Boletim da Indústria Gráfica (BIG) - Edição 131 - 1961

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feoíêtífi* dai Jndústria Gráfica Ano X4I- 8/97/0-1961 ^ » Disfíifeuitjp pêlo Sindicato das Indústrias Gráficas

Est

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para visitar a FEIRA INTERNACIONAL “ IMPRESSÃO E PAPEL”

DUESSELDORF - 5 A 18 DE MAIO DE 1962

A maior das exposições internacionais de máquinas e materiais a D R U P A — na cidade de Dusseldorf, Alemanha, será realizada no de 5 a 18 de maio de 1962. Trata-se da maior e mais completa feira o que diz respeito à indústria gráfica, reunindo fabricantes de todo o

gráficos período de tudo mundo.

A CIA. T . JA N ÉR, que foi pioneira da idéia de visitas em grupos, tendo organizado a primeira caravana de industriais gráficos que visitaram a Exposição Internacional de Máquinas Gráficas em Nova York, no ano de 1959, está organizando mais uma caravana para facilitar aos nossos clientes e amigos a visita à D R U P A.

ôsto/Outubro de 1961

Ag

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As principais vantagens que podemos oferecer aos industriais gráficos do Brasil são as seguintes: 1. Descontos vantajosos nas passagens aéreas, em virtude da viagem ser realizada em grupo. 2. Reservas de hotel, tam bém com desconto, o que repre­ senta uma grande facilidade, pois acham-se lotados quase todos os hotéis da região de D uesseldorf em vista da grande afluência à D R U P A. 3. Acom panhantes (cicerones) que, além de contarem com algumas dezenas de anos de experiência no ramo gráfico, falam correntem ente português, alem ão, inglês e francês. 4. As nossas relações de muitos anos com os fabricantes de m áquinas gráficas, organizações de classe, indústrias gráficas na Alem anha e dem ais países europeus, serão postas à disposição dos participantes da caravana, para possibilitar m elhor aproveitam ento de suas visitas. 5. Pagam ento da im portância correspondente à viagem aérea, ida e volta, e as despesas de hotel, em suaves prestações, fixando-se o câm bio no dia do pagam ento da prim eira prestação, sem mais ajustes posteriores. Em virtude de têrmos de confirmar as nossas reservas de hotel durante a segunda quinzena de dezembro de 1961, solicitamos fazerem suas inscrições até a primeira semana de dezembro, no mais tardar. Ao oferecer mais esta oportunidade aos industriais gráficos do Brasil, a Cia. T . Janér espera contribuir para o aprofundamento dos conhecimentos relativos à indústria gráfica em geral, facilitando o intercâmbio internacional, mediante o contacto com os fabricantes das melhores máquinas gráficas do mundo inteiro. Na expectativa de que esta caravana Janér se torne um sucesso ainda maior do que a anterior, faremos tudo para tornar esta viagem agradável e interessante para todos os participantes.

Para fazer as inscrições e para maiores detalhes, pedimos dirigirem-se à CIA. T . JA N ÉR, COMÉRCIO E INDÚSTRIA, DEPTO. GRÁFICO SÃO PAULO, AVENIDA HENRY FORD, 833 - T E L . 93-5907 RIO DE JA N EIRO , RUA S. LUIZ GONZAGA, 989 - T E L . 34-8023

ou às respectivas filiais.

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Boletim da lnd. Gráfica


Editorial “São consideradas indústrias insalubres, para os efei­ tos do art. 4.° do regulamento aprovado pelo Decretolei n.° 399, de 30 de abril de 1938, enquanto não se verificar haverem delas sido inteiramente eliminadas as causas de insalubridade, as que, capazes, por sua própria natureza, ou pelo método de trabalho, de pro­ duzir doenças, infecções ou intoxicações, constam dos quadros anexos.

A insalubridade,

poderá ser eliminada:

segundo o caso, pelo tempo limitado de exposição ao tóxico (gases, poeiras, vapores, fumaças nocivas e análogos), pela utilização de processos, métodos ou disposições espe­ ciais que neutralizem ou removam as condições de insalubridade, ou ainda pela adoção de medidas, gerais ou individuais, capazes de defender e proteger a saúde do trabalhador”.

Os têrmos da Portaria M inisterial SCM-51, de 13/4 /1939, acim a trans­ critos, nos vêm à m ente devido à intensificação que, últim am ente, os Sindicatos de Trabalhadores im prim em às suas reivindicações sôbre a questão de insalubridade. O trato com chum bo, m ercúrio, silica, etc., não indica, obrigatoria­ m ente, a existência de insalubridade. Esta p od e ser e tem sido neutrali­ zada, com o decorrência do progresso tecnológico aplicado pelas indústrias. As fábricas há m uito deixaram de ser porões e galpões. H oje elas são autênticas obras de arquitetura, onde detalhes com o arejam ento, ilum i­ nação, banheiros, instalações contra incêndio, etc., constituem objeto de acurados estudos técnicos, qu e elim inam e deixam fora de m oda a insa­ lubridade. Além da rem oção das condições de insalubridade, há, e estão m uito divulgados e em uso, os m étodos de neutralização da mesma. Pm ticam ente, na indústria gráfica, p elo menos em São Paulo, não existe o problem a da insalubridade. Se o ventilam os aqu i é devido a mal-entendidos, qu e podem criar situações de em baraço, as quais em nada aproveitam a em pregadores e empregados.

Agosto/ Outubro de 1961

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Boletim da Ind. Gráfica


Secretaria Resenha correspondente ao mês de outubro

1 — Atividades

Gerais:

Dentre as costumeiras atividades da Secretaria deve ser destacado: a) expedição de declarações sôbre número de empregados das firmas asso­ ciadas, para cumprimento do que dispõe a lei instituidora das escolas nas indús­ trias. b) angariação de fundos para paga­ mento de sisa, escritura, e outras despe­ sas para a sede própria da entidade, bem como o recebimento das importâncias correspondentes às assinaturas no “Livro de Ouro”.

2 — Livro

de Ouro:

Até o momento, assinaram o “Livro de Ouro” os seguintes associados:

L. Niccolini S/A. — Indústria Gráfica. São Paulo Editora S/A. Lanzara S/A. — Gráfica Editôra. Gráfica Rom iti Ltda. Gráfica Asbahr S/A. Indústrias Reunidas Irmãos Spina S/A. Cartográfica Francisco Mazza S/A. Companhia Gráfica P. Sarcinelli. Comp. Melhoramentos de São Paulo — Indústria de Papel. S.A.I.B. — Soc. Anônima Impressora Bra­ sileira. Columbia S/A. — Artes Gráficas. Impres — Comp. Brasileira de Impressão e Propaganda. Cromos S/A. — Tintas Gráficas. Tipografia Edanee S/A. Folhinhas Scheliga S/A. S/A. Gordinho Braune — Indústria de Papel. Papelaria e Tipografia Andreotti S/A. Camapi — Indústria de Artefatos de Pa­ pel S/A. Papelaria e Tipografia República Ltda.

Agôsto / Outubro de 1961

3 —/

Bienal Internacional do Livro e da Arte Gráfica:

Em virtude do convite formulado pela Câmara Brasileira do Livro, o Sin­ dicato convidou o Comendador Felício Lanzara e êste aceitou o cargo de repre­ sentante da entidade na Comissão de Premiação da I Bienal Internacional do Livro e da Arte Gráfica.

4 — Intercâmbio

com o Exterior:

Da Argentina, o Presidente da Câ­ mara Industriales Gráficos comunicou a posse da nova diretoria para o pe­ ríodo de 1961/1962.

5 — Novos

Associados:

No mesmo mês de setembro foi admi­ tida como sócia a Gravotécnica Sul Amé­ rica Ltda.

Departamento Jurídico: Durante o mês de setembro, com as notícias veiculadas sôbre possível au­ mento do salário mínimo, aumentou consideràvelmente o número de consultas sôbre a matéria, além das consultas nor­ mais sôbre assuntos trabalhistas, fiscais e outros ramos do Direito, formulados pelos senhores associados. Outrossim, o advogado do Sindicato compareceu du­ rante êsse período a quatro audiências na Justiça do Trabalho, para defesa e acompanhamento de reclamações formu­ ladas contra associados da entidade.

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Sテグ PAULO

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Boletim da Ind. Grテ。fica


ODORICO

TAVARES

BAHIA

imagens da terra e do povo

Dentro da programação da VI Bienal do Museu de Arte Moderna, em colaboração com a Câmara Brasileira do Livro, realizou-se a I Bienal Internacional do Livro e Artes Gráficas. Pela comissão julgadora, composta dos senho­ res Hernani de Campos Seabra, pela Câmara Brasileira do Livro, Pedro Oliveira Ribeiro Neto, pela Academia Paulista de Letras, Mario Donato, pelo Clube dos Artistas e Amigos da Arte, Comendador Felício Lanzara, pelo Sindi­ cato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo, foram classificadas, primeiramente, no domingo, dia 10 de setembro, as obras na­ cionais. Após o exame de mais de 1600 tra­ balhos, o júri apresentou o seguinte resultado:

(Vide a página seguinte)

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Melhor apresentação gráfica de livro avulso : 1. ° lugar — São Paulo Editora, pelo livro “Bahia”, de Odorico Tavares. 2. ° lugar — Editora Cultrix, pelo livro “His­ tórias Agrestes”, de Graciliano Ramos. o o

Melhor conjunto de ilustrações em livro de edição avulsa :

C D

l.° lugar — Livraria Martins Editora, pelo livro “Passeio a Diamantina”, de Lúcia M. de Almeida, ilustrado por Guignard. 2 ° lugar — Massao Ohno Editora, pelo livro “Estréia Descalça”, de Lilia P. da Silva, ilus­ trado por Manabu Mabe. Melhor capa para livros em brochura ou encadernados:

o o

1. ° lugar — Editora Brasiliense, pelo livro “O Velho Carro e o Sonho”, de Geoffrey Trease, capa de Odileia Helena Setti. 2. ° lugar — Livraria Martins Editora, pelo livro “Viagem à Terra do Brasil”, de Jean De Leri, capa de Luiz Monteiro. Melhor apresentação gráfica de obras completas ou coleções : 1. ° lugar — Livraria Martins Editora, pelas “Obras Completas de Graciliano Ramos”. 2. ° lugar — Difusão Européia do Livro, pela “História Geral das Civilizações”. Melhor conjunto de ilustrações para obras publicadas em coleção : 1. ° lugar — Livraria Martins Editora, pelas obras de Jorge Amado, ilustradas por vários desenhistas. 2. ° lugar — Editora Saraiva, pela coleção “As Mil e Uma Noites”, ilustradas por Aldemir Martins. Melhor livro de arte :

I

l.° lugar — Editora Cultrix, pelo Álbum de Desenhos de Aldemir Martins. Não houve classificação no 2.° lugar. Foram concedidas medalhas de ouro e de prata, respectivamente, aos primeiros e se­ gundos lugares.

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Boletim da Ind. Gráfica


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Agosto/Outubro de 1961

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Boletim da Ind. Gráfica


I saac Newton — ilustre matemático, físico, astrô­ nomo e filósofo inglês (1043-1727) autor da teoria da emissão da luz e da natureza das côres.

A teoria fundamental da côr na reprodução fotomecânica P or C harles I. O tero

Técnico da Divisão de Reprodução Gráfica da Eastman Kodak Company, Rochester, U.S.A. (Traduzido da revista El Arte Tipográfico por N elson de M oura).

A reprodução fotomecânica de originais em côres é, sem dúvida, um tema muito interessante na indústria da reprodução gráfica.

Sendo hoje em dia

processo de reprodução relativamente fácil e econômico, em muitas oficinas, todavia, é um problema difícil e custoso. Por isso existe grande interêsse em se adquirir conhecimentos técnicos para se fazer mais e melhores trabalhos em côres, com mais facilidades e menor custo de produção.

ôsto/Outubro de 1961

Ag

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a luz branca contém luz de tôdas as As reproduções em côres que se fa­ zem na América Latina são surpreenden­ côres, se interceptarmos um raio de luz branca com um prisma, poderemos ver temente boas; porém, consideradas as as três côres primárias que imediatamen­ condições em que se realizam em muitas te identificaremos: vermelho , verde e gráficas, seu custo é elevado e o método azul. Poderemos ver que as côres entre exige muito tempo. Quase se poderia estas três primárias são formadas por dizer que a boa qualidade de muitos uma mescla de uma dessas côres com dêsses trabalhos em côres se deve mais à outra. Se interceptarmos a luz com um abundância de iniciativa e inventiva dos que fazem o serviço do que aos conheci­ filtro de côr, somente veremos a luz da côr do filtro, porque tôdas as demais se­ mentos técnicos modernos que possam rão absorvidas pelo filtro. Portanto, as ter e, por isso, menos falham por falta três côres, vermelho , verde e azul, são de ajuda técnica. côres primárias da luz. A combinação das duas qualidades — iniciativa e inventiva — mais conheci­ Quando a luz nos chega, estimula o mentos técnicos seria a condição ideal, sistema ótico em nossos olhos. O sistema porque produziría maravilhas. ótico responde separadamente às côres da luz. Porém, ninguém pode ver um Atualmente, os novos filmes permi­ tem ao fotógrafo usar a côr para expres­ objeto de côr dentro de um quarto es­ curo. Deve haver luz para que se possa sar suas idéias vividas e verdadeiras, e os métodos e materiais modernos de repro­ ver qualquer côr, e quanto mais branca a luz melhor se pode ver a côr dução fotomecânica ajudam o fotomecânico a reproduzir essas idéias com extra­ do objeto. Quando a luz não é clara, como se pode observar nas sombras pro­ ordinária fidelidade. Em conseqüência, o custo de produção de um trabalho de­ fundas, ou a iluminação é de baixa in­ tensidade, o nosso sistema ótico responde pende mais da habilidade e dos conhe­ de acordo: as côres do objeto são vistas cimentos técnicos do fotomecânico do escuras ou com muito pouco brilho. As que de qualquer outro fator de produ­ mesmas côres se tornam mais brilhantes, ção. Mais de mil pessoas entrevistadas sob intensa luminosidade. Portanto, a pelo autor, em mais de 300 estabeleci­ côr que vemos no objeto é uma impres­ mentos de fotolitografia, clicheria, rotosão mental, pessoal, percebida pelos gravura e foto-serigrafia (gravação foto­ gráfica para Silk-Screen), na América La­ olhos por intermédio da luz refletida, transmitida ou refletida pelo objeto. tina, consideraram a ajuda técnica uma condição urgente e absolutamente neces­ Nós dizemos que a côr de um objeto atua como um sinal de rádio, de certo com­ sária para o desenvolvimento da indús­ primento de onda, que alguém recebe tria gráfica. O funcionário que se dedique à re­quando vê a côr do objeto. O receptor dêste sinal é o cérebro. O cérebro recebe produção fotomecânica de originais em e amplifica o sinal e depois lhe dá signi­ côres deve ter, em primeiro lugar, bom ficado. O significado dêste sinal identi­ conhecimento da teoria fundamental da fica a côr que o causou. A identificação côr, para poder então compreender fàda côr é um idioma que aprendemos des­ cilmente os métodos de “máscara” e se­ de a nossa infância e, como é uma im­ paração de côres, e, o que é mais impor­ pressão pessoal, varia segundo o indiví­ tante, para saber o que está fazendo e duo que a percebe, sua saúde, ambiente porque o faz. físico e outros fatores fisiológicos e psico­ A título de colaboração, oferecemos a lógicos. De modo que, quando alguém seguir algumas considerações: diz que vê um tomate vermelho, não há dúvida de que assim o está vendo, e de que o tomate é vermelho. A explicação mais simples do fenômeno é esta: ao se iluminar o tomate com luz branca, o si­ Uns dizem que côr é efeito da luz nal é transmitido instantâneamente atra­ sôbre nós, que a luz causa a sensação da vés dos olhos ao cérebro, revelando-nos côr e, como a côr vem da luz, então a sua côr; porque já conhecemos sua côr é luz, ondas de luz, ou combinações côr desde a infância, sabemos que a de ondas e intensidades relativas. Como

QUE É CÔR?

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Boletim da Ind. Gráfica


côr do tomate que estamos vendo é ver­ melha. E vemos a côr vermelha porque esta é refletida pelo tomate. Se o tomate tivesse faixas coloridas pelas três côres primárias, então veriamos um tomate vermelho, verde e azul. Entretanto, como a côr é vermelha, quer dizer que o vermelho é refletido enquanto o verde e o azul são absorvidos. É êste fenô­ meno da reflexão e absorção da côr da luz que nos permite ver as côres das coisas. Ainda que alguém não veja a côr do mesmo modo, nem exatamente como outra pessoa, uma condição deve ser to­ mada em conta na reprodução de côres, devido a muito fatores variáveis de pro­ cedimento; porém, para continuar o te­ ma, vamos supor que todos nós vemos as côres do mesmo modo.

Figura 1 — Combinação de côres primárias aditivas

Agora projetamos outra vez o filtro

COMBINAÇÕES DAS CÔRES E DA LUZ

vermelho e o verde para se obter na tela a côr amarela . Sôbre esta luz amarela , projetamos a luz do filtro azul e então vemos a luz branca

Alguém pode fazer muitas combina­ ções de côres, misturando as três côres primárias da luz, mas, para fins práticos, as côres que nos interessam são apenas as três primárias. Êste é um fenômeno inte­ ressante que qualquer um pode ver, usando três projetores, três filtros de côres e uma tela de projeção. Teorica­ mente, um filtro de côr somente deixa passar ou transmitir luz de sua própria côr; entretanto, absorve as outras côres da luz. Infelizmente, na prática isto não é exatamente assim. Todavia, para os fins da nossa experiência, suponhamos que sim. Tudo que se pode fazer para ver êste fenômeno é alinhar os três pro­ jetores contra a tela de projeção e co­ locar o filtro vermelho em um, o verde noutro e o azul no terceiro. Agora ilu­ minamos os projetores que têm os filtros vermelho e verde. A combinação ou soma de luz vermelha e verde produz luz amarela na tela. Se colocamos a vermelha com a azul, vemos uma com­ binação de luz chamada magenta . Se combinamos a verde e a azul, vemos outra mistura que chamamos ciano . De forma que, se colocamos duas côres primárias de cada vez, obtemos três novas côres: amarelo , magenta e ciano (Figura 1).

sôbre a tela. Isto significa que a soma da luz do filtro azul sôbre a luz da tela “completou” a luz branca . Logo, sabemos que a luz amarela se compõe de luz vermelha e verde. Assim é que obtemos a luz branca, ou seja, tôdas as côres, — se aplicamos a luz azul à ama ­ rela . Portanto, o amarelo , magenta e ciano são côres complementares, porque, quando adicionamos uma destas côres complementares a uma côr primária, completamos a luz branca . Então, pro­ jetamos os três filtros de côres para obter a luz branca. Apagamos o projetor do filtro azul e vemos a luz amarela na tela; portanto, luz branca (vermelho , verde e azul) menos azul produz o ama ­ relo . amarelo é o complemento da côr azul . Luz branca menos verde dá ma ­ genta ; é o complemento do verde. E a luz branca menos vermelho é igual ao ciano . ciano é complemento do ver­

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melho .

Suponhamos agora que usamos três filtros das côres suplementares: ama ­ relo , magenta e ciano . Êste é também outro fenômeno interessante. Se proje­ tamos os filtros AMARELO e MAGENTA juntos, o que vemos é a luz vermelha na tela. A explicação do fenômeno é esta: O vermelho do amarelo e o ver-

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Boletim da Ind. Gráfica


do magenta são transmitidos, en­ quanto O VERDE do AMARELO e O AZUL do

melho

magenta são absorvidos da luz. Se pro­ jetamos o filtro amarelo e o ciano jun­ tos, vemos uma luz verde na tela, por­ que O VERDE do AMARELO e O VERDE do ciano são transmitidos, enquanto o ver­ melho do amarelo e o azul do ciano são absorvidos. Se projetamos o filtro magenta e o ciano juntos, vemos AZUL na tela, porque o azul do magenta e o azul do ciano são transmitidos, enquan­ to O VERMELHO do MAGENTA e O VERDE do ciano são absorvidos. Mas, se proje­ tamos os três filtros, magenta , amarelo e ciano juntos, o que vemos é um preto ou um gris muito escuro, sôbre a tela. O preto é, então, ausência de côr. O branco é a presença de tôdas as côres. (Figura 2)

meno da subtração de côres que torna possíveis os métodos modernos da repro­ dução de côres, fotografia ou fotomecânica. Por exemplo, no método ektacolor para fazer originais em côres com luz branca no ampliador para reprodução de fotolitos, os filtros magenta e ama ­ relo , combinados, subtraem verde e azul e reproduzem o vermelho . Va­ riando a quantidade ou densidade da filtração magenta e amarela , é possível trocar ou corrigir o valor da côr ver­ melha do original. Como a emulsão ektacolor no papel é sensível às três côres primárias da luz — Vermelho , ver­ de e azul — a reprodução destas três côres no original é possível quando da subtração da côr pelos filtros. Na reprodução fotomecânica da côr na página impressa, uma variação das tintas magenta e amarela produz uma variação na côr de vermelho impresso sôbre o papel branco. O papel branco, sob a luz branca, reflete as três côres da luz. A reprodução da côr sôbre o papel branco, por qualquer método de im­ pressão, é possível graças a êste mesmo fenômeno da subtração. Imprimem-se as tintas uma sôbre outra; porém, as côres dessas tintas são as complementares das côres primárias dos filtros usados na máquina fotográ­ fica.

Figura 2 — Combinação das côres complementares sub trativas

REPRODUÇÃO DE CÔRES Definitivamente, as côres primárias da luz — VERMELHO, VERDE e AZUL — são côres puras; não são misturas de outras côres. As côres complementares — ama ­ relo, magenta e ciano — são mesclas ou combinações de côres. Com côres pri­ márias da luz, podem-se obter as côres complementares da luz por adição, ver­ melho mais verde produzem amarelo , etc. Com as côres complementares, sejam de luz ou tintas, podem-se obter as côres primárias por subtração. É êste fenô­

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Ag

Portanto, o copiador usa três filmes e os filtros vermelho , verde e azul para fotografar e separar as côres do objeto. O impressor usa três chapas e as tintas CIANO, MAGENTA e AMARELA impressas sucessivamente para reproduzir a ima­ gem do mesmo objeto de côr sôbre o pa­ pel branco. Em outras palavras, o negativo que o copiador faz com o filtro vermelho na máquina fotográfica “imprime ciano ”; êste é o negativo que usará em outras operações do processo para chegar à cha­ pa para a tinta ciano , porque o ciano é complemento do vermelho . O negativo que se faz com o filtro verde “imprime magenta ”, porque essa côr é comple­ mento do verde. E o negativo que se faz com filtro azul “imprime amarelo ”, porque amarelo é complemento do

azul.

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O que realmente ocorre é que as tin­fície branca do papel em que foi im­ pressa. tas subtraem, por absorção, certas côres Talvez o seguinte quadro ajude a en­ primárias e transmitem as côres que se tornam visíveis por reflexão da super­ sinar de memória essas relações:

MAGENTA (VERMELHO + AZUL) AMARELO (VERMELHO + VERDE) - VERMELHO ( - VERDE; - AZUL) + AZUL - VERDE CIANO (VERDE + AZUL) - VERMELHO

AMARELO (VERMELHO + VERDE) = VERDE ( - VERMELHO; - AZUL) - AZUL

CIANO (VERDE + AZUL) - VERMELHO

MAGENTA (VERMELHO + AZUL) : AZUL ( - VERMELHO; - VERDE) - VERDE

Tudo é questão de luz. Se se im­ prime magenta sôbre amarelo , a côr que se vê é o vermelho , e as côres que não se vêem são o verde e o azul . O que ocorre é que o verde e o azul são subtraídos da luz branca refletida pelo papel branco, e por isso se vê a côr que fica, isto é, o vermelho . Se se imprime ciano sôbre o amarelo , a côr que se vê é O VERDE, pois O VERMELHO e O AZUL são absorvidos. Se se imprime o ciano sô­ bre o magenta , o azul é refletido e o vermelho e o verde são subtraídos da

luz BRANCA.

Note-se que em cada caso as côres “menos” combinadas representam a côr suplementar primária: verde -f azul = ciano, que é complementar do ver­

melho .

Logo, tudo isto ocorrería assim, se as tintas fossem de côres perfeitamente pu­ ras, o que não acontece infelizmente. E como não o é, as seleções para impressão têm que se alterar, e a técnica dessa operação se chama “correção de côres”.

PORQUE É NECESSÁRIA A CORREÇÃO DAS CÔRES? Porque as tintas de impressão absor­ vem algumas côres que devem refletir.

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Por outro lado, as côres dos filtros não são puras, a luz das lâmpadas não é completamente pura, e nenhum material de colorir que se use para fazer a cor­ reção é de côr pura; as únicas côres puras são aquelas da luz branca. Neste caso, também é importante ter conhecimentos dos princípios fundamen­ tais para compreender o que temos de corrigir. Na seleção de côres, a intenção, desde o princípio, é produzir três chapas (ou quatro, quando se usa prêto) que im­ primam as tintas amarela magenta e ciano , onde devem ser impressas. Sem dúvida, como não existem pigmentos perfeitos conhecidos, as tintas que se usam atualmente, como já o dissemos, não são de côres puras; por conseguinte, com uma seleção de côres normal não se pode fazer uma reprodução razoável da côr original. Por exemplo, a tinta ma ­ genta que deve absorver o verde atua como se fôra pura magenta ; está conta­ minada com amarelo que absorve parte da luz azul (que deve refletir), além do verde. A tinta ciano age como puro ciano , contaminada com amarelo e magenta , e absorve parte da luz verde que deve refletir. O seguinte quadro representa uma condição ideal, se as tintas fôssem de côres puras:

TINTA DE CÔR

DEVE IM PR IM IR EM

A m arelo .................................. Magenta ................................ Ciano ......................................

Amarelo, Verde e Vermelho Magenta, Azul e Vermelho Ciano, Azul e Verde

Boletim da Ind. Gráfica


Em outras palavras, deve imprimir-se o amarelo em zonas que são amarelas no original, e também em zonas verme ­ lhas e verdes, já que o amarelo reflete essas duas côres e absorve o azul . Deve imprimir-se o magenta nas partes de magenta do original e também nas partes do vermelho e azul, porque o magenta reflete essas côres e absorve o verde. O ciano deve ser impresso nas partes ciano do original, e também nas partes de azul e verde, porque o ciano reflete essas côres e absorve o vermelho . Porém, o que realmente sucede é que existe mais amarelo do que é necessário onde quer que se im­ primam as tintas magenta e amarelo juntas, devido à soma do amarelo do negativo que imprime amarelo mais o amarelo do componente amarelo da tinta magenta . Como não podemos reti­ rar o componente amarelo da tinta magenta o que fazemos é corrigir o amarelo do negativo que imprime

AMARELO.

Isto se faz trocando-se os valores dos tons do negativo. Infelizmente, entretan­ to, em muitas oficinas de fotolitos esta correção se faz a mão, o que exige muito tempo e custa muito dinheiro. O mé­ todo moderno de fazer-se isto rápida e eficazmente exige o uso de uma más­ cara fotográfica que se faz antes e depois do negativo, preferivelmente antes. A máscara fotográfica, portanto, reduz a côr amarela onde se imprima o ma ­

genta .

Se se imprimem as tintas ciano e magenta juntas, obtém-se mais magenta do que o necessário, pois esta é resultado do negativo que imprime magenta na tinta ciano . Isto também tem que se corrigir com uma máscara para alterar os valores dos tons do negativo magenta . Esta máscara corrige a côr magenta onde se deseje que se imprima o ciano . Como as máscaras reduzem o con­ traste dos negativos que imprimem o amarelo e o magenta da seleção, faz-se outra máscara para trazer o contraste do negativo ciano ao seu próprio equilíbrio com os negativos magenta e amarelo . E, como o conteúdo de ciano é quase

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nulo nas tintas amarela e magenta, o negativo que imprime ciano não se cor­ rige onde se imprimem outras tintas, se­ não que se corrige apenas onde se im­ prime o CIANO. Em resumo, quando alguém faz a máscara, o que realmente executa é o necessário reajuste da quantidade de côr que carregam as chapas de impressão, de modo que o original se possa reproduzir sôbre papel com tintas que vão ser usa­ das pelos impressores. Êste reajuste dos valores de tons se executa fotogràficamente por meio de máscaras. A máscara é a imagem foto­ gráfica em branco e prêto, que se coloca em registro com outra imagem fotográ­ fica do mesmo objeto, para alterar as características de reprodução da última. A máscara pode ser negativa ou positiva. Se a máscara é de côr, possivelmente ha­ verá necessidade de corrigir-se sua côr. Fazer máscara sem ter-se a mínima idéia sôbre as tintas de impressão que vão ser usadas na reprodução final, nem sôbre o papel que se vai imprimir, é perder tem­ po e dinheiro. Se se fotografa e se faz máscara corre­ tamente, porém não se tomando êsses fatores na devida conta, haverá fracasso no final do trabalho. Por outro lado, a impressão fracassará se as seleções de cô­ res não se fizerem corretamente em pri­ meiro lugar. Portanto, a máscara para a correção de côres, sôbre a qual trataremos em ou­ tros artigos, é necessária e em muitos casos é indispensável; porém, não se deve tomar como uma técnica de “cura-tudo”, nem tampouco como a única causa de fracasso, porque na reprodução satisfa­ tória de um original em côres tem que se tomar em conta outros fatores variáveis do processo, como o tempo de exposição, as luzes e sua distância do original, a abertura da objetiva, a voltagem das lâmpadas, o tamanho da reprodução, as côres dos filtros, o tempo de revelação, o revelador e o fixador, a temperatura das soluções e da água, as luzes de segurança das câmaras escuras e as condições da oficina: limpeza, as tintas, o papel, a umidade relativa do ambiente.

1467


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Boletim da Ind. Gráfica


Miscelânea * O senhor Walter Moreira Salles re­ lutou muito em aceitar o Ministério da Fazenda. Para obter o seu concurso o Presidente João Goulart teve de fazer um apêlo pessoal, caloroso, para que aceitasse o pôsto. Em princípio, Mo­ reira Salles pretende permanecer no cargo apenas um ano. * Empresas im portadoras estão aum en­ tando, substancialm ente, seus capitais, para atender às necessidades de m aior num erário para as im portações. Algu­ mas com panhias, após as últimas Ins­ truções da sumoc , triplicaram os seus capitais. * O Consórcio Moinho Santista, que em 1952 faturou Cr$ 0,8 bilião, vendeu no ano passado Cr$ 9,7 biliões. O capital do referido grupo eleva-se a casa dos Cr$ 5.230 milhões. * Na véspera da sua renúncia, ou seja, a 24 de agosto último, JQ assinou de­ creto instituindo o Grupo de Estudos de Mão-de-Obra (gemo ). A esse órgão fo i dado o prazo de 90 dias para elaborar um levantam ento geral do problem a de mão-de-obra no país, abrangendo especi­ ficam ente os seguintes itens: — Profissões que apresentam déficit de pessoal no m ercado brasileiro. — Volume de form ação de profissionais e suas perspectivas. — Volume e tendência de imigração. — Situação do m ercado de trabalho. — Salários das diversas categorias pro­ fissionais. — Serviços de colocação atualm ente exis­ tentes. — Deficiências mais agudas no setor de mão-de-obra. A presidência do gemo fo i atribuída ao representante do inic (Instituto N a­ cional de Im igração e Colonização) e do órgão fazem parte tam bém delegados de vários ministérios e entidades públicas e privadas, ligadas ao problem a de mão-deobra.

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* Foi fundada no Rio de Janeiro a “Baumgartner do Brasil S.A., Indústria e Comércio”, com capital-pilôto de Cr$ 1 milhão. O objetivo da nova emprêsa é a transformação industrial do papel. T ra­ ta-se de uma iniciativa de “Baumgartner Papiers” (Lausane-Suíça) e do grupo brasileiro liderado pelo Sr. Jayme L. Bastian Pinto. * Aumenta consideravelm ente a produ ­ ção de p ap el no Brasil. C om o nas de­ mais nações produtoras, a indústria do papel no Brasil vem realizando, nos úl­ timos anos, acentuados progressos tanto no volum e com o no aprim oram ento técnico. Deve-se salientar, no entanto, que para atingir êsse índice de produção tornou-se necessária a inversão de capi­ tais imprescindíveis à substituição da m aquinaria obsoleta p or equipam entos m odernos e de alta eficiência. Segundo as estimativas referentes ao ano de 1960, a produção brasileira de p ap el elevou-se a cèrca de 500 mil toneladas, o qu e foi possível graças à am pliação e m oder­ nização das indústrias já existentes, bem com o da im plantação de novos estabelecirnentos fabris do ramo. Elevando a produção de 100 m il toneladas em 1937 para 500 m il no ano de 1960, a indús­ tria nacional supriu o m ercado interno, com exceção de alguns tipos de papel que ainda não fabricam os e que somos obrigados a im portar. O mesmo, toda­ via, não se p od e dizer em relação ao consumo de papel, através do qual podese avaliar o grau de cultura de um povo, pois continuou sendo de nível muito baixo. Para têrmos uma idéia do redu­ zido consumo de pap el no Brasil basta atentarm os para o fato de que enquanto alcançam os a m édia de 9 quilos p or pes­ soa, na Argentina é de 25 quilos, na França de 35 e nos Estados Unidos se eleva a 180 quilos. * A Bloch Editores, proprietária das re­ vistas Manchete, Fatos & Fotos, Sétimo Céu e Jóia está-se preparando para lan­ çar uma nova publicação: uma revista mensal, cujo nome será Ação.

1469


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Jantar dos Industriais Gráficos

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Boletim da lnd. Gráfica


r Os industriais gráficos de São Paulo rea­ lizaram mais uma de suas habituais reuniõesjantares, no dia 13 de setembro. O local escolhido, desta feita, foi o “Bluè Room”, da Sears. Foram convidados de honra os Snrs. Dr. Roberto Santos e João Castaldi, respectiva­ mente, vice-presidente e secretário-geral do Sindicato das Emprêsas Proprietárias de Jo r­ nais e Revistas do Estado de São Paulo, e Carlos Joel Nelly, Presidente, que foi pelos mesmos representados. Estiveram presentes oitenta pessoas, a maioria das quais já é “habitué” nesses en­ contros de colegas, quando são esquecidos os problemas de todos os dias, em meio às brin­ cadeiras e gracejos. Não há moços nem ve­ lhos: prevalece, sempre, o espírito alegre e sem peias de pessoas que se sentem à vontade entre amigos. Como é de praxe nessas reuniões, não houve “discurseiras”. Apenas, fizeram uso da palavra os Snrs. João Castaldi, em nome dos convidados, o Snr. Jorge Saraiva, que falou sôbre problemas de relações humanas nas em­ prêsas, e o Snr. Pery Bomeisel, que exortou os presentes a darem melhor assistência e co­ laboração ao Boletim da Indústria Gráfica, cuja feitura, nos moldes em que vem sendo apresentado, decorre da exclusiva boa-vontade da São Paulo Editora S/A., de L. Niccolini S/A. e de Ângelo Lastri & Filho, bem como do Leopoldo (Janus) e Amilcar, da Gravarte. Salientou o Pery que o “B IG ”, não obstante os serviços gratuitos ou feitos por preços infe­ rior ao custo, continua deficitário, não se jus­ tificando que êsses deficits recaiam sòmente sôbre os poucos abnegados citados. O Snr. Theobaldo De Nigris, presidente do Sindicato, agradeceu a presença de todos, dizendo do orgulho que a diretoria sentia em ver tantos colegas reunidos a seu convite, o que, evidentemente, expressa o reconheci­ mento e o apoio dos mesmos aos trabalhos que vêm sendo desenvolvidos.

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Boletim da Ind. Gráfica


J ur i s p r ud ê nc i a

Tributos Federais

Imposto de Consumo Rótulos quando fabricados para consumo

3. Com

efeito,

verificando-se

o

espécime

do próprio autor da encomenda, escapam à

anexo à consulta, no estado em que está apre­

tributação.

sentado — uma fôlha de papel com os dizeres

Sindicato da Indústria do Fumo do Rio de Janeiro.

Pedido de reconsideração.

Despacho:

“Aprovo as conclusões do parecer da A. T ., deci­ dindo de acordo com o que está dito no item 5 do parecer.

Responda-se por ofício, reme­

tendo-se cópia do parecer.

Publique-se e, em

seguida, arquive-se”.

característicos do produto — e levando-se em conta não ser êste artigo destinado a depositar o produto, tem-se que a sua finalidade se res­ tringe à rotulagem do mesmo.

E em tais casos,

ou seja, quando têm essa exclusiva destinação, os rótulos se confundem com simples impressos, os quais, fabricados para o consumo do próprio autor da encomenda, como é o caso, então ex­

O parecer aludido é o seguinte:

cluídos da tributação.

“O Sindicato da Indústria do Fumo do Rio de Janeiro pede reconsideração do despacho

4. Diga-se, todavia, que, quando da consulta

desta Diretoria, proferido no processo n.° 2.700-

primitiva, foi anexada uma caixa de papelão,

61, que aprovou parecer da A .T., o qual classi­

esclarecendo-se que na mesma eram depositados

ficou como “artefato de papelão”, sujeito à

os pacotes de fumo desfiado, ora descritos, e

incidência do imposto de consumo, produtos

indagando-se da sua classificação fiscal e sôbre

fabricados pela associada — A Companhia de Cigarros Souza Cruz — componente de emba­

o procedimento a adotar nos casos de remessa para a fábrica que produz o plástico e posterior

lagem de pacotes de fumo desfiado, denomi­

devolução. Então decidiu-se, e agora reiteramos,

nado “Gold Star”.

que as caixas de papelão se classificam no in­

2.

Como fato nôvo no pedido que se trata, a

entidade anexa amostra do artigo da consulta, no estado em que remete à fábrica que prepara a embalagem do fumo; amostra de um saco de plástico que lhe é remetido por esta fá­ brica e no qual é depositado o fumo e esclarece: a) que o envoltório ou depósito em que é colocado o fumo e que fica em contato direto com o mesmo fumo, é exclusivamente o saco de plástico; b) que o artigo de papel enviado à fábrica do material plástico tem a exclusiva finalidade de rotular e apresentar o produto e é recoberto pelo plástico, que é material transparente.

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ciso 3, da Alínea V III, decidindo-se também quanto ao procedimento a adotar.

Parece-nos

que não se indagou da incidência, ou não, do imposto quanto aos artigos nesse pedido de reconsideração. 5. Assim sendo, entendemos que se deva res­ ponder à entidade consulente que os artigos objeto desta consulta estão excluídos da tribu­ tação por serem “impressos destinados ao con­ sumo do autor da encomenda”, deixando-se de tomar conhecimento do pedido. À apreciação do Sr. Diretor. — Oswaldo Tancredo de Oliveira, Assessor Técnico.

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Tributos Estaduais Imposto de Transações Serviços de Fotolitografia com devolução pos­ terior das chapas metálicas — não são tribu­ tados. A firma tem por finalidade a execução de serviços de fotolitografia. Êste serviço con­ siste no seguinte: “O fotolitista, para executar seu trabalho, re­ cebe uma estampa, pintura ou fotografia, a qual poderá ser em diversas côres, reduzindo ou ampliando essas estampas, pinturas ou foto­ grafias. Por meio de uma câmara fotográfica êle obtém tantas chapas quantas forem as côres contidas na estampa; executa, depois, o traba­ lho de retoque dos negativos. Efetuados os retoques, êsses negativos são revelados em chapas de zinco especializadas através de máquinas espe­ ciais, chapas essas fornecidas pela litografia, a qual fornece também a estampa, pintura ou fotografia que serviu de modêlo para que se efetuasse o fotolito. As chapas são colocadas, digo, vão para a litografia onde serão colocadas nas máquinas e feitas as estampas, o que é um trabalho de impressão, o qual terminado, as chapas de zinco serão raspadas e servirão para novos trabalhos de fotolito”. Desejaríamos, portanto, formular a seguinte consulta a Vv. Ss., para evitarmos qualquer dú­ vida sôbre o assunto: Estão os serviços de foto­ lito, sujeitos ao imposto de vendas e consig­ nações ou transações?

Simples serviços de composição de linotipo não se sujeitam a tributação — os de impressão sofrem tributação. A firma trabalha exclusivamente para ter­ ceiros na execução de “mão-de-obra” de im ­ pressão, serviço de linotipo e acabamento de revistas, jornais, livros e listas telefônicas, rece­ bendo dos clientes todo o material de impressão e acabamento. Destarte, deseja saber a consulente se está ou não sujeita ao imposto de vendas e consig­ nações ou transações, na atividade industrial que exerce.

R esposta I — A simples prestação de serviços de com­ posição de linotipo (serviço preparatório para uma manufatura mas que não se confunde com ela) não se sujeita a nenhum tributo esta­ dual por faltar, no C .I.T., título que justifique a sua cobrança. II — Os serviços de impressão já são em si mesmos uma execução de obra, portanto, uma manufatura ou semi-manufatura, e como tal se sujeita ao imposto sôbre transações. I II — No caso de os serviços de composição de linotipo e impressão serem executados con­

R esposta

juntamente, o imposto será devido pelo total do valor da encomenda.

I — Desde que, conforme diz a consulta, as chapas de zinco, nas quais são gravadas as estampas, não são vendidas e retornam à gra­ vadora depois de utilizadas no serviço de impres­ são, não se haverá de cogitar de qualquer inci­ dência do imposto sôbre vendas e consignações.

IV — Tendo sido revogado pelo art. 5.° da Lei n.° 5.113, o art. 6.°, da Lei n.° 2.013, conso­ lidado no C .I.T., Livro II, art......... § 5.°, tem-se que, a manufatura e semi-manufatura, prestados a terceiros, nas condições da consulta, hoje são operações tributadas pelo imposto sôbre tran­ sações.

II — Os serviços realizados pela consulente são de manufatura de “clichês” e, como tal, incidem, pelo total da importância cobrada, no imposto de transações, quando executados por conta de terceiros. Julho de 1961. José M. Fairbanks. De acôrdo: Subst.0.

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O ttilo B. Fernandes — Chefe

V — Não há incidência do imposto sôbre vendas e consignações em qualquer das hipó­ teses versadas na consulta. Julho de 1961. José M. Fairbanks. De acôrdo: Subst.°.

Ottilo B. Fernandes — chefe

Boletim da Ind. Gráfica


Papelão plastificado para embala­ gem de fumo — Classificação fiscal.

Parecer A. T. ti.° 329-61

anterior, sôbre o preço estipu­ lado ou se sôbre o preço líquido realmente pago ?” “e) qual o documento fiscal que deve acompanhar, de volta, o ró­ tulo já revestido de matéria plástica ?”

Sindicato da Indústria do Fumo do Rio de Janeiro. Consulta sôbre classi­ ficação fiscal de produto de papelão. 4. Quanto ao invólucro de papelão, O Sindicato da Indústria do Fumo não há dúvida de que se trata de um ar­ do Rio de Janeiro formula consulta tefato, um depósito onde é colocado o sôbre classificação fiscal de invólucro fumo. Não há porque confundi-lo com de papelão que sua associada — a Com­ rótulo pelo simples fato de, numa das faces externas do mesmo, estarem con­ panhia de Cigarros Souza Cruz — fa­ brica para acondicionamento de fumo, tidos os dizeres característicos do rótulo esclarecendo que tais produtos, e exigidos pelo R.I.C. Na decisão ante­ rior desta Diretoria, invocada pela Con­ “antes de serem utilizados pelo fabri­ sulente, foi dito que: cante, são remetidos para a Sociedade Reflexo Plastificação de Impressos L i­ “Os rótulos, desde que se limitem a mitada, onde são recobertos de matéria simples letreiro, dístico ou legenda para plástica” retornando, em seguida, à fá­ nomear e caracterizar o produto, são con­ brica de origem para serem utilizados no siderados impressos. Como tais, sendo acondicionamento do fumo. confeccionados mediante encomenda para consumo do próprio comprador, 2. Anexando espécimens do produto estão isentos do tributo. T al não po­ (sem o plástico e com o plástico), pre­ dem ser considerados, entretanto, os ar­ tende a entidade consulente, quanto ao tigos que, à guisa de rótulos, servem invólucro de papelão, que se trata de inclusive de envoltório ou recipiente do rótulo pelo fato de no mesmo estarem produto”. (Processo número 198.346-59 impressos os dizeres comuns e obrigató­ — Diário Oficial de 14 de setembro de rios a todos os rótulos. Para tanto, in­ 1959). voca decisão desta Diretoria, pela qual se Se, quanto a determinados artigos de declarou que determinados artigos de pa­ papel que envolviam maços de cigarros, pel que envolviam maços de cigarros se decidiu-se que se caracterizavam como caracterizavam como “rótulos”, isto é, rótulos, foi porque os cigarros já estavam impressos, os quais, sendo feitos medi­ envolvidos em embalagem própria à ante encomenda, para consumo do pró­ qual se acrescentava tal invólucro im­ prio comprador, estavam isentos do im­ presso todo êle com dizeres exigidos pelo posto de consumo. R.I.C. em relação à rotulagem dos pro­ dutos. 3. Com essas considerações, consulta, a mencionada entidade, o seguinte: 5. Isto pôsto, passamos a indicar as soluções aos itens da consulta: “a ) o impresso em anexo, tal como entende a Consulente, é, real­ a ) artefato de papelão — alínea V III, mente, um rótulo ?” inciso 3; “b ) qual o documento fiscal que b) guia modêlo 14, com indicação deve acompanhá-lo à emprêsa do valor do produto remetido; que o reveste de matéria plás­ tica ?” c) alínea X III, inciso 2 (artefato de matéria plástica); “c) qual o imposto, com a respec­ d ) sôbre o valor do produto, inclu­ tiva classificação, dentro do sive o da matéria-prima (artefato R. I. C., que deve incidir sôbre de papelão) recebida; a matéria plástica ?” “d ) sôbre que valor deve incidir o imposto a que se refere o item

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e) nota fiscal modêlo 16, em face do que dispõe o art. 132, do R.I.C.

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Boletim da Ind. Gráfica


Esclareça-se que o imposto, cal­ culado na forma indicada no item “d” será pago pelo fabricante preparador, isto é, o que benefi­ cia ou acaba o produto. 6. Esclareça-se mais que, sendo o produto final constituído de artigos he­ terogêneos (artefato de plástico e arte­ fato de papelão), sua classificação de de acordo com a letra b, do artigo 4.°, do R.I.C., será a do inciso 3, da alínea V III, isto porque, ao nosso ver, é o depósito de papelão que dá caráter essencial ao pro­ duto e não o plástico que reveste. 7. Com a solução nos itens 5 e 6, sub­ metemos o presente à consideração do Sr. Diretor. Em 15 de fevereiro de 1961. — Oswaldo Tancredo de Oliveira, Assessor Técnico. Responda-se, por ofício, transmitindo cópia do parecer da A.T. que aprovo e adoto. Publicado, arquive-se. Em 17 de fevereiro de 1961 — Abiathar Britto, Diretor. (Proc. 2.700-61, D.O.U., 12-4-61, pág. 3.438, 3.a e 4.a colunas).

Despesas de frete, carreto e se­ guro — Obrigatoriedade de se consigná-las em separado. Inter­ pretação: podem ser lançadas englobadamente em separado mas em comprovação deve ser feita discriminadamente.

Parecer A.T. 596-61 Assunto: Despesas de frete, carreto e seguro. Obrigatoriedade de se consig­ ná-las em separado. Interpretação. Con­ sulta do Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem de São Paulo.

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O Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem em Geral no Estado de São Paulo formula consulta a esta Diretoria sôbre a interpretação de dispositivo da legislação do imposto sôbre determi­ nadas despesas (fretes, carretos, seguros, etc.) à sua consignação em separado, na nota fiscal. 2. Alega a entidade de classe haver surgido, de parte da fiscalização, a inter­ pretação de que a expressão “em sepa­ rado”, constante do texto do artigo 143 do R.l.C. deve ser entendida no sentido específico de cada uma das despesas que a seguem, ou seja, carreto, pôrto, fre­ tes e adicionais, taxas e seguros. E que, em conseqüência, deve o contribuinte registrar aquelas despesas “valor por valor” e não englobadamente, ainda que em separado. 3. Acrescenta que, se justificado tal entendimento, “a nota fiscal passaria a representar um verdadeiro romaneio e sem que haja, sob o ponto de vista fis­ cal, a menor utilidade para essa discri­ minação das despesas que o industrial realizou, antecedendo ao embarque da encomenda” e que “só o propósito da fiscalização pretender impedir qualquer manipulação de valores”, estaria ao seu alcance verificar a exatidão de cada uma das despesas, isoladamente, através das respectivas fontes recebedoras. 4. Diz o art. 145, do R.I.C., que o imposto será calculado e devido sôbre o preço de venda da fábrica, constante da nota fiscal, incluídas as despesas de em­ balagem, e “caso não sejam debitadas em separa­ do, as de carreto, utilização do pôrto, frete, seus adicionais, respectivas taxas e seguro”. As decisões têm sido pacíficas e uni­ formes no sentido de que mesmo que se­ jam futuramente comprovadas, tais des­ pesas incidem no imposto de consumo se não constarem em parcela separada. 5. Visou o dispositivo, lògicamente, facilitar o controle fiscal da verificação de tais despesas, possibilitando, pela sua discriminação em separado, imediata apreciação por parte do Fisco, à vista da

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respectiva nota fiscal, o que não seria viá­ vel no caso de estarem englobadas no va­ lor total. 6. Ora, se o objetivo é o fácil con­ trole, tanto mais perfeito será êsse con­ trole quanto mais discriminadas forem aquelas despesas. Se há, por exemplo, despesas de seguros, frete e de uso do pôrto, consignadas englobadamente, sua comprovação demanda busca em três fontes. Ao passo que, para a fiscalização isso importa em maiores encargos, para o contribuinte, que sabe quanto despen­ de em cada caso, não é tarefa onerosa consignar, discriminadamente, cada uma das despesas. Tanto que a única alega­ ção da entidade consulente é a de que “a nota fiscal passaria a representar um verdadeiro romaneio” — o que nos pa­ rece exagêro. 7. Tais considerações são feitas para se demonstrar que não é de todo impro­ cedente a interpretação da fiscalização, sobretudo se considerarmos que órgão competente ainda não se pronunciou a respeito. Não obstante, parece-nos que

se pode admitir que tais despesas, desde que consignadas em separado, podem ser englobadas num só valor. Deve, to­ davia, ficar bem claro que tal valor cor­ responda às despesas efetivamente pagas e que sua comprovação deverá ser feita discriminadamente da respectiva nota fiscal, sempre que exigido pela fis­ calização. À consideração do Sr. Diretor. Em 19-4-61 — Oswaldo Tancredo de Oliveira, Assessor Técnico. Responda-se de acordo com o parecer da A.T., que aprovo. As despesas de carreto, utilização de pôrto, frete, seus adicionais, respectivas taxas e seguro, ainda que lançadas englobadamente, em parcela separada, devem corresponder às importâncias efetivamente pagas e sua comprovação deverá ser feita discrimi­ nadamente. Publicado, arquive-se. D.R.I., em 20-4-61 — Augusto Lins e Silva Filho, Diretor. Proc. 103.286-61, D.O.U., 22-6-61, pág. 5.646, 3.a e 4.a colunas).

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Boletim da lnd. Gráfica


Legislação Recolhimento de contribuições aos Institutos Vimos alertar os senhores empregadores para um sério aspecto da legislação previdenciária. Trata-se do recolhimento, a tempo, das contri­ buições devidas aos Institutos. Como é sabido, o não recolhimento das im­ portâncias referidas, no regime da legislação an­ terior, não configurava, pròpriamente, o crime de Pelo menos, havia dú­ vida a respeito, tanto que N elson H ungria , co­ mentando o artigo 168 do Código Penal, em seus vol. V II, ed. de 1958 da “Revista Forense”, pág. 137, nota 6, escreve: “Com êsse critério é que deve ser resolvido o controverso caso do comerciante que retém, além do prazo legal, os descontos salariais para entrega a insti­ tuto de previdência".

apropriação indébita.

Comentários,

Contudo, atualmente, face à legislação em vigor, Lei n.° 3.807, de 26-8-1960, artigo 86, está claramente prevista aquela figura penal, nos seguintes têrmos: Art. 86 — Será punida com as penas do crime de a falta de recolhimento, na época própria, das contribuições e de outras quaisquer im ­ portâncias devidas às instituições de pre­ vidência e arrecadadas dos segurados ou do público.

apropriação indébita

Parágrafo único

— Para os fins dêste artigo consideram-se pessoalmente res­ ponsáveis o titular da firma individual, os sócios solidários, gerentes, diretores ou administradores das emprêsas incluídas no regime desta lei. Por sua vez, o Regulamento da Lei Orgânica da Previdência Social, Decreto n.° 48.959-A, de 19-9-60, repetindo o texto acima, no artigo 483 e § l.° (que nos dispensamos de transcrever, para economizar espaço e tempo), acrescentou, em benefício do empregador: Art. 483, § 2.° — A emprêsa poderá elidir o processo criminal, efetuando o pagamento do total devido nos têrmos do artigo, no prazo de 30 (trinta) dias da data da lavratura do auto de infração.

Agôsto/Outubro de 1961

Seja como fôr, mesmo vingando êsse prazo, configura-se o crime, desde que haja a “falta de recolhimento na época própria”, como diz a Lei 3.807, art. 86, não mais prevalecendo a ne­ cessidade de prova ou averiguação, de modo con­ vincente, do propósito do empregador de pra­ ticar a abusiva retenção ( . N elson H ungria , pág. 136).

cf

ob. cit.,

O Código Penal configura o crime de apro­ priação indébita, para o presente caso, no artigo 168, que diz assim:

Apropriação indébita

— Art. 168 — Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção.

Pena

— reclusão, de um a quatro anos, e multa de Cr$ 500,00 a Cr$ 10.000,00.

Aumento de pena

— Parágrafo único. A pena é aumentada de um têrço, quando o agente recebeu a coisa. I — em depósito necessário; II — na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário ju ­ dicial. I II

— em razão de ofício, emprêgo ou profissão.

Dispõe, ainda, sôbre a matéria, o art. 170 do mesmo Código, que reza: Art. 170 — Nos crimes previstos neste capítulo, aplica-se o disposto no art. 155,

§ 2.°. Êste art. 155, § 2.°, se refere ao furto, estando assim redigido:

Furto

— Art. 155 — Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: § 2.° — Se o criminoso é primário e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar sòmente a pena de multa.

1479


Queremos, ainda, chamar a atenção dos interessados para o artigo 82 da Lei Orgânica da Previdência Social, que dispõe: Art. 82 — A falta de recolhimento, na época própria, de contribuições ou de outras quaisquer quantias devidas às instituições de previdência, sujeitará os responsáveis ao juro moratório de 1% (um por cento) ao mês, além da multa variável de 10% (dez por cento) até 50% (cinqüenta por cento) do valor do débito, observado, para a multa, o mínimo de Cr$ 1.000,00 (mil cruzeiros). Finalmente, um esclarecimento necessário, capital mesmo, para o devido atendimento do que foi até aqui exposto: trata-se do prazo que o empregador tem para recolher, aos cofres do Instituto, a contribuição dos seus empregados, assim, como a sua própria contribuição. T a l

prazo continua o mesmo, vigente na legislação anterior, quer dizer, as contribuições devem ser recolhidas à Instituição de Previdência So­ cial, conforme dispõe, expressamente, o artigo 79 da Lei Orgânica, “até o último dia do mês subsequente ao que se referir”. Portanto, e em conclusão, somente após o último dia do mês seguinte, é que o empregador se constitui em mora ou atraso punível pela lei em relação às contribuições, sendo que se impõe a distinção: quanto às suas próprias contribuições atrasadas e também quanto às dos empregados, as penas são a multa e o recolhimento com juros de mora, conforme o artigo 82, acima transcrito, da Lei Orgânica; somente quanto às importâncias arrecadadas dos empregados ou segurados e do público, como diz o artigo 86 retrotranscrito da mesma Lei O r­ gânica, é que se configura o crime de apropri­ ação indébita.

a)

b)

Mão-de-obra na Inglaterra

O bem elaborado boletim do Ministério do Trabalho da Grã-Bretanha (“Ministry of Labour Gazette”) — publicação mensal quase septuage­ nária, registra as constantes pesquisas estatísticas, correspondentes as constantes pesquisas em que se empenha aquêle Ministério. Êsses dados numéricos, colhidos mês a mês, proporcionam ao poder público valiosos subsídios, permitindolhe orientar-se eficientemente. Dos dados divul­ gados, a grande maioria não apenas orienta o poder público da Grã-Bretanha, como ainda constitui elemento de interêsse para os estu­ diosos, dentro e fora das fronteiras daquele pais exemplar. Assim, por exemplo, os dados divulgados no último fascículo (julho, 1961) relativo às vari­ ações da população empregada, no decênio com­ preendido entre junho de 1950 e junho de 1960. Eis alguns dêsses dados, reveladores da atual contingência que excede do campo econômico e social da Grã-Bretanha. Porque — e assim tem sido — refletem a própria conjuntura do mercado da produção e do trabalho no mundo ocidental. Em pleno desenvolvimento a política de pleno emprêgo, conseguiu a Grã-Bretanha ver elevada a colocação, nesse decênio, em 2.480.000 trabalhadores, dos quais 920.000 do sexo femi­ nino e 560.000 do sexo masculino. Curioso é que o aumento do trabalho feminino teve lugar apesar da redução operada nos quadros das

1480

forças armadas. Porcentualmente o aumento de mulheres no emprêgo atingiu a 12,7%, para 3,6% de aumento de homens. Explica o rela­ tório que assim aconteceu devido ao grande afluxo de mulheres casadas para o trabalho em regime de emprêgo (de 2.850.000 em 1950 pas­ saram a constituir 4.090.000 em 1960; porcen­ tualmente, de 41% para 52% do total). Em ho­ rário reduzido, bastante em voga naquele país, o trabalho feminino elevou-se de 50.000, isto é, de 1 13% a 13% do total de mulheres empre­ gadas. O trabalho de menores (15 a 18 anos) con­ signa a elevação de 1.370.000 relativo a 1950 para 1.480.000. Entretanto, em 1958 havia ape­ nas 1.330.000, explicando-se o súbito acréscimo em virtude do aumento da taxa de natalidade que passou a registrar-se desde a última guerra. Nos chamados serviços administrativos houve substancial elevação de trabalhadores. Atin­ gindo, apenas 10,5% em 1924, 13% em 1935, 16,5% em 1950, compreendiam, em 1960, 21% , no total de 1.880.000; mais 660.000 do que em 1950. Mesmo nas indústrias têxteis e do ves­ tuário — em que declinou a mão-de-obra nos ú l­ timos dez anos, as estatísticas revelam aumento de pessoal no serviço administrativo a elas atinente. De interêsse é ainda a alteração nos di­ versos setores de atividades. Mais 860.000 (7%)

Boletim da Ind. Gráfica


nas indústrias de produção (agricultura, flo­ restal, pesca, mineração, extrativa, manufatura, construção, gás, eletricidade e água). Mais 780.000 (8%) no setor de serviços (transportes e comunicações, distribuição, administração pú­ blica, profissões, serviços financeiros, científicos e vários). Separadamente, quanto às indústrias de pro­ dução, verifica-se o decréscimo de 210.000 tra­ balhadores (12%) no setor têxtil e vestuário. O maior aumento é registrado na metalurgia, enge­ nharia e veículos; absorvendo mais 830.000 tra­ balhadores (21%), no decênio. No setor quí­ mico mais 80.000 (18%). Na alimentação, be­ bida e fumo, mais 120.000 (15%). No setor di­ versos, mais 160.000 (11%). Construções, mais 120.000 (8%). Declinou nas indústrias extrativas; 180.000 (15%) na agricultura e 90.000 (11%) na mineração e extrativas. Em relação aos serviços, acusa substancial aumento na dis­ tribuição: mais 500.000 (19%). Serviços pro­ fissionais: de instrução e médicos, mais 450.000 (28%), Seguros, bancos e finanças, mais 110.000 (24%). Decresceu a colocação nos transportes: menos 120.000 (6%) e, principalmente, nos tra­ balhos domésticos: menos 160.000 na expressiva porcentagem de 37%.

Alterações substanciais ocorreram quanto ao trabalho feminino nos serviços de distribuição, elevado de 360.000 (32% ); nos serviços profis­ sionais, elevado de 310.000 (32% ); e em serviços administrativos de seguros, bancos e finanças, elevado de 70.000, na porcentagem de 46%. Quanto ao trabalho masculino, aumentou nos serviços manufatureiros, profissionais e cientí­ ficos. Decresceu na agricultura, mineração e transporte. Quanto a ambos os sexos, operou-se declínio nas colocações no setor têxtil e do ves­ tuário. Geograficamente cresceram as colocações na zona oriental e sul da Inglaterra (1.380.000, na porcentagem de 12%), especialmente por migra­ ções internas da Escócia, Gales e Norte da pró­ pria Inglaterra. Finalmente, parece-nos de interêsse uma alu­ são, rápida embora, ao desemprêgo. No último mês (15 de maio a 15 de junho de 1961) dimi­ nuiu de 282-252 para 254.769 o número de de­ sempregados registrados. Esse declínio revela a tendência do mercado de trabalho na Grã-Bre­ tanha, alentadora, de há muito, tanto que a sua população colocada, de 22.954.000 em junho de 1950 (índice: 100), atingiu, em junho de 1960, 24.360.000 (índice: 112,7). ("O

Estado” — 20 de setembro de 1961).

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Noticiário Homenagem a um veterano

O 16 de setembro último foi dia de festa em Rosenhain S/A., Indústria e Comércio. Completou 50 (cinqüenta) anos de casa o Amadeu Rey, velho tipógrafo da casa. Nascido a 3 de janeiro de 1893, nesta Capital, o Amadeu começou a trabalhar para H. Rosenhain, firma individual do sr. Henrique Rosenhain, em 16 de setembro de 1911. Funcionário competente e zeloso, acompanhou as sucessivas alterações da firma, lá permanecendo até hoje. Comemorando o evento, o sr. Eugênio Schmidt, presidente da So­ ciedade, ofereceu um almoço a todo o pessoal da casa, durante o qual foram prestadas homenagens ao ilustre trabalhador. Uma placa de ouro gravada com os dizeres: “Ao sr. Amadeu Rey, homenagem pelo transcurso de seu jubileu de ouro como fiel cola­ borador de Rosenhain S/A., Indústria e Comércio, de 16-9-1911 a 16-9-1961”, lhe foi entregue na ocasião. 1482

Boletim da Ind. Gráfica


cio para exercer as funções de Membro do Conselho Consultivo, do Departa­ mento da Produção Industrial, daquela Secretaria, conforme Portaria n.° 368, de 2 de agosto último. Ao leitor menos avisado, esta sim­ ples notícia poderá não ter significado que mereça destaque. Entretanto, para aquêles que conheceram o Sindicato das Indústrias Gráficas, o eterno ausente dos Conselhos da Indústria, o órgão de classe quase sem expressão — a despeito da fôrça de seus ilustres membros —, a notí­ cia avulta. A nomeação do nosso Presi­ dente é o reconhecimento expresso do valor, já não mais velado, da entidade; é fruto do trabalho silencioso, mas não menos dedicado e espinhoso, do nosso Presidente, que não poupa esforços, abrindo mão das horas de trabalho na sua indústria e dos momentos de lazer com sua família, para bem representar o Sindicato nas reuniões da Indústria, para pugnar pelos interêsses da classe junto às Autoridades, para, enfim, fazer presente a Indústria Gráfica de São Paulo nas po­ sições que lhe assistem.

Destaque O Presidente do nosso Sindicato, sr. Theobaldo De Nigris, foi nomeado pelo Exmo. Sr. Secretário de Estado dos Ne­ gócios do Trabalho, Indústria e Comér-

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Qual a importância do papel para o impressor ? Para êle o papel significa produção e qualidade. Uma causa comum para atrasos na impressão é constituída pelas ondas no papel, as quais, naturalmente, in­ terferem com o registro. A ondu­ lação do papel, causa comum de atrasos na impressão, pode ser gran­ demente reduzida, observando-se o seguinte método: Quando se recebe o papel, seja em caixas ou em resmas, êle geral­ mente está bem acondicionado e protegido de modo que, em circuns­ tâncias normais, não será afetado por mudanças de temperatura e umidade. Normalmente as dificul­ dades começam quando o envoltó­ rio é removido muito antes de o pa­ pel ser usado, ficando as caixas e resmas expostas. Recomenda-se abrir a resma ou caixa, tirar papel suficiente para as provas e, então, fechá-la novamente, até que o trabalho esteja rodando na máquina. Isto naturalmente não se aplica quando o papel é trazido para a ofi1484

cina em caminhões especiais dota­ dos de condicionamento de ar. Se na oficina há ar condicionado, o ideal é deixar as resmas uns três ou quatro dias antes de utilizar o papel. Se a umidade do papel estiver em desacordo com a atmosfera na sala de impressão, as folhas sofrerão alte­ rações em suas dimensões. Quando a umidade do papel fôr menor que a do ambiente, as extremidades do mesmo ficarão recurvadas. Quando isso acontecer, poder-se-á conseguir bons resultados, colocando-se aque­ cedores elétricos em volta da pilha no alimentador. Regulando-se a distância dos lados da pilha, pode-se aplicar calor suficiente para evitar que as extremidades expostas do pa­ pel absorvam umidade em excesso, e, dessa forma, consegue-se que as folhas se mantenham lisas. Depois de passarem na máquina de impres­ são, as folhas deverão ser cobertas com capas de resma, até que sejam impressas tôdas as côres. Se o papel contiver mais umidade do que o ambiente, as folhas cria­ Boletim da lnd. Gráfica


rão concavidade no centro. Neste caso, o calor deverá ser aplicado so­ bre o centro da pilha no alimentador, ou por cima ou por baixo das fitas de alimentação, de modo que atinja o centro de cada fôlha, à me­ dida em que a mesma entra na má­ quina. Por outro lado, se as extre­ midades do papel absorverem mais umidade do que o centro, o calor deverá ser dirigido para as mesmas e não sôbre o centro da pilha de papel. . . Quando se aplicar o calor nas extremidades, è de bom alvitre usar-se um ventilador (bicos de ar) para separar levemente as folhas de modo que o calor possa ser absorvi­ do algumas polegadas além da ex­ tremidade. AVALIAÇÃO DO CALOR Em nenhuma hipótese se deverá permitir seja aplicado calor exces­ sivo, para que as folhas não se cur­ vem no^entido contrário. Com a prática, é possível determinar-se a temperatura certa e mantê-la com­

patível com o número de folhas usa­ das por hora, de modo que as pri­ meiras estejam lisas à medida em que forem entrando na máquina. Quando esta última pára, o aqueci­ mento deverá ser desligado. Freqüentemente somos engana­ dos pelo ar condicionado. É tido como certo que, quando a sala de impressão tem condicionamento de ar, o papel conterá uma quantidade apropriada de umidade inicial. Ra­ ramente isso é verdadeiro, porque o papel em geral, quando recebido, contém um índice de umidade entre cinco e seis por cento. A média das oficinas com ar condicionado opera com uma umidade relativa de 47 a 52 por cento. Isto, nos foi informa­ do, manterá o índice de água na maioria dos papéis numa base de cinco a seis por cento de umidade. A muitos poderá parecer que o acima dito não passa de precauções normais e assunto de rotina. Con­ tudo, freqüentemente êsses sinais de perigo não recebem a devida aten­ ção e essa negligência pode causar perda no tempo da produção bem como de dinheiro.

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Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 —Fone: 37-4639.

Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Tecnigráfica S. A. — Rua General Osório, HEIDELBERG, Representantes: Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos 144/152 - Fones: 32-4854, 34-8265 e 35-3981. —Rua dos Bandeirantes, 398 —Fone: 37-4639. Caixa Postal, 3420 — Sâo Paulo.

1488

Boletim da Ind. Gráfica


IM P R E SSÃ O , M áquinas de

Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alameda Cleveland, 690 - Fone: 52-2522. Funtimod S. A . - Máquinas e Materiais Gráficos —Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. Tecnigráfica S. A. — Rua General Osório, 144/152 - Fones: 32-4854, 34-8265 e 35-3981. Caixa Postal, 3420 — São Paulo.

ÍN D IC E , Tesouras e máquinas

* Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907.

Companhia T . Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alameda Cleveland, 690 - Fone: 52-2522. Funtim od S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. Tecnigráfica S. A. — Rua General Osório, 144/152 - Fones: 32-4854, 34-8265 e 35-3981. Caixa Postal, 3420 — São Paulo. PREN SA S PARA DO U RA R E

GRAVAR

Companhia T . Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtim od S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. PREN SA PARA EN FA RD A R APARAS

MÁQUINAS G R Á FIC A S USADAS

Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alameda Cleveland, 690 - Fone: 52-2522. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos —Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. Tecnigráfica S. A. — Rua General Osório, 144/152 - Fones: 32-4854, 34-8265 e 35-3981. Caixa Postal, 3420 — São Paulo.

M IN ERVAS GUARANI

Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alameda Cleveland, 690 - Fone: 52-2522. Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907.

O F F S E T PLANAS E RO TA TIVA S

Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos —Rua dos Bandeirantes, 398 —Fone: 37-4639. Tecnigráfica S. A. — Rua General Osório, 144/152 - Fones: 32-4854, 34-8265 e 35-3981. Caixa Postal, 3420 — São Paulo.

O F F S E T , Tintas para

Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Eklypse Ltda. — Avenida Lacerda Franco, 952 Fone: 70-8223.

PAUTAÇÃO, Máquinas e material para

Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos —Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639.

PIC O TA R, M áquinas de

Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121.

Agôsto/Outubro de 1961

Funtim od S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. PREN SAS PARA JO RN A IS

Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Tecnigráfica S. A. — Rua General Osório, 144/152 - Fones: 32-4854, 34-8265 e 35-3981. Caixa Postal, 3420 — São Paulo.

P R E L O S PARA PREN SAS

Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alameda Celveland, 690 - Fone: 52-2522.

PROVAS O F F S E T E TIP O G R Á FIC A S, Pren­ sas para

Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alameda Celveland, 690 - Fone: 52-2522. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos —Rua dos Bandeirantes, 398 —Fone: 37-4639.

R E L Ê V O , Máquinas para

Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos —Rua dos Bandeirantes, 398 —Fone: 37-4639. Tecnigráfica S. A. — Rua General Osório, 144/152 - Fones: 32-4854, 34-8265 e 35-3981. Caixa Postal, 3420 — São Paulo.

R E L Ê V O A M ERICAN O

Máquinas para Comagraf — Cia de Máqui­ nas Gráficas Ltda. — Alameda Cleveland, 690 — Fone: 52-2522.

R E V E S T IM E N T O S D E C IL IN D R O S

Labortex —Rua Venceslau Brás, 16 —10 andar s/101 - Fone: 32-3752 - Sâo Paulo. 1489


Tecnigráfica S. A. — Rua General Osório, 144/152 - Fones: 32-4854, 34-8265 e 35-3981. Caixa Postal, 3420 — São Paulo.

R O LO S, revestimentos para

Indústria de Artefatos de Borracha “1001” Ltda. —Av. Guilherme Cotching, 424 — Fone: 93-6800 - Sâo Paulo.

TIN TA S PARA IM PR E SSÃ O

Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alameda Celveland, 690 - Fone: 52-2522. Companhia T . Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Cromos S. A. — Rua São Joaquim, 496 - Fone:

RO TA LIN A, Impressoras rotativas a anilina

Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos —Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639.

RO TA TIVA S À ANILINA

Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos —Rua dos Bandeirantes, 398 —Fone: 37-4639.

34-6785.

RO TA TIVA S PARA JO RN A IS

Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos —Rua dos Bandeirantes, 398 —Fone: 37-4639. Tecnigráfica S. A. — Rua General Osório, 144/152 - Fones: 32-4854, 34-8265 e 35-3981. Caixa Postal, 3420 — São Paulo.

RO TA TIVA , Tintas em qualquer côr para

Eklypse Ltda. — Avenida Lacerda Franco, 952 Fone: 70-8223.

ROTOGRAVURA, Impressoras rotativas e pla­ nos para

Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos —Rua dos Bandeirantes, 398 —Fone: 37-4639.

SACOS D E C E L O FA N E E P O L IE T IL E N O

Máquinas para impressão e fabricação de Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos —Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639.

Eklypse Ltda. — Avenida Lacerda Franco, 952 Fone: 70-8223. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. Tecnigráfica S. A. — Rua General Osório, 144/152 - Fones: 32-4854, 34-8265 e 35-3981. Caixa Postal, 3420 — São Paulo. T IP O S E M A TE R IA IS G R Á FIC O S

Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos —Rua dos Bandeirantes, 398 —Fone: 37-4639. Tecnigráfica S. A. — Rua General Osório, 144/152 - Fones: 32-4854, 34-8265 e 35-3981. Caixa Postal, 3420 — São Paulo.

TU D O PARA AS A R T E S G RÁFICAS

Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Tecnigráfica S. A. — Rua General Osório, 144/152 - Fones: 32-4854, 34-8265 e 35-3981. Caixa Postal, 3420 — São Paulo.

V ERN IZES

Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907.

SACOS D E P A P E L , M áquinas para fabricar

Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alameda Celveland, 690 - Fone: 52-2522. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos —Rua dos Bandeirantes, 398 —Fone: 37-4639. ☆

ZINCO, Chapas de

Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos —Rua dos Bandeirantes, 398 —Fone: 37-4639.

“A F orça e o Prestígio do Sindicato são resultantes do m aior número d e Associados — F aça-se Sócio d a Sua E n tidade d e Classe”.

1490

Boletim da Ind. Gráfica


ASSOCIAÇÃO Viaduto Dona Paulina, 80

B R AS I L E I R A -

DE

T É C NI C O S

20.0 Andar - Sala 2011

GRÁFICOS

SÃ O PAULO

-

BRASIL

RELATÓRIO DA DIRETORIA EXERCÍCIO DE NOVEMBRO OE 1 960 A OUTUBRO DE 1961 Senhores Associados A Diretoria da Associação Brasileira de Técnicos Gráficos tem a subida honra e a grata satisfação de lhes prestar contas da sua gestão no exercício de 1 961. De acordo com os estatutos, êste rela­ tório, em 16 do corrente, foi submetido à aprovação prévia do Conselho Delibera­ tivo, e os livros da tesouraria a exame pelo Conselho Fiscal, tendo ambos mere­ cido a aprovação integral dos ilustres senhores membros daqueles Conselhos. Como sabem, a Associação Brasileira de Técnicos Gráficos é uma entidade ainda nova. E como qualquer entidade nova, no seu primeiro ano de vida, contou com o entusiasmo de partida, florescente, de seu grupo de associados. Sendo êste o seu segundo ano de funcionamento, passou pe­ la "prova do fogo". E passou bem. Ao entusiasmo de partida sucedeu-se a toma­ da de consciência e de responsabilidade de todos os seus dirigentes, que feliz­ mente puderam sentir e contar com o apôio de seu quadro de associados. Caracterizou-se o ano de 1961 com a seguinte providência de base, fundamen­ tal para a existência da ABTG: a estruturação e organização dos seus diversos Departamentos. Estruturação e organiza­ ção que representaram o alicerce, sem o qual ela não teria podido desenvolver-se. As realizações efetuadas neste segundo ano de existência da ABTG, pelos vários Departamentos, demonstraram mais uma vez que a nossa Associação é uma organização útil e necessária: ) sua sede foi frequentada, durante o ano, por um número cada vez maior de associados; 2 ) seus associados reuniram-se muitas vêzes durante o ano, conheceram-se uns aos outros, e num sentido de grupo sentiram e promoveram o congraçamento da classe; 3) os resultados aí estão, a olhos vistos: estudos, troca de idéias, aperfeiçoa­ mento, artigos, conferências, divulga­ ção e enriquecimento dos conhecimen­ tos técnicos, trocando-se, permutando-se métodos, processos e experiências adquiridas. 1

O funcionamento dos diversos Depar­ tamentos mostrou-se eficiente, especial­ mente se considerar-se que seus diretores e associados trabalham em geral, de 8 a 1 0 horas por dia e, sem salário, sem quais­ quer pagamentos ou gratificações pres­ taram serviços a ABTG, à noite, ünicamente por idealismo numa vontade cres­ cente de aperfeiçoar-se e de servir à classe. Apresentamos em seguida o relatórioresumo das atividades de cada Departa­ mento: atividades exercidas no exercício que se finda; e planos de previsão para 0 exercício de 1 962. SECRETARIA

1 — No ano de 1 961, a Diretoria reuniu-se normalmente tôdas as semanas, alternadamente, às quartas-feiras para despachar o expediente geral, e às sextas-feiras para discutir com os diversos Departamentos seus proble­ mas de base; 2

— Seu primeiro passo foi extruturar e organizar a própria Secretaria, sem o que os demais Departamentos não teriam podido desenvolver-se; 3 — Admitiu um Secretario-Auxiliar (sr. Antonio Amaro) para a dupla fun­ ção de: 3.1 - executar o expediente interno da secretaria; 3.2 - visitar associados e receber men­ salidades. 4 — Admitiu um Escriturário-Datilógrafo (sr. Mário Fioravanti) para executar todos os serviços necessários de es­ crituração e datilografia (atas, fichário, cartas, arquivamento, etc.); — Registrou os Estatutos da Associação no Cartório do l.° Ofício de Registro de Títulos e Documentos da Capital, tendo mandado imprimir 500 novos exemplares; — Durante o ano de 1 961, atualizou o fichário dos srs. associados, tendo o l.° secretário, em virtude de licença do 2 .° secretário, acumulado ambos os cargos; 7 — O ano de 1961 encerrou-se com o seguinte movimento de Associados:


CAPITAL Q u ite s a té O u t. 1961

Sócio Pessoa-Física Técnico ............................. Administrador .................. Técnico-Administrador ... Oficial Gráfico ................ Sócio Pessoa-Jurídica indústrias: Até 100 Empregados ....... De 101 a 200 Empregados Mais de 201 Empregados

OUTROS

Em atraso

54 —

16 —

1 12

7

Q u ite s a té O u t. 1961

2

11

— — 5

6

1

— — —

1

88

25

3

2

Programação para 1 962 — Sua diretriz básica para 1 962 deverá ser: conseguir com as autoridades governamentais “De­ claração de Utilidade Pública para a ABTG”. TESOURARIA

1 — Organizou o sistema contábil da Te­ souraria, com quadros detalhados de receita e despesa por sistema de ver­ bas codificadas. 2 — Abriu conta-corrente no Banco Mo­ reira Salles S/A, matriz, nesta ca­ pital. 3 — Organizou o sistema de cobrança de mensalidades, através de fichas e roteiro de visitas para recebimento de mensalidades, tendo recuperado receita de mensalidades do exercício anterior no valor aproximado de Cr$70 000,00. 4 — Média mensal de contribuições arrecadadas no exercício corrente: Cr$32 000,00. Idem das despesas mensais: Cr$25 000,00. 5 — Receita e Despesa do exercício acu­ saram a seguinte movimentação: 5.1 - Receita - De nov. de 60 a out. de 1 961: Cr$440 529,40 5.2 - Despesa - De nov. de 60 a out. de 1 961:

Cr$305 331,50

5.3 - Saldo - Do presente exercício: Cr$135 197,90. Saldo Geral, de exer­ cícios anteriores e do p resen te disponível para 1 962: Cr$255 315,40

NOVOS ASSOCIADOS EM 1 961

— — —

8

1

Em atraso

3 — — —

— — —

11

ESTADOS

— — 3

22

Programação para 1 962 — Com base na codificação organizada de receita e despesas através de verbas, a diretriz bá­ sica da Tesouraria para 1 962 será "Orga­ nizar a Previsão Orçamentária de receita e despesas necessárias para um ano com­ pleto, através de dotações estudadas, com base nas atividades futuras de cada De­ partamento, de acordo com os recursos hábeis previsíveis dentro de cada exer­ cício.

DEPARTAMENTO

PUBLICITÁRIO

1 - Planejada a padronização de im­ pressos da ABTG com execução de pro­ jetos, artes finais e impressão dos mes­ mos. Tipos de impressos padronizados: 1.1 - Notícias Gráficas — (F o rm a to 21x30). Jornal mimiografado para divulgação de estudos e noticiário geral das atividades dos diversos De­ partamentos da ABTG. Publicados e distribuídos os n.°s 1 e 2 dêsse jor­ nal. 1.2 - Manuais — (Formato 16x23). Para livros e monografias, trabalho de volume com um mínimo de 32 pá­ ginas. Editado e distribuído o “Ma­ nual de Informações Técnicas — A Granulação de Chapas de Zinco para Offset”. Em preparação mais um novo "Manual de Traçado e Monta­ gem em Offset”, que deverá ser editado em princípios de 62. 1.3 - Conferências — (Formato 16x23). Para publicação e divulgação pos­ terior dos assuntos das conferências realizadas pela ABTG. Publicada e distribuída a Conferência n.° 1 "Im­ pressão Tipográfica na Holanda”. Em preparação e em fase de impres­ são mais as seguintes: “Chapas Pré-sensibilizadas 3M” e "Gravação Eletrônica de Clichês”.


1.4 - Extratos — (Formato 16x23). Para divulgação de estudos desenvolvidos pelos Grupos de Trabalho, traduções, resumos de artigos técnicos etc. Pu­ blicado e distribuído o Extrato n.” 1 "Ensaio Situacional da Indústria Gráfica Paulista". Em preparação e em fase de impressão o Extrato n.° 2 "Recomendações aos srs. Impressores de Offset”. 1.5 - Fichário de Inform ações Técnicas — (Formato 14,5x10,5). Composto de um jôgo índice, com índice geral dos ramos em artes gráficas e Fi­ chas de Informação Técnica conten­ do o resumo das principais novida­ des técnicas, de artigos publicados por revistas, catálogos, folhetos, jor­ nais etc. Editado e distribuído o Fi­ chário juntamente com 10 Fichas de Informação Técnica. Programação para 1 962 — Continuar as Fichas de Informação Técnica — Edi­ tar e distribuir o "Manual de Traçados e Montagens para Offset” — Fazer uma edição especial do jornal "Notícias Grá­ ficas” para divulgação dos fins e objetivos da ABTG para a indústria gráfica em ge­ ral, visando tomá-la mais conhecida e obter adesões de novos associados. RELAÇÕES PÚBLICAS E INTERCÂMBIO

Durante o ano de 1 961, o Departa­ mento de Relações Públicas e Intercâm­ bio, promoveu os seguintes principais trabalhos: 1 - Relações Públicas — Auxílio na organização e realização de tôdas as con­ ferências promovidas pela ABTG, toman­ do parte ativa no planejamento e na rea­ lização das mesmas: programação, con­ vites, circulares, controle de presenças, divulgação dos fins e objetivos da ABTG e distribuição de proposta para aumento do quadro de associados. Cartas aos jor­ nais anunciando conferências. 2 - Projeto e arte final das siglas da ABTG para encimar seus impressos. Intercâm bio 1 - Correspondência em inglês, italia­ no, francês e alemão com entidades con­ gêneres de países estrangeiros. 2 - Programação, roteiros de interêsse da ABTG e cartas de apresentação a só­ cios em viagens para o estrangeiro. Programação para 1962 — Relações Públicas: Animar os srs. Associados a to­ marem parte mais ativa nas atividades dos diversos Departamentos da ABTG. — Propagar, divulgar e tornar mais conheci­ da a ABTG, finalidades e objetivos atra­ vés de notícias, artigos e publicações nos principais jornais de S. Paulo. Intercâm­ bio: Remeter às entidades congêneres da

ABTGl no estrangeiro, tôdas as suas pu­ blicações, a fim de receber das mesmas informações e permutas de bibliografia técnica que interessam à ABTG. BIBLIOTECA E FILMOTECA

Em consequência do estado de saúde do Diretor-Bibliotecário, titular que, por motivos especiais demitiu-se do cargo no início de sua gestão, não foi possível rea­ lizar as atividades previstas para êste De­ partamento. Entretanto, os demais dire­ tores, procurando suprir esta lacuna, agiram na medida do possível para fazer funcionar a Biblioteca. Assim é que, du­ rante o ano de 1 961, registraram-se: 1 - as assinaturas pagas ou gratuitas das seguintes revistas: Poligraph (alemã), Fachefte (suiça-em alemão e francês), El Arte Tipográfico (espanhol), Fotomecânica (em português, da Kodak), Klischograph (alemã), Heidelberg (em portu­ guês), Modern Lithography (americana), Graphic Arts Monthy (americana) e ou­ tras; 2 - doações de livros, ofertados pelo: Instituí National des Industries et Arts Graphiques, coleção do Colégio Técnico Estienne de Paris (escritos em francês); coleção completa de Mitteilungen (Notí­ cias) ofertada pela Firma Klimsch & Co.; 3 - aquisições de livros técnicos, assun­ tos diversos versando sôbre tipografia, li­ tografia, offset, rotogravura, gravuras, papel e tintas, tecnologia etc, escritos em alemão; 4 - empréstimos feitos à Biblioteca da ABTG, por associados, de livros técnicos em italiano, alemão, francês e português, à disposição dos srs. associados, sôbre assuntos diversos e especiais como litera­ tura técnica do ramo de tipografia. Obs: A relação de livros e revistas, postos à disposição dos srs. associados, foi publicada no “Notícias Gráficas — n.°2” — de setembro de 1 961. Programação para 1 962 — Eleição de novo Diretor-Bibliotecário — Estruturar, organizar a Biblioteca e classificar o acêrvo de livros já existentes — Aumentar o número de assinatura de revistas estran­ geiras — Planejar e adquirir novos livros técnicos de forma a estruturar as neces­ sidades de base para a organização de uma biblioteca que deve possuir acêrvo de livros para todos os ramos e técnicas de trabalho em artes gráficas — Divul­ gar e incentivar a frequência, o uso e a consulta à biblioteca da ABTG. DEPARTAMENTO TÉCNICO

O Departamento Técnico reuniu-se ordinàriamente tôdas as sextas-feiras du­ rante o ano de 1 961, tendo promovido os seguintes trabalhos:


1 - Estudos sôbre o livro "Curso de Impressão Offset” de autoria do sr. Waldemar A. Oliveira, tendo devolvido os originais à Diretoria executiva, com pa­ recer contrário à sua publicação, por não ter chegado a acordo com o autor por mo­ tivos diversos. 2 - Programadas e realizadas as se­ guintes conferências: "A Impressão Tipo­ gráfica na Holanda” por Pieter Schild; "Chapas Pré-sensibilizadas 3M”, por Honorato Begalli; "Gravação Eletrônica de Clichês” por G. M. Ambroz, estando ainda programada para êste ano, em dezembro mais a seguinte conferência: "Gravação dupla e Sistema de Calços Químicos para Clichês”, por Carlos Conti e Hans Wagner. 3 - À base de esforço e dedicação con­ seguiu organizar grupos de estudos de téc­ nicos associados em : offset, tipografia, clicheria e acabamento. 4 - Resenha de assuntos estudados e discutidos em reuniões técnicas: 4.1 - líquido para lavagem de rolos e' pa­ nos de borracha das offset; 4.2 - estudos sôbre a possível eliminação do pó do papel nas máquinas offset; 4.3 - aplicação de alceamento manual e químico na impressão de clichês reticulados em tipografia. 5 - Artigos escritos e preparados pelo Departamento Técnico, dependendo de re­ visão para serem publicados pela ABTG: 5.1 - esclarecimentos elementares ao copiador de matrizes offset; 5.2 - recomendações aos Impressores de Offset; 5.3 - estudo sôbre controle de graduação da gravura entre chapas de ensaio e de impressão offset mediante escala de gris; 5.4 - conhecimentos sôbre sais crômicos. 6 - Em fase final de preparação os originais do "Manual de Traçado e Monta­ gem em Offset”.

Programação para 1 962 - Desenvolver as atividades do Departamento Técnico, de forma a organizarem-se novos grupos de trabalho para os setores ainda não orga­ nizados tais como: rotogravura, impres­ são com anilina, cartonagem e outros. — Incentivar as Indústrias e seus técnicos para que consultem o Departamento Téc­ nico da ABTG sôbre problemas e dificul­ dades existentes nas firmas. — Acabar e entregar ao Departamento Publicitário pa­ ra editar o “Manual de Traçado e Mon­ tagem em Offset” — Iniciar os trabalhos de estruturação, esquema e índice de um livro sôbre “Impressão Offset”.

Eis senhores, o relatório-resumo das atividades principais da Diretoria Execu­ tiva e dos diversos Departamentos que constituem a Associação Brasileira de Téc­ nicos Gráficos. Queremos nesta oportuni­ dade agradecer a todos que colaboram e deram seu precioso tempo e conhecimen­ tos técnicos, por idealismo e amor à arte, à ABTG. E em particular, expressamos aqui nossos agradecimentos aos nossos associados, fabricantes de papel, que doa­ ram à ABTG o material necessário às impressões que planejámos e executámos durante o ano. Apesar de não ser finalidade da ABTG economizar dinheiro, há, senhores, neces­ sidade de uma disponibilidade para even­ tuais despesas. Neste sentido, a Diretoria tem o prazer de comprovar sua seriedade, seu cuidado e resguardo com o dinheiro público, pois possui a ABTG em caixa, no Banco Moreira Sales S/A, matriz em S. Paulo a apreciável reserva representada pelo saldo de Cr$ 255 315,40. Para encerrar, desejamos salientar aqui o sentido de cooperação reinante en­ tre tôdas as entidades, SENAI, CBAI, Depto. de Produtividade da FIESP, Sin­ dicato das Indústrias Gráficas, entidades co-irmãs tôdas, nenhuma tirando nada da outra, mas ao contrário tôdas batalhando, favorecendo e apoiando o bem comum, que para nós representa a produtividade, o aperfeiçoamento de mão de obra grá­ fica, a melhoria, o aprimoramento e a divulgação dos métodos e processos de trabalho em artes gráficas. Ao finalizar êste relatório, desejamos, com júbilo anunciar que, por nossa inicia­ tiva, (pois a idéia nasceu na ABTG), foi dado o primeiro passo para a criação de um "Centro de Documentação e Pesquisas em Artes Gráficas”. Uma comissão com­ posta das entidades co-irmãs, citadas aci­ ma, já foi criada, já se reuniu uma vez, já estando traçadas as primeiras diretri­ zes para a criação daquele Centro. Para conhecimento dos interessados e de nossos dignos associados, juntamos a êste rela­ tório uma minuta da ata da referida reu­ nião. Êste, acreditamos, será o grande passo, o almejado avanço, que irá em fu­ turo propiciar a todos a existência real e magnífica de uma sede, entidade completa e bem instalada, com biblioteca, laborató­ rios de experimentação e ensaios, oficina, auditório para reuniões, grupos de estudo, conferências, cursos e seminários. Aos srs. Associados e amigos somos gratos, assim como manisfestamos o nosso muito obrigado a todos aqueles que, de qualquer forma, colaboraram conosco para a feliz realização de mais um ano de nosso mandato. São Paulo, Novembro de 1 961 A Diretoria


ANEXO

ATA R EU N IÃ O SENAI

R EA LIZ A D A SALA

DO

NO

N. ° 1 DEPARTAM ENTO

CONSELHO,

23/10/961 — São Paulo 1 - O b je tiv o : E n ten d im en to s entre SENAI, CBAI, Depto. de Produtividade da FIESP, Sindicato das Indústrias Gráficas e Associação Brasileira de Técnicos Gráficos para estudos de pla­ nejamento e instalação de um Centro de Documentação e Pesquisas em Ar­ tes Gráficas. 2 - Pessoas presentes: Pelo SENAI: Dr. Ítalo Bologna, Prof. João B. Salles Silva e Prof. João F. Arruda; pela CBAI: Mr. Wilson e Marcos Pontual; peo Depto. Produt. FIESP: Pery Bomeisel; pelo Sind. das Inds. Gráficas: Theobaldo de Nigris e Francisco Giangrande; pela ABTG: Gerardo Garuti e Mirko Roman. 3 - Assuntos tratados: 3.1 - Colaboração do SENAI e CBAI c/as Indústrias Gráficas p/ o fim citado no Objetivo. 31.1 - Necessidades — Ao SENAI e CBAI expuseram os partici­ pantes a necessidade de cria­ ção de um Centro de Docu­ mentação e Pesquisas em Ar­ tes Gráficas com a seguinte es­ trutura : 311.1 - Biblioteca Técnica — com documentação na­ cional e estrangeira. Re­ ceber bibliografia dos principais centros de pesquisa estrangeiros, e através de técnicos, se­ lecionar, traduzir e di­ vulgar.

EM

2 3 /1 0 /9 6 1

R EG IO N A L —

SÃO

DO

PAULO

311.2 - Laboratório de experi­ mentação. Os proces­ sos novos poderíam ser experimentados e acli­ matados ao ambiente brasileiro nesse labora­ tório, ou eventualmente nas oficinas de aprendi­ zagem da Escola. 311.3 - Cursos e Conferências — vinda de técnicos es­ trangeiros para deter­ minadas especialidades p/fins de conferência e seminários de aperfei­ çoamento de métodos e processos. 311.4 - Pesquisas de Qualidade — a serem realizadas com materiais gráficos (tinta, papéis, zinco, fil­ mes etc.). Depois de ins­ talado o Centro de Docu­ mentação e Experimen­ tação, e sta 4.* fase (pesquisas de qualidade) seria submetida a estu­ dos, a fim de que o SENAI, CBAI, Sindicato patronal e a Associação Brasileira de Técnicos fi­ zessem instalar no IPT de S. Paulo uma secção de pesquisas p/ artes gráficas. 4 - Opinião de Mr. Wilson (Ponto IV) 4 . 1 - 0 Ponto pode colaborar. De início, a CBAI possui uma biblioteca técnica que pode ser visitada. Essas e outras obras que interessarem ao grupo po­ derão ser traduzidas e divulgadas;


4.2 - Sugeriu organizar-se um grupo de téc­ nicos para visitarem os EE.UU. com os seguintes objetivos: 42.1 - observar processos de aprendi­ zagem, treinamento e aperfei­ çoamento da mão de obra para as indústrias gráficas; 42.2 - colhêr orientação e subsídios para a organização e desenvol­ vimento de um Centro de Do­ cumentação e Pesquisas em Artes Gráficas. 5 - Opinião do Sr. Garuti (ABTG) 5.1 - Opinou pela vinda de técnicos ame­ ricanos para estudar as condições lo­ cais e planejar a organização do Centro. 6

- Resposta de Mr. Wilson (Ponto IV)

6.1 - De acordo. Bastaria ao SENAI pedir ao Ponto IV a vinda do técnico ame­ ricano ao Brasil. Entretanto, acha que a visita de um grupo de técnicos brasileiros aos EE.UU. seria mais ob­ jetiva e proveitosa. 7 - Opinião do Sr. Bomeisel (Depto. Prod. FIESP) 7.1 - Falou com Mr. Grow no Rio. Êste informou que o Ponto IV podería co­ laborar, mediante entendimentos c/o Sr. Simões Lopes (Fundação Getúlio Vargas — Coo-Diretor do Ponto IV no Brasil). 8 - Resposta de Mr. Wilson (Ponto IV) 8.1 - O escritório do Ponto IV em S. Paulo está também credenciado para tratar do assunto. Acha melhor fazer o tra­ balho em duas etapas. Na primeira, um grupo de técnicos brasileiros vi­ sitaria os EE. UU. Na segunda, po­ dería vir um técnico americano p/auxiliar nos estudos de planejamento e instalação do Centro. 81.1 - O Ponto IV teria pois, como incumbência: 811.1 - Obter recursos e organi­ zar um grupo de técni­ cos para v is ita r os EE.UU.;

811.2 - Reunir bibliografia téc­ nica p/organização de uma Biblioteca para o Centro; 8113 - Trazer técnicos america­ nos ao Brasil p/auxiilar no planejamento e insta­ lação do Centro, assim como para conferências e seminários técnicos em artes gráficas. 9 - Opinião do Dr. Bologna (SENAI) — Finalizando o Dr. Bologna, Diretor Re­ gional do SENAI, propôs: 9.1 - Organizar-se uma Comissão de Estu­ dos composta das seguintes entida­ des, e membros: SENAI — Diretor da EAG (1.4) Sind. Ind. Gráfica — a ser indicado ABTG — a ser indicado Depto. Prod. FIESP — a ser indicado para, no prazo mais curto possível, estudar um ante-projeto de organiza­ ção para o Centro de Documentação e Pesquisas em Artes Gráficas; 9.2 - enquanto a Comissão estuda o ante­ projeto, o SENAI pedirá por ofício ao PCTPI da CBAI p/organizar e pro­ mover a visita de um grupo de téc­ nicos brasileiros aos EE.UU.; 9.3 - o Centro deve ficar anexo à Escola de Artes Gráficas mas independente na sua administração; 9.4 - o SENAI construirá o Centro, que se­ rá sempre patrimônio do SENAI; 9.5 - o Centro teria administração autôno­ ma, com recursos de manutenção de várias origens; 9.6 - o pessoal permanente do quadro se­ ria mantido pelas entidades interes­ sadas : SENAI, Sindicato patronal, Associação de Técnicos, Depto. de Prod. da FIESP, Ponto IV e outros. São Paulo, 23 de outubro de 1 961 João F. Arruda Secretário Ad-hoc da Reunião


Serviços prestados pelo Sindicato das Indústrias Gráficas aos seus associados

BOLETIM DA INDÚSTRIA GRAFICA NO ESTADO DE SÃO PAULO

Redação e Administração

Rua Marquês de Itu, 70 — 12.° andar Telefone: 32-4694 — (Sede própria) SÃO

PAULO

Diretor responsável

Dr. O swaldo P reuss

Secretário Geral

Dr. J oão D alla F ilho

Redação

* Distribuição de guias para recolhi­ mento de impostos em geral. * Impressos fiscais e modelos de im­ pressos de comunicações. * Serviços de Despachante, Encami­ nhamento de papéis nas repartições públicas. Registro de Empregados. Encaminhamento de relações de em­ pregados. Recolhimento de Impostos e multas. Informações sobre assuntos gerais. * Distribuição de publicações periódi­ cas informativas.

T heobaldo D e N igris Dr. J oão D alla F ilho

Publicidade

R alph P ereira P into

Produção gráfica

N elson

de

Moura

*

Composto e impresso nas oficinas da São P E S. A. au lo

d it o r a

Capa

L anzaha S. A.

Gráfica

E ditora

Departamento Jurídico

*

Dr. JoÃo D alla F ilho e Dr. O swaldo P reuss

SIN D ICA TO DAS IN D Ú STRIA S GRÁFICAS NO ESTA D O D E SÃO PAULO

* Defesa de associados na J ustiça

Theobaldo De Nigris — Presidente Bertolino Gazi — Secretário Damiro de Oliveira Volpe — Tesoureiro Suplentes

e

r

Departamento Técnico * Orientação em geral sobre qualquer assunto concernente à indústria grá­ fica. * Palestras e conferências técnicas.

Jorge Saraiva Bruno Canton Dante Giosa

Rua José Bonifácio, 135 — 10.° andar

S uplentes e

Gerente Técnico

P aulo Monteiro

Jair Geraldo Rocco

Delegados na Federação

Theobaldo De Nigris Felício Lanzara Pery Bomeisel Suplentes

João Andreotti, José Napolitano Sob.0 e Homero Vilela de Andrade *

D elegacia

em

Santos

Affonso Franco

Praça da República, 20 Nosso

* Informações trabalhistas, fiscais e ju­ rídicas em geral.

Sociedade Cooperativa Gráfica de Seguros

Conselho Fiscal

Rubens Ferreira

representante em

Ernani Paulino

do

T rabalho .

Diretoria

Vito J. Ciasca, José J. H. Pieretti Luiz Lastri

SECRETARIA Das 8,30 às 11,30 e das 13,30 às 17,00 horas Aos sábados: das 9 às 12 horas.

C ampinas

Rua D. Quirino, 1220/32

Ambulatório Sanatório São L ucas

Rua Pirapitingui, 80

* Seguro contra acidentes no trabalho em bases bem mais compensadoras que as de Companhias particulares. * Assistência jurídica em casos de mo­ léstias profissionais. Diversos

—Colaboração comdaos solidariedade serviços públicos desenvolvimento social.no —Bolsa Gráfica — Oferta e procura de empre­ gos. Vendas, troca ou compra de máquinas e equipamentos gráficos. —Desenvolvimento do espírito defesa dos interêsses da classe,associativo visando oe seu engrandecimento.


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