Boletim da Indústria Gráfica - Ano X V - i n - 1964 Distribuído pelo Sindicato das Indústrias Gráficas no Est. de S. Paulo
: COMPANHIA SANTISTA : I DE PAPEL ! 4 4 4 4
*
4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4
Rua 15 de Novembro, 324 - 7.0 andar - Telefone 36-7171 Telegr.: "SANTISPAPEL” - Caixa Postal 1801 - São Paulo
Fábrica em Cubatão
Fabricantes de Papel desde 1918
*
4
4 4
* 4 * 4 4 4 4
4 4 4 4 4
* ♦
4
4
Tipos
Escrever Impressão Embrulho Impermeáveis Cartões Linha d agua para Livros e Revistas
Fab. Especiais
* * * * * * * * * * « * ♦ * ♦ *
4 4
4 * * * * * * ♦ * * * * * * * * * ir * * * * * ir ir
* ir ir ir ir ir ir ir
* ir
*************************************************
E d ito r ia l Temos ouvido com freqüência queixas sôbre a falta de mão-de-obra espe cializada na indústria gráfica. Grande é também a grita quanto à dificuldade de se conseguirem chefes ou encarregados à altura das responsabilidades que lhes são cometidas. Mas reclamar, somente, não resolve o problema. Daí a necessidade de colaborar na solução do mesmo. A Diretoria do Sindicato tem insistido junto à alta administração do SENAI a fim de conseguir a ampliação dos cursos na Escola de Artes Grá ficas, assim como a criação de novos. Estuda-se, no momento, estando perto a solução, a aquisição de alguns imóveis vizinhos à Escola Felício Lanzara, para consecução dêsses objetivos. Entre os cursos programados, encontram-se aquêles destinados à formação de técnicos, inclusive com estudos para chefia. Contudo, o SENAI sozinho não pode formar tôda a mão-de-obra espe cializada e os chefes necessários à indústria, por vários motivos. Destacam-se entre êstes a própria falta de interêsse de alunos e o baixo nível intelectual daqueles que são encaminhados à Escola. Além disso, há desinteresse dos operários existentes na freqüência a cursos de nível médio para especialização e chefia, bem como incompreensão de grande número de industriais. O Sindicato das Indústrias Gráficas tem programada para o próximo biênio uma campanha de criação de cursos de nível equivalente ao curso secundário, independentemente do que se fará com a colaboração do SENAI, a fim de romper êsse ponto de estrangulamento que é falta de pessoal habili tado. Com o aumento do número de Diretores no Sindicato, os quais passaram de três para sete (máximo permitido por lei), espera-se solução para êsse e outros problemas, pois haverá pessoas que poderão dedicar-se ao equacionamento dos mesmos. Para o futuro, com a experiência auferida em todos êstes anos na direção do Sindicato e na Federação das Indústrias, a Diretoria criará “comissões” encarregadas de estudar e apresentar soluções para várias questões que entra vam o maior desenvolvimento nas indústrias gráficas. É preciso que todos colaborem, como o vêm fazendo aquêles que se dedicaram à classificação pro fissional — que já está pràticamente completa — para que se consiga algo de prático e concreto. Não é possível deixar-se todo o trabalho para um pequeno grupo de abnegados fazer, quando sabemos que existem mais de duas mil indústrias gráficas só em nossa Capital.
Março de 1 964
2127
Si m t>ra»i tetro», «uttttan d o a» *«*» trjuti$*«* gtortcxâi, «verem sempre ?m m» a o lf «w
de Barrou*
«4
batalha
Sí tifi b ctm ia .tro * . çultuande
** M Ut* 0*«tcAe» cluloMi.
tivrfCMi sempre em mi
a
o
íftn a t{( B a rrw o na batalha d o R ía c h u e lo . - a nossa
do Ki&chuelo. - a nossa pátria «ma das mmmrm m ais belas e m ais aíor tunadas do ecám fno, a tingirá kcvem cnte à má' ta Jo.s s c ttí excekm des
tin g ir á b reveroente i m ú tã dos seus exceh os des
ti nos, como potência d<> primeira grandeza na A m é r i c a e no
tinos, como potência de primeira grandeza na A m é r i c a e no
mundo.
Si os brasi
p á tria um a d as m aiores
mais belas e m ais afor tu n a d a s do e cú m en e , a
mundo.
Si os brasi
LU SO S, CULTUANDO AS
LEEROS, CULTUANDO AS
suas tradições glorio sas. tiverem sempre em mira o lema de Bdrroso na batalha
suas tradições glorio sas, tiverem sempre em mira o lema de Barroso na batalha
do Hiachuelo a n ossa pátria
do Riachuelo a n o ssa pátria
Todos êstes tipos estão à sua escolha. Fornecemos também provas perfeitas tiradas sobre papel glacê. Peça-nos e lhe enviaremos catálogos para escolha de tipos e réguas medidoras.
LINOTIPADORA "R” Rua Frederico Alvarenga, 132 - Fone: 35-4849 - São Paulo
2128
Boletim da Ind. Gráfica
J u r isp r u d ê n c ia A v is o p révio PROCESSO
TST-RR
996/62
E m e n t a : O empregado dispensado do emprego ao voltar da aposentadoria, nos termos do art. 475 da Consolidação das Leis do Trabalho, não tem direito a aviso prévio. Recurso conhecido e provido para absolver a recorrente.
Vistos, relatados e discutidos êstes au tos de Recurso de Embargos número TST 996-62, em que é embargante In dústrias Reunidas Sofá-Cama Drago S/A, e embargado N.I.B.: A Egrégia Segunda Turma, pelo acór dão de fls. 43, tendo conhecido do re curso de revista, lhe negou provimento, estando a decisão subordinada à seguin te ementa: “O fato de facultar a lei a dispensa do empregado que retorna de licencia mento, não desobriga o empregador de avisá-lo prèviamente”. Daí os embargos, citando jurispru dência divergente, pelo que foram admi tidos pelo despacho de fls.. A douta Pro curadoria opina a fls. pela rejeição. É o relatório. VOTO Preliminar: Está fundamentado o re curso com citação divergente e por isso conheço, preliminarmente, do mesmo. “Se o empregador, usando da faculda de que a lei confere, resolve indenizar o empregado ao qual foi cassada a apo sentadoria, não cabe o pagamento do aviso prévio”. Acórdão TST 2.a Turma Março de 1 964
(Proc. RR 575-56). Relator: Edgar Sanches, publ. em aud. de 17/10/56. “Empregado licenciado. Alta. Retor no ao emprêgo. Dispensa. O empre gado dispensado com base no artigo 475 da C.L.T. não tem direito ao aviso pré vio” - Ac. TST - (Proc. 7.312-55) Rei. Astolfo Serra, publ. em aud. d e . .. Sempre êste foi o meu entendimento, de acordo, aliás, com o que dispõe a lei. Não é possível que o empregador possa saber quando vai voltar o empregado, depois de cessado o benefício de que es tava gozando, de modo a poder avisá-lo com 30 dias de antecedência. A obri gação é de avisar da dispensa e não de pagar pelos dias que constituem o aviso prévio. Por isso recebo os embargos pa ra absolver a embargante da conde nação. Isto pôsto, Acordam os Juizes do Tribunal Su perior do Trabalho conhecer dos em bargos, por unanimidade, e recebê-los para absolver a embargante do paga mento do aviso prévio (vencidos os Srs. Ministros Luiz Menessi, Relator, Lima Teixeira, revisor, e Tostes Malta). Rio de Janeiro, 14 de agosto de 1963. — Julio Barata, Presidente — D.O.U. — 20/12/63, pág. 1100.
2129
Impressora Automática “ BRASIL -FRONT C” A primeira impressora automática de cama plana construída inteiramente no Brasil, baseada numa experiência de 30 anos. O desenho da máquina “BRASIL-FRONT C” obedece aos princípios técnicos mais modernos, garan tindo a impressão perfeita para todas as classes de serviços gráficos. Entintagem perfeita com 3 rolos dadores. O registro dessa impressora é absoluta mente perfeito, podendo ser sujeito à qualquer prova. A máquina emprega o sistema de pinças que permitem um controle mais efetivo do papel e é de um desenho simples, facilitando o mais possível o manejo da mesma.
Formato do papel: 380 X 560 m. Velocidade máxima: 3.600 impressões por hora. Distribuidores exclusivos para todo o Brasil u /m
u□
C IA . T. JA N É R
C O M É R C IO
E IN D Ú S T R IA
que oferece a mais perfeita
Assistência Mecânica e Garantia Rio de Janeiro C.
P. 960
S. Paulo Pôrto Alegre C. P. 3.5 93 C. P. 1.490
Curitiba C.
P. 868
B. Horizonte C.
P. 615
Salvador C.
Recife
P. 338 C. P. 3 28
Belém
C. P. 479
L e g isla ç ã o
Ensino prim ário gratuito
DECRETO N.° 53.453, DE 20 DE JANEIRO DE 1964 Dispõe sôbre o ensino primário gratuito a ser prestado pelas emprêsas industriais, comerciais e agrícolas em que tra balhem mais de cem pessoas, e dá outras providências.
O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere o artigo 87, do item I, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 168, item III, da Constituição e no art. 31 da Lei n.° 4.024, de 20 de dezembro de 1961, de creta:
Art. 3.° — Aos órgãos locais de admi nistração do ensino compete zelar pelo cumprimento das determinações previs tas no artigo 168, item II, da Constitui ção Federal, no artigo 31 da Lei n.° 4.024, de 20 de dezembro de 1961, recur so ao Conselho Estadual de Educação.
Art. l.° — As emprêsas industriais comerciais e agrícolas, em que trabalhem mais de cem ( 100) pessoas, são obriga das a manter ensino primário gratuito para os seus servidores e os filhos dêstes.
Art. 4.° — A obrigação constitucional incide sôbre tôda e qualquer emprêsa em que trabalhem mais de cem ( 100) pessoas, quer seja ela privada ou pú blica. § l.° — Qualquer entidade ou órgão, mesmo de natureza pública, que exerça atividades de características empresariais, e utilize mais de cem ( 100) servidores as salariados, está, também, na incidência desta obrigação. § 2.° — Para os efeitos do disposto no item III do artigo 168 da Constituição, a expressão — “emprêsas industriais, co merciais e agrícolas” abrange, genèricamente, e sem exceções, tôdas e quais-
Art. 2.° — Quando os trabalhadores não residirem próximo do local de sua atividade, esta obrigação poderá ser substituída por instituição de bolsas, na forma que a lei estadual estabelecer. Parágrafo único. Para os efeitos dêste artigo, bôlsa é todo e qualquer financia mento direto ou indireto, da educação primária do servidor ou de seus filhos, para que se garanta a gratuidade que a Constituição determina. Março de 1 964
2131
Johnke
Máquina impressora Offset a uma côr, de alta velocidade " Planeta T e rtia ", modêlo H E O Tamanho do papel da H E O 2 - 2 : Tamanho do papel da H E O 3 - 2 :
2 -2 e modêlo H E O
3-2
520 x 720 mm 560 x 800 mm
C onstruída sob princípios aprovad os há dezenas de anos C o m p le ta observância das exigências da prática e dos mais m odernos conhecim entos teóricos A p re c ia d a e a p rovad a em to d o o mundo Impressão exce le nte -
re g is tro exatíssimo
Funcionamento seguro e de fá c il
manéjo
Favoráveis condições de fornecim ento
Aguordam os com prazer a visita de V. 5a., durante a Feira da Prim avera em Leipzig, de 1 a 10 de M a rç o de 1964, no E d ifício da BUGRA
i>oh:«>’r a i> h ^ T
x p o r i
G e se llsch a ft für den E xport von polyg raph isch en M a schinen m bH. Berlin W 8, Friedrischstr. 61 República D em ocrática A lem ã
Representantes exclusivos no Brasil:
FUNTIMOD
S. A . • Rua dos B a ndeirantes, 398 • Fone : 37-4639 • S Ã O P A U L O
Legislação quer atividades econômico-sociais com ou sem finalidade de lucro. § 3.° — A relação de emprego, nos termos da legislação do trabalho, cacas ou assemelhadas, a obrigação incidência desta obrigação. § 4.° — No caso das empresas estatais, semi-estatais, para-estatais, de economia mista, autarquias econômicas ou asseme lhadas, a obrigação inclui, também, os servidores não sujeitos à legislação do trabalho. Art. 5.° — Determina a obrigação o número global de empregados da emprêsa no seu todo, não obstante sua dis tribuição parcelada por locais de tra balho, agências, filiais, estabelecimentos e congêneres. § l.° — A responsabilidade da emprêsa distribui-se proporcionalmente, em ca da parcela, respeitado, ainda, o critério de domicílio e residência da família do servidor. § 2.° — Quando a emprêsa possuir sub sidiárias ou tiver a direção, controle ou administração de uma outra ou de mais emprêsas, embora tenha cada uma das emprêsas sua personalidade jurídica, própria, o cumprimento desta obriga ção cabe à principal emprêsa, ficando as demais, proporcionalmente, solidárias. § 3.° — O critério do parágrafo ante rior aplica-se, também, às emprêsas cuja atividade se exerça por substabelecimento de obras ou serviços. Art. 6.° — Esta obrigação incide, tam bém, sobre a emprêsa, cujo número de servidores variar, constantemente, pela natureza da atividade ou mobilidade de locais de trabalho, mas que apresentar, por ano, média igual ou superior a cem ( 100) pessoas. Art. 7.° — Equiparam-se aos filhos dos servidores os enteados, os adotivos, os tutelados e todos aquêles que, por qual quer condição, vivam sob a guarda e sustento do servidor. Art. 8.° — As emprêsas que tenham a seu serviço mães responsáveis de me nores até sete (7) anos serão estimula Março de 1 964
das a organizar e manter, por iniciativa própria ou em cooperação com os podêres públicos, instituições de educação pré-primária, isto é, escolas maternais ou jardins-de-infância. Art. 9.° — Tôda propriedade rural que mantenha a seu serviço ou traba lhando em seus limites mais de cinqüenta famílias de trabalhadores, de qual quer natureza, é obrigada a possuir e manter em funcionamento escola* pri mária, inteiramente gratuita, para os filhos destes, com tantas classes quantos sejam os grupos de quarenta crianças em idade escolar. Parágrafo único. A matrícula da po pulação em idade escolar será obrigató ria, sem qualquer outra exigência, além da certidão de nascimento, para cuja obtenção o empregador proporcionará tôdas as facilidades aos responsáveis pe las crianças. Art. 10.° — Os proprietários rurais que não puderem manter escola primá ria e cursos supletivos para as crianças, adolescentes e adultos, residentes em suas glebas, deverão fácilitar-lhes a freqüência às escolas e cursos mais próximos ou propiciar a instalação e funcionamento de escolas públicas em suas propriedades. Art. 11 — O direito à educação pri mária é irrenunciável e o ensino pri mário é dever e obrigação do emprega do com relação a si próprio e a seus filhos. Art. 12 — Duas ou mais emprêsas po dem articular-se entre si para o cumpri mento desta obrigação constitucional. Art. 13 — É parte integrante e essen cial do contrato de trabalho a obriga ção da instrução primária gratuita a ser prestada aos empregados e seus filhos, pelas emprêsas em que trabalhem mais de cem ( 100) pessoas. Art. 14 — Nenhuma emprêsa poderá recusar admitir empregado por motivo de número de filhos ou por carência de instrução primária, salvo, neste último caso, se o exercício do emprego exigir esta instrução.
2133
A
impressora ideal
para o para o
TIPÓGRAFO LITÓGRAFO
OFFSET //
LETTERSET" (*)
Papel máximo 40x57 cm Papel mínimo 12,5x15 cm Peso líq u id o 2.500 kg
NOVA
HEIDELBERG com o formato id e a l:
40x57
com a velocidade ideal :
5.500
P a ra serviços de a lta q u a lid a d e
T in ta g e m exce len te -
-
cm
impressões por hora M a n e jo íá c il
e seguro - C onstrução c o m p a c ta , ro b u sta e p e sa d a , g a ra n tin d o a v e lo c id a d e e o bom Funcionamento p o r m uitos anos —
E com as c a ra te rís ti-
cas exclusivas das M á q u in a s H e id e lb e rg , a p ro v a d a s m ilh are s de vezes. (*) A nova denom inação para offset seco ou im pressão in d ire ta de chapa em relevo.
Distribuidores exclusivos para todo o Brasil:
Funtimod S.a.
M Á Q U IN A S
E M A T E R IA IS G R Á F IC O S
Rua dos Bandeirantes, 398 - Tel.: 37-4639 - C. Postal, 3855 - End. Teleg.t "F U N TIM O D " - S. PAULO Filiais: RIO DE JANEIRO
•
PÔRTO ALEGRE
•
RECIFE
•
CURITIBA
T ip o s : Kabel M eio Preto Especial e G rifo , da FUNTIMOD.
•
BELO HORIZONTE
Legislação Art. 15 — 0 Ministério do Trabalho e Previdência Social, no âmbito de sua competência e atribuições, fiscalizará a aplicação dêste mandamento constitucio nal e baixará a regulamentação especial necessária no prazo de trinta (30) dias da publicação dêste decreto. Art. 16 — Competem ao Ministério da Educação e Cultura, no âmbito de sua jurisdição e atribuições, todos os en cargos e providências que são da alçada do executivo federal na aplicação dêste mandamento constitucional. Art. 17 — A União, os Estados, o Dis trito Federal, os Territórios e os Municí pios, poderão, mediante acordo, encarregar-se, mútua e reciprocamente, da aplicação dêste mandamento constitu cional. Art. 18 — Exige-se a prova competente do cumprimento dêste mandamento constitucional para: a) as transações com órgãos federais de administração direta ou indire ta, entidades de economia mista e congêneres; b) a participação em concorrências públicas ou coletas de preços; c) o recebimento de favores, benefí cios ou qualquer auxílio dos podêres públicos;
N O SSA
é
§ l.° — Os responsáveis por emprêsas ficam impedidos de ausentar-se do país e de ocupar cargos e funções públicas, sindicais e congêneres, se não apresenta rem a prova competente de que as em prêsas sob sua responsabilidade estão cumprindo esta obrigação constitucional. § 2.° — Para os efeitos das sanções fe derais e dos atestados de prova que elas exigem, haverá, em cada Unidade da Federação, um representante especial do Ministério da Educação e Cultura. Art. 19 — As obrigações decorrentes do item II do artigo 168 da Constitui ção, no caso das emprêsas agrícolas, leva rão, também, em conta as disposições da Lei n.° 4.214, de 2 de março de 1963. Art. 20 — Ficam revogados expressa mente os decretos n.° 50.423, de 8 de abril de 1961, n.° 50.556, de 8 de maio de 1961, n.° 50.811, de 17 de junho de 1961, n.° 230, de 27 de novembro de 1961, e n.° 51.409, de 13 de fevereiro de 1962. Art. 21 — Êste decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revo gadas quaisquer outras disposições em contrário. Brasília, em 20 de janeiro de 1964; 143.° da Independência e 76.° da Re pública. J o ão G o ula r t
CAPA
a segunda de uma série de GATOS
cometidos pelo B. I. G. Fotolito:
A
n t o n in h o
Impressão; L. Gatos:
Março de 1 964
N
ic c o l i n i
S. A .
J ordan
2135
T IN T A S PARA A R TE S GR AFICAS ROTOGRAVURA F L E X O G R A F IA T IP O G R A F IA L IT O G R A F IA O F F -S E T
Q U ÍM IC A
norma
c o m e r c ia l
s. a
.
R u a d o s A n d r a d a s , 242 T e l . 3 6 - 2 2 0 2 - Sã o P a u l o
2136
Boletim da Ind. Gráfica
Legislação
D em issão e rescisão de con trato Homologação de pedidos de demissão e de con trato de trabalho de empregado com mais de um ano de casa.
Provimento n.° 1-64. (D.O. do Estado de 8-1-64, p. 28). Dá nova regulamentação à homologa ção de pedidos de demissão e de rescisão de contrato de trabalho, nos têrmos da Lei n.° 4.066, de 28-5-62 e do artigo 50, da Consolidação das Leis do Trabalho.
como as do artigo seguinte, dentro do horário de treze às dezessete horas. 3. °) As homologações, em virtude do artigo 500 da CLT, também se processarão perante o mesmo juízo.
4. °) As homologações previstas neste provimento sempre que impliquem em pagamentos futuros, pressupon do a competência jurisdicional para execução, serão distribuídas às Jun tas de Conciliação para julgamento. 1. °) Os interessados deverão apresentar ao Distribuidor, em três vias, devi 5. °) Êste provimento entrará em vigor a damente assinadas, pedido de de 13-1-1963, mantido o serviço de missão ou rescisão de contrato para homologação já criado anterior homologação. mente.
O Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região, no uso de suas atribuições legais e regimentais, dispõe:
2. °) As homologações de que trata a Lei n.° 4.066, de 28-5-62, estão isentas de custas e de qualquer outra es pécie de despesa e serão efetivadas
Registre-se, publique-se e cumpra-se. São Paulo, 6 de janeiro de 1964. (a) Hélio de Miranda Guimarães
“A Fôrça e o Prestígio do Sindicato são resultantes do maior número de Associados — Faça-se Sócio da Sua Entidade de Classe”.
Março de 1 964
2137
Legislação
M en or - ap ren d iz O menor de 14 a 18 anos é aprendiz quando admitido, através de contrato, a serviço de empregador que se obrigue a ensinar-lhe, ou fazer que lhe ensinem, metodicamente, um determinado ofício, durante um período pré-determinado, dentro do qual ficará obrigado a prestar serviços ao empregador, mediante a re muneração de 50% do salário mínimo (Recomendação n.° 57 da Organização Internacional do Trabalho, e art. 80 da Consolidação das Leis do Trabalho). É evidente que o menor poderá receber mais que 50% do salário mínimo, porém nunca menos que isso. Para que haja aprendizagem, portan to, é preciso que se faça contrato escrito com o menor, firmado por êste e por seu representante legal, devendo todos os dados concernentes ao contrato ser de vidamente registrados perante os órgãos emitentes da Carteira de Trabalho do Menor (Portaria 193, de 11 de dezembro de 1958). Não basta, no entanto, a existência do contrato, pois o elemento básico da aprendizagem é a sujeição do menor ao ensino metódico, à formação profissio nal; sem êsse elemento não haverá, efe tivamente, aprendizagem, e então o pa gamento na base de 50% do salário mí nimo será ilegal, podendo o empregador ser compelido judicialmente a efetuar o pagamento das diferenças salariais. O instituto da aprendizagem visa, em primeiro lugar, a formação de técnicos especializados para a indústria nacional, e secundàriamente proporcionar a co locação de menores entre 14 e 18 anos. Na demanda desses objetivos, o art. 429 da Consolidação determina a obrigato riedade para os estabelecimentos indus triais, de empregarem e matricularem nos cursos mantidos pelo senai: a) um número de aprendizes equivalente a 5%, no mínimo, dos operários existentes em cada estabelecimento, e cujos ofícios de
2138
mandem formação profissional; b) um número de trabalhadores menores que será fixado pelo Conselho Nacional do senai, não excedente a 3% do total dos empregados de tôdas as categorias em serviço em cada estabelecimento. Na admissão dos aprendizes, dar-se-á prefe rência aos filhos e órfãos de empregados e em seguida aos irmãos dos emprega dos. O menor está sujeito à formação pro fissional de ofício ou ocupação nos dois seguintes casos: a) quando matricula do em curso do senai ou senac, ou em curso por êles reconhecido; b) quando submetido, na emprêsa, à aprendizagem metódica de ofício ou ocupação para as quais não existem cursos em funciona mento no senai ou senac, ou de ofício ou ocupação para cujo preparo existem cur sos do senai ou senac, quando não pos sam êstes aceitar a inscrição do menor, por falta de vaga, ou não mantiverem curso na respectiva localidade. Na hi pótese de falta de vaga, será fornecido pelo senai ou senac aos interessados um documento comprobatório dessa circuns tância (art. 2.° do Dec. 31.546, de 6/10/52). Quando a formação profissional se faz no senai ou senac, o aprendiz fica obri gado a freqüentar o respectivo curso, perdendo o salário dos dias em que fal tar às aulas; a falta reiterada às aulas constitui justa causa para a rescisão do contrato de trabalho (art. 432 da Con solidação). Se a formação profissional fôr minis trada no próprio estabelecimento de trabalho, deverá corresponder a um pro cesso educacional, com o desdobramen to do ofício ou da ocupação em opera ções ordenadas, de conformidade com um programa, que deverá ser prestado sob a direção de um responsável, em am biente adequado à aprendizagem, e de conformidade com a Portaria 127, de Boletim da Ind. Gráfica
Legislação 18 de dezembro de 1956. Êsse program a é organizado pelo senai o u senac, a re querim ento da firm a interessada, tendo em vista as peculiaridades do trabalho a ser realizado. O menor sujeito à aprendizagem no próprio estabelecimento de trabalho, em se considerando apto para a ocupação ou ofício nos quais se venha habilitando poderá requerer ao Delegado Regional do Trabalho exame de habilitação para o respectivo ofício ou ocupação. Se fôr considerado habilitado, ser-lhe-á forne cido certificado ou carta de ofício, ces sando imediatamente a aprendizagem (art. 6.° do Dec. 31.546, de 6/10/52, e art. 4.° da Portaria 43, de 27/4/53). No mais, aplicam-se à aprendizagem as disposições que regem o trabalho do menor. Para melhor esclarecimento, publica mos, a seguir, a relação das ocupações e ofícios sujeitos ou não à aprendizagem metódica, e sua respectiva duração, na indústria gráfica e no comércio. Que remos, ainda, (acrescentar que os sin dicatos de empregadores e os trabalha dores poderão requerer ao Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio a alte ração ou revisão dos limites e relações fixados pela Portaria n.° 43 (art. 4.°, § 3.° do Decreto 31.546, de 6/10/52, e § único do art. 2.° da citada Portaria n.° 43). Relação das ocupações e ofícios ensi nados em cursos do senai (art. l.° da Portaria n.° 43) G r u po XI I — In d ú stria s G ráficas
44 — C om positor M anual ................... 45 — E ncad ern ad o r
Relação de ocupações cuja aprendiza gem pode ser feita no próprio emprêgo (art. 2.° alínea “a” da Portaria Ministe rial n.° 43). G r upo X II — In d ú stria s G ráficas
290 — A ju d a n te
........................................... 1 ano
291 — C rom ista
........................................... 2 anos
292 — D ecalcador
......................................... 3 anos
293 — E tiq u e tista
......................................... 1 ano
294 — G u in ch ad eiro ou G uindasteiro . . 1 ano 295 — M onotipista 296 — T im b ra d o r
....................................... 3 anos ......................................... 1 ano
Relação dos ofícios e ocupações que não demandam aprendizagem metódica (art. 2.°, alínea “b”, da Portaria Minis terial n.° 43). G r u po X II — In d ú stria s G ráficas
348 — C arregador em T ip o g ra fia 349 — C arregador em G ravura 350 — E m b a lad o r em T ip o g ra fia 351 — E m pacotador em T ip o g ra fia 352 — E m pacotador em E ncadernação 353 — E ncaixador em T ip o g ra fia 354 — E n tre g ad o r em
T ip o g ra fia
355 — E n treg ad o r em
E ncadernação
356 — F axineiro em T ip o g ra fia 357 — L im p a d o r em T ip o g ra fia 358 — T ra n s p o rta d o r
359 — T ra n s p o rta d o r em G ravura.
Relação das funções comerciais e res pectivas ocupações que demandam for mação ou aprendizagem (art. l.° dec. lei n.° 8.622, de 10/1/46, e arts. l.° e 3.° do Dec. 31.546, de 6/10/52). 30 — F unção de escritório
47 — G ravador d e Clichês .................
301 — A rquivista
48 — G ravador de F otolito (rapista de Fotolito) ..............................
302 — C aixa
.......................................
50 — Im pressor de Offset 51 — M ecanotipista 52 — P a u ta d o r
.................
..............................
.........................................
3 anos
........................ 2 anos
.................................. 1 ano
303 — C alculista
.......................... 2 anos
304 — C orrentista
........................ 2 anos
305 — C orrespondente
...................... 1 ano
307 — E stenógrafo
...................... 2 anos
308 — F a tu rista
54 — T ip ó g ra fo
309 — P rotocolista
.......................................
............... 2 anos
306 — D atilógrafo
53 — R eto cad o r de F o tolito ...............
Março de 1 964
T ip o g rafia
..............................
46 — Fotógrafo de A rtes G ráficas ..
49 — Im pressor
em
............................ 1 ano ...................... 1 ano
2139
Legislação Relação das ocupações que não de mandam formação profissional ou aprendizagem metódica, no comércio (art. 4.°, alínea “b” do Dec. 31.546, de 6/10/52).
C obrador
........... A rrecadador, R ecolhedor.
C o n tín u o
........................
C o piador
........................
E m b a lad o r
. . . . -------
E m pacotador O cupações — Sinônim as o u sem elhantes
E ndereçador
A condicionar . .. C intador, E m barricador, caixotador, E nchedor, cubador, E n fardador, garrafador, E n latad o r,
EnEnEnEn-
sacador. A m ostreiro
A m ostrador
A rru m ad o r
E m pilhador
Ascensorista
C abineiro
“B oy” .................
“Office-Boy”, M ensageiro, Es tafeta, C hasquil, M andalete, Positivo, P ró p rio , Recadista.
.. . A dressografista
E n tre g ad o r
....
C abeceiro,
C arregador,
C i
clista E nvelopador
...
Id e n tifica d o r
..
------C arim bador, E m placador, Etiquetista, L acrador, R otulador, T im b ra d o r
M im eografista . . ------Pesador
............. .............
P o rte iro
............. .............
R eclam ista
.........
. . . . -------
Selador ............................ S eparador
B oletineiro C artazeiro
.. E m b ru lh a d o r, P acoteiro
......... E scolhedor, C atador
Servente ............. ..........
D io n e Sta m a to
de
Souza C amargo
FESTIVAL FES TI VAL
FESTI VAL
o t ip o de lin h a s e le g a n te s,
F E S T I V A L
m o d ern as m as lem b ra n d o o c lá s s ic o , a g r a d a n d o ta n t o a o p r o fissio n a l c o m o a o le ig o .
FUNTIMOD S.A. • São Paulo
2140
Rio de Janeiro
F F
E E
S S
I I
T T
V V
A A
L L
M Á Q U IN A S E MATERIAIS GRÁFICOS
Recife
Pôrto Alegre
Curitiba
Belo Horizonte
Boletim da Ind. Gráfica
E c o n o m ia O p la n e ja m e n to g o v e rn a m e n ta l e as classes em p re sa ria is(*)
I —
O problema do planejamento governamental nos países sub desenvolvidos é um estímulo à arte de controvérsia
Os debates, de sólidas implica ções ideológicas, vêm caracterizan do um tipo de polêmica no Ociden te: intervencionistas versus não-intervencionistas. Reduzida a êsses têrmos simples, a discussão ganha côres emocionais e se perde num complexo emara nhado de “slogans”, acusações, pro paganda e contra-acusações que a esvazia de seu conteúdo puramente técnico. Transforma-se numa ba talha de interêsses em conflito. Para o estudioso, o campo de es peculações é interessante. O objetivo dêsse trabalho é, justa mente, proceder a um esforço, de caráter introdutório, que vise a compreender a posição das classes empresariais diante do problema do (*)
T ra b a lh o elaborado pelo Prof. N elson e So uza , da Escola B rasileira d e A dm inistração P ública. — V encedor do con curso p atro cin ad o pela O.E.A. sóbre teses re la tivas ao pro b lem a d a adm inistração p a ra o d e senvolvim ento nos países latino-am ericanos. de
M ello
Março de 1 964
planejamento governamental; sua divisão interna, seus esquemas ideo lógicos e principais linhas de racio cínio. Aparentemente, os homens da emprêsa privada alinham-se num bloco contra o planejamento do govêrno. Mas êsse bloco é apenas aparente. Rompido aqui e ali pe las próprias forças que o compõem, subdivide-se num setor radical, composto de liberais no melhor es tilo “belle époque” e num setor conservadorista, no sentido hegeliano da expressão: homens com o senso do possível, pragmatistas frios que julgam os fatos sociais dentro de uma perspectiva essencialmente dialética. Segundo êsses dois grandes gru pos do pensamento da classe empre sarial, o planejamento, como técni ca de govêrno nos países subdesen volvidos, apresenta-se, ora como in compatível com a própria lógica do capitalismo, ora como o único ca minho possível para a salvação do próprio regime da livre emprêsa. Tamanha discordância ideológi ca, dentro dos limites do pensamen2141
MIEMOS FITAS
E PAPÉIS
T R A D IÇ Á O IN D E LÉ V E L CARBONO P A R A M Á Q U I N A S DE E S C R E V E R
Companhia Importadora Gráfica ARTHUR SIEVERS TUDO P A R A AS ARTES GRÁFICAS MATRIZ SÃO PAULO
Filial no Estado da Guanabara
Rua das Palmeiras, 239/247 Tel.: 51-9121 - Cx. Postal 1 652 Telegramas SIEVERS
Agências nas principais cidades do país.
2142
Boletim da Ind. Gráfica
Economia
to de classe, num assunto que é o próprio cerne da moderna formação de política nacional, impõe um mínimo de considerações teóricas no sentido de colaborar para o seu correto entendimento. Compete a nós indagar —fora dos quadros das premissas de valor — quais os suportes objetivos e, por tanto, qual a constelação de forças que orientam setores da classe em presarial para o apoio ou para o combate às idéias de planejamento governamental. II —
Conceito de planejamento governamental
Primeiramente, que vem a ser planejamento governamental ? Ao contrário do que parece à pri meira vista, qualquer estudo sôbre o tema indica que as áreas de con flito doutrinário, de polêmica sôbre o sentido e objetivos de ação do Es tado moderno, são quase tão nume rosas quanto as áreas de confusão terminológicas e, portanto, de im precisão formal sôbre o que se en tende por planejamento. No que se refere à primeira, planejamento, como reconhecem muitos, “has become a central symbol (and in the minds of many, a cen tral sterotype) in the great individualism-collectivism controversy of our time” (l)-
No que se refere à segunda, ve mos que a imprecisão fica por conta ( 1) Sim o n , S m ith b u rg a n d T h o m p so n , P u blic A d m in istra tio n , A lfred A. K nops, N.Y., 1959, pág. 243.
Março de 1 964
de autores que confundem o plane jamento administrativo — tôda ati vidade que se refere a projeções fu turas, à avaliação de alternativas, à seleção de objetivos e à escolha de métodos para atingi-los —com o pla nejamento governamental, que se refere ao esforço coerente, entro sado e completo do Govêrno, no sentido de levantar possibilidades, selecionar e fixar metas a atingir, a locar recursos, programar no tem po e controlar a execução dos pro jetos específicos unificados dentro de um contexto geral de ação públi ca. A confusão corre por conta do sentido projetivo que todo plano tem de ter, e das necessidades práti cas para coordenar e controlar sua execução, também componentes de qualquer plano, mesmo daquele que se desenvolve na esfera domés tica de nossa atividade diária. O planejamento administrativo é inerente a tôda e qualquer organi zação, mas o planejamento gover namental não é inerente à ação do governar, muito menos à de admi nistrar a coisa pública. Não pode haver administração sem alguma forma de planejamento adminis trativo; mas pode haver Govêrno sem planejamento governamental. A primeira é atividade essencial mente técnica, que funciona como um dos componentes da estrutura da ação administrativa; a segunda decorre de uma posição política, de uma opção fundamental e, por isso, não é componente estrutural da administração pública. Por ser téc nico, por excelência, o planejamen to administrativo é o fundamento governamental; por ser político, por definição e essência, o planeja 2143
Economia
mento governamental transcende os limites do planejamento admi nistrativo.
III — O caráter objetivo do raciocínio liberal
Mesmo de posse desses esclareci mentos prévios, alguma coisa mais necessita ser acrescentada. O pla nejamento governamental, tal co mo o concebemos, não necessita desenvolver-se em têrrnos de integra ção completa. Acreditamos que mesmo os planos qüinqüenais e setenais da União Soviética não apre sentam essas características, deixan do uma área livre das previsões e cálculos sistemáticos.
Para os liberais, a lógica do pla nejamento impõe a expansão quan titativa e qualitativa da intervenção do Estado. Uma vez começada, em têrmos de autodemanda ligada às necessidades de controle sôbre o “in-put” de cada setor, o planeja mento governamental, para ser ope rativo, levaria sua própria extensão para áreas antes destinadas a cam pos de ação da emprêsa privada.
Um plano envolve um conjunto de opções políticas e se articula em tôrno de variáveis estratégicas prérelacionadas pelo Governo. É essa escolha prévia, de caráter ideológi co, que define a ação de governar. Não obstante, os caminhos adminis trativos para implementação dessa política podem assumir formas que nada têm a ver com o planejamento. Para que a formulação de obje tivos se transforme em planejamen to governamental é necessário quan tificar e prever recursos, armar o cronograma entre si e montar um dispositivo de controle adequado para o devido acompanhamento da execução. São justamente essas repercussões do planejamento, em têrmos de in tegração administrativa, que assus tam a ala liberal dos partidários da livre empresa. Por quê ? Podemos dividir o núcleo de seu raciocínio em duas partes: a pri meira, de caráter objetivo e a se gunda de caráter normativo. 2144
Por exemplo: o planejamento do Govêrno no campo das indústrias básicas, digamos a química de base, inicialmente pode confiar à inicia tiva privada o fornecimento das ma térias-primas necessárias. Tarde ou cedo, no entanto, o Govêrno irá evo luir para a necessidade de controlar a fonte de suprimentos, seja para ter o controle sôbre os preços, seja em função dos prazos de entrega, seja pelas necessidades quantitativas da demanda, seja ainda por uma neces sidade geral de comando inerente ao plano. Porque plano é quanti ficação, previsão de recursos certos, utilização em têrmos de escalona mento cronogramático e, portanto, certeza das relações comerciais, pre ços, condições de entrega, qualida de, prazos, etc. . . Não se pode ter êsse grau de cer teza, quando se depende de tercei ros. Por outro lado, afirmam os libe rais, mesmo sem o planejamento, a intervenção do Estado na economia já é quase asfixiante. Os dados in dicam que a intervenção direta do Boletim da Ind. Gráfica
Economia
Estado, através de suas emprêsas, já é considerável e sua tendência é ascendente. Se chegarmos a defen der o planejamento governamental como técnica de administração pú blica, possivelmente aceleraremos essa tendência. Estudos recentes (2) mostram que existiam, até 1960, cêrca de 28 emprêsas estatais, sendo algumas verdadeiros complexos in dustriais e financeiros, como a Petrobrás e as Caixas Econômicas Fe derais, por exemplo. O qüinqüênio de 56/60 nos demonstra que a ren da gerada nessas emprêsas aumen tou de 249%, enquanto a renda ge rada nos setores correspondentes da economia nacional aumentou ape nas 100%. O incremento da taxa a êsse ritmo, superior ao da média nacional, demonstra que a impor tância relativa do Govêrno como agente econômico direto vem au mentando a um ritmo consideràvelmente maior do que a impor tância relativa do setor privado da economia. Não há dados sôbre a intervenção indireta, mas essa é visível a ôlho nu, pelo impacto nos custos indus triais que representa a atual legisla ção do trabalho, pela subvenção dos mecanismos do mercado que certos tipos de controle de preços defla gram na economia e por certas for mas de controle cambial, confisco cambial, etc. Todos êsses fatos são conhecidos e, por serem fatos, dão base obje tiva ao raciocínio. (2) V er A nibal V il le la , “A s em prêsas do G ovêrno F ederal e sua im p o rtâ n cia n a econo m ia nacio n al” — 1950-1960 — Revista Brasilei ra de Economia, m arço de 1962, pág. 100 a 113.
Março de 1 964
IV — O caráter normativo do raciocínio liberal Mas há argumentos que fogem inteiramente às bases empíricas e permanecem em plena região desiderativa. São aquêles que configu ram o caráter normativo do racio cínio liberal. Por definição, expri mem desejos e representam formas estereotipadas de ver o mundo. Êsse tipo de argumento é o que negligencia as razões de fato, de or dem social e econômica, que levam o Estado moderno a intervir, e a intervir crescentemente na econo mia. Apóia-se numa visão abstrata do mundo, segundo a qual as deci sões políticas tomam-se em função de critérios apriorísticos a respei to das funções do Estado. Organizase uma espécie de catálogo mental dessas funções, e tudo que estiver fora dêle pertence ao reino da eco nomia privada. De acordo com êsse modo de ver, há uma sólida barreira separando a estrutura política da estrutura econômica. Não se con sidera como relevante o entrechoque dos grupos, a pressão das mas sas organizadas, as manobras de sus tentação política dos grupos diri gentes, respondendo, pelo mecanis mo adaptativo, à demanda que emerge da politização crescente das classes trabalhadoras. A visão abs trata torna-se míope, igualmente, para o próprio jôgo de imposições objetivas que surge das bases da so ciedade industrial, forçando o Esta do moderno ao desempenho de no vas funções. A visão normativa se afasta, por isso, do mundo dos fatos e perma nece na dimensão do dever ser. 2145
Oferecemos aos senhores industriais gráficos revesti mentos de cilindros com borracha sintética ou natural, para máquinas automáticas HEILDEBERG, PLANETA, FUNTIMOD, MERCEDES, CONSANI, ROLAND, NEBIOLO e para todo e qualquer tipo de máquina tipográfica, inclusive rolos para anilina, jornais, fábricas de papel, rotogravura, etc.
+
INDUSTRIA DE ARTEFATOS DE BORRACHA “ 1001” ETDA. AVENIDA GUILHERME COTCHING, 441 F one:
93-6800
— C a ix a P o st a l ,
14.216 — (Vila Maria)
End. Telegr.: “MILEHUM” - SÃO PAULO
2146
Boletim da Ind. Gráfica
Economia
Condena a intervenção do Estado e essa condenação “à outrance” é feita através de “slogans” e de um tipo particular de visão do mundo que caracteriza o liberalismo dog mático. V — O caráter normativo do raciocínio conservador Já os grupos empresariais de ten dência pragmática defendem a tese de que o caráter do capitalismo mo dificou-se. Para êles a polêmica na da tem de verbalismo intempestivo. Pelo contrário: é da máxima impor tância, porque, tal seja o grupo que comande o centro político e dete nha o poder de formular decisões, tal será a capacidade adaptativa do regime às novas condições de pres são da moderna sociedade indus trial. Para êsses pragmatistas, o Estado liberal é um mito. A sustentação de fórmulas político-administrativas ligadas à lógica do liberalismo pode desencadear forças de difícil repres são. Sua insistência pode conduzir ao paradoxo político do regime for te para defender a democracia; da suspensão das liberdades públicas para proteger a liberdade e da im posição da violência para assegurar a paz social. Diante de um quadro como êsse, caracteriza-se a guerra de classes, fantasma que o conservador quer evitar. E vivemos num peri goso período de guerra de classes, quando a “democracia” a defender é uma democracia de privilegiados, quando a “liberdade” de que se fa la é uma liberdade de classe e quan do a “paz social” que se defende as senta seus alicerces sôbre a injustiça política e o privilégio econômico. Março de 1 964
Não é por humanitarismo vago que os pragmatistas do mundo dos negócios se opõem ao liberalismo. É por instinto de conservação. Sob êsse aspecto, pela maior capacidade de adaptação aos problemas do capi talismo moderno, num mundo de poder contrastante (3), o setor rea lista da classe empresarial assume uma posição nitidamente conserva dora no sentido hegeliano do têrmo. Tendo em vista as constantes mo dificações no equilíbrio do poder e na forma de produção e de orga nização social, um determinado re gime só se “conserva” historicamen te, se demonstrar capacidade de re novação, poder de criação e flexibi lidade adaptativa. A elite dirigente que se mantém dúctil não perde sua capacidade de liderança e ga rante a conservação do regime da qual é a minoria privilegiada. É uma característica do conserva dor a ausência de fórmulas rígidas de conduta. Por isso damos o nome de conservadora à parte da classe empresarial que combate a intran sigência do liberalismo e busca a acomodação capitalista dentro das novas formas e funções do Estado empresarial moderno. Essa a essência do caráter norma tivo do raciocínio conservador. Norma de conduta que emerge da opção profunda sôbre o desempe nho social da classe, diante de seu destino histórico. Caminhamos, assim, para a for mulação de mais um paradoxo, ori ginado no desajuste dos têrmos e das (3) V er a tese de J o h n K en n eth Galbraith — “A m erican C apitalism th e C oncept O f C ounterv ailin g P ow er” — Boston H . M ifflin Co., 1952.
2147
Economia
siglas entre aquilo que afirmam ser e o que na verdade são. O paradoxo consiste na afirmati va de que o conservador é plástico e adaptativo e o liberal, totalitário e intransigente. Mas a isso nos conduz a prática social. Para garantir um liberalis mo impossível diante das novas con dições da cultura industrial, temos de caminhar para os regimes de for ça; a conservação do sistema capi talista, sob a cobertura política da democracia representativa, exige ca pacidade de adaptação, inovação e transigência. Entre elas uma nova visão do Estado moderno e de suas responsabilidades na orientação dis ciplinada dos investimentos públi cos e na sua capacidade de estimu lar as inversões privadas. Em outras palavras: tendo em vista as condições do moderno mun do subdesenvolvido, o liberalismo econômico só é possível se garantido pelo totalitarismo político. A con servação da democracia representa tiva dentro do sistema de produção capitalista impõe a intervenção cres cente do Estado na esfera econô mica. VI — Caráter objetivo do raciocínio conservador O aspecto normativo — que de fende a necessidade de um tipo es pecial de comportamento político para as classes dirigentes — tem apoio em sólidos argumentos de ba se quantitativa. Não se trata de de bate vazio entre concepções diversas do mundo, mas de modos peculiares de engajamento no processo da pro dução. 2148
Pode-se, por isso mesmo, concluir que a ideologia conservadora, de ca ráter “desenvolvimentista” (4), re flete o setor da economia privada que se beneficia da intervenção do Estado e que só dificilmente surgi ría sem ela. A título de exemplo, podemos citar os fornecedores da in dústria petrolífera, o parque auto mobilístico nacional, os interessa dos na expansão da siderurgia, da química de base e da indústria elé trica pesada; a indústria de constru ção naval e o parque das indústrias de base em geral, que necessita do apoio do Estado no setor do cré dito, das encomendas programadas (garantia de mercado certo) do apoio contra a concorrência exter na e principalmente da previsão orientadora de novos investimentos, isto é, dos planos de govêrno. São as necessidades crescentes de disciplina, no campo da produção e da programação de novos investi mentos, que levam as emprêsas a en contrar justificativa de ordem ló gica para o planejamento do Go vêrno (5). (4) Preferim os u sar o têrm o “desenvolvim en tista ” devido à sua popularização e às suas im plicações com a defesa do desenvolvim ento eco nôm ico como tese p rio ritá ria dos m odernos go vernos nacionais. N ão é têrm o feliz, distorcido e de certa form a com prom etido com o esquem a de um desenvolvim ento caótico, de fu n d o in fla cionário. Com essa ressalva, n o e n ta n to , acre ditam os ser possível filtra r o têrm o d e suas im plicações negativas, usando-o no p resente texto apenas d e n tro do seu aspecto de elem ento classificador no processo de tom ada de consciência coletiva das necessidades urgentes da ação go vernam ental no cam po do desenvolvim ento eco nôm ico. Seu uso com um populariza, igualm ente, a tese da interferência estatal e d o com prom e tim en to estatal. A responsabilidade do desenvol vim ento econôm ico passa a ser centralizada na ação racional do E stado e não na esfera p riv a da das em prêsas agindo em função do m ecanis m o d o m ercado. (5) V er “Im p acto da Ação do G ovêrno sôbre as E m prêsas B rasileiras” Fundação G etúlio Vargas, Serviço de Publicações, 1936 — pág. 34.
Boletim da Ind. Gráfica
Economia
Pesquisas recentes, conduzidas sob a responsabilidade de professo res da Fundação Getúlio Vargas, já têm indicado que 37% das emprêsas brasileiras declaram-se influen ciadas, no que se refere à sua orien tação interna, pela simples divulga ção do plano do Govêrno. “Tanto o Programa de Metas como o Plano de Ação e o Plano do geia foram diversas vêzes men cionados como fatores decisivos na tomada de decisões especiais por parte das empresas. Abaixo vão transcritas algumas das respostas típicas que se referiam a êsses planos: “O geia tem orientado a nossa produção para os equiparamentos de pintura, devido, em grande par te, à indústria automobilista. Anunciaram o plano e o puseram em execução; nós nos baseamos na divulgação... O geia deu ori gem a esta emprêsa. . . O pagf. levou-nos a pensar na transferên cia de nossa matriz para Jaguaré, onde o Govêrno vai instalar o Centro de Abastecimento... O page muito nos influenciou, le vando-nos a ter hoje a nossa pro dução dobrada. Houve aceleração da produção, o Govêrno anun ciou . . . O Programa de Metas, na sua parte específica da produção de ação. . . O Programa de Metas da Siderurgia influiu na decisão de ampliar a indústria” (6).
No que se refere à execução pro priamente, dos diversos planos, a mesma pesquisa encontrou resulta dos que informam já serem maioria (6)
Idem , idem, pág. 35.
Março de 1 964
as empresas brasileiras afetadas po sitivamente pela interferência do Govêrno na esfera econômica. Por outro lado, o desenvolvimen to econômico exige inversões de vulto em setores onde a relação capital-produto é alta (7), com lento período de retorno, devido aos pra zos enormes que se exigem para a utilização econômica da obra. Dessa forma, é previsível, dentre as expectativas de uma classe que se orienta para atender à demanda do mercado interno, incentivos a ação efetiva do Govêrno, através de pla nos setoriais, através do planejamen to econômico global, no sentido de ser o principal responsável pela dinamização de tôda a economia. Os perigos do totalitarismo da ação econômica, conseqüência do esquema envolvente, imposto pelo planejamento governamental —que vimos ser um dos pontos principais do raciocínio objetivo do liberal — é contra-argumentado pelo conser vador, ao mostrar: 1. °) que o Govêrno, através do planejamento econômico, fornece garantia de mercado certo. Essa ga rantia é o incentivo de que necessi tam os investidores do setor priva do da economia para orientar, com correção, os seus próprios investi mentos. 2. °) que, havendo garantia de mercado, há em contrapartida, a ga(7) P o r relação c a p ita l/p ro d u to entende-se o resu ltad o objetivo do a u m e n to da renda n a cional provocado p o r um a d e te rm in a d a inversão. Ex.: os investim entos de len ta m aturação (side ru rg ia, rodovia, h id ro elétricas, etc.) exigem m u i to cap ital e o a u m e n to de ren d a conseqüente é p equeno, só se fazendo se n tir depois de con cluída a obra. P o r isso sua responsabilidade, em países d e cap ital escasso (subdesenvolvido), deve ser da alçada p rio ritá ria dos Governos.
2149
MAQUINA PARA CORTAR PAPEL, AUTOM ÁTICA
MODELO "G A 82"
L a rg u ra d o C o r te : A itu r a da c a rg a t . Força m o tr iz ............. Espaço o c u p a d o : . . Peso a p ro x im a d o : C o rte s p / m in u to :
Construção reforçada e genial, permitindo efetuar com a máxima precisão e rendimento tôda classe de trabalhos de corte. —
Esquadro rápido movido
por meio de roda lateral permitindo o avance certo em cada puxada, proprio para cortes de rotulagem em geral e motorisado para grandes avanços ou recuos. "C O M A G R A F " Com ércio de M aquinas G ráficas Ltda. Loja e Escritório: Alameda Cleveland, 690 — Telefone 52-2522 End. Telegráfico: - (CO M AG R AF) — São Paulo
2150
Boletim da Ind. Gráfica
Economia
rantia da produção. Na prática, portanto, o perigo de não atendi mento dos objetivos fixados no pla no geral de govêrno por parte do setor privado não ocorre, como não tem ocorrido. O que os industriais brasileiros querem é justamente o mercado certo. Para isso ainda fal tam medidas suplementares por parte do próprio Govêrno que tem de ser conseqüente consigo mesmo, dando prioridade às emprêsas e pro dutos nacionais e prevendo um es quema operativo de financiamento da produção — principalmente no setor da indústria de base, dado o alto custo unitário da maioria dos produtos dêsse setor industrial ca paz de permitir o correto atendi mento da demanda prevista no Pla no por parte do empresário par ticular. 3.°) que é útil a existência de uma divisão interna do trabalho en tre o setor público e o privado, bem definida no planejamento, o que melhor estimula o rendimento mar ginal do capital disponível nos dois setores. Estudos recentes têm demonstra do que, mesmo sem introduzir ain da a técnica do planejamento go vernamental, tal como a definimos no início do trabalho, a parte do Govêrno na responsabilidade dos investimentos de infra-estrutura in dustrial (8) vem crescendo, bem co mo a sua parte em investimentos na indústria de base. (8) Usamos a definição d e “in fra -e stru tu ra in d u stria l” fo rm u lad a pelo econom ista A ntônio P aim n o seu tra b a lh o “P an o ram a da In fra-E s t r u tu r a ”, Observador Econômico e Financeiro, J u n h o -J u lh o de 1962, pág. 21. Essa definição considera apenas a p rodução de energia e de com bustíveis, os transportes, os p ortos e a rêde arm azenadora (arm azéns e silos).
Março de 1 964
Se não considerarmos senão a par te nitidamente indusrtial dessa in fra-estrutura (energia elétrica, pe tróleo e carvão), vemos, segundo os dados coligidos por Antonio Paim, que, no 1.° semestre de 62 e no que se refere ao capital das emprêsas, o quadro privilegiava o setor estatal na seguinte ordem: CAPITAL DAS EMPRÊSAS Estatais Privadas
Energia Elétrica . . . . 40.080 Petróleo .................... 50.000 C arvão.......................... —
26.455 3.846 400
No que se refere ao carvão, os da dos da emprêsa estatal, no caso a Companhia Siderúrgica Nacional, não puderam ser computados por se tratar de um complexo indus trial, o que iria desfigurar o quadro. Podemos, no entanto, ter uma visão aproximada do problema, se sou bermos que a Cia. de Volta Redon da é o maior cliente isolado do car vão nacional, carvão produzido por ela mesma, em Santa Catarina. No que se refere aos transportes, a si tuação é ainda mais desequilibrada em favor dos investimentos públicos onde predomina a economia de tipo estatal. O planejamento, como técnica de govêrno, irá retirar o caráter empí rico dêsse aumento sistemático e gradual da participação do Estado nesses setores infra-estruturais, dan do, através de suas previsões, opor tunidade a que as emprêsas se or ganizem para abastecer êsse grande cliente (9). (9) D a im p o rtâ n cia do E stado como cliente, basta dizer q u e de 1/3 do agregado nacional dos investim entos é feito pelo E stado, hoje em d ia, n o Brasil. D ados da Revista Brasileira de Economia, m arço de 1952.
2151
Economia
mostrando que essa intervenção vem assumindo caráter supletivo por um lado e pioneiro por outro. Se o Estado é responsável por 1/3 do agregado nacional dos inves timentos, êsses investimentos obe decem a uma orientação específica, ligada principalmente à montagem da infra-estrutura industrial. Para os conservadores, portanto, é não só defensável a intervenção do Estado, como também devem os ho mens de emprêsa estimular o Go vêrno a tornar essa “intervenção” mais ampla, objetiva e racional, através da coordenação geral dos planos setoriais dentro de uma pers pectiva integrada da administração pública. Isto é, pela adoção do pla nejamento governamental, onde o Estado agiria na sua dupla função de investidor direto e de responsá vel pela orientação das poupanças privadas em setores estratégicos da p ág . economia nacional.
Para o setor conservador, nada há de mais autênticamente estimu lante para o florescimento da em presa privada, do que a certeza do mercado certo garantido de ante mão, através de um plano global de govêrno. Para os conservadores, portanto, o problema não é transformar em fantasma a intervenção governa mental. Mesmo porque, em 1960, a renda gerada pelo setor industrial da economia como um todo atingia apenas a 6,3% (10). Êsse dado é expressivo. Compõe a base empírica do raciocínio con servador. São as empresas privadas, no Brasil, as responsáveis por 93,7% da renda gerada no setor in dustrial da economia. Êsse fato colo ca em suas devidas dimensões o pro blema da intervenção do Estado, (10) 103.
V er A níbal V illela idem, idem ,
MÁQUINAS GRÁFICAS e
M a t e r i a i s p a r a O ffs e t P a r a v en d er ou c o m p r a r co n su ltem
R. G A R C IA D ispõe sem pre de bons negócios em c a r te ir a
T e le fo n e 8-9420 — São P a u lo 2152
Boletim da Ind. Gráfica
N o tic iá r io P a p el co m lin h a cFágua Por solicitação do Sr. Presidente do Sindicato das Emprêsas Proprietárias de Jornais e Revistas do Estado de São Paulo, reproduzimos abaixo a circular da Diretoria das Rendas Adua neiras, relativa à fiscalização da aplicação de papel com linha d!água para impressão de livros, jornais e revistas.
Instruções fixadas em edital pela Alfândega de Santos para a fiscalização da aplicação de papel com linha d’água para impressão de livros, jornais e revistas
Foram adotadas e estendidas a todo território Nacional, pela Diretoria das Rendas Aduaneiras, que as considerou de grande oportunidade e conveniência. Neste sentido, o senhor Luiz Belfort de Ouro Preto recomendou aos Inspetores das alfândegas e chefes das demais repar tições aduaneiras do País que exerçam vigorosa vigilância daquele produto, em virtude de a lei prever a proibição de seu uso para outra finalidade. As ins truções constantes do edital da Alfânde ga de Santos, cuja adoção e divulgação foram recomendadas pela D.R.A., são as seguintes: “Os papéis que contiverem, visíveis contra a luz, em tôda a sua largura e comprimento, linhas d’água paralelas, se paradas em espaços de 4 a 6 cm (ou que apresentarem visivelmente legível contra a luz separados em espaços de 10 a 20 cm em marca d’água o nome de um jornal ou de uma revista ou ainda sim plesmente a palavra “livro”, só poderão ser adquiridos e utilizados pelas em prêsas e intermediários legalmente habi litados para a impressão de jornais, re Março de 1 964
vistas e livros, sendo por lei terminantemente proibida sua aplicação em qual quer outra finalidade; Todo papel inu tilizado, aparas, mantas, restos de bobi nas e outros só poderão ser vendidos pe las emprêsas legalmente habilitadas para as fábricas de papel que os empreguem como matéria-prima ou para jornais de vidamente registrados e impressos em máquinas planas, sendo por lei proibida a venda por quem quer que seja do pa pel inutilizado a terceiros não habilita dos pela alfândega, qualquer que seja a finalidade a que se destinar; Todos aquêles que guardarem ou utilizarem o referido papel sem estarem para isto au torizados, ficarão sujeitos às penalida des previstas nos referidos decretos-leis, ou seja, apreensão do papel como con trabando e de acordo com cada caso cominação de multas, pagamento dos direi tos devidos, cancelamento sumário da concessão obtida para importação, pena lidades estas cominadas sem prejuízo da instauração do processo regular para im posição das demais penalidades previs
2153
Noticiário tas para as fraudes dessa natureza. Pedese a atenção do público e do comércio em geral (padarias, açougues, mercearias confeitarias e outros) adquirentes de pa péis destinados a uso próprio, que verifiquem no ato da compra se se trata de papéis identificáveis com linhas
d’água ou marcas d’água acima referidas, visivelmente legíveis pela simples expo sição e observação contra a luz e, em caso positivo, se abstenham de adquirir os referidos papéis, sob pena de ficarem incursos nas penalidades previstas pelos citados decretos-leis”.
☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ ☆ Em meados do ano passado, recebeu o Departamento de Produtividade da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo um convite da Agência pa ra o Desenvolvimento Internacional, no sentido de indicar um representante seu, habilitado a participar, em companhia de outros, de uma viagem de estudos a várias cidades dos Estados Unidos e de Pôrto Rico. O objetivo principal dessa visita seria estudar em profundi dade o que os Estados Unidos vêm rea lizando atualmente no setor do plane jamento industrial. Assim, os partici pantes da excursão deveríam visitar tan to entidades governamentais, como enti dades privadas que procuram formular, desenvolver e executar tal planejamento. Sendo eu um dos conselheiros do De partamento de Produtividade da fiesp , tive a satisfação e a honra de ser in dicado para representá-lo. Constituiuse um grupo de 14 cidadãos de vários Estados da região Sul do País, dos quais 4 de São Paulo. Dentre êles, era eu o único industrial gráfico e, como tal, não quis perder a excelente oportunidade que se me oferecia de visitar entidades ligadas às atividades das indústrias grá ficas nos Estados Unidos. Propus-me divulgar, da maneira mais ampla possível, os ensinamentos e a ex periência adquiridos. Com respeito ao programa organiza do pela aid, ficou combinado entre os participantes de São Paulo, Dr. Humber to Dantas, Eng. Nelson Al-Assal, Eng. Jorge do Amaral Cintra e eu, a apre sentação dos aspectos mais interessan tes e que mais se aproximam dos pro blemas brasileiros, em palestras e pai néis de debates da fiesp . Se por parte
2154
dos industriais gráficos houver interêsse em conhecer êsses assuntos, faremos pu blicar os trabalhos que forem sendo rea lizados. Afora o extenso e árduo programa oficial, procurei, dentro das poucas so bras de tempo de que dispunha, entrar em contato com industriais gráficos e as entidades que os congregam, a fim de inteirar-me do grau de evolução dêste ramo de indústrias ao qual pertence mos. Citarei, neste primeiro trabalho, apenas visitas feitas, e o que realiza ca da uma das entidades. A seguir, em números ulteriores do nosso Boletim, analisarei em profundidade cada uma delas. A principal associação nos Estados Unidos é a “Printing Industry of Ame rica Inc.” Trata-se de uma organização patronal que congrega 6.500 associados (só indústrias), com 50 escritórios re gionais espalhados por todo o País, com ramificações no Hawai e Canadá. Al guns dos associados são indústrias loca lizadas em outros países, principalmente na Europa. Visitei, depois, a “Education Council of the Graphic Arts Industry” que seria um Conselho da Indústria Gráfica para Educação. Êste conselho procura esti mular na juventude, principalmente en tre os estudantes de escolas secundárias, o interêsse pelas artes gráficas. Lá, co mo aqui entre nós, os jovens dão pre ferência a outros ofícios de aprendiza gem mais fácil e mais rápida. Nestas cir cunstâncias, há falta de mão-de-obra al tamente especializada, sendo necessário grande esforço para aumentar o quadro de profissionais habilitados a acompa nhar o rápido progresso do país. Boletim da Ind. Gráfica
Noticiário Dito conselho administra o National Scholarship Trust Fund, isto é, um fun do para concessão de bolsas de estudos para escolas de artes gráficas. Relacio nada com a pesquisa existe o “Research and Engineering Council of the Graphic Arts Industry, Inc.” Esta entidade pos sui, aproximadamente, 300 membros, todos industriais que pagam taxas rela tivamente elevadas para execução dos trabalhos de pesquisas a que ela se pro põe. Atualmente, realiza-se um con gresso em que se estudam e debatem as pesquisas efetuadas durante o exercí cio. Os resultados finais são publica dos e distribuídos gratuitamente en tre todos os participantes e vendidos a alto preço àqueles que não participa ram do conclave. As três entidades aci ma citadas têm sua sede em Wash ington.
Estive ainda na “Printing Industry of Philadelphia Inc.”, que é uma das ramificações da “pia ”, e na famosa ltf “Lithographic Technical Foundation, Inc.”, de New York. A ltf é a maior instituição mundial no campo das artes gráficas. Fazem parte do seu quadro de associados indústrias gráficas e indús trias fornecedoras de materiais para a indústria gráfica, tais como tintas, pa pel, etc. Existe ela desde 1924 e se de dica à pesquisa, à divulgação de infor mações técnicas, métodos de trabalho, etc. Como vêem, o material informativo é farto. Seria contraproducente divulgálo de uma só vez. No próximo número procuraremos dar uma idéia clara do que é a pia e informar o que ela faz em prol da indústria gráfica nos Estados Unidos. P ery B omeisel
Prelo FUNTIMOD modêlo "PTC-N Não uma minerva simples de platina com um cilindro distribuidor de tinta, mas um verdadeiro prelo robusto, com tintagem intensa e tímpano (padrão) basculante de encosto paralelo, distinguindo-o como má quina de classe superior, para serviços de qualidade e longa durabilidade.
||
A verdadeira minerva de tintagem cilíndrica, com intensa distribuição de tinta, padrão basculante de grande abertura, para margeação fácil e segura. Construção de grande robustez. Acabamento de precisão. FABRICAÇÃO PRÓPRIA • MODÊLO EXCLUSIVO
Ume
—
m á q u in a s e m a t e r ia is g r á f ic o s
RUA DOS BANDEIRANTES, 398 - Telefone 37-4639 - SÃO PAULO Rio d e Janeiro
Março de 1 964
2155
Rua Antonio Joテ」o, 218 Caixa Postal 1161 Tel.: 30-6142
RIO DE JANEIRO Rua Sテ」o Joaquim, 496 Tel.: 34-6785
Sテグ PAULO 2156
Boletim da Ind. Grテ。fica
C lín ic a G r á f ic a
O tra b a lh o co m eletricid a d e estática O choque recebido pelo impressor ou litógrafo, durante o trabalho na impres sora, como resultado de súbita descarga eletrostática, pode não ser perigoso. Mas, a despeito disso, alguns impressores têm sofrido lesões, porque reagem ao choque, e essa reação é prejudicial.
o papel eletrificado tem tendência para aderir, o que dificulta a colocação de uma fôlha sôbre outra.
Que é eletricidade estática ?
Na formação da carga eletrostática, a fricção desempenha seu papel. Formase eletricidade estática, por exemplo, onde o papel é fortemente pressurizado contra o cilindro, passando muito perto de uma chapa de metal. Quanto mais ràpidamente se faz a impressão e, conseqüentemente, quanto mais depressa se separam as duas superfícies, tanto mais se produz eletricidade estática, pois os elétrons têm pequena oportunidade de voltarem à sua superfície de origem. Na turalmente que o grau de umidade do papel e a temperatura ambiente repre sentam sua parte na formação da ele tricidade estática. O papel sêco é mau condutor de ele tricidade, enquanto a água e a água eva porada são bons condutores. Quanto mais úmido o papel, tanto maior sua condutividade, e menor sua carga ele trostática. O grau de umidade do pa pel depende, em larga escala, da umida de do ar. Em algumas partes do mundo, a ele tricidade estática, durante o processo de impressão, é, exclusivamente, um pro blema de inverno, quando a umidade
A eletricidade estática é causada por eletrificação de contato. O fenômeno ocorre da seguinte forma: se duas su perfícies estão em contato uma com a outra, elétrons (os componentes do áto mo) são transmitidos de uma superfí cie para a outra. Em conseqüência, uma das superfícies tem uma sobrecarga e a outra, uma deficiência de elétrons. Quando essas duas superfícies são nova mente separadas, muitos dos elétrons não podem voltar à sua superfície de origem; freqüentemente forma-se uma carga elétrica, que é chamada eletrici dade estática. O metal é bom condutor de eletri cidade. Por essa razão, qualquer carga elétrica ocorrida no metal é transferida à terra, desde que as partes do metal nela estejam fixadas. O papel sêco, no entanto, não conduz eletricidade, ou, se o faz, é em quantidade mínima. De qualquer maneira, a eletricidade não pode sair, e em alguns casos há uma vi sível faísca. O que mais atrapalha é que Março de 1 964
Como é causada a eletricidade estática ?
2157
Clínica gráfica relativa na oficina é baixa. Durante o verão, em tempo de alta umidade, é pos sível que as dificuldades do inverno dei xem de existir.
relação à saúde dos empregados). Mui tas unidades são do tipo móvel, e não requerem conexão extra. A ionização do ar conseguida por êsses aparelhamentos contribui para a eliminação da eletrici dade estática.
Como se pode prevenir eletricidade estática ?
Os aparelhos de contato que afastam a estática, funcionam na maioria das vê zes com escovas ou finas tiras de latão; estas são colocadas sôbre a máquina de tal forma que sua parte de cima toque o papel, e funcione como condutores de terra. Mas seu efeito se estende sòmente às partes de papel diretamente tocadas e não às demais.
Algumas vêzes é possível prevenir a formação de eletricidade estática, mu dando a superfície com a qual o papel está em contato — tábuas, mesas, etc., cobrindo essas superfícies com folhas de metal. É importantíssimo afastar qualquer eletricidade estática, antes que ela se torne elemento de interferência. Para êsse fim, existe um equipamento moderno, que pode ser adaptado em qualquer máquina. É possível tornar o papel condutivo à eletricidade, guardando-o numa sala cujo ar contenha umidade relativa su perior a 60%, e imprimir ou mudar o papel na mesma sala. Entretanto, nem sempre as condições são as mesmas. Umidade relativa do ar a 75% protege suficientemente quanto à formação de eletricidade estática. Em climas úmidos, o problema raramente ocorre, porque a água contida no ar penetra vagarosa mente nas pilhas ou rolos de papel. Em oficinas com ar condicionado, as possi bilidades de eletricidade estática desa parecem. Outro meio de prevenção é guardar o papel com capa à prova d’água. Dessa forma, o papel mantém sua umidade normal, quando o processo de impres são começa; se, a par disso, as salas de impressão contiverem umidade ade quada, o problema da eletricidade está tica estará fàcilmente resolvido. Alguns dos modernos equipamentos para a eliminação da eletricidade está tica operam por ionização do ar, outros, por contato ou por princípios térmicos. Há várias categorias de aparelhos de ionização, alguns com alta e baixa freqüência; outros, com “crossbars” radia tivos (quando se usam matérias radia tivas, devem ser tomadas precauções com
2158
Na operação de uma outra unidade, as tiras de latão são suspensas direta mente por sôbre a superfície do papel; a carga monoestática do papel gera uma carga oposta nessas tiras de latão, pela qual a ionização do ar é conseguida. Em troca, resulta a remoção da eletri cidade estática. Além do controle da temperatura e da umidade, as oficinas gráficas empregam, às vêzes, gases inflamáveis, eletricidade de alta voltagem, aparelhos de raios-X e lâmpadas ultra-violeta para combater as cargas estáticas. Uma chama de gás é altamente eficiente, mas o perigo do fogo torna sua eficiência muito dis cutível. Os raios-X são muito dispen diosos, assim como as lâmpadas ultra violeta, e êsse dispêndio não está em proporção com o efeito obtido. Têm sido intensificados os esforços para prevenir a eletricidade estática, em parte devido ao uso crescente de mate riais plásticos e de fibras sintéticas na impressão. Apesar de as interferências no processo de impressão não serem pre dominantes, ainda assim deve ser dada cuidadosa atenção ao assunto, para que se obtenha uma boa produção, e para que se preservem a segurança e a saú de dos empregados. Os choques geralmente são inofensivos, mas podem ser perigosos. Por
B . B ir d ,
L ondres, trad u zid o de M odem
Lithography, N ov./1963.
Boletim da Ind. Gráfica
A tu a lid a d e C o m o a industria g rá fica p o d e au xiliar as n a ç õ e s em crescim en to P alestra pro ferid a pelo Sr.
R oger R oss P residente de A rtes G ráficas Gom es de Souza S.A. p e ra n te o Congresso In tern a cio n a l de A dm inistração convocado pelo C om itê In tern a cio n a l de 1’O rganisation Scientifique realizado no H otel H ilto n , N . York, 1963 e p u b licad a p rim e iram en te por A rtes Gráficas Gomes de Souza S. A.
Dissertarei ràpidamente sobre as ma neiras como a indústria em geral pode auxiliar no crescimento das nações sub desenvolvidas. Quando fôr o caso, fa rei referência à experiência que adqui rimos em Portugal e no Brasil, pois nes ses dois países opera o grupo ao qual es tou vinculado. Focalizando especifica mente a indústria gráfica, inicialmente, falarei de suas características especiais e posteriormente farei comentários so bre como essa indústria pode auxiliar no processo de crescimento de nações sub desenvolvidas e no que essa indústria difere da indústria em geral. Ilustra ções práticas serão tiradas de nossa ex periência no Brasil. Após a Segunda Guerra Mundial, era prática comum referir-se às nações que não tinham atingido o nível de desen Março de 1 964
volvimento econômico dos Estados Uni dos, da Europa e do Japão como sendo “atrasadas”. Tal descrição era pouco feliz, não somente por ferir a sensibili dade das nações assim denominadas, mas também por não levar em conta os ele vados níveis culturais com freqüência atingidos por determinados grupos nes ses países. Na década de 50 tornou-se mais comum descrever essas nações como “subdesenvolvidas”, ao invés de “atrasa das”, denominações que prefiro ao têrmo “em crescimento”, tendo em vista existirem nações “subdesenvolvidas” que não estão crescendo e ainda casos de ou tras que têm caído abaixo de níveis já anteriormente atingidos. Como um exemplo, poderiamos citar a Argentina. Essas nações não poderão crescer, e mesmo não crescerão a menos que se ve
2159
Atualidade rifique uma saudável fusão das forças da indústria privada com o govêrno de um lado, e entre o talento e a energia de uma relativamente pequena elite edu cada e o povo, por outro.
Disciplinar reservas Uma nação, para progredir, precisa disciplinar as suas reservas de mão-deobra, de matéria-prima e de capital, em quaisquer que sejam as quantidades exis tentes, e aumentar a produção mais ràpidamente do que a população. Só po demos alcançar o progresso por meio do aumento da produção. A organização racional dos meios de produção é que diferencia uma nação desenvolvida da subdesenvolvida. Essa racionalização chama-se indústria, e não devemos co meter o êrro, tão freqüentemente incor rido nos países subdesenvolvidos, de pen sar que a indústria se aplica unicamente a ferro e aço, automóveis e maquinaria pesada. A agricultura também pode ser industrializada, conforme já aconteceu nos Estados Unidos e em muitos luga res da Europa. Mesmo as artes gráficas podem ser industrializadas, embora mui tos gráficos possam achar difícil aceitar esta idéia. As nações subdesenvolvidas sofrem de escassez de capital. Podemos medir ca pital em têrmos materiais, tais como: dinheiro, unidades de maquinaria ou unidades de construção; ou em têrmos de pessoas. Uma indústria eficazmente administrada cria capital, não somente através do desenvolvimento de unidades de dinheiro, maquinaria ou construção, mas, também, aperfeiçoando o elemen to humano e transmitindo “know-how”. Um ponto característico de uma nação subdesenvolvida é a sua administração deficiente, fator negativo ao desenvol vimento de capital.
2160
Incentivo ao mercado de capitais A indústria pode incentivar não so mente o crescimento de capital, mas também dos mercados de capital. Em geral, nos países subdesenvolvidos os ne gócios se encontram presos em mãos de determinadas famílias. Portanto, uma pessoa que tenha reservado uma parte de seus rendimentos para fins de investi mento, vê-se obrigada a especular. O dinheiro que poderia ser aplicado em atividades produtivas na indústria, enca minha-se à especulação não produtiva do mercado imobiliário, simplesmente pelo fato de existirem tão poucas possi bilidades de investimento na indústria. A nossa própria organização, que inclui, além de uma gráfica, uma companhia de papel, uma fábrica de tapêtes e uma em presa que vende anúncios em guias tele fônicos, tem-se mostrado muito ativa no Brasil quanto à promoção do conceito de democratização do capital e dia a dia estão-se espalhando mais e mais em mãos de tôdas as classes do povo, através do país, ações de tôdas as nossas compa nhias. A primeira vez que oferecemos ao público as nossas ações, só na gráfica cêrca de 700 empregados as subscreve ram. Acreditamos que, mediante a par ticipação livre do público em nossas companhias, facilitamos o nosso progres so, enquanto que, ao mesmo tempo, be neficiamos o país, desviando fundos es peculativos e ociosos para a produção.
Aprimoramento e evolução No processo de criação de capital, a indústria pode promover o aprimora mento dos padrões de vida e um au mento geral no nível cultural do país. Essa última apreciação é fator essencial, Boletim da Ind. Gráfica
Atualidade se quisermos desenvolver uma base sôbre a qual o progresso futuro se poderá de senvolver. A contribuição que a indús tria oferece mediante o aperfeiçoamento de técnicos, está bem retratado no exem plo de Listas Telefônicas Brasileiras, a companhia que em 1947 iniciou a pro dução de guias telefônicos modernos no Brasil. Naquela época, a técnica de anunciar, não apenas no campo de guias telefônicos mas também nos jornais e re vistas, encontrava-se em considerável atraso, face aos níveis alcançados nos Estados Unidos e na Europa. No de correr dos anos as técnicas referentes às artes de anunciar e vender têm experi mentado um grande impulso, em parte devido às técnicas introduzidas pela nos sa companhia, e em parte devido aos cursos intensivos de treinamento minis trados a centenas, e mesmo milhares, de vendedores. É largamente reconheci do em todo o Brasil o valor do treina mento de vendas ministrado ao nosso pessoal e não é difícil encontrar nos jornais anúncios a procura de vende dores, com os seguintes dizeres: “de pre ferência com experiência de Listas Te lefônicas Brasileiras”. Pode-se aplicar o mesmo comentário a Portugal, onde nos associamos a uma operação seme lhante. No decorrer de 4 anos de ope rações, tem-se observado adiantamento sensível nas técnicas de vendas e pro paganda. Em aditamento à introdução e im plantação de novas técnicas, a indústria pode auxiliar na evolução do progresso nos países subdesenvolvidos, mediante o estabelecimento de padrões mais ele vados. Por exemplo, é bem conhecida de todos a experiência da Sears Roe buck que ensinou a milhares de peque nos fornecedores da América Latina a fabricar mercadorias de melhor qualida de. No nosso caso, por exemplo, Listas Março de 1 964
Telefônicas Brasileiras não estava satis feita com a qualidade de impressão dis ponível nas gráficas do Brasil, e em 1947 montou o seu próprio departamento de impressão que mais tarde veio a ser Artes Gráficas Gomes de Souza. Atualmente, podem-se encontrar muitas gráficas no Brasil capazes de produzir trabalho de qualidade aceitável e até mesmo exce lente. O desenvolvimento anda de mãos da das com o desejo de melhorar. Se uma pessoa não souber da existência de algo melhor, provàvelmente, não se esforçará para produzi-lo. Considerando que a meta de tôda e qualquer produção é sa tisfazer o consumidor, quanto mais apu rado o gôsto, tanto mais a produção se fará necessária e mais rápido será o de senvolvimento. Os administradores de indústrias en contram-se em posição de influenciar a qualidade e, portanto, é sua obrigação lutar para aperfeiçoá-la. Eu não advo garia a boa apresentação dos produtos simplesmente pela beleza estética, quan do estamos tratando de um empreendi mento comercial, mas tenho observado que a obtenção de lucros freqüentemente acompanha a boa apresentação (ou qualidade mais apurada). Assim, o administrador industrial que não se em penha na melhoria da apresentação de seus produtos, aliada ao aperfeiçoamen to da qualidade, não está preenchendo suas funções.
A indústria gráfica Como qualquer outra, a indústria grá fica pode auxiliar no desenvolvimento total das reservas de capital de determi nado país. Sem dúvida alguma, a grá fica é um dos meios principais de co municação, e, sem a mesma, a nossa ha bilidade para transmitir idéias e infor
2161
Atualidade mações seria grandemente limitada. Nos Estados Unidos, só no idioma inglês são publicados mais de 1.700 jornais diários; outros tantos circulam em idiomas dife rentes. Êsses jornais apresentam, com binados, uma circulação diária em ex cesso de 60 milhões. Em comparação, o Brasil, com 1/3 da população dos Es tados Unidos, tem apenas cêrca de 250 jornais diários com uma circulação re duzida, pois apenas alguns jornais nos centros metropolitanos do Rio de Ja neiro e São Paulo alcançam a cifra de .000, enquanto que os demais regis tram quedas sensíveis. Nessas condições, é muitíssimo mais difícil educar a po pulação de um país subdesenvolvido co mo o Brasil do que a dos Estados Unidos.
200
Livros, revistas, reproduções de arte, guias telefônicos e outros veículos im pressos de comunicação são produzidos em quantidades fracionais da produção “per capita” nos Estados Unidos e Eu ropa. Todos êsses meios não só estimu lam o comércio, facilitando desta sorte a criação de capital, mas contribuem tam bém para elevar o nível de cultura geral do povo. Assim, um país mais desenvol vido depende da indústria gráfica para manter abertos os meios de comunica ção, dos quais depende o seu próprio de senvolvimento; enquanto que, nos países subdesenvolvidos, a indústria gráfica tem a seu cargo a mesma responsabilidade acrescida, porém, da obrigação de au mentar a sua capacidade para estimular e manter-se em dia com o progresso do comércio e os padrões de cultura.
Elevar a qualidade A indústria gráfica apresenta qualifica ções únicas para influenciar o conceito de qualidade, o qual é, conforme já vi
2162
mos, fator essencial ao progresso. Isso não sòmente por seu produto se desti nar à leitura ou, pelo menos, à observa ção superficial pelo público em geral (caso em que a qualidade é sujeita ao exame de muitos), mas também pelo simples motivo de a indústria gráfica depender de uma infinidade de maté rias-primas para chegar ao seu produto final. Necessàriamente, isso conduz a in dústria gráfica a um contato mais ín timo com um vasto número de fornece dores em pràticamente todos os ramos comerciais e industriais. Os gráficos necessitam não só de prédios, maquina ria e ferramentas, como também de pa pel, tinta, produtos químicos, chumbo, ouro, filmes, plásticos, pano, adesivo, etc. Desta sorte, podemos influenciar não apenas os conceitos de qualidade entre a grande massa do povo através de aprimoramento do material impresso que manufaturamos, como também os conceitos de qualidade entre os muitos fornecedores de que depende a indústria gráfica. Achamos que a nossa companhia no Brasil tem feito contribuições substan ciais no sentido de melhorar a qualidade dos materiais que consumimos. Algumas vêzes, êsse aprimoramento resulta do fato de iniciarmos, nós mesmos, a pro dução de determinado material. Por exemplo, fabricamos a maior parte de nossos adesivos para encadernação e for mulários contínuos. Isso levou várias outras companhias a introduzir novas linhas de adesivos aperfeiçoados no mer cado e também estimulou o crescimento de fabricantes de adesivos especiais. O químico que trabalhou com nossa com panhia durante os últimos 12 anos, pri meiro como assalariado e últimamente como consultor, há alguns anos estabele ceu a sua própria fábrica, especializan do-se na confecção de adesivos para a in Boletim da Ind. Gráfica
Atualidade dústria gráfica. Sentimo-nos imensa mente satisfeitos não somente em reter seus serviços como consultor, mas tam bém em comprar alguns de seus adesivos ao invés de fabricá-los. Por motivo de preço e qualidade, tam bém fabricamos verniz, baquelita, plásti co para chapas flexíveis e papel carbono. O dia que um fabricante local puder igualar a nossa qualidade, embora a preço ligeiramente mais alto, com todo o prazer deixaremos de fabricar esses produtos, passando a comprá-los no mer cado local. No caso de alguns outros materiais não foi necessário nos incumbirmos da fabricação, porque os fornecedores exis tentes têm-se demonstrado prontos a atender às exigências de um produto melhor. Vimos jogando com a idéia de montar uma fábrica para produção de tintas de impressão, mas embora a qua lidade da tinta no Brasil não seja tão boa quanto nos Estados Unidos ou Eu ropa, as várias firmas que as fornecem têm feito sérios esforços, tendo obtido êxito parcial no melhoramento do pro duto. No sentido de induzir melhoramentos dentro das próprias oficinas gráficas e entre seus fornecedores, que freqüentemente também atendem a muitas outras indústrias, as emprêsas gráficas têm que se manter a par dos adiantamentos téc nicos feitos nos demais países. De um modo geral, em anos recentes, os prin cipais impressores brasileiros têm-se con duzido bem, podendo-se encontrar um número crescente dêles assistindo a fei ras gráficas internacionais como as de drupa (Alemanha Ocidental) e ipex (Inglaterra). Entre os associados da se ção de Formulários Contínuos do Ins tituto Gráfico da América (pia), encon tram-se duas firmas brasileiras, bem co Março de 1 964
mo uma do México. Esses contatos e afiliações a organizações estrangeiras contribuem em muito para o fluxo de conhecimentos, advindos das nações mais desenvolvidas àquelas que estão apenas começando. Contudo, muito mais se po dería fazer e deve-se pôr em mente que as nações subdesenvolvidas, em geral, estão localizadas nas partes menos aces síveis do globo. As nossas despesas de viagem aumentam na razão inversa de nossa habilidade para pagá-las e se as indústrias gráficas dos Estados Unidos e da Europa quisessem auxiliar o processo de desenvolvimento na América Latina, África e Ásia poderíam programar con venções e promover feiras gráficas não somente em Chicago, Nova York, Dusseldorf e Londres, mas também no Rio de Janeiro, Buenos Aires, Manila e Lagos.
A industrialização no desenvolvimento Se reconhecermos que o crescimento de capital depende, sensivelmente, da racionalização do produto, é óbvio que as gráficas devem-se industrializar, se quiserem auxiliar materialmente no crescimento dos países subdesenvolvidos. Considerando que cada inovação apre senta um problema nôvo (ou, mais acertadamente, uma série de problemas) as gráficas têm demonstrado uma resistên cia à industrialização mesmo num país altamente desenvolvido como os Estados Unidos. Entretanto, apesar das dificul dades, as gráficas podem ser administra das industrialmente e os países subde senvolvidos devem, inevitàvelmente, in troduzir técnicas industriais na adminis tração de emprêsas gráficas. O conceito americano de um pequeno lucro unitário sôbre elevado volume de produção constitui, certamente, um dos
2163
Atualidade fatores que contribuem para o bem su cedido desenvolvimento da indústria dos Estados Unidos, e a sua não adoção em muitas áreas tem sido responsável pelo retardamento do progresso local. Admi timos ser difícil pensar na produção de livros em larga escala quando um gran de segmento da população é iletrado, e evidentemente o baixo consumo “per capita” de material impresso nos países subdesenvolvidos reduz a possibilidade de se empregar ao máximo a capacidade de impressão. Poderá, entretanto, o con sumo ser estimulado mediante preços mais acessíveis e mais ampla distribui ção, cabendo à indústria gráfica a res ponsabilidade de facilitar êsses meios.
melhorar a qualidade, ao mesmo tempo em que reduzimos os custos e preços de venda. O nosso cliente teve o bom-senso de passar ao público as economias obti das. O resultado é que seu negócio tem prosperado e cada ano colocam um número maior de livros nas mãos do público. Auxiliando-o na obtenção dêsse resultado, estamos certos de que con tribuímos para elevar o nível de cultura geral do país, o que não consideramos ser a menos importante das recompensas que podemos obter na indústria gráfica.
As políticas adotadas pelos dois prin cipais editores de livros do Brasil ser vem de ilustração. O primeiro, que já foi o maior de todos, dirige uma opera ção integrada na qual editam, impri mem e distribuem livros. Seu parque gráfico, antiquado, produz trabalho de qualidade geralmente inferior; calculo seja essa uma operação de alto custo, pois imprimem tiragens pouco acima da quantidade a ser distribuída, a prazo curto. Tem ainda o problema adicional de muito tempo ocioso além de um ele vado número de empregados pouco pro dutivos. Cobra um alto preço por suas coleções de livros e têm visto a sua par cela do mercado diminuir durante os últimos anos. A outra firma, a qual te nho o prazer de contar entre os nossos clientes, vende as suas coleções de livros a preços mais reduzidos, porém, em mui to maior volume. A qualidade de suas edições tem melhorado constantemente nos últimos anos e, como mandam im primir fora ao invés de fazê-lo, exercem considerável pressão sôbre os seus for necedores para que adotem diretrizes se melhantes. O resultado é que, nós, por exemplo, procuramos constantemente
Isto porque a indústria gráfica tem um papel-chave a representar tanto no incentivo ao progresso social, como no desenvolvimento econômico. Mais do que a maioria das outras indústrias, po derá acelerar o processo de desenvolvi mento dos recursos humanos. A matériaprima básica com que lida a indústria gráfica é constituída por palavras e ilus trações, tendo por isso a indústria uma base intelectual ou cultural. A produ ção de livros, revistas, reproduções de arte e jornais, já é, em si, uma contri buição ao progresso social. Além disso, contudo, a indústria gráfica depende de uma larga variedade de aptidões e técni cas especiais e deve constantemente trei nar seu pessoal. Treinamento de quali dade desenvolve uma classe profissional capaz, cujos membros são melhores cida dãos porque têm independência e sen tem a segurança que advém do fato de serem portadores de profissão especiali zada. Os nossos impressores de offset es tão seguros de sua capacidade, pois do minam a sua profissão e sempre encon trarão emprêgo. Infelizmente, tal não é o caso dos auxiliares que compreen dem que, devido a falta de habilidade
2164
Papel-chave da indústria gráfica
Boletim da Ind. Gráfica
Atualidade técnica, provàvelmente, não poderão continuar dentro da profissão se perde rem os seus empregos.
Programas de treinamento A triste verdade é que, embora a in dústria gráfica num país subdesenvolvi do necessite de programas de treinamen to para aperfeiçoar a habilidade de seus operários, e desta forma auxiliar não somente a companhia em si mas a so ciedade em geral, não existem dêsses pro gramas em quantidade adequada. Em parte, tal estado de coisas é causado pelo desinterêsse ou pela incapacidade em reconhecer o valor dos programas de treinamento. Trata-se, entretanto, de uma deficiência que poderá ser supera da uma vez estejam ao alcance de todos os resultados positivos dos programas de treinamento. Uma dificuldade maior existe, que é a de não terem os países subdesenvolvidos pessoal tècnicamente treinado em número suficiente para di rigir produção, muito menos para apli car parte considerável de seu tempo no treinamento de outros. Seria muito va lioso um programa pelo qual impressores qualificados, compositores e enca dernadores dos Estados Unidos e da Eu ropa fossem mandados aos países subde senvolvidos para auxiliar no treinamen to do pessoal de artes gráficas. Em escala menor, mas com conseqüências de grande alcance, o treinamento do pessoal de administração das indústrias gráficas também reforça a estrutura so cial de uma sociedade subdesenvolvida. A aprendizagem de idiomas estrangeiros de modo a permitir-lhes ler publicações técnicas, viagens para a avaliação e com pra de equipamento, bem como a apre ciação e solução de problemas complexos inerentes à direção de emprêsas gráficas, ajudam a formar elementos experientes Março de 1 964
e de boa cultura geral. O crescimento das nações subdesenvolvidas depende em muito da formação de uma classe de administradores profissionais. Em comum com as demais indústrias dos países subdesenvolvidos, a indústria gráfica deve promover planos de assis tência médica, moradia para seus empre gados e clubes sociais. Infelizmente até agora, pelo menos no Brasil, os clubes têm-se restringido a agremiações de fute bol. Não quero cometer o êrro de subes timar o valor de clubes esportivos, mas devido a natureza intelectual de gran de parte do produto que entrega ao pú blico, acho que a indústria gráfica faria bem em patrocinar também o desen volvimento de atividades culturais. Em nossa própria gráfica, encontramos gran de receptividade aos cursos t w i que in troduzimos e também às aulas de inglês. No setor de assistência médica realiza mos, recentemente, exames verificadores de deficiências visuais em todos os nossos 800 empregados. Descobrimos, no pro cesso, revisores meio cegos e impressores astigmáticos em número tal que a assis tência médica em um país subdesenvol vido não é um ato de caridade, mais algo que deve ser feito no próprio interêsse da companhia. Muitas doenças debilitantes, como a febre tifóide, são endê micas nesses países e devem ser tratadas se se quiser conseguir progresso humano e industrial. O fornecimento de refei ções quentes e equilibradas aos empre gados não deve ser considerada como um benefício extra, mas um fator essencial para se conseguir maior produtividade.
Movimento sindical Devido ao material com que traba lham, os impressores tendem a apresen tar um nível intelectual mais elevado do que operários em outras indústrias, pelo
2165
Atualidade menos num país onde metade da popu lação é de analfabetos e onde uma parte substancial da outra metade apresenta grande limitação cultural. Nessas con dições, o movimento sindical pode ser fàcilmente, freqüentemente o é, domi nado pelos trabalhadores gráficos inte lectualmente superiores. O dirigente do CGT (Comando Geral dos Trabalha dores) no Brasil, por exemplo, é um tra balhador gráfico. Dada a grande importância dos mo vimentos trabalhistas nos países menos desenvolvidos, onde êsses movimentos são cortejados e manobrados politica mente, a indústria em geral e a indústria gráfica em particular deveríam tomar a iniciativa de entender-se com os diri gentes sindicais, mantendo-se em contato com os mesmos tanto quanto lhes fôsse possível, e orientá-los no que lhes fôsse dado fazer, para que assumam posições construtivas. Êsses comentários levam-nos ao campo político onde os movimentos sindicais desempenham um papel muito ativo na vida política nacional. À parte do fato de muitos dos dirigentes de movimentos sindicais serem provenientes das indús trias gráficas, não há como essa indús tria possa auxiliar o progresso político do país de maneira diversa que qualquer outra indústria. Certamente, a indústria gráfica for nece os meios pelos quais informações de ordem geral e informações políticas são disseminadas. Mantendo abertos êsses meios de divulgação, e dispondo-se a imprimir publicações menos popula res, mesmo com algum risco ocasional para a emprêsa, podemos contribuir pa ra o progresso político. Além disso, con tudo, o que de mais importante pode mos fazer é encorajar elevados padrões de cidadania e dar mostras de fôrça moral.
2166
Intercâmbio internacional No correr de meus comentários, pro curei indicar as maneiras pelas quais a indústria gráfica pode auxiliar no desen volvimento de nações em crescimento. Poderá fazê-lo, principalmente, mediante a eficiente direção de suas emprêsas, as sim contribuindo para o crescimento dos recursos totais, nêles se compreendendo fatores humanos, maquinaria e dinheiro. Para alcançar êsse objetivo de adminis tração eficiente, contudo, as indústrias gráficas dêsses países necessitam dos be nefícios obtidos no intercâmbio técnico com as indústrias similares dos países menos desenvolvidos. Êsse intercâmbio técnico não é via de mão-única, isto é, não traz benefícios para somente uma das partes. Nos paí ses subdesenvolvidos, a engenhosidade técnica é uma necessidade; tenho pre senciado inúmeros casos em que traba lhadores brasileiros foram felizes na adaptação de maquinaria e na resolução de problemas onde fracassaram técnicos norte-americanos e europeus. Não pre tendo, por ora, apresentar uma proposta específica que conduza ao intercâmbio de conhecimentos técnicos; quero, po rém, estimular certa ponderação sôbre o assunto, na expectativa de concretiza ção de planos práticos no futuro. Es pero que essa idéia encontre receptivi dade e permaneça na mente de cada um, após esta reunião. Se os meus comentá rios conseguiram despertar interêsse pelo assunto de modo a surgirem, posterior mente, sugestões concretas quanto aos meios para incrementar o intercâmbio de conhecimentos técnicos mütuamente benéfico, sentir-me-ei bastante agradeci do por me ter sido proporcionada essa oportunidade para lhes dirigir a palavra. Boletim da Ind. Gráfica
DURST LABORATOR 184 Êste aparelho compacto é um auxiliar indispensável ao lado da sua câmara de reprodução. Sua prancheta á vacuo com limitação automática e o sistema de registro duplo possibilita a execução de ampliações e separões de côres até das menores transparências. Devido ao sistema de condensadores triplos, alcançam-se resultados magníficos na reticula. Com sua iluminação especial, todos os detalhes e densidades são reproduzidos na perfeição.
Formatos de 24X36 mm até 20X25 cm no porta-negativos, de 13X18 até 60X70 cm na mesa de vácuo Cabeça inclinável para projeção horizontal
Peça uma demonstração
urst M arca depositada
DURST S.A. Bolzano - Hamburg - New York Representante exclusiva no Brasil
IMPORTÉCNICA S.A.
D e p a rta m e n to cin e -fo to , Rua F lo re n c io de A breu, 3 5 4 - Telefone 3 5 -5 2 9 4 - Caixa P o s ta l 6.1 3 4 - São P a ulo - Enderêço T e le g rá fic o : " T E C N I P E R O ”
Março de 1 964
2167
G uia
da
Indústria
A C A B A M EN TO , M á q u in as de Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alamêda Cleveland, 690 - Fone: 52-2522. A N ILIN A , M á q u in as e E q u ip a m en to s p a ra im pressão a Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. B O L A N D E IR A S Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alamêda Cleveland, 690 - Fone: 52-2522. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. C A D E R N O S E S P IR A L , C o njunto in éd ito p a ra fab ricação de A. Ulderico Rossi — Rua Tabor, 148 - Fone: 63-1065. CAIXAS D E P A P E L Ã O , M á q u in as p a ra fa b rica r Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T . Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. CA RIM BO S D E B O R R A C H A , P rensas para fab ricação de Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. C A U T C H U T , p a ra offset e outros fins Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. C A V A L E T E S E CAIXAS T IP O G R Á F IC A S Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda — Alamêda Cleveland, 690 - Fone: 52-2522. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes. 398 — Fone: 37-4639. C E L O F A N E , M á q u in as e eq u ip a m en to s para im pressão de Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639.
2168
G ráfica
C H E Q U E S , T in tas d e se g u ran ç a infalsificável, p a ra Eklypse Ltda. — Avenida Lacerda Franco, 952 Fone: 70-8223. C IL ÍN D R IC A S , Im p resso ras Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T . Janér, Comércio & Indústria •• Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alamêda Cleveland, 690 - Fone: 52-2522. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. C L IC H Ê S D E B O R R A C H A , M á q u in as para fa b ric aç ão de Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T . Janér, Comércio & Indústria Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alamêda Cleveland, 690 - Fone: 52-2522. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. CO LA S Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. C O P IA R , P rensas p a ra Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T . Janér, Comércio 8c Indústria —■ Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. C O P IA T IV A , T in ta Eklypse Ltda. — Avenida Lacerda Franco, 952 Fone: 70-8223. C O S T U R A R L IV R O S , M á q u in as p a ra Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. D O B R A R , M á q u in as de Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T . Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. D O U R A Ç Ã O , M á q u in as e eq u ip a m en to s p a ra Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T . Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639.
Boletim da lnd. Gráfica
E N C A D E R N A Ç Ã O , M á q u in as e e q uipam entos p a ra Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T . Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alameda Cleveland, 690 - Fone: 52-2522Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. E N V E L O P E S , M á q u in as p a ra fa b ric aç ão de Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. E N V E R N IZ A R , M á q u in a s p a ra Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T . Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. E S T E R E O T IP IA , M á q u in as e eq u ip a m en to s Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. E T IQ U E T A S E M R E L Ê V O , M á q u in as p a ra fa b ric aç ão de Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. FA CA S, p a ra m áq u in a s d e c o rta r (g u ilh o tin a s) Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. F IT A S A D ESIV A S Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. F O T O G R A V U R A , M á q u in as e e q u ip am en to s p a ra Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T . Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. F O T O L IT O , M á q u in as e e q u ip a m en to s para Cia. Im portadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T . Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. G U IL H O T IN A S Cia. Im portadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T . Janér, Comércio Sc Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda — Alameda Cleveland, 690 - Fone: 52-2522.
Março de 1 964
G R A M PE A R , M á q u in as de Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T . Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. H E ID E L B E R G , R e p resen tan te s: Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639 IM P R E S SÃ O , M á q u in as de Cia. Im portadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alameda Cleveland, 690 - Fone: 52-2522. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. ÍN D IC E , T eso u ras e m áq u in a s Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Foi d, Óôò - tone: 93-5907. M A Q U IN A S G R Á FIC A S USADAS Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alameda Cleveland, 690 - Fone: 52-2522. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. M E T A IS G R Á F IC O S Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. M IN E R V A S G U A R A N I Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alameda Cleveland, 690 - Fone: 52-2522. Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. O F F S E T PLA N A S E R O T A T IV A S Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T . Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. O F F S E T , T in ta s p a ra Companhia T . Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Eklypse Ltda. — Avenida Lacerda Franco, 952 Fone: 70-8223. PA U T A Ç Ã O , M á q u in as e m a te ria l p a ra Companhia T . Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford. 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639.
2169
P IC O T A R , M á q u in as de Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Comagraf • Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alameda Cleveland, 690 - Fone: 52-2522. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. PREN SA S PA RA D O U R A R E GRAVAR Cia. Im portadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. PR E N SA PA RA E N F A R D A R APARAS Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. PREN SA S PA RA JO R N A IS Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. P R E L O S PA RA PR E N SA S Companhia T. Janér, Comércio Av. Henry Ford, 833 - Fone: Comagraf - Com. de Máquinas — Alameda Celveland, 690 -
8c Indústria —
93-5907. Gráficas Ltda. Fone: 52-2522.
PROVAS O F F S E T E T IP O G R Á F IC A S , Pren* sas p a ra Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T . Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alameda Celveland, 690 - Fone: 52-2522. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. R E L Ê V O , M á q u in as p a ra Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. R E L Ê V O A M E R IC A N O , M á q u in as p a ra Comagraf — Cia de Máquinas Gráficas Ltda. — Alameda Cleveland, 690 — Fone: 52-2522. R O L O S, revestim entos p a ra Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Indústria de Artefatos de Borracha “ 1001” Ltda. — Av. Guilherme Cotching, 424 — Fone: 93-6800 — São Paulo. RO T A T IV A S PA RA JO R N A IS Companhia T . Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639.
2170
R O T A T IV A , T in ta s em q u a lq u e r c o r p a ra Eklypse Ltda. — Avenida Lacerda Franco, 952 Fone: 70-8223. R O T O G R A V U R A , Im p resso ras ro tativ as e pia* nos p a ra Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. SACOS D E P A P E L , M á q u in as p a ra fa b ric a r Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alameda Celveland, 690 - Fone: 52-2522. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. T IN T A S PARA IM P R E S S Ã O Comagraf - Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alameda Celveland, 690 - Fone: 52-2522. Companhia T . Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Cromos S. A. — Rua São Joaquim, 496 - Fone: 34-6785. Eklypse Ltda. — Avenida Lacerda Franco, 952 Fone: 70-8223. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. Supercor — Química Norma Comercial S. A. — Rua dos Andradas, 242 — Fone.: 36-2202. T IPO S E M A T E R IA IS G R Á F IC O S Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T . Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. T U D O PA RA AS A R T E S G R Á FIC A S Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. V E R N IZ E S Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone^ 93-5907. Z IN C O , C h a p as de Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 - Fone: 51-9121. Funtimod S. A. - Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639 Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907.
Boletim da Ind. Gráfica
BOLETIM DA INDÚSTRIA GRÁFICA NO ESTADO DE SÃO PAULO Redação e Administração R ua M arquês de Itu , 70 — 12.° a n d ar T elefone: 32-4694 — (S e d e p ró p ria ) SÃO
PAULO
Diretor responsável D r. J o ã o D a l l a F il h o
Redação T h e o b a l d o D e N íg r is D r. J oã o D a l l a F il h o D ra. D io n e .S. de Souza Camargo
Produção gráfica N elso n
de
M oura
* Composto e impresso nas oficinas da
São
Paulo
E d it o r a
S. A.
Capa L. N ic c o l in i S .A . - I n d ú s t r ia G r á f ic a *
S IN D IC A T O DAS IN D Ú ST R IA S G R Á FIC A S N O E S T A D O D E - SÃO PA U L O
Serviços prestados pelo Sindicato das Indústrias Gráficas aos seus associados ★ S E C R E T A R I A
Das 8,30 às 11,30 e das 13,30 às 17,30 horas Aos sábados: não há expediente
D r . J o ã o D a l l a F il h o Secretário Geral
* D istribuição de guias p ara recolhi m ento de im postos em geral. * Im pressos fiscais e m odelos de im pressos de com unicações. * Serviços de D esp a ch a n te, E n c a m i n h am en to de pap éis nas repartições públicas. R egistro de E m pregados. E n cam in h am en to de relações de em pregados. R ecolhim ento de Im postos e m ultas. Inform ações sobre assuntos gerais. * D istribuição de publicações p e rió d i cas inform ativas. D e p a rta m e n to Ju ríd ico
Dr. João D alla Filho D iretor * D efesa de associados na J u s t iç a
do
T rabalho.
* Inform ações trab alh istas, fiscais e ju rídicas em geral.
D iretoria
Theobaldo De Nigris — P residente José J. H. Pieretti — Secretário Damiro de Oliveira Volpe — T esoureiro Su plen tes
Vitto ). Ciasca e Luiz Lastri C onselho Fiscal
Jorge Saraiva C lem ente Catalano Rubens A. Ferreira Su plen tes
D e p a rta m e n to T écnico * O rientação em geral sobre q u a lq u e r assunto co n cernente à in d ú stria g rá fica. * Palestras e conferências técnicas. S ociedade
C o o p erativ a G ráfica de Seguros
R ua José Bonifácio,
135 — 10.° a n d ar
P a u l o M o n t e ir o Gerente Técnico
Bruno Cantou , Jair Geraldo Rocco e Nicolino Spina Jr.
Ambulatório
D elegados na F e d e raç ão
S a n a t ó r io S ão L uc as
Theobaldo De Nigris Peri/ Bomeisel Homero Vilela de Andrade Su plen tes Jo ã o A n d rcotti e Jo sé R. F ir mi no T ia c ci
R ua Pirapitingui, 80
* Seguro contra acidentes no trab a lh o em bases bem m ais com pensadoras q u e as de C om panhias p articulares. * Assistência ju ríd ica em casos de m o léstias profissionais.
* D e l e g a c ia
em
Santos
Affonso Franco P raça d a R epública, 20 Nosso
represen tan te
em
C a m p in a s
Ernani Paulino Rua D. Quirino, 1220/32
Diversos — C olaboração com os serviços públicos no desenvolvim ento da solidariedade social. — Bolsa G ráfica — O ferta e procura de em pre gos. V endas, troca ou com pra de m áquinas e equipam entos gráficos. — D esenvolvim ento do espírito associativo e defesa dos interesses da classe, visando o seu engrandecim ento.
PRODUÇÃO ELEV A D A DURABILIDADE INEXCEDIVEL GARANTIA EFETIVA
[
original heidelberg]
O CAMINHO CERTO
P AR A
MAIORES LUCROS E
MAIS PRODUÇÃO NA SUA TIPOGRAFIA
Únicos representantes:
FUNTIMOD s. â .
MÁQUINAS E MATERIAIS GRÁFICOS
S Ã O P A U LO - Rua dos Bandeirantes, 398 Fone 37-4639 - Caixa Postal 3855
SÃO PAULO
—
RIO DE JANEIRO
—
RECIFE —
PÓRTO A
—
CURITIBA
—
BELO HO RIZONTE