ÔRGAO OFICIAL DO SINDICATO DAS IN D U S T R IA S GRAFICAS NO ESTADO DE SAO PAULO N Ú M E R O 19_____________ SÃ O PAULO, 2 .* Q U IN Z E N A D E A G Õ ST O DE 1950
AN O I
FÔRÇA E LUZ PARA AS TIPOGRAFIAS
EXPOSIÇÃO INDUSTRIAL DO PARQUE DA ÁGUA BRANCA
A aproximação do pleito eleitoral de outubro trouxe, para a maioria dos esta belecimentos gráficos, um considerável au mento de pedidos de impressos, o que os obriga a um maior rendimento, seja com a aquisição de novas máquinas, seja com a organização de trabalho extraordinário ou de novas turmas de trabalhadores para que sua impressoras não parem e possam assim desobrigar-se de seus compromissos. Aumentando a sua produção em virtu de da maior procura de seus serviços, na turalmente as tipografias terão que aumen tar o gasto de energia elétrica, e muitas delas já se encontram a braços com o pro blema criado pelo racionamento imposto pelos nossos fornecedores de fôrça e luz. Já ultrapassaram a cota a que têm direito, e nem sempre conseguem o aumento neces sário. Veem-se assim jungidas a um impos sível controle de gasto de fôrça e luz. Im possível porque não há de se querer que as tipografias deixem de imprimir a propa ganda dos candidatos às próximas eleições, unicamente em virtude de não disporem de fôrça suficiente para a movimentação de suas impressoras e luz para a ilumina ção adequada às suas instalações. À nossa redação têm chegado inúmeras reclamações a êsse respeito, e daqui as pas samos a quem de direito, pois é uma si tuação que precisa ser solucionada com a urgência requerida, por ser justa e plena mente justificada. Como também plena mente justificada seria apenas a prova de
Tem despertado grande interêsse a E x posição Industrial promovida pelo Depar tamento da Produção Industrial, com a co operação do Centro e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, no Parque da Água Branca. Grande massa popular tem percorrido constantemente os “ stands” em que se e x i bem as mostras do que se faz na terra bandeirante. E o interêsse do visitante vai além da simples visita, pois a superinten dência da Exposição atende diàriamente cen tenas de pedidos de informações. Dado o êxito dessa e de outras exposi ções anteriores, um dos nossos jornais alvitrou que o nosso Estado, pela sua impor tância industrial, comporta uma grande ex posição de suas manufaturas, organizada de forma mais ampla e com bases permanentes. O que queremos ressaltar, no entanto, é o interêsse fora do comum que têm des pertado os “ stands” de nossas casas gráficas, onde se encontra de tudo o que aqui pro duzimos para a arte dos tipos móveis. E nos sentimos muito à vontade ao ressaltar êsse interêsse, sempre crescente, que o nosso setor industrial, em tôdas as suas ramificações, vem despertanto no grande público.
aumento de produção — sem ser pelos even tuais impressos de propaganda eleitoral — porque isso representa progresso, e cremos que não vivemos época em que se justi fique qualquer entrave ao progresso de qualquer dos nossos setores industriais ou comerciais.
Boletim da Indústria Gráfica S. FERRA Z - Diretor Redação e Administração: Praça da Sé, 399 — 5.° Andar, Sala 508 — Fone 2-4694 — S. Paulo
_______________________________ Publica-se quinzenalmente__________________________________ _______________ Composto e Impresso na Escola de Artes Gráficas do S E N A I _______________ Colaboradores:
Antônio Sodré C. Cardoso e Ramilfo Luis Pereira
M ANTENDO
UMA
T R A D IÇ Ã O
As emprêsas comerciais ou industriais que se projetam tanto no país como fora dêle, além da contribuição ao intercâmbio interno, levam aos outros povos a mensagem dos progressos e conquistas do país de origem e são, geral mente, emprêsas de fortes tradições. Na velha Europa, principalmente, a tradição comercial é invocada para todos os fins, pois é tida em alta conta; e no Novo Mundo já são muitas as emprêsas cuja direção vem passando de pais para filhos ou outros descendentes, para que assim não se quebre a linha de tradição comercial. No setor gráfico, considerado ingrato por excelência, pois nele a in versão de capitais não é tão compensadora como em outros setores, essa tradição, principalmente entre nós, nem sempre é seguida. Porisso mesmo vemos seguidamente a direção de uma emprêsa gráfica, que foi por tôda uma vida dirigida por seu fundador, morrer com êle ou passar para as mãos de estranhos não continuadores de suas diretrizes. Eis por que, a nosso ver, merece especial menção a atitude dos diretores da Copag — Cia. Paulista de Papéis e Artes Gráficas. Como era sabido nos meios industriais gráficos, um consórcio inglês se dispusera a comprar aquela organização,/ e as negociações corriam em ritmo pode-se dizer acelerado, tendo sido até ajustada a importância da transação, que subia pela casa dos trezentos milhões de cruzeiros. Eis quando, no entanto, o sr. Ricardo Albino Gonçalves, que desde sua adolescência se dedicara à observação e ao estudo das ativida des da grande indústria gráfica fundada por seu avô sr. Albino Gonçalves, nelas integrando-se, ponderou a seú pai, sr. João Gonçalves, que essa venda importava na quebra da tradição já mantida por duas gerações. Foram então desfeitos os entendimentos e a grande Copag — um verdadeiro atestado da pujança industrial brasileira — continuará a ser dirigida pelos descendentes de seu fundador. Registramos tão somente o fato que, achamos, não precisa de comentá rios. Atitudes como essa não necessitam da fôrça dos adjetivos para eno brecê-las. (Transcrito de “Brasil Gráfico”, edição n.° 5-6, maio-junho 1950).
B O L E T IM D A IN D Ú S T R IA G R A F IC A
P Á G IN A
3
ANTIGAMENTE ERA ASSIM! Com a legenda —
Apren
dizagem da tipografia no pas sado — encontramos no livro La Technique du Journal de
Ant. Seyl, (ed. de 1925), a gravura que estampamos ao lado e que nos dá uma in sofismável idéia de como se ensinava a arte tipográfica antigamente.
Essa
gravura
apareceu originàriamente no livro Vade-Mecum du Typographe de Jean Dumont
IMPRESSORES CHILENOS VISITAM SÃO PAULO Estiveram em visita ao nosso Sin dicato e departamentos anexos — Co operativa Gráfica, Departamento de Pesquisas em Artes Gráficas e nossa redação — os industriais gráficos chi lenos srs. Eduardo Gimenez, diretor da Associacion de los Industriales Gráficos dei Chile e da “Imprenta Gutenberg”, e Oscar Guzman Serrano, da “Imprenta Barcelona”. Nosso Sindicato organizou um pro grama de visitas a diversas casas grá ficas e jornais, tendo acompanhado os ilustres visitantes o nosso companhei ro Antônio Sodré C. Cardoso. Ofere ceu ainda nosso Sindicato um almoço aos industriais chilenos, proporcio nando-lhes também oportunidade de conhecer nossa cidade. Puderam as sim os colegas do Chile colher impres sões não sòmente da indústria gráfi ca paulista como também de nossa capital.
A ORIGEM DO LÁPIS Afirma-se que um manuscrito de Teófilo, datado do século XIII, pare cia escrito a lápis. Na realidade, a primeira referência ao lápis encon tra-se num antigo tratado sôbre fós seis escrito em 1565 e de autoria de Conrad Gesner, de Zurich, no qual se descreve um objeto próprio para es crever, feito de madeira e chumbo. Pelo ano de 1400, a grafite, principal componente dos lápis modernos, pas sou ao domínio do público, sendo empregada, segundo afirma W . W il son Legge, no “Chamber’s Jornal”, sem o invólucro de madeira.
Por nosso intermédio, transmitem os srs. Eduardo Gimenez e Oscar Guz man Serrano os seus agradecimentos pela cordial acolhida nos estabeleci mentos visitados e um cordial abraço a todos os seus colegas brasileiros.
Jj[bóqhxd{j&A. e cDe^enkiA.taá d& Guimaraens, Martinet, Vidal, Ender, Chamberlain, Ousseley e Maria Graham. Louis Alexis Boulanger, que no B ra sil passou a assinar-se Luiz Aleixo B q u langer, era homem de finíssima educa ção, muito ativo, dotado de ilustração, profundo conhecedor da arte litográfica, de que foi um dos inovadores no meio carioca. Desenhista exímio, fez trabalhos muito belos e complexos, cheios de arabescos, numerosos timbres, cartões e le tras, enorme quantidade de retratos e interessantes e bem compostos brasões, DEZ M A N EIRA S DE AN IQ U ILA R UM A pois era profundo em heráldica. Exer O RG A N IZA Ç Ã O ceu os cargos de professor de caligrafia Flam ínio Fávero 1. a — Deixar de assistir ao maior e geografia aos príncipes imperiais, fi número possível de reuniões. lhos de D. Pedro I e foi durante longos 2. a — Se assistir, chegue tarde. anos Escrivão da Nobreza, cargo de 3. a — Se o tempo não estiver bom, grande importância naquela época. não vá. Carlos Risso, desenhista e litógrafo, 4. a — Se assistir, encarregue-se de foi sócio de Boulanger na litografia L. achar defeito nos trabalhos dos A. Boulanger, Risso & Cia. É o autor dos companheiros. 5. a — Renuncie a qualquer cargo, retratos litografados do príncipe Eugênio pois, é muito mais fácil criti de Leuchtemberg, de Carlos Napoleão, car do que fazer as coisas. da imperatriz d. Am élia e Pedro I. Em 6. a — Aborreça-se por não ter sido 1830, partiu para o sul do continente, incluído em qualquer comissão; estabeleceu-se com litografia em Monte se for nomeado, não assista às suas reuniões. vidéu e depois em Buenos Aires. 7. a — Se o presidente pedir sua opi Por sua vez o artista suíço João Steinnião, diga-lhe que não tem ne mann, aqui chegado em 1825 para montar nhuma, porém, depois, diga e dirigir a oficina de litografia do A rqui aos outros o que deveria ter si vo Militar, ficou sendo o primeiro pro do feito. 8. a — Não faça mais do que é abso fessor oficial da litografia no Brasil. Além lutamente necessário, e quan de litógrafo, era também desenhista es do qualquer outro trabalhar, pecializado em cartografia. Teve como diga-lhe que êle é burro de auxiliares e discípulos os soldados do carga para todo serviço. 9. a — Demore o mais possível em pa 27.° Batalhão Estrangeiro, chamados I. Needergessas e K. Mohr, três soldados gar os seus débitos e em res ponder a tôdas as cartas. da Aula do Ensino Mútuo e o paisano 10.a — Não perca tempo em procurar Antônio Rodrigues de Araújo. Voltando novos sócios; que se encarre Steinmann para a Europa, por haver fin guem os outros. dado o contrato, não se esqueceu do Atente para êsse decálogo, e coopere para o maior engr ande cimento da sua or Brasil, publicando seis anos depois, na ganização de classe — o seu Sindicato. Basílica, um excelente álbum de vistas
(?)d m e J ÍM -
Estudando a situação do desenho e da litografia, no Rio de Janeiro, durante o primeiro reinado, escreveu Adolfo Morales de los Rios Filho em seu “Grandjean de Montigny e a evolução da arte brasileira” : Dos desenhistas propriamente ditos, que vieram ao Rio de Janeiro devem ser destacados: Boulanger, Risso, Steinmann, Abelée, Larés, Reis, Bertichem,
i
*
^
4
QemouLfr no- Q haAil
e costumes, em litografias coloridas, in titulado “Souvenirs de Rio de Janeiro”. Outro desenhista e litógrafo, P. G. Bertichem, também muito trabalhou, principalmente na organização do álbum “Rio de Janeiro e seus arredores”, editado em 1856 pela oficina de Heaton & Rensburg, onde tinha como companhei ros os desenhistas e litógrafos A. L. Gui maraens e Alf. Martinet. O oficial da marinha Britânica Emeric Essex Vidal ficou conhecido pelas interessantes vistas aquareladas que fez de diversos pontos dos arrabaldes da ci dade. O mesmo fez em Buenos A i res, onde o colecionador Gonzales Garano possui alguns interessantes exemplares. Theodor Ender, vindo no séquito da arquiduquesa d. Leopoldina, era de senhista e aquarelista de grande valor. Amava fazer minúsculos desenhos, que assombravam pela perfeição dos detalhes, delicadeza da guarda e incompa rável perspectiva. A Seleção de Estam pas da Biblioteca Nacional possui, de sua autoria, um álbum repleto de trabalhos dêsse gênero, reproduzindo todos os as pectos e vistas observadas na viagem da Europa ao Rio de Janeiro, bem como paisagens até hoje inéditas, da Capital do Império. O barão Planitz, que também era pintor, dedicava-se ao desenho, deixando uma excelente vista do Mosteiro de São Bento. O tenente Chamberlain, filho do cônsul da Inglaterra, Henry Chamberlain, deixou não menos valiosos trabalhos em seu curioso e hoje bem raro álbum. Mas não inferior às dêste são as vistas aqua reladas feitas, primorosamente, pelo di plomata W . G. Ousseley, e reproduzidas em sua obra “Views in South America”. Maria Graham também desenhou, pa
ra sua obra, interessantes vistas, dentre as quais se destacam a que reproduz a casa de Hogendorp e a que representa o Vale das Laranjeiras. Outros desenhistas dedicados a re produzir a natureza brasileira foram : T. Sydenham Esqr., Wilhelm Thermin, H. Lewis, Kretschmar, Adrien-Aimé Taunay, Hércules Florence, Alexander Caldcleugh e o francês Fremont.
O SIN DIC A TO E SEUS SÓCIOS “ A sindicalização no Brasil — escre veu alguém — apresenta um aspecto dig no de ser estudado pelos sociólogos mo dernos. Ela é um fator de equilíbrio e de cooperação entre empregadores e empregados, ao invés de, como em ou tros países, sê-lo de rivalidade e de lu tas de classe. Ela está caminhando para a perfectibilidade das relações entre o capital e o trabalho. Assim, insensivel mente, somos conduzidos para um mun do melhor — anseio atual de tôda a humanidade — onde os trabalhadores poderão viver com mais conforto, pro duzir com mais gôsto e perfeição e cui dar, com mais segurança, do seu futuro e do futuro da indústria a que per tencem. O Sindicato — acrescentamos nós — é o órgão coordenador das atividades e pro fissões existentes no país e, assim sen do, dia virá em que a firma, assim como o indivíduo não sindicalizado, terá seus passos embargados em tôdas as dire ções para os quais queira dirigir-se, apesar da obrigação de sindicalizar-se ser inteiramente livre. Vossa Senhoria que já sindicalizou sua firma, que conhece as vantagens oferecidas pelo nosso Sindicato, deve lembrar aos seus colegas não associados que a sindicalização representa o congraçamento de uma classe e que êles estão em falta, nesse sentido, com a Indústria Gráfica Paulista. Esta lembrança fazêmo-la tendo em vista os têrmos da letra d, artigo 11, dos nossos Estatutos (Deveres dos As sociados) : “ Prestigiar o Sindicato por todos os meios ao seu alcance e propa gar o espírito associativo entre os ele mentos da categoria econômica das In dústrias Gráficas” . E esperamos colhêr os resultados ali previstos.
........
- *ipBj
W 7'
P A G IN A 6______________________________________________ BOLETIM D A IN D Ú S T R IA G R AFIC A
Movimento da Junta Comercial
É o seguinte o movimento da Junta Co mercial com relação a firmas gráficas e cor relatas registrado nas sessões de 27-6-50, 30-6-50, 4-7-50, 7-7-50 e 11-7-50, ratificadas respectivamente pelas sessões de 30-6-50, 4-7-50, 7-7-50, 11-7-50 e 14-7-50: CONTRATOS N. 122.867 — Mattos e Cunha — Getulina — Rua Dr. Carlos de Campos, sem nú mero — livraria, papelaria etc., a varejo — CrS 70 000,00 em partes iguais entre Alípio Honório de Mattos e Darcy Gonçalves da Cunha — brasileiros — solidários, inde terminado, a contar de 1-4-50 — ass. em 11-4-50. N. 122.922 — Emprêsa Gráfica de Bau ru Ltda. — Bauru — cont. 83.090 — alts. até 122.050 — Retira-se Francisco Von Dreifus, — transferindo ao sócio ora admitido Emilio Viegas, brasileiro, as suas quotas de capital no total de Cr$ 100 000,00, re cebendo igual quantia — ass. em 9-6-50. N. 122.940 — Editora Gráfica Radiolar Ltda. — Capital — Rua Barão de Tatuí, 275 — impressões e serviços de editora em geral — Cr$ 200 000,00 — dividido em 200 quotas de CrS 1 000,00 cada uma, das quais 97 pertencem a cada um dos sócios Waldemar Antônio Ciglioni e Carlos Jorge Corrêa, e 6 pertencem a Élbio Federici P a checo — brasileiros — indeterminado a par tir de 1-4-50 — ass. em 22-6-50. N. 123.006 — Universidade no Lar Edi tora Ltda. — Capital — contr. 113.929 — alts. 116.039 — O capital de CrS 60 000,00 fica elevado para CrS 120 000,00 dividido em 120 quotas de Cr$ i 000,00 cada uma das quais 114 pertencem a Hugo Schlesinger e 6 a Carlos Ortiz. A sociedade continuará a girar sob a denominação de Universidade no Lar Ltda. — ass. em 16-6-50. N. 123.043 — Sociedade de Aparas de Papéis e Papelão Novo Mundo Ltda. — Ca pital — Rua Guaporé, 234 — comércio por grosso de aparas de papéis e papelão inu tilizados — CrS 200 000,00 em partes iguais entre Lejba Levin e Giúlio Davoli, êste ita liano e aquêle polonês — indeterminado — ass. em 10-5-50. N. 123.094 — Gráfica Piratininga Ltda. — Capital — Cont. 81.030 — Alt. 90.303 — O capital de Cr$ 300 000,00 fica elevado pa ra Cr$ 1 200 000,00 em partes iguais entre Nélson Pereira, Cláudio Pereira Fernandes e José Napolitano Sobrinho — ass. em 9-6-50. N. 123.133 — Editora Planograph Ltda. — Capital — R. Formosa, 409 — 7.o andar — sala 74-A — comércio e impressão tipográfica em tôdas as suas modalidades,
De acôrdo com o que nos comunicou a “ A Serviçal S. A .”, foram requeridas última mente as seguintes patentes: Por Minnesota M inning and Manufaturing Co. — patente de “ Aperfeiçoamentos em ou referentes a um artigo de manufatu ra para uso em trabalhos de imprimir e o aparêlho que emprega êsse artigo” . — Têrmo n.° 44.365. Por Juliano Federico Pozzi — patente de “ Rotunumerador, para numeração de fôlhas impressas, direta ou indiretamente, em má quinas rotativas” . — Têrm o n.° 47.738. Maiores informações poderão ser obtidas de “ A Serviçal S. A .” por intermédio de nos so Sindicato ou em nossa redação.
edições por conta própria e de outrém, pa péis, livros, etc. — Cr$ 30 000,00 divi dido em 30 quotas de CrS 1 000,00 cada uma, das quais 21 pertencem a Paulo de Souza Cardoso e 9 a ítalo Cencini — o primeiro português e o último brasileiro — indeter minado — ass. em 28-3-50. N. 123.144 — Oskar e Companhia Ltda. — Capital — Rua da Graça, 83 — 3.° andar — indústria de papel e seus artefatos, co mércio em geral, representações, importação e exportação — Cr$ 100 000,00 dividido em 200 quotas de CrS 500,00 cada uma, das quais pertencem a Oskar Gelber 94 quotas, e a cada um dos sócios Joel Dukler e Armand Henri M oritz pertencem 47 e a Leon Feuerstein pertencem 12 quotas — O pri meiro e o segundo apátridas, o terceiro fran cês e o último polonês — Indeterminado a partir de 1-7-50 — ass. em 30-6-50. N. 141 942 — I. Pôrto Cavalcanti — Duartina — Rua Siqueira Campos, 358 — tipo grafia impressora “ Congresso” — CrS....... 70 000,00 — brasileira — Isaura Pôrto Ca valcanti — inicio em 1-10-49. N. 142.130 — T u fi Elias Andery — Mogi das Cruzes — Rua Dr. Paulo Frontin, 130 — Tipografia — CrS 200.000,00 — Brasileiro — inicio em 1-1-50. DOCUMENTOS N. 48.359 — Gráfica Mercúrio S/A — Capital — ata da ass. geral ord., realizada em 25-4-50 pela qual foram eleitos: Diretor Presidente, Paulo Lotufo; D iretor V ice-Pre sidente, Dr. Francisco Lotufo Filho e D ire tor Secretário, Eng. Zenon Lotufo, brasi leiros.
B O L E T IM D A IN D Ú S T R IA G R A F IC A
P Á G IN A
7
Qamunicadaé da SindicatoN OVAS T A XA S DE CONTRIBUIÇÃO AOS INSTITUTOS DE APOSENTADO RIA E PENSÕES A partir dêste mês, as taxas de con tribuição para os institutos de aposenta doria e pensões ficarão elevadas para 6%, no I A P I , e I A P C, e para 6,5% no I A P T E C. A taxa de contribuição para as caixas de aposentadoria ficará a mesma, por quanto pela lei 593, já houve majoração no que toca às C A P. Em face do decreto do presidente Du tra, com o qual foram surpreendidos os segurados, duas perguntas estão sendo formuladas: se o Executivo podia,sem lei do Congresso, autorizar o aumento das contribuições; e se a majoração decretada atinge também os segurados que já contribuirem sôbre o máximo permitido em lei. O M ÁXIM O
PERM ITIDO EM LEI JÁ ERA DE 8%
A primeira dúvida pode ser respon dida pelos próprios têrmos dos “ consi derandos” do decreto governamental, os quais explicam, que para os I A P dos Industriários, dos Empregados em Trans portes e Cargas e dos Comerciários a contribuição dos empregados correspon derá a uma percentagem variável de 5 a 8% do respectivo salário, conforme exigir a situação de cada instituição (artigo 2.o da lei 159, de 30-12-35, com binado com o artigo 3.° do decreto-lei 7.835, de 6-8-45). A elevação decretada está pois dentro do máximo permitido em lei e a competência de fixação do “ quantum” é do Executivo, através dos cálculos atuariais do M.T.I.C. ELEVAD A A PE N A S A T A X A N ÃO O TETO
E
A segunda pergunta tem esta resposta: o decreto eleva as taxas, não eleva o teto, que continuará sendo de Cr$......... 2.000,00. Assim, o comerciário con tribuirá até o máximo de Cr$ 130,00 (6,5% sôbre Cr$ 2.000,00); o industriário, até o máximo de CrS 120,00 (6% sôbre Cr$ 2.000,00), e o segurado do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empre gados em Transportes e Cargas, com CrS 130,00 (6,5% sôbre CrS 2.000,00). AS
TAB ELA S
QUE VIGORARÃO
Para orientação dos nossos leitores, damos a seguir as tabelas para os des contos de previdência que vigorarão, co mo já dissemos, a partir dêste mês:
I A P C — TO TAL DOS DESCONTOS 401 501 601 701 801 901 1001 1101 1201 1301 1401 1501 1601 1701 1801 1901
a 500 a 600 a 700 a 800 a 900 a 1000 a 1100 a 1200 a 1300 a 1400 a 1500 a 1600 a 1700 a 1800 a 1900 a 2000 mais de
IA P I 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900 2000
.............................. .............................. .............................. .............................. .............................. .............................. .............................. .............................. .............................. .............................. .............................. .............................. .............................. .............................. .............................. .............................. 2000 ....................
32,50 39,00 45,50 52,00 58,50 65,00 71,50 78,00 84,50 91,00 97,50 104,00 110,50 117,00 123,50 130,00 130,00
— TO T A L DOS DESCONTOS
........................................... ........................................... ........................................... ........................................... ........................................... ........................................... ........................................... ........................................... ........................................... ........................................... ........................................... ........................................... ........................................... ........................................... ........................................... ........................................... mais de 2.000,00 .............
30,00 36,00 42,00 48,00 54,00 60,00 66,00 72,00 78,00 84,00 90,00 96,00 102,00 108,00 114,00 120,00 120,00
ELEVADO O VALO R DAS APOSENTADORIAS E PENSÕES Em junho passado foi assinada a lei que eleva o valor das aposentadorias e das pensões concedidas pelos Institutos e pela Caixa de Aposentadoria. Dêste modo, a partir daquele mês, os benefícios da previdência social serão pagos nas seguintes bases: Aposentadoria — a) até Cr$ 700,00, aumento de 50%, com um aumento m í nimo de Cr$ 300,00; b ) superior a Cr$. . . 701,00, aumento fixo de Cr$ 400,00. Pensões — aumento de 50% sôbre o valor atual das pensões, devendo ser, no mínimo, de Cr| 150,00 e, no máximo, de Cr$ 200,00. Essa nova lei permite, ainda, que voluntàriamente o associado aumente a cota de sua contribuição. Essa cota po derá ir até o salário-teto de C rf 3.900,00 e o desconto será, portanto, de Cr$....... 200,00 no máximo. Aumentando suas contribuições, os segurados concorrerão, no futurp, a um maior benefício.
Página da ESCOLA DE ARTES GRÁFICAS 00 SENAI Redação de João F. de Arruda
Prezados Senhores Em atenção ao convite verbal que me foi feito por V V . SS., tive o prazer de visitar as dependências dêsse estabelecimento, tendo nessa oportunidade, observado e apreciado o seu maquinário destinado aos diversos setores de aprendizagem gráfica dessa escola. Com referência ao setor de encadernação e douração, tomo a liber dade de manifestar-me sobre a conveniência de se ampliar êsse setor, per mitindo assim um curso mais completo nessa especialidade. Em palestra com os professores e instrutores tive a satisfação de poder apreciar o alto grau de conhecimento que possuem, bem como a dedicação dispensada à arte e aos aprendizes. Terminando agradeço a atenção dispensada a mim e aos meus auxi liares, por ocasião dessa nossa visita. Saudações a) José Martinho Mendes N O T A : A Firma “Tipografia Mendes” visitando nossa escola, deixou por es crito, as impressões que acima transcrevemos. Estiveram em visita à nossa escola, nesta 2.a quinzena de agosto, diri gentes e empregados das Firmas: “Gráfica Irmãos Taddeu Ltda.” e “Tipo grafia Waldemar Passos”. A opinião dos que nos visitam é preciosa para o SENAI. “Impressões de Visita” são as sugestões construtivas dos que se dispõe a elevar a Indústria Nacional através do ensino aos seus trabalhadores.
VOCÊ CONHECE A ESCOLA DE ARTES GRÁFICAS DO SENAI ? OSENAI é uma organização da Indústria a serviço do trabalhador do Brasil. Sua Escola de Artes Gráficas em São Paulo é uma entidade ao inteiro dispor dos profissionais grá ficos do Estado de São Paulo. Homens da Indústria — patrões e empregados — visi tam diariamente a Escola de Artes Gráficas do SENAI. Faça como êles, você que é um dêles. As portas da es cola, fraternalmente, estão sempre abertas aos profissionais de artes gráficas!