Boletim da Indústria Gráfica (BIG) - Edição 4 - 1950

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GRÁFICA

ÔRGAO OFICIAL DO SINDICATO DAS IN D U S T R IA S NO

G R Á F IC A S

ESTADO DE SÀ O PA U LO

NÚMERO 4__________________ SÃO PAULO, 1.° DE JANEIRO DE 1950_________________ANO I

y/Unda fUMO- OfiMectotento* Devemos um agradecimento todo especial à Imprensa, principalmente do interior de nosso Estado, que vem registando o aparecimento dêste BO LET IM . Muito nos têm desvanecido cs conceitos elogiosos expedidos a nosso respeito e as palavras de incentivo que nos têm sido en­ viadas. Dado nosso pequeno formato e consequente falta de espaço, deixamos de agradecer nominalmente a todos os jornais e demais órgãos que têm demonstrado sua simpatia por mais esta iniciativa de nosso Sindicato, como era nossa intenção. Entendido que são do "metier" jornalístico, nossos colegas saberão nos desculpar por assim generalizadamente lhes enviarmos nossos agradecimentos. E também enviamos nosso abraço cordial a tôda Imprensa, neste dia simbólico da Confraternização Universal, acompanhado de nossos sinceros votos para que se concretizem tôdas as realizações projetadas para o ano novo.

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B O L E T IM D A IN D Ú S T R IA G R A F IC A

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CRESCE A PRODUÇÃO DE P A P E L N A ­ C IO N AL P A R A IMPRESSÃO — A produ­ ção de papel do nosso país atende já a cêrca de setenta e cinco por cento das necessidades do consumo nacional e o seu ritmo de desenvolvimento tem sido particularmente seguro. Em 1937, a pro­ dução brasileira de papel não alcançava 103 m il toneladas, e em 1948 acercou-se de 187 mil. Mais de metade da produção

PUBLICAÇÕES

GRÁFICAS

ARTES GRÁFICAS

Está sendo publicada em Monte­ vidéu, Uruguai, a revista “Artes G rá­ ficas”, orgão oficial da “Associacion de Impressores y Anexos dei Uruguay”, que aparece bimestralmente. Nosso Sindicato recebeu os dois primeiros números publicados, o úl­ timo de outubro passado. Em primo­ rosa apresentação gráfica, a par de sua também primorosa apresentação redatorial, a novel revista é uma boa mostra do adianto da arte da impres­ são naquêle país vizinho. Desejamos longa e útil vida à nova revista gráfica do país irmão, e agradecemos os exempla­ res enviados. BRASIL

GRÁFICO

Sob o patrocínio de nosso Sindicato, dos Sindicatos de outros estados e de outras en­ tidades relacionadas às artes gráficas, aca­ ba de aparecer o primeiro número de B R A ­ SIL GRÁFICO — Revista Brasileira de A r ­ tes Gráficas. 60 páginas em papel couchê reproduzem um material selecionado, abran­ gendo todos os ramos da indústria gráfica. Chamamos a atenção dos nossos associados para o significativo aparecimento de uma revista de artes gráficas entre nós, espe­ rando um apôio incondicional a esta louvá­ vel iniciativa. B R A S IL GRÁFICO será distribuído gra­ tuitamente entre nossos associados.

brasileira de papel é apurada em S. Paulo, vindo em seguida o Estado do Rio e depois o Distrito Federal. N o que diz respeito ao papel para impressão, a produção bra­ sileira foi a seguinte, nos últimos doze anos, em toneladas: 1937 — 36.583, 1938 — 34.838, 1939 — 37.880, 1940 — 39.566, 1941 — 42.043, 1942 — 47.104, 1943 — 43.017, 1944 — 46.658, 1945 — 48.002, 1946 — 50.744, 1947 — 63.289 e 1948 — 67.349. Do total de 67.349 toneladas, que cons­ tituiu a produção nacional de papel para impressão no ano passado, 31.183 tonela­ das cabem ao papel de jornal e imprensa. No mesmo ano, a importação de papel para impressão de jornais atingiu a 52.600 to­ neladas. “ SELEÇÕES” SERÁ IMPRESSA NO BRASIL — Segundo se noticia, as edições em português da revista americana “Reader’s Digest” passarão dentro em breve a serem impressas no Brasil pela Cia. Litografica Ipiranga. LIVREIRO LE LLO — Faleceu na ci­ dade do Pôrto o sr. Raul Lello, conhecido livreiro português e diretor da famosa L i­ vraria Lello Editora. L IV R A R IA B R A SILE IR A EM ROMA — Os jornais anunciam que se abrirá em Ro­ ma uma livraria brasileira, que disporá de um amplo salão de leitura, onde se poderá folhear jornais e revistas brasileiras. Além disso, organizará exposições de fotos do Brasil e um centro de informações bra­ sileiras

BOLETIM DÁ INDÚSTRIA GRÁFICA 0RGÀ0

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SINDIC ATO D A S

IN D Ú STR IA S G R Á F IC A S N0 EST. S. PAULO

S. F E R R A Z D IR ETO R

PAULO BREDA FILHO A N T Ô N I O S O D R É C. C A R D O S O COLABORADORES REDAÇÃO

E A D M IN IS T R A Ç Ã O :

P R A Ç A D A SÉ , 399

5 .0 A N D A R , S A L A 508 - FO N E 2-4694 - SÃO PAULO

Composto e Impresso na Escola de Artes Gráficas do SEN A I


P A G IN A 3

B O L E T IM D A IN D Ü S T R IA G R A F IC A

Movimento da Junta Comercial

Extraímos do “ Diário O ficial” , do Es­ tado, na prim eira quinzena de dezembro findo, o seguinte movimento da Junta Co­ mercial com relação a firmas gráficas e correlatas. Sessões dos dias 11-11-49, 1811-49, 22-11-49 e 25-11-49, ratificadas pelas dos dias 18-11-49, 21-11-49, 25-11-49 e 29-11-49, respectivamente: CONTRATOS N. 117.154 — Chiodi & Cia. Ltda. — Capital — R. Visconde de Parnaiba, 343 — Edições de jornais, revistas, livros, pu­ blicações literárias e culturais em geral — por atacado e varejo — 50.000,00 par­ tes iguais — Victor Chiodi e Sebastião P e ­ reira de Souza, brasileiros — Indeterminado — ass. 7-11-49 N. 117.165 — Martinez, Dipoldo Ltda. — Capital — R. Oliveira Peixoto, 256. — Impressões de letras e desenhos em panos, madeira, lona, papel, papelão e chapas me­ tálicas. — 10.000,00 em partes iguais. — Antonio Martinez Martinez, espanhol e Enio Dipoldo, brasileiro — Indeterminado a partir da data da assinatura dêste, em 3-11-49. N. 117.224 — Comércio de Máquinas Gráficas Ltda. — Capital — Rua José Paulino, 917. — comércio de máquinas gráficas de qualquer natureza, novas e usadas, im ­ portadas ou de fabricação nacional, por conta própria, ou sob representação por conta alheia. — Cr$ 600.000,00 em partes iguais entre Julia Cezar e Leonor Gonçal­ ves Furmankiewcz, brasileiras. — Indeter­ minado, a contar de 1-11-49. — ass. em 3-11-49. N. 117.328 — Lucatto, Soares e Cia. Ltda. — Jundiaí — Av. Dr. Olavo Gui­ marães, 56. — Livraria, papelaria, artigos escolares, etc., representações e consigna­ ções. — Cr$ 55.000,00 em partes iguais. — Clodoaldo Françoso, Edgar Foelkel, Arnal­ do Fornari, Antenor Soares e Silva, Oscar Marques, Benedicto Galvão, José Maria Mazzola, Vail Lucatto, Rubens Decio Eichenberger, Benedito Rigolo e Alcides Fa­ ria, brasileiros. — 5 anos. — Ass. em 10-9-49. N. 117.332 — Olenscki e Saletti Ltda. — R. Princeza Isabel, 337, 4.a travessa, Vila X avier — Araraquara — Fabrica de sacos de papel — Cr$ 70.000,00 em partes iguais — Antonio Olenscki e Augusto Sa­ letti Sobrinho, brasileiros. — Indetermina­ do. — Ass. 7-11-49. N. 117.391 — Fábrica de Papel e P a­ pelão N. S. da Penha Ltda. — Itapira. — fabricação e comércio de papel, papelão e seus artefatos — Cr$ 200.000,00 dividi­ do em 200 quotas de Cr§ 1.000,00 cada uma, das quais pertencem 60 a Álvaro

Randis e 140 à Sociedade Industrial Co­ mercial e Importadora Brasileira S. A. esta com séde nesta Capital e aquêle brasileiro. — 5 anos, a partir de 1-9-49, prorrogandose automaticamente por mais 3 anos — ass. em 10-9-49. N. 117.401 — Irmãos França — Baurú — Rua Itapura, 7-38 — tipografia — Cr$. 50.000,00 — sendo Cr$ 25.000,00 de A lc i­ des Galvão de França — Cr$ 10.000,00 de Carlos Galvão de França e Cr$ 15.000,00 de Mário Galvão de França — brasileiros, solidários — indeterminado, a contar de 1-7-49 — ass. em 6-10-49. N. 135.079 — Victor José Ardito — Capital — Rua Castro Alves, 1 074. — Com­ pra e venda de papel velho. — CrS 5.000,00 — brasileiro. — Início em 26-9-49. N. 135.141 — E. M. Alvarez. — Capital — A v. Lins de Vasconcelos, 2 569. — tipografia e papelaria. — Cr$ 50.000,00. — brasileira. — inicio 16-10-49. — (E lvira Martignoni A lv a r e z ). N. 135.146 — Geraldo Dias da Silva, — Capital. — R. Aviação, 108. — livros impressos — inicio 26-10-49. N. 135.167 — Waldemar Antonio Ciglioni — Capital — R. X avier de Toledo. 264, 7.° s-76 — publicação mensal da re­ vista “ Radiolar” abrangendo assuntos radio-teatro, biografias, novelas, etc. — Cr$. 5.000. 00 — brasileiro — início em 28-4-49. ALTERAÇÕES N. 38.756 — Giustiniano Travaglini — Capital — a forma ampliada ou seu ra­ mo de negócio, explorando atualmente, ser­ viço de copias heliográficas; papéis trans­ parentes para desenho e montagem e con­ sertos de aparelhos de rádio receptores. N. 117.354 — Gráfica Parnaiba Ltda. — Capital — cont. 95.465, alts. até 101.590 — O capital de Cr$ 150.000,00 fica eleva­ do para CrS 200.000,00 em partes iguais en­ tre Silvio Fernandes, Augusto Oswaldo Guidon, Celso Wladimiro Martins, Egydio Amendola, brasileiros. — ass. em 2-10-49. N. 117.358 — Indústrias Gráficas Im pe­ rial Ltda. — Capital — cont. 103.996 — retira-se Miguel Sarkis Anderi. — Cr$ . . . 45.000. 00 em partes iguais. — Jeronimo da Silva e Gabriel e Duilio Prando. — ass. em 9-11-49. N. 117.382 — Landmann, Filhos e Cia. Ltda. — Capital — cont. 54.963 — alts. até 91.426 — Retira-se Pavel Benes, ce­ dendo e transferindo ao sócio ora admi­ tido M oritz Alexandre Helmut Felsberg, brasileiro naturalizado, as suas 335 quo­ tas de Cr$ 1.000,00 cada uma, recebendo o valor nominal daquelas quotas — prazo prorrogado por mais um ano. — O capital permanece o mesmo de Cr$ 1.000.000,00 dividido em 1.000 quotas de Cr$ 1.000,00 cada uma, das quais pertencem 20 a Siegfried Landmann, 310 a Lothar W eil e 335 a cada um dos srs. Oscar Paul Landmann e o novo socio. — ass. em 24-3-49. ( C onclui na p á gina 4)


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TAXA DE EDUCAÇÃO E SAUDE A partir de hoje, 1-1-1950, a taxa de educação e saúde passará a ser de Cr$ 1,00, ao invés de Cr$ 0,80. Transcrevemos abai­ xo os artigos l.° e 4.° da lei n.° 931, de 25-11-49, a respeito: “ Art. l. ° — A taxa de educação e saúde a que se refere o Decreto-lei n.° 9486, de 18 de julho de 1946, é fixada em Cr$ 1,00 ( um cruzeiro). “ Art. 4.° — O aumento da taxa de edu­ cação e saúde, de que trata o art. l.°, co­ meçará a vigorar a partir de T de janeiro de 1950” .

MA R C A S V PA TENTES

De acordo com comunicação da Serviçal S. A. na primeira quinzena de de­ zembro passado, foi requerida a seguinte patente: Guilherme Harburger, Capital Federal, patente de “ MODÉLO DE FERRAGEM P A ­ R A CLASSIFICADORES DE CORRESPON­ D Ê N C IA” — Termo 49.226. Ainda uma vez lembramos aos nossos leitores que o nosso Sindicato poderá se encarregar de encaminhar aos órgãos com­ petentes as oposições aos registros de pa­ tentes, quando se fizer necessário e a pe­ dido dos srs. associados, bem como fo r­ necerá detalhes sôbre as mesmas. Quanto às marcas, possuímos em nossos arquivos cópias das que foram requeridas, as quais poderão ser examinadas pelos interessados. M O VIM E N TO

DA

JUNTA

CoMumcacÜM cCa. Sindicato. REPOUSO REMUNERADO Temos recebido muitos consultas com relaçãí ao pagamento do descanso semanal remunerado, e por elas notamos que há alguma confusão quanto à interpretação do Regulamento da Lei n.° 605, de 5-1-49, aprovado pelo Decreto n.° 27.048, de 12-9-49 e publicado no "Diário O ficial da União" de 16-8-49, principalmente no que se refere ao parágrafo 4.° do artigo 11. 0 artigo 11 do citado Regulamento reza o seguinte: "Perderá a remuneração do dia de repouso o trabclhador que, sem motivo justificado ou em s^itude de punição disciplinar, não tiver trabalhado durante tôda a semana, cumprindo integralmente o seu horário de trabalho". Está claro e compre­ ensível quando o trabalhador perde o direito ao recebimento do repouso remunerado: quando fa lta r sem motivo justificado ou por suspensão disciplinar durante a semana, ou ainda deixar de cumprir todo o horário de trabalho. Os motivos justificados estão contidos no artigo 12, seus itens e parágrafos, do Regulamento. Vejamos, no entanto, o que diz o parágrafo 4.° do artigo 11: "Para os efeitos do pagamento da remuneração, entende-se como semana o período de segunda-feira a domingo, anterior à semana em que recair o dia de repouso definido no artigo l.° " . O artigo l. ° dá direito a todo empregado o repouso remunerado, num dia da semana, preferentemente aos domingos). Note-se a redação do § 4.° — " . . . ANTERIOR À SEMANA EM QUE RECAIR O DIA DE REPOUSO...". A nosso ver, isto quer dizer que o empregado que falta durante uma semana não perde o domingo da mesma semana e sim o domingo da semana seguinte. Esclareçamos, figurando com datas, tomando por exemplo o mês de dezembro findo: o empregado trabalhou durante tâda a semana que foi do dia 12 ao dia 18; ficou, portanto, com direito ao recebimento do domingo seguinte, dia 25, e não ao do dia 18 Suponhamos agora que o mesmo empregado tenha trabalhado durante tôda a semana que foi do dia 5 ao dia 11; ficou com direito ao j»cebimento do domingo, dia 18. Se no entanto, êle tivesse uma falta durante a semana de 5 e ? H , teria perdido o direito ao descanso do dia 18, e não do dia 11. Esse mesmo critério deve ser observado quarn-j ao pagamento dos feriados que figurarem durante os dias úteis de uma semana. Só poderão se descontados se o empregado tiver falta na semana anterior à em que cairem feriados. Vejamos um ^xem plo: se durante a semana de 12 a 18 houve um feriado, suponhamos no dia 16, e o empregada faltou no dia 14; perderia, então, o empregado o direito ao recebimento dêsse feriado? Não, a não ser que êle tenha fa lta na semana anterior, de 5 a 11. Faltando no dia 14, e não faltando na semana anterior, o empregado teria direito ao recebi­ mento do feriado (para nossa explicação, suposto), bem como ao domingo, dia 18; somente perderia o direito, com a falta do dia 14, ao recebimento do descanso da semana seguinte, que seria o dia 25. Como tem havido não propriamente controvérsia mas confusão na aplicação do parágrafo 4.°, do artigo 11, do referido Regulamento do Repouso Remunerado, fizemos nós algumas consultas a res­ peito, para confirmar nossa interpretação, antes de a transmitirmos aos nossos leitores. E só depois de a termos confirmada é que a transmitimos, esperando que tenhamos sido explícitos. — S. F.

C OM E RCIAL

IMPOSTO SINDICAL PATRONAL

(Conclusão) M U D AN ÇA DE ENDEREÇO N. 38.857 — Gráfica das Américas Ltda. — Capital — Transferência do estabeleci­ mento para a R. Genebra, 38. D ISTR ATO N. 27.801 — Anesio A. do Amaral F i­ lho e Cia. Ltda. — Capital — cont. 55.025 -— A sociedade fica dissolvida, recebendo o sócio Dr. Anesio Augusto do Amaral Filho a_ importância de CrS 750.000,00 e o socio Dr. Stefan Marek Neuding, CrS 250.000,00.

Comunicamos a todas as firmas gráficas que a partir de hoje, l.° , até 31 do corrente, deve ser recolhido ao Banco do Brasil S. A., à rua 7 de Abril, 60, o imposto sindical patronal, correspondente ao ano de 1949. Os pagamentos feitos depois do dia 31 do corrente sofrerão multa de 10%. Nosso Sindicato já fez a distribuição das guias para esse recolhimento. As firmas que ainda não as receberam deverão dirigir-se à nossa Secretaria — das 13 às 17 horas —

Praça da Sé, 399, 5.° andar, das 9 às 11 e

que também se encarrega de fazer o pagamento do referido imposto. T

B O L E T IM D A IN D Ú S T R IA G R A F IC A

REEMBOLSO

POSTAL

Foi assinada pelo presidente da Re­ pública a L e i n.° 937, de 30-11-49, que mo­ difica a redação do artigo 35 da L ei n.° 498, de 28-11-48, reduzindo as taxas para o ser­ viço de reembolso postal. É o seguinte o texto da lei sancionada no dia 5 do passado: “ Art. l.° — O artigo 35 da L ei n.° 498, de 28 de novembro de 1948, passa a ter a seguinte redação: Art. 35 — As remessas para o interior do País, gravadas com reembolso só pode­ rão ser aceitas como cartas, encomendas ou livros, cobradas, aos remetentes, as seguin­ tes taxas e prêmios: a) pelas cartas, o prêmio de registro e as taxas de porte das cartas; b) pelas encomendas, o prêmio de re­ gistro e as taxas de porte das encomendas comerciais; c) pelos livros, o prêmio de registro e as taxas de porte de livros; d) pelas cartas, encomendas e livros o preço fixo de Cr$ 1,60 (um cruzeiro e sessenta centavos) por objeto para trans­ missão ao remetente da ordem de reembol­ so da importância recebida do destinatário. Parágrafo único — O prêmio de segu­ ro pela carta, encomenda e livro, no reem­ bolso será cobrado à razão de Cr$ 1,00 (um cruzeiro) por Cr$ 50,00 (cincoenta cruzei­ ros ) ou fração desta importância até o máximo de Cr$ 10.000,00 (dez mil cruzei­ ros), seja qual fôr o valor do objeto” . Art. 2.° — Pela devolução dos objetos gravados com reembolso, deverão, ser co­ brados dos remetenetes, no ato da resti­ tuição dos objetos os mesmos preços e prê­ mios que tiverem sido pagos para a expe­ dição dêsses objetos com exclusão do prê­ mio fixo de Cr$ 1,60 (um cruzeiro e ses­ senta centavos) previsto na letra d do ar­ tigo 35 da L ei n.° 498, de 28 de novembro de 1948. Art. 3.° — Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação revogadas as dis­ posições em contrário” .

O componedor Humberto Rey, tipógrafo francês que residiu em Lyon, foi, ao que se sabe, o inventor do componedor. Observando as dificuldades oferecidas pelo sistema de com­ posição então adotado, que, parece-nos, era o de levar os tipos da caixa diretamente ao granel, matutou sôbre um meio de simplifi­ car êsse sistema. Explicou a um ferreiro sua idéia, e êste, que naturalmente possuía alguma habilidade, não demorou em apresentar feito, em ferro, o componedor. Isso aconteceu em 1 796.


P A G IN A 6

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r O Sindicato e seus sócios"A sindicalização no Brasil — escreveu alguém — apresen­ ta um aspecto digno de ser estudado pelos sociólogos modernos. Ela é um fator de equilíbrio e de cooperação entre empregadores e em­ pregados, ao invés de, como em outros países, sê-lo de rivalidades e de lutas de classe. Ela está caminhando para a perfectibilidade das relações entre o capital e o trabalho. Assim, insensivelmente, somos conduzidos para um mundo melhor — anseio atual de tôda a huma­ nidade — onde os trabalhadores poderão viver com mais conforto, produzir com mais gosto e perfeição e cuidar, com mais segurança, do seu futuio e do futuro da indústria a que pertencem". O sindicato — acrescentamos nós — é o orgão coordenador das atividades e. profissões existentes no país e, assim sendo, dia virá em que a firma, assim como o indivíduo não sindicalizado, terá seus passos embargados em tôdas as direções para os quais queira dingir-se, apesar da obrigação de sindicalizar-se ser inteira­ mente livre. Vossa Senhoria que já sindicalizou sua firma, que conhece as vantagens oferecidas pelo nosso Sindicato, deve lembrar aos seus colegas que não pertencem ao nosso Sindicato que a sindicali­ zação representa o congraçamento de uma classe e que êles estão em falta, nesse sentido, com a Indústria Gráfica Paulista. Esta lembrança fazêmo-la téndo em vista os têrmos da letra d, artigo 11, dos nossos Estatutos (Deveres dos Associados): "Pres­ tigiar o Sindicato por todos os meios ao seu alcance e propagar o espírito associativo entre os elementos da categoria econômica das Indústrias Gráficas". E esperamos colher os resultados ali previstos.


B O L E T IM

DA

IN D Ú S T R IA G R A F IC A

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ENCOMENDAS TIPOGRÁFICAS URGENTES A maior parte dos serviços tipográfi­ cos entregues às tipografias leva a reco­ mendação de urgente. O freguês, indubitàvelmente, entrega o serviço e pergunta se pode ser para o mesmo dia ou para o se­ guinte. Se o tipógrafo diz que não, pede então sòmente parte da encomenda por conta. É preciso saber como são feitos os ser­ viços tipográficos para compreender e jus­ tificar o prazo de entrega. A incompreensão dos problemas que possui uma tipografia é a causa de muita queixa contra a indústria gráfica. A provável relação que fazem os fregueses da facilidade do trabalho com um carimbo, com dactilografia, papel carbono, fotografias, mimeógrafos e com processos simples de multiplicação, é que os orienta nas dúvidas contra o que diz um tipógrafo, quanto ao custo e quanto ao tempo de en­ trega de uma encomenda. Embora em língua portuguêsa a biblio­ grafia sôbre como se faz um impresso se restrinja a dois ou três livros, em outras línguas êsse assunto, subdividido em variadíssimas especialidades, tem merecido farta divulgação. Isto mencionamos para demons­ trar como é dificil a especialização nesse assunto. São inúmeros os técnicos, os espe­ cialistas, os institutos de estudo e de pes­ quisas e as grandes organizações de classe, que no estrangeiro se dedicam e vivem preo­ cupadas com um nível melhor para a produ­ ção dos serviços gráficos. Não sòmente implicam na determina­ ção do prazo de entrega de um serviço grá­ fico as operações complicadas e delicadas da sua preparação, mas também o limite da capacidade de produção de uma oficina. O serviço que chega a uma tipografia peque­ na entra na ordem sucessiva e cronoló­ gica em relação aos que tinham sido entre­ gues antes, com a mesma recomendação de urgentes. Uma vez que se não pode im pri­ m ir numa sò máquina ao mesmo tempo, no mesmo minuto, todos os serviços de uma oficina, nem interromper a grande tiragem de uma impressora já acertada, a solução

é aguardar que as máquinas se desocupem para o serviço seguinte. Uma das preocupações dos fabricantes das modernas máquinas impressoras é fa­ zê-las bem velozes e com tintas de rápida secagem, uma vez que o formato máximo de trabalho accessível já fo i aproveitado. Quanto à qualidade do serviço quem a determina é o freguês; êste geralmente quer pagar pouco, determinando com isso o emprêgo de material inferior. A tipografia só pode apresentar perfeição quando o papel é de boa qualidade, os tipos são novos e a impressão é uniforme, e tudo isso ao lado de uma escolha adequeda de tipos, de har­ moniosa combinação de côres e adequado equilíbrio de desenho bem planejado. O fre ­ guês é o inimigo do seu trabalho, pois na­ da disso lhe interessa quando estão impli­ cados o custo do serviço e o tempo para entrega rápida. O tipógrafo não tem opor­ tunidade de aperfeiçoar o seu trabalho, apresentar bons serviços, chamados servi­ ços de luxo! Tudo tem de ser rápido e bara­ to. Isso prejudica todos os pendões artís­ ticos do tipógrafo e incute-lhe um hábito de mau gôsto, devido à automatização do seu serviço, que, por vontade do freguês, estaria terminado no dia anterior ao dia da encomenda. As possíveis soluções para atender a êsses problemas da indústria gráfica podem ser encontrados no interêsse que o freguês de um serviço tiver pelos processos im ­ plicados no seu andamento, na encomenda de tiragens maiores, na escolha de material de melhor qualidade, na determinação de boa impressão, no planejamento prévio da encomenda com tipos bem combinados, cô­ res harmoniosas, e finalmente no reconhe­ cimento da necessidade da concessão de um prazo adequado para entrega do serviço. A cooperação entre o freguês e a tipo­ grafia resultará, sem dúvida, em benefício mútuo, cujas vantagens reverterão para o aperfeiçoamento do padrão artístico do nossos trabalhos gráficos que espelham pe­ lo mundo afora o nosso grau de cultura.


VISITA À C A SA PUBLICAPORA BRASILEIRA Organizada pelo Departamento de Pesquisas em A r ­ tes Gráficas de nos­ so Sindicato, reali­ zou-se no dia 8 de dezembro, conforme noticiamos na edição passada, uma visita à Casa Publicadora Brasileira de Santo André, a primeira de uma série programa­ da e que contou com a presença de inú­ meras pessoas, que foram transportadas por condução espe­ cial. Os visitantes fo ­ ram recebidos pelo prof. Domingos Peixoto da Silva e outros diretores do estabelecimento, que fizeram questão de mostrar, em sequência, o fun­ cionamento da organização. Foram, as­ sim, percorridas tôdas as secções. Os v i­ sitantes se demoraram no exame das ins­ talações e máquinas, tendo sido motivo de entusiasmo para todos a grandiosidade das instalações e principalmente a ordem e asseio reinantes. Segundo opinião geral, fo i uma visita muito proveitosa para os presentes, aos quais fo i propiciada a opor­ tunidade de se inteirar do funcionamento

de modernas máquinas gráficas ao lado de um método de trabalho verdadeiramente ra­ cional. Dentre as entidades que aderiram a essa visita, estiveram presentes o Instituto de Engenharia, representado pelo dr. Antônio E. Longo; a Escola de Artes Gráficas do SENAI, da qual compareceram todos os instrutores e alunos do 6.° Termo que se

formaram no ano findo, chefiados pelo sr. Paulo Breda Filho, diretor da Escola; a Cooperativa Gráfica, representada pelo sr. José Mesa Campos, que se fez acompanhar do sr. José Costa Mesa, da Cia. P. Sarcinelli. A Associação Paulista de Bibliote­ cárias, especialmente convidada, fo i repre­ sentada pela sra. d. Adelpha S. R. Figuei­ redo, presidente, acompanhada de biblio­ tecárias de diversas instituições, dentre as quais duas de Recife, que se encontravam em nossa Capital. O sr. A. Paupério, que também partici­ pou da organização dessa visita, esteve presente, fazendo-se acompanhar de diver­ sos amigos. O sr. Francisco Cruz Maldonado, presidente de nosso Sindicato, à úl­ tima hora impossibilitado de comparecer, fez-se, no entanto, representar. As fotografias que estampamos, colhida pela objetiva do desenhista Geza Kaufmann, que gentilmente fez-se nosso fotó­ grafo, fixam três instantes da interessante visita que, como dissemos acima, é a p ri­ meira de uma série programada pelo D e­ partamento de Pesquisas em Artes G rá­ ficas de nosso Sindicato.


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