Boletim da Indústria Gráfica (BIG) - Edição 17 - 1950

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DA

INDÚSTRIA

GRÁFICA

Ó R G Ã O OFICIAL DO SINDICATO DAS

INDUSTRIAS

GRÁFICAS

N O E S T A D O DE S Ã O

PAULO

N Ú M E R O 17_________________S Ã O P A U L O , 2 .= Q U IN Z E N A D E J U L H O D E 1 9 5 0

ANO I

Quatro anos de atividades do SESI em São Paulo O que tem feito essa entida­ de assistencial

da

Indústria

Transcorreu no dia l.° do corrente uma data de transcendente significação na história da paz social no Brasil: SESI —

o quarto aniversário de fundação do Serviço Social da Indústria —

criado que foi a l.° de Julho de 1946, pelo Conselho de Representantes da Confederação

Nacional da

Indústria.

No transcurso da grata efeméride, fez o Departamento Regional da

entidade assistencial da indústria

divulgar na imprensa breve relatório do que foi feito no

Estado em benefício dos trabalhadores, em algarismos que impressionaram fundamente a opi­ nião pública.

Désse documento, transcrevemos os seguintes informes: consultas feitas nos am­

bulatórios médicos e nos postos de triagem:

157 967; operações cirúrgicas nos hospitais: 3 108;

consultas nos ambulatórios dentários: 112716; clínica radiológica especializada: 12 607; refeições fornecidas pelas cozinhas distritais: 4 674 770; chapas abreugráficas extraídas: 107 687; famílias operárias atendidas pelos 134 postos de abastecimento: 122 120; consultas respondidas pelos postos de serviço jurídico: 13 987;

operários adultos

matriculados nos 398 cursos populares:

20 784;’ operárias diplomadas nos cursos de corte e costura: 3 889.

Êsses algarismos referem-se,

como adiantamos, apenas a pequena parte dos serviços "sesianos". Em comemoração, ainda, ao seu 4.° aniversário, fez o SESI realizar solenidades de inau­ guração de novos e importantes empreendimentos em favor da classe obreira, na Capital e nas cidades interioranas de Americana, Araraquara, Barretos, Guaratinguetá, Itapira, Itu, Limeira, Piracicaba, Rio Claro, S. Carlos, Bauru, Caçapava, Campinas, Cruzeiro, Dois Córregos, S. Caetano do Sul, S. José do Rio Pardo, Sorocaba, Sto. André e Taubaté.


Boletim da Indústria Gráfica S. FERRAZ - Diretor Redação e Administração: Praça da Sé. 399 — 5.° Andar, Sala 50S — Publica-se quinzenalmente

Fone 2-4694 —

S. Paulo

_________________

Composto e Impresso na Escola de Artes Gráficas do S E N A I________________ Colaboradores:

Antônio Sodré C. Cardoso e Ramilfo Luis Pereira

_______

Dois flagrantes da visita à fábrica de pape! da Cia. Melhoramentos de São Paulo, em Caieiras, realizada sob os auspícios do D. P. A. G., no dia 30 de maio passado. No dia seguinte foram também visitadas as instalações daquela cia. no bairro da Lapa, à rua Tito

CONFERÊNCIA NA BIBLIOTECA MUNICIPAL

CÂMARA BRASILEIRA DO LIVRO

O sr. Francisco Cruz Maldonado, presidente de nosso Sindicato, profe­ riu no dia 4 do corrente, no auditório da Biblioteca Municipal, uma confe­ rência subordinada ao título de “Sen­ tido da Pesquisa em Artes Gráficas” . A palestra foi realizada durante a reunião mensal da Associação Paulis­ ta de Bibliotecários e a convite da mesma. Em uma de nossas próximas edições publicaremos a interessante conferência do sr. Maldonado, que foi muito aplaudida pela selecionada as­ sistência que compareceu ao auditório da Biblioteca Municipal.

Realizou-se no mês passado, na Câmara Brasileira do Livro, a eleição dos membros diretores para o biênio 1950-1952, sendo escolhidos os se­ guintes srs.: Hernani de Campos Seabra, Mário da Silva Brito, Horácio Lomelino, Abel Ferraz de Souza, Ênio Silveira, Francisco Marins, Diaulas Riedel, Carlos Costa, Duílio de Prós­ pero, Edgard Cavalheiro, Aristides Tomé, Paul Montell, Alfonso Orlandi, José Mindlin, Luiz Gonzaga de Melo, Jerónimo Rocha e Mário Fitipaldi, os três últimos para o conselho fiscal. Na eleição para escolha do presiden­ te, secretário e tesoureiro, foram elei­ tos, respectivamente, os srs. Hernani de Campos Seabra, Mário da Silva Brito e Horácio Lomelino.


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IN D U S T R IA

G R Á F IC A

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A INDÚSTRIA GRÁFICA DO INTERIOR EM REVISTA

J

"A Fôlha" de Jundiaí, atualmente trissemanário, é um periódico que conta com a respeitá­ vel idade de 53 anos, e considerado um dos mais bem feitos jornais do Interior. E' impresso em oficinas próprias, que também possui bem montada secção de obras. Para se avaliar do prestígio de "A Fôlha", que pertence ao "C ír ­ culo Operário Jundiaiense", basta sua

atual

tiragem

é

de

3.000

dizer

que

exemplares,

circulação invejável para um jornal interiorano. Os clichês que estampamos nesta nossa página de divulgação das coisas gráficas do nosso In­ terior fixam um flagrante da secção de com­ posição —

onde se vê uma das máquinas de

compor "Typograph" — e a fachada do prédio próprio, as oficinas e redação do prestigioso jornal da progressista cidade paulista.


Sá a d a “Prosseguindo na série de entrevistas — que vem realizando com as pessoas mais abalizadas no assunto, sôbre a cria­ ção de um Escola de Artes Gráficas -— procurou o “Jornal de São Paulo” ouvir o sr. Francisco Cruz Maldonado. O en­ trevistado é presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo, industrial gráfico há mais de 30 anos, tendo acompanhado tôdas as ini­ ciativas que se fizeram em tôrno das artes gráficas. De regresso de sua re­ cente viagem aos Estados Unidos, Cana­ dá e países Sul Americanos, onde estu­ dou com carinho os problemas de artes gráficas, mantendo estreito contacto com as técnicas mais modernas dessa ativi­ dade, o sr. Maldonado realizou inúmeras conferências sôbre o que viu nesses países. Como presidente do Sindicato das In­ dústrias Gráficas, há mais de seis anos, foi o entrevistado um dos criadores da Escola de Artes Gráficas do SENAI. A sua experiência e o interêsse que man­ tém pelas artes gráficas são sobejamente demonstrados pelas realizações que tem sido feitas por aquêle Sindicato, enti­ dade máxima da classe industrial grá­ fica, sob sua presidência, na intensa vida de industrial dos mais adiantados. Disse-nos o sr. Francisco Cruz Mal­ donado : — “Tenho acompanhado com interês­ se a campanha encetada pelo “Jornal de São Paulo” pela criação de uma escola de artes gráficas junto à Universidade de São Paulo. Sôbre êsse assunto trouxe dos Estados Unidos dados de inestimável valor, obtidos quando da minha visita a algumas universidades norte-americanas. A maioria delas possui sua própria im­ prensa universitária que atende a inú­ meros trabalhos necessários ao ensino da própria instituição, com reais econo­ mias para as mesmas” . ESCOLAS AMERICANAS — “Além das importantes escolas de artes gráficas que visitei e que posso citar, como a New York Schill of Printing, a Escola Industrial Frank Wiggins de Los Angeles, e a Los Angeles City

cieJüiteó. ($JiápLca*í

am m ,à

"DA IMPRENSA UNIVERSITÁRIA NASCERÍA A ESCOLA DE ARTES GRÁFICAS Encerrando esta série de trancrição de entrevistas publicadas no "Jornal de São Paulo" e em as quais é ventilada a criação de uma escola de artes gráficas anexa à nossa Universidade, publicamos hoje a

primeira

parte do depoimento do sr. Francisco Cruz

Maldonado,

presidente

do nosso Sindicato, depoimento êsse que em nosw próxima edição será concluído.

Visitei a Imprensa da Universidade de CaJifórnia, a University of Califórnia Press, em Bakely. Para se avaliar o ta­ manho dessa instituição, basta saber que existem ali mais de 34.000 alunos nos di­ versos cursos. As instalações dessa Im­ prensa Universitária podem comparar-se às de uma tipografia de grande produ­ ção, das inúmeras que possuímos em São Paulo. Dentro dêsse estabelecimento executa-se qualquer trabalho, em qual­ quer processo, até mesmo os mais mo­ dernos empregados nas artes gráficas. Anexa à Imprensa Universitária, funcio­ nam diversos organismos que se desen­ volvem pela iniciativa e entusiasmo dos alunos e dirigentes. Assim é que na Im­ prensa da Universidade de Califórnia, funciona o Clube do Livro Artístico, onde são reproduzidos livros antigos e obras artísticas dentro de um elevado pa­ drão de arte. Uma imprensa numa universidade tem, naturalmente, a tendência para se trans­ formar em escola de artes gráficas, pois, ali estão sempre presentes rapazes e mo­ porém visando o aperfeiçoamento do ças sequiosos por mais conhecimentos, e gráfico, de maneira a tornar a sua ba­ que ingressam nas oficinas tipográficas gagem intelectual complementar a me­ nos intervalos das aulas para conhece­ lhor possível. Somente assim poderá êle rem os segredos da habilíssima arte que realizar o que dêle exigem a técnica e a ^ foi o sonho do grande Gutenberg” . perfeição da indústria gráfica moderna” . TRABALHOS DE APRENDIZAGEM NAS UNIVERSIDADES — “ O trabalho de aprendizagem e o —■ “Foram, porém, as escolas de artes da produção, que se fazem nas Impren­ gráficas e as imprensas universitárias, sas Universitárias, são, na sua maior que funcionam nas Universidades ame­ parte, executados por alunos das pró­ ricanas, o que me chamou a atenção, prias Universidades. Para aquêles que mesmo porque, ao visitá-las podia ima­ pretendem ser aproveitados na indústria ginar a falta que elas faziam aqui entre gráfica, existem cursos de extensão e nós. A compreensão dessa necessidade tornou-se mais forte a medida que, em t aperfeiçoamento. visita a essas instalações, ia tomando co­ Êsses cursos são também frequentados por outros alunos, que apenas procuram nhecimento das suas finalidades. Schools, existem inúmeras outras, talvez uma ou mais em cada centro industrial de movimento. Essas escolas funcionam, quase tôdas, num regime de três perío­ dos e estão sempre lutando com a falta * de vagas. Existem cursos especializados de artes gráficas que pareceríam os mais ^ estranhos possíveis entre nós, todos êles

fazer das artes gráficas um conhecimen­ to complementar de sua bagagem cul­ tural. Convém lembrar que todos os homens que seguem qualquer profissão, precisam um dia usar os conhecimentos das artes gráficas. Quando êles não co­ nhecem, têm que se louvar nas opiniões e parecer dos outros. A maior parte das universidades ame­ ricanas possui imprensas. Uma das mais conhecidas, pois edita inúmeros livros técnicos, alguns sôbre artes gráficas, é a Oxford Universit Press. A Universi­ ty of Chicago Press é também, pelo mes­ mo motivo, bastante conhecida entre nós, assim como outras mais. Existem tantas imprensas universitárias nos Estados Unidos que deram causa à formação de uma Associação de Imprensas Universi­ tárias da America” . PRECISAMOS TER UMA IMPRENSA UNIVERSITÁRIA — “Uma universidade como a nossa, reunindo tantas Faculdades e Institutos, necessita sem dúvida de uma imprensa universitária. Com tal criação seria grandemente beneficiada a nossa indús­ tria gráfica. Pensando nisso é que, ao voltar para o Brasil, procurei a todo custo ver aqui realizado o que havia ob­ servado nos Estados Unidos. Procurei, então, o “magnífico reitor” da Universi­ dade, prof. Miguel Reale e apresentei um plano para a criação da Imprensa Universitária pela Universidade de São Paulo” . APÔIO AO REITOR — “O nosso competente e inteligente reitor, com a sua ampla visão e com os profundos conhecimentos que possui, aceitou o plano, pois êle já havia idea­ lizado a criação de uma imprensa uni­ versitária, nos moldes das mais moder­ nas existentes nos Estados Unidos. Para o prof. Miguel Reale não havia dúvidas sôbre o alcance da criação dessa impren­ sa dentro da nossa Universidade. Tudo me faz crer que dentro em breve, mais cedo do que se pode pensar, a Univer­ sidade de São Paulo será dotada de uma imprensa” .


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Sr. Heraldo Vieira de Castro

Foi o mercial relatas 26-5-50,

seguinte o movimento da Junta Co­ com relação a firmas gráficas e cor­ nas sessões de 19-5-50, 23-5-50, 30-5-50, 2-6-50 e 6 -6-50:

N. 121.904 — Herrero e Ribeiro — Ca­ pital — Rua Voluntários da Pátria, 1 882 — Oficina de tipografia — Cr$ 35.000,00 em partes iguais entre Jacintho Cabezaolias Herrero e Lauro Schubert Ribeiro, bra­ sileiros, solidários — Indeterminado — Ass. em 25-4-50. N. 121.943 — Litográfica Cruzeiro Ltda. — Jundiaí — Rua Vigário J. J. Rodrigues, 155 — indústria de artes gráficas em ge­ ral — Cr$ 150.000,00 em partes iguais en­ tre Victório Rossi, Hermínio Cardoso e Lourenço Casserino Netto, êste não declara na­ cionalidade e os demais brasileiros — In­ determinado, a contar de 1-1-50. — Ass. em 10-2-50. N. 121.978 — Gráfica Bellandi Ltda. — Capital — Rua Leais Paulistanos, 255 — exploração das atividades gráficas em geral — CrS 1.500.000,00 dividido em 150 quotas de Cr$ 10.000,00 cada uma, das quais 100 pertencem a Zulimo Bellandi, 49 a Maria F. Bellandi e 1 (um a) a Arnaldo Baltensberger — o primeiro e o último brasileiros e a segunda italiana — 10 anos — Ass. em 6-5-50. N. 122.178 — Chinaglia e Horschutz Ltda. — Capital — Rua Domingos de Moraes, 1.100, fundos — ramos industrial de tipo­ grafia, dentro de tôdas as suas modali­ dades. — Cr$ 30.000,00 em partes iguais entre Irrial Euclydes Chinaglia e Oswaldo Horschutz, brasileiros — Indeterminado — Ass. em 12-5-50. N. 122.182 — Gráfica Santa Cruz Ltda. — Capital — Rua Santa Cruz, 596 — e x ­ ploração da indústria gráfica — CrS 20.000,00 em partes iguais entre Pedro Paulo Pace e Mário Matsunaga — brasileiros — indeter­ minado — Ass. em 22-5-50. N. 122.317 — Bisquolo e Cia. — S. Caeta­ no do Sul — Avenida Souza Ramos, 363 — tipografia e litografia — Cr$ 40.000,00 em partes iguais entre Heitor Bisquolo e Edmea Marcucci Bisquolo, brasileiros, solidários — Indeterminado — Ass. em 4-5-50. N. 140.565 — Odette Sole — Capital -tRua Men de Sá, 123 — Artes Gráficas — CrS 10.000,00 — brasileira — Início em 19-4-50. N. 140.809 — Mário Gomes da Cruz — Capital — Rua Santa Efigênia, 695 a 699, — tipografia — CrS 100.000,00 — brasileiro — início em 13-5-50.

É com imensa satisfação que noticiamos o enlace matrimonial do sr. Heraldo Vieira de Castro, funcionário da Sociedade Cooperativa Gráfica de Seguros contra Acidentes do T ra ­ balho, com u srta. Clara Katanovski. 0 casa­ mento realizou-se no dia l.° do corrente, e às inúmeras felicitações recebidas pelo jovem par, juntamos as nossas com votos de perene felicidade.

N. 141.158 — Francisco Agabiti — Capi­ tal — Rua Lima e Silva, 603 — tipografia — Cr§ 10.000,00 — argentino — Início em 1-1-50. DISTRATO N. 28.402 — Gráfica De Lúcia Ltda. — Capital — cont. 95.733 — A soc. fica dissol­ vida — Francisco De Lúcia recebe CrS 113.941,50; Estevan Moinar e Francis­ co Timon CrS 34.182,50 cada um; e Júlia De Lúcia CrS 56.970,70. Recebem apenas essas importâncias em virtude dos prejuízos verificados de Cr$ 180.722,80 — O ativo e passivo de Cr$ 328.497,40 e Cr$ 509.250,20 respectivamente ficam sob a responsabili­ dade de Francisco De Lúcia e Júlia De Lúcia. N. 28.423 — Emprêsa Diário de Piraci­ caba Ltda. — Piracicaba — cont. 1 1 5 .7 4 3 — A soc. fica dissolvida — Retira-se Octaviano de Assis cedendo as suas 50 quotas no valor de Cr$ 50.000,00 ao sr. Fernando Aloisi, pelo preço de CrS 60.000,00 rece­ bendo mais CrÇ 34.458,00 referentes a cré­ ditos a seu favor continuando o cessioná­ rio com a direção dos negócios.


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(ZamumcadcM do- SindicatoSUPLEMENTO DÊSTE BOLETIM Do próximo mês em diante, sem­ pre que houver necessidade de al­ guma comunicação urgente ou sem­ pre que houver modificações nas leis que digam respeito ao nosso setor industrial distribuiremos aos nossos associados um suplemento do BOLETIM DA INDÚSTRIA GRÁFICA. Esperamos com essa medida me­ lhor atender ao nosso serviço de informações aos nossos associados.

TÉCNICOS ESTRANGEIROS Temos em nossa secretaria di­ versas ofertas de técnicos impressores europeus, que desejam vir para o Brasil. As firmas interessa­ das na vinda dêsses técnicos pode­ rão dirigir-se à nossa secretaria, que lhes serão fornecidos demais detalhes.

ASSISTÊNCIA JURÍDICA Como noticiamos anteriormente aos nossos associados, está encar­ regado da assistência jurídica aos nossos associados o advogado sr. Armando Carvalho Fernandes Jú­ nior, com escritório à rua Anita Garibaldi, 231, 10.° andar.

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA T rab alh o N oturno Eis o que estatui a Consolidação das Leis do Trabalho a propósito do trabalho noturno:

“ Art. 73 — Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinze­ nal, o trabalho noturno terá remu­ neração superior a do diurno e, para êsse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vin­ te por cento), pelo menos, sôbre a hora diurna. § l.° — A hora do trabalho no­ turno será computada como de 52 minutos e 30 segundos. § 2.° — Considera-se noturno, para os efeitos dêste artigo, o tra­ balho executado entre as 22 horas dé um dia e as 5 horas do dia se­ guinte. § 3.° — O acréscimo, a que se refere o presente artigo, em se tra­ tando de emprêsas que não man­ tém, pela natureza de suas ativi­ dades, trabalho noturno habitual, será feito, tendo em vista os quan­ titativos pagos por trabalhos diur­ nos de natureza semelhante. Em relação às emprêsas cujo trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o aumento será calculado sôbre o salário mínimo geral vigente na região, não sendo devido quando exceder dêsse limi­ te, já acrescido da percentagem. § 4.° — Nos horários mistos, as­ sim entendidos os que abrangem períodos diurnos e noturnos, apli­ ca-se às horas de trabalho noturno o disposto neste artigo e seus pa­ rágrafos. § 5.° — Às prorrogações do tra­ balho noturno aplica-se o disposto neste capítulo.


E S C O L A DE A R T E S G R Á F I C A S DO SENAI P Á G IN A ESP EC IA L

---- ------------------------Redação de João F. de Arruda

RESULTADO ESCOLAR DO l.° SEMESTRE Após avaliação das “provas de escolaridade” e das “ peças de provas de oficina” o resultado geral dos exames, relativos ao l .° semestre do ano, apresentou o seguinte ren­ dimento escolar:

CU RSO DE A SP IR A N T E S A IN D Ú ST R IA (C. A. I.)

CU RSO P R E L IM IN A R (C. P.) % de Promoção

Promovidos

13

Conservados

% de Reprovação

7

35,0

65,0

C U RSO DE A P R E N D IZ E S DE O F ÍC IO (C. A. O.) % de % de Promoção Conservados Reprovação 16,1 5 83,9 38,8 61,2 19 32,0 8 68,0 19,1 4 80,9 — — 100,0 100,0 — —

Promovidos 1.0 2.o 3.o 4.o 5.o 6.o

T êrm o ” ” ” ” ”

— — — — — —

26 30 17 17 15 7

Promovidos l.o T ê r m o — 11 2 .o — 3 3.o — 2

% de % de Promoção Conservados Reprovação 35,3 64,7 6 — — 100,0 100,0 — —

RESU M O POR CU RSO Promovidos — 13 C. P. C. A . O. — 112 C. A . I. — 16

% de Promoção Conservados 65,0 7 75,7 36 72,7 6

% de Reprovação 35,0 24,3 27,3

FIRMAS GRÁFICAS E POPULAÇÃO OPERÁRIA NO ESTADO Capital

Conforme cadastro industrial referente aos anos de 1 948/49, realizado pelo SENAI, o número de firmas gráficas e da população operária

dêsse

grupo

industrial

é

o

se­

guinte :

Interior

Estado

Firmas 523 353 876 Empregados 13 547 2 580 16 127 É de 619 196 o total da população ope­ rária geral do Estado, e 2,6 a percentagem sob o total de empregados da indústria para o grupo de “artes gráficas” .

DISTRIBUIÇÃO DE "QUALIFICADOS" E "DIVERSOS" NO GRUPO INDUSTRIAL GRÁFICO Entende-se por “qualificado” o emprega­ do de firma industrial cujo ofício em exer­ cício requer formação profissional me­ tódica. Em “ diversos” são' cadastrados os em­ pregados cujos ofícios não necessitam for­ mação profissional metódica. A distribuição dessa população operária, sob o critério citado, é a seguinte: Capital

Qualificados 5 Diversos 7 A percentagem o total do grupo

Interior

Estado

587 1 567 7 154 960 1 013 8 973 dos “ qualificados” , sob industrial de artes grá­

ficas, é 44,36. Portanto, quase metade da população gráfica operária do Estado exer­ ce ofício qualificado que requer formação profissional metódica. Apenas os grupos de “joalheria e lapi­ dação de pedras preciosas” e do “ vestuá­ rio” com 61,89 e 56,96 respectivamente, têm a percentagem dos “ qualificados” sob o total por grupo maior que a percentagem do grupo industrial de “artes gráficas” . Isto demonstra o apôio construtivo e per­ manente que a Escola de Artes Gráficas do SENAI deve merecer, para o bom nome da escola e interêsse dos que mourejam nas artes gráficas.

QUANTOS ALUNOS DEVERIA TER A ESCOLA DE ARTES GRÁFICAS? O número de aprendizes de ofício a se­ rem mantidos pelas indústrias na Escola de Artes Gráficas resulta da aplicação das percentagens, estabelecidas por lei, sôbre os empregados existentes em cada estabe­ lecimento gráfico, cujos ofícios demandem formação profissional metódica.

A estimativa de alunos para a escola é a seguinte: Capital

Periferia

719

36

Interior

TOTAL

146

901

Esta é uma previsão baseada, em 31-12-49, nos dados existentes no Serviço de Cadas­ tro e Controle do SENAI.


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