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Juarez Domingues Carneiro

bilidade e o Científico. “Aceitei e comecei um namoro forte com a Contabilidade”. Depois veio o curso superior em Contabilidade e, em seguida, o escritório de contabilidade e administração de condomínios. Não parou mais de estudar.

Seu pai, falecido em 1990 aos 53 anos, é sua grande inspiração. “Meu exemplo, meu mestre, meu líder, meu grande amigo foi meu Pai. Um homem de bem, dotado de grande inteligência e sabedoria; um visionário e líder classista muito à frente do seu tempo”, declarou Juarez.

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Minha iniciação na atividade classista se deu em 1992, no Sindicato dos Contabilistas de Florianópolis, onde comecei como suplente e acabei me tornando presidente. Nesse período conseguimos impulsionar o Sindicato, triplicar o número de associados e o tornamos representativo.

Depois veio o Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC) onde, da mesma forma, galguei da condição de conselheiro suplente para presidente, em 1999, sendo reeleito em 2001. No CRCSC conseguimos construir a belíssima sede, implantamos o modelo de ‘Gestão Participativa’, com 15 projetos na primeira gestão e 30 na segunda. A criação da Revista Catarinense de Contabilidade e do Balanço Socioambiental também são marcas que permanecem.

Os cursos de pós-graduação em Gerência da Qualidade nos Serviços Contábeis (dezessete em todo o Estado) e o primeiro mestrado em Contabilidade contribuíram para a formação de docentes, e para a criação de dois mestrados e dois doutorados em Santa Catarina. Diversos outros projetos também contribuíram para classe contábil catarinense.

Em 2003 chegamos ao Conselho Federal de Contabilidade (CFC), onde também, com muito esforço e dedicação, caminhei da condição de conselheiro suplente para presidente, em 2010, sendo reeleito em 2012. Lá, muitas conquistas foram efetivadas, dentre elas: a aprovação da Lei n.º12.249/2010, que atualizou o Decreto-Lei n.º9295/1946; a criação do Glenif, onde tornei-me o primeiro presidente; a realização do 19º Congresso Brasileiro de Contabilidade, no Pará, o primeiro na região Norte do país; a criação da grande campanha “2013 o Ano da Contabilidade no Brasil, foram algumas das marcas exitosas da nossa gestão.

A presidência do Glenif, em 2011, consolidou uma posição de liderança do Brasil na América Latina e nos coube a responsabilidade de estruturar essa grande instituição internacional. Em 2014 chegamos à presidência da Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC), onde implantamos também o modelo de Gestão Participativa, a adoção do Planejamento e do Orçamento, o mapeamento de processos, além da organização e estruturação do Exame de Suficiência. Criamos MBAs voltados a Consultoria em Contabilidade e ao Terceiro Setor, bem como outras ações que permitiram dotar a FBC de um equilíbrio financeiro, capaz de atender demanda presente e futuras.

Registro ainda a alegria em participar do Quadro de Sócios da KPMG no Brasil, ser coordenador e coautor dos livros “Proposta Nacional de Conteúdo para o Curso de Graduação em Ciências Contábeis” e “Gestão Pública Responsável”, além de ser diretor da Associação Interamericana de Contabilidade (AIC), pelo Brasil e ter assento como Assessor do Glenif, como ex- presidente.

Fazer parte do Sistema CFC/CRCs, acompanhar e participar ativamente da evolução da contabilidade brasilei- ra, principalmente na última década foi e tem sido uma experiência fantástica. O Brasil é hoje um país respeitado internacionalmente em sua contabilidade, principalmente pela credibilidade de seus institutos de representação da profissão. Temos um corpo formado por pessoas que, voluntariamente e gratuitamente, constroem instituições fortes e uma contabilidade pública e privada de qualidade. Muito ainda se tem que fazer, mas ter contribuído com momentos importantes vivenciados pelo meu país na contabilidade, me orgulha muito.

Editor: Professor Doutor José Antonio de França é contador, auditor independente e economista. Doutor em Ciências Contábeis; professor adjunto do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade de Brasília – UnB.

Como funcionam os mercados: a nova economia das combinações e do desenho de mercado

Editora: Portfolio Penguin

Ano: 2016

Autor: Alvin E. Roth

Como funcionam os mercados é uma obra com um propósito bem definido que instiga o leitor a rever conceitos simples das coisas que lhes cercam, no dia a dia, relacionadas com a economia. Não é necessário que o leitor seja economista para apreciar e entender o conteúdo da obra, e isto pode ser compreendido logo no primeiro capítulo, onde o autor aborda os tópicos “Os mercados” e “Uma nova maneira de ver os mercados”. O primeiro dos tópicos citados apresenta a primeira tarefa de um mercado bem-sucedido, que é, por exemplo, reunir muitos participantes que queiram fazer negócios com a finalidade de explorar as melhores oportunidades. O segundo tópico aborda, com rara leveza, questões de preferência que explicam como um mercado pode funcionar livremente.

O capítulo 2, em uma linguagem cotidiana, explora assuntos como o mercado de trigo nos Estados Unidos e o mercado de café na Etiópia. Já o capítulo 3 explora um assunto intrigante, já introduzido no capítulo 1, essencial para a sequência da vida e que ignora o valor do dinheiro, tornando-o nulo, ou muito próximo de zero. O capítulo aborda o mercado de rins, um órgão humano, essencial para a vida e relaciona esse mercado com as apaixonantes teorias dos jogos e das preferências. A abordagem desses assuntos pode até não estimular o leitor não familiarizado, ou até não interessado em entender de mercados, mas pode lhe chamar a atenção para entender como as pessoas são envolvidas pelo mercado. É um interessante tópico para reflexão.

Teoria dos Jogos

Editora: Campus

Ano: 2009

Autor: Ronaldo Fiani

O conhecimento de como funciona a Teoria dos Jogos é relevante para um tomador de decisões. O profissional da contabilidade exerce a tomada de decisões rotineiramente, seja na formatação da informação, seja na formulação de políticas contábeis ou ainda em arranjos de planejamento tributário. A obra Teoria dos Jogos, didaticamente aplicada, é uma referência para a obtenção desse conhecimento.

Na teoria dos jogos, ainda que seja exigida uma abordagem matemática, para algumas aplicações, a lógica prevalece e isto estimula o desenvolvimento do raciocínio em aplicações de menor complexidade. Os primeiros capítulos da obra tratam de focar o contexto do jogo como um assunto do dia-a-dia de um indivíduo, de como o indivíduo faz suas escolhas, como entender as estratégias e como são as reações, e o conjunto deste foco é o equilíbrio das melhores alternativas dado que um concorrente também está jogando.

Evoluindo desta abordagem, de relativa simplicidade, o leitor se defrontará com aplicações mais complexas, onde algum modelo matemático é exigido, mas a lógica continua prevalente. Modelos como o de apuração de lucros, de quantificação da produção, que são inerentes à formação de um Contador, são comumente utilizados.

Esses modelos funcionais são utilizados para estudar o comportamento dos monopólios, dos oligopólios e dos duopólios estilizados como modelos de Cournot, de Bertrand e de Stackelberg que mostram como empresas se comportam em determinados mercados e como elas reagem diante das regras impostas pelas autoridades reguladoras.

Por fim, o contexto mostra que para o profissional da contabilidade do século XXI, há um forte apelo para explorar o assunto aqui abordado, pois como gestor o Contador se desloca do “fazer” para o “gerenciar” e o equilíbrio nessa transição ou no exercício simultâneo dessas atividades é relevante para o sucesso.

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