Boletim da Indústria Gráfica (BIG) - Edição 160 - 1965

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B IG 160 3LETIM DA INDÚSTRIA GRÁFICA *

DISTRIBUÍDO PELO SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRAFICAS NO ESTADO DE SÃO PAULO *

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E ditorial A coletividade gráfica está de parabéns. Em verdade o Congresso promovido pela classe projetou defi­ nitivamente a indústria gráfica no cenário nacional. O sucesso alcançado ultrapassou indubitavelmente a mais oti­ mista das expectativas. O grande número de congressistas que atendeu à convocação — mais de um milhar — a presença das delegações estrangeiras e a ampla cobertura dada pelos mais representativos órgãos da im­ prensa nacional são o atestado inegável do sucesso do conclave. Além disso, a participação constante dos congressistas nos de­ bates em plenário bem como o elevado gabarito das teses apresen­ tadas, comprovaram o elevado índice técnico do nosso setor industrial. Ressalte-se ainda que um dos objetivos primordiais do memo­ rável certame de Lindóia foi plenamente conseguido, qual seja a da fundação da Associação Brasileira da Indústria Gráfica que abrigará todos os industriais gráficos do país, coordenando e siste­ matizando as suas reivindicações e tornando-se o depositário único dos anseios e aspirações da classe. Cumpre-nos agradecer profundamente a todos aquêles que de uma ou de outra forma colaboraram conosco para o bom êxito desta inesquecível reunião. Estejam certos, industriais gráficos de todo país, que êste Sin­ dicato considera o inolvidável encontro de Lindóia como os pri­ meiros passos de uma longa jornada cuja próxima etapa — talvez a mais árdua e importante — será execução de tudo o que foi planificado, debatido, deliberado e aprovado.

Junho de 1965

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Boletim da Ind. Gráfica


SUMARIO Secretaria ....................................................................................... 2 575 Noticiário O exemplo da Indústria Gráfica —Humberto Dantas . ... Agradecimentos ..................................................................... Temário do I Congresso .................................................... Sociais : Banquete de confraternização ........................................ Homenagem ....................................................................... Churrasco na Champion .................................................... Formatura no senai : ............................................................ Necrológio ..............................................................................

2 577 2 578 2 581 2 587 2 588 2 589 2 590 2 591

Economia A atual crise da indústria. Tentativa de diagnóstico .... 2 593 Legislação Imposto de Consumo ............................................................ 2 599 Decreto n.° 54 252 de 5/9/64 ............................................ 2 600 Jurisprudência .............................................................................. 2 601 Guia da Indústria Gráfica ........................................................ 2 603

Junho de 1965

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Boletim da Ind. Gráfica


S ecretaria Inform ações: Atividades gerais

A Secretaria do Sindicato da Indús­ tria Gráfica no Estado de São Paulo conheceu dias de grande movimentação em razão, principalmente, do grande êxito alcançado pelo Congresso realiza­ do em Lindóia. As mensagens de aplauso e agradeci­ mento não cessam de chegar. É enorme o número de cartas troca­ das com os industriais gráficos estran­ geiros e de todos recantos do país. Bas­ ta dizer que esta Secretaria recebeu 94 cartas, tendo expedido um total de 360.

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Departamento jurídico

Nosso Departamento Jurídico regis­ trou durante o corrente mês o seguinte movimento: audiências realizadas na Justiça do Trabalho: 3; procedimentos administrativos: 4. Cumpre salientar o trabalho preven­ tivo, cada vez mais intenso, desenvolvi­ do por êste Departamento no sentido de orientar e esclarecer os nossos asso­ ciados, para que mais fàcilmente pos­ sam solucionar os problemas afetos ao setor gráfico e trabalhista. É de se registrar que durante o mês, êste Departamento atendeu a 82 con­ sultas formuladas por nossos associados.

Comunicação:

Pedimos as firmas, que já deposita­ ram na Sudene os 50% do seu imposto de renda, que se comuniquem, urgente­ mente, por carta, com a Secretaria dêste Sindicato, a fim de que, de posse dêstes elementos, seja possível elaborar um completo plano de aplicação desta verba. Temos o grato prazer de informar que êste Sindicato visando, cada vez mais, proporcionar aos seus associados melhor assistência, houve por bem criar uma nova secção, destinada a facilitar a com­ pra, ou venda de máquinas gráficas. Os associados desejosos de vender ou Novos associados: comprar equipamentos industriais deve­ É com imenso prazer que comunica­ rão nos remeter os elementos necessá­ mos a admissão dos novos associados rios, para que possamos publicá-los nes­ ta coluna. seguintes: Junho de 1965

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Boletim da Ind. Gráfica


N oticiário Ecos do I Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica

O exemplo da Indústria Gráfica H

um berto

Tivemos oportunidade de participar dos trabalhos do I Congresso Brasileiro das Indústrias Gráficas, recentemente reunido em Águas de Lindóia. Não vamos examinar os aspectos técnicos de que se revestiu. Há outras particula­ ridades do certame que nos propomos focalizar. Em primeiro lugar o núme­ ro considerável de industriais que a êle afluiram, cêrca de seis centenas. Pou­ cas vêzes no Brasil registrou-se um comparecimento tão maciço de empresários a um conclave. Procederam de quase todos os Estados Brasileiros e, como observadores e convidados especiais, estiveram ainda presente delegações numerosas do Chile e da Argentina. Durante três dias ninguém arredou o pé. Tôdas as sessões lograram despertar um interêsse desusado dos industriais que participaram e intervieram ativa­ mente nos debates. Foi algo realmen­ te de magnífico e impresionante. O Congresso das Indústrias Gráficas reve­ lou um fato que vem realçar o apareci­ mento de uma nova e poderosa fôrça o cenário brasileiro. Ela não têm côr par­ tidária. Não possui motivações políti­ cas, mas no fundo é a eclosão de um fe­ nômeno que pode vir a ter uma im­ portância futura muito grande. Êsses industriais que se reuniram em tão grande número, discutindo às vêzes Junho de 1965

D

antas

apaixonadamente seus problemas de classe, constituem um embrião de uma fôrça que pode vir a ser amanhã deci­ siva para o futuro do país. Estamos assistindo realmente o exemplo de um amplo e vigoroso movimento de arregimentação de classe, que não se confor­ ma mais em permanecer à margem dos acontecimentos, que deseja influir no campo social, e econômico de uma for­ ma muito mais atuante do que até ago­ ra. Os pronunciamentos feitos nesse sentido não deixam margem à dúvi­ da. Sente-se que milhares de homens esclarecidos, através de seus órgãos de classe, perfeitamente conscientes, pos­ suindo uma maturidade que surpreen­ deu a muitos, deram uma demonstração de que são capazes de se organizar, de se unirem em tôrno de objetivos co­ muns que tendem os interêsses da clas­ se, para abarcarem os da coletividade. Se êsse exemplo fôr extensivo a outros setores industriais, como tudo indica que aconteça, a indústria brasileira que, individualmente tanta fôrça criadora vem revelando, no plano coletivo pode oferecer à nação um exemplo de agluti­ nação e reunião de esforços que benefi­ ciando-a e engrandecendo-a, favorecerá e servirá também à nação, em seu con­ junto. (Transcrito do

Diário de São Paulo)

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N oticiário

A gradecim entos

Recebemos da CH. Lourilleux S/A. atenciosa carta que abaixo transcrevemos. Pela gentileza, nossos sinceros agradecimentos. Eis a íntegra:

limos. Srs. São Paulo Editora S/A. Rua Barão de Ladário, 226 SÃo Paulo

Prezados Senhores. Após o término do I Congresso Brasileiro das Indústrias Gráficas, realizado em Aguas de Lindóia, e ao qual comparecemos como convi­ dados por extrema gentileza de seus organizadores — sentimo-nos no dever de externar a grande satisfação que tivemos em compartilhar de tão edificante reunião. Apenas lamentamos que a escassez de tempo aliada à enorme pre­ sença de participantes, não nos tenha permitido um contato mais pro­ longado com alguns destes — já de nós conhecidos e nem ter tido a oportunidade de travar relações pessoais com os demais clientes nossos ou não, por não sabermos identificá-los. A todos, ora apresentamos as nossas excusas e afirmamos o nosso empenho em corresponder à preferência com que uns já nos honram e outros nos quiserem honrar. —

A tenciosamente, Estabelecimento CH. L ourilleux S/A. (tintas)

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Boletim da lnd. Gráfica


N oticiário

Queremos, püblicamente, externar os nossos sinceros agradecimentos às firmas abaixo mencionadas que contribuiram para o Livro de Ouro e para o bom êxito do Congresso: Indústrias de Papel Simão S/A. Cromos S/A — Tintas Gráficas Indústrias de Papel Leon Feffer S/A. Indústria Suzano de Papel S/A. Indústria de Papel Rio Verde S/A. Indústrias Klabin do Paraná de Celu­ lose S/A. — Papel. Estabelecimentos Ch. Lourilleux S. A. — Tintas. Tintas Supercor Ltda. Química Norma Comercial Ltda. Refinadora Paulista S/A. Champion Celulose S/A. Cia. Melhoramentos de S. Paulo — Inds. de Papel Ribeiro Parada S/A — Ind. de Papel e Papelão

Ind. de Papelão Limeira S/A. Cia. Agrícola e Industrial Cícero Prado Soc. Coop. Gráfica de Seguros contra Acidentes do Trabalho Sind. da Ind. de Máquinas do Estado de São Paulo: Alpont S/A — Produtos Siderúrgicos Cia. T. Janer — Com. e Indústria Daffener Ltda. Funtimod S/A — Máquinas e Mate­ riais Gráficos Indústria de Máquinas Archimedes Ltda. Indústria de Máquinas Miruna Ltda. Indústria Mecânica Picoli Ltda. Irmãos De Zorzi Ltda. Máquinas Consani Ltda. Renner Herrmann S/A — Ind. de Tin­ tas e óleos Cia. Santista de Papel Cia. Industrial de Papel Pirahy

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N oticiário

Relação das firm as que colaboraram com seus serviços para o Congresso

1 — Cia. Universal de Fósforos e Em­ balagens 2 — Cia. de Cigarros Souza Cruz. 3 — Cia. Gráfica P. Sarcinelli 4 — Tusa-Transportes Urbanos S/A. 5 — Gegraf-Indústria Gráfica Geral S/A. 6 — Gráfica Asbahr S/A. 7 — São Paulo Editora S/A. 8 — L. Niccolini S/A. — Indústria Gráfica 9 — Kolok-Metalgráfica Ltda. 10 — Lanzara S/A. — Gráfica Editora 11 — Ferreira, Filho & Cia. 12 — Estabelecimento Gráfico Bignardi S/A. 13 — Indústrias Reunidas Irmãos Spina S/A. 14 — Clube dos 21 Irmãos Amigos 15 — Rotary Club de São Paulo.

16 — Cia. Melhoramentos de São Paulo-Indústrias de Papel. 17 — Cia. Editora Nacional 18 — Editora Civilização Brasileira 19 — Editora Delta 20 — Saraiva S/A. — Livreiros e Edi­ tores 21 — S.A.I.B. — Sociedade Anônima Impresora Brasileira. 22 — Cia. Lopes Sá — Indústria de Fu­ mos 23 — Indústria de Produtos Químicos G. T. S/A. 24 — Indústria Gráfica Pinheiros Ltda. 25 — Gráfica São José — Vinícius Ra­ mos de Freitas. 26 — Cartográfica Francisco Mazza S/A. 27 — Nadir Figueiredo Indústria e Co­ mércio S/A. 28 — Gráfica Art Ltda. 29 — P. G. Promoções Gráficas Ltda.

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Boletim da Ind. Gráfica


N oticiário

Tem ário do I Congresso

Para conhecimento dos Senhores associados, trazemos a público o resumo de duas teses apresentadas no I Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, que provocaram veementes debates em plenário:

Classificação uniforme de ocupações na indústria gráfica para todo o Brasil O problema da classificação ocupacional na indústria gráfica foi objeto de profundo trabalho, iniciado em fevereiro de 1963 e em fase de conclusão, e apresentado como uma das mais importantes teses levadas ao I Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, reali­ zado em Aguas de Lindóia, de 17 a 20 de junho. Para o levanta­ mento e análise foram estudados cargos existentes em cêrca de 22 emprêsas gráficas, identificadas as ocupações e discutidas e comple­ tadas essas funções em reuniões de técnicos gráficos. Fêz a apresen­ tação da tese denominada “Classificação Ocupacional: Conceitos, Finalidades e Métodos” o sr. Rubens A. Ferreira. Depois das considerações iniciais, fêz a análise detalhada dos deveres e res­ ponsabilidade, que permitiu estabele­ cer: a) As ocupações existentes no ramo industrial ou grupo de emprêsas consi­ derado; b) As atribuições típicas de cada uma das ocupações identificadas; c) O valor relativo de cada ocupação em re­ lação às demais, considerando-se os re­ quisitos pessoais exigidos e o nível de responsabilidade apresentado pela ocu­ pação. Com base nos itens “a” e “b” ela­ borou-se um catálogo ocupacional e, a partir do item “c”, os níveis ocupacionais. Os dois elementos constituem a classificação que é base e esteio de uma sadia administração de pessoal, assegu­ rando ao empregado: I — Conjunto de tarefas definidas em linhas gerais, po­ rém específicas; II — Remuneração mí­ nima, calculada em função de sua ocu­ Junho de 1965

pação e da situação do mercado de tra­ balho; III — Possibilidade de, através de esforços próprios ou dedicação, atin­ gir ocupações de nível superior ao da atual. As emprêsas encontram na clas­ sificação: I — Elementos básicos fun­ damentais para o desenvolvimento de técnicas relativas a pessoal, como sele­ ção de pessoal, treinamento, adminis­ tração salarial etc.; II — Garantia de um custo mínimo de mão-de-obra, idên­ tico para as demais emprêsas do ramo, na região atingida; III — Estímulo para a pesquisa e aplicação de novos méto­ dos de trabalho, para fixação de salá­ rios superiores aos mínimos estabeleci­ dos, possibilitando redução no custo do produto acabado, trazendo uma contri­ buição efetiva ao desenvolvimento na­ cional. 2 581


N oticiário

Na indústria gráfica Esclarece que a classificação deve obe­ decer a um longo processo de execução. Enumerou, em seqüência, as etapas pa­ ra seu desenvolvimento, após o que se poderá chegar a um Catálogo Ocupacional visando a obter essas vantagens, a Diretoria do Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado de São Paulo resol­ veu elaborar o referido trabalho. A par­ tir das exigências quanto à Capacida­ de, Responsabilidades, Esforços e Con­ dições de Trabalho que apresentaram, as ocupações foram avaliadas e agrupa­ das em diversos níveis. Foram identi­ ficadas 54 ocupações, distribuídas em 14 níveis ocupacionais, na presente Classi­ ficação.

dustriais gráficas, em têrmos de salários, para uma mesma função especializada; uniformizar os salários para uma mes­ ma função especializada; criar um in­ centivo para o aprimoramento do ope­ rário; estabelecer condições para a valo­ rização do profissional. Essa prática, pelos seus resultados, foi consagrada co­ mo regra geral em todos os acordos inter-sindicais que se sucederam. Pela sua utilidade era oferecida essa experi­ ência para apreciação pelo Congresso. Debates O sr. Souza Adão, iniciando os deba­ tes, congratulou-se com os autores dos trabalhos, tanto de São Paulo como de Minas Gerais. Revelou que em Petrópolis foi também sentido o problema e fizeram uma tentativa de classificação que apresentava ao plenário. Mostrou, ligeiramente, o trabalho elaborado, sa­ lientando, entretanto, que o de São Pau­ lo era mais completo, abrangendo tôdas as gamas de que necessitamos. Sugeria, assim, fôsse o mesmo impresso e distri­ buído a tôda a indústria gráfica brasi­ leira. O sr. Heinrich Manfred Ott, de Pôrto Alegre, reforçou a sugestão do re­ presentante de Petrópolis, aduzindo que com ligeiras modificações a classifica­ ção servirá para tôdas as emprêsas do ramo no Brasil. Falaram, ainda, sôbre a tese os srs. Benito Papi, da Guanaba­ ra; Machado dos Santos, de Petrópolis; Célio Túlio Gomes, de Bauru; Jorge Saraiva, de S. Paulo; Renato Pacheco Americano, da Guanabara.

Experiência mineira Fêz os comentários à tese o sr. Carlos Alberto Rangel Proença, do Sindicato das Indústrias Gráficas de Belo Hori­ zonte, que inicialmente com os autores do trabalho, considerou pràticamente completo. Poderia, assim, com algumas introduções práticas e objetivas, adaptar-se às características regionais para adoção em todo o País. Apresentou, em seguida, um resumo de trabalho reali­ zado pelo seu Sindicato, em Minas Ge­ rais, com resultados práticos, padroni­ zando critério de remuneração e classi­ ficando as ocupações em três categorias básicas. Buscaram, ainda, nesse trabalho de se­ tembro de 1956, índices para diferen­ ciar em têrmos de salário, o bom, o médio, o principiante e o aprendiz de oficial. Dada a heterogeneidade das po­ Parecer líticas salariais, conseguiu-se incluir, no acordo salarial firmado aquêle ano, di­ Findos os debates, reuniu-se a Comis­ versas cláusulas que permitiram: criar são de Parecer, integrada pelos srs. Odouma hierarquia comum a tôdas as in­ mar Borba de Figueiredo, de Pôrto Ale­ 2 582

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N oticiário

gre; Antônio Carlos M. Franceschin, da Guabara, e Kurt Eppenstein, de São Paulo. Assessoraram os trabalhos os srs. Buens Maragliano e Nelson Marcondes do Amaral. O parecer, em sua primeira parte, considera a oportunidade do tra­ balho; sua indispensabilidade e urgên­ cia para a indústria gráfica; sem a im­ plantação de um sistema a atribuição de tarefas do pessoal estará comprome­ tida e não se poderá adotar uma políti­ ca racional de distribuição e atribuição de encargos sua imprescindibilidade para elevação dos índices de produtividade; e que o verdadeiro espírito e objetivo do trabalho apresentado é o de estimular a pesquisa científica da análise e descrição de funções na indústria gráfica — R eco­

FITAS

E PAPÉIS

Junho de 1965

CARBONO

I — Sejam apresentadas ao rela­ tor e sua equipe do Sindicato das In­ dústrias Gráficas no Estado de São Pau­ lo as congratulações do Congresso, por tão oportuna e fundamentada comuni­ cação; II — Seja adotada a nomencla­ tura de “análise e descrição de funções”, tendo em vista, exclusivamente, o esta­ belecimento de normas técnicas para o recrutamento, seleção, treinamento, atribuições e respectivas avaliações de pessoal da indústria gráfica; III — Seja considerado que é própria das conven­ ções e acordos coletivos de trabalho, atendidas as peculiaridades e diferen­ ciações regionais e locais, a fixação de níveis de remuneração; IV — Finalmen­ te, seja exortada à novel Associação Bramenda :

PARA M Á Q U I N A S

DE E S C R E V E R

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sileira da Indústria Gráfica, como sua primeira e urgente iniciativa, a consti­ tuição de Comissão Especial, com re­ presentação nacional, a fim de, em pra­ zo o mais curto possível, levantar e co­ ordenar as experiências de entidades, sindicatos e empresas gráficas, relativas à análise, descrição de funções, encami­ nhando-as a todos os sindicatos da ca­ tegoria econômica, encarecendo seu ur­

gente pronunciamento para a formula­ ção de uma política definida a respeito de matéria tão esencial ao desenvolvi­ mento técnico e econômico da indústria gráfica brasileira. O parecer foi integralmente aprovado ao final da IV Reunião Plenária do Congresso. (Transcrito do Diário de São Paulo)

Comissão permanente para o exame dos problemas de fornecimento de matériasprimas ao setor gráfico Representantes da Associação Brasi­ leira da Indústria Gráfica — abigraf e de empresas fornecedoras de matérias-primas para o setor gráfico deverão constituir uma “Comissão Permanente de Assuntos Técnicos”, a fim de ser es­ tudado o problema alusivo ao forneci­ mento de tintas, papéis etc., com vis­ tas à qualidade e produtividade. Êste foi um dos itens do parecer elaborado pela Comissão encarregada de examinar a tese sôbre “Problemas com MatériasPrimas, Qualidade e Aprovisionamento”, relatada pelo sr. Nelson Gouveia Conde, durante os trabalhos do I Con­ gresso Brasileiro da Indústria Gráfica, realizado em Águas de Lindóia, de 17 a 20 de junho. A tese em aprêço, na sua parte introdutora, faz uma apreciação sôbre a questão do fornecimento de ma­ térias-primas ao ramo gráfico, eviden­ ciando as razões de algumas deficiências no tocante à qualidade. Analisa, a se­ guir, o trabalho, os principais itens de suprimento ao ramo: Produtos quími­ 2 584

cos — Nenhuma dificuldade na obten­ ção, com algumas exceções na parte im­ portada, pelo que recomenda aos im­ portadores abastecerem o mercado com produtos da mesma origem para homo­ geneidade na composição química; tin­ tas de impressão — Destaca os esforços das emprêsas nacionais produtoras para melhoramento das tintas. Assinala, en­ tretanto, que, em alguns casos, a seca­ gem é demorada no papel ou cartolina. Sugere a realização de mesas-redondas entre as partes interessadas para ser en­ contrada a solução adequada; cartoli­ na — Problema delicado e complexo. Recomenda aos fabricantes melhor aparelhamento para controlar qualidade, com especificações mais rígidas em: colagem, uniformidade de espessura, uniformidade de gramatura e poeira (a existência excessiva desta sôbre a carto­ lina impossibilita impressão homogênea e lisa); papel — Entendimento direto entre industriais gráficos e os produ­ tores de papel, para conciliação dos inBoletim da Ind. Gráfica


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terêsses dos primeiros com as possibi­ lidades dos últimos, abrangendo: padro­ nização de qualidade, formatos, gramatura, embalagem e escolha. Conclui a tese salientando que a concretização das medidas sugeridas proporcionará ao fabricante um melhor aproveitamento de suas máquinas e da matéria-prima, fazendo com que seus custos venham a ser reduzidos em conseqüência do aumento dos índices de produtividade. Assim, as partes interessadas devem for­ mar comissões para melhor equacionar os assuntos ventilados.

gre, declarou que abandonamos a época do empirismo, com ingresso na progra­ mação da produção industrial. No ra­ mo gráfico isto só é possível nas grandes emprêsas. As médias e pequenas rece­ bem encomendas e só posteriormente examinarão seus estoques, pois não po­ dem mantê-lo além de um limite. Su­ geria a inclusão de item compreenden­ do a padronização das côres das tintas conforme têm feito outros países. Fa­ laram, ainda, sôbre a tese, os srs. Souza Adão, de Petrópolis e Sebastião Lessa Azevedo, de Belo Horizonte.

Cometitários e debates O sr. Benito Papi, da Guanabara, fêz os comentários à tese, destacando, no atinente aos produtos químicos, que a melhor solução para o problema seria ampliar o número de fornecedores. Dois grupos poderíam ser formados para ana­ lisar a questão: um dos empresários e outros encarregados dos contratos com fornecedores. Tratou, em seqüência, dos pontos ligados à embalagem, carto­ lina etc.. Seu equacionamento estaria na dependência de entendimentos com os clientes. Sendo empresas de presta­ ção de serviços, sòmente em alguns ca­ sos podem padronizar os trabalhos. Su­ geria, então, a constituição de dois gru­ pos: o primeiro, para colhêr impressões e tratar com os clientes; o segundo, for­ mado por empresários e elementos da abigraf. O sr. Guido Guarnieri, de Itu, falando a seguir, teceu considerações so­ bre a questão do papel, dizendo acredi­ tar que uma das razões do desenvolvi­ mento do setor foi a extraordinária de­ manda motivada pela situação inflacio­ nária, quando os empresários formavam grandes estoques. Tratou, ainda, do problema de cartolinas e tintas. O sr. Heinrich Manfred Ott, cie Pôrto Ale­

Parecer aprovado Na IV Reunião Plenária do Congres­ so foi relatado o parecer elaborado pela Comissão Especial que estudou a tese, e que mereceu integral aprovação. Re­ comenda o parecer: l.°) Criação de uma “Comissão Per­ manente de Assuntos Técnicos” para estudar, em particular, os pontos da te­ se, e que essa Comissão seja integrada por representantes da abigraf e das en­ tidades fornecedoras da indústria grá-

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24 DE JUNHO: “DIA DO GRÁFICO” Levamos ao conhecimento da coletividade gráfica que, durante o Congresso, o Sr. Damiro de Oli­ veira Volpe apresentou moção no sentido de estatuir o dia 24 de junho como “Dia do Gráfico”. A moção foi recebida com es­ trondosos aplausos por todos os presentes. 2 585


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fica; 2.°) A referida Comissão deverá reunir-se periodicamente para buscar soluções aos problemas de abasteci­ mento e utilização de maquinarias e matérias-primas para a indústria gráfi­ ca; 3.°) A Comissão deverá prover-se de meios financeiros para estabelecer um laboratório que assessore sobre os problemas técnicos de utilização de ma­ quinarias e matéria-primas; 4.°) Para o estabelecimento dêsse laboratório será aproveitada a colaboração da Associa­ ção Brasileira de Técnicos Gráficos — abtg; 5.°) Solicita ao Sindicato das In­ dústrias Gráficas no Estado de São Pau­ lo a criação de um Departamento de Relações Públicas, financiado por to­ dos os setores integrantes da Comissão Permanente de Assuntos Técnicos. Êste Departamento de Relações Públicas deverá ocupar-se de aperfeiçoar e me­ lhorar o contato e as relações entre os

fornecedores e os industriais gráficos;

6.°) A Comissão Permanente de Assun­

tos Técnicos convidará todos os gráfi­ cos do Brasil a apresentar a relação e provas de seus problemas técnicos de utilização da maquinária e matérias-primas; 7.°) Sugerir, ainda à abigraf, a convocação em prazo não maior de 1 ano de uma Convenção Nacional de Problemas da Técnica de Indústrias Gráficas, para julgar as experiências adquiridas no terreno de cooperação técnica obtida entre os fornecedores e os industriais gráficos. A Comissão de Parecer foi constituí­ da pelos srs. Norbert K. Sellins, do Rio Grande do Sul; Georges Barthel, da Guanabara; e Ignás J. Sessler, de São Paulo; e assessorada pelo economista Joaquim Racy Netto. (Transcrito do Diário de São Paulo)

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N oticiário

Banquete de confraternização

No dia 18 de junho, o Hotel Tamoio abriu as portas de seus amplos salões, para que se realizasse o banquete de confraternização da coletividade gráfica alí reunida, tendo comparecido tam­ bém autoridades locais e pessoas espe­ cialmente convidadas. Entre as perso­ nalidades presentes encontravam-se o Sr. Comendador Antônio Divisate, Pre­ sidente de Honra da fiesp ; Exmo. Sr. Sebastião Bernardino Filho e Senhora, Presidente da Câmara Municipal de Lindóia; Sr. Juan De Carli, represen­ tante da Argentina; Sr. Samuel Carroza Guerra, representante do Chile; Sr. Pedro Abdoral Souza e Senhora, repre­ sentante do Amazonas; Sr. Theobaldo De Nigris e Senhora, Presidente do Sind. das Inds. Gráfs. no Est. de São Paulo; Sr. Damiro de Oliveira Volpe e Senhora, Tesoureiro do Sind. das Inds. Gráfs. no Est. de São Paulo; Sr. Nelson Gouveia Conde e Senhora, Cia. P. Sarcinelli; Sr. Pery Bomeisel, Gráfi­ ca Asbahr S/A.; Sr. Rubens Ferreira e Senhora, Ferreira Filho & Cia.; Sr. Francisco Giangrande, Lanzara S/A. — Gráfica Editora; Sr. Jorge Saraiva Filho, Saraiva S/A. — Livreiros e Editores; Sr. Francisco Mazza e Senhora, Carto­ gráfica Francisco Mazza S/A.; Sr. Al­ berto Garcia, Indústria Gráfica Pinhei­ ros Ltda.; Sr. Aldo Mazza e Senhora, Cartográfica Francisco Mazza S/A.; Sr. Antônio Carlos Catalano, Kolok-Metalgráfica Ltda.; Sr. Homero Villela e Se­ nhora, Fotolitográfia Pancron Ltda.; Dr. Vinícius Ramos de Freitas e Senhora, Gráfica São José; Sr. Antônio E. Perei­ ra e Senhora, Gegraf-Ind. Gráfica Ge­ ral S/A.; Dr. Pedro Grisólia, Lanzara S/A. Gráfica Editora; Dr. Nelson Mar­ condes do Amaral, Diretor da Vemag S/A. — Veículos e Máquinas Agrícolas; Dr. Humberto Dantas e Senhora, Se­ Junho de 1965

cretário Geral da fiesp ; Dr. Rubens Maralhiano e Senhora, Assessor da Pre­ sidência da fiesp ; Sr. Piero Papini, Tipo-Lito Atena S/A.; Sr. Antônio' Carlos Muller Francischini, Presidente do Sindicato das Ind. Gráfs. da Guana­ bara; Sr. Zózimo Alves da Silva, Presi­ dente do Sind. das Inds. Gráfs. de Belo Horizonte; Sr. Oscar Schrappe Sobri­ nho, Presidente da Associação Comercial do Paraná e Sr. Jair S. de Almeida, Pre­ sidente do Sind. dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas no Est. de S. Paulo. O ambiente foi ornamentado com requintes de extremo bom gôsto. Entre os congressistas imperava um ambiente de imensa cordialidade. A despreocupada troca de idéias atestou o espírito de amizade fraternal que une a classe e representou, ao mesmo tempo, um hiato reparador dos exaustivos tra­ balhos do Congresso. Por disposição protocolar não houve discursos durante o transcorrer do jan­ tar. Entregou-se apenas às pessoas, que colaboraram e emprestaram mais bri­ lho e seriedade ao certame, uma meda­ lha comemorativa do Congresso, constituindo-se esta solenidade no ponto culminante do ágape. Além disso, os organizadores do Con­ gresso gentilmente ofertaram a todos os convivas lembranças comemorativas do conclave, tendo também o Sr. Leon Feffer brindado com belíssimos lenços as senhoras presentes. O clima de efusão, reinante duran­ te tôda a festa, parecia traduzir um es­ tado de paz, de consciência tranqüila de quem trabalha para a grandeza eco­ nômica do Brasil, pois o I Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica signi­ fica uma mensagem de fé na capacida­ de inequívoca do industrial brasileiro. 2587


N oticiário H om en agem

Durante o jantar de confraternização foi prestada, pelos organizadores do conclave, uma homenagem a todos os par­ ticipantes que, de qualquer forma, colaboraram para o su­ cesso do Congresso. A Redação dêste Boletim tem a grata satisfação de publi­ car as palavras ditas na ocasião, pelo Sr. Rubens A. Ferreira, Secretário da Comissão Executiva do I Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica. Àqueles que, com o seu alto espírito 8 — Refinadora Celulose S/A. de compreensão, se prontificaram a co­ 9 — Champion Celulose S/A. laborar para a realização do I Congres­ 10 — Ribeiro Parada S/A. — Indústria so da Indústria Gráfica, a Diretoria do de Papel e Papelão Sindicato das Indústrias Gráficas no 11 — Cia. de São Paulo Estado de São Paulo entendeu por bem 12 — Cia. Melhoramentos Agrícola Industrial Cícero prestar uma homenagem singela, porém Prado altamente meritória, outorgando-lhes medalha comemorativa dêste certame. 13 — Indústria de Papel e Papelão Li­ meira S/A. 1 — Indústrias Klabim do Paraná e 14 — Sociedade Cooperativa Gráfica de Celulose S/A. Seguros de Acidentes no Tra­ 2 — Cromos S/A. — Tintas Gráficas balho 3 — CH. Lourilleux S/A. 15 — Cia. Santista de Papel S/A. 4 — Química Norma Comercial S/A. 16 — Sindicato das Indústrias de Má­ quinas Gráficas no Est. de São 5 — Tintas Supercor Ltda. Paulo 6 — Indústria de Papel Leon Feffer 17 — Tintas Renner Hermann S/A S/A. 18 — Cia. Industrial de Papel Piray 7 — Indústria de Papel Simão S/A.

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Boletim da Ind. Gráfica


N oticiário

Iremos neste momento prestar a nossa homenagem às delegações estrangeiras que tanto abrilhantaram o nosso I Congresso Brasileiro da Indústria Grá­ fica. — Srs. Manoel Carroza Guerra e Francisco J. Mundacas, Representantes de Valparaiso Sr. Roberto J. Edwards E., Repre­ sentante de Santiago Sr. Arturo Longton, Representante de Vinã Del Mar Argentina — Srs. Armando Alloni, Juan Carlos De Carli, Hugo Pavito, Dadid Bar e Pedro Anzilotti, repre­ sentantes de Buenos Aires Sr. Carlos G. Damiani, Representante de Bahia Blanca Sr. Gildo D’Accurzio, representante de Mendoza. C hile

Aos nossos companheiros de outras regiões do Brasil participantes dêste Congresso, também prestamos a nossa y homenagem, entregando-lhes a medalha “Congresso”, alusiva ao conclave e pedi­ mos seja a mesma encaminhada ao Sin­ dicato da Indústria Gráfica de seu res­ pectivo Estado. 19 — Representantes —Paraíba 20 — „ — Bahia 21 — „ — Pernambuco 22 — „ — Minas Gerais 23 — „ — Paraná 24 — „ — Amazonas 25 — „ — Guanabara 26 — Rio Grande do Sul 27 — Est. do Rio de Janeiro 28 — Santa Catarina

Churrasco na C ham pion Celulose S. A .

A Champion Celulose S/A. ofereceu, no encerramento do certame, um chur­ rasco a todos os participantes do Con­ gresso. Em caravanas que partiram de Lindóia logo após a Missa Campal, os con­ gressistas foram chegando a Mogi-Guaçu, cidade onde está localizada as moder­ nas instalações da Champion, por volta do meio-dia. A alegria contagiante, que denomi­ nava a todos, era atestada pelo enorme número de “rodinhas” em alegre batepapo. Junho de 1965

Em meio ao churrasco, grupos de dez em louvável e rara organização, visita­ ram as dependências da fábrica, tendo por acompanhantes pacientes funcioná­ rios que explicavam o funcionamento geral da fábrica satisfazendo completa­ mente a natural curiosidade dos visi­ tantes. No final da tarde, as caravanas retor­ naram ao ponto-de-partida, tendo seus componentes trazido consigo os louros da inegável vitória conseguida. Estava assim encerrado o I Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica. 2 589


N oticiário

Form atura do SENAI

No dia 29 de junho de 1965, foi en­ cerado, no senai, mais um semestre de atividades com a entrega de certificados de aprendizagem, atestados e Cartas de Ofícios aos seus alunos. A cerimônia se realizou no Pavilhão da Escola, tendo a ela comparecido pes­ soas de conceituado renome no meio in­ dustrial de São Paulo. Prestigiando a solenidade, estiveram presentes os Srs.: — Theobaldo De Nigris — Secretá­ rio da Federação das Indústrias no Es­ tado de São Paulo e Presidente do Sin­ dicato das Ind. Gráficas no Est. de S. Paulo. — Francisco de Paula Azevedo —Che­ fe da Divisão do Serviço Social. — Prof. João Franco de Arruda — Di­ retor da Escola Senai de Artes Gráficas “Felício Lanzara”. — Damiro de Oliveira Volpe — Te­ soureiro do Sind. das Inds. Gráficas no Estado de S. Paulo. — Pery Bomeisel, Diretor de Relações Públicas do Sind. Ind. Gráf. no Estado de S. Paulo. O Paraninfo foi o Sr. Alberto Garcia que pronunciou veemente oração que recebeu calorosos aplausos das famí­ lias presentes. Publicamos na íntegra as suas palavras: Exmo. Sr. Theobaldo De Nigris — Se­ cretário da Federação das Indústrias no Estado de S. Paulo. Exmo. Sr. Francisco de Paula Azevedo — Chefe da Divisão do Serviço Social. Exmo. Sr. Prof. João Franco Arruda — Diretor da Escola Senai de Artes Gráficas “Felício Lanzara”, Exmo. Sr. Damiro de Oliveira Volpe — Tesoureiro do Sindicato das In­ dústrias Gráficas no Estado de S. Paulo. 2 590

Exmos. Srs. Representantes do Sind. das Inds. Gráficas no Estado de São Paulo Senhores, Senhoras Caros formandos Sinceramente estou desvanecido com a escolha que fizestes do vosso paraninfo. A ocasião que faz com que aqui esteja­ mos reunidos é sobremaneira especial e não há palavras que possam descrever a vossa satisfação e também a minha de poder compartilhar desta magnífica festa de entrega de certificados, atestados e cartas de ofício da Escola Senai de Artes Gráficas “Felício Lanzara”. Caros Paraninfados! Cumpre-me, antes de mais nada, ma­ nifestar aos ilustres formandos meus agradecimentos pela generosidade de es­ colherem meu obscuro nome para paraninfar a solenidade com que vêem se coroar seus esforços e dedicação, rece­ bendo, após um proveitoso curso, o seu certificado de oficio. A esta desvanecedora distinção que me conferem, devo juntar a satisfação de, neste ato, representar também o Sin­ dicato das Indústrias Gráficas do Esta­ do de São Paulo, através do honroso mandato a mim outorgado. Todavia, não promana tão só desta investidura o meu júbilo, mas também da magnífica oportunidade de, na qua­ lidade de Industrial Gráfico, manter es­ ta aproximação com os novos mestres de tão atraente quão difícil arte. Sei que, mercê de vossa inquebrantável for­ ça de vontade, levada avante não raro com esforços inauditos, pudestes chegar ao fim da laboriosa jornada empreendi­ da, trazendo nas mãos os lauréis da vi­ tória. É por isso que se fazem sentir presentes também aquêles que mais de perto se ligam ao vosso mister e aqui vêem vos trazer o seu aplauso. Boletim da Ind. Gráfica


N oticiário

Ante a dedicação com que palmilhas­ tes a senda dêste curso nenhuma pala­ vra de estímulo se faria preciso mais pa­ ra que vos dedicásseis com empenho ao vosso trabalho; mas, como disse há pou­ co, o entusiasmo de que me sinto pos­ suído, leva-me irresistivelmente a vos di­ tar a lembrança de que, à semelhança de um dos mais apreciados poetas de nosso país — refiro-me ao príncipe O la ­ vo B ilac — deveis desejar que vosso trabalho, “dobrando ao jeito, saia da oficina sem nenhum defeito’’. — Real­ mente, nada se terá conseguido se o que aqui aprendestes não tiver a aplicação que da vossa habilidade è de se esperar. Mas essa habilidade tem de ser inspira­ da pelo desejo da perfeição. Então, te­ reis conseguido o que há muito, entre povos os mais civilizados, tem sido a preocupação máxima do homem; a va­ lorização do trabalho ! É no cadinho do aperfeiçoamento que se forjam os verdadeiros artífices, e ao lavor dêstes é que se dá o correspondente valor. Outra não foi a preocupação, à avan­ çada filosofia social do saudoso criador desta escola, senão a de preparar, se­ gundo as vocações de cada um, o obrei­ ro artista e o artista aperfeiçoado. O “ senai” se beneficiou com a ins­ piração daquele inolvidável homem de realizações, não menos beneficiado foi com a escolha feliz dos mestres, êsses

professores abnegados que compõem o seu corpo docente; assim como, tam­ bém, privilegiado foi na indicação de seu competentíssimo diretor, cuja orien­ tação se desenvolve em marca atuan­ te, acompanhando harmoniosamente o ritmo de nossos progressos técnicos. Inscreveu-se no pedestal de um monu­ mento, que ornamenta nossa cidade, uma frase que bem pode ser dedicada a vós. Recebeu-a como corôa de glória para a tôda a eternidade, um arquiteto que tanto embelezou a paulicéia: era R a ­ mos de A zevedo . “Ars longa, vita brevis”. Não importa que se escoe a vida pelo filtro inexorável do tempo, mas a perpeição, a Arte permanecerá. Êste, jovens paraninfados, deve ser o lema de vossa vida, porque, chegados os tempos, tereis honrado vossos dias, deixando aos que vierem um exemplo edificante. Segui, pois, em vossos caminhos, de mãos dadas com a arte na qual vindes de vos diplomar. E levai a certeza de que através da arte se encontra a perfei­ ção; através da perfeição a paz de espí­ rito; e na paz de espirito o bem estar, isto é, a serena tranqüilidade de consci­ ência, pelo cumprimento do dever. Recebei as minhas congratulações e as da entidade que tenho a honra de re­ presentar neste instante, com os melho­ res votos de completo êxito e um futuro feliz.

Necrológio T ôda a família gráfica de São Paulo foi dominada por grande pesar, no instante em que chegou a triste notícia de falecimento do nosso estimado Conselheiro — Sr. Roque Cifú. O extinto era sócio da firma Reis, Cardoso, Botelho S/A. Ind. Gráfica, tendo sempre pautado sua vida dentro dos mais rígidos princípios da honestidade e da moral. O número incontável de amigos, que o acompanhou até o último instante, comprovou o imenso laço de amizade deixado pelo falecido. Rendemos nosso preito de saudade ao querido amigo e apresentamos nossas sinceras condolências à sua Exma. Família. Seu falecimento se deu no dia 6 de junho do cor­ rente ano.

Junho de 1965

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Boletim

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E conom ia A atual crise da indústria. Tentativa de diagnóstico

Vêm se acentuando progressivamente nos últimos mêses os indícios de crise na indústria, a qual, tem afetado, num primeiro estágio, a solvência das emprêsas industriais e num segundo está­ gio, o próprio nível de produção. Co­ mo sói acontecer nestas circunstâncias, alguns setores sofrem os efeitos da reces­ são imediatamente, enquanto outros só são afetados mais tarde, a medida que os efeitos depressivos vão se propagan­ do pela economia, de emprêsa a emprêsa, de setor a setor. O fenômeno que ora estamos teste­ munhando será passageiro, resultando de mera reversão de expectativas, caso em que sua duração será igual ao pra­ zo de liquidação dos estoques que se acumularam em virtude da própria mudança de expectativas ? Ou será um fenômeno de caráter mais profundo, de­ corrente de desajustes na própria estru­ tura no parque industrial, ou da pró­ pria insuficiência do mercado consu­ midor ? Será que sem o lubrificante in­ flacionário o nosso mercado para pro­ dutos manufaturados não é suficiente­ mente amplo e dinâmico para manter o parque industrial e assegurar-lhe um ritmo normal de expansão ? Estas são as interrogações que os in­ dustriais se fazem quando conseguem desvencilhar-se dos prementes proble­ mas financeiros para meditar um pouco sôbre o que estaria realmente ocorren­ Junho de 1965

do e sôbre como será o futuro. Refle­ tem elas o estado de perplexidade em que se encontra a maioria dos empre­ sários ante as dificuldades crescentes que vêm encontrando para operar con­ venientemente as suas emprêsas, espe­ cialmente as indústrias, cujo equilíbrio é mais delicado. Não visa êste trabalho propriamen­ te a dar resposta àquelas interrogações, mas apenas, através do exame retrospec­ tivo e analístico da situação, tentar lan­ çar alguma luz sôbre a angustiante questão.

As crises no passado recente Esta não é certamente a primeira vez que o sistema industrial brasileiro se vê ameaçado pela crise. Com efeito, em 1955, 1957, 1959, 1961 e 1963, observaram-se, com maior ou menor inten­ sidade, fenômenos semelhantes. Exceto, talvez, a de 1965, as demais crises se caracterizaram como fenômeno passageiro, relacionadas principalmente com o crédito. A rigor, podem ser clas­ sificadas como crises bancárias, sem maiores implicações além das dificulda­ des de crédito experimentadas pelos empresários. A crise de 1955 revestiu-se, entretan­ to, de características especiais pois coin­ cidiu também com uma fase de ins­ 2 593


Econom ia

tabilidade política e alcançou o parque industrial brasileiro num estágio deli­ cado, isto é, justamente quando êle emadurecia para a implantação das in­ dustriais de base. A crise de 1965 foi superada quando, em 1956, a situação política se normali­ zou e quando a indústria foi desafiada a se expandir para atender ao amplo e ambicioso programa de desenvolvi­ mento, representado pelo “Programa de Metas”. As demais crises foram superadas através da atenuação ou da eliminação das medidas de natureza monetária e financeira em cujas raízes se situavam, em geral com mudanças nos postos de comando dessa política.

É estrutural a crise ? A atual crise têm, não há dúvida, suas origens monetárias. Receia-se, en­ tretanto, tenha ela também causas mais profundas e que o fator monetário ou creditício tenha contribuído apenas para precipitar a crise latente que des­ de 1961/62 vinha arrefacendo o ímpeto de desenvolvimento da economia bra­ sileira. Com efeito, alguns economistas de­ fendem a tese de que o paradigma do desenvolvimento industrial brasileiro, baseado essencialmente na substituição de importações, está progressivamente es­ gotando suas possibilidades. É que a maioria dos grandes ramos industriais inexistentes no País até 10 ou 15 anos atrás, é que eram responsáveis por im­ portações volumosas, já foram implan­ tados e se encontram em plena ope­ ração. Escasseando as oportunidades de in­ vestimentos em empreendimentos desti­ nados a substituir importações, restam 2 594

apenas os investimentos necessários à renovação e ampliação do parque in­ dustrial. Ora, os setores industriais de implan­ tação recentemente ainda não estão a carecer de renovação. Por outro lado, a renovação, que implica em moderni­ zação, do parque tradicional (setor têx­ til, calçados e alimentação) cria pro­ blema, qual seja o do desemprêgo de mão-de-obra e do fechamento de mui­ tas unidades industriais obsoletas. Por sua vez, a ampliação do parque industrial tem que se pautar na expan­ são do mercado consumidor de seus produtos. Nenhum empresário amplia sua capacidade de produção se não ti­ ver a certeza de que tem colocação para a produção adicional. Mas o ritmo de expansão vegetativa do mercado consu­ midor brasileiro seria muito lento, se­ gundo aquêles economistas, para asse­ gurar à indústria a continuação, ou me­ lhor, a retomada do ritmo de cresci­ mento que ela experimentou até 1961/62. Pode-se questionar quanto ao maior grau de influência dos fatores acima mencionados na atual crise industrial brasileira, mas é ponto pacífico que sua influência é ponderável. É lícito, pois, afirmar que a crise não é só conjuntu­ ral, ela tem suas raízes estruturais bem definidas e identificadas. Mas êsses fa­ tores estruturais só podem ser responsa­ bilizados pelo arrefecimento do proces­ so de desenvolvimento, pela tendência à estagnação que se vinha observando. A recessão industrial que se vem observando desde 1964, quando se re­ gistrou uma queda, em valores absolu­ tos, da produção e cujo agravamento progressivo, em 1965, é indiscutível, já sendo admitido pelas autoridades, não pode, evidentemente, ser atribuída àqueles fatores. Boletim da Ind. Gráfica


Econom ia

Causas estruturais e conjunturais Mas parece ser temerário, em con­ traposição, classificar de conjuntural esta recessão, o que implicaria em admi­ tir que ela desaparecerá, uma vez passa­ do o período de transição e o impacto de “reversão de expectativas”, para usar a linguagem oficial. Com efeito, passado o susto dos em­ presários, terminada a liquidação dos estoques acumulados durante a fase de mudança de expectativas, será que a procura, será que o mercado se pre­ ocupará de modo a garantir ao parque industrial a colocação de seus produtos ao nível de produção vigente antes da crise ? Existem razões ponderáveis para se te­ mer que a resposta a esta questão seja negativa. De fato, a crise que ora en­ frentamos não decorre apenas de causas ligadas à moeda e ao crédito, cujos efei­ tos cessam tão pronto termine a fase de transição e de reajustamento, deter­ minada pelas medidas daquela natu­ reza. Ao reclamar contra a falta de crédito, alguns empresários se esquecem de que as medidas tomadas pelo atual Governo não se limitaram apenas ao setor da moeda e do crédito. Não se apercebem de que o Govêrno, além de restringir o crédito, adotou outras medidas de al­ cance muito maior, determinando uma profunda redistribuição de renda, cujas implicações exatas, em virtude da de­ ficiência de nossas estatísticas, não se podem ainda prever. A esta altura, vale a pena sumariar as causas imediatas e mediatas da crise propriamente dita (não da tendência à estagnação) para identificar aquelas que são transitórias daquelas que têm cará­ ter duradouro. Seriam as seguintes as principais causas: Junho de 1965

a)

Monetárias

Consistiram em várias medidas toma­ das pelo Govêrno desde 1964 para li­ mitar a a expansão dos meios de paga­ mentos e conseqüentemente de cré­ dito bancário. As medidas que tiveram maior repercussão consistiríam na obri­ gação do depósito de garantia de 100% nas compras de câmbio e na redução para 15 dias no prazo para o desconto dos bancos comerciais na Carteira de Redescontos. O efeito dessas medidas cessa no mo­ mento em que o organismo econômico se adapta a elas. Suas conseqüências são essencialmente transitórias, portan­ to. E tanto isso é verdade que, na atual fase da crise, o crédito em si já não é mais a principal dificuldade com que lutam os empresários, tendo sido su­ plantado, de muito, pelo problema da retração das vendas. É verdade que a redução destas se deve, em parte, ao próprio clima criado com a restrição do crédito, que teria levado as emprêsas, ante a perspectiva de maiores difi­ culdades, a fugir à imobilização em es­ toques. b) Financeiras É grande a série de medidas tomadas pelo Govêrno e capazes de influir am­ plamente nas finanças das emprêsas. Elas vêm desde a correção monetária dos débitos fiscais, da reavaliação obri­ gatória do ativo das emprêsas, da emis­ são de Obrigações do Tesouro com cor­ reção monetárias, da criação do Fundo de Indenizações Trabalhistas, até a re­ cente proposta de reforma do mercado de capitais, além de outras de menor repercussão. Tôdas estas medidas têm aspectos al­ tamente positivos que, lamentàvelmen2 595


E conom ia

te se anulam em face de não terem tido as suas reais implicações efetivamente analisadas e debatidas. As reformas que elas contemplam são, por isso, par­ ciais, não abrangendo todo o universo e determinando contradições e incoe­ rências as mais sérias. É natural, pois, que venham, muitas vezes, criar proble­ mas mais graves do que aquêles que pretendiam solucionar. E há, ainda, a questão da oportu­ nidade da efetivação das medidas, a qual parece que as autoridades não atribuem a devida importância, e que tem contribuído para agravar, de modo contraproducente, a inquietação dos empresários. Esta inquietação é tanto maior porque ninguém está em condi­ ções, no Brasil, dada a deficiência de es­ tatísticas, de avaliar a amplitude da re­ percussão de qualquer medida de polí­ tica econômica. O resultado é que o homem de emprêsa se queda perplexo, sem saber o que vai acontecer com o seu negócio, sem saber quais serão as novas medidas que serão tomadas. Sua atitude, logicamente, é aumentar sua margem de segurança, interrompendo seus planos de investimento e tratando de aumentar a liquidez da sua emprêsa. Se a atitude se generaliza, a situação tende a se agravar progressivamente, transformando a recessão em depres­ são. c) Redistribuição da Renda A política da destribuição da Renda do Govêrno tem três frentes, que fo­ ram atacadas desde logo, mas cujos re­ sultados não se fizeram sentir ao mes­ mo tempo. São os seguintes instrumen­ tos de redistribuição da renda que tem sido utilizados: política salarial, refor­ ma da lei de inquilinato e política tri­ butária, aí compreendidas também a 2 596

eliminação dos subsídios e a chamada “realidade tarifária”. Na parte tributária pròpriamente di­ ta, várias leis foram postas em vigor temporàriamente, contendo acréscimo puro e simples da carga tributária, em alguns casos, ou reformas parciais da le­ gislação, objetivando a racionalização da técnica tributária, em outros. É de mencionar-se, como passos positivos nêsse sentido, a reforma do imposto de consumo e do imposto de sêlo. Já no que se refere ao imposto sôbre a renda, as sucessivas reformas que tem sido feitas contribuiram tão somente para criar um formidável tumulto na mente do contribuinte, na administra­ ção das emprêsas e na própria máquina fiscal. Em nome de um tecnismo “a outrance”, se vem tentando impor crité­ rios de tributação sôbre a renda teòricamente muito racionais, mas que, na prática, se revelam absolutamente in­ compatíveis com a estrutura da máqui­ na fiscal e com a mentalidade de nosso contribuinte. Conquanto seja bastante difícil uma estimativa segura, tudo indica que as medidas tributárias impostas até agora tem como resultado um aumento líqui­ do da carga tributária sôbre as emprêsas e sôbre os consumidores. Êstes últimos recebem dois impactos: um, resultan­ te dos impostos que recaem diretamen­ te sôbre êles, e outro, correspondente à carga das emprêsas para êles transfe­ rida. Mas o certo é que a maior carga im­ posta pelo atual Govêrno ao setor pri­ vado da economia não provêm pròpria­ mente da elevação de impostos. O maior pêso corresponde à eliminação dos chamados subsídios, como o preço artificial do trigo, dos combustíveis, bem como o reajustamento das tarifas dos serviços públicos. Boletim da Ind. Gráfica


Econom ia

A conjugação dêsses dois fatôres-elevação de impostos e reajustes de preços e tarifas — terão determinado formidá­ vel transferência de recursos do setor privado para o Govêrno. E esta trans­ ferência terá, sem dúvida, determinada redução da capacidade aquisitiva do consumidor, bem como a diminuição dos recursos disponíveis para investi­ mentos das emprêsas. Os consumidores, por süa vez, ainda sofreram os impactos da política sala­ rial que determina reajustes do salário em proporção inferior a da elevação do custo de vida, resultando em perda de poder aquisitivo. (*) Além disso, ao permitir reajustes automáticos dos alu­ guéis, a nova lei do inquilinato veio também deprimir ainda mais o poder de comprar do consumidor. \ Pode-se alegar que neste caso, ocorre pura e sim­ plesmente uma transferência de renda do inquilino para o senhorio. Mas a verdade é que, nas mãos do inquilino, esta renda seria gasta na compra de bens de consumo, enquanto nas mãos do senhorio, não se pode prever com segurança que destinação terá. Será investida somente se o clima para os investimentos fôr bom, o que não acontece atualmente.

Os efeitos cumulativos

mais do que proporcional àquela trans­ ferência. É que os efeitos depressivos são cumulativos. Com efeito, mesmo os empresários que ainda têm capacidade de investir retardam tôda e qualquer decisão. An­ te a perspectiva de crescentes dificulda­ des do mercado, preferem aumentar a sua liquidez, conservando sua margem de manobra. Por outro lado, os consumidores, por temor de uma maior redução do seu po­ der de compra ou da eventual perda de emprêgo, tendem a reduzir as suas com­ pras em proporção maior do que aquela que seria justificada pela efetiva queda do seu poder aquisitivo. Êste processo cumulativo pode levar as atividades econômicas a uma paralização parcial, afetando de modo espe­ cial a indústria. É o que ocorre presen­ temente, sendo que, nesta crise, um fator agravante da situação que é a di­ minuição do ritmo de atividade na construção civil. Esta redução tanto se manifestou nas obras públicas, pela contenção das despesas do Govêrno, co­ mo no setor privado, que se retraiu em face do Plano de Habitação e da nova Lei de Incorporações. Todos êstes fenômenos ainda estão atuando diàriamente se tem notícias do fechamento total ou parcial de grandes unidades industriais. Tudo indica, por­ tanto, que ainda não chegamos ao fun­ do do poço” e que, na ausência de me­ didas compensatórias, a situação ten­ derá a se agravar ainda por algum tempo.

A formidável transferência de renda do setor privado para o setor público que se vem verificando teria, necessàriamente, que provocar a redução da capacidade de investir das emprêsas, bem como do poder aquisitivo dos con­ sumidores. Esta redução é, entretanto, Perspectiva Caracterizada, dêste modo, a atual (*) A rigor, a política salarial deveria man­ ter o poder aquisitivo do consumidor. Na prática crise como retração do consumo e do dado que a inflação revela-se mais intensa do que investimento privado motivada pela o previsto, isto não está acontecendo. Junho de 1965

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Econom ia

transferência de renda para o setor pú­ blico, agravada e tornada cumulativa pela insegurança do investidor e do consumidor quanto ao futuro, podemse adiantar alguns prognósticos a respei­ to da sua evolução. Na hipótese da manutenção da atual política econômica e financeira, a si­ tuação continuará a piorar até atingir, dentro de alguns mêses, o seu ponto de mínimo. A partir de então começará um processo de recuperação que demo­ rará mais ou menos tempo, dependendo do clima psicológico vigente. De qualquer maneira, se fôr mantida a atual estrutura de distribuição da renda e se o Govêrno se obstinar em manter suas finanças equilibradas, difi­ cilmente, mesmo depois da recuperação, a indústria conseguirá alcançar um ní­ vel de atividade igual o de antes da crise, senão depois de decorridos alguns anos. Tendo se degenerado em depressão, a atual crise não pode mais ser detida com medidas paliativas, tais como a de­ liberação do crédito, o financiamento ao consumidor ou a mera propaganda. De nada adianta oferecer crédito ao in­ vestidor se êle não se sente com cora­ gem nem para investir os seus próprios recursos. É inútil oferecer crédito ao consumidor porque êle teme não poder arcar com o pêso das prestações. É ocio­ sa a tentativa de iludir a opinião pú­

blica pela propaganda, porque cada empresário sabe, melhor do que nin­ guém, pela sua própria situação e pela dos vizinhos, fornecedores e clientes, o que realmente está se passando. Para interromper a marcha da depres­ são seria necessário um fato nôvo capaz de restaurar a confiança dos empresá­ rios e dos consumidores. Êste fato nôvo poderia talvez ser representado pelo re­ cuo estratégico do Govêrno em algumas das suas medidas de contenção, especial­ mente daquelas que estão estrangulan­ do ou inquietando mais o setor pri­ vado. Mas, para que a economia brasileira retome o seu ritmo de desenvolvimen­ to seria necessário a implementação efe­ tiva de um ambicioso programa que contemple grandes investimentos públi­ cos estímulos e garantias especiais ao se­ tor privado. O atual Programa de Ação não conseguiu sensibilizar os empresá­ rios e a sua implementação vem sendo eficiente apenas no que diz respeito à política de estabilização. É de se temer, portanto, que a atual crise que está se tranformando em depressão, seja o iní­ cio de um período em que a economia brasileira passará à estagnação, como tem acontecido com outros países de desenvolvimento equivalente ao nosso. (Transcrito da Revista Desenvolvimento e Conjuntura do mês de maio de 1965, pág. 65/72).

“O bom impresso faz o progresso”

“Gráfico: Coloque em destaque, no calendário, o seu dia”

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Boletim da lnd. Gráfica


L egislação Im posto de con sum o

Nosso Sindicato recebeu da Lastri Em virtude da grande importância S/A. Indústria de Artes Gráficas uma do problema para os associados e do cópia da consulta sôbre Imposto de inegável interêsse da questão, vamos Consumo feita à Recebedoria Federal, publicar o parecer. acompanhada da respectiva resposta. Eis a íntegra:

Processo n.° 13809/65 Consulta

de:

LASTRI S/A. INDÚSTRIA DE ARTES GRAFICAS

Respondo à consulta que, em face da Lei n.° 4502, de 30/11/64: a) está correto o seu entendimento, ao classificar na P osição 84.34, os se­ guintes produtos: 1) Clichê de zinco; 2) Estéreo de chumbo (matriz ou chapa para as artes gráficas); 3) Estéreo plásticos (matriz ou cha­ pas para as artes gráficas, compostos de plástico); 4) Composições me­ cânicas ou manuais (de tipos de metal); 5) Clichê Dyeril (de superfície plástica com base metálica); b) “Fotolito”, “Rotofilmes” e “Fotomecânica”, sendo, segundo afirma a interessada, filmes já impressionados, escapam à tributação de imposto de consumo, visto como não foi reproduzida na Tabela de citada lei a Posição 37.04, da “Nomenclatura Aduaneira de Bruxelas”; c) as provas de papel couchê ou glacê (letra / da consulta) — incluem-se na P osição 49.11, taxa de 8%.

Dê-se ciência, facultado recurso voluntário ao D.R.I., a quem recorro “ex officio”. R.F.S.P., em 29 de março de 1965. DIRETOR

Junho de 1965

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Legislação Dois problem as em face do Decreto n.° 5 4 2 5 2 de 5 - 9 - 6 4

O Decreto n.° 54.252 de 5-9-64, que regulamenta o disposto nos arts. l.° a 4.° 4357, de 16 de julho de 1964, contém normas disciplinares do Fundo de Inde­ nização Trabalhista. De acordo com o art. 20 do referido Decreto, todas as pessoas jurídicas, con­ tribuintes do imposto de renda, são obrigadas a constituir o Fundo. A quota mensal das emprêsas para a formação do Fundo é de 3% do total da remuneração bruta, mensalmente paga ou creditada aos empregados, não computado o 13.° salário. O decreto em apreço estatui no art. 21 que as indenizações por despedida de empregados não estáveis correm por conta do Fundo. A empregadora tem a faculdade de deduzir da quota mensal formadora do Fundo as importâncias gastas com in­ denização por despedida. Até 1967 inclusive, só poderá ser des­ contada da referida quota a metade das indenizações pagas pela empregadora. No caso de as indenizações em deter­ minado mês excederem o valor da quo­ ta mensal, é permitida a compensação do excesso em parcelas mensais, con­ forme dispõe o § 2.° do art. 21. O diploma legal em questão suscita duas questões de grande interêsse para os associados desta entidade. Deve ser incluída no total da remu­ neração dos empregados — sôbre o qual incide a quota mensal formadora do Fundo — a parcela corresponde a férias pagas durante o mês ?

Parece-nos que a própria lei, no art. 2.°, § 3, bem como a norma disciplinadora no art. 22, autoriza, implicitamen­ te, a inclusão. Ora, a importância das férias consti­ tui salário e êste, por sua vez, integra a remuneração do empregado. É de notar também que os textos le­ gais falam em incidência dos 3% sôbre o “total da remuneração mensal” paga aos empregados, excluindo expressa­ mente — apenas — o 13.° salário. Outra questão é saber se o dispositivo legal permite a dedução do valor dos tí­ tulos de crédito emitidos pela empre­ gadora como pagamento de indenização devida. A matéria não é pacífica. Autores entendem que o título de crédito, por si só, não possui a capacidade de solver a obrigação; outros, porém, julgam que a nota promissória, a letra de câm­ bio, importa em novação de dívida. O pensamento dominante, todavia, é o de que — “é título capaz de realizar imediatamente o valor que representa”. Assim, é viável a dedução do valor das promissórias, das letras de câmbio, en­ tregues em pagamento de indenização por despedida de empregado, da quota mensal recolhida pela emprêsa para a formação do Fundo. Destaque-se, contudo, que, vencida e não paga a promissória ou a letra de câmbio, o ex-empregado precisará, para executá-la, de ingressar na justiça co­ mum, não cabendo mais o ajuizamento de reclamação trabalhista.

“A Fôrça e o Prestígio do Sindicato são resultantes do maior número de Associados — Faça-se Sócio da Sua Entidade de Classe 2 600

Boletim da Ind. Gráfica


Jurisprudência D ecisões do T.R.T. e T.S.T.

Auxílio-maternidade: O fato de achar-se em gôzo de auxílio-enfermidade não desobriga o empre­ gador de pagar-lhe o salário-maternidade. (T.S.T. RR-4.865/62 - D.J.G. de 30/4/65, pág. 158).

Empregado horista: As férias do empregado que recebe sa­ lário em base horária tem sua remune­ ração calculada na média do período aquisitivo. (S.T.F. — R. E. 53.560 — D.J.U. de 1/10/64, pág. 760).

Auxílio-maternidade: A licença maternidade, remunerada integralmente pelo empregador, em sen­ do, como é, superior a 30 dias, exclui o direito a férias. (T.R.T.-R.O. 163/63 — D.J.G. de 6/9/63, pág. 756).

Horário de compensação: Lícita é a convenção que envolve o excesso de uma ou duas horas no horá­ rio diário, nunca excedendo de 48 ho­ ras semanais. (T.R.T. — R.O. 1.575/60: D.J.G. de 21/6/63, pág. 521).

Faltas ao serviço: A ordem preferencial para a apre­ sentação dos atestados médicos, prevista na Lei 605/49, é exigida não só para o repouso remunerado como também pa­ ra o pagamento do salário-doença. (T.S.T. - RR - 889/64 - D.J.G. de 16/10/64, pág. 505).

Remuneração incontroversa em caso de rescisão: O fato de o empregador não efetuar o pagamento das férias incontroversas, na audiência inicial, não ocasiona o seu pagamento em dôbro, visto que o art. 467 da C.L.T. diz respeito apenas a sa­ lário. (T.S.T. - RR - 139/64 - D.J.G. de 21/5/65, pág. 185).

Faltas por motivo de acidente do trabalho: Não constituem faltas capazes de acarretar a redução das férias. (T.S.T. - R R - 1003/63 - D.J.G. de 17/4/63, pág. 187).

Férias proporcionais: São devidas, mesmo nos casos de res­ cisão indireta pelo empregado. (T.S.T. - RR 1.079/63 - D.J.G. de 21/2/64, pág. 115).

Comissionista: O empregado que trabalha à base de Adicional noturno: comissão não tem direito a remunera­ Deve ser incluído no valor das férias ção nos dias de repouso semanal e fe­ para efeito da remuneração. (T.R.T. riados. (T.S.T. - RR - 2.705/62 D.J.G. de 27/9/63, pág 832). Ac. 197/62 de 8/1/62). Junho de 1965

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FOTOLITO, Máquinas e equipamentos para Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 — Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio &: Indústria — Av. Henry Ford, 833 — Fone: 93-5907. S. H. Eskenazi — Rua Conselheiro Brotero, 415 — Fone: 52-4190. GUILHOTINAS ENCADERNAÇÃO, Máquinas e equipamen­ Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — tos para Rua das Palmeiras, 239 — Fone: 51-9121. Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Rua das Palmeiras, 239 — Fone: 51-9121. Av. Henry Ford, 833 — Fone: 93-5907. Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Funtimod S. A. — Máquinas e Materiais Gráficos Av. Henry Ford, 833 — Fone: 93-5907. — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. Funtimod S. A. — Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. GRAMPEAR, Máquinas de Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 — Fone: 51-9121. ENVELOPES, Máquinas paia fabricação de Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Funtimod S. A. — Máquinas e Materiais Gráficos Av. Henry Ford, 833 — Fone: 93-5907. — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. Funtimod S. A. — Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. ENVERNIZAR, Máquinas para Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — HEIDELBERG, Representantes: Rua das Palmeiras, 239 — Fone: 51-9121. Funtimod S. A. — Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 — Fone: 93-5907. IMPRESSÃO, Máquinas de Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — ESTEREOTIPIA, Máquinas e equipamentos Rua das Palmeiras, 239 — Fone: 51-9121. Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Rua das Palmeiras, 239 — Fone: 51-9121. Av. Henry Ford, 833 — Fone: 93-5907. Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Funtimod S. A. — Máquinas e Materiais Gráficos Av. Henry Ford, 833 — Fone: 93-5907. — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. S. H. Eskenazi — Rua Conselheiro Brotero, 415 — Fone: 52-4190. ÍNDICE, Tesouras e máquinas Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — ETIQUETAS EM RELÊVO, Máquinas para Rua das Palmeiras, 239 — Fone: 51-9121. fabricação de Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — MÁQUINAS GRÁFICAS USADAS Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 — Fone: 51-9121. Rua das Palmeiras, 239 — Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 — Fone: 93-5907. Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 — Fone: 93-5907. Funtimod S. A. — Máquinas e Materiais Gráficos FACAS, para máquinas de cortar (guilhotinas) — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 — Fone: 51-9121. METAIS GRÁFICOS Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Av. Henry Ford, 833 — Fone: 93-5907. Rua das Palmeiras, 239 — Fone: 51-9121. Funtimod S. A. — Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. MINERVAS GUARANI Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 — Fone: 51-9121. FITAS ADESIVAS Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Av. Henry Ford, 833 — Fone: 93-5907. Rua das Palmeiras, 239 — Fone: 51-9121. OFFSET PLANAS E ROTATIVAS FOTOGRAVURA, Máquinas e equipamentos Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — para Rua das Palmeiras, 239 — Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Av. Henry Ford, 833 — Fone: 93-5907. Rua das Palmeiras, 239 — Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Funtimod S. A. — Máquinas e Materiais Gráficos Av. Henry Ford, 833 - Fone: 93-5907. — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. Funtimod S. A. — Máquinas e Materiais Gráficos S. H. Eskenazi — Rua Conselheiro Brotero, 415 — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. — Fone: 52-4190.

DOURAÇÃO, Máquinas e equipamentos para Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 — Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 — Fone: 93-5907. Funtimod S. A. — Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639.

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Boletim da Ind. Gráfica


OFFSET, Tintas para Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 — Fone: 93-5907. Eklypse Ltda. — Avenida Lacerda Franco, 952 Fone: 70-8223. PAUTAÇÃO, Máquinas e material para Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 — Fone: 93-5907. Funtimod S. A. — Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. S. H. Eskenazi — Rua Conselheiro Brotero, 415 — Fone: 52-4190. PICOTAR, Máquinas de Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 — Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 — Fone: 93-5907. Funtimod S. A. — Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. PRENSAS PARA DOURAR E GRAVAR Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 — Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 — Fone: 93-5907. Funtimod S. A. — Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. PRENSA PARA ENFARDAR APARAS Funtimod S. A. — Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. PRENSAS PARA JORNAIS Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 — Fone: 93-5907. PRELOS PARA PRENSAS Companhia T. Janér, Comércio & Indústria — Av. Henry Ford, 833 — Fone: 93-5907. PROVAS OFFSET E TIPOGRÁFICAS, Pren­ sas para Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 — Fone: 51-9121. Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 — Fone: 93-5907. Funtimod S. A. — Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. RELÊVO, Máquinas para Companhia T. Janér, Comércio 8c Indústria — Av. Henry Ford, 833 — Fone: 93-5907. Funtimod S. A. — Máquinas e Materiais Gráficos — Rua dos Bandeirantes, 398 — Fone: 37-4639. S. H. Eskenazi — Rua Conselheiro Brotero, 415 — Fone: 52-4190. RELÊVO AMERICANO, Máquinas para Comagraf — Com. de Máquinas Gráficas Ltda. — Alamêda Cleveland, 690 — Fone: 52-2522. ROLOS, revestimentos para Cia. Importadora Gráfica Arthur Sievers — Rua das Palmeiras, 239 — Fone: 51-9121. Indústria de Artefatos de Borracha “1001” Ltda. — Avenida Guilherme Cotching, 424 — Fone: 93-6800 — São Paulo.

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BOLETIM DA INDÚSTRIA GRÁFICA NO ESTADO DE SÃO PAULO Redação e Administração

Serviços prestados pelo

Sindicato das Indústrias Gráficas aos seus associados

Rua Marquês de Itu, 70 — 12.° andar Telefone: 32-4694 — (Sede própria)

SÃO P A U L O

Secretaria Das 8,30 às 11,30 e das 13,30 às 17,30 horas Aos sábados não há expediente

Diretor responsável Dr.

João D alla F ilho

Redação

Antônio F akhany

D r.

D r. João D alla F ilho Jr .

Capa Desenho: J ordan Impressão: C o l u m b ia A r t e s ráficas Composto e impresso nas oficinas da ão P a u lo E d ito ra

S. A. —

S

*

G

S. A.

*

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS NO ESTADO DE SÃO PAULO

Diretoria

Theobaldo De Nigris — Presidente Vinicius Ramos de Freitas — VicePresidente Pedro Alberto Grisólia — l.° Secretário Richard Civita — 2.° Secretário Damiro de Oliveira Volpe — l.° Te­ soureiro Nelson Gouveia Conde — 2.° Tesoureiro Pery Bomeisel — Diretor de Relações Públicas

Suplentes

Aldo Mazza, Pedro Canonaco, Oswaldo Gibin, Severino Bignardi, José Pécora, Max Heinz Gunther Schrappe e Irineu Tomaz Conselho Fiscal

Jorge Saraiva Clemente Catalano José Julio H. Pieretti Suplentes

João Andreottiy Luiz Lastri e Armando Augusto Lopes Delegados no Conselho da Federação

Secretário Geral

* Distribuição de guias para recolhi­ mento de impostos em geral. * Impressos fiscais e modelos de im­ pressos de comunicações. * Informações sobre assuntos gerais. * Distribuição de publicações periódi­ cas informativas.

Departamento Jurídico Antônio F akhany Jr .

Dr.

Diretor

* Defesa de associados na

Trabalho.

Justiça

do

* Informações trabalhistas, fiscais e ju­ rídicas em geral.

Departamento Técnico * Orientação em geral sobre qualquer assunto concernente à indústria grá­ fica. * Palestras e conferências técnicas.

Delegacia em Santos

Affonso Franco

Praça da República, 20

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Ernani Paulino

Rua D. Quirino, 1220/32 Diversos

Theobaldo De Nigris Rubens Ferreira Homero Vilela

— Colaboração com os serviços públicos no desenvolvimento da solidariedade social.

Silvio Laçava, Roque Cifú e José Gonçalves

— Desenvolvimento do espírito associa­ tivo e defesa dos interêsses da clas­ se, visando seu engrandecimento.

Suplentes


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