelo resultado alcançado no correr do ano que se findou. E o sucesso se deve, principalmente, ao apoio recebido dêsses nossos amigos, sem o que a entidade não teria a expressão que tem e sempre teve, nem o alto conceito granjeado através de árdua luta em defesa da classe. A Diretoria do Sindicato, por mim representada, agradece, portanto, a todas as firmas associadas, amigos, entidades nacionais e estrangeiras, bem como aos seus funcionários a dedicação e o desprendimento demonstrados, tendo como finalidade, tão somente, o engrandecimento do nome do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo e da classe que representa. São Paulo, 31 de dezembro de 1960.

Julho de 1961

1435


REUNIÕES DA DIRETORIA

No ano de 1960, como já acontecia nos anos anteriores, a Diretoria reuniu-se tôdas as quartas-feiras para a discussão de assuntos gerais relativos à classe e à vida do Sindicato, tomando ciência da matéria que, durante as semanas ante­ riores, vinham ao conhecimento da Se­ cretaria. ASSEMBLÉIAS GERAIS

Duas Assembléias Gerais Ordinárias realizaram-se no curso do ano de 1960: a primeira em 24 de março, destinada à aprovação do Relatório da Diretoria e do Balanço do exercício de 1959 e, a se­ gunda, em 28 de junho, para aprovação da Proposta Orçamentária para o exer­ cício de 1961. No dia 11 de maio realizou-se a eleição para a escolha da nova Diretoria dêste Sindicato, tendo se apresentado uma chapa constituída pelos seguintes candidatos: Theobaldo De Nigris — Presidente, Bertolino Gazi — Secretário, Damiro de Oliveira Volpe — Tesoureiro; Vito J. Ciasca, José J. H. Pieretti e Luiz Lastri — Suplentes; Jorge Saraiva, Bruno Canton e Dante Giosa — Membros do Conselho Fiscal; Rubens Ferreira e Lair Geraldo Rocco — Su­ plentes; Theobaldo De Nigris, Felício Lanzara e Pery Bomeisel — Delegados na Federação das Indústrias; João Andreotti, José Napolitano Sobrinho e Homero Vilela de Andrade — Suplentes. Realizada a eleição e feita a apuração verificou-se que a chapa estava eleita unanimemente pelos 15 eleitores pre­ sentes e que assinaram a respectiva fôlha de votação. No dia 8 de outubro rea­ lizou-se a Assembléia Geral Extraordi­ nária com o fim de debater a questão salarial dos Trabalhadores Gráficos. A discussão redundou numa conciliação posteriormente homologada pelo D.R. do Trabalho na base de 36% (trinta e seis por cento) com o teto de Cr$ 6.200,00 (seis mil e duzentos cruzeiros). REUNIÕES DA CLASSE

Como nos anos anteriores, também nesse foram realizadas reuniões infor­ mais entre os Associados, constantes de jantares de confraternização. O pri­ meiro realizou-se no “Restaurante e Churrascaria Rio Branco”, às 19 horas do dia 7 de abril, com a presença de 56

1436

associados. O segundo realizou-se na Cantina “1060”, às 19 horas do dia 11 de outubro, contando com a presença de 91 associados. Provou-se aí a grande utilidade das reuniões informais, pois ensejam um maior intercâmbio entre os associados, já que essa é a finalidade precípua do Sindicato. REUNIÃO ESPECIAL

As questões relativas ao Papel com “linha d’água” deram ensejo a que hou­ vesse, no decorrer do ano de 1960, reu­ niões especiais entre os fabricantes de cadernos, tendo por escopo o cumpri­ mento de normas de agir relativas à matéria. POSSE DA DIRETORIA

No dia 3 de junho tomou posse a nova Diretoria, eleita a 11 de maio, com a presença dos srs. Antônio Devisate e Mário Toledo de Morais, respectiva­ mente, Presidente e Vice-Presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Na mesma oportunidade inauguraram-se oficialmente as instala­ ções definitivas do Sindicato, em sua sede própria. O ato de inauguração con­ sistiu no descerramento de quadros de antigos dirigentes da entidade, bem como da entronização do crucifixo no Sa­ lão Nobre. SALARIOS

Como é do conhecimento geral, os salários foram aumentados, por acordo, devidamente homologado pelo Tribunal Regional do Trabalho, na proporção de 36% (trinta e seis por cento) sôbre os salários vigentes em 1.° de novembro de 1959, com teto de Cr$ 6.200.00 (seis mil e duzentos cruzeiros). Relativamente às bases dêsse acordo, o “Boletim da Indús­ tria Gráfica” em seu número de outubro, página 1.082, transcreveu na íntegra os têrmos, inclusive as percentagens de au­ mento para os empregados admitidos após a data-base. BOLETIM DA INDÚSTRIA GRAFICA

Como de hábito foram publicados e distribuídos mensalmente os exemplares do Boletim da Indústria Gráfica, que foram remetidos aos Associados, amigos e entidades em geral. Graças à colabo-

Boletim da Ind. Gráfica


BALANÇO PATRIMONIAL COMPARADO CÓ­ DIGO

CONTAS DO ATIVO

311 312 313 314 315 316

Bens imóveis................................ Mobiliário e instalações........... Biblioteca.......................................

321 322 323 324 325 326

Títulos de renda......................... Carteira sociais............................ Distintivos..................................... Devedores diversos....................

331 332

C aixa............................................... Depósitos bancários................... Bco. Brasil - c/ imp. sindical. . Bco. Brasil - c/ v in cu lad a.... The First Nat. C ity Bank. . . Bco. Financial Novo Mundo . Finanças.........................................

E X E R C ÍC IO DE 1959

EX E R C ÍC IO D E 1960

DIFERENÇA

para mais

para menos

Ativo Im obilizado

2.710.864,30 2.710.864,30 633.341,50 726.055,20 17.040,00 17.040,00

92.713,70

200,00

200,00

Ativo Realizável

163.765,00 163.765,00

183.765,00 183.765,00

20.000,00 20.000,00

1.361,10

1.646,80

285,70

13.659,60 629,80 2.926,90 15.690,60

7.819,60 4.523,30 74.721,80

3.893,50 71.794,90

Ativo Disponível

333 334

T o t a i s ...........................................

CÓ­ DIGO

CONTAS DO PASSIVO

411 412 413 414

Patrimônio..................................... Fundo de assistência................. Fundo de depreciação...............

421 422 423

Credores diversos........................ Depósitos de terceiros............... Fundo de reserva....................... (art. 40 dec. lei 1.402) Impôsto a p ag ar......................... Ordenados a p ag ar.....................

15.690,60

3.579.278,80 3.562.871,00

EX ER C ÍC IO d e 1959

5.840,00

EX ER C ÍC IO DE 1960

168.887,80

185.295,60

DIFERENÇA

para mais

para menos

Passivo não Exigível

2.653.615,40 2.969.829,90 7.516,70

7.516,70

836.463,80

503.841,50

81.682,90

81.682,90

316.214,50

Passivo Exigível

424 425 426

T o t a i s ...........................................

Julho de 1961

3.579.278,80 3.562.871,00

332.622,30

316.214,50

332.622,30

1437


ração de L. Niccolini S/A. e São Paulo Editora S/A., foi possível ao Sindicato oferecer o Boletim de maneira primo­ rosa, em papel e material tipográfico de alta qualidade. É de notar que, sem a colaboração das firmas supracitadas, di­ ficilmente teria sido possível a obtenção de um Boletim que representasse digna­ mente a poderosa Indústria Gráfica de nosso Estado. MOVIMENTO ASSOCIATIVO

Durante o exercício de 1960 foram admitidos ao quadro social do Sindicato 43 sociedades ou firmas, elevando-se o número de associados que era em 1959 de 338 para 366, dado que 15 deixaram, la­ mentavelmente, o quadro associativo, uns por terem encerrado as suas ativi­ dades no ramo gráfico, outros por não terem efetuado o pagamento das con­ tribuições à entidade, a que se obrigam.

defesa dos interesses da classe represen­ tada pelo Sindicato. Além disso, foram realizadas 41 audiências na Justiça do Trabalho, no decorrer do ano de 1960, oferecidos 16 recursos Ordinários ou contra-razões de recursos, 3 recursos de Revista, 2 contra-razões de recursos ex­ traordinários e uma contra-razão em Embargos Extraordinários. No que tange a consultas, como é sabido, o De­ partamento Jurídico atendeu a grande número de consultas telefônicas e ver­ bais, principalmente no que se refere a Imposto de Consumo e Legislação Tra­ balhista, tendo-se desempenhado bem da missão que lhe fôra confiada na pessoa do seu chefe Dr. Dalla. SEDE PRÓPRIA

Durante o ano de 1960 foram rece­ bidos dos srs. Associados e pessoas amigas da entidade Cr$ 259.000,00 (duzentos e cinqüenta e nove mil cruzeiros), desti­ nados a despesas para a sede própria. SECRETARIA Como é sabido, no fim do ano de 1961 Diante do crescente número de asso-' terminará o pagamento das prestações para compra do local da sede. Assim, ciados, o trabalho da Secretaria também naquela oportunidade, terá que ser la­ aumentou consideràvelmente no ano de vrada a escritura definitiva, o que acar­ 1960. Movimento de caixa, atendimento retará uma despesa de vulto por parte dos associados, entrega de relações de do Sindicato, com o pagamento de “sisa” empregados, controle e expedição de e outras despesas, como de Tabelião, Re­ guias do Imposto Sindical, informações gistro, etc. de caráter geral, serviços de despachante, Sôbre o assunto informamos que o etc., foram algumas das muitas e va­ Sindicato teve oportunidade de reque­ riadas atividades que desenvolveu e vem desenvolvendo a Secretaria. Sendo pe­ rer do senhor Secretário da Fazenda do queno o número de funcionários, é evi­ Estado de São Paulo isenção do imposto dente que todos os seus membros se des­ de transmissão “inter-vivos”, já que há lei estadual beneficiando Sindicatos de dobrassem nessas e em outras atividades empregado . Todavia, apesar de solici­ próprias do Sindicato. tado o favor, por equidade, o senhor Secretário da Fazenda, por intermédio DEPARTAMENTO JURÍDICO dos órgãos competentes, indefiriu o pedido. Como já dissemos em outra parte Como se observará do Balanço Pa­ dêste relatório, foi homologado em ou­ tubro um nôvo acordo intersindical en­ trimonial Comparado, a situação finan­ ceira do Sindicato não é das mais anima­ tre o Sindicato patronal e o Sindicato doras, por isso apelamos aos senhores As­ dos Empregados. Não será necessário ressaltar o papel preponderante desem­ sociados no sentido de, na medida das possibilidades de cada um, fazerem uma penhado pelo Dr. João Dalla Filho, contribuição extra para o fim acima ex­ advogado da nossa entidade, para a boa solução do caso, como efetivamente ocor­ posto. Outrossim, insistimos para que reu. No que toca ainda ao Dissídio Co­ tragam para o quadro social da enti­ dade, novas firmas que ainda não se letivo, o Departamento Jurídico estêve presente nas várias mesas-redondas reali­ inscreveram ou que, por alguma razão, zadas na Delegacia Regional do Tra­ deixaram de pertencer ao nosso quadro balho, tendo-se empenhado a fundo na' de associados.

1438

Boletim da Ind. Gráfica


Mi scel ânea * As atividades econômicas desen­ volvidas em São Paulo fazem do Es­ tado também o melhor cliente da União. Paga 40% do imposto de renda do país, 50% do imposto de consumo e 60% do imposto de importação. * Está em tramitação pela Câmara dos Deputados em Brasília o pro­ jeto n.° 2974 j61 de autoria do deputado federal Lamartine Távora, que obriga todos os Sindicatos em funcionamento no país e devida­ mente registrados, bem como tôdas as fábricas que tenham 100 (cem) ou mais empregados, a instalarem biblioteca para uso dos trabalha­ dores. * Já se acha em pleno funciona­ mento a nova fábrica de papelão ondulado construída por Klabin Irmãos & Companhia, em Vila Anastácio, na Capital. Fala-se que a fábrica velha, em produção na Rua Voluntários da Pátria, será transferida para o Rio Grande do Sul. Por outro lado noticia-se que a empresa em referência já pediu aforamento de grande área na ci­ dade de Belo Horizonte, visando ao início da construção de nova fábrica de azulejos, refratários, louças, etc.

]ulho de 1961

O capital atual de Klabin Irmão & Cia. é da ordem de Cr$ 2,5 bilhões.

* A. J. Walter Thompson, que é considerada como a maior agência de propaganda do mundo, entrou em uma fase de expansão sem pre­ cedentes. No curso de três mêses, somente, a agência de New York obteve novas contas que ascendem a 22 milhões de dólares anuais. Esforço idêntico também se pro­ cessa no Brasil. * Ainda sôbre o Grupo Klabin, informa-se que estão em entendi­ mentos com o govêrno de Santa Ca­ tarina para a instalação de celulose naquele Estado. As autoridades ca­ tarinenses estariam dispostas a isen­ tar de impostos o novo empreendi­ mento, cujo o investimento está estimado em 1 bilhão de cruzeiros.

Bloch Editores, do estado da Guanabara adquiriram em Brasília 8 lotes, na área gráfica, para cons­ trução de suas futuras oficinas. Entre os projetos sèriamente consi­ derados para a vida da editora em Brasília consta, no setor de Relações Públicas, a aquisição de urna lancha para proporcionar passeios a amigos e visitantes no lago da Capital Federal. *

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Boletim da Ind. Gráfica


Jurisprudência Matéria Fiscal Imposto de Renda Imposto de Consumo Encadernação Nunca reputamos supérflua a divul­ gação de decisões que de perto interes­ sam à Indústria Gráfica. Está nesse caso uma resposta dada pela Recebedoria Federal do Estado da Guanabara a consrdta que lhe fôra for­ mulada, relativamente à incidência de Imposto de Consumo na encadernação e assim, transcrevemos os tópicos prin­ cipais da mesma, publicada no D. O. da Guanabara de 19 de abril do corrente ano, vem no entanto prevenir de que não se trata de decisão definitiva, por caber dela recurso à Diretoria das Rendas In­ ternas. “Nos têrmos do art. 5.° e respectivo parágrafo único, letra “b”, do mencio­ nado Regulamento, equiparam-se a fa­ bricante os beneficiadores. . . Na ati­ vidade de encadernação, a capa confec­ cionada com papelão, cartolina ou car­ tão constitui o artefato característico que dá qualidade essencial ao serviço exe­ cutado, consistindo seu revestimento de papel, percaline ou outro material uma simples complementação para fins de acabamento. Nestas condições, respon-

Julho de 1961

da-se tendo em vista os arts. l.°, 75, 76, 130 e 151 § l.°, do aludido Regulamento e o resolvido por esta Recebedoria no Proc. n.° 60.655-59 (Consulta Consumo n.° 138-60): I-a encadernação, pura e simples, ou seja a confecção e aplicação de uma capa de papelão ou similar com o respectivo acabamento, constitui fa­ brico dêsse artefato, pelo que incide o imposto de consumo sôbre o preço do serviço cobrado aos freguês, na base de 5% “ad valorem” pelo inciso 3 da Alínea VIII; II — está excluída da tributação a encadernação de livros usados, coleções de jornais, revistas e documentos, sem intuito de revenda, por se tratar de ope­ ração que não se considera beneficiamento; III — devem ser utilizados a nota fiscal mod. 16, a guia de recolhi­ mento mod. 5 e os livros mod. 5 e os li­ vros mods 20, 21 ou 21-A e 29; IV — no caso de encadernação por encomenda de fabricantes, serão remetidos com guia mod. 14 os produtos por beneficiar e devolvidos com guia mod. 14-A os já beneficiados, cumprindo à consulente es­ criturar o livro mod. 24.

1441


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CUSTO DE VIDA O aumento do custo de vida da classe trabalhadora em São Paulo, de acordo com os estudos elaborados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos “ d i e e s e ” — a partir de novembro de 1960, ocasião em que entraram em vigor os novos níveis salariais da classe dos gráficos, até julho do corrente ano, — teve o seguinte comportamento: % M E SES

Outubro, 1960. . . . Novcmbrc, 1960. . Dezembro, 1960. . . Janeiro, 1961........ Fevereiro, 1961. . . Março, 1961.......... Abril, 1961............ Maio, 1961............ Junho, 1961.......... Julho, 1961...........

1442

ÍN D IC E S

197,3 204,6 209,7 214,2 219,6 229,3 240,4 246,2 253,3 255,6

EM R E L A ­

%

EM R E L A ­

ÇÃO AO MÊS

Ç Ã O AO MÊS

A N T E R IO R

DE OUTUBRO

0 3,69 2,49 2,16 2,52 4,41 4,84 2,41 2,88 0,90

0 3,69 2,59 2,28 2,74 4,91 5,63 2,95 3,59 1,16

% A CU M ULADA

0 3,69 6,28 8,56 11,30 16,21 21,84 24,79 28,38 29,54

Boletim da Ind. Gráfica


Cl í ni ca G r á f i c a Em offset o cuidado com as pinças evita dificuldade na impressão Muitas das dificuldades que apa­ recem durante a impressão em offset são dependentes das más con­ dições das pinças. Tem elas impor­ tante missão a realizar, e não poderão fazê-lo se não estiverem na melhor condição de trabalho. Se as folhas se aderem, às vêzes, aos rolos transportadores, ou se se obtém uma impressão dupla nas máquinas muticolores, aconselha-se verificar as condições das pinças. Quando em máquina bicolor os pontos do meio tom repro­ duzidos na primeira unidade im­ pressora aparecem borrados, uma das causas pode ser motivada pelas pinças desreguladas. Entretanto, não se confunda borrado com dupla impressão. São bastante diferentes se vistos em um microscópio de 50 aumentos. O borrado é uma man­ cha que vai diminuindo desde a zona sólida de tinta até a mais clara. A impressão dupla se constitui num ponto bem definido, porém cinza, que se estende da zona clara de tinta, parecendo uma sombra do ponto impresso. É causado, em al­ guns casos, ao correrem as folhas nas pinças, quando são retiradas do primeiro cilindro impressor. O tamanho e sobreposição do ponto varia em relação com o desliza­ mento das folhas nas pinças. Como se sabe, o segundo rôlo toma sempre um pouco de tinta do papel, impressão pela primeira uni­ dade impressora. Isto não causará nenhuma dificuldade sempre que a imagem da primeira côr faça o

Julho de 1961

contacto com o segundo rôlo exa­ tamente no mesmo lugar. Se as folhas deslizam nas pinças, o se­ gundo rôlo imprimirá a primeira côr outra vez na fôlha em forma de um ponto sombreado. Se, porém, a fôlha prende-se ao rôlo, isto pode ser devido as pinças estarem frouxas, com folga ou ainda por não estarem devidamente sincronizadas com o giro da impres­ são. O cilindro de pressão leva a fôlha a um cilindro transportador com pinças de entrega. Êste trans­ porte tem início precisamente no momento em que a fôlha é retirada do cilindro de impressão e está sob sua mais forte pressão. Durante êste ciclo de transporte, as pinças seguram firmemente a fôlha antes que o outro jôgo de pin­ ças a solte. Esta operação é exe­ cutada a muita velocidade, de modo que, se as pinças trabalham com mo­ vimento retardado ou estão frouxas, o controle sôbre as folhas se perde­ rá. Se a fôlha desliza pouco, o resul­ tado será uma dupla impressão. E se desliza completamente até sair das pinças, então o rôlo a transpor­ tará novamente a impressão. Regularmente, as pinças devem ser limpas completamente até que se verifique que funcionam livre­ mente nas barras. As barras tam­ bém deverão trabalhar livres em seus suportes, devendo-se inspe­ cionar o mecanismo dos excêntri­ cos para certificar-se de que giram livremente e que se lubrificam quando é necessário. 1443


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COLAS

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COPIAR, Prensas para Cia. Im p ortad ora G ráfica A rthur Sievers — Rua das Palm eiras, 239 - Fone: 51-9121. C om panhia T . Jan ér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907.

COPIATIVA, Tinta Eklypse L tda. — Avenida Lacerda Franco, 952 Fone: 70-8223.

COSTURAR LIVROS, Máquinas para C om panhia T . Ja n ér, Comércio 8c In d ú stria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtiinod S. A. - M áquinas e M ateriais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639.

DOBRAR, Máquinas de Cia. Im portadora G ráfica A rthur Sievers — Rua das Palm eiras, 239 - Fone: 51-9121. C om panhia T . Ja n ér, Comércio & In d ú stria — Av. H enry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtim od S. A. • M áquinas c M ateriais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. T ecnigráfica S. A. — R ua General Osório, 144/152 - Fones: 32-4854, 34-8265 e 35-3981. Caixa Postal, 3420 — São Paulo.

DOURAÇÃO, Máquinas e equipamentos para Cia. Im p ortad ora G ráfica A rthur Sievers — Rua das Palm eiras, 239 - Fone: 51-9121. C om panhia T . Jan ér, Comércio 8c In d ú stria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtim od S. A. - M áquinas e M ateriais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639.

ENCADERNAÇÃO, Máquinas e equipamen­ tos para Cia. Im portadora G ráfica A rthur Sievers — R ua das Palm eiras, 239 - Fone: 51-9121. C om panhia T . Jan ér, Comércio 8c In d ú stria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Coinagraf - Com. de M áquinas Gráficas Ltda. — Alameda Cleveland, 690 - Fone: 52-2522. F untim od S. A. - M áquinas e M ateriais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. T ecnigráfica S. A. — Rua General Osório, 144/152 - Fones: 32-4854, 34-8265 e 35-3981. Caixa Postal, 3420 — Sâo Paulo.

ENVELOPES, Máquinas para fabricação de Funtim od S. A. - M áquinas e M ateriais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639.

ENVERNIZAR, Máquinas para Cia. Im portadora G ráfica A rthur Sievers — Rua das Palm eiras, 239 - Fone: 51-9121. C om panhia T . Ja n ér, Comércio 8c In d ú stria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. T ecnigráfica S. A. — R ua General Osório, 144/152 - Fones: 32-4854, 34-8265 e 35-3981. Caixa Postal, 3420 — São Paulo.

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ESTEREOTIPIA, Máquinas e equipamentos Cia. Im portadora G ráfica A rthur Sievers — R ua das Palm eiras, 239 - Fone: 51-9121. C om panhia T . Jan ér, Comércio 8c Indústria — Av. H enry Ford, 833 - Fone: 93-5907.

ETIQUETAS EM RELÊVO, Máquinas para fabricação de Cia. Im portadora G ráfica A rthur Sievers — Rua das Palm eiras, 239 - Fone: 51-9121. C om panhia T . Ja n ér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907.

FACAS, para máquinas de cortar (guilhotinas) Cia. Im portadora G ráfica A rth u r Sievers — Rua das Palm eiras, 239 - Fone: 51-9121. C om panhia T . Ja n ér, Comércio 8c Indústria — Av. H enry Ford, 833 - Fone: 93-5907. F untim od S. A. - M áquinas e M ateriais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639.

FOTOGRAVURA, Máquinas e equipamentos para Cia. Im portadora G ráfica A rthur Sievers — Rua das Palm eiras, 239 - Fone: 51-9121. C om panhia T . Janér, Comércio 8c Indústria — Av. H enry Ford, 833 - Fone: 93-5907. F untim od S. A. - M áquinas e M ateriais Gráficos — R ua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. T ecnigráfica S. A. — Rua General Osório, 144/152 - Fones: 32-4854, 34-8265 e 35-3981. Caixa Postal, 3420 — São Paulo.

FOTOLITO, Máquinas e equipamentos para Cia. Im portadora G ráfica A rthur Sievers — R ua das Palm eiras, 239 - Fone: 51-9121. C om panhia T . Ja n ér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Printscreen — Av. do Çstado, 7904 — Fone: 63-1042.

GUILHOTINAS Cia. Im portadora G ráfica A rthur Sievers — R ua das Palm eiras, 239 - Fone: 51-9121. C om panhia T . Ja n ér, Comércio 8c Indústria — Av. H enry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtim od S. A. - M áquinas e M ateriais Gráficos — R ua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. C om agraf - Com. de M áquinas Gráficas Ltda. — Alameda Cleveland, 690 - Fone: 52-2522.

GRAMPEAR, Máquinas de Cia. Im portadora G ráfica A rthur Sievers — R ua das Palm eiras, 239 - Fone: 51-9121. C om panhia T . Ja n ér, Comércio 8c Indústria — Av. H enry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtim od S. A. • M áquinas e M ateriais Gráficos — R ua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639.

HEIDELBERG, Representantes: F untim od S. A. - M áquinas e M ateriais Gráficos — R ua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639.

Boletim da Ind. Gráfica


IMPRESSÃO, Máquinas de Cia. Im portadora G ráfica A rthur Sievcrs — Rua das Palm eiras, 239 - Fone: 51-9121. C om panhia T . Ja n ér, Comércio &: In d ú stria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. C om agraf - Com. de M áquinas Gráficas Ltda. — Alameda Cleveland, 690 - Fone: 52-2522. Funtim od S. A. - M áquinas e M ateriais Gráficos — R ua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. T ecnigráfica S. A. — Rua General Osório, 144/152 - Fones: 32-4854, 34-8265 e 35-3981. Caixa Postal, 3420 — São Paulo.

ÍNDICE, Tesouras e máquinas

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Julho de 1961

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Boletim da Ind. Gráfica


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Serviços prestados pelo Sindicato das Indústrias Gráficas aos seus associados ★

Redação e Administração

Rua Marquês de Itu, 70 — 12.° andar Telefone: 32-4694 — (Sede própria) SÃO

PAULO

Diretor responsável

SECRETARIA

D as 8,30 às 11,30 e das 13,30 às 17,00 h o ras A os sá b a d o s: das 9 às 12 ho ras. Dr. O swaldo P reuss

Secretário Geral

Dr. J oão D alla F ilho

Redação

* Distribuição de guias para recolhi­ mento de impostos em geral. * Impressos fiscais e modelos de im­ pressos de comunicações. * Serviços de Despachante, Encami­ nhamento de papéis nas repartições públicas. Registro de Empregados. Encaminhamento de relações de em­ pregados. Recolhimento de Impostos e multas. Informações sobre assuntos gerais. H* Distribuição de publicações periódi­ cas informativas.

T heobaldo D e N igris Dr. J oão D alla F ilho

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L. N ic c o l in i S. A.

Departamento Jurídico

*

Dr. J oão D alla F ilho e Dr. Oswaldo P reuss

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS NO ESTADO DE SÁO PAULO

* Defesa de associados na J ustiça

Diretoria

Theobaldo De Nigris — Presidente Bertolino Gazi — Secretário Damiro de Oliveira Volpe — Tesoureiro S uplentes

Vito J. Ciasca, José J. H. Pieretti Luiz Lastri

e

Conselho Fiscal

Jorge Saraiva Bruno Canton Dante Giosa

P aulo M onteiro

Delegados na Federação

Theobaldo De Nigris Felício Lanzara Pery Bomeisel S uplentes

João Andreotti, José Napolitano Sob.0 e Homero Vilela de Andrade * D elegacia e m S antos

Affonso Franco

Praça da República, 20

Ernani Paulino

Departamento Técnico

* Orientação em geral sobre qualquer assunto concernente à indústria grá­ fica. Palestras e conferências técnicas.

R ua José B onifácio, 135 — 10.® an d ar

Rubens Ferreira e Jair Geraldo Rocco

representante e m

* Informações trabalhistas, fiscais e ju­ rídicas em geral.

Sociedade Cooperativa Gráfica de Seguros

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