Alfabetização

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Jordana Thadei

Mestre em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem, professora do Ensino Fundamental, da EJA e do Ensino Superior e formadora de professores para o ensino de língua materna.

Márcia Mendonça

Doutora em Linguística, professora do Ensino Superior e autora de materiais didáticos voltados para Educação de Jovens e Adultos.

Maria Amábile Mansutti

Licenciada em Pedagogia, autora de currículos e materiais didáticos de Matemática para o Ensino Fundamental.

1a edição, São Paulo, 2013

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© Ação Educativa, 2013 1a edição, Global Editora, São Paulo 2013 Global Editora Diretor editorial Jefferson L. Alves Gerente editorial Dulce S. Seabra Gerente de produção Flávio Samuel Coordenadora editorial Sandra Regina Fernandes Assistente editorial Rubelita Pinheiro Preparação e revisão de textos Garagem Editorial (coord.) Alexandra Resende Hires Héglan Roberta Oliveira Stracieri Shirley Gomes Tereza Cristina Duarte Silva Pesquisa iconográfica Tempo Composto

Ação Educativa Diretoria Luciana Guimarães Maria Machado Malta Campos Orlando Joia Coordenação geral Vera Masagão Ribeiro Coordenação editorial Roberto Catelli Jr. Consultoria Aparecida Moreira da Silva Biruel (Letramento) Assistentes editoriais Dylan Frontana Fernanda Bottallo Estagiários em editoração Camila Cysneiros Marcel Coronato Apoio EED – Serviço de Igrejas Evangélicas na Alemanha para o Desenvolvimento

Ilustrações Pingado Sociedade Ilustrativa, Planeta Terra Design Cartografia Maps World Sonia Vaz Capa Eduardo Okuno Mauricio Negro Foto da capa Lonely Planet Images / Getty Images (Bandeiras coloridas na festa junina do Maranhão) Projeto gráfico e editoração eletrônica Planeta Terra Design

Direitos Reservados Global Editora e Distribuidora Ltda. Rua Pirapitingui, 111 – Liberdade CEP 01508-020 – Sao Paulo – SP Tel.: (11) 3277-7999 – Fax: (11) 3277-8141 e-mail: global@globaleditora.com.br www.globaleditora.com.br

Rua General Jardim, 660 CEP 01223-010 – São Paulo – SP Tel.: (11) 3151-2333 – Fax: (11) 3151-2333 r.: 135 e -mail: acaoeducativa@acaoeducativa.org www.acaoeducativa.org.br

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ T342c Thadei, Jordana Cultura escrita, trabalho e cotidiano : alfabetização : manual do educador : educação de jovens e adultos / Jordana Thadei, Márcia Mendonça, Maria Amábile Mansutti. - 1. ed. - São Paulo : Global, 2013. 208, 280 p. : il. (Viver, Aprender) Inclui bibliografia ISBN 978-85-260-1858-7 (aluno) - 978-85-260-1857-0 (educador) 1. Alfabetização 2. Educação 3. Letramento. I. Mendonça, Márcia. II. Mansutti, Maria Amábile. III. Título. IV. Série. 13-00575

CDD: 372.4 CDU: 372.4

Colabore com a produção científica e cultural. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem a autorização do editor. No de Catálogo (aluno): 3481 No de Catálogo (educador): 3482

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Apresentação

Caro aluno, cara aluna,

O

livro que você está recebendo agora vai ajudá-lo a conhecer mais o mundo da escrita e dos números. Além disso, permitirá saber mais sobre assuntos que dizem respeito à vida de todos nós, como o trabalho, a literatura, os conhecimentos científicos, a riqueza cultural brasileira, os meios de comunicação e muitos outros. Este livro foi feito para pessoas jovens e adultas que, como você, desejam continuar aprendendo por toda a vida. Mas, para isso, é preciso que você use o que já sabe, os conhecimentos que construiu ao longo da sua vida pessoal e profissional. No começo, pode parecer difícil, mas se arrisque, tente e persista diante das dificuldades. Para acompanhar suas aprendizagens, este volume traz histórias de vida, provérbios, notícias, fotografias, trovas, gráficos, letras de canção, poemas, cadastros, e muitos outros textos. Os textos e os assuntos tratados no livro estão ligados ao que acontece a nossa volta e trazem informações que você pode passar a conhecer. A partir desses textos e temas, as atividades nesta obra procuram ajudá-lo a refletir e a chegar a novas conclusões. Pouco a pouco, com a ajuda de colegas e professores, fazendo pesquisas, você será cada vez mais capaz de lidar com a leitura, a escrita, a matemática e com os assuntos que interessam aos cidadãos no seu cotidiano. Ouvindo, falando, lendo, escrevendo, experimentando, pensando, pesquisando e trocando ideias, você vai aprender ainda mais. Esperamos que você possa ampliar seus conhecimentos sobre a realidade que o cerca, que possa cuidar melhor de si, dos outros e do lugar onde você vive. Os conhecimentos novos que você vai elaborar nessa etapa de estudo serão motivo de alegria e satisfação para você e para todos que torcem pelo seu sucesso. Você terá alcançado grandes conquistas e um direito que é de todos: o direito a uma educação de qualidade. Bom trabalho, bom estudo! As autoras

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Sumário

Capítulo 1 PRIMEIRAS PALAVRAS

7

Capítulo 2 VOCÊ JÁ TEM CADASTRO?

29

Capítulo 3 DIZ O DITO POPULAR...

51

Capítulo 4 O BRASIL EM COLEÇÕES

80

Capítulo 5 VERSOS PARA CONTAR, VERSOS PARA CANTAR...

117

Capítulo 6 MULHERES DO BRASIL, RELATOS DE VIDA

146

Capítulo 7

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LENDO UM JORNAL

174

Referências

207

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Capítulo

1

PRIMEIRAS PALAVRAS

Para este capítulo, são necessárias: folhas de papel, figuras de revistas para produzir cartazes, tesoura e cola.

NESTE PRIMEIRO CAPÍTULO DO LIVRO, VOCÊ VAI VER QUE É POSSÍVEL LER MESMO SEM CONHECER TODAS AS LETRAS. VAI VER TAMBÉM QUE NÃO LEMOS SÓ LETRAS. VAI CONHECER O ALFABETO DA LÍNGUA PORTUGUESA E APRENDER A IDENTIFICAR AS PARTES DE SEU LIVRO.

EM RODA PARA COMEÇAR, VAMOS VER COMO VOCÊ CONSEGUE FAZER ALGUMAS LEITURAS, MESMO QUE AINDA NÃO LEIA PALAVRAS E TEXTOS MAIS LONGOS.

PARA LER

Miguel Rosan/Keystone

Fernando Favoretto / Criar Imagem

Fernando Favoretto / Criar Imagem

Fernando Favoretto / Criar Imagem

NO QUADRO ABAIXO, HÁ MUITAS INFORMAÇÕES ENCONTRADAS EM ESPAÇOS URBANOS OU DOMÉSTICOS. QUAIS DELAS VOCÊ RECONHECE?

Apresente outras imagens relacionadas ao universo de seus alunos (alta tensão; mar agitado; mar impróprio para banho; animais na pista; pista escorregadia; permitido estacionar etc.). Caso disponha de acesso à internet, você pode fazer uma busca das imagens sugeridas. Nesse momento, ainda que eles não realizem a busca, é importante presenciarem sua busca, como forma de familiarização com as possibilidades de pesquisa/consulta na internet.

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7

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Resposta pessoal. Aceite diferentes respostas, desde que pertinentes às imagens. Caso os alunos não as identifiquem, faça outras perguntas que os auxiliem nesse reconhecimento, explorando a aparência da imagem, o local ou suporte e possíveis significados no contexto.

O QUE VOCÊ LÊ EM CADA IMAGEM? ONDE ENCONTRAMOS OS DESENHOS E SÍMBOLOS MOSTRADOS NESTAS IMAGENS? Ajude o aluno a perceber a relevância do contexto dos desenhos ou símbolos para a atribuição de sentidos, ao analisar cada imagem.

VOCÊ SE LEMBRA DE OUTRAS INFORMAÇÕES REPRESENTADAS POR DESENHOS E Resposta pessoal. Incentive os alunos a mobilizarem seus conhecimentos de mundo, apresentando-lhes, se necessário, alguns SÍMBOLOS? QUAIS? contextos em que essas representações apareçam. Pergunte se, em casa, no trabalho, no transporte e no trajeto que fazem, eles veem desenhos, símbolos que comunicam algo ou transmitem informações.

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2 + 15 = 3 4

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2

+

3 PENSANDO EM NÚMEROS

5

6 = 8-

2

3=

+

5 = 6-

03

EM RODA

Resposta: nome e número do jogador, limite de velocidade, horas. Proceda como orientado na primeira análise de imagens.

Fernando Favoretto/Criar Imagem

Holger Leue/Lonely Planet Images/ Getty Images

Sinalização de trânsito.

=6

Mats Tooming/Dreamstime.com

AGORA VEJA ALGUMAS INFORMAÇÕES APRESENTADAS POR NÚMEROS.

Camiseta de time de futebol.

5 + =

Relógio de parede

O QUE SIGNIFICAM AS INFORMAÇÕES APRESENTADAS EM CADA IMAGEM? VOCÊ CONHECE OUTRAS INFORMAÇÕES APRESENTADAS POR NÚMEROS?

Resposta pessoal. Se necessário, ajude os alunos a encontrar exemplos de situações nas quais aparecem números, como valores de cédulas e moedas, calendários, número nas casas e estabelecimentos de uma rua, endereços, números de telefone, indicações dos andares em um painel de elevador, listas de preços, páginas de um livro, instrumentos como fita métrica, balanças, relógios, calculadoras. É provável que eles citem placas de veículos e outras formas que mesclam letras e números. Ajude-os a perceber essa mistura de códigos em algumas representações. Comente que podemos comunicar um número escrevendo, falando, desenhando, digitando. Solicite aos alunos que escolham números para comunicar usando essas diferentes formas.

EM AÇÃO

1. ESCREVA OS NÚMEROS DE 1 A 10 EM ORDEM DO MENOR PARA O MAIOR.

8

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Resposta: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10. Observe se todos os estudantes conhecem a sequência de números de 1 a 10 e se identificam as quantidades a eles relacionadas. Proponha que pensem em situações da realidade associadas a esses números, por exemplo: Sol, Lua, para indicar o número um; um casal, mãos e pés, para indicar o número 2; Três Marias e ossos dos dedos das mãos, para indicar o número três; patas de um cachorro, pontos cardeais (norte, sul, leste, oeste), para indicar o número quatro; dedos de uma mão para indicar o número cinco etc.

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5


2 + 15 = 3 4

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3

5

6 = 8-

3=

+ 2. LIGUE CADA SITUAÇÃO AO NÚMERO CORRESPONDENTE:

2

5 = 6-

5 + =

03

=6 Ilustração digital: Maurício Negro

5 = 6

DUPLA DIAS DA SEMANA

FILHO ÚNICO DEDOS DE UMA MÃO NOVENA

10

5

6

7

3

1

8

9

2

4

Respostas: filho único – 1; dupla – 2; trigêmeos – 3; quarteto – 4; dedos de uma mão – 5; meia dúzia – 6; dias da semana – 7; quatro casais – 8; novena – 9; década – 10.

QUATRO CASAIS

QUARTETO MEIA DÚZIA TRIGÊMEOS DÉCADA

3. VOCÊ SE LEMBRA DE OUTRAS SITUAÇÕES OU FATOS EM QUE APARECEM NÚMEROS DE 1 A 10? Resposta pessoal. COM SEUS COLEGAS, CRIE UM CARTAZ COM ESSAS SITUAÇÕES. COLE FIGURAS OU FAÇA DESENHOS PARA ILUSTRÁ-LAS. EXPONHA OS CARTAZES NA SALA. 9

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

3

= 2 + 4. ESCREVA TRÊS NÚMEROS QUE VOCÊ SABE LER.

5 = 6-

5 + =

03

=6

Resposta pessoal. Solicite aos estudantes que leiam os números que escreveram, enquanto alguns colegas escrevem esses números na lousa. Pode-se categorizar os números em menores que 10, em menores que 100 ou maiores que 100, de acordo com o sugerido pelos alunos. Observe se todos identificam números com base nessas categorias e se sabem ler esses números.

• FAÇA UM X VERMELHO NO MAIOR DELES E UM X AZUL NO MENOR.

Ilustração digital: Estúdio Pingado

5. LEIA A SEQUÊNCIA DE QUADRINHOS E FAÇA O QUE É PEDIDO.

Resposta: 975

Resposta: rua 15 de novembro.

Resposta: 306.

Resposta: número 54.

Resposta: tecla de número 5.

10

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5


2 + 15 = 3 4

5 = 6

EM RODA

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

03

=6

Prefeitura de Mossoró, RN

VOCÊ LEU INFORMAÇÕES REPRESENTADAS POR IMAGENS E POR NÚMEROS. O CARTAZ A SEGUIR UTILIZA IMAGENS, NÚMEROS E LETRAS.

• O QUE ESSE CARTAZ ESTÁ DIVULGANDO? • COMO VOCÊ DESCOBRIU ISSO?

Resposta pessoal. Valorize as diferentes estratégias utilizadas pelos alunos na leitura dos cartazes, como a observação das imagens e das datas para deduzir de que festa se trata, e promova a socialização delas. Pergunte à turma se usaram a mesma estratégia, se pensaram em usá-la etc., a fim de incentivar os alunos a reconhecer diferentes maneiras de leitura e de atribuição de sentido ao texto.

• QUE PARTES DO CARTAZ VOCÊ LEU PARA SABER O QUE ELE DIVULGA?

Resposta pessoal. É possível que alguns tenham lido a imagem, outros as informações numéricas e alguns até mesmo o texto verbal. Mostre que mesmo aqueles que ainda não dominam a leitura verbal são capazes de atribuir sentido a um texto com múltiplas linguagens, quando estas estabelecem um todo na constituição do texto.

• COMO AS INFORMAÇÕES APRESENTADAS NO CARTAZ ESTÃO REPRESENTADAS? Pelo uso de letras, números e imagens. Caso o cartaz apresente logomarcas de patrocinadores, promova a leitura delas com os alunos, observando primeiramente a leitura global da logomarca e, em seguida, sua função nesse gênero (cartaz de divulgação de evento).

• DAS PARTES EM QUE HÁ ESCRITA NO CARTAZ, ALGUMA DELAS ESTÁ DESTACADA? POR QUE ESSA PARTE RECEBE MAIOR DESTAQUE? Explore com os alunos as diferentes fontes utilizadas no cartaz e os efeitos de sentido produzidos pelo uso desse recurso gráfico (destaque de informações, por exemplo) e por que é usado.

• VOCÊ JÁ VIU OUTROS CARTAZES QUE DIVULGAM INFORMAÇÕES? O QUE ELES DIVULGAVAM? ONDE ELES, GERALMENTE, SÃO ENCONTRADOS? Resposta pessoal. Espera-se que os alunos indiquem postos de saúde, igrejas, estações de ônibus, de trem e de metrô, estabelecimentos comerciais do bairro e locais de grande circulação de pessoas. Aproveite para conversar sobre a afixação de cartazes em locais públicos e privados (placas, postes, muros etc.) e sobre as leis municipais que proíbem a poluição visual em algumas cidades. Converse sobre o que eles pensam a respeito do assunto, procurando ajudá-los a formar valores de respeito aos espaços públicos e ao patrimônio alheio.

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

+

2

EM AÇÃO

3

5

6 = 8-

2

3

+ =

5 = 6-

5 + =

03

=6

Ilustração digital: Estúdio Pingado

1. ESTE CARTAZ ESTÁ INCOMPLETO.

• VEJA OS NÚMEROS QUE SERÃO ESCRITOS NO CARTAZ.

10

18

3

Edyta Pawlowska/ Dreamstime.com

Deadstar/Dreamstime.com

• COMPLETE O TEXTO ESCREVENDO CADA NÚMERO EM SEU LUGAR. Resposta: 3,18 e10. VAMOS OBSERVAR O QUADRO E LER O QUE O NÚMERO 5 ESTÁ MOSTRANDO:

CINCO DEDOS Ilustração digital: Estúdio Pingado

Fernando Favoretto/ Criar Imagem

CINCO HORAS

QUINTO LUGAR NA FILA

EBD CINCO, CINCO, CINCO, CINCO

OS NÚMEROS SÃO USADOS PARA INDICAR CONTAGEM, Resposta pessoal. ORDEM E CÓDIGO. 12

Esta atividade explora o sentido numérico (ver o glossário no Manual do Educador) na medida em que os estudantes terão que relacionar os números propostos com as situações apresentadas e decidir qual deles é mais apropriado para cada uma. Por exemplo, se resolverem colocar o número 18 para indicar as vagas, não terão outro número para indicar a idade mínima, porque neste caso não caberia o 10, nem o 3. Assim, poderão concluir que a idade mínima é 18. Propondo alternativas e analisando cada uma, os estudantes chegarão à resposta correta. Discuta as respostas coletivamente, pois isso exige que os estudantes argumentem para justificá-las.

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5


2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

EM RODA

2

+

3

5

6 = 8-

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

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=6

Ilustração digital: Maurício Negro

LEIA COM O PROFESSOR AS FRASES A SEGUIR E OBSERVE O QUE OS NÚMEROS INDICAM EM CADA UMA.

Após a leitura, pergunte aos estudantes o que cada um desses números indica e destaque a função do número em cada situação.

LIGUE CADA SITUAÇÃO COM A FUNÇÃO DO NÚMERO.

MORO NUMA VILA QUE TEM 4 CASAS.

CONTAGEM

Resposta: Contagem: moro numa vila que tem 4 casas, na minha casa moram 6 pessoas. Ordem: moro na 4a casa da vila, a vila fica na rua Alegria, número 50. Código: meu código de endereçamento postal é 01245-010.

A VILA FICA NA RUA ALEGRIA, NÚMERO 50.

ORDEM

MEU CÓDIGO DE ENDEREÇO POSTAL É 01245-010.

CÓDIGO

NA MINHA CASA MORAM 6 PESSOAS. Solicite dos estudantes exemplos de situações nas quais os números são usados com estas funções: contar (quantos estudantes há na sala); medir (peso, altura, tempo gasto em um trajeto); ordenar (posição de um objeto, pessoa, acontecimento em uma ordem: o primeiro dia da semana, o segundo nome na lista de chamada); codificar (códigos para identificar e distinguir algo: o número da placa de um automóvel, o número do Código de Endereçamento Postal (CEP), o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF). Oriente e auxilie os estudantes a fazerem cartazes com figuras de revistas que representem diferentes funções dos números em situações variadas. Leia os a cartazes com eles, chamando a atenção para a leitura do número de acordo com a função que assume em determinada situação.

MORO NA 4 CASA DA VILA.

PROCURE LEMBRAR OUTRAS SITUAÇÕES EM QUE OS NÚMEROS SÃO USADOS PARA INDICAR CONTAGEM, ORDEM E CÓDIGO E APRESENTE-AS PARA SEUS COLEGAS.

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EM RODA NESTE CAPÍTULO, VOCÊ LEU DIFERENTES TEXTOS, REPRESENTADOS POR DIFERENTES LINGUAGENS. • PARA VOCÊ, O QUE SÃO “DIFERENTES LINGUAGENS”? • O QUE VOCÊ CONCLUI SOBRE AS INFORMAÇÕES E OS TEXTOS QUE ENCONTRAMOS Resposta pessoal. Espera-se que os alunos concluam que usamos diversas linguagens com diversas formas de representação. Se necessário, retome os textos analisados, evidenciando as representações por desenhos, símbolos e imagens, posteriormente, as NO DIA A DIA? representações por números e, em seguida, as representações por imagens, números e letras. Essa conclusão é muito importante para as atividades futuras.

COMO VOCÊ VIU, MUITOS TEXTOS PODEM SER LIDOS, MESMO ANTES DE APRENDERMOS A LER PALAVRAS. MAS HÁ TEXTOS QUE SÓ CONSEGUIREMOS LER SE CONHECERMOS AS LETRAS E AS PALAVRAS.

EM AÇÃO 1. VOCÊ CONHECE AS LETRAS QUE USAMOS NA NOSSA ESCRITA? OBSERVE AS 26 LETRAS QUE FORMAM O ALFABETO, OU ABECEDÁRIO, QUE SEU que o alfabeto é também conhecido como “abecê”. Aponte cada uma das letras do alfabeto para que os alunos digam PROFESSOR VAI LER. Informe o nome. Depois, explore as letras que formam os nomes dos alunos ou alguma palavra que seja referência para a turma. Os

conhecimentos prévios de sua turma sobre o alfabeto poderão e deverão determinar se essa exploração é pertinente nessa aula, já que, adiante, isso será explorado sistematicamente. Nesse momento, em que ao menos parte dos alunos ainda está se familiarizando com as letras do alfabeto, é interessante fazer uma atividade de bingo de letras para que eles memorizem o nome das letras, associando-as ao seu traçado. Prepare as folhas do

A B C D E F G H

I

J K L M

bingo com nove casas divididas em três colunas.

N O P Q R S T U V W X Y Z • QUAIS DAS LETRAS VOCÊ JÁ CONHECIA? ESCREVA-AS ABAIXO.

• MARqUE O NÚ MERO DE LEtRAS qUE VOcÊ JÁ Ajude os alunos a perceber o que já conhecem sobre o alfabeto, valorizando o que sabem. Alguns podem conhecer o traçado da letra e não o nome; outros saberão alguns nomes de letras e não o seu traçado. Se for preciso, leia os números para os alunos. Reproduza as opções na lousa e faça uma leitura coletiva e alternada dos números, levantando hipóteses sobre que número

cONhEcIA.

( )0

( )4

( )8

( )1

( )5

( )9

( )2

( )6

( ) 10

( )3

( )7

( ) MAIS DE 10

vem em seguida, qual poderia ser o maior número indicado. Explore ainda o que indica o número zero nessa situação.

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K

W

Y

Yasmin; kg (quilograma/quilo); kW (quilowatt), medida de potência de aparelhos elétricos, km (quilômetro) etc. Muitos eletrodomésticos já vêm com uma etiqueta que indica o consumo do equipamento, em kWh (quilowatt-hora), o que é decisivo para projetar o gasto com energia elétrica ao usar o aparelho.

VOCÊ CONHECE ALGUM NOME QUE CONTENHA ESSAS LETRAS? QUAL?

SAIBA MAIS AS LETRAS DO ALFABETO REPRESENTAM OS SONS DA FALA HUMANA QUE, COMBINADOS OU SOZINHOS, FORMAM AS PALAVRAS QUE ESCREVEMOS.

EM RODA ONDE É POSSÍVEL VER O ALFABETO DA MANEIRA COMO FOI APRESENTADO ANTERIORMENTE? NO ALFABETO, AS LETRAS SÃO COLOCADAS EM UMA ORDEM, COMO APARECEM NA LISTA QUE VOCÊ VIU. ESSA ORDEM É CHAMADA ORDEM ALFABÉTICA. SERÁ QUE VOCÊ JÁ CONHECE A ORDEM ALFABÉTICA? TENTE COMPLETAR O Nesta questão, estamos tratando somente do alfabeto como conjunto de letras e não organizado uma seleção que constitua uma palavra. Caso o aluno não chegue à resposta esperada, ALFABETO COM AS LETRAS QUE FALTAM: em solicite que observe um celular ou teclado de computador.

B C D

F G H

J K L M

Os alunos devem perceber que já possuem algum conhecimento sobre o alfabeto. Leia em voz alta com eles o alfabeto completo, para ajudá-los a memorizar/ relembrar a ordem. Oriente-os a consultar o alfabeto, comparando-o ao que devem completar. A atividade pode ser realizada coletivamente, com você como escriba. Depois, leia para os alunos somente as letras que foram colocadas nos espaços.

N

P Q R S T

V W X Y Z

Nesses casos, ajude-os a deduzir a próxima letra de início dos contatos. Isso os ajudará a perceber que a sequência de contatos vem na ordem alfabética.

Bedo/Dreamstime.com

Sei Wei Aw/Dreamstime.com

O objetivo é mostrar os suportes em que o alfabeto aparece. Proponha aos alunos que mostrem suas estratégias de localização de um número de telefone em agendas de celulares. Ajude-os a digitar alguma letra do alfabeto e ver os nomes que aparecem nas agendas. Em alguns celulares, aparece a listagem completa.

Upimages/Dreamstime.com

MAS AS LETRAS PODEM APARECER TAMBÉM EM OUTRA ORDEM. OBSERVE COMO AS LETRAS APARECEM NAS IMAGENS ABAIXO.

Cristi180884/Dreamstime.com

e em

2. ALGUMAS LETRAS DO ALFABETO SÃO USADAS APENAS EM NOMES DE PESSOAS E DE LUGARES, EM MARCAS DE PRODUTOS, EM PALAVRAS ESTRANGEIRAS E EM Embora tenham sons equivalentes a outras letras, K, W e Y são usadas SÍMBOLOS DE MEDIDAS. ESSAS LETRAS SÃO: em poucas palavras em nossa língua. Por exemplo: Wellington, Karla,

O QUE ESSAS IMAGENS REPRESENTAM? Teclado de computador, teclado de caixa eletrônico de banco e teclado de celular.

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Digitando no teclado de caixa eletrônico, fazemos pagamentos, consultas, saques, depósitos etc. Usando o teclado de computador, manipulamos os programas, escrevemos textos, acessamos sites etc. Por meio do teclado de celular, enviamos mensagens escritas, registramos contatos na agenda e utilizamos outros aplicativos. Permita que os alunos observem o teclado de celulares. Em alguns aparelhos, cada tecla do celular traz mais de uma letra e/ou símbolo; nos mais novos, há uma letra e um ou dois símbolos por tecla, como era nas máquinas de escrever. Informe aos alunos que, embora as letras estejam em uma ordem diferente da ordem alfabética, elas mantêm o mesmo nome e o mesmo som.

PARA QUE SERVEM AS LETRAS NESSES APARELHOS? ESCREVA QUAL É A PRIMEIRA, A TERCEIRA E A DÉCIMA LETRA DO ALFABETO. 1a A

3a C

10a J

NO CADERNO SEU PROFESSOR VAI FALAR O NOME DAS LETRAS DO ALFABETO E VAI REGISTRÁ-LAS NA LOUSA. OBSERVE O MOVIMENTO QUE ELE FAZ PARA ESCREVER CADA LETRA E REGISTRE-A EM SEU CADERNO. Dependendo do nível de conhecimento da turma, divida a atividade em dois momentos.

PARA LER Leia as questões e as opções de respostas para a turma. Como esse tipo de questão provavelmente não é familiar ao aluno, esclareça que você lerá três opções para ele escolher uma. Reproduza as opções de resposta na lousa e leia cada uma, apontando-as com o dedo. O sentido da leitura será um dos tópicos explorados nesta atividade. Vale a pena também solicitar a leitura das alternativas a algum aluno que tenha mais autonomia.

CONHEÇA SEU LIVRO

Indicam as páginas onde cada parte pode ser encontrada. Observe que os números à esquerda identificam os capítulos e os números à direita indicam as páginas. Proponha que o aluno escolha um item do sumário, identifique a página e localize-a dentro do livro. Oriente-o a seguir com o dedo a linha pontilhada de cada item, da esquerda para a direita.

O LIVRO QUE VOCÊ ESTÁ USANDO TEM UM SUMÁRIO. VÁ AO SUMÁRIO DE SEU LIVRO E OBSERVE-O. OBSERVE AS ALTERNATIVAS A SEGUIR E MARQUE UM X NA QUE ESTÁ CORRETA: 1. EM QUE PARTE DO LIVRO FICA O SUMÁRIO? X £ NO INÍCIO. £ NO MEIO. £ NO FIM. 2. O SUMÁRIO É FORMADO DE: £ DESENHOS E SÍMBOLOS. £ DESENHOS E PALAVRAS. X £ PALAVRAS E NÚMEROS.

Solicite aos alunos que já reconhecem as letras ou parte de palavras que identifiquem os termos repetidos nesta questão.

3. CONVERSE COM SEUS COLEGAS E PROFESSOR: • POR QUE A PALAVRA SUMÁRIO APARECE EM LETRAS GRANDES?

Solicite aos alunos que identifiquem a palavra sumário. Mesmo que eles ainda não leiam autonomamente, o fato de saberem que o texto é um sumário pode ser uma referência para que infiram a escrita da palavra sumário. A palavra está em letras grandes para ser destacada do restante do texto.

• QUANTAS OUTRAS PARTES DO SUMÁRIO APARECEM EM NEGRITO OU EM CORES Para facilitar a localização das informações dentro do texto. Se considerar adequado, DIFERENTES DO RESTANTE DO TEXTO? evidencie a relação de hierarquia entre as informações de um sumário, mostrando qual é • POR QUE ESSAS PARTES FORAM DESTACADAS?

o item principal em cada parte, de quantos subitens é composto.

• O QUE INDICAM OS NÚMEROS QUE APARECEM NO SUMÁRIO? • O QUE INDICAM AS LINHAS QUE LIGAM O TEXTO EM PALAVRAS AOS NÚMEROS? Indicam que cada item apresentado inicia na página correspondente ao número na coluna da direita.

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Faça uma análise das linguagens usadas no sumário, observando a presença de textos verbais (ver no Manual do Eduacador) e dos destaques que algumas partes desse texto recebem, como letras maiores, em negrito e centralização do texto, no alto da página. Há partes que recebem destaque em negrito, no corpo do texto e são acompanhadas de números, enquanto outras não estão negritadas e aparecem recuadas, ou seja, um pouco para dentro da margem inicial do texto. Explore a presença de números e de linhas pontilhadas que levam os textos verbais aos números, o que ajudará a leitura global do sumário que vamos propor.

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2 + 15 = 3 4

5 =6

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PENSANDO EM NÚMEROS

2

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5 + =

=6

03

EM AÇÃO 1. OBSERVE SEU LIVRO DA PÁGINA 1 À PÁGINA 30. COMPLETE: Resposta: 1, 2, 3, 4 – 13, 14, 15, 16, 17 –19 – 28, 29, 30.

• ANTES DA PÁGINA 5 ESTÃO AS PÁGINAS

.

• ENTRE A PÁGINA 12 E A PÁGINA 18 ESTÃO AS PÁGINAS

.

• A PÁGINA ANTERIOR À 20 É A PÁGINA

.

• AS TRÊS PÁGINAS SEGUINTES À 27 SÃO AS PÁGINAS

.

2. COMPLETE COM OS NÚMEROS QUE FALTAM. 1

2

3

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5

6

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30

3. RESPONDA SEM CONTAR: EM SUA CLASSE, O NÚMERO DE ESTUDANTES É PRÓXIMO OU DISTANTE DE 30? Respodta pessoal.

4. AGORA, CONTE QUANTOS ESTUDANTES HÁ EM SUA CLASSE. SUA RESPOSTA FOI exercício é oportuno para observar o conhecimento dos estudantes sobre números “familiares”, ou seja, aqueles que estão relacionados a CORRETA? Este quantificações práticas (dias da semana ou do mês, pessoas que vivem numa mesma casa, quantias, datas). Se eles hesitam diante de passagens, por exemplo, do 29 para o 30, solicite que consultem o quadro numérico para ver que número vem depois do 29. Observe, ainda, se, ao ser ( ) SIM interrompido em uma contagem, o estudante continua a contar ou retorna ao número inicial para depois prosseguir. Se ele voltar ao número inicial, é adequado exercitar a contagem, solicitando que atente para as regularidades da sequência numérica. ( ) NÃO 5. LOCALIZE NO SUMÁRIO A PÁGINA EM QUE O CAPÍTULO 1 COMEÇA E A PÁGINA EM QUE ELE TERMINA E DESCUBRA QUANTAS PÁGINAS TEM ESSE CAPÍTULO. Resposta: completar de acordo com o sumário.

Se possível, leve outros suportes escritos, como livros e revistas, para que eles reconheçam o sumário em cada um. As revistas têm sumários em formatos bem diversificados.

SUMÁRIO É A LISTA DE CAPÍTULOS, PARTES OU SEÇÕES DE UMA OBRA ESCRITA, NA ORDEM EM QUE ELES APARECEM. É TAMBÉM CONHECIDO COMO ÍNDICE.

O importante é que o aluno perceba que o sumário é um item comum em vários suportes escritos, usado para facilitar a localização de informações.

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uno

ios

o

2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

EM RODA

2

+

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5

6 = 8-

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

=6

03

AGORA QUE VOCÊ JÁ ANALISOU O SUMÁRIO, PARA QUE ELE SERVE? VOCÊ ACHA O SUMÁRIO IMPORTANTE? POR QUÊ?

PENSANDO SOBRE A ESCRITA NESTE CAPÍTULO, VOCÊ LEU TEXTOS EM DIFERENTES LINGUAGENS, ANALISOU O MODO COMO UM SUMÁRIO É ORGANIZADO E OS RECURSOS USADOS PARA ORGANIZÁ-LO. CONHECEU TAMBÉM A FUNÇÃO DOS SUMÁRIOS E DE SUAS PARTES. REFLETIU SOBRE ONDE OS ENCONTRAMOS. VAMOS PENSAR, ENTÃO, EM COMO SE LÊ UM SUMÁRIO. CONVERSE COM SEUS As questões propostas permitem respostas pessoais. No entanto, o aluno precisa vir a dominar as diferentes da escrita, na linha (da esquerda para a direita), na página (do alto para baixo). Ao ler textos reproduzidos COLEGAS E SEU PROFESSOR: direções na lousa, em cartazes ou projetados por retroprojetores, acompanhe a leitura apontando com o dedo ou com uma

régua, a fim de que o aluno adote o mesmo procedimento. Pergunte aos alunos se conhecem outros textos em que a leitura é feita em sentido diferente, (por exemplo, mangá)

• POR ONDE VOCÊ COMEÇARIA A LER O SUMÁRIO? • PARA QUE PARTE IRIA DEPOIS DISSO?

• DE QUE LADO DA PÁGINA COMEÇARIA A LEITURA? E PARA ONDE IRIA? • NESTE CAPÍTULO, VOCÊ LEU CARTAZ E SUMÁRIO. OS DOIS FORAM LIDOS POR VOCÊ DO MESMO MODO?

SAIBA MAIS NA LÍNGUA PORTUGUESA E EM OUTRAS LÍNGUAS, ESCREVEMOS DA ESQUERDA PARA A DIREITA E DE CIMA PARA BAIXO. MAS TAMBÉM EXISTEM LÍNGUAS EM QUE A LEITURA E A ESCRITA SÃO FEITAS EM OUTROS SENTIDOS.

EM RODA Para as atividades a seguir, você vai precisar escrever o nome de cada aluno em fichas ou papéis que serão entregues a eles.

COMO VOCÊ SE CHAMA?

Essa é uma boa oportunidade para perceber os modos como os alunos se referem a si mesmos. Alguns vão usar apenas um dos prenomes, outros vão usar o apelido etc. Explore com os alunos a escrita tanto de seus nomes próprios como de seus apelidos, observando os contextos em que nome e apelido são utilizados. Destaque que, em documentos, os nomes é que devem ser usados.

QUEM ESCOLHEU SEU NOME? POR QUE VOCÊ TEM ESSE NOME? O NOSSO NOME É MUITO IMPORTANTE: FOI ESCOLHIDO PARA NOS IDENTIFICAR E NOS ACOMPANHA AO LONGO DA VIDA. SE A TURMA AINDA NÃO SE CONHECE BEM, APROVEITE PARA SE APRESENTAR AOS COLEGAS.

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EM AÇÃO NO DIA A DIA, COMO VOCÊ PREFERE SER CONHECIDO?

£ PELO PRIMEIRO NOME. £ PELO NOME E SOBRENOME. £ PELO NOME E APELIDO. £ PELO APELIDO.

Reproduza os itens na lousa e leia-os com os alunos, explorando a escrita das palavras NOME, SOBRENOME e APELIDO. Identifique letras iniciais, quantidade de letras e as letras finais de cada palavra. Explore com eles, também, a presença da palavra NOME dentro da palavra SOBRENOME.

EM RODA CONVERSE COM SEUS COLEGAS: POR QUE HÁ TANTAS ESCOLHAS DIFERENTES NO Discuta sobre o valor afetivo e/ou pejorativo dos nomes e apelidos para cada pessoa. Alguns preferem ser conhecidos apenas JEITO DE SE APRESENTAR? pelo segundo nome, outros só são conhecidos por um apelido no trabalho ou na família. Traga outros exemplos para a sala de

aula, de pessoas conhecidas e famosas. Ressalte a importância do nome que consta da certidão de nascimento, assim como outros dados numéricos (número de RG, de CPF etc.) em outros documentos, que permitem o acesso aos direitos de cidadão.

EM AÇÃO SEU PROFESSOR VAI ENTREGAR SEU NOME ESCRITO EM UM PAPEL. ANALISE-O E Caso haja alunos com nomes compostos, como Maria Lúcia e José Antônio, oriente-os a analisar cada nome separadamente, contando e RESPONDA: identificando as letras inicias e finais de cada um. Depois, eles podem somar a quantidade de letras dos dois prenomes. 1. QUANTAS LETRAS TEM SEU NOME? ( )1

( )2

( )3

( )4

( )5

( )6

( )7

( )8

( )9

( ) MAIS DE 10 QUAL É A PRIMEIRA LETRA DE SEU NOME? QUAL É A ÚLTIMA LETRA DE SEU NOME? MARQUE X NAS LETRAS DE SEU NOME NO ALFABETO.

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z COPIE AS LETRAS USADAS PARA A ESCRITA DE SEU NOME, OBSERVANDO O PONTO DE PARTIDA PARA A ESCRITA DA LETRA. Escolha alguns alunos e mostre-lhes o traçado das letras de seu nome com a denominação das letras. Explore outros nomes começados com as letras do nome dos alunos escolhidos.

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EM SEU NOME HÁ LETRAS QUE SE REPETEM? QUAIS?

Resposta pessoal.

OBSERVANDO A ESCRITA DE SEU NOME NO PAPEL, MONTE-O COM LETRAS MÓVEIS. ESCREVA O SEU NOME. Resposta pessoal.

PENSANDO SOBRE A ESCRITA

CONSOANTES E VOGAIS OBSERVE AS LETRAS DESTACADAS.

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z ESCREVA AS LETRAS DESTACADAS NA ORDEM EM QUE ELAS APARECEM NO ALFABETO. A

E

I

O

U.

AS LETRAS DESTACADAS SÃO AS VOGAIS. TODAS AS OUTRAS LETRAS SÃO CONSOANTES. EM TODAS AS PALAVRAS DE NOSSA LÍNGUA, APARECEM VOGAIS. AGORA, OBSERVE O ALFABETO QUE VOCÊ COMPLETOU, EM OUTRA ATIVIDADE. AS LETRAS QUE VOCÊ ESCREVEU SÃO VOGAIS OU CONSOANTES? QUANTAS SÃO AS VOGAIS DO NOSSO ALFABETO? Cinco.

E QUANTAS SÃO AS CONSOANTES? Vinte e uma.

OBSERVE O ALFABETO E FAÇA UM X NO QUE TEM MAIS:

Além de possibilitar a contagem, este exercício permite explorar a relação de inclusão que há entre letras e vogais e letras e consoantes.

VOGAIS ( ) OU CONSOANTES ( X )

LETRAS ( X ) OU CONSOANTES ( )

VOGAIS ( ) OU LETRAS ( X )

As justificativas que os estudantes darão para as respostas permitirão observar se eles observam essas relações.

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ESCREVA SEU NOME E CIRCULE AS VOGAIS.

Respostas pessoais.

QUANTAS VOGAIS TEM SEU NOME?

QUAIS SÃO AS VOGAIS DE SEU NOME? ESCREVA-AS AQUI.

QUANTAS CONSOANTES TEM SEU NOME?

PENSANDO SOBRE A ESCRITA SEU PROFESSOR VAI ESCREVER DEZ NOMES DE COLEGAS NA LOUSA. OBSERVE AS VOGAIS QUE APARECEM NESTES NOMES E CONVERSE COM SEUS COLEGAS SOBRE Escolha dez nomes de alunos para colocar na lousa. Com os alunos, identifique as letras que formam cada nome, as AS SEGUINTES QUESTÕES. iniciais de cada um, o número de letras, letras que se repetem em mais de um nome, nomes que têm as mesmas iniciais ou finais etc. Em seguida, leia cada nome, mostrando a parte lida. Finalmente, explore as vogais usadas em cada nome.

• ALGUM NOME COMEÇA COM VOGAL? QUANTOS? • QUAL VOGAL APARECEU MAIS VEZES EM TODOS OS NOMES? • QUE VOGAIS APARECERAM MAIS VEZES EM CADA NOME? • QUE VOGAIS APARECERAM MENOS VEZES EM CADA NOME? • ALGUMA OUTRA LETRA TEM O SOM DA VOGAL I?

A letra E, em algumas posições na palavra, e a letra Y.

• ALGUMA OUTRA LETRA TEM O SOM DA VOGAL U?

A letra O, em algumas posições na palavra, e a letra W.

• HÁ ALGUM NOME SEM VOGAL?

Não

• O QUE VOCÊ CONCLUI SOBRE ISSO? Resposta pessoal. As conclusões dos alunos podem variar, mas espera-se que eles concluam que as vogais estão em todos os nomes de pessoas (e em todas as palavras da língua portuguesa), que as vogais U e I são menos usadas que A, E e O em nossa língua, que um mesmo som pode ser representado por mais de uma letra. Por exemplo, o nome Benedita pode ser pronunciado /Binidita/; no nome Yvete, a letra Y tem também o som de I; a palavra João pode ser pronunciada /Juãu/; o som de U pode ser representado pelo W e pelo L (Wilson /Uiuson/); no nome Walter, o W também pode ser pronunciado como V (/Valter/).

VOCÊ ME CONHECE? MUITAS PESSOAS FAMOSAS ESCOLHEM UM NOME ARTÍSTICO OU APELIDO PARA SEREM CONHECIDAS. OUTRAS INCORPORAM O APELIDO QUE JÁ TINHAM A SEU NOME. O QUADRO A SEGUIR TRAZ NOMES E APELIDOS DE BRASILEIROS FAMOSOS. SEU PROFESSOR VAI LER UM NOME E O APELIDO CORRESPONDENTE DE CADA VEZ. TENTE ENCONTRAR NO QUADRO CADA NOME E SEU APELIDO.

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FOTO

Antes de ler, ajude os alunos a identificar a coluna de nomes e a de apelidos, para que eles possam identificar cada nome e apelido. Leia cada nome e cada apelido e repita, se necessário. Dependendo do nível de apropriação do sistema de escrita, os alunos podem usar diversas estratégias para identificar o que é pedido: extensão dos nomes, a forma dos apelidos mais curtos, as palavras já conhecidas.

NOME

APELIDO

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

LULA

ANA LINS DOS GUIMARÃES PEIXOTO

CORA CORALINA

RICARDO IZECSON DOS SANTOS KAKÁ LEITE

PESQUISE FOTOS DAS PESSOAS MENCIONADAS E COLE NO LOCAL CORRETO DO Explore a relação entre nomes e apelidos, quando for o caso: partes do nome, sílabas do nome, repetidas ou não etc. O caso de KAKÁ ilustra o uso da letra K

QUADRO. em um apelido que pode ser escrito CACÁ, repetindo parte da sílaba –CAR do nome RICARDO. OBSERVE OS NOMES DAS PESSOAS DO QUADRO. CADA UM É FORMADO POR Escreva no quadro cada um dos nomes e ajude os alunos a identificar o começo e o final de cada palavra, bem QUANTAS PALAVRAS? como os espaços em branco que as separam. Esse conhecimento sobre a segmentação entre as palavras precisará ser mobilizado tanto nas atividades de leitura quanto de escrita.

EM RODA ALGUNS APELIDOS SÃO FORMADOS COM PARTES DO NOME OU DO SOBRENOME. VOCÊ TEM APELIDO? QUAL? USANDO UM ALFABETO MÓVEL, MONTE SEU APELIDO OU O DE ALGUÉM QUE VOCÊ CONHEÇA. OBSERVE O APELIDO. ELE TEM PARTES SEMELHANTES AO NOME? QUAL(IS)? Para a realização desta atividade, é aconselhável formar agrupamentos produtivos (consultar Manual do Educador) para que os alunos se ajudem na montagem da escrita dos apelidos. Dê um exemplo do tipo de análise da pauta sonora que os alunos devem realizar para escolher as letras usadas na escrita do apelido. Ao mencionar ANTÔNIO, alguns apelidos possíveis são TONICO, TONI, TÕE, TONINHO, TONHO etc. Explore as escritas dos apelidos e as semelhanças sonoras e escritas com o nome que originou o apelido.

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Ajude os alunos a perceber que alguns apelidos repetem partes do nome, como Fafá. Você pode fazer, na lousa, um jogo de adivinhação com apelidos da turma que sejam parte do nome. Escreva os nomes e apelidos fora de ordem e peça que ajudem a ligá-los. Depois, sistematize escrevendo o nome e o apelido juntos, pedindo que encontrem o apelido dentro do nome.

NO QUADRO A SEGUIR, HÁ NOMES E SEUS APELIDOS. ENCONTRE EM CADA NOME A PARTE QUE CORRESPONDE AO APELIDO. INEZITA

ARMANDO NETO

FÁTIMA

CLAUDIOMIRO

ZITA

NETO

FAFÁ

MIRO

Ilustração digital: Estúdio Pingado

OBSERVE OS GRUPOS DE NOMES A SEGUIR. CADA UM TEM TRÊS NOMES. MARQUE UM X NO NOME COM O MAIOR NÚMERO DE LETRAS EM CADA GRUPO.

Ilustração digital: Estúdio Pingado

AGORA, OBSERVE ESTES GRUPOS. EM CADA UM, O NOME COM MAIOR NÚMERO DE LETRAS JÁ ESTÁ MARCADO COM UM X. COMPLETE ESCREVENDO NOMES NOS CARTÕES QUE ESTÃO EM BRANCO.

EM ALGUMAS SITUAÇÕES, NÃO BASTA USAR O PRIMEIRO NOME OU O APELIDO PARA NOS IDENTIFICAR. É PRECISO INFORMAR MAIS DADOS PESSOAIS, COMO O NOME COMPLETO, O NÚMERO DO CPF, O ENDEREÇO, O TELEFONE ETC. EM QUE SITUAÇÕES ISSO ACONTECE? DISCUTA COM SEUS COLEGAS.

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Fernando Favoretto/Criar Imagem

Fernando Favoretto/Criar Imagem

Fernando Favoretto/Criar Imagem

AGORA, IDENTIFIQUE OS TEXTOS EM QUE CONSTAM NOSSOS DADOS PESSOAIS.

MENSAGEM DE CELULAR.

BILHETE PARA UM AMIGO. Fernando Favoretto/Criar Imagem

LISTA DE COMPRAS..

Fernando Favoretto/Criar Imagem

Fernando Favoretto/Criar Imagem

CUPOM DE SORTEIO.

CRACHÁ DE EMPRESA.

EM QUE SITUAÇÃO VOCÊ JÁ PRECISOU ESCREVER SEUS DADOS PESSOAIS?

Fernando Favoretto/Criar Imagem

ALGUNS OBJETOS TAMBÉM PRECISAM SER IDENTIFICADOS PELO SEU DONO. É O CASO DE CADERNOS, LIVROS, BAGAGENS E ALGUNS EQUIPAMENTOS DE TRABALHO. EM VIAGENS DE ÔNIBUS OU DE AVIÃO, OS PASSAGEIROS DEVEM IDENTIFICAR AS BAGAGENS PARA EVITAR PERDAS OU TROCAS.

Discuta com os alunos a função dos dados pessoais em cada caso: por que essas informações são pedidas, são sempre as mesmas informações ou isso varia de acordo com a situação?

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É possível que os alunos mencionem marcas gráficas ou marcas físicas, como dobras, capas coloridas etc. Aceite esses recursos de identificação muito usados por quem não é usuário autônomo da escrita, mas reforce a importância de não só o próprio dono identificar seu livro, mas também outras pessoas. Essa reflexão ajudará o aluno a perceber a função e a importância da escrita nesse caso específico.

ESCREVENDO TEXTOS VOCÊ E SEUS COLEGAS RECEBERAM O MESMO LIVRO. PARA EVITAR QUE SE MISTUREM, É PRECISO IDENTIFICAR CADA UM. COMO ISSO PODE SER FEITO? VOCÊ VAI CRIAR UMA ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO PARA ESTE LIVRO, COM SEU NOME E OUTRAS INFORMAÇÕES QUE ACHAR IMPORTANTES. ANTES DE COMEÇAR, CONVERSE COM SEUS COLEGAS SOBRE: • QUE DADOS PESSOAIS VOCÊ ESCREVERIA EM UMA ETIQUETA PARA IDENTIFICAR A QUEM PERTENCE UM LIVRO? • POR QUE ESSES DADOS IMPORTANTES? • PARA COMPRAR UMA CASA, OS DADOS QUE VOCÊ CITOU SERIAM SUFICIENTES PARA IDENTIFICAR QUEM É O PROPRIETÁRIO? POR QUÊ? VEJA A SEGUIR ALGUNS MODELOS DE ETIQUETA. ESCOLHA UM DELES OU CRIE UM MODELO A SEU GOSTO. O PROFESSOR IRÁ REPRODUZIR CÓPIAS PARA QUE VOCÊ PREENCHA A ETIQUETA COM SEUS DADOS. DEPOIS, COLE EM SEU LIVRO E EM SEU CADERNO. SEU PROFESSOR IRÁ AJUDÁ-LO. Ajude os alunos a perceber que há dados que são Leia para eles e com eles os modelos de etiqueta, comparando-as. Discuta quais seriam os dados relevantes. Em um contexto em que todos se conhecem pelo nome, apenas o prenome pode ser suficiente. Em outros contextos, será preciso dar mais informações para identificar a quem pertence o livro. Outro aspecto é o modo como acham melhor ser contatados: pelo telefone celular, pelo telefone fixo, pessoalmente, no endereço etc. Reproduza o modelo que foi escolhido para cada aluno e ajudeos na escrita das etiquetas.

comuns à maioria das formas de identificação e outros são específicos do contexto da identificação. Alguns objetos ou bens materiais podem ser identificados com dados simples, como nome, endereço, telefone. Outros exigem dados mais específicos, como número de registro em cadastros, número de certificados de propriedade, demarcação de vizinhança, metragem etc., como no caso de bem imóvel.

NOME: ENDEREÇO:

TELEFONE: E-MAIL:

NOME: PROFESSORA: CLASSE:

EXISTE ALGUM NOME QUE SEJA ESPECIAL PARA VOCÊ? QUAL? COM A AJUDA DO SEU PROFESSOR, ESCREVA ESSE NOME A SEGUIR. Auxilie os alunos a escreverem os nomes escolhidos. Alguns podem ser bastante conhecidos por parte deles, como nomes de parentes próximos (pais, filhos, irmãos, cônjuge etc.). Nesses casos, a atividade estaria mobilizando conhecimentos sobre palavras estáveis. Caso os alunos queiram, incentiveos a justificar a escolha dos nomes especiais. Continue o trabalho com outras palavras estáveis (por exemplo: nome da escola e do professor), tal como sugerido a seguir.

AGORA, ESCREVA O NOME DE SUA ESCOLA.

ESCREVA O NOME DE SEU PROFESSOR.

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PARA LER O QUE É QUE: TE FOI DADO, TE PERTENCE, MAS OS OUTROS UTILIZAM MAIS DO QUE TU? DESEMBARALHE AS LETRAS PARA SABER A RESPOSTA: Primeiro, explore a adivinha oralmente com os alunos. Depois, ajude-os a buscar a resposta pela análise da palavra. Se achar mais adequado, cada aluno pode usar as quatro letras embaralhadas do alfabeto móvel para tentar encontrar a resposta. É uma boa oportunidade para começar a explorar as variadas combinações de letras em uma palavra.

MEON Nome.

SAIBA MAIS SE VOCÊ QUISER CONHECER TEXTOS QUE FALAM DE NOMES, PESQUISE NA INTERNET OU EM OUTRAS FONTES. VOCÊ PODE COMEÇAR COM: A CANÇÃO “SETE MARIAS”, DA DUPLA SÁ E GUARABYRA. ACESSE O SITE: <http:// www.radio.uol.com.br/#/letras-e-musicas/sa-e-guarabyra/sete-marias-ao-vivo/2336601>. O POEMA “TEU NOME” DE VINÍCIUS DE MORAIS. ACESSE O SITE: <http://www.viniciusdemoraes.com.br/site/article.php3?id_article=275>. NESSES SITES, VOCÊ PODE ENCONTRAR VÁRIOS TEXTOS MUITO BONS. SEU PROFESSOR PODE LER ALGUNS DELES.

2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

2

+

3

RESOLVENDO PROBLEMAS

5

6 = 8-

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

03

=6

EM AÇÃO 1. COMPLETE ESTA FICHA COM SUAS INFORMAÇÕES.

NOME: IDADE:

PESO:

DATA DE NASCIMENTO: ENDEREÇO: TELEFONE:

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

2. FORME UM GRUPO COM QUATRO COLEGAS.

2

3

+ =

5 = 6-

5 + =

=6

03

LEIA PARA ELES AS INFORMAÇÕES DE SUA FICHA. Respostas pessoais.

3. ESCREVA O NOME E A IDADE: • DA PESSOA MAIS NOVA:

.

• DA PESSOA MAIS VELHA:

.

• DAS PESSOAS QUE TÊM A MESMA IDADE:

.

• DAS PESSOAS QUE TÊM MAIS DE 20 ANOS E MENOS DE 30 ANOS:

4. ESCREVA O NOME DAS PESSOAS DO SEU GRUPO. COMECE PELA MAIS NOVA E TERMINE COM A MAIS VELHA:

5. ESCREVA:

Respostas pessoais

UM NÚMERO MAIOR QUE 20.

UM NÚMERO MENOR QUE 30.

OS NÚMEROS QUE FICAM ENTRE 15 E 20.

UM NÚMERO QUE VEM ANTES UM NÚMERO QUE VEM DEPOIS UM NÚMERO MAIOR QUE 25 E DE 25.

28

DE 19.

MENOR QUE 30.

Ajude os alunos com os registros. Quando todos estiverem com a ficha completa pergunte o que cada número indica. Caso alguns números de telefone tenham um mesmo prefixo, destaque o fato informando que é um código que se refere ao bairro ou distrito. Comente também sobre os prefixos das linhas telefônicas que indicam a cidade e sobre o Código de Endereçamento Postal (CEP). Esta atividade é oportuna para observar os conhecimentos dos alunos sobre números até 30.

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5


Capítulo

2

VOCÊ JÁ TEM CADASTRO?

Para este capítulo, será necessário trazer para a sala de aula conta de água, de luz, de telefone ou outro documento em que conste o endereço dos alunos, para a produção textual; cartões com duas cores diferentes, de 5 cm de lado para construir um gráfico coletivo, lápis de cor ou canetas coloridas. Planeje-se e ajude os alunos a se organizarem.

SE VOCÊ JÁ COMPROU PARCELADO, SE JÁ ENTROU EM UM EDIFÍCIO COMERCIAL OU SE JÁ PROCUROU EMPREGO EM UMA EMPRESA, CERTAMENTE JÁ PRECISOU FAZER UM Convide voluntários a lerem a pergunta ao lado. Esclareça que ela está relacionada aos CADASTRO E, TAMBÉM, JÁ OUVIU O ATENDENTE PERGUNTAR: cadastros e que é comum a ouvirmos em

“VOCÊ JÁ TEM CADASTRO AQUI?”

locais onde a realização de um cadastro é o primeiro passo para uma série de ações. Apresente outras informações que achar importantes para a leitura do aluno.

O CADASTRO É O REGISTRO DE INFORMAÇÕES SOBRE CLIENTES, FORNECEDORES, PRESTADORES DE SERVIÇOS ETC.

EM RODA CONVERSE COM SEUS COLEGAS E PROFESSOR SOBRE AS QUESTÕES: • VOCÊ JÁ FEZ ALGUM CADASTRO? EM QUE SITUAÇÃO? • O CADASTRO FOI PREENCHIDO À MÃO OU FOI DIGITADO EM MÁQUINA DE ESCREVER OU COMPUTADOR? QUE INFORMAÇÕES FORAM SOLICITADAS? • TODO CADASTRO SOLICITA O MESMO TIPO DE INFORMAÇÃO? POR QUÊ? Observe as diferentes situações de realização de cadastros: garantia de vagas em escolas, procura de abertura de conta em banco, solicitação de benefícios governamentais, abertura de conta • PARA QUE SERVE UM CADASTRO? emprego, na internet (e-mail) etc. Ressalte a importância da legibilidade das informações. Converse sobre os diferentes dados (pessoais e/ou profissionais) solicitados nos diversos cadastros. Ajude os alunos a identificarem a função do cadastro: identificar e localizar cadastrados.

PARA LER

Scafo Mergulho

A SEGUIR VOCÊ VERÁ UMA FICHA CADASTRAL OU CADASTRO DE EMPREGOS DISPONÍVEL NA SEÇÃO “TRABALHE CONOSCO” DE UM SITE.

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5 • EM QUE PARTE DA PÁGINA DEVEMOS ESCREVER AS INFORMAÇÕES SOLICITADAS? Nos retângulos em fundo claro, no centro da página. Verifique se os alunos perceberam que, na COMO VOCÊ DESCOBRIU ISSO? página da internet, os dados do cadastro são digitados dentro de retângulos ou quadrados. Esse é o formato mais comum.

• O SITE PROCURA APROXIMAR TRABALHADORES E EMPREGADOR. QUE INFORMAÇÕES VOCÊ ACREDITA QUE SEJAM SOLICITADAS DE QUEM QUER SE CADASTRAR? • QUAL A IMPORTÂNCIA DE CADA INFORMAÇÃO SOLICITADA?

Mostre o endereço eletrônico, as linguagens: fotografia, logomarca e slogan – “Para competir no mercado, seu currículo precisa ser visto por quem contrata”. Aborde as possíveis intenções do produtor do anúncio ao destacar a segunda parte do slogan. Explore o desenho ao fundo e o efeito de sentido produzido – o de já ter empregado várias pessoas. Por fim, mostre que o cadastro não solicita endereço, mas e-mail (forma cada vez mais comum de contato com cadastrados).

NO CADASTRO, OBSERVAMOS O USO DE LETRAS DE IMPRENSA (OU LETRA BASTÃO OU LETRA DE FÔRMA) MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS. ISSO OCORRE NA MAIORIA DOS TEXTOS QUE LEMOS NO DIA A DIA. VEJA A SEGUIR O ALFABETO COM LETRAS DE IMPRENSA MAIÚSCULAS.

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ VEJA AGORA O ALFABETO COM LETRAS DE IMPRENSA MINÚSCULAS:

abcdefghijklmnopqrstuvwxyz

Mostre ao aluno que algumas letras podem apresentar formatos variados, como A, a, A, a, A, a. Analise o formato das letras p, b, q, d, observando o posicionamento da haste e da parte arredondada, destacando que, embora as letras sejam semelhantes, cada uma delas representa um som distinto. Atividade complementar: em teclados de celular ou de computador, observar os formatos das letras.

• VOCÊ PODERIA PREENCHER ESSE CADASTRO À MÃO, COM LÁPIS OU COM CANETA?

Discuta com os alunos as especificidades dos cadastros on-line e de outras práticas de escrita na internet, em que digitar no teclado é a única forma de escrita possível.

ALGUNS CADASTROS PODEM SER PREENCHIDOS À MÃO COM LETRA DE IMPRENSA E COM LETRA CURSIVA OU MANUSCRITA. CONHEÇA ABAIXO O ALFABETO EM LETRA o alfabeto minúsculo e o maiúsculo, relacionando-os e pedindo aos alunos que observem o CURSIVA, MAIÚSCULA E MINÚSCULA.Leia traçado das letras. Faça o traçado de algumas letras no quadro e peça que tentem repetir no caderno.

A B C D E F G H I J K L M a b c d e f g h i j k l m N O P Q R S T U V W X Y Z n o p q r s t u v w x y z O TRAÇADO DA LETRA CURSIVA É DIFERENTE DO TRAÇADO DA LETRA BASTÃO. TENTE que a primeira letra dos nomes de pessoas deve ser grafada em ESCREVER O SEU NOME COM LETRA CURSIVA. Ressalte maiúscula. Retome essa observação sempre que necessário e assim que o aluno já estiver usando as letras cursivas.

VOCÊ SABIA? NA ESCRITA MANUSCRITA, A MAIORIA DAS PESSOAS UTILIZA A CHAMADA LETRA CURSIVA, POIS ELA PROPORCIONA MAIOR AGILIDADE AO ATO DE ESCREVER. Para o aprendizado do Sistema de Escrita Alfabética (SEA), a letra de forma maiúscula é mais recomendada, por permitir melhor visualização de onde começa e de onde acaba a letra, ajudando na identificação do seu traçado.

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2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

2

USANDO O DINHEIRO

+

3

5

6 = 8-

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

03

=6

EM RODA MUITAS PESSOAS FAZEM CADASTRO EM LOJAS, FARMÁCIAS, SUPERMERCADOS, PARA COMPRAR A CRÉDITO OU PAGAR SUAS COMPRAS COM CARTÃO DE BANCO. CADA VEZ MAIS, AS PESSOAS ESTÃO USANDO O CARTÃO DO BANCO E OS ESPECIALISTAS EM FINANÇAS DIZEM QUE, MUITO EM BREVE, O DINHEIRO “VIVO” SERÁ TOTALMENTE SUBSTITUÍDO PELO DINHEIRO ELETRÔNICO. • O QUE É COMPRA A CRÉDITO? • O QUE É DINHEIRO “VIVO”? • E DINHEIRO ELETRÔNICO? • EM QUE SITUAÇÕES DO DIA A DIA PRECISAMOS USAR DINHEIRO “VIVO” PARA PAGAR DESPESAS? • POR QUE CADA VEZ MAIS PESSOAS PREFEREM PAGAR SUAS DESPESAS COM DINHEIRO ELETRÔNICO?

EM AÇÃO

Fernando Favoretto/Criar Imagem

TODOS OS PAÍSES TÊM SEU PRÓPRIO DINHEIRO. NO BRASIL JÁ TIVEMOS O CRUZADO, O CRUZEIRO NOVO E O CRUZEIRO. ATUALMENTE NOSSO DINHEIRO É O REAL, E SEU SÍMBOLO É R$. OBSERVE AS CÉDULAS E MOEDAS DO REAL. COMPLETE AS ILUSTRAÇÕES COM O VALOR DE CADA CÉDULA E AS LINHAS ABAIXO DE CADA MOEDA COM O SEU VALOR.

EM RODA O QUE SE PODE COMPRAR COM A MOEDA DE MAIOR VALOR, COM A CÉDULA DE MENOR VALOR E COM A CÉDULA DE MAIOR VALOR DO NOSSO DINHEIRO? Informe aos alunos que uma forma de dinheiro eletrônico são os cartões bancários e que o dinheiro vivo também é chamado de papel moeda. Pergunte: como recebem o salário? Como pagam as despesas? Como as pessoas pagam um alto valor, como a compra de um automóvel ou de uma casa? Comente que, cada vez mais, as transações financeiras são feitas por transferências de dinheiro entre contas bancárias. Por isso, é importante ter conta em bancos.

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2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

EM AÇÃO

2

+

3

5

6 = 8-

2

3

+ =

5 = 6-

5 + =

03

=6

1. ESCREVA QUANTAS MOEDAS SÃO NECESSÁRIAS PARA FORMAR UM REAL: COM MOEDAS DE DEZ CENTAVOS

COM MOEDAS DE CINQUENTA CENTAVOS

COM MOEDAS DE VINTE E CINCO CENTAVOS

2. CONSIDERANDO AS NOTAS E MOEDAS EM CIRCULAÇÃO NO PAÍS, FORME CINCO Resposta pessoal. Proponha a escrita de diferentes quantias usando como referência os REAIS DE TRÊS MANEIRAS DIFERENTES: valores das cédulas e moedas do real. Apresente anúncios com preços de mercadorias

e escreva no quadro diferentes quantias, para que os alunos leiam as quantias e as reproduzam com cédulas e moedas. Solicite que organizem, no quadro, uma lista com os valores das cédulas e moedas usadas e que indiquem o que se pode REAIS 35 REAIS comprar com cada uma delas. Observe que uma mesma quantia pode ser representada de diferentes maneiras.

3. COM AS CÉDULAS DE UM, DE CINCO E DE DEZ REAIS, FORME AS QUANTIAS: 7 REAIS

23

EM RODA OBSERVE NOVAMENTE AS CÉDULAS E MOEDAS DO NOSSO DINHEIRO E VEJA QUE NELAS ESTÃO RETRATADAS MARCAS DA NOSSA HISTÓRIA E DA NOSSA CULTURA.

Fernando Favoretto/Criar Imagem

Observe com os alunos a reprodução das cédulas e moedas e identifiquem o símbolo da República e os animais brasileiros: cédula de 100: garoupa; de 50: onça-pintada; de 20: mico-leão-dourado; de 10: arara; de 5: garça; de 2: tartaruga pente. Nas moedas estão as personagens da nossa história: na moeda de 1 centavo, Pedro Álvares Cabral; na de 5, Tiradentes; na de 10, D. Pedro I; na de 25, Marechal Deodoro da Fonseca; na de 50, Barão do Rio Branco; na de 1 real, a efígie da República.

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5 = 6

2+ = 3 4

5 =6

2

+

5

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3=

5 = 6-

5 + =

15estrangeira, pode ser interessante incentivar os alunos a memorizarem (fotograficamente) a palavra e-mail para reconhecimento global, quando * Por ser uma palavra solicitada. Primeiramente, evidencie letras iniciais e finais e a presença do hífen. Aponte ainda que é comum encontrar a grafia email. Vale ainda lembrar a origem da palavra, uma abreviatura para eletronic mail, que significa “correio eletrônico”.

EM AÇÃO

3

2

+

03

1. O CADASTRO QUE VOCÊ LEU SOLICITAVA POUCAS INFORMAÇÕES. MAS HÁ CADASTROS QUE SOLICITAM MUITO MAIS.* 2. NA LISTA A SEGUIR, MARQUE OS ITENS SOLICITADOS EM CADASTROS NAS DIFERENTES SITUAÇÕES. • EM UMA LOJA, PARA COMPRAR UM ELETRODOMÉSTICO, PARCELADO EM DEZ VEZES:

£ NOME £ ENDEREÇO £ TELEFONE £ DATA DE NASCIMENTO £ ESTADO CIVIL £ RG / CARTEIRA DE IDENTIDADE £ CPF £ TIPO SANGUÍNEO £ HABILITAÇÃO £ SEXO: MASCULINO / FEMININO

Resposta: Nome, endereço, data de nascimento, RG, CPF, renda familiar. Além dessas, outras informações podem ser solicitadas como “referências pessoais”. Converse sobre elas, explicando ao aluno de que se trata e por que são solicitadas. Explique os itens sobre os quais os alunos possam ter dúvidas, como “habilitação” (para dirigir automóvel), e a razão da solicitação de informações sobre alergias e medicamentos de uso constante em caso de realização de exames, cirurgias e viagens prolongadas.

£ PESO £ ALTURA £ E-MAIL £ FUMANTE £ RENDA FAMILIAR £ ALERGIAS £ MEDICAMENTOS DE USO CONSTANTE £ IDADE £ PROFISSÃO

=6

Leia para os alunos a lista de opções e ajude-os a analisar a pertinência de cada uma delas à situação apresentada. Faça uma segunda leitura da lista, explorando a escrita de cada palavra. A palavra nome já deve ser familiar aos alunos. Convide voluntários a identificá-la na lista. A sigla CPF também pode ser identificada, desde que se aponte que ela é formada apenas por três letras.

• EM UM POSTO DE SAÚDE, PARA CONSULTA COM O MÉDICO:

£ NOME £ ENDEREÇO £ TELEFONE £ DATA DE NASCIMENTO £ ESTADO CIVIL £ RG / CARTEIRA DE IDENTIDADE £ CPF £ TIPO SANGUÍNEO £ HABILITAÇÃO £ SEXO: MASCULINO / FEMININO

Resposta: Nome, endereço, telefone, data de nascimento, estado civil, tipo sanguíneo, peso, altura, alergias, medicamento de uso constante, idade, fumante.

£ PESO £ ALTURA Converse com os alunos por £ E-MAIL que estas informações e não outras são importantes em ficha ou cadastro médico. £ FUMANTE Proponha outras situações que se faz cadastro £ RENDA FAMILIAR em e veja as informações possivelmente solicitadas. £ ALERGIAS £ MEDICAMENTOS DE USO CONSTANTE £ IDADE £ PROFISSÃO

EM RODA AS INFORMAÇÕES QUE VOCÊ SELECIONOU PARA CADA SITUAÇÃO FORAM AS Não. As duas situações exigiram algumas informações em comum e outras diferentes. Isso aconteceu MESMAS? POR QUE ISSO ACONTECEU? porque os cadastros têm objetivos distintos, requerendo informações distintas dos cadastrados. QUE INFORMAÇÕES VOCÊ SELECIONOU PARA AS DUAS SITUAÇÕES? POR QUE ELAS Nome, endereço, RG, data de nascimento, idade. Elas aparecem nos dois cadastros porque são APARECEM NOS DOIS CADASTROS? informações que identificam a pessoa que está se cadastrando. 33

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5 = 6

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MEDINDO

2

+

3

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2

5 = 6-

3

+ =

5 + =

03

=6

EM RODA OS CADASTROS PRECISAM SER RENOVADOS DE TEMPOS EM TEMPOS PARA ATUALIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES. DE MODO GERAL, OS CADASTROS SÃO VÁLIDOS POR UM ANO. • O QUE REPRESENTA O PERÍODO DE UM ANO? • QUANTOS MESES HÁ EM UM ANO? • QUAIS SÃO OS MESES DO ANO? • QUE ACONTECIMENTOS OCORREM UMA VEZ POR ANO?

EM AÇÃO 1. COMPLETE:

Respostas pessoais; 4: março; 5: outubro.

• ESTAMOS NO MÊS DE

.

• O MÊS PASSADO FOI

.

• O PRÓXIMO MÊS SERÁ

.

• O TERCEIRO MÊS DO ANO É

.

• O DÉCIMO MÊS DO ANO É

.

O ANO PODE SER DIVIDIDO EM DOIS PERÍODOS DE SEIS MESES. ESSES PERÍODOS SÃO CHAMADOS SEMESTRES. 2. COMPLETE OS MESES DO PRIMEIRO E DO SEGUNDO SEMESTRE DO ANO E, AO LADO DE CADA MÊS, ESCREVA O NÚMERO DE DIAS QUE ELE TEM. PRIMEIRO SEMESTRE

SEGUNDO SEMESTRE

MÊS

DIAS

JANEIRO

31

Resposta: 1o semestre: fevereiro – 28/29, março – 31, abril – 30, maio – 31 e junho – 30;

MÊS

2o semestre: julho – 31, agosto – 31, setembro – 30, outubro – 31, novembro – 30, dezembro – 31.

DEZEMBRO

34

DIAS

31

Com calendários do ano em curso, observe com seus alunos a regularidade nas formas de medir e de contar o tempo (mês, semana, semestre). Explore: sequência dos meses, número de dias dos meses, nome e sequência dos dias da semana. Explique que, a cada 4 anos, em anos chamados bissextos, o mês de fevereiro possui 29 dias. Peça aos alunos que expliquem como localizam datas no calendário. Proponha que localizem: datas passadas e futuras no mês em curso; sequência dos meses do ano (primeiro, último, imediatamente anterior e posterior ao mês em curso etc.); dias da semana e sua sequência; dias dos meses (meses com 28, 29, 30 e 31 dias); semestres do ano e seus meses.

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5 = 6

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3=

5 = 6-

=6

03

+ A SEMANA É UM PERÍODO DE SETE DIAS SEGUIDOS, CUJA ORIGEM ESTÁ RELACIONADA ÀS FASES DA LUA.

2

5 + =

Resposta: O primeiro dia

3. VOCÊ SABE QUAL É O PRIMEIRO DIA DA SEMANA? E O ÚLTIMO? é domingo, e o último dia é sábado.

Segunda-feira, terça-feira,

4. ESCREVA OS NOMES DOS DIAS DA SEMANA EM ORDEM. quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira.

DOMINGO

SÁBADO Resposta pessoal. A origem da

semana vem do latim 5. ACOMPANHE A LEITURA E PREENCHA OS ESPAÇOS COM DIAS DA SEMANA:palavra septimana, que significava “sete

• HOJE É

manhãs”.

.

• ONTEM FOI

.

• AMANHÃ SERÁ

.

• ANTEONTEM FOI

.

• MINHA SEMANA DE TRABALHO COMEÇA

.

• E TERMINA

.

• A SEMANA DE AULA COMEÇA NA E TERMINA • O DIA DA SEMANA EM QUE TENHO MAIS ATIVIDADES PARA FAZER É • O DIA DA SEMANA EM QUE POSSO DESCANSAR É

. . . 35

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

EM RODA

2

+

3

5

6 = 8-

2

3

+ =

5 = 6-

5 + =

03

=6

VEJA ALGUMAS EXPRESSÕES USADAS PARA INDICAR O TEMPO. ACOMPANHE A LEITURA.

HOJE

AMANHÃ

DEPOIS À NOITE

ONTEM

ANTES

À TARDE

NESTE MOMENTO

AGORA SEMPRE

PELA MANHÃ MAIS TARDE

ESCOLHA ALGUMAS DESSAS EXPRESSÕES E CRIE FRASES PARA CADA UMA DELAS. FALE SUAS FRASES PARA O GRUPO.

EM AÇÃO 1. COMPLETE AS FRASES COM AS EXPRESSÕES QUE APARECEM NO QUADRO ACIMA. •

SERÁ OUTRO DIA.

TENHO QUE IR TRABALHAR.

FAÇO AS TAREFAS DA ESCOLA.

ESTOU LENDO UMA REVISTA.

2. COMPARE SUAS RESPOSTAS COM AS DOS COLEGAS. VOCÊS USARAM AS MESMAS EXPRESSÕES PARA COMPLETAR AS FRASES? EXPLIQUE. Resposta pessoal.

3. RELATE UM FATO DA SUA VIDA QUE:

Resposta pessoal.

• ESTÁ ACONTECENDO NO TEMPO PRESENTE.

• ACONTECEU NO TEMPO PASSADO.

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2

+

3

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6 = 8-

• VAI ACONTECER NO TEMPO FUTURO.

PARA LER

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

=6

03

Por enquanto, não informe aos alunos que se trata de uma notícia. As atividades explorarão o conhecimento prévio deles sobre o gênero.

leitura deve garantir o ritmo e a entonação adequados ao gênero. Proponha a alunos voluntários a leitura do título, reproduzindo-o no quadro. Desafie os alunos a localizarem palavras mais conhecidas em partes indicadas do texto, como escola, cadastro, aluno. Para isso, escreva cada palavra no quadro, em maiúsculas e em minúsculas.

http://www.g1.globo.com/minas-gerais

SEU PROFESSOR VAI LER UM TEXTO QUE TRATA DE INFORMAÇÕES SOBRE CADASTROS ESCOLARES. OUÇA COM ATENÇÃO E, DEPOIS, CONVERSE COM OS Antes de ler para os alunos, familiarize-se com o texto, com a pontuação COLEGAS SOBRE AS QUESTÕES APRESENTADAS. e com eventuais palavras desconhecidas. Como modelo para o aluno, sua

Portal de notícias G1 Minas Gerais, 10/8/2012. Disponível em: <www.g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2012/08/governo-de-mg-prorroga-prazo-paracadastramento-escolar.html>. Acesso em: 15 mar. 2013.

O TEXTO TRATA DA PRORROGAÇÃO DA DATA FINAL PARA O CADASTRAMENTO ESCOLAR, PARA O ANO DE 2013. O QUE É PRORROGAÇÃO? Espera-se que os alunos conheçam a palavra ou infiram que se trata de mais prazo, do prolongamento do período de cadastramento. Caso os alunos não façam a inferência necessária para entender a palavra, releia o título da notícia ou o início do primeiro parágrafo, ajudando-os a relacionar a palavra ao contexto em que ela aparece.

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* Certidão de nascimento da criança: apresenta os dados de quem está sendo cadastrado (nome, filiação, data de nascimento, local de nascimento, número do registro em cartório etc.). Comprovante de residência: comprova onde a criança mora, a fim de orientar a escolha da escola próxima à residência. Converse com os alunos sobre documentos usados em situações específicas como votar, dirigir veículos, registrar dados trabalhistas etc., sobre as funções de alguns documentos e os dados comuns e específicos a documentos diversos. Se possível, ensine-os a localizar as informações que são solicitadas nos cadastros em seus próprios documentos (ver Manual do Educador).

ESSE TEXTO É:

£ UM CARTAZ. £ UMA NOTÍCIA. £ UM CONTO. X

Pelas seguintes características: fato de interesse público, recente; título curto e chamativo; informações detalhadas no corpo da notícia sobre Quando?, Onde? Por quê?; veiculação em jornais, revistas, sites, com a data de publicação etc. Ressalte que o assunto poderia ser abordado em um cartaz informativo, mas ele circularia em outro contexto e o tratamento da informação seria diferente: frases curtas, foco nos dados, uso de fontes chamativas.

COMO É POSSÍVEL SABER ISSO? DE ACORDO COM A NOTÍCIA, QUEM DEVE PARTICIPAR DO CADASTRAMENTO?

Crianças que já tenham ou que completem 6 anos até 31/3/2013.

Interessa aos pais que têm filhos menores em idade escolar e a estudantes maiores de

em qualquer nível do Ensino Fundamental. Converse sobre o caráter de interesse A QUEM INTERESSA A NOTÍCIA? POR QUÊ? idade público da notícia: o fato deve interessar a muitas pessoas, por isso são publicadas em veículos de largo alcance.

PARA A REALIZAÇÃO DESTE CADASTRO, QUE DOCUMENTOS SÃO NECESSÁRIOS? POR QUE ELES SÃO NECESSÁRIOS?

*

Certidão de nascimento e comprovante de residência.

SAIBA MAIS ALGUMAS INFORMAÇÕES SÃO SEMPRE SOLICITADAS EM CADASTROS PARA OS MAIS DIFERENTES FINS. AS MAIS COMUNS SÃO: NOME: APÓS ESTA PALAVRA, ESCREVEMOS NOSSO NOME COMPLETO (NOME E SOBRENOME). ENDEREÇO: AQUI ESCREVEMOS O NOME DA RUA ONDE MORAMOS, ACOMPANHADO DO NÚMERO DA CASA OU DO PRÉDIO, O NÚMERO DO BLOCO, SE HOUVER, O NÚMERO DO APARTAMENTO, SE HOUVER, O NOME DO BAIRRO E O NOME DA CIDADE. TELEFONE: DEPOIS DESTA PALAVRA, COLOCAMOS O NÚMERO DO NOSSO TELEFONE.

Para a realização das próximas atividades, retome o alfabeto e leia-o com os alunos, apontando cada letra e nomeando-a. Pergunte a eles quais nomes dos colegas começam com algumas letras selecionadas por você e peça que identifiquem esses nomes em um quadro ou lista. Para cada palavra analisada nesta seção, faça a leitura com os alunos, indicando as partes lidas.

PENSANDO SOBRE A ESCRITA NO CAPÍTULO ANTERIOR, VOCÊ ESCREVEU SEU NOME E VIU ALGUMAS SITUAÇÕES EM QUE É IMPORTANTE ESCREVÊ-LO. VIU TAMBÉM O ALFABETO E OS NOMES DAS LETRAS QUE FORMAM AS PALAVRAS. NESTE CAPÍTULO, VEREMOS ALGUMAS PALAVRAS COMUNS AOS CADASTROS. OBSERVE A PALAVRA NOME E CONVERSE COM SEUS COLEGAS E PROFESSOR:

N

O

M

E

• DE QUANTAS LETRAS ELA É FORMADA?

Resposta: Quatro.

• COM QUE LETRA ELA COMEÇA?

Resposta: N.

• COM QUE LETRA ELA TERMINA?

Resposta: E.

• QUAIS OS NOMES DAS LETRAS QUE FORMAM A PALAVRA?

Resposta: “Ene”, “o”, “eme” e “e”.

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• QUANTAS VOGAIS HÁ NA PALAVRA NOME? QUAIS SÃO? • QUANTAS CONSOANTES? QUAIS SÃO ELAS?

Duas: O e E.

Resposta: Duas: N e M.

HÁ ALGUÉM NA SALA DE AULA QUE TEM O NOME COMEÇADO COM ALGUMA DESTAS LETRAS: N, O, M OU E? Resposta pessoal. OBSERVE O QUADRO DE NOMES DA SUA SALA E COMPLETE, NO CADERNO, OS Oriente os alunos quanto ao uso do caderno de atividades, como anotar o número do e da página no início da folha. Para cada letra escrita no quadro, deixe espaço NOMES. SEU PROFESSOR ANOTARÁ NO QUADRO. capítulo ao lado, com linhas uma abaixo da outra, de modo que o aluno possa, ao reproduzir a anotação no caderno, escrever o final dos nomes iniciados pelas letras N, O, M ou E.

A PALAVRA QUE VOCÊ ESTÁ ANALISANDO FOI ESCRITA ABAIXO COM DUAS LETRAS EM VERMELHO E DUAS LETRAS EM PRETO:

NOME A QUE GRUPO PERTENCEM AS LETRAS ESCRITAS EM PRETO NA PALAVRA NOME? Pertencem ao grupo das consoantes.

EM RODA AS PALAVRAS A SEGUIR FAZEM PARTE DO VOCABULÁRIO DOS CADASTROS. Resposta: NÚMERO TELEFONE CIDADE COMPLETE-AS COM VOGAIS: Ajude os alunos a descobrirem as palavras, para depois tentarem completá-las.

N T

M L

C

R F

D

N D

VOCÊ SABIA QUE PODEMOS FORMAR UMA NOVA PALAVRA MUDANDO APENAS UMA LETRA? COM SEU PROFESSOR, LEIA AS PALAVRAS ABAIXO:

* Resposta: As letras O, M, E, após a primeira letra. Explore a leitura da parte que se repete em todas as palavras, ajudando o aluno a perceber que as letras O, M e E, na sequência em que aparecem, produzirão sempre o mesmo som.

NOME COME FOME TOME SOME *

O QUE É SEMELHANTE ENTRE ESTAS PALAVRAS? O QUE HÁ DE DIFERENTE ENTRE ELAS? **

** Resposta: A letra inicial. Explore a letra inicial de cada palavra, evidenciando seu nome e o som que se forma ao se juntar à letra O, nas palavras analisadas. Ajude o aluno a perceber que, nos casos acima, mesmo a terminação sendo igual, a palavra se altera quando a letra inicial é diferente.

A DIFERENÇA QUE VOCÊ ENCONTROU MUDA O JEITO DE LER A PALAVRA? POR QUÊ?

***

*** Resposta: Sim. A cada letra inicial alterada, forma-se uma nova palavra. O objetivo da questão é ajudar o aluno a refletir sobre a pauta sonora. Ajude-o a perceber que as letras representam “sons”. Incentive os alunos a dizerem outras palavras que comecem com a letra inicial alterada.

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SEU PROFESSOR VAI LER ALGUMAS PALAVRAS COM VOCÊ. DENTRO DELAS, PODEMOS ENCONTRAR A PALAVRA NOME. ESCREVA AS PALAVRAS LIDAS USANDO O ALFABETO MÓVEL E ENCONTRE A PALAVRA NOME DENTRO DELAS. MOSTRE AO SEU PROFESSOR.

SOBRENOME

NOMEADO

PRENOME

LEIA AGORA A PALAVRA:

CADASTRO AO FALARMOS A PALAVRA CADASTRO, PERCEBEMOS QUE ELA TEM TRÊS PARTES. DESTACAMOS UMA DE SUAS PARTES:

CA VOCÊ CONHECE OUTRAS PALAVRAS COMEÇADAS POR CA? FALE PARA SEU PROFESSOR. AGORA ESCOLHA ALGUMAS PALAVRAS E AJUDE SEU PROFESSOR A ESCREVÊ-LAS NO QUADRO. DEPOIS, ESCREVA-AS NO CADERNO E REGISTRE O NÚMERO DE LETRAS.* ENCONTRAMOS ESTA PARTE TAMBÉM EM OUTRAS PALAVRAS. LEIA ALGUMAS DELAS COM SEU PROFESSOR: * Nesta atividade, atue como Reproduza as palavras no quadro. Informe o campo semântico (ver glossário no Manual do Educador) de cada coluna (bichos, moradias, veículos). Explore a localização (início, meio ou fim) da sílaba CA. Leia também as demais sílabas, relacionandoas a palavras de referência dos alunos. É possível que alguns deles “descubram” a palavra, antes de uma leitura completa, por inferirem a sílaba faltante, já que conhecem o campo semântico. Valorize esta estratégia de leitura, mostrando sua eficácia.

MINHOCA CAMELO CAVALO CASA

escriba (ver glossário no Manual do Educador). Incentive os alunos a soletrarem a palavra, enquanto você registra. Pergunte quantas partes tem as letras inicial e final, a letra seguinte à primeira, a posição da sílaba CA etc. Caso os alunos citem uma letra que não faz parte da palavra, registre-a e peça que verifiquem a hipótese. Um aluno que já domine as letras pode atuar como escriba, mas as perguntas e a checagem das hipóteses dos alunos devem ser feitas por você.

TOCA OCA CAMINHÃO CAMINHONETE MOTOCA 40

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Alvaroennes | Dreamstime.com Llandrea | Dreamstime.com Valdum | Dreamstime.com Tritooth | Dreamstime.com

OBSERVE AS FIGURAS ABAIXO E LIGUE-AS À PALAVRA QUE DÁ NOME A ELAS.

CANECA

CAJU

ABACATE

CANETA

A SEGUIR, VOCÊ VÊ AS IMAGENS DE DOIS ANIMAIS E AS ESCRITAS DE SEUS NOMES. Certifique-se de que os alunos reconheceram os animais. Explore a QUAL É A ESCRITA DO NOME DE CADA ANIMAL? sonoridade dos nomes, evidenciando a presença da sílaba CA. Não Science Picture Co/Science Faction/Corbis

Pindiyath100 / Dreamstime.com

escreva as palavras no quadro para os alunos.

FOCA

CARRAPATO Resposta: Foca

QUAL DAS PALAVRAS É O NOME DO ANIMAL MARINHO? QUAL DAS PALAVRAS É O NOME DO PARASITA QUE FICA EM CAVALOS, BOIS E Resposta: Carrapato. OUTROS ANIMAIS? DE ACORDO COM O QUE VOCÊ OBSERVOU, O TAMANHO DA PALAVRA CORRESPONDE que o aluno responda NÃO e que relacione a escrita ao som da palavra. AO TAMANHO DO ANIMAL? Espera-se Ajude os alunos a consolidarem o conhecimento de que o tamanho das palavras não tem relação com o tamanho

daquilo (ser, objeto etc.) a que se referem, auxiliando-os a superarem hipóteses de realismo nominal (ver glossário no Manual do Educador).

SAIBA MAIS AS PALAVRAS PODEM SER DIVIDIDAS EM PARTES MENORES, QUANDO FALAMOS. CADA PARTE É CHAMADA DE SÍLABA E CADA SÍLABA TEM PELO MENOS UMA VOGAL. 41

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

CONSTRUINDO GRÁFICOS

+

3

5

6 = 8-

2

5 = 6-

3

+ =

5 + =

03

=6

Resposta pessoal. EM QUE MÊS VOCÊ COMEMORA SEU ANIVERSÁRIO ? SIGA AS ORIENTAÇÕES DE SEU PROFESSOR PARA CONSTRUIR O GRÁFICO DOS ANIVERSARIANTES DA TURMA.

ANIVERSARIANTES DA TURMA 10 9 8 7 6 5 4 3 2

AGORA, RESPONDA:

LEGENDA:

DEZEMBRO

NOVEMBRO

OUTUBRO

SETEMBRO

AGOSTO

JULHO

JUNHO

MAIO

ABRIL

MARÇO

FEVEREIRO

1 JANEIRO

Numa grande folha de papel, trace as coordenadas. Na primeira linha, escreva os meses do ano e, na primeira coluna, os números de 1 a 10. Providencie um cartão para cada estudante, com cores diferentes para homens e mulheres, onde escreverão o nome. Essas cores serão marcadas na legenda do gráfico. Cada aluno deve dizer a data de seu aniversário e colar seu cartão na coluna correspondente. Faça a leitura de quantos alunos comemoram aniversário no mês de março; quantos homens; quantas mulheres; em que mês há mais aniversariantes; se há algum mês em que não há aniversariantes etc. Registre também na folha o título e uma legenda para o gráfico.

£ HOMENS £ MULHERES

Comente que o gráfico de barras é um recurso usado em revistas, jornais, livros para informar sobre pesquisas (opinião sobre a atuação de governantes, consumo de produtos etc.). Mostre exemplos de gráficos de barra simples para que os alunos leiam (informações apresentadas, título, legenda). As informações usadas em preenchimento de cadastros podem gerar gráficos como: estado civil, local (estado) de nascimento, profissões dos alunos da classe. As respostas a seguir são de acordo com os dados da turma.

• QUANTOS SÃO OS ANIVERSARIANTES DO MÊS DE MAIO?

• EM QUAL MÊS DO ANO HÁ MAIS ANIVERSARIANTES?

• EM ALGUM MÊS DO ANO NÃO HÁ ANIVERSARIANTES?

• QUANTAS MULHERES FAZEM ANIVERSÁRIO NO MÊS DE ABRIL?

• EM QUAL MÊS DO ANO HÁ MAIS ANIVERSÁRIOS DE HOMENS?

• NO ÚLTIMO MÊS DO ANO, MAIS HOMENS OU MULHERES COMEMORAM ANIVERSÁRIO?

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

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+

2

3

6 5 = 8-

3 =

5 = 6-

5 - += 3

=6

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+ • QUANTOS COLEGAS COMEMORAM ANIVERSÁRIO NO MESMO MÊS EM QUE VOCÊ COMEMORA?

2

• QUANTAS PESSOAS COMEMORAM ANIVERSÁRIO NO PRIMEIRO SEMESTRE DO ANO?

• ESCREVA OS NOMES DOS COLEGAS QUE JÁ FIZERAM ANIVERSÁRIO NESTE ANO.

Resposta pessoal.

EM AÇÃO 1. SEU PROFESSOR VAI LER AS PALAVRAS DO QUADRO COM VOCÊ. DEPOIS DISSO, CONTE O NÚMERO DE LETRAS DE CADA UMA DELAS E ESCREVA-O NA COLUNA DAS Para esta seção, é importante que você reproduza as palavras no quadro e faça a leitura coletiva com os alunos, LETRAS CORRESPONDENTE. indicando a parte lida na palavra, além de explorar em cada palavra: número e nome de letras, nomes próprios de pessoas da classe iniciados por aquela letra, outras palavras que eles conheçam começadas com a letra.

Com os alunos, escreva as palavras no quadro, separando as sílabas. Levante hipóteses sobre a letra inicial de cada sílaba, a que vem depois etc., enquanto você registra. Compare as sílabas analisadas com palavras de referência que tenham a mesma sílaba ou com outras vistas e/ou expostas em classe. Pergunte se a sílaba está completa ou se falta alguma letra. Ajude os alunos na leitura escandida (ver glossário no Manual do Educador) – sílaba por sílaba – acompanhando com o dedo cada parte da palavra.

PALAVRA

SEPARAÇÃO DE SÍLABAS

SÍLABAS

LETRAS

CADASTRO

CA – DAS – TRO

3

8

NOME

NO – ME

2

4

ENDEREÇO

EN – DE – RE – ÇO

4

8

RUA

RU – A

2

3

CELULAR

CE – LU – LAR

3

7

2. AGORA LEIA EM VOZ ALTA ESSAS MESMAS PALAVRAS, DIZENDO UMA PARTE DE CADA VEZ, COMO APARECEM NA SEGUNDA COLUNA. 3. CONTE AS PARTES DE CADA PALAVRA ESTUDADA E REGISTRE O RESULTADO NA COLUNA DAS SÍLABAS. 4. ANALISE O QUADRO QUE VOCÊ COMPLETOU: AS PALAVRAS TÊM MAIS LETRAS OU MAIS SÍLABAS? Resposta: Mais letras.

5. VOCÊ ENCONTROU ALGUMA SÍLABA SEM VOGAL?

Resposta: Não.

43

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6. O QUE VOCÊ CONCLUI DISSO?

Resposta: Espera-se que o aluno conclua que, nas palavras, o número de letras é maior que o número de sílabas, e que não existem sílabas sem vogal. Em outras atividades, repita essa análise, ajudando o aluno a sistematizar esse conhecimento e também a perceber que existem sílabas com número variável de letras e sílabas formadas por consoante + vogal (CV), vogal (V), vogal + consoante (VC), consoante + consoante + vogal (CCV), consoante + vogal + consoante (CVC), consoante + consoante + vogal + consoante (CCVC) etc. O trabalho com os padrões silábicos será retomado adiante.

7. IDENTIFIQUE AS VOGAIS DE CADA SÍLABA NO QUADRO ANTERIOR, GRIFANDO-AS. 8. AS PALAVRAS ABAIXO SÃO SEMPRE ENCONTRADAS EM FICHAS DE CADASTRO. SEU Ajude os alunos a acompanharem a leitura PROFESSOR VAI LER AS PALAVRAS DA COLUNA 1 COM VOCÊ. das palavras da coluna 1 apenas. COLUNA 1

COLUNA 2

CADASTRO

telefone

ENDEREÇO

cadastro

TELEFONE

cidade

CIDADE

endereço

9. TODAS AS PALAVRAS LIDAS NA COLUNA 1 ESTÃO TAMBÉM NA COLUNA 2. AGORA PROCURE AS PALAVRAS QUE SÃO IGUAIS E FAÇA UM TRAÇO, LIGANDO-AS. * 10. OBSERVE AS PALAVRAS NO QUADRO A SEGUIR, ESCRITAS DE VÁRIAS MANEIRAS.

JOÃO

João

João RUA

NOME

ANITA

Rua

rua

Rua

rua

Nome

nome

Nome

nome

* Ajude os alunos na identificação das palavras, indicando estratégias como a observação da primeira e da última letra. É possível que algum aluno já conheça a correspondência entre os alfabetos maiúsculo e minúsculo. Em caso de dúvidas, orienteos a consultar o alfabeto dos vários tipos de letra.

Anita

Anita 44

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Analise cada coluna com os alunos, observando suas especificidades. A discussão deve ajudar o aluno a perceber o uso das iniciais maiúsculas nos nomes próprios. É possível que alguns alunos já escrevam o seu próprio nome, diferenciando a inicial maiúscula, embora possam fazer isso apenas reproduzindo o “desenho” do nome. Aproveite para verificar como eles escrevem o nome e se usam inicial maiúscula.

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11. POR QUE AS PALAVRAS JOÃO E ANITA NÃO APARECEM NA TERCEIRA COLUNA? Espera-se que os alunos percebam que se trata de nomes próprios e devem ser escritas com a letra inicial maiúscula.

SAIBA MAIS TANTO A PALAVRA JOÃO QUANTO A PALAVRA ANITA SÃO NOMES DE PESSOAS (NOMES PRÓPRIOS). TODOS OS NOMES DE PESSOAS E DE LUGARES INICIAM COM LETRA MAIÚSCULA, INCLUSIVE SE ESTIVEREM ESCRITOS EM LETRA CURSIVA.

EM RODA A SEGUIR, VOCÊ VERÁ O CADASTRO DE ASSOCIADOS DE UMA VIDEOLOCADORA. QUE INFORMAÇÕES VOCÊ ACHA QUE SÃO IMPORTANTES NESTE CADASTRO? POR QUÊ? Certifique-se de que os alunos sabem o que é uma videolocadora. Converse com os alunos sobre as informações necessárias e os documentos exigidos nesse tipo de cadastro. Incentive os alunos a refletirem por que se exigem certas informações, documentos e comprovantes, como o de residência.

PARA LER VOCÊ JÁ CONHECE MUITAS DAS INFORMAÇÕES SOLICITADAS EM CADASTROS E TAMBÉM ALGUMAS DAS PALAVRAS QUE INDICAM AS INFORMAÇÕES SOLICITADAS NELES. ENTÃO, QUE TAL LER UM CADASTRO DE UMA VIDEOLOCADORA? LOCALIZE, NO CADASTRO, ONDE SE SOLICITA A ESCRITA DO: • NOME; Analise as informações solicitadas, suas funções e relevância. Analise a escrita • ENDEREÇ O; das informações, ajudando os alunos a tentar identificá-las. Para isso, explore as informações que aparecem primeiro nos cadastros, os espaçamentos para • tELEF ONE. informações maiores, menores, as informações em siglas (RG, CPF) etc. QUE OUTRAS INFORMAÇÕES SÃO PEDIDAS?

Ao ler o cadastro preenchido, explore pistas como dados apresentados em palavras, dados numéricos (CPF), dados que envolvem palavras e números (endereço) etc.

FORMULÁRIO DE CADASTRO NOME: João Barroso de Melo E-MAIL: jbmello@mail.com CPF: 128.395.258-13

SEXO:

F

X

M

ENDEREÇO: AV. IPANEMA, 213 BAIRRO: JARDIM ATLÂNTICO COMPLEMENTO: APTO. 2 CIDADE: GOIÂNIA TELEFONE:

3259-5152

MELHOR FILME DE TODOS OS TEMPOS:

UF: GO

DATA DE NASC.: 13/9/1975

O ÚLTIMO SAMURAI

DESEJA RECEBER E-MAIL COM NOSSOS LANÇAMENTOS E NOTÍCIAS?

SIM

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS: COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA E CÓPIA DO RG.

45

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EM AÇÃO AGORA É A SUA VEZ DE PREENCHER O CADASTRO. TRAGA UMA CONTA DE ÁGUA, LUZ, TELEFONE OU OUTRO DOCUMENTO EM QUE CONSTE SEU ENDEREÇO. TRAGA TAMBÉM SEU DOCUMENTO DE IDENTIDADE. SEU PROFESSOR VAI AJUDAR VOCÊ A LOCALIZAR, NESSES DOCUMENTOS, AS INFORMAÇOES NECESSÁRIAS AO CADASTRO. EM SEGUIDA, PREENCHA O CADASTRO ABAIXO COM SEUS DADOS.

Se possível, observe cadastros on-line com os alunos. Habilidades digitais são requeridas, como saber onde inserir informações; saber avançar ou retornar para outra tela, clicando em links (PROSSEGUIR, PRÓXIMA, VOLTAR, ANTERIOR) ou em setas; reconhecer itens obrigatórios no cadastro, marcados com asterisco (*). Variação da atividade: cadastro para a biblioteca da escola ou de classe, a partir do levantamento de informações relevantes para o controle dos empréstimos.

FORMULÁRIO DE CADASTRO NOME:* E-MAIL: CPF:*

SEXO:

F

M

ENDEREÇO: * BAIRRO:

COMPLEMENTO:

TELEFONE: *

CIDADE:

UF:

DATA DE NASC.:

MELHOR FILME DE TODOS OS TEMPOS: DESEJA RECEBER E-MAIL COM NOSSOS LANÇAMENTOS E NOTÍCIAS? DOCUMENTOS NECESSÁRIOS: COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA E CÓPIA DO RG.

PARA LER JÁ SABEMOS QUE CADASTROS SÃO MUITO VARIADOS: PODEM ESTAR ESCRITOS COM LETRAS MAIÚSCULAS OU MINÚSCULAS, PODEM SER PREENCHIDOS NA MÁQUINA DE ESCREVER, NO COMPUTADOR OU À MÃO. A FORMA COMO ELES SÃO ORGANIZADOS NA PÁGINA OU NA TELA DO COMPUTADOR é familiarizar os alunos com a organização gráfica dos cadastros, TAMBÉM PODE VARIAR. OBSERVE OS MODELOS: Oqueobjetivo pode criar dificuldade no preenchimento autônomo. Se possível, traga

para a sala de aula exemplos de cadastros e de formulários semelhantes, para enriquecer o repertório dos alunos.

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C A D A S T R O

1 F I CHA D E I NSCRI ÇÃO

Nome completo

Data de nascimento

/

Tipo sanguíneo

Sexo FEM

/

CEP

UF

MASC

Cidade

Endereço Número

Complemento

Telefone residencial

-

Bairro Telefone celular

-

Telefone em caso de emergência

-

-

-

-

E-mail Plano de saúde (caso possua) Plano de odontológico (caso possua)

Aceito receber gratuitamente o cartão de descontos.

C A D A S T R O

2

Nome

Data Nasc.:

Insc. N

Data Filiação:

Cargo:

Reg. Munic.

o

/

/

/

Regional Local de trabalho

RG:

Órgão Expeditor:

CPF

Est. Civil

End. Residencial

UF

no

Bairro: Tel.: (

/

FO 3X TO 4

CADASTRO DE ASSOCIADOS

Cidade: )

Cel.: (

CEP:

)

UF

E-mail:

CATEGORIA DE ASSOCIADO

Contribuinte

Colaborador

Benemérito

Fundador

POR QUE O CADASTRO 1 TEM PEQUENAS DIVISÕES EM CADA LINHA? Para dispor cada letra em cada divisão. VOCÊ ACHA QUE ELE FOI CRIADO PARA SER PREENCHIDO À MÃO OU DIGITADO? POR QUÊ? * ONDE VOCÊ ESCREVERÁ O SEU NOME NO CADASTRO 2? MARQUE COM UM X. * Resposta: À mão. Ao escrever cada letra em cada quadradinho, evita-se E O SEU ENDEREÇO? MARQUE COM DOIS X. uma escrita pouco legível. Isso facilita a leitura. Ressalte que esse tipo de cadastro é cada vez mais raro, devido ao crescimento constante dos cadastramentos on-line. O preenchimento manual ou digital também pode ser feito por funcionário especializado.

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* Reproduza o trava-línguas no quadro. Convide voluntários a lerem autonomamente. O interessante nos trava-línguas é ler com rapidez. Faça uma leitura corrida do trava-língua e convide os alunos a lerem junto. Leia oralmente, apontando as partes lidas. Explore palavras do texto, convidando alunos a mostrarem as aliterações (ver glossário do Manual do Educador), como as sílabas LU e LUS. Promova a leitura coletiva. Garanta que os alunos memorizem o trava-língua para as atividades seguintes.

PARA LER TRAVA-LÍNGUA AGORA VOCÊ VAI CONHECER UM TRAVA-LÍNGUA QUE FALA DE NOMES. LEIA-O COM O SEU PROFESSOR.*

LUZIA LUSTRAVA O LUSTRE LISTRADO; O LUSTRE LUSTRADO LUZIA. CONVERSE COM SEUS COLEGAS E PROFESSOR: QUAL O NOME DE PESSOA (NOME PRÓPRIO) QUE APARECE NO TRAVA-LÍNGUA? Resposta: Luzia. Explore com os alunos a grafia do nome próprio Luzia e do verbo luzia: duas palavras com sentidos diferentes, mas a mesma escrita.

VOCÊ CONHECE OUTROS TRAVA-LÍNGUAS? FALE PARA SEUS COLEGAS E DESAFIE-OS As questões propostas visam a levantar o A REPETI-LOS. MAS NÃO ENROLE A LÍNGUA! conhecimento prévio do aluno sobre o gênero, COMO VOCÊ CONHECEU ESSES TRAVA-LÍNGUAS? EM QUE SITUAÇÕES GERALMENTE OUVIMOS TRAVA-LÍNGUAS?

ajudando-o a perceber algumas características. Espera-se que ele conheça trava-línguas de memória e que reconheça que eles são passados de geração a geração, em contextos familiares e cotidianos. No capítulo 3, outro gênero da tradição oral – as trovas - será explorado. Escolha alguns dos trava-línguas apresentados pelos alunos para escrever no quadro e explorar a escrita como proposto no livro.

EM AÇÃO 1. QUE PALAVRAS DO TRAVA-LÍNGUA COMEÇAM COM O MESMO SOM?

Luzia / lustrava / lustre / listrado / lustrado.

2. GRIFE, NO TEXTO, AS PALAVRAS QUE COMEÇAM COM O MESMO SOM.

Palavras iniciadas com L no trava-língua apresentado acima: Luzia / lustrava / lustre / listrado / lustrado.

3. NAS PALAVRAS A SEGUIR, MARQUE AQUELAS QUE TÊM O MESMO SOM DAS PALAVRAS QUE VOCÊ GRIFOU NO TRAVA-LÍNGUA:

MALA LUGAR

LEVE

LUVA

ILUSTRAR

UVA MOLUSCO

MUDAR CALO

SAIBA MAIS A LETRA L EM FINAL DE SÍLABAS TEM SOM DE U. EXEMPLOS:

ALTURA

CIVIL

SOLTEIRO

LITORAL

TALCO

48

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EM RODA CONVERSE COM SEUS COLEGAS SOBRE: • O QUE VOCÊ APRENDEU SOBRE CADASTROS? • QUE TRAVA-LÍNGUAS VOCÊ CONHECEU? • QUE PALAVRAS, SÍLABAS OU LETRAS VOCÊ CONHECEU?

2 + 15 = 3 4

5 = 6

MEDINDO

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

=6

03

EM AÇÃO PARA FAZER ESTA ATIVIDADE, VOCÊ VAI PRECISAR CONSULTAR UM CALENDÁRIO. 1. QUAIS SÃO OS FERIADOS DO PRIMEIRO SEMESTRE DESTE ANO?

2. QUAIS SÃO OS FERIADOS DO SEGUNDO SEMESTRE DESTE ANO?

3. QUANTOS MESES FALTAM PARA TERMINAR O ANO?

Resposta pessoal.

Resposta pessoal.

Resposta pessoal.

4. COMPLETE: Respostas pessoais.

• O MÊS EM QUE NOSSO CURSO COMEÇOU:

.

• O MÊS EM QUE ELE VAI TERMINAR:

.

• A DURAÇÃO DO NOSSO CURSO EM MESES:

.

5. ESCREVA: • O NOME DOS MESES QUE TÊM 30 DIAS:

Resposta: abril, junho, setembro, novembro.

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

3

5 + =

3 2 Resposta: janeiro, março, maio, julho, agosto,0 outubro, dezembro. + =

• O NOME DOS MESES QUE TÊM 31 DIAS:

• NESTE ANO, O MÊS DE FEVEREIRO TERÁ 6. QUANTOS DIAS SÃO: • DE 20 DE JANEIRO A 10 DE FEVEREIRO?

5 = 6-

DIAS.

=6

Resposta: 28 dias ou 29 dias.

Resposta: De 20 de janeiro a 10 de fevereiro são 21 dias, entre 31 julho e 1o de setembro são 31 dias. Oriente os alunos a contarem dias no calendário, seguindo duas orientações: primeira, de 20 de janeiro a 10 de fevereiro (inclui-se, na contagem, o dia 20 de janeiro e o dia 10 de fevereiro); segunda, por exemplo, entre o dia 31 de julho e 1 de setembro (não se inclui na contagem o dia 31 de julho e o dia 1 de setembro).

• ENTRE 31 DE JULHO E 1o DE SETEMBRO?

7. RESPONDA: • QUANTOS DIAS HÁ EM UM ANO?

Resposta: 365 ou 366 dias.

• EM QUE ANO ESTAMOS?

• QUAL FOI O ANO ANTERIOR?

• QUAL SERÁ O PRÓXIMO ANO?

8. COM SEUS COLEGAS E SEU PROFESSOR, CONVERSE SOBRE AS ESTAÇÕES DO ANO E INDIQUE A DATA DO INÍCIO E DO TÉRMINO DE CADA UMA DELAS.

ESTAÇÕES DO ANO

INÍCIO

TÉRMINO

PRIMAVERA VERÃO OUTONO INVERNO

50

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5


Capítulo

3

DIZ O DITO POPULAR...

Converse com os alunos sobre a função das reticências no final do título do capítulo. Esse sinal de pontuação mostra a incompletude do enunciado.

ANTES DE A ESCRITA EXISTIR, O SER HUMANO JÁ REGISTRAVA FATOS DA VIDA. MUITO DO QUE SABEMOS DA HUMANIDADE NOS FOI CONTADO DE ALGUMA MANEIRA (DESENHADA, FALADA OU ESCRITA) PELOS MAIS ANTIGOS. VEMOS PINTURAS, FOTOGRAFIAS, OUVIMOS HISTÓRIAS, DITOS POPULARES E ENSINAMENTOS. LEMOS DOCUMENTOS E ROMANCES QUE NOS CONTAM UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA. ALGUNS DESSES TEXTOS NARRAM FATOS, OUTROS TAMBÉM Comente sobre a imagem com os alunos: são hieroglifos egípcios, ENSINAM, DIVERTEM, ALERTAM ETC. uma forma de escrita muito antiga que usava, em vez de letras, e símbolos. Textos em hieroglifos estavam presentes em CADA UM CUMPRE UMA FUNÇÃO NA SOCIEDADE. desenhos templos e túmulos, traziam mensagens religiosas e narravam fatos Taylor S. Kennedy/National Geographic Society/Corbis/Latinstock

da vida dos governantes da época, como o faraós.

Hieróglifos em parede, Egito, s.d.

EM RODA AO OBSERVAR SITUAÇÕES QUE SE REPETEM ENTRE AS PESSOAS AO LONGO DOS ANOS, CONSTRUÍMOS CONCLUSÕES QUE SE TORNAM PARTE DO CONHECIMENTO POPULAR. POR EXEMPLO: DIANTE DE UMA PESSOA QUE XINGA, AMEAÇA E ESBRAVEJA MUITO, MAS GERALMENTE NÃO CUMPRE AS AMEAÇAS QUE FAZ, COSTUMAMOS DIZER:

CÃO QUE LADRA NÃO MORDE VOCÊ CONCORDA COM ESSE CONHECIDO DITO POPULAR?

Leia o texto para ou com os alunos e proponha que o completem oralmente, apresentando o provérbio usado nesta situação. Ainda não é necessário usar o termo provérbio. Isso será feito mais adiante.

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PARA LER QUAIS DOS TEXTOS A SEGUIR PARECEM EXPRESSAR ESSAS CONCLUSÕES QUE Reproduza os três provérbios no quadro e leia-os FAZEM PARTE DO CONHECIMENTO POPULAR? com os alunos, indicando as partes lidas. Convide 1. O PREÇO DO TOMATE AUMENTOU. 2. QUEM COM FERRO FERE, COM FERRO SERÁ FERIDO.

X

3. QUE DIA DA SEMANA É HOJE? 4. HORA DE CRIANÇA DORMIR! 5. ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA, TANTO BATE ATÉ QUE FURA. 6. QUEM ESPERA SEMPRE ALCANÇA

voluntários a lerem sílabas, palavras aleatórias ou sentenças completas. Sobre as palavras hora e hoje, ajude-os a perceber que a letra H, no início de palavras em português, não tem som próprio e lê-se a vogal que a sucede. Explore letras iniciais semelhantes (dormir/dura; semana/sempre). Explore também a palavra alcança, evidenciando a diferença no som de ca e ça. Trate também da palavra quem e peça que indiquem onde ela está em cada provérbio.

X

X

NO EXERCÍCIO ANTERIOR, VOCÊ SELECIONOU ALGUMAS OPÇÕES. ABAIXO, COLOQUE Leia os significados dos provérbios com os alunos. Convide voluntários para ler parte do O NÚMERO DE CADA UMA DIANTE DO SIGNIFICADO: texto e/ou ele todo, de acordo com o nível de

leitura deles. Faça a leitura oral, ajudando-os a

(5) DE TANTO INSISTIR PODE-SE CONSEGUIR ALGO ESPERADO. refletir sobre o significado de cada provérbio. (2) NÃO SE DEVE FERIR OUTRA PESSOA PORQUE QUEM FERIU TAMBÉM PODERÁ SAIR FERIDO. (6) DEVE-SE TER ESPERANÇA.

SAIBA MAIS

Ilustração Digital: Estúdio Pingado

OS TEXTOS QUE VOCÊ SELECIONOU SÃO CHAMADOS PROVÉRBIOS, DITOS POPULARES OU ADÁGIOS. ELES SÃO FORMADOS DE FRASES E EXPRESSÕES CURTAS QUE EXPRESSAM CONCLUSÕES SOBRE O COMPORTAMENTO E AS RELAÇÕES ENTRE AS PESSOAS. MUITOS DELES SURGIRAM NA ANTIGUIDADE, MAS, COMO ESTÃO RELACIONADOS A ASPECTOS UNIVERSAIS DA VIDA, SÃO USADOS ATÉ HOJE. EXEMPLOS: “DAI A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR”, “CADA CABEÇA, UMA SENTENÇA”, “QUANDO UM NÃO Converse com os alunos sobre o significado dos provérbios, pergunte em que situações usamos cada um. Incentive-os a apresentar outros provérbios conhecidos e os contextos em que poderiam ser usados. QUER, DOIS NÃO BRIGAM”.

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PENSANDO SOBRE A ESCRITA OBSERVE O PROVÉRBIO A SEGUIR E RESPONDA ÀS QUESTÕES:

QUEM

ESPERA

SEMPRE

ALCANÇA

AS PALAVRAS QUE FORMAM O PROVÉRBIO ESTÃO DENTRO DE QUADROS. QUANTAS PALAVRAS TEM ESSE PROVÉRBIO? Quatro palavras.

OBSERVE AS PALAVRAS ESPERA E SEMPRE, ELAS ESTÃO ESCRITAS ABAIXO. CADA LETRA ESTÁ EM UM QUADRINHO:

E

S

P

E

R

A

S

E

M

P

R

E

QUANTAS LETRAS CADA PALAVRA TEM? Seis letras.

AGORA, LEIA ESTAS PALAVRAS. CADA SÍLABA FOI ESCRITA EM UM QUADRINHO:

ES

PE

RA

SEM

QUANTAS SÍLABAS TEM A PALAVRA ESPERA? Três sílabas.

PRE

Promova a leitura oral das palavras, destacando as sílabas com palmas, para ajudar o aluno a perceber que o número de sílabas é diferente nas duas palavras, embora o número de letras seja o mesmo. Destaque para a turma a diferença entre PE e PRE. Os encontros consonantais com R e L serão abordados futuramente.

QUANTAS SÍLABAS TEM A PALAVRA SEMPRE? Duas sílabas.

COMPLETE O TEXTO A SEGUIR USANDO AS PALAVRAS DO QUADRO ABAIXO.

DUAS

TRÊS

AS PALAVRAS ESPERA E SEMPRE TÊM SÍLABAS E SEMPRE TEM

DUAS

SEIS

SEIS LETRAS, MAS ESPERA TEM

TRÊS

SÍLABAS.

AGORA OBSERVE AS PALAVRAS:

S

E

M

P

R

E

S

E

M

A

N

A

VOCÊ JÁ VIU QUE A PALAVRA SEMPRE TEM 6 LETRAS. QUANTAS LETRAS TEM A PALAVRA SEMANA? Seis letras.

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LEIA NOVAMENTE ESSAS PALAVRAS E ESCREVA O NÚMERO DE SÍLABAS DE CADA UMA.

SEM

PRE

SE

MA

NA

COMO VOCÊ VIU, SEMPRE E SEMANA TÊM SEIS LETRAS, MAS SEMPRE TEM DUAS SÍLABAS E SEMANA TEM TRÊS SÍLABAS. QUE LETRAS SE REPETEM NESSAS PALAVRAS? sem

ELAS APARECEM NA MESMA ORDEM NAS DUAS PALAVRAS? Sim.

ELAS ESTÃO NA MESMA SÍLABA NAS DUAS PALAVRAS? EXPLIQUE.

Ilustração Digital: Pingado Sociedade Ilustrativa

Não. Na palavra sempre, a letra M está na primeira sílaba (SEM) e em “semana” está na segunda sílaba (MA). Ajude o aluno a perceber que as letras podem variar de posição nas sílabas (início, meio e fim).

Elabore as regras do debate com os alunos (ordem de apresentação, pergunta e resposta etc.) e atue como mediador. É provável que os alunos já tenham assistido a debates televisionados. Tome-os como exemplo ao elaborar as regras, adequando o grau de formalidade e de complexidade à situação de sala de aula. É importante que os alunos usem linguagem próxima da norma de prestígio e respeitem as regras. Entretanto, o foco deve ser a apresentação do posicionamento do grupo e sua defesa, por meio de argumentos plausíveis.

PRODUZINDO TEXTOS – DEBATE GLOSSÁRIO

Debate apresentação de razões e ideias que sustentam um posicionamento sobre determinado tema, com o objetivo de convencer quem assiste ao debate.

NO ESTUDO SOBRE PROVÉRBIOS, VIMOS QUE ELES SÃO MUITO ANTIGOS, PORÉM SÃO USADOS ATÉ HOJE. MAS SERÁ QUE ELES AINDA VALEM PARA OS DIAS ATUAIS? NESTA TAREFA, VOCÊ E SEUS COLEGAS VÃO PARTICIPAR DE UM DEBATE SOBRE A ATUALIDADE DE UM PROVÉRBIO. PODEMOS DIZER QUE O PROVÉRBIO “QUEM ESPERA SEMPRE ALCANÇA” TEM, NOS DIAS DE HOJE, A MESMA FORÇA DE A turma pode escolher outro provérbio para o debate, desde que suscite ANTIGAMENTE? alguma polêmica sobre sua validade nos dias de hoje.

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Adolfo Santos Sonteria/D.A Press.

PREPARANDO-SE PARA O DEBATE

Ajude os alunos a analisar a questão para a tomada de posicionamento, avalie as diferenças existentes entre o mundo há cerca de cem anos e hoje em dia. Ajude-os a perceber essas diferenças (novas facilidades e dificuldades surgidas com o passar dos anos) e a avaliar como isso afeta o provérbio em questão.

DEBATE: “A LUTA PELA REFORMA UNIVERSITÁRIA DO MANIFESTO DE CÓRDOBA ATÉ NOSSOS DIAS”, UFPE (PE), 2013.

• PENSE SOBRE A QUESTÃO E VEJA SE VOCÊ CONCORDA COM O PROVÉRBIO OU A atividade pressupõe pequenos DISCORDA DELE, NO CENÁRIO DOS DIAS DE HOJE. • JUNTE-SE A OUTROS TRÊS COLEGAS QUE PENSAM COMO VOCÊ. • CONVERSEM SOBRE AS RAZÕES PARA VOCÊS PENSAREM ASSIM.

registros, por isso, é importante que você intervenha na formação dos grupos, de modo a garantir agrupamentos produtivos, obviamente respeitando a semelhança de opiniões sobre o tema.

• PENSEM EM ESTRATÉGIAS PARA CONVENCER O OUTRO GRUPO DO Oriente os alunos a usar exemplos de situações que ilustrem os POSICIONAMENTO DE VOCÊS. argumentos que eles estão apresentando como recurso de convencimento. • ESCOLHAM UM PARTICIPANTE DO GRUPO PARA REGISTRAR AS IDEIAS, COM A É possível que haja mais de um grupo defendendo o mesmo posicionamento. Cuide para que haja, em cada AJUDA DE TODOS. grupo, um escriba em nível mais próximo da escrita alfabética para registrar a preparação para o debate. É importante

que você acompanhe os registros para recuperação da escrita posteriormente. Se julgar pertinente, aproveite a situação para propor reflexões sobre a escrita no momento em que o grupo está registrando.

REALIZANDO O DEBATE • SEGUINDO AS REGRAS ELABORADAS COM O PROFESSOR E COM OS COLEGAS, APRESENTE SUAS IDEIAS, SEUS ARGUMENTOS, RESPONDA ÀS PERGUNTAS DIRIGIDAS AO SEU GRUPO E FAÇA PERGUNTAS AOS OUTROS GRUPOS.

• AO FINAL DO DEBATE, CADA GRUPO DEVE ELABORAR UMA CONCLUSÃO SOBRE O TEMA DISCUTIDO E APRESENTÁ-LA. A avaliação deve ser feita oralmente para que sejam socializados os pontos de vista e os

AVALIANDO O DEBATE aspectos que necessitarem ser revistos para outros debates. • O DEBATE AJUDOU A PENSAR SOBRE AS MUDANÇAS OCORRIDAS NO MUNDO E A VALIDADE/ATUALIDADE DE UM PROVÉRBIO? • VOCÊ ACREDITA QUE OS ARGUMENTOS DO GRUPO TENHAM MUDADO A OPINIÃO DE OUTRAS PESSOAS? • OS ARGUMENTOS USADOS POR OUTROS GRUPOS FIZERAM VOCÊ REPENSAR OU CONSIDERAR OUTROS PONTOS DE VISTA SOBRE O TEMA DEBATIDO? É importante que o aluno • O QUE VOCÊ APRENDEU SOBRE DEBATES?

Resposta pessoal.

compreenda que nem sempre o debate faz alguém mudar de opinião, mas pode ajudar a analisar um tema sob uma nova ótica.

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

+

2

3

5

6 = 8-

PENSANDO EM NÚMEROS

2

3

+ =

5 = 6-

5 + =

03

=6

EM RODA EXISTEM VÁRIOS PROVÉRBIOS RELACIONADOS A NÚMEROS. LEIA ALGUNS DELES:

UM É POUCO, DOIS É BOM, TRÊS É DEMAIS. MAIS VALE UM PÁSSARO NA MÃO DO QUE DOIS VOANDO. MATAR DOIS COELHOS COM UMA SÓ CAJADADA. QUAL É O SIGNIFICADO DE CADA PROVÉRBIO?

EM AÇÃO

Valorize as variadas interpretações dos alunos, especialmente se eles aplicarem os provérbios a situações específicas, em exemplos. Algumas possíveis respostas são: as quantidades mencionadas podem ser insuficientes (1), ideais (2) ou excessivas (3); é mais importante garantir algo seguro do que desejar algo incerto; resolver dois problemas de uma só vez.

1. LEIA ESTE PROVÉRBIO:

O GATO TEM SETE FÔLEGOS E A MULHER O FÔLEGO DE SETE GATOS. NESTE PROVÉRBIO ESTÃO ENVOLVIDOS DOIS NÚMEROS: 7 É O NÚMERO DE FÔLEGOS DE UM GATO. ? É O NÚMERO DE FÔLEGOS DE UMA MULHER. 2. PARA DESCOBRIR O SEGUNDO NÚMERO VAMOS CONTAR DE 7 EM 7, SETE VEZES SEGUIDAS. FAÇA A CONTAGEM E ESCREVA OS NÚMEROS NO QUADRO A SEGUIR, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49. Fazendo a contagem, os estudantes irão SEGUINDO A ORDEM APRESENTADA. 37, chegar ao número 49, que corresponde ao número de fôlegos de uma mulher, de acordo com o provérbio. Destaque que as cores que aparecem no quadro indicam a contagem de 7 em 7, sete vezes seguidas. Depois que os alunos encontrarem a resposta, peça que escrevam o próximo número que deve aparecer no quadro (50).

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

56

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5


2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

=6

03

Resposta pessoal.

Fernando Favoretto/Criar Imagem

3. RESPONDA: NA SUA TURMA TEM: MAIS HOMENS ( ) MAIS MULHERES ( ) CONTE E ESCREVA QUANTOS ESTUDANTES TEM NA SUA TURMA:

4. OLHE CADA QUADRO. VEJA O PRIMEIRO NÚMERO QUE ESTÁ DESTACADO E OS DEMAIS. CONSIDERANDO A SEQUÊNCIA NUMÉRICA, QUAL SERÁ O NÚMERO MAIS PRÓXIMO DO NÚMERO DESTACADO? FAÇA UM X EM CIMA DELE.

37

21

48

30

27

19

57

20

19

25

41

40

31

22

32

33

38

20

24

29

40

31

10

21

52

12

47

19

5. QUAL É O NÚMERO? É MAIOR QUE 18, TERMINA EM 6, É MENOR QUE 30.

É MAIOR QUE 40 E MENOR QUE 50 E TERMINA EM 4.

26

44

6. ESCREVA TODOS OS NÚMEROS LOCALIZADOS ENTRE 37 E 43. 38, 39, 40, 41, 42.

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PENSANDO SOBRE A ESCRITA LEIA MAIS ESTE PROVÉRBIO:

ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA TANTO BATE ATÉ QUE FURA. OBSERVE AS PALAVRAS:

DURA

FURA Uma começa com D, a outra começa com F.

EM QUE ELAS SÃO DIFERENTES NA ESCRITA? ESSA DIFERENÇA MUDA A FORMA DE LER AS PALAVRAS? Sim. A pronúncia se altera porque a primeira letra muda. OS NOMES DOS OBJETOS ABAIXO COMEÇAM COM A LETRA D. LEIA-OS NOS QUADROS Antes de o aluno escrever a palavra correspondente à imagem, solicite a um deles, que já tenha autonomia de E ESCREVA-OS NOS ESPAÇOS: leitura, que leia as palavras do quadro. Depois, leia-as com o grupo, mostrando a parte lida. Explore as palavras,

DADO

Sur/Dreamstime.com

Fernando Favoretto/ Criar Imagem

Bdspn/Dreamstime.com

Dwaugh/Dreamstime.com

pronunciando-as sílaba por sílaba e observando qual é maior, qual é menor, quais têm o mesmo número de sílabas, e quais têm o mesmo número de sílabas, mas não de letras. Explore também a primeira sílaba das palavras e as diferenças ocasionadas pela segunda letra de cada sílaba (as vogais associadas à consoante D) e, no caso de dente, destaque que a letra N produz o som nasal de E.

DENTE

DOMINÓ

DIAMANTE

AO TROCAR A LETRA D DA PALAVRA DIA PELA LETRA T MUDAMOS A PALAVRA. Mostre aos alunos que D e T, apresentam o mesmo ponto de articulação. Porém, D é uma DESCUBRA A NOVA PALAVRA FORMADA: consoante sonora (faz vibrar a corda vocal) e T é uma consoante surda (não provoca vibração na corda vocal).

DIA

TIA

FECHADURA

FUTEBOL

Midosemsem/Dreamstime.com

Lukyslukys/Dreamstime.com

Crédito: Monacoroy/ Dreamstime.com

Dalayo/Dreamstime.com

O NOME DE CADA OBJETO OU EVENTO A SEGUIR COMEÇA COM A LETRA F. LEIA-OS NOS QUADROS E ESCREVA-OS NOS ESPAÇOS:

FOCA

FACA

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AO TROCAR A LETRA F DA PALAVRA FILA PELA LETRA V MUDAMOS A PALAVRA. Proceda como orientado para as letras D e T em dia e tia. DESCUBRA A NOVA PALAVRA FORMADA:

FILA

VILA

EM AÇÃO 1. AGORA É A SUA VEZ DE FORMAR NOVAS PALAVRAS TROCANDO A LETRA D POR T.

DENTE

tente

DOMAR

tomar

ADEUS

ateus

DOURADA

tourada

2. TROQUE AGORA A LETRA F POR V E FORME NOVAS PALAVRAS:

FACA

vaca

AFIAÇÃO

aviação

FEIA

veia

FOTO

voto

PENSANDO SOBRE A ESCRITA 1. Observe as palavras abaixo e converse com seus colegas:

bote

pote

a) Em que elas são diferentes na escrita? Uma começa com b outra começa com p.

b) Essa diferença muda a forma de ler as palavras? Sim. A pronúncia se altera porque a primeira letra muda.

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PARA LER VOCÊ JÁ CONHECE VÁRIOS PROVÉRBIOS. O PROFESSOR VAI AJUDAR NA LEITURA DO Reproduza no quadro a primeira parte dos INÍCIO DE ALGUNS DELES. COMPLETE-OS ORALMENTE. Registre as partes que complementam os provérbios. Explore-as, perguntando quantas têm duas palavras e quantas têm cinco palavras. Esta análise será relevante para a próxima atividade.

QUEM TUDO QUER...

ONDE TEM FUMAÇA... DEVAGAR SE VAI...

provérbios e leia com os alunos, sempre mostrando a parte lida. Deixe-os completar o provérbio oralmente. Proceda assim com todos eles, antes de prosseguir. Certifique-se de que os alunos conhecem ou ficaram conhecendo os provérbios. Esses textos funcionarão como textos memorizados pelos alunos, importante recurso na alfabetização.

LADRÃO QUE ROUBA LADRÃO.... AGORA, LIGUE AS PARTES QUE COMPLETAM CADA PROVÉRBIO:

Aqui o número de palavras será importante para que o aluno selecione as possibilidades de resposta. Analise a pauta sonora das respostas, para que o aluno possa usar mais este recurso. Por exemplo: analise as partes que começam com o mesmo som, destacando que uma delas é AO e outra é A. Peça aos alunos que identifiquem cada uma. Ajude-os a perceber que a palavra tem está presente em três provérbios. Reconhecendo a palavra, ele terá condições de identificar a segunda parte do primeiro provérbio, pois é somente nela que a palavra não vem em primeira posição.

QUEM TUDO QUER

AO LONGE.

ONDE TEM FUMAÇA

TEM CEM ANOS DE PERDÃO.

DEVAGAR SE VAI

TEM FOGO.

LADRÃO QUE ROUBA LADRÃO

NADA TEM.

EM RODA CONVERSE COM OS COLEGAS E O PROFESSOR SOBRE O SIGNIFICADO DE CADA PROVÉRBIO. ESCOLHA UM DELES E APRESENTE UMA SITUAÇÃO EM QUE ELE PODE SER USADO.

SAIBA MAIS OS PROVÉRBIOS SÃO, EM GERAL, ENCONTRADOS NAS FÁBULAS, HISTÓRIAS CURTAS ENVOLVENDO ANIMAIS, PLANTAS OU OBJETOS QUE REPRODUZEM SITUAÇÕES VIVIDAS PELO SER HUMANO. ELES MOSTRAM VIRTUDES E COMPORTAMENTOS HUMANOS, LEVANDO-NOS A REFLETIR SOBRE DETERMINADAS ATITUDES. ELES APARECEM NA “MORAL DA HISTÓRIA”, PRESENTE NAS FÁBULAS QUE, ANTES DE SEREM ESCRITAS EM LIVROS, ERAM CONTADAS ORALMENTE ÀS PESSOAS E ASSIM FORAM PASSANDO DE GERAÇÃO A GERAÇÃO. ALGUNS FABULISTAS FAMOSOS, QUE REUNIRAM E INVENTARAM FÁBULAS, SÃO MONTEIRO LOBATO E LA FONTAINE. ALGUMAS FÁBULAS BASTANTE CONHECIDAS SÃO “A RAPOSA E AS UVAS”, “O LOBO E O CORDEIRO” E “A CIGARRA E A FORMIGA”.

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EM RODA DE ACORDO COM O QUE VOCÊ APRENDEU SOBRE OS FABULISTAS, VOCÊ CONCLUI QUE AS FÁBULAS SÃO TEXTOS QUE EXISTEM HÁ BASTANTE TEMPO OU HÁ POUCO TEMPO? POR QUÊ?

PENSANDO SOBRE A ESCRITA OBSERVE O SOM DA LETRA R NESTAS PALAVRAS:

TOURO

RAPOSA

A LETRA R, NESTAS PALAVRAS, É FALADA DO MESMO JEITO? Não.

ESCREVA A PALAVRA EM QUE A LETRA R TEM SOM MAIS FRACO, COMO EM ARARA. Touro.

ESCREVA A PALAVRA EM QUE A LETRA R TEM SOM MAIS FORTE, COMO EM RATO. Raposa.

COMPARE A PALAVRA RAPOSA COM AS PALAVRAS A SEGUIR:

RAQUEL RAMALHETE

Reproduza as palavras no quadro e proponha uma leitura coletiva, analisando a escrita de cada uma delas. Se necessário, use palavras de referência para ajudar na leitura de alguma sílaba que os alunos não identifiquem.

RISO ROSA REDONDO RUI

O SOM DA LETRA R NO INÍCIO DAS PALAVRAS É:

£ SEMPRE FRACO. £ SEMPRE FORTE. £ EM ALGUMAS PALAVRAS É FORTE, EM OUTRAS É FRACO. X

AGORA COMPARE A PALAVRA TOURO COM AS PALAVRAS ABAIXO E OBSERVE O SOM DA LETRA R:

CARAMELO AREIA URUBU HORIZONTE ORAR O SOM DA LETRA R NESSAS PALAVRAS É:

£ SEMPRE FRACO. £ SEMPRE FORTE. £ EM ALGUMAS PALAVRAS É FORTE, EM OUTRAS, É FRACO. X

61

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NAS PALAVRAS QUE VOCÊ ANALISOU, A LETRA R ESTÁ LOCALIZADA:

£ NO INÍCIO

£ NO MEIO X

£ NO FIM

OBSERVE, AGORA, AS LETRAS QUE APARECEM DE CADA LADO DA LETRA R, NAS PALAVRAS ANALISADAS:

CARAMELO

AREIA

HORIZONTE

URUBU

ORAR

ESSAS LETRAS SÃO:

£ VOGAIS

£ CONSOANTES

X

REGISTRANDO UMA CONCLUSÃO: ESCOLHA AS PALAVRAS DO QUADRO E COMPLETE A letra R entre duas vogais tem som fraco. O TEXTO.

F R A C O A LETRA

V O GA I S ENTRE DUAS

R TEM SOM

.

EM AÇÃO

Clouds Hill Imaging LTD/ Science Photo Library/ Latinstock

Epantha/Dreamstime.com

Robeo/Dreamstime.com

Dairon655/Dreamstime.com

1. ESCREVA O NOME DOS ANIMAIS ABAIXO. CIRCULE AQUELE EM QUE O SOM DA LETRA Analise cada uma das palavras com os alunos, evidenciando que a palavra escolhida tem R R É FORTE: inicial, sempre forte. As demais apresentam R entre vogais, cujo som é sempre fraco.

2. O QUE É, O QUE É: QUE FOI FEITO PARA ANDAR, MAS NÃO ANDA?

RATO

RUA

REI

3. O QUE É, O QUE É: QUE TEM CABEÇA, MAS NÃO TEM CABELO; TEM TEMPO, MAS NÃO Caso algum aluno já tenha percebido a presença de RR em algumas palavras, informe que a letra R em início de palavras tem o TEM FOLGA? mesmo som de RR no meio de palavras. Entretanto, RR nunca é usado no início de palavras.

RELÓGIO

RETALHO

RIQUEZA

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PARA LER

Ilustração Digital: Estúdio Pingado

O PROFESSOR VAI LER UMA FÁBULA PARA VOCÊ. MAS ANTES DISSO, OBSERVE A IMAGEM, LEIA O TÍTULO E VEJA SE VOCÊ A CONHECE.

Incentive os alunos a observar as imagens e a levantar hipóteses sobre as fábulas ou, pelo menos, sobre o que elas contam. Depois, incentive-os a ler os títulos para avaliar se conhecem a história. Converse sobre a expressão “galinha dos ovos de ouro”, usada em situações em que uma pessoa deseja obter benefícios materiais sem muito esforço..

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

Moral: Quem tudo quer tudo perde.

O MAT U T O J O Ã O T I B I R I Ç A D E S CO B R I U N O S E U Q U I N T AL U MA G AL I N H A Q U E PU N H A O V O S D E PU R O O U R O . O V O S Q U E N Ã O S E R V I AM PAR A F AZ E R O ME L E T E , MAS V AL I AM U MA F O R T U N A. —E

S T AMO S R I CO S ! — C

O ME MO R O U . —

V O U MAT AR AQ U E L A

G AL I N H A AG O R A ME S MO . PO R CE R T O , E L A D E V E S E R T O D A D O U R AD A PO R D E N T R O ! —P

O I S E U ACH O Q U E V O CÊ N Ã O D E V I A F AZ E R I S S O . S E E L A

CO N T I N U AR CO L O CAN D O AL G U N S O V O S D E O U R O PO R S E MAN A, F I CAR E MO S R I CO S CO M O T E MPO — D —E

I S S E A E S PO S A.

E S PE R AR PAR A Q U Ê , MU L H E R ?. V O CÊ V AI ME AG R AD E CE R

Q U AN D O O S E U PE S CO Ç O E S T I V E R CO B E R T O D E J Ó I AS . E , AS S I M, J O Ã O T I B I R I Ç A MAT O U A G AL I N H A Q U E PU N H A O V O S D E O U R O . D E CE PCI O N AD O , D E S CO B R I U Q U E PO R D E N T R O E L A E R A I G U AL Z I N H A À S O U T R AS G AL I N H AS Q U E CO L O CAV AM O V O S CO M G E MAS AMAR E L AS E CL AR AS T R AN S PAR E N T E S . —

AD E U S , R I Q U E Z A! — N

à O PAR AV A D E R E PE T I R O MAT U T O ,

E N Q U AN T O F U G I A D AS V AS S O U R AD AS D A MU L H E R . QUEM TENTA FORÇAR DEMAIS A SORTE COLHE INFORTÚNIO. LA FONTAINE. FÁBULAS DE ESOPO. ADAPTAÇÃO DE LÚCIA TULCHINSKI. SÃO PAULO: SCIPIONE, 2013, P. 20.

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5 Leia as perguntas para os alunos, mas proponha que leiam, com a sua ajuda, as opções de resposta, após reproduzi-las no quadro. Em seguida, analise cada opção, observando a sua pertinência. Proponha uma discussão sobre a virtude humana representada na fábula. Essa discussão será fundamental para a próxima atividade.

MARQUE NOS PARÊNTESES: DE QUE TRATA A FÁBULA “A GALINHA DOS OVOS DE OURO”? ( ) SOLIDARIEDADE ( X ) GANÂNCIA ( ) VINGANÇA OUÇA NOVAMENTE A LEITURA DA FÁBULA PELO SEU PROFESSOR. ESCOLHA, ENTRE OS PROVÉRBIOS A SEGUIR, AQUELE QUE REPRESENTA A MORAL DA FÁBULA: ( ) ONDE TEM FUMAÇA TEM FOGO. ( ) DEVAGAR SE VAI AO LONGE. ( X ) QUEM TUDO QUER NADA TEM. A SEGUIR, APRESENTAMOS UM FATO MUITO COMENTADO EM SITES DE ORIENTAÇÃO FINANCEIRA A EMPRESÁRIOS: A IMPORTÂNCIA DE SEPARAR O DINHEIRO PESSOAL DO DINHEIRO DA EMPRESA. OUÇA A LEITURA DO SEU PROFESSOR COM ATENÇÃO E DEPOIS EXPLIQUE POR QUE O FATO ESTÁ LIGADO À FÁBULA LIDA. ALGUNS EMPRESÁRIOS COSTUMAM NÃO TER SALÁRIO FIXO PELO TRABALHO EM SUAS PRÓPRIAS EMPRESAS. TODAS AS CONTAS DA CASA E AS DESPESAS COM SUAS FAMÍLIAS SÃO PAGAS COM O CAPITAL DA EMPRESA E A RETIRADA DE DINHEIRO SE FAZ DE ACORDO COM A NECESSIDADE OU O DESEJO DO DONO. ALGUNS DELES CONSEGUEM TER CONTROLE DOS SEUS GASTOS E FAZER RETIRADAS DE VALORES CORRESPONDENTES AO QUE SERIAM SEUS SALÁRIOS, SE FOSSEM EMPREGADOS DA EMPRESA. MAS HÁ CASOS EM QUE O DESCONTROLE OU A RETIRADA DE DINHEIRO EM EXCESSO FAZ COM QUE A EMPRESA NÃO CONSIGA COBRIR AS DESPESAS COM FUNCIONÁRIOS, REPOR OS PRODUTOS, NEM PAGAR OS FORNECEDORES, VENDOSE OBRIGADA A FECHAR AS PORTAS E A DEMITIR OS TRABALHADORES. OS SITES INDICADOS A SEGUIR ALERTAM QUE É IMPORTANTE SEPARAR O DINHEIRO DA EMPRESA DO DINHEIRO PESSOAL E VIVER DE ACORDO COM O QUE O DINHEIRO PESSOAL PODE PROPORCIONAR. PARA SABER MAIS SOBRE COMO ADMINISTRAR AS CONTAS DE UMA EMPRESA, VEJA: <www.insistimento.com.br/empreendedorismo/financas/pare-de-roubar-dinheiroda-sua-empresa/> (ACESSO EM: 27 MAR. 2013); <www.profissionaldoaco.com.br/ noticia123.asp> (ACESSO EM: 27 MAR. 2013).

IMAGINE UM EMPRESÁRIO QUE FAZ RETIRADAS DE DINHEIRO MAIORES DO QUE A EMPRESA PODE OFERECER. A QUAL PERSONAGEM DA FÁBULA ELE SE ASSEMELHA? Ao fazendeiro.

E A EMPRESA, A QUE PERSONAGEM DA FÁBULA ELA SE ASSEMELHA? À galinha dos ovos de ouro.

Na página 29, apresentamos o conceito de personagem. Se for necessário, antecipe a leitura do conceito ou observe se os alunos já o dominam.

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2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

2

EM RODA

+

3

5

6 = 8-

E VOCÊ, COMO CONTROLA SEUS GASTOS?

USANDO O DINHEIRO

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

03

=6

Incentive os alunos a darem seus depoimentos sobre o controle orçamentário que realizam e as estratégias utilizadas para isso, estabelecendo uma troca entre eles. Incentive-os a analisar eventuais dificuldades dos colegas e a encontrar possíveis soluções para o controle financeiro.

EM RODA “SOBRA MÊS NO FINAL DO DINHEIRO” É UM DITO POPULAR DO NOSSO TEMPO. VOCÊ JÁ O OUVIU? O QUE ELE SIGNIFICA? O CONTROLE DE GASTOS É IMPORTANTE NA VIDA DE QUALQUER PESSOA. PARA ENTENDER MELHOR ESTE ASSUNTO, VAMOS CONVERSAR SOBRE O USO DO DINHEIRO. • COMO CADA UM USA SEUS RENDIMENTOS? • OS RENDIMENTOS QUE RECEBEMOS ATENDEM ÀS NOSSAS NECESSIDADES BÁSICAS E DE NOSSAS FAMÍLIAS, COMO MORADIA, ALIMENTAÇÃO, EDUCAÇÃO, SAÚDE, LAZER, VESTUÁRIO, HIGIENE, TRANSPORTE ETC.? • QUAIS PROBLEMAS ENFRENTAMOS COM NOSSAS DESPESAS E OS RENDIMENTOS QUE RECEBEMOS?

EM AÇÃO 1. COMPLETE AS COLUNAS DESTA TABELA ESCREVENDO DE UM LADO SEUS PRINCIPAIS RENDIMENTOS E, DO OUTRO, AS PRINCIPAIS DESPESAS. RENDIMENTOS

DESPESAS

VAMOS ANALISAR A RELAÇÃO QUE EXISTE ENTRE O QUE RECEBEMOS E O QUE GASTAMOS, CONSTRUINDO UMA ÁRVORE PARA REPRESENTAR OS RENDIMENTOS E AS Providencie papeis grandes, lápis e canetas coloridos. Os alunos podem escrever as palavras que indicam despesas e rendimentos DESPESAS: ou anotar os valores correspondentes. Propicie um momento em que eles exponha as árvores na classe e troquem experiências. • AS RAÍZES REPRESENTAM OS RENDIMENTOS; • OS RAMOS REPRESENTAM AS DESPESAS. 65

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

EM AÇÃO

5

6 = 8-

5 = 6-

3

+ =

2

5 + =

=6

03

1. AGORA, VOCÊ VAI ORGANIZAR UM CALENDÁRIO DOS RENDIMENTOS QUE RECEBE DURANTE O ANO. • NA PRIMEIRA COLUNA, ESCREVA SUAS FONTES DE RENDIMENTO. • NAS OUTRAS COLUNAS, PINTE OS MESES DO ANO EM QUE VOCÊ PODE CONTAR COM ESSES RENDIMENTOS. MESES DO ANO RENDIMENTOS

1 JAN.

2 FEV.

3 MAR.

4 5 ABR. MAIO

6 JUN.

7 JUL.

8 AGO.

9 SET.

10 OUT.

11 NOV.

12 DEZ.

9 SET.

10 OUT.

11 NOV.

12 DEZ.

2. AGORA, COMPLETE O CALENDÁRIO DAS DESPESAS. MESES DO ANO DESPESAS

1 JAN.

2 FEV.

3 MAR.

4 5 ABR. MAIO

6 JUN.

7 JUL.

8 AGO.

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5


2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

2

+

3

EM RODA

5

6 = 8-

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

=6

03

COMPARE O CALENDÁRIO DE RENDIMENTOS COM O CALENDÁRIO DE DESPESAS E Respostas pessoais. RESPONDA: • SEUS RENDIMENTOS E DESPESAS ESTÃO EQUILIBRADOS DURANTE TODO O ANO? • HÁ PERÍODOS EM QUE OS RENDIMENTOS AUMENTAM? • HÁ PERÍODOS EM QUE AS DESPESAS AUMENTAM? • O QUE É POSSÍVEL FAZER PARA LIDAR COM DESPESAS INESPERADAS? • VOCÊ PRECISA TOMAR ALGUMA ATITUDE EM RELAÇÃO AO SEU ORÇAMENTO? • VOCÊ CONHECE ESTE PROVÉRBIO?

DE GRÃO EM GRÃO A GALINHA ENCHE O PAPO. EXISTE ALGUMA RELAÇÃO ENTRE ELE E SEU ORÇAMENTO PESSOAL? EXPLIQUE.

EM AÇÃO 1a. pessoal; 1b. 2 cédulas de dez reais, 3 cédulas de cinco reais e 2 cédulas de um real.

a) DESENHE AS MOEDAS NECESSÁRIAS PARA PAGAR UMA PASSAGEM DE ÔNIBUS NO LUGAR ONDE VOCÊ VIVE.

b) MARQUE AS CÉDULAS NECESSÁRIAS PARA PAGAR ESTA CONTA DE SUPERMERCADO. Ilustração Digital: Estúdio Pingado

1. FAÇA O QUE SE PEDE.

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2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

c) MARQUE AS CÉDULAS E MOEDAS

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

=6

03

d) MARQUE UMA ÚNICA CÉDULA PARA PAGAR ESTE MEDICAMENTO.

Ilustração Digital: Estúdio Pingado

NECESSÁRIAS PARA PAGAR ESTA CONTA DE LUZ.

Ilustração Digital: Estúdio Pingado

5 = 6

1c. 2 cédulas de dez reais e uma cédula de vinte reais; 1d. existe mais de uma possibilidade.

PENSANDO SOBRE A LÍNGUA SEU PROFESSOR VAI LER ALGUNS TRECHOS DE TEXTOS DIVERSOS, COMO NOTÍCIA, ROMANCE OU BIOGRAFIA. OBSERVE AS PARTES DESTACADAS NESSES TEXTOS. Depois de ler os textos para os alunos, retome as palavras destacadas em cada um deles, reproduza-as no quadro em letra maiúscula, ajudando a leitura autônoma dos alunos e levando-os a perceber o ponto comum entre elas em cada texto: a indicação de tempo. Destaque a leitura das horas.

O CORPO DE DONA CANÔ FOI ENTERRADO ÀS 12H02 (HORÁRIO DE BRASÍLIA) DESTA QUARTA-FEIRA NO CEMITÉRIO CAMPO DE CARIDADE, EM SANTO AMARO (A 67 KM DE SALVADOR). ELA MORREU ONTEM (25) AOS 105 ANOS, DEZ DIAS DEPOIS DE SOFRER UMA ISQUEMIA. FOLHA DE S.PAULO. ILUSTRADA. 26 DEZ. 2012. DISPONÍVEL EM: <www1.folha.uol.com.br/ilustrada/1206535-donacano-e-enterrada-em-meio-a-multidao-em-santo-amaro.shtml>. ACESSO EM: 26 DEZ. 2012. (FRAGMENTO).

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HÁ MUITO, MUITO TEMPO, HAVIA UM GRANDE E PODEROSO REINO CUJA CAPITAL, TROIA, ERA UMA ENORME CIDADE, FORTIFICADA, MUITO RICA E MUITO PODEROSA. SEU REI, PRÍAMO, TEVE MUITOS FILHOS. [...] RUTH ROCHA CONTA A ODISSEIA. SÃO PAULO: COMPANHIA DAS LETRINHAS, 2000, p. 8. (FRAGMENTO).

NO DIA 30 DE MARÇO DE 1853, NO SUL DA HOLANDA, EM UMA REGIÃO CHAMADA BRABANTE, VEIO AO MUNDO UM BEBÊ GORDINHO E DE CABELOS AVERMELHADOS QUE RECEBEU O NOME DE VINCENT. [...]. G. MARTINS. TODAS AS CORES DE VINCENT VAN GOGH. SÃO PAULO: ÁTICA, 2007. (FRAGMENTO).

O QUE INDICAM AS PARTES DESTACADAS NOS TRECHOS LIDOS? Indicam o tempo em que os fatos aconteceram.

EM QUAIS DOS TRECHOS A INDICAÇÃO É FEITA COM MAIS DETALHES? POR QUE ISSO ACONTECE? CONVERSE COM SEUS COLEGAS. No primeiro texto, porque é uma notícia e tem a função de informar o leitor, com o maior detalhamento possível, e porque aborda fatos recentes, cujo tempo do acontecido deve ser precisamente indicado no texto. E no terceiro texto, porque é uma biografia, apresenta os fatos da vida de uma pessoa indicados pela data em que ocorreram.

NAS FÁBULAS, APARECEM PALAVRAS OU EXPRESSÕES QUE INDICAM, COM Quando há palavras indicativas de tempo, elas são DETALHES, A ÉPOCA EM QUE OS FATOS ACONTECERAM? Não. vagas e não permitem saber exatamente a época.

POR QUE ISSO ACONTECE?

Espera-se que os alunos concluam que as fábulas são muito antigas e não se sabe exatamente a época a que remetem. Informe aos alunos que, antes de serem registradas nos livros, as fábulas eram passadas oralmente de geração em geração, por isso, não há indícios da época de sua criação.

NOS TEXTOS LIDOS ANTERIORMENTE, OBSERVAMOS A INDICAÇÃO DOS LUGARES ONDE OS FATOS ACONTECEM. NA NOTÍCIA, O FATO INFORMADO ACONTECE NA CIDADE DE SANTO AMARO, INTERIOR DA BAHIA. NO ROMANCE, OS FATOS OCORREM NA CIDADE DE TROIA, E NA BIOGRAFIA, NA CIDADE DE BRABANTE, NO SUL DA HOLANDA. NAS FÁBULAS, O LUGAR ONDE OS FATOS ACONTECEM É INFORMADO? POR QUÊ? Não. Espera-se que o aluno perceba que o local é uma informação pouco relevante para o ensinamento que a fábula pretende passar. É possível ainda ampliar a discussão, levando os alunos a observar que, nas fábulas, os lugares onde se passam as ações – o espaço – ou não é indicado de forma clara, podendo ser inferido pelo leitor, ou é descrito de modo muito geral, sem detalhes.

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PARA LER VAMOS CONHECER UM POUCO MAIS SOBRE AS FÁBULAS? LEIA A FÁBULA A SEGUIR. QUE INFORMAÇÕES VOCÊ OBTEVE COM A LEITURA DO TÍTULO? Resposta pessoal. Não se espera uma resposta muito complexa, porque as fábulas apresentam títulos que indicam basicamente as personagens da história. Reproduza o título no quadro, usando letras de imprensa maiúsculas e minúsculas. Proponha a leitura autônoma, ajudando os alunos na identificação das letras, se necessário. Leia o título com eles, mostrando a parte lida nas duas formas escritas. Para aqueles que ainda não leem autonomamente, proponha que identifiquem palavras ou sílabas, ajudando-os: Qual palavra é maior: menina ou leite? Qual tem mais letras? Com que letra começa/termina tal palavra? Peça ao aluno que mostre a palavra no livro.

A MENINA DO LEITE A ME N I N A N Ã O CAB I A E M S I D E F E L I CI D AD E . PE L A PR I ME I R A V E Z I R I A À CI D AD E V E N D E R O L E I T E D E S U A V AQ U I N H A. T R AJ AN D O O S E U ME L H O R V E S T I D O , E L A PAR T I U PE L A E S T R AD A CO M A L AT A D E L E I T E N A CAB E Ç A. E N Q U AN T O CAMI N H AV A, O L E I T E CH ACO AL H AV A D E N T R O D A L AT A. E O S PE N S AME N T O S F AZ I AM O ME S MO D E N T R O D A S U A CAB E Ç A. “ V O U V E N D E R O L E I T E E CO MPR AR U MA D Ú Z I A D E O V O S .” “ D E PO I S , CH O CO O S O V O S E G AN H O U MA D Ú Z I A D E PI N T I N H O S .” “ Q U AN D O O S PI N T I N H O S CR E S CE R E M, T E R E I B O N I T O S G AL O S E G AL I N H AS .” “ V E N D O O S G AL O S E CR I O AS F R AN G AS , Q U E S Ã O Ó T I MAS B O T AD E I R AS D E O V O S .” “ CH O CO O S O V O S E T E R E I MAI S G AL O S E G AL I N H AS .” “ V E N D O T U D O E CO MPR O U MA CAB R I T A E AL G U MAS PO R CAS .” “ S E CAD A PO R CA ME D E R T R Ê S L E I T Õ E Z I N H O S , V E N D O D O I S , F I CO CO M U M E ...” A ME N I N A E S T AV A T Ã O D I S T R AÍ D A Q U E T R O PE Ç O U N U MA PE D R A, PE R D E U O E Q U I L Í B R I O E L E V O U U M T O MB O . L Á S E F O I O L E I T E B R AN Q U I N H O PE L O CH Ã O . E O S O V O S , O S PI N T I N H O S , O S G AL O S , AS G AL I N H AS , O S CAB R I T O S , AS PO R CAS E O S L E I T Õ E Z I N H O S PE L O S AR E S . NÃO SE DEVE CONTAR COM UMA COISA ANTES DE CONSEGUI-LA. LA FONTAINE. FÁBULAS DE ESOPO. ADAPTAÇÃO DE LÚCIA TULCHINSKI. SÃO PAULO: SCIPIONE, 2013, P. 19.

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Ilustração Digital: Pingado Sociedade Ilustrativa

CONVERSE COM OS COLEGAS E O PROFESSOR: 1. A MENINA CONSEGUE CONCLUIR SEUS PLANOS? POR QUÊ?

Não. Ela tropeça e derrama o leite, que seria fundamental na conclusão do seu plano.

2. EM SUA OPINIÃO, O QUE ACONTECEU COM A MENINA FOI UMA PUNIÇÃO OU UM Resposta pessoal. É possível que as opiniões se dividam. Incentive a defesa dos posicionamentos AZAR? POR QUÊ? pelos alunos e o uso de argumentos para justificar seus pontos de vista.

3. ESCREVA A MORAL DA HISTÓRIA. Proponha que o aluno escreva no caderno a moral da fábula com letra cursiva. Se necessário, recorra aos alfabetos nos dois tipos de letras, que devem estar afixados na classe.

MARQUE A PARTE DO TEXTO EM QUE A MORAL APARECE:

£ INÍCIO

£ MEIO

X FIM £

DOS PROVÉRBIOS A SEGUIR MARQUE AQUELE QUE PODERIA SER OUTRA MORAL DA FÁBULA “A MENINA DO LEITE”:

Reproduza as opções de resposta na lousa e leia-as com os alunos, sempre identificando a parte lida. Algumas palavras podem estar memorizadas, como galinha, ovo etc. Explore-as e analise outras, destacando sílabas semelhantes em palavras distintas.

£ AMOR COM AMOR SE PAGA. £ ANTES SÓ DO QUE MAL ACOMPANHADO. X MELHOR NÃO CONTAR COM O OVO NA BARRIGA DA GALINHA. £

VAMOS SUPOR QUE O LEITE NÃO TIVESSE DERRAMADO E A MENINA TIVESSE REALIZADO SEUS PLANOS. DOS PROVÉRBIOS A SEGUIR, QUAL PODERIA SER A MORAL Proceda como orientado anteriormente e analise as palavras arrisca e petisca, observando a semelhança DA NOVA VERSÃO DA FÁBULA? entre os sons finais e entre a escrita destas partes.

£ DEVAGAR SE VAI AO LONGE. X QUEM NÃO ARRISCA NÃO PETISCA. £ £ QUEM NÃO TEM CÃO CAÇA COM GATO. 71

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5 A SEGUIR, VOCÊ VAI LER ALGUNS TÍTULOS DE FÁBULAS EM LETRA CURSIVA. MARQUE O TÍTULO DA ÚLTIMA FÁBULA QUE VOCÊ LEU:

£A X A £ £A £O

5 = 6

raposa e as uvas menina do leite lebre e a tartaruga leão e o ratinho

2 + 15 = 3 4

5 =6

MEDINDO EM RODA

2

+

3

5

6 = 8-

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

03

=6

O TEMPO PERDIDO NÃO VOLTA ATRÁS. O TEMPO VALE OURO. É PRECISO DAR TEMPO AO TEMPO.

MAIS VALE PERDER UM MINUTO NA VIDA DO QUE A VIDA EM UM MINUTO. QUAL É O SIGNIFICADO DE CADA UM DESSES PROVÉRBIOS? Possíveis respostas, pela ordem em que os provérbios aparecem: não é possível recuperar o tempo que foi desperdiçado; o tempo é muito valioso, tem muita importância; é preciso esperar para modificar certas coisas, para agir, para resolver problemas; serve para aplicar a situações em que a pressa pode nos colocar em risco, por exemplo, ao atravessar uma rua.

QUAL É O TEMA COMUM A ELES? O tempo é o tema comum.

Resposta pessoal. RELATE AS ATIVIDADES QUE VOCÊ REALIZOU NO DIA DE HOJE. EM SUA OPINIÃO, O PROVÉRBIO “O TEMPO É O RELÓGIO DA VIDA” SE APLICA À Resposta pessoal. REALIDADE DO NOSSO DIA A DIA?

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2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

EM AÇÃO

2

+

3

5

6 = 8-

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

=6

03

Fernando Favoretto / Criar Imagem

Fernando Favoretto / Criar Imagem

PARA MEDIR O TEMPO USAMOS O RELÓGIO, QUE PODE SER DIGITAL OU ANALÓGICO.

RELÓGIO DIGITAL.

RELÓGIO ANALÓGICO.

1. QUE HORAS CADA UM DESTES RELÓGIOS ESTÁ MARCANDO? Relógio digital: 13 horas (uma hora após o meio-dia), relógio analógico: 9 horas (antes do meio-dia ou após o meio-dia). Converse sobre o relógio analógico, explicando a posição dos ponteiros para marcar horas completas e horas e minutos. Explique também que, nesse relógio, aparecem números de 1 a 12, tanto para indicar horários antes do meio-dia, quanto após o meio-dia, e que, no relógio digital, os horários antes do meio-dia são indicados com números de 1 a 12, e, após o meio-dia, com números de 13 a 24. No Brasil, em lugares públicos, usam-se números de 1 a 24 para indicar a hora.

2. QUANTAS HORAS TEM UM DIA? 24 horas.

3. EM QUE MOMENTO TERMINA UM DIA E INICIA OUTRO?

Comente com os estudantes que 24 horas e zero hora são equivalentes, mas 24 horas refere-se ao dia anterior e zero hora ao dia seguinte. .

O dia termina às 24 horas e inicia à zero hora.

4. COSTUMAMOS DIVIDIR O DIA EM QUATRO PERÍODOS. ESCREVA QUAIS SÃO ESSES PERÍODOS E OS HORÁRIOS EM QUE ELES INICIAM E TERMINAM. Madrugada: de zero hora às 6 horas; manhã: de 6 horas às 12 horas; tarde: das 12 horas às 18 horas; noite: das 18 horas às 24 horas.

5. QUE PARTE DO DIA CORRESPONDE A ESTES HORÁRIOS: 15 HORAS

9 HORAS 22 HORAS 3 HORAS

tarde

manhã

noite

madrugada

73

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2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

2

Fernando Favoretto/Criar Imagem

6. CALCULE O TEMPO:

INÍCIO DA AULA.

+

3

5

FIM DA AULA.

6 = 8-

3

+ =

2

INÍCIO DO PERÍODO DE TRABALHO.

QUANTO TEMPO DUROU A AULA? A aula durou 3 horas.

5 = 6-

5 + =

03

=6

O PERÍODO DE TRABALHO É DE 4 HORAS. REGISTRE NO MOSTRADOR DO RELÓGIO O HORÁRIO EM QUE ELE TERMINA. No relógio: 11 horas.

7. UMA HORA CORRESPONDE A 60 MINUTOS. Resposta pessoal. Oriente os estudantes a contarem os batimentos cardíacos, O QUE ACONTECE EM UM MINUTO? enquanto você controla o tempo, a fazer a leitura coletiva de • NÚMERO DE BATIMENTOS CARDÍACOS:

um texto e ditar palavras, enquanto uma pessoa controla o tempo, em seguida, os estudantes fazem a contagem.

• NÚMERO DE PALAVRAS QUE CONSIGO LER • NÚMERO DE PALAVRAS QUE CONSIGO ESCREVER: 8. NA ESCRITA DE HORÁRIOS, A LETRA H É USADA PARA INDICAR HORAS. A ABREVIAÇÃO MIN É USADA PARA INDICAR MINUTOS. TAMBÉM SE PODE USAR O REGISTRO 00:00. COMPLETE OS RELÓGIOS E ESCREVA OS HORÁRIOS INDICADOS:

Ilustração Digital: Pingado Sociedade Ilustrativa

Explique para os estudantes que, em registros como 05:25, 05 indica a hora e 25, os minutos. Comente que também é comum encontrar registros como 20h45, sem a indicação dos minutos, porque, nesse caso, sabe-se que após a hora registram-se os minutos.

21 h

20 h

19 h 15 min

15 h 45 min

23 h 50 min

10 h 30 min

6 h 40 min

10 H 20 MN

74

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5


5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

3=

5 = 6-

5 + =

03

+ 9. REGISTRE AS ATIVIDADES ROTINEIRAS DE UM DIA DA SUA VIDA E OS HORÁRIOS EM QUE ELAS ACONTECEM. HORÁRIO

2

=6

ATIVIDADE

HORÁRIO EM QUE LEVANTO.

HORÁRIO EM QUE VOU DORMIR. Ajude os estudantes a registrarem no quadro as principais atividades que desenvolvem durante um dia e a contarem o tempo que dedicam a cada uma delas.

10. OBSERVE SEU REGISTRO E COMPLETE AS HORAS DO SEU DIA OCUPADAS COM: • TRABALHO • ESTUDO • SONO • LOCOMOÇÃO • REFEIÇÕES

RESOLVENDO PROBLEMAS UMA PESSOA VAI FAZER UM EXAME DE SANGUE NUM DETERMINADO DIA ÀS 7H. PARA ISSO, ELA PRECISA FAZER JEJUM DE 12 HORAS. QUAL É O HORÁRIO-LIMITE PARA ELA FAZER UMA REFEIÇÃO NO DIA ANTERIOR? 19 h do dia anterior.

UMA PESSOA PRECISARÁ TOMAR UM REMÉDIO DE 8H EM 8H, DURANTE TRÊS DIAS. VEJA A DATA E O HORÁRIO EM QUE ELA TOMOU O REMÉDIO A PRIMEIRA VEZ. ESCREVA NO QUADRO A SEGUIR TODOS OS HORÁRIOS EM QUE ELA DEVERÁ TOMAR O REMÉDIO Resposta: ATÉ O FIM DO TRATAMENTO:

15:00 data 20 de maio; 23:00 data 20 de maio: 7:00 data 21 de maio; 15:00 data 21 de maio; 23:00 data 21 de maio; 7:00 data 22 de maio; 15:00 data 22 de maio; 23:00 data 22 de maio.

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Ilustração Digital: Pingado Sociedade Ilustrativa

5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

2

3

+ =

5 = 6-

DATA: 20 DE MAIO

DATA:

DATA:

DATA:

DATA:

DATA:

DATA:

DATA:

DATA:

5 + =

03

=6

O GRÁFICO A SEGUIR INDICA O NÚMERO DE PESSOAS QUE VÃO A UM BANCO EM UMA SEGUNDA-FEIRA.

MAIS DE 50 PESSOAS ENTRE 100 E 150 PESSOAS MENOS DE 20 PESSOAS 10 H

12 H

14 H

16 H

EM QUE MOMENTO DO DIA VÃO MAIS PESSOAS AO BANCO? Entre 12 h e 14 h.

ENTRE 14H E 16H É UM BOM HORÁRIO PARA IR AO BANCO? Sim, porque o número de pessoas que costuma ir ao banco nesse horário é menor do que nos demais.

76

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5


2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

PENSANDO SOBRE A ESCRITA

2

5 = 6-

3=

+

5 + =

=6

03

OBSERVE AS PALAVRAS DESTACADAS NOS PROVÉRBIOS A SEGUIR:

NÃO SE DEVE CONTAR COM O OVO NA BARRIGA DA GALINHA. QUEM NÃO ARRISCA NÃO PETISCA. CONSIDERANDO O QUE VOCÊ ESTUDOU SOBRE OS SONS DA LETRA R, O QUE HÁ EM COMUM ENTRE AS DUAS PALAVRAS? Ambas são escritas com RR.

£ FORTE

O SOM DE RR NESTAS PALAVRAS É:

£ FRACO

X

NAS PALAVRAS ANALISADAS, ENCONTRAMOS RR:

£ NO INÍCIO

£ NO MEIO X

£ NO FIM

OBSERVE AS LETRAS QUE APARECEM DE UM LADO E DE OUTRO DE RR NAS PALAVRAS A SEGUIR:

ARRISCA

BARRIGA

IRRITADO RR ESTÁ ENTRE:

£ VOGAIS X

BARRANCO

CARRO

HORRÍVEL

£ CONSOANTES

REGISTRANDO UMA CONCLUSÃO: COMPLETE OS ESPAÇOS COM AS PALAVRAS DO QUADRO.

F O R T E NO PARA O SOM

M E IO

V O GA I S

DA PALAVRA E ENTRE DUAS DA LETRA R.

USAMOS RR

No meio da palavra e entre duas vogais usamos RR para o som forte da letra R.

EM AÇÃO 1. A SEGUIR, VOCÊ ENCONTRA ALGUMAS IMAGENS CUJOS NOMES APRESENTAM R FORTE E R FRACO. MARQUE UM X AO LADO DAS IMAGENS QUE TENHAM NOMES COM R FRACO. MARQUE UM CÍRCULO AO LADO DAS IMAGENS QUE TENHAM NOMES Os alunos deverão fazer um O ao lado de: raposa, rato, rolinha, rinoceronte, carrapato, marreco, cachorro; Os alunos deverão COM R FORTE. fazer um X ao lado de canguru, tubarão, gorila, coruja, urubu, jacaré, barata. 77

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SAIBA MAIS

OS TÍTULOS DAS FÁBULAS, GERALMENTE, APRESENTAM AS PERSONAGENS ENVOLVIDAS E NÃO PASSAM MUITAS INFORMAÇÕES, PORQUE A FÁBULA É UM TEXTO CURTO E O TÍTULO EVITA ANTECIPAR INFORMAÇÕES, PARA MANTER A CURIOSIDADE DO LEITOR.

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Starblue/Dreamstime.com

Fabio Colombini

Fabio Colombini

Artur Keunecke/Pulsar Imagens

Fabio Colombini

Palê Zuppani/Pulsar Imagens

Fabio Colombini

Fabio Colombini

McPHOTO/Grupo Keystone

Enjoylife25/Dreamstime.com

Fabio Colombini

Xscream1/Dreamstime.com

Rademakerfotografie/Dreamstime.com

Pokec/Dreamstime.com


EM AÇÃO 1. PERSONAGENS SÃO CADA PESSOA, ANIMAL, PLANTA OU OBJETO QUE PARTICIPAM DE UMA HISTÓRIA. ESCREVA O NÚMERO DE PERSONAGENS DE CADA FÁBULA: Oriente os alunos a escreverem por extenso no traço e em algarismos dentro dos quadrinhos. Para a leitura dos títulos, solicite que leiam autonomamente ou em duplas organizadas por você, levando em conta os níveis próximos de leitura de cada aluno. Incentive a observação da escrita dos mesmos títulos em letras cursivas.

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

A galinha dos ovos de ouro A MENINA DO LEITE

A menina do leite 2. O QUE VOCÊ CONCLUI SOBRE O NÚMERO DE PERSONAGENS DAS FÁBULAS:

£ AS FÁBULAS APRESENTAM MUITAS PERSONAGENS. X AS FÁBULAS APRESENTAM POUCAS PERSONAGENS. £ £ O NÚMERO DE PERSONAGENS NAS FÁBULAS VARIA MUITO DE UMA PARA OUTRA. 3. MARQUE OS TÍTULOS QUE PODEM SER DE FÁBULAS:

Converse com os alunos sobre o que os levou a fazer as escolhas. Converse também sobre os outros títulos e a que eles podem se referir.

£ DOCE DE PERA £ O CORVO E A RAPOSA £ SALDÃO DE NATAL VIRTUAL PROMETE DESCONTOS DE ATÉ 70% £ FICHA CADASTRAL £ O VEADO E A VIDEIRA £ O SACI X

X

EM RODA CONVERSE COM SEUS COLEGAS: • O QUE VOCÊ APRENDEU SOBRE PROVÉRBIOS? • QUE PROVÉRBIO VOCÊ AINDA NÃO CONHECIA E FICOU CONHECENDO NESTE CAPÍTULO? • EM QUE SITUAÇÃO ELE PODE SER USADO? • O QUE VOCÊ APRENDEU SOBRE FÁBULAS?

Antes desta seção, que visa promover uma avaliação do aluno sobre os conhecimentos construídos ou ampliados neste capítulo, proponha uma pesquisa sobre os provérbios mais utilizados entre os familiares dos alunos. Para isso, defina com eles uma pergunta a ser usada na pesquisa, algumas formas de coleta e registro (tomada de nota, gravação etc.) dos dados pesquisados e a forma de divulgação dos resultados da pesquisa.

• ALGUMA DELAS CHAMOU SUA ATENÇÃO? QUAL? POR QUÊ? 79

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Capítulo

4

O BRASIL EM COLEÇÕES Um dos gêneros textuais trabalhados no capítulo é o fôlder. Apresente alguns fôlderes aos alunos. Isso os ajudará a perceber características físicas e sua funcionalidade: as dobras, que possibilitam mais informações em uma mesma folha de papel; a distribuição das informações nas partes externa e interna; o uso de imagens e recursos gráficos etc.

EM RODA

Palê Zuppani/Pulsar Imagens

José Bassit/Pulsar Imagens

O BRASIL FOI FORMADO POR POVOS DIVERSOS, PRINCIPALMENTE INDÍGENAS, AFRICANOS E EUROPEUS. ESSES POVOS CONSTITUEM NOSSA CULTURA: NAS PALAVRAS DE NOSSA LÍNGUA, NAS HISTÓRIAS QUE SE CONTAM, NA ALIMENTAÇÃO E TAMBÉM NA ARTE, COM CANÇÕES, DANÇAS, OBJETOS ETC.

Festa de Iemanjá (SP), 2012.

Pescador em rede de dormir (MA), 2008.

DORMIR EM REDES É BASTANTE COMUM NO BRASIL, MAS POUCOS SABEM QUE ESTA É UMA TRADIÇÃO CULTURAL INDÍGENA. HÁ QUEM DIGA QUE ESSA DIVERSIDADE É O MELHOR DO BRASIL. VOCÊ CONCORDA? Promova uma discussão sobre características que nos identificam como povo POR QUÊ? CONVERSE COM SEUS COLEGAS. (arte, costumes, patrimônio histórico-cultural). Solicite exemplos de costumes, manifestações culturais e outros aspectos de nossa identidade, que tenham a “cara” do Brasil. Se surgirem afirmações sobre o brasileiro como desonesto, preguiçoso e malandro, ajude-os a questionar o estereótipo.

NOSSA DIVERSIDADE CULTURAL EM FOCO É IMPORTANTE QUE TODO POVO TENHA UMA MEMÓRIA DE SUA CULTURA. POR ISSO, MUSEUS, BIBLIOTECAS, CENTROS CULTURAIS E OUTROS ESPAÇOS PÚBLICOS REÚNEM COLEÇÕES VARIADAS DE OBJETOS, IMAGENS, TRABALHOS ARTÍSTICOS, QUE MOSTRAM ARTE E CULTURA DE NOSSO POVO. ESSAS COLEÇÕES, ORGANIZADAS, FORMAM OS ACERVOS EXPOSTOS AOS VISITANTES. NESTE CAPÍTULO, VAMOS CONHECER UM POUCO DOS ACERVOS BRASILEIROS, COM UMA PITADA DO QUE HÁ DE MELHOR NO BRASIL. O capítulo tem dois objetivos centrais, que são: explorar, de forma bastante introdutória, a noção de patrimônio histórico, memória e acervo, e explorar a leitura de legendas de peças em exposição e de fôlder (com texto de apresentação).

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EM RODA OBSERVE ESTE CONJUNTO DE OBJETOS.

Reprodução

COLAR DE CRIANÇA CHILD NECKLACE ARTESÃO DESCONHECIDO, 2010 POVO KAYAPÓ, PARÁ E MATO GOSSO

KUSIWÁ (ARTE GRÁFICA WAJÃPI) DESENHO SOBRE PAPEL COM MOTIVO MURUA SOKA (PERNA DE RÃ). KUSIWÁ (WAJÃPI GRAPHIC ART) ASURI WAJÃPI, 2010 POVO WAJÃPI, AMAPÁ

O BARCO DA CONSTELAÇÃO THE CONSTELLATION BOAT MANOEL ANTÔNIO DOS SANTOS, 2010 POVO PALIKUR, AMAPÁ

Artefatos indígenas no Pavilhão das Culturas Brasileiras. Pavilhão das Culturas Brasileiras. Parque do Ibirapuera, São Paulo, Brasil, 2011.

QUEM VOCÊ IMAGINA QUE CRIOU ESSES OBJETOS? O QUE FAZ VOCÊ PENSAR ASSIM? QUE MATERIAIS VOCÊ IMAGINA QUE FORAM USADOS PARA CRIÁ-LOS? O USO DESSES MATERIAIS PODE REVELAR ALGO SOBRE O MODO DE VIDA DESSE POVO? EM SUA OPINIÃO, É TRABALHOSO CRIAR ESSES OBJETOS? VOCÊ CONHECE ALGUÉM QUE CRIA OBJETOS COMO ESSES? VOCÊ SABE CRIAR Em caso afirmativo, peça ao aluno que descreva o processo de criação, o tempo e os materiais gastos. Peça que reflita ALGUM DELES? sobre se o faz com fins comerciais ou para uso próprio, como aprendeu a fazer etc. Valorize a cultura local e os ofícios familiares, transmitidos de geração a geração (rendas, esculturas diversas, cestaria, cutelaria, cerâmicas e outros.)

QUAL É SUA OPINIÃO SOBRE A APARÊNCIA DOS OBJETOS, SUA ESTÉTICA?

PARA LER NA COLEÇÃO QUE VOCÊ VIU, HÁ UMA LEGENDA PARA CADA PEÇA. NO CASO DAS EXPOSIÇÕES, CADA PEÇA DAS COLEÇÕES DEVE TER UMA LEGENDA. VAMOS APRENDER UM POUCO MAIS SOBRE ELAS. O importante aqui é promover a discussão sobre o trabalho estético dos objetos, que revela uma preocupação com a beleza e a impressão visual que podem causar.

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* Ajude os alunos a identificarem as informações pedidas nas questões. É importante que eles busquem, nas legendas, a informação pedida, usando as pistas relevantes para a localização de cada informação, por exemplo: os números (datas); o negrito e a fonte maior (título ou descrição da peça); letras amarelas (tradução do título ou descrição da peça); a última linha (povo a que pertence o artista e, após a vírgula, estado de que provem a peça).

COM A AJUDA DE SEU PROFESSOR, LEIA AS LEGENDAS DA FIGURA ANTERIOR E Ajude os alunos a reconhecerem algumas informações das MARQUE ALGUMAS INFORMAÇÕES QUE APARECEM. legendas dos objetos, como o nome do autor de cada peça, o ano

de fabricação, o povo indígena a que pertence o autor e o estado do Brasil de que provém. Chame a atenção para o fato de que há informações escritas em línguas indígenas (como Wajãpi, nome de um povo indígena), que podem não ser familiares para os alunos.

£ NOME OU DESCRIÇÃO DA PEÇA £ NOME OU DESCRIÇÃO DA PEÇA EM INGLÊS £ PREÇO DA PEÇA £ MATERIAIS USADOS PARA FABRICAR AS PEÇAS £ NOME DO ARTISTA £ DEPOIMENTO DO ARTISTA £ POVO A QUE PERTENCE O ARTISTA £ ESTADO DO BRASIL EM QUE FORAM FABRICADAS AS PEÇAS X

X

X

X

e -

X

EM QUE ANO FOI CRIADA CADA PEÇA?

X

Todas foram criadas em 2010.

DOIS OBJETOS FORAM PRODUZIDOS NO MESMO ESTADO DO BRASIL. QUAIS SÃO ELES? O desenho e o barco foram produzidos no Amapá.

CIRCULE O ESTADO EM QUE FORAM PRODUZIDOS.* PARA VOCÊ, ESSES OBJETOS TÊM ALGUM VALOR CULTURAL OU ARTÍSTICO? POR QUÊ? Resposta pessoal. É importante discutir sobre o valor de um objeto em exposição, que pode variar para cada pessoa, para cada época, para cada povo. Pode ter relação com o domínio da técnica manual, a mensagem que a obra passa, o material usado etc.

QUE PEÇA CHAMOU MAIS SUA ATENÇÃO? POR QUÊ?

Resposta pessoal.

AS PALAVRAS EM AMARELO NAS LEGENDAS DESTE FÔLDER ESTÃO ESCRITAS EM que turistas que leem em inglês possam ler o fôlder. Explique INGLÊS. VOCÊ SABE POR QUÊ? SE SIM, EXPLIQUE. Para aos alunos que essa tradução é necessária porque os museus são visitados por muitos turistas que não leem nem falam a língua portuguesa, mas muitos deles compreendem a língua inglesa.

AGORA CONCLUA: AS LEGENDAS

£ DESCREVEM A IMAGEM. £ DESCREVEM A IMAGEM E DÃO OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE ELA. £ COMENTAM A BELEZA DA IMAGEM.

X

SEM AS LEGENDAS, SERIA MAIS FÁCIL OU MAIS DIFÍCIL PARA OS VISITANTES Seria mais difícil, porque algumas informações não podem ser concluídas apenas IDENTIFICAREM AS PEÇAS? EXPLIQUE. olhando-se as peças. É provável que a compreensão do valor cultural do acervo da exposição ficasse prejudicada, porque faltariam dados como a variedade de povos indígenas que criam peças com valor artístico. Entretanto, seria possível, mesmo sem as legendas, apreciar as peças pela sua aparência, por sua estética.

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SAIBA MAIS AO LONGO DE CENTENAS DE ANOS, OS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL FORAM DOMINADOS E MUITOS FORAM EXTERMINADOS. A CULTURA DESSES POVOS FUNDADORES DO BRASIL – LÍNGUAS, ARTES, COSTUMES, MÚSICA, DANÇA ETC. – É AINDA POUCO CONHECIDA PELA MAIORIA DOS BRASILEIROS. A EXPOSIÇÃO DE TRABALHOS ARTESANAIS AJUDA A TORNÁ-LOS MAIS CONHECIDOS E A VALORIZAR A DIVERSIDADE CULTURAL DE NOSSO PAÍS.

PENSANDO SOBRE A ESCRITA OBSERVE AS PALAVRAS ABAIXO.

COBRA

Reproduza as palavras no quadro e leia-as com os alunos.

TROCA

ACERVO SECRETO

BARCO

COR

COLAR

CRU

RASTRO

ACORDO

PORCO

BRASIL

CIRCULE, NAS PALAVRAS ACIMA, AS SÍLABAS QUE CONTÊM A LETRA R. AGORA, TRANSFORME AS PALAVRAS A SEGUIR EM OUTRAS, INSERINDO A LETRA R. CEDO

C

EDO

GATO

G

ATO

R

TATO

T

ATO

R

CIO

C

IO

R

TIO

T

IO

R

FIO

F

IO

R

R

INSIRA R NO MEIO DE ALGUMA SÍLABA DAS SEGUINTES PALAVRAS E FORME OUTRA PALAVRA. ESCREVA-A NO ESPAÇO. USE UM ALFABETO MÓVEL: SEPARE AS LETRAS DE Aproveite as dificuldades dos alunos para refletir sobre o sistema de escrita. Por exemplo, caso algum aluno escreva BOTAR, que é uma palavra de uso comum na CADA PALAVRA E A LETRA R. MÃOS À OBRA! Língua Portuguesa, ajude-os a perceber que o R está no fim da sílaba, e não no meio, como é solicitado na atividade.

OBA

obra

DAMA

drama

BOCA

broca

BOTA

brota

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AGORA SEPARE AS PALAVRAS DA LISTA INICIAL EM DOIS GRUPOS, DE ACORDO COM A POSIÇÃO DO R NA SÍLABA. ESCREVA AS PALAVRAS NA TABELA ABAIXO. R APÓS CONSOANTE, NA MESMA SÍLABA

R EM FINAL DE SÍLABA

COBRA

BARCO

TROCA

COLAR

CRU

ACERVO

SECRETO

COR

RASTRO

ACORDO

BRASIL

PORCO

Ilustrações digitais: Estúdio Pingado

INSIRA A LEtRA R NO F IM DE ALGUMA SÍ LABA DAS PALAVRAS A SEGUIR E F ORME

Conte as sílabas com os alunos e ajude-os a verificar se a inserção da letra R em cada sílaba cria uma nova palavra que eles conheçam o significado. Assim, poderão perceber que a inserção da letra pode criar palavras sem sentido: COPOR, MOTER.

COPO –

MOTE –

corpo

morte

Figura 1.

Fibobjects/Dreamstime.com

Palê Zuppani

OBSERVE AS IMAGENS.

Figura 2.

OBSERVE A ESCRITA DO OBJETO DA FIGURA 1.

B

A

R

C

O

AGORA, SEPARE AS LETRAS DA PALAVRA BARCO EM SEU ALFABETO MÓVEL. COM ELAS, TENTE ESCREVER O NOME DO ANIMAL DA FIGURA 2: C

O

B

R

A

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Tsekhmister/Dreamstime.com

O DESAFIO AGORA É OUTRO: COM AS MESMAS LETRAS DA PALAVRA E SEM IMAGEM, FORME OUTRA PALAVRA. SEPARE AS LETRAS INDICADAS NO ALFABETO MÓVEL. MAS ATENÇÃO: A LETRA R DEVE ESTAR NO FINAL DE ALGUMA SÍLABA!

P C

O

R

O

AS LETRAS ESTÃO NA MESMA SEQUÊNCIA NAS PALAVRAS?

R

C

O

P

O

Não.

AGORA COMPLETE A SENTENÇA COM SUAS CONCLUSÕES, USANDO AS PALAVRAS:

DIFERENTES E IGUAIS.

iguais

PALAVRAS

, PODEMOS F ORMAR

diferentes

LEIA AS PALAVRAS ABAIXO.

COM

COR

CÓS

• O QUE HÁ DE DIFERENTE NAS TRÊS PALAVRAS? As letras M, R e S no final.

• ISSO MUDA A MANEIRA COMO AS LEMOS? Sim.

ESSAS PALAVRAS PODEM ESTAR “DENTRO” DE OUTRAS, FORMANDO SÍLABAS. CIRCULE AS SÍLABAS COM, COR E COS DENTRO DAS PALAVRAS A SEGUIR.

CORDA

COSTAS

COMPRA

LICOR

ENCOSTA

Reflita com os alunos sobre as diferenças entre COS, COM e COR e as diversas posições nas palavras. Escreva, no quadro, outras palavras com essas sílabas e analise-as. Explore diferenças de pronúncia das palavras terminadas em R. Ele pode não ser falado (por exemplo: /cocá/), como em lugares do Nordeste, ou pode ser pronunciado como no falar carioca, como no falar do interior de São Paulo, como no do Rio Grande do Sul. Mostre que a escrita das palavras terminadas em R, no entanto, é a mesma.

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85

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

PENSANDO EM NÚMEROS

2

3

+ =

5 = 6-

5 + =

03

=6

EM RODA DURANTE UM DIA, ACONTECEM VÁRIAS SITUAÇÕES EM QUE USAMOS NÚMEROS Convide os alunos a pensarem em situações de contagem que acontecem em casa: refeições servidas no almoço ou no jantar, pães PARA CONTAR. para o café da manhã, lista de produtos comprados por semana ou por mês etc.; no trabalho: material em estoque, material de uso diário e outros; na escola: material distribuído aos alunos, empréstimos de livros etc.

VAMOS CONVERSAR SOBRE ALGUMAS DESSAS SITUAÇÕES.

EM AÇÃO 1. FAÇA UM X NA RESPOSTA MAIS PRÓXIMA DA REALIDADE.

Respostas pessoais.

PESSOAS QUE MORAM NA SUA CASA:

PESSOAS QUE ESTUDAM NA SUA TURMA:

£ MAIS DE UMA

£ MAIS DE DEZ

£ MAIS DE CINCO

£ MAIS DE VINTE

£ MAIS DE DEZ

£ MAIS DE TRINTA

PESSOAS QUE TRABALHAM NO MESMO LOCAL EM QUE VOCÊ TRABALHA:

DIAS DE AULA NESTE ANO:

£ MAIS DE UM £ MAIS DE DEZ £ MAIS DE CEM

£ MAIS DE DEZ £ MAIS DE VINTE £ MAIS DE CINQUENTA

CASAS NA RUA EM QUE VOCÊ MORA:

MORADORES DA CIDADE ONDE VOCÊ VIVE:

£ MAIS DE CINCO

£ MAIS DE CEM

£ MAIS DE TRINTA

£ MAIS DE MIL

£ MAIS DE CINQUENTA

£ MAIS DE DEZ MIL

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5


2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

2

5 = 6-

3=

+

5 + =

03

=6

Ilustração digital: Estúdio Pingado

5 = 6

2. RESPONDA: ) QUANTOS GRUPOS DE PESSOAS APARECEM NA ILUSTRAÇÃO? 10 grupos.

) QUANTAS PESSOAS HÁ EM CADA GRUPO? Há 10 pessoas em cada grupo.

) QUAL É O TOTAL DE PESSOAS, JUNTANDO TODOS OS GRUPOS? 100 pessoas

) COMPLETE: • 10 GRUPOS DE 10 SÃO IGUAIS A

100

.

• ONDE VOCÊ COSTUMA VER O NÚMERO 100? Resposta pessoal.

87

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

5 = 6-

3

5 + =

= 03 2 + 3. COMPLETE O QUADRO A SEGUIR COM OS NÚMEROS QUE ESTÃO FALTANDO. SE FOR NECESSÁRIO, CONSULTE O QUADRO DE NÚMEROS QUE ESTÁ NO FINAL DO LIVRO.

0

1

2

3

4

5

6

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

32

33

34

35

36

37

38

39

40

41

42

43

44

45

46

47

48

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

82

83

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85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

96

97

98

99

7

=6

4. OBSERVE O ÚLTIMO NÚMERO REGISTRADO NO QUADRO. QUAL É O NÚMERO SEGUINTE? O número 100.

5. COMPLETE: ) ESCREVA TRÊS NÚMEROS MAIORES QUE 100. Resposta pessoal.

,

,

) ESCREVA OS NÚMEROS LOCALIZADOS ENTRE 100 E 110. 101, 102, 103, 104, 105, 106, 107, 108, 109

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5


2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

2

+

3

PENSANDO SOBRE A ESCRITA

5

6 = 8-

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

03

=6

CASA QUEIJO CAMISA

COLIBRI QUIABO COPO

Kts/Dreamstime.com

LEIA AS PALAVRAS A SEGUIR.

CUME CURVA QUIBE

AGORA, SEPARE AS PALAVRAS DA LISTA ANTERIOR EM DOIS GRUPOS. INICIADAS POR C

INICIADAS POR Q

CASA

QUEIJO

CAMISA

QUIABO

COLIBRI

QUIBE

COPO

CUME

CURVA

O SOM PRODUZIDO POR QU E POR C, NESTA LISTA, É O MESMO? Sim. TODAS AS PALAVRAS COMEÇAM PELO MESMO SOM DO INÍCIO DE:

£ SOLA E CEM £ COLA E QUEM

X

QUE LETRAS VÊM APÓS A LETRA C NESTA LISTA DE PALAVRAS? A, O, U.

QUE LETRA VEM APÓS A LETRA Q NAS PALAVRAS EM QUE ELE APARECE? A letra U.

ESTA SEGUNDA LETRA É PRONUNCIADA NESSAS PALAVRAS? Não.

CIRCULE A LETRA QUE VEM DEPOIS DE QU NAS PALAVRAS ACIMA. E e I.

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Sang Lei/Dreamstime.com

Jack14/Dreamstime.com

Anhong/Dreamstime.com

Yuri Arcurs/Dreamstime.com

Kameel4u/Dreamstime.com

OBSERVE AS FIGURAS. VOCÊ VAI USAR AS SÍLABAS PARA FORMAR A PALAVRA CORRESPONDENTE A CADA FIGURA. PRIMEIRO, SEPARE AS LETRAS DE CADA PALAVRA NO ALFABETO MÓVEL E ORGANIZE-AS CONFORME AS SÍLABAS INDICADAS. DEPOIS, Amplie a atividade, explorando outras palavras que contenham o fonema /k/, em várias posições. ESCREVA-AS DENTRO DO QUADRO. Saliente o fato de que a letra Q vem sempre acompanhada de U e seguida de I ou de E.

CA – MA – CO

QUI – CA

CA – PE – TE

LO – BE – CA

QUE – LE

macaco

caqui

peteca

cabelo

leque

LEIA AS PALAVRAS.

CEDO CÍCERO COLA

COCEIRA CASACO CINTO

CEBOLA CIDADE CULPA

SOBRE A LISTA ANTERIOR, MARQUE AS ALTERNATIVAS CORRETAS.

£ TODAS AS PALAVRAS COMEÇAM COM C. £ O SOM INICIAL DE CASACO É IGUAL AO DE KÁTIA. £ O SOM INICIAL DE CIDADE É IGUAL AO DE QUILO. X

X

ENCONTRE AS PALAVRAS INTRUSAS EM CADA GRUPO, OBSERVANDO O SOM DO C.

CAVALO CACHORRO

CORUJA COELHO

CEGONHA

CAMELO

CIGARRA

CADELA

O SOM DE CE É IGUAL AO SOM INICIAL DE:

£ ZEBRA

£ QUEDA

£ SEDA

X

O SOM DE CI É IGUAL AO SOM INICIAL DE:

£ ZICO

£ QUIABO

£ SINO

X

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EM AÇÃO 1. LEIA OS PARES DE PALAVRAS A SEGUIR. INSERIMOS A LETRA N E FORMAMOS UMA Ajude o aluno a ler a palavra original, a identificar a mudança ocorrida e a nova palavra formada. É importante que eles se apropriem da mudança na vogal que o N (ou M) em final de sílaba traz: a vogal NOVA PALAVRA. passa a ser nasal (ver glossário no Manual do Educador).

POTE – PONTE

COTA – CONTA

2. AGORA USE SEU ALFABETO MÓVEL PARA TENTAR FORMAR OUTRA PALAVRA, INSERINDO APENAS O N. PRIMEIRO, SEPARE AS LETRAS DE CADA PALAVRA E A LETRA N. DEPOIS, ESCREVA AS PALAVRAS NOS ESPAÇOS: ATA

a nta

CATA –

ca nta

COTA –

co nta

VEDA –

venda

3. O QUE MUDOU NA LEITURA DESSAS PALAVRAS? As vogais se tornaram nasais (ver glossário no Manual do Educador) e criou-se outra palavra (com novo significado). Reflita com os alunos sobre a escrita das sílabas com vogais nasais (ANTA, CONTA, VENDA). É comum a omissão do N e do M, já que essas letras apenas nasalizam a vogal precedente. Informe aos alunos que, em nossa língua, não se pode terminar palavras com N, com raras exceções, como abdômen, pólen, glúten, sêmen etc.

INFORMANDO-SE SOBRE ACERVOS: OS FÔLDERES NOS MUSEUS E CENTROS CULTURAIS, É COMUM QUE SEJAM DISTRIBUÍDOS FÔLDERES, INFORMANDO QUE TIPO DE ACERVO AS PESSOAS PODEM CONHECER NO LOCAL. A IMAGEM NO INÍCIO DO CAPÍTULO É UMA DAS PÁGINAS DO FÔLDER DISTRIBUÍDO NO PAVILHÃO DAS CULTURAS BRASILEIRAS, NO PARQUE DO IBIRAPUERA, A leitura de verbetes de dicionário pode trazer dificuldades para os alunos, em virtude da presença de abreviaturas, como pl. (plural) e s.m. EM SÃO PAULO. (substantivo masculino) e de outras informações linguísticas ou gramaticais, como a forma plural da palavra (fôlderes). Ajude os alunos na

leitura, enfatizando o que é essencial: a acepção da palavra. O contato com o gênero verbete de dicionário em sua configuração típica é que possibilitará ao aluno maior familiaridade com o tipo de informação apresentada.

SAIBA MAIS FÔLDER É UMA PALAVRA DE ORIGEM INGLESA QUE PODE SER DEFINIDA ASSIM:

F ô l.d e r

eres s.m. o eto

or

t o

resso e

o

s

o

A. HOUAISS; M. de S. VILLAR; F. M. de M. FRANCO. MINIDICIONÁRIO HOUAISS DA LÍNGUA PORTUGUESA. 2. ED. RIO DE JANEIRO: OBJETIVA, 2004. P. 348.

91

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Reprodução

O FÔLDER CONTÉM A PARTE EXTERNA – CAPA E CONTRACAPA – E A PARTE INTERNA, QUE VEM DOBRADA. ELE É DISTRIBUÍDO GRATUITAMENTE E SERVE PARA DAR INFORMAÇÕES DETALHADAS SOBRE O QUE ESTÁ SENDO DIVULGADO. A PALAVRA VEM DO INGLÊS – FOLDER – QUE SIGNIFICA “O QUE DOBRA”.

Capa do fôlder (parte externa).

Artefatos indígenas no pavilhão das culturas brasileiras. Pavilhão das culturas brasileiras. Parque do Ibirapuera, São Paulo, Brasil, 2011

PARA LER Reprodução

OBSERVEM AS PÁGINAS DO FÔLDER.

Contracapa.

Capa.

Texto de apresentação em português.

Texto de apresentação em inglês.

Parte interna do folder.

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Reprodução

LEIA O TEXTO DE APRESENTAÇÃO DO FOLDER.

Ar t e fat o s e s rese t s o s co e es e rtes e s r s e ecret r c e t r r te r r o cer o o o s t r s r s er s e os o reto s r c s retr es tr s o ro eto e or o este o o es oc t r o r e o r er e e ro e ser o ro o e co te or e o erso s rtes r s e r s o o s rtes o res o desi g n o re e to s s e ress es c t r s r s e r s s re rese t se ossos se s tt oc te o r a m b i g u i d a d e co e ro o e tr t e ostr s e se s or st co o rte or st co o rte to etnográfico st e os o ro e o r s ro o so re os o etos e s e t o o rocesso e er co rte c r cter st co ro o rtes e e re o e tre este er e s a l v a g u a r d a e co ec e tos tr c o s e os o or e ó os e corres o e ere tes o os e s s e t o ers e s tr es est t c s e se ort c te o est s tr es ro o co te or e e o os rocessos e re fir o e e t es e s es ec fic s o re o s

o to o o etos e o r s re rese t ro o co te e o e o os e s os est os o r e rosso r r r or r s r e ó r

e rte or e to o r ó óe

etos r t s sc r s or e tos cor or s e str e tos sc s e o cot o cer c s tr os tec os e cos esc os e er str s ere tes tr es est t c s os o os e os ro e os o etos s os e r t o cot o tr t ese os so re ostr r e rte r fic rte est o e reco ec e esco co o p a t r i m ô n i o im a te r ia l e tr s o r s e rte s o s esc t r s e e r os o os e s o o e e re rese t co estr os s orest rese tes t e s s to o s

s

r st o sete e

rreto e r o

so e

GLOSSÁRIO AMBIGUIDADE: CARACTERÍSTICA DAQUILO QUE TEM DOIS SENTIDOS. ETNOGRÁFICO: RELATIVO AO REGISTRO DA CULTURA DE UM POVO. PATRIMÔNIO IMATERIAL: EXPRESSÕES CULTURAIS E TRADIÇÕES DE UM POVO. SALVAGUARDA: PROTEÇÃO CONCEDIDA POR AUTORIDADES OU INSTITUIÇÃO.

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ONDE PODEMOS ENCONTRAR O NOME DA EXPOSIÇÃO? QUAL É ELE? Na capa do fôlder: “Artefatos indígenas no Pavilhão das Culturas Brasileiras”.

QUE OUTRAS INFORMAÇÕES ENCONTRAMOS NESTA PARTE DO FÔLDER? Local e data da exposição, além de imagem e grafismo relacionados à exposição.

TODA EXPOSIÇÃO TEM UM TEXTO DE APRESENTAÇÃO. NESTE FÔLDER, ELE ESTÁ ESCRITO EM PORTUGUÊS (EM LETRAS BRANCAS) E EM INGLÊS (EM LETRAS AMARELAS). EM SUA OPINIÃO, POR QUE A INFORMAÇÃO APARECE EM PORTUGUÊS E EM INGLÊS? Para que turistas que leem inglês e não leem português possam ler o fôlder.

EM RODA MESMO SEM TER VISITADO A EXPOSIÇÃO, VOCÊ PODE IMAGINAR COMO ELA SERIA. • QUE TIPOS DE PEÇAS VOCÊ ACHA QUE HÁ NA EXPOSIÇÃO? • QUANTAS PEÇAS PODEM TER SIDO EXPOSTAS? • POR QUE A EXPOSIÇÃO PODE SER INTERESSANTE?

Essas questões iniciais têm o objetivo de levantar hipóteses sobre o acervo e o tipo de informação que pode ser dada na apresentação da exposição. Isso deverá ser retomado no momento da escrita do fôlder da exposição, atividade orientada ao final do capítulo.

PARA LER SEU PROFESSOR VAI LER O TEXTO DE APRESENTAÇÃO DA EXPOSIÇÃO, QUE ESTÁ NO FÔLDER. VERIFIQUE SE O TEXTO RESPONDE ÀS PERGUNTAS QUE VOCÊ DISCUTIU ANTES COM Leia o texto por parágrafos. A cada parágrafo, discuta sobre o tipo de informação dada, familiarizando os alunos com a função do gênero de exposição. Nas paradas, solicite que levantem hipóteses sobre informações ainda não lidas: “Que tipo de objetos o visitante OS COLEGAS. apresentação poderá encontrar nessa exposição?”; “Quantos objetos estão expostos?”. A checagem das hipóteses será feita com a leitura. POR QUE A EXPOSIÇÃO ESTÁ SENDO REALIZADA? Para que todos possam conhecer as novas coleções de artes indígenas contemporâneas.

O TEXTO DE APRESENTAÇÃO DE UMA EXPOSIÇÃO PROCURA ATRAIR VISITANTES. PARA ISSO, APRESENTA VÁRIAS INFORMAÇÕES, COMO: • O QUE PODE SER VISTO NA EXPOSIÇÃO; • POR QUE A EXPOSIÇÃO ESTÁ SENDO REALIZADA; • COMO ESTÁ ORGANIZADA.

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PENSANDO SOBRE A ESCRITA

CUÍCA

QUIABO

FACA

CAVANHAQUE

CUME

SOTAQUE

PERIQUITO MÁQUINA Vinicius Tupinamba/Dreamstime.com

QUINTAL

QUEIXO

ABACATE

CAQUI

PANQUECA

COCADA

MOSQUITO

Pincarel Graphics/Dreamstime.com

ABACAXI MACAQUINHO CASA COLA

AQUI RAQUETE

LEQUE

BOCA

CURVA

Fernando Favoretto/Criar Imagem

QUIBE

Osztya/Dreamstime.com

QUEIJO

QUEIJO

MACACO FAQUEIRO BOQUINHA

Mjlp4337/Dreamstime.com

Edyta Pawlowska/Dreamstime.com

AS PALAVRAS A SEGUIR CONTÊM AS SÍLABAS CA, CO, CU, QUE E QUI. LEIA-AS:

CAMISA COPO

MARQUE A RESPOSTA CORRETA: • O SOM INICIAL DAS SÍLABAS CA, CO, CU, QUE E QUI

£ MUDOU EM VÁRIAS PALAVRAS. £ PERMANECEU O MESMO EM TODAS AS PALAVRAS.

X

95

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5 • AS SÍLABAS CA, CO, CU, QUE E QUI APARECERAM:

£ APENAS NO INÍCIO DAS PALAVRAS. £ APENAS NO MEIO DAS PALAVRAS. £ APENAS NO FINAL DAS PALAVRAS. £ EM TODAS AS POSIÇÕES NAS PALAVRAS.

X

QUE LETRAS VÊM APÓS QU NESSAS PALAVRAS? E e I.

A LETRA U É PRONUNCIADA NESSAS PALAVRAS? Não.

O SOM PRODUZIDO POR QU, NA LISTA ANTERIOR, E POR C, NESTA LISTA, É O MESMO? Sim.

QUE LETRAS VÊM APÓS A LETRA C NESTA LISTA DE PALAVRAS? A, O, U.

COMPLETE COM SUAS CONCLUSÕES. PARA REGISTRAR O SOM DE PALAVRAS COMO CASA, USAMOS LETRAS A, O, U.

C

ANTES DAS

PARA REGISTRAR ESTE MESMO SOM ANTES DAS LETRAS E E I, USAMOS

QU

,

COMO EM QUERO. ANTES DE E E I, A LETRA C TEM OUTRO SOM, COMO EM SELO.

2 + 15 = 3 4

5 = 6

MEDINDO

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

03

=6

EM RODA A NECESSIDADE DE MEDIR É TÃO ANTIGA QUANTO A DE CONTAR. QUANDO O HOMEM APRENDEU A CONSTRUIR HABITAÇÕES E A PLANTAR, FOI NECESSÁRIO ENCONTRAR MEIOS PARA FAZER MEDIÇÕES. HOJE TEMOS FITAS MÉTRICAS, RÉGUAS E OUTROS INSTRUMENTOS, MAS, QUANDO ESTES AINDA NÃO EXISTIAM, COMO SE FAZIA PARA MEDIR COMPRIMENTOS? 96

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-

5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

3=

5 = 6-

5 + =

=6

03

+ ANTIGAMENTE PARTES DO CORPO ERAM USADAS PARA MEDIR COMPRIMENTOS. AINDA HOJE, MUITAS PESSOAS MEDEM USANDO MÃOS, PÉS, DEDOS E BRAÇOS. VOCÊ JÁ VIU SITUAÇÕES EM QUE SE MEDE USANDO ESSAS PARTES DO CORPO?

2

Verifique se os alunos conhecem situações como essas e estimule-os a contarem para os demais. Caso eles se interessem pela história das medidas, existem vários sites que abordam o assunto, como Mundo Educação (<http://www.mundoeducacao.com.br>), com o artigo “Unidades de medida ao longo da história”.

Ilustrações digitais: Estúdio Pingado

EM RODA Explore com os alunos situações relacionadas a diferentes medidas e registre-as em um cartaz. A ideia de medida está em grande parte das nossas ações diárias. Frases como: “Comi muito no jantar.”; “O pacote está pesado.”; “Hoje fez muito calor.”; “Esta rua é muito comprida.”; “Faz tempo que não o vejo.” expressam situações de medida. Proponha a análise das frases e ajude os alunos a identificarem as medidas associadas a elas: capacidade, massa, temperatura, comprimento, tempo.

PALMO É O COMPRIMENTO DA MÃO ABERTA.

POLEGADA É A LARGURA DO POLEGAR HUMANO.

JARDA É O COMPRIMENTO QUE VAI DA PONTA DO NARIZ ATÉ A PONTA DO DEDO.

CONVERSE COM SEUS COLEGAS E INDIQUE O QUE SE PODE MEDIR COM: • O PALMO Pergunte aos alunos: em que situações costumam usar medidas e com que instrumentos? Como medir o comprimento da sala de aula sem fita métrica? É possível que indiquem o uso do passo. Proponha as medições e comparem os resultados, observando que a medida • A POLEGADA do comprimento requer uma unidade de medida que cabe várias vezes no comprimento medido (comparação de grandezas de mesma natureza). Peça que indiquem o número de passos dados. Conforme o tamanho do passo, serão encontradas diferentes respostas para o comprimento da sala. Ao usar unidades de medida diferentes para medir o mesmo comprimento, podem ser encontradas respostas • A JARDA diferentes. Quanto menor a unidade escolhida, maior o número que indica a medida.

SAIBA MAIS PARTES DO CORPO (MÃOS, PÉS, POLEGAR) SÃO UTILIZADAS COMO UNIDADES DE MEDIDA DE COMPRIMENTO. A ESSAS UNIDADES ESTÃO ASSOCIADOS OS SEGUINTES VALORES APROXIMADOS: PASSO: 50 CENTÍMETROS OU MEIO METRO; PALMO: 22 CENTÍMETROS; POLEGADA: APROXIMADAMENTE 3 CENTÍMETROS; JARDA: APROXIMADAMENTE 1 METRO. O PALMO É USADO PARA MEDIR PEQUENOS COMPRIMENTOS, E A POLEGADA PARA MEDIR MONITORES DE COMPUTADOR E TELAS DE TV. QUANDO SE DIZ QUE UMA TV TEM 40 POLEGADAS, ESSA MEDIDA CORRESPONDE AO COMPRIMENTO DA DIAGONAL DA TELA. A JARDA É USADA PARA MEDIR CORDAS, FIOS, ARAMES E TECIDOS, POR EXEMPLO.

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

3

5 = 6-

5 + =

= 03 2 + VOCÊ CONHECE OUTRAS MEDIDAS USADAS PARA MEDIR COMPRIMENTOS?

=6

Resposta pessoal.

PASSOS TAMBÉM SÃO USADOS PARA MEDIR COMPRIMENTOS.

Szefei/Dreamstime.com

O PASSO DE UM ADULTO MEDE APROXIMADAMENTE MEIO METRO.

ISSO SIGNIFICA QUE, PARA PERCORRER UM METRO, UM ADULTO PRECISA DAR DOIS PASSOS. LOCALIZE E REGISTRE UM LUGAR OU OBJETO QUE ESTEJA: • A UM METRO OU DOIS PASSOS DE VOCÊ: Resposta pessoal.

• A CINCO METROS OU DEZ PASSOS DE VOCÊ: Resposta pessoal.

• A DEZ METROS OU VINTE PASSOS DE VOCÊ: Resposta pessoal.

INDIQUE UM LUGAR QUE FIQUE, APROXIMADAMENTE, A CEM METROS OU DUZENTOS PASSOS DE ONDE VOCÊ ESTÁ. Resposta pessoal. Caso os alunos tenham dificuldade em estimar as distâncias indicadas, sugira que façam as medições dando passos e fazendo as contagens.

FAÇA UMA ESTIMATIVA:

Respostas pessoais.

• PARA MEDIR O COMPRIMENTO DA SALA DE AULA É NECESSÁRIO DAR PASSOS. FAÇA ESSE PERCURSO PARA SABER SE SUA ESTIMATIVA FOI ADEQUADA. 98

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5


2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

COMPLETE:

2

+

3

5

6 = 8-

2

3=

+

5 = 6-

• A SALA DE AULA MEDE, APROXIMADAMENTE, Resposta pessoal. COMPRIMENTO.

5 + =

=6

03

METROS DE

Kooslin/Dreamstime.com

UM INSTRUMENTO MUITO USADO PARA MEDIR COMPRIMENTOS É A FITA MÉTRICA. Providencie uma fita métrica para mostrar aos alunos ou oriente-os a construírem uma fita métrica. Veja sugestão na atividade complementar.

OBSERVE UMA FITA MÉTRICA E RESPONDA: • QUAL É O MENOR NÚMERO QUE APARECE NA FITA MÉTRICA? Número zero.

• E O MAIOR? Número 150.

• QUAL É O NÚMERO QUE INDICA, EXATAMENTE, A METADE DA FITA MÉTRICA? 75.

A FITA MÉTRICA É DIVIDIDA EM 150 CENTÍMETROS. UM METRO CORRESPONDE A 100 CENTÍMETROS. MEIO METRO CORRESPONDE A 50 CENTIMETROS. LOCALIZE NA FITA MÉTRICA AS MEDIDAS UM METRO E MEIO METRO. ESCREVA O NOME DE UM OBJETO CUJO COMPRIMENTO SEJA IGUAL A:

Respostas pessoais.

• UM METRO: • MEIO METRO: • UM METRO E MEIO: Ilustração digital: Mauricio Negro

COMO FAZER PARA DESCOBRIR QUAL DESTAS LINHAS É A MAIS COMPRIDA?

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2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

EM RODA

2

+

3

5

6 = 8-

2

5 = 6-

3

+ =

5 + =

03

=6

NAS RECEITAS, SEMPRE SÃO INDICADAS AS MEDIDAS DOS INGREDIENTES. ALGUMAS MEDIDAS COMO COLHER, COPO, XÍCARA E PITADA SÃO MUITO USADAS NO DIA A DIA. ESSAS MEDIDAS NÃO SÃO PADRONIZADAS, POIS HÁ COPOS, XÍCARAS E COLHERES DE DIFERENTES TAMANHOS. QUAIS TIPOS DE COLHER VOCÊ CONHECE? NAS RECEITAS, GERALMENTE SÃO INDICADAS MEDIDAS EM COLHER DE SOPA, COLHER DE CHÁ E COLHER DE CAFÉ. UMA COLHER DE SOPA CORRESPONDE APROXIMADAMENTE A DUAS COLHERES DA DE CHÁ. UMA COLHER DE CHÁ CORRESPONDE APROXIMADAMENTE A DUAS COLHERES DA DE CAFÉ. AGORA, DESCUBRA: QUANTAS COLHERES DE CAFÉ CORRESPONDEM A UMA COLHER DE SOPA?

4 colheres de café correspondem aproximadamente a uma colher de sopa.

EM AÇÃO 1. COMPLETE AS FRASES. ) 2 COLHERES DE SOPA PODEM SER SUBSTITUÍDAS POR ) 10 COLHERES DE CHÁ CORRESPONDEM A ) 20 COLHERES DE CAFÉ CORRESPONDEM A 5 COLHERES DE SOPA.

5

COLHERES DE CHÁ.

COLHERES DE SOPA. 10

COLHERES DE CHÁ OU A

) PARA OBTER 10 COLHERES DE SOPA, SÃO NECESSÁRIAS 40 CHÁ OU COLHERES DE CAFÉ. 2. O QUE SE PODE AFIRMAR SOBRE O PESO DESSES OBJETOS? Ilustração digital: Estúdio Pingado

4

20

COLHERES DE

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos observem que o pacote de arroz é mais pesado do que o pacote de açúcar.

As ideias de peso e massa são distintas. O peso é usado em situações do senso comum, a massa é um conceito bastante complexo e sua compreensão envolve outros conceitos como força e gravidade. Tendo em vista a inadequação de trabalhar com ideias tão avançadas no início da alfabetização, optamos por usar o termo peso em lugar de massa, sem estabelecer a distinção entre eles.

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5


2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

3=

+ 3. OBSERVE AS BALANÇAS REPRESENTADAS NOS DESENHOS:

2

5 = 6-

5 + =

=6

03

Ilustração digital: Estúdio Pingado

5 = 6

• QUANTOS PACOTES DE CAFÉ PRECISAM SER COLOCADOS PARA QUE OS BRAÇOS DA TERCEIRA BALANÇA FIQUEM EQUILIBRADOS? z Precisam ser colocados 8 pacotes de café para que os braços da terceira balança fiquem equilibrados. A balança de dois pratos permite que os alunos façam comparações diretas e aproximadas entre a massa de dois objetos, por isso recomenda-se, se possível, o uso em sala de aula. Balanças digitais possibilitam medidas indiretas; portanto, utilizadas apenas para indicar pesos. Informe que a medida obtida em uma balança é o quilograma, informalmente chamado de “quilo”. Explore com os alunos o que costumamos medir em quilograma, registre em um cartaz e deixe afixado na sala.

Ilustração digital: Estúdio Pingado

4. OBSERVE A RELAÇÃO QUE EXISTE ENTRE ESTAS DUAS MEDIDAS DE COPOS:

Informe que a medida comumente usada para medir capacidade é o litro. Explore com os alunos o que se costuma medir em litro, registre em um cartaz e afixe na sala. Se houver oportunidade, explore embalagens de diferentes produtos para que os alunos identifiquem o quilograma e o litro. Ilustração digital: Estúdio Pingado

• AGORA, COMPLETE:

8

COPINHOS.

CORRESPONDEM A

COPOS.

CORRESPONDEM A

12

COPINHOS. Ilustração digital: Estúdio Pingado

CORRESPONDEM A

CORRESPONDEM A

4

um copo e meio

.

101

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2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

2

5. LEIA ESTA RECEITA DE REFRESCO DE UVA.

3=

+

5 = 6-

5 + =

03

=6

2 COPOS DE SUCO DE UVA CONCENTRADO 3 COPOS DE ÁGUA 2 COLHERES DE AÇÚCAR 4 PEDRAS DE GELO RENDIMENTO: 6 COPOS ) QUANTOS COPOS PODERÃO SER SERVIDOS SE PREPARARMOS A METADE DA RECEITA DE REFRESCO DE UVA? Com a metade da receita, poderão ser servidos 3 copos de refresco de uva.

) E QUAL SERÁ O RENDIMENTO SE DOBRARMOS A RECEITA? Se dobrarmos a receita, o rendimento será de 12 copos de refresco de uva.

VAQUEIROS E A ARTE DO COURO

Inês Calixto/Pulsar Imagens

Marcos André/Opção Brasil Imagens

NO NORDESTE DO BRASIL, EXISTE UMA TRADIÇÃO DE TRABALHO ARTESANAL EM COURO, NAS PEÇAS USADAS PELOS VAQUEIROS SERTANEJOS, NA CAATINGA. OS VAQUEIROS SERTANEJOS CONDUZEM O GADO PELA CAATINGA. ELES USAM CHAPÉU, GIBÃO (JAQUETA), PEITORAL, PERNEIRA, BOTAS E LUVAS DE COURO. A VEGETAÇÃO DA CAATINGA TEM PLANTAS COM ESPINHOS E COM GALHOS SEM FOLHAS, QUE FICAM SECOS E RETORCIDOS NA MAIOR PARTE DO ANO. AS PEÇAS DE COURO SERVEM PARA PROTEGER OS VAQUEIROS, EVITANDO QUE FIQUEM FERIDOS PELAS PLANTAS DA CAATINGA.

Chapéu e gibão de vaqueiro em couro (CE), 2004.

Vaqueiro buscando gado na caatinga (AL), 2010.

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EM RODA VOCÊ CONSIDERA QUE O VAQUEIRO TRABALHA DURO? TRABALHANDO NA VEGETAÇÃO DA CAATINGA, O QUE ACONTECERIA SE OS Provavelmente estariam desgastadas e seriam rasgadas mais rapidamente que as VAQUEIROS USASSEM ROUPAS DE TECIDO? peças de couro. Por isso, não serviriam para o trabalho diário. OS DETALHES NO COURO, COMO DESENHOS, COSTURAS E BORDADOS, SÃO NECESSÁRIOS PARA O TRABALHO DOS VAQUEIROS? POR QUE VOCÊ ACHA QUE SÃO Não. Resposta pessoal. Espera-se que o aluno reconheça uma preocupação da tradição artesanal com a estética, ainda que eles não sejam “funcionais”, seja, que não tenham relevância para o uso prático da peça. FEITOS? ou Uma comparação interessante pode ser feita com os peões que frequentam rodeios, com grupos de esqueitistas (skatistas) e outros, observando a estética de cada grupo e como eles criam um vestuário que tanto serve para suas atividades (roupas folgadas para os esqueitistas, que lhes permitem realizar as manobras com o esqueite [skate]), quanto os identifica como grupo.

EM AÇÃO EM DUPLA, COMPLETE COM OS NOMES DAS PEÇAS USADAS PELOS VAQUEIROS. SE NECESSÁRIO, RELEIA O TEXTO SOBRE OS VAQUEIROS. ATENÇÃO AO NÚMERO DE CADA PALAVRA. ESCREVA APENAS UMA LETRA EM CADA QUADRADINHO. INICIAMOS PARA Explique que as palavras se cruzam em algumas letras e que cada quadrado equivale a uma letra. Resolva as comandas, VOCÊ. primeiro, oralmente. Oriente-os quanto à escrita das palavras. Dependendo do nível de apropriação do sistema de escrita, será preciso fornecer um banco de palavras. Faça isso individualmente ou ajude-os a montar as palavras antes, em alfabeto móvel, para depois transcrevê-las nas cruzadinhas.

1.

1. PEÇA QUE PROTEGE O ABDOME.

E

R

N

B

Ã

O

T

A

S

A

P

É

U

L

U

V

A

E

I

R

A

E

2. PEÇA QUE PROTEGE AS PERNAS.

3.

3. JAQUETA EM COURO.

G

I T

4. PEÇA QUE PROTEGE OS PÉS.

4.

5. PEÇA QUE PROTEGE A CABEÇA. 6. PEÇA QUE PROTEGE AS MÃOS.

P

2.

B

O R

5.

C

H

6.

S

PENSANDO SOBRE A ESCRITA QUE PALAVRAS DA CRUZADINHA TÊM O R NO INÍCIO DE SÍLABA? PEITORAL e PERNEIRA.

QUE PALAVRA DAS CRUZADINHAS TEM R NO FINAL DE SÍLABA? PERNEIRA.

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FORME ESTA ÚLTIMA PALAVRA COM SEU ALFABETO MÓVEL. AGORA RETIRE O R E FORME UMA NOVA PALAVRA. ESCREVA-A ABAIXO. Peneira.

SAIBA MAIS A CULTURA DO VAQUEIRO VAI ALÉM DAS ROUPAS E ACESSÓRIOS QUE USA NO DIA A DIA. A MÚSICA DESSA TRADIÇÃO É A TOADA DE BOI, CANTADA NORMALMENTE EM DUPLA, SEM INSTRUMENTOS MUSICAIS. A TOADA CONTA HISTÓRIAS DE CARREIRAS NO MATO, DE VAQUEIROS AFAMADOS OU DE AMORES NÃO CORRESPONDIDOS. NO INÍCIO DA TOADA, HÁ O ABOIO, UMA MELODIA IMPROVISADA PELO VAQUEIRO PARA CONDUZIR E ACALMAR O GADO PELAS ESTRADAS. VOCÊ PODE OUVIR UM VAQUEIRO ABOIANDO NA INTERNET, PESQUISANDO POR “TOADA DE BOI” OU “ABOIO DE VAQUEIRO”. SEU PROFESSOR PODE AJUDAR. ASSISTA, TAMBÉM NA INTERNET, AO DOCUMENTÁRIO “VAQUEIROS DE UNIÃO” SOBRE VAQUEIROS DA CIDADE DE UNIÃO, NO PIAUÍ, CONHECIDA COMO A “CIDADE DOS VAQUEIROS”. PARA SABER MAIS SOBRE O ABOIO, CONSULTE O TEXTO DO SITE DA FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO NO ENDEREÇO: <http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index. php?option=com_content&view=article&id=89&Itemid=180>.

PARA LER CONHEÇA AGORA UMA TOADA DE BOI, GRAVADA PELO CORAL ABOIOS DE SERRITA, DE PERNAMBUCO. O VÍDEO PODE SER ACESSADO NA INTERNET. BUSQUE, COM A AJUDA Leia ou cante a toada DE SEU PROFESSOR, POR: “CORAL ABOIOS – VAQUEIRO HOMEM DO SERTÃO”. com os alunos. Abra

HOMEM DO SERTÃO V AQ U E I R O , H O ME M D O S E R T Ã O CR I AD O PR A CU I D AR D O G AD O Q U E E N T R A N O MAT O F E CH AD O U S AN D O PE R N E I R A E G I B Ã O CO M MU I T A D I S PO S I Ç Ã O D E MO N S T R A S U A B R AV U R A F AZ E N D O A L U T A MAI S D U R A U S AN D O S U A PE R F E I Ç Ã O O G AD O PO R E L E É Q U E R I D O S E M E L E O R E B AN H O N Ã O V I V E V AQ U E I R O É U M D E T E T I V E Q U E T I R A O G AD O D O PE R I G O

espaço para eles apreciarem a melodia.

Depois da primeira aproximação, leia com eles a toada, chamando a atenção para as palavras que rimam, em versos alternados. Copie a toada no quadro para que eles acompanhem a leitura e identifiquem, com sua ajuda, as rimas.

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O N O S S O MAI O R I N I MI G O É A S E CA Q U E V E M E D E MO R A E T O D A PAS T AG E M D E V O R A D E I X AN D O O S O L O V AR R I D O MAS Q U AN D O O S E N H O R V I U T R O V Ã O O S E R T Ã O T O D O S E AN I MA A CH U V A CAI S O B R E A CAMPI N A E O PAS T O R E N AS CE N O CH Ã O D E PO I S D E V I R AR T R AD I Ç Ã O A D E U S A G E N T E PE D E S O R T E Q U E D E I X E O V AQ U E I R O MAI S F O R T E PR O T E J A E S S E N O S S O S E R T Ã O . ELONIR. VÍDEO DISPONÍVEL EM: <http://www.youtube.com/watch?v=CY8q2Covc-U>.

POR QUE O TÍTULO DESTA TOADA É “HOMEM DO SERTÃO”? Porque ela aborda o cotidiano do vaqueiro, um homem do sertão.

ESTA TOADA AFIRMA QUE O VAQUEIRO TEM BRAVURA. VOCÊ CONCORDA? POR QUÊ? Resposta pessoal.

DE ACORDO COM A TOADA, O VAQUEIRO TEM RESPONSABILIDADES E PREOCUPAÇÕES. QUE RESPONSABILIDADES SÃO ESSAS? Cuida do rebanho, afastando-o do perigo.

QUE PREOCUPAÇÕES O VAQUEIRO TEM? Preocupações com a seca do sertão, que consome a vegetação, alimento do rebanho.

VOCÊ GOSTOU DESSA TOADA? POR QUÊ? Resposta pessoal.

PENSANDO SOBRE A ESCRITA RELEIA A TOADA EM VOZ ALTA OU CANTE-A. PRESTE ATENÇÃO ÀS PALAVRAS COM SOM FINAL REPETIDO. O SOM REPETIDO NO FINAL DE ALGUMAS PALAVRAS DE UM TEXTO SE CHAMA RIMA.

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5

EM AÇÃO 1. ESCREVA, NO CADERNO, PALAVRAS QUE RIMAM NA TOADA. OBSERVE OS EXEMPLOS.

SERTÃO – GIBÃO

PERIGO – INIMIGO

2. AS PALAVRAS QUE RIMAM NA TOADA “O HOMEM DO SERTÃO” PODEM RIMAR COM OUTRAS PALAVRAS. LIGUE AS PALAVRAS QUE RIMAM. Reproduza a lista de 3.

Amplie as atividades com rimas, explorando outros textos rimados (quadrinhas, trovas, poemas, canções etc.). O próximo capítulo aprofundará a exploração de rimas na reflexão sobre o sistema de escrita alfabética (SEA). O Manual do Educador também apresenta a importância do trabalho com rimas para a apropriação do SEA.

QUERIDO

AÇÃO

SERTÃO

CORTE

PASTAGEM

VENDIDO

DEVORA

AGORA

FORTE

VIAGEM

palavras no quadro e leia-as com os alunos, identificando as partes lidas. Depois, realize a atividade oralmente, lendo, por exemplo, uma palavra da coluna da esquerda e todas as da direita, para que ele identifique, ainda oralmente, a palavra que rima. Solicite que ele identifique a palavra escrita. Se houver dificuldade, faça uma análise da pauta sonora da palavra procurada, perguntando com que letra ela começa, o que vem depois etc.

4. CIRCULE, EM CADA PAR ACIMA, A PARTE DA PALAVRA QUE RIMA.

PENSANDO SOBRE A LÍNGUA CONVERSE COM SEUS COLEGAS: A TOADA É GUARDADA NA MEMÓRIA DOS ABOIADORES, QUE RELEMBRAM A LETRA. RARAMENTE ELA É REGISTRADA POR ESCRITO, COMO NESTE CAPÍTULO. SE A TOADA NÃO FOSSE RIMADA, SERIA MAIS FÁCIL OU MAIS DIFÍCIL MEMORIZÁ-LA? Seria mais difícil.

MUITAS CANÇÕES TÊM RIMAS. ELAS CONTRIBUEM PARA A MUSICALIDADE DAS CANÇÕES, COM A MELODIA, ALÉM DE AJUDAREM NA MEMORIZAÇÃO DAS LETRAS. VOCÊ CONHECE CANÇÕES, POEMAS OU OUTROS TEXTOS RIMADOS? DÊ UM EXEMPLO. Respostas pessoais.

VOCÊ GOSTA DE TEXTOS COM RIMAS? POR QUÊ? SE QUISER, ESCOLHA UMA CANÇÃO OU POEMA QUE VOCÊ CONHECE DE MEMÓRIA E APRESENTE AOS COLEGAS, CANTANDO, DECLAMANDO OU FALANDO. 106

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2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

=6

03

CONVERSANDO SOBRE O ESPAÇO E AS FORMAS GEOMÉTRICAS EM RODA VAMOS CONVERSAR COM OS COLEGAS SOBRE O CAMINHO QUE PERCORREMOS PARA IR DE NOSSAS CASAS PARA ESCOLA. PARA ISSO, RESPONDA: • QUAIS INFORMAÇÕES SÃO IMPORTANTES PARA EXPLICAR O CAMINHO QUE VOCÊ FAZ? • VOCÊ VAI A PÉ OU USA ALGUM TIPO DE TRANSPORTE? QUAL? • NO CAMINHO, EXISTEM AVENIDAS, RUAS, VIELAS, TRILHAS, ESTRADAS, PONTES? • HÁ PLACAS, CONSTRUÇÕES, ÁRVORES, PLANTAÇÕES, RIOS OU OUTROS PONTOS DE REFERÊNCIA QUE AJUDAM A SINALIZAR ESSE CAMINHO? • EXISTE OUTRO CAMINHO PARA IR DE CASA À ESCOLA? CONTE COMO É O CAMINHO Antes de dar continuidade à atividade, é oportuno desenvolver com os alunos a atividade complementar QUE VOCÊ PERCORRE. de localização no espaço.

PARA LER LEIA O RELATO DE UMA PESSOA PARA EXPLICAR O CAMINHO QUE PERCORRE DE CASA PARA O TRABALHO. OBSERVE AS PALAVRAS OU EXPRESSÕES QUE ELA USOU PARA EXPLICAR SEU PERCURSO. MORO NA RUA ALEGRIA, QUE FICA BEM PRÓXIMA DE ONDE TRABALHO. POR ISSO, VOU A PÉ. AO SAIR DE CASA, SIGO EM FRENTE ATÉ A RUA SIMPATIA. VIRO À DIREITA E CONTINUO SEGUINDO ATÉ CRUZAR COM A RUA AMIZADE, ATRAVESSO A RUA E CONTINUO NA MESMA CALÇADA. MAIS OU MENOS NA METADE DO QUARTEIRÃO, FICA A LOJA DE ROUPAS ONDE SOU VENDEDORA.

NO CADERNO DESENHE O CAMINHO PERCORRIDO POR ESSA PESSOA PARA IR DE CASA PARA O TRABALHO. 1. FAÇA UM X NA RESPOSTA CERTA: • A PESSOA MORA NA RUA: SIMPATIA £ • E TRABALHA NA RUA: ALEGRIA £

AMIZADE £ SIMPATIA £

ALEGRIA £ AMIZADE £

X

X

2. MARQUE NO RELATO AS PALAVRAS OU EXPRESSÕES QUE INDICAM O PERCURSO SEGUIDO PELA PESSOA PARA IR DE CASA PARA O TRABALHO. Rua Alegria, próxima, em frente, rua Simpatia, à direita, rua Amizade, na mesma calçada, metade do quarteirão. Oriente os alunos a fazerem o desenho do percurso no caderno ou em uma folha de papel sulfite. Peça a um deles para fazer o desenho no quadro, seguindo orientações do texto, enquanto os demais desenham nos cadernos.

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EM AÇÃO 1. LEIA AS PALAVRAS E EXPRESSÕES A SEGUIR. ELAS AJUDAM A INDICAR A POSIÇÃO DE PESSOAS E OBJETOS E A DESCREVER UM PERCURSO.

ABAIXO

ACIMA AQUI

FORA

ADIANTE

ALI PERTO

À DIREITA

ATRÁS LONGE

À ESQUERDA

AO LADO DE EM CIMA

PRÓXIMO

JUNTO

ONDE

À DISTÂNCIA DE POR AQUI

POR FORA

VIZINHO

DENTRO

PARA DENTRO

2. COMPLETE AS FRASES COM UMA DAS PALAVRAS.

PERTO

DETRÁS

POR ALI

Respostas pessoais.

LONGE

• MINHA CASA FICA

DISTANTE

DA ESCOLA.

• MEU TRABALHO FICA

DE MINHA CASA.

3. DESCUBRA COMO COMPLETAR A CRUZADINHA DA PRÓXIMA PÁGINA USANDO AS DICAS E AS LETRAS INICIAIS E FINAIS DAS PALAVRAS. DICAS

1. ALGO QUE ESTÁ DISTANTE.

6. EM QUE LUGAR.

2. PESSOA QUE MORA BEM PERTO.

7. VIRAR À...

3. NÃO ESTÁ DO LADO DE DENTRO.

8. NÃO ESTÁ DO LADO DE FORA.

4. NAQUELE LUGAR, LÁ.

9. NESTE LUGAR, CÁ.

5. VIRAR À...

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L

1. 2.

V

I

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3.

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7.

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4. VOCÊ PRECISA CONTAR A UMA PESSOA O CAMINHO QUE FAZ PARA IR DE SUA CASA ATÉ O LUGAR EM QUE VOCÊ ESTUDA. A PESSOA NÃO CONHECE O CAMINHO. PENSE EM COMO VOCÊ FARIA ISSO. ) EM SUA EXPLICAÇÃO, VOCÊ USOU ALGUMA PALAVRA OU EXPRESSÃO QUE INDICA LOCALIZAÇÃO? Resposta pessoal.

) COM A AJUDA DO PROFESSOR, ESCREVA ESSAS PALAVRAS OU EXPRESSÕES. Resposta pessoal.

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CONHECENDO ACERVOS EM LIVROS TRABALHOS ARTESANAIS TRADICIONAIS SÃO PARTE DA CULTURA DE UM POVO; POR ISSO, PODEM SER REUNIDOS EM COLEÇÕES E EXPOSTOS. MAS ALGUMAS DESSAS COLEÇÕES SÃO FOTOGRAFADAS, E AS IMAGENS SÃO PUBLICADAS EM LIVROS. ESSA É TAMBÉM UMA FORMA DE DIVULGAR OS ACERVOS QUE NÃO ESTÃO DISPONÍVEIS PARA VISITAS OU TORNÁ-LOS ACESSÍVEIS PARA QUEM NÃO PODE VISITÁ-LOS PESSOALMENTE.

PARA LER VOCÊ JÁ OUVIU FALAR DE LAMPIÃO E MARIA BONITA? JÁ OUVIU FALAR EM CANGACEIROS? OS CANGACEIROS ANDAVAM EM BANDOS PELO SERTÃO NORDESTINO E PRATICAVAM AÇÕES VIOLENTAS. ELES USAVAM ROUPAS SEMELHANTES ÀS ROUPAS DOS VAQUEIROS. POIS BEM, OS OBJETOS A SEGUIR PERTENCERAM A INTEGRANTES DE UM FAMOSO BANDO DE CANGACEIROS E, HOJE, ESTÃO NA COLEÇÃO DE FREDERICO Mostre, no mapa do Brasil, a área aproximada PERNAMBUCANO DE MELLO, UM HISTORIADOR BRASILEIRO. em que os cangaceiros atuavam.

Fred Jordão/Acervo:Instituto Histórico e Geográfico de Maceió ALagoas

Fred Jordão/Acervo:Instituto Histórico e Geográfico de Maceió ALagoas

AGORA VOCÊ VAI LER ALGUMAS IMAGENS COM LEGENDAS.

Chapéu de lampião. Instituto Histórico Geográfico de Alagoas.

Jogo completo de bornais. Instituto Histórico Geográfico de Alagoas.

VOCÊ SABE PARA QUE SERVE UM BORNAL? VEJA DUAS DEFINIÇÕES DE DICIONÁRIO.

bornal Acepções:

substantivo masculino 1 sacola de pano, couro, ou outro material, com alça longa, us. ger. a tiracolo para se carregarem provisões, ferramentas etc. 2 espécie de saco em que comem as cavalgaduras.

HOUAISS. DICIONÁRIO ELETRÔNICO HOUAISS. RIO DE JANEIRO: OBJETIVA, 2009.

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Explore, mais uma vez, o verbete, lendo com os alunos. Neste caso, em que há duas acepções para uma mesma palavra, é preciso usar a indicação dos números para encontrar cada acepção. Explique aos alunos o significado das abreviaturas us. (usado) e ger. (geralmente). Leia com eles cada acepção e discuta sobre a que tipo de bornal a legenda se refere.

QUAL DEFINIÇÃO SE APLICA À PEÇA QUE PERTENCEU A LAMPIÃO?

O CHAPÉU TRAZIA OBJETOS QUE INDICAVAM O PRESTÍGIO. O QUE SE PODE OBSERVAR NO CHAPÉU DE LAMPIÃO A ESSE RESPEITO? Ajude os alunos a perceberem como o chapéu de Lampião se distinguia de outros chapéus, com a aplicação de moedas, além das costuras, pespontos, aplicações e arrebites no couro, formando desenhos e grafismos. O bordado na capa de tecido que envolve os bornais também era um símbolo de poder e luxo.

AS PEÇAS SÃO ANTIGAS OU NOVAS? PELAS INFORMAÇÕES DAS LEGENDAS, QUANTOS ANOS TÊM? Antigas.

A QUEM PERTENCERAM AS PEÇAS? A QUEM PERTENCEM ATUALMENTE? A Lampião. Hoje pertencem a Frederico Pernambucano de Mello.

SE AS PEÇAS NÃO ESTIVESSEM REUNIDAS, EM UMA COLEÇÃO, SERIA MAIS FÁCIL OU MAIS DIFÍCIL PARA AS PESSOAS AS CONHECEREM? EXPLIQUE. Seria mais difícil, porque elas estariam localizadas em diferentes lugares, podendo pertencer a várias pessoas, o que dificultaria visitas ao acervo.

SAIBA MAIS

CANGAÇO

Acervo AbaFilm, Fortaleza

O CANGAÇO ACONTECEU NO SERTÃO DO NORDESTE BRASILEIRO, DESDE O FIM DO SÉCULO XIX ATÉ O COMEÇO DO SÉCULO XX. OS CANGACEIROS, COM SEUS CHAPÉUS DE ABAS LARGAS, ROUPAS DE COURO ENFEITADAS, PUNHAIS E ARMAS DE FOGO NA CINTURA, PRATICAVAM AÇÕES VIOLENTAS POR CAUSA DE DISPUTA PELA TERRA, DISPUTA POR PODER POLÍTICO, VINGANÇA, REVOLTA CONTRA A MISÉRIA E O DESCASO DO PODER PÚBLICO. FUGIAM DAS AUTORIDADES COM FACILIDADE PORQUE CONHECIAM BEM A CAATINGA, AS PLANTAS MEDICINAIS, AS FONTES DE ÁGUA, OS LOCAIS COM ALIMENTO, AS ROTAS DE FUGA Lampião e seu Bando. Fortaleza (CE), 1936. E OS LUGARES DE DIFÍCIL ACESSO.

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PARA PARTE DA POPULAÇÃO DO SERTÃO, OS CANGACEIROS REPRESENTAVAM A CORAGEM E A HONRA. PARA AS AUTORIDADES, ERAM BANDIDOS QUE PRECISAVAM SER ELIMINADOS. UM DOS BANDOS MAIS FAMOSOS DE CANGACEIROS FOI O DE VIRGULINO FERREIRA DA SILVA, CONHECIDO COMO LAMPIÃO, QUE ATUOU ENTRE AS DÉCADAS DE 1920 E 1930 EM TODO O NORDESTE. O BANDO FOI EMBOSCADO E MORTO PELA POLÍCIA EM 1938, NO SERTÃO DE SERGIPE.

EM RODA OS ACERVOS HISTÓRICOS SÃO IMPORTANTES PARA A MEMÓRIA DE UM POVO. É PRECISO CONSERVÁ-LOS E PERMITIR QUE MUITAS PESSOAS OS CONHEÇAM. AS PEÇAS DOS VAQUEIROS, EM COURO, FABRICADAS POR ARTESÃOS, MERECEM SER EXPOSTAS? QUAL O VALOR HISTÓRICO DAS PEÇAS QUE PERTENCERAM A LAMPIÃO E AO SEU BANDO? VOCÊ ACHA QUE AS PEÇAS QUE PERTENCERAM A LAMPIÃO DEVEM SER É possível que alguns alunos considerem errado preservar peças de pessoas PRESERVADAS EM ACERVOS? POR QUÊ? que praticaram atos violentos. Esteja atento para ajudá-los a perceber que, independentemente do julgamento que se faça sobre o cangaço, as peças merecem estar expostas por seu valor cultural e histórico.

SAIBA MAIS É POSSÍVEL CONHECER O ACERVO DE ALGUNS MUSEUS E COLEÇÕES MESMO SEM VISITÁ-LOS PESSOALMENTE. SITES DA INTERNET PERMITEM VISITAS VIRTUAIS E QUALQUER PESSOA PODE CONHECER OS ACERVOS DISPONÍVEIS NESSES LOCAIS. EXPERIMENTE VISITAR OS SEGUINTES SITES: • MUSEU AFROBRASILEIRO, LOCALIZADO EM SALVADOR (BA): <http://www.mafro.ceao.ufba.br/>. • MUSEU CASA DE PORTINARI, LOCALIZADO EM BRODOWSKI (SP): <http://museucasadeportinari.org.br/vrt/index.html>. Desafie os alunos a lerem os dos museus. Ajude-os • MUSEU DA INCONFIDÊNCIA, LOCALIZADO EM OURO PRETO (MG): nomes a comparar a palavra inicial de cada instituição (“museu”), <http://www.museudainconfidencia.gov.br/interno.php>. que se repete. Para despertar o interesse dos alunos pelos museus, é importante dar mais • MUSEU DO ÍNDIO, LOCALIZADO NO RIO DE JANEIRO (RJ): informações a respeito do de cada um. Os sites <http://oiapoque.museudoindio.gov.br/exposicao/tour-virtual/#/>. acervo oferecem essas informações. EM SUA CIDADE, HÁ ALGUM ACERVO EXPOSTO, EM MUSEU, CENTRO CULTURAL OU BIBLIOTECA? Se possível, visite um museu ou acervo da cidade com os alunos. Você deve conhecer antes o acervo disponível, preferência em uma visita guiada ou com monitor, a fim de preparar os alunos. Nessa preparação, ressalte a VOCÊ JÁ O VISITOU? de importância do acervo: raridades, valor histórico-cultural e econômico das peças. Assim, a visita pode ganhar em qualidade, já que a razão de se ter reunido as peças em uma coleção pode ficar mais clara e destaca a relevância O QUE HAVIA LÁ? do que será visto pelos alunos. O QUE VOCÊ CONHECEU OU APRENDEU COM A VISITA? SE FOR POSSÍVEL, AGENDE UMA VISITA COM SUA TURMA. 112

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PRODUZINDO TEXTOS

O BRASIL NAS NOSSAS COLEÇÕES NESTE CAPÍTULO, VOCÊ CONHECEU UMA PARTE DE ALGUNS ACERVOS BRASILEIROS. MUITOS OBJETOS QUE HOJE ESTÃO EM EXPOSIÇÃO EM MUSEUS E CENTROS CULTURAIS JÁ ESTIVERAM GUARDADOS NAS CASAS DAS PESSOAS. ESSAS COLEÇÕES FORAM FORMADAS COM OBJETOS OU IMAGENS QUE TÊM ALGUM VALOR, SEJA PARA O PRÓPRIO COLECIONADOR, SEJA PARA UMA COMUNIDADE, SEJA PARA UM PAÍS INTEIRO. POR EXEMPLO: • OBJETOS QUE MOSTRAM COMO ERA A VIDA COTIDIANA EM UMA ÉPOCA PASSADA; • OBJETOS QUE MOSTRAM A RIQUEZA DA ARTE DE UM POVO; • OBJETOS QUE AJUDAM A IDENTIFICAR A COMUNIDADE QUE OS PRODUZIU; • OBJETOS QUE PERTENCERAM A ALGUÉM COM PAPEL IMPORTANTE NA COMUNIDADE. A atividade de produção escrita deste capítulo (escrita de legendas) está contida nesta proposta de organização de uma exposição.

ORGANIZANDO UMA EXPOSIÇÃO

SERÁ QUE VOCÊ TEM ALGUM OBJETO EM CASA QUE PODERIA SER EXPOSTO À COMUNIDADE? VOCÊ E SEUS COLEGAS IRÃO MONTAR UMA EXPOSIÇÃO COM OBJETOS QUE ESTÃO EM SUAS CASAS. PODE SER UMA EXPOSIÇÃO DE ROUPAS, BRINQUEDOS, FOTOS DE FAMÍLIA OU OUTROS OBJETOS, DESDE QUE TENHAM ALGUM VALOR PARA CADA ALUNO OU PARA A COMUNIDADE COMO UM TODO.

Coleção de louça de porcelana. Seattle Art Museum, 2012.

Fernando Favoretto/Criar Imagem

Yaoyu Chen/Dreamstime.com

UM FERRO DE PASSAR A CARVÃO PODE REVELAR QUE NÃO HAVIA ELETRICIDADE NA ÉPOCA EM QUE FOI PRODUZIDO. UMA BONECA E UM JOGUINHO ELETRÔNICO PODEM FORNECER INFORMAÇÕES SOBRE COMO AS CRIANÇAS BRINCAM.

Ferro a carvão.

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Zaharescu Mihaela Catalina/Dreamstime.com

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Exposição de bonecas de porcelana. Museu Vapriikki, Finlândia, 2012.

DISCUTA COM SEUS COLEGAS QUAL SERÁ O TEMA DA EXPOSIÇÃO E VERIFIQUE QUEM TEM ALGUMA PEÇA. VOCÊS PODEM TAMBÉM BUSCAR PEÇAS INTERESSANTES COM OUTRAS PESSOAS DA COMUNIDADE. EM UM DIA COMBINADO, TRAGAM OS OBJETOS PARA A SALA. DISCUTAM QUAL É A MELHOR FORMA DE ORGANIZÁ-LOS NA EXPOSIÇÃO. SE FOREM OBJETOS, PODEM SER AGRUPADOS PELA FUNÇÃO (RELÓGIOS, ELETRODOMÉSTICOS, FERRAMENTAS ETC.), PELO MATERIAL USADO (EM MADEIRA, EM FERRO, EM TECIDO), PELO LOCAL DE USO (NO TRABALHO, EM CASA ETC.). A DATA TAMBÉM PODE AJUDAR A ORGANIZAR AS PEÇAS. VOCÊS IRÃO AJUDAR O PROFESSOR A ESCREVER AS LEGENDAS DOS OBJETOS, COM * É importante que você, professor, seja o escriba da turma e que registre no quadro, inicialmente, o original dos alunos para depois fazer uma análise da clareza, da relevância das informações e da ANO E CARACTERÍSTICAS DA PEÇA.* texto suficiência delas para os objetivos da legenda. Só então faça os ajustes necessários, sempre negociando com a turma. Durante a produção coletiva, no momento que julgar mais adequado, aproveite para

ORGANIZEM OS OBJETOS EM MESAS, NAS PAREDES OU EM VARAIS, PARA QUE refletir com os alunos sobre escrita de FIQUEM BEM VISÍVEIS. CONVIDEM A COMUNIDADE E APROVEITEM O MOMENTO DE apalavras. APRENDIZADO E TROCAS. Aproveite a oportunidade de divulgar a exposição para explorar práticas de leitura e escrita de cartazes

EM RODA

informativos e de convites. Como são gêneros curtos e do cotidiano, com informações geralmente topicalizadas (expostas uma abaixo da outra), eles podem ser oportunos para que os alunos se arrisquem em leituras autônomas, de palavras e de trechos. É importante que eles tenham contato com alguns exemplos desses gêneros para perceber algumas características em comum.

CONVERSE COM SEUS COLEGAS SOBRE AS SEGUINTES QUESTÕES: A avaliação das aprendizagens pode ser uma oportunidade • O QUE VOCÊ APRENDEU SOBRE OS ACERVOS E COLEÇÕES? para rever tópicos abordados, os alunos em suas • E SOBRE AS LEGENDAS, O QUE VOCÊ PASSOU A CONHECER? ajudando dificuldades. 114

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CONVERSANDO SOBRE O ESPAÇO E AS FORMAS GEOMÉTRICAS LEIO O TRAJETO PERCORRIDO POR UMA PESSOA PARA CHEGAR ATÉ SUA CASA.

A PESSOA DESCE DO ÔNIBUS NA ESQUINA DAS RUAS CEARÁ E AMAZONAS. ELA SEGUE PELA RUA AMAZONAS, PASSA PELO POSTO DE SAÚDE QUE FICA EM FRENTE À PADARIA ESTRELA, ANTES DA RUA PIAUÍ. CONTINUA CAMINHANDO PELA OUTRA QUADRA, ATRAVESSA A RUA BAHIA E, LOGO EM SEGUIDA, VIRA À DIREITA. ELA MORA NA RUA PARÁ, NA TERCEIRA CASA DO LADO ESQUERDO.

Ilustração digital: Estúdio Pingado

VEJA O MAPA DESSE LUGAR.

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= 03 2 + 1. MARQUE NO DESENHO ESTES PONTOS DE REFERÊNCIA: • O PONTO DE ÔNIBUS; • AS PLACAS COM NOMES DAS RUAS: AMAZONAS, CEARÁ, PIAUÍ E PARÁ; • O POSTO DE SAÚDE; • A PADARIA ESTRELA; • A CASA DA PESSOA, NA RUA PARÁ. FAÇA TRAÇOS NO MAPA PARA INDICAR O CAMINHO QUE A PESSOA PERCORRE DO PONTO DE ÔNIBUS ATÉ SUA CASA.

=6

NO CADERNO FAÇA UM DESENHO REPRESENTANDO O CAMINHO QUE A PESSOA FAZ QUANDO SAI DE CASA ATÉ CHEGAR AO PONTO DE ÔNIBUS, QUE FICA NA RUA CEARÁ, ESQUINA COM A O objetivo da atividade é explorar o vocabulário referente à orientação espacial, para a interpretação de um percurso apresentado verbalmente ou por imagem. Ainda não é necessário o uso do significado matemático dos termos direção e sentido, mas deve-se RUA AMAZONAS.

Ilustração digital: Estúdio Pingado

apresentá-los aos alunos. Considere uma reta e dois de seus pontos A e B e compare-a a uma avenida de mão dupla, cuja direção é a ligação bairro-cidade com dois sentidos: centro-bairro e bairro-centro, conforme desenho:

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Professor, ajude os alunos a fazerem a leitura, destacando que: • O automóvel e o ônibus deslocam-se na direção norte/sul. O ônibus segue no sentido norte, enquanto automóvel segue no sentido sul. Ambos estão na mesma direção em sentidos opostos. • A perua e o caminhão deslocam-se na direção leste/oeste e seguem no sentido leste. Ambos estão na mesma direção e no mesmo sentido. • Se a perua virar à direita no cruzamento, ela vai mudar de direção e seguirá no sentido norte. Nesse caso, mudará de direção e de sentido. • Se o caminhão fizer meia-volta, continuará na direção leste/oeste, seguindo no sentido oeste. Ele mudará de sentido, mas não de direção.

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5


Capítulo

5

VERSOS PARA CONTAR, VERSOS PARA CANTAR...

José Patrício/Estadão Conteúdo/AE

Converse com os alunos sobre os versos (cada uma das linhas que formam as estrofes), observando se já ouviram falar, se sabem o que é. É possível que eles conheçam como verso um conjunto de versos – a estrofe, chamada também de “versinho”. Alguns dicionários apresentam esta acepção para verso – uma estrofe qualquer. Entretanto, é importante que os alunos identifiquem o termo como cada linha que compõe a estrofe. A capacidade de identificar cada verso será necessária em atividades futuras de identificação de palavras. Reproduza os textos desta seção no quadro e faça a leitura coletiva de cada um deles, sempre mostrando a parte lida. Durante a leitura, você pode retomar o estudo das sílabas trabalhadas no Capítulo 4. Neste capítulo, os materiais a serem usados são: revistas para recortar, caixas variadas – embalagens de diferentes tamanhos e formas.

NOSSA CULTURA POPULAR É REPLETA DE VERSOS. VERSOS QUE TRAZEMOS NA MEMÓRIA, DA INFÂNCIA OU DAS BRINCADEIRAS REGIONAIS. VERSOS DE LETRAS DE CANÇÕES, VERSOS ACOMPANHADOS POR VIOLAS E VIOLEIROS, VERSOS QUE DESAFIAM O ADVERSÁRIO, VERSOS QUE DENUNCIAM. QUEM NÃO SE LEMBRA DO SEGUINTE VERSO: 117

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B atatinha quando nasce E spalha a rama pelo chão. Mamãezinha quando deita Põe a mão no coração. Domínio público.

ESSA QUADRINHA TAMBÉM É CONHECIDA ASSIM: B atatinha quando nasce S e esparrama pelo chão. Mamãezinha quando deita Põe a mão no coração. VOCÊ CONHECE OUTRA VERSÃO DESTA QUADRINHA? RECITE PARA SEUS COLEGAS. QUEM NÃO SE LEMBRA DA CANTIGA DE RODA, QUE REPETE CADA INÍCIO DE VERSO? S e esta rua se esta rua fosse minha E u mandava eu mandava ladrilhar Com pedrinhas com pedrinhas de br ilhante Para o meu para o meu amor passar N esta rua nesta rua tem um bos que Q ue se chama que se chama solidão D entro dele dentro dele mora um anjo Q ue roubou que roubou m eu coração S e eu roube i se eu roube i teu coração T u rouba ste tu rouba ste o meu també m S e eu roube i se eu roube i teu coração É porque é porque te quero be m Domínio público.

Pergunte aos alunos se conhecem outras versões desses textos e peça que os declamem ou cantem. Converse sobre o motivo de haver variações dos textos populares: em geral, são transmitidos oralmente e, com o passar do tempo, algumas palavras vão sendo trocadas por outras de sentido e sonoridade semelhantes, como em “espalha a rama” e “esparrama”. Informe o que significa a expressão “Domínio popular”. A letra da cantiga apresenta palavras com a letra R em diferentes posições (rua, roubei, amor, mora, coração etc.), retome questões do sistema de escrita alfabética, discutidas no Capítulo 3. Converse também sobre textos em versos, usados para protestar ou denunciar questões sociais.

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EM RODA NO CAPÍTULO 4, VOCÊ CONHECEU A TOADA DE BOI, TEXTO EM VERSOS QUE RIMAM E QUE TRATAM DO OFÍCIO DO VAQUEIRO. MAS VOCÊ SABIA QUE EXISTEM MUITOS OUTROS TEXTOS EM VERSOS? VOCÊ JÁ ASSISTIU APRESENTAÇÕES DE POEMAS, DE REPENTES, DE CORDÉIS, DE TROVAS ? DESCREVA SUA EXPERIÊNCIA PARA OS COLEGAS.

Incentive os alunos a apresentarem seus textos de memória, destacando a importância da entonação. Será interessante comparar a declamação ou leitura oral de um poema com um telejornal, cujos textos são lidos oralmente, mas requerem entonação diferente dos textos versificados. A comparação pode ajudar os alunos a perceberem que a organização em versos tem o objetivo de demarcar ritmo e melodia.

SAIBA MAIS EXISTEM VÁRIAS DEFINIÇÕES PARA VERSO, COMO VOCÊ PODE VER NO VERBETE DE DICIONÁRIO ABAIXO. A PALAVRA É USADA POPULARMENTE PARA NOMEAR POEMAS VARIADOS, EM GERAL CHAMADOS DE “VERSINHO”. NESTA COLEÇÃO, USAMOS A PALAVRA “VERSO” SIGNIFICANDO CADA LINHA QUE COMPÕE UM TEXTO COM UMA OU para mostrar, mais uma vez, aos alunos como um verbete é apresentado em um dicionário. Para isso, siga as VÁRIAS ESTROFES. Aproveite orientações do Capítulo 4. v e r . s o [ La t . versus] sm. 1. ca d a u m a d a s l i n h a s co n ts i t u t i va s d e u m 2 . O g ê n e r o p o é t i co . 3 . Po e si a . 4. qu a d r a o u e st r o f e q u a l q u e r .

p o e m a .

A. B. de H. Ferreira. Mini Aurélio: dicionário da língua portuguesa. 8. ed. Curitiba: Positivo, 2011, p. 781-782.

e s . t r o . f e s.f. g r u p o d e t e r m i n a d o d e ve

r so

s n u m

p o e m a o u t e x t o l í r i co

~ estrófico adj.

Fernando Favoretto/Criar Imagem

A. Houaiss; M. de S. Villar; F. M. de M. Franco. Minidicionário Houaiss da língua portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2004, p. 318.

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EM RODA A SEGUIR, VAMOS CONHECER ALGUNS TEXTOS EM VERSOS. VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM TROVAS? O QUE SABE SOBRE ELAS?

Ajude os alunos a relacionarem o termo “trova” a trovinhas, trovadores etc. Converse sobre esses termos e procure levantar hipóteses sobre o que viria a ser uma “trova”.

PARA LER TROVAS 1 Trova 1 T odo homem que diz que sim D epois de ter dito “ não” ; Primeiro fala o orgulho D epois fala o coração. Luiz Otávio; J. G. de Araújo Jorge (Orgs.). Coleção Trovadores brasileiros. Editora Vecchi, 1959. Trova n. 88. Também disponível em: <www.jgaraujo.com.br>. Acesso em: 10 mar. 2013.

João Guilherme de Araújo Jorge nasceu em 1914, na Vila Tarauacá, no estado do Acre, onde passou a infância. No Rio de Janeiro, concluiu os estudos secundários no Colégio Pedro II e se formou em direito. Foi colaborador de vários jornais cariocas e participou da política do extinto estado da Guanabara. Ficou conhecido como o poeta do povo e da mocidade, pela sua mensagem social e política e por sua obra lírica. Faleceu em 1987.

Trova 2 Ô ninho de passarim, O vinho de passarinhar: S e eu não gostar de mim, Q uem é mais que vai gostar? João Guimarães Rosa. “Campo geral”. In: Manuelzão e Miguilim (Corpo de baile). 7. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1977, p. 90. Analise com os alunos a estrutura das trovas (quatro versos), a presença de rimas e os temas variados sobre a vida cotidiana (relacionamento humano, sentimento etc.).

Manuelzão e Miguilim é um conto escrito por João Guimarães Rosa, que nasceu em Cordisburgo (MG) e viveu entre 1908 e 1967. Foi consagrado por vários prêmios recebidos por outra obra: Grande sertão: veredas. Em Manuelzão e Miguilim, o autor apresenta duas histórias: “campo geral” retrata a infância, contada por Miguilim, um menino inteligente e sensível que mora com a família em Mutum (MG). E “uma história de amor”, que retrata a velhice, contada por Manuelzão, um vaqueiro de 60 anos que não se fixava em lugar algum. Ao retornar a casa, organiza os preparativos para a festa da consagração, em torno da qual gira a história.

Spacca

Disponível em: <www.jgaraujo.com.br/biografia/biografia.htm>. Acesso em: 10 mar. 2013.

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CONVERSE COM SEUS COLEGAS E PROFESSOR SOBRE ESTAS QUESTÕES. 1. O QUE VOCÊ OBSERVOU QUANTO AO NÚMERO DE VERSOS DAS TROVAS?

As duas trovas têm quatro versos.

2. AS TROVAS (OU TROVINHAS) TAMBÉM SÃO CHAMADAS QUADRAS OU QUADRINHAS. O nome quadra indica NA SUA OPINIÃO, POR QUE ELAS RECEBEM ESSE NOME? que são quatro versos. 3. DE QUE TRATAM AS TROVAS QUE VOCÊ LEU?

De comportamento humano, de sentimentos (amor, infelicidade).

PARA LER TROVAS 2 AGORA, LEIA ESTAS OUTRAS DUAS TROVAS.

Trova 3

A situação tá tão feia, Minha grana tão escassa, Q ue o vizinho churrasqueia E eu passo o pão na fumaça! Pedro Ornellas. Disponível em: <www.recantodasletras.com.br/trovas/775399>. Acesso em: 1º fev. 2013.

Trova 4

H á uma espé cie de plantas Q ue vingam sem ter raí zes... Assim são certos sorrisos N os lábi os dos infelizes. Luiz Otávio; J. G. de Araújo Jorge (Orgs.). Coleção Trovadores brasileiros. Rio de Janeiro: Editora Vecchi, 1959. Trova n. 35. Também disponível em: <www.jgaraujo.com.br>. Acesso em: 10 mar. 2013.

1. IDENTIFIQUE DO QUE TRATA CADA UMA DESSAS TROVAS, COLOCANDO O NÚMERO CORRESPONDENTE A ELAS NOS PARÊNTESES CERTOS: ( 4 ) TROVA CONTENDO ENSINAMENTOS, REFLEXÕES ETC. ( 3 ) TROVA QUE SE PROPÕE A FAZER RIR. 2. RELEIA AS PALAVRAS ABAIXO, QUE APARECEM NAS TROVAS: TROVA 1: NÃO – CORAÇÃO TROVA 2: PASSARIM – MIM PASSARINHAR – GOSTAR NINHO – OVINHO TROVA 3: FEIA – CHURRASQUEIA ESCASSA – FUMAÇA TROVA 4: RAÍZES – INFELIZES

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CONVERSE COM SEUS COLEGAS SOBRE AS QUESTÕES ABAIXO: A) O QUE CHAMA ATENÇÃO SOBRE OS SONS FINAIS DESTAS PALAVRAS?

Os sons finais são semelhantes, eles rimam. Se necessário, retome o conceito de rima, visto no Capítulo 4.

B) VOCÊ DIRIA QUE ESTA É UMA CARACTERÍSTICA DAS TROVAS OU QUADRINHAS? POR QUÊ? Espera-se que os alunos reconheçam que a rima é uma característica das trovas ou quadrinhas.

PENSANDO SOBRE A LÍNGUA NA TROVA DE GUIMARÃES ROSA, OBSERVE AS PALAVRAS DESTACADAS: Ô ninho de pas s arim , O vinho de pas s arinhar NA FORMA PASSARIM, A PALAVRA PÁSSARO FOI DITA NO DIMINUTIVO, OU SEJA, DE UMA FORMA QUE PODE INDICAR TAMANHO REDUZIDO, AFETIVIDADE ETC. CONVERSE COM OS COLEGAS: 1. TODAS AS PESSOAS QUE USAM O DIMINUTIVO DE PÁSSARO O FAZEM DESSA Resposta pessoal. Espera-se que os alunos reconheçam diferentes diminutivos de pássaro: FORMA? como passarozinho, passarinho, passarim. 2. OBSERVE AS LETRAS DO QUADRO E ESCREVA-AS NOS ESPAÇOS FORMANDO UMA Algumas dificuldades ortográficas da palavra “passarinho” ainda não foram trabalhadas, mas os alunos podem fazer inferências dos sons. PALAVRA: Analise a pauta sonora de “passarim”, comparando seu número de letras e o número de espaços para escrever. Explore as diferenças entre as terminações IM e INHO quanto à sonoridade e escrita. Solicite que os alunos escrevam a palavra primeiro usando o alfabeto móvel.

O

P

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S

A

A

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R

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N

Passarinho autor pretendia 3. QUE OUTRA FORMA DE FAZER O DIMINUTIVO DE PÁSSARO VOCÊ CONHECE? Omostrar como muitos de nós falamos alguns diminutivos.Pergunte aos alunos como eles falam os diminutivos ESCREVA-A COM UM ALFABETO MÓVEL. de: pouco, café, frio, pão etc. valorizando diferentes falares e evidenciando que é comum não

pronunciarmos a última sílaba por completo e esta forma é perfeitamente aceita na oralidade ou na escrita que pretenda reproduzir/representar o modo como alguém fala. No entanto, vale lembrar que a forma ortográfica da palavra é PASSARINHO, a ser usada em contextos que exijam o uso da escrita padrão.

4. O QUE O AUTOR PARECE TER PRETENDIDO AO ESCREVER O DIMINUTIVO DE PÁSSARO DESTA FORMA: PASSARIM?

5. AGORA, OBSERVE A PALAVRA PASSARINHAR. VOCÊ JÁ TINHA LIDO OU OUVIDO ESSA PALAVRA ANTERIORMENTE? Resposta pessoal. 6. A PALAVRA PASSARINHO INDICA O NOME DE UMA ESPÉCIE ANIMAL. A PALAVRA PASSARINHAR PARECE INDICAR: ( ) OUTRO NOME DE ALGUM SER OU OBJETO. ( ) UMA CARACTERÍSTICA OU QUALIDADE DE UM SER OU OBJETO. * Resposta pessoal. Espera-se que os alunos percebam que é o ato de fazer ( X ) UMA AÇÃO. passarinhos. Informe aos alunos que o autor da quadrinha – João Guimarães Rosa – tinha como característica inventar novas palavras.

7. EM SUA OPINIÃO, O QUE SIGNIFICA A EXPRESSÃO “OVINHO DE PASSARINHAR”?* 8. EM SUA OPINIÃO, A LINGUAGEM USADA NESTA QUADRINHA PARECE SER: Apresente aos alunos exemplos ( ) MAIS FORMAL ( X ) MAIS INFORMAL de usos formais e informais da linguagem.

9. POR QUE VOCÊ ACHA ISSO? Espera-se que os alunos percebam a invenção de palavras.

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SAIBA MAIS A TROVA GAÚCHA DIFERE UM POUCO DAS QUADRINHAS. NELA, DOIS OU MAIS TROVADORES CRIAM VERSOS DE IMPROVISO, ACOMPANHADOS DE ACORDEOM E/ OU VIOLÃO. FOI MUITO POPULAR NA DÉCADA DE 1960 ATÉ MEADOS DOS ANOS 1980, QUANDO OS PROGRAMAS DE AUDITÓRIO NAS RÁDIOS PROPUNHAM DUELOS ENTRE TROVADORES. OS VERSOS SÃO FEITOS EM CONJUNTOS DE SEIS, RIMANDO O SEGUNDO COM O QUARTO E SEXTO. GILDO DE FREITAS FOI UM FAMOSO TROVADOR DO RIO GRANDE DO SUL.

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3 PENSANDO EM NÚMEROS

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PARA LER LETRA DE CANÇÃO A CANÇÃO “OS NÚMEROS” FOI COMPOSTA POR PAULO COELHO E PELO MÚSICO BAIANO RAUL SEIXAS. SEIXAS FICOU CONHECIDO POR MISTURAR ROCK E BAIÃO EM UM

Almeida Rocha/Folhapress

ESTILO ÚNICO. PAULO COELHO É HOJE UM ESCRITOR FAMOSO. Comente que o cantor e compositor Raul Santos Seixas (1945-1989), conhecido como “Maluco Beleza”, é considerado um dos pioneiros do rock no Brasil e ganhou notoriedade com as músicas “Ouro de tolo”, “Mosca na sopa”, “Metamorfose ambulante“ e “Gita”. Se possível, escute a canção com a turma.

Em 21 de agosto de 2009, cerca de duzentos fãs se reuníram para homenagear o cantor e compositor Raul Seixas, no dia em que se completava 20 anos de sua morte.

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Os números

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Meus amigos essa noite E u tive uma alucinação S onhei c’ um monte de “ núm ero” I nvadindo o meu sertão V i tanta coincidê ncia Que fiz essa canção F alar do núm ero um N ão é preciso muito estudo S ó s e casa uma vez F oi um só D eus que criou tudo U ma vida só s e vive S ó s e usa um sobr etudo

Em canções, gênero mais informal, há usos linguísticos que divergem da “norma culta” e que buscam a combinação de palavras com a melodia. Por exemplo: em “pontos ‘cardeal’”, o plural é marcado apenas no início da expressão (como em “várias casa”; “As casa alugada tá conservada.”). Em “c’um monte de número”, há uma contração (eliminação de letras), assim como “emendamos” palavras ao falar (como em “falei pra ele” e “falei pr’ele – contração de para). Explore essas possibilidades, discutindo o que os alunos mais usam e o que seria adequado em contextos mais formais.

E ntre dois o homem luta Por coisas diferentes B em e mal, amor e guerra Preto e br anco, bi cho e gente R ico e pobr e, claro e escuro N oite e dia, corpo e mente E o quatro é importante Q uatro pontos “ cardeal” Q uatro estaçõe s do ano Q uatro pé s tem o animal Q uatro pernas tem a mesa Q uatro dias o carnaval S ete dias da semana S ete notas musicais S ete cores do arco- í ris D as regiõe s divinas E de pintar tanto o sete E u já não aguento mais E só de pensar no doze E u então quase desisto S ão doze os meses do ano D oze os após tolos de Cristo D oze horas meio- dia H aja dito e haja visto E u falei tanto de núm ero T alvez me esqueci de algum Mas as coisas que eu disse N ão são lá muito comum Q uem soube r que conte outro Ou que fique sem nenhum.

Raul Seixas e Paulo Coelho. CD Há 10 mil anos atrás. Universal/Polygram, 1976. Faixa 9. Disponível em: <www.kboing.com.br/raul-seixas/1-1112860/>.

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EM RODA

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DE QUE TRATA ESSA CANÇÃO? VOCÊ SE LEMBRA DE OUTRAS SITUAÇÕES QUANDO PENSA EM NÚMEROS? Leia a letra da canção com os alunos. Explique o significado das palavras que eles não CONVERSE COM SEUS COLEGAS A RESPEITO. conhecerem. Pergunte a opinião deles sobre a canção e os versos de que mais gostaram. Faça com que observem que os versos estão organizados em grupos de seis. Cada grupo é uma estrofe do poema e, neste caso, as estrofes formam uma sextilha. Peça que localizem, por exemplo, a primeira estrofe e leiam o primeiro verso, a quarta estrofe e leiam o quinto verso, o último verso da segunda estrofe.

EM AÇÃO

1. QUANTAS ESTROFES HÁ NA LETRA DA CANÇÃO “NÚMEROS”? 7 estrofes

2. QUANTOS VERSOS HÁ EM CADA ESTROFE DESSE POEMA? 6 versos.

3. CONTE DE SEIS EM SEIS ATÉ ENCONTRAR O NÚMERO DE VERSOS ESCRITOS NESSE POEMA. 6; 12; 18; 24; 30; 36; 42

4. LEIA AS FRASES A SEGUIR E SUBLINHE AS PALAVRAS QUE INDICAM NÚMEROS. A) A OBRA MUSICAL DE RAUL SEIXAS É COMPOSTA POR VINTE E UM DISCOS. B) A CANÇÃO “NÚMEROS” TEM QUARENTA E DOIS VERSOS, SETE ESTROFES, COM SEIS VERSOS EM CADA UMA DELAS. C) RAUL SEIXAS MORREU AOS QUARENTA E QUATRO ANOS DE IDADE. 5. ESCREVA: A) EM ORDEM DO MENOR PARA O MAIOR OS NÚMEROS QUE VOCÊ IDENTIFICOU NO EXERCÍCIO ANTERIOR. 6, 7, 21, 42, 44

B) TODOS OS NÚMEROS QUE FICAM ENTRE 80 E 90. 81, 82, 83, 84, 85, 86, 87, 88, 89.

C) UM NÚMERO MAIOR QUE 100 E MENOR QUE 200. Resposta pessoal.

6. COMPLETE O QUADRO: NÚMERO

COMO SE LÊ

17

dezessete

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VINTE E SEIS

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NÚMERO

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COMO SE LÊ

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trinta e cinco

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CINQUENTA E NOVE

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sessenta e oito

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SETENTA E TRÊS

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oitenta e oito

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noventa e nove

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CENTO E DEZ

5 + =

03

=6

7. A FLIPORTO, FESTA INTERNACIONAL LITERÁRIA DE PERNAMBUCO, PROMOVE UM CONCURSO DE POESIA REALIZADO PELO TWITTER. LEIA A SEGUIR UMA NOTÍCIA SOBRE ESSE CONCURSO. HÁ LACUNAS NESSE TEXTO: MELHORES

A FLIPORTO DIVULGOU A LISTA DOS

EDIÇÃO DO TOC140, CONCURSO DE POEMAS DA POESIA REALIZADO ATRAVÉS DO TWITTER. [...] MAS A COMPETIÇÃO AINDA NÃO TERMINOU: OS INTERNAUTAS PODEM VOTAR NOS PRIMEIROS LUGARES.

SEUS FAVORITOS ENTRE OS

, EO O MAIS VOTADOS VÃO GANHAR PRÊMIOS. • AGORA, COMPLETE AS LACUNAS QUE APARECEM NO TEXTO COM OS NÚMEROS DO QUADRO ABAIXO. Cem, terceira, dez, primeiro, segundo e terceiro.

CEM PRIMEIRO

TERCEIRO DEZ

TERCEIRA SEGUNDO

8. CONVERSE COM OS COLEGAS E VEJA SE VOCÊS ESCOLHERAM OS MESMOS NÚMEROS PARA COMPLETAR AS LACUNAS DO TEXTO. Twitter é um site em que as pessoas escrevem mensagens curtas, com até 140 caracteres (letras, números ou símbolos). As mensagens podem ser lidas e produzidas no Twitter (www.twitter.com). É possível receber as mensagens que alguém envia, desde que se escolha “seguir” quem escreveu. Fonte: Blogfoco, postada por Pedro Neves em 9 out. 2012. Disponível em: <http://www.folhape.com.br/ blogfoco/?cat=53&paged=3>. Acesso em: 6 mar. 2013.

126

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5


2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

2

+

3

PENSANDO SOBRE A ESCRITA

5

6 = 8-

3=

+

2

5 = 6-

5 + =

03

=6

VOCÊ JÁ SABE QUE RIMA É A SEMELHANÇA ENTRE O SOM FINAL DE DUAS OU MAIS PALAVRAS. RELEIA ESTE TRECHO DA TROVA NÚMERO 3:

FEIA – CHURRASQUEIA 1. NESSAS PALAVRAS, A RIMA É ESCRITA DA MESMA FORMA?

Sim

AGORA OBSERVE OUTRAS DUAS PALAVRAS QUE RIMAM:

ESCASSA – FUMAÇA 2. NELAS, A RIMA É ESCRITA DA MESMA FORMA? POR QUÊ?Não. Escassa é escrita com SS e fumaça com Ç. 3. LEIA OUTRAS PALAVRAS EM QUE O SOM FINAL É IGUAL (RIMAM), MAS A ESCRITA É Uva-passa e assa podem rimar tanto com trapaça quanto com DIFERENTE. LIGUE AS PALAVRAS QUE RIMAM: linhaça. Entretanto, observe com os alunos que uva-passa se aproxima mais de trapaça.

PROFISSÃO

UVA-PASSA

TRAPAÇA

CAROÇO

OSSO

EMAGREÇA

ASSA

LINHAÇA

VANESSA

MUNIÇÃO

4. O QUE VOCÊ CONCLUI SOBRE O SOM DE SS E DE Ç? SS e Ç. têm o mesmo som.

Estamos abordando apenas a leitura de SS e Ç. O uso correto dessas letras na escrita não é conteúdo do volume de alfabetização.

5. AGORA LEIA OS PARES DE PALAVRAS A SEGUIR:

JORNAL – MINGAU

ANEL – CHAPÉU

ANIL – PARTIU

DEDAL – PAU

PAPEL – CÉU

FUNIL – SUMIU

ANIMAL – SARAU

PINCEL – VÉU

FUZIL – CAIU

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A) ESSES PARES DE PALAVRAS RIMAM? POR QUÊ? Sim, porque o som final de cada palavra que forma o par é pronunciado da mesma maneira.

B) CIRCULE AS PARTES QUE RIMAM EM CADA PAR DE PALAVRAS. C) MARQUE A RESPOSTA CERTA. AS PARTES QUE VOCÊ CIRCULOU EM CADA PALAVRA FICAM:

£ NO INÍCIO DA PALAVRA £ NO MEIO DA PALAVRA £ NO FIM DA PALAVRA

X

D) QUAL É A PARTE QUE RIMA NOS PRIMEIROS TRÊS PARES DE PALAVRAS? AL

E

AU

E) ESSAS PARTES SÃO ESCRITAS DA MESMA MANEIRA? POR QUÊ? Não; em algumas palavras são escritas com L e em outras, com U. Mostre aos alunos que nos outros pares de palavras também há palavras com som igual e escrita diferente.

6. AGORA OBSERVE OUTRAS PALAVRAS ESCRITAS COM A LETRA L:

POLTRONA

CALÇA

VULTO

FILTRO

POL – TRO – NA

CAL – ÇA

VUL – TO

FIL – TRO

A) NAS PALAVRAS SEPARADAS EM SÍLABAS, CIRCULE AQUELA QUE TEM A LETRA L. POL, CAL, VUL, FIL

B) A LETRA L FICA EM QUE POSIÇÃO NA SÍLABA?

£ NO INÍCIO DA SÍLABA

£ NO MEIO DA SÍLABA

£ NO FIM DA SÍLABA X

C) COMO É O SOM DA LETRA L NAS PALAVRAS QUE VOCÊ ANALISOU? A letra L tem som de U.

7. COMPLETE O TEXTO A SEGUIR COM UMA CONCLUSÃO SOBRE O QUE VOCÊ ACABOU DE VER. USE O QUADRO ABAIXO. EM FINAL DE

E DE .

MESMO SOM DA LETRA

SÍLABAS

, A LETRA

U

TEM O

Em final de palavras e de sílabas (ou de sílabas e de palavras), a letra L tem o mesmo som da letra U.

L

PALAVRAS

8. NAS PALAVRAS A SEGUIR, OBSERVE A POSIÇÃO DA LETRA L E CIRCULE AS SÍLABAS EM QUE ELAS APARECEM:

FLAUTA

GLACÊ

BLOCO

FLANELA

PLÍNIO

BLUSA

CLUBE

GLÓRIA

Reproduza as palavras no quadro e convide voluntários para lerem. Caso encontrem dificuldades nos encontros consonantais com L, faça uma análise da pauta sonora das palavras com os alunos, ajudando-os na leitura. Em seguida, leia as palavras com os alunos, indicando as partes lidas. Se considerar necessário, faça a identificação da sílaba solicitada oral e coletivamente e, só então, solicite que o aluno circule a sílaba.

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• NAS SÍLABAS QUE VOCÊ CIRCULOU, A LETRA L APARECE:

£ NO INÍCIO DA SÍLABA

£ NO MEIO DA SÍLABA X

£ NO FIM DA SÍLABA

9. NESSAS SÍLABAS, AS LETRAS QUE VÊM ANTES E DEPOIS DA LETRA L SÃO:

£ VOGAL E VOGAL £ CONSOANTE E VOGAL £ VOGAL E CONSOANTE £ CONSOANTE E CONSOANTE X

• COMO LEMOS AS SÍLABAS QUE VOCÊ CIRCULOU? Faça uma leitura coletiva das sílabas marcadas pelos alunos, destacando o encontro consonantal estudado.

Jlye/Dreamstime.com

10. OBSERVE AS IMAGENS A SEGUIR E LIGUE-AS ÀS PALAVRAS QUE DÃO NOME A ELAS.

FOR

Luciana Whitaker/Pulsar Imagens

Sunheyy/Dreamstime.com

Steve Campbell/Getty Images

FLOR

FLECHA FECHA

PLUMA PUMA

TEMPO TEMPLO

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11. COMPLETE O TEXTO ABAIXO COM AS PALAVRAS DO QUADRO, FORMANDO UMA CONCLUSÃO SOBRE O QUE VOCÊ APRENDEU: A LETRA L QUANDO COLOCADA ENTRE UMA

E UMA

consoante

palavra MUDA A E TAMBÉM SEU SIGNIFICADO, COMO EM: ATAS (REGISTROS DO QUE SE PASSOU EM REUNIÕES) E ATLAS (COLEÇÃO DE MAPAS). vogal

Exemplifique “atas”, mencionando reuniões de condomínio, de sindicatos e “atlas”, mostrando algum exemplar escolar.

PALAVRA

VOGAL

CONSOANTE

EM AÇÃO 1. CIRCULE AS PALAVRAS EM QUE A LETRA L TEM SOM DE U:

LARANJA

MEL

MELANCIA

Mel - almeirão

LEITE

ALMEIRÃO

2. AGORA, TRANSFORME AS PALAVRAS A SEGUIR EM OUTRAS, INSERINDO A LETRA L NA PRIMEIRA SÍLABA: CARO –

.claro

PENA –

.plena

PANO –

.plano

PACA –

.placa

CORO –

.cloro

3. COMPLETE AS QUADRINHAS A SEGUIR COM PALAVRAS QUE RIMAM COM AS Reproduza as quadrinhas no quadro, leia-as com os alunos e procure levantar possíveis rimas. PALAVRAS DESTACADAS: Explore a grafia das palavras sugeridas e verifique qual se encaixa melhor na quadrinha. N ossos coraçõe s unidos, Q ue nasceram s eparad os . S ão laços de amor tecidos, N ão podem ser

.rasgados Mário Pirata. Versos para namorar. Tramandaí: SVB Edição & Arte, 2008, p. 8.

A roseira quando nasce T oma conta do j ard im . E u també m ando bus cando Q uem tome conta de

.

mim

Mário Pirata. Versos para namorar. Tramandaí: SVB Edição & Arte, 2008, p. 2.

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NO CADERNO 1. ESCREVA TRÊS PALAVRAS QUE RIMAM COM OS NOMES A SEGUIR:

ROSA

MARGARIDA

VIOLETA

Faça a correção coletiva no quadro, explorando a escrita das palavras. Para as rimas de “rosa”, aceite palavras com Z e aproveite para mostrar que S tem som de Z quando aparece entre duas vogais. Isso será abordado nos próximos capítulos.

2. A SEGUIR, VOCÊ VAI LER QUADRINHAS COM OS VERSOS EMBARALHADOS. ORGANIZE OS VERSOS E DESCUBRA QUAIS SÃO AS QUADRINHAS. DEPOIS, ESCREVA-AS NO a realização das atividade, é importante que o aluno que ainda não leia autonomamente tenha as quadrinhas de memória, para que saiba que CADERNO: Para texto está tentando colocar em ordem. Para os alunos que demonstram alguma autonomia de leitura, o desafio só acontecerá se eles não souberem de antemão o texto que estão procurando. Assim, forme grupos para receberem orientações diferentes.

S ó nã o passa Mariana L á no alto daquele morro Minha doce namorada. Passa boi passa boi ada

Com a escrevo amor Com p escrevo paixão Com m escrevo Maria Q ue roubou m eu coração

Domínio público.

Domínio público.

Faça uma análise da segmentação das palavras da última quadrinha, comparando-a com a primeira. Ajude os alunos a perceberem a necessidade dos espaços entre as palavras e onde eles deveriam estar. Uma variação da atividade é propor as quadrinhas cortadas em palavras para aqueles que já dominam a leitura de algumas sílabas, cortadas em letras para aqueles que já leem autonomamente e cortada em versos para aqueles que ainda não leem autonomamente. Nesse caso, todos devem conhecer o texto que irão montar.

2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

CALCULANDO

2

+

3

5

6 = 8-

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

03

=6

EM AÇÃO O PRÊMIO DE UM CONCURSO LITERÁRIO É UMA COLEÇÃO COM CINCO LIVROS QUE PODEM SER ESCOLHIDOS ENTRE POESIA E ROMANCE. VAMOS DESCOBRIR MANEIRAS DE ORGANIZAR A COLEÇÃO COM ESSES DOIS TIPOS DE LIVRO. UMA COLEÇÃO PODE TER: • CINCO LIVROS DE POESIA. • CINCO ROMANCES. • UM LIVRO DE POESIA E QUATRO ROMANCES. • UM ROMANCE E QUATRO LIVROS DE POESIA. 1. DE QUE OUTRAS MANEIRAS PODE-SE ORGANIZAR ESSA COLEÇÃO? Dois livros de poesia e três romances, três livros de poesia e dois romances.

2. COMPARE SUA RESPOSTA COM AS DOS COLEGAS. HÁ MANEIRAS DIFERENTES DAS QUE VOCÊ PENSOU? Resposta pessoal.

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

5 = 6-

3

5 + =

=6

= 03 2 + PODEMOS REGISTRAR AS MANEIRAS DE ORGANIZAR A COLEÇÃO USANDO NÚMEROS E OS SINAIS + (MAIS) E = (IGUAL). VEJA: LIVRO DE COLEÇÃO DE IGUAL A POESIA LIVROS

ROMANCE

MAIS

CINCO ROMACES

5

+

0

=

5

CINCO LIVROS DE POESIA

0

+

5

=

5

UM ROMANCE E QUATRO LIVROS DE POESIA

1

+

4

=

5

DOIS ROMANCES E TRÊS LIVROS DE POESIA

2

+

3

=

5

QUATRO ROMANCES E UM LIVRO DE POESIA

4

+

1

=

5

3. COMO A COLEÇÃO PODE SER ORGANIZADA COM QUATRO LIVROS? ESCREVA AS RESPOSTAS NO QUADRO A SEGUIR. ROMANCE

MAIS

LIVRO DE POESIA

IGUAL COLEÇÃO DE A LIVROS

Quatro romances

4

+

0

=

4

Quatro livros de poesia

0

+

4

=

4

Um romance e três livros de poesia

1

+

3

=

4

Dois romances e dois livros de poesia

2

+

2

=

4

Três romances e um livro de poesia

3

+

1

=

4

NESTA ATIVIDADE, VOCÊ APRENDEU A OPERAÇÃO ADIÇÃO. PARA ESCREVER A ADIÇÃO, USAMOS NÚMEROS E OS SINAIS + (MAIS) E = (IGUAL). O RESULTADO DA ADIÇÃO É A SOMA.

NO CADERNO 1. COM NÚMEROS DE 0 A 10 E OS SINAIS + E =, ESCREVA TODAS AS POSSIBILIDADES DE ORGANIZAR: • UM GRUPO DE 6 PESSOAS COM HOMENS E MULHERES. • UM PACOTE COM COCADAS E PAÇOCAS, CONTENDO 10 DOCES. • UMA CAIXA COM 8 LÁPIS PRETOS E COLORIDOS. 132

Grupo de pessoas: 0 + 6 = 6; 1 + 5 = 6; 2 + 4 = 6; 3 + 3 = 6; 4 + 2 = 6; 5 + 1 = 6; 6 + 0 = 6; pacotes de doces: 0 + 10 = 10; 1 + 9 = 10; 2 + 8 = 10; 3 + 7 = 10; 4 + 6 =10; 5 + 5 = 10; 6 + 4 = 10; 7 + 3 = 10; 8 + 2 = 10; 9 + 1 = 10; 10 + 0 = 10; caixas de lápis: 0 + 8 = 8; 1 + 7 = 8; 2 + 6 = 8; 3 + 5 = 8; 4 + 4 = 8; 5 + 3 = 8; 6 + 2 = 8; 7 + 1 = 8; 8 = 0 = 8. Essa atividade introduz o estudo da adição, apresentando os sinais + e =, a fim de que os alunos comecem a construir um repertório de somas a ser usado no cálculo mental. As diversas maneiras de organizar a coleção possibilitarão a observação de diferentes escritas aditivas para obter 5. É importante familiarizar o uso do vocabulário matemático pertinente: o nome da operação é adição, o sinal que indica a adição é + (mais), o resultado da adição é a soma. Trata-se de uma atividade preparatória para a construção e organização dos fatos fundamentais da adição, sugerida como atividade complementar. Ao organizar os fatos fundamentais, destaque o papel do zero (5 + 0 = 5 e 0 + 5) e a comutatividde na adição (2 + 3 = 5 e 3 + 2 = 5).

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5


5 = 6

5 6 15 = + 5 2 + payada, 2 3 6 6 * O termo grafado com Y, é usado nos países de língua espanhola, onde a pajada também circula. Em alguns deles, o Y tem som + = na grafia do português brasileiro. = = 8 = = parecido com J, letra usada 3 + 3 4 3 0 2 5

5

=6

PARA LER PAJADA (OU PAYADA)

1. VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM PAJADA (OU PAYADA)? O QUE SABE SOBRE ELA? * 2. ANTES DE LER O TEXTO ENTRE FLORES E ESPINHOS, OBSERVE COMO ELE ESTÁ Leia o texto uma primeira vez para APRESENTADO NA PÁGINA. QUE PISTAS ISSO DÁ SOBRE O TEXTO?

Entre flores e espinhos

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

( 1) Q uando sonha o pessimista Parece haver pesadelo. Por não querer ser s inu elo Perde a chance de conquista. Poré m se é o otimista O sonho vira projeto. Por ser pelead or inquieto Com sonho não se conforma, Pega a ilusão e a transforma E m algo lindo e concreto.

( 3) Q uando fala um pessimista H á um resmungo na fala E uma tristeza que aba la Q ualquer um que o assista. Q uando cala um otimista, Pois falar não é preciso, B rota na face um sorriso D e uma fé vitoriosa. S ua expressão silenciosa É a voz do paraí so.

( 2) Q uando perde o otimista V ê na perda uma experiê ncia. A sua própr ia consciê ncia N ão permite que desista. Poré m se a um pessimista L he ba te à porta a vitór ia, Ao invé s de ver a glór ia Conquista junto um temor E justifica o pavor Com desgraçados da histór ia.

( 4) Q uando parte um otimista N ovo horizonte vislumbr a, Aproveitando a penu m b ra pra descansar sua vista. Q uando parte um pessimista V ê lonjuras no caminho, Amarga à noite sozinho, Mas no mesmo corredor Otimista enxerga a or E pessimista o espinho.

os alunos. É importante que você já o tenha lido algumas vezes, tomando ciência de palavras que eles possam não conhecer e que, porventura, interrompam o ritmo da leitura. Lembre-se de que os textos poéticos são propícios à leitura oral e a leitura do professor deve ser modelo para os alunos. Depois, convide os alunos a identificarem as palavras que vêm acompanhadas de boxes e levante hipóteses sobre a função desses boxes. Leia uma das definições para eles, relacionando-a à palavra que a originou. Questione a relevância dessas informações, leia as demais palavras destacadas com as respectivas definições. Proponha a leitura da pajada pelos alunos, conforme orientado em outros capítulos.

GLOSSÁRIO

Peleador:aquele que briga, que peleja facilmente. Penumbra: sombra, meialuz. Sinuelo: gado manso, acostumado ao curral, que se junta ao bravo, para lhe servir de guia; cabresto.

Paulo de Freitas Mendonça. Disponível em: <http://www.nativismo.com.br/paulodefreitasmendonca/decimas_pajadas.htm>. Acesso em: 1o fev. 2013.

133

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3. EM CADA ESTROFE, O AUTOR FALA DE SITUAÇÕES DIANTE DAS QUAIS AS PERSONALIDADES DISTINTAS SE COMPORTAM. LIGUE AS COLUNAS, INDICANDO O TEMA DE CADA ESTROFE.

ESTROFE 1

FALA E SILÊNCIO

ESTROFE 2

PARTIDA

ESTROFE 3

SONHO

ESTROFE 4

PERDA

NO CADERNO 1. NA PAJADA QUE VOCÊ LEU, O AUTOR DESCREVE DUAS MANEIRAS DISTINTAS DE ENCARAR A VIDA. AO FAZER ISSO, ELE DÁ UMA CARACTERÍSTICA A CADA PESSOA QUE AGE DE UM JEITO. QUE CARACTERÍSTICAS SÃO ESSAS? Pessimista e otimista. 2. COMO O AUTOR DESCREVE ALGUÉM QUE VÊ NA PERDA UMA EXPERIÊNCIA?Otimista. 3. COMO O AUTOR DESCREVE ALGUÉM QUE NÃO TRANSFORMA SEUS SONHOS EM PROJETOS? Pessimista.

PENSANDO SOBRE A LÍNGUA 1. NA PRIMEIRA ESTROFE, VOCÊ OBSERVOU UMA NUMERAÇÃO ENTRE PARÊNTESES. EM TEXTOS POÉTICOS, OS VERSOS NÃO APARECEM NUMERADOS. NUMERAMOS Faça as questões oralmente com os alunos e, em seguida, proponha a AQUI, APENAS PARA FACILITAR A SUA ANÁLISE. escrita das respostas, analisando a pauta sonora das palavras. É provável A) O QUE A NUMERAÇÃO INDICA?

que a dificuldade com o SS fique mais evidente. Aproveite para mostrar essa forma de se fazer o som de “sapato”, “certo”, mostrando que ela não aparece em início de palavra. Espera-se que o aluno reconheça o número de versos.

B) QUANTOS VERSOS HÁ EM CADA ESTROFE? 10 versos. 134

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C) TODAS AS ESTROFES DA PAJADA TÊM O MESMO NÚMERO DE VERSOS? Sim. D) O QUE VOCÊ CONCLUI DISSO? .

Espera-se a conclusão de que a pajada tem como característica um número fixo de versos (10).

2. OBSERVE OS VERSOS QUE RIMAM NA PRIMEIRA ESTROFE DA PAJADA E COMPLETE Primeiro, identifique as palavras que rimam em cada estrofe e peça aos alunos que as liguem com linhas. Depois, que identifiquem os versos em que elas se localizam. É importante que os alunos estejam seguros quanto à OS ESPAÇOS ABAIXO. peça identificação das rimas para a realização da atividade. Se considerar necessário, faça a atividade coletivamente. Depois de concluída toda a análise das rimas no gênero pajada, volte às palavras que rimam e explore a escrita das palavras. 4o 5o

A) O 1O VERSO RIMA COM O

EO

B) O 2O VERSO RIMA COM O

3o

C) O 6O VERSO RIMA COM O

7o

D) O 8O VERSO RIMA COM O

9o

.

. EO

10o

.

.

3. AGORA, NUMERE OS VERSOS DAS DEMAIS ESTROFES E VEJA EM QUAIS DELES AS de 1 a 10, rimas nos mesmos versos RIMAS ACONTECEM, COMO VOCÊ FEZ ANTERIORMENTE. Numeração da atividade anterior. Espera-se que o aluno conclua que, na pajada, os versos que rimam

4. O QUE VOCÊ CONCLUI SOBRE AS RIMAS NA PAJADA? estão sempre localizados na mesma posição em todas as estrofes.

5. EM SUA OPINIÃO, A LINGUAGEM UTILIZADA NA PAJADA LIDA É SEMELHANTE À Espera-se que o aluno conclua que pois a pajada apresenta uma LINGUAGEM USADA NA QUADRINHA DE GUIMARÃES ROSA? POR QUÊ? não, linguagem mais formal, enquanto a quadrinha em questão privilegia a informalidade.

6. POR QUE O TÍTULO DA PAJADA É “ENTRE FLORES E ESPINHOS”? EM QUE ESTROFE O título é “Entre flores e espinhos” porque, segundo o autor, o otimista vê DESCOBRIU ISSO? flores onde o pessimista só vê espinhos. Isso é revelado nos últimos versos da última estrofe.

Maps World

Jayme Caetano Braun

SAIBA MAIS

Jayme Caetano Braun, maior representante dos pajadores do Rio Grande do Sul.

A PAJADA É UMA FORMA DE IMPROVISAÇÃO MUSICAL QUE, QUANDO É REGISTRADA POR ESCRITO, LEVA O NOME DE DÉCIMA ESPINELA. ELA ESTÁ PRESENTE NA REGIÃO SUL DO BRASIL E EM PAÍSES COMO ARGENTINA E CHILE. NESTE ÚLTIMO, A PAJADA LEVA O NOME 135

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DE PAYA. ESSA FORMA DE REPENTE BASEIA-SE NA CRIAÇÃO DE ESTROFES DE DEZ VERSOS, COM RIMAS ENTRE O 1O, O 4O E O 5O VERSOS, ENTRE O 2O E O 3O, ENTRE O 6O, O 7O E O 10O VERSOS E ENTRE O 8O E O 9O VERSOS. A RECITAÇÃO OU DECLAMAÇÃO SE DÁ SEMPRE COM O ACOMPANHAMENTO DE VIOLÃO. SEU SURGIMENTO REMONTA A MEADOS DO SÉCULO XVIII NA REGIÃO SUL DA AMÉRICA LATINA. O MAIS FAMOSO PAJADOR DESSA REGIÃO FOI O GAÚCHO JAYME CAETANO BRAUN.

5 = 6

Como a pajada é um gênero textual acompanhado pelo violão, é fundamental que os alunos tenham a oportunidade de ouvir ou assistir a uma pajada em áudio ou vídeo, facilmente localizados na internet, por exemplo, no site: <www.redeglobo.globo.com/rs/rbstvrs/

Acesso em: 2 fev. 2013. 5 galpaocrioulo/noticia/2013/01/video-no-dia-do-pajador-gaucho-confira-homenagem-do-galpao.html>. 5 5 6 + 5 2 + 15 = = 6 2 3 6 = = 8 = = 3 NO + 3 CADERNO 0

+

4

3

2

=6

ENCONTRE AS RESPOSTAS PARA CADA UMA DAS SITUAÇÕES A SEGUIR E REGISTRE AS SOLUÇÕES QUE VOCÊ ENCONTRAR. 1. CONTE OS PRIMEIROS 5 VERSOS DA PAJADA “ENTRE FLORES E ESPINHOS”. DEPOIS, CONTE OS PRÓXIMOS 7 VERSOS. QUANTOS VERSOS VOCÊ CONTOU ATÉ ESTE MOMENTO? 12 VERSOS. 2. SE VOCÊ CONTOU 12 VERSOS E QUER CHEGAR EM 20, QUANTOS VERSOS AINDA TERÁ DE CONTAR? 8 VERSOS. 3. A PAJADA TEM 40 VERSOS. ATÉ O FINAL DA TERCEIRA ESTROFE, VOCÊ CONTOU 30 VERSOS. QUANTOS VERSOS TERÁ DE CONTAR PARA CHEGAR AO FINAL DA PAJADA?10 versos. 4. RETOME A CONTAGEM DOS VERSOS CONTANDO PRIMEIRO 8, DEPOIS 7 E EM SEGUIDA 3 VERSOS. QUANTOS VERSOS VOCÊ CONTOU? 18 VERSOS. 5. VOCÊ CONTOU 10 VERSOS E CHEGOU NO 25. QUANTOS VERSOS VOCÊ JÁ HAVIA CONTADO ANTES? 15 VERSOS. 6. VOCÊ JÁ CONTOU 25 VERSOS E VAI CONTAR MAIS 15 VERSOS. QUANTOS VERSOS 40 versos. A contagem dos versos da pajada é uma estratégia para propor situações-problema que permitam explorar TERÁ CONTADO NO FINAL? diferentes significados da adição e da subtração. Um desses significados envolve a ideia de combinação, na qual se

associam dois termos para obter um terceiro (ação de juntar e separar). Explique que os problemas geralmente são apresentados por meio de um texto com várias informações e uma pergunta a ser respondida. Por isso, é importante interpretar corretamente o enunciado, pensar num plano de solução, executar o plano e comunicar a resposta obtida.

PENSANDO SOBRE A ESCRITA – LETRAS CURIOSAS: H E X A SEGUIR, VOCÊ VAI ENCONTRAR ALGUMAS PALAVRAS INICIADAS COM A LETRA H. LEIA-AS COM O PROFESSOR.

HOMEM

HORA

HORRÍVEL HARMONIA HIDRÔMETRO HUNGRIA

HARAS HELICÓPTERO

HORTA

HERÓI

HEXACAMPEÃO HORTELÃ

HIPOPÓTAMO HUMILDE HÁBITO HABILITAÇÃO HUMANO

136

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AGORA, CONVERSE COM SEUS COLEGAS E PROFESSOR. 1. NAS PALAVRAS QUE VOCÊ LEU, A LETRA H TEM SOM?

Não.

2. QUAL É O PRIMEIRO SOM PRONUNCIADO NESSAS PALAVRAS? O som da segunda letra. 3. NESSAS PALAVRAS, A SEGUNDA LETRA É SEMPRE UMA VOGAL OU UMA CONSOANTE? Uma vogal. 4. O QUE VOCÊ CONCLUI SOBRE A LETRA H NO INÍCIO DE PALAVRAS? COMPLETE O TEXTO A SEGUIR, USANDO PALAVRAS DO QUADRO.

PRIMEIRA

NÃO

SEGUNDA

INÍCIO

SOM

A LETRA H, NO

FIM

CONSOANTE

DAS PALAVRAS

TEM

.

LETRA EM

POR ISSO, FALAMOS SOMENTE O SOM DA Informe aos alunos que somente quatro palavras do quadro serão usadas. DIANTE. Ajude-os a desenvolver estratégias para a resolução deste tipo de atividade,

Registre as palavras citadas pelos alunos. É provável que muitos deles já tenham memorizado palavras de referência e outras comuns ao universo deles grafadas com X. Mas é possível que algumas dessas palavras sejam grafadas com CH. Reproduza todas no quadro e explore o som da letra X em cada uma delas. Se houver palavras grafadas com CH, destine uma atenção especial a elas, questionando por que foram citadas com X, evidenciando o mesmo som para X e para CH.

orientando-os a marcar as palavras já utilizadas. Esclareça também que elas, nem sempre, são usadas na ordem em que aparecem no quadro de opções.

5. CONVERSE COM SEUS COLEGAS E PROFESSOR.

• VOCÊ CONHECE PALAVRAS ESCRITAS COM A LETRA X? • CITE ALGUMAS. O PROFESSOR VAI ESCREVÊ-LAS NO QUADRO.

A SEGUIR, VOCÊ VAI ENCONTRAR ALGUMAS PALAVRAS ESCRITAS COM A LETRA X. as palavras no quadro e proponha a leitura dos alunos. Depois, faça uma leitura coletiva, destacando os LEIA-AS COM O PROFESSOR. Reproduza diferentes sons da letra X.

EXAME XEPA XOTE TEXTO

TÁXI

LUXO MÁXIMO

CAIXA ENXAME

EXPERIÊNCIA EXCELENTE

FIXO VEXAME

LIXO XÍCARA

6. NESSAS PALAVRAS, A LETRA X:

£ NÃO TEM SOM. £ TEM O MESMO SOM EM TODAS AS PALAVRAS. £ TEM SONS DIFERENTES EM DIFERENTES PALAVRAS. x

7. CIRCULE AS PALAVRAS DO QUADRO EM QUE A LETRA X TEM O MESMO SOM QUE TEM NA PALAVRA XAROPE. Luxo, xepa, xote, caixa, lixo, enxame, vexame, xícara. 137

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AINDA HÁ POUCO, VOCÊ VIU QUE A LETRA H, EM INÍCIO DE PALAVRA, NÃO TEM SOM. AGORA, LEIA AS PALAVRAS DO QUADRO E OBSERVE O QUE ACONTECE QUANDO A LETRA H SE JUNTA À LETRA C:

BICO – BIC

O

CACO – CAC

Leia com os alunos as palavras e destaque o som de CH e a diferença em relação à palavra antes da inserção da letra H. Evidencie a formação de uma nova palavra com, consequentemente, um novo significado. Repita a ação para LH e NH, abordados a seguir.

h

Oh

LEIA OUTRAS PALAVRAS ESCRITAS COM CH E OBSERVE O SOM PRODUZIDO POR ESTAS DUAS LETRAS JUNTAS E NA ORDEM EM QUE APARECEM:

CHINELO CHARRETE

CHUCHU CHEQUE

BUCHO

CHOCOLATE MACHO

BUCHADA

CACHECOL

8. CONVERSE COM SEUS COLEGAS E PROFESSOR. • QUE OUTRA LETRA PODE FAZER O MESMO SOM DE CH? A letra X. lembre os alunos de que a letra X tem AGORA, OBSERVE A ESCRITA DAS PALAVRAS ABAIXO: Professor, outros sons além do de CH.

TELA – TEL

Ah

CAVALEIRO – CAVAL VELA – VEL

EIRO h Ah

9. AO ACRESCENTARMOS A LETRA H ÀS PALAVRAS, O QUE ACONTECE? 10. LEIA E ANALISE OS PARES DE PALAVRAS A SEGUIR.

Espera-se que o aluno perceba que muda a pronúncia e forma-se uma nova palavra, com outro significado.

TINA – TINHA PENA – PENHA

Espera-se que o aluno perceba que muda a pronúncia e forma-se uma nova palavra, com outro significado.

• AO ACRESCENTARMOS A LETRA H À PRIMEIRA PALAVRA, O QUE ACONTECE? 138

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EM AÇÃO FORME PALAVRAS NOVAS COM AS PALAVRAS DO QUADRO, ACRESCENTANDO A LETRA H:

sonho

B O L A Valentyn75/Dreamstime.com

Renzzo/Dreamstime.com

galho

C Á

Youths/Dreamstime.com

S O N O Ingrid Balabanova/Dreamstime.com

GA L O

chá

bolha

NO CADERNO RELEIA A PAJADA “ENTRE FLORES E ESPINHOS” E ENCONTRE PALAVRAS ESCRITAS COM H NO INÍCIO DE PALAVRA, COM NH, CH E LH. ESCREVA-AS NO CADERNO. há, história, horizonte, sonha, sonho, caminho, espinho, sozinho, chance, lhe.

SAIBA MAIS ORIGINALMENTE, SARAU ERA UMA FESTA NOTURNA, REALIZADA EM CASAS PARTICULARES, COM O OBJETIVO DE OUVIR MÚSICA E/OU POESIA, DANÇAR E CONVERSAR. TELENOVELAS E MINISSÉRIES DE ÉPOCA COSTUMAM MOSTRAR OS SARAUS DO MODO COMO ERAM REALIZADOS ANTIGAMENTE. HOJE EM DIA, OS SARAUS SÃO FEITOS EM ESCOLAS, EM BARES NOTURNOS, EM MUSEUS OU EM QUALQUER LUGAR ONDE SE DESEJE DIVULGAR E CONHECER NÃO SÓ MÚSICA E TEXTOS POÉTICOS, MAS TAMBÉM OUTRAS MANIFESTAÇÕES CULTURAIS. O SARAU DO BROWN (LÊ-SE BRÁUM) É UM EVENTO MULTICULTURAL EM QUE O CANTOR E COMPOSITOR CARLINHOS BROWN REÚNE EM SALVADOR (BA) GRANDES NOMES DA MÚSICA, APRESENTAÇÕES DE DANÇA, MODA, ARTES VISUAIS, CIRCO, GASTRONOMIA E ARTESANATO. OUTRO EXEMPLO É O EVENTO “MULHERES AMAZÔNICAS”, QUE ACONTECEU EM MANAUS (AM), REUNINDO SARAU E EXPOSIÇÃO DE PRODUTOS DE MULHERES DA AMAZÔNIA. PARA SABER MAIS SOBRE O “SARAU DO BROWN”, ACESSE <www.carlinhosbrown. com.br/noticias>. PARA SABER SOBRE O EVENTO “MULHERES AMAZÔNICAS”, ACESSE <www3.manaus. am.gov.br/prefeitura-promove-sarau-e-exposicao-%E2%80%9Cmulheres-amazonicas-2/>. PARA VER UM SARAU EM VÍDEO, ACESSE UM SITE DE PESQUISA DA INTERNET E BUSQUE POR: VÍDEOS, SARAU. Se, na sua escola, houver rede de computadores conectados à internet, realize a busca juntamente com os alunos, escolhendo um site de busca, indicando o local de inserção de palavras de busca e o campo destinado ao tipo de texto procurado (texto [verbal], imagem, vídeo). É importante ajudar os alunos a selecionarem palavras-chave para a busca do que se quer. O Sarau da Cooperifa (São Paulo) e a minissérie “Chiquinha Gonzaga” (Rede Globo de Televisão) são bons modelos de saraus de diferentes épocas.

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APRESENTANDO-SE EM UM SARAU VOCÊ E SEUS COLEGAS VÃO ORGANIZAR UM SARAU DE POEMAS, TROVAS OU PAJADAS OU DE TEXTOS EM VERSOS MAIS COMUNS NA SUA REGIÃO. SIGAM OS PASSOS A participação deve ser voluntária, mas incentive os alunos de modo que boa quantidade deles se interesse pelo trabalho. A SEGUIR.

PESQUISANDO OS TEXTOS • ESCOLHA O TIPO DE TEXTO QUE PRETENDE APRESENTAR. PODE SER UMA QUADRINHA, UMA TROVA, UMA PAJADA, UM POEMA OU OUTRO TEXTO EM VERSOS. A expressão “tipo de texto” usada aqui não se refere a tipologias textuais. Ela está sendo usada no senso comum, para facilitar o entendimento do aluno.

• PROCURE COM PARENTES OU CONHECIDOS, EM LIVROS OU NA INTERNET ALGUNS EXEMPLARES DO TIPO DE TEXTO QUE VOCÊ ESCOLHEU. • ESCOLHA UM DELES PARA APRESENTAR E MOSTRE AO PROFESSOR, QUE VAI AJUDAR VOCÊ NA LEITURA DO TEXTO.

PREPARANDO-SE PARA A APRESENTAÇÃO • TREINE A LEITURA OU MEMORIZE O TEXTO, ATENTANDO PARA QUE A LEITURA OU DECLAMAÇÃO SEJA EXPRESSIVA. ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA CONQUISTAR A PLATEIA DE UM SARAU. • APRESENTE-SE PARA UM COLEGA E PEÇA A ELE QUE FAÇA UMA AVALIAÇÃO, OBSERVANDO O QUE PRECISA SER MELHORADO NA SUA LEITURA OU Alguns alunos podem preferir se apresentar em grupo, em jogral. Ajude-os a se organizarem para um jogral, pois eles devem

DECLAMAÇÃO.escolher as partes que serão lidas em grupo e as que cada integrante do jogral lerá.

PREPARANDO A APRESENTAÇÃO • COM OS COLEGAS, ORGANIZE A ORDEM EM QUE OS TEXTOS SERÃO APRESENTADOS. VOCÊS PODEM AGRUPÁ-LOS EM TROVAS, PAJADAS, POEMAS E OUTROS TEXTOS EM VERSO QUE APARECEREM. PODEM TAMBÉM AGRUPÁ-LOS POR O agrupamento dos textos em gêneros será útil para que os alunos tenham contato com outros textos de cada um dos

estudados. Para melhor aproveitamento da atividade, providencie um ensaio geral, evidenciando as características TEMAS.gêneros dos gêneros apresentados em cada bloco.

• RETOME COM O PROFESSOR AS CARACTERÍSTICAS DO SEU TEXTO E ESCOLHA UM COLEGA PARA FALAR UM POUCO SOBRE ESSE TIPO DE TEXTO. • ORGANIZEM AS CARTEIRAS NA SALA DE AULA OU EM OUTRO ESPAÇO ONDE O SARAU ACONTECERÁ, DE MODO QUE A PLATEIA POSSA VER E OUVIR COM FACILIDADE. • CONVIDE O PÚBLICO QUE FARÁ PARTE DA PLATEIA, INFORMANDO DATA, HORA E LOCAL DA APRESENTAÇÃO.Se interessar, elabore um convite escrito, impresso ou virtual e aproveite para explorar o gênero.

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APRESENTANDO O SARAU

É importante que você atue como “mestre de cerimônias do evento”. Em eventos futuros, a função pode ser atribuída a outros alunos.

• NO MOMENTO COMBINADO COM O PROFESSOR, APRESENTE O TEXTO QUE VOCÊ PREPAROU. SE HOUVER ALGUÉM QUE TOQUE UM INSTRUMENTO, PODE SE APRESENTAR TAMBÉM. • ESCOLHAM UMA PESSOA DA TURMA PARA, DEPOIS DE TODOS OS TEXTOS APRESENTADOS, AGRADECER A PRESENÇA DA PLATEIA.

AVALIANDO O SARAU • COMO FOI A SUA EXPERIÊNCIA COM O SARAU? • VOCÊ CONSIDERA QUE HÁ UM MODO ESPECIAL DE LER OU DE FALAR (DECLAMAR) ESSES TEXTOS? POR QUÊ? • HOUVE ALGO QUE VOCÊ GOSTARIA DE FAZER DIFERENTE? • O QUE VOCÊ APRENDEU SOBRE SARAUS?

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=5

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2

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03

CONVERSANDO SOBRE ESPAÇO E FORMAS GEOMÉTRICAS PARA LER LEIA COM O PROFESSOR UM TRECHO DO POEMA A SEGUIR.

Tão visível e vivenciada quanto despercebida A geometria se vê , N o formato da peneira, N o contorno da tv, N o gingado da capoeira, N as portas e nas janelas, N a forma do pãozinho, N as tamancas, nas chinelas, N a xí cara do cafezinho, N a fachada das casas,

N as curvas do caminho, D as bor bol etas, nas asas, E també m no meu cantinho, N os sól idos geomé tricos, D as conchas à be ira mar, O u nos cristais assimé tricos, Que não utuam no ar. [...] Ruth Nunes Dualibi. Disponível em: <www.somatematica. com.br/poemas/p61html>. Acesso em: 6 mar. 2013.

Faça a leitura coletiva do poema, comentando que o tema abordado é a geometria. Frise que o estudo de geometria nos ajuda a desenvolver um tipo de pensamento que permite compreender, descrever e representar, de forma organizada, o mundo em que vivemos. Destaque que o poema fala sobre as formas presentes nos objetos construídos pelo homem e nos elementos da natureza. Leve os estudantes a identificarem esses objetos e elementos. Caso eles se lembrem de alguma forma tridimensional, destaque-a, pois elas serão estudadas na sequência desta atividade.

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EM RODA

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5 + =

03

=6

AS CONSTRUÇÕES FEITAS PELOS HOMENS E TUDO O QUE EXISTE NA NATUREZA TÊM FORMA. QUE FORMAS PODEMOS OBSERVAR NO LUGAR EM QUE ESTAMOS? E EM NOSSO CORPO?

EM AÇÃO

Ilustrações digitais: Avelino Guedes

MUITAS DAS COISAS QUE OBSERVAMOS AO NOSSO REDOR TÊM A FORMA DE UMA CAIXA OU DE UM DADO. NA GEOMETRIA, ESSAS FORMAS SÃO CHAMADAS DE:

PARALELEPÍPEDO

CUBO

Ilustrações digitais: Avelino Guedes

OUTRA FORMA BASTANTE CONHECIDA É A PIRÂMIDE.

PIRÂMIDE

1. REUNIDOS EM DUPLA, SELECIONEM RECORTES DE REVISTAS E FAÇAM UM CARTAZ COM FIGURAS QUE LEMBREM AS FORMAS DE UM PARALELEPÍPEDO, DE UM CUBO E DE UMA PIRÂMIDE. TAMBÉM EXISTEM FORMAS ARREDONDADAS COMO AS QUE VEMOS NAS FRUTAS, NOS TRONCOS DAS ÁRVORES, EM PARTES DO NOSSO CORPO. Ilustrações digitais: Maurício Negro

OBSERVE O NOME DESTAS FORMAS:

CILINDRO

CONE

ESFERA

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3=

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03

+ 2. OBSERVE, NO LUGAR EM QUE VOCÊ SE ENCONTRA, OBJETOS QUE TENHAM A FORMA DA ESFERA, DO CILINDRO E DO CONE. REPRODUZA O QUADRO A SEGUIR EM UM CARTAZ E ESCREVA O NOME DESSES OBJETOS. FORMA DA ESFERA

2

FORMA DO CILINDRO

=6

FORMA DO CONE

Resposta pessoal.

3. COMPLETE O CARTAZ COM RECORTES DE FIGURAS QUE LEMBREM A FORMA DE UMA ESFERA, DE UM CILINDRO E DE UM CONE. ESCREVA UM TÍTULO PARA O CARTAZ E EXPONHA-O NA SALA. JUNTO COM SEUS COLEGAS, APRECIEM OS RESULTADOS E COMPAREM O QUE FOI PRODUZIDO PELAS DUPLAS.

Ilustrações digitais: Avelino Guedes/Maurício Negro

4. ENCONTRE UMA SEMELHANÇA E UMA DIFERENÇA ENTRE OS PARES DE SÓLIDOS Respostas pessoais. GEOMÉTRICOS.

SEMELHANÇA DIFERENÇA

SEMELHANÇA DIFERENÇA

SEMELHANÇA

Estamos iniciando o estudo das formas geométricas tridimensionais, figuras que possuem três dimensões: comprimento, largura e altura (cubo, paralelepípedo, pirâmide, esfera, cone, cilindro). Essas figuras podem ser ocas ou não ocas (sólidos geométricos). É possível confeccionar um conjunto de sólidos com argila ou massa de modelar. Essas formas podem possuir superfícies arredondadas (esfera), superfícies planas (cubos, paralelepípedos, pirâmides) e superfícies planas e arredondadas (cones, cilindros). As formas tridimensionais se distinguem das bidimensionais (quadrado, triângulo, retângulo, círculo).

DIFERENÇA

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3

5 = 6-

5 + =

15 car semelhanças e diferenças entre os sólidos geométricos apresentados e é possível que mencionem a existência de pontas, de Os alunos irão identifi superfícies arredondadas ou planas, e também é possível que alguns deles percebam que certos sólidos rolam como a esfera, o cone e o cilindro e outros não rolam como o cubo, o paralelepípedo e a pirâmide. Neste momento da aprendizagem, pode-se aceitar que usem uma terminologia informal para indicar as características dos sólidos, como ponta no lugar de vértice, beirada no lugar de aresta, lado no lugar de face.

3

2

+ =

SEMELHANÇA DIFERENÇA

03

=6

Ilustrações digitais: Avelino Guedes/Maurício Negro

5 = 6

EM RODA

Fernando Favoretto/Criar Imagem

Fernando Favoretto/Criar Imagem

1. OBSERVE AS EMBALAGENS:

A) QUAL É O PRODUTO CONTIDO NESSAS EMBALAGENS? B) QUAL É A FORMA DE CADA EMBALAGEM? C) QUAL É A DIFERENÇA ENTRE AS DUAS FORMAS?

Utilize o conjunto de caixas que foi sugerido na atividade complementar “Arrumando caixas” como exemplo, incluindo algumas latas. Leve os alunos a perceberem que as formas das duas embalagens são o paralelepípedo (superfícies planas) e o cilindro (superfícies arredondadas e planas). Comente que embalagens como o paralelepípedo são mais comuns por serem mais fáceis de arrumar em prateleiras ou de serem empilhadas. Pergunte por que é mais difícil arrumar embalagens em forma de cilindro.

D) QUE OUTRAS EMBALAGENS TÊM ESSAS FORMAS GEOMÉTRICAS? E) QUAIS SÃO AS FORMAS GEOMÉTRICAS QUE MAIS APARECEM NAS EMBALAGENS?

Ilustração digital: Maurício Negro

2. POR QUE NÃO É COMUM ENCONTRAR EMBALAGENS COM ESTA FORMA GEOMÉTRICA? Porque é uma forma com superfície redonda, que rola, dificultando a armazenagem e o transporte.

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03

+ 3. OBERVE ESTAS FORMAS GEOMÉTRICAS. ASSINALE COM UM X AQUELAS QUE ROLAM.

2

=6

Ilustrações digitais: Avelino Guedes/Maurício Negro

5 = 6

A ESFERA, O CONE E O CILINDRO SÃO SÓLIDOS REDONDOS.

SAIBA MAIS

N os pé s da molecada que vibr a ao jogar uma pelada, latinha, garrafa plástica, caixa ou qualquer outro obj eto pode servir de bol a. Mas só que m joga sabe a diferença que é ter uma

Aksdreamstime/Dreamstime.com

Por que a bola é redonda?

bola de verdade para fazer belos dribles. [...] O Portal dos Curiosos. Disponível em: <www. cienciasdemanha.webnode.com.br/>. Acesso em: 6 mar. 2013. (Fragmento).

AGORA tENtE RESPONDER À É REDONDA?

PERGUNtA: POR qUE A BOLA DE F UtEBOL

SAIBA MAIS LENDO O RESTANTE DO TEXTO NO SITE INDICADO. Destaque as características da bola: objeto que pode rolar em todas as direções, é ideal para ser chutada; a bola “voa” de forma suave, é boa para quicar, rola por muito mais tempo do que qualquer objeto com outra forma, por não possuir cantos seu movimento é mais previsível e depende da maneira com que ela for chutada pelo jogador. Isso torna o futebol um esporte de técnica, e não apenas de sorte.

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Capítulo

6

MULHERES DO BRASIL, RELATOS DE VIDA

O gênero enfocado neste capítulo é o relato de vida. Será importante promover momentos em que os alunos se sintam à vontade e motivados para contar fatos de sua vida ou que tenham acontecido com pessoas de seu círculo de conhecidos.

Folhapress

Wesley Santos/Folhapress

Os materiais necessários neste capítulo são um alfabeto móvel e um equipamento para gravação (celular, gravador, fillmadora, notebook, tablet), papel para fazer dobraduras, tesoura e régua. Planeje-se e ajude os alunos a se organizarem.

ELIS REGINA, s.d.

DILMA ROUSSEF, 2012.

EM RODA VOCÊ CONHECE AS MULHERES QUE APARECEM NESSAS IMAGENS? SABE ALGO Espera-se que alguns alunos conheçam alguns fatos da vida das pessoas mais conhecidas nas fotos acima, de modo que possam comentar a respeito. Caso isso não aconteça, destaque alguns fatos importantes da vida dessas pessoas, por que se SOBRE SUA VIDA? tornaram famosas, quem são/eram, por que são admiradas etc. TODAS AS PESSOAS, MESMO AS QUE NÃO SÃO FAMOSAS, TÊM ALGO INTERESSANTE SOBRE SUA VIDA PARA CONTAR. VOCÊ JÁ OUVIU ALGUÉM DIZER “MINHA VIDA DARIA UM LIVRO”? POIS É, AS HISTÓRIAS DE VIDA PODEM SER MESMO FASCINANTES. ALGUMAS SÃO TÃO FANTÁSTICAS QUE PARECEM TER SIDO INVENTADAS. E A SUA VIDA, TEM FATOS SURPREENDENTES? ENGRAÇADOS? TRISTES? CONVERSE UM POUCO COM SEUS COLEGAS SOBRE ISSO E, SE QUISER, RELATE ALGUM FATO MARCANTE DA SUA VIDA.

PARA LER RELATO DE VIDA CONHEÇA AGORA UMA PARTE DO RELATO DE VIDA DE ELENILDE DIAS FERNANDES, QUE NASCEU NA CIDADE DE ARAGUATINS, NO ESTADO DE GOIÁS, EM 1960. HOJE, ELENILDE TRABALHA NA COOPERATIVA CODIGMA (COOPERATIVA PARA DIGNIDADE DO MARANHÃO), QUE FABRICA BRINQUEDOS ARTESANAIS EM AÇAILÂNDIA, NO MARANHÃO, E É MANTIDA PELO CENTRO DE DEFESA DA VIDA E DOS DIREITOS HUMANOS DESSA CIDADE. ELENILDE FOI MÃE AOS 14 ANOS E, DESDE ESSA ÉPOCA, JÁ TRABALHAVA COMO COZINHEIRA EM FAZENDAS. MAS AOS 17 ANOS, UMA PROPOSTA DE 146

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Museu da Pessoa

TRABALHO LHE TROUXE EXPERIÊNCIAS DOLOROSAS. VOCÊ IMAGINA O QUE PODE TER ACONTECIDO?

“QUANDO ELE ME VIU, SE AGRADOU DE MIM.”

ELENILDE Q uando fui morar com meu marido, era mulher de dentro de b oate. N ão tinha um mê s que eu estava lá quando o conheci e ele me tirou. F ui para lá atravé s de engano. O pessoal que levou a gente falava que ia levar mulher para trab alhar. S ó que, quando chegamos, fomos para dentro de uma b oate. E ra entre X inguara e S apucaia. E ra tipo um interiorzinho. T odo mundo já ia devendo. E u tinha dois filhos e tinha pego dinheiro para deixar com os filhos. Não tinha como sair, ou pagava, ou então... E les procuravam só mulher novinha que nem eu. N esse tempo, eu tinha 17 anos. F omos em turma, muitas mulheres. Metade fugiu, porque estava devendo para eles. E eu não saí fugida porque eu achei esse filho de D eus que me tirou de lá. Q ualquer mulher que entrar nessa vida, se entrar devendo, não sai mais. É perigoso fugir, sim, porque eles vão atrás e comem o couro. Muitos foram atrás delas, mas não acharam, não. E ra perigoso porque se eles te acham, matam ou levam presa. Tem que voltar. Como esse filho de Deus me viu lá e me conheceu, contei minha histó ria, como estava devendo. N aquele tempo, dinheiro valia e eu devia uns 400 contos. N ão tinha como sair de lá. E le foi, pagou minha conta e eu saí . Melhorei 90% , porque saí daquela vida. E le me amparou antes da gente ir para a fazenda. E le foi muito b om. Mas o que eu sei é que a gente vivia lá na b oate praticamente como escrava. José Santos (Org.). Memórias de brasileiros: uma história em todo canto. São Paulo: Peirópolis, 2008, p. 62.

A versão completa do relato está disponível no site do museu da pessoa (http://www. museudapessoa.net/_index.php/historia/4892-elenilde-dias-fernandes?historia=integra), desde 2009, e um trecho dele foi publicado no livro Memórias de brasileiros: uma história em todo canto, da Editora Peirópolis. 147

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O TRABALHO DE ELENILDE NA BOATE FOI UMA ESCOLHA PESSOAL? Não, ela foi enganada por alguém que havia prometido um trabalho a ela e às outras mulheres do grupo, a maioria muito jovem (“mulher novinha”).

NO RELATO, ELENILDE USA A EXPRESSÃO “MULHER DE DENTRO DE BOATE” PARA SE REFERIR AO TRABALHO QUE REALIZOU POR ALGUM TEMPO. O QUE ISSO SIGNIFICA?Prostituta AO USAR A EXPRESSÃO “MULHER DE DENTRO DA BOATE”, QUAL PODE TER SIDO A INTENÇÃO DE ELENILDE? Parece ser a de tentar não se intitular prostituta, uma vez que o exercício da profissão, segundo ela, ocorreu por causa das circunstâncias, e não por escolha própria.

DE ACORDO COM O RELATO, ELENILDE ESTAVA SATISFEITA COM O TRABALHO NA ela mencionou a vontade de fugir, apesar do medo, e o alívio que sentiu ao obter ajuda do marido BOATE? POR QUÊ? Não, para saldar suas dívidas e deixar o trabalho da boate.

contou sua história ao marido, que pagou as suas DE QUE FORMA ELA DEIXOU ESSE TRABALHO? Ela dívidas e a tirou do trabalho.

as mulheres já iniciavam aquela vida com dívidas e eram POR QUE ERA DIFÍCIL SAIR DAQUELA SITUAÇÃO? Porque ameaçadas se tentassem fugir.

COMPARE O DESTINO DE ELENILDE AO DE ALGUMAS COLEGAS QUE ELA CITA NO RELATO. O QUE VOCÊ CONCLUI? Elenilde parece ter tido mais sorte que as colegas, que tiveram que fugir e se esconder dos exploradores.

QUE SENTIMENTO ELENILDE PARECE TER PELO MARIDO? COM A AJUDA DO SEU PROFESSOR, GRIFE PARTES DO TEXTO QUE MOSTRAM ISSO. Respostas possíveis: gratidão, amor, carinho etc. A expressão “filho de Deus”, que Elenilde usa para se referir ao marido, demonstra que o considera uma pessoa solidária, de bom coração. Em outro momento, ela afirma: “Ele foi muito bom”.

O QUE MAIS CHAMOU SUA ATENÇÃO NO RELATO DE ELENILDE? POR QUÊ? Resposta pessoal. O objetivo é que o aluno possa avaliar subjetivamente o relato, expressando o impacto de certos trechos para si mesmo.

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INFELIZMENTE, A SITUAÇÃO VIVIDA POR ELENILDE É MAIS COMUM NO BRASIL DO QUE SE IMAGINA. DESEMBARALHE AS SÍLABAS E DESCUBRA COMO SE DEFINE ESSA SITUAÇÃO. SEPARE AS LETRAS DE UM ALFABETO MÓVEL, MONTE AS SÍLABAS E MÃOS À OBRA. Trabalho escravo VO

TRA

CRA

LHO

BA

ES

ESCRAVIDÃO DE PESSOAS NOS DIAS DE HOJE Em todo o mundo, são escravizados homens, mulheres e crianças, inclusive para exploração sexual. Muitas dessas pessoas são traficadas, ou seja, são levadas à força ou são enganadas para trabalharem como escravas. Segundo o relatório do escritório da Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), de 2007-2010, mais da metade das pessoas traficadas são mulheres. A situação de trabalho a que essas pessoas se

submetem é semelhante à escravidão. Elas não têm liberdade para deixar o trabalho, realizado sob péssimas condições, além de não terem os direitos trabalhistas garantidos. Em geral, elas contraem dívidas enormes com os patrões, antes mesmo de iniciar o trabalho, e às vezes nem recebem remuneração. Isso acontece porque são obrigadas a comprar os equipamentos de trabalho e os alimentos nos barracões dos patrões.

TRÁFICO DE MULHERES NA FICÇÃO O tema “tráfico de mulheres para exploração sexual” foi abordado na novela Salve Jorge, da Rede Globo. Diversos personagens representaram as pessoas envolvidas na exploração sexual de mulheres. Havia vítimas, como Morena, vivida pela atriz Nanda Costa; e vilãs, como Lívia Marine, vivida por Cláudia Raia, agenciadora para tráfico de seres humanos. Saiba mais no site da novela: <http://tvg.globo.com/novelas/salve-jorge/index.html>.

Você pode saber mais sobre trabalho escravo consultando outras fontes. Com a ajuda do seu professor, você pode consultar o Atlas do trabalho escravo no Brasil. O documento está disponível no site <http://amazonia. org.br/wp-content/uploads/2012/05/atlas-do-trabalho-escravo.pdf>. Nesse atlas, há diversos mapas indicando os locais do Brasil com mais casos de trabalho escravo, o tipo de trabalho associado etc. Outra fonte é o livro Meninas da noite, do jornalista Gilberto Dimenstein. O livro, em forma de reportagem, denuncia a dura realidade de meninas e adolescentes exploradas sexualmente no Brasil. Foi publicado em 1992 e, apesar de hoje haver mais fiscalização e repressão à exploração sexual de crianças, ainda há muitas meninas e jovens brasileiras vivendo essa situação.

Editora Ática

SAIBA MAIS

Capa de Meninas da noite: a prostituição das meninas-escravas no Brasil, de Gilberto Dimenstein. São Paulo: Ática, 1997.

O atlas traz muitas informações, em textos, mapas, gráficos e tabelas. Uma das vantagens dos mapas apresentados no atlas são as legendas, que usam círculos em tamanhos variados e com diversas intensidades nas cores, possibilitando um interessante trabalho de interpretação de informações. Caso venha a ser consultado, recomenda-se escolher algum aspecto a ser enfocado e um gráfico para ser analisado, a fim de promover uma leitura produtiva dos dados.

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CONSTRUINDO E LENDO GRÁFICOS

5 + =

03

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PARA LER Estudos recentes realizados pelo Ministério do Trabalho mostram que o trabalho escravo ocorre, principalmente, nas seguintes atividades econômicas: companhias siderúrgicas, carvoarias, mineradoras, madeireiras, usinas de álcool e açúcar, destilarias, empresas de colonização, garimpos, fazendas, empresas de estanho, empresas da área de

Ext r a t i vi sm 2 %

citricultura, olarias, cultura de café, produtoras de sementes de capim e seringais.

co l h e i t a / p l a n t i o 1 1 %

Veja no gráfico ao lado as atividades nas quais houve mais registros de trabalho escravo. Esse é um gráfico de setores,

o Ou t r o s 2 % De sm

a ta m e n to 1 9 ,1 %

At i vi d a d e s l i g a d a s à ca r vo a r i a 1 2 %

Ilustração digital: Planeta Terra Design

reflorestamento e celulose, agropecuárias, empresas relacionadas à produção de

também chamado gráfico de pizza. Nesse gráfico, o círculo indica o total de trabalhadores encontrados em situação de

ca t a ãç o d e r a í ez s 5 % co

trabalho escravo e as partes coloridas indicam as atividades desenvolvidas por esses trabalhadores.

cu i d a d o s m p a st o 4 9 %

Fonte: Atlas do trabalho escravo no Brasil. Disponível em: <http://amazonia.org.br/wp-content/uploads/2012/05/atlas-dotrabalho-escravo.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2013.

NO CADERNO 1. OBSERVE O GRÁFICO SOBRE TRABALHO ESCRAVO E RESPONDA ÀS PERGUNTAS. Ajude os estudantes a fazer a leitura do gráfico explicando o que significam as atividades indicadas.

A) QUANTAS ATIVIDADES APARECEM NO GRÁFICO?

No gráfico aparecem 7 atividades.

B) EM QUAL ATIVIDADE HÁ MAIOR QUANTIDADE DE PESSOAS EM SITUAÇÃO DE Atividade que envolve cuidados com os pastos. TRABALHO ESCRAVO? C) QUAL É A SEGUNDA ATIVIDADE NA QUAL HÁ MAIS PESSOAS NESSA SITUAÇÃO? A atividade de desmatamento.

D) EM QUAL ATIVIDADE HÁ MAIOR NÚMERO DE TRABALHADORES EM SITUAÇÃO DE TRABALHO ESCRAVO, EM EXTRATIVISMO OU EM COLHETA E PLANTIO? Na atividade de colheita e plantio.

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5 + =

15 Converse com os estudantes sobre o significado dos termos mercado informal e mercado formal e ajude-os a identificar atividades características desses dois tipos de trabalho. Quando eles forem dividir o círculo para fazer o gráfico de setor, ajude-os a estabelecer uma relação entre os números obtidos e o tamanho das partes e a criar uma legenda para o gráfico.

EM RODA

3

2

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03

=6

EMBORA NÃO SEJA TRABALHO ESCRAVO, OS TRABALHADORES DO MERCADO INFORMAL NÃO TÊM CARTEIRA ASSINADA NEM DIREITOS TRABALHISTAS, COMO FÉRIAS, DESCANSO SEMANAL, LICENÇAS OU APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO. O QUE É MERCADO INFORMAL E MERCADO FORMAL? INDIQUE ALGUMAS ATIVIDADES DO MERCADO INFORMAL E DO MERCADO FORMAL. Respostas pessoais.

EM AÇÃO VAMOS CONTAR QUANTAS PESSOAS DA TURMA TRABALHAM COM CARTEIRA ASSINADA E QUANTAS TRABALHAM SEM REGISTRO NA CARTEIRA. REGISTRE AS INFORMAÇÕES NESTE QUADRO: COM CARTEIRA ASSINADA

SEM CARTEIRA ASSINADA

TOTAL

1. NA SUA TURMA, HÁ MAIS PESSOAS QUE TRABALHAM NO MERCADO FORMAL OU NO INFORMAL? Resposta de acordo com os dados da turma.

2. HÁ MAIS MULHERES OU MAIS HOMENS ATUANDO NO MERCADO INFORMAL? Resposta de acordo com os dados da turma.

VOCÊ VAI CONSTRUIR UM GRÁFICO DE SETORES. DIVIDA O CÍRCULO EM DUAS PARTES. UMA VAI REPRESENTAR AS PESSOAS DA SUA TURMA QUE TÊM CARTEIRA ASSINADA; A OUTRA, AS QUE NÃO TÊM REGISTRO NA CARTEIRA. ESCREVA UM TÍTULO PARA O GRÁFICO E FAÇA A LEGENDA.

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

PENSANDO SOBRE A ESCRITA

2

5 = 6-

3

+ =

5 + =

03

=6

Anankkml/Dreamstime.com

Okea/Dreamstime.com

Pincarel/Dreamstime.com

OBSERVE AS FIGURAS A SEGUIR E ANALISE O SOM DA LETRA G.

GARRAFA

GOTA

CANGURU

AGORA, LEIA AS PALAVRAS A SEGUIR E ASSINALE AQUELAS EM QUE O SOM DA LETRA G É O MESMO QUE NAS FIGURAS ACIMA. (

X

( (

X

(

) FORMIGA

(

) GELO

(

) GORILA

(

) IMAGEM

(

X

X

) MORANGO

(

) RELÓGIO

(

) GATO

(

X

) GULA

) GELEIA

(

X

) AGULHA

X

) ESPIGA ) MÁGICO

TODAS AS PALAVRAS ACIMA APRESENTAM O MESMO SOM PARA A LETRA G? (

) SIM

(

X

) NÃO

OBSERVE AS PALAVRAS EM QUE A LETRA G TEM SOM DIFERENTE DAQUELAS QUE ESTÃO JUNTO ÀS FIGURAS. IDENTIFIQUE AS VOGAIS QUE VÊM LOGO APÓS A LETRA G. COMPLETE A FRASE COM SUAS CONCLUSÕES:

QUANDO A LETRA G ESTÁ ANTES DAS VOGAIS o

E

,

a

, ELA TEM O MESMO SOM

u

QUE APRESENTA NAS PALAVRAS GARRAFA, GOTA E CANGURU, MAS SE ELA ESTIVER ANTES DAS VOGAIS

e

E

i

ELA

TERÁ OUTRO SOM, COMO NAS PALAVRAS GELO E GIRAFA.

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5


5 =6

+

2

3

5

6 = 8-

3=

5 = 6-

5 + =

03

Picsfive/Dreamstime.com

Alvaroennes/Dreamstime.com

+ OBSERVE AS FIGURAS ABAIXO E ANALISE O SOM DA LETRA J.

2

JUMENTO

CAJU

Viktarm/Dreamstime.com

ESTOJO Fabio Colombini

CORUJA

=6

Fernando Favoretto/Criar Imagem

2 + 15 = 3 4

Mirceax/Dreamstime.com

5 = 6

JERIMUM

JILÓ

TODAS AS PALAVRAS APRESENTAM O MESMO SOM PARA A LETRA J? ( ) NÃO ( X ) SIM MARQUE A RESPOSTA VERDADEIRA: ( (

X

) A LETRA J APRESENTA O MESMO SOM ANTES DE QUALQUER VOGAL. ) A LETRA J MUDA O SOM DE ACORDO COM A VOGAL QUE VEM DEPOIS DELA. LEIA AS PALAVRAS A SEGUIR, OBSERVANDO O SOM DO G E DO J:

GENTE

JEJUM

MAJESTADE

GELO

JERIMUM

JEITO

VIAGEM

GIZ

JIBOIA

JILÓ

GIRINO

CANJICA

ANJINHO

GARUPA

GOSTOSO

GULOSO GALINHA GORDURA

AGORA COMPLETE A FRASE: A LETRA G APRESENTA O MESMO SOM QUE A LETRA J QUANDO ELA É SEGUIDA DAS i e E . VOGAIS USE O BANCO DE PALAVRAS PARA COMPLETAR CADA UM DOS GRUPOS ABAIXO:

• GELO

GELADEIRA

• JEITO

JEITOSO

• GIRAR

GIREI

JEITINHO

O objetivo da atividade é sensibilizar os alunos para o fato de que palavras com o mesmo radical, da mesma família de palavras, geralmente mantêm a grafia do radical. Nesses casos, os radicais que se repetem nos grupos são GEL-, JEIT- e GIR. Continue a reflexão com outras palavras pertencentes aos grupos, por exemplo, “gelinho”, “desgelar” (grupo 1), “ajeitar” e “desajeitado” (grupo 2), “giradouro” e “gira-gira” (brinquedo) (grupo 3). Todas mantêm a grafia com G, que está no radical comum a elas.

GIRANDO

GELADO 153

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JUNTE-SE A UM COLEGA E LEIAM EM VOZ ALTA CADA DUPLA DE PALAVRAS A SEGUIR. OBSERVEM OS SONS DA LETRA G.

AFOGADO – ÁGUA

GIRAFA – GUIA

GELO – GUERRA

FOGO – ENXÁGUO

QUE LETRA APARECEU DEPOIS DA LETRA G NAS PALAVRAS, PROVOCANDO MUDANÇA NO SOM DA SÍLABA? A letra U.

EM TODAS AS PALAVRAS, A LETRA U É PRONUNCIADA? (

) SIM

(

X

) NÃO

LEIA AS PALAVRAS ABAIXO:

ÁGUIA

GUERREIRO

SANGUE

GUIRLANDA

QUEIJO

QUIABO

MOQUECA

QUILO

NESSAS PALAVRAS, O QUE A LETRA Q TEM EM COMUM COM A LETRA G? Depois dela, também vem a letra U.

NAS PALAVRAS ACIMA, A LETRA U É PRONUNCIADA? ( ) SIM

(

X

) NÃO

OBSERVE AS ALTERAÇÕES E FAÇA O MESMO NAS PALAVRAS QUE SEGUEM: FORMIGA – FORMIGUINHA

FACA – FAQUINHA

MORCEGO – MORCEGUINHO

CACO – CAQUINHO

PREGO –

MACACO –

PULGA –

MINHOCA –

BARRIGA –

CANECA –

Ajude os alunos a perceberem a alteração na grafia (de G para GU) por causa da vogal I dos diminutivos que serão formados (-INHO). Amplie as atividades com outras outras palavras com sílaba final GA, GO, GU, CA, CO E CU, passando-as para o diminutivo..

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PARA LER RELATO DE VIDA Elenilde nos contou que buscou trabalho aos 17 anos e foi escravizada. Hoje é artesã. Conheça o que nos conta Dani Viana da Rocha. Sua paixão de infância se transformou no seu trabalho, quando adulta. Descubra como isso aconteceu lendo o relato dessa mulher brasileira. Uma pista já está no título.

Eu sou apaixonada por mar, tudo que é relacionado a praia, mar. E u comecei a traba lhar aqui na associação de pescadores, fiz uma prova na Anatel em V itór ia e consegui alcançar esse emprego lá na sala de rádio, vai fazer quatro anos agora em setembr o. Mas isso veio de infâ ncia. A famí lia toda é de pescadores. Minha avó e ra pescadora de pedra, linha e anzol, meu avô era pescador profissional. Meu pai também se apaixonou pela profissão depois que conheceu a família da minha mãe e virou pescador també m. E ntão eu e meu irmão acordávamos cedo pra ir pra escola, e na volta já vinha com aquela expectativa de mergulhar ou ir pescar com meu pai. E le já tinha adquirido o b arquinho dele. Aí como um b arco de pesca grande era muito caro, ele comprou um b arquinho de pesca pequeno, de camarão. Até hoje eu saio com ele pra pescar. Adoro. E u sempre fui estudiosa, mas quando saí a, ia fazer br incadeira de moleque mesmo, pular muro, carrinho de rolimã, jogar futebol e caçar caranguejo ou pescar siri. E ra ba cana. E com doze anos me ofereceram uma casa pra tomar conta, tipo caseira. Abr ia durante o dia, molhava as plantas, cuidava, fechava de noite. A moça nunca mais apareceu pra pegar a chave de volta e GLOSSÁRIO essa casa está comigo até hoje. Minha mãe toma conta agora. Anatel: Agência Nacional Q uando surgiu essa proposta pra traba lhar na rádio dos de Telecomunicações. pescadores, e que tinha que ter carteira de operador da Anatel, Shell, Chevron: empresas que exploram petróleo em puxei a apostila na internet, estudei e passei. Era tudo o que eu alto-mar. queria. Começamos primeiro uma parceria com Shell e depois com Chevron, no intuito de tentar afastar as emba rcaçõe s das plataformas, dar aviso de segurança, aviso sobr e o meio ambi ente, fazer o intercâ mbi o entre pescador e plataforma. E continua mais ou menos assim, servindo de comunicação, mas també m já somos despachantes para os documentos dos pesqueiros.

Museu da Pessoa

Dani, apaixonada pelo mar

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N o começo, quando eu era novata, os pescadores adoravam GLOSSÁRIO fazer br incadeiras, trotes comigo. E stavam sempre inventando Capitania: a Capitania dos Portos fiscaliza o histórias pra eu ficar apavorada. Agora eu pergunto “O barco cumprimento das leis está afundando?”. Aí eles falam “tá quase”. “Então quando e dos regulamentos marítimo-portuários, tiver só a ponta pra fora você s me chamam, que eu chamo a especialmente quanto à segurança Capitania” . Aí eles pararam com a br incadeira. da navegação. Pode E u fui nascida e criada no meio de pescadores. também realizar salvamentos e ações de Praticamente conheço todo mundo. E ntão estou aqui, eu estou combate à poluição. monitorando meu irmão, que é pescador, meus tios, meus amigos, meus vizinhos. I taipava é uma cidade pequena. E u passo o movimento do tempo, garanto a segurança, evito que eles sejam pegos desprevenidos por uma tempestade. Museu da Pessoa. Depoimento de Dani Viana da Rocha. Disponível em: <http://www.museudapessoa.net/_index.php/historia/11601-apaixonada-pelomar?historia=integra>. Acesso em: 3 abr. 2013.

QUE VIVÊNCIAS DA INFÂNCIA INFLUENCIARAM DANI NA ESCOLHA DO TRABALHO ATUAL? O convívio com os familiares pescadores, os passeios de barco, as pescarias.

NO SEU TRABALHO ATUAL, DANI: ( ) ESCOLHE AS MÚSICAS QUE TOCAM NA RÁDIO DOS PESCADORES. ( x ) PELO RÁDIO, AVISA OS PESCADORES EM CASO DE PERIGO NO MAR. ( ) É CASEIRA, TOMA CONTA DE UMA CASA. COMO ELA CONSEGUIU O EMPREGO NA RÁDIO DOS PESCADORES? Quando ela soube do concurso para operador da Anatel, baixou uma apostila da internet, estudou, fez a prova em Vitória (ES) e foi aprovada.

ELA FOI TRATADA DE FORMA DIFERENTE NO TRABALHO, POR SER MULHER? EXPLIQUE. Alguns pescadores ligavam passando trotes, deixando Dani apavorada.

QUAL É O NOME DA FUNÇÃO DE DANI NA RÁDIO? PARA DESCOBRIR, JOGUE O JOGO DA FORCA COM SEU PROFESSOR. 156

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JOGO DA FORCA UMA DICA: COMECE COM AS VOGAIS, JÁ QUE TODAS AS PALAVRAS DA NOSSA LÍNGUA TÊM VOGAIS. Rádio-operadora. O jogo da forca auxilia os alunos a levantarem, testarem, confirmarem e rejeitarem hipóteses tanto sobre a palavra secreta, quanto sobre sua escrita. Escreva no quadro os espaços para as letras, tal como está a seguir, e reflita a partir das contribuições dos alunos sobre como a palavra secreta é escrita, que sequência de letras pode formar palavras, a que palavras as sílabas já formadas podem pertencer.

-

5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

5

6 = 8-

3=

5 = 6-

5 + =

3 2 + CONVERSANDO SOBRE ESPAÇO E FORMAS GEOMÉTRICAS

03

=6

PARA LER CONHEÇA A SEGUIR O PROJETO TAMAR. As mulheres e filhas dos pescadores sempre tiveram atenção especial do T amar, que desenvolveu um programa de educação ambi ental, capacitação, profissionalização e criação de alternativas de renda. Várias atividades foram estimuladas, inclusive com o resgate de antigas tradiçõe s, como é o caso das rendeiras de bi lro e bor dadeiras em ponto de cruz. T ambé m em ba ses de outros estados, como E spí rito S anto e S ão Paulo, foram organizados, estimulados e apoiados grupos de costureiras e bor dadeiras, que passaram a ter uma renda para ajudar na sobr evivê ncia das famí lias.

Ernesto Reghran/Pulsar Imagens

Projeto Tamar. Disponível em: <http://www.tamar.org.br/interna.php?cod=170>. Acesso em: 3 abr. 2013. (Fragmento).

Projeto Tartarugas Marinhas (Tamar)

Mulher fazendo renda de bilro. Nísea Floresta (RN), 2012.

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

EM RODA

2

+

3

5

6 = 8-

2

3

+ =

5 = 6-

5 + =

03

=6

Ilustração Digital: Pingado Sociedade Ilustrativa

VEJA NAS ILUSTRAÇÕES AS FORMAS DAS TOALHAS PRODUZIDAS POR UM GRUPO DE RENDEIRAS E BORDADEIRAS.

VOCÊ SABE O NOME DAS FORMAS GEOMÉTRICAS QUE APARECEM NESSAS TOALHAS? QUAIS SÃO? Quadrado, círculo e retângulo.. EM QUE OUTROS OBJETOS PODEMOS VER ESSAS FORMAS GEOMÉTRICAS?

Resposta pessoal.

EM AÇÃO 1. O NOME DAS FORMAS GEOMÉTRICAS:

QUADRADO

CUBO

CÍRCULO

ESTA FORMA GEOMÉTRICA TAMBÉM PODE SER VISTA EM VÁRIOS OBJETOS. TRIÂNGULO

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5


5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

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+

3

5

6 = 8-

3=

5 = 6-

5 + =

03

+ 2. ESCREVA O NOME DE OBJETOS OU DE ELEMENTOS DA NATUREZA CUJAS FORMAS Respostas pessoais. LEMBRAM:

2

=6

EM RODA COMPARE AS QUATRO FORMAS GEOMÉTRICAS E DESCUBRA SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE ELAS.

CONVERSE COM SEUS COLEGAS SOBRE SUAS OBSERVAÇÕES.

EM AÇÃO RESOLVA AS SITUAÇÕES-PROBLEMA A SEGUIR. USE FOLHAS DE PAPEL PARA FAZER DOBRADURAS E RECORTES. USE RÉGUA PARA DESENHAR. A observação de objetos que existem no entorno ou a lembrança de objetos possibilita explorar as formas geométricas planas (quadrado, retângulo, triângulo, círculo) e identificar algumas características de cada uma delas, como: o quadrado tem quatro cantos iguais (ângulos retos) e quatro lados de mesma medida; o retângulo tem quatro cantos iguais e os lados dois a dois de mesma medida; o triângulo tem três lados; o círculo é uma superfície redonda. É possível que algum aluno observe que essas figuras planas aparecem nas faces de alguns sólidos geométricos, por exemplo: as faces do cubo têm a forma de um quadrado.

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

2

1. MOSTRE COMO UMA COSTUREIRA CONSEGUE:

3

+ =

5 = 6-

5 + =

03

=6

A) TRANSFORMAR UMA COLCHA RETANGULAR EM DUAS tOALhAS qUADRADAS. Desenhar um retângulo dividido ao meio, originando, assim, dois quadrados.

B) COM DOIS TRIÂNGULOS DE TECIDO FAZER UMA TOALHA QUADRADA. Desenhar um quadrado dividido ao meio, originando, assim, dois triângulos.

C) COM QUATRO TRIÂNGULOS DE TECIDO FAZER UMA COLCHA RETANGULAR. Desenhar um retângulo dividido em quatro triângulos iguais. A atividade de composição e decomposição de figuras geométricas planas é mais uma oportunidade para que os estudantes observem algumas das características dessas formas e as relações existentes entre elas; por exemplo, com dois triângulos, é possível construir um quadrado ou um retângulo. Incentive os estudantes a observarem as formas geométricas planas em mosaicos, pisos, papéis decorativos, estamparias.

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5


2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

2

+

3

PENSANDO SOBRE A ESCRITA

5

6 = 8-

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

=6

03

PALAVRA DE MULHER! Agora, você vai conhecer um pouco da vida de outras mulheres, que também contaram suas histórias para o Museu da Pessoa. Mas, para isso, você precisa separar as palavras dos trechos sublinhados. Depois, escreva na linha o que você descobriu. Peça aos alunos que tentem ler os relatos. Caso alguns tenham necessidade de mais apoio, distribua tiras de papel com os trechos já segmentados. Em duplas, eles deverão comparar o que está escrito na tira e o que está no papel, para depois ler os relatos na íntegra.

“Nos primeiros dias na refinaria [...] Eu era um bicho estranho. Mulheralierararidade. Fui a primeira mulher a trabalhar no setor. [...] Quando cheguei, lá não tinha banheiro para mim [...].” Maria Elisabete Yang, engenheira civil.

“L áeudescob rioqueerafazerteatrodeverdade. Conheci os meus primeiros amigos de teatro e o universo se abriu completamente pra mim [...]. Acho que foi o primeiro lugar na minha vida que eu não me senti um b icho esquisito.” Tatiana Tibúrcio, atriz.

“V ocê erapreparadaparaolar. V ocê se preparava para cuidar do seu marido e seus filhos. [...] Eu não queria aquilo para mim, eu queria estudar. E meu pai permitiu que a gente estudasse.” Cleide de Moraes Carneiro, educadora.

Fonte: Museu da Pessoa. Depoimentos. Disponível em: <http://www.museudapessoa.net>. Acesso em: 3 abr. 2013; José Santos (Org.). Memórias de brasileiros: uma história em todo canto. São Paulo: Peirópolis, 2008, p. 181.

EM RODA QUAIS SÃO AS PROFISSÕES DAS TRÊS MULHERES? ONDE ENCONTRAMOS ESTA INFORMAÇÃO? EM UM DOS TRÊS DEPOIMENTOS, UM TRECHO DEIXA CLARO QUE ALGUMAS PROFISSÕES ERAM EXERCIDAS GERALMENTE POR HOMENS. QUE TRECHO É ESSE? COMO VOCÊ DESCOBRIU? NO DEPOIMENTO QUE VOCÊ ESCOLHEU, HÁ UMA PISTA DE QUE, NAQUELE LOCAL, NÃO ERAM ESPERADAS MULHERES. QUE PISTA É ESSA? HOJE EM DIA, HOUVE MUDANÇAS NA DIVISÃO RÍGIDA ENTRE TRABALHO DE MULHER a oportunidade para conversar sobre estereótipos de gênero nas profissões e como E TRABALHO DE HOMEM? EXPLIQUE. Aproveite isso vem mudando com o passar do tempo. Peça que os alunos falem um pouco de como é a proporção de mulheres e de homens em suas profissões. Um bom exemplo pode ser o ofício de pedreiro, hoje executado por mulheres e, muitas vezes, por exigências de empresas que veem aspectos positivos no fato de o serviço ser executado por uma mulher. Questione se uma profissão determina a feminilidade ou masculinidade de uma pessoa.

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VOCÊ CONHECE HISTÓRIAS PARECIDAS COM AS DESSAS MULHERES? RELATE PARA SEUS COLEGAS.

PENSANDO SOBRE A ESCRITA OS TEXTOS ESCRITOS SÃO ORGANIZADOS EM PARTES, QUE SÃO AS FRASES. ESSA ORGANIZAÇÃO AJUDA OS LEITORES NA COMPREENSÃO DOS TEXTOS. NO FINAL DE CADA FRASE VEM UM PONTO (.). IDENTIFIQUE QUANTAS FRASES EXISTEM NO RELATO DE CLEIDE. Quatro.

CIRCULE AS LETRAS MAIÚSCULAS NOS RELATOS. MARQUE EM QUE POSIÇÃO DA FRASE ESTÃO AS LETRAS MAIÚSCULAS: ( X ) NO COMEÇO. ( ) NO MEIO. ( ) NO FINAL.

Para que o aluno possa realizar esta análise, escreva o trecho no quadro, demarcando onde começa e onde termina cada frase. Ajude-o na localização da letra maiúscula.

RELEIA O TRECHO A SEGUIR DO RELATO DE DANI. SUBLINHE CADA FRASE E CONTE QUANTAS EXISTEM. DEPOIS, CIRCULE AS LETRAS MAIÚSCULAS QUE INICIAM CADA FRASE E OS PONTOS NO FINAL DELAS. “Eu fui nascida e criada no meio de pescadores. Praticamente conheço todo mundo. E ntão estou aqui, eu estou monitorando meu irmão, que é pescador, meus tios, meus amigos, meus vizinhos.” AGORA, COMPLETE O TEXTO COM SUAS CONCLUSÕES. PARA ISSO, USE AS PALAVRAS DO QUADRO.

ESPAÇO

PONTO

MINÚSCULA

MAIÚSCULA

AS FRASES SÃO UMA FORMA DE ORGANIZAR A ESCRITA DE UM TEXTO. ELAS INICIAM SEMPRE COM LETRA CADA FRASE, VEM UM

. NO FINAL DE (.). CADA PONTO INDICA

UMA PAUSA NA LEITURA.

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SEU PROFESSOR VAI LER DUAS VEZES O MESMO TRECHO DO RELATO DE ELENILDE. NA PRIMEIRA VEZ, ELE LERÁ SEM RESPEITAR A PONTUAÇÃO. NA SEGUNDA, ELE LERÁ FAZENDO AS PAUSAS INDICADAS PELOS PONTOS (.). OUÇA COM ATENÇÃO E COMPARE A leitura deste trecho deve ser feita em ritmo normal, apenas sem as pausas que os pontos indicariam. Aproveite a sequência de “não” e “era AS DUAS LEITURAS. perigoso” para evidenciar que, sem observar o ponto e sua pausa correspondente, seria lido “não era perigoso”, mudando completamente o sentido do texto. .

“Muitos foram atrás delas, mas não acharam, não. Era perigoso porque se eles te acham, matam ou levam presa. Tem que voltar. Como esse filho de Deus me viu lá e me conheceu, contei minha histór ia, como estava devendo.” Espera-se que o aluno indique a leitura que respeitou a pontuação e as pausas respectivas, já que ela reproduz a

QUAL DAS LEITURAS VOCÊ ACHOU MAIS FÁCIL DE ENTENDER? organização do texto em frases.. CONVERSE COM SEUS COLEGAS: O QUE VOCÊ CONCLUI SOBRE O USO DE PONTOS Espera-se que o aluno perceba a relevância de, ao escrever, usar os pontos na organização do discurso escrito. Ao indicarem a segmentação do texto em frases, os pontos ajudam o leitor a fazer a leitura da maneira apropriada. NOS TEXTOS?

5 5 6 5 = SOBRE 1 PENSANDO NÚMEROS 5 2+ 2 = 6 =6 = 8-

3

4

EM RODA

+

3

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

=6

03

“Ninguém é igual a ninguém. Todo ser humano é um estranho ímpar.” O AUTOR DESSA FRASE É O GRANDE POETA BRASILEIRO CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE. O QUE QUER DIZER A PALAVRA ÍMPAR NESSA FRASE DE DRUMMOND? Único, incomum, não ter par, sem igual.

EM MATEMÁTICA A PALAVRA ÍMPAR É ASSOCIADA A NÚMEROS E TEM OUTRO SIGNIFICADO. OS NÚMEROS QUE USAMOS PARA CONTAR, COMO 1, 2, 3, 4, SÃO DIVIDIDOS EM DOIS GRUPOS: O DOS NÚMEROS ÍMPARES E O DOS NÚMEROS PARES. PENSE NOS NÚMEROS DE 1 A 9 E NA POSSIBILIDADE DE FORMAR PARES.

ASSIM, OS NÚMEROS 1, 3, 5, 7, 9 SÃO ÍMPARES E 2, 4, 6, 8 SÃO PARES. OS NÚMEROS SEGUEM SEMPRE ESTA ORDEM ÍMPAR, PAR, ÍMPAR, PAR... ESCREVA A SEGUIR OS NÚMEROS DE 1 A 20. PINTE DE AZUL OS NÚMEROS ÍMPARES E DE VERMELHO OS NÚMEROS PARES.

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

3

5 = 6-

5 + =

=6

= 03 2 + CONTINUE OS NÚMEROS ATÉ 50, MAS ESCREVA APENAS AQUELES QUE SÃO ÍMPARES. 21, 23, 25, 27, 29, 31, 33, 35, 37, 39, 41, 43, 45, 47, 49.

PENSANDO SOBRE A ESCRITA LEIA AS PALAVRAS A SEGUIR, OBSERVE A ESCRITA E CONVERSE COM SEUS COLEGAS.

VIOLÃO

MACARRÃO

ANÃ

MAÇÃ

PEÕES

LEÃO

ALÉM DAS LETRAS, O QUE MAIS HÁ NA ESCRITA DESTAS PALAVRAS? O til (~).

VOCÊ CONHECE OUTRAS PALAVRAS EM QUE ESTE SINAL É USADO? SEU PROFESSOR Registre as palavras citadas pelos alunos e enfatize o som nasal das sílabas que apresentam o til. Você pode contrastá-las VAI ESCREVÊ-LAS NO QUADRO.com a pronúncia sem o som nasal, para demarcar a função do til naquela sílaba. Caso os alunos não citem exemplos, sugerimos: mão, não, portão, porão, alemão, anão, tecelã, lã etc. SEU PROFESSOR VAI LER AS PALAVRAS COM VOCÊ. PARA QUE SERVE O TIL (~)? O til indica o som nasal da vogal sobre a qual ele é empregado.

LEIA AS PALAVRAS A SEGUIR E OBSERVE O QUE ELAS TÊM EM COMUM.* IRMÃ

IRMÃO

PÃO

PENTE

JOVEM

ÓRFÃO

PÕE (verbo por)

OUÇAM

CONTE

IMPERADOR

AS PALAVRAS ACIMA APRESENTAM SONS NASAIS REPRESENTADOS POR DIFERENTES LETRAS OU SINAIS. ESCREVA-AS EM DUAS LISTAS, SEPARANDO-AS EM:

164

PALAVRAS COM SONS NASAIS REPRESENTADOS POR LETRAS

PALAVRAS COM SONS NASAIS REPRESENTADOS POR SINAIS

Jovem, ouçam, conte, pente, imperador.

Irmã, irmão, órfão, pão, põe.

* Reproduza as palavras no quadro e leia-as com os alunos. Ajude-os a perceber a nasalização das vogais, contrastando com a pronúncia das palavras sem nasalização. Evidencie outras formas de demarcar a nasalização, além do til – as letras M em final de sílabas e de palavras e N, em final de sílaba. Observe que ÓRFÃO, além do til, tem acento gráfico, que marca a tonicidade (sílaba forte). Evidencie as diferentes funções dos dois sinais.

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5


2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

SEPARE AS SÍLABAS DAS PALAVRAS.

5 = 6-

3=

+

2

JOVEM

Jo

vem

IMPERADOR

im

pe

OUÇAM

ou

çam

PENTE

pen

te

5 + =

=6

03 ra

dor

NESSAS PALAVRAS, AS LETRAS M E N FICAM: (

) NO INÍCIO DA SÍLABA.

(

X

) NO FINAL DA SÍLABA.

CONVERSE COM SEUS COLEGAS E SEU PROFESSOR: • NAS PALAVRAS DA PRIMEIRA COLUNA, AS LETRAS N E M SÃO FALADAS? Não. • PARA QUE SERVEM AS LETRAS N E M NESSAS PALAVRAS?

Espera-se que o aluno perceba que elas servem apenas para nasalizar a vogal anterior.

AS PALAVRAS A SEGUIR SÃO NOMES DE FRUTAS. ELAS ESTÃO COM AS SÍLABAS DESORDENADAS E APRESENTAM SONS NASAIS. DESCUBRA QUAL É A PALAVRA, COLOCANDO AS SÍLABAS NA ORDEM CERTA. MÃO

LI

LÃO

ME

MÃO

MA

JA

LA

BU

UM

GA

MAN

Proponha aos alunos que selecionem as letras de cada palavra em um alfabeto móvel e estudem algumas possibilidades até encontrar a palavra certa.

RAN

OS QUADROS A SEGUIR APRESENTAM PALAVRAS COM SONS NASAIS. ELAS NOMEIAM OBJETOS DA CASA. DESEMBARALHE AS LETRAS E DESCUBRA QUAL É A aos alunos que selecionem as letras de cada palavra em um alfabeto PALAVRA: Proponha móvel e estudem algumas possibilidades até encontrar a palavra certa. ÂLMAPAD

l

â

m

p

a

ÃOFGO

f

o

g

ã

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165

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EM AÇÃO 1. COMPLETE OS QUADRINHOS, COM A PALAVRA CORRETA:

Forme pares produtivos e proponha o uso de um alfabeto móvel antes do registro da palavra nos quadrinhos. Percorra os pares, propondo a leitura de cada palavra montada com o material e solicite uma comparação com a quantidade de quadrinhos previstos para a palavra. Se considerar necessário, faça a atividade oralmente, antes do registro pelos alunos.

A) GRANDE FRUTA VERDE POR FORA E VERMELHA POR DENTRO, QUE DÁ EM RAMA. Melancia

B) INSTRUMENTO DE CORDAS, MUITO COMUM EM SERENATAS. Violão

C) O REI DOS ANIMAIS. Leão

D) TEMPERO EM FOLHA, DE GOSTO MENTOLADO. Hortelã

E) AQUELE QUE MONTA CAVALOS EM RODEIOS. Peão

F) O MESMO QUE NENHUMA PESSOA. Ninguém.

Observe com os alunos que a palavra NINGUÉM apresenta a letra N em dois pontos distintos da sílaba. Além disso, ela apresenta acento gráfico e nasalização pela letra M.

NO CADERNO PROCURE EM JORNAIS, REVISTAS E OUTROS MATERIAIS IMPRESSOS PALAVRAS COM SONS NASAIS. ESCREVA-AS NO CADERNO. DEPOIS, CONSTRUA UMA TABELA SEPARANDO-AS EM SONS NASAIS REPRESENTADOS POR DIFERENTES LETRAS E SONS NASAIS INDICADOS POR SINAIS.

PENSANDO SOBRE A LÍNGUA OS RELATOS DE VIDA REGISTRADOS PELO MUSEU DA PESSOA SURGEM DE UMA ESPÉCIE DE ENTREVISTA. UM ENTREVISTADOR FAZ ALGUMAS PERGUNTAS E A PESSOA QUE ESTÁ RELATANDO SUA VIDA VAI RESPONDENDO ORALMENTE. DEPOIS, ESSAS ENTREVISTAS SÃO EDITADAS, OU SEJA, PASSAM POR PEQUENAS MODIFICAÇÕES PARA SEREM LIDAS COM MAIS FACILIDADE, NAS PÁGINAS DA INTERNET OU DOS LIVROS. OBSERVE UM TRECHO DE UMA DAS ENTREVISTAS. AS FALAS MARCADAS POR P1 SÃO DO ENTREVISTADOR E AS MARCADAS POR R SÃO DE ELENILDE. O ENTREVISTADOR FAZ PERGUNTAS, REFAZ AS PERGUNTAS E ELA VAI RESPONDENDO. 166

O objetivo da atividade é apresentar aos alunos algumas estratégias de reformulação textual usadas para passar do discurso oral para o escrito. O intuito é que eles percebam que há algumas mudanças necessárias. Isso porque a maneira como organizamos a nossa fala em contextos informais é diferente do modo como organizamos um texto escrito com alguma formalidade. Não é necessário que eles dominem todas as estratégias, nem que sejam capazes de fazer as adaptações sozinhos.

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ENTREVISTA

RELATO EDITADO

P1 - E COMO ERA SUA VIDA LOGO QUE VOCÊ CHEGOU LÁ COM SEU MARIDO, TINHA ACABADO DE SE JUNTAR? R - ANTES DE EU MORAR COM ELE? P1 - QUANDO VOCÊ FOI MORAR COM ELE. R - QUANDO EU FUI MORAR, ERA MULHER DE DENTRO DA BOATE. NÃO TINHA UM MÊS QUE EU ESTAVA LÁ FOI QUANDO EU CONHECI ELE, AÍ ELE ME TIROU DE LÁ.

QUANDO FUI MORAR COM MEU MARIDO, ERA MULHER DE DENTRO DE BOATE. NÃO TINHA UM MÊS QUE EU ESTAVA LÁ QUANDO O CONHECI E ELE ME TIROU.

AGORA, COMPARE ESSE TRECHO DA ENTREVISTA COM O RELATO PUBLICADO NO LIVRO: AS PERGUNTAS DO ENTREVISTADOR PERMANECERAM NO RELATO DO LIVRO? Não, elas foram eliminadas.

TODAS AS RESPOSTAS DE ELENILDE PERMANECERAM NO RELATO DO LIVRO? Não, algumas foram eliminadas.

COM A AJUDA DO SEU PROFESSOR, VERIFIQUE SE HOUVE CORTES NO RELATO DE ELENILDE. QUAIS FORAM? SUBLINHE AS PALAVRAS E EXPRESSÕES ELIMINADAS. Foram eliminados “da”, “foi”, “eu”, “ele”, “aí”, “de lá”.

HOUVE ACRÉSCIMOS? QUAIS? CIRCULE AS PALAVRAS E EXPRESSÕES INSERIDAS. Foram inseridas as expressões “com meu marido”, “de” e “o”.

REGISTRAR POR ESCRITO UMA ENTREVISTA ALGUMAS VEZES, É PRECISO ACRESCENTAR INFORMAÇÕES AO REGISTRO ESCRITO DA ENTREVISTA. POR EXEMPLO, A EXPRESSÃO “COM MEU MARIDO” FOI ACRESCENTADA PARA QUE OS LEITORES PUDESSEM SABER QUE ELENILDE HAVIA IDO MORAR COM O SEU MARIDO. ESSA ERA UMA INFORMAÇÃO IMPORTANTE NO RELATO E QUE SÓ ESTAVA CLARA PARA O ENTREVISTADOR, PARA QUEM ELENILDE JÁ HAVIA DADO ESSA INFORMAÇÃO ANTES.

PENSANDO SOBRE A ESCRITA OS RELATOS DE VIDA CONTAM ACONTECIMENTOS DO PASSADO. RELEIA OS TRECHOS DOS RELATOS:

“E com doze anos me ofereceram uma casa pra tomar conta, tipo caseira.” “Aí eles pararam com a brincadeira.” 167

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“E com doze anos”, “ofereceram” e “pararam”. O foco da atividade são os verbos, mas a expressão adverbial “E com doze anos” também sinaliza o tempo passado e deve ser destacada para os alunos.

• SUBLINHE AS EXPRESSÕES QUE INDICAM ACONTECIMENTO NO PASSADO. OS VERBOS SÃO PALAVRAS QUE INDICAM AÇÃO, COMO “OFERECERAM” E “PARARAM”, NAS FRASES ANTERIORES. A TERMINAÇÃO DELES MUDA DE ACORDO COM O QUE INDICAM: AÇÃO NO TEMPO PRESENTE, NO PASSADO OU NO FUTURO. PRESTE ATENÇÃO, SEU PROFESSOR VAI LER OS PARES DE FRASES A SEGUIR. OFERECERAM UMA CASA PARA TOMAR CONTA. (

P

OFERECERÃO UMA CASA PARA TOMAR CONTA. ( F

) )

ELES PARARAM COM A BRINCADEIRA. ( P ) ELES PARARÃO COM A BRINCADEIRA. (

F

)

HOUVE DIFERENÇA NA LEITURA? QUAL? A pronúncia dos verbos “ofereceram” / “oferecerão” e “pararam” / ”pararão”. Sim, as primeiras frases dos pares se referem ao HOUVE DIFERENÇA NO SENTIDO DAS FRASES? passado e as segundas se referem ao futuro. ESCREVA UM P AO LADO DAS FRASES ACIMA QUE SE REFEREM AO TEMPO PASSADO E UM F AO LADO DAS QUE SE REFEREM AO TEMPO FUTURO. COMO TERMINA O VERBO NAS FRASES NO PASSADO? Em -AM. COMO TERMINA O VERBO NAS FRASES NO FUTURO? Em -ÃO. LEIA OS PARES DE VERBOS ABAIXO E SUBLINHE OS VERBOS NO PASSADO. CIRCULE A PARTE QUE SE REPETE NO FINAL DE CADA UM DESSES VERBOS:

CANTARAM – CANTARÃO MORDERAM – MORDERÃO

FALARAM – FALARÃO PERDERAM – PERDERÃO

CIRCULE AS PALAVRAS COM TERMINAÇÃO IGUAL À DOS VERBOS NO FUTURO: Portão, coração, Julião e esporão.

portão Júlia

porta

Roma

Julião

romã espora

coração esporão

AGORA, LIGUE AS FRASES QUE TÊM O MESMO SENTIDO. Eles vão achar as mulheres fugidas.

Eles acharam as mulheres fugidas.

Eles acharão as mulheres fugidas.

168

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PENSANDO SOBRE A LÍNGUA É COMUM QUE OS RELATOS DE VIDA SEJAM FEITOS DE MANEIRA MAIS DESCONTRAÍDA E INFORMAL. NO RELATO DE ELENILDE, HÁ ALGUNS TERMOS Para realizar esta atividade, transcreva o trecho no quadro e faça a leitura compartilhada com os alunos. Vale lembrar que o trabalho com o significado de palavras e expressões sempre deve remeter ao contexto de uso, já que os sentidos podem INFORMAIS. variar. Nesta atividade, é importante que os alunos observem não apenas a frase, mas todo o contexto do relato, em que mencionadas práticas violentas contra as mulheres escravizadas, como a prisão e o assassinato. Em outros contextos, RELEIA O TRECHO: são “comer o couro” pode também significar repreender alguém de forma muito enérgica. “É perigoso fugir, sim, porque eles vão atrás e comem o couro. Muitos foram atrás delas, mas não acharam, não. E ra perigoso porque se eles te acham, matam ou levam presa.” MARQUE O QUE A EXPRESSÃO “COMER O COURO” SIGNIFICA NESSE TEXTO. ( X ) COMETER VIOLÊNCIA. ( ) PASSAR FOME. QUANDO CONSULTAMOS A INTERNET, É POSSÍVEL GUARDAR TEXTOS, FOTOS E OUTROS TIPOS DE ARQUIVO NO NOSSO COMPUTADOR. PARA ISSO, USAMOS A EXPRESSÃO “FAZER DOWNLOAD”. RELEIA UM TRECHO DO RELATO DE DANI: Esclareça os alunos que a expressão tem uma palavra inglesa – “download” – que significa “descarregar”. Os arquivos são “carregados” na internet, ou seja, disponibilizados para quem quiser ler na internet ou “descarregar” no seu próprio computador (“fazer o download”).

“Quando surgiu essa proposta pra trabalhar na rádio dos pescadores, e que tinha

que ter carteira de operador da Anatel, puxei a apostila na internet, estudei e passei.” QUE EXPRESSÃO ELA USA PARA DIZER QUE GUARDOU A APOSTILA DA INTERNET NO SEU PRÓPRIO COMPUTADOR? SUBLINHE-A NO TEXTO. “Puxei a apostila na internet. Se possível, ajude os alunos a fazer algum download de arquivo da internet, no laboratório de informática. Saber manejar esse recurso ajuda os alunos a usufruírem mais e melhor das possibilidades que as novas tecnologias oferecem. É possível que alguns alunos sejam mais familiarizados com o uso da internet e do computador. Aproveite para fazer agrupamentos produtivos nessa atividade.

2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

CALCULANDO

2

+

3

5

6 = 8-

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

=6

03

EM RODA NO DIA 27 DE ABRIL COMEMORA-SE O DIA NACIONAL DOS TRABALHADORES DOMÉSTICOS. ESSES TRABALHADORES, NOS QUAIS SE INCLUEM EMPREGADAS, COZINHEIRAS, GOVERNANTAS, BABÁS, LAVADEIRAS, VIGIAS, MOTORISTAS, JARDINEIROS, ACOMPANHANTES DE IDOSOS, CASEIROS, ENTRE OUTROS, RECEBERAM ESTA HOMENAGEM DA SOCIEDADE, MAS AINDA É PRECISO GARANTIR OS DIREITOS TRABALHISTAS E DE PROTEÇÃO SOCIAL A CADA UM DELES.

EM AÇÃO SEGUNDO PESQUISA DIVULGADA PELO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE) EM FEVEREIRO DE 2013, NO BRASIL, DE CADA DEZ TRABALHADORES DOMÉSTICOS, APENAS QUATRO TÊM CARTEIRA DE TRABALHO ASSINADA. 169

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

3

5 = 6-

5 + =

= 03 2 + 1. QUANTOS TRABALHADORES DOMÉSTICOS NÃO TÊM CARTEIRA ASSINADA NO BRASIL?

=6

PARA ENCONTRAR A RESPOSTA, USAMOS A OPERAÇÃO SUBTRAÇÃO: 10 – 4 = 6

tRABALhADORES SEM cARtEIRA ASSINADA

O RESULTADO DA SUBTRAÇÃO É A DIFERENÇA. PARA ESCREVER A SUBTRAÇÃO, USAMOS NÚMEROS E OS SINAIS – (MENOS) E = (IGUAL). 2. VEJA ALGUNS CÁLCULOS EM QUE FOI USADA A SUBTRAÇÃO E COMPLETE OS DEMAIS: 2

3

4

5

2–1=1

3–1=2

4–1=3

5–1=4

2–2=0

3–2=1

4–2=2

5–2=3

3–3=0

4–3=4

5–3=2

4–4=0

5–4=1

5–5=0

NO CADERNO USANDO OS SINAIS – E = FAÇA CÁLCULOS EMPREGANDO OS NÚMEROS: 6, 7, 8, 9, 10.

EM AÇÃO 1. COMPLETE:

170

TOTAL DE TRABALHADORES

TRABALHADORES COM CARTEIRA ASSINADA

TRABALHADORES SEM CARTEIRA ASSINADA

10

7

10 – 7 =

9

1

9–1=8

5

2

5–2=3

7

0

7–0=7

Oriente os estudantes a construir “listas” de subtração de 6 a 10, assim como as que aparecem no livro. Por exemplo, a lista encabeçada pelo número 6: 6 – 1= 5, 6 – 2 = 4, 6 - 3= 3, 6 – 4 = 2, 6 - 5=1 e 6 – 6 = 0. Proceda da mesma forma para os números 7, 8, 9 e 10. É possível que algum aluno queira saber qual é o resultado quando se subtrai zero de um número. Discuta o fato solicitando aos estudantes que encontrem o resultado de, por exemplo, 6 – 0, 7 – 0, 8 – 0, 0 – 0, até que eles percebam a função do zero nessas situações de subtração. O objetivo da atividade é que os estudantes ampliem seu repertorio de cálculos. Esse trabalho deve ser realizado buscando compreender as relações entre a adição e a subtração. Assim, é importante observar, por exemplo, que 5 + 4 = 9; 9 – 4 = 5; 9 – 5 = 4. Ao construir os fatos da subtração, também é importante que os estudantes percebam que, para essa operação, não vale a comutatividade, constatando, por exemplo, que o resultado de 9 menos 6 é diferente do resultado de 6 menos 9.

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5


2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

+

2

3

5

6 = 8-

2. CALCULE A DIFERENÇA ENTRE:

2

3=

+

10 E 5

9E7

5

2

6E6

10 E 1

zero

9

8E1

8E7

7

1

5 = 6-

5 + =

03

=6

3. RESOLVA AS SITUAÇÕES-PROBLEMA A SEGUIR. A) EM UM GRUPO DE TRABALHADORES, 6 NÃO TÊM REGISTRO NA CARTEIRA DE TRABALHO E 8 TÊM REGISTRO. QUANTOS TRABALHADORES HÁ NESSE GRUPO? 14 trabalhadores.

B) PARA CADA GRUPO DE 15 TRABALHADORES, 5 NÃO TÊM CARTEIRA ASSINADA. NESTE CASO, QUANTOS TRABALHADORES TÊM REGISTRO NA CARTEIRA DE 10 trabalhadores. TRABALHO? C) EM UM GRUPO DE 18 TRABALHADORES, 4 TÊM CARTEIRA ASSINADA. QUANTOS TRABALHADORES DESSE GRUPO NÃO TÊM REGISTRO NA CARTEIRA DE 14 trabalhadores. TRABALHO? 4. COMPLETE COM O SINAL + (MAIS) OU – (MENOS). 3

+

5=8

12

6=6

9

+

3 = 12

10

2=8

8

5=3

9

9=0

9

+

9 = 18

4

+

6 = 10

NO CADERNO 1. PENSE EM UMA SITUAÇÃO-PROBLEMA USANDO ESTES NÚMEROS E SINAIS: 8

14

6

+

=

Respostas pessoais.

171

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

+

2

3

5

6 = 8-

2

9

5 = 6-

3=

5 + =

03

+ 2. PENSE EM OUTRA SITUAÇÃO-PROBLEMA USANDO ESTES NÚMEROS E SINAIS: 7

2

=

=6

Respostas pessoais.

3. APRESENTE PARA SUA TURMA AS SITUAÇÕES NAS QUAIS VOCÊ PENSOU E OBSERVE AS SITUAÇÕES APRESENTADAS POR SEUS COLEGAS. 4. PENSE EM DUAS SITUAÇÕES-PROBLEMA DIFERENTES USANDO ESTES NÚMEROS Ajude os estudantes a criar problemas orais, a partir dos números e operações apresentados. Comente que o problema é um E SINAIS. Resposta pessoal. texto que apresenta algumas informações e uma pergunta a ser respondida. Escreva no quadro bons problemas propostos

pelos estudantes, para que os demais os interpretem e resolvam. Explore diferentes estratégias usadas para resolver um mesmo problema e chame a atenção para as relações que existem entre a adição e a subtração.

6

4

10

+

=

PRODUZINDO E REGISTRANDO RELATOS DE VIDA

PLANEJANDO AS ENTREVISTAS

O Museu da Pessoa disponibiliza orientações sobre a realização das entrevistas. A publicação a ser consultada é “Memória social: uma metodologia que conta histórias de vida e o desenvolvimento local” e está disponível em: <http://www.museudapessoa.net/adm/ Upload/161G5110920121844093O021.pdf>. Vale a pena consultá-la para compreender o processo adotado na instituição e, talvez, ajudar os alunos na tarefa.

COM A EXPERIÊNCIA DE VIDA DAS OUTRAS PESSOAS, PODEMOS APRENDER, NOS DIVERTIR, NOS EMOCIONAR. NOS RELATOS QUE LEMOS NESTE CAPÍTULO, MULHERES BRASILEIRAS CONTAM SUAS VIVÊNCIAS COM O TRABALHO. AGORA É A SUA VEZ DE REGISTRAR RELATOS DE VIDA DE OUTRAS MULHERES BRASILEIRAS. CONVERSE COM OS COLEGAS PARA DECIDIR QUE MULHERES SERIAM INTERESSANTES PARA ENTREVISTAR. ALGUMAS POSSIBILIDADES SÃO MULHERES QUE ENFRENTARAM E SUPERARAM SITUAÇÕES DIFÍCEIS DE TRABALHO, MULHERES QUE EXERCEM PROFISSÕES CONSIDERADAS “MASCULINAS” OU MULHERES QUE FORAM PROIBIDAS DE TRABALHAR OU OBRIGADAS A TRABALHAR. LEMBREM-SE DE QUE AS ENTREVISTADAS PRECISAM AUTORIZAR A GRAVAÇÃO OU FILMAGEM. OS REGISTROS PODEM SER FEITOS DE DIVERSAS FORMAS: GRAVADOS EM ÁUDIO, EM VÍDEO OU ANOTADOS. VOCÊS PODEM USAR CELULAR, CÂMERA, GRAVADOR OU O COMPUTADOR PARA GRAVAR O RELATO. DECIDAM SE IRÃO FAZER TAMBÉM UM REGISTRO ESCRITO DOS RELATOS OU DE TRECHOS OU SE HAVERÁ APENAS A GRAVAÇÃO. JUNTOS, ELABOREM AS PERGUNTAS QUE IRÃO FAZER À ENTREVISTADA. O PROFESSOR IRÁ REGISTRÁ-LAS NO QUADRO. 172

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ENTREVISTANDO E REGISTRANDO OS RELATOS O MAIS IMPORTANTE NO REGISTRO DOS RELATOS DE VIDA É QUE ELES SEJAM INTERESSANTES, SEJA PORQUE SÃO SURPREENDENTES, EMOCIONANTES, SEJA PORQUE SÃO ENGRAÇADOS. E ISSO DEPENDE DO JEITO COMO SÃO CONTADOS. COMBINEM DE FAZER AS GRAVAÇÕES EM UM LOCAL TRANQUILO E SILENCIOSO. PRIMEIRO, FAÇAM ALGUMAS TENTATIVAS, APENAS COM VOCÊS, SEM A PRESENÇA DA ENTREVISTADA. GRAVEM ALGUMAS PERGUNTAS E RESPOSTAS DA ENTREVISTA E VERIFIQUEM: A FILMAGEM OU GRAVAÇÃO TEM BOA QUALIDADE DE IMAGEM E SOM? O ENTREVISTADOR CONSEGUE FAZER AS PERGUNTAS DE MODO CLARO? QUANDO ACHAREM QUE ESTÃO PREPARADOS, CONVIDEM AS MULHERES PARA GRAVAR AS ENTREVISTAS. COMBINEM O LOCAL, O DIA E O HORÁRIO. NESSE DIA, FAÇAM TAMBÉM UM TESTE ANTES DA GRAVAÇÃO FINAL, PARA VERIFICAR SE O RELATO ESTÁ SENDO REGISTRADO E TAMBÉM PARA DEIXAR AS ENTREVISTADAS À VONTADE. SE ALGUMA DELAS PREFERIR NÃO SER IDENTIFICADA, INVENTEM UM NOME E NÃO FOTOGRAFEM NEM FILMEM A PESSOA.

EDITANDO OS RELATOS PARA TER UM REGISTRO COM MAIS QUALIDADE E ORGANIZAÇÃO, AS ENTREVISTAS PODEM SER EDITADAS, OU SEJA, ALGUMAS PARTES PODEM SER CORTADAS DA GRAVAÇÃO EM ÁUDIO OU VÍDEO. DECIDAM SE HAVERÁ CORTES, QUAIS SERÃO E POR QUE SÃO NECESSÁRIOS. SE FOREM REGISTRAR POR ESCRITO, ALGUNS AJUSTES PODEM SER NECESSÁRIOS, COMO ELIMINAR OU ACRESCENTAR PALAVRAS. SEU PROFESSOR IRÁ AJUDÁ-LOS NESSA ESCRITA. PARA ISSO, RELEIAM A SEÇÃO “PENSANDO SOBRE A LÍNGUA” DESTE CAPÍTULO, QUE TRATA DESSE TIPO DE AJUSTE.

DIVULGANDO OS RELATOS QUANDO TERMINAREM A EDIÇÃO, VOCÊS PODEM DIVULGAR OS RELATOS COMPLETOS OU UMA SELEÇÃO DOS “MELHORES MOMENTOS”. ISSO PODE SER FEITO EM UM MURAL COM OS RELATOS TRANSCRITOS, EM UMA SESSÃO PARA EXIBIÇÃO DO VÍDEO OU EM UMA RODA DE CONVERSA SOBRE O TEMA TRABALHO, COM NOVOS RELATOS DE VIDA DOS PARTICIPANTES. SE POSSÍVEL, CONVIDEM AS ENTREVISTADAS PARA ESSE MOMENTO DE DIVULGAÇÃO. APROVEITEM! Na edição dos relatos gravados, pode ser necessário selecionar um ou dois relatos para editar, dependendo da quantidade de entrevistas feitas. É importante que os alunos avaliem se há algum trecho desnecessário, como momentos de silêncio ou de fala confusa, ou que precise de ajustes. No caso da edição dos relatos transcritos, atue como escriba da turma, transcrevendo alguns trechos e fazendo, junto com eles, as modificações necessárias. A opção pela transcrição de trechos pode ser justificada tendo em vista que alguns relatos podem ficar muito extensos e que alguns trechos são, de fato, mais interessantes que outros.

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Capítulo

7

LENDO UM JORNAL

Neste capítulo, trabalharemos o jornal, com ênfase na leitura da primeira página, na leitura de anúncios classificados e de notícias ou reportagens de relevância para o aluno. Será necessário dispor de alguns exemplares de circulação local e de circulação nacional para manuseio. Se houver acesso a jornais eletrônicos, será uma boa complementação ao trabalho.

Como você já deve saber, os jornais nos apresentam inúmeras informações, além das notícias do que acontece no dia a dia das cidades, dos países e do mundo. Neste capítulo, vamos aprofundar os conhecimentos sobre um jornal, observando como ele é organizado e como localizamos as diferentes informações que ele apresenta.

s pres Folh a

ita Lins, ho, Thal to Coel ecilia Pin C l, se na/Hrs la, Rosa ress la Filizo AP ares, Pau Yale Gontijo/D ad al V ão es, breu, Jo Menez Diego A breu, Leilane /A Roberta

s, ão Freita Conceiç

Arquivo DP/DP/D.

A Press

Estamos considerando que o jovem/adulto não alfabetizado tenha noções da função dos jornais, como principais veículos de notícias, entre outros gêneros. Entretanto, as perguntas a seguir podem ajudar na construção desse conhecimento. Converse também sobre tipos de jornais, mídias em que veiculam (radiofônica, televisiva, impressa, virtual) e as semelhanças e diferenças entre jornais impressos e telejornais ou jornais virtuais.

Primeira página do Correio Brasiliense, do Diario de Pernambuco e da Folha de S.Paulo.

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EM RODA Para que servem os jornais? Você já folheou um jornal impresso? Que assuntos você encontrou nele? Como você identifica os assuntos do jornal: pelas imagens (fotos, gráficos etc.), pelos títulos, pelo texto completo ou por todos esses elementos juntos? Assinale os tipos de jornais que você conhece: ( ) jornal de bairro ( ) jornal de empresas ( ) jornal diário vendido em bancas

( ) jornal esportivo ( ) jornal de sindicatos ( ) jornal de classificados e anúncios gerais

No capítulo 1, vimos que as imagens e os símbolos podem complementar um texto verbal ou substituí-lo. Apresente exemplares de jornais e mostre informações transmitidas por imagens, gráficos, desenhos. Explore a capa, os gráficos financeirtos (cifrão – $) e os ícones de previsão do tempo (sol, nuvens, chuva etc.). Proponha a leitura dessas partes e a indicação do que se trata. Leia para os alunos os trechos analisados, confrontando com a leitura deles.

PARA LER JORNAIS

Para as atividades em dupla, é recomendável que você organize pares produtivos.

Volte às imagens dos jornais mostrados na abertura do capítulo. Você conhece algum deles? Com um colega, escolham a imagem de um dos jornais e leiam o nome dele. Depois, formem o nome do jornal com as letras do alfabeto móvel. Leiam-no e observem se suas escritas têm todas as letras do nome do jornal. Escrevam o nome do jornal que vocês escolheram e leiam-no para seus colegas. Resposta pessoal

Escrevam o nome da cidade ou do estado onde é produzido esse jornal. Explore jornais inteiros, de preferência, organizados em cadernos. É importante que sejam recentes, da mesma data e de grande circulação na cidade ou no estado. Os exemplares podem ser pedidos aos alunos. Quanto maior a diversidade, melhor. Proponha a leitura dos alunos, incentive aqueles que ainda não leem autonomamente, evidenciando estratégias de leitura de trechos maiores, além da leitura das palavras.

O professor vai distribuir alguns jornais. Em grupo de quatro alunos, façam um “passeio” pelo jornal, observando a quantidade e a ordem em que aparecem as páginas, como elas estão agrupadas e os conteúdos apresentados pelo jornal.

SAIBA MAIS Os grandes jornais estão organizados em vários conjuntos de páginas. É comum encontrarmos diversas páginas que trazem notícias, reportagens sobre um mesmo tema. Agrupadas deste modo, elas formam os cadernos. Assim, temos caderno de esportes, caderno de política, caderno de economia, caderno de assuntos cotidianos, caderno de cultura etc., embora nem sempre eles tenham exatamente estes nomes. Ao analisar os jornais, mostre aos alunos que, de um jornal para outro, há variações nos cadernos e também nos nomes recebidos por cadernos destinados ao mesmo tema. Mostre também que alguns jornais trazem cadernos fixos e diários e outros trazem cadernos semanais (turismo, tecnologia etc.) e/ou suplementos (revistas e suplemento infantil).

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Fernando Favoretto / Criar Imagem

Jornal O Liberal, 26 out. 2012.

EM RODA • Todos os jornais analisados estão divididos em cadernos? • Que cadernos há no jornal que seu grupo analisou? • Todos os grupos encontraram os mesmos cadernos nos diferentes jornais? • De que assunto cada caderno trata? • Como é possível saber isso? • Em que caderno você procuraria o valor atual do salário mínimo? • Em que caderno você procuraria a posição do seu time de futebol em um campeonato estadual ou nacional? • Vamos imaginar que você quer vender a sua casa. Em qual caderno você anunciaria a venda da casa? Que informações o anúncio deve ter? Registre as ideias dos alunos no quadro e elabore coletivamente um anúncio. Ajude-os a perceber a relevância de algumas informações para que o anúncio cumpra o seu objetivo de anunciar um produto e aproximar comprador e vendedor. A atividade será retomada posteriormente.

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EM AÇÃO A seguir, você encontra anúncios classificados de venda de imóveis em São Paulo. Quando uma pessoa está procurando um produto em anúncios classificados, é comum marcar os anúncios que interessam, como podemos observar na imagem. Escreva o anúncio do apartamento que está circulado no quadro e evidencie as abreviações (dorms. e p/). Ajude os alunos a inferirem as palavras a partir do contexto Fernando Favoretto/Criar Imagem

em que aparecem.

Primeiramão. 23 fev. 2013, p. 15. Banco de Imóveis.

1. Observe os anúncios selecionados. De acordo com eles, podemos afirmar que a pessoa que os marcou procura um imóvel no valor de: ( ) até 50 mil reais. ( ) até 150 mil reais. ( ) até 100 mil reais ( ) até 250 mil reais. 2. Circule, no anúncio, os imóveis que uma pessoa poderia comprar à vista (pagando de Converse com os alunos sobre as terminologias “à vista” e “a prazo”. Observe se eles conhecem o significado delas. Se algum aluno não conhecer ou confundir os termos, peça a uma só vez) se tivesse 160 mil reais. outros que ajudem na definição de cada termo. Uma atividade de matemática tratará desse assunto. Embora ainda não se tenha explorado o significado do milhar, os números da atividade podem ser vistos apenas como uma informação e, neste caso, basta apresentar aos alunos como se faz a leitura de cada um deles.

3. Das informações a seguir, marque aquelas que aparecem nos anúncios circulados. ( ) metragem. ( ) cor da pintura. ( x ) localização. ( ) revestimento.

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As palavras (living, closet) hoje integram o vocabulário do ramo imobiliário. Veja se os alunos as conhecem, e se também conhecem outras como hidro (banheira com hidromassagem) e suíte (quarto + banheiro). No ensino formal, os alunos ainda não viram m2 e milhares. Entretanto, os termos, ou mesmo o conceito, fazem parte do cotidiano. O valor do imóvel, embora distante da realidade dos alunos como consumidores, é visto nas mídias e faz parte da vida daqueles que atuam na construção deste tipo de imóvel.

( ( ( ( (

) preço. ) telefone para contato. ) nome do proprietário. x ) número de vagas na garagem. x ) posicionamento das vagas na garagem. x

Fernando Favoretto/Criar Imagem

4. Agora leia outro anúncio de imóveis na mesma cidade.

Folha de S.Paulo, 24 fev. 2013. Caderno Imóveis.

Das informações a seguir, marque aquelas que aparecem no anúncio. ( x ) metragem. ( x ) telefone para contato. ( ) cor da pintura. ( ) nome do proprietário. ( x ) localização. ( x ) número de vagas na garagem. ( x ) revestimento. ( x ) posicionamento das vagas na garagem. ( x ) preço. 5. Os itens descritos no anúncio mostram: ( X ) aspectos positivos do imóvel

( ) aspectos negativos do imóvel

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* Analise classificados diversos com os alunos e observe as informações presentes no gênero, evidenciando o que é dito sobre o produto anunciado e os dados para contato com vendedores. Destaque que, além da descrição, geralmente são informadas características positivas do produto. Destaque também as informações essenciais para o anúncio e a economia de texto, devido ao preço variar conforme o tamanho.

PENSANDO SOBRE A LÍNGUA Um dos anúncios é iniciado com a frase: “More ao lado do Parque da Água Branca.” A partir disso, quem não conhece São Paulo pode entender que: ( X ) É bom morar perto do Parque da Água Branca. ( ) É perigoso morar perto do Parque da Água Branca. ( ) As proximidades do Parque da Água Branca têm trânsito intenso.* Em um dos anúncios, lemos vaga p/ carro (vaga para carro). Quantas vagas o imóvel Uma vaga. Espera-se que os alunos justifiquem a resposta pelo uso do possui? Como sabemos disso? singular. Entretanto, é provável que mencionem a expressão “vaga” e não usem o termo “singular” na resposta. ( X ) uma vaga. ( ) duas vagas. ( ) mais de uma vaga, mas a quantidade não está determinada. Como esta parte do texto estaria escrita se a garagem do apartamento à venda para carros ou três vagas para carros. comportasse três automóveis? Vagas Aproveite para evidenciar a concordância nominal.

EM RODA Em sua opinião, a foto do imóvel que aparece no anúncio do apartamento do bairro Resposta pessoal. Espera-se que os alunos reconheçam que a foto das Perdizes é importante para o anúncio? Por quê? é um meio de mostrar as condições de conservação do imóvel, o tamanho, o acabamento etc.

De que modo uma pessoa interessada no imóvel pode entrar em contato com o vendedor? Pelo número do telefone. Você sabe o que significa o quadrinho preto e branco no canto direito inferior do anúncio do apartamento em Perdizes? Explique para seus Pergunte aos alunos se já viram este quadrinho. Esclareça colegas. que são códigos QR, que podem ser fotografados pelos aparelhos de celulares e lidos por um aplicativo (programa) instalado no aparelho. No anúncio, ao usar o celular para “ler” o código do quadrinho, obtém-se mais informações sobre o apartamento anunciado. A cidade do Rio de Janeiro traz esses códigos em calçadas de pontos turísticos. “Lidos” pelos celulares, a tela do aparelho mostra informações sobre o local.

Podemos afirmar que esse anúncio interessaria ao mesmo comprador que marcou os Não. Este imóvel tem um custo muito anúncios anteriores? Por quê? mais alto que os imóveis circulados no Para pessoas interessadas em comprar apartamentos anúncio anterior. de mais de 150 metros quadrados, na região indicada Para quem esse anúncio foi escrito? Como podemos saber? no anúncio, com possibilidade de pagar o preço

indicado (R$ 1.380.000,00); para pessoas que têm equipamentos eletrônicos (celulares) que possibilitam visualizar informações sobre o apartamento por meios virtuais.

Compare as informações que você apresentou para um anúncio da sua casa às informações apresentadas nos anúncios classificados estudados.

As informações do seu anúncio são suficientes para despertar o interesse de um comprador? Resposta pessoal. Você informou algum meio de contato com o vendedor do imóvel?Resposta pessoal. O que você conclui sobre os anúncios classificados?

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos mencionem a circulação em jornais, as informações constantes e o objetivo do anúncio.

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

CALCULANDO

5

6 = 8-

2

3

+ =

5 = 6-

5 + =

03

=6

EM RODA A compra de um imóvel pode ser feita à vista, quando se paga o valor total no ato da compra, ou a prazo, quando se paga uma parte do valor total no ato da compra, que é a Respostas pessoais. Comente com os alunos que a decisão de comprar à entrada, e o restante do valor é dividido em prestações. vista ou a prazo nem sempre é simples e muitas vezes

é influenciada por propagandas feitas por estabelecimentos comerciais para atrair consumidores. Não há regra que defina se o melhor é comprar a prazo ou à vista. Essa decisão depende da situação financeira, da necessidade de comprar, do planejamento de gastos e dos juros cobrados pelo financiamento.

Ilustyração digital: Estudio Pingado

• O que se costuma comprar a prazo? • O que precisa ser observado quando se decide fazer uma compra a prazo? • Nas compras do dia a dia o pagamento geralmente é feito à vista ou a prazo?

Observe a ilustração e escreva o preço dos pães e do leite. Marque com um X o produto mais caro. ( ) Pão francês:

R$0,30

( ) Baguete:

R$1,50

( x ) Pão de forma:

R$3,10

( ) Pão de batata:

R$0,60

( ) Pão doce:

R$0,50

( ) Caixa de leite:

R$2,50

Descubra e registre o valor da compra feita na tabela abaixo: PELO RAPAZ

PELA JOVEM

R$6,80

R$ 5,30

180

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5


5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

3=

5 = 6-

+ No caderno, desenhe com cédulas e moedas o troco que será recebido:

2

5 + =

03

PELO RAPAZ

PELA JOVEM

Resposta pessoal. A soma dos valores das cédulas e moedas deverá ser R$ 3,20.

Resposta pessoal. A soma dos valores das cédulas e moedas deverá ser R$ 14,70.

=6

PARA RESQUISAR Quanto se gasta, na sua casa, por semana comprando pão e leite? Preencha a tabela escrevendo, para cada dia da semana, as quantidades e os valores de pão e leite que se compra na sua casa. DIA DA SEMANA

PÃO Quantidade

LEITE Valor

Quantidade

Valor

Domingo Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira Sábado Total

Observando os totais que aparecem na tabela, calcule quanto se gasta na sua casa para comprar pão e leite durante uma semana. Resposta pessoal. As duas atividades têm como objetivo a leitura e interpretação de informações numéricas dadas em imagens e também a resolução de situações-problema que envolvem compra e venda. Pergunte aos alunos o que a ilustração retrata, o que acontece, quem são as personagens. Proponha a leitura dos preços dos produtos. Observe as estratégias de cálculo usadas e discuta sobre elas. Retome a leitura da tabela de dupla entrada, orientando seu preenchimento.

EM RODA Alguns produtos adquiridos no dia a dia são vendidos por dúzia. Responda em seu caderno: • Que produtos são vendidos por dúzia? • Quanto é uma dúzia e meia? 181

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2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

2

+

3

EM AÇÃO

5

6 = 8-

2

5 = 6-

3=

+

5 + =

03

=6

Veja esta lista de compras:

Banana – 1 dúzia Alface – 2 pés Abobrinha – 2 unidades Tomate – 2 quilos

Limão – 10 unidades Ovos – uma dúzia Mamão – 4 unidades Laranja – 1 dúzia e meia

1. Para fazer essa compra, uma pessoa gastou a metade de R$ 70,00.

a) Quanto foi gasto? Nessa compra, foram gastos R$ 35,00.

b) Se essa compra for paga com R$ 50,00, quanto vai sobrar de troco? Vão sobrar R$15,00 de troco.

2. Reescreva a lista de compras indicando a metade da quantidade de tomate, alface, limão, ovos e o dobro da quantidade de abobrinha, banana, laranja e mamão. Tomate: 1 quilo; alface: 1 pé; limão: 10 unidades; ovos: meia dúzia; abobrinha: 4 unidades; banana: 2 dúzias; laranja: três dúzias.

PENSANDO SOBRE A ESCRITA

zabumba

Empire331/ Dreamstime.com

selo

sapato

zíper

zoológico

Uatp1/ Dreamstime.com

Palê Zuppani / Pulsar Imagens

Pingvin121674/ Dreamstime.com

sino

Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos

Perkmeup/ Dreamstime.com

sorvete

Mailthepic/ Dreamstime.com

zebra

Delfim Martins / Pulsar Imagens

sapo

Freezingpictures/ Dreamstime.com

Pureradiancejeniifer/ Dreamstime.com

1. Com os colegas, fale o nome das fotos abaixo, observando o som inicial de cada palavra. Depois, escreva o nome abaixo de cada imagem.

zero

182

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2. Observando o som inicial da palavra que nomeia cada figura, complete o quadro abaixo. PALAVRAS INICIADAS COM O MESMO SOM DE SABONETE

PALAVRAS INICIADAS COM O MESMO SOM DE ZORRA

Sapo, sorvete, selo, sino, sapato.

Zebra, zíper, zabumba zoológico, zero.

3. As letras S e Z, nestas palavras, estão localizadas: ( x ) no início da palavra. ( ) no meio da palavra. 4. O som das letras S e Z, nessas palavras é: ( ) igual

( ) no fim da palavra.

( x ) diferente

5. Nos anúncios classificados, você leu palavras como:

cozinha

casa

perdizes

lazer

piso

Leia as palavras em voz alta, observando o som das letras destacadas.

a) Conforme você observou, o som das letras S e Z nessas palavras é: ( x ) igual

( ) diferente

b) Que som tem a letra S, nas palavras casa e piso? Som de z.

3. Agora, leia outras palavras escritas com S, e com seus colegas e professor, fale essas palavras e observe o som da letra S em cada uma delas.

sala asa

mesa blusa

conservado tesoura

sítio

sobrado ensolarado isolante lasanha

suíte

serviço

usado camisa

sopa

lapiseira

a) O som da letra S é o mesmo nestas palavras? Por quê?

dispensa

música

Não. Em algumas delas a letra s tem som de z e em outras tem som de s. Mesa, asa, blusa, usado, isolante, camisa, tesoura, lasanha, lapiseira e música.

b) Circule as palavras do quadro em que a letra S tem som de Z.

183

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5

c) Nas palavras descritas, a letra S está localizada: ( ) no início da palavra. ( x ) no meio da palavra. ( ) no fim da palavra.

d) Observe as letras que aparecem de um lado e do outro da letra S, nas palavras que você circulou. Elas são: ( x ) vogais

( ) consoantes

e) Escolha palavras do quadro abaixo e complete a conclusão do que você observou.

Ajude os alunos a analisar a posição da letra s entre duas vogais e o som de z que ela apresenta, nesta situação. Entretanto, ainda não deve ser exigido que usem s e z corretamente na escrita, pois o trabalho com a norma ortográfica deve ser realizado após a alfabetização.

S A letra

Z

consoantes

vogais

entre duas

tem som de .

A letra s entre duas vogais tem som de z.

EM AÇÃO

Se considerar necessário, retome a leitura de ç e ss, no Capítulo 5, para que os alunos relembrem que essas letras têm o mesmo som.

1. As frases a seguir estão incompletas. Escolha uma palavra do quadro abaixo de cada uma delas e complete-as.

a) Todo dia chego em

bem cansado.

casa b) Minha sacola

caça muito, quando termino a feira.

peça

pesa

c) Ontem cuidei de um passarinho com a

assa

quebrada.

asa

NO CADERNO Reescreva as frases que você completou, usando letra cursiva, letra maiúscula em Oriente os alunos a revisarem o próprio texto. Ajude-os a construir alguns critérios de revisão textual. Por enquanto, importante que observem se escreveram todas as palavras que pretendiam, se as palavras estão completas e início de frase e ponto final. écompreensíveis, se a frase se inicia com letra maiúscula, se os nomes próprios estão escritos com letras iniciais maiúsculas e se há ponto final.

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2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

03

=6

CONVERSANDO SOBRE O ESPAÇO E AS FORMAS GEOMÉTRICAS NO CADERNO Leia o anúncio de um imóvel publicado em um jornal.

TERRAÇO

Iustração Digital: Estúdio Pingado

Lançamento em Santos, a uma quadra da praia. Edifício Residencial Ilha de Capri, Avenida Epitácio Pessoa, 210.

Folha de S.Paulo – 24/03/2013. Caderno Imóveis, p. 13.

1. Observe a planta do apartamento Residencial Ilha de Capri, localizado em Santos Comente que o imóvel anunciado fica na cidade de Santos, situada no litoral do estado de São Paulo. Reproduza no quadro a (SP), e responda: planta do apartamento e ajude os alunos a identificarem a divisão dos espaços, a indicação de portas e janelas e a responderem as questões propostas.

a) Como é dividido o espaço desse apartamento? O espaço do apartamento é dividido em um quarto, uma sala, um banheiro, um lavabo, uma cozinha, uma área de serviço e dois terraços.

b) Quantos dormitórios há nesse apartamento? Um dormitório.

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

2

c) Qual é o maior cômodo do apartamento?

3=

+

5 = 6-

5 + =

03

=6

A sala.

d) Qual é a medida do comprimento e da largura desse cômodo? As medidas da sala são: 4 m e 35 cm de comprimento ou 4,35 m e 3 m de largura.

e) Por onde entra a claridade natural para iluminar a cozinha e a área de serviço? Pelo terraço que fica logo após a área de serviço.

2. Em que cidade fica o imóvel anunciado? Na cidade de Santos.

3. Qual é o endereço desse imóvel? O imóvel está localizado na avenida Epitácio Pessoa, n. 210.

4. O anúncio informa que o imóvel fica a uma quadra da praia. Você concorda com essa informação? Explique. Espera-se que os alunos concordem. Uma explicação possível: quem está na avenida Vicente de Carvalho, em frente à Igreja do Embaré, tem de andar um pouco mais de uma quadra para chegar ao imóvel.

5. Indique um ponto de referência para localizar esse imóvel. Possíveis respostas: o imóvel fica próximo da Igreja do Embaré. O imóvel fica entre as avenidas Siqueira Campos e Almirante Cochrane. O imóvel fica entre o Canal 4 e o Canal 5.

NO CADERNO Com os colegas e com a orientação do professor, escreva um pequeno texto para explicar a alguém que está na esquina da Avenida Vicente de Carvalho com a Avenida Conselheiro Nébias como ela deve fazer para chegar até o Residencial Ilha de Capri.

PARA LER NOTÍCIAS No Capítulo 6, você leu relatos de vida de mulheres com realidades distintas. Neste capítulo, você vai ler uma notícia sobre a ocupação feminina de espaços de trabalho, antes exclusivos dos homens. Observe a notícia reproduzida abaixo e converse com os colegas: 186

Possíveis indicações no texto: a pessoa deve continuar pela Avenida Vicente de Carvalho no sentido do Canal 4, virar a esquerda na avenida Siqueira Campos, virar na primeira rua à direita e andar aproximadamente uma quadra. A pessoa também pode seguir pela Avenida Conselheiro Nébias, virar à direita na primeira rua, seguir em frente, atravessar a Avenida Siqueira Campos e andar aproximadamente uma quadra. Desenhe o mapa da localização do imóvel no quadro, e ajude os alunos a localizarem o imóvel, perguntando: Para quem está vindo da Av. Almirante Cochrane, o imóvel fica antes ou depois da igreja do Embaré? Uma pessoa que está no cruzamento da Av. Conselheiro Nébias com a Av. Epitácio Pessoa deve virar à direita ou à esquerda para seguir no sentido de onde está o imóvel? Quantas quadras ela terá que percorrer para chegar até ele? Caso os alunos tenham dificuldade em interpretar o mapa, dramatize com eles. Utilize o vocabulário de localização e as ideias de direção e sentido para que se familiarizem com elas, mas permita que utilizem vocabulário próprio.

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O TEMPO Belo Horizonte SEXTA-FEIRA, 4 DE JANEIRO DE 2013

Economia

TEL: (31) 2101-3927 FAX: (31) 2101-3950 Editor: Karlon Aredes karlon@otempo.com.br e-mail: economia@otempo.com.br twitter: http://twitter.com/OTEMPOeconomia Atendimento ao assinante: 2101-3838

q

3/1/2013

Dólar Valores em R$

comercial paralelo

turismo

COMPRA

COMPRA

COMPRA

2,034 2,09

1,970

VENDA

VENDA

VENDA

2,036 2,20

2,133

3/1/2013

q Ouro q Euro 7 Bovespa

Pontos

109,5 2,669 1,22% 63,312

Opção. Presença delas nos canteiros de obras cresce 65% e minimiza carência do setor por mão de obra

Mulheres em ‘trabalhos de homens’ na construção civil DANIEL PROTZNER

Empresas oferecem cursos e criam estrutura para as novas profissionais ¬ JULIANA GONTIJO ¬ A necessidade de mão de

obra está fazendo com que áreas até bem pouco tempo exclusivamente masculinas, como é o caso da construção civil, comecem a receber cada vez mais mulheres. Antes pouco comum, hoje nas obras já há serventes, carpinteiras, ajudantes de obras, pedreiras, soldadoras, técnicas em segurança do trabalho e engenheiras. E a tendência, segundo especialistas em recursos humanos (RH), é que a participação delas no setor continue aumentando. Segundo os últimos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho e Emprego, o número de mulheres atuantes na construção civil aumentou 65% em oito anos. Em 2000, elas eram pouco mais de 83 mil entre 1,094 milhão de pessoas empregadas. Já em 2008, elas ocupavam 137.969 vagas em um estoque de trabalhadores de quase 2 milhões. A analista de RH da Masb, Milécia Santos de Oliveira, ressalta que hoje o que interessa para as construtoras são profissionais que saibam fazer o serviço, independente do sexo. “O que importa é que a

pessoa tenha força de vontade, queira trabalhar. Afinal, a mão de obra ainda é escassa”, diz. Ela conta que hoje há 90 vagas operacionais abertas na empresa. Ela observa que a tecnologia também está ajudando a inserir mais mulheres na atividade. “Ainda há áreas que dependem mais da força física, só que a construção está cada vez mais utilizando maquinário. As mulheres se destacam em áreas relacionadas ao acabamento. Afinal, elas são mais detalhistas”, analisa. Marta Maria Moreira, 27, trabalha como rejuntadora há três anos. “Antes eu trabalhei como operadora de produção numa fábrica, mas eu sempre tive interesse pela área, que é boa, promissora”, diz. Ela conta que a Masb a treinou para o serviço durante três meses. Para ela, um dos diferenciais das mulheres na construção é o capricho na execução das tarefas. “É muito bom você ver o resultado do seu trabalho”, frisa. Hoje, Marta trabalha numa das obras da Masb, no bairro Jardim América, na região Oeste de Belo Horizonte. “O salário, ganhar hora-extra e o horário das 7h às 17h é um dos atrativos da área. Afinal, preciso de tempo para poder cuidar do meu filho, que tem três anos e nove meses”, conta. O analista de recursos humanos da MIP Edificações, Fabrício Antônio Bicalho, afirma que o aumento de mão de obra feminina nas

Realizada. Marta Maria Moreira disse que o diferencial das mulheres na construção é o capricho na execução das tarefas

obras começou a se intensificar nos últimos dois anos, em razão da dificuldade de conseguir mão de obra. “Há muitos casos de mulheres que deixaram de ser empregadas domésticas”, diz. O diretor de operações da MIP Edificações, Márcio Afonso Pereira, conta que a contratação de mulheres na empresa surgiu para suprir a falta de mão de obra masculina e o resultado superou as expectativas. “As mulheres são atenciosas, detalhistas, cuidadosas ao manusear os equipamentos”, ressalta. EDITORIA DE ARTE

ELAS NO MERCADO Distribuição dos ocupados por setor de atividade econômica, segundo sexo SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA

FONTE: IBGE. PNAD

20,5 1,3 14,9 12,6 18,5 3,2 7,2 5,4 3,9 0,9 3,0 8,3 0,4 100

Mulheres

Homens

BRASIL 2009 (EM %)

Agrícola Outras atividades industriais Indústria de transformação Construção Comércio e reparação Alojamento e alimentação Transporte, armazenagem e comunicação Administração pública Educação, saúde e serviços sociais Serviços domésticos Outros serviços coletivos, sociais e pessoais Outras atividades Atividades mal definidas Total

Reprodução Jornal “O Tempo”/4 Jan. 2013/Belo Horisonte

8

12,2 0,3 12,4 0,5 16,8 4,8 1,5 4,8 16,7 17,0 5,9 7,0 0,0 100

Qualificação

Perfil

Cresce a procura por capacitação no público feminino

Nãohá diferenciação nastarefas

Claudinea da Silva Alves, 28, acabou de ingressar num mercado ainda dominado pelos homens. Ela concluiu no dia 7 de dezembro o curso de soldadora da Cidade da Solda de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, coordenada pela instituição social Ramacrisna, que tem o objetivo de formar soldadores e maçariqueiros para atender a demanda do mercado. Em 2009, seis mulheres fizeram o curso, passando para nove no ano seguinte e para oito em 2011. No ano passado, foram 11. Claudinea conta que trabalhava como auxiliar de produção e que decidiu fazer o curso para conseguir uma remuneração melhor. “Uma amiga ficou sabendo do curso pelo jornal O TEMPO e me disse. Aliás, eu sempre me interessei pela área, pois meu marido trabalha nela. É um

7

ramo em expansão. Já fiz algumas entrevistas e estou otimista”, diz. De acordo com o instrutor de processos de soldagem da Cidade da Solda, Marcos Vinícius da Silva, a procura das mulheres pelo curso de soldagem cresceu e a participação delas nas salas varia de 40% a 50%. Para ele, a escassez de profissionais soldadores é muito grande e as empresas não fazem distinção de sexo. Algumas inclusive têm mudado a estrutura como vestiários e banheiros para receber a mulheres. A gerente de engenharia civil de sistemas elétricos da Leme Engenharia, Guilhermina Drumond, há 12 anos na empresa, acompanhou o crescimento das mulheres no quadro de profissionais “Quando entrei eram poucas comparado com hoje”, conta. (JG)

O número de mulheres na Leme Engenharia, tanto em cargos gerenciais como nos canteiros de obras, vem aumentando nos últimos anos, conforme a diretora de RH, Tatiana Villefort. “O que importa para a empresa é o melhor perfil do profissional. Não existe discriminação”, diz. Ela ressalta que o crescimento de contratações de mulheres na empresa vem crescendo ano a ano. Em 2007 eram 135 mulheres e, em 2012, foram 278, alta de 48,5%. A gerente de engenharia civil de sistemas elétricos da empresa, Maria Guilhermina Drumond, afirma que hoje para uma pessoa ingressar numa construtora, o que importa é preencher os requisitos necessários para determinado cargo. “Não há diferenciação pelo sexo. Há vagas para todos”, ressalta a engenheira. (JG)

7

1. Em que parte está o título da notícia? Como é possível saber isso? Espera-se: texto em negrito e em fontes grandes. Porque ele está destacado dos demais por recursos gráficos (tamanho de letra, distância do corpo do texto etc.)

2. Na sua opinião, em que parte está o detalhamento da notícia? Por quê? Na parte que fica abaixo do título; porque é o texto maior, com letras em tamanho normal, indicando que há mais informações, além das apresentadas no título.

3. Como está organizado o texto da notícia no papel?

Em colunas. As letras são menores e não estão destacadas, o texto está diagramado em colunas, há mais informações sobre o tema e

4. Em que essa parte da notícia é diferente do título? apresenta testemunhos de pessoas relacionadas ao fato. 5. Agora, com o professor, leia o título da notícia.

Reproduza o título no quadro e promova uma leitura coletiva, apontando as partes lidas e incentivando os alunos a realizarem a análise da pauta sonora das palavras. Ajude na percepção de que as aspas, neste caso, indicam o sentido figurado da expressão “trabalho de homens”, já que a classificação da tarefa como feminina ou masculina é uma convenção social e que já tem se modificado muito nos últimos 40 anos.

6. De acordo com o título, o que você imagina que a notícia vai relatar?

Ajude os alunos a levantarem hipóteses, perguntando: Será que a notícia vai dizer que não existem mulheres na construção civil porque é trabalho de homem? Será que vai informar que as empresas tentaram, sem sucesso, empregar mulheres em obras? Será que vai mostrar dados positivos do trabalho da mulher na construção civil?

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7. A foto da trabalhadora da construção civil dá alguma pista sobre a notícia?

Espera-se que os alunos percebam um semblante de satisfação na mulher, indicando dados positivos sobre a inserção feminina na construção civil.

8. Leia a legenda da foto que acompanha a notícia. Realizada. Marta Maria Moreira disse que o diferencial das mulheres na construção é o capricho na execução das tarefas. • A legenda confirma a sua impressão sobre a foto? Espera-se que os alunos reconheçam que a legenda confirma a satisfação demonstrada na imagem. A palavra “Realizada”, colocada em negrito, é prova disso. 9. Faça Ouça a leitura da notícia por seu professor e verifique suas hipóteses. uma leitura para familiarização dos alunos com o texto. Depois, faça outras leituras para que eles se lembrem das informações do texto. Pare a leitura em pontos que mereçam comentários ou explicações.

10. Converse com seus colegas. De acordo com a notícia:

a) O que fez a mulher se interessar pelo trabalho na construção civil? Horários fixos, carreira mais promissora, melhores salários.

b) O que levou a construção civil a contratar mão de obra feminina? A falta de profissionais no mercado.

c) Qual é a opinião das empresas contratantes sobre o trabalho feminino na construção civil?

Acham positivo, consideram a mulher mais cuidadosa, mais caprichosa.

d) Para quem essa notícia é importante? Por quê? Para mulheres que procuram emprego ou queiram mudar de profissão. GLOSSÁRIO 11. Essa notícia foi publicada em 4 de janeiro de 2013, em um jornal On-line: Jornal de Belo Horizonte (MG) e em outro de Montes Claros (MG). Em 7 de que é veiculado janeiro de 2013, ela saiu em jornais on-line do Paraná e de Sergipe. na internet. Lê-se “onlaine”. Em sua opinião, o que levou esses jornais on-line a reproduzirem a A falta de profissionais no mercado da construção civil e a necessidade de incentivar a ampliação do número de notícia? mulheres na área. A importância da notícia para diferentes partes do país, onde há carência de mão de obra na construção civil.

SAIBA MAIS Hoje em dia, muitos jornais podem ser lidos também pela internet, no computador, tablet ou celular. Alguns deles possibilitam que o leitor comente a notícia. Alguns leitores costumam até mesmo discutir o tema no espaço dedicado aos comentários. Veja o comentário de uma soldadora da cidade de Montes Claros sobre a notícia que você leu.

Andrea Carolina janeiro 8, 2013 às 9:46 am Parece que, aqui em Montes Claros, essa evolução ainda não chegou, pois estou, há meses, procurando emprego como soldadora e não consigo, por ser mulher. Algumas empresas, aqui, não me deixam nem fazer uma entrevista. É mole? Disponível em: <http://jornalmontesclaros.com/2013/01/04/mulheres-em-trabalhos-de-homens-naconstrucao-civil.htm>. Acesso em: 8 mar. 2013. (Fragmento adaptado).

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EM RODA O que você acha de poder comentar as notícias que lê ou ouve em um espaço que seja visível por outros leitores ou pelo próprio jornal? Você diria que o comentário da soldadora de Montes Claros serve para a cidade onde Mostre aos alunos que a internet possibilita aos leitores de jornal maior interação com o texto publicado, já que os comentários você vive? Por quê? seguem com muito mais rapidez para o site. O leitor pode ser um interlocutor mais ativo, que não só opina e tece críticas, mas

NO CADERNO

também compartilha seu posicionamento com uma imensa comunidade de outros leitores. O comentário da soldadora, por exemplo, se lido por empregadores, pode ajudar a problematizar a realidade da cidade.

Com dois colegas, escreva um pequeno comentário sobre a notícia que você leu sobre a construção civil. O comentário traz sempre sua opinião, por isso, não se trata de reproduzir alguns trechos da notícia. Depois, leia-o para os demais grupos de trabalho e grafico 1 deles. Conversem um pouco mais sobre o tema. ouça a leitura grafico 1 Organize grupos de trabalho produtivos para a realização da escrita. Oriente-os a fazer um breve planejamento do que pretendem escrever. Como atividade complementar, proponha que os alunos selecionem e comentem, no site, alguma notícia publicada on-line, um fato “quente” do momento, ou do interesse dos alunos. Ajude-os a encontrar o site, elabore o comentário coletivamente, sendo você o escriba e oriente os alunos sobre o espaço para comentários.

5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

5

6 = 8-

3 2 CONSTRUINDO E LENDO GRÁFICOS

5 = 6-

3=

+

5 + =

=6

03

20 20

18 18

14 14

12 12

1 1

23 23

22 22 15 12 15 12

2003 2003

16 16

15 15

10 10

1 1

19 19

19 19 13 13

13 13

1 1

20 17 20 17

23 23 17 15 17 15 10 10

2011 2011

15 15

14 14

19 19

Iustração Digital: Planeta Terra Design

Brasil: Distribuição da população ocupada, por grupamentos de atividade, segundo o sexo, 2011 (grupos de 100)

1 1

Indústria mulheres Indústria Construção mulheres homens Construção Comércio homens Comércioprestados a empresas Serviços Serviços prestados a empresas Administração pública Administração pública Serviços domésticos Serviços domésticos Fonte: IBGE.serviços Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego 2003-2011. Outros Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/Mulher_Mercado_ Outros serviços Trabalho_Perg_Resp_2012.pdf>. Acesso em: 15 abr. 2013.

189

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

EM AÇÃO

5

6 = 8-

2

3

+ =

5 = 6-

5 + =

03

=6

1. Qual é a informação apresentada nesse gráfico? Distribuição da população ocupada por setor de atividade econômica segundo o sexo.

2. Qual é a atividade econômica mais ocupada pelas mulheres de acordo com o gráfico? Administração pública.

3. E qual ocupação feminina aparece em segundo lugar? Comércio.

4. Qual é a ocupação que reúne mais homens? Comércio.

5. Em um grupo de 100.

a) Número de mulheres que trabalham na construção: serviços domésticos

14

1

; e nos

.

b) Número de homens que trabalham na construção: serviços domésticos

1

; e nos

13

.

c) A situação da distribuição da população por atividade econômica retratada no

Eleição do papa

Chuvas

Governo federal Outros assuntos

Iustração Digital: Planeta Terra Design

2011 . gráfico refere-se ao ano de Em um domingo, um jornal publicou, na coluna do leitor, um gráfico com os assuntos mais comentados durante a semana. Veja como ele ficou a seguir.

1. Escreva um título para esse gráfico.

Espera-se que os alunos elaborem um título que indique leitores que enviaram comentários sobre notícias publicadas por um jornal, durante uma semana.

2. Faça um X na resposta certa. O assunto mais comentado pelos eleitores nessa semana foi: ( ) chuvas ( ) governo federal ( x ) eleição do papa 190

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5 5 =


5 5- = =6 6

5= 5= 22 + 1+ 1 = 6= -6 3344

5 5

66 5 5 2 2++ 33 - =8 =8 = = + 33 22 +

5 5 = 6= -6 -

3. Olhando o gráfico, você pode afirmar que:

5 5 ++ - - = = = 6= -6 -

03 03

a) A eleição do papa foi a notícia comentada: ( ) por mais da metade dos eleitores que enviaram comentários para o jornal. ( X ) pela metade dos eleitores que enviaram comentários para o jornal. ( ) por menos da metade dos eleitores que enviaram comentários para o jornal.

b) As chuvas tiveram: ( ) a metade dos comentários do que o governo federal. ( ) o mesmo número de comentários que o governo federal. ( X ) o dobro de comentários que o governo federal. 4. O total de leitores representados no gráfico é 80. Indique com números quantos leitores enviaram comentários sobre a eleição do papa, para as chuvas, para o Eleição do papa: 40 comentários; chuvas: 20 comentários; governo federal: 10 comentários; assuntos: 10 comentários. governo federal, e outros assuntos. outros Ajude na leitura do gráfico e na elaboração do título. Apresente as ideias de metade e dobro,

Iustração Digital: Planeta Terra Design

analisando as divisões do círculo em partes. Mostre outras figuras geométricas e observem dobro e metade. Façam divisões para indicá-las. Explore as ideias de metade e dobro relacionadas à quantidade. Aqui, serão calculadas a metade de 80, de 40 e de 20. Observe que se 40 é a metade de 80, então 80 é o dobro de 40. Apresente outras situações como esta para que calculem dobro e metade.

PENSANDO SOBRE A ESCRITA Você já viu que algumas letras, quando colocadas em palavras já existentes, formam uma nova palavra. Veja o que acontece com a palavra PESO se acrescentamos a letra N antes da letra S: 191

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peso

penso

1. Forme novas palavras, acrescentando a letra N antes da letra S. Ajude os alunos a perceberem que a letra s está entre duas vogais e, por isso, tem som de z.

a) casa:

cansa

b) casada:

cansada

c) presa:

prensa

2. Ao acrescentar a letra N, houve mudança no som da letra S? Explique.

Sim. O som da letra s após a letra n passou a ser como em sapo.3. Leia as palavras em que a letra S ocupa diferentes posições na sílaba:

3. Leia as palavras em que a letra S ocupa diferentes posições na sílaba. s

s

eta

e – ta

e

e

s

s

ta

– ta

a) Na palavra seta, a letra S está no início da sílaba. Como essa sílaba é lida?SE. b) Na palavra esta, a letra S está no final da sílaba. Como essa sílaba é lida?ES. Como você viu, a posição da letra S no começo ou no final da sílaba muda a palavra. As letras R e L, assim como a letra S, quando mudadas de lugar na sílaba, podem formar uma nova palavra. Observe:

caso

caos

4. A seguir, você vai encontrar algumas frases para completar. Circule, no quadro abaixo de cada frase, a palavra que a completa corretamente e copie a palavra na lacuna.

a) Senhor

se mudou para a casa azul.

Osmar

somar

b) A chuva de ontem deixou muita

alma

.

lama

192

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12/17/13 9:32 AM


c) A

do crime ainda não foi encontrada.

arma

rama

d) Na feira, só gosto de comprar cenoura em

arma

.

rama

e) Minha avó usa muito a expressão “lavar a

alma

”.

lama

f) Meu trabalho fica ao

correio.

lado

Aldo

g) Para achar onde fica a biblioteca, siga a

seta

.

esta

NO CADERNO Reescreva as frases que você completou, usando letra cursiva, letra maiúscula em início de frase e ponto final. Oriente o aluno a revisar seu próprio texto, observando os critérios indicados em atividade anterior semelhante.

EM AÇÃO Leia a palavra abaixo e observe que, dentro dela, encontramos outra palavra. Leia-a Sal/ala, sobra/brado; usa; sol/lar/solar; pensa; conserva/ para o professor e seus colegas: casa serva; isola/sola; opa; lápis; pisa/isa; uso. Registre as palavras

casarão

no quadro e, para cada uma delas, analise com os alunos as possibilidades de palavras embutidas. Você pode solicitar que eles usem o alfabeto móvel para a escrita das palavras, antes de circularem-nas no livro.

1. Agora é a sua vez! Encontre outras palavras dentro das palavras a seguir e circule-as.

sala dispensa

sobrado

usado

conservado lapiseira

pisada

ensolarado isolante

sopa

abuso

2. Com o professor e seus colegas, leia as palavras que você circulou. 193

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3. Forme novas palavras, acrescentando S, L e R entre a primeira e a segunda sílaba Explore oralmente a separação silábica das palavras a seguir. das palavras com os alunos. Registre

a) teta:

testa

b) tema:

Telma

c) taco:

tasco (pedaço)/talco

d) toca:

tosca

e) todo:

toldo

f) povo:

polvo

g) ama:

arma/alma

h) lema:

esma

i) pote:

poste

j) cama:

carma/calma

k) pena:

perna

l) copo: 5 = 6

2 + 15 = 3 4

as sílabas separadamente no quadro e pergunte a eles em que parte devem acrescentar a nova letra. Chame a atenção dos alunos para a nova estrutura silábica. Conte as sílabas e letras das novas palavras, ajudando-os a perceber que não houve alteração no número de sílabas.

corpo

5 =6

2

+

3

5

RESOLVENDO PROBLEMAS

Observe com os alunos a mudança de pronúncia (fechada ou aberta), em alguns casos, ao acrescentarmos outra letra.

6 = 8-

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

03

=6

NO CADERNO 1. Em um grupo de 100 pessoas que trabalham na indústria, 64 são homens. Quantas são as mulheres nesse grupo?São 36 mulheres. 2. Um grupo de pessoas que trabalha no comércio é formado por 58 homens e 42 mulheres. Quantos trabalhadores há nesse grupo?Há 100 trabalhadores. 3. O número de mulheres que trabalha em serviços domésticos vem caindo nos últimos anos. Se em 2011, de cada 100 mulheres trabalhadoras, 16 estavam em ocupações domésticas, quantas mulheres trabalhavam em outras ocupações? Em 2011, 84 mulheres trabalhavam em outras ocupações.

4. Na Administração Pública, para cada 22 mulheres, há 10 homens. Considerando esses dados, qual é a diferença entre o número de mulheres e de homens? A diferença entre o número de mulheres e homens é igual a 12.

5. No comércio, para cada 20 homens, há 3 mulheres a menos. Comparando com o número de homens, quantas mulheres trabalham nessa ocupação? Compare suas soluções com a de outros colegas. Faça correções caso seja necessário. Na ocupação do comércio, trabalham 17 mulheres para cada grupo de 20 homens.

194

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PARA LER PRIMEIRA PÁGINA (CAPA) DE JORNAL 1. Converse com os colegas sobre as questões abaixo.

a) Você já observou uma primeira página (capa) de jornal? Como ela é? b) Em que ela é diferente das partes internas do jornal?

R$ 1,00 (outros Estados R$ 2,00) - www.otempo.com.br - Belo Horizonte - Ano 17 - Número 5.864 - Sexta-feira, 4/1/2013

Violência. Homicídios e roubos se concentram entre 18h e 0h

Presente de grego

Festa acaba, e Cruzeiro vende Montillo Um dia após comemorar 92 anos, o Cruzeiro anunciou que o meia argentino irá para o Santos. O clube teria recebido R$ 27 milhões e o volante Henrique. A torcida se revoltou. Página 35

dade muda também de acordo com o dia da semana: os homicídios crescem e os furtos diminuem aos sábados e domingos. Polícia Militar afirma que reforça efetivo nos períodos. Página 22

PABLO JACOB / AGENCIA O GLOBO

PEDRO LADEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

Defesa Social divulgou um estudo mostrando que 43% dos homicídios, 40% dos roubos e 34% dos sequestros registrados entre outubro e janeiro

Chuvas no Rio Destruição e morte de novo Tempestades mataram um homem e deixaram mais de 3.000 desalojadosno Rio,que aindanão superou a tragédia deTeresópolis. Página 14

Redações do Enem

Justiça manda divulgar as correções ¬ A Justiça concedeu liminar ao Ministério Público Federal (MPF)noCearáparaqueacorreçãodasredaçõesdoEnemseja liberada imediatamente. O MEC revelou que 20% dos textos precisaram ser corrigidos por três professores. Página 15

Excelentíssimo condenado. José Genoino toma posse na Câmara dos Deputados. Página 5

Câmara

Emprego

LéoBurguês temR$62mil paraindicados Em Xerém, mulher caminha entre os escombros

¬ Devido ao cargo, o novo

presidente da Câmara dos Vereadores de BH terá direito a mais R$ 15 mil para contratação de servidores – além da verba usual de R$ 47 mil – e um segundo gabinete com nove trabalhadores. Página 4

GASTRÔ

RODRIGO LIMA

Sopa de amêndoas

JULIANA FLISTER/VIPCOMM DIVULGAÇÃO - 9.2.2012

Gilvan Pinho, na quarta-feira

Furtos na Grande BH diminuem nos fins de semana ocorreram entre 18h e 23h59. Contrariando a sensação de medo comum da população, apenas 14% dos crimes na Grande Belo Horizonte ocorreram durante a madrugada.Operfildacriminali-

e.

“Com a permanência de Montillo, o Cruzeiro terá o melhor ataque.”

Criminalidadeé maiorànoitedo quenamadrugada ¬ A Secretaria de Estado de

2ª EDIÇÃO EXEMPLAR DE ASSINANTE

Abuso. Número de denunciados por trabalho escravo cresce 15% em seis meses. Página 10

Reprodução Jornal “O Tempo”/4 Jan. 2013/Belo Horisonte

2. Veja a primeira página de outro jornal.

Teatro

Alternativas às comédias Páginas 10 e 11

Pratos frios

Magazine

Sopas para encarar o calor do verão

James Bond entra na mira do Oscar

Páginas 1 a 3

Página 8

Lançamento mundial

Colorido, iPhone 6 chegará em maio Página 12

Colunista LEONARDO BOFF Indo de mal a pior Página 16

Construtoras se rendem às peoas de obra ¬ Com o aumento da demanda por profissionais qualificados na construção civil, o número de mulheres atuando em obras cresceu 65% em oito anos. Elas são mais atenciosas no trabalho. Página 8

Arrocho

Prefeiturasvão demitirdevido anovomínimo ¬ Cidades terão uma despesa extra de R$ 232 milhões com novo salário mínimo e vão cortar gasto com pessoal. Página 3

a) Como é o nome do jornal que você está observando? Como você descobriu? b) Onde ele é produzido e vendido? Como podemos saber isso? Em Belo Horizonte. É possível descobrir porque informação aparece no alto da página.

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O Tempo. É possível descobrir isso porque o nome do jornal aparece no alto da página, em letras grandes (as maiores de toda a página), em cores diferentes das demais e dentro de um boxe colorido.

195

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3. Marque outras informações encontradas junto ao nome da cidade onde o jornal é Escreva o site do jornal no quadro e explique que os endereços de sites são sempre iniciados com a expressão “www”. Se possível, acesse este ou outros sites produzido: de jornais com os alunos, mostrando o processo de acesso e os locais de inserção dos endereços. Convide-os a inserirem os endereços e acessarem os sites autonomamente. Navegue pelo jornal, mostrando procedimentos de mudanças de página. No momento, estamos priorizando a navegação na web somente. ( ) número total de páginas. ( x ) preço. ( x ) endereço eletrônico (site). ( ) endereço da redação do jornal. ( ) telefone do jornal. ( x ) número da edição. ( x ) data da edição. ( ) data da fundação do jornal. 4. Na primeira página, encontramos: ( ) mais textos em palavras do que imagens. ( ) mais imagens do que textos em palavras. ( x ) textos em palavras e imagens em quantidades mais ou menos equilibradas. 5. Qual das imagens ganha destaque na página? Por que você acha isso? A imagem da destruição causada pelas chuvas. Porque ela ocupa lugar central na página e é maior que as demais imagens.

6. Você considera que o fato mostrado pela imagem merece uma posição de destaque pessoal. Espera-se que o aluno reconheça que a destruição provocada pelas chuvas é um problema na capa do jornal? Por quê? Resposta de abrangência nacional e que envolve vidas de pessoas e tomada de providências de população e autoridades, merecendo um lugar de destaque na capa do jornal.

7. Qual dos títulos de notícia parece ganhar destaque na página? Por quê? “Criminalidade é maior à noite do que na madrugada.” Porque está escrito em negrito e com letras maiores que as usadas nos demais títulos, e ocupa a parte superior do jornal.

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PABLO JACOB / AGENCIA O GLO

Redações do Enem

Justiça manda e roubos se concentram entre 18h e 0h Violência. Homicídios EM AÇÃO

divulgar as correções

Criminalidadeé maiorànoitedo quenamadrugada

pe d

O título de notícia que com mais destaque na primeira página de um jornal chama-se ¬ Aaparece Justiça concedeu liminar Ministério Público Federal manchete e representa ao a notícia que aquele jornal considerou mais importante no dia.

lho

1.

G na

(MPF)noCearáparaqueacorNos itens a seguir,reçãodasredaçõesdoEnemsemarque aqueles que representam ja liberada imediatamente. O revelou quevocê 20% dos texprimeira página deMEC jornal que acabou de ver: tos precisaram ser corrigidos ( x ) política. por três professores. Página 15

os assuntos que aparecem na

( x ) esporte. ( x ) dicas de lazer.Emprego ( x ) gastronomia. ( ) horóscopo. ( ) previsão do tempo. (Em Xerém, ) resumos de novelas. mulher caminha x ) economia. ¬ A Secretaria Estado (entre ¬ Com o de aumento da de deman- ocorreram entre 18h e 23h59. os da por divulgou profissionais qualificaDefesa Social um esContrariando a sensação de mex ) trabalho e emprego. (escombros dos na construção tudo mostrando que 43%civil, doso nú- do comum da população, apenas

Construtoras se rendem às Furtos na Grande peoas de obraBH diminuem nos fins de semana

dade muda também de acordo com o dia da semana: os homicídios crescem e os furtos dimimero40% de mulheres atuando homicídios, dos roubos e em 14% dos crimes na Grande Belo nuem aos sábados e domingos. ( x ) dicas culturais. obras cresceu registra65% em oito Horizonte ocorreram durante a 34% dos sequestros Polícia Militar afirma que reforça anos. Elas são e mais atenciosas madrugada.Operfildacriminalidos entre outubro janeiro nos períodos. Página 22 2. Leia os trechos reproduzidos da8 primeira página do jornal que você efetivo analisou. no trabalho. Página

Pr

Fe e v

Um an qu ra ce lan rev

Colorido, iPhone 6 chegará em maio Página 12

Colunista LEONARDO BOFF Indo de mal a pior Página 16

Arrocho

Prefeiturasvão demitirdevido anovomínimo ¬ Cidades terão uma despesa extra de R$ 232 milhões com novo salário mínimo e vão cortar gasto com pessoal. Página 3

Chuvas no Rio Destruição e morte de novo Tempestades mataram um homem e deixaram mais de 3.000 desalojadosno Rio,que aindanão superou a tragédia deTeresópolis. Página 14

Reprodução Jornal “O Tempo”/4 Jan. 2013/Belo Horisonte

Lançamento mundial

PEDRO LADEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

Volte à imagem da capa e solicite aos alunos que identifiquem estes textos.

Excelentíssimo condenado. José Genoino toma posse na Câa) As notícias estão completas nos trechos que você leu? O que indica isso? mara dos Deputados. Página 5

Não. Os trechos trazem apenas uma parte da notícia, com as informações principais do fato. Isso indica o número da página onde está a notícia completa, no final do texto.

Câmara

LéoBurguês temR$62mil b) Para que servem esses trechos na primeira página do jornal? paraindicados Para mostrar ao leitor o conteúdo do jornal e a página em que cada um deles está.

¬ Devido ao cargo, o novo

presidente da Câmara dos Vereadores de BH terá direito a mais R$ 15 mil para contratação de servidores – além da verba usual de R$ 47 mil – e um segundo gabinete com nove trabalhadores. Página 4

197 RODRIGO LIMA

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entra Oscar

R$ 1,00 (outros Estados R$ 2,00) - www.otempo.com.br - Belo Horizonte - Ano 17 - Número 5.864 - Sexta-feira, 4/1/2013

Lan

Teatro

Alternativas

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Co


2. Resposta possível: hortifrutigranjeiro. Percorra a sala, observando as escritas dos alunos e orientando-os quanto à revisão. É possível que alguns alunos não escrevam alfabeticamente ou que usem uma letra para representar cada sílaba. Proponha a leitura do aluno, apontando as partes lidas e peça que compare essas partes da palavra que sejam referências para ele. Isso o ajudará a desenvolver um olhar de revisor da própria escrita e possibilitará que procure se aproximar da escrita alfabética.

SAIBA MAIS Os pequenos trechos de notícias, reportagens, dicas culturais, dicas gastronômicas etc. que aparecem na primeira página do jornal recebem o nome de chamadas. Eles servem para “chamar” a atenção do leitor e ajudá-lo a localizar o conteúdo dentro do jornal.

EM RODA Qual é a função da capa ou primeira página do jornal?

Apresentar os conteúdos que o jornal considera mais importantes daquele dia, atrair o interesse do leitor pelo jornal, informar data, preço e site do jornal.

NO CADERNO 1. Quem vende ou entrega jornais é jornaleiro. • Você conhece outras palavras que significam profissões e que terminam da mesma Marceneiro, pedreiro, joalheiro, ferreiro, sorveteiro, bombeiro, forma que jornaleiro? Quais? motoqueiro, fazendeiro, curandeiro, enfermeiro, vidraceiro, padeiro etc. 2. Pense em uma profissão cujo nome termina com eiro e que tenha o maior número de letras possível. Escreva-a e depois compare com as profissões citadas pelos colegas. 3. Boa parte das pessoas que trabalha na elaboração dos jornais são jornalistas. • Escreva outras palavras que você conhece que significam profissões e terminam da Radialista, anestesista, taxista, manobrista, motorista, economista, artista, frentista, dentista etc. mesma forma que jornalista. Percorra a sala, observando as escritas dos alunos e orientando-os quanto à revisão, conforme atividade anterior.

EM AÇÃO Leia as colunas e ligue-as, de acordo com o nome da profissão.

Quem luta é

domador

Quem vende é

caçador

Quem caça é

vendedor

Quem corta lenha é

pescador

Quem pesca é

lutador

Quem doma animais é

lenhador

Relacione as palavras da segunda coluna no quadro e proponha aos alunos que encontrem outras palavras dentro delas (doma, caça, vende, pesca, luta, lenha). Solicite que os alunos identifiquem a sílaba que se repete nessas palavras (–DOR) e proponha que contem a quantidade de letras e de sílabas, evidenciando que todas têm o mesmo número de sílabas, mas números de letras diferentes.

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5


2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

2

+

3

PENSANDO EM NÚMEROS

5

6 = 8-

3=

5 = 6-

+ 2 Obs: a atividade que segue é idêntica a que aparece no livro de Alfa

5 + =

=6

03

versão atual p 168 a 170, portanto, pode-se usar as mesmas ilustrações e seguir a mesma diagramação.

EM AÇÃO Observe as ilustrações e complete as frases. Iustrações Digitais: Estúdio Pingado

1. No dinheiro brasileiro:

10 moedas de 1 centavo valem uma moeda de 10 centavos.

moedas de 10 centavos valem uma moeda de 1 real. 10

moedas de 1 real valem uma cédula de 10 reais. 10

10 cédulas de 10 reais valem uma cédula

reais.

100

2. Nos números:

Um grupo de 10 dezenas forma 10 Um grupo de unidades forma 1 dezena.

1

centena.

199

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2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

PARA CONSTRUIR: UM ÁBACO

2

3

+ =

5 = 6-

5 + =

03

=6

O ábaco é um instrumento que os antigos chineses usavam para representar números e fazer cálculos. É fácil fazer um ábaco usando pedras de sabão, varetas, macarrão furado ou pequenas argolas. No ábaco, a vareta da direita indica a unidade (1a ordem), a do meio indica a dezena (2a ordem) e a da esquerda indica a centena (3a ordem). Em cada vareta, só Por meio da leitura e escrita de números, do cálculo mental e das relações podem ser colocadas 9 argolas. entre os valores das cédulas e moedas do real, os alunos podem desenvolver,

intuitivamente, alguma compreensão sobre essas regras. O uso de ábacos é um recurso apropriado para se explorar a ideia de valor posicional nos números escritos e o significado das ordens: unidade, dezena e centena. Nas atividades complementares, há sugestões para produzir escritas numéricas, usando a calculadora.

Ilustrações digitais Mauricio Negro

1. Veja como representar números no ábaco:

1

um

9

nove

10

dez

2. Escreva os números representados nos ábacos a seguir:

3. Represente no ábaco os seguintes números:

100

cem

101

cento e um

110

cento e dez

200

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5


2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

PARA PESQUISAR: AS MANCHETES DO DIA

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

=6

03

No estudo sobre primeira página (ou capa) de jornal, você viu que sempre há uma manchete, representada por um título que se destaca das outras chamadas da primeira página. Viu, também, que alguns jornais apresentam uma fotografia de destaque, como a realização da pesquisa, forme grupos produtivos. Esta proposta pode ser se fosse uma segunda manchete. Para desenvolvida tendo como fontes jornais online e impressos. Nesta atividade, em grupos vocês irão pesquisar as manchetes do dia em diferentes Os jornais devem ser diferentes, mas de grande circulação, já que todos eles costumam abordar os fatos de maior destaque no dia. O objetivo da jornais. atividade é ajudar o aluno a perceber que um fato de relevância nacional ou mundial tende a integrar as primeiras páginas dos jornais. Ex.: país vencedor da Copa do Mundo, catástrofe natural ou acidente de grandes proporções, renúncia ou a morte de um presidente de nação, troca de papa etc. A pesquisa é uma maneira de conhecer algo, saber mais sobre um assunto através da investigação. Ela pode ser feita de diferentes maneiras e com diferentes objetivos. Geralmente, começa por uma pergunta que deve ser respondida ao final da investigação. Leiam a pergunta que vai nortear a pesquisa de vocês: Quais são as manchetes do dia nos diferentes jornais pesquisados? Preparando a pesquisa Vocês vão precisar de diferentes jornais do dia, mas cada grupo usará um. Realizando a pesquisa

Vocês podem usar jornais de grande circulação e jornais locais. A parte utilizada será a capa ou primeira página. É recomendável usar jornais de publicação diária, impressa ou online. http://www.guiademidia.com.br/jornais.htm, http://www.jornaisdehoje.com.br/.

1. Leiam a pergunta de pesquisa que vai nortear a pesquisa e que deverá ser respondida por vocês. 2. Selecionem o jornal com o qual trabalharão e reservem a primeira página (ou capa). É importante que os grupos trabalhem com jornais diferentes.

3. Identifiquem a manchete do jornal selecionado. 4. Escrevam a manchete no quadro de registro dos dados pesquisados. 5. Identifiquem a imagem que recebe mais destaque na capa do jornal (manchete fotográfica). 6. Escrevam a legenda da imagem no quadro de registro dos dados pesquisados. 7. Leiam as demais chamadas de notícias da primeira página com a qual estão O objetivo do registro é introduzir a ideia de quadro trabalhando. Registrando os dados coletados na pesquisa

sinóptico, utilizado no registro de levantamento de dados de pesquisa. Entretanto, essa terminologia não precisa ser usada com os alunos. Reproduza o quadro em folha A4, para haver mais espaço para a escrita.

Preencham o quadro a seguir com as informações que vocês pesquisaram. Nome do jornal

Percorra os grupos, ajudando-os nos registros e na identificação das informações, quando necessário. Se for preciso, retome o conceito de “manchete”, ajudando o aluno a identificá-la no jornal, mas não mostre a informação procurada.

Data do jornal Manchete Imagem de destaque na capa

201

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5 Analisando os dados coletados Leiam para os colegas as informações que encontraram e ouçam a leitura dos outros grupos. O professor vai registrá-las para análise dos dados. Reproduza no quadro um quadro-sinóptico, conforme modelo. NOME DO JORNAL

MANCHETE

MANCHETE FOTOGRÁFICA (IMAGEM PRINCIPAL)

Grupo 1 Etc.

Retomem a pergunta que direcionou esta pesquisa (Quais são as manchetes do dia nos diferentes jornais pesquisados?), e respondam oralmente às outras. • Alguma manchete se repetiu em diferentes jornais? • Houve algum assunto que foi manchete em um jornal e apareceu como chamada de notícia secundária em outro? • O que vocês concluíram sobre os assuntos de destaque na imprensa do dia? Registrando uma conclusão (registro coletivo)

Observe com os alunos que, algumas vezes, um fato é manchete em um jornal e apenas chamada de notícia secundária ou manchete fotográfica em outro. Isso ocorre porque um dos jornais considera aquele fato como o mais importante do dia (manchete) e outro o considera importante (a ponto de ir para a capa), mas não o mais importante (a ponto de ser manchete).

O assunto que ganhou destaque no dia de hoje foi:

Ele ganhou a manchete dos jornais porque:

Caso as manchetes não se repitam em nenhum jornal, informe cada uma delas, como assuntos principais. Você deve ser o escriba da conclusão a ser elaborada coletivamente, com a sua ajuda.

Avaliando a pesquisa Converse com seus colegas: • O que você aprendeu sobre a primeira página ou capa de jornal? • O que você aprendeu sobre manchetes jornalísticas? • A pesquisa que você realizou trouxe alguma contribuição para você como leitor de jornal? Qual? • Do processo de pesquisa realizado, você sente necessidade de rever algum ponto? Qual? 202

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2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

2

+

3

CALCULANDO

5

6 = 8-

2

5 = 6-

3=

+

5 + =

03

=6

EM AÇÃO Vamos analisar diferentes recursos para calcular. É possível que você já conheça alguns deles. Para tanto, vamos considerar as respostas obtidas numa enquete sobre um saber que está se tornando popular:

Celular pode causar tumor no cérebro? Antes de explorar os cálculos, informe aos alunos que não é nova a suspeita de que o uso de celular possa ser responsável por tumor cerebral. A hipótese surgiu a partir do crescente número de celulares usados no mundo. O maior estudo Jovens do sexo científico realizado masculino demonstrou que o uso desses aparelhos não tem ligação com câncer no cérebro. Mais estudos precisam ser feitos. Até agora, essa crença não é considerada verdadeira.

Os números indicam pessoas que responderam sim a essa pergunta. Adultos do sexo feminino

Adultos do sexo masculino

Jovens do sexo feminino

21

15

12

9

Fonte: Os dez maiores mitos já inventados sobre saúde. Veja. São Paulo, 7 jun. 2010.

1. Quantos adultos responderam sim a essa enquete?

+ 10

+5

21 31 36 36 ADULTOS

20+10 +

1+5

30 + 6 36 ADULTOS

10 + 2 + 9 11 21 JOVENS

Ilustrações digitais Mauricio Negro

2. Veja duas maneiras diferentes de calcular 21 + 15:

10 + 12 22 22 - 1 21 JOVENS

203

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5 = 6

2 + 15 = 3 4

5 =6

2

+

3

5

6 = 8-

• Explique cada uma delas.

2

3

+ =

5 = 6-

5 + =

=6

03

36 adultos, as explicações sobre os procedimentos de cálculo serão pessoais.

3. Quantos jovens responderam afirmativamente?

• Explique cada uma dessas maneiras de calcular. 21 jovens, as explicações sobre os procedimentos de cálculo serão pessoais.

Quantas pessoas responderam a essa enquete considerando jovens e adultos? • Explique como você pode obter esse resultado. 57 pessoas responderam à enquete. Os alunos podem usar uma das estratégias de cálculo apresentadas ou outra que faça sentido.

Ilustrações digitais Mauricio Negro

4. No total, 57 pessoas responderam a enquete: 24 são do sexo masculino. Quantas são as pessoas do sexo feminino que responderam a enquete?

- 10

57

- 10

47

-4

37

33

+ 10

+ 10

+ 10

+3

33 MULHERES

24

34

44

54

57

33 MULHERES

• Explique cada uma dessas maneiras de calcular.

204

33 mulheres, as explicações sobre os procedimentos de cálculo serão pessoais.

Estes exercícios retomam a exploração de cálculo mental em situações de adição e subtração, que se relacionam a diferentes modos de decompor números. Outro recurso que pode ser explorado é a compensação: a soma entre 9 e 12 pode ser pensada em duas etapas: primeiro calcular 10 mais 12 que é igual a 22 (arredondamento do número 9 para 10) e depois calcular 22 menos 1 que é igual a 21 (uso da compensação para “equilibrar” o arredondamento). A diferença entre 35 e 19 pode ser pensada de forma semelhante: calcular 35 menos 20 que é igual a 15 (arredondamento do número 19 para 20) e depois calcular 15 mais 1 que é igual a 16 (uso da compensação). O uso de um ou outro recurso de cálculo mental depende dos números e das operações envolvidas, por exemplo, números que terminam em 9 “atraem” o uso de arredondamentos. A familiaridade dos alunos com diferentes situações de cálculo os levará a escolher o procedimento que julgam ser o mais adequado para resolver cada uma delas.

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5


2 + 15 = 3 4

5 = 6

5 =6

2

+

3

RESOLVENDO PROBLEMAS

5

6 = 8-

2

3=

+

5 = 6-

5 + =

03

=6

NO CADERNO Resolva os problemas a seguir. Use recursos de cálculo mental para obter os resultados e explique o recurso utilizado em cada situação. Celular pode causar tumor no cérebro?

1. 27 jovens e 39 adultos responderam afirmativamente a essa pergunta. Qual é a diferença entre as respostas dadas por esses dois grupos? A diferença entre os dois grupos é 12. As explicações sobre o procedimentos de cálculo são pessoais.

2. 34 mulheres responderam sim a esta pergunta. No grupo de mulheres adultas, houve 5 respostas a mais do que no grupo das mulheres jovens. O número de respostas no grupo de mulheres jovens é 15. Quantas são as respostas no grupo das mulheres adultas? São 20 respostas no grupo das mulheres adultas. As explicações sobre os procedimentos de cálculo são pessoais.

3. 32 homens responderam afirmativamente a pergunta. No grupo dos homens jovens, houve 6 respostas a menos do que no grupo de homens adultos. 13 homens jovens responderam as perguntas. Quantos homens adultos responderam as perguntas? 19 homens adultos responderam as perguntas. As explicações sobre o procedimentos de cálculo são pessoais.

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MORAIS, Artur Gomes de. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Melhoramentos, 2012. MOREIRA, Ildeu; MASSARANI, Luisa e ALMEIDA, Carla (orgs.). Cordel e a ciência: a ciência em versos populares. Rio de Janeiro: Vieira e Lent; FIOCRUZ, 2005. MUSEU DA PESSOA. Depoimento de Dani Viana da Rocha. Disponível em: <http://www.museudapessoa. net/_index.php/historia/11601-apaixonada-pelomar? historia=integra>. Acesso em: 13 mai. 2013.

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HOUAISS, Antonio. Dicionário Eletrônico Houaiss. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. IBGE. Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego 2003-2011. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/ home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/Mulher_Mercado_Trabalho_Perg_ Resp_2012.pdf>. Acesso em: 15 abr. 2013.

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LEAL, T. F. e ALBUQUERQUE, E.B.C. (orgs) Desafios da educação de jovens e adultos: construindo práticas de alfabetização. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. 207

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Jordana Thadei

Mestre em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem, professora do Ensino Fundamental, da EJA e do Ensino Superior e formadora de professores para o ensino de língua materna.

Márcia Mendonça

Doutora em Linguística, professora do Ensino Superior e autora de materiais didáticos voltados para Educação de Jovens e Adultos.

Maria Amábile Mansutti

Licenciada em Pedagogia, autora de currículos e materiais didáticos de Matemática para o Ensino Fundamental.

1a edição, São Paulo, 2013

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Apresentação

Prezado educador,

F

ormar, formar-se; alfabetizar, alfabetizar-se. Tais tarefas, complementares e contínuas, são o ponto de partida desta obra, que dirigimos aos sujeitos da EJA na fase inicial de escola-

rização. O intuito maior é contribuir para que os alunos desta modalidade de ensino ampliem sua

participação nas práticas sociais letradas, aquelas em que a leitura e a escrita têm papel fundamental, tornando-se cada vez mais autônomos e críticos para decidir e intervir em sua realidade. Para isso, investimos no fato de que os alunos mobilizam e reelaboram os seus conhecimentos, com as mediações adequadas, por meio do diálogo com os colegas, com você, educador, e com o material didático. O objetivo é contribuir para que eles ampliem as capacidades e habilidades – matemáticas, de leitura, de análise linguística, de produção oral e escrita – exigidas para avançar na escolaridade e para participar, com autonomia, de práticas culturais variadas e valorizadas socialmente. A obra oferece possibilidades para que alunos jovens e adultos possam transitar no mundo da escrita, apropriando-se do sistema de escrita alfabética (SEA) e dos conhecimentos matemáticos e experienciando práticas de letramento semelhantes às que vivenciam(rão) fora do ambiente da educação formal. Os temas, gêneros de texto e atividades propostos, partindo do que os alunos já conhecem e considerando as experiências pessoais e profissionais dos jovens e adultos, favorecem a apropriação de novos saberes, a apreciação, a crítica e o debate, além de oferecerem ferramentas para que os alunos continuem aprendendo. Esperamos também que as propostas, informações e orientações didáticas constantes deste material didático contribuam para que você amplie seus conhecimentos e reflita sobre suas práticas educativas, aprimorando-as continuamente, (trans)formando-se ao formar.

As autoras

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Sumário

1. Estrutura da obra........................................................................................................................................................................... 7 2. Pressupostos gerais da obra .......................................................................................................................................................... 9 3. Pressupostos de Língua Portuguesa 3.1 Alfabetização, linguagem e aprendizagens ...........................................................................................................................9 3.2 Apropriação do sistema de escrita alfabética (SEA) ...........................................................................................................10 Métodos de alfabetização: um pouco de história................................................................................................................10 Notas sobre psicogênese da língua escrita...........................................................................................................................11 A importância da consciência fonológica na alfabetização ...............................................................................................13 Tipos de letras .......................................................................................................................................................................13 Avaliação diagnóstica (sondagem): o que os alunos sabem sobre a escrita ......................................................................13 3.3 A proposta de leitura nesta obra .........................................................................................................................................14 3.4 Produção de textos orais e escritos .....................................................................................................................................15 3.5 Avaliação ...............................................................................................................................................................................15 4. Pressupostos de Matemática ....................................................................................................................................................... 17 4.1 A Matemática na alfabetização de jovens e adultos ...........................................................................................................17 O que e como ensinar? ..........................................................................................................................................................17 4.2 Proposições para organização curricular de Matemática em EJA ....................................................................................18 O que os alunos sabem sobre a Matemática? ......................................................................................................................18 Situações de aprendizagem ..................................................................................................................................................18 Conteúdos de Matemática ....................................................................................................................................................18 Leitura e interpretação de informações numéricas ............................................................................................................18 Até onde chegar em relação à Matemática ..........................................................................................................................20 5. Orientações pedagógicas e comentários: ................................................................................................................................... 21 Capítulo 1 – Primeiras palavras ................................................................................................................................................21 Capítulo 2 – Você já tem cadastro? ............................................................................................................................................25 Capítulo 3 – Diz o dito popular... ..............................................................................................................................................29 Capítulo 4 – O Brasil em coleções .............................................................................................................................................33 Capítulo 5 – Versos para contar, versos para cantar... .............................................................................................................37 Capítulo 6 – Mulheres do Brasil, relatos de vida ......................................................................................................................41 Capítulo 7 – Lendo um jornal ...................................................................................................................................................45 6. Textos complementares para o professor....................................................................................................................................51 Bibliografia ....................................................................................................................................................................................... 67 7. Glossário ...................................................................................................................................................................................... 69 8. Referências ................................................................................................................................................................................... 71

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1. Estrutura da obra A obra se organiza em 7 capítulos, concebidos em torno de algumas das esferas de atividade humana, a saber: cotidiana, escolar/científica, jornalística, literária/artística. Cada capítulo ex-

plora conhecimentos matemáticos e linguísticos relacionados a esferas e temas contemplados e aos objetos de ensino enfocados em cada capítulo. O trabalho com a língua aborda um ou mais gêneros textuais/discursivos, que são produzidos e/ou circulam nas esferas selecionadas, conforme quadro a seguir.

QUADRO DE GÊNEROS – Volume 1

Capítulos

Leitura

Esfera

Produção

Esfera

Capítulo 1 Primeiras palavras

Placa/cartaz/sumário

Cotidiana/publicitária/escolar

Etiqueta de identificação

Cotidiana

Capítulo 2 Você já tem cadastro?

Cadastro/página de internet/notícia

Cotidiana/digital/jornalística

Cadastro

Cotidiana

Capítulo 3 Diz o dito popular...

Provérbio/fábula

Cotidiana/literária (prosa)

Debate

Escolar

Capítulo 4 O Brasil em coleções

Legenda/fôlder/fotografia/toada boi/texto expositivo

Artística/literária (verso)/divulgação científica

Legenda

Divulgação científica

Capítulo 5 Versos para contar, versos para cantar...

Quadrinha/cantiga de roda/trova/pajada

Cotidiana/literária

Sarau

Literária

Capítulo 6 Mulheres do Brasil, relatos de vida

Relato de vida

Cotidiana

Relato de vida

Cotidiana

Capítulo 7 Lendo um jornal

Anúncio classificado/notícia/primeira página

Jornalística

Pesquisa

Escolar

de

Cada capítulo está dividido por seções que ora contemplam a construção de conhecimentos matemáticos, ora contemplam a construção de conhecimentos linguísticos, ora mesclam esses dois conhecimentos. Ainda assim, as duas áreas de conhecimento mantêm suas especificidades, sem que se objetive definir os limites entre cada disciplina.

No que tange ao ensino da Língua Portuguesa, as seções apresentam atividades diversas em torno de gêneros orais e/ ou escritos (Para ler/compreender e Para produzir), atividades que visam especificamente à apropriação do sistema de escrita e atividades que buscam o desenvolvimento da expressão oral e o exercício da argumentação, a saber:

Seção

Descrição

Em roda

Geralmente abre a unidade didática, embora apareça também no corpo dos capítulos. Destina-se a questões orais de levantamento e checagem de hipóteses e/ou antecipação do conteúdo do capítulo ou de textos propostos para leitura ou para produção. Destina-se também a questões que envolvam apreciações subjetivas, éticas e estéticas, que possam evidenciar divergência de opiniões e suscitar argumentação. Sugerimos que as questões sejam lidas pelo professor, pelo menos nos primeiros capítulos, quando muitos dos alunos ainda não leem autonomamente.

Para ler1

Pensando sobre a escrita

Apresenta textos destinados à leitura do professor para o aluno ou do próprio aluno e, em alguns casos, os objetivos da leitura no capítulo. Os textos apresentados são acompanhados das questões referentes à sua compreensão e ao estudo do(s) gênero(s). Pode aparecer mais de uma vez em cada capítulo, com diferentes gêneros de uma mesma esfera. Propõe análise e reflexão sobre a escrita alfabética. Parte de textos, geralmente algum dos propostos para leitura no capítulo (ou de outro texto do mesmo gênero), e expande a exploração da escrita para outros que favoreçam os aspectos selecionados para cada capítulo. A seção procura mesclar atividades que conduzem o aluno a uma reflexão sobre a escrita e atividades que lhe permitem exercitar os conhecimentos mobilizados sobre o aspecto da escrita estudado. Em alguns capítulos, o estudo desenvolvido é finalizado com o registro de uma conclusão sobre o tópico discutido.

1 Dependendo do grau de autonomia dos alunos com a escrita, as respostas desta seção poderão ser dadas oralmente ou por escrito. De todo modo, o Livro do Aluno disponibiliza linhas para as respostas e, eventualmente, encaminha o aluno para respondê-las no caderno.

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Pensando sobre a língua

Seção presente em alguns capítulos, nos quais os gêneros selecionados para leitura ou para produção demandam reflexões sobre os usos da língua(gem), especificidades de contextos de uso (formalidade, informalidade, uso da norma culta), marcadores textuais etc.

Em ação

Apresenta exercícios, por meio dos quais o aluno coloca em prática os conteúdos estudados nas demais seções. Neste volume, especificamente, a seção privilegia as atividades que favorecem a apropriação do sistema de escrita. Algumas atividades apresentam indicação de realização em grupo.

No caderno

Favorece o ensino do uso do caderno. Algumas das atividades requerem do aluno a elaboração de quadros, tabelas etc., devidamente orientadas e acompanhadas ou modelizadas pelo professor.

Saiba mais

Apresenta informações adicionais sobre temas veiculados nos gêneros abordados em cada capítulo, sobre os próprios gêneros, sobre autores ou sobre especificidades do uso da língua (por exemplo: o uso de maiúsculas em nomes próprios).

Escrevendo textos/ Produzindo textos/ Organizando...

Esta seção varia de denominação, mas sempre objetiva a produção de textos escritos, orais ou multimodais, pesquisas e organização de eventos escolares que envolvam a produção de gêneros diversos. As propostas evidenciam as etapas de produção de um texto ou de organização de um evento de letramento (planejamento, elaboração e revisão) e propõem uma avaliação sobre o texto produzido e sobre o tema abordado em cada capítulo.

No que tange ao ensino de conhecimentos matemáticos, as seções se organizam da seguinte forma: Seção

Descrição

Em roda

Ver quadro anterior.

Para ler

Apresenta os textos destinados à leitura do professor para o aluno ou do próprio aluno e, em alguns casos, os objetivos da leitura no capítulo. Os textos apresentados são acompanhados de questões referentes à aproximação do tema. Pode aparecer mais de uma vez em cada capítulo.

Em ação

Apresenta exercícios, por meio dos quais o aluno coloca em prática os conteúdos estudados nas demais seções, contemplando todos os eixos dos conhecimentos matemáticos. Algumas atividades apresentam indicação de realização em grupo.

No caderno

Favorece o ensino do uso do caderno. Algumas das atividades requerem do aluno a elaboração de quadros, tabelas, cálculos, resoluções de problemas etc., devidamente orientadas e acompanhadas ou modelizadas pelo professor.

Pensando em números

Apresenta exercícios para explorar a leitura, a escrita e as funções dos números em diferentes contextos e a observação de regularidades na sequência numérica.

Calculando

São exercícios para explicar, analisar e comparar diferentes estratégias de cálculo mental envolvendo as operações de adição e subtração.

Resolvendo problemas

São atividades que permitem aplicar conhecimentos matemáticos já aprendidos ou construir novos conhecimentos. Os problemas são desafios apresentados oralmente ou por escrito, por meio de texto ou imagem, contendo várias informações e uma pergunta. A resolução de um problema demanda interpretação, elaboração de um plano de solução e comunicação da resposta.

Medindo

São atividades práticas que permitem explorar grandezas de comprimento, massa e capacidade e medi-las usando unidades e instrumentos de medida não convencionais e convencionais.

Conversando sobre o espaço e as formas geométricas

São atividades que exploram o uso de elementos de posição para situar-se e movimentar-se no espaço, assim como para definir a situação de um objeto em um determinado espaço e estabelecer semelhanças e diferenças entre objetos pela identificação de suas formas.

Usando o dinheiro

Apresenta situações práticas de uso do sistema monetário como compra, venda, troco, orçamento e análise de relações entre os valores monetários e o sistema de numeração decimal.

Construindo e lendo gráficos

São atividades de leitura, organização, comunicação e interpretação de informações, apresentadas em imagens, listas, esquemas, tabelas, gráficos, que também possibilitam propor e responder às questões.

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2. Pressupostos gerais da obra Como em todas as épocas, as práticas sociais são mediadas pela(s) linguagem(ns) que se manifesta(m) em textos pertencentes a gêneros diversos – orais, escritos, não verbais, multimodais. No século XXI, entretanto, é notável a quantidade de gêneros usados cotidianamente além da velocidade com que se criam novos gêneros, especialmente motivados pelo intenso uso das novas tecnologias. Hoje em dia, para realizar as mais rotineiras ações, precisamos fazer uso da leitura, da escrita e dos conhecimentos matemáticos ou de discursos orais baseados em textos escritos, associados ou não a recursos tecnológicos. Tais práticas sociais são consideradas práticas de letramento, uma vez que a escrita – verbal ou numérica – está presente, mediando, de alguma maneira, as interações: consultar um extrato bancário, marcar uma consulta médica, ouvir notícias, assistir a uma aula. Sendo assim, as sociedades, sobretudo as urbanas, ao passo que possibilitam contatos e vivências que favorecem a construção de numeramentos1 e letramentos diversos e simultâneos, também demandam dos cidadãos, alfabetizados ou não, o domínio cada vez mais proficiente de capacidades matemáticas e de linguagem, do ponto de vista da recepção, da produção de textos e do trabalho com números. Isso impõe uma ressignificação do papel da escola, agência responsável pela educação formal no Brasil, no sentido de valorizar os letramentos situados que os alunos desenvolvem em contextos específicos, inclusive fora da escola, bem como possibilitar a participação em práticas letradas que envolvam novos letramentos e letramentos mais valorizados socialmente, os chamados letramentos dominantes e também os numeramentos. Assim, na tentativa de dar uma contribuição para a superação desse panorama, este livro de alfabetização procura integrar alfabetização linguística e alfabetização matemática em torno das distintas esferas de atividade humana das quais participamos. Isso se reflete na proposição de uma coletânea diversificada de gêneros (verbais, visuais e multimodais/para ler, para ouvir, para falar, para escrever, para pesquisar), explorados em relação à leitura, à análise linguística, inclusive para a apropriação do sistema de escrita alfabética (SEA), à produção, e de atividades matemáticas sequenciadas e desafiadoras, buscando favorecer 1 O termo numeramento, na perspectiva de Maria Manuela Martins Soares David (2004), assume o sentido de um conjunto de práticas sociais que demandam competências matemáticas variadas, que possibilitem ao indivíduo enfrentar as demandas matemáticas práticas do seu cotidiano e também apreciar e compreender informações apresentadas em termos matemáticos, por exemplo, gráficos, diagramas ou tabelas, ou por referência a aumentos e reduções percentuais (cf. Habilidades funcionais de matemática e escolarização. In: FONSECA, Maria da Conceição Ferreira Reis (Org.). Letramento no Brasil: habilidades matemáticas. São Paulo: Instituto Paulo Montenegro; Ação Educativa; Global Editora. p. 68).

uma abordagem progressiva dos conteúdos e capacidades ao longo do ano. Essa proposta integrada implica também uma diversidade temática que atinge aspectos da multiculturalidade brasileira, de algumas questões sociais emergentes, de aspectos históricos da cultura de nosso povo, demarcando-se o caráter interdisciplinar do material didático. Práticas de letramento ligadas às novas tecnologias se encontram contempladas transversalmente aos capítulos. Sempre que pertinente, recomenda-se que os alunos leiam textos veiculados em suportes digitais, utilizem mecanismos de busca digital, escutem canções e assistam a vídeos na internet, além de produzirem textos que poderão circular também na web. Nessa perspectiva, este material didático busca possibilitar a participação do aluno em situações nas quais a leitura, a escrita e o domínio dos números são necessários, ajudando-o também a refletir a respeito da organização de nosso sistema de escrita, das funções sociais da escrita e das habilidades matemáticas, inclusive nas aprendizagens relativas a outras áreas do conhecimento. O objetivo maior é contribuir para a ampliação e a construção de habilidades e capacidades que possibilitem ao aluno a transformação de si mesmo como sujeito e a ampliação das suas possibilidades de intervir na realidade, seja em âmbito mais restrito ou mais amplo. Para operacionalizar a proposta didática da obra, supõe-se como essencial a constante mediação pedagógica do professor. Este deve coordenar as situações em que haja ensino sistemático, ou seja, em que o aluno seja estimulado a pôr em ação suas hipóteses, a refletir sobre elas e a confrontá-las com o que lhe seja apresentado, contando com o auxílio docente em suas dúvidas.

3. Pressupostos de Língua Portuguesa 3.1 Alfabetização, linguagem e aprendizagens Ao longo dos anos, o conceito de alfabetização passou por alterações, de concepções restritas ao ato de grafar palavras até concepções mais amplas, que envolvem o domínio do sistema de escrita alfabética (SEA) e seus usos em contextos da vida em sociedade. Essas mudanças, certamente, alteraram também as práticas de ensino da língua escrita. Hoje, entendemos que alfabetizar-se é mais que saber codificar e decodificar palavras e frases. Embora estas habilidades sejam muito importantes, estudos realizados desde a segunda metade do século passado nos permitiram entender gradativamente que o processo de alfabetização, envolvendo verdadeiramente a autonomia para a leitura e para a escrita em contextos sociais diversos, requer um amplo conjunto de conhecimentos, 9

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além de saber juntar letras para formar palavras. Requer, por exemplo, saber para que a escrita pode ser usada (como apoio à memória, para divulgar e se informar sobre fatos, experiências, acontecimentos, para registrar algo importante, para estabelecer contato com outros, para se expressar subjetivamente, para dar instruções precisas, para se localizar etc.), em que situações pode ou precisa ser usada (situações diversas da vida cotidiana, do trabalho, do lazer, da escola etc.) e como deve ser usada (gêneros propícios a cada situação de interação). Tais saberes são elaborados pelos aprendizes principalmente ao participarem de práticas de letramento variadas e significativas, escolares e não escolares, contando com a mediação privilegiada de interlocutores (no caso da escola, colegas e professor). As práticas de letramento demandam colocar em ação conhecimentos sobre a linguagem e seus usos e sobre o sistema de escrita propriamente dito. Destaque-se que a apropriação do SEA demanda, na maioria dos casos, ensino sistemático. São esses pressupostos básicos de Língua Portuguesa que orientam a concepção deste material, destinado à etapa inicial da escolarização de jovens e adultos.

3.2 Apropriação do sistema de escrita alfabética (SEA) Para melhor compreender a proposta de trabalho com a apropriação do sistema de escrita alfabética (SEA) deste livro, é importante resgatar brevemente as mudanças ocorridas no ensino da escrita desde os primeiros métodos de alfabetização até os dias atuais.

Métodos de alfabetização: um pouco de história

Tradicionalmente a escola brasileira vem se valendo de métodos para alfabetizar. Os denominados métodos sintéticos (alfabéticos, silábicos, fônicos) e os analíticos (palavração, sentenciação, global) datam da Antiguidade e ganham maior espaço na educação, sobretudo, a partir do século XVIII. Estão ancorados numa concepção que legitima como aprendizagem apenas o que foi ensinado ao aluno, desconsiderando os conhecimentos que ele constrói anteriormente à entrada na escola (os conhecimentos prévios), tão variados e relevantes no caso dos alunos da EJA. No caso específico da escrita, ficam descartadas todas as possibilidades de o aluno, mesmo não alfabetizado, apresentar alguma hipótese, ainda que provisória, sobre o que a escrita representa e como ela representa. Outra característica destes métodos é a visão adultocêntrica da aprendizagem. Isto é, acredita-se que o funcionamento dos processos de aprendizagem infantil seja idêntico ao do adulto (MORAIS, 2012). Novamente tomando-se a escrita como exemplo, na perspectiva desses métodos, acredita-se que um aluno em processo de alfabetização compreenda a escrita da mesma forma que um adulto alfabetizado e, na maioria das vezes, com nível bastante avançado de alfabetismo.

No que tange ao ensino da língua escrita propriamente, os métodos considerados tradicionais variam entre si, ora privilegiando o ensino a partir de fonemas, letras ou sílabas, como os métodos sintéticos (que partem de unidades menores da língua para partes maiores); ora privilegiando o ensino da escrita a partir de palavras, frases e textos, como os métodos analíticos (que partem de unidades significativas da língua, como palavras, sentenças, histórias, focalizando primeiro o sentido e a memorização do texto para depois explorar letras, fonemas e sílabas). Ambos preveem passos a serem desenvolvidos, independentemente de uma demanda dos textos trabalhados no momento, quando são trabalhados. O surgimento dos métodos analíticos, no entanto, já revelava uma mudança na concepção de alfabetização, entendida pelos defensores desse método como algo além da decodificação. Entretanto, a questão central dos métodos sintéticos e dos analíticos ainda era “Qual a melhor maneira de ensinar a escrita?”. É somente a partir da década de 1980 que se começa a questionar: “Como o aluno não alfabetizado percebe e aprende a escrita?”. Com essa mudança de paradigma, a oposição entre sintéticos e analíticos dá lugar ao questionamento sobre usar ou não usar métodos. É importante destacar que as críticas aos métodos ditos tradicionais (sintéticos ou analíticos) não se devem ao simples fato de serem métodos, mas à padronização de procedimentos e ao desconhecimento, por parte do professor (executor dos métodos), dos princípios teóricos que permitiriam o controle dos passos do ensino-aprendizado. A inflexibilidade característica das etapas dos métodos camuflava a diversidade de situações de aprendizado, com as quais nos deparamos em sala de aula. A crítica, portanto, não apregoa um ensino desprovido de método, mas a necessidade de um método que possibilite atender e compreender as diferenças individuais no trato da aprendizagem da língua escrita. Desse modo, nesta obra, procuramos equilibrar o trabalho com diversidade de gêneros textuais propostos para leitura (ou escuta) e para produção, o trabalho com a compreensão dos textos da coletânea, seus usos em contextos sociais e as atividades de reflexão sobre a escrita, especialmente aquelas voltadas à apropriação do sistema de escrita, incluindo-se aí as relações fonema/grafema e outros aspectos relativos à construção da consciência fonológica. Nossa postura revela o reconhecimento das contribuições dos métodos anteriores, como o trabalho com relação fonema/ grafema e a importância de ajudar o aluno a voltar sua atenção para a dimensão sonora da palavra (características dos métodos sintéticos), e a proposição de textos reais, autênticos e sobre temas do universo dos alunos, para leitura e produção (características dos métodos analíticos). Entretanto, procuramos privilegiar procedimentos em relação aos textos e questões relativas à apropriação do sistema de escrita, em detrimento de passos rígidos de ensino. Nosso intuito é o de contemplarmos as diferentes necessidades e níveis de conhecimento sobre a língua, característicos do aluno de EJA.

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Com isso, acreditamos adotar procedimentos metodológicos que estejam fundamentados teoricamente e que justifiquem sua presença como estratégias diferenciadas para o desenvolvimento da complexa tarefa de alfabetizar. Não basta conhecer a linha do tempo dos métodos de alfabetização. É preciso compreendê-los e relacioná-los à prática docente.

Notas sobre psicogênese da língua escrita

Aproveitamos, nesta proposta, as contribuições da teoria da psicogênese da escrita, popularizada no Brasil a partir da década

de 1980, segundo a qual os aprendizes seguem uma ordem de evolução passando por quatro períodos nos quais elaboram diferentes hipóteses ou explicações sobre como a escrita alfabética funciona. Essas hipóteses, de modo geral, seguem a ordem que apresentaremos adiante, embora não seja incomum haver recuos para hipóteses anteriores e novo avanço para hipóteses posteriores, durante o processo de alfabetização. O quadro a seguir resume os principais aspectos das hipóteses de escrita.

Hipótese de escrita

Características

PRÉ-SILÁBICA

Incompreensão de que a escrita registra a pauta sonora (sequência de pedaços sonoros das palavras). Inicialmente, não diferencia desenho e escrita, podendo desenhar o objeto ou pessoa cujo nome pretendia escrever. Uso de garatujas e rabiscos, parecidos com letras ou símbolos memorizados (#, $ etc.) acreditando usar a escrita convencional. Início do uso de letras, mas sem relacioná-las com as partes orais da palavra que quer escrever, como em XVBRENTYADOWQPU. Realismo nominal (CARRAHER; REGO, 1981): coisas grandes são escritas com muitas letras e coisas pequenas são escritas com poucas letras. Por exemplo, ao ver as palavras BOI e FORMIGUINHA, o aluno aponta “BOI” para formiguinha, justificando que formiguinha é pequena e, portanto, escrita com poucas letras. Hipótese de quantidade mínima: crença de que é preciso ter ao menos três letras (ou duas) para que algo possa estar escrito. Hipótese da variedade: crença de que coisas diferentes são escritas com letras diferentes. O nome próprio é uma importante palavra de referência para o aluno; é comum em suas escritas espontâneas, ele se restringir às letras do seu nome, variando apenas a ordem de uso delas. Leitura em bloco, sem correspondência entre letras e partes faladas. Ao pedirmos que aponte a parte lida, não observamos a indicação de cada parte, mas do todo. Quando o aprendiz percebe que a escrita registra a pauta sonora, ou seja, quando ele percebe que a escrita representa a fala, a sonoridade da palavra. Ele pensa que as letras registram as sílabas que pronunciamos. Assim, acredita que cada sílaba é registrada por uma letra.

SILÁBICA

Silábica sem valor sonoro: o aluno usa, em suas escritas espontâneas, uma letra para cada sílaba, sem a preocupação de relacionar a letra usada e o seu valor sonoro.

Silábica com valor sonoro: existe a preocupação, por parte do aprendiz, em colocar não só uma letra para cada sílaba, mas em registrar as letras que correspondem a sons contidos nas sílabas orais daquela palavra.

SILÁBICO-ALFABÉTICA

O aprendiz percebe que usa menos letras que o necessário para a escrita das palavras e que é preciso observar os sons menores no interior das sílabas. Ao escrever a palavra, ora utiliza duas ou mais letras para uma sílaba e ora volta a pensar que basta uma letra para escrever uma sílaba inteira.

ALFABÉTICA

Percepção de que, para escrever corretamente, devemos registrar todos os sons presentes nas palavras. O aprendiz, ao alcançar essa hipótese, escreverá com muitos “erros”, pois acredita no princípio alfabético, ou seja, pensa que prevalece a lógica segundo a qual cada letra equivale a um único som e cada som deve ser escrito por uma única letra. Isso acontece em algumas letras, mas não em todas. Por exemplo: as letras S e X têm vários sons. O som de Z pode ser feito por várias letras (S, X e Z mesmo). Portanto, o “erro”, na hipótese alfabética, é temporário, pois a percepção dessas peculiaridades de algumas letras constitui etapa posterior à construção do sistema de escrita, embora alguns aspectos ortográficos já sejam percebidos pelos aprendizes, em virtude do contato com palavras estáveis ou de referência. São comuns perguntas de aprendizes como: “É com S ou com Z?”. 11

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As hipóteses descritas, em especial as iniciais, e a ordem com que as apresentamos são mais evidentes em crianças em fase de alfabetização, embora sejam observadas em aprendizes de qualquer idade. Entretanto, a inserção em sociedades grafocêntricas (que têm a escrita como uma das principais formas de interação) pode evidenciar adultos que, embora em estágios iniciais de escolarização, apresentem hipóteses mais avançadas de escrita. Isso ocorre por fatores como possibilidade de já terem frequentado a escola na infância e de conhecer palavras, letras, sílabas etc., memorização da forma escrita de algumas palavras que se tornaram referências para eles na vida pessoal e/ou profissional. Apresentadas as hipóteses de escrita, é prudente questionarmos: Como acontece a passagem de uma hipótese para outra mais evoluída? Para que o aprendiz avance em suas hipóteses, é necessário que ele participe de situações sociais de uso da escrita, ou seja, de situações em que a escrita atenda a uma demanda ou tenha uma finalidade significativa, semelhante às situações que vivenciamos fora da escola. É a proposição dessas situações reais que constituem o que chamamos de ambiente alfabetizador2. O estímulo à leitura do que escreveu e à conferência das hipóteses (leitura de ajuste3) é uma importante intervenção do alfabetizador. Isto possibilitará a reelaboração de suas hipóteses de escrita avançando mais rapidamente na compreensão da escrita alfabética e no domínio da leitura. Ter alcançado uma hipótese alfabética de escrita não deve ser confundido com estar alfabetizado. A hipótese alfabética, nesse momento, deverá ser aprimorada pelo domínio das diversas correspondências entre letra e som (ou grafema-fonema) e das diversas estruturas silábicas de nossa língua (CV, CVV, VC, CCV, CCVC, CCVCC). Para estar alfabetizado ainda restará ao aprendiz aprender usando a norma ortográfica. Entretanto, antes mesmo de toda essa construção se iniciar e paralelamente a essa construção da escrita alfabética, o aprendiz já participa, ainda que por intermédio de um usuário autônomo da escrita, de práticas de leitura e de produção de textos orais, escritos e talvez até digitais que fazem parte da vida em sociedade. Essas experiências constituem diferentes práticas de letramento que se associam ao letramento escolar, este constituído, entre outras dimensões, pelas práticas de alfabetização. Segundo Morais (2012), os estudos de Ferreiro e Teberosky (1984) nos levaram a compreender que a escrita alfabética consiste num sistema de representação com propriedades que o aluno precisa compreender. Isso contraria a forma de compreender a escrita pelos métodos de alfabetização, que sempre a consideraram como um código e acreditavam que poderia ser informado ao aluno gradativamente e de fora para dentro, sob a perspectiva do adulto leitor proficiente. A teoria da psicogênese da escrita (FERREIRO; TEBEROSKY, op. cit.) tem insistido em dois pontos essenciais, para 2 Ver glossário. 3 Ver glossário.

entendermos por que a tarefa do alfabetizando não é aprender um código, mas, sim, se apropriar de um sistema notacional. O aprendiz precisa responder a duas grandes questões: • o que as letras notam (registram); • como as letras funcionam para criar notações (ou palavras escritas). A resposta a cada uma dessas questões vai depender da etapa ou estágio em que o aprendiz se encontra. Segundo Morais (2012, p. 51), para compreender o sistema de escrita alfabética, o aprendiz terá que compreender as seguintes propriedades desse sistema notacional: Propriedades do SEA que o aprendiz precisa reconstruir para se tornar alfabetizado. Escreve-se com letras, que não podem ser inventadas, que têm um repertório finito e que são diferentes de números e de outros símbolos. As letras têm formatos fixos e pequenas variações produzem mudanças em sua identidade (p, q, b, d), embora uma letra assuma estilos e traçados variados (P, p, P, p). A ordem das letras no interior da palavra não pode ser mudada. Uma letra pode se repetir no interior de uma palavra e em diferentes palavras, ao mesmo tempo em que distintas palavras compartilham as mesmas letras. Nem todas as letras podem ocupar certas posições no interior das palavras e nem todas as letras podem vir juntas de quaisquer outras. As letras notam ou substituem a pauta sonora das palavras que pronunciamos e nunca levam em conta as características físicas ou funcionais dos referentes que substituem. As letras notam segmentos sonoros menores que as sílabas orais que pronunciamos. As letras têm valores sonoros fixos, apesar de muitas terem mais de um valor sonoro e certos sons poderem ser notados com mais de uma letra. Além de letras, na escrita de palavras, usam-se, também, algumas marcas (acentos) que podem modificar a tonicidade ou o som das letras ou sílabas nas quais aparecem. As sílabas podem variar quanto às combinações entre consoantes e vogais (CV, CCV, CVV, CVV, CVC, V, VC, VCC, CCVCC...), mas a estrutura predominante no português é a sílaba CV (consoante-vogal); e todas as sílabas do português contêm, ao menos, uma vogal.

Essas propriedades do sistema alfabético nos revelam sua complexidade e impõem a necessidade de um ensino sistematizado da língua escrita, que possibilite ao aluno usar suas experiências e hipóteses, enquanto reconstrói o sistema de escrita em sua mente. Sendo assim, segundo Morais (op. cit.), precisamos recriar metodologias de alfabetização, garantindo um ensino sistemático que, por meio de atividades reflexivas, desafiem o aprendiz a compreender como a escrita alfabética funciona para poder dominar suas relações letra-som. Numa visão construtivista, o aprendiz precisará reconstruir as propriedades do sistema de escrita alfabética num percurso que, mediado pelo educador, englobará a passagem por certas etapas.

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A importância da consciência fonológica na alfabetização

Um princípio central desta obra é o trabalho com a consciência fonológica. Ela vem sendo estudada desde a década de 1970, mas sua discussão no cenário nacional é mais recente e vem ganhando forças a partir do reconhecimento de sua importância no aprendizado da leitura e da escrita, conforme indicam Almeida (2003), Mendes (2005), Leal e Morais (2010) e Morais (2012). Mas em que ela consiste? A consciência fonológica é a habilidade de perceber a estrutura sonora de palavras ou de partes de palavras. Entretanto, como habilidade, não se trata de tê-la ou não tê-la, mas de desenvolver a atitude de refletir sobre a sonoridade da palavra ou de parte dela. À consciência fonológica estão relacionadas a rima, que consiste na percepção da correspondência entre as sílabas tônicas de duas palavras e na semelhança do som final (ainda que a grafia seja diferente), como em pescoço e colosso; a aliteração, que consiste na correspondência de sons iniciais ou intermediários entre duas palavras, como em sabia e sabiá; a consciência sintática, que consiste na capacidade de segmentar a frase em palavras e ordená-las de maneira lógica; a consciência silábica, que consiste na capacidade de dividir palavras em sílabas; e a consciência fonêmica, que consiste na capacidade de relacionar os fonemas às letras que correspondem a eles. Porém, nem todas estas capacidades se desenvolvem ao mesmo tempo. A percepção da rima, por exemplo, ocorre geralmente antes do início do processo de alfabetização formal. Já a percepção do fonema só se dará após iniciado o processo de aprendizado da leitura e da escrita. Daí a importância de, paralelamente às atividades de leitura, de produção de textos e de exploração do sistema de escrita alfabética, propormos atividades que favoreçam as diferentes formas de consciência fonológica, evitando restringir sua abordagem a um único tipo – a consciência fonêmica. Sobre esse aspecto, é importante esclarecer que consciência fonológica não é sinônimo de “método fônico de alfabetização”. Embora os defensores do trabalho com consciência fonológica enfatizem a importância de se perceber a segmentação sonora da palavra, reconhecem e valorizam as hipóteses que o aluno constrói sobre a escrita e as práticas sociais de uso da escrita, diferentemente da orientação predominante no método fônico. Alguns gêneros textuais de circulação social são bastante propícios ao período de alfabetização e ao trabalho com a consciência fonológica, tais como parlendas, cantigas de roda, folguedos, poemas, quadrinhas, trava-línguas etc. Entretanto, a simples exposição ou mesmo a recitação deles não atingirá o propósito de reflexão sobre a segmentação sonora se não houver atividades específicas para isso. Almeida (2003) recomenda: a. Atividades de consciência de palavras, que ajudam os alunos a reconhecer que as frases apresentam quantidades diferentes de palavras.

b. Atividades de rima, que consistem em identificar a rima em textos poéticos. c. Atividades de síntese silábica, que consistem em retirar ou colocar sílabas em palavras para formar uma nova palavra. Leal e Morais (2010, p. 131) também sugerem práticas que favorecem o trabalho com a consciência fonológica: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10.

Atividades que buscam familiarização com as letras; Atividades que objetivam a construção de palavras estáveis; Atividades de reflexão fonológica; Atividades de composição e decomposição de palavras escritas; Atividades de comparação entre palavras escritas; Atividades de escrita de palavras através do preenchimento de lacunas; Atividades de permuta, inserção ou retirada de letras e sílabas para formação de novas palavras; Atividades de ordenação de letras e sílabas; Atividades de leitura de palavras; Atividades de escrita de palavras.

Tipos de letras

Um outro aspecto relevante para a alfabetização neste material didático é a exploração de diferentes tipos de letras. Tradicionalmente, alfabetizava-se com cartilhas, utilizando comumente letras cursivas ou manuscritas. A partir das divulgações da psicogênese escrita passou-se a defender o uso de letra de imprensa maiúscula numa etapa inicial de apropriação do SEA. Esse tipo de letra é adequado por ter um traçado mais simples (são retas e curvas, sem “enlaces”) e permite ao aprendiz concentrar sua atenção na tarefa de refletir sobre quais e quantas letras vai utilizar e em qual ordem vai dispô-las ao escrever (MORAIS, 2012), em lugar de se preocupar com o traçado da letra. Sendo assim, o uso de letra cursiva deve ser incentivado após o aluno construir a base alfabética para garantir maior agilidade no registro escrito. Os diversos gêneros textuais em circulação social trazem diferentes tipos de letras, estabelecendo a necessidade do uso, em sala de aula, de letras em diferentes registros, no sentido de ajudar os alunos a lerem os textos impressos do mundo extraescolar. Dentro dessa perspectiva, este livro adota o uso de letra maiúscula de imprensa em todos os capítulos da primeira metade do livro e, a partir da segunda metade do livro, introduz gradativamente a letra minúscula de imprensa, até abandonar a letra maiúscula no último capítulo.

Avaliação diagnóstica (sondagem): o que os alunos sabem sobre a escrita

Os estudos sobre a psicogênese da língua escrita nos possibilitaram “olhar com outros olhos” para a escrita espontânea de alunos não alfabetizados e a compreender o que estas escritas re13

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velam sobre como os alunos a percebem e como a representam. O que antes entendíamos como “erro” passou a ser entendido como a manifestação da atividade constante de reelaboração das hipóteses de escrita pelo aprendiz. Não se trata de desconhecimento ou incompreensão sobre a escrita, mas justamente é a revelação do que o aprendiz já sabe sobre a língua. Por isso, o chamamos de “erro construtivo”. Compreender o que o aluno está pensando sobre a escrita é fundamental para podermos planejar estratégias de intervenções, no sentido de promover a reflexão sobre a própria escrita e o avanço para hipóteses mais complexas. Para saber o que cada aluno pensa sobre a escrita, é necessária a realização de sondagens, no sentido de poder intervir ajustadamente em cada hipótese revelada pelo aprendiz. Essa tarefa cabe aos educadores e não ao material didático, uma vez que cada turma de alunos tem suas peculiaridades. As sondagens caracterizam-se por ditar para o aluno palavras, frases ou textos de acordo com suas representações (suas ideias) e pedir que ele leia imediatamente cada escrita para que o professor possa identificar a hipótese. Recomenda-se que as sondagens de escrita apresentem uma palavra polissílaba, uma trissílaba, uma dissílaba, uma monossílaba e uma frase contendo uma das palavras ditadas anteriormente, nessa ordem. A ordem é importante porque, ao se chegar às palavras dissílabas e monossílabas, se o aluno apresenta hipóteses iniciais ou intermediárias de escrita e ainda está preso ao critério de quantidade mínima de letras para escrever, ele pode entrar em um conflito com sua hipótese, colocando-a em questionamento. É nesse momento que o professor deve ter o conhecimento para perceber e fazer a intervenção adequada. Portanto, as sondagens devem ser feitas individualmente e periodicamente. É importante que o aluno não tenha a escrita dessas palavras memorizada, mas que saiba o que significam. A escrita memorizada camuflaria a verdadeira hipótese de escrita na qual o aprendiz se encontra. Assim, recomenda-se que a sondagem seja feita com palavras do universo do aprendiz e, preferencialmente, de um mesmo campo semântico. Exemplo: nomes de animais ou frutas, objetos escolares etc. Vale destacar que a sondagem não é uma prova, mas uma coleta de dados que servirão de ponto de partida para intervenções e proposições diferenciadas, conforme a necessidade de cada aluno. Assim, é prudente estabelecer um clima favorável à sondagem e controlar o nível de frustração que o procedimento pode gerar em adultos que não consigam, ou que pensem não conseguir, atingir as expectativas do professor em atividades como a sondagem.

3.3 A proposta de leitura nesta obra Ler sem saber ler. Este é um dos aspectos centrais no trabalho com a leitura na modalidade EJA de alfabetização. Ainda que

não seja convencionalmente, os adolescentes e adultos já sabem ler textos verbais e mistos, na medida em que reconhecem palavras muito usuais (nomes próprios, números de telefone conhecidos, logomarcas etc.) e são capazes de atribuir-lhes sentido. O contato frequente com materiais escritos no cotidiano – placas, panfletos, legendas, jornais etc. – lhes possibilita construir um corpo de conhecimentos sobre a escrita, assim como um repertório de palavras, expressões e frases que podem ser lidas com compreensão quando solicitado. As diversas atividades apresentadas permitem explorar tais saberes, de tal modo que o aluno se reconheça já como leitor de várias espécies de texto em seu cotidiano. Embora, relevantes e válidas, tais capacidades de leitura não são suficientes para garantir a participação autônoma e crítica desses cidadãos em várias das práticas de letramento exigidas atualmente, especialmente as mais valorizadas socialmente. Assim, concomitantemente ao trabalho com a apropriação do sistema de escrita alfabética (SEA), fundamental para a formação de leitores independentes de outros mediadores, são mobilizadas capacidades de leitura pertinentes a cada gênero explorado, em diferentes momentos – antes da leitura, durante sua realização e depois dela. Paralelamente, as seções mais especificamente dedicadas à leitura e à discussão – Em roda, Para ler, Saiba mais – envolvem diferentes níveis de apropriação dos textos, como a identificação de informações, a inferência, a comparação, a análise e a extrapolação. Diversificam-se também as modalidades de leitura (oral, silenciosa, individual, coletiva, compartilhada, de ajuste) solicitadas e as ações relacionadas a ela (ler com autonomia, ler coletivamente, ouvir a leitura do professor ou a do colega). Para isso, conta-se com a adequada mediação do professor. Seguindo o resgate dos estudos que valorizam a importância do trabalho com a dimensão sonora da palavra, popularizados no Brasil após a década de 1990, explora-se esse aspecto paralelamente à abordagem dos textos propostos no volume, sem, contudo, prender-se às possibilidades apresentadas por eles. Procura-se, neste volume, um equilíbrio entre as atividades voltadas para a apropriação do SEA, para a alfabetização propriamente dita e para a ampliação das práticas de uso da leitura e da escrita, visando à maior inserção do aluno na cultura escrita. Além das atividades, o trabalho com leitura pressupõe que o professor seja modelo de leitor para os alunos, tanto no sentido da formação do gosto pela leitura, quanto no exercício de comportamentos leitores necessários às diferentes formas de interação mediada por textos: recomendar, criticar, comparar, identificar-se com certo ponto de vista ou dele se distanciar, ler extensivamente ou por “varredura”, entre outros. Esse conjunto de decisões pedagógicas da obra objetiva contribuir para que os alunos se reconheçam como leitores que já são, possam ler com maior autonomia a cada dia, tornando-se mais capazes de continuar sua trajetória de aprendizado.

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3.4 Produção de textos orais e escritos Ensinar a produzir textos é mais que ensinar a escrever. A partir desse marco, organizaram-se as propostas de produção de texto da obra. Alguns princípios amparam essa concepção. Primeiro, concebe-se texto para além do texto escrito e verbal, abarcando textos orais, visuais e multimodais que circulam nas diferentes esferas de atividade das quais participamos. Em segundo lugar, entende-se a produção de um texto como produção discursiva, dialógica, que prevê inúmeras possibilidades de expressão, bem como de leituras, e um interlocutor determinado, de modo que a produção esteja orientada para essa interlocução. Em terceiro lugar, entende-se que a compreensão e o domínio do sistema de escrita alfabética, embora muito importantes, são uma das formas de uso da língua/linguagem, mas não a única. Por fim, em se tratando de textos escritos, o domínio do sistema de escrita alfabética, por si só, não garante a participação plena em situações sociais contemporâneas, que exigem desde a escrita convencional até as situações de interação pela escrita que se valem de tecnologias como forma de armazenamento de informações (memória), de encurtamento de distâncias na comunicação, de ampliação das possibilidades de interação e intercâmbio e de (re)conhecimento e uso de novas linguagens. Desse modo, procuramos desenvolver propostas de produções textuais que propiciam aos alunos a vivência da língua e da linguagem como dinâmicas e situadas em contextos sociais e temporais específicos. As propostas desenvolvidas fundamentam-se em situações significativas de uso da língua e da linguagem e em contextos pertinentes à realidade e às possíveis necessidades dos alunos de EJA. Algumas destas propostas voltam-se às situações de deslocamento e localização em espaços públicos, como a necessidade de demarcar objetos pessoais em espaços coletivos. Outras voltam-se à participação em eventos de letramentos cotidianos, como cadastrar-se em sites, em portarias de edifícios comerciais, em bibliotecas etc. Outras voltam-se ao protagonismo em situações culturais, como a concepção e a organização de uma exposição, incluindo algumas das situações de escrita envolvidas nessa atividade, como a catalogação e a produção de legenda para os objetos do acervo. Há também propostas que procuram valorizar um sujeito que tem voz, que tem algo a dizer, como os relatos de experiências de vida e a entrevista. As produções escritas valorizam ainda a construção de uma postura investigativa do aluno. Por meio de propostas de pesquisas em e sobre os jornais, o aluno tem a oportunidade de perceber as diferentes funções desse (conjunto de) gênero(s), de se situar em sua complexidade e de perceber os aspectos envolvidos na definição das manchetes do dia. As propostas de produção textual abordam também a percepção da complexidade da oralidade ao propor a participação em um debate regrado e a realização da entrevista. Abordam ainda a riqueza dessa modalidade linguística a partir da proposição de um sarau literário. As propostas de produção de gêneros orais formais públicos

e o ensino sobre esses gêneros evidenciam uma postura que se distancia da dicotomia oralidade X escrita, segundo a qual a primeira é considerada menos elaborada (ou mais fácil) que a segunda. A complexidade de alguns gêneros, sejam eles na modalidade oral ou na modalidade escrita de uso da língua, muitas vezes, exige uma abordagem que combine certos gêneros. Desse modo, algumas das propostas envolvem mais de um gênero, sendo um o principal (geralmente o que será produzido) e outro, um texto de apoio (que tanto pode ser proposto para leitura, como para uma produção preliminar). Alguns exemplos são o debate, que se baseia em provérbios (Capítulo 3); o sarau, proposto a partir do estudo de gêneros literários em versos (Capítulo 5); ou, ainda, a pesquisa, que toma como objeto de estudo as manchetes dos jornais do dia (Capítulo 7). Isso reforça o reconhecimento da importância de se abordar com os alunos a relação entre gêneros, entre esferas de circulação dos discursos, tomados não como unidades isoladas, mas como pertencentes a um corpo mais complexo, no qual dialogam entre si e/ou se complementam. Desse modo, os gêneros abordados na seção destinada à produção textual, neste volume, não são sempre os mesmos gêneros abordados na seção destinada à leitura, mas estão relacionados a eles. Isto porque entendemos que há gêneros que os alunos precisam aprender a ler, há gêneros que eles precisam aprender a produzir e há gêneros que os alunos devem saber ler e produzir. O ensino desses gêneros, por sua vez, requer adoção de alguns procedimentos. É preciso que a proposta deixe claro a que prática social de linguagem remete, qual é o gênero, que finalidades sociais assume e que leitor, especificado ou não, se delineia na situação de produção. Nesse sentido, as atividades implicam um trabalho com a adequação da linguagem, da forma do texto e da seleção de informações, de modo a garantir, em alguma medida, o adequado funcionamento do texto elaborado na situação referida. Desse modo, planejar – do ponto de vista dos temas e da organização das informações (construção composicional) – textualizar e revisar/refazer envolvem a tomada de decisões nas várias etapas do processo, de modo a não incidir apenas sobre o produto materializado.

3.5 Avaliação Nesta obra, a avaliação é considerada sob três aspectos: o conceito de avaliação, os instrumentos utilizados nas avaliações diagnóstica e contínua pela escola e os mecanismos de intervenção necessários aos avanços esperados dos alunos. Já há algum tempo que mudaram as formas de se avaliar e se registrar os resultados desse processo. A prova deixou de ser a única forma de avaliar e, em alguns casos, como o das classes de alfabetização, foi substituída por instrumentos de caráter qualitativo, com fins diagnósticos e não classificatórios. Do mesmo modo, a nota ou os conceitos, menções referentes a um produto executado pelo aluno, deram lugar a registros mais descritivos 15

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do desempenho dos alunos ao longo de um processo de aprendizagem. A ênfase da avaliação também mudou seu foco de “o que o aluno não aprendeu” para “o que ele já aprendeu” ou “como evoluiu desde sua chegada à escola”, ponto de partida para (re) planejar as intervenções didáticas. Tais mudanças, naturalmente, não ocorreram isoladamente, mas em virtude de um contexto de novas concepções de ensino, de escola, do ensinar e do aprender etc. e, sobretudo, do reconhecimento de que o aluno não chega à escola ou não inicia seu processo formal de alfabetização, seja ele em uma instituição regular de ensino ou não, totalmente desprovido de conhecimentos sobre a língua e a linguagem. Daí a importância de avaliações formativas ou continuadas, ou seja, que visam diagnosticar, apontar aprendizagens construídas em um processo e necessidades a serem atendidas, bem como o tempo e os instrumentos adequados para essa reorientação de rumos. No período de alfabetização, as sondagens4 são importantes instrumentos para identificação dos conhecimentos dos alunos sobre a escrita e sobre a matemática. É a partir dela que pode-se adotar medidas que atendam às necessidades específicas de cada aluno. Para isso, é importante refletirmos sobre como as experiências prévias dos alunos contribuem como apoio para a sala de aula e como elas estão sendo aproveitadas para ancorarem os níveis seguintes de conhecimento ou de aprendizagem. Segundo caderno publicado pela UFMG/CEALE (2003), outros instrumentos importantes são: a) A observação e o registro dos processos vivenciados pelos alunos e sobre suas intervenções junto a cada aluno. b) Provas operatórias, que mobilizam operações mentais necessárias à construção dos conhecimentos pelos alunos, cujo foco podem ser representações, conceitos, capacidades ou estra-

tégias. A publicação exemplifica esse instrumento de avaliação com a apresentação de cartões nos quais constam palavras, letras aleatórias, símbolos gráficos que não letras, números e desenhos e a solicitação aos alunos para que indiquem onde é possível ler algo e o que pode estar escrito. Esse instrumento sugere uma aproximação com o aluno, já que a avaliação precisa ser feita individualmente ou em pequenos grupos e o registro deve ser realizado com detalhes. c) Autoavaliação, em que o aluno toma consciência de suas capacidades e dificuldades, de modo a reestruturar estratégias e atitudes diante do objeto de estudo. d) Portfólio, que consiste em uma seleção de trabalhos, organizada pelo próprio aluno, e que evidencia o seu percurso de aprendizagem. Além disso, deve haver registros, feitos pela própria instituição, do processo de aprendizagem e das dificuldades do aluno em seu processo de aprendizagem, tomando-se o cuidado de não levar em conta somente os avanços do aluno com relação a si mesmo, mas também com relação à turma. Isso significa que as aprendizagens de um aluno podem ser tomadas como insuficientes em um contexto e suficientes em outro. Por fim, a avaliação só fará sentido se apontar as intervenções que o professor deverá fazer para ajudar o aluno a atingir os objetivos esperados para aquele nível de ensino. Assim, a avaliação do desempenho do aluno deve ser paralela e relacionada à avaliação do sistema de ensino. Fichas de acompanhamento do aluno podem ajudar a consolidar um sistema de avaliação contínua, por meio do qual as intervenções adequadas são cuidadosamente planejadas. A seguir, é sintetizado um modelo de avaliação sugerido pela publicação mencionada que tomamos emprestado.

MODELO DE FICHA DE AVALIAÇÃO

Conhecimentos e capacidades avaliados

Situação de aprendizagem Demandas para o ensino

Não desenvolveu

Em desenvolvimento

Consolidada

Introduzir conteúdos e atividades

Trabalhar conteúdos e atividades

Avançar para novos conteúdos e atividades

A complexidade do processo de avaliação evidencia que avaliar não consiste apenas em verificar os avanços do aluno, mas também o que o sistema lhe possibilitou para a construção do aprendizado. Consiste em desenvolver uma metodologia de avaliação que esteja a serviço da superação das dificuldades de todos os protagonistas envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. 4

4 Ver glossário.

(Observações quanto a dificuldades específicas do aluno.)

Neste volume, apresentamos algumas propostas de avaliação do aprendizado pelo próprio aluno. A seção Em Ação pode ser usada como instrumento de avaliação uma vez que mobiliza conhecimentos explorados em atividades anteriores. Mais especificamente, alguns capítulos da obra contam com o item Avaliando..., que retoma aspectos trabalhados em diferentes eixos de ensino no capítulo. Entretanto, conforme exposto, reconhecemos que elas não são suficientes para a definição de intervenções mais eficazes e individualizadas e recomen-

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damos que outros instrumentos de avaliação mais descritivos e individualizados (como as sondagens e os registros) sejam desenvolvidos, a partir da proposta pedagógica e dos objetivos das instituições.

4. Pressupostos de Matemática 4.1 A Matemática na alfabetização de jovens e adultos A Matemática está presente nas situações comuns do cotidiano, como também em situações que exigem conhecimento especializado. Nem sempre nos damos conta dos conhecimentos matemáticos de que lançamos mão quando preparamos uma receita culinária, verificamos contas, lemos notícias no jornal, utilizamos caixas eletrônicos, comparamos preços, administramos a ingestão de medicamentos, acompanhamos o crescimento das crianças, operamos máquinas e instrumentos em nosso trabalho. No entanto, a importância dos conhecimentos matemáticos não se restringe à sua aplicabilidade em problemas e situações da vida cotidiana ou do mundo do trabalho. Eles também são instrumentos para produção e comunicação de conhecimentos em diferentes áreas, seja nos estudos das Ciências Sociais ou das Ciências da Natureza, seja na música, na coreografia, nas artes plásticas, nos esportes. A Matemática favorece a estruturação do pensamento e o desenvolvimento do raciocínio lógico porque comporta um amplo campo de relações, regularidades e coerências que despertam nossa curiosidade e nos instigam a pensar. Dirige nosso olhar para outras dimensões e espaços, organiza nossa ação, leva-nos a comparar e estabelecer relações entre diferentes elementos. Possibilita a aquisição de ferramentas para raciocinar e desenvolver a capacidade de prever, generalizar, projetar, abstrair, entre outras. Essas potencialidades precisam ser exploradas num processo educativo, escolar ou em outros âmbitos.

O que e como ensinar?

Algumas questões podem orientar os alfabetizadores na organização de um programa educativo para jovens e adultos: Por que, para que e como ensinar Matemática na EJA? Essas não são questões simples de serem respondidas, mas são fundamentais para dar sentido às escolhas dos conteúdos curriculares e de práticas pedagógicas para um curso de EJA. Seguem algumas proposições que orientam as escolhas didáticas presentes neste material.

As pessoas estão sempre aprendendo nas mais variadas situações, na escola ou na casa, no trabalho, no grupo de amigos, em atividades de lazer. Isso implica considerar que: • jovens e adultos pouco ou não alfabetizados possuem conhecimentos sobre situações vividas e fenômenos observados, valores, atitudes e crenças construídas em seu percurso de vida; • a educação não se restringe às ações da escola ou aos programas educativos: aprende-se em diferentes âmbitos da vida pessoal e nas interação com outros. Aprender Matemática se torna algo valioso e importante na medida em que efetivamente contribua para uma maior inserção das pessoas na sociedade. Portanto: • os conteúdos ensinados e as aprendizagens esperadas precisam levar em conta o que os jovens e adultos necessitam saber para viver melhor; • as escolhas sobre o que ensinar precisam estar orientadas por problemas relacionados às situações práticas do dia a dia, do mundo do trabalho e do ambiente doméstico; • as necessidades de aprendizagem não podem ser presumidas, mas devem ser investigadas pelos professores, a partir do conhecimento e das demandas dos alunos e da realidade dos locais onde vivem. A aprendizagem precisa ter lugar central no processo educativo. Ser coerente com essa proposição implica: • criar múltiplas e variadas oportunidades de aprendizagem e não apenas transmitir conteúdos preestabelecidos; • valorizar os saberes prévios que jovens e adultos possuem, adquiridos em sua trajetória de vida, como ponto de partida para novas aprendizagens. É fundamental conhecer Matemática para poder ensiná-la. Para tanto, é preciso: • conhecer os objetos de que se ocupa a Matemática e transformá-los em conhecimentos escolares para que possam ser ensinados e aprendidos; • estabelecer conexões entre os conteúdos da Matemática e o cotidiano, os saberes e as necessidades de aprendizagem dos alunos; • redefinir o papel do educador, tido não mais como aquele que expõe e transmite conhecimentos, mas como organizador das aprendizagens. Para tanto, além de conhecer as condições de vida e os saberes prévios dos alunos, expectativas e necessidades de aprendizagem, o educador precisará escolher conteúdos e problemas que alimentam o processo educativo tendo em vista os objetivos de aprendizagem traçados. Precisará também estimular a comunicação, a sistematização e a formulação de propostas pelos alunos e a cooperação entre eles; • ressignificar o papel do aluno, tomando-o como capaz de fazer escolhas sobre o que precisa aprender, a partir de seus saberes prévios e de suas necessidades. 17

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4.2 Proposições para organização curricular de Matemática em EJA

O que os alunos sabem sobre a Matemática?

Jovens e adultos pouco ou não escolarizados constroem saberes de modo informal e intuitivo diante da necessidade de resolver problemas em situações práticas. Identificar preços de produtos, fazer cálculos de troco, estimar medidas são exemplos de conhecimentos que, na maioria das vezes, não são aprendidos de maneira formal; não precisam ser explicados verbalmente, nem registrados graficamente e tampouco generalizados, pois estão sempre vinculados a uma situação particular. Cabe ao educador a tarefa de ajudar os alunos na passagem de saberes práticos para um nível de conhecimento que possa ser abstraído e generalizado para ser aplicado a outras situações. Essa passagem acontece por meio de análises e comparações, do estabelecimento de relações e da identificação de regularidades nas situações de aprendizagem a eles propiciadas.

Situações de aprendizagem

Uma situação de aprendizagem é sempre dirigida por objetivos que guiam a busca de novos conhecimentos, informações e procedimentos. Partir de situações-problema é um caminho para proporcionar boas situações de aprendizagem. Para resolver um problema, colocamos em jogo o que já sabemos, construímos estratégias, interagimos com nossos pares, revisamos e transformamos o que já sabíamos em função do novo que se apresenta. Alguns exemplos de situações que podem propiciar aprendizagens matemáticas significativas e intervenções na realidade: • análise de elementos envolvidos numa situação comercial, como o cálculo do valor da cesta básica, dos encargos sociais ou do orçamento doméstico, que exigem a leitura e o registro de números, estimativas e cálculos; • leitura e interpretação de informações que aparecem em contracheques, nas contas de luz, nos extratos bancários, que exigem não só a leitura de números como também a comparação entre grandezas e a noção de proporcionalidade; • planejamento de eventos como festas, excursões, passeatas, situações que possibilitem coletar e organizar dados, efetuar cálculos e fazer previsões. Na concepção de aprendizagem que pauta este livro, a comunicação desempenha papel fundamental para ajudar os alunos a construir os vínculos entre as noções informais e intuitivas que possuem e os conhecimentos matemáticos mais formalizados presentes nos problemas que investigam.

Situações-problema Segundo Juan Pozo (1998), matemático espanhol, uma situação-problema é aquela que um indivíduo ou grupo quer ou precisa resolver e para a qual não dispõe de um caminho rápido e direto que leve à solução. Uma situação-problema pode ser entendida como uma atividade cuja solução não pode ser obtida pela simples evocação da memória, mas que exige a elaboração e a execução de um plano. Não se pode confundir essa ideia com os problemas tradicionalmente apresentados nas salas de aula em um texto padronizado que evoca uma resposta também padronizada. A resolução de problemas envolve várias atividades e requer diferentes capacidades dos alunos, como: compreender o problema; elaborar um plano de solução; executar o plano; verificar ou comprovar a solução; justificar a solução; comunicar a resposta. Ler, escrever, falar, ouvir, comparar, opor, levantar hipóteses e prever consequências são procedimentos que acompanham a resolução de problemas. Lidar com situações-problema possibilita um ambiente propício para que os alunos aperfeiçoem esses procedimentos e desenvolvam atitudes, como segurança, interesse em defender seus argumentos, perseverança, esforço na busca de soluções, cooperação e respeito pelo outro.

Conteúdos de Matemática Números

As práticas cotidianas oferecem oportunidades de lidar com números por meio da leitura, registro e cálculos e também de identificar seus diferentes usos. O número natural pode ser um indicador de quantidade, designar coleções com uma mesma quantidade de elementos (aspecto cardinal): quantos dias tem este mês; quantos são os alunos desta turma. Em outras situações, o número natural é um indicador de posição, que possibilita guardar o lugar ocupado por um objeto, pessoa ou acontecimento (aspecto ordinal): abril é o quarto mês do ano; sento na terceira carteira da fila que fica próxima à janela. Há ainda situações em que os números são usados como código, não tendo necessariamente ligação direta com o aspecto cardinal ou ordinal: um número de telefone; da placa de um carro. Além de perceberem os usos que se fazem dos números, jovens e adultos se deparam, a todo momento, com os desafios de ler, comunicar e registrar números e, a partir dessas experiências, constroem procedimentos e criam hipóteses para lidar com eles. • Reconhecimento de números no contexto diário. Por exemplo: identificar preços de objetos, valores de cédulas e moedas.

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• Identificação de diferentes funções dos números em situações práticas: para quantificar, para ordenar, para indicar código. • Utilização de diferentes estratégias para quantificar elementos de uma coleção: contagem, pareamento, estimativa, correspondência de agrupamentos. Por exemplo: contar pessoas de um grupo. • Leitura, escrita, comparação e ordenação de números “familiares”. Por exemplo: identificar números em endereços, no calendário, em cédulas e moedas. • Formulação de hipóteses sobre a grandeza numérica, pela identificação da quantidade de algarismos e da posição ocupada por eles na escrita numérica. Por exemplo: comparar e ordenar números como 35, 305, 350. • Observação de critérios que definam uma classificação de números (maior que, menor que, estar entre) e de regras usadas em seriações (mais 1, mais 2, dobro, metade). Por exemplo: 5 é a metade de 10, e 20 é o dobro de 10. • Contagem em escalas ascendentes e descendentes. Por exemplo: contar de um em um, de dois em dois, de cinco em cinco, a partir de qualquer número dado. • Identificação de regularidades na série numérica para ler e escrever números menos frequentes. Por exemplo: na série numérica, depois do nove, sempre aparece um número terminado em zero; depois do zero, sempre aparece um número terminado em 1 etc. • Leitura, escrita, comparação e ordenação de notações numéricas pela compreensão da base 10 e do valor posicional. • Utilização de calculadora para produzir e comparar escritas numéricas.

Operações

De modo geral, pessoas pouco ou não escolarizadas têm facilidade com o cálculo mental (cálculo de cabeça). Entretanto, muitas desconsideraram esse saber e desejam aprender a fazer contas no papel, porque este é um conhecimento socialmente valorizado. Ainda que as técnicas de cálculo convencionais possam ser ensinadas aos alunos, é importante fazer com que eles reconheçam a importância e a utilidade do uso do cálculo mental, exato ou aproximado, para resolver inúmeras situações do cotidiano e para intensificar o conhecimento dos números e das operações aritméticas. Portanto, ampliar habilidades de cálculo mental é um objetivo fundamental dos programas educativos para jovens e adultos. Isto envolve: • Análise, interpretação e resolução de situações-problema, compreendendo alguns dos significados das operações adição e subtração. • Utilização dos sinais convencionais (+ , – , =) na escrita das operações. • Construção dos fatos básicos das operações para constituir um repertório de cálculos.

• Organização dos fatos básicos das operações pela identificação de regularidades. • Cálculos envolvendo adição e subtração por meio de estratégias pessoais e recursos de cálculo mental. Vejamos um exemplo de situação envolvendo cálculo mental e diferentes estratégias utilizadas para obter o resultado: De R$70,00 foi gasto R$38,00. Quanto sobrou? • Usar a decomposição dos números, fazendo 30 menos 8 e em seguida, 70 menos 30 e, ainda, 40 menos 8, obtendo a resposta 32. • A partir de 38 fazer adições até chegar ao número 70. Por exemplo: 38 mais 2 é igual a 40; 40 mais 30 é igual a 70. Então, de 38 para 70 faltam 32 (resposta). • Arredondando e compensando. Por exemplo: adicionar 2 ao 38 obtendo 40; e adicionar 2 ao 70, obtendo 72. Então, 72 – 40 = 32.

Medidas

As medidas também estão presentes em situações cotidianas. Nas bulas de remédios, nos rótulos de produtos, nos dados estatísticos e índices veiculados pela mídia. As medidas comumente utilizadas na vida cotidiana são as de valor (sistema monetário), de tempo (semana, mês e ano) e unidades das medidas de comprimento, massa e capacidade, como o metro, o quilograma e o litro. Para construir a ideia de medida é preciso estabelecer comparações entre grandezas de mesma natureza e desenvolver procedimentos para o uso adequado de instrumentos como balança, fita métrica, calendário. • Identificação de unidades de tempo – dia, semana, semestre, ano – e utilização de calendários. • Relação entre unidades de tempo: dia/semana, semana/ mês, mês/ano, semestre/ano. • Reconhecimento de cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro e de possíveis trocas entre cédulas e moedas em função de seus valores.

Geometria

O estudo da Geometria favorece um tipo de pensamento que permite interpretar, descrever e representar o mundo em que vivemos. O pensamento geométrico desenvolve-se inicialmente pela visualização: as pessoas conhecem o espaço como algo que está à sua volta. Pouco a pouco, é possível deslocar-se mentalmente e perceber o espaço de diferentes pontos de vista, condição necessária à coordenação espacial. Nesse processo, desenvolvem-se as noções de distância, direção e sentido, e outras essenciais para a construção do pensamento geométrico. As primeiras atividades geométricas buscam desenvolver o sentido espacial, que é a percepção do próprio entorno e dos objetos nele presentes, assim como a orientação (direção, senti19

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do), a forma e o tamanho dos objetos, suas características e suas relações com o espaço. • Localização de pessoas e objetos no espaço, com base em diferentes pontos de referência e indicações de posição. • Movimentação de pessoas e objetos no espaço, com base em diferentes pontos de referência e indicações de posição. • Descrição da localização e movimentação de pessoas e objetos no espaço, usando terminologia não convencional. • Observação de formas geométricas em objetos e elementos presentes na natureza e identificação de características de sólidos geométricos, tais como superfícies planas e superfícies arredondadas. • Identificação de semelhanças e diferenças entre sólidos geométricos como cubo, paralelepípedo, pirâmide, esfera, cone, cilindro. • Identificação de figuras planas como quadrado, retângulo, triângulo, círculo. • Percepção de semelhanças e diferenças entre sólidos geométricos e figuras planas. • Familiarização com termos convencionais da geometria.

Leitura e interpretação de informações numéricas

Estar alfabetizado no mundo contemporâneo supõe saber ler, coletar e interpretar informações apresentadas de modo organizado e construir procedimentos para resolver problemas que impliquem o recolhimento de dados e a análise de informações. • Leitura e interpretação de informações contidas em imagens. • Coleta e organização de informações. • Criação de registros pessoais para comunicação de informações. • Interpretação e elaboração de listas, tabelas simples e de dupla entrada e de gráficos de barra e de setor para comunicar informações. Alguns recursos materiais favorecem o trabalho em Matemática, tais como: portadores numéricos (calendários, documentos, tabelas de preços, quadro com números de 0 a 100), ábaco, cópias de cédulas e moedas, fita métrica, metro de carpinteiro, trena, régua, balança, copo graduado, além de jornais

e revistas. Estudos e práticas de sala de aula têm comprovado a eficiência do uso de jogos e da calculadora na EJA. Os jogos favorecem aprendizagens relacionadas aos números e ao cálculo e contribuem para a participação em atividades coletivas, estimulando o planejamento de ações, a compreensão e o uso de regras, a comunicação entre colegas, o autocontrole. A calculadora, por sua vez, permite desenvolver variadas atividades no estudo dos números e de procedimentos de cálculo, como as sugeridas nos comentários das lições propostas neste Manual.

Até onde chegar em relação à Matemática

Os alunos precisam vivenciar atividades e experiências com a Matemática que lhes possibilitem realizar diversas atividades e mobilizar conhecimentos variados, como descrito a seguir. • Números: identificar, em situações do dia a dia, as principais funções dos números: quantificar, ordenar, indicar código; ler, escrever, comparar e ordenar números familiares presentes em contextos cotidianos; reconhecer o valor posicional na escrita numérica. • Operações: resolver situações-problema envolvendo contagens, medidas e alguns significados da adição e da subtração; construir procedimentos pessoais para efetuar cálculos exatos e aproximados e saber explicá-los; compreender e exercitar alguns procedimentos de cálculo mental envolvendo adição e subtração. • Medidas: medir e fazer estimativas sobre medidas, utilizando unidades de medidas usuais e padronizadas; identificar valores de cédulas, moedas, estabelecer relações entre valores de cédulas e moedas e ler notações convencionais do sistema monetário brasileiro. • Geometria: interpretar e construir representações espaciais, trajetos e itinerários simples, utilizando elementos de referência e estabelecendo relações entre eles; nomear alguns sólidos geométricos e algumas figuras planas; estabelecer diferenças e semelhanças entre alguns sólidos e algumas figuras planas. • Leitura e interpretação de informações numéricas: coletar, organizar e interpretar dados sobre fatos do cotidiano apresentados em listas, em tabelas de dupla entrada, em gráficos de barra e de setor.

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5. Orientações pedagógicas e comentários Capítulo 1

Primeiras palavras

Matemática

Língua Portuguesa

Aprendizagens Eixos de aprendizagem

Capacidades

Leitura

Perceber-se como sujeito capaz de ler ainda sem saber ler convencionalmente. Ler textos multimodais, buscando perceber seus significados pelas imagens, pela linguagem verbal e pelas situações em que são usados.

Oralidade

Apresentar-se para a classe. Discutir assistematicamente questões propostas para o grupo. Discutir os valores afetivo e pejorativo dos nomes e apelidos.

Apropriação do SEA

Estabelecer distinções entre letras e outros sistemas de representação. Familiarização e (re)conhecimento das letras do alfabeto (em seu conjunto, em ordem sequencial, em palavras) e da ordem alfabética. Ler o alfabeto, reconhecendo a semelhança entre esse gênero e outros conjuntos de letras presentes em outros suportes (teclado de celular e de caixa eletrônico de banco). Identificar consoantes e vogais. Identificar letras em diversas posições na palavra. Ler palavras estáveis (o próprio nome e nomes e apelidos de pessoas famosas). Construir palavras estáveis. Identificar os espaços em branco como estratégia para separar as palavras em textos/frases. Identificar e isolar palavras em nomes próprios. Identificar a presença de palavras dentro de outras. Montar o próprio nome com ajuda do alfabeto móvel. Escrever o próprio nome e outras palavras estáveis. Reconhecer a direção de leitura na nossa língua (de cima para baixo e da esquerda para direita). Contar letras e palavras.

Conhecimentos linguístico-discursivos

Reconhecer a diversidade de linguagens usadas atualmente na comunicação humana (verbal e não verbal). Reconhecer a finalidade do gênero cartaz de propaganda. Identificar a função dos destaques gráficos – tamanho e tipo de fonte, negritos, inserção de tópicos – em cartazes de propaganda e em sumários. Reconhecer o propósito comunicativo do sumário em obra impressa. Reconhecer as diferentes funcionalidades das etiquetas de identificação pessoal, de acordo com contextos de uso diversificados. Refletir sobre a natureza das informações pessoais apresentadas nas etiquetas e em outros gêneros que solicitam esses dados, conforme os usos.

Produção de textos

Produzir etiquetas de identificação pessoal para livros e material escolar (para variadas finalidades, como bagagem, livros e material escolar, objetos de uso pessoal no ambiente de trabalho etc.).

Números

Reconhecer números em contextos cotidianos. Ler e escrever números “familiares”. Identificar, em situações práticas, diferentes funções do número: como ordenador, como quantificador e como código. Utilizar a contagem para quantificar elementos de uma coleção. Comparar e ordenar números até 30.

Gêneros e suportes*

Placas de sinalização Camisa de futebol Mostrador de relógio (digital ou analógico) Cartaz propagandístico de show Alfabeto Teclado de celular Teclado de caixa eletrônico Sumário Etiquetas de identificação Cupom de sorteio Bilhete Adivinha Discussão oral Apresentação entre colegas

Cartaz Problema Ficha com dados pessoais Visor de relógio Camisa de futebol Placa de trânsito

* Os gêneros destacados em negrito na última coluna foram tomados como objeto de ensino. 21

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Orientações para o desenvolvimento dos conteúdos Língua Portuguesa Apresentação oral do professor e dos alunos

A apresentação do professor e dos alunos é parte da rotina de todo início de ano letivo. Entretanto, nesse contexto, é fundamental que o professor aproveite o momento da apresentação para destacar quais tipos de informação usamos em uma breve apresentação oral para um grupo de pessoas, no qual nem todos se conhecem. A escolha de informações pertinentes à situação será conteúdo de uma atividade escrita. Igualmente importante é o modelo de apresentação oral do professor, usando a variedade padrão da língua (que não deve ser imposta aos alunos) e elencando as informações por ordem de relevância: nome, papel social no contexto (a sala de aula) e uma saudação de boas-vindas. Outras informações podem ser acrescentadas de acordo com os objetivos do professor ou com o interesse dos alunos. Por exemplo: profissão, cidade de origem, idade etc.

Matemática

Os contextos explorados neste capítulo são oportunos para que os alunos reconheçam números e identifiquem seus diferentes usos e para que o professor observe como eles leem e escrevem números “familiares”. Os números “familiares” estão relacionados a situações do dia a dia, por exemplo: identificar horas do dia; dias da semana; valor de cédulas e moedas; contar uma dúzia; ler e escrever datas, idades. Para lidar com esses números, de modo geral, recorre-se à contagem. O uso recorrente dos números “familiares” permite a memorização de certos resultados e as primeiras constatações de regularidades presentes na sequência numérica oral e escrita, como se conta de um em um; depois de um número terminado em 9 segue um número terminado em zero. Sobre os diferentes usos que se faz dos números, como indicador de quantidade (aspecto cardinal), indicador de posição (aspecto ordinal) e como código, tais distinções não precisam ser apresentadas formalmente aos alunos, mas elas poderão ser identificadas nas situações de uso social para as quais o professor vai chamar a atenção destacando a função do número em cada uma delas. O objetivo das atividades propostas é favorecer a construção e a ampliação do significado do número natural e promover o desenvolvimento do sentido numérico. Ao trabalhar com números é importante estimular os alunos a pensar sobre números e quantidades em situações significativas, a partir da exploração e manipulação de objetos (fichas de contagem, cédulas e moedas).

Sugestões de atividades complementares Português Crachá no início das aulas

Nesse início dos trabalhos, a maioria dos alunos ainda está se conhecendo. Se achar válido, sugira que eles façam crachás de identificação para usar nas primeiras aulas. Os crachás vão ajudar a memorizar o nome dos colegas. Aproveite para discutir que informações pessoais devem estar nesses crachás da sala. Espera-se que eles concluam que apenas o nome, acompanhado ou não do sobrenome, ou o apelido são suficientes, já que o objetivo é, pela leitura dos crachás, lembrar o nome do colega, até que não seja mais necessário usá-los.

Bingo de letras do alfabeto

Para impulsionar a memorização dos nomes das letras, realize bingos de letras.

Bingo de nomes dos alunos

Para ajudar os alunos a memorizar e a reconhecer seu próprio nome e o dos colegas, promova também uma atividade de bingo. Use folhas de sulfite, nesse caso, dividindo-as em duas cartelas cada. Desenhe os quadrinhos e distribua os nomes aleatoriamente nos quadrinhos, variando a cada cartela.

Bingo de nomes, apelidos e fotos de pessoas famosas

Atividade semelhante pode ser realizada com nomes e apelidos de pessoas famosas. Use fotos dos famosos para fazer a “chamada” dos nomes. Algumas possibilidades são Ayrton Senna/Senna; Ronaldo/ Ronaldo Fenômeno; Ronaldo/ Ronaldinho Gaúcho; Neymar/ Neymar Jr.

Sumários

Para o trabalho com sumários, selecione alguns livros e revistas que apresentem sumários em diagramação diferente do sumário analisado no Capítulo 1 e proponha a observação e a análise pelo aluno, comparando-o ao sumário da unidade. Reproduza um item do sumário na lousa e proponha que os alunos localizem aquela escrita no sumário analisado. Revistas para jovens costumam ter sumários que fogem dos convencionais. Será interessante propiciar estas experiências aos alunos.

Matemática Números familiares

Antes de iniciar o estudo do primeiro capítulo, disponibilize para o grupo portadores numéricos como calendários, reproduções de cédulas e moedas, fita métrica, envelopes com endereços, agenda de telefone, relógios etc. Proponha aos alunos que formem grupos para discutir as seguintes questões: Onde costumamos ver números? Em que situações usamos números? Quais números sabemos ler e escrever? Discutas as respostas. Faça um cartaz com listas das situações indicadas, como valores de cédulas e moedas, idade de pessoas, datas importantes, número de pessoas da família, números que aparecem em endereços, anún-

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cios etc. Solicite aos alunos que leiam os números. Destaque que o número do telefone, por exemplo (72 34 56 89 – sete dois, três quatro, cinco seis, oito nove), é lido de modo diferente do número da casa (127 – cento e vinte e sete) ou do número de pessoas da turma (25 – vinte e cinco). Também é importante observar se os alunos têm hipóteses sobre as grandezas numéricas com base na identificação da quantidade de algarismos e da posição ocupada por eles na escrita numérica. Mesmo que não consigam identificar ou não saibam ler determinados números, os alunos poderão afirmar, por exemplo, que 124 é maior do que 93 porque o primeiro é escrito com três algarismos (símbolos) e o segundo, com dois; ou ainda que 745 é maior do que 545 porque, embora os dois números sejam escritos com três algarismos, o 7 é maior do que o 5. É importante discutir essas ideias, explicá-las e fazer com que os alunos verifiquem se elas são observadas em outras situações. Situações envolvendo estimativas também são oportunas, como estimar o número de pessoas que estão em uma fila no pátio da escola; o número de palitos dentro de uma caixa ou o número de páginas de um caderno. Peça aos alunos que comparem as respostas e depois façam a contagem coletiva para verificar se as estimativas foram adequadas. As estimativas são expressas pelas relações: “tem mais que ...”, “tem menos que ...”, “ tem entre ... e ... ”. Depois, solicite que contem elementos de uma coleção de 1 em 1, de 2 em, 2, de 5 em 5, a partir de qualquer número.

Números de 1 a 30

Providencie um conjunto de cartões com números de 1 a 30 (alguns deles repetidos) para grupos de cinco alunos. Solicite que leiam os números e os coloquem em ordem do menor para o maior. Observe como os alunos fazem para localizar os números repeti-

dos. Destaque que, na construção da sequência numérica, não se pode “quebrar” as relações: “é menor que”, “é maior que”, “tem um a mais que”, “tem um a menos que”. É importante que os alunos percebam que cada número tem um determinado lugar na sequência e que os números repetidos devem ficar juntos num mesmo lugar. Observe se todos associam os elementos da contagem oral com as quantidades correspondentes e as respectivas escritas numéricas.

Os algarismos

Ao explorar diferentes situações de contagem pode-se apresentar os algarismos do sistema de numeração indo-arábico como símbolos usados para escrever os números. Apresente os algarismos e proponha aos alunos que escrevam números formados por um, dois ou três algarismos. Observe se eles sabem ler esses números e conseguem compará-los e ordená-los. Os algarismos Assim como as letras são símbolos usados para escrever as palavras, também existem símbolos para escrever números. Esses símbolos são os algarismos: 0, 1, 2 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9. Com eles pode-se escrever qualquer número. Por exemplo: 40 é um número escrito como dois algarismos, assim como 8 é escrito com um algarismo e o 100 é escrito com três algarismos.

Para saber mais

Informações sobre os algarismos indo-arábicos e livros clássicos que abordam o assunto: BOYER, C. B. História da Matemática. Tradução da 3. ed. americana. São Paulo: Blucher, 2012. IFRAH, G. Os números: a história de uma grande invenção. 11. ed. Globo: São Paulo, 2005.

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Capítulo 2

Você já tem cadastro? Aprendizagens Capacidades

Leitura

Ler textos multimodais, buscando perceber seus significados pelas imagens, pela linguagem verbal e pelas situações em que são usados. Ler cadastro (impresso e em site), reconhecendo informações recorrentes nesse gênero. Comparar diferentes modelos de cadastro, de acordo com layout, dados solicitados, forma de preenchimento. Ler notícia, identificando dados do título e informações principais do fato relatado. Reconhecer o gênero notícia por marcas gráficas (título, subtítulo, corpo do texto) e organização textual (título curto, texto não muito longo). Ler palavras estáveis (o próprio nome e nomes e apelidos de pessoas famosas).

Oralidade

Socializar trava-línguas com os colegas. Discutir o funcionamento social dos gêneros cadastro e notícia. Escuta compreensiva de notícia lida pelo professor.

Apropriação do SEA

(Re)Conhecer os alfabetos maiúsculo e minúsculo, em letra bastão e cursiva; nomear letras em palavras. Distinguir vogais e consoantes. Associar palavra escrita em letra bastão e em letra cursiva. Reconhecer as iniciais maiúsculas dos nomes próprios, em letra bastão e cursiva. Escrever o próprio nome em letra cursiva (palavra estável). Identificar a sílaba como unidade sonora. Familiarizar-se com as vogais como constituintes de todas as sílabas na língua portuguesa. Contar letras e sílabas em palavras. Identificar letras em diversas posições na palavra (L); ditar e registrar nomes próprios iniciados por certas letras. Formar palavras completando lacunas com letras. Comparar palavras que diferem quanto à letra inicial. Identificar sílaba em diversas posições na palavra (CA). Associar imagem ao nome correspondente de animal para superar hipóteses de realismo nominal. Reconhecer a letra L com som de U em final de sílaba.

Conhecimentos linguístico-discursivos

Refletir sobre modos de preencher cadastros – a mão e digitando – e suas relações com transformações tecnológicas e contextos sociais de uso do gênero. Identificar os tipos de informação mais solicitadas em cadastros, de acordo com a situação em que são feitos. Reconhecer o gênero notícia por marcas gráficas (título, subtítulo, corpo do texto) e organização textual. Reconhecer e identificar marcadores temporais e suas funções no texto.

Produção de textos

Preencher ficha cadastral de videolocadora.

Números

Ler e escrever números familiares. Comparar e ordenar números familiares. Utilizar a contagem para quantificar elementos de uma coleção.

Medidas

Identificar cédulas e moedas do real. Efetuar trocas entre cédulas e moedas em função de seus valores. Identificar unidades de tempo, dia, semana, mês, ano, semestre. Estabelecer relações entre: dia e semana, dia e mês, dia e ano, mês e ano. Ler e construir calendários.

Tratamento da informação

Interpretar e construir tabelas de dupla entrada. Interpretar e construir gráficos de barras.

Matemática

Língua Portuguesa

Eixos de aprendizagem

Gêneros e suportes*

Cadastro Página de internet Texto expositivo Notícia (internet) Adivinha Trava-língua Discussão oral

Cédulas Moedas

* Os gêneros destacados em negrito na última coluna foram tomados como objeto de ensino. 25

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Orientações para o desenvolvimento dos conteúdos

documentos diferentes (por exemplo, o nome completo ou a data de nascimento).

Língua Portuguesa

Preenchendo cupom de promoção

Para melhor resultado com a apropriação do gênero cadastro, leve outros exemplares de cadastro para a sala de aula, promovendo a leitura e a comparação entre eles. Amplie o debate sobre as situações em que precisamos preenchê-los e os eventuais abusos nessas solicitações. Se possível, promova a leitura de cadastros relativos a serviços disponibilizados na internet (compras on-line, acesso a páginas restritas, recebimento de notícias por e-mail etc.). Saliente que alguns dados são imprescindíveis para se passar às demais etapas e, geralmente, estão marcados em cor de destaque ou com asterisco (*).

Matemática

As atividades propostas neste capítulo visam dar continuidade à exploração de números “familiares” e seus usos em situações cotidianas. É a partir dessas situações que os alunos constroem hipóteses sobre os significados dos números e sobre as escritas numéricas, de forma semelhante ao que fazem em relação á língua escrita. Por isso, é importante que as experiências com as escritas numéricas partam das intuições dos alunos sobre números e não de exercícios mecânicos de contagem e escrita. As escritas numéricas podem ser apresentadas inicialmente sem que seja necessário compreendê-las e analisá-las pela explicitação de sua decomposição em ordens e classes (unidades, dezenas, centenas). Ou seja, as características do sistema de numeração que utilizamos podem ser percebidas pelos alunos inicialmente pela análise das escritas e dos procedimentos de cálculo mental que utilizam para resolver problemas. Neste capítulo, a atividade de preenchimento de um cadastro é uma oportunidade para conversar com os alunos sobre duração e marcação do tempo (meses do ano, dias da semana, semestre), por meio de situações que os levem a refletir, a buscar informações e a fazer registros. No decorrer do capítulo, explora-se ainda o uso do dinheiro em situações que permitam aos alunos estabelecer relações entre os valores de cédulas e moedas, a construção de um gráfico de barras e a leitura de tabelas de dupla entrada.

Sugestões de atividades complementares Língua Portuguesa Localizando informações em documentos

Peça que os alunos tragam para a sala documentos pessoais, tais como RG, certidão de nascimento ou de casamento, título de eleitor, CPF, contas de água, de luz etc. Cada documento traz informações diversas, verbais e numéricas, que podem ser necessárias em diferentes situações, dependendo do tipo de cadastro a ser feito. Faça uma “caça” a um tipo de informação em dois

Solicite que os alunos pesquisem em estabelecimentos comerciais (lojas, mercados, locadoras etc.) um cupom de promoção, que precise ser preenchido. Na maioria dos casos, os cupons são preenchidos a mão, pelo próprio consumidor, daí a necessidade de se usar uma letra legível. Converse com os alunos sobre as regras envolvidas numa promoção como essa – geralmente, há uma pergunta simples que precisa ser respondida – e depois sobre os dados pessoais. Faça com eles uma comparação dos tipos de informação solicitadas nos vários cupons, do espaço para escrevê-las (geralmente é pequeno, o que exige estratégias de distribuição das palavras no papel, como calcular o espaço que resta na linha/ quadro e o que ainda há para ser escrito). Treine com eles o preenchimento dos cupons. Se achar conveniente, reproduza os cupons em cópias xerox ampliadas para que os alunos possam fazer a atividade com maior facilidade. Vale aqui também uma discussão sobre o uso da letra cursiva (se as regras da promoção permitirem) e a legibilidade do que será escrito.

Analisando uma letra de canção

Acesse um site de letras de canção e copie a letra da canção “Sete Marias” de autoria de Sá e Guarabira, reproduzindoa na lousa ou em cartaz. Explore os nomes próprios presentes na canção ajudando os alunos a observar a escrita com inicial maiúscula. Explore oralmente a palavra “Maria”, observando a permanência da ordem das letras a cada vez que ela se repete na letra da canção. Escreva-a no quadro e solicite que o aluno a encontre outras vezes na letra da canção transcrita no quadro. Escreva no quadro alguns nomes compostos que iniciam com “Maria” e observe com os alunos que alguns são formados por três palavras, como “Maria de Lourdes” , e outros são formados por duas palavras, como “Maria Aparecida”. Explore os sons iniciais do segundo nome da cada Maria e solicite que os alunos os encontrem nas palavras.

Matemática Data do nascimento e aniversário

A data de nascimento é uma informação sempre solicitada no preenchimento de cadastros. Pergunte aos alunos em que documentos está registrada a data de nascimento e qual a relação dessa data com a data do aniversário. Discuta as opiniões da classe. É importante que eles percebam que é a partir da data de nascimento que contamos os anos de vida. A cada aniversário, acrescentamos um ano a mais em nossa idade. Com os alunos, organize uma lista, em ordem alfabética, com os nomes e datas de nascimento de todas as pessoas da turma. A partir das informações dessa lista, eles irão identificar as idades das pessoas. O professor pode ajudá-los fazendo uma

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linha do tempo com a sequência de anos a partir da data de nascimento do mais velho da turma. Explore as relações “é mais velho que”, “nasceu antes de”, “é mais novo que”, “nasceu depois de”.

Calendário

Providencie, para cada aluno, uma tira de papel quadriculado com 7 quadradinhos de largura e vários quadradinhos de comprimento (10, por exemplo). Cada quadradinho corresponderá a um dia da semana. Faça com que identifiquem o primeiro dia da semana e os demais. Explique que, no primeiro quadradinho, irão escrever domingo, no seguinte, segunda-feira e assim sucessivamente. Peça que marquem no quadriculado a data em curso, por exemplo, dia 22 de abril. Essa informação ficará registrada dessa forma no quadriculado:

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Essa forma de organizar o calendário é interessante, porque evidencia para os alunos que o ano é uma sucessão de meses e dias sem interrupção. Certifique-se de que eles compreenderam essa organização do calendário e se utilizam dela para resolver situações-problema como: • Em um mês, encerram-se as aulas. Quando será o último dia de aula e em que dia da semana cairá? • Faz exatamente três semanas que uma pessoa viajou para o Nordeste. Em que data ela partiu?

Rotinas

A partir dessa indicação, os alunos poderão continuar registrando todos os dias do mês em curso (no exemplo, todos os dias de abril) e saber, sem consultar o calendário oficial, que, por exemplo, o dia 29 de abril desse ano cairá numa terça-feira, que o último dia de abril será numa quarta-feira, que o feriado de 1o de maio cairá numa sexta feira. Solicite que identifiquem os dias da semana referentes a diferentes datas até o final do semestre ou do ano. Para tanto, poderão continuar construindo o calendário no quadriculado, emendando novas tiras de papel e pintando os intervalos dos meses com cores diferentes. Solicite também que construam o calendário correspondente ao período do ano já transcorrido, chegando assim ao primeiro dia do ano em curso.

Para fazer esta atividade, usar o calendário oficial ou o calendário construído pelos alunos. Escreva as perguntas na lousa e peça aos alunos que as respondam no caderno. Neste mês: Quantos dias irei à escola? Quantos dias irei ao trabalho? Em que dia vou receber meu pagamento? Quantos dias terei de descanso? Em que dias pagarei minhas contas? Discuta as respostas destacando que é comum organizarmos nossa vida diária seguindo algumas rotinas. Converse com os alunos sobre as atividades que desenvolvem durante a semana e peça que as registrem. Reproduza a tabela na lousa e os ajude a encontrar as informações necessárias para completá-la. Ensineos a ler a tabela mostrando a posição de linhas e colunas. Peça que escrevam, na primeira coluna da tabela, atividades rotineiras desenvolvidas durante a semana na escola, no trabalho ou ainda as atividades domésticas e que marquem um X no local de cruzamento do dia da semana com a atividade desenvolvida.

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1a coluna 1a linha

Domingo

Segunda-feira

Terça-feira

–Quarta-feira

Quinta-feira

Sexta-feira

Sábado

Trabalho Conferir estoque

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Escola Entregar trabalho

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Atividades domésticas Fazer faxina

Quando a tabela estiver pronta, solicite que analisem as informações e respondam: Em que dia(s) da semana acumulam-se

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mais atividades? Quais são os dias da semana em que realizam atividades domésticas?

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Capítulo 3

Diz o dito popular...

Aprendizagens Capacidades

Leitura

Identificar ditos populares entre frases. Completar provérbios conhecidos; associar duas partes de um mesmo provérbio. Responder à adivinha, selecionando resposta. Ler título para acionar conhecimentos prévios e levantar hipóteses sobre o texto. Identificar tema geral da fábula. Selecionar moral adequada à fábula. Relacionar textos e inferir informações (fábula e texto expositivo). Comparar títulos e indicar os que poderiam nomear fábulas.

Oralidade

Discutir situações em que os saberes populares são socializados e em que gêneros. Discutir situações a que provérbios se referem. Realizar debate sobre a validade de ditos populares atualmente: elaborar argumento, planejar a exposição de argumento e registrá-la; autoavaliar a eficácia dos argumentos. Completar provérbios conhecidos. Escutar compreensivamente a leitura de fábula feita pelo professor. Discutir assistematicamente o controle de gastos pessoais. Selecionar moral alternativa para fábula (paráfrase).

Apropriação do SEA

Identificar a sílaba como unidade sonora. Contar sílabas e letras em palavras. Comparar palavras que diferem quanto à letra inicial (D/T/F/V/P/B). Identificar letras em diversas posições na palavra (D). Comparar o som do R inicial (R “forte”) ao som do R entre vogais (R “fraco”); sistematizar conclusões a respeito completando texto com lacunas. Reconhecer som “forte” do RR em palavras. Classificar palavras de acordo com som de R (“forte” e “fraco”) Escrita de título de fábula com alfabeto móvel. Escrita de moral da fábula, em letra bastão ou cursiva. Reconhecer título de fábula escrito em letra cursiva. Registrar quantidade de personagens de uma fábula por extenso e em algarismos.

Conhecimentos linguístico-discursivos

Conhecer a função dos provérbios na moral das fábulas. Identificar marcadores temporais em trechos de gêneros narrativos (notícia, adaptação de poema épico, biografia). Refletir sobre as variações no uso dessas expressões temporais em cada gênero. Refletir sobre a indeterminação do espaço nas fábulas. Compreender a noção de personagens, identificar personagens em fábulas. Compreender a função de personagens nas fábulas.

Produção de textos

Realizar debate sobre a validade de ditos populares atualmente: elaborar argumento, planejar a exposição de argumento e registrá-la; autoavaliação da eficácia dos argumentos.

Língua Portuguesa

Eixos de a prendizagem

Gêneros e suportes*

Provérbio (dito popular) Texto expositivo Adivinha Fábula Debate Discussão oral

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Matemática

Números

Ler e escrever números até 50. Utilizar a contagem para quantificar elementos de uma coleção. Comparar e ordenar números até 50. Observar critérios que definem uma classificação de números (maior que, menor que, estar entre).

Medidas de tempo

Utilizar calendários. Identificar horas e minutos. Ler horas e minutos em relógios analógicos e digitais.

Sistema monetário

Identificar cédulas e moedas do real. Estabelecer relações entre valores de cédulas e moedas.

Dito popular Texto expositivo Tabela Desenho esquemático (árvore de rendimentos e gastos) Calendário Cédula Problema Gráfico de colunas Visor de relógio (analógico e digital)

* Os gêneros destacados em negrito na última coluna foram tomados como objeto de ensino.

Orientações para o desenvolvimento dos conteúdos Língua Portuguesa

No trabalho com os provérbios, mobilize o acervo da tradição oral que seus alunos possuem: provérbios que eles conhecem, que usam, que valorizam, que desdenham, com os quais concordam ou dos quais discordam. Essa é uma boa maneira de perceber o que pensam e como se posicionam. A discussão crítica das fábulas também pode ser uma boa oportunidade de pôr em debate atitudes humanas.

Matemática

Neste capítulo, serão estudados números até 50. Embora neste livro a exploração de números não ultrapasse 100, é importante observar que, em alguns textos, aparecem números maiores. Nesses casos, eles serão apresentados (como se escreve e como se lê) a título de informação, não sendo necessário analisá-los a partir das regras que justificam suas escritas e leituras uma vez que, neste momento, tais números não serão objeto específico de estudo. Também são propostas atividades para discutir rendimentos e despesas pessoais e orientações para organizar um orçamento doméstico. Explora-se ainda a relação entre horas e minutos, a marcação de horas e minutos em relógios analógicos e digitais e o registro de horários. Esses conteúdos são abordados a partir de situações-problema.

Sugestões de atividades complementares Língua Portuguesa

Aproveite para sugerir a elaboração de coletâneas de provérbios. Essa atividade pode envolver entrevistas com familiares e com pessoas da comunidade no intui-

to de coletar exemplares de provérbios que mais circulam. Os registros podem ser gravados (em celular, por exemplo) e, depois, transcritos em sala, com a ajuda do professor e de alguns alunos com maior autonomia na escrita. Os provérbios podem ser reunidos e socializados em suportes e gêneros variados, tais como livro, blog, mural. O resgate dos saberes populares tradicionais pode ser uma rica oportunidade de aproximar gerações – alunos mais jovens e mais velhos – e de verificar, na comunidade, quais são os discursos circulantes nesse gênero (temas como honestidade, solidariedade, perseverança, vingança, inveja etc.). Pode-se ainda editar um calendário, em que, a cada dia, semana ou mês, se tenha um provérbio. A construção desse calendário pode ser paulatina, sempre aproveitando-se o registro dos provérbios para reflexões sobre a escrita. A mesma proposta de constituir uma coletânea pode ser feita com as fábulas, inclusive, disponibilizando mais de uma versão para a mesma fábula. Rodas de leitura desse material podem ser promovidas na escola, assim como o reconto oral das fábulas pelos alunos. Nesses momentos, pode-se explorar a fluência nas narrativas orais, bem como estratégias de envolvimento dos ouvintes dessas narrativas, como expressão facial e corporal, aspectos prosódicos, como entonação, velocidade, ritmo, e volume de voz. Pode-se ampliar o trabalho com leitura partir da análise crítica de certos ditos populares com caráter preconceituoso ou sexista, por exemplo “Homem é que nem lata: uma chuta, a outra cata.” Debates podem ser gerados a partir dessas reflexões.

Escrita da palavra “quem”

Explore a escrita da palavra “quem”, observando as letras que aparecem e a ordem em que aparecem. Ajude o aluno a perceber a diferença entre “quem” e “que” e a memorizar essas

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palavras como formas fixas e muito comuns nos textos com os quais ele se depara. Gradativamente você pode ir mostrando que a letra Q está sempre acompanhada da letra U.

Pode-se tapar uma parte do quadro com uma folha de papel para que os alunos identifiquem os números que estão tapados.

Rimas em trovas

Apresente trovas, explore oralmente as rimas e aliterações, solicitando aos alunos que identifiquem os sons que se repetem. Reproduza a trova na lousa e grife palavras com o mesmo som. Explore a leitura dessas palavras com os alunos, destacando a parte em que os sons são semelhantes e que letras são usadas para grafá-los. Apresentamos um exemplo que envolve nomes de pessoa, apelido etc: Um dia, Maria Louca Disse alto e muito feliz: – Ainda bem que a boca Fica embaixo do nariz. (JOSÉ, Elias. Lua no brejo com novas trovas. Porto Alegre: Editora Projeto, 2007.)

Matemática

Reproduza o quadro de números de 0 a 50 na lousa ou em um cartaz. Os alunos poderão copiá-la no caderno. Explore a organização do quadro em linhas e colunas e pergunte que números aparecem em cada linha e o que há em comum entre os números dispostos nas linhas. Pergunte também quais números aparecem em cada coluna e o que há em comum entre esses números. Converse sobre a organização da sequência dos números no quadro, de tal forma que os alunos percebam que, para identificar o número que vem logo depois de um número terminado em 9, é preciso pular para a linha seguinte da primeira coluna do quadro.

Números

Oriente os alunos a escreverem, em tiras de papel, um número que consideram pequeno e um outro que consideram grande e pensarem em situações à eles associadas. Essa atividade é oportuna para o professor observar no grupo o desenvolvimento do sentido numérico. Peça a cada aluno que apresente seus números e os contextos nos quais são usados. Destaque a função dos números apresentados: indicador de quantidade, indicador de posição ou código. Em seguida, peça aos alunos que formem pares, comparem os números que escreveram e procurem ordená-los. Em seguida, organize no quadro negro uma tabela para classificar todos os números escritos e peça a cada aluno que vá ao quadro registrar seus números na tabela. Segue exemplo de tabela para classificar os números.

Números menores que 10

Números entre 10 e 30

Números de 31 a 99

Números maiores que 100

Oriente para que copiem a tabela no caderno.

Relógios

Comente com os alunos que acredita-se que o homem começou a medir o tempo há cerca de 5 000 anos. É provável que a observação de um bastão fincado na terra ou o tronco de árvore iluminados pelo sol, projetando suas sombras no solo, tenha sido uma das primeiras experiências que permitiu ao homem constatar que o movimento dessas sombras era o transcorrer do tempo e que essa pode ter sido a primeira forma de que o homem lançou mão para medir o tempo. Caso os alunos manifestem interesse por esse assunto, sugira que façam uma pesquisa sobre diferentes tipos de relógios (de sol, de água, de vela, de areia etc.) para apresentarem na classe.

Do mesmo modo, para identificar o número que vem antes de outro terminado em 0, é preciso voltar para a linha anterior da última coluna do quadro.

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Capítulo 4

O Brasil em coleções

Língua Portuguesa

Aprendizagens Eixos de aprendizagem

Capacidades

Leitura

Compreender preliminarmente noções de memória e cultura. Identificar costumes brasileiros em fotografias. Levantar hipóteses a partir da leitura de fotografias. Identificar informações em legendas, em texto de apresentação de exposição. Identificar informações principais em fôlderes. Levantar hipóteses sobre o tipo de exposição a partir da leitura da capa e contracapa do fôlder. Fazer inferência global a partir de título. Inferir dados a partir da leitura. Fazer apreciação estética/subjetiva de toada de boi. Levantar hipóteses sobre fotografia em acervo de coleção.

Oralidade

Discutir a função e a relevância dos acervos na memória de um povo. Levantar hipóteses sobre o modo de vida dos vaqueiros e seu vestuário, a partir da leitura de texto expositivo e de fotografias. Ouvir e apreciar uma toada de boi. Declamar texto rimado (à escolha do aluno).

Apropriação do SEA

Refletir sobre o valor sonoro de R no meio de sílaba e no final da sílaba. Refletir sobre combinação de letras em palavras (diferentes sequências para as mesmas letras). Compor e decompor palavras (palavras “dentro” de outras; sílabas compondo várias palavras). Compreender a regularidade contextual (uso de C/QU; CA, CO, CU e CE, CI); sistematizar conclusões a respeito. Refletir sobre o valor sonoro de N no final da sílaba. Escrever em cruzadinha os nomes das peças de vestuário dos vaqueiros. Identificar rimas em toada de boi. Associar palavras que rimam.

Matemática

Conhecimentos linguístico-discursivos

Refletir sobre a função das legendas de acervo em exposições. Refletir sobre a função das rimas na musicalidade de textos poéticos, bem como em sua memorização. Quan-

Gêneros e suportes*

Fotografia Legenda de foto/objeto de acervo Fôlder Verbete Texto de apresentação de exposição Texto expositivo Cruzadinha Toada de boi Declamação de texto rimado (à escolha do aluno)

do a tabela estiver pronta, solicite que analisem as informações.

Refletir sobre as razões para a inserção de textos em inglês em fôlderes de exposição.

Produção de textos

Exposição de objetos, envolvendo escolha do acervo (tema), critérios de organização (tratamento do acervo) e disposição física do acervo, além de textos relacionados ao evento (legendas). Legenda de foto/objeto de acervo.

Números

Ler e escrever números até 100. Comparar e ordenar números ate até 100.

Medidas

Comparar comprimentos com base na percepção e na estimativa; registrar e compreender o vocabulário pertinente. Realizar medições usando partes do corpo, como: palmo, polegada, jarda e passo. Identificar relações entre o metro e o centímetro. Fazer uso da fita métrica. Estabelecer relações entre unidades não convencionais de medidas de massa e de capacidade.

Localização no espaço

Descrever a localização de pessoas ou objetos no espaço com base em pontos de referência e indicações de posição com compreensão do vocabulário adequado: proximidade (longe, perto); orientação, (na frente, atrás, acima, abaixo); interioridade (dentro, fora, aberto, fechado), direcionalidade (em direção a, até, desde). Representar a localização de pessoas ou objetos no espaço com base em pontos de referência e indicações de posição.

Quadro numérico Texto expositivo Relato Cruzadinha Descrição de trajeto Mapa (quarteirões) Desenho esquemático de trajeto Receita

* Os gêneros destacados em negrito na última coluna foram tomados como objeto de ensino. 33

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Orientações para o desenvolvimento dos conteúdos Língua Portuguesa

O objetivo do capítulo é discutir o valor do patrimônio cultural de um povo, com a reflexão sobre os acervos e as coleções presentes em museus e centros culturais. Os alunos serão convidados a apreciar imagens de artefatos com trabalhos artísticos, expostas em fôlderes e livros. O trabalho com a leitura de legendas é enfatizado. Propõe-se uma atividade de elaboração de uma exposição de coleção que seja significativa do ponto de vista histórico-cultural a partir de itens pertencentes aos alunos, a seus familiares ou à comunidade. Para essa coleção, os alunos, com a ajuda do professor, irão elaborar legendas e um texto de apresentação. Convites e cartazes de divulgação podem ser opções de produção de texto extras, pertinentes à atividade proposta.

Matemática

Nas atividades do dia a dia, os alunos se deparam com diferentes situações em que é necessário quantificar grandezas como comprimento, massa, capacidade. Pela comparação dessas grandezas e com base nas experiências pessoais, eles podem perceber atributos de um objeto que pode ser medido e que as medidas quantificam as grandezas. Assim, eles desenvolvem procedimentos para mensurar usando medidas não padronizadas e padronizadas e instrumentos de medida. É importante que os alunos vivenciem diferentes situações que os levem a lidar com as medidas para que percebam que: • o processo de medição é o mesmo para alguns atributos mensuráveis, como comprimento, massa, capacidade: escolher uma unidade de medida adequada, comparar essa unidade com o objeto que se deseja medir e contar o número de unidades obtidas; • a escolha da unidade de medida é arbitrária, mas ela deve ser da mesma espécie do atributo que se deseja medir; • quanto menor o tamanho da unidade de medida, menor é o número de vezes que ela é usada para medir um objeto; • pode -se medir usando padrões não convencionais, mas os padrões convencionais são importantes para a comunicação. O estudo das medidas oferece oportunidades para a consolidação do conceito de número. Neste capítulo, explora-se o comprimento e também noções de medidas relacionadas às grandezas massa e capacidade. Ao realizarem experiências intuitivas e informais com medições, o aluno (jovem ou adulto) constrói conhecimentos que permitem, por exemplo, saber que um quilo equivale a um pacote pequeno de açúcar ou que dois litros correspondem a uma garrafa grande de refrigerante. Esses conhecimentos favorecem as estimativas, evitam erros e permitem o estabelecimento de relações entre algumas unidades usuais de

medidas, ainda que eles não tenham a compreensão plena dos sistemas convencionais de medidas. As situações informais que jovens e adultos, vivenciam no dia a dia envolvendo massa e capacidade, embora nem sempre possibilitem que essas pessoas construam uma sólida compreensão sobre essas noções ou que dominem os procedimentos de medida para quantificá-las, podem ajudar as pessoas a perceberem a grandeza (atributo que pode ser medido) como uma propriedade de um certo grupo de objetos. E isto pode favorecer a observação do aspecto da “conservação” de uma grandeza, isto é, o fato de que mesmo que o objeto mude de forma ou de posição algo permanecerá constante,sua massa, por exemplo. Por isso, é importante oferecer, no curso de alfabetização, várias situações para que os alunos lidem com as grandezas de comprimento, massa e capacidade e possam comparar estratégias pessoais e usar algumas unidades e instrumentos de medida convencionais. Também são propostas atividades para ampliar a construção do quadro numérico até o número 100, a partir de exercícios de leitura, escrita, comparação e ordenação de números e da identificação de regras que permitem a construção de sequências numéricas. São apresentadas expressões que indicam relações espaciais, usadas para descrever a posição e o percurso de objetos no espaço. Para que os alunos identifiquem a localização de objetos no espaço é fundamental que identifiquem pontos de referência e façam uso das noções de direção e sentido.

Sugestões de atividades complementares Língua Portuguesa Dominó de sílabas

Elabore em papel firme (por exemplo, cartolina) um dominó de sílabas. Privilegie as sílabas trabalhadas no capítulo. Cada peça do dominó tem duas sílabas, que, juntas, não formam palavras. Promova partidas entre duplas. Fôlder da exposição Estendendo a proposta do capítulo de exposição, pode-se investir na produção de um fôlder para a exposição. Ajude os alunos a se apropriar da função do gênero fôlder: forneça uma amostra do acervo exposto aos visitantes, com informações que lhes possibilite compreender o valor e a importância do acervo. As imagens com legendas são importantes porque dão informações básicas sobre o acervo. Para a elaboração do fôlder, os alunos podem usar câmeras fotográficas de celulares ou câmera digitais da escola. A criação do fôlder pode ser feita em computador, usando programas de editoração de textos. Alguns deles usam o termo “folheto”. Para redigir o texto de apresentação, retome com os alunos a leitura do fôlder analisado no capítulo e outros que você tenha explorado em classe, observando as informações que ele apre-

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senta, a linguagem que utiliza, o tamanho do texto etc. Promova um planejamento do que será tratado no texto e da ordem em que cada tópico aparecerá. É importante que você, professor, seja o escriba da turma e que registre na lousa inicialmente o texto original dos alunos para depois fazer uma análise da clareza, da relevância das informações e da suficiência delas para os objetivos do texto. Somente então faça os ajustes necessários sempre negociando com a turma. Durante a produção coletiva, no momento que julgar mais adequado, aproveite para refletir sobre a escrita de palavras junto com os alunos.

R em diferentes posições da sílaba

Explore a identificação das rimas na trova a seguir, observando os sons semelhantes e a grafia destes sons. Explore a letra R em diferentes posições na sílaba: final e entre consoante e vogal, observando as diferenças na pronúncia. Compare as sílabas com R intermediário e sem R intermediário, ajudando o aluno a perceber a diferença. – O que posso lhe trazer Quando vier de Salvador? – Me traga alegria, prazer, Dez acarajés e seu amor. (JOSÉ, Elias. Lua no brejo com novas trovas. Porto Alegre, Editora Projeto: 2007

Matemática O metro e a fita métrica

Explore com o grupo uma fita métrica ou oriente-os a construírem uma fita usando tiras de papel. Pergunte em quais situações se usa esse instrumento de medida. Informe que uma fita métrica comumente usada tem um metro de meio de comprimento ou 150 centímetros. Ofereça um padrão, como um pedaço de barbante que meça exatamente um metro e meio para que os alunos cortem suas fitas e ajude-os a marcar os números 0 e 150 em cada uma delas. Solicite que observem os números que aparecem na fita mostrando a divisão em centímetros. Ofereça uma tira de papel dividida em dez centímetros para cada um fazer as marcações dos centímetros em toda a sua fita. Destaque as relações que existem entre o centímetro e o metro de modo que os alunos percebam que 1 metro é igual a 100 centímetros, meio metro é igual a 50 centímetros e 1 metro e meio é igual a 150 centímetros. Pergunte o que costumamos medir em metro e em centímetro e em que outros instrumentos essas unidades de medida aparecem. É provável que eles se lembrem de trenas, metros de carpinteiro, réguas. Informe que, para medir usando fita métrica, régua, trena, inicia-se sempre do zero. Proponha aos alunos que usem a fita métrica para medirem a altura uns dos outros e façam o registro dessas medidas.

Antes de efetuarem as medidas, solicite que façam estimativas das alturas e, depois, usando a fita métrica, verifiquem se estas foram adequadas. Peça que comparem os registros das medidas e tentem ordenar as alturas. Ao produzir o registro das medidas não é necessário, nesse momento, utilizar números com vírgula (números decimais). Por exemplo, a medida “um metro e sessenta e dois centímetros” pode ser registrada como 1 metro e 62 centímetros (1 m 62 cm) ou 162 centímetros (162 cm). Apresente para o grupo as formas abreviadas das unidades de medida metro (m) e centímetro (cm). Pode-se fazer a mesma atividade medindo pequenas distâncias. Também é oportuno propor aos alunos que comparem a régua com a fita métrica. Comente que na régua aparece mais uma unidade de medida: o milímetro (mm), utilizada para medir espessuras de papel, fios, lâminas de metal e de madeira, tapetes.

Localização no espaço

Ao iniciar o estudo das relações espaciais, é importante explorar com os alunos as noções de distância, direção e sentido e as expressões que indicam localização. Para tanto, proponha atividades para que eles indiquem sua posição em um ambiente familiar, estabelecendo pontos de referência, descrevam oralmente, representem por meio de desenhos e interpretem algumas representações (mapa de um lugar ou de um percurso). Eis exemplos de situações: • O aluno explica onde é o lugar em que senta na sala de aula e depois faz um desenho. Trocam-se os desenhos entre eles para serem interpretados. • Localizar alunos em uma sala de aula arrumada em filas e colunas (assentos em cinemas ou em arquibancadas). Observar se eles indicam pontos de referência e se usam adequadamente as expressões de localização. • Desenhar a planta da sala com a localização do mobiliário, portas e janelas. Descrever a localização de objetos presentes na sala determinando pontos de referência e usando a terminologia adequada. • Indicar para um novo aluno como se faz para ir ao banheiro, à quadra ou à cantina. Orientá-lo, relatando oralmente e fazendo o desenho do percurso. • Oferecer um mapa (de um lugar conhecido) já iniciado (com alguns pontos de referência demarcados) para os alunos completarem. Analisar os desenhos e as indicações de pontos de referência (se elas são ou não suficientes para indicar a localização) e a adequação terminologia utilizada. • Fazer um passeio por um lugar familiar. Anotar o caminho percorrido, indicar pontos de referência, descrever oralmente o caminho, representar numa folha de papel o percurso indicando pontos de referência e o sentido percorrido. Trocar as produções entre os alunos para serem analisadas e interpretadas. Ao fazerem o desenho do percurso é importante que os estudantes representem a dire35

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ção e o sentido percorrido e indiquem pontos de referência. Ao fazer a leitura do percurso é importante observar o ponto de partida e o ponto de chegada, os elementos que indicam pontos de referência (edifícios, praças, árvores, ruas, pontos de ônibus etc.) e o uso adequado da terminologia referente à localização (antes, depois, entre etc.) • Elaborar um texto descrevendo um percurso imaginário. Os alunos leem e representam como seria o caminho de ida e de volta. Pode-se usar papel quadriculado. Ao analisar as produções dos alunos, observar se os principais pontos de referência foram identificados, se há indicações da direção seguida e do sentido e a terminologia utilizada. Nessas situações, é necessário usar mapas e plantas: • Para comunicar informações sobre um espaço desconhecido para uma pessoa que nele vai se deslocar ou para encontrar um lugar preciso. Exemplos: localizar uma rua, uma praça, uma sala num edifício etc. Implica ser capaz de construir uma representação global, ligando visões

parciais e sucessivas desse espaço. • Para comunicar uma localidade ou determinar uma localização precisa em que uma ação vai ser realizada. Exemplos: construir uma casa, uma estrada, montar uma barraca etc. Nesses casos, as informações devem ser muito precisas. As capacidades relacionadas à localização no espaço não são adquiridas espontaneamente. De modo geral, as pessoas têm dificuldade em lidar com essas capacidades nas situações cotidianas. Por isso, um curso inicial para jovens e adultos precisa propiciar atividades que os torne capazes de construir planos (verbalmente e desenhando), determinar localizações e deslocamentos em espaços conhecidos, assim como de interpretar representações desses espaços utilizando terminologia apropriada. A localização depende da determinação de pontos de referência, e o número de pontos depende da situação dada.

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Capítulo 5

Versos para contar, versos para cantar...

Aprendizagens Eixos de aprendizagem

Leitura

Língua Portuguesa

Oralidade

Apropriação do SEA

Conhecimentos linguísticodiscursivos

Produção de textos

Matemática

Números

Operações

Espaço e forma

Capacidades

Gêneros e suportes*

Inferir tema tratado em trova. Reconhecer as rimas como característica de trovas e quadrinhas. Inferir efeitos de sentido do uso de neologismo em poema. Reorganizar versos de quadrinha; ler quadrinhas. Inferir informações em pajada. Inferir tema de texto a partir do título. Descrever experiências com textos em versos. Mobilizar conhecimentos sobre gêneros rimados. Identificar e contar versos e estrofes em trova, quadrinha, pajada e letra de canção. Identificar partes que rimam em palavras; identificar versos que rimam. Comparar partes que rimam, reconhecendo a identidade de som, apesar de eventuais divergências de escrita. Sistematizar conhecimentos sobre rimas. Refletir sobre os sons de SS e Ç. Refletir sobre sons de U e de L em final de sílaba; sistematizar conhecimentos a respeito. Identificar e ler os encontros consonantais com L; observar alterações de sentido provocadas pela inserção do L em posição medial de sílaba. Indicar palavras que rimam com palavras apontadas. Ler palavras iniciadas por H, reconhecer a ausência de valor sonoro do H em início de palavra, sistematizar conhecimentos a respeito. Ler palavras com dígrafos CH, LH e NH; perceber o valor sonoro do conjunto de letras (letra + H) e registrá-las no caderno. Inserir H em palavras e comparar a mudança de som e de sentido. Comparar som de CH e de X em palavras. Ler palavras com X assumindo diferentes sons; reconhecê-los. Refletir sobre o valor semântico do diminutivo (tamanho, afetividade). Comparar diferentes variações para indicação de diminutivo. Relacionar a variedade usada e a representação de registros de fala (formal, informal) em trova. Reconhecer a organização gráfica e a distribuição no papel de textos em versos, especialmente as quadrinhas, as trovas e a pajada. Comparar registros de linguagem em textos diferentes. Registrar quadrinhas no caderno. Apresentação em sarau (seleção de textos, ensaios, organização do espaço, performance). Identificar quantidades pela contagem. Contar números em intervalos regulares, por exemplo, de 6 em 6, de 10 em 10 Desenvolver o sentido numérico. Escrever números com palavras. Construir os fatos fundamentais da adição. Resolver situações-problema com adição e subtração em contextos variados envolvendo as ideias de combinação (juntar e separar) e de transformação (acrescentar e retirar). Reconhecer a forma de alguns sólidos geométricos: cubo, paralelepípedo, pirâmide, cone, esfera, cilindro, em objetos do entorno e elementos da natureza. Identificar algumas semelhanças e diferenças entre pares de sólidos geométricos como ter vértices, ter superfícies planas ou arredondadas, rolar ou não rolar. Identificar sólidos geométricos redondos e não redondos.

Quadrinha Cantiga de roda Verbete Trova Nota biográfica Texto expositivo Pajada

Poema Letra de canção Curiosidade científica (fragmento)

* Os gêneros destacados em negrito na última coluna foram tomados como objeto de ensino. 37

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Orientações para o desenvolvimento dos conteúdos Língua Portuguesa

Neste capítulo, para melhor trabalhar com trovas, quadrinhas e poemas, crie momentos de socialização oral de textos, de modo que os alunos possam ser protagonistas, uma vez que alguns desses textos já são parte do acervo pessoal deles. A internet disponibiliza muitos arquivos em áudio e vídeo que valem a pena ser apresentados aos alunos.

Matemática

Neste capítulo, introduz-se o estudo dos fatos fundamentais da adição, também conhecidos por tabuada. O domínio desses fatos favorece a construção de repertório básico de cálculos que possibilita o desenvolvimento do cálculo mental. Certamente, a aprendizagem de um repertório básico de cálculos não acontece pela simples memorização de resultados e, sim, pela construção, análise e organização desses fatos. Tendo em vista a familiaridade que jovens e adultos, mesmo não escolarizados, têm com números até 10 é provável que muitos deles já tenham construído intuitivamente conhecimentos que serão explorados nestas atividades, como a percepção da comutatividade na adição: 5 + 3 = 3 + 5 = 8 e o papel que o zero desempenha na adição (elemento neutro) 5 + 0 = 0 + 5 = 5. Ao construírem e organizarem os fatos fundamentais, os alunos comumente utilizam procedimentos como: • adicionar pares de números iguais (geralmente, memorizados com facilidade) como 6 + 6 para calcular 5 + 6; • “dobrar e adicionar um” para obter, por exemplo, o resultado de 5 + 6 como sendo: • 5 + 5 + 1; • adicionar 10 e subtrair 1 para somar 9; por exemplo 7 + 9 pode ser pensado como: • 7 + 10 = 17 e 17 – 1 = 16; • usar resultados de somas, por exemplo: 2 + 2 = 4 ou 3 + 5 = 8, para fazer cálculos com números maiores 20 + 20 = 40 e 30 + 50 = 80; • usar regras ou padrões, como: 7 + 2 = 9 , 17 + 2 = 19, 27 + 2 = 29. A construção de um repertório básico de cálculos permite ao professor identificar estratégias utilizadas pelos alunos. É importante fazer com que eles expliquem essas estratégias oralmente e que analisem e comparem estratégias diversas. Já a organização desse repertório acontece por meio da exploração de escritas numéricas e apoia-se na contagem. No decorrer do capítulo, são apresentadas várias situações-problema envolvendo os significados de composição (juntar e separar) e de transformação (acrescentar e tirar), associados à

adição e à subtração. Explora-se ainda a identificação de formas geométricas tridimensionais (cubo, paralelepípedo, pirâmide, esfera, cilindro e cone) por meio da observação e manipulação de objetos presentes no entorno.

Sugestões de atividades complementares Língua Portuguesa Produção de CD ou DVD com trovas e quadrinhas

Organize com os alunos a montagem de um CD ou DVD com trovas e quadrinhas, que pode ser disponibilizado para crianças da família dos alunos, da própria escola ou da comunidade. No caso de um DVD, o material pode conter depoimentos dos alunos sobre como aprenderam as trovas e quadrinhas, quem lhes ensinou, como cantavam/declamavam. A troca de repertório e de experiências com textos da tradição oral entre gerações distintas pode ser uma rica oportunidade para integrar os saberes de idosos, adultos, jovens e crianças. A coleta de material também pode resultar em um livro.

Concurso de trovas

Se houver pessoas interessadas, organize um concurso de trovas na comunidade. Geralmente, eles são realizados de improviso, com temas indicados no momento de produzir as quadrinhas. Esse concurso pode, inclusive, integrar um evento maior da escola, como um projeto interclasses.

Matemática Adição

Oriente as construções dos fatos fundamentais da adição combinando números de 0 a 10 para obter somas 2, 3, 4, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, a partir de situações-problema, como: pensar em todas as maneiras possíveis de obter soma 2 organizando grupos de homens e mulheres. Possibilidades: 2 homens e nenhuma mulher: 2 + 0 = 2; um homem e uma mulher: 1 + 1 = 2; nenhum homem e duas mulheres: 0 + 2 = 2. Fazer o mesmo para encontrar somas 3, 4 ...18. À medida que os alunos forem encontrando as possibilidades, um deles poderá escrever a lista de somas no quadro de giz enquanto os demais a registram no caderno. Verifique se eles utilizam alguma estratégia para certificarem-se de que todas as possibilidades foram pensadas, por exemplo, escrever os fatos básicos seguindo uma ordem.

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Complete as listas: 2

3

4

5

6

7

8

9

10

0+2=2

0+3=3

0+4=4

0+5=5

0+6=6

0+7=7

0+8=8

0+9=9

0 + 10 = 10

1=1=2 2+0=2

11

12

13

14

15

16

1 + 10 = 11

17

18 9 + 9 = 18

2 + 9 = 11 3 + 8 = 11

Oriente os alunos a formarem duplas e a escolherem uma das listas acima para registrar em um cartaz e afixar na sala. Assim, haverá um repertório com todos os fatos fundamentais da adição para ser consultado.

Jogo da soma

Utilizando cartas de baralho e organizados em duplas cada jogador escolhe dois grupos de cartas de 1 a 9, formando dois montes (o ás pode valer 1). Os parceiros juntam seus montes, embaralham todas as cartas e as distribuem novamente, dando dois montes de nove cartas a cada jogador. Estas ficarão sobre a mesa, com os números voltados para cima. Quem inicia o jogo escolhe um número de 2 a 18 (por exemplo 12). Os jogadores observam suas cartas e separam as duplas que somam 12. Cada dupla formada vale um ponto. Os jogadores registram no caderno os pontos obtidos. Os montes são reconstituídos e inicia-se uma

nova rodada, escolhendo-se um número diferente do anterior. As rodadas se sucedem até que todos os números, de 2 a 18, tenham sido escolhidos. Caso, em alguma rodada, nenhum dos jogadores consiga formar duplas de cartas, ela é encerrada e inicia-se outra rodada escolhendo-se um novo número. Vence quem tiver o maior número de pontos.

Feche a caixa

Organize os alunos em duplas ou trios e providencie um conjunto de nove cartas numeradas de 1 a 9 (você pode usar cartas de baralho e o ás pode valer 1); dois dados, papel e lápis para registro. Em cada rodada do jogo, as nove cartas são alinhadas na sequência de 1 a 9, com os números voltados para baixo. Cada jogador, na sua vez, lança os dados, soma os pontos obtidos e vira tantas cartas conforme o resultado da soma. Ele continua 39

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jogando até que não seja mais possível retirar cartas da mesa, de acordo com a soma dos pontos obtidos nos dados. Então, ele soma todos os números das cartas que restaram na mesa e anota o resultado como pontos negativos. Inicia-se uma nova rodada com outro jogador que repete a mesma sequência. O jogo prossegue com cada um anotando o número de pontos negativos. O primeiro que fizer 45 pontos negativos sai do jogo, sendo vencedor o último que chegar a esse total.

Arrumar caixas

Solicite aos alunos que levem caixas variadas para a sala – embalagens de diferentes tamanhos e formas. Providencie você também algumas dessas embalagens. Quando dispuser de conjunto variado de caixas, peça a eles que identifiquem a forma de cada uma delas e as agrupem pela forma: caixas em forma de

cubo, de paralelepípedo, de cone etc. Pergunte qual é a forma que mais se repete nas caixas. Comente que essas caixas lembram a forma de alguns sólidos estudados, mas que elas são ocas, portanto, são como as “cascas” dos sólidos geométricos, que são figuras não ocas. Se possível, compare uma caixa de papelão com um sólido de madeira para que os alunos observem essa diferença. Em seguida, organize os alunos em grupos para que tentem colocar o maior número possível de caixas dentro de uma delas. Cada grupo deve anotar o número de caixas que conseguiu colocar dentro da caixa maior. Analise os números obtidos pelos grupos e discuta como foi possível encontrar os maiores números. Esta atividade é para que eles percebam que caixas menores podem ser colocadas dentro de caixas maiores (objetos ocos podem ser ocupados por outros objetos).

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Capítulo 6

Mulheres do Brasil, relatos de vida

Língua Portuguesa

Aprendizagens Eixos de aprendizagem

Capacidades

Leitura

Identificar dados em relato de vida. Inferir informações de relato de vida; chegar a conclusões. Inferir efeito de sentido de uso de eufemismo. Exprimir apreciação subjetiva de relato de vida. Levantar hipóteses sobre o tema do texto a partir da leitura do título. Extrapolar o texto, relacionando-o à realidade em que vive.

Oralidade

Relato de histórias de vida. Reflexão sobre estratégias de edição de relato oral, na transcrição (seleção, acréscimos, substituições).

Apropriação do SEA

Refletir sobre som de G antes de A, O e U e antes de E e I. Comparar palavras com GA, GO e GU e com GE e GI; sistematizar conclusões a respeito. Refletir sobre o som da letra J. Comparar a escrita de palavras com GE, GI e J. Indicar, em conjunto de palavras de mesmo radical, outra com o mesmo som. Refletir sobre o som de GU diante de A, E, I e O. Comparar os sons dos dígrafos GU e QU. Observação do padrão de formação de diminutivos em palavras com radical terminado em G e em C (/k/) pela inserção de GU e de QU. Explorar hipóteses sobre escrita de palavra em jogo de forca. Segmentar palavras em frase, com espaços em branco; escrever frase resultante. Reconhecer o ponto-final como elemento demarcador da unidade frase; análise em frase e em parágrafo. Identificar letras maiúsculas em início de frase; sistematização de conclusões a respeito. Reconhecer a pontuação “ponto” como elemento que indica segmentação e pausas na leitura em voz alta, colaborando na produção de sentido; sistematização oral a respeito. Identificar sons nasais representados apenas por letras (M e N) e por letras e sinais (~); pesquisar exemplos e classificar em colunas. Partir palavras em sílabas. Recompor palavras a partir de sílabas desordenadas e a partir de letras desordenadas. Escrita de palavras com sons nasais, usando o alfabeto móvel, a partir de pista semântica. Leitura de verbos terminados em AM e ÃO; comparação de AM e ÃO como parte das desinências de passado e futuro.

Conhecimentos linguístico-discursivos

Reflexão sobre estratégias de edição do gênero entrevista para elaboração de relato de vida transcrito (seleção, acréscimos, substituições). Identificação de marcadores discursivos temporais em relato de vida. Identificação de frases com mesmo sentido (uso de verbo e de locução verbal). Reflexão sobre registro formal e informal em relato de vida. Indicação de expressão sinônima para termo informal.

Produção de textos

Entrevista Relato de vida

Gêneros e suportes*

Fotografia e legenda Texto expositivo Relato de vida

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Matemática

Números

Reconhecer números ímpares e números pares em um contexto de números familiares.

Operações

Construir fatos fundamentais da subtração. Resolver situações problema envolvendo adição e subtração em contextos variados envolvendo as ideias de combinação (juntar e separar). Construir oralmente enunciados de problemas envolvendo adição e subtração.

Espaço e forma

Reconhecer a forma de algumas figuras planas em objetos e elementos da natureza. Reconhecer figuras planas (quadrado, retângulo, triangulo, círculo). Identificar semelhanças e diferenças entre algumas figuras planas. Compor e decompor figuras planas.

Tratamento da informação

Ler e interpretar gráfico de setor. Escrever o título e criar legenda para um gráfico de setor.

Gráfico de setor (“pizza”) Texto expositivo Fotografia Problema

* Os gêneros destacados em negrito na última coluna foram tomados como objeto de ensino.

Orientações para o desenvolvimento dos conteúdos Língua Portuguesa

O trabalho com relatos de vida na escola pode ensejar a exploração de aspectos da identidade dos alunos. Isso porque acreditamos que, também no contexto da EJA: A memória contribui para a construção da identidade porque nos possibilita elaborar os conceitos de si e de nós em oposição ao conceito de outro(s). Conhecer a experiência da comunidade proporciona às crianças o acesso a um passado comum, construído pelas histórias dos que chegaram antes, presenciaram e participaram de mudanças. Compartilhar essas experiências leva as crianças a integrar o narrado à sua própria memória, já que as nossas memórias constituem o amálgama das memórias daqueles com quem nos relacionamos. É na articulação desses fios da memória que se tecem as memórias coletivas das comunidades. Ao se criar para as crianças e jovens a oportunidade de conectar a sua experiência à experiência dos mais velhos, refaz-se o fio da memória e se fortalece o sentido de identidade. (KESSEL, s.d., p. 128.)

Para refletir sobre o funcionamento da língua, o texto do relato de Elenilde permite que os alunos percebam a função de expressões usadas no diminutivo, como “novinha” e “interiorzinho”. Nesses casos, a terminação INHO (sufixo) não indica necessariamente tamanho pequeno, mas intensidade (“novinha” significando bastante jovem) ou afetividade, como em “interiorzinho”. Tais usos são bastante característicos de certas regiões e podem ser o mote para a ampliação do trabalho com o levantamento de outras ocorrências.

Matemática

Neste capítulo, as atividades buscam ampliar o estudo dos números desenvolvido em capítulos anteriores, assim

como desenvolver a compreensão de diferentes significados das operações adição e subtração, por meio da resolução de situações-problema. Apresentam-se a operação subtração e a construção de alguns fatos básicos de modo semelhante a como foi com a adição no capítulo anterior. Ao construir os fatos da subtração, é importante que os alunos observem: • relações entre adição e subtração, por exemplo: 9 + 4 = 13; portanto, 13 – 4 = 9 e 13 – 9 = 4; • o papel do zero na subtração, por exemplo: 5 – 0 = 5; • a possibilidade de usar de usar resultados de diferenças, por exemplo: 7 – 2 = 5 para fazer cálculos com números maiores como 70 – 20 = 50; • a possibilidade de usar regras ou padrões, por exemplo: 9 – 6 = 3, 19 – 3 = 6, 29 – 3 = 26. O gráfico de setor sempre aparece nos jornais e revistas como instrumento de análise e de interpretação da informação. Saber interpretá-lo é importante para que os alunos possam entender informações divulgadas na mídia. O gráfico de setor permite fazer comparações entre parte e todo. Sua construção envolve conhecimentos e habilidades que talvez os alunos ainda não tenham disponíveis; por isso, nesse momento, basta que eles consigam fazer a leitura de alguns gráficos de setor simples compreendendo as relações entre todo e o tamanho das partes. São apresentadas algumas figuras geométricas bidimensionais (quadrado, retângulo, triangulo, circulo) para que os alunos as identifiquem a partir da observação de desenhos em trabalhos de bordadeiras e rendeiras, observem semelhanças e diferenças entre elas e explorem a composição e a decomposição dessas figuras.

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Sugestões de atividades complementares Língua Portuguesa Conhecendo ao conhecer relatos de vida

Partindo de algum objetivo pedagógico, por exemplo, reconstruir parte da história das relações de trabalho no Brasil, crie situações propícias em que os alunos conheçam melhor essa realidade, a si próprios e aos colegas por meio dos relatos de vida de cada aluno e pela análise de outras fontes (artigos científicos, textos, documentos etc.). Convidados da turma – familiares, membros da comunidade escolar e extraescolar – podem enriquecer as rodas de relatos de vida. Os registros desses relatos são fundamentais para compor um acervo documental (ver Capítulo 4) sobre o assunto. Um portfólio sobre o tema pode ser o produto final do trabalho com os vários documentos coletados e produzidos.

• Com sólidos modelados, construir outras formas geométricas por exemplo: Quantos cubos são necessários para construir um outro cubo? • Construir esculturas com os sólidos modelados, dar nome às obras e escrever um texto sobre elas. • Desenhar figuras geométricas planas: quadrado, triângulo, retângulo; recortar cada uma delas em partes diferentes e tentar remontá-las. • Embalar caixas para presente avaliando o tamanho do papel e da fita necessários de acordo com o tamanho e formato da caixa.

Números

Para escrever números de 1 a 100, quantas vezes você usa o símbolo 1? Resposta: Usa-se 21 vezes o símbolo 1.

Cálculos

Palavras dentro de palavras

Proponha aos alunos que descubram novas palavras escondidas nas palavras abaixo. Depois, selecione algumas das palavras e solicite que escrevam-nas no caderno e identifiquem o número de sílabas. Para isso, pronuncie as palavras com eles, separando as sílabas. TATUAGEM

TATU – AGEM

MARACANÃ

MARA – ANÃ

MACARRÃO

CARRÃO MACA

CAMPEÃO

PEÃO

CAMALEÃO

CAMA – LEÃO

ENCANTO

CANTO

GAVIÃO

AVIÃO

CASAMENTO

CASA

TUCANO

TU – CANO TUCA

MARIANA

MARIA ANA

GALINHA

LINHA

Qual número pode ser colocado no centro do quadro para que a soma em todas as linhas (horizontal, vertical e diagonal) seja 15? Resposta: Número 5.

4

9

3 8

2 7

1

6

Se jogar dois dados numerados de 1 a 6, qual é a soma de pontos que nunca se poderá obter? Resposta: A soma que não se poderá obter é qualquer número maior que 12.

Para saber mais Matemática Atividades para serem realizadas em duplas. Construção de sólidos e figuras planas

• Organizar uma exposição de objetos e identificar formas de sólidos e de figuras planas em cada um deles e identificar o nome de cada figura geométrica. • Modelar sólidos geométricos em argila ou sabão em pedra atentando para a modelagem de superfícies arredondadas, de superfícies planas, de arestas e de vértices.

Língua Portuguesa

KESSEL, Z. Memória e memória coletiva. S. d. Disponível em: <http://www.museudapessoa.net/adm/ Upload/291I6110920121916535P032.pdf>. Acesso em: 10 maio 2013. _____. A construção da memória na escola: um estudo sobre as relações entre memória, história e informação na contemporaneidade. Dissertação (Mestrado). Escola de Artes e Comunicação da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2003.

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Capítulo 7

Lendo um jornal

Aprendizagens Capacidades

Leitura

Explorar o suporte jornal, observando a organização interna. Identificar e inferir informação em anúncio classificado; comparar informações em diferentes anúncios. Refletir sobre orientação argumentativa em anúncio classificado (seleção de aspectos positivos, persuasão). Refletir sobre interlocutor previsto em diferentes anúncios classificados. Localizar título e corpo de notícia; reconhecer disposição gráfica em colunas; uso de fontes distintas em cada parte. Levantar hipótese sobre o conteúdo da notícia a partir da leitura do título e da fotografia; checagem de hipóteses com a leitura da legenda e do corpo da notícia. Identificar informações em notícia. Identificar nome de jornal, cidade e data de circulação. Identificar a manchete fotográfica (imagem de maior destaque na 1ª página) e a manchete verbal. Analisar criticamente a escolha da manchete. Reconhecer principais temas na 1ª página de jornal.

Oralidade

Discutir sobre importância e função dos jornais na atualidade. Levantar, oralmente, conhecimentos prévios a respeito dos assuntos frequentes em jornais, de sua organização em cadernos, dos tipos de jornais existentes, da organização da primeira página. Levantar conhecimentos prévios sobre código QR. Discutir sobre relevância do espaço de comentários sobre notícias em sites jornalísticos. Exposição de resultados da pesquisa e discussão a respeito.

Língua Portuguesa

Eixos de aprendizagem

Apropriação do SEA

Identificar nome de jornal lido e registrá-lo. Refletir sobre som de S e Z em início e meio de palavra; comparar; sistematizar conclusões a respeito. Comparar pares de palavras diferenciadas apenas por uma letra: com S intervocálico e Ç; escolher a correta para completar frase. Rescrever frase em letra cursiva, usando maiúscula no início e ponto final. Refletir sobre o uso de N em final de sílaba, antes de S, e as consequentes mudanças no som. Identificar diferentes posições de letra (N, S, L, R) na sílaba e as mudanças sonoras que acarretam. Formar novas palavras com o acréscimo de S, L e R. Identificar a presença de palavras dentro de outras.

Conhecimentos linguístico-discursivos

Sistematizar conclusões a respeito do gênero classificado. Refletir sobre a incidência de imagens e texto verbal na primeira página de jornal. Refletir sobre a função das chamadas de notícia na primeira página de jornal impresso. Refletir sobre o impacto da notícia sobre os leitores e sua circulação em diferentes veículos. Refletir sobre sufixos de profissão (-EIRO, -ISTA), indicando palavras que os contenham.

Produção de textos

Classificado de casa para vender. Comentário sobre notícia. Pesquisa de manchetes do dia em diferentes jornais (planejamento, com pergunta de pesquisa; coleta de dados, registro em quadro-síntese e análise dos dados). Registro coletivo dos resultados da pesquisa.

Gêneros e suportes*

Jornal (primeira página) Anúncio classificado Notícia Comentário de internet Chamada de notícia

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Ler e escrever números identificando agrupamentos de 10 e valor posicional.

Operações

Exercitar o cálculo mental envolvendo adição e subtração Resolver situações-problema envolvendo a adição e a subtração. Resolver situações-problema envolvendo adição e subtração em contextos em que há dinheiro (compra e venda, troco). Identificar as relações de metade e de dobro.

Espaço e forma

Ler e interpretar plantas simples. Descrever a localização de objetos no espaço indicando partir de pontos de referência e utilizando terminologia própria. Descrever a movimentação de pessoas no espaço indicando pontos de referência e utilizando terminologia própria.

Matemática

Números

Tratamento da informação

Tabela Esquema Anúncio classificado Planta baixa (imóvel) Gráfico de coluna Problema Cédula (R$) Moeda (R$) Ábaco

Ler e interpretar gráfico de setor.

* Os gêneros destacados em negrito na última coluna foram tomados como objeto de ensino.

Orientações para o desenvolvimento dos conteúdos Língua Portuguesa

Ao explorar este capítulo, é importante disponibilizar o suporte jornal impresso aos alunos e estimular sua leitura, assim como o compartilhamento do que leram entre os colegas. Propicie também, se possível, a leitura de notícias em sites de grandes jornais na internet. Vale a pena propor uma comparação entre a 1ª página impressa e a página de abertura do site, bastante diferentes. Uma característica que tem se tornado cada dia mais frequente nos jornais on-line é a notícia expandida em comparação à publicada nos jornais impressos. Saber que os textos sobre um mesmo fato noticioso podem variar em extensão, profundidade e ponto de vista é importante na formação de leitores críticos e autônomos.

Matemática

O trabalho com estratégias de cálculo mental continua sendo desenvolvido neste capítulo. Este tipo de cálculo apoiase no fato de que existem diferentes maneiras de calcular e pode-se escolher a que melhor se adapta a uma determinada situação. Assim, cada situação de cálculo constitui-se num problema aberto, que pode ser solucionado de diferentes maneiras. O que se busca com as atividades propostas é fazer com que os alunos construam e selecionem procedimentos de cálculo adequados para resolver situações-problema. Direcionado dessa forma o trabalho com cálculo possibilita exercício

da memória, análise, síntese e generalizações. Permite ainda a descoberta de princípios matemáticos como a equivalência, a decomposição, a igualdade e a desigualdade; favorece o desenvolvimento da criatividade e de atitudes de segurança para resolver problemas numéricos no dia a dia. Jovens e adultos, mesmo que não sejam escolarizados, costumam ter habilidades de cálculo mental, em razão da necessidade de lidarem com números no dia a dia. Esse conhecimento prévio certamente é fator não apenas de enriquecimento quando socializado na sala de aula, como também de estímulo para o aperfeiçoamento dos procedimentos de cálculo pessoais. As atividades de resolução de problema orais ou escritos são contextos propícios para o estudo do cálculo mental e, portanto, devem ser intensificadas para além das propostas no livro. Em relação à forma de apresentação de situações-problema, é importante destacar que não sejam apenas por meio de textos, mas também de imagens. A leitura de imagens é uma habilidade importante de ser desenvolvida porque é exigida em várias situações do dia a dia (cartazes, folhetos, painéis). Ela exige a análise de elementos visuais para reconhecer contextos e ações. No caso de a imagem estar associada a um problema matemático, ainda é necessário identificar e selecionar, entre vários elementos, as informações pertinentes para se construir uma determinada resposta. As imagens são recursos interessantes para apresentar problemas e também para solicitar que alunos formulem, oralmente, alguns deles. Neste capítulo, são apresentadas várias situações-problema envolvendo significados da adição e subtração e envolven-

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do cálculos com dinheiro em situações de compra e venda. Inicia-se o estudo do valor posicional dos algarismos na escrita numérica por meio do uso de ábacos.

No quadro de giz, faça um quadro de cada vez.

Quadro 1 10 + 6 =

20 + 5 =

10 + 10 =

10 + 9 =

30 + 7 =

20 + 10 =

10 + 5 =

50 + 3 =

20 + 20 =

4 + 10 =

9 + 40 =

20 + 30 =

8 + 10 =

1 + 20 =

30 + 30 =

12 + 5 =

21 + 4 =

17 + 4 =

13 + 6 =

23 + 6 =

25 + 5 =

11 + 4 =

31 + 4 =

26 + 9 =

6 + 11 =

5 + 42 =

7 + 45 =

7 + 12 =

7 + 51 =

8 + 33 =

16 – 10 =

20 – 5 =

30 – 20 =

15 – 10 =

30 – 7 =

20 – 10 =

32 – 10 =

50 – 3 =

40 – 20 =

40 – 10 =

40 – 9 =

50 – 30 =

10 – 10 =

20 – 1 =

30 – 30 =

26 – 16 =

26 – 12 =

27 – 8 =

29 – 19 =

35 – 11 =

45 – 9 =

Cálculo mental

25 – 15 =

52 -21 =

36 – 7 =

Os alunos de turmas de alfabetização geralmente fazem cálculo “de cabeça”, isto é, obtém resultados de operações sem usar registros escritos. Essa maneira de calcular mentalmente é muito útil em situações do dia a dia em que lidamos com quantidades, dinheiro, medidas etc. Quem calcula mentalmente sabe muito sobre números e operações. O objetivo da atividade é fazer com que os alunos vivenciem essa maneira de calcular e socializem diferentes procedimentos para obter o resultado de cálculos envolvendo adição e subtração. Nesta atividade, você vai propor aos alunos que: • Calculem e registem os resultados. • Expliquem para os colegas a estratégia usada para fazer cada cálculo. • Comparem a estratégia usada com a de outros colegas para descobrir outras formas de obter os resultados.

34 – 24 =

39 – 24 =

53 – 8 =

48 – 18 =

37 – 26 =

33 – 5 =

Sugestões de atividades complementares Língua Portuguesa Comentando notícia on-line

Proponha que os alunos selecionem e comentem, em um site, alguma notícia, um fato “quente” do momento ou do interesse dos alunos. Ajude-os a encontrar o site, elabore o comentário coletivamente, sendo você o escriba, e oriente os alunos sobre o espaço para comentários. Se houver tempo, organize a classe em grupos ou duplas e ajude-os na produção dos comentários.

Localizando e analisando chamada de notícia Proponha que os alunos observem a primeira página do jornal analisado no capítulo e encontrem a chamada da notícia trabalhada e o número da página em que ela foi publicada. Verifique se os alunos percebem que o título da chamada não é o mesmo título da notícia. Observe se eles são capazes de identificar a chamada pela relação entre os temas.

Quadro 2

Quadro 3

Quadro 4

Matemática

Ao fazer cálculos mentais, podemos descobrir diferentes maneiras de calcular. Cada pessoa escolhe a maneira que julgar mais adequada para se obter um resultado. Quem faz cálculo mental pode ampliar seus conhecimentos sobre números e operações.

O objetivo desta atividade é fazer com que os alunos exercitem esta maneira de se calcular e socializem diferentes procedimentos para obter o resultado de cálculos envolvendo adição e subtração. Os procedimentos de cálculo mental constituem a base do cálculo aritmético que se usa no cotidiano. No decorrer da alfabetização, de modo geral, os cálculos envolvem números familiares. Por isso, priorizamos o estudo do cálculo mental, que oferece 47

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muitas oportunidades para compreender características do nosso sistema de numeração, para exercitar o raciocínio aritmético, a capacidade de análise e de generalização. Tendo em vista essa riqueza do trabalho com cálculo, optamos deixar para um momento posterior o trabalho com o cálculo escrito. Os procedimentos de cálculo mental, por sua própria natureza, são limitados. Quando operamos com números envolvendo vários dígitos é difícil armazenar, na memória, uma grande quantidade de resultados parciais, impondo-se a necessidade de registrar esses dados, o que acaba originando o cálculo escrito. Mas, em se tratando de cálculos com números familiares, é possível efetuar operações de memória, recorrendo-se a procedimentos confiáveis e generalizáveis, sem usar registros escritos ou instrumentos. Existem diferentes maneiras de calcular mentalmente e cada uma delas adapta-se a determinada situação que depende, assim dos números e das operações envolvidas. No primeiro quadro, aparecem cálculos sendo uma das parcelas 10 ou um número terminado em zero. Adicionar ou subtrair números terminados em zero pode ser simples, desde que os alunos tenham memorizado alguns resultados como: 2+3=5 6–2=4 20 + 30 = 50 60 – 20 = 40 No segundo quadro, aparecem somas de números escritos com um dígito e números escritos com dois dígitos. Nesse caso, pode-se usar o recurso da decomposição, por exemplo, 8 + 31, que pode ser pensado como: 8 + 1 + 30 9 + 30 39 Arredondamentos dos números também são recursos que podem ser utilizados nestas situações. Por exemplo: 26 + 9 pode ser pensado como: 26 + 10 = 36 36 – 1 = 35

35 – 9 pode ser pensado como 35 – 10 = 25 25 + 1 = 26

Nos quadros 3 e 4, aparecem cálculos envolvendo números com dois dígitos. A decomposição dos dois números é um recurso que pode ser usado nesses casos, por exemplo: 21 + 17 pode ser pensado como: 20 + 1 + 10 + 7 30 + 8 38

ou como: 21 30 38

38 – 25 pode ser pensado como: 30 – 20 + 8 –5 10 + 3 7

ou como: 25 30 38

É possível que, no decorrer dessa atividade, não apareçam todos esses recursos de cálculo mental. Por isso, estão previstas outras atividades para retomar esse trabalho com a turma. Também é desejável que o professor explore o cálculo mental com os alunos sempre que houver oportunidade na sala de aula.

Nesta outra atividade, propor que os alunos observem a primeira torre e descubram como os números foram colocados. Depois, completar as outras torres da mesma maneira.

30 15

15

6 12

9 4

6 5

1

80 50

30

40

10

30

5

15 200

120 60 90

10

38 23 5

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Calculadora No mundo atual, fazer cálculo com lápis e papel é uma competência relativa que convive com outras modalidades de cálculo como o cálculo por estimativas e o cálculo com o uso de calculadoras. Introduzir a calculadora num curso de EJA se torna uma necessidade, na medida em que muitos jovens e adultos fazem uso desses instrumentos em várias situações do cotidiano. Ao propor o uso da calculadora na sala de aula, é preciso definir um objetivo claro para os alunos e que não seja apenas para produzir resultados, rapidamente, mas como um recurso para a aprendizagem dos números e do cálculo. Entre outras possibilidades, a calculadora permite: observar regularidades na escrita

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de números (ao digitar a sequência de números acionando as teclas + e 1, depois de um número terminado em 9 há sempre uma alteração na primeira e na segunda posição no visor) e nas operações como a propriedade comutativa da adição (ao digitar 5 mais 4 obtém-se o mesmo resultado que ao digitar 4 mais 5); construir estratégias de cálculo; verificar resultados estimados. Hoje, é relativamente simples disponibilizar algumas calculadoras para os alunos trabalharem na sala de aula. É possível que muitos alunos já saibam manejar esse instrumento, mas, caso isso não ocorra, é preciso fazer algumas atividades para que eles criem familiaridade com ele. As calculadoras simples têm oito posições no visor, mas existem calculadoras com 10 ou com 12 posições. Numa calculadora simples, há três tipos de memória, que são ativadas pelo teclado. A memória aditiva é representada pela letra M+. Se digitarmos um número e, em seguida, a tecla M+, a calculadora guarda o número na memória, funcionando como um acumulador. Quando a tecla M+ é apertada pela segunda ou terceira vez, a calculadora adiciona o número registrado no visor ao conteúdo acumulado na memória. A memória subtrativa é ativada quando se aperta a tecla M–. Essa tecla funciona de modo semelhante à M+. Para recuperar tudo o que está acumulado na memória, aperta-se a tecla RM, MR. MCR ou RCM , dependendo do tipo da calculadora. Para os alunos, proponha as seguintes atividades: 1. Aprender a usar a calculadora • Observe sua calculadora e descubra: Quais são as teclas que permitem fazê-la funcionar, limpar o visor e desligá-la? • Qual é a função das teclas numéricas? • Para que servem as teclas ( + ) ( – ) ( x ) ( : ) ( = )? 2. Registrar números na calculadora • Digite o número 53, apague e digite o número 35. Diga que diferença existe entre eles. • Digite o número 72 e pense o que deve ser feito na calculadora para que ele se transforme no número 82. • Digite o número 152 e pense o que é preciso fazer na calculadora para que, no lugar do 5, apareça 3. • Digite o número 100. O que é preciso fazer na calculadora para transformá-lo em 50? • Digite o número 100. O que é preciso fazer na calculadora para transformá-lo em 108 e em 180? • Registre o número 156. O que é preciso fazer para que apareça 0 no lugar do 5? • Registre na calculadora os números 2, 20 e 200, um de cada vez, depois responda: Que diferenças existem entre eles? • Eu queria registrar na calculadora o número 150, mas apareceu na calculadora o número 105. Que erro cometi?

3. Fazer cálculos na calculadora Use a calculadora para verificar suas respostas: Pinte da mesma cor dois números cuja soma seja igual a: 9

6

1

4

3

7

2

4

2

10

7

4

9

5

2

3

30

15

20

18

9

12

21

10

45

30

22

19

15

35

10

23

100

40

10

50

20

90

70

60

Faça uma estimativa e, depois, verifique se ela está correta, utilizando a calculadora: • A soma entre 19 e 20 está mais próxima de 20, 30, 40 ou 50? • A soma entre 12 e 17 está mais próxima de 10, 20, 30, 40 ou 50? • A diferença entre 38 e 15 está mais próxima de 5, 10, 20, 30? • A diferença entre 70 e 40 está mais próxima de 20, 30, 40 ou 50? Ao desenvolver estes exercícios, é importante que os alunos expliquem suas respostas e as comparem com as dos colegas para que percebam as diferentes possibilidades de resolver uma determinada situação. À primeira vista, pode-se julgar que estas atividades poderiam ser realizadas sem o uso da calculadora, e isto é fato. Mas o uso dela potencializa o exercício possibilitando o controle rápido dos resultados e estimulando a correção de erros e a busca por novos cálculos, o que não aconteceria se estivessem trabalhando no papel.

Outras atividades com a calculadora

• O professor diz um número, como 35; os alunos terão que fazê-lo aparecer no visor da calculadora usando a adição, como: 20 + 15 ou 10 +10 +10 + 5 ou 17 + 18. Registrar no quadro as possibilidades encontradas e analisá-las com os alunos. • Fazer o mesmo tipo de exercício usando a subtração. O professor diz um número e os alunos o registram na calculadora, por exemplo, o número 5, que será identificado como número inicial. Em seguida, o professor diz que deverá aparecer o número 15 no visor e os alunos terão que chegar a ele partindo do número inicial e usando uma operação como: 5 + 10 ou 5 + 5 + 5 ou 5 + 3 + 2 + 3 + 2 + 3 + 2 . Registrar as possibilidades no quadro para os alunos validarem. • Repetir o exercício usando a subtração, por exemplo, a partir do número inicial 30 fazer aparecer o número 18 no visor da calculadora. • Sem usar as teclas 2 e 3, fazer aparecer o número 23 no visor da calculadora. Por exemplo, 9 + 14 ou 10 + 10 + 1 + 1 + 1 ou 40 – 17. • Encontrar diferentes maneiras de fazer aparecer o núme49

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ro 100 no visor da calculadora sem usar a tecla 0. • Encontrar os resultados de uma adição e de uma subtração por meio de cálculo mental, explicar o procedimento utilizado e verificar a adequação do resultado usando a calculadora.

Para saber mais

Língua Portuguesa FARIA, M. A.; ZANCHETTA JR., J. Para ler e fazer o jornal na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2007. ALVES FILHO, F. Gêneros jornalísticos – notícias e cartas de leitor no Ensino Fundamental. São Paulo: Cortez, 2011.

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Textos complementares para o professor

Língua Portuguesa Texto 1

O que não é o letramento Ângela Kleiman

Letramento não é método Uma questão que tem atrapalhado o ensino da língua escrita é a falsa crença de que o aspecto mais importante para a aprendizagem da escrita é o método utilizado. Com isso, todo novo conceito passa a ser interpretado como uma novidade metodológica. Basta lembrar o “método Emília Ferreiro” de alguns anos atrás. Emília Ferreiro escreveu sobre as hipóteses da criança em relação à escrita, porque queria explicar, como pesquisadora da psicologia, o desenvolvimento da criança e, como professora, a melhor forma de ensinar a escrita. Mas os resultados de sua pesquisa foram “transformados” num método de ensino. Coisa semelhante acontece hoje, quando se fala do “método de letramento”. Os pesquisadores que começaram a estudar, em diversos países, as funções e práticas da língua escrita e seu impacto na vida social, eram cientistas sociais: sociólogos, antropólogos e historiadores que não tinham nada a dizer – porque não era sua especialidade – sobre os métodos de ensino da língua escrita. Todavia, como esse assunto está relacionado a questões muito relevantes para a educação, ele chega à escola e aí é reinterpretado em função daquilo que é relevante para o trabalho escolar, ou seja, o método. E, nessa reinterpretação, acontecem associações indevidas. Por exemplo, quando o conceito de letramento é oposto ao de alfabetização, ele é entendido como equivalente aos métodos globais; quando o termo letramento é interpretado morfologicamente, ou seja, com base nos morfemas, ou formas mínimas significativas que formam a palavra (no caso, “letra” e “mento”), ele tem sido utilizado como equivalente a um método baseado no ensino da “letra” primeiro (... e a sílaba depois?!). Não existe um “método de letramento”. Nem um nem vários. O letramento envolve a imersão da criança, do jovem ou do adulto no mundo da escrita e, nesse sentido, para conseguir essa imersão o professor pode: a) adotar práticas diárias de leitura de livros, jornais e revistas em sala de aula; b) arranjar paredes, chão e mobília da sala de tal modo que textos, ilustrações, alfabeto, calendários, livros, jornais e revistas penetrassem todos os sentidos do aluno-leitor em

formação; c) fazer um passeio-leitura com os alunos pela escola ou pelo bairro. Como o letramento envolve participar das práticas sociais em que se usa a escrita, na escola ele pode envolver as atividades de receber e enviar cartas, copiar informações pertinentes para uma tarefa, comentar notícias, recomendar e criticar livros. O letramento também significa compreender o sentido, numa determinada situação, de um texto ou qualquer outro produto cultural escrito; por isso, uma prática de letramento escolar poderia implicar um conjunto de atividades visando ao desenvolvimento de estratégias ativas de compreensão da escrita, à ampliação do vocabulário e das informações para aumentar o conhecimento do aluno e à fluência na sua leitura. (Estudaremos essas estratégias no curso “Letramento nas Séries Iniciais” e nos exercícios do site interativo alfaletras.) Como o letramento envolve ainda saber usar o código da escrita, quaisquer dos enfoques e recursos utilizados para ensinar a decodificar, analisar e reconhecer a palavra (que corresponderiam aos métodos tradicionais de alfabetização) também podem ser considerados práticas de letramento escolar. Mas o letramento não é nada disso, ou melhor, é tudo isso, e muito mais. É importante lembrar que, qualquer que seja o método de ensino da língua escrita, ele é eficiente na medida em que se constitui na ferramenta adequada que permite ao aprendiz adquirir o conhecimento necessário para agir em uma situação específica. Por exemplo, uma criança que já usa a Internet para enviar e-mails não vai se beneficiar muito com atividades em que o professor ou um colega dite coisas para ela escrever, pois já está acostumada a escrever o que pensa e deseja. Para esse aluno seriam mais interessantes as atividades em que ele próprio tivesse que criar seu texto. Considerando essa necessidade de flexibilidade em relação ao método de ensino da escrita, tanto da leitura como da produção textual, a Associação Internacional de Leitura, em 1999, fez a seguinte declaração de princípios, publicada num documento sobre o método para se ensinar a leitura: Não existe um método único, ou combinação única de métodos, que possa ensinar a ler a todas as crianças com sucesso. Por isso, os professores devem desenvolver um profundo conhecimento de múltiplos métodos para ensinar a ler e um profundo conhecimento das crianças sob seu cuidado, para que possam criar o equilíbrio apropriado dos métodos requeridos pelas crianças a quem ensinam. Fonte: www.reading.com

A questão do método não é da conta do especialista, nem do governo, segundo o mesmo documento. É do profissional que melhor conhece o aluno: o professor. Daí a importância de abandonar a procura constante do método perfeito e a incessante transformação de toda novidade científica em método. 51

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O letramento não é um método, como acabamos de mostrar, e se o fosse, isso também não seria tão relevante para o bom ensino, como o professor parece acreditar. Letramento não é alfabetização O letramento não é alfabetização, mas a inclui! Em outras palavras, letramento e alfabetização estão associados. A existência e manutenção dos dois conceitos, quando antes um era suficiente, é importante, como veremos. Se consideramos que as instituições sociais usam a língua escrita de forma diferente, em práticas diferentes, diremos que a alfabetização é uma das práticas de letramento que faz parte do conjunto de práticas sociais de uso da escrita da instituição escolar. Alguns pesquisadores se opõem ao uso do termo letramento, dizendo que os conceitos por ele designados estariam implícitos no termo alfabetização. Isso é uma simplificação. Como mostraremos posteriormente, o termo letramento já entrou em uso carregado de novas associações e significados, como, por exemplo, uma nova relação com a oralidade e com linguagens não verbais, não incluídos nem previstos no termo alfabetização. É interessante notar que pesquisadores de fala inglesa dentro da tradição freiriana, como o sociolinguista David Barton ou o antropólogo Brian V. Street, também sentiram falta de um termo para designar um novo conceito: nos seus trabalhos, eles usam hoje “literacies” (letramentos), no plural, para o que antes o singular “literacy” (letramento/alfabetização) era suficiente. Há várias maneiras de ver e entender a relação entre letramento e alfabetização, em parte porque o conceito de alfabetização é complexo e tem muitos significados. A alfabetização é uma prática. E, assim como toda prática que é específica a uma instituição, envolve diversos saberes (por exemplo, quem ensina conhece o sistema alfabético e suas regras de uso), diversos tipos de participantes (alunos e professor) e, também, os elementos materiais que permitem concretizar essa prática em situações de aula, como quadro de giz, ilustrações, livros didáticos e quaisquer outros recursos pedagógicos. A prática de alfabetização se concretiza em eventos que se situam dentro de uma sala de aula, liderados por um especialista (o professor) que se encarrega de ensinar sistematicamente as regras de funcionamento e uso do código alfabético aos iniciantes no assunto (os alunos). Ambos – professor e alunos – têm relações sociais predeterminadas: um anima, organiza, avalia; os outros respondem, realizam as atividades propostas. O conceito de alfabetização também denota um conjunto de saberes sobre o código escrito da sua língua, que é mobilizado pelo indivíduo para participar das práticas letradas em outras esferas de atividade, não necessariamente escolares. Daí se dizer que um indivíduo é “analfabeto”, “semianalfabeto”, “semialfabetizado” para referir-se aos modos, graus ou níveis desses saberes que ele apresenta. O conceito de alfabetização refere-se também ao processo de aquisição das primeiras letras e, como tal, envolve sequências de operações cognitivas, estratégias, modos de fazer. Quando

dizemos que uma criança está sendo alfabetizada, estamos nos referindo ao processo que envolve o engajamento físico-motor, mental e emocional da criança num conjunto de atividades de todo tipo, que têm por objetivo a aprendizagem do sistema da língua escrita. A alfabetização (em qualquer de seus sentidos) é inseparável do letramento. Ela é necessária para que alguém seja considerado plenamente letrado, mas não é o suficiente. A prática de alfabetização, que tem por objetivo o domínio do sistema alfabético e ortográfico, precisa do ensino sistemático, o que a torna diferente de outras práticas de letramento quais é possível aprender apenas olhando os demais fazerem. Um adulto que não sabe ler ou escrever não será considerado alfabetizado se apenas ficar acompanhando o trabalho de alfabetização do filho, pela janela da sala de aula, mesmo que saiba qual é a função das letras. Em outras práticas, porém, o conhecimento da função do objeto cultural envolvido pode ser suficiente para o indivíduo ser considerado letrado. Em outras palavras, uma pessoa não alfabetizada que conhece a função do bilhete, da carta, das etiquetas e dos rótulos de produtos participa, mesmo que de forma marginal, nas práticas letradas de sua comunidade e, por isso, é considerada letrada. Até o século passado, porém, havia grupos que não conheciam essas funções, que não sabiam que a escrita serve, entre outras coisas, para a comunicação a distância, para registrar fatos, para tornar permanente um momento efêmero, e assim sucessivamente O conto “A carta e o índio”, de Francisco Viana, que resumimos a seguir, é interessante para ilustrar estas considerações. O índio que leva a mensagem, como veremos, não conhece a função da escrita, e é a sua condição de membro de um povo ágrafo – não o seu analfabetismo – que lhe causa problemas. A história conta que um fazendeiro pediu a um índio que levasse uma cesta com dez frutas a um amigo, morador de uma fazenda vizinha, junto com uma carta em que falava a respeito desse presente. No caminho, o índio ficou com sede e com fome e decidiu comer uma das frutas. Ao receber o presente, o amigo do fazendeiro acusou o índio de ter comido uma parte de seu presente. O índio, então, perguntou como ele sabia que faltava uma fruta, se não havia ninguém por perto quando ele a comera. O fazendeiro respondeu: “Ora! Pela carta”. Tempos depois, o fazendeiro novamente pediu ao índio para levar frutas ao amigo e mandou uma cartinha acompanhando a cesta. De novo, sem nada para beber ou comer no caminho, e já com sede e fome, o índio pegou a carta, sentou-se sobre ela e comeu duas das frutas, convencido de que a carta, dessa vez, não iria contar nada. Mas, é claro, apenas chegou à casa do fazendeiro, foi acusado de ter comido duas de suas frutas. Ao contrário do que nos conta a história, um analfabeto na sociedade letrada conhece muito bem a função desse objeto cultural que é a carta. O filme Central do Brasil nos mostra uma prática letrada que só existe porque há, no mundo de hoje, pessoas que não são alfabetizadas, mas sabem que a escrita

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permite a comunicação a distância e que- rem participar dessa prática, apesar de não conhecerem o código que lhes permitiria ser independentes e autossuficientes para se expressarem por meio da língua escrita A prática retratada no filme consistia na elaboração coletiva de cartas realizada por um escriba (Dora, a personagem central) e seus clientes. Segundo Judith Kalman, pesquisadora mexicana que trabalha com a educação de jovens e adultos (EJA), em seu país existe um sistema semelhante: no centro da Cidade do México, diversos escribas oferecem serviços ainda mais diversificados – de cartas de amor até a elaboração de ofícios, atas e deveres escolares (relatado em sua obra Escribir en la plaza, México: Fondo de Cultura Económica, 2003). A alfabetização, portanto, tem características específicas, diferentes das do letramento, mas é parte integrante dele. Como prática escolar, ela é essencial: todos – crianças, jovens ou adultos – precisam ser alfabetizados para poder participar, de forma autônoma, das muitas práticas de letramento de diferentes instituições. Letramento não é habilidade O letramento não é uma habilidade, embora envolva um conjunto de habilidades (rotinas de como fazer) e de competências (capacidades concretas para fazer algo). Por isso, “ensinar o letramento” é uma expressão no mínimo estranha, pois implica uma ação que ninguém, nem mesmo um especialista, poderia fazer. Ora, se pensarmos em tudo que está envolvido numa situação em que se utiliza a língua escrita, em um evento de letramento como a leitura cotidiana de jornal, por exemplo, veremos que as capacidades envolvidas vão muito além daquilo que, de fato, pode ser ensinado na escola. Vejamos Se o jornal chega à casa da leitora, ela provavelmente é assinante, o que implica ter feito previamente um contrato comercial com o departamento de assinaturas do jornal, optando por pagá-lo num banco ou por meio de um cartão de crédito. Desde o momento em que a leitora decide fazer uma assinatura até o momento em que abre a porta de sua casa para pegar o jornal, ela utilizou seus saberes sobre relacionamentos comerciais, bancários, jurídicos etc. O leitor de um jornal começa a utilizar seus conhecimentos sobre a escrita, juntamente com seus conhecimentos sobre a imprensa, quando olha a primeira página do jornal à procura de itens que lhe interessem. Esse tipo de leitor sabe que está lendo manchetes e que o texto próximo às manchetes traz as chamadas das notícias, das informações mais importantes. Sabe também que as fotos e suas legendas complementam as informações verbais dessas manchetes e chamadas. Sabe, ainda, que uma notícia importante do dia anterior provavelmente foi retomada nessa edição, seja como notícia com mais detalhes e informações, seja ainda como notícia ou como um fato em outros gêneros – isto é, se foi notícia e/ou charge ontem, hoje poderá ser assunto de editorial, de reportagem ou de crônica.

Quanto aos saberes sobre a língua escrita desse leitor assinante de jornal, também é provável que suas capacidades de leitura sejam avançadas. Entre as capacidades relacionadas com a leitura para extração da informação, ele provavelmente teria a habilidade de fazer uma leitura rápida, mobilizando estratégias de leitura global eficientes para “radiografar” ou “escanear” o texto, com reconhecimento instantâneo de muitas palavras e possuiria também um amplo vocabulário não especializado. Lembremos que tudo isso faz parte da prática letrada de ler jornal. Resumindo: o letramento é complexo, envolvendo muito mais do que uma habilidade (ou conjunto de habilidades) ou uma competência do sujeito que lê. Envolve múltiplas capacidades e conhecimentos para mobilizar essas capacidades, muitos dos quais não têm necessariamente relação com a leitura. Na escola, é possível: • ensinar as habilidades e competências necessárias para participar de eventos de letramento relevantes para a inserção e participação social; • ensinar como se age nos eventos de instituições cujas práticas de letramento vale a pena conhecer; • criar e recriar situações que permitam aos alunos participar efetivamente de práticas letradas. Pode-se até chamar tudo isso de “ensino do letramento”, desde que se concorde, antes, que tudo o que foi aqui mencionado – e muito mais – é parte integrante desse ensino.

KLEIMAN, A. B. Preciso “ensinar” o letramento? Não basta ensinar a ler e a escrever? Cefiel/IEL/Unicamp, Ministério da educação, 2005-2010. Disponível em: <http://www. iel.unicamp.br/cefiel/alfaletras/biblioteca_professor/ arquivos/5710.pdf> Acesso em: 10 maio 2013.

Texto 2

Gêneros textuais na sala de aula: entre modas e realidades José Luís Landeira

“Precisamos bolar uma aula diferente! Temos de usar o texto nas aulas!” Que professor de língua portuguesa nunca ouviu algo assim? Tais comentários costumam refletir o desejo sincero de trabalhar em uma escola que cumpra, de fato, o seu papel social. Mas pensemos um pouco: “O que é uma aula diferente?”. Ora, se um professor entrasse em aula fantasiado de bailarina, com certeza essa aula seria diferente. Mas teria qualidade? O que realmente desejamos quando propomos uma aula diferente? 53

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Atualmente, muitos se voltam para os gêneros textuais. “Temos de trabalhar os gêneros!” tornou-se uma espécie de moda na escola. No entanto, sem conhecer bem o tema, trabalhar com gêneros pode trazer mais problemas que soluções. E, como toda moda, pode ser diferente, mas também passageira. Promover uma aula baseada no conceito de gênero textual permite o desenvolvimento da identidade cidadã de nossos alunos, mas exige alguns importantes deslocamentos na tradição curricular: a língua portuguesa deixa de ser limitada por uma visão gramatical teórica e passa a ser considerada uma atividade humana, um meio, por excelência, de existir no mundo. Isso nos desafia a levar essa língua para a sala de aula o mais próximo possível de como ela é surpreendida em seu uso cotidiano. Como fazer isso? Todas as atividades humanas estão relacionadas com a utilização de linguagens e estas não são apenas feitas de palavras, mas de cores, formas, gestos etc. Para se tornarem “linguagem”, tais elementos precisam obedecer a certas regras que lhes permitam entrar no jogo da comunicação. Uma delas é que toda manifestação da linguagem se dá por meio de textos, os quais surgem de acordo com as diferentes atividades humanas e podem ser agrupados em gêneros textuais. E o que são gêneros textuais? São modelos comunicativos que nos possibilitam gerar expectativas e previsões para compreender um texto e, assim, interagir com o outro. Difícil? Nem tanto. Imagine a confusão se uma simples conta de luz viesse, a cada mês, escrita de modo diferente, sem seguir um padrão. Quando recebemos uma conta de luz, reconhecemos o modelo, sabemos para que serve, localizamos as informações mais importantes, deixamos de lado o que não nos interessa, ou seja, organizamos a nossa vida. Isso porque conta de luz é um gênero textual. Conta de luz, telenovela, fofoca, aula são alguns exemplos de gêneros que, pelo seu constante uso social, não oferecem muitas dificuldades de compreensão. A mesma coisa não podemos dizer de outros menos frequentes em nosso cotidiano, mas também importantes, como crônica, memorial, reportagem, ensaio, editorial etc. Os gêneros surgem de acordo com sua função na sociedade; seus conteúdos, seu estilo e sua forma estão sujeitos a essa função. Isso quer dizer que conhecer um gênero não é apenas conhecer as suas características formais, mas, antes de tudo, entender a sua função e saber, desse modo, interagir adequadamente. Um enorme desafio: valorizar forma e função como uma única realidade interativa! Pode ser relativamente simples ensinar as características formais de um gênero; por exemplo, uma carta sempre come-

ça com um vocativo. Mas ensinar o uso social dessa carta, bem como a função e o valor desse vocativo, é muito mais desafiador. Uma vez que os gêneros são produtos culturais construídos por determinada comunidade histórico-social, uma carta que não tenha vocativo, mas que comece com algo como “Que saudades de você!”, continuará sendo uma carta. Além disso, uma carta para minha mãe não terá a mesma forma nem, provavelmente, a mesma função daquelas dirigida a uma criança ou ao diretor da escola. Por esse motivo, ensinar uma lista de características formais (o que já não é pouco!) não será suficiente para garantir que um aluno saiba escrever ou ler bem. Ensinar um gênero pressupõe um convívio anterior com esse gênero. Assim, é importante pensar em para quem se escreve, por que se faz, qual a real necessidade de fazê-lo, o que o leitor efetivamente conhece sobre o tema, o que pensa dele, como fazer-se compreender, como usar a língua na produção desse texto, como o texto solicita uma ou outra estratégia de leitura. Tais questões, na escola, tornam necessário construir um currículo que valorize tanto a função social do texto como a sua forma. Na prática, isso significa considerar a cultura na qual o gênero se constitui como ação social. Em outras palavras, devemos considerar até que ponto a comunidade que faz uso desse gênero efetivamente se apropriou dele e como o fez. Lembramos, contudo, que a comunidade que faz uso de determinado gênero é composta por indivíduos, entre os quais eu mesmo – professor ou aluno – devo me incluir. Isso nos leva a novas questões: “Como explicar apropriadamente o que é um gênero se sua leitura e escrita não faz parte do meu cotidiano? Como escrever um ‘artigo de opinião’ se não tenho o hábito de pensar em quem lê o que escrevo? Como distinguir o registro de formalidade na escrita de um texto se não sei quando usar a norma-padrão? Como ler bem se não sei como agir diante de uma palavra que não compreendo? Como escrever adequadamente se não sei em relação a quem ou a que devo me adequar?”. A lista de perguntas é tão grande (ou maior!) quanto o número de gêneros que existe. Os gêneros são produtos da cultura de determinada sociedade. Constituídos por certos conteúdos, além de estilo e forma próprios, apresentam funções sociais específicas. Tornam-se, desse modo, modelos comunicativos que permitem a interação social. O trabalho com gêneros textuais na escola pressupõe um modo próprio de se relacionar com a linguagem e com o currículo da língua portuguesa. Significa cultivar uma atitude educacional alicerçada por sólido conhecimento da linguagem, vista como prática cotidiana, e muita vontade de fazer diferença, não apenas moda. Pode ser desafiador, mas vale a pena! Disponível em: <http://escrevendo.cenpec.org.br/index. php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=22&Itemid=27>. Acesso em: 10 maio 2013.

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Avaliar para planejar Sondar os conhecimentos do aluno é fundamental para o alfabetizador organizar seu trabalho Transformar “erro” do aluno em fonte de informação para o professor é o que pretende uma avaliação diagnóstica. Ela é importante como ponto de partida para o planejamento e a organização de atividades, sobretudo numa nova turma a alfabetizar. Uma avaliação baseada em atividades de escrita e leitura indicará ao professor as capacidades que as crianças já possuem e as que precisam desenvolver. O professor pode avaliar seus alunos em conversas sobre o que eles já viram escrito, se já viram alguém lendo e o quê, e sobre o que já sabem ler e escrever. O alfabetizador pode também apresentar materiais escritos como folha de cheque, livro, jornal e perguntar qual é a função de cada um. Para a professora e pesquisadora da Universidade Federal Fluminense, Cecília Goulart, uma reunião de pais é importante para orientar o professor sobre o mundo escrito que o aluno traz, ou seja, de onde vem, como é seu ambiente familiar, com que textos ele costuma lidar ou se em sua casa há livros. Isso é importante para que situações efetivas do uso da escrita sejam criadas em sala de aula. “O processo de sondagem é útil para indicar ao professor em que nível a turma se encontra no que se refere à leitura e à escrita”, afirma a professora e pesquisadora da Universidade Federal de Pernambuco, Eliana Albuquerque. Para ela, o ditado, por exemplo, mostra como a criança estabelece as relações entre “som” e “escrita”. Eliana ressalta que o alfabetizador deve realizar atividades diferenciadas com seus alunos, já que estão em diferentes níveis de aprendizado da escrita. O professor pode criar condições favoráveis de interação com as crianças para que o diagnóstico não se dê em situações artificiais. Para isso, ele precisa monitorar o nível de desempenho e a margem de frustração que pode ocorrer em alunos em fase inicial de alfabetização, quando não conseguem demonstrar certas capacidades. Ao utilizar instrumentos de diagnóstico, é importante que o professor leia os enunciados para crianças ainda sem autonomia de leitura, confira a compreensão de elementos textuais e não textuais e adapte situações propostas às vivências dos alunos. A postura investigativa do professor é essencial no processo de avaliação do conhecimento dos alunos e um instrumento de avaliação diagnóstica só cumprirá seus objetivos se seus resultados forem analisados, comunicados e utilizados.

De nada serve classificar o aluno como “adiantado” ou “atrasado”. Ao analisar os resultados, o professor deve registrá-los de modo a visualizar claramente os diferentes níveis de rendimento. É muito importante que ele apresente aos alunos os registros da turma, mostre as metas alcançadas, negocie novos objetivos e comunique os resultados aos pais, dandolhes base e incentivo para acompanhar o aluno. Além disso, o professor precisa utilizar os resultados para orientar o planejamento, propor e executar ações, na sala de aula e na escola. Com isso, ele pode mudar estratégias e procedimentos de ensino que não se mostraram adequados para buscar a resolução dos problemas encontrados pelas crianças, e, também, para avançar onde os resultados foram satisfatórios. Letra A – o jornal do alfabetizador. Belo Horizonte, abril/maio de 2005, ano 1, n.1.

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Oralidade da Linguagem Kátia Lomba Bräkling Começando a conversa O ensino da linguagem oral na tradição escolar tem sido compreendido de várias formas. Ele passa por momentos de livre expressão do aluno sobre assuntos pessoais ou variados, por discussões coletivas sobre conteúdos focalizados em sala de aula, por trocas de opiniões, pela leitura oral de textos, pela declamação de poemas e a realização de jograis e até pela oportunidade de problematizar as questões relativas ao grau de formalidade das falas ou à variedade linguística. Nessa perspectiva, esse assunto é entendido e organizado em situações destinadas a ensinar: • a conversar e se expressar sem compromisso; • a oralizar textos escritos; • que a pouca formalidade dos textos e falas deve ser corrigida, assim como deve ser evitada a utilização de dialetos, gírias etc. Para esse tipo de ensino, a escola apresenta situações que demandam dos alunos que: • estudem determinados temas e que os exponham aos demais oralmente; • organizem seminários a respeito de assuntos específicos; 55

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• participem de debates; • façam apresentações de trabalhos em feiras escolares (de Ciências, mostra de trabalhos desenvolvidos durante o ano letivo, feiras temáticas). Como consequência dessa maneira de compreender o ensino de linguagem oral, tem-se uma prática escolar esvaziada de conteúdo e de objeto de ensino. Uma prática que se baseia no pressuposto de que a escola deve ensinar a falar, mas que se esquece de levar em conta as situações comunicativas nas quais a interação verbal oral acontece e que não considera que os enunciados organizam-se, inevitavelmente, em gêneros, formas estáveis que circulam socialmente e têm a função de organizar o que se diz. Dessa forma, parece que o importante nas atividades de uso da língua oral é ensinar os alunos a falarem bem, com boa dicção e com clareza. Como se produzir um seminário fosse a mesma coisa que participar de um debate, assistir a uma mesa-redonda ou expor informações a respeito de determinado tema. Então, afinal, com o que se deve preocupar, de fato, o ensino da linguagem oral? O que deve ser priorizado no trabalho educativo? Para começar, qualquer mudança nessa prática há de considerar as especificidades das situações de comunicação e dos gêneros nos quais qualquer enunciado se organiza, inevitavelmente, seja ele oral ou escrito.

Linguagem oral e linguagem escrita: novos rumos O ensino de linguagem oral, hoje, tem sido foco de muitas discussões, sobretudo a partir da compreensão da linguagem como atividade discursiva, como processo de interação verbal pelo qual as pessoas se comunicam umas com as outras por meio de textos — orais ou escritos — organizados, inevitavelmente, em gêneros. Essa forma de entender o processo da linguagem tem alterado a visão tradicional a respeito do tema, que acabava por estabelecer características rígidas que distanciam a linguagem oral da escrita. Por exemplo, diz-se que a linguagem escrita costuma utilizar a variedade padrão da língua, enquanto que a oral, não. Será que é sempre assim que as coisas acontecem? Ao analisar, nas práticas sociais de linguagem, as situações reais de interlocução, é possível verificar que essa caracterização polarizada – de um lado, linguagem oral e, de outro, escrita – não se sustenta. Há, na verdade, impregnação entre uma e outra, como acontece em diversas situações de comunicação. Alguns exemplos:

Conferência acadêmica – Um conferencista prepara antecipadamente sua apresentação, decidindo os aspectos a serem abordados – fatos, exemplos, argumentos, contra-argumentos – e os recursos que serão utilizados – exibição de vídeos ou slides, utilização de telão, material em PowerPoint, modelos. Assim organizará sua fala, articulando o que será exposto com os recursos disponíveis. Será preciso ordená-lo do ponto de vista do discurso, selecionando o registro adequado, que, certamente, será mais formal, dada a situação de comunicação e o tipo de público (interlocutores). Nesse lugar, a fala do professor, para ter legitimidade e ser reconhecida, precisará ter consistência teórica, ser adequada, ter lógica nos argumentos e nos exemplos. Será uma linguagem técnico-científica e com um registro mais formal. Como se vê, temos uma situação de produção de discurso oral. No entanto, se observarmos as características apresentadas, identificaremos várias discrepâncias em relação ao que, em geral, se diz da linguagem oral: • a fala foi planejada previamente; • o registro será formal, e poderão ser utilizados recursos e apoios escritos para o conferencista; • a fala tenderá a ser completa e precisa; • utilizará a variedade padrão de linguagem. Programa musical de TV para adolescentes – Um redator da emissora escreve um texto dirigido a adolescentes para ser lido pelo apresentador em um teleprompter. Busca-se, nessa situação, criar um efeito de oralidade e, dessa forma, o registro utilizado é o mais informal possível, tendendo à utilização de gíria. Nessa situação, existem também características especiais: Trata-se de um discurso falado, mas que parte de um discurso escrito. Foi planejado antecipadamente, em função das condições de produção. Embora seja um discurso escrito e o registro não é formal, tende à utilização da variedade culta da linguagem. Mesmo sendo um discurso escrito que será lido, o telespectador poderá contar com os gestos do apresentador no processo de atribuição de sentidos. Não haverá preocupação com o rigor e completude do discurso. No processo de oralização, não será possível contar com a presença física do interlocutor. Programa de rádio – um redator que escreve o texto a ser lido pelo apresentador e, como se busca um efeito de oralidade, o registro a ser utilizado será informal – com utilização de gírias – embora organizado na variedade-padrão da linguagem.

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O discurso será ouvido pelos interlocutores, embora seja lido pelo apresentador (quer dizer, apesar de discurso escrito, no processo de oralização, o suporte passará a ser o fônico, da perspectiva do ouvinte da emissora de rádio). Embora seja falado, o discurso não poderá contar com o gestual corporal, já que será veiculado por rádio. Mesmo sendo discurso escrito, será coloquial e não terá nenhuma preocupação com a exatidão ou completude. Não contará com a presença física do interlocutor no processo de oralização do texto.

O que é comum entre a linguagem oral e a linguagem escrita? E o que diferencia uma da outra? Segundo autores como SCHNEUWLY (1997) e ROJO (1999), as relações existentes entre linguagem oral e linguagem escrita precisam ser pensadas discursivamente. Isso quer dizer que é necessário considerar as condições efetivas de produção dos discursos, levando-se em conta que, nas práticas de linguagem, os discursos escritos mantêm relações complexas com os discursos orais. Veja-se, por exemplo, os aspectos da presença física do interlocutor e do processo de planejamento do discurso. A presença física do interlocutor tem consequências interessantes para o processo de produção do discurso. Quando se trata do discurso escrito impresso, se o interlocutor estiver ausente fisicamente, caberá ao produtor/autor tentar garantir que seu texto (discurso) seja eficaz; ou seja, será preciso planejá-lo antecipadamente, procurando prever possíveis interpretações, dúvidas ou refutações do leitor. Dessa forma, poderá utilizar recursos linguísticos que melhor garantam a construção dos sentidos que o autor pretende, já que não lhe será possível presenciar as reações do interlocutor para esclarecer possíveis interpretações não pretendidas. Quando se trata de um discurso oral a ser produzido na presença física do interlocutor, é possível ao produtor planejar ao mesmo tempo em que produz, já que ele poderá presenciar as reações imediatas de seus interlocutores e, em decorrência delas, reajustar seu discurso, esclarecendo, explicando, exemplificando, reorganizando a fala. Assim, não se pode afirmar categoricamente que a escrita é planejada e a fala é espontânea. O planejamento sempre acontece. O que é diferente é a condição na qual este se realiza: ou durante o processo de produção do texto ou previamente em relação a ele.

É preciso considerar, também, que há condições de produção de discurso oral que não possibilitam a presença física do interlocutor, como uma entrevista radiofônica. Nesta situação, com entrevistado e entrevistador presentes ao mesmo tempo no estúdio e interagindo verbalmente entre si, têm como interlocutor fundamental o ouvinte da emissora, que não se encontra presente no contexto imediato de interlocução. Na entrevista radiofônica ou televisiva, por exemplo, se se analisar da perspectiva do entrevistador, trata-se de um discurso planejado antecipadamente, muitas vezes orientado por fichas escritas, que contêm questões elaboradas ou pelo entrevistador ou pela sua equipe de produção. Por outro lado, do ponto de vista do entrevistado, há um grau muito menor de planejamento prévio, pois o discurso, na maioria das vezes, será organizado a partir de perguntas desconhecidas (ainda que se possa conhecer antecipadamente os assuntos/temas que serão abordados). No entanto, é possível considerar, também, que o entrevistado poderá guiar-se pelas reações do entrevistador ou da assistência presente – plateia, acompanhantes, assessores etc. –, ainda que esses não estejam visíveis ou audíveis para os (tele)espectadores em geral. Ao considerar estes aspectos, é possível afirmar que tanto fala quanto escrita são planejadas. O que as difere é o grau e o tipo de planejamento que se faz, o que é determinado pelo contexto de produção do discurso.

A escolha do registro linguístico Do mesmo modo, não podemos dizer que a fala é menos formal que a escrita, já que a escolha de como organizar essa fala é feita em consequência do: • gênero do discurso; • lugar em que esse discurso circulará. O lugar de circulação do discurso determina sua audiência. Esse fator, articulado com a escolha do gênero no qual o discurso se organizará, determina as escolhas linguísticas que serão feitas para que esse discurso possa ser reconhecido e legitimado por essa audiência. Entre essas escolhas, inclui-se a do registro. Uma palestra acadêmica, por exemplo – quer seu público seja constituído por alunos, quer por importantes pesquisadores –, será sempre organizada em um registro mais formal do que uma conversa cotidiana entre amigos e será sempre planejada previamente, e com mais rigor do que a conversa. Caso contrário, a palestra pode ser desqualificada por causa do emprego inadequado da linguagem e a conversa pode ser considerada “chata” e seu interlocutor “arrogante”. 57

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Uma conversa telefônica, igualmente, dependendo da sua finalidade e de seu interlocutor, será organizada em registros bastante diferentes: se se tratar de formalizar um convite para participação de um evento acadêmico ou se se tratar de marcar horário para fechamento de um contrato profissional, o registro será mais formal do que no caso de uma conversa íntima entre amigos ou familiares. Produção e publicação Também não podemos afirmar que a escrita é mais completa e precisa do que a fala, ou que independe mais do contexto do que a fala, ou, ainda, que tem maior prestígio. O que podemos dizer é que o discurso escrito impresso requer a utilização de recursos diferentes porque suas condições de produção assim o exigem. Não é possível, por exemplo, deixar uma frase para ser completada com um gesto, num discurso escrito impresso, já que o gesto não se escreve e o interlocutor não estará presente fisicamente. No entanto, é perfeitamente adequado, em um discurso produzido oralmente, que a pergunta “Você sabe onde é que estava aquele livro?” seja respondida por “Eu acho que estava bem ali”, e que ambas, pergunta e resposta, sejam acompanhadas por um gesto de apontar que não deixe a menor dúvida sobre de qual livro se fala e a qual local a resposta se refere. Da mesma forma, não podemos dizer que a fala é mais dependente do contexto do que a escrita, pois os contextos de produção de ambas são diferentes. No discurso escrito impresso, dois contextos contribuem para a construção dos sentidos: o de produção e o de publicação O de produção é construído pelo produtor antes do momento da publicação do texto. O de publicação é constituído no processo de editoração e de submissão do discurso ao projeto gráfico-editorial do portador (revista, jornal, livro etc.) no qual circulará. É nessa ocasião que se inserem elementos que serão articulados ao texto, como imagens, espaços, gráficos, fotografias, símbolos, posição em relação a outros textos. O contexto de publicação adquire significado pelo leitor, que passa a constituir os sentidos do texto no momento da leitura, ao articular texto e elementos do contexto. No discurso oral, o momento de produção e o de publicação coincidem, sendo os elementos extraverbais (gestos, slides, gráficos, entonação, “falas” que o precederam etc.) articulados concomitantemente ao elemento verbal. O suporte sonoro e o suporte gráfico da linguagem escrita e da oral Um último aspecto a ser considerado é o que se refere

ao suporte gráfico ou sonoro (fônico) da linguagem. É muito comum a linguagem escrita ser confundida com sua manifestação gráfica – e, nessa perspectiva, qualquer discurso impresso seria considerado linguagem escrita – e a linguagem oral ser confundida com sua manifestação fônica – e, nessa perspectiva, qualquer discurso falado seria considerado linguagem oral. A linguagem escrita, por conta de suas especificidades, não se manifesta, unicamente, de maneira gráfica ou impressa. As notícias (ou mesmo os comentários críticos e as crônicas) de um jornal televisivo ou radiofônico são exemplos de discursos escritos oralizados: são escritos e lidos pelos jornalistas apresentadores dos programas. No caso da TV, os textos são dispostos por escrito no teleprompter para que o apresentador os leia. Em todos esses exemplos os textos são sempre registrados por escrito e terão o grau de formalidade ajustado de acordo com o telespectador/audiência. No entanto, embora sejam orais, nenhum dos textos – da TV ou do rádio – terá frases cujo sentido tenha de ser complementado com recursos gestuais. Portanto, não é condição para que a linguagem seja caracterizada como escrita que seja registrada graficamente. É possível contar uma história utilizando a linguagem escrita, ainda que contar seja uma atividade oral. Como se vê, a linguagem escrita não se reduz ao escrito, ao grafado, ao traçado. Logo, o grafado não pode ser utilizado como critério que diferencia linguagem oral e linguagem escrita. Da mesma maneira, não se pode confundir a linguagem oral com fala ou oralização da linguagem; o som não pode ser usado como critério que diferencia linguagem oral de linguagem escrita. Nessa perspectiva, mais que considerar o suporte gráfico ou fônico da linguagem escrita ou oral, é preciso levar em conta que os discursos são produzidos em determinadas circunstâncias e organizados em determinados gêneros. Linguagem escrita e oral: inter-relações e diferenças As inter-relações existentes entre linguagem oral e linguagem escrita são decorrentes, portanto, das condições nas quais os discursos são produzidos: • do lugar em que circularão; • do lugar social que ocupam produtor e interlocutor (e da imagem que o primeiro constituiu acerca do segundo); • da finalidade colocada; • do gênero no qual será organizado. No entanto, há diferenças entre as duas linguagens. As mais marcantes são:

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• o processo de planejamento do discurso – que, no caso da linguagem oral, é concomitante ao momento da produção, ainda que possa ser sustentado por esquemas prévios; • a relação entre o momento de produção e o de publicação do discurso – que, no caso do discurso oral, é de concomitância e coincidência; • a presença física do interlocutor – típica da linguagem oral. Esses traços determinam outras características para o texto, produto da atividade discursiva. A mais importante delas talvez possa ser considerada a de que os discursos orais possam contar com os elementos extraverbais (gestos, entonação, por exemplo) como constitutivos dos sentidos dos textos, enquanto que na linguagem escrita isso não acontece: todas as referências que possibilitarão ao leitor construir os sentidos do texto – no sentido mais estrito – precisam estar colocadas no texto, e não fora dele. Veja mais um exemplo: “Ela me disse que eu deveria guardar isso daqui lá naquele lugar porque ela não gosta desse tipo de coisa espalhada assim pela casa. Então, você me ajuda? Pega esse negócio, tira dali e põe lá. Senão, quando ela chegar vai ser um estresse só…” Quando lemos esse texto não é possível compreendermos exatamente a que se refere cada uma das expressões salientadas em negrito. Como se trata da transcrição de uma conversa – discurso oral, portanto – os elementos que poderiam dar sentido a tais expressões encontram-se explicitados no contexto imediato de produção do discurso, compreensíveis e identificáveis para os interlocutores presentes fisicamente no processo de produção, e capazes de articular os elementos extraverbais – gesto de apontar, por exemplo – certamente constitutivos da fala. Se se pretendesse transformar esse discurso oral em discurso escrito, teriam que ser acrescentadas em sua linearidade, as informações que faltam, como: • quem é ela?; • o que é isso daqui?; • onde é lá naquele lugar?; • o que é esse tipo de coisa?; • o que vem a ser esse negócio?; • onde é dali e lá? Kátia Lomba Bräkling, Equipe EducaRede. (Os sites indicados nesse texto foram visitados em 24/02/2004.) BRÄKLING, Kátia Lomba. Oralidade da linguagem. Educarede. O assunto é.... Disponível em: <http://www.educared.org/educa/index. cfm?pg=oassuntoe.interna&id_tema=9&id_subtema=4>. Acesso em: 12 maio 2013.

Sites sugeridos

• Cadernos da EJA (MEC). Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view =article&id=13536%3>. • Carta Fundamental na Escola. Disponível em: <http:// www.cartacapital.com.br/carta-fundamental>. • Casa da Arte de Educar; Disponível em: <www.artedeeducar.org.br>. • Centro de Alfabetização leitura e Escrita (CEALE – UFMG). Disponível em: <http://www.ceale.fae.ufmg. br>. • Centro de Estudos em Educação e Linguagem (CEEL – CEEL). Disponível em: <http://www.ufpe.br/ceel>. • Centro de Formação Continuada de Professores (CEFIEL – Unicamp). Disponível em: <http://www.iel. unicamp.br/cefiel>. • Educarede. Disponível em: <http://www.educared.org/ global/educared?CE=br>. • Instituto Avisa Lá. Disponível em: <http://www.avisala.org.br>; • Jornal Letra A. Disponível em: <http://www.ceale.fae. ufmg.br/letra-a-1.html>. • Portal do Professor (MEC e MCT). Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/index.html>. • Salto para o Futuro (TV Brasil). Disponível em: <http://www.tvbrasil.org.br/saltoparaofuturo>.

Matemática Texto 1

AS ESTRATÉGIAS METACOGNITIVAS DE PENSAMENTO E O REGISTRO MATEMÁTICO DE ADULTOS POUCO ESCOLARIZADOS Maria Elena Roman de Oliveira Toledo (USP) Introdução O presente trabalho de pesquisa, ainda em desenvolvimento em nível de Doutoramento, tem por objetivo investigar que tipo de influência o desenvolvimento do pensamento metacognitivo exerce sobre os registros matemáticos de indivíduos adultos pouco escolarizados que estejam ou tenham estado inseridos em um processo de escolarização formal . As primeiras reflexões aqui apresentadas são frutos de uma cuidadosa revisão teórica sobre o tema, somada à aplicação piloto da pesquisa, da qual participaram três sujeitos. 59

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Estratégias metacognitivas de Pensamento A metacognição é o conhecimento que nós temos sobre como nós percebemos, relembramos, pensamos e agimos. Ou seja, é o que nós sabemos sobre o que nós sabemos. As estratégias básicas da metacognição residem na conexão de novas informações para formar o conhecimento, na seleção deliberada de estratégias de pensamento e no planejamento, monitoramento e avaliação dos processos de pensamento. Por isso, o desenvolvimento de habilidades metacognitivas e de auto-aprendizagem tem se demonstrado bastante eficaz, tendo-se em vista o objetivo de “aprender a aprender” e “aprender a pensar”. Uma pessoa “pensadora” é capaz de mudar o seu comportamento; determinar quando é necessário usar estratégias metacognitivas; selecionar estratégias para definir uma situação-problema e pesquisar soluções alternativas; medir sua busca por informações para limitar o tempo e a energia despendidos; monitorar, controlar e julgar o pensamento; e avaliar e decidir quando um problema é solucionado com um grau satisfatório.

A construção do Conhecimento Matemático pelo Adulto Pouco Escolarizado. O indivíduo adulto que nunca frequentou a escola ou que o fez por pouco tempo, não deixou, ao longo de sua vida, de interagir, direta ou indiretamente, com conteúdos matemáticos. Isso porque vivemos em uma sociedade complexa, na qual as transações comerciais e de trabalho são feitas com base na utilização de dinheiro. Além disso, nosso dia a dia é marcado por informações numéricas: os signos numéricos estão presentes nos relógios, nos calendários, nos meios de transporte, nas marcações de peso e altura, entre outras coisas. O reconhecimento dos saberes prévios dos adultos pouco escolarizados tem sido compartilhado por diversos autores (Carraher, Carraher & Schiliemann, 1982; Ferreiro, 1983; Duarte, 1992; Carvalho, 1995; Carvalho, 1996; Marino G, 1996; Ávila, 1996; Jóia, 1996), que constataram em suas pesquisas que a construção do conhecimento matemático por esses sujeitos é anterior à sua entrada na escola. As mesmas pesquisas que apontam para a ideia de que o conhecimento matemático é construído pelos indivíduos adultos fora da escola, demonstram que os métodos de resolução empregados por esses sujeitos para a resolução dos problemas cotidianos distam muito da forma ensinada pela escola. No dia a dia, esses indivíduos conseguem dar conta de situações de ordem prática, como as que envolvem pagamentos de contas, situações de compra e venda, depósitos bancários,

etc. No entanto, os cálculos que são realizados mentalmente, de maneira correta e rápida, não possuem, em geral, nenhuma forma de registro. A inexistência de formas de registro se justifica não só pela ausência da necessidade cotidiana de fazê-lo, mas também, pela consciência que o indivíduo adulto possui de que há regras a serem seguidas para isso e de que a escola desvaloriza tudo aquilo que não é enquadrado nos modelos por ela ensinados. Mesmo os indivíduos que acabam por adquirir formas próprias de registro não costumam exibi-las em sala de aula, devido a essa mesma consciência. Sendo assim, no que se refere à matemática, o retorno à escola parece significar, além da aquisição de novos itens de saber matemático, a aquisição do registro matemático, ou seja, daquilo que foi deixado para trás, por não ter sido necessário na resolução dos problemas cotidianos, mas que é o conhecimento socialmente valorizado e aceito. Um outro aspecto a ser considerado em relação ao desempenho dos adultos pouco escolarizados inseridos em um processo formal de escolarização, diz respeito à dificuldade de expressão verbal dos processos adotados para a resolução de problemas matemáticos. Essa dificuldade também foi constatada e interpretada por Carvalho (1995), tendo-se em vista que Os conceitos e procedimentos matemáticos que os indivíduos utilizam no dia a dia são restritos às circunstâncias práticas, portanto propiciam a construção de instrumentos de mediação contextualizados na situação, não se transformando em amplificadores culturais. Nestas situações as pessoas não precisam incluir a descrição desses procedimentos na fala comunicativa. (...) A elaboração da descrição do procedimento matemático pressupõe a construção de uma linguagem que aos poucos, a partir da interação com os diferentes interlocutores, vai se aproximando da linguagem matemática convencional. (p.49)

A importância do pensamento metacognitivo na educação escolar de jovens e adultos O adulto trabalhador que retorna à escola o faz por diferentes motivos. A ideia que frequentemente se tem é que esse retorno se dá em busca de melhores condições de vida, sendo a escola vista como um veí culo de ascensão social. Isso é fato. Contudo, não é só isso que os indivíduos almejam. Esses indivíduos buscam, também, o aperfeiçoamento de habilidades de comunicação, leitura e escrita, bem como a reparação das consequências cognitivas que a falta de estudo traz.

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Haddad (1986:26) já havia mostrado que para o trabalhador, a escola “(...) é também o local onde busca o conhecimento para melhor estar no mundo e melhor compreendê-lo.” E essa busca pode ser motivada por diferentes fatores: a necessidade de capacitar-se para ensinar os filhos que estão na escola ou para acompanhar o marido; a vontade de interagir melhor com seu ambiente social e de trabalho; o desejo de entender melhor as informações veiculadas pela mídia. Assim, a escola deixa de ser apenas um local onde se adquirem os conhecimentos historicamente construídos pelo homem, para tornar-se um lugar de humanização. Com isso, o objetivo maior da educação de jovens e adultos não pode se restringir à mera transmissão de conhecimentos, mas deve auxiliar os indivíduos a “aprender a aprender” e “aprender a pensar”. Além disso, é importante que a escola de nossos dias objetive a formação de sujeitos ativos na sua própria aprendizagem. Mais do que capazes de assimilar os conhecimentos veiculados, esses indivíduos podem tornar-se capazes de autorregular sua aprendizagem, interagindo com diferentes formas de conhecimento e sendo capazes de selecionar as estratégias mais adequadas à resolução de uma determinada situação-problema, pesquisando soluções, monitorando, controlando e julgando seu pensamento e avaliando os resultados obtidos. É justamente com esse intuito, que as habilidades metacognitivas de pensamento podem ser desenvolvidas junto aos sujeitos adultos pouco escolarizados. O indivíduo adulto que retorna à escola esteve, durante toda a sua vida, inserido em um determinado meio social e cultural, do qual faz parte. Sendo assim, interagiu, mesmo que informalmente, com diferentes conteúdos e construiu, a partir deles, diferentes conhecimentos. Quando, em situação escolar, o indivíduo se defronta com um conhecimento sobre o qual já construiu relações anteriores, é importante que consiga mobilizar seus saberes prévios em prol de uma melhor aprendizagem. A mobilização de seus conhecimentos prévios é fundamental para a interpretação dos conhecimentos transmitidos pela escola, pautada em uma releitura dos mesmos a partir de novas informações combinadas com a lembrança de informações previamente adquiridas. É essa mobilização que permite aos indivíduos a realização de uma atividade mental ativa facilitadora da aprendizagem, pela qual eles constroem e incorporam significados e representações relativos ao novo conteúdo à sua estrutura mental. Uma das formas pelas quais essa mobilização pode ocorrer é através da utilização de

estratégias metacognitivas de pensamento, pelas quais o sujeito é capaz de identificar o que já é sabido e criar meios para a utilização desse conhecimento. Como vimos anteriormente, não interessa ao adulto apenas a aquisição dos conhecimentos escolares e o uso limitado desses conhecimentos apenas em situações escolares. A aprendizagem que se busca é a de conhecimentos que possam ser utilizados em diferentes contextos de suas vidas. O engajamento em habilidades metacognitivas torna o indivíduo mais consciente de seus próprios processos de aprendizagem, tornando-o capaz de monitorar seu desempenho durante a realização de uma determinada tarefa, obtendo, assim, o controle sobre a mesma. Ao requerer a participação ativa do indivíduo, o uso de estratégias metacognitivas aumenta a probabilidade de melhora de seu desempenho nas tarefas realizadas. De acordo com a visão construtivista, a aprendizagem é um processo individual de experiências a partir de novas informações que fazem sentido. Ao fazer sentido, o indivíduo vai adquirindo o conhecimento. Indivíduos que constroem conhecimentos e estão conscientes das lacunas que vão sendo deixadas durante essa construção, estão ativamente usando tanto as estratégias cognitivas como as metacognitivas. A consciência do que é e do que não é sabido é o primeiro passo para aprender e desenvolver-se. Além disso, nos dias de hoje, dada a velocidade com que novas informações vão sendo disseminadas, mostra-se mais importante do que a aquisição dos conhecimentos a construção de estratégias pessoais de interação com os diversos saberes. Essa construção de estratégias se dá mediante o desenvolvimento de uma aprendizagem autorregulada, pela qual os indivíduos se tornam facilitadores desse processo, sustentando assim, sua auto motivação. A capacidade de autorregular sua própria aprendizagem está relacionada ao grau pelo qual os indivíduos são metacognitiva, motivacional e comportamentalmente participantes ativos em seu próprio processo de aprendizagem.

A pesquisa empírica A fase piloto da pesquisa foi realizada tendo por sujeitos três adultos pouco escolarizados, que retornaram à escola em cursos de suplência. Inicialmente, cada um deles resolveu um problema matemático no qual deveria ser feito o cálculo dos gastos necessários para uma construção, a partir de informações sobre as 61

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quantidades e preços de diferentes materiais. Durante a realização da atividade, foi solicitado os sujeitos que “pensassem em voz alta” e esta verbalização foi gravada pela pesquisadora. Uma vez resolvido o problema, os sujeitos foram convidados a relatar o caminho percorrido para a resolução, bem como o porquê de suas escolhas. Na sequência, foi feita uma releitura do problema pelos sujeitos em conjunto com a pesquisadora, tendo por base alguns passos para a resolução de problemas (compreensão do problema, concepção de um plano para a resolução do problema, execução do plano e avaliação), sugeridos por Polya (1995) e compartilhados por autores da metacognição (Fogarty, 1994; Manning, 1996 e Davidson et al. 1996). Com o intuito de auxiliar os sujeitos na tarefa de reler o problema resolvido, lançamos mão de um roteiro de questões a serem respondidas por eles, entre as quais, algumas focadas no problema, ou seja, direcionadas para as características que lhe são intrínsecas e outras, questões metacognitivas, focadas nos processos de pensamento utilizados. Feito isso, os sujeitos passaram à resolução de um problema similar ao primeiro (desta vez a situação de compra referia-se a montagem de uma cesta básica), tendo por objetivo a percepção de existência, ou não, de diferença no desempenho do sujeito após todo o processo de uso monitorado de estratégias metacognitivas de pensamento. Finalizando o rol de atividades, foi proposta a escrita de uma carta em resposta a uma carta escrita pelo personagem do primeiro problema, na qual ele pedia ajuda para a tomada de decisão quanto à forma de pagamento e os gastos que teria na sua construção. A observação dos registros matemáticos nos forneceu indícios sobre o grau de adoção das formas escolares, ou tradicionais, pelos sujeitos, enquanto as entrevistas tiveram por objetivo a percepção da consciência desses sujeitos acerca de seus processos de pensamento. Formulando perguntas a esses indivíduos, que os fizeram refletir sobre os seus conhecimentos de matemática e sobre suas maneiras de pensá-los, analisá-los e utilizá-los, estivemos objetivando o desenvolvimento de aspectos metacognitivos do pensamento. Com isso, quisemos perceber se a melhoria do pensamento metacognitivo levaria a uma melhora nas formas de registro.

Algumas considerações Os três sujeitos investigados em nossa pesquisa piloto apresentam particularidades em seus desempenhos na resolução dos problemas propostos tendo, no entanto, alguns pontos comuns entre eles que, embasados na teoria, nos per-

mitem construir algumas considerações iniciais. O primeiro aspecto a ser considerado diz respeito ao tipo de verbalização empregado pelos sujeitos, durante a realização das tarefas propostas. Recorrendo aos aportes teóricos da metacognição, Dominowski (1998) aponta como um caminho possível para a melhoria do desempenho em resolução de problemas a verbalização, por parte dos sujeitos, dos procedimentos que estão sendo adotados. Para isso, apóia-se na ideia de que o pensamento age como um autorregulador da ação quando o indivíduo se depara com um problema. Em nossa pesquisa optamos por pedir aos sujeitos que fizessem, inicialmente, um relato simultâneo à realização das atividades. Em nossa observação pudemos constatar que nem sempre há uma alteração no desempenho dos sujeitos em decorrência da verbalização feita. A observação do Sujeito 1 de nossa pesquisa deixa claro que seu pensamento em voz alta reflete o conteúdo das ações que estão sendo realizadas, sem no entanto alterar a forma pela qual o problema é resolvido. Constitui-se apenas como um relato dos procedimentos utilizados bem como das dúvidas e das opções que estão sendo feitas. No segundo momento, no qual os sujeitos são levados a fazer uma retrospectiva do que foi feito, a verbalização deixa de ser apenas um “pensar em voz alta” e assume o caráter de relato retrospectivo, levando o Sujeito 1 à percepção de alguns erros cometidos. Algumas relações passaram a ser feitas e cálculos anteriormente realizados o auxiliaram na correção dos erros percebidos. O sujeito ainda não conseguiu fazer sozinho os cálculos necessários, mas revelou uma maior compreensão do que estava sendo feito e chegou mais facilmente ao resultado. Também a forma de registro melhorou e se aproximou mais dos algoritmos tradicionais. Segundo Dominowski (1998), os pesquisadores, de um modo geral, pedem para que os indivíduos “pensem em voz alta”, mas de fato estão pedindo para que deem razões e expliquem o que estão fazendo. Isso faz com que os sujeitos elaborem mais suas verbalizações, o que ocasiona modificações no seu desempenho. Essas mudanças podem ocorrer na hora ou, quando o indivíduo for resolver problemas similares e tiver que verbalizá-los. “Dar razões” de uma maneira explícita é o que pedimos aos sujeitos no terceiro momento da resolução do primeiro problema, no qual os entrevistamos lançando mão tanto de questões centradas no problema como de questões metacognitivas. Nessa fase, o Sujeito 1 teve uma apropriação maior do problema e isso se fez por meio de uma aproxima-

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ção com a própria realidade do indivíduo. Assim, quando perguntado sobre os dados do problema, o sujeito levantou hipóteses sobre o porquê do personagem estar fazendo uma construção nos fundos de sua casa e depois acabou fazendo um relato de episódios de sua vida, através do que aproximou a sua própria realidade à da situação-problema. Falar sobre o problema resolvido e justificar suas ações, fez com que o Sujeito 1 alterasse seu comportamento na resolução do segundo problema. Muitas das dificuldades apresentadas na resolução do problema anterior ainda persistiram. Contudo, essas dificuldades mostram-se minimizadas e a forma de organização também melhorou muito, tanto no que se refere aos valores numéricos, quanto à construção dos algoritmos. Durante a resolução do segundo problema, muitas vezes o “falar em voz alta” já fez com que o sujeito reveja alguns de seus procedimentos. Isso porque, tem-se a impressão que essa verbalização deixa de ser apenas um relato do pensamento, para voltar-se mais às intenções da pesquisadora. O desempenho do Sujeito 3 aproxima-se ao do Sujeito 1, embora apresente maiores dificuldades. Durante a resolução dos problemas, a verbalização refere-se muito mais a uma descrição do que está sendo feito, em termo de cálculos do que a uma descrição das ações. Nossas intervenções, tanto durante o processo, como nas diferentes fases da entrevista, não causaram grandes alterações no desempenho do Sujeito 3. Embora o entendimento da proposta do problema tenha sido mais rápido e fácil, não houve uma diferença significativa no que diz respeito ao registro. Mesmo sendo capaz de resolver sozinho dessa vez, suas dificuldades ainda persistiram. O desempenho do Sujeito 2 nos chamou a atenção por diferir, em grande parte, dos demais. Logo após a proposta de resolução do primeiro problema, agiu da mesma maneira que os demais, iniciando sua atividade mediante a realização de uma leitura silenciosa.. Logo após fazê-la, começou a nos explicar o que necessita fazer para chegar ao resultado pedido. Nesse momento, o que é feito não é exatamente um “pensar em voz alta”, mesmo porque o problema ainda não estava sendo resolvido. Nesse sentido a verbalização não pode ser considerada nem como um relato simultâneo, nem como um relato retrospectivo. Assume um caráter de planejamento das ações, o que pressupõe a compreensão do enunciado verbal do problema através da análise de seus requerimentos e a geração de hipóteses. Feito isso, foi realizada uma segunda leitura do problema, dessa vez aparentemente mais superficial, visando a localiza-

ção dos dados necessários à sua resolução. Na medida em que essa releitura é feita, fica claro que o sujeito está fazendo uma escolha de quais dados são relevantes e quais não o são. Essas diferenças nos remetem ao referencial teórico relativo à diferença entre experientes e principiantes na resolução de problemas (Davidson; Sternberg, 1998), o qual afirma que, enquanto os experientes sabem criar representações mentais que são ligadas aos princípios abstratos do domínio, os principiantes tendem a categorizar e criar representações mentais baseadas no irrelevante, nas características concretas do problema. O Sujeito 2 demonstrou, também, uma nítida preocupação com a forma de organizar as informações e de não esquecer nenhuma delas. Dessa maneira, o sujeito pediu uma régua à pesquisadora, para que pudesse seguir os dados importantes. Essa preocupação também se revelou quando foi escrito ao lado de cada cálculo a que se referia e quando no cálculo do total gasto essas informações também foram colocadas. No momento em que os cálculos foram efetuados, o pensamento em voz alta constituiu-se como uma vocalização dos procedimentos e demonstrou com que grau de organização e clareza o sujeito estava pensando. Quando lhe foi perguntado como chegou ao resultado do problema, respondeu prontamente e de maneira sucinta, o que foi feito. O momento no qual foram feitas perguntas, sob a forma de entrevista, foi aproveitado pelo sujeito para rever mais uma vez o que foi feito e verificar se o registro continha tudo o que era necessário. Embora afastado da escola já há bastante tempo, o Sujeito 2 relacionou, imediatamente, o tipo de problema resolvido com uma situação escolar, provavelmente já vivida. Apesar desse afastamento, o sujeito não perdeu sua segurança sobre a forma correta de raciocinar e, embora não tenha certeza se os cálculos estão corretos, está seguro quanto à forma de raciocínio. Na resolução do segundo problema, foi adotado um procedimento muito similar ao do primeiro. O mesmo padrão de registro foi mantido, vigorando uma preocupação com a organização, a identificação das operações e o uso dos algoritmos tradicionais. Um outro aspecto que nos chamou a atenção durante a realização das atividades diz respeito à forma de leitura realizada pelos sujeitos em relação aos problemas. Sob a ótica da perspectiva interativa de leitura (Solé, 1998b), [...] para ler, é necessário dominar as habilidades de decodificação e aprender as distintas estratégias que levam à compreensão. Também se supõe que o leitor seja um processador 63

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ativo do texto e que a leitura seja um processo constante de emissão e verificação de hipóteses que levam à construção da compreensão do texto e do controle desta compreensão – de comprovação de que a compreensão realmente ocorre. (p.24)

Sendo assim, toda a leitura é vista como um processo contínuo de formulação e verificação de hipóteses e previsões sobre o que sucede no texto e que levam à construção da compreensão do significado do texto. As previsões estabelecidas antes da leitura têm por material gerador o tipo de texto, os títulos, ilustrações, cabeçalhos, etc., bem como as próprias experiências e conhecimentos dos leitores sobre o que estes índices textuais lhes permitem entrever sobre o conteúdo do texto. Nas palavras de Smith (1999:78), [...] previsão é a eliminação antecipada de alternativas improváveis. [...] Nós prevemos desconsiderando alternativas improváveis. Usamos a nossa teoria de mundo para dizer o que é mais provável de ocorrer e deixar o cérebro decidir entre as alternativas remanescentes até que a nossa incerteza seja reduzida a zero.

Para que o leitor seja efetivamente um leitor ativo, que compreende o que lê, deve poder fazer algumas previsões com relação ao texto. Essas previsões devem ser compatíveis com o texto, ou ser substituídas por outras. Quando estas são encontradas, a informação do texto integra-se aos conhecimentos do leitor e a compreensão acontece. No caso de leitores experientes, não ocorre apenas a compreensão mas também a consciência de quando não há a compreensão e um empreendimento de ações capazes de preencher as possíveis lacunas da compreensão. Esta é uma atividade metacognitiva, de avaliação da própria compreensão, e só quando é assumida pelo leitor sua leitura torna-se produtiva e eficaz. Embora em nível inconsciente, à medida que lemos, prevemos, formulamos perguntas, recapitulamos a informação e a resumimos e ficamos alertas perante possíveis incoerências ou desajustes. (Solé, 1998b:116)

Também Smith (1999) afirma que na leitura fluente o olho está sempre à frente das palavras que o cérebro está processando, antecipando os possíveis obstáculos para a compreensão. No caso de leitores principiantes ou com pouca experiência de leitura, a previsão também é feita antes da leitura do texto. Todavia, a previsão pode ser errônea por falta de domínio do código ou do tipo de texto. Como

não existem habilidades de controle da compreensão, muitas vezes os sujeitos inexperientes não conseguem ter sua leitura descolada das previsões realizadas, o que implica em uma distorção das informações contidas no texto. Além disso, segundo Smith (1999) a previsão depende da teoria pessoal de mundo que o sujeito constrói e reconstrói constantemente, com base nas suas experiências. Somos, então, levados a crer que os conhecimentos prévios dos indivíduos são determinantes para o sucesso ou não das previsões de leitura. No caso de leitores principiantes, se não há familiaridade com o tipo de texto, a realização de previsões acertadas fica dificultada. Os três sujeitos de nossa pesquisa iniciam a resolução dos problemas propostos fazendo uma leitura silenciosa dos mesmos. A observação tanto do Sujeito 1, como do Sujeito 3, nos dá a impressão de que a leitura que está sendo feita não é linear. Podemos pensar que esses sujeitos fizeram uma breve e superficial leitura do problema e, de acordo com o contexto encontrado fizeram suas previsões e com base nelas, buscaram as informações que acreditava serem relevantes. Se pensarmos no problema matemático como uma estrutura textual, veremos que esse tipo de texto, tal qual se apresenta, limita-se à situação escolar, não estando presente, com frequência, no dia a dia dos indivíduos. Uma leitura mais cuidadosa, feita após a nossa proposta, no momento da entrevista, leva os sujeitos a uma melhor compreensão do enunciado e passa a ser determinante ao desempenho dos mesmos na resolução do segundo problema que, sendo similar ao primeiro, oferece uma familiaridade um pouco maior com o tipo de texto. Ainda assim, muitas vezes, o apego do sujeito às suas previsões pode dificultar uma compreensão efetiva do enunciado. A forma pela qual o Sujeito 2 realiza a leitura dos problemas também difere da maneira utilizada pelos demais e esse parece ser um dos determinantes de seu desempenho diferenciado. A leitura é feita com mais facilidade e logo após terminá-la o sujeito demonstra que foi capaz de compreender o texto, na medida em que consegue explicar, com suas palavras, o que deve ser feito. Há um nítido controle da compreensão e o texto é retomado cada vez que há alguma dúvida ou quando há necessidade de alguma informação complementar. O domínio do texto como um todo lhe possibilita identificar quais as informações relevantes e relacioná-

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las com facilidade. Compreendendo o texto, fica fácil identificar qual é a meta do problema e atingi-la passa a ser uma decorrência natural do processo. Na construção de nossas considerações, um outro enfoque interessante, já citado anteriormente e no qual podemos nos deter um pouco mais, diz respeito às pesquisas recentes sobre solução de problemas que têm sido orientadas para a comparação entre sujeitos especialistas e principiantes em áreas de conhecimento específicas. Essas pesquisas têm tentado conhecer como a experiência e os conhecimentos específicos numa determinada área ou domínio de conhecimento afetam a solução de um problema próprio dessa área (Echeverría e Pozo, 1998). Uma das ideias defendidas por essas pesquisas é a de que o aumento da perícia de alguém (um aluno, por exemplo), em uma determinada área (resolução de problemas matemáticos, por exemplo), surge como um efeito da prática e, como já foi dito anteriormente, pela superação das próprias limitações em prol de uma melhor utilização dos próprios recursos cognitivos. (Echeverría; Pozo, 1998:31) Uma maior perícia possibilita ao especialista reduzir aquilo que para um principiante constitui um problema, a um simples exercício de aplicação de rotinas automatizadas. Isso significa que a eficiência na solução de problemas depende muito da disponibilidade e da ativação de conhecimentos conceituais adequados. O conhecimento conceitual adquirido encontra-se em íntima relação com o domínio de habilidades procedimentais. Em decorrência disso, a resolução de problemas por especialistas consiste em evitar situações novas ou desconhecidas, como ocorre frequentemente com os principiantes. Os conhecimentos prévios do especialista lhe permitem reconhecer, já de início, a situação-problema como algo conhecido e passível de ser incluído em uma categoria de problemas cuja solução depende, apenas, da aplicação dos procedimentos habituais de resolução. Utilizaremos, em nossa análise, o referencial sobre especialistas e principiantes, adaptando-o à nossa investigação. Nesse caso, estaremos sempre nos referindo a especialistas e principiantes na resolução de problemas, tendo em vista o nível de perícia demonstrado nas tarefas propostas e não sua especialidade no assunto. Os conhecimentos acumulados através da prática permitem que o especialista “reconheça” o problema, incluindo-o numa categoria de situações-problema conhecida e aplicando, através de uma busca “para frente”, o procedimento habitual da

solução, de tal maneira que, para o especialista, o reconhecimento do problema (fase 1 de Polya) costuma trazer consigo, de forma imediata ou semifechada, os passos a serem dados nas fases 2 e 3 (seleção de um plano estratégico e execução do mesmo). (Echeverría; Pozo, 1998:33)

É justamente esse o desempenho apresentado pelo Sujeito 2 na resolução dos problemas propostos. Logo após a leitura do primeiro problema, o Sujeito 2 já é capaz de verbalizar suas intenções sobre a maneira de atingir a meta do problema, demonstrando não só ter compreendido o problema, como também já estar em condições de executá-lo. A estratégia utilizada pode ser considerada como uma “estratégia para frente”, característica dos sujeitos especialistas, que partem das condições enunciadas no problema e se dirigem para a meta ou solução. Estando dotado de uma maior perícia para a resolução dos problemas, foi capaz de usar os enunciados dados como pistas para atingir o conhecimento procedimental. [...] os especialistas reconhecem com maior facilidade o problema como uma situação conhecida, de modo a estabelecer de maneira mais ou menos automática, usando a terminologia de Polya, o plano de ação adequado que executam com rapidez e eficiência. (Echeverría; Pozo, 1998:33)

É sabido que os sujeitos experientes são mais rápidos e cometem menos erros do que os principiantes na solução de problemas. Esse investimento menor de tempo decorre do fato de que os experientes têm conhecimentos prévios disponíveis que lhes permitem reconhecer com facilidade as características ou atributos essenciais do problema e aplicar de forma normalmente rotineira ou automatizada, procedimentos de solução adequados. Isso se fez sensível em nossa pesquisa, uma vez que, enquanto o Sujeito 2 concluiu todas as tarefas propostas em cerca de meia hora, o Sujeito 1 demorou mais de três horas e o Sujeito 3, cerca de uma hora e meia para percorrer o mesmo caminho. Além do tempo despendido pelo Sujeito 2 ter sido muito menor, ele quase não cometeu erros, sendo capaz de perceber e corrigir aqueles em que incorreu. Se focarmos nossa atenção sobre os Sujeitos 1 e 3, veremos que ambos resolveram os problemas propostos como principiantes. Como tais, buscaram pautar suas ações nas circunstâncias concretas das atividades e, por meio de tal procedimento, construíram suas representações. Mesmo antes de compreenderem o problema, passaram diretamente à ação e nela persistiram por um longo tempo. Como lhes faltam conhecimentos prévios e habilidades automatizadas para transformar os problemas em simples 65

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exercícios, acabam por recorrer a uma “estratégia para trás”, pela qual partem da definição dos objetivos ou metas do problema (solução) para ir operando sobre os dados e condições iniciais à procura de uma redução na diferença entre esse estado inicial e a solução. Partindo da análise dos aspectos aqui apresentados podemos considerar, ainda de maneira provisória, que parece haver uma relação direta entre o desenvolvimento de estratégias metacognitivas de pensamento e o aperfeiçoamento do registro matemático de sujeitos adultos pouco escolarizados. É isso que nos mostra o segundo sujeito de nossa pesquisa que, capaz de transformar os enunciados verbais em ações e, monitorar todo o seu processo de pensamento, embora afastado da escola há muito tempo, consegue organizar seu registro de maneira a comunicar, por escrito, suas ideias.

O primeiro sujeito, embora apresentando inúmeras dificuldades, na medida em que é estimulado a utilizar estratégias metacognitivas de pensamento, tem sua consciência acerca dos seus processos mentais aumentada e consegue aprimorar seu desempenho. O terceiro sujeito também é estimulado a fazê-lo. No entanto, apresenta uma dificuldade maior de tomar consciência do que está sendo feito e com isso mantém o tipo de registro apresentado anteriormente. Sendo assim, nossas observações apontam para o fato de que, quanto maior a capacidade do sujeito de utilizar estratégias metacognitivas de pensamento, maior será sua facilidade de registrar os processos utilizados para a solução de problemas matemáticos.

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Bibliografia ÁVILA, A. Um Curriculum de Matemática para a Educação Básica de Adulto. In: BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Jornada de Reflexão e Capacitação sobre a Matemática na Educação Básica de Jovens e Adultos. Brasília, 1996. CARRAHER, Terezinha N.; CARRAHER, David W.; SCHILIEMANN, Analucia Dias. Na vida dez, na escola zero: os contextos culturais da aprendizagem da Matemática. Cadernos de Pesquisa. São Paulo, Fundação Carlos Chagas, v.42, p.79-86, ago.1982. CARVALHO, Dione Lucchesi de. A interação entre o conhecimento matemático da prática e o escolar. Campinas, 1995. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas. ___________. Conhecimento Matemático da Prática e o Escolar da Perspectiva da Sala de Aula. In: BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Jornada de Reflexão e Capacitação sobre a Matemática na Educação Básica de Jovens e Adultos. Brasília, 1996. ____________. A Educação Matemática dos jovens e adultos nas séries iniciais do ensino básico. In: Rede de Apoio à Ação Alfabetizadora do Brasil. Revista Alfabetização e Cidadania: Educação Matemática de Jovens e Adultos. nº 6, São Paulo, Dez/97. DAVIDSON, Janet E.; DEUSER, Rebecca; STERNEBERG, Robert J. The Role of Metacognition in Problem Solving. In: METCALFE, Janet; SHIMAMURA, Arthur P., eds. Metacognition. Knowing about Knowing. Massachusetts, Bradford, 1996. DOMINOWSKI, Roger L. Verbalization and Problem Solving. In: HACKER, Douglas J.; DUNLOSKY, J.; GRAESSER, Arthur C., ed. Metacognition in Educational Theory and Practice. Mahwah, New Jersey, Lawrence Erl-

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Glossário Professor, este glossário tem o objetivo de auxiliá-lo na compreensão de certos termos técnicos utilizados nas orientações destinadas ao seu trabalho. Agrupamentos produtivos: agrupamentos de alunos, que levam em conta o nível de desenvolvimento de cada um na construção de um conhecimento, considerando a Zona Proximal de Desenvolvimento (ZPD). Procura-se agrupar alunos com níveis próximos de desenvolvimentos. Exemplo: pré-silábicos que já distingam letras com silábicos sem valor sonoro; silábicos sem valor sonoro com silábicos com valor sonoro; silábicos com valor sonoro com silábico-alfabéticos; silábico-alfabéticos com alfabéticos. Aliteração: repetição do som consonantal semelhante ou idêntico, em um conjunto de palavras. Exemplo: acho / chuva; assobia/sabiá; joga/choca. Ambiente alfabetizador: diz-se que um ambiente é alfabetizador quando promove um conjunto de situações de usos reais de leitura e escrita nas quais as crianças têm a oportunidade de participar e de construir ideias sobre como se lê e como se escreve. Campo semântico: área a que um conjunto de palavras está relacionado. Exemplo: culinária: receita, tempero, sobremesa, prato, entrada, menu; esporte: natação, futebol, treino, técnico, uniforme, bola, tênis. O que se tem entendido como “campo semântico”, no contexto da alfabetização, é também chamado de campo lexical. Entrada (de dicionário): palavra que aparece em negrito ou destaque em um dicionário, sobre a qual será apresentada uma definição. Leitura de ajuste: leitura realizada pelo aluno, do que ele escreveu, a fim de verificar a coerência entre a hipótese de escrita da palavra e sua grafia convencional. Leitura escandida: leitura silabada. Hipótese de escrita: hipótese sobre a escrita, na qual se encontra um alfabetizando: pré-silábica, silábica (sem valor sonoro ou com valor sonoro), silábico-alfabética e alfabética. Par mais competente: integrante de um agrupamento

produtivo o mais avançado em uma hipótese de escrita ou em outro conhecimento que se pretenda que seja construído ou ampliado em um agrupamento produtivo. Pauta sonora: sequência de sons que integram uma palavra; correspondência grafofônica. Realismo nominal: característica de alfabetizandos que acreditam que o nome de uma coisa, animal ou pessoa acompanha seu tamanho físico. Objetos grandes são escritos com muitas letras. Objetos pequenos são escritos com poucas letras, revelando desconsideração da pauta sonora da palavra. Sistema de escrita alfabética (SEA): sistema de notação complexo que não é construído por memorização, mas por reflexão sobre o que a escrita representa (a fala) e como ela representa (a escrita), por construção e reconstrução de hipóteses a respeito da escrita, que gradativamente incluem a percepção da pauta sonora. Sondagem: tipo de avaliação que consiste em ditar palavras para os alunos a que verificação das hipóteses de escrita. Deve-se partir de palavras polissílabas, para depois ditar as trissílabas, as dissílabas e as monossílabas. A cada palavra ditada, deve-se solicitar a leitura imediata do aluno, indicando com o dedo as partes lidas. O professor registra as reações do aluno diante da leitura e pode fazer intervenções que visem gerar o conflito promotor de avanço nas hipóteses de escrita. Suportes de escrita: objetos sobre os quais os textos se materializam, tais como papel, tela do computador, placas de argila, parede, tecido etc. Textos verbais: textos escritos em palavras. Textos multimodais: textos que se utilizam de múltiplas linguagens, como verbal, visual, musical etc. Vogal nasal: vogal cujo som é nasalizado. Zona de desenvolvimento proximal (ZPD): termo cunhado por Vygotsky, que designa a proximidade entre o desenvolvimento real de um indivíduo (aquilo que ele já é capaz de fazer sozinho) e o desenvolvimento potencial (aquilo que ele pode conseguir fazer com o apoio de um par mais competente – adulto ou criança). Segundo o pesquisador, a zona proximal de hoje será a zona real de amanhã.

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