Boletim da Indústria Gráfica (BIG) - Edição 99 - 1958

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DA

INDÚSTRIA GRÁFICA D is t r i b u í d o p elo

"SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS” NO EST. DE S. PAULO

Renasça a paz, a justiça, Ressurja o antigo fervor: Que os homens todos se [abracem Na esperança e no amor.

M u r il o M endes

ANO IX - DEZEMBRO DE 1958 - N.° 99


KaU tSS W ü R & V n t t t l K£1 t t t l K *» » M a w K £ l WM tt£J K£1 t t f il K«J t t f ll KfcJ K *» K£J ftW t t t t n ü ! ;

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“Gloria in excelsis Deo et in Terra Pax hominibus bonae voluntatisn Êste número do nosso Boletim corresponde ao mês de dezembro. É o mês das festas. É a época em que todos, mesmo os mais descrentes, param um pouco nas suas atividades materiais e se voltam para dentro de si mesmos, para os próprios corações, elevando seus espíritos até Aquêle que é o Senhor absoluto de tôdas as coisas. Natal é a festa do bem-querer, dos sentimentos humanos mais nobres, do verdadeiro espírito cristão, em suma. O ano de 1958 foi bom, não obstante a inflação que já se tornou crônica. Poderia ter sido melhor, dirão alguns, mas não podemos e não devemos ser pessimistas. O Sindicato das Indústrias Gráficas, por sua Dire­ toria, aproveita esta oportunidade para desejar a todos seus associados, amigos e colaboradores um FELIZ

N A T A L

e um PROSPERO ANO NOVO.

Dezembro de 1958

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Boletim da Ind. Grรกfica


f o t o lit o : J A N U S

re p ro d u ç õ e s

g r á f ic a s

It d a .


ALEXANDRE HORNSTEIN

ulgo conveniente iniciar êste comen­ tário com uma referência à nossa le­ J gislação trabalhista, estreitamente ligada

como está, às relações boas ou más que os empregadores vêm mantendo frente aos seus auxiliares.

Sem embargo, porém, das notórias dificuldades que essa legislação vêm criando aos homens de emprêsa, cabelhes todavia empregar todos os esforços a fim de ser tão delicado problema co­ locado em alto nível, pois da sua solução depende em última análise o progresso das emprêsas e conseqüen temente do próprio País. Na realidade, são vários os disposi­ tivos das nossas leis trabalhistas que impedem sejam racionalmente organi­ zadas as diversas secções de um estabeleci­ mento, com base na competência, na diligência ou na capacidade dos seus au­ xiliares. O postulado de idêntica remu­ neração para idêntico trabalho (o tra­ balho é idêntico mas o desempenho é diferente); os constantes reajustamentos compulsórios de salários, extensivos a todos os empregados sem distinção de capacidade, criam na verdade problemas às vêzes insolúveis, redundando quase sempre em sacrifício da produção e conseqüente encarecimento da mesma. As indenizações ilimitadas por sua vez, e o malfadado estatuto da estabili­ dade medidas tomadas pelo Estado à custa das emprêsas, mas também à custa precisamente das boas relações entre em­ pregados e empregadores, retiram dêstes a sua natural condição de únicos juizes em questões dessa natureza, impedindoos de, a seu critério, premiar os que o merecem, de vez que, todos, sem dis­ tinção, fazem jús às vantagens acima enu­ meradas. Há a considerar também que as indenizações ilimitadas retiraram do empregador o ânimo de remunerar condignamente os seus auxiliares, com na­ tural receio dos enormes onus e encargos que fatalmente, mais tarde irão recair sôbre os seus ombros. No que se refere Dezembro de 1958

à estabilidade, vemos a prática geral da despedida de empregados ao completa­ rem 9 anos de serviço. Existem, tam­ bém, as leis de proteção ao menor, cujas exigências às vêzes excessivas, vêm deter­ minando o desinterêsse das emprêsas pela admissão de aprendizes, o que é lamentável, pelas conseqüências impre­ visíveis que terão as mesmas que en­ frentar no futuro, ante a falta de ope­ rários qualificados que se formam quase que unicamente através do aprendizado nas oficinas, de vez que escolas profis­ sionais entre nós, com raras exceções, bri­ lham pela sua ausência. E o que dizer da proteção à empregada gestante antes e depois do parto ? Resultado — quem hoje aceita mulher casada em seu esta­ belecimento ? A proteção é justa e neces­ sária quando razoável, e contraprodu­ cente quando excessiva; pode até fazer com que o doente morra da cu ra! A situação somente se resolverá, porém, no dia em que pudermos contar com um legislativo mais corajoso e so­ bretudo menos demagógico, que se re­ solva afinal a destruir o mito de que “leis trabalhistas embora erradas são irrevogáveis”. Não seria êste o momento propício, para que os nossos legisladores inicias­ sem seus trabalhos, a fim de aliviar co­ mércio e indústria dos ônus da estabi­ lidade e indenizações sem limite, substi­ tuindo-as por uma bem estudada lei de seguro contra desemprêgo, custeada pelos empregadores, que poderíam arcar com êsse novo ônus desde que os dois outros (indenizações ilimitadas e estabilidade) seja revogados ? O terreno que nos foi deixado, a nós homens de emprêsa, apesar de exíguo, é, no entanto, ainda aproveitável e muito nos é ainda lícito realizar em prol da melhoria das nossas relações com os nossos empregados. Devemos lembrar-nos, em primeiro lugar, que o nosso auxiliar é, até o mais

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humilde operário, uma criatura humana, digna de nossa atenção e merecedora de uma parcela, por pequena que seja, do lucro que êle também nos auxiliou a auferir. Ilustre técnico em assuntos de produção que é igualmente diretor do Idort, em recente artigo publicado, diz textualmente: “Quanto ao problema de criar e manter boas relações humanas numa coletividade de trabalho, depen­ derá do modo de sentir da alta direção. E’ um problema essencialmente subje­ tivo, para cuja solução a técnica de orga­ nização, auxiliada pela psicologia, po­ derá apenas oferecer sugestões baseadas na lógica e no raciocínio, para convencer os altos dirigentes das vantagens de exis­ tirem boas relações humanas com seus subordinados. O raciocínio os poderá fazer compreender que, por exemplo, os subordinados sentem a necessidade de ser tratados como sêres humanos e não como meros elementos de produção”. Diz o mesmo técnico mais adiante: “Para conseguir boas relações humanas o chefe deverá “sentir”, sinceramente, respeito pela personalidade humana do mais humilde do seus subordinados”. Essa aproximação psicológica dos dos chefes com os seus subordinados só poderá funcionar, a meu ver, mediante o contacto senão permanente, pelo menos freqüente da direção da emprêsa com os seus auxiliares. Dêsse contacto é que devem nascer a confiança mútua e a compreensão de que o esforço dos tra­ balhadores está sendo devidamente apre­ ciado, mòrmente se se seguirem medidas objetivas tendentes à melhora dos mé­ todos de produção, “pari passu” é claro, à melhora das condições dos traba­ lhadores. O contacto freqüente dos gerentes e chefes de departamentos com auxiliares, mesmo com os de baixa categoria, pro­ curando conhecer suas idéias acêrca do andamento dos negócios em cada um dêsses setores, é medida de grande al­ cance, largamente usada nos Estados Unidos da América. Mediante êste contacto poderá a di­ reção da emprêsa descobrir, eventual­ mente, novos valores a serem oportuna­ mente aproveitados em cargos de respon­ sabilidade. Novos e melhores métodos têm sido igualmente descobertos como

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conseqüência de sugestões apresentadas, mesmo por peqüenos funcionários e que, aplicadas, criaram apreciável aperfeiçoa­ mento na direção de vários setores de certas emprêsas das quais conheço uma, pois que é a minha própria. Falei linhas atrás a respeito do direito que tem o trabalhador de participar nos lucros da emprêsa na medida justa dos seus es­ forços, da sua capacidade, da sua assidui­ dade, da sua honestidade e “last but not least” da sua produtividade. Não me refiro, está claro, a êsse inciso constitucional, cuja revogação está tar­ dando tão inexplicàvelmente. Referi-me, sim a planos meticulosamente estudados e que devem forçosamente variar de em­ prêsa a emprêsa, de acordo com as pe­ culiaridades de cada uma. Isso sim é um imperativo que deve, sem tardança, entrar em nossas cogitações. Estudemos nossos planos e apliquemo-los, anteci­ pando-nos a qualquer regulamentação que possa surgir para o referido dispo­ sitivo constitucional, a qual estou certo estará, inevitàvelmente, fadada ao ma­ logro. A participação nos lucros, concedida mesmo a título de gratificação anual, deverá estar sem dúvida isenta de quais­ quer gravames aos empregadores, pois, para nossa tranqüilidade, a justiça do trabalho vem caminhando cada vez mais no sentido de não considerar as gratifi­ cações ou bonificações não ajustadas, como salário para fins de indenizações ,e sim, mera liberalidade do empregador. Devemos, sem dúvida, ser compreen­ sivos e até generosos frente aos nossos au­ xiliares, mas devemos nos opor a leis e decretos que possam levar as nossas em­ prêsas até o risco de perecimento, com prejuízo geral inclusive dos empregados. Não se deve confundir generosidade com inconsciência. Medidas sensatas e equi­ libradas darão sempre resultados úteis e duradouros. Gestos impensados, porém, podem levar a desastre qualquer empre­ endimento, por sólido que seja. Cami­ nhemos, sempre, lado a lado, com os nossos colaboradores sentindo-lhes os anseios e as necessidades. Não percamos de vista, todavia, as regras clássicas de administração racional, únicas capazes de, com firmeza, levar os nossos empre­ endimentos ao mais completo e cabal sucesso. Boletim da Ind. Gráfica


Lançado recentemente pela FUNTIMOD o novo tipo

que tem múltiplas aplicações:

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Escolher bem os tipos a serem aplicados nos im pressos, é um a propaganda do bom gosto artístico da T ipografia. Dentre a grande variedade dos tipos FU NTIM O D há sem pre aquele que é o m ais indicado para determ inada com posição

tipográfica.

T u d o o m a is q u e se re la c io n a á s A rte s G rá fic a s c o m o : M á q u in a s, A p a re lh o s , A c e ssó rio s, U te n sílio s, C a v a le te s, F io s d e L a tã o , M a te ria l b ra n c o e o u tro s p ro d u to s d e e le v a d o p a d rã o té c n ic o c o n sta m em n o ss o e s to q u e p e rm a n e n te .

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AVISO Senhor Industrial, Antes de colocar a clássica tabuleta na porta de sua fábrica “Precisa-se de empregados”, convém lem­ brar-se que a Escola do SENAI, no Cambuci, é a fonte formadora dos profissionais que o Sr. precisa.

Que profissional o Sr. precisa? Meio oficial? Ou oficial?

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Escreva ou telefone para a Escola (33-2486) infor­ mando que tipo de profissional o Sr. está precisando. Mas, atenção ! Ao receber um candidato que se diz aluno do SENAI, exija dêle a prova do que disse; e, se desejar confirmação, telefone para a Escola e ela lhe dará informações sôbre o candidato a emprêgo em sua firma. São Paulo, Outubro/58 J

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F. A r r u d a (Diretor 1-4)

oão

Boletim da Ind. Gráfica


Conselhos de Salários Aproximademente um trabalhador assala­ riado em cada grupo de cinco, residente na Grã-Bretanha, tem os salários fixados de uma maneira ou outra por órgãos cujas decisões dis­ põem da força de lei. Êsses assalariados são encontrados em grandes indústrias como a agri­ cultura, distribuição, fornecimento de gêneros alimentícios e transportes rodoviários e em numerosas outras de menores proporções, tais como consertos de rêdes de pescar ou manufa­ tura de botões. Essas indústrias têm algo em comum: nenhuma delas é suficientemente bem organizada para uma regulamentação eficiente dos salários por acordos voluntários e, em conseqüência, para cada uma delas foi criado uma junta ou conselho de salários. Uns sessenta órgãos regulamentam atual­ mente, por dispositivo legal, os salários de mais ou menos 3.500.000 trabalhadores e o presi­ dente de cinco dêles esteve recentemente fazendo um apanhado de seus êxitos e atividades. Tratase do sr. C W. Guillebaud, economista de Cambridge e técnico em relações industriais. Em um folheto intitulado “O Sistema de Conselhos de Salário na Grã-Bretanha”, êle afirma que êsses órgãos estão preenchendo suas finalidades. Històricamente, os Conselhos de Salários re­ montam a velhas Juntas de Profissões, postas em atividade pela primeira vez em 1909, por Lei do Parlamento, para resolver o prohlema das indústrias que "faziam suar sangue”. A lei aplicava-se à fabricação de cordas confecção de rendas e roupas e à fabricação de caixas de papel e não há dúvida que muito fêz para elevar o padrão de vencimento de muitos operários e protegeu os bons empregadores que estavam em dificuldade para concorrer com firmas que flo­ resciam à custa da exploração dos empregados. Essa circunstância é considerada pelo sr. Guil­ lebaud como um dos êxitos a longo prazo da ma­ quinaria fixadora de salários. Um outro que êle menciona é a elevação da moral do trabalhador e com ela, uma eficência maior na indústria. Êle se refere, também, à diminuição das desigual­ dades de salário entre indústrias diferentes e dentro da mesma indústria e à aceitação geral do órgão regulamentador tanto pelos operários como pelos empregadores, como útil e necessária. O princípio que norteava as Juntas de Pro­ fissões foi modificado em 1918. Ao invés de procurar as indústrias que “exploravam” os ope­ rários, o ministro do Trabalho recebeu poderes para baixar decretos e criar Juntas de Profissões para as indústrias onde fôsse de “opinião que não havia órgão adequado para a regulamen­ tação eficiente dos salários por tôda a profissão”. Dezembro de 1958

Tais indústrias, na sua maioria, compreendem grande número de firmas pequenas e espalhadas, onde a organização é difícil para ambos os lados. Entre 1945 e 1948, o órgão fixador de sa­ lários sofreu uma remodelação total e uma mu­ dança de nome. As juntas passaram a ser co­ nhecidas como Conselhos de Salário. Mas, qualquer que fôsse o nome, através de tôda a sua história, a estrutura permaneceu quase sempre a mesma, embora o tamanho da afiliação pudesse variar de um Conselho a outro. Atualmente, o Conselho de Salários, como a Junta de Profissões, que o precedeu, consiste de representantes dos empregados e empregadores, em igual número, juntamente com não mais de três “membros independentes”, nomeados pelo ministro do Trabalho. Habitual­ mente, os membros “representativos” compreen­ dem 15 pessoas de cada lado e procura-se manter essa cifra para facilitar a administração, embora haja exceções. O ministro nomeia, também, o secretário e o pessoal administrativo do Conselho. Desde 1918, tinha sido decidido que o órgão disciplinador, criado para proteger os salários e condições de vida nas indústrias menos organi­ zadas, seria apenas o comêço de outros órgãos vo­ luntários, trabalhando em conjunto e fundados por acordo entre os sindicatos e os empregadores. Em seguida à II Guerra Mundial surgiram, na realidade, órgãos conjuntos originados atual­ mente dos Conselhos de Salários em algumas indústrias do Reino Unido e há legislação con­ cedendo aos Conselhos Industriais Conjuntos a atribuição de pedir a abolição dos Conselhos de Salários. Entre as indústrias que tiveram os Conselhos recentemente abolidos, em favor de um órgão de associação voluntária, contam-se as de fabricação de móveis e a de tabaco. As decisões sôbre salários, tomadas pelos Conselhos de Salários surgem, em primeiro lugar, como uma recomendação, que deve ser divulgada em lugar bem visível, em todos os locais de trabalho onde se apliquem. Nos ca­ torze dias seguintes, as objeções podem ser apresentadas e, neste caso, serão apreciadas pelo Conselho. Uma vez resolvidas ou tendo o período passado sem objeções, o Conselho dá forma final à proposta e a submete ao mi­ nistro do Trabalho. Nessa fase, o ministro confirma a proposta, se com ela concorda ou pode devolvê-la para estudos posteriores pelo Conselho. O ministro, contudo, não pode alterá-las. Uma vez confirmada pelo ministro, a pro­ posta assume o caráter de Ordem Executiva, cujos têrmos os empregadores devem cumprir, sob pena de multa.

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No Conselho de Trabalho, cada membro tem um voto, mas, pode acontecer que o presidente decida em caso de empate ou que a maioria dos operários e empregadores peça um voto de maioria de cada lado. Nesse caso, os votos da maioria dos membros de cada lado, transformam-se no voto único dêsse lado. Nessa altura, os membros independentes não votam, mas, no caso de discordância o voto majoritário dos mem­ bros independentes decide o ponto controvertido.

A jud a D ireta ou In d ire ta ? Milhões de pessoas passam fome no mundo, milhões de pessoas morrem vitimadas por en­ fermidades infecciosas e milhões de pessoas, li­ mitam suas esperanças a dormir e não mais acordar. A miséria dêsses milhões de sêres hu­ manos constitui um abismo que os separa do resto da humanidade, um abismo que, devido ao progresso contínuo, se torna cada vez maior e que, se não fôr remediado, poderá acarretar um rompimento irreparável entre dois mundos. Bilhões de dólares são necessários para di­ minuir êsse abismo, mas, nas proporções em que se oferece ajuda, presentemente, só podem ser atendidas as necessidades mais elementares. As Nações Unidas fazem alguma coisa, os orga­ nismos especializados da onu também fazem alguma coisa, os govêrnos também, mas todos juntos ainda fazem muito pouco. A Assembléia Geral das Nações Unidas apro­ vou, recentemente, um plano destinado a esti­ mular o desenvolvimento econômico dos países subdesenvolvidos, tratando-se, portanto, de uma mudança ou melhoria da infraestrutura social e econômica. Na realidade, podemos dizer que a iniciativa foi tomada de baixo para cima, mas não se chegou a uma decisão, pois apenas foi feito um apêlo aos países mais favorecidos, no sentido de que prestem ajuda, na base de do­ nativos voluntários, a prazos longos. O plano aceito se converteu numa palida imagem do sunfed , a favor de cuja aceitação numerosos países se esforçaram denodadamente, mas em vão, porque algumas grandes potências decla­ raram que em primeiro lugar, dever-se-ia chegar a um acordo sôbre o desarmamento. Argumentaram aquelas potências que somente com o dinheiro economizado com o desarma­ mento poderíam prestar ajuda aos países subde­ senvolvidos. Não se conseguiu modificar êsse ponto de vista e, finalmente, os promotores do sunffd declaram-se de acordo com um plano que, na prática, só pode ser considerado como de­ monstração de boa-vontade. Nada mudou. Os diversos programas de assistência continuam em vigor e continuam limitados, devido à insufi-

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cência dos fundos. Continuam a ser uma pequena gôta d’água numa chapa incandescente de ferro. Temos procurado dar uma idéia do que se tem feito, especialmente na Holanda, para aju­ dar os países subdesenvolvidos. Falamos sôbre a organização de cursos especiais de caráter internacional, nos quais técnicos de outros países podem enriquecer seu; conhecimentos com as­ pectos especlficamente holandeses, como, por exemplo, na engenharia hidráulica. A idéia fun­ damental dêsses cursos é tornar conhecidas as experiências dos holandeses em outras partes do mundo, a fim de que problemas, talvez aparen­ temente insolúveis possam ser analisados sob um prisma inteiramente novo. Também temos falado a respeito dos inúmeros técnicos holan­ deses cjue viajam por tôdas as partes do mundo, a fim de prestar assistência a outros povos, com seus conhecimentos. Tudo isso é digno dos maiores elogios, em­ bora seja ainda pouco o que se está fazendo. E ’ claro que a Holanda não tem nenhuma culpa disso, pois não se pode esperar que um pe­ queno país execute sozinho um programa que custa bilhões de dólares. O que se pode esperar, é que as grandes potências reconheçam que a assistência aos países subdesenvolvidos não é uma questão de política, e sim de humanidade. Neste mundo, em que as comunicações tor­ nam as distâncias cada vez mais curtas não se pode evitar que os grandes contrastes entre pobres e ricos apareçam sob formas cada vez mais amargas e sejam conhecidos por ambas as partes. Tal situação pode acarretar perigosos conflitos, cuja amplitude nem podemos calcular. A Holanda tem chamado a atenção para tais perigos, repetidamente. E, como nação pe­ quena, sabe muito bem que a assistência iso­ lada não pode resolver problemas que depen­ dem da ajuda multilateral. Além disso, a Ho­ landa tem salientado que a assistência não deve ser considerada como favor ou esmola. A ma­ neira com que se vem fazendo a assistência atualmente poderia levar a tal idéia, que deve ser evitada, a todo custo. Não se trata de dar presentes, e sim de participar da solução de problemas, que não podem ser resolvidos unicamente pelos países atingidos. Resultados eficazes só poderão ser alcançados, se os países que prestarem e os que receberem assistência, empreenderem um esforço coletivo para a so­ lução de tais problemas. A assistência bilateral — em vista da am­ plitude da situação — é apenas um paliativo: só a ajuda multilateral poderá eliminar o círculo vicioso e mostrar-se realmente útil e eficiente, em benefício da paz e da prosperidade de todos. Boletim da Ind. Gráfica


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Boletim da Ind. Gráfica


ENCADERNAÇÃO ARTÍSTICA “O M OSAICO” ------------------------------------- LUIZ BERNARDINO

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(Assistente Técnico do SENAI)

O Sr. Luiz Bernardino, lotado na Escola de Artes Gráficas daquela Instituição, em São Paulo ocupa na Escola o cargo de Orientador Técnico das Oficinas de Aprendizagem. Em 1952 ganhou bôlsa de estudos no estrangeiro, tendo estagiado na França, no Colégio Estienne. mosaico é uma decoração exe­ cutada com auxílio de peças em­ butidas. Ela enriquece e diversifica a encadernação artística, permitindo ao encadernador e dourador uma grande variedade de modelos e de côres. O mosaico pode, até um certo limite, representar o modêlo dos objetos. Na reprodução do desenho sôbre o couro, êle se avantaja até mesmo da pintura. O mosáico toma emprestado à geo­ metria suas superfícies infinitamente variadas: retângulos, polígonos de tôda ordem, regulares e irregulares, figuras curvilíneas, estrelas, rosáceas, etc., diver­ samente coloridas. Nele aplicam-se tam­ bém os recursos da natureza: plantas flo­ res, seres animados e paisagens estilizadas. A experiência que temos, nos per­ mite supor que o amador também não terá embaraço em compor seus modelos. Quaisquer noções de desenho e um pouco de bom gosto e habilidade na utilização das côres são suficientes para a execução dos motivos geométricos. A representação da natureza será mais difícil. É quase impossível, em razão de sua complexidade, reproduzir certos objetos e seres, como por exemplo, uma árvore com suas folhas. Por isso é preciso fugir da realidade, procurando uma interpretação de formas estudadas e estilizadas para dar a possível execução, exteriorizando dêsse modo um grande senso artístico. Poder-se-á consultar tratados de com­ posição decorativa, onde são encontrados numerosos modelos de estilização. Esta forma de decoração é, com efeito, apli­ cada à arquitetura, ao exterior como ao O

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interior dos imóveis; encontra-se nas vidraças e nos papéis de forrar paredes, nos móveis esculpidos ou folheados, nos tapetes, nos tecidos, na porcelana e nos mais diversos objetos de utilidade do­ méstica. Inspirando-se nestes múltiplos exem­ plos, convirá não esquecer que as com­ posições originais não se executam em série, e que cada motivo deve ser espe­ cialmente concebido, para o livro que se quer decorar. Não são necessários muitos instru­ mentos para se fazer o mosáico. No entanto, o encadernador e dourador ne­ cessitam de alguns dêles, como sejam: placa de zinco e faca para cortar o couro, chanfradeira e base de vidro para chanfrá-lo, palheta de dourador para filêtes e outros ferros ou peças, de acordo com o desenho e brumidor para polir. Nesse tipo de trabalho, o material mais adequado é o couro. A pelica e a carneira são indicados para fazer um bom mosáico. Deve-se no entanto, empregar uma única espécie para cada trabalho. Para fazer o mosaico propria­ mente dito, aproveitam-se os retalhos que sobraram de outras encadernações, os quais sempre são guardados pelos enca­ dernadores, principalmente pelos que se dedicam às encadernações a mosaico. Como as peças de mosáico devem ser circundadas por um filête a sêco ou a ouro, é natural que convirá dispor de todos os ingredientes utilizados para executar a douração. Em primeiro lugar, é preciso confec­ cionar o projeto da decoração a ser executada.

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F ig. 1 — Mosaico com linhas retas formando losangos. Foi executado com pelicas branca, conhaque, azul, vermelha, verde e bordeaux, sendo filetado a ouro. Os dizeres da lombada também foram gravados a ouro.

É um desenho colorido, feito em papel, com as dimensões exatas da capa do livro, em que devem constar todos os pormenores da composição. O pro­ jeto compreende não somente o mosaico propriamente dito, mas ainda todos os ornamentos em douração, a ouro ou a sêco. Na verdade, ela está subordinada às possibilidades de reprodução de acor­ do com o recurso das peças para dourar, dos intrumentos e dos materiais de que se dispõem, bem como à habilidade do executante. Coloca-se o desenho sôbre a parte do livro a decorar. Quando o projeto fôr executado sôbre um papel de dese­ nho encorpado e duro, torna-se indis­ pensável tirar uma cópia dêle num papel fino. A cópia é fixada sôbre a capa do livro, a fim de ser feito o decalque. O método mais aconselhável para se fazer o decalque, é usando os próprios ferros de douração, isto é, aquêles que vão ser empregados na execução final do ser­ viço. Os ferros podem ser aplicados frios ou ligeiramente aquecidos. O traço deve

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ser bem visível. Completado o decalque, destaca-se a cópia. As peças para o mosáico devem ser feitas com couro de boa qualidade; con­ vém evitar o emprêgo das partes sem consistência e sem granulação como os flancos, e as partes duras ou enrugadas, principalmente nos cantos e nas extre­ midades da capa em execução. As peças de mosáico devem ser muito delgadas para não formar nenhum relêvo. Convém, portanto, chanfrá-las suficientemente, de maneira a não deixar subsistir senão a parte mais fina. A apli­ cação do mosáico é a operação mais delicada de todo o trabalho; ela é exe„ cutada segundo o método indicado para a encadernação, tomando pedaços de couro maiores do que aquêles que fôr preciso obter definitivamente. Deve-se ter muito cuidado e atenção em recortar as peças de couro para o mosáico; o recorte deve ser executado com a máxima precisão, seja qual fôr o processo empregado. Quando o mosáico é composto de li­ nhas retas, as suas peças podem ser cor­ tadas com o auxílio da régua e da faca Boletim da Ind. Gráfica


M F ig. 2 — Mosaico estilizado. Foi executado em pelica, sendo o fundo branco, a cruz cinza, as rosas e botões em vermelho e preto e as folhas em verde. Tôdas as junções do couro foram filetadas a ouro e os dizeres também foram gravados a ouro.

com ponta, usada para êsse tipo de tra­ balho. Mas, quando a superfície a ser cortada tem contornos complicados, fixase a cópia sôbre a superfície da peça e, marca-se a mesma, com ferros frios ou com outra peça de ponta arredondada, com a qual acompanha-se o desenho da cópia e marca-se a peça. Antes de colocar em seus lugares as peças de mosáico, convém raspar com a ponta da faca ou com a raspadeira as partes onde se devem fixá-las, de ma­ neira a tornar ligeiramente áspera a su­ perfície da pele e permitir a penetração da cola. A colagem é efetuada com a cola de trigo, de amido ou química, que é pas­ sada ao mesmo tempo nas duas peças a serem coladas, isto é, no mosáico e na parte que vai receber o mosáico. Quando a colagem está feita, passa-se a dobradeira sôbre o trabalho para eli­ minar qualquer defeito de colagem, que por ventura se tenha registrado. Quando as peças estiverem bem co­ ladas, limpa-se tôda a superfície muito Dezembro de 1958

levemente com uma esponja úmida, para tirar o excesso de cola e os sinais digitais. Em seguida, coloca-se o trabalho na prensa, a fim de ser obtida uma super­ fície bem plana. O polimento da capa deve ser feito antes da sua douração. Aquece-se o brumidor, com o grau de calor de acordo com o tipo de material a ser polido. A regulagem do calor do ferro só é obtida por meio da prática adquirida através de longo tirocínio. Além de dar o brilho no couro, o brunimento ainda fixa melhor o ouro e ajuda a retirar outras impurezas e defeitos que as peças ainda apresentem. Para maior realce do trabalho, devese filetar a ouro tôdas as junções do mosáico, tendo-se o cuidado de cobrir bem as emendas das peças. Essa operação será feita de acordo com os processos empregados para a gra­ vação a ouro. Os ferros quentes devem ser aplicados com tôdas as precauções. Por fim proceder-se-á à limpeza e aos retoques, se houver necessidade.

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Inauguração das novas instalações do ^ “Estabelecimento de Reproduções Gráficas j JANUS Ltda.” |

M

ais uma festinha de inauguração.

Desta vez, foi na Avenida do Esta­ do n.° 7.904, onde a “Janus” inaugurou as suas novas instalações, num ambiente es­ paçoso, cheio de luz, de ar e de conforto. Foi um agradável pretexto para o nosso caro amigo Leopoldo Brehm reunir amigos, fornecedores e colegas de classe para uma festinha. E olhe lá, que festinha ! Havia de tudo, do bom e do melhor, em abundância, em espe­ cialidades, em gentilezas, em amabilidades. É que tudo aquilo vinha do Leopoldo, essa personalidade impar e inconfundível, que prima sempre em ser amável e, sobretudo, em ser amigo. Quando a gente visita um estabeleci­ mento como aquêle, onde tudo está cal­ culado e previsto, onde cada coisa está em seu lugar, pronta, à mão para ser usada no momento oportuno, fica-se admirado do espírito de ordem que preside a tudo aquilo. E em tôda a parte, nas mais pe­ queninas coisas, nas minudências, estáse advinhando a presença do Leopoldo, o incansável, o lutador de sempre. Por isso é que ali se encontraram tantos amigos, colegas de classe, todos admii adores dêsse homem de trabalho, que se destaca sempre pelo seu valor de técnico competente e de bom gôsto. Houve falação, como não poderia deixar de haver. O primeiro orador foi o nosso caro Leopoldo, explicando o porquê daquela reunião de amigos, co­ legas, fornecedores e clientes, aos quais êle queria proporcionar aquêle momento alegre pelo regozijo que lhe ia n’alma, vendo concretizado, talvez, um de seus sonhos — o de poder dar aos que com êle trabalham um ambiente de conforto para que melhor ainda pudessem pro­ duzir; para os seus clientes seria uma es­ perança de trabalhos ainda mais apura­ dos, mais bem feitos, de melhor gôsto. A todos agradecia aquêle instante de prazer que lhe davam com as suas presenças.

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Depois foi a vez do nosso Presidente, que em nome do Sindicato das Indústrias Gráficas e no de seus amigos, que ali estavam compartilhando das alegrias de mais essa vitória do Leopoldo. Disse da satisfação que todos sentiam por mais essa realização do Leopoldo Brehm. É que êsse homem, realmente é um pouco diferente dos demais. Tudo quanto faz é sempre sob o desejo de melhorar a sua arte, de melhor agradar aos que dela se servem. Sua preocupação constante é o bem estar dos que o auxiliam para que sofram menos as agruras do trabalho diário. Não é o calculista, que tudo faz sempre com usura para aumentar o seu lucro e avolumar a sua riqueza. Por isso é que o Leopoldo irradia bondade e simpatia e conquista amigos, sem saber enriquecer. Em compensação, vive num ambiente feliz pela estima de todos que o cercam. E assim terminou o nosso Presidente a sua saudação, formulando os melhores e mais sinceros votos de prosperidade para o Estabelecimento Gráfico e de felicidades para o seu criador, o amigo Leopoldo Brehm. A festinha da “Janus” prolongou-se ainda por muito tempo, por muito mais tempo do que é costume em festas seme­ lhantes. Tudo ali era atrativo — as gen­ tilezas, as atenções que se recebiam, aquêle convívio alegre e camarada entre chefes e trabalhadores, — tudo, enfim, deixava a melhor das impressões. Poucas têm sido as reuniões festivas que nos têm deixado tão agradáveis lembranças. Ao Sr. Leopoldo Brehm formulamos também os nossos votos de felicidades e das maiores prosperidades para o seu “Estabelecimento de Reproduções Grá­ ficas Janus Ltda.”, recém instalado em sua nova séde. Boletim da Ind. Gráfica


Vista de algumas das diversas secções do “Estabelecimento de Reproduções Gráficas JANUS Ltda.” e os que ali foram na sua inauguração, tiveram o prazer de constatar. Estas fotos são uma amostra do que ali realmente existe; organização, luz farta, limpeza, bom gosto e sobretudo de maneira impressionante, no que diz respeito sua parte funcional. Como se vê, è realmente um estabelecimento digno da “cidade que mais cresce no mundo”.

Dezembro de 1958

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esTaBeLecímenTo De RePRODuções GRáncas

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FOTOLITOS

EXECUÇÃO RÁPIDA — ALTA QUALIDADE AVENIDA DO ESTADO, 7904 (fundos)

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— F o n e s : 63-1042 e 63-1282 — SÃO PAULO

Boletim da Ind. Gráfica


O sindicalismo na Grã-Bretanha ---------------

H

Objetivos invariáveis ---------------

Á noventa

anos passados em Manchester, Inglaterra, 34 líderes sin­ dicais reuniram-se na primeira sessão Confederação dos Sindicatos da GrãBretanha. A agenda incluía assunto como a arbitragem e conciliação na indústria, a necessidade de legislação para melhorar as condições das fábricas e a importância de maiores facilidades para a educação técnica. Êste ano, em Bournemouth, Hampshire, na primeira semana de setembro, reuniram-se mais de 1.000 delegados, re­ presentando quase 8.500.000 operários, por motivo da nonagésima reunião anual. O temário, curiosamente, incluía alguns dos mesmos discutidos no I Congresso. Comentando essa coincidência, encon­ tramos as seguintes palavras no rela­ tório anual do Conselho Geral da Con­ federação: “A existência de tópicos seme­ lhantes, para discussão, em 1868 e 1958, não é simples coincidência nem sinal de fracasso. Demonstra, pelo contrário, o vigor e o interêsse permanente do Mo­ vimento pelos objetivos básicos da ativi­ dade sindical. A determinação de proteger e me­ lhorar os padrões reais de salário e as condições de vida e trabalho continua inalterada. Para o sindicalismo, há sem­ pre um amanhã, baseado nos êxitos que hoje, devem ser estendidos e defendidos”.

Exemplo recente Serve de exemplo do interêsse per­ manente da Confederação pelas condi­ ções de trabalho dos operários, as pa­ lavras do Conselho Geral, no relatório de 1958, tratando do efeito das radiações sôbre os trabalhadores. No correr do presente ano a Confe­ deração e o govêrno discutiram e fizeram sugestões mútuas a respeito do projeto de regulamentação oficial da proteção contra os riscos atômicos. A Confede­ Dezembro de 1958

ração salientou a necessidade de super­ visores de segurança, competentes no pro­ blema, e do registro cuidadoso de todos da os casos de exposição ás radiações. Neste campo da segurança social há a campanha governamental em prol dos primeiros socorros nas fábricas, pedindo maiores facilidades médicas e de enfer­ magem e exigindo pesquisa mais posi­ tiva e inquéritos sanitários sôbre os danos provocados pela poeira e fumo nas fundições. A educação, um dos temas discutidos no primeiro Congresso, ocupa posição de destaque no relatório. Ainda tão ativa como nos anos recentes, propondo me­ didas para o melhoramento da educação pública, dedica hoje maior atenção ao estudo do que a Confederação vem fa­ zendo para educar os funcionários dos sindicatos.

Programa ampliado A partir de setembro do ano pas­ sado, tornou-se possível a ampliação do programa educacional, com a transfe­ rência da Confederação para a Congress House, nesta cidade. Atualmente, minis­ tram-se ali cursos a 650 funcionários sin­ dicais, servidores voluntários e represen­ tantes de oficinas. Em uma ou duas semanas passadas no curso, os estudantes tomam conheci­ mento dos problemas gerais dos sindi­ catos, negociações coletivas, segurança social e bem-estar industrial, finança industrial e larga variedade de assuntos relativos á produção e administração. A respeito dos cursos, a única queixa possível do Conselho da Confederação é que os sindicatos não enviem um número suficiente de estudantes, homens e mulheres para freqüentar os cursos. Dois outros capítulos importantes do relatório tratam da política econômica e industrial e dos assuntos internacionais.

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Além de discutir as negociações com o govêrno, sôbre o funcionamento de um órgão de arbitragem mantido pelo Es­ tado, e outro de negociações trabalhistas, dentro do Serviço Público, o relatório trás importante manifestação do ponto de vista da Confederação sôbre a política monetária. “Acreditamos que, nas condições atuais, tanto no país como nas nações industriais do mundo, o destaque dado ás vantagens de estabilização dos preços está pondo em perigo a manutenção de altos níveis de emprêgo e produção”.

interessados sôbre as tendências da polí­ tica de investimentos públicos. Essa sugestão fundamenta-se no con­ ceito de que o govêrno se preocupe tanto com as mutações a curto prazo na situ­ ação econômica que se esqueça das de efeito futuro. “Na nossa opinião”, afirma o rela­ tório, “há necessidade real de opiniões técnicas e bem coordenadas sôbre a es­ cala em que se deverá investir os recursos, os melhores tipos e as melhores maneiras mais indicadas para financiá-los”.

Regulamentação da economia

Objetivos economicos da Confederação

A Confederação não aceita, como meio para regulamentar a economia, uma política monetária que faça uso da taxa bancária como principal instru­ mento. Pelo contrário, atribui maior importância á política fiscal e, quando necessário, aos controles diretos, inclu­ sive o do crédito. Constam do relatório, também impor­ tantes sugestões a respeito das institui­ ções de financiamento e investimento. Uma delas é que o govêrno deve ter auto­ ridade para exigir informações e impor diretrizes ás companhias de seguro, fundos de investimento, sociedades de construção e casas de vendas a prestações. No momento, o Estado já exerce êsses poderes sôbre os bancos e a experiência revela, segundo a Confederação, que a simples existência dêles muitas vêzes torna dispensável a sua aplicação. Uma outra sugestão refere-se a uma Junta Nacional de Investimentos, que prestaria informações e aconselharia os

Delineando os seus objetivos econô­ micos, em conjunto, a Confederação re­ laciona o pleno-emprêgo, um ritmo vivo de progresso econômico, estabilidade ra­ zoável de preços e crédito suficiente no balanço de pagamentos para atender a compromissos no estrangeiro e formar reservas adequadas de divisas. O Conselho Geral endossa, especifica­ mente, uma decisão tomada no princípio dêste ano pela Confederação Internaci­ onal dos Sindicatos Livres, salientando que a “mais elementar solidariedade in­ ternacional e os interêsses mais vitais da liberdade humana, em tôdas as partes do mundo exigem que nenhum sindicato livre mantenha intercâmbio de delega­ ções com qualquer país que negue ao povo os direitos humanos fundamentais especificados na Carta das Nações Uni­ das, proibida aos operários a livre orga­ nização e associação, a negociação cole­ tiva verdadeira, o direito de greve, e que persiga os trabalhadores por advogarem o sindicalismo livre e a democracia”.

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Boletim da Ind. Gráfica


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céu parece mais azul... raios de sol brincam na relva., há mais beleza em tôda parte...

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Boletim da Ind. Gráfica


Quem anda perdendo dinheiro... Para vender um impresso a preço há necessidade de se fazer uma série de cálculos. Todos os industriais gráficos estão convencidos de que sabem fazer tais cálculos. Ainda não encontramos ne­ nhum que diga ignorar isso. Entretanto, ao visitarmos clientes, se nos deparam preços de alguns colegas, que são autên­ ticas “disparadas ladeira abaixo”. Perguntamo-nos: como será possível? A verdade é que isso não só é pos­ sível, como, até, está acontecendo com freqüência alarmante. Alguém esta perdendo. Perdendo tempo, material e. . . d i n h e i r o . Êsses passam por “bonzinhos”, junto aos fre­ gueses. Os outros, os que sabem calcular, são tubarões. Vamos sanar isso. Vamos revisar nossos cálculos.

justo,

1. °)

O custo da matéria prima (papel, cartão, envelope, pa­ pelão, pano preto, etc.) está certo, de acordo com o preço do custo ?

2. °)

Não terei eu calculado êsse ma­ terial a menos ?

3. °)

Nesse cálculo incluí os pedaços a mais, para acêrto da máquina, provas para o freguês e para o arquivo ?

4. °)

Sendo talão ou bloco, não terei esquecido o papel da capa ?

5. °)

O papel para a embalagem final foi lembrado na conta ?

E não é só isso. É indispensável calcular o tempo certo de cada chapa, deixando margem para as modificações que, muitas vêzes, são feitas na prova pelo freguês. Às vêzes temos muitas chapas de pé e há falta de material branco nas caixas. Na impressão, dizem os prospéctos que a máquina de imprimir automática produz 4.000 tiragens por hora. Porém, isso é muito verdadeiro e bonito na lite­ Dezembro de 1958

ratura de propaganda. Nas nossas ofi­ cinas a realidade é bem outra. As difi­ culdades criadas com as diferentes quali­ dades de papel, não permitem uma velo­ cidade normal. Ademais, não devemos forçar a velocidade das máquinas ao má­ ximo, porque além de acarretar um maior desgaste das mesmas, passa-se a produzir menos dadas as dificuldades do papel e tem-se maior número de folhas estragadas. Há, ainda, o problema da tempera­ tura. Nos dias muito quentes, ou muito frios, os rôlos de massa se derretem ou se tornam duros, não obstante as novas técnicas da sua fabricação. E que se dizer de certas tintas que, embora caras, se espalham como se fossem líquidas, por todos os cantos da máquina, quando pretendemos aumentar um pouco mais a velocidade da impressão. O tempo gasto para acertar uma chapa, lavagem e mudança de côres, en­ fim, até estar em ponto de imprimir, tem sido calculado direito ? Não nos esqueçamos que as tintas custam dinheiro e precisam ser incluídas nos orçamentos tipográficos. Tenhamos sempre em mente a parte final, na secção de encadernação. É pre­ ciso ter presente que cortamos o papel, batemos, empilhamos, picotamos, fu­ ramos, intercalamos, grampeamos, refi­ lamos, colamos a tira, empacotamos e rotulamos os pacotes. Essas operações embora simples e rá­ pidas são sempre bem calculadas ? Pensemos, também, no escritório, que é de onde parte nossa organização. São os empregados, as máquinas contábeis, mesas, arquivos. São êsses auxiliares que recebem e pagam, extraem notas e pe­ didos, controlam as contas, expedem a correspondência etc. E o escritório nos lembra que de­ vemos pagar os impostos e taxas, muni­ cipais, estaduais e federais — sindical inclusive — os quais devem ser reduzidos a um denominador comum, para serem incluídos em nossos orçamentos.

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Há, ainda, os Bancos, onde colocamos títulos em cobrança e onde, quase sem­ pre fazemos descontos e outras operações. Essas são as partes materiais palpáveis dos orçamentos, onde, cremos, não há grande perigo de êrros. Passemos, agora, aos custos invisíveis, isto é, aqueles que não são lembrados na hora, porque são pagos mensal, tri­ mestral ou anualmente, gastos indiretos que todos possuímos. Calculamos de modo exato a hora paga aos nossos operários ? A quanto

montam as despesas da casa com aluguel, material de limpeza e conservação de máquinas (óleo, querozene, estôpa, sabão, vassouras...), luz e fôrça, telefone? Finalmente, lembremo-nos que nós, industriais gráficos, somos humanos e temos, também, direito a uma remune­ ração mensal condigna. Feitos todos êsses cálculos, será que sobra alguma coisa para gratificar nossos operários, nós mesmos e nosso capital ? Se assim, fôr, pode-se ter certeza de que sabemos calcular ajuizadamente nossos preços.

Quanto nos custa, verdadeiramente, um operário cujo salário é de Cr$ 40,00 por hora ? O empregado recebe: 8 horas diárias, durante os 30 dias do mês, em 12 meses do ano, ou seja: 40 X 2.880 = 115.200 .................................................................... nossa parte do I.A.P.I., etc................................................... Cr$ 13.593,60 seguro acidente ...................................................................... 1.666,60 Escola SENAI — (um aprendiz para cada 15 operários) 500,00

Cr$ 115.200,00

15.760,20 130.960,20

Das 2.880 horas, são descontadas: 52 domingos ................................................. 416 horas 24 dias de férias ........................................ 192 horas 14 feriados ................................................... 112 horas 5 dias por nascimentos, mortes, etc......... 40 horas 760 horas Assim, temos 2.880 — 760 = 2.120 horas de trabalho por ano. o que nos dá o seguinte resultado: 130.960,20 -5- 2 120 = 61,72. Resumindo, o salário-hora de Cr$ 40,00 que pagamos a um operário, nos custa, de fato, Cr$ 61,72 Sôbre tudo isso devemos acrescentar o fundo de indenização, além dos inevitáveis incidentes como aviso prévio, férias proporcionais, 2 / do auxílio enfermidade, etc. Patenteia-se, dessa forma, que o custo indireto do salário é superior a 50% do mesmo.

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Boletim da Ind. Gráfica


O livro e o papel isentos de --- imposto de i m p o r t a ç ã o ---Visando a corrigir a Lei de Tarifas o projeto apresentado pelo deputado Newton Carneiro (UDN — Paraná) Justificando projeto de lei que apresentou à Mesa da Câmara, concedendo isenção de direitos e taxas aduaneiras para a importação de papel destinado à impressão de livros, bem como equipamentos e peças sobressalentes para as emprêsas editoras, declara q u e :

“o exame atento dos artigos contidos na Lei n.° 3.244, de 14 de agosto de 1957, que dispõe sôbre a Reforma da Tarifa cias Alfândegas, — na parte que se refere à importação de papeí de imprensa e do papel importado pelas emprêsas editoras ou impressoras de livros, e destinados à impressão dêstes, bem como, na que se refere a importação de mapas, livros, jornais, revistas e publicações similares que tratem de matéria técnica, científica, didática, ou literária —, mostra que nossos legisladores, ao aprová-las tiveram a intenção de isentar aquelas merca­ dorias de todos e quaisquer tributos, im­ postos, taxas e sobretaxas que pudessem onerá-las”. NAO PREVALECE NA PRATICA “Assim —continua o Sr. Newton Car­ neiro na justificação do seu projeto — o artigo 58 da referida Lei é expressivo e a própria tarifa confirma aquela in­ tenção quando declara tais mercadorias “livres” de direitos “advalorem”. Na prática, contudo, êsse espírito não tem prevalecido, pelo menos parcial­ mente, uma vez que várias taxas e sobre­ taxas têm sido cobradas na importação de papel para livros, sob a alegação de que o disposto no artigo 58 da Lei n.° 3.244, só a isenta de “imposto”. No caso da importação de livros, tôdas as Dezembro de 1958

taxas e sobretaxas tem sido cobradas, inclusive a taxa de despacho aduaneiro criada pelo artigo 6(> da mesma Lei, e a Taxa de Melhoramento dos portos criada pelo artigo 3.° da Lei n.° 3.421, de 10 de julho de 1958. Assim, pois, uma interpretação res­ trita da letra da Lei que pretendia bene­ ficiar, anulou inteiramente o seu espí­ rito. Basta dizer que os livros pagam agora direitos de importação duplicados em relação ao que pagavam pela tarifa anteriormente vigente, na qual não era “Livre” a importação de livros”. AMPARO A CU LTU R A Finalizando sua justificação O' depu­ tado Newton Carneiro argumenta: “Amparando, protegendo e, por con­ seguinte, estimulando a importação de livros, demonstra o Legislativo bem compreender a enorme importância do assunto para a Nação, cumprindo, aliás, dispositivo constitucional que declara ser dever do Estado o amparo à cultura e, além disso, facilita e acelera o pro­ cesso de desenvolvimento econômico do país, que depende, como é óbvio para a sua final concretização, de homens habi­ litados e capacitados, formados através do livro e que dêle continuarão a neces­ sitar para manter-se em dia com o pro­ gresso da técnica, da ciência e da cultura em todo o mundo”.

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AMPLA ISENÇÃO O projeto justificado pelo deputado Newton Carneiro, que foi distribuído às Comissões de Constituição e Justiça, Economia e Finanças, dispõe: Art. l.° — A Taxa de Despacho Aduaneiro, criada pelo Art. 66 da Lei n.° 3.244, de 14 de agosto de 1957, a Taxa de Melhoramentos dos Portos, de que trata o Art. 3.° da Lei n.° 3.421, de 10 de julho de 1958 e a Taxa de Renovação da Marinha Mercante, a que se refere a Lei n.° 3.381, de 24 de abril de 1958, não se apli­ carão sôbre a importação de papel destinado à impressão de livros nem sôbre a importação de mapas, livros, jornais, revistas e publicações simi­ lares que tratem de matéria, técnica, científica, didática ou literária, redigidos em língua estran­ geira, bem como obras impressas em Portugal

em português e livros religiosos escritos em qualquer idioma e de qualquer procedência, assim como não se aplicarão sôbre a importação de equipamentos, peças e sobressalentes, seih similar nacional registrado, destinado às em­ presas editoras de livros. Art. 2.° — A importação das referidas mer­ cadorias fica outrossim, isenta de quaisquer outros tributos aduaneiros que a onerem, saindo da regra dêste Artigo as taxas de arma­ zenagem e demais taxas portuárias e a comissão de despachantes aduaneiros que serão cobradas na forma da legislação vigente reguladora do as­ sunto. As taxas de armazenagem e a comissão' de despachantes aduaneiros incidirão sôbre o custo real de importação calculado em cruzeiros. Art. 3.° — Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário”.

AOS NOSSOS ANUNCIANTES E LEITORES EM GERAL É de todos sabido o aumento geral de custos, seja de papel, mesmo importado, como de mão-de-obra, etc. O Boletim da Industria Gráfica, hoje mais que nunca, se tornou autêntico meio de publicidade, dada sua nova apresentação. Os artigos de interesse geral fazem com que nossa revista seja lida por todos. A fim de manter o alto padrão de qualidade que hoje apresentamos, somos forçados a aumentar o preço da publicidade, de modo que o “BIG ” possa bastar-se a si mesmo, sem apresentar “deficits” que honerent a caixa do Sindicato. Assim, a partir de l.° de janeiro próximo, os preços dos anúncios serão os seguintes: Cr$ 1 (uma) página .......................................... ................. 2.200,00 1/2 (meia) página ............................................................. 1.300,00 14 (um quarto) de página ............................................. 700,00 Guia da Indústria Gráfica: por linha ............................................................................

50,00

Estamos certos de que nossos prezados amigos compreenderão a necessidade dêsse aumento e continuarão a colaborar conosco. Cumpre ressaltar que essa majoração não proporcionará lucros ao Boletim, eis que nossa revista não tem fim lucrativo.

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Boletim da Ind. Gráfica


Raizes históricas do SENAI I ---------------------------------

HF 1 L I O

DE

SOUSA

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(Chefe do Serviço de Divulgação e Documentação do SENAI)

N

Escola Roberto Simonsen, na dezenas de unidades escolares no Estado rua Monsenhor Andrade, 298, em de São Paulo, estamos ainda longe de São Paulo, existe um documento singu­ atender às exigências da indústria larmente decisivo sôbre a origem do paulista, que se desenvolve em ritmo s e n a i. Referimo-nos a um busto, ou difícil de ser acompanhado’. antes à legenda de um busto em bronze, E por que não copiávamos logo o colocado à entrada do edifício. A figura exemplo das nações mais evoluídas, sem esculpida, na sua mudez singela e fria, olha fixamente um ponto ideal no es­ assim nos deixarmos oprimir tanto tempo pela rotina e pelo empirismo ? paço. Trata-se da figura do patrono É que o brasileiro parecia possuir — da Escola. E a legenda contém estas permita-se-nos a expressão — o complexo palavras definitivas: “O idealizador do do peru. Dizem que êste solene galis e n a i ” . C) que constitui, fora de dúvida, náceo, colocado dentro de um círculo de um ponto de partida para a história da giz, tem uma ilusão de prisioniero. O organização. E o que por si mesmo encerra quase que a metade dessa his­ círculo afigura-se-lhe um obstáculo im­ tória edificante. É verdade que entre possível de transpor. Assim era a rotina idealizar o s e n a i e pô-lo a funcionar, em para a maioria de nossos homens: atuava bases concretas, vai uma distância nela como um círculo de giz. Prisio­ enorme. Mas Roberto Simonsen não neiros de hábitos empíricos e de pro­ ficou apenas nos domínios etéreos da cessos ultrapassados, êsses homens pa­ idealização pura. Homem dotado de reciam não acreditar nos milagres transsenso prático, e tendo ao seu alcance o figuradores de que é capaz a educação concurso de industriais e de educadores profissional. O filho de um marceneiro também animados do mesmo idealismo se fazia marceneiro, não porque estivesse realizador, foi-lhe relativamente fácil passar da concepção à ação. Tanto mais vocacionalmente marcado para a profis­ são, mas porque os trabalhos próprios quando já era tempo de se criar no Brasil uma instituição como o s e n a i . Em 1926, dessa atividade se lhe impunham com a um correspondente do “Times”, de Lon­ força de uma espécie de predestinação dres, chegava à conclusão de que o pro­ hereditária. Mas ao dizermos, como dissemos, que gresso do povo japonês provinha sobre­ Roberto Simonsen foi o idealizador do tudo da educação ministrada em 10 mil escolas técnicas já então existentes no s e n a i , longe estamos de querer fazer formigante arquipélago oriental. En­ acreditar, o que aliás seria absurdo, que êle idealizou o ensino profissional no quanto isto, debatiamo-nos no empirismo e na rotina, comos e pudéssemos pres­ país. Êste ensino, e também já o dis­ semos, é, na sua forma oficial, preexis­ cindir de homens qualificados, tais como os víamos em países florescentes. Ho­ tente ao s e n a i . Havia ainda emprêsas particulares que o ministravam, visando mens que até certo ponto representavam ao aperfeiçoamento ou à especialização a única mola impulsora do progresso do do pessoal a serviço de seus estabeleci­ mundo. Tínhamos o ensino profissional ministrado por órgãos oficiais, mas em mentos. Outro êrro colossal consistiría escala inferior às necessidades do cres­ em crer que o s e n a i procede de geração expontânea, como se tivesse sido criado cimento de nosso parque manufatureiro. a golpes de lamarquismo, sem filiação Basta dizer que mesmo em nossos dias, histórica, sem genealogia. Idealizado na quando só o s e n a i possui cêrca de três a

Dezembro de 1958

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forma por que existe e funciona, sua substância, todavia, resulta, por um lado, do forte contágio estrangeiro e, por outro lado, da própria evolução da idéia da necessidade de um ensino profissional no país em amplas bases. Êle nasceu neces­ sariamente, e até um pouco tarde. Neces­ sariamente, porque o ensino profissional que o antecedeu, não só não preparava numèricamente os trabalhadores indus­ triais reclamados pelas necessidades de um parque industrial em desenvolvi­ mento, como porque era incapaz de libertá-los daquele espírito empírico e rotineiro de que invariàvelmente se im­ pregnavam quase todos os seus processos de trabalho. Resultado era que importávamos em larga escala a mão de obra industrial, quando, ao contrário, havia para nós uma imperiosa necessidade de nacionalizá-la. Inegàvelmente, pois, os germes do senai estão no passado, e a sua concretização nos moldes atuais não é mais do que o desfêcho natural de uma gestação que adiante estudaremos. Só assim se pode compreender melhor o papel de Roberto Simonsen no quadro histórico das origens de uma instituição por êle idealizada e cujo bom êxitO' muito ficou a dever ao trabalho que nesse sen­ tido êle próprio soube desenvolver. De modo que, em 1942, com a criação do senai, o círculo de giz de nossas hesi­ tações foi corajosamente transposto, tendo-se denunciado como perigosos e incongêneres com as necessidades da época certos hábitos anacrônicos a ser­ viço de uma produção que urgia aper­ feiçoar. Êsses hábitos tornados assim insubsistentes, talvez não nos escanda­ lizassem por volta de 1917, quando a produção industrial de São Paulo, de acordo com dados estatísticos coligidos por Godofredo da Silva Teles, mal exce­ dia a 200 milhões de cruzeiros. Mas acontece que em 1942 essa mesma pro­ dução alcançava 6 bilhões. Trinta vêzes mais em apenas um quarto de século ! O café, que em 1917 figurava com cêrca de 80% no computo de nossa produção global, no ano da criação do senai caía a uma porcentagem estonteadora, devido sobretudo ao vitorioso incremento das indústrias.

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O ensino profissional no passado Remontam ao princípio do século X IX as primeiras iniciativas no campo do ensino profissional no Brasil. No fundo, porém, eram projetos que não se convertiam em leis, ou tentativas par­ celadas, levadas a efeito nos orfanatos, onde menores recebiam noções empíricas de ofícios modestos, como alfaiataria, sapataria, marcenaria, ferraria. Só o que então ocorreu de indiscutivelmente con­ creto foi a fundação, em 1820, da Socie­ dade Auxiliadora da Indústria Nacional, considerada, no terreno das idéias, como o primeiro passo para a instituição, muito mais tarde, do ensino industrial, na palavra convincente de Francisco Montojos. Na segunda metade do século pas­ sado, surgiram os liceus de artes e ofí­ cios, o primeiro dos quais foi instalado no Rio de Janeiro, em 1856, pela Socie­ dade Propagadora das Belas Artes. Êles apareceram, depois, na Bahia e em São Paulo, seguindo-se fundações análogas em Minas, Alagoas, Pernambuco e outros Estados. Fundou o de São Paulo o conselheiro Leôncio de Carvalho, e reorganizou-o, anos depois, o eng. Ramos de Azevedo, por sinal que o transfor­ mando numa instituição florescente. Êsses Liceus, além do ensino rudimentar dos ofícios de sapataria, alfaiataria, fer­ raria, marcenaria, encadernação e tipo­ grafia, ministravam ainda cursos no­ turnos de alfabetização para operários. Mas chegamos, afinal, ao início de uma nova era nos domínios do ensino industrial no Brasil, com a sua oficiali­ zação, em 1909, por Nilo Peçanha, que instituiu, autorizado por lei especial, as Escolas de Aprendizes Artífices, em número de 19, ou seja uma em cada Es­ tado, com exceção do Rio Grande do Sul, onde surgiu o Instituto Profissional Técnico, que depois passou a denominarse Instituto Parobé e que funcionou como escola congênere. Ocupavam-se êsses estabelecimentos de ministrar o ensino técnico-industrial necessário à formação de operários e contramestres. Nos dois primeiros anos es­ colares, fazia-se, ao lado dos cursos pri­ mários e de desenho, a aprendizagem de trabalhos manuais, à guisa de estágio Boletim da Ind. Gráfica


prevocacional da prática dos ofícios. Funcionavam nessas escolas, geralmente, cinco oficinas, havendo dois cursos: o de desenho, para todos os alunos e o primário, obrigatório para os que não possuíssem certificado de exame final das escolas estaduais ou municipais. A du­ ração do aprendizado era de quatro anos, podendo todavia, o aprendiz que não concluísse o curso nesse prazo, perma­ necer na escola mais dois anos. Em 1911, surgiam na capital paulista as escolas profissionais masculina e femi­ nina, ambas no Brás, e a primeira das quais é hoje denominada Escola Técnica Getúlio Vargas. Posteriormente, o en­

sino profissional irradiou-se para o inte­ rior do grande Estado, com fundações similares em Jacareí, Amparo, Rio Claro, Franca, Campinas, Ribeirão Preto, So­ rocaba, Mococa, São Carlos e Santos. En­ quanto isso, no Distrito Federal se orga­ nizou um promissor sistema de escolas técnico-profissionais. Em Belém do Pará,surgiu o famoso Instituto Lauro Sodré. Em 1920 o ministro Ildefonso Simões Lopes tomou a iniciativa de rees­ truturar as escolas de aprendizes artífices em bases mais consentâneas com as neces­ sidades da evolução pedagógica. (Continua)

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Acordo inter-sindical para aumento de salários 1. ° — As indústrias concederão um au­ 2. ° — Os 7% — diferença entre a decisão do Tribunal Regional do T ra­ mento salarial de 22%, incidindo balho de São Paulo e a do T ri­ êsse aumento sôbre os salários bunal Superior — poderão ser ajustados de acordo com decisão compensados por aqueles que do Tribunal Superior do T ra­ mantiveram o aumento integral balho no piocesso TST-I). 68/57. de 25%, no ano passado. 2. ° — O aumento máximo, ou teto, re­ 3. ° — O teto é de Cr$ 2.000,00 ou sejam sultante da aplicação da taxa Cr$ 8,333 p/hora. supra, será de Cr$ 2.000,00 (dois mil cruzeiros) em 240 horas. 3. ° — O presente acordo vigorará por um ano, a partir de l.° de no­ vembro corrente.

4. ° — O presente aumento é extensivo aos trabalhadores gráficos de todo o Estado de São Paulo, com ex­ clusão de Campinas.

4. ° — Serão compensados todos os au­ 5. ° — Os admitidos 'após 1.° de novem­ mentos dados posteriormente à bro de 1957 receberão aumento na data base (l.°-l 1-1957), salvo seguinte proporção: aqueles decorrentes de melhoria de cargo ou função. Admitidos durante 1957 e 1958 5. ° — Os empregados admitidos poste- Em nov. dez. riornrente à data base (l.°-ll-57) jan. farão jús ao presente aumento na fev. proporção de tantos ' / 12 avos março quantos sejam os meses de casa. abr. maio

ESCLARECIM ENTOS l.° — O aumento incidirá sôbre os sa­ lários vigentes em l.° de novem­ bro de 1957, com aplicação da decisão da Justiça do Trabalho, ou seja, sôbre os salários reajus­ tados na base de 18%. Dezembro de 1958

de 1957 - 11/12 de 22% „ 1957 - 10/12 „ „ 1958 - 9/12 „ „ 1958 - 8/12 „ „ 1958 - 7/12 „

„ 1958 6/12 „ „ 1958 - 5/12 „ ju n . „ 1958 - 4/12 „ jul. „ 1958 - 3/12 „ „ agôst. ,, 1958 - 2/12 „ „ 1958 - 1/12 „ „ set. — 1958 — o u t.

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Fiscalização de seguros de acidentes do trabalho Após a publicação de nosso comentário (Boletim n.° 95) sôbre êsse assunto, o Esmo. Sr. Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio baixou portaria que a seguir trans­ creveremos. Em que pesem as opiniões em contrário, continuamos firmes em nosso ponto de vista emitido no Boletim n.° 95. A portaria que publicamos, a nosso ver, em nada modifica a situação. Entretanto, como dissemos, êsse é o nosso parecer, sujeito a críticas e, enfim, à decisão da Justiça. Artigo l.° — Todo empregador é obrigado à realização de seguro de acidentes do trabalho na forma estabelecida nos capítulos III e IV do decreto 18.809, de 5 de junho de 1945. § único — Não constituem garantias para êsse fim a partir de 5 de janeiro de 1954 as fianças ou os depósitos bancários. Artigo 2.° — O empregador é obrigado a declarar na proposta que servir de base ao contrato de seguro a importância total da remuneração paga a seu empregados no mês anterior ao início da duração do mesmo con­ trato. Artigo 3.° — A proposta do Seguro bem como a respectiva apólice indicarão o número total de empregados a serviço do segurado. Artigo 4.° — A fiscalização das operações e dos contratos de seguro de acidentes do tra­ balho será exercida pelo Departamento Na­ cional de Seguros Privados e Capitalização, ca­ bendo a verificação de sua regularidade por parte dos empregadores ao Departamento Na­

cional do Trabalho no Distrito Federal e às de­ legacias regionais do Trabalho nos Estados, na forma do artigo 5.°. Artigo 5.° — Os empregadores ou seus prepostos são obrigados a prestar aos inspetores do Trabalho todos os esclarecimentos necessários ao desempenho de sua missão e exibir-lhes, quando solicitados, seus livros, folhas e recibos de pagamento e respectivas apólices e todos os demais documentos comprobatórios da reali­ zação do seguro. Artigo 6.° — No caso de se apurar alguma divergência entre as declarações contidas no registro dos empregados e as constantes da apó­ lice de seguro dar-se-á conhecimento ao Depar­ tamento Nacional de Seguros Privados e Ca­ pitalização para as providências cabíveis. Artigo 7.° — A presente portaria entrará em vigor na data de sua publicação. Artigo 8.° — Revogam-se as disposições em contrário.

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Produção mais rápida de brochuras O alto custo da produção de livros contri­ buiu, nesses últimos anos, para criar enorme procura de volumes de capas de papel. Por isso os fabricantes de maquinaria aperfeiçoaram novo equipamento ultra-rápido. Um dos úl­ timos do gcnero foi construído recentemente na Grã-Bretanha, para uma firma dos Estados Unidos. Essa impressora especialmente desenhada para a “Western Priting and Lithographing Company” de Poughkeepsie, de Nova York, emprega chapas de plástico finas e flexíveis, ao invés dos clichês tradicionais de metal pesado, usados na maioria das máquinas. Acionada por um motor elétrico de 100 h. p., a máquina imprime livros em brochura a uma velocidade de impressora de jornal. Pode im­ primir 192 páginas de livros em cada rotação, empregando grandes bobinas de papel de 183 cm de largura a 457m 20 cm por minuto, e imprimindo a duas côres em ambos os lados. Um dispositivo autom;tico permite substituir as bobinas vazias pelas novas, sem que a má­ quina pare de funcionar a tôda velocidade. Uma dobradeira, transforma as folhas impressas em cadernos. A impressora é operada por bo­ tões, de um painel de controle. IMPRIMINDO EM MADEIRA CORTIÇA OU BORRACHA Se um fabricante tem um delicado trabalho de impressão a executar, tal como imprimir o nome da firma numa propaganda de venda em uma caixa de madeira, papelão ou corrêia de borracha, é possível que a firma de Matthew Wylie, de Glascow, possa ajudá-lo. Essa companhia escocesa especializou-se em uma série de máquinas de impressão para lidar com tarefas difíceis. A sua linha inclui má­ quinas para imprimir em uma, duas ou três côres, com três modelos cada uma: “Júnior”, "Standard” e ‘High Grade”, a fim de adaptarse às diferentes tiragens, dimensões das tábuas ou outros materiais, e à complexidade dos de­ senhos. O arcabouço dessas máquinas é de desenho pesado, forte e rígido, a fim de assegurar plena precisão no trabalho. Dezembro de 1958

A tinta provém de um reservatório, através de um sistema aperfeiçoado de rôlos de bor­ racha pura, a fim de assegurar um fornecimento contínuo e distribuição igual, e cuja regulagem é feita com muita rapidez. O fornecimento de tinta é automático, e um só operador pode tomar as disposições neces­ sárias para regulagem de impressão a uma, duas ou três côres, sem sair de uma única posição. TINTA DE SECAGEM RÁPIDA Foram inventadas novas tintas contendo substâncias químicas que aumentam o grau de penetração em papéis normais. Afirma-se que a secagem é pràticamente instantânea em pa­ pel absorvente e extremamente rápida nos de­ mais. Essas tintas não espalham ou escorrem deixando um borrão sôbre o papel. EXTRAINDO LÍQUIDOS Tudo começou quando a “Modern Mechanization Ltd.” desenhou uma máquina para uso experimental, a fim de extrair proteínas das folhas verdes. A firma foi ainda mais além, aperfeiçoando uma prensa automática trans­ portadora, que, segundo se acredita, é a primeira máquina hidráulica autoalimentadora do gê­ nero no mundo. A máquina extrai líquidos de grande varie­ dade de substâncias quase sólidas ou semi lí­ quidas para a recuperação do suco, como no caso das frutas e sementes oleoginosas, ou para a remoção de água, na pôlpa das madeiras, lôdo dos encanamentos e bôrra de carvão. O material colocado é na prensa em uma transportadora que age também como filtro. A operação de prensagem é "inteiramente con­ tínua”, isto é, quantidades sucessivas de mate­ rial são isoladas por meio de grades, sujeitas a pressão controlada por um tempo pré-determinado, recomeçando o processo depois, automàticamente. Mais importante ainda, é o uso potencial da prensa na indústria manufatureira, para extra­ ção rápida e barata de excedentes de humidade. Pode-se colocar pôlpa de madeira na prensa em consistência de mingau e ela sairá como uma

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panqueca, tendo perdido 84% da água. rayon é submetido a tratamento análogo.

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CINTURÃO DE SEGURANÇA Constituiu boa notícia para os operários em estruturas de aço, “homens moscas”, instaladores de linhas telefônicas e limpadoras de vidraças, a criação de algo, novo em matéria de cintu­ rões de segurança. O novo cinturão, feito intei­ ramente "Terylene" e nylon, pesa apenas 1 quilo 200 em comparação com os 5 quilos 900 do cinto comum de tiras grossas de couro e fivela de aço. A idéia de produzir um cinto de segurança trazendo conforto ao operário foi resultado de uma reunião de chefes de segurança social, em uma das maiores siderúrgicas da Grã-Bretanha, onde ocorrem vários acidentes fatais, tanto entre os operários da fábrica quanto entre operários ocupados na ocasião em obras de construção civil. Um boneco de borracha maciça pesando 159 quilos foi usado para testar e provar o novo cinto comum de tiras grossas de couro e fivela sôbre o cinto de cêrca do dôbro daquela exer­ cida por um corpo humano de igual pêso. NOVIDADE EM MATÉRIA DE METAIS Uma firma britânica anuncia o aperfeiçoa­ mento de novo metal, resistente, porém flexível, e conhecido como níquel de “microgranulação”. A resistência à abrasão e ao choque é conside­ rada maior que a do níquel comum, mais ma­ leável, ou a do aço inoxidável. As principais aplicações dessa espécie de níquel parecem concentrar-se na indústria aero­ náutica. Por exemplo, eletroformas do metal estão sendo adaptadas às bordas principais das hélices dos aviões, a fim de proteger os deli­ cados elementos descongeladores contra a rup­ tura por granizo ou pedras durante a decolagem ou aterrigsagem. As asas dos aviões também podem ser protePan-American Têxtil deverá estar produzindo problema cada vez maior, a medida que au­ menta a velocidade. A dureza Brinell do níquel “microgranulado” atinge 600, mas êle pode ser facilmente dobrado sem receio de ruptura.

486 m il toneladas de celulose a produção nacional de 1962 Os investimentos para atingir êsse objetivo montam a 97 milhões e 800 mil dólares — Matérias-primas A execução dos programas de ampliação da indústria de celulose no Brasil vai permitir.

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brevemente, suprimir essa matéria-prima da pauta das importações. Estamos a importar, no momento, cêrca de 130 mil toneladas anuais de celulose e mais 150 mil toneladas de papel para imprensa. Os planos em curso são realmente arrojados, pois pretendem elevar, até 1962, a capacidade atual das fábricas, que é de 170 mil toneladas, para 486 mil toneladas. Como se deduz dêsses elementos, trata-se de, em quatro anos apenas, aumentar de 316 mil toneladas a capacidade de produção das indústrias de celulose. Essa triplicação significa um passo decisivo para o nosso auto abastecimento. MATÉRIAS-PRIMAS Segundo informes recentemente divulgados das 486 mil toneladas que serão a produção provável de celulose em 1962, cêrca de 232 mil toneladas, portanto quase a metade, serão ori­ ginárias da manipulação da polpa de eucalipto. Através da manipulação da polpa de pinho se­ rão obtidas mais 186 mil toneladas, ficando as restantes 68 mil toneladas por conta do bagaço de cana. INVESTIMENTOS Os investimentos programados para atingir o objetivo em causa sobem a 97 milhões e 800 mil dólores, cabendo a maior parcela às indús­ trias Klabin, com 16 milhões, e parcelas igual­ mente importantes à Champion Paper — 14 mi­ lhões — e à Grace Paulista — 11 milhões de dólares. A ampliação das indústrias Klabin lhes permitirá produzir, em 1962, de 100 a 140 mil toneladas de celulose. Nesse mesmo ano, a Pan-American Têxtil deverá estar produzindo 4 mil toneladas, a Feffer 38 mil, a Grace Pau­ lista 36 mil toneladas e a Matarazzo, 30 mil toneladas de celulose, que é matéria-prima para a fabricação de papel.

Im portação de livros pelo Brasil Nos últimos vinte anos, ou seja, de 1938 a 1957, nossas importações de livros aumentaram de cêrca de quatro vêzes quanto ao volume e de 29 vêzes quanto ao valor. O preço médio por quilo de livro importado, que era de 18,93 cru­ zeiros (18.Ç930) em 1938, foi no ano passado de 150,18 cruzeiros, vale dizer, um aumento de 693%. As importaçes de livros em 1957,, de acordo com as estatísticas do nosso comércio exterior (S.E.E.F.), foram, quanto ao volume, as mais baixas desde 1954 inclusive. Importamos Boletim da Ind. Gráfica


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Boletim da Ind. Gráfica


ao todo 1.816.834 kg, contra 2 113.502 kg cm 1956, 1.995.273 kg em 1955 e 2.041.551 kg em 1954.

em 1956 e de 90.499 kg em 1957. As da Itália e do México diminuiram, mas sem alterações muito substanciais durante o período.

No quinqiiênio 1953/1957, a Alemanha foi o íínico, dentre os nossos principais fornece­ dores, que sustentou a linha ascendente, pas­ sando de 117.378 a 174.273 kg. Entre 1953 e 1956, Portugal aumentou sua cota de 232.616 para 361.725 kg, mas sofreu leve declínio em 1957 (351.508 kg). Acusaram igualmente ligeiro decréscimo as importações dos Estados Unidos (505.322 kg), mas só em relação a 1956 (552.128 kg), pois no decorrer do período pràticamente duplicaram. As aquisições à França e à Es­ panha, depois de rápida ascensão no triênio 1953/1955, baixaram nos últimos dois anos, tendo sido, em 1957, de 211.929 kg, respectivamente. As importações da Argentina caíram de 169.179 para 107.068 kg, as do Japão de 168.441 para 51.069 kg. As da Grã-Bretanha apresentaram uma evolução muito irregular; foram de 206.968

Despendemos em 1957, de conformidade com a fonte erferida, 272,9 milhões de cruzeiros com a importação de livros, menos 15% que em 1956, quando o valor subira a 320,5 milhões (1956 foi um ano recorde, tanto em volume como em valor). Segundo dados do I.B.G.E., o preço médio por quilo de livro importado duplicou no quinqiiênio 1953/1957, passando de 74,57 para 150,18 cruzeiros; cabe notar, entretanto, que foi de 151,63 em 1956. No quadro dos principais fornecedores, o livro mais caro em 1957 foi o francês (192,71 em média por kg), seguido do mexicano (190,77) e do inglês (161,84). Os demais preços médios, em ordem decrescente; argentino (159,45), norte-ameri­ cano (153,93), espanhol (142,91), português (130,21), alemão (127,41), italiano (120,33) e japonês (81,26).

COLABORAÇÕES PARA O “BIG” (BOLETIM DA INDÚSTRIA GRAFICA)

Nossos leitores hão de convir que o “BIG ” melhorou, e muito. Não só mudou o seu formato como, também, sua apresentação e matéria publicada. Hoje podemos dizer que o Boletim está quase à altura do setor industrial que representa. Não se compreendia que a indústria gráfica publicasse uma revista de nível inferior. Compreendendo o valor de uma publicação bem apresentada, um de nossos associados — L. N iccolini S/A., Indústria Gráfica — resolveu, expontâneamente, ofertar a capa do número de dezembro, bem como um encarte alusivo às festas natalinas. Como se pode ver, isso muito enriqueceu a revista, quebrando a monotonia do “prêto e branco” de suas páginas. Vale essa coperação de L. Niccolini como um exemplo que, estamos certos, será seguido por outros colegas sempre interessados em ver mais alto o nome da entidade de classe que representa a indústria gráfica em nosso Estado. O “BIG” se une à Diretoria do Sindicato nos agradecimentos que apresenta a L. Niccolini S/A. por sua valiosa colaboração. Merece encômios o Jordan, desenhista da nossa colaboradora, pelo trabalho verdadeiramente artístico executado.

Dezembro de 1958

337


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Boletim da Ind. Gráfica


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Boletim da Ind. Gráfica


BOLETIM DA INDÚSTRIA GRAFICA NO ESTADO DE SÃO PAULO Redação e Administração Rua Marquês de Itu, 70 — 12.° andar Telefone: 32-4694 (Sede própria) SÃ O

ANO IX —

PAULO

DEZEMBRO DE 1958 —

N.“ 99

Serviços prestados pelo Sindicato das Indústrias Gráficas

aos seus associados ★

SECRETARIA Das 8,30 às 11,30 e das 13,30 às 17,30 horas. Aos sábados: das 9 às 12 horas.

Diretor responsável

JOÃO ANDREOTTt

Redação T h eo b a ld o D e NrGRrs J osé N a po l it a n o SoBRrNHO D r. J oão D a lla F il h o

♦ Composto e impresso nas oficinas da São Paulo Editora S. A. — Rua Barão de Ladário, 226 — São Paulo, Brasil.

* SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS NO ESTADO DE SÃO PAULO Diretoria Theobaldo De Nigris — Presidente José Napolitano Sobrinho — Secretário João Andreotti — Tesoureiro

Su plen tes José J. H. Pieretti, Vitor José Ciasca e Damiro de Oliveira Volpe. Conselho Fiscal Jorge Saraiva José Costa Mesa Dante Giosa

Su pl e n t e s João Rocco, Bertolino Gazzi e Bruno Canton Delegados na Federação Theobaldo De Nigris Humberto Rebizzi Pery Bomeisel

Su p l e n t e s João Virgílio Catalani, Curt Wemer Reichenbach e Mário Ponzini

*

D e leg a c ia e m S a ntos Affonso Franco Praça da República, 20

R. Luís

P er eir a

Secretário Geral

Distribuição de guias para recolhi­ mento de impostos em geral. * Impressos fiscais e modelos de im­ pressos de comunicações. * Serviços de Despachante, Encami­ nhamento de papéis nas repartições públicas. Registro de Empregados. Encaminhamento de relações de em­ pregados. Recolhimento de Impostos e multas. Informações sobre assuntos trabalhistas, fiscais e técnicos. * Distribuição de publicações periódi­ cas informativas. Departamento Jurídico

D r. J oão D a l la F il h o Diretor

* Defesa de associados na Justiça do Trabalho. * Informações jurídicas trabalhistas. Departamento Técnico * Orientação em geral sôbre qualquer assunto concernente à indústria grá­ fica. 4= Palestras e conferências técnicas. Sociedade Cooperativa de Seguros J osé M esa C a m po s Gerente Técnico

* Seguro contra acidentes no trabalho em bases bem mais compensadoras que as de Cias. particulares. * Assistência jurídica em casos de mo­ léstias profissionais. Diversos * Colaboração com os serviços públicos no desenvolvimento da solidariedade social. * Bolsa Gráfica — Oferta e procura de empregos, Vendas, troca ou compra de máquinas e equipamentos gráficos. * Desenvolvimento do espírito associa­ tivo e defesa dos interêsses da classe, visando o seu engrandecimento.


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