Boletim da Indústria Gráfica (BIG) - Edição 18 - 1950

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DA ORGÀO

oficial

do

INDUSTRIA

GRAFICA

sindicato

DAS INDUSTRIAS GRAFICAS N O E S T A D O DE S À O P A U L O NÚMERO 18_____________SÃO PAULO, U QUINZENA DE AGOSTO DE 1950

ANO I

MARIA VAI COM AS OUTRAS... Há sempre entre os industriais gráficos uma incerteza quanto às vantagens de manter a sua indústria, pois alegam que os lucros não são compensadores, que o trato com os operários é muito complicado, que há falta de materiais e mais uma infinidade de problemas. Isso, no entanto, não ocorre somente na indústria gráfica. Os problemas nela notados são iguaizinhos aos dos demais ramos industriais. E se todos os industriais assim pro­ cedessem, não haveria indústria nacional. Há, isso sim, entre os indústriais gráficos uma lamentável falta de estímulo, de encorajamento. Falta também uma união de classe mais forte e faltam ainda iniciativas ou apôio a estas que promovam o bem-estar e maior de­ senvolvimento da indústria gráfica. Se o campo da indústria gráfica fôsse realmente o pior dentro de nosso parque industrial não teriamos registrado em nosso Sindicato a abertura de uma centena de novas firmas neste ano. A suposta crise já passou e sinal disso é que já não é tão fácil en­ contrar-se o anúncio de uma tipografia à venda nas páginas dos jornais. Cremos que todos já perceberam que a indústria gráfica está atualmente passando, apesar de tudo, por uma fase de relativo desenvolvimento. Isso nos faz lembrar a história daquele homem que não lia jornais, não ouvia rádio e também quase não conversava com os outros, porque era meio surdo. Possuia êle uma bomba de gasolina numa estrada e tinha um filho na escola. O seu negócio ia bem e êle resolveu adquirir outra bomba, e depois mais outra, dotando suas instalações dia a dia com novos melhoramentos. Cada vez os negócios iam melhor, pois para ele tudo ia às mil maravilhas, na ignorância dos boatos de uma séria crise no país. Até que um dia o filho, já taludo, volta da esoola e recrimina o pai pelos gastos nas ampliações do ne­ gócio: “ Ora, meu pai, onde se viu esbanjar tanto dinheiro, quando o país está em tre­ menda crise!”. O homem parou então de gastar, acabou fechando uma bomba, depois outra. Os negócios então caíram, e os lucros também. Finalmente, à vista do pouco que lhe rendia apenas uma bomba, confessou ao filho: “ Tem razão, filho, o país está mesmo em crise!” . . . Não deve levar muito em consideração o que faz um colega quando fecha uma indústria, porque diz que não da lucro. Isso nem sempre é verdade. O fechamento de uma indústria não é motivo para alarde entre as suas congêneres. O essencial é estudar as falhas que determinaram o seu fechamento e contorná-las. Assim poderemos pensar em ampliar e melhorar cada vez mais a nossa indústria gráfica, e pensar também em maior união da classe. E, sobretudo, não demos crédito àqueles que, embora vivendo em franca prosperidade i\a industria gráfica., têm o mau hábito ( ou será outra coisa?) de desencorajar os que a ela querem se dedicar.


Boletim da Indústria Gráfica S. FERRA Z - Diretor Redação e Administração: Praça da Sé, 399 — 5.° Andar, Sala 508 — Fone 2-4694 — S. Paulo Publica-se quinzenolmente

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_______________ Composto e Impresso na Escola de Artes Gráficas do SE N A l _______________ Colaboradores:

Antônio Sodré C. Cardoso e Ramilfo Luis Pereira

A TIPOGRAFIA NO BRASIL O Brasil foi um dos últimos paí­ ses americanos a usá-la. Impedidos, pelos países dominantes da época, de praticarmos a tipografia durante o tempo em que o Brasil foi uma colô­ nia, somente em 1808 foi devida­ mente instalada, por ordem do govêrno, uma oficina gráfica denomi­ nada Impressão Régia. Depois de 1811 desenvolveram-se outras tipografias. Anteriormente houvera apenas algu­ mas rápidas tentativas de fixação de impressoras clandestinas e, não fos­ sem as Cartas Régias que mandavam sequestrar os tipos e seus donos, de­ las talvez nada soubéssemos. Em 1746, no Rio de Janeiro, Antônio Isidoro da Fonseca praticava um en­ saio de tipografia. Em 1747, porém, Lisboa expedia uma Ordem Régia mandando que se fechasse a incipien­ te oficina gráfica, tendo sido o seu responsável deportado para o Reino. Em 1811, porém, foi permitido o fun­ cionamento de uma oficina tipográ­ fica na Bahia, de propriedade de Ma­ nuel Antônio da Silva Serva. Inicia­ ram-se outras no Piauí, em 1816, em Recife, em 1817, e nos Estados do Ma­ ranhão e Pará, em 1821. Nos outros Estados do Brasil, a tipografia foi introduzida nas seguintes datas: Ceará, 1824; Paraíba, 1826; São Pau­ lo e Rio Grande do Sul, 1827; Rio de Janeiro, 1828; Goiás, 1830; Santa Ca­ tarina e Alagoas, 1831; Rio Grande do Norte e Sergipe, 1832; Espírito Santo e Mato Grosso, 1840; Paraná, 1848 e Amazonas, 1852.

W H IT E L A W REID, diretor do N E W YO RK TRIBUNE, foi um dos primeiros homens de im­ prensa a compreender o alcance do invento da linotipo, introduzindo-a desde logo em seu jornal. A gravura que estampamos representa o inven­ tor da linotipo, O T T M A R M ERG EN TH A LER , fa­ zendo uma demonstração de sua máquina de compor àauêle jornalista, em julho de 1886.

D IR E T O R IA D O S IN D IC A T O D A S IN D Ú S ­ T R IA S G R Á F IC A S N O E S T . D E S. P A U L O

Presidente: Francisco Cruz Maldonado Secretário: Ivo Giorgetti Tesoureiro: Evaldo Asbahr Suplentes: Nicolino Spina, Luiz Nicolini e Núncio Camano Conselho Fiscal: João Gonçalves, Ri­ cardo Rodrigues Moura e Felicio Lanzara Suplentes: Ormindo Azevedo, Henri­ que Scheliga Júnior e Nestor Fer­ raz de Campos


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JORNAL DE EMPRÊSA — Realizou-se no dia 5 do passado, no auditório Ro­ berto Símonsen do SÉSI, a entrega dos certificados aos alunos que concluíram o Curso de Jornal de Empresa, instituído pela Divisão de Educação Social do SÈS1 de que é diretor o sr. Nélson Marcondes do Amaral. Presidiu a cerimônia o sr. Antônio Devisate, presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, sendo paraninfo dos diplomandos o sr. Francisco Cruz Maldonado, pre­ sidente do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo. O clichê que estampamos fixa a mesa no momento em que o sr. Maldonado discursava.

A SITUAÇAO DO MERCADO DE PAPEL DE IMPRENSA Segundo H. W. Frantz, da United Press, peritos do govêrno americano no comércio de papel para a imprensa dizem que o conflito coreano, se per­ manecer localizado, não afetará gra­ vemente a oferta e a procura mun­ diais para êsse produto. A luta ar­ mada na Ásia não afetará, em grande volume, a exportação ou a impor­ tação. Sem embargo, há preocupação a respeito do abastecimento internacio­ nal tanto de papel de imprensa como de polpa de madeira em caso de crise política mais aguda na Europa. A zona do Báltico é uma das principais produtoras de papel de imprensa e a Finlândia, Suécia e Noruega expor­ tam papel de imprensa para muitos países do hemisfério ocidental. A se­ gunda zona de grande produção que compreende o Canadá e a Terra Nova provavelmente não poderia aumentar

muito seu nível atual de produção em caso de guerra. Como os países do Báltico estão em zona estratègicamente vulnerável, tôda a agressão russa na Europa pode­ ria acarretar rápidas mudanças no transporte marítimo internacional e potência da produção. Tais possibi­ lidades foram estudadas como uma questão de rotina. Se a crise política mundial se prolongar, estimulará as tentativas das repúblicas sulamericanas destinadas a aumentar a produção nacional de papel de imprensa. A tendência em tal sentido começou há algum tempo devido a escassez de dólares no após-guerra, sendo notada em particular na Argentina, Brasil e Peru. Outros países provàvelmente investigarão a possibilidade de fabri­ car papel de imprensa com palha de trigo, bagaço de cana e outros deri­ vados de produtos agrícolas, a exem ­ plo do que se tenta no Brasil.


SécMa cU JÜi£e& 6$â.ôJ{ícúA- anexa à Q/maeíéídade de £. (Paula ESCOLA DE ARTES GRÁFICAS — “Tal medida, sem dúvida trará con­ sigo muitas outras realizações, conse­ quências naturais da primeira, como se­ jam a criação de uma escola de artes gráficas de nível universitário, para a formação de jornalistas, bibliotecários, publicitários, gráficos ou técnicos em ar­ tes gráficas em tôdas as suas especialida­ des. Mais tarde ainda, sem dúvida, virá a criação de um museu de artes gráficas, a formação de bibliotecas especializadas, a organização de departamentos técnicos, e tantas outras iniciativas talvez ideali­ zadas pelos próprios alunos que se forem gradualmente especializando e adquirin­ do o contagiante entusiasmo pelas artes gráficas, além de imprimir com mais eco­ nomia todo o material necessário para o funcionamento da própria Universidade” . MATERIAL APROVEITÁVEL — “Todo o material que trouxe dos Estados Unidos, referente à formação de cursos, programas, folhetos, livros téc­ nicos, foi entregue ao Departamento de Pesquisas em Artes Gráficas, do Sindi­ cato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo, pois ali se encontram ele­ mentos de real competência que sabem como aproveitá-lo e desenvolvê-lo. Êsse material bem poderia ser aproveitado na elaboração de todos os planos que se cogitam em prol das artes gráficas” . NECESSIDADE DE AMPLIAR O ENSINO — “As atuais escolas de artes gráficas que existem em São Paulo, limitam-se a ensinar os misteres do ofício, dentro das suas funções exclusivamente especí­ ficas. Há, no entanto, necessidade paten­ te de colocar o ensino das artes gráficas em nível universitário, pois são inúme­

ESCOLA DE ARTES GRÁFICAS ANEXA À UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Com a publicação neste número da conclusão da entrevista que o sr. Fran­ cisco Cruz Maldonado, presidente do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo, concedeu ao "Jornal de São Paulo", encerramos a série de trans­ crições que vínhamos fazendo dos depoimentos a respeito da criação, em nossa Universidade, de uma Escola de Artes Gráficas. E neste ensêjo, não podemos deixar de novamente dizer que a idéia i merecedora do apôio de todos aquêles que se interessam pelo progresso, em nosso Estado e consequentemente em nosso pais, da arte da impressão. Embora outros problemas de magno interêsse estejam a reclamar hoje em dia a atenção de nossos homens públicos, que não olvidem êles a idéia ora lançada. E' uma semente cuja germinação depende do trato que se lhe der poderá tornar-se frondosa árvore, de sombra agasalhadora e reconfortante, sempre procurada pelos viandantes necessitados de novas forças, como poderá ser apenas um raquítico arbusto sem expressão para os que dêle se aproximarem. Cremos, contudo, que o setor industrial gráfico merecerá o apôio e o carinho que a sua representação e pujança o faz credor. E nesta crença ci editamos tôdas as nossas esperanças, que são as da criação de instrumentos que nos possibilitem aprimorar os conheçimcntos técnicos e artísticos da arte de Gutenberg, acompanhando assim o exemplo de outros países.

tanto fora da programação das suas edições. As nossas editoras lutam com dificul­ dades de tôda ordem, e podemos dizer sem receio de errar, salvo 2 ou 3 exce­ ções, que ser editor no Brasil, é ser um idealista em matéria de negócios. Em ou­ tras palavras, é quase um herói nacional. Dessa forma se deduz fàcilmente que as nossas instituições culturais, não po­ dendo apresentar nos seus cursos, livros de autores nacionais, empregam os livros estrangeiros, com enormes prejuízos para os nossos estudiosos que desde os bancos escolares aprendem a conhecer e enal­ tecer as coisas de outros países, deixan­ do de conhecer os nossos grandes profes­ sores e tornando-nos cada vez menos ad­ mirados e mais esquecidos das nossas ca­ pacidades de produção” .

sempre que nos for possível, ler livros ros os interessados em tôdas as classes de atividade humana que gostariam de v de autores nacionais e impressos no Brasil, para assim podermos admirar e se aperfeiçoar nas artes gráficas. Quan­ amar as nossas coisas, conhecer as nos­ do estive nos Estados Unidos, tive opor­ tunidade de conhecer um dos cursos rá­ sas tradições, lembrando sempre a gran­ pidos de formação artística para artes deza de nossa querida Pátria. Enfim, é gráficas, cursos êsses que versavam so­ pelo livro que nos deliciamos com tudo bre a evolução das artes gráficas parale­ o que é belo e que Deus criou para a lamente à das artes plásticas, escultura, humanidade conhecer. Existem originais pintura, poesia e literatura. Tenho a de grande valor que se encontram guar­ certeza que cursos instalados nos mes­ dados nas gavetas de seus autores, im­ mos moldes, dentro de uma escola uni­ possibilitados por falta de recursos fiversitária de artes gráficas, teriam uma * nanceiros para imprimi-los, pois a peque­ frequência bem compensadora” . na tiragem das nossas edições tornam os nossos livros excessivamente caros e fo­ OBRA VALIOSA ra do alcance da bôlsa de nosso povo. — “A Escola de Artes Gráficas dentro Por sua vez, os editores, e com muita razão, quando procurados para editar da Imprensa Universitária, será uma tais obras, se recusam, por não estar obra que se tornará uma das mais valio­ sas contribuições para o desenvolvimen dentro das normas comuns de seus ne­ gócios. O empate de capital necessário, to de nossa gente, pois é através de bons livros que se forma, educa e aperfei­ ♦ ao lado de demorada venda dêsses liçoa o espírito de uma nação. Devemos í vros, tornaria o negócio ruionoso e por­

IMPRESSÃO DE LIVROS — “Todos êsses livros poderíam ser editados pela imprensa universitária, pois não tendo ela fito de lucros e não necessitando de uma venda imediata para refazer o capital empregado, iria com relativa facilidade enriquecendo as nossas bibliotecas com obras de autores brasileiros, e incentivando o nosso sen­ timento de brasilidade, além do estímu­ lo para nossos escritores e professores, que teriam certeza, que o seu esforço cul­ tural encontraria eco por parte da im­ prensa universitária. Tenho a certeza que a Universidade de São Paulo não deixará de estudar com carinho e entusiasmo a instalação da imprensa universitária. Daí para diante não faltarão entusias­ tas pelo assunto para bem desenvolver essa realização que, como tôdas as coisas, é só começar” — terminou o sr. Mal­ donado.


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Junta Comercial

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Foi o seguinte o movimento da Junta Comercial com relação a firmas gráficas e correlatas, nas sessões de 9, 13, 16, 20 e 23 de junho de 1950, segundo publicações no “Diário Oficial” do Estado: CONTRATOS N. 122.533 — Bardauil Balian e Cia. — Capital — Rua Assis, 90 — exploração da indústria e comércio de artefatos de papéis e papelão em geral — Cr$ 200 000,00 per­ tencendo Cr§ 66 500,00 a cada um dos Srs. Adib Bardauil Telch e Jamil Bardauil Telch e Cr$ 67 000,00 a Sarkis Balian, êste libanês e os demais mexicanos — solidá­ rios — indeterminado — assinado em 16-5-50. N. 122.556 — Sociedade Latino Ameri­ cana Graf, Indústria e Comércio Ltda. — Capital — Rua Imbituba, 203 — fabrica­ ção e comércio de papéis e seus artefatos assim como de ferro, metais e seus arte­ fatos — CrS 70 000,00 em partes iguais en­ tre Robert Graf e Renée Graf — austriacos — indeterminado — ass. em 27-2-50. N. 122.622 — Carvalho e Franco Ltda. — Capital — Rua Conselheiro Carrão, 596 — serviços de tipografia, encadernação, pautação, etc. — Cr$ 600 000,00, sendo CrS 400 000,00 de Geraldo Máximo de Car­ valho e Cr$ 200 000,00 de Milton César Franco, brasileiros, sendo que o primeiro também se assina Geraldo M. de Carvalho — indeterminado — ass. em 12-6-50. N.122.652 — Van Enck e Walter Ltda. — Capital — Rua Brigadeiro Galvão, 173 — tipografia para a confecção de impressos em geral, desenhos retoques e correlatos — Cr$ 100 000,00 em partes iguais entre Rolando Walter e Aart Gerrit Van Enck, êste brasileiro e aquêle alemão — indeter­ minado — ass. em 12-6-50. N. 122.741 — Arte Gráfica útil Ltda. — Capital — Parque da Moóca, Rua Oito, 90 — ramo de tipografia (impressos em geral e pautação). — CrS 10 000,00 em partes iguais entre José Mistero e André José Rus­ so — brasileiros — indeterminado — ass. em 17-2-50.

De acordo com a comunicação que ti­ vemos de “A Serviçal S. A.,” foi requerida a seguinte patente: Remington Rand Inc. — MODÊLO DE ENVELOPE DUPLO — Têrmo n.° 53.360. Lembramos aos associados de nosso Sin­ dicato que nossa secretaria se encarrega de orientar o encaminhamento aos órgãos competentes das oposições aos registros de patentes, que se fizerem necessárias, bem como fornece detalhes sôbre as mesmas.

N. 122.788 — Gráfica Jaú Ltda. — Jaú — Rua Amaral Gurgel, 310 — comércio e indústria de tipografia em geral (artes grá­ ficas em geral) edições de obras, etc. — Cr$ 120 000,00 dividido em 24 quotas de CrS 5 000,00 cada uma, das quais 4 perten­ cem à sócia Clarice Antônio, 19 ao sócio Paulino Vianna de Oliveira e 1 ao sócio Urias Ferreira — brasileiros — indetermi­ nado — ass. em 5-6-50. N. 141.373 — Arthur Gerard Werms Reims — Capital — Rua Dom José de Barros, 264 — 3.o andar — sala 307 — editor de jornais, revistas, periódicos, folhetos, im­ pressos, etc. — CrS 60 000,00 — brasileiro. — início em 1-6-50. N. 141.638 — João B. Peres Marques — Guararapes — Rua Prudente de Moraes, 864 — tipografia — Cr$ 300 000,00 — bra­ sileiro — início em 1-6-50. DOCUMENTOS N. 47.960 — Gráfica Irmãos Gibin S|A. — Capital — ata da assembléia geral extraor­ dinária realizada em 28-5-50, pela qual fo­ ram parcialmente reformados os estatutos sociais e tendo a atual diretoria renuncia­ do, foi eleita a nova, que assim ficou cons­ tituída: Diretor-Presidente, Oswaldo Fran­ cisco Gibin; Diretor-Técnico, Francisco Gi­ bin e Diretor-Comercial, João Gibin — bra­ sileiros. N. 47.966 — Indústrias Reunidas Irmãos Spina S|A. — Capital — ata da assem­ bléia geral extraordinária, realizada em 19-4-50, pela qual foram parcialmente al­ terados os estatutos sociais .


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d&munícadãti dú- SimUcatúASSISTÊNCIA

JURÍDICA

Conforme temos noticiado, o advogado Sr. Armando Carvalho Fernandes Júnior, está encarregado da assistência jurídica quanto às consultas de nossos associa­ dos. O dr. Fernandes Júnior atenderá tanto em nossa secretaria como em seu escritório, à rua Anita Garibaldi, 231, 10 .0 andar, salas 1001 e 1003, telefone 2-6415. Nos casos que assim o exigirem e mediante combinação prévia, o dr. Fer­ nandes Júnior poderá comparecer à Jus­ tiça do Trabalho para atender audiên­ cias, contestar reclamações, propor in­ quérito, interpor recursos, fazer acor­ dos, etc.

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA Transcrevemos abaixo os arti­ gos 471 a 476 e seus parágrafos, da C. L. T., que tratam da suspen­ são e da interrupção do trabalho por parte do trabalhador: Art. 471 — Ao empregado afas­ tado do emprêgo, são asseguradas, por ocasião de sua volta, tôdas as vantagens que, em sua ausência, te­ nham sido atribuidas à categoria a que pertencia na emprêsa. Art. 472 — O afastamento do empregado, em virtude das exi­ gências do serviço militar ou de outro encargo público, não consti­ tuirá motivo para a alteração ou rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador. § l.° — Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em vir­ tude de exigências do serviço mi­ litar ou de encargo público, é in­ dispensável que notifique o empre"dor dessa intenção, por telegraTpu carta registrada, dentro do máximo de trinta dias, cona data em que se verificar a •a baixa ou a terminação '■o a que estava obrigado. Nos contratos por pralo, o tempo de afastai acordarem as par­

tes interessadas, não será compu­ tado na contagem do prazo para a respectiva terminação. Art. 473 — O empregado pode­ rá deixar de comparecer ao servi­ ço sem prejuízo do salário e por tempo não excedente de dois dias, em caso de falecimento de cônju­ ge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira profissional, viva sob sua dependência econômica. § único — Em caso de nascimen­ to de filho, o empregado poderá faltar um dia de trabalho e no de­ correr da primeira semana, para o fim de efetuar o registro civil, sem prejuízo de salário. Art. 474 — A suspensão do em­ pregado por mais de 30 dias con­ secutivos importa na rescisão in­ justa do contrato de trabalho. Art. 475 — O empregado que for aposentado por invalidez, terá suspenso o seu contrato de traba­ lho durante o prazo fixado pelas leis de previdência social para a efetivação do benefício. § l.° — Recuperando o empregado a capacidade de trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, ser-lheá assegurado o direito à função que ocupava ao tempo da aposen­ tadoria, facultado, porém, ao em­ pregador o direito de indenizá-lo por rescisão do contrato de traba­ lho, nos termos dos arts. 477 e 478. § 2.° — Se o empregador houver admitido substituto para o aposen­ tado, poderá rescindir, com êste, o respectivo contrato de trabalho sem indenização, desde que tenha ha­ vido ciência inequívoca da interinidade ao ser celebrado o contrato. Art. 476 — Em caso de segurodoença ou auxílio-enfermidade, o empregado é considerado em li­ cença não remunerada, durante o prazo dêsse benefício.


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ESCOLA BE ARTES GRÁFICAS 00 SENA Redação de João F. de Arruda

EXPOSIÇÃO EDUCACIONAL DE ARTES GRÁFICAS — CHICAGO Recebeu o SENAI atencioso convi­ te para se fazer representar na Sexta Exposição Educacional de Artes Grá­ ficas, a realizar-se no próximo mês de setembro, no “International Amphitheater” — Chicago, EE. UU. Por solicitação do Departamento Nacional ao congênere Regional de São Paulo, nossa Escola de Artes Grá­ ficas reuniu algumas obras de apren­ dizagem de seus alunos tipógrafos, linotipistas, impressores, encadernado­ res, douradores e pautadores e os vai remeter ao Rio para posterior sele­ ção dos trabalhos a serem expostos no “ Stand SENAI” dêsse nobilitante certame. Excelente ocasião para as Escolas de Artes Gráficas do SENAI no Bra­ sil, que têm assim oportunidade de

mostrar extra-fronteira o nível pro­ fissional de seus alunos consubstan­ ciado na qualidade gráfica dos tra­ balhos a serem expostos.

MAIS UMA LINOTYPE, M-29, PARA A SECÇÃO DE MECANOTIPIA A Secção de Mecanotipia da Escola de Artes Gráficas do SENAI conta agora, ao se iniciar êste segundo se­ mestre, com mais uma máquina “Linotype” . E’ uma M-29 cuja característica de funcionamento constitui novidade pa­ ra muitos profissionais do ramo. A “Linotype M-29” é uma máquina misturadeira e pode compor com dois magazines ao mesmo tempo, na mes­ ma linha, sendo que a distribuição é feita automàticamente, devolvendo as matrizes cada qual ao seu próprio de­ pósito.

VOCÊ CONHECE A ESCOLA DE ARTES GRÁFICAS DO SENAI? O SENAI é uma organização da Indústria a serviço do trabalhador do Brasil. Sua Escola de Artes Gráficas em São Paulo é uma entidade ao inteiro dispor dos profissionais g r ' ficos do Estado de São Paulo. Homens da Indústria — patrões e empregados — tam diàriamente a Escola de Artes Gráficas do SENAI. Faça como êles, você que é um dêles. As portas d fraternalmente, estão sempre abertas aos profiss artes gráficas! t

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