Revista Encontros | ABUB NE | Nº 8, abril de 2020

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REVISTA

ABUB NORDESTE MAIO /Nยบ 8/ 2020


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Essa é uma revista experimental da coordenação de Literatura e Artes Regional da ABUB Nordeste. Sem direitos reservados, com contribuições entregues de forma deliberada pelos coordenadores locais, regionais, estudantes e profissionais.

para ter um maior contato com a coordenadora de literatura e artes da região nordeste: fernandacammpos2010@gmail.com

Nº 8, MAIO de 2020

A ABU Editora é a editora da Aliança Bíblica Universitária do Brasil. Ela tem ||||||||| como propósito oferecer literatura cristã equilibrada e saudável aos estudantes, líderes cristãos e público em geral, abordando temas relevantes da atualidade sob o ponto de vista bíblico. A Palavra de Deus é imutável e contém princípios e revelações que, junto com a ciência, complementa a compreensão da realidade. Por esse motivo, os livros da ABU Editora procuram apresentar a visão cristã contextualizada sobre assuntos contemporâneos estimular a reflexão fornecendo respostas bíblicas para o mundo hoje.


|||||||||||||||||| EDITORIAL A cada ano a Revista Encontros tem sido um meio de tornar a expressão profunda e artística de estudantes da ABUB Nordeste, antes ocultada, agora vista e notada, nos fazendo refletir que a beleza da criação e do seu criador também se revela pela arte. Ultimamente temos vivido em um novo contexto, onde o valor da comunhão tem sido reconhecido, e nestes momentos de solitude e aprofundamento da palavra temos a maior inspiração para nos expressarmos. Nesta oitava edição através dos mais variados estilos artísticos produzidos por nossos estudantes, nos encontraremos imersos em uma nova reflexão, de uma perspectiva que nos leva para além do virtual e volte nossos olhares para aquele que eternamente existiu, acima de tudo para a cruz do Rei.

||||||||||||||||| expediente Capa: Brisa Kelly - "Espera" Elaboração: Ayla Campos de Sá Revisão: Matheus Barbosa e Eva Castro Edição de Arte e Diagramação: Matheus Barbosa e Eva Castro Textos: Matheus Pimentel Telma Caroline Rafaela Borges Natália Amorim Jonatas de Abreu

Nesta Edição 03 - O silêncio na solitude 04 - É necessário que Ele cresça 05 - O Caminho 07 - Salmo 121 09 - A última Ceia 10 - Amizades 11 - Resenha de livro 13 - GB artístico 15 - Reflexão

Contatos Site: www.abub.org.br/regiao/nordeste Facebook: www.facebook.com/abunordeste Instagram: abubnordeste E-mail: abubnordeste@gmail.com


O silêncio da solitude Que em tempos de quarentena A solitude não seja terror Mas seja poema. Nem sempre estar sozinho É sinônimo de solidão Porque todo ser é muito Você é imensidão. Que o silêncio não desenterre monstros, Mas que ele seja a oportunidade

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| Telma Caroline ABU Barreiras - BA

Para o seu auto encontro. Silenciar faz parte do processo. Se debruçar na quietude Talvez seja uma virtude Para um coração inquieto. Sintonize com sua alma Escute o que o silêncio grita: "É preciso ter mais calma." Silencie. Sintonize. descubra-O. Descubra-se.

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||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| Caroline Queiroz ABU Natal - RN

É necessário que ele cresça

Se a vida não for pra Deus De nada valerá Pois que proveito há Ganhar o mundo e se perder E de que adiantará Viver uma vida de ilusões É necessário que ele cresça E que eu diminua É necessário que ele cresça(Refrão 2x) Refletir Jesus é o que a minha alma almeja Transbordar desse amor é o que a minha alma deseja E que a cada dia brilhe mais sua glória em mim, e as pessoas possam ver mais de ti Jesus. Que a cada dia brilhe mais sua glória em mim, e as pessoas possam ver quem tu és. É necessário que ele cresça E que eu diminua É necessário que ele cresça

“Pois eu sou teu e você é meu” Matheus Barbosa ABU Natal - RN


O caminho

||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| Matheus Pimentel ABU Natal - RN

Perguntei para ele se ele tinha certeza do caminho. Ele disse que eu devia parar de perguntar e disse: “Tome o seu madeiro e me acompanhe”

Vi uma estrada que levava a uma bifurcação. Quando cheguei lá, vi dois caminhos. Um deles era lindo, cheio de flores. Parecia que os raios solares saiam de lá… Tudo muito belo.

O caminho era tão feio… Muitas vezes pensei no outro caminho “Como alguém, carregando troncos, escolhe o caminho mais difícil?”

Já o outro caminho era feio. Parecia que as árvores sentiam dor. Era um caminho mais escuro, Um caminho que não se devia ir.

Muitas vezes não tinha onde descansar. Repousar a cabeça era raridade. Os pés doíam, as costas doíam… As feridas eram abertas e, o caminho, que era feio, ficava mais feio ainda. E o caminho era longo, muito demorado. Tanto que senti que anos se passaram.

Porém, meu mapa só ia até a bifurcação. Felizmente, lá, encontro um homem. Ele parecia mexer com madeira, Tinham troncos com ele. Vendo-o lá, perguntei: qual o caminho? Ele não me respondeu, mas me chamou. Comecei a pegar uns troncos para ajudar.

Um dia, acordei e meus troncos haviam sumido. Percebi também que o homem tinha sumido. Olhei ao redor e as árvores pareciam alegres. Ouvi os pássaros pela primeira vez. Via a luz. Me senti bem, em paz, sem dores. Ouço, então: “BEM-VINDO”.

Comecei a andar pelo caminho lindo. Olhei para trás e ele não me seguia. Percebi que ele estava no caminho feio. Fiquei sem entender. Pelo lindo seria melhor!

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|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| Matheus Pimentel ABU Natal - RN

"Nรฃo busque ouro no deserto. Busque a รกgua para beber!" Nicole Morais- ABU Natal - RN

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salmo 121 A inspiração na criação desta arte foi uma reflexão no Salmo 121. Este salmo é um canto de peregrinação feito por Davi, que provavelmente compôs quando atravessava o deserto de Parã (sul de Israel). O Salmo 121 era cantado pelos peregrinos a caminho das festas anuais a Jerusalém. Ao ler este cântico me coloquei no mesmo lugar do salmista e comecei a imaginar o que ele estaria a ver naquele momento. Davi se deparou com circunstâncias difíceis, em alguns momentos estava aflito, mas agora ele está a observar a imensidão daquele deserto e os altos montes, se questionando "será que é de lá que vem a minha força?", mas não é aí que ele conclui, pois ele olha mais além, para os altos céus e completa "Não, minha força vem do Eterno", sua força vinha do criador de tudo aquilo e para além do que seus olhos enxergavam, vinha do Deus eterno e soberano sobre todas as coisas. Além da aflição de Davi houve convicção, confiança e segurança no Pai.

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|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| Ayla Fernanda ABU/ABP João Pessoa


|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| Brisa kelly ABU Mossoró

Calma “Calma O tempo é o seu melhor amigo Eu sei que isso não faz sentido agora Mas calma Pois nada fica fora do lugar Por tanto tempo [...]” “Calma - Maglore”

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a última ceia Era mais uma refeição. Mais uma páscoa a comemorar. Tudo parecia normal Até ele falar. “Não sou eu” - gritamos. Mas não parecia adiantar. Ele repetia que estava chegando a hora E que alguém o trairia. “Melhor seria não haver nascido”. Mesmo tristes, aconteceu. Ele partiu o pão e agradeceu, Dividiu-o e o chamou de corpo. Depois fez a aliança com o vinho, Derramou o sangue em favor de muitos. E sem perceber, acabou. A ceia terminou. A casa deixamos e, de repente, Ele estava sendo preso na nossa frente. Depois disso, só lembro da cruz. Ele falou que alguém o trairia. Penso hoje que fomos todos nós. Todos fugiram e o abandonaram. E sozinho morreu, na cruz.

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| Matheus Pimentel ABU Natal - RN

Mas foi seu castigo que nos trouxe a paz. E por suas feridas fomos sarados. Com a sua morte, ganhamos a vida. Por esse misterioso caminho da cruz, Hoje podemos comer do pão e beber do vinho. Lembro agora da última ceia, Da última música… Os últimos abraços e últimas risadas, O último pão e o último vinho. Lágrimas enchem os olhos com saudade, Mas também, pula o coração de alegria. A alegria é movida pela esperança. Ele disse que um dia estaremos juntos. Novamente cearemos o pão e o vinho. Haverá a ceia no Reino E todos participarão. Amigos de perto e amigos distantes, Amigos que nunca vi na vida. Todos juntos reunidos à mesa Para junto dele, tomar o vinho. E assim, reescrever a última ceia, Até porque, a última ceia… Ainda está por vir.

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AMIZADES

Rafaela Borges ABU Salvador - BA

Amizades construídas sob o luar Ou nos banhos de piscina, e até naquele bendito R-Á Sabe, todo mundo batendo na mesa? Se sabe, conhece a ABU, posso imaginar Amizades que os quilômetros não destroem Chamadas de vídeo nunca fizeram tanto sentido, vejo a importância delas sempre que ponho a lembrar dos meus queridos amigos É presente alegre pensar nos meus potinhos de carinho que distância não destrói Ah, que graça essas amizades que a ABU me dá Amizades que apoiam na missão Que esperam ansiosamente pelo próximo evento Estão sempre guardados em nosso coração Mas ao findar a programação você sente o seu amigo escorregar como vento Amizades que mobilizam juntos uns para os outros Amizades que choram e se alegram juntos Que pegam nas mãos e apoiam no caminhar de ouro Amizades que ajudam na fé e aquecem o coração Amizades que abrem o coração, lembra de suas agendas pessoais? Amigos de alma e missão que nunca ficam para trás Amizades transformadas e chamadas por Cristo que se lembram de esquecer o lema Somos na verdade estudante alcançando estudante Juntos somos luz do mundo que estão na universidade pra semear a paz.

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Compromisso da

|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| Resenha de livro Nathalia Amorim ABU/ABP Caruaru

Como resultado do III Congresso Lausanne de Evangelização, África do Sul/2010, onde cerca de 4 mil cristãos de 198 países, estiveram presentes, todos com em busca de promover a unidade a humildade no serviço, além de buscarem realizar um chamado para uma evangelização global. Após o sucesso e importância do Pacto Lausanne para cristãos de todo o mundo, como resultado dos congressos anteriores dessa mesma organização, viu-se a necessidade da publicação de um novo documento, Compromisso com a Cidade do Cabo (CCC). Este documento foi dividido em duas partes, a primeira contendo uma declaração de fé, reafirmando os principais pontos da teologia e missiologia evangélica. Por sua vez, na segunda parte encontramos o “Chamado à Ação”, que nos revela desafios importantes que podem contribuir para que todos os cristãos sejam testemunhas de Jesus e dos seus ensinamentos, por todo o mundo. A primeira parte do livro expõe a confissão de fé da Cidade Cabo, ele gira em torno do “amor”, os reais motivos pelo qual amamos, quem e o que amamos. Como seres humanos caídos, em busca de independência, é comum vivermos uma vida centrada em nós, nos colocando como pessoas de “bom coração”, e se fazemos algo bom é comum darem o crédito de tal benfeitoria a nós. No entanto, a palavra nos lembra que tudo o que temos de bom não vem de nós, mas do Pai Eterno. Se amamos é porque Deus põe esse amor em nós. Inclusive o amor que sentimos por Deus vem dEle, da sua graça e misericórdia que nos permite o conhecer. Os que têm a oportunidade de hoje viverem com Cristo são agraciados. Ainda há muitas pessoas, milhares, que nunca ouviram falar no Pai, e nós devemos ir até eles, para levar a boa nova. É importante reconhecermos quem de fato amamos, reconhecer a soberania de Deus e sua unicidade. Vivemos um momento onde tudo parece ser relativo. Onde tudo é aceito como verdade, basta alguém acreditar nela.

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Isso é preocupante. Devemos lembrar que nosso Deus, o Deus de Israel, que quando perguntado quem era respondeu “EU SOU”. Devemos ter convicção e conhecer quem amamos, para não sermos levados por falsas palavras e falsas verdades. Se todos tem convicção de sua “verdade” nós cristãos devemos ser mais convictos do que todos e do que nunca da soberania do nosso Deus, não para atacar os diferentes de nós, mas para estarmos firmados. Por sua vez a segunda parte é um chamado à ação da cidade do Cabo, ele nos faz enxergar trabalho a ser feito onde nossa zona de conforto não nos permite enxergar. O mundo está pluralizado, globalizado, cheio de “verdades” e de “senhores da verdade”, anunciar o evangelho a esse mundo nunca foi tão emergencial. As pessoas se apegam a qualquer coisa e a tomam como verdade. O povo nunca teve tão sedento de amor, de verdade, cuidado e esperança. Porém, uma das maiores lutas é contra a falta de humildade do homem. Ele se colocou em um pedestal, pedestal de vontades humanas, onde tudo é permitido desde que o faça feliz. O evangelho vai contra essa ideia e nos mostra que se seguirmos as nossas vontades pereceremos, mas o homem está com o coração endurecido e sensível. Se confrontado se revolta. Por isso a importância da capacitação para saber como alcançar essas pessoas. A verdade precisa ser revelada, mas com amor e sabedoria. Temos um vasto campo missional, com várias demandas, diferentes necessidades, diferentes públicos e a linguagem, a atuação deve ser adaptada para cada um, do mais novo ao mais idoso, do brasileiro ao asiático, respeitando suas diferenças e dificuldades. É necessário se dispuser a ser guiado pelo Espírito Santo, para olhar o outro com os olhos de Deus, amar segundo a vontade de Deus.


cidade do cabo||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| Em um momento político e social onde líderes religiosos utilizam de sua influência e seu púlpito para defender líderes políticos e ferir alguém de sexualidade diferente, negro e mulheres, encontrar um livro que relembra os ensinamentos de cristo perante esses fatos é de grande refrigério. Na mesma medida é um “tapa na cara” ao abrir nossos olhos para o quanto estamos sendo omissos, cegos e indiferentes perante tantas maldades ao nosso redor. Como igreja, quantas vezes falamos do tráfico humano? Desde que me converti nunca minha igreja tocou no assunto, se quer fez alguma ação para ajudarmos nesses casos, sequer fizemos orações por eles. É como se o problema não existisse ou não fosse de nossas contas. O mesmo se repete quando nos referimos a pessoas portadoras de alguma deficiência. Me assusta lembrar que durante esses anos de “igreja”, frequentando várias igrejas, em várias cidades, não me lembro de ter visto um deficiente em nenhum momento. Eles não existem? Não, eles existem! Mas por algum motivo a igreja não chegou até eles. Confesso que nunca havia pensando neles também e isso me corta o coração. Outro ponto delicado é o respeito a crenças, falo de respeito não de concordância. Vivendo no Brasil, onde é um país com diversas culturas, por vezes ouvi líderes insultando, incentivando a violência, a religiões afro brasileiras. Quem deveria estar preparado, quem deveria mostrar o amor de cristo e o amor pelo próximo, não estava/está fazendo isso, ao contrário, incita jovens e até crianças a não respeitarem a liberdade do outro, com a desculpa de que “essa é a vontade de Deus” e “isso é coisa do diabo”. É necessário buscar conhecimento e apoio fora da igreja para não sucumbir a tais pensamentos. Lembro-me que sempre nos encontros da célula da igreja ou comemoração com as pessoas da igreja que peço para não usarem descartáveis ou usarem de forma consciente, sou zombada ou não levada a sério. Agem como se estivesse sendo exagerada e desnecessária.

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Parece que cuidar do meio ambiente e pregar o evangelho não necessitasse andar juntos, como se pregar o evangelho está acima de tudo-não diminuo a importância-, é triste, é frustrante. As pessoas estão tão preocupadas com pregar o evangelho que esquecem de cuidar do planeta. Comem carne sem consciência alguma e ainda usam de falsos argumentos como “Deus me fez carnívoro para isso”. Ou pregam o evangelho e esquecem de cuidar da pessoa, de acompanhar. Ao comentar sobre o livro com amigos que irão ao IPL o resumi em uma palavra “extraordinário”, e “ele mexeu com cada célula do meu corpo”, foi isso que senti. Lembro-me que desde o momento que decidi de fato ir ao IPL senti que seria mudada, moldada, renovada. Tenho sentido isso desde esse momento da preparação e esse livro veio endossar isso. Ele me lembrou de pontos essenciais como “amor” e “unidade”. Além de me abrir os olhos para problemas seríssimos como tráfico de pessoas, “adaptação” do evangelho para pessoas portadoras de alguma deficiência- isso me falou principalmente porque sou professora, estudei isso na graduação, mas não me lembrei em levar isso para igreja-. O campo missional é grande, a seara é grande, muitos são os alcançados pelo Senhor, mas muitos ainda desconhecem a existência Da Verdade. Pessoas de longe e pessoas próximas a mim e não posso ser mais egoísta, permitindo que pessoas próximas vivam sem conhecer o amor de Deus. Peço ao Pai que me capacite, para levar o evangelho onde Ele quer que eu vá, me fazendo uma mulher ética, justa, reta, que saiba respeitar as diferenças e que ponha em mim um amor pelo meu irmão sem igual, que me faça ter empatia por suas lutas e dores. Esse livro veio como um refrigério para minha fé. Pretendo le-lo mais vezes, é de grande alegria ler um livro escrito à luz das escrituras, que te confronta e te faz ansiar por mudanças em nosso íntimo e em nosso mundo, a lutar por melhorias, melhorias não apenas como lutas sociais- tão frequentes ultimamente-, mas uma luta pela eternidade, não apenas para mim, mas para todos.


GB artĂ­stico

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|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| Artes produzidas pela ABU Salvador


|||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||| No Grupo Base Artístico da ABU Salvador, o objetivo foi conversar sobre o que é arte, de onde vem a capacidade humana de criação e criatividade. O objetivo do GB artístico foi incentivar estudantes a produzir arte cristã como um todo, seja poesia, desenho, música, pintura, fotografia e as mais variadas formas de manifestações artísticas. Estudamos por meio de alguns textos como Deus nos chama e se revela através da arte na Bíblia. Entendemos que a arte é serviço. Fizemos uma devocional no Salmo 19 e posteriormente colocamos a mão na massa. Para a parte teórica do GB tivemos como referência o livro A arte e a bíblia de Francis Schaeffer e para a a parte prática foi preciso apenas muita disposição, alegria, comunhão, tinta, papéis, giz de cera, lápis de cor, canetinhas, jornal, entre outros itens decorativos. Assim foi o nosso primeiro Grupo Base artístico.

Autores: Brisa Kelly Rafaela Borges Luana Bonfim Gabriel Bispo Rafaela Borges Fernanda Inácio David Lenon Stella Zandoná

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EMANUEL: como a certeza da presença de Deus pode nos ajudar a passar pela pandemia? “Vejam! A virgem ficará grávida! Ela dará à luz um filho, e o chamarão Emanuel, que significa ‘Deus conosco’”. Mateus 1:23

Há no ar um clima estranho; uma mistura do aroma do medo, com a dor da incerteza e o temor da morte. Cidades desertas, corações apertados. Algumas vezes tudo isso toma conta de nós de uma maneira tão estranha, que nos vemos ansiosos sem sabermos por quê. Nossos corações palpitam, nossas mentes ficam irrequietas, a concentração nas tarefas domésticas mais básicas é difícil e a paciência com os infantes, nem se fala. Não sabemos os rumos do país num tempo em que o mundo inteiro agoniza diante de uma pandemia de Coronavírus, qual o desfecho do próximo capítulo do dia seguinte nessa novela da vida real, quem sobreviverá para contar a história (esperamos que todos). Esgotamento de quê? Da vida? Cansaço? Já? Mas há algo que pode nos confortar nesses momentos de tamanho esgotamento a promessa e a certeza do Emanuel. Para alguns uma realidade distante; e muitas vezes para nós, cristãos. Não temos sido ensinados a lidar com certas circunstâncias, especialmente a dor e a incerteza, nas nossas igrejas. Mesmo o luto tem, aos poucos, perdido lugar nas nossas “capelas” e feito sua morada nos Centros de Velório, onde a dor parece reinar, mas só ali. Choque de realidade, esse deveria ser o nome do que estamos sofrendo nesse momento. Mas urge relembrar: o Emanuel está conosco. É, no mínimo irônico, que essa tragicomédia tenha acontecido à história um tempo antes do Natal e chegado ao país um pouco antes da Páscoa. Duas datas muito significativas para os cristãos, e não por acaso, datas que relembram a promessa de Deus conosco e o cumprimento dela, na libertação do povo de Israel e na nossa própria libertação através da nossa substituição no sacrifício vicário de Cristo na cruz, seguido da Sua ressurreição.

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Há algumas coisas importantes que precisam ser rememoradas nesses dias em que o nosso corpo se arrepia e o nossa alma se abate dentro de nós. Para tanto, peço um pouco de paciência ao (à) querido(a) leitor(a) dessas linhas para que eu possa mostrar-lhe alguns fatos que demonstram que mesmo nesse tempo terrível em que vivemos, Deus não nos abandona e jamais nos abandonará, mesmo que Sua presença, frente aos eventos recentes, pareça nos sugerir o contrário. 1- Olhe a história do povo de Israel A história da libertação do povo de Israel não é constituída de uma linha curta. Ao contrário, as idas e vindas do povo durante quarenta anos no deserto mostram bem, não só a demora do povo em chegar na "terra prometida" aos patriarcas pela boca do próprio "Eu sou", como a paciência d’Ele em lidar com revoltas frequentes e reclamações infundadas pela falta das "benesses" da escravidão. Ainda assim, mesmo que algumas vezes tenha demonstrado Sua (justa) ira àquele povo rebelde, Ele NUNCA, jamais, os deixou (Hb 13.5). Sempre se mostrou numa coluna de nuvem durante o dia, e como uma coluna de fogo durante à noite. Sua presença, desde que o tabernáculo foi constituído no deserto jamais se retirou (Ex 40.34-38; Nm 9.16; 10.11,12;); como num prenúncio do Cristo que viria, Ele habitou no meio de um povo de lábios e corações impuros, demonstrando graça, misericórdia e santificando-os e lembrando que eles O pertenciam e que nenhum outro povo inimigo os tiraria de Suas mãos. Se Deus prometeu NUNCA deixar ou desamparar os seus, devemos crer nisso nos agarrando a esta verdade como um náufrago se agarra a um pedaço do casco do navio que insiste fortemente em flutuar, até que as águas do mar o levem de volta à margem da praia. 2- Observe a ação de Deus Deus pode parecer distante, mas ouve o clamor do Seu povo. Isso não é uma frase de efeito, mas uma verdade constante em toda a Bíblia.


Naturalmente, para ter acesso pleno a essa promessa, devemos crer que a Bíblia é Palavra de Deus. Ainda se voltamos ao povo de Israel, vemos que desde antes dos filhos de José habitarem o Egito, Deus havia dito a Abraão que eles passariam 400 anos em terra estrangeira, mas seriam resgatados por Sua forte mão (Gn 15.13). Durante a vida do próprio Abraão, Deus já dá sinais de que mesmo a imperfeição do patriarca não anularia a Sua Aliança (pois Ele mesmo passou entre as partes do sacrifício), conquanto mais de uma vez Ele tenha ordenado que ele pusesse seu coração na ordem d’Ele de andar em Sua presença e ser íntegro (Gn 17.1); e todos os patriarcas posteriores puderam sentir o antegozo da promessa de herdarem uma terra que não era deles, e de um Messias que ainda viria (Hb 11.39,40). Se fizermos o exercício de atravessar a história do povo de Israel da saída do Egito até sua libertação do cativeiro babilônico, por exemplo, veremos que Deus, de maneira graciosa sempre lhes providenciou maneiras de anunciar a Sua presença, senão, vejamos: a) através da Sua justiça - desde os juízes, passando aos reis, até que o Reino se dividisse e fossem conquistados, e mais uma vez eles pudessem retornar à sua amada terra; b) da Sua misericórdia - quando estabeleceu Ele mesmo um lugar permanente para a Arca, primeiro em Siló, e logo depois, no templo em Jerusalém para que pudesse "habitar" no meio do povo, construído por Salomão, filho de Davi, Rei de Israel; c) do Seu olhar atento e do Seu Juízo, quando do meio do povo, que constantemente, em explícito adultério religioso, trocava pelos deuses dos povos vizinhos, suscitava profetas quando para lembrar-lhes, das mais variadas maneiras "arrependam-se dos seus pecados, pois o Reino de Deus está próximo; Deus é fogo que consome, mas misericordioso tal que abençoa até mil gerações daqueles que o amam" e finalmente;

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d) da Sua promessa do Cristo, sempre lembrada através dos sacrifícios estabelecidos na lei, nas festas anuais, especialmente na páscoa, nas palavras dos profetas, na libertação do cativeiro e na construção do Segundo templo, no período pós-cativeiro, dos sinais dos tempos de que O Messias, o supremo libertador, viria em carne, superando a existência e o pecado de Adão, para ser perfeito e sacrifício suficiente para redimir os pecados do povo de Deus, religando-O aos Seus amados.

Deus não somente prometeu que jamais os deixaria; sempre os lembrou da promessa e agiu na história cumprindo-a, e assim o faz até hoje, ainda que não possamos, como muitos dos nossos pais no passado, que morreram sem ver o messias em carne, ver a completude dos Seus planos e das Suas promessas para nós! Ainda assim, podemos declarar como Jó, o justo, o fez: "Eu sei que o meu redentor vive, e por fim se levantará sobre a terra!" (Jó 19.25). 3- Veja o teatro de sombras, “pois essas coisas são apenas sombras da realidade futura, e o próprio Cristo é essa realidade”. (Colossenses 2:17) Os imperfeitos libertadores na história do povo hebreu foram uma tipificação do Perfeito Libertador; vejamos pois: a) Moisés cruzou o mar junto ao povo, liderando-o; Cristo cruzou as portas da morte solitariamente, carregando a nossa multidão de pecados desde a antiguidade até o futuro, num ato de redenção cósmico que alcançou aqueles que creram para a justiça (Rm 10:10) e aos nossos descendentes que poderão ter testemunho do Cristo unigênito o qual foi concebido por obra do Espírito Santo e nasceu da virgem Maria, que padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morte e sepultado, desceu ao Hades, ressurgiu dos mortos ao terceiro dia, subiu ao céu e está assentado à mão direita de Deus Pai, Todo-poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos"[¹] ;


b) Nem Moisés, nem Josué, nem Ciro - chamado “meu pastor”(Is 44:28), Esdras ou Neemias, puderam perfeitamente libertar o povo de Israel, somente àquele que viria, muito tempo depois, e seria chamado de Jesus. Mesmo Moisés, caminhou o deserto com o povo mas, não entrou na terra que lhe foi prometida; Cristo conquistou a morte e nos resgatou perfeitamente e subiu ao céus, de onde voltará para restaurar todas as coisas, desde a natureza até a nós (Rm 8.22), os que por meio da graça através da fé (Ef 2.5,8), pudemos crer no testemunho do Espírito Santo sobre o Filho! Como é possível, pois, que na solidão de uma pandemia Ele possa nos abandonar à própria sorte? c) Moisés morreu e deixou Josué em seu lugar; Jesus nos enviou o Espírito Santo (Jo 14.16; 15.26)! Sem a promessa, e o real cumprimento dela, nós não poderíamos entender a realidade de Cristo em nós e conosco, de maneira que podemos testemunhá-Lo corajosamente (At 1.8)! E fazemos isso quando cremos que Deus no Seu santo propósito permitiu SIM que, indistintamente, fôssemos assolados por essa peste, mas que também permitiu que pudéssemos estar guardados em Cristo Jesus (Jo 10.28). Ora, Deus poderia ter livrado os apóstolos do martírio (especialmente aos que tiveram suas cartas incluídas no Cânon da Escrituras), mas não o fez; poderia ter livrado os cristãos primitivos das perseguições, das crucificações em massa, dos leões famintos na arena, mas não o fez; poderia ter livrado os crentes do fogo da inquisição e da “noite de São Bartolomeu”[²], mas permitiu a morte deles; poderia ate fazer com que cristãos contemporâneos pudessem se livrar do martírio em países longínquos, mas o permite. É Deus mau por isso, ou pelo sangue de todos esses faz brotar a semente da Igreja[³] una, santa e universal? Poderia, mesmo, ter livrado Jesus da Cruz, mas não o fez, porque o sangue inocente de Cristo nos livra de todo o pecado e nos justifica perante Deus! d) O testemunho do Espírito Santo faz a Igreja avançar em todos os cantos da terra proclamando que a real liberdade não se encontra em sistemas filosóficos e regimes políticos (ainda que um ou outro possam ser melhores e se diferenciarem claramente), mas em Jesus de Nazaré!

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4 - Traga a memória o que pode te dar esperança. Em todas as ocasiões o Todo Poderoso nunca desamparou Seu povo, e prometeu que nunca nos desamparará, Segundo as Escrituras. Não há nada que nos possa afastar do Seu grande amor (Rm 8.30-37), e devemos crer nisso! Não há clamor de “Violência” (Hc 1.2) por parte do povo que não seja ouvido pelos Céus, tampouco não há promessa de libertação que o próprio Deus tenha feito que não tenha sido ou seja cumprida, porque “Deus não é homem para mentir, nem ser humano para mudar de ideia. Alguma vez ele falou e não agiu? Alguma vez prometeu e não cumpriu?” (Nm 23.19). Todavia, ainda que a situação esteja mais do que caótica, e que nossos governantes façam pouco caso de assistir o povo, podemos nos alegrar no Senhor e exultar no Deus da nossa Salvação (Hc 3.18), pois Ele triunfará e sairá do Seu lugar para redimir o Seu povo e castigar toda a iniquidade; a terra não mais esconderá os seus mortos (Is 26. 20,21). O SENHOR é Deus de Justiça e Salvação!

Foi Jesus que exortou, inclusive a nós, no sermão da montanha a não andarmos ansiosos ou amedrontados, pois se Deus sustenta a Sua criação, cuida de maneira atenciosa e dócil de cada um de nós,

“Por isso eu lhes digo que não se preocupem com a vida diária, se terão o suficiente para comer, beber ou vestir. A vida não é mais que comida, e o corpo não é mais que roupa? Observem os pássaros. Eles não plantam nem colhem, nem guardam alimento em celeiros, pois seu Pai celestial os alimenta. Acaso vocês não são muito mais valiosos que os pássaros? Qual de vocês, por mais preocupado que esteja, pode acrescentar ao menos uma hora à sua vida?" “E por que se preocupar com a roupa? Observem como crescem os lírios do campo. Não trabalham nem fazem roupas e, no entanto, nem Salomão em toda a sua glória se vestiu como eles. E, se Deus veste com tamanha beleza as flores silvestres que hoje estão aqui e amanhã são lançadas ao fogo, não será muito mais generoso com vocês, gente de pequena fé?"


"Portanto, não se preocupem, dizendo: ‘O que vamos comer? O que vamos beber? O que vamos vestir?’. Essas coisas ocupam o pensamento dos pagãos, mas seu Pai celestial já sabe do que vocês precisam. Busquem, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão dadas."

“Portanto, não se preocupem com o amanhã, pois o amanhã trará suas próprias inquietações. Bastam para hoje os problemas deste dia.” (Mateus 6:25-34)

Ainda que não vejamos de pronto o cumprimento das Suas promessas e não entendamos plenamente os Seus desígnios, podemos descansar na esperançosa memória das promessas e dos seus maravilhosos feitos. Isso pode nos livrar da mais profunda dor e da mais horrenda ansiedade! Isso nos pode trazer vida e paz que nem todas as pessoas do mundo podem compreender. A realidade da ressurreição nos ensina a termos não somente confiança de que tudo isso pode passar, mas antes de tudo, de que “porque Ele vive, nós também viveremos” (2 Tm 2.11). Podemos crer num amanhã diferente, não porque podemos ter uma vacina, mas porque Ele prometeu que nunca, jamais, nos desampararia (Hb 13.5), mesmo que nossos pais assim o fizessem (Sl 27.10); Ele é quem pode nos dar vida e Esperança sobre qualquer mal e sobre a morte, nos coroando de graça e misericórdia(Sl 103.4)! Creiamos, pois na Sua promessa e bendigamos com todo o nosso ser, sem nos esquecermos de quaisquer um dos seus benefícios! Amemos Aquele que nos amou tanto que “Embora sendo Deus, não considerou que ser igual a Deus fosse algo a que devesse se apegar. Em vez disso, esvaziou a si mesmo; assumiu a posição de escravo e nasceu como ser humano. Quando veio em forma humana, humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz” (Filipenses 2:6-8). Testemunhemos de Cristo e da Sua gloriosa salvação na força do Espírito Santo que nos capacita, nos santifica e nos prepara para o dia em que nos encontraremos face a face com Deus!

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Portanto, não tenhamos medo: é Ele quem diz “Não tenha medo! Eu sou o Primeiro e o Último (Apocalipse 1:17,18). Sou aquele que vive. Estive morto, mas agora vivo para todo o sempre! E tenho as chaves da morte e do inferno […] E eis que venho sem demora […]. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim” (Apocalipse 22:12,13).

Maranatha!

Jonatas Souza de Abreu, casado com Kathleen Vasconcelos, pai de Jonathan Edwards e Katherine, Conselheiro Regional da ABU NE.

[¹] Credo apostólico. [²] O massacre da noite de São Bartolomeu ou a noite de São Bartolomeu, foi um episódio, da história da França, na repressão ao protestantismo, engendrado pelos reis franceses, que eram católicos. Esses assassinatos aconteceram em 23 e 24 de agosto de 1572, em Paris, no dia de São Bartolomeu. Estima-se que entre 5 000 e 30 000 pessoas tenham sido mortas, dependendo da fonte atribuída. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_da_noite_de_S %C3%A3o_Bartolomeu). [³] Tertuliano, Apologético, 50.13


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