A ideia do Painel das Bases surgiu como um contraponto ao painel de Alto Nível da ONU sobre a Agenda de Desenvolvimento
pós-2015: pessoas que sabem o que é a miséria e que conhecem na prática o resultado de políticas e programas
de desenvolvimento precisam ser ouvidas.
Mas logo no início do processo entendemos que, mais do que ouvidas, deveriam realmente indicar os rumos a serem
tomados, tendo reconhecida a incrível capacidade que têm de resistir e gerar VIDA aonde tudo parece conduzir à morte.
Essa constatação teve implicações diretas sob a forma e o conteúdo do processo. Não podia ser mais uma “consulta”
utilizando os padrões, conceitos e definições em voga na comunidade internacional.
Se queremos que pessoas diversas, que não se conhecem, que nem sempre encontram na palavra falada seu meio de
expressão e que em muitos casos não estão habituadas ao ritmo de reuniões formais e discussões conceituais, devemos
estar prontos para repensar nossas práticas.