Boletim da Indústria Gráfica (BIG) - Edição 13 - 1950

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DA 0RGAO

INDÚSTRIA

GRÁFICA

oficial do sindicato

DAS IN D U ST R IA S GRÁFICAS N O E S T A D O DE S Á O

PAULO

N Ú M E R O 13______________________ S Ã O P A U L O , 15 D E M A IO D E 1 9 5 0

ANO I

MORVAN DIAS DE FIGUEIREDO Faleceu no dia 3 do corrente, nesta capital, o sr. Morvan Dias de Figuei­ redo, ex-titular da pasta do Trabalho e presidente do Centro e da Federa­ ção das Indústrias do Estado de São Paulo. A biografia do ilustre extinto é um exemplo dignificante de uma vida de intenso trabalho. Filho do engenheiro Bernardo Joaquim de Figueiredo e de d. Carolina Dias de Figueiredo, o sr. Morvan Dias de Figueiredo nasceu a 11 de setembro de 1890, em Recife, onde viveu a sua primeira infância. Estudou as primeiras letras na intimi­ dade do lar, com sua genitora, ma­ triculando-se, já em Belo Horizonte, no Ginásio Mineiro, de onde, ao têrmo do segundo ano, em 1903, foi obrigado a retirar-se por ter perdido o pai e naeessitando, com o seu próprio tra­ balho, auxiliar a manutenção do lar. Foi então aprendiz de farmacêutico, comerciário, ferroviário, portuário, pois em Santos conquistou todos os postos do Departamento do Trabalho da Cia. Docas de Santos, desde as funções de praticante de descarga, no pôrto; de modesto comerciante — fun­ dou com um irmão em 1912 a firma Nadir Figueiredo & Cia., que hoje é,

no ramo, uma das mais conceituadas — tornou-se, pelo seu espírito de gru­ po e como devotado estudioso de nos­ sas questões sociais, econômicas e tra­

balhistas e aproveitando suas vastas experiências humanas, o grande indus­ trial é o homem indicado para ser o grande líder sindical e o htfmem pú­ blico que foi. E agora Morvan Dias de Figueiredo é, antes de tudo, um exemplo a ser seguido.


Boletim da Indústria Gráfica S. FERRAZ

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D IR E T O R

R e d a ç ã o e A d m in is tra ç ã o : P r a ç a d a S é , 3 9 9 - 5.° A nd a r, S a la 5 0 8 ______________________ P U B L I C A - S E C O M PO ST O E IM PR ESSO

— Fone 2 *4 6 9 4

S ã o P a u lo

Q U t N Z E N A L M E N T E ________________________________________________

NA E S C O L A

C O LA B O R A M

____________ A N T Ô N I O S O D R É C . C A R D O S O

EXPOSIÇÃO DE JORNAIS DO INTERIOR Deverá ser realizada nesta segunda quinzena de maio, na Galeria de A rie Itapetininga, uma exposição de Jornais do Interior, sob o patrocínio do Clube de Arte Itapetininga e do Departa­ mento de Pesquisas em Artes Gráficas de nosso Sindicato. Trata-se de oportuna e interessante iniciativa que visa franquear ao nosso público o conhecimento do que possuí­ mos com relação ao valoroso periodismo do Interior, a que muito deve o progresso de nosso Estado. Nossos aplausos aos patrocinadores da Exposição de Jornais do Interior, £ue a nosso ver será coroada do mais completo êxito, mesmo porque, ao que sabemos, foi bem recebida a idéia e os jornais interioranos têm colabora­ do com o envio de exemplares de suas edições para serem expostos, bem co­ mo com dados informativos e histó­ ricos a respeito de suas lutadas exis­ tências.

ARTE GRÁFICA POLONESA Inaugurou-se no dia 3 do corrente, à rua 7 de abril, 412, uma exposição de arte gráfica polonesa e de diversos outros trabalhos de artistas modernos. Compõe-se a mostra de uma série de gravuras, xilogravuras, cerâmica em relêvo reproduzindo motivos dos séculos X V e X V I, cartazes sôbre a vida econômica e cultural da Polônia,

DE A R T E S G R Á F I C A S

D O S E N Al_______________________

N E S T A ED IÇ ÃO :

E

fí A M I L F p

L U Í S P E R EI R A____________

etc. e é completada por inúmeros exemplares de livros, jornais e revis­ tas da atualidade e uma coleção de bonecas feitas por artistas e escolares e que reproduzem a indumentária v i­ va e original dos camponeses.

PROPAGANDA DE UMA TIPOGRAFIA Ainda que pareça estranho, são os impressores os que menos sabem de propaganda. Um impressor poderá passar a vida imprimindo publicidade alheia, mas quando se tratar de fazer publicidade de sua tipografia, duvi­ dará, titubeará e acabará por não anunciar. Há impressores (que para­ doxo!) que não acreditam na publici­ dade. Vejamos um exemplo. Nas re­ vistas do ramo, quantos impressores anunciam? E em outras publicações se pode ter certeza de que cada anún­ cio de uma tipografia ou outro esta­ belecimento do ramo, sempre é dado como uma a ju d a... Os comerciantes e industriais anun­ ciam porque sabem que a publicidade rende benefícios; mas o impressor, que precisamente mantém seu estabeleci­ mento em grande parte pela propa­ ganda, quando tem oportunidade de anunciar, geralmente não o faz, por temor de gastar inutilmente. . . Os industriais gráficos devem anun­ ciar. Organizando uma campanha de publicidade perfeita, logo se conven­ cerão de que o anúncio, cedo ou tarde, dará seus frutos. Claro está que o


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anúncio não deve ser redigido de qual­ quer maneira; é necessário que se estude a forma e o texto, a fim de torná-lo atrativo, porque quando o anúncio não atrai a atenção do leitor, o resultado, como é lógico, é completa mente negativo. (Condensado de “LaGaceta de Las Artes Gráficas” ).

IMPRIMIR COM TINTA PRETA SÔBRE A CÔR PRATEADA A revista “American Printer” pu­ blicou em suas colunas a forma de se imprimir tinta preta sôbre a im­ pressão feita em côr de prata, para que a última seja inteiramente co­ berta. Há várias razões por que a tinta preta não cobre satisfatoriamente a tinta de côr de prata, e a maior delas é a cristalização da última. Esta cris­ talização cria uma superfície dura, não absorvente para a tinta preta, aderin­ do-se em pequenos grupos na superfí­ cie da tinta prata, pois a única maneira da tinta preta secar é pela oxidação. Se a tinta de côr de prata se achar cristalizada, a única coisa a fazer é de adquirir uma tinta preta especial que cubra esta superfície cristaliza­ da. O fabricante de tintas deverá ter uma tinta cuja substância possua uma base de éter, que às vêzes dá resultados satisfatórios. Também é possível que a tinta pre­ ta não cubra a superfície da tinta prata por conter muita gordura. Se assim for, pode-se eliminar a gordu­ ra com amido ou com giz, se a obra o permitir, sem se encher a fôrma impressora. Caso não se possa fazer isto, será então necessário empregar uma tinta mais pesada para imprimir a tinta preta sôbre a côr de prata.

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VULTOS DAS ARTES GRÁFICAS JOÃO BATISTA BODONI Nasceu em Saluces, em 1 740. Pos­ suía bons conhecimentos de desenho e escultura quando abraçou a carrei­ ra de tipógrafo, profissão que aper­ feiçoou e a que deu um relêvo excep­ cional. Depois de grangear fama em Roma, foi chamado para dirigir a “Imprensa Ducal” , na cidade de Parma. Em 1 790, auxiliado pecuniàriamente por um cidadão de nacionali­ dade espanhola, fundou naquela ci­ dade uma tipografia. Imprimiu obras importantes, entre as quais uma edi­ ção em 2 volumes de “ V irgílio” , infólio, considerada como obra-prima. Era infatigável. Um escritor comtemporâneo disse que Bodoni tendia mais à forma que ao fundo e, em todos os seus livros, nota-se que os textos de um são completamente di­ ferentes dos de outro. Tinha por prin­ cípio refutar tudo quanto fôsse fran­ cês, e isso lhe trouxe a inimizade de Didot. Em tôdas as suas edições elogiava muito a si próprio sem nunca se refe­ rir ao talento de outrem. Se as nu­ merosas obras de Bodoni atestam-lhe o valor de tipógrafo, o seu talento como fundidor e gravador nada fica a dever a outros. Os irmãos Amoretti, de Parma, nos seus 2 volumes de “ O manual do ti­ pógrafo” , iniciaram um estudo interes­ sante da obra de Bodoni. Infelizmente, a morte colheu-os antes que o tra­ balho fôsse concluído. Após a morte de Bodoni, sua viúva, à custa de muitos sacrifícios, publi­ cou-lhe a obra, que é considerável mas nem sempre perfeita. O tipo de letra por êle criado em muito se assemelha ao de Didot.


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CONSULTAS AO SI NDICATO

Durante a quinzena passada foram atendidas 96 consultas telefônicas e verbais e 15 por carta, estas na tota­ lidade do Interior. A propósito, queremos chamar a atenção dos nossos leitores que em nossa secção de “ Comunicados” , cos­ tumamos publicar algumas informa­ ções úteis a respeito de obrigações que deverão ser cumpridas e legislação trabalhista, informações essas que ge­ ralmente são motivos de consultas diárias por telefone.

CURSO DE ARTES GRÁFICAS NA BIBLIOTECA MUNICIPAL Promovido pela Associação Paulista de Bibliotecários, está sendo realiza­ do na Biblioteca Municipal um curso de artes gráficas, que tem sido muito frequentado. As aulas estão a cargo do sr. G. D. Leoni, professor da Facul­ dade de Filosofia “ Sedes Sapientise” . O nosso Sindicato ofereceu o seu apôio a essa iniciativa e irá fornecer material didático para as aulas, assim como promover visitas dos alunos a algumas indústrias gráficas.

ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE -BIBLIOTECÁRIOS Na reunião mensal da Associação Paulista de Bibliotecários, realizada no dia 28 passado, no auditório da Bi­ blioteca Municipal, foram projetados, sob o patrocínio do Departamento de Pesquisas em Artes Gráficas, três fil­ mes sôbre artes gráficas, que muito agradaram à numerosa assistência.

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G&munícxkd&í-cü± Sindicato. TODO O TR A B A L H A D O R É OBRI­ GADO A PO SUIR ATESTAD O DE SAÚDE Em decreto n.° 19 391 assinado no dia 2 e publicado no Diário Oficial do Estado de 4 do corrente, o governador Adhemar de Barros tornou obrigató­ rio o certificado de saúde e capacidade funcional, como condição preliminar para o exercício do trabalho em casas comerciais, escritórios, fábricas, ofici­ nas e estabelecimentos congêneres, ferrovias, emprêsas de fôrça e trans­ portes, casas de diversões, estabeleci­ mentos de produção e fabrico, venda ou depósito de gêneros alimentícios, barbearias ou quaisquer locais, esta­ belecimentos ou emprêsas de traba­ lho. Estende o decreto a obrigatorie­ dade do certificado de saúde e, capa­ cidade funcional às domésticas e aos que trabalham individualmente por conta própria, ainda que, fora da co­ letividade, tendo de qualquer modo contato direto ou indireto com o pú­ blico. Entre os exames a serem efetuados para a expedição do certificado, de­ termina o decreto que serão feitas pro­ vas roentgenfotográficas e radiográfica-toráxicas. O certificado de saúde e capacidade funcional custará cinco cruzeiros, em sêlo estadual, e aos infratores dos dis­ positivos baixados pelo decreto serão aplicadas multas de Cr$ 100,00 a Cr$ 5 000,00, conforme a gravidade da falta, dobrados êsses valores na re­ incidência. Aconselhamos nossos leitores a to­ marem conhecimento do referido de­ creto. PREVID ÊNC IA DO TR A B A L H O Deverão ser efetuados, até o último dia útil do mês, os pagamentos das contribuições devidas aos Institutos de Aposentadorias e Pensões e os das contribuições complementares. RELAÇÃO DE DOIS TERÇOS Lembramos aos nossos leitores que até 30 do próximo mês deverão ser

entregues ao Departamento Estadual do Trabalho as relações de 2/3 (rela ­ ções nominais dos empregados). As firmas que não tiverem empregados deverão fazer declaração negativa. Nossa secretaria dará tôdas as in­ formações a respeito do preenchimento e entrega da referida relação. FERIADOS REMUNERADOS Nacionais — T.° de janeiro, l.° de maio, 7 de setembro, 15 de novem­ bro e 25 de dezembro (le i 662, de 6-4-1949); Municipais — Feriados religiosos: 25 de janeiro, 29 de junho, 15 de agos­ to, l.° de novembro, 8 de dezem­ bro, 6.a feira da Semana Santa e Corpus Christi (le i municipal 3 857, de 30-3-1950).

I

M ÉDIA DE SA LÁRIO S Como já noticiámos, êste Sindicato está cuidando da organização de uma relação da média dos salários atual­ mente em vigor em nossos estabeleci­ mentos industriais gráficos. Voltamos a insistir junto aos nos­ sos associados quanto à remessa de elementos para essa relação, para que assim possamos elaborá-la desde logo e atender às consultas que temos re­ cebido a respeito.

FILMES SÔBRE ARTES GRÁFICAS

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Durante o corrente mês, o Depar­ tamento de Pesquisas em Artes Grá­ ficas está realizando uma série de projeções nas próprias instalações das indústrias gráficas. Trata-se de filmes técnicos, que demonstram com deta­ lhes alguns processos das artes grá­ ficas. Os interessados em que os refe­ ridos filmes sejam exibidos em suas oficinas poderão telefonar para 2-4694, marcando data e hora, pois o D. P. A. G. se encarregará do resto, com exceção do escurecimento do local. •

De acordo com os comunicados que recebemos da SE R V IÇ AL S/A, foram requeridas ültimamente as seguintes patentes, relacionadas com a Indús­ tria Gráfica: Terésio Bertini, Itália, patente de UM NOVO B A R A LH O DE C AR TA S DE JOGAR — Têrmo n.° 45.467. — Karl Weger, Áustria, patente de U TEN SÍLIO LIM P A D O R NO­ M EADAM ENTE PRÓ PRIO PARA LIM P E Z A DE QUADROS NEGROS DE ESCOLAS — Têrmo 50.980. — Hisashi Ono, São Paulo, paten­ te de NOVO MODÊLO DE F IV E L A P A R A PRENDER LIV R O S — Térmo n.° 49.985.

VISITA À COMPANHIA MELHORAMENTOS Promovidas pelo Departamento de Pesquisas em Artes Gráficas de nosso Sindicato, realizar-se-ão nos próximos dias 30 e 31 do corrente, visitas à Cia. Melhoramentos de São Paulo. No dia 30, às 8 horas, os visitantes rumarão para Caieiras, onde percorre­ rão as instalações de fabricação de papel daquela companhia. No dia 31, às mesmas horas, visitarão as instala­ ções situadas na Lapa. As pessoas interessadas nessas visi­ tas deverão se inscrever até o dia 27, a fim de que o D. P. A. G. possa provi­ denciar condução e melhor organizar seus trabalhos. Os visitantes serão acompanhados por cicerones técnicos especialmente selecionados pela Cia. Melhoramentos.


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Movimento da Jnnta Comercial

Extraído do "Diário O ficial” , do Estado, publicamos o seguinte movimento da Jun­ ta Comercial, nas suas sessões de 14-3-50, 17-3-50, 21-3-50, 24-3-50, 28-3-50, 31-3-50 e 4-4.50, ratificadas respectivamente pelas de 17-3-50, 21-3-50, 24-3-50. 28-3-50, 31-3-50, 4-4-50 e 11-4-50, com relação a firmas grá­ ficas e correlatas: CONTRATOS N. 120.126 — Máquinas Gráficas São Jo­ sé Ltda. — Capital. — R. N ova São José, 158. — indústria e comércio de artigos de mecânica, referente a confecções de máqui­ nas gráficas em geral — Cr$ 250.000,00, sen­ do Cr§ 230.000,00 de Orlando de Martini e CrS 20.000,00 de Léo Jacob Grosz, êste rumeno e aquêle brasileiro. — indeterminado. — ass. em 4-3-50. N. 120.188 — Sociedade Gráfica Brasileira Ltda. — Capital — cont. 54.686 — alts. até 103.612 — E ’ admitido Tamio Miura, brasi­ leiro — Pedro Moroni faz cessão de 240 das suas 297 quotas de Cr$ 1.000,00 cada uma ao novo sócio e 7 ao sócio Arthur Freire Napoleão — O capital continua o mesmo de CrS 300.000.00, sendo Cr$ 50.000,00 do cedente, CrS 240.000,00 do novo sócio e Cr$ 10.000,00 de outro cessionário — ass. em 2-3-50. _ N. 120.219 — Editora J. Ferreira Ltda. — Capital _— Rua Boa Vista, 76, 8.o, sala 801 7 7 edlÇão e distribuidora de livros — (e d i­ tora e distribuidora de livros técnicos e esSnn1^ 1Sa^os) ~ Cr$ 10.000.00 sendo Cr$. . y.uuu.oo de Joaquim Ferreira e CrS 1.000 00 de Noemia Ferreira, brasileiros — indeter­ minado — ass. 12-1-50. N. 120.226 — Indústria Brasileira de Má­ quinas Gráficas Ltda. — Capital — Rua Vis­ conde de Parnaiba, 3094 — máquinas e mate­ riais gráficos em geral — Cr$ 1.000.000,00 em partes iguais — Humberto Pela, Roberto Palombo, Sérgio Chipiakoff e Amado Teixeira da Silva, o terceiro russo e os demais bra­ sileiros — indeterminado — ass. 10-3 -50 . N. 120.231 — Mecânica Gráfica Alberto e ktda. — Capital — Rua Casimiro de Abreu, 477 — » reformas e consertos de má. qumas gráficas e de maquinário em geral. TT Cr? 40.000,00 em partes iguais — Albrecht Aloysius Wald que comercialmente se assina Alberto Wald, alemão e Pedro Viesa, lituano — indeterminado — ass. 27-2-50. N. 120.319 — Boscolo e Ceccarelli Ltda. — Capital — Rua da Liberdade, 659 — fábri­ ca de massa e fundição de rolos para tipo­ grafia — Cr$ 15.000,00 em partes iguais en­ tre Hugonno Boscolo e Luigi Cecarelli, ês­ te italiano e aquêle brasileiro — indetermi­ nado — ass. em 14-2-50.

N. 120.323 — Editora Brasil — Israel Ltda. — Capital — Largo do Paisandu, 51 — 9.° andar, sala 909 — edições de livros e revis­ tas — Cr$ 50.000,00 sendo Cr$ 40.000 00 de Berta Kogan e Cr$ 10.000,00 de Sani Rubens Sirotski, êste brasileiros e aquela rumena __ indeterminado — ass. em 28-1-50. N. 120.344 — Sociedade Litocôr Ltda. — Capital — impressão litográfica e tipográfi­ ca em geral — Cr$ 200.000,00, sendo CrS. . 80.000. 00 de cada um dos srs. Drs. Habib Carlos Kyrillos e Emílio Carlos e Cr$ 20.000. 00 de cada um dos srs. Drs. Luiz Car­ los Pujol e Jorge Elias Chueiri. brasileiros — 5 anos — assinado em 5-3-50. N. 120.451 — Habitat Editora Ltda. — Capital — R. Dom José de Barros, 28 — 3 ? andar, apto. 6 — edição, publicação, dis­ tribuição e venda de livros e revistas em geral — Cr$ 60.000,00 sendo Cr$ 20.000,00 de Gertrude Landau Klein, que assina tam­ bém Gerty Klein — Cr$ 30.000,00 em partes iguais entre Dr. Olímpio de Castro Carvalho e Octacílio de Castro Carvalho e C rS....... 10.000. 00 de Valter Simoni, êste austríaco e a primeira polonesa, e os demais brasilei­ ros. — 3 anos —»- ass. em 4-3-50. N. 120.452 — Honório & Cia. Ltda. — Capital — R. Vitoria, 851 — indústria de clichês e seus anexos — Cr$ 100.000,00 em partes iguais entre José Honório dos San. tos e Pedro Giraldi — brasileiros — inde­ terminado — ass. em 26-1-50. — ass. em 18-3-50. N. 120.690 — Simoncini, Konen & Con­ ceição Ltda. — Capital — Rua Itaporanga, 256 — Indústria e Comércio de clichês em geral, ou sejam, gravação, fotogravura, etc. — Cr$ 30.000,00 em partes iguais entre Carlos Simoncini, René Konen e Ismael da Conceição, brasileiros — indeterminado — ass. em 24-3-50. N. 120.768 — Hage e Corab Ltda — Ca­ pital — R. Curupacé, 44 — ramo de tipo­ grafia e congênere — Cr$ 300.000,00 em partes iguais entre Wadih Rage e Madhat Gorab, êste sirio e o primeiro libanês — indeterminado — assinado em 13-3-50. N. 138.948 — Alexandre Orlando — Ipauçu — Rua Conselheiro Nabuco, 343 — ti­ pografia, papelaria, livraria, artigos escola­ res, etc. Cr$ 50.000,00 — brasileiro — início em 1-1-50. N. 139.049 — Rodolpho Copelli — Ca­ pital — Rua Pôrto Seguro, 86 — etiquetas impressas em relêvo. — Cr$ 10.000,00 — brasileiro — início em 5.7-50. N. 139.166 — Augusto Romero — Capital — R. da Moóca, 4.885 — encadernação — — CrS 10.0000,00 — espanhol — início em 3-10-49. N. 139.299 — R. Schiave — Capital — R. Salvador Pires de Lima, 33 — Tipogra­ fia — Cr$ 5.000,00 — Rosinha Schiave — brasileira — início em 27-3-50. N. 139.335 — Raul Roque Araújo — Marília — Rua Prudente de Morais, 33 — ti­ pografia, papelaria, livraria, brinquedos, e miudezas diversas — Cr$ 50.000,00 — bra­ sileiro — início em 8-3-50.


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P Á G IN A

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ESCOLA DE ARTES GRÁFICAS DO SENAI

SECÇÃO DE PAUTAÇÃO Existem na Secção duas máquinas de pautar, sendo uma antiga, manual, “W ill” e outra moderna, motorizada, “Hickok”. O ensino consis­ te em comp-or e imprimir pautas (pautar) com penas ou com discos, cujos exercícios vão dos mais fáceis (margeações, estudo de composições a discos, provas a lápis, etc.) até os mais difíceis e artísticos (riscações francesas, trabalhos a côres e livros em branco). Aulas de Português, Matemática, Ciências, Desenho e Tecnologia aplicada levantam o nível cultural e completa a aprendizagem profissional do aprendiz. Auxiliar da tipografia, a pautação torna artística ou rápida a pro­ dução gráfica e é utilíssima em quaisquer emprêsas gráficas. Todo in­ dustrial gráfico que possue máquinas de pautar, deveria mandar alunos ao SENAI, para a aprendizagem de pautação.


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B O L E T IM D A IN D Ú S T R IA G R Á F IC A

COLOSSAL CÂMARA FOTOGRÁFICA

A ilustração acima nos apresenta uma câmara fotográfica da Cia. Litográfica Ipiranga, e é uma das poucas gue existe no mundo nesses moldes. Monotype, da Lanston Monotype Machine Co.

Trata-se da Câmara

Fotográfica

Consegue fotografar até um metro guadrado

reticulado, tendo a sua retícula um diâmetro de 1,25 m.

Pesa cêrca de guatro toneladas.

É

inteiramente automática e o seu controle é feito internamente na câmara escura, onde se localiza o chassis embutido. O controle por meio de botões, permite o deslocamento do fole e do quadro de original, determinando ainda por meio de números, a posição em que se encontram essas partes. Dessa maneira, quando se quiser repetir uma chapa, basta recolocar a máquina na posição indicada pelos números. O filme é prêso no chassis por sucção de ar comprimido, permitindo uma perfeita aderência.

Podem ainda ser usadas chapas de emulsão.

A máquina está prêsa ao teto, fixada

em pesadas barras apoiadas em molas, que sincronizam todos os movimentos entre a câmara propriamente dita e o porta-original. diafragmas usados

Existe na obietiva um controle numérico dos diferentes

e a sua relação com o respectivo diafragma. Ao que parece, existem apenas

oito máquinas dessas em todo o mundo e a que fotografámos é a única que existe em tôda a América Latina.


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