Outubro, Novembro e Dezembro 2015 (Contém o Finta)
PROGRAMAÇÃO CULTURAL DO NOVO CICLO ACERT, TONDELA E INFORMAÇÃO SOBRE ATIVIDADES DA ACERT
Outubro, Novembro e Dezembro 2015 (Contém o Finta) PROGRAMAÇÃO CULTURAL DO NOVO CICLO ACERT, TONDELA E INFORMAÇÃO SOBRE ATIVIDADES DA ACERT
A ACERT É UMA ESTRUTURA FINANCIADA POR
MECENAS
Edição Acert Associação Cultural e Recreativa de Tondela R. Dr Ricardo Mota; 3460-613 Tondela 232 814 400 / geral@acert.pt / www.acert.pt Setembro de 2015
APOIOS
APOIOS MEDIA
Um inverno com muito calor artístico-cultural O Tom de Festa voltou a ser o local de reencontros e de festejo das artes. O programa encheu as noites de emoções e de distribuição afetuosa do sentir associativo da Acert. A Viagem do Elefante, pelo terceiro ano, percorreu mais localidades, dilatando a relação comunitária que é um atributo referencial do trabalho da Acert. A abertura da Oficina de Artes Criativas tendo como espaço de memória o antigo Cine-Tejá é, para a Acert, um sonho tornado realidade numa parceria conjunta com o Município. Eis mais uma etapa que requer um desafio entusiasmante para se merecer fazer parte de uma comunidade a quem a Acert quer continuar a dar o seu melhor numa cooperação permanente com um Município que pertence a quem vive neste Concelho. (Ver p. 6) E eis que o 4º trimestre de 2015 se apresenta recheado de momentos surpreendentes e de vivências múltiplas com o seu público.
• Oito espetáculos de teatro, explorando estéticas e abordagens dramatúrgicas plurais; • Onze propostas musicais em vários géneros musicais cruzam-se, oferecendo concertos com originalidade comunicativa; • Um espetáculo de dança por uma premiada bailarina espanhola, acompanhada de dois talentosos músicos; • O Trigo Limpo teatro Acert com uma nova estreia teatral: “E Agora”, a escalpelização da atualidade através das palavras de Gonçalo M. Tavares; • Duas residências artísticas na área das artes plásticas de onde resultarão duas exposições made in acert; • O regresso de “Em Memória”, do Trigo Limpo teatro Acert em coprodução com Gambozinos e Peobardos. Mais uma ocasião para ver e rever uma interpretação cativante de Pompeu José; A 21ª edição do FINTA – Festival Internacional de Teatro Acert que presenteia, uma vez mais, o público com surpreendentes propostas de grupos nacionais e internacionais, demonstrando a vitalidade do teatro e o apreço do público por viver intensamente momentos surpreendentes. (Programa pp. 38 a 67)
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A digressão das várias produções do Trigo Limpo teatro Acert por vários pontos do país, sendo de destacar o convite do Folio – Festival Literário Internacional de Óbidos que, na sua primeira edição, escolheu o
“nosso” elefante Salomão como ilustre personalidade que abrirá este grande acontecimento literário, celebrando a obra de José Saramago, seu primogénito criador. Quase uma semana a viver encantos no meio de livros e seus autores de todas as partes do mundo, numa Viagem do Elefante especialmente concebida para a iniciativa. Depois do sucesso alcançado com o espetáculo “A Viagem do Elefante” em Aguiar da Beira, o município lançou o desafio para a criação de um espetáculo de teatro comunitário “A Fuga das Freiras”, com base no facto histórico que terá estado na origem da devoção em torno da Ermida da Nª Srª da Lapa, nesta mesma localidade. A estreia ocorreu a 26 de setembro. (Ver p. 74) E a formação na área da pintura e dos núcleos desportivos da Acert (basquetebol, karaté e escalada)… e as iniciativas comunitárias que têm no espaço da Acert, uma porta sempre aberta… e o Bar Acert oferecendo um acolhimento muito particular… e as escolas que têm uma parcela da sua vida no Novo Ciclo Acert… e o público e os associados que continuam a ser a razão primeira da associação existir. Sejam, pois, bem vindos a esta casa que vos pertence pelo carinho que nela semeiam.
ANTIGO CINE-TEJÁ
INAUGURAÇÃO DA OFICINA DAS ARTES CRIATIVAS A oficina das artes criativas agora reconstruída tendo como espaço de memória o antigo Cine-Tejá é, para a Acert, um sonho tornado realidade. Fruto de um desafio lançado pelo município, a Acert colaborou afincadamente na definição do modelo desta oficina que, mais do que um novo espaço, representa uma oportunidade para envolver o território, projetando-o num universo artístico ainda mais abrangente. Tondela tem um grande historial de construção de engenhos cénicos (máquinas na Expo’98, Hannover 2000, Saragoça 2008, Pinóquio e Elefante, entre muitas outras), através das iniciativas em que a Acert tem participado nacional e internacionalmente, sendo também expressiva a grande diversidade de ofícios tradicionais com técnicas e materiais únicos. Paralelamente, existe todo um conjunto de
empresas locais que têm partilhado sinergias e saberes com a Acert na construção de cenografias relevantes. Tem-se demonstrado, através de um histórico com resultados amplamente reconhecidos, um desempenho na criação de redes de trabalho e parcerias que têm permitido fortalecer capacidades coletivas e individuais num território único, sobretudo pela diversidade que une vontades, fomenta a experimentação e cria projetos que o singularizam no panorama das artes nacionais e do desenvolvimento integrado no interior do país. A Acert valeu-se, ao longo do seu percurso, de instalações cedidas por empresas, colmatando a inexistência de um espaço que se coadunasse à sua continuada atividade nesta área. A cooperante relação com a autarquia na busca de soluções permitiu que o Município tivesse elaborado uma candidatura, na qual a Acert colaborou, no quadro das Redes da Economia Criativa, situação que permitiu financiar a
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construção deste equipamento de referência e dotar Tondela de um espaço de criação e experimentação na área das artes criativas. Este espaço pretende também ser de experimentação para os artesãos locais e de demonstração do potencial que pode ter o artesanato associado às industrias criativas, enriquecendo o património que lhe está associado. Fomentando esta indústria criativa, potenciam-se os saberes locais e os adquiridos ao longo dos quase 40 anos de atividade da Acert, possibilitando criar riqueza para as empresas locais, articulando a relação com o conhecimento dos estabelecimentos dos diferentes níveis de ensino e o contato com especialistas nas várias áreas do saber. Este novo equipamento cultural tem também a missão de responder a encomendas de bens e serviços, concebidos especificamente para o mercado artístico-
cultural, disponibilizando-os aos grupos e organizações que, no país, não dispõem de oferta nesta área, favorecendo a criação de novos mercados para as empresas do território. Este espaço oferece ainda espaços onde se pretende instalar um Fab Lab na área da cenografia, bem como espaços de formação, sendo uma porta aberta a iniciativas inovadoras que permitam que o Concelho de Tondela figure no mapa da inovação através de o desenvolvimento de um Cluster de Industrias Criativas. Estes projetos serão, no futuro, as âncoras que permitirão a afirmação do projeto no território, pela capacidade que têm de envolvimento de agentes públicos e privados, empresas e escolas, artesãos e criativos, no desenvolvimento de novas abordagens a materiais e formas de fazer e de investigação. A Acert demonstra regozijo pela
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O antigo Cine-Tejá renasce como Oficina das Artes Criativas, um novo espaço que reforçará a projeção artística de Tondela e do seu território
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inauguração deste espaço, estando fortemente empenhada em fortalecer os laços de cooperação com a autarquia para que este equipamento pioneiro possa cumprir a função para que foi criado, passando a ser mais um elemento em que a comunidade de todo o Concelho de Tondela se identifique pelos resultados sociais, culturais e de desenvolvimento económico que venham a ser atingidos. A Acert demonstra o seu maior empenho em contribuir para que o conceito delineado seja integralmente aplicado, fazendo prevalecer a valorização das pessoas pelo seu desempenho, talento e capacidade de, solidariamente, valorizarem as complementaridades que congregam vontades e sonhos comuns. Como qualquer oficina, esta precisa de equipamentos, e a Acert vai para aqui transferir o vasto património existente na sua oficina/armazém, a funcionar presentemente com deficientes condições de espaço. A Acert está apostada em afetar o trabalho das suas equipas e iniciar a curto prazo a construção do seu novo engenho cénico que, tal como os anteriores, percorrerá as ruas das localidades do país e estrangeiro,
projetando também o Adn de Tondela como cidade cultural. Que esta oficina seja o berço de sonhos onde construamos bens comuns e um serviço público que transforme este projeto num investimento nas pessoas e na sua capacidade de construir um futuro coletivo mais integrador. A Acert tem quase 40 anos, mas tem a percepção plena de que a sua evolução deve continuar a nortear-se pela coerência com que mantém a sua matriz, bem como pela generosidade com que se entrega às causas públicas, num ato permanente de cooperação partilhada. Eis mais uma etapa que requer um desafio entusiasmante para se merecer fazer parte de uma comunidade a quem a Acert quer continuar a dar o seu melhor, numa cooperação permanente com a autarquia e com todas as organizações e pessoas que compõem o nosso Concelho. Que este novo espaço seja digno do Cine-Tejá que lhe serve de raiz, sabendo guardar memoráveis sinais de muitas gerações de públicos e de artistas, fazendo nele estrear um novo espetáculo comunitário onde o nosso Charlie Chaplin possa anunciar como só ele sabe: “Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível”. ¶¶ Texto da Direção da Acert lido na sessão inaugural de apresentação da Oficina de Artes Criativas a 16 de setembro de 2015.
OUTUBRO, NOVEMBRO E DEZEMBRO 2015 2 OUT 10 OUT 10 OUT Início a 7 OUT 17 OUT 24 OUT 28 a 31 OUT 28 OUT 31 OUT
Café-Concerto Exposição Concerto Formação Café-Concerto Café-Concerto Teatro Exposição Café-Concerto
Los Melones Power Trio Stefan Auf der Maur “Of Birds anda Buildings” Medeiros/Lucas Curso de Desenho e Pintura por Vanessa Chrystie Hugo Pé Descalço Bruno Pato Trigo Limpo teatro Acert - “Em Memória” Cláudio Alves “O monólogo ou o caminho até lá chegar” “Tranglomango” Parc. Gira Sol Azul
13 15 17 84 19 21 23 25 27
2 a 13 NOV 6 NOV 7 NOV 7 NOV 13 NOV
Artes Plásticas Café-Concerto Dança Café-Concerto Café-Concerto
Residência Carlos No “Óstracos” Florencia Paz & Lucas Caballero “Todos los caminos” Vanesa Aibar en Compañia . “EviscerArt” Eduardo Pacheco & Cristian Moret’Flamenco Xabi Aburruzara Trio - Circuito OuTonalidades 2015
44 29 33 35 37
21º FINTA 21 NOV 21 NOV 21 NOV 27 NOV 28 NOV 28 NOV 4 DEZ 5 DEZ 5 DEZ 6 DEZ 7 DEZ 7 DEZ
Teatro Artes Plásticas Café-Concerto Teatro Teatro Instalação Sonora Teatro Teatro Café Teatro Apresentação Exposição Fotografia Teatro
Peripécia “Fardo” Exposição Carlos No “Óstracos” “Azul Espiga” - Parceria Gira Sol Azul Teatro dei Piedi “Huellas (Pegadas)” Art’Imagem “A Maior Flor e Outras Histórias Segundo José” Sonoscopia ” Phonopticion” Miguel Fragata e Inês Barahona “A Caminhada dos Elefantes” Pep Bou “La Piel del Agua” Companhia Cão à Chuva “Lullaby” Apresentação Pública - Museu do Falso, Núcleo de Tondela Carlos Fernandes “Scene” Voadora “A Tempestade”
40 44 46 48 50 52 56 58 60 62 64 66
12 DEZ 18 e 19 DEZ 19 DEZ
Café-Concerto Estreia - Teatro Café-Concerto
Cachupa Psicadélica Trigo Limpo teatro Acert “E agora?” “Cabeça de Peixe” - Parc. Gira Sol Azul
69 71 73
Outubro, Novembro e Dezembro 2015 (Contém o Finta)
Programação Cultural do Novo Ciclo Acert, Tondela
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CAFÉ-CONCERTO
LOS MELONES POWER TRIO Três músicos revisitam canções intemporais do cancioneiro português e brasileiro Uma viagem pelo cancioneiro português, regada com uma ou outra oferenda do “nosso” irmão Brasil, será motivo mais do que suficiente para passar uma noite agradável ao som de canções intemporais. Uma cumplicidade musical de muitos anos une os músicos deste ensemble que dão vida às interpretações com uma comunicação contagiante.
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Voz, Flauta de Bisel e Ewi: José Santos Teclados e Voz: Daniel Romeiro Bateria e Voz: Rui Lúcio SEXTA, 2 DE OUTUBRO 22:30, Bar ACERT Entrada Gratuita
EXPOSIÇÃO
OF BIRDS AND BUILDINGS…
STEFAN AUF DER MAUR Exposição de pintura de um artista suíço que procura as relações e os conflitos presentes no quotidiano à nossa volta Of Birds… Não é o sabor da liberdade que estes retratos de pássaros em pequeno formato propõem. Em vez disso, somos colocados frente a frente com os nossos amigos de plumas, que passam a vida em gaiolas ou aviários. Stefan Auf der Maur apanha estes pássaros com pinceladas aparentemente imprecisas e com uma camada grossa de tinta de óleo, transmitindo uma vivacidade imediata, uma familiaridade curiosa e uma pitada de humor.
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… And Buildings. Definem cada vez mais a paisagem nos subúrbios. Construções individuais como monólitos, edifícios funcionais e maciços, armazéns, silos, chaminés industriais – vemo-los de longe, erguendo-se para o céu, ou passamos distraídos pelas suas fachadas. Encaramos estas construções como perturbadoras ou feias, mas Stefan Auf der Maur procura precisamente estes edifícios, que parecem grandes e mal colocados na paisagem. Costuma encontrar os seus objetos de interesse nos arredores de Basel, quando percorre
a cidade de bicicleta. Pinta diretamente no local, com pincel e cavalete. Estas pinturas são fascinantes pela tensão subtil que transmitem. Os temas urbanos e industriais contrastam com o tratamento pitoresco e nostálgico da tela. Do outro lado, o observador é desafiado pelo despretensiosismo do formato e da apresentação. Ao longo de uma semana, Stefan Auf der Maur percorre Tondela e arredores e completa a sua exposição com obras “regionais”. Stefan Auf der Maur nasceu em 1979, em Lucerna, Suíça, e atualmente vive e trabalha em Basel. Estudou design e ilustração académica na Escola de Belas Artes, em Zurique. Desde 2008, participa regularmente em exposições individuais e coletivas. Inauguração SÁBADO, 10 DE OUTUBRO 21:00, Galeria ACERT Até 16 de novembro Residência no Novo Ciclo Acert de 4 a 10 de outubro de 2015 Informação: www.stefan-aufdermaur.ch Apoio: Galeria Arthobler, Zurique
CONCERTO
MEDEIROS / LUCAS
MAR ABERTO
NUNO CARVALHO ®
Apresentação ao vivo do disco Mar Aberto, com a voz de Carlos Medeiros, uma referência na música portuguesa
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Os dois marinheiros em Mar Aberto são Carlos Medeiros e Pedro Lucas, réus convictos de trocar as voltas às tradições atlânticas. Roubaram palavras a outros, que as usam melhor, e deram-lhes melodias da marinhagem que nunca fizeram. Mestiçaram‑nas ainda com outras culturas: um Magrebe imaginado, uma Andaluzia siamesa de um Algarve e várias Áfricas que deixaram de ser colónia. É essencial esquecer conceitos importados de culinária com pretensões cosmopolitas e sabor duvidoso. Reinventem-se outras coisas, como Pedro Lucas faz, desde 2010, com O Experimentar Na M’Incomoda. Neste seu novo projeto associa-se a Carlos Medeiros,
figura de culto no circuito da música tradicional portuguesa, fonte de inspiração para o seu O Experimentar, graças a O Cantar Na M’Incomoda (1998). Agora é corpo presente neste encontro onde há acordes que ligam os Açores à Ibéria, ao norte de África. Há textos de Miguel Cervantes e de Armando Côrtes-Rodrigues.
voz: Carlos Medeiros guitarras e teclados : Pedro Lucas SÁBADO, 10 DE OUTUBRO 21:45, Auditório 2
CAFÉ-CONCERTO
HUGO PÉ DESCALÇO Os blues e o rock levados ao palco por um músico que é, também, a banda que o acompanha
DR
Projeto a solo de Hugo Silva, músico nascido em Oliveira de Azeméis, há 27 anos. Por ele passa todo o feeling do blues: o bater do pé, o abanar da cabeça e as expressões faciais de quem sente o que o seu instrumento diz e acredita que a música deve ser dançada, sentida e transcendente. Através da guitarra, voz, harmónica e stompbox, um one-man band exercita-se junto do público num tom descontraído. O resultado é uma viagem em constante mutação, um estar descalço para sentir o chão que se pisa, a partilha, o rock liberto.
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guitarra, voz, harmónica e stompbox: Hugo Silva SÁBADO, 17 DE OUTUBRO 22:30, Bar Acert Entrada Gratuita
CAFÉ-CONCERTO
DR
BRUNO PATO
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Concerto de apresentação do disco Um Velho Idiota, sobre a vida e as reviravoltas que a compõem
Este concerto será um percurso de revelação desse novo EP, Um Velho Idiota, um disco com sete canções que fala da vida, de amor, de partir e voltar.
Bruno Pato começou a compor canções desde cedo, mas nunca se preocupou muito com o destino que devia dar-lhes. Em 2009 conhece Lino Vinagre que, mais tarde (2014), viria a fazer as misturas e masterizações do seu EP que inclui “Lua de Paris”, canção que foi inspirada na sua primeira visita à cidade da luz, em 2004. Em 2010, Hugo Ribeiro faz as captações e, com naturalidade, o EP Um Velho Idiota começa a ganhar forma. Como multi-instrumentista, grava todos os instrumentos nos sete temas, exceto as baterias. Entretanto, o seu relacionamento com a empresa Cadeira Amarela proporciona o envolvimento desta produtora na fase de pós-produção musical.
SÁBADO, 24 DE OUTUBRO 22:30, Bar Acert Entrada Gratuita
TEATRO
EM MEMÓRIA, OU A VIDA INTEIRA DENTRO DE MIM
TRIGO LIMPO TEATRO ACERT EM COPRODUÇÃO COM OS GAMBOZINOS E PEOBARDOS – GRUPO DE TEATRO DA VELA
CARLOS TELES ®
O monólogo inspirado no universo de Vergílio Ferreira regressa ao palco da Acert
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Bem-vindos. Não se sentem sem dizer boa noite, não virem costas sem se despedirem. A porta está aberta. A memória está de porta aberta, à espera de mim. Não me deixem aqui sem vir ao meu encontro. Não se desprendam sem saber que já chegaram. Aconcheguem-se. Olharmo-nos é a certeza de que em tudo existimos. Se não for nada disto, não regressem. O tempo deve estar na hora. Reconheço que temos que partir, foi para isso que viemos, é assim que aqui estamos. Bem-vindos até ao fim. Em memória é uma criação dos Gambozinos e Peobardos – Grupo de Teatro da Vela, em coprodução com o Trigo Limpo Teatro Acert. Esta junção artística nasce de uma ligação afetiva que começou nos espetáculos comunitários que a companhia de Tondela dirigiu no Teatro Municipal da Guarda entre 2006 e 2012. Da amizade nasceu a vontade de uma
colaboração que se manifesta aqui através das palavras de Vergílio Ferreira. Em memória é um monólogo de Pompeu José com encenação de António Rebelo e Pedro Sousa.
texto a partir de “Até ao Fim” de Vergílio Ferreira · dramaturgia: António Rebelo, Pedro Sousa e Pompeu José · encenação: António Rebelo e Pedro Sousa · interpretação: Pompeu José · participação especial: António Rebelo e Pedro Sousa cenografia e design gráfico: Zétavares / desenho de luz: Paulo Neto · sonoplastia: Luís Viegas · música: Beethoven, Sonata ao Luar · fotografia documental: Cláudio Alves · fotografia de cena: Carlos Teles vídeo: Fragmenesis · serralharia: Rui Ribeiro 30 E 31 DE OUTUBRO 21:45, Palco do auditório 1 M/12 anos · 55 min. 28 A 31 DE OUTUBRO espetáculos para publico escolar
EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA
O MONÓLOGO OU O CAMINHO ATÉ LÁ CHEGAR
CLÁUDIO ALVES
A jornada fotográfica que acompanhou a criação do espetáculo Em Memória ou a Vida Inteira Dentro de Mim, novamente em cena na Acert
Nascido em Tondela, em 1981, Cláudio Alves estudou fotografia no Ar.Co e tem desenvolvido o seu trabalho a partir de uma forte vertente narrativa, usando as imagens para contar histórias. Em 2012, acompanhou a Queima do Judas, espetáculo de rua coletivo organizado pelo Trigo Limpo teatro Acert e registou a prestação dos personagens conhecidos como Manchas Negras, aqueles que manipulam o fogo da Queima e que raramente são vistos, pelo menos de modo nítido, pelo público. Esse trabalho esteve exposto este ano, por ocasião da Queima do Judas 2015, no espaço do Novo Ciclo, em Tondela.
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Depois de ter sido mostrada ao público da última edição do Tom de Festa, a exposição que agora se reapresenta resulta de várias jornadas que colocaram o fotógrafo a acompanhar de muito perto o processo de criação do monólogo Em memória ou a vida inteira dentro de mim, um espetáculo levado à cena pelo Trigo Limpo teatro Acert em coprodução com os Gambozinos e Peobardos – Grupo de Teatro da Vela. QUARTA, 30 DE OUTUBRO 21:00, Foyer Novo Ciclo Acert Até 6 de dezembro de 2015
CAFÉ-CONCERTO
TRANGLOMANGO
LUIS BELO ®
Apresentação do disco Más Línguas, com o carimbo discográfico GiraDiscos, da Gira Sol Azul
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Más Línguas é o primeiro trabalho discográfico dos Tranglomango, reunindo alguns dos temas trabalhados pelo grupo ao longo de dois anos. Este disco tem o carimbo Gira Discos. Com a formação instrumental clássica do rock, à qual se junta um acordeão, este grupo deixa-se influenciar pela cultura tradicional portuguesa como mote para a prática e domínio de um som que funde estilos contrastantes. Em Más Línguas apresentam-se arranjos de temas tradicionais e temas originais em ebulição destravada, nos quais três vozes em negócios harmónicos animam a morúmbia em qualquer cemitério de paróquia. Liguem os cátodos aos pontos cardeais do corpo e larguem a velhinha: ela vai sacudir o pó do pé. É rock e chula!
Nota: GiraDiscos é um carimbo discográfico da Gira Sol Azul através do qual se pretende divulgar e estimular a criação artística na área da música em Viseu e apoiar a edição discográfica independente.
voz, trompete e guitarra: Catarina Almeida voz e acordeão: Ricardo Augusto guitarra: Bruno Pinto voz e baixo: Ana Bento bateria e percussões: Miguel Rodrigues Músicas: tradicionais portugueses e de Ana Bento · Letras: tradicionais portuguesas, de Bruno Pinto e Fernando Giestas. · Arranjos de Ana Bento, Ricardo Augusto e Tranglomango · Vídeos: Binaural, Luís Belo e Graça Gomes · Espaço cénico e apoio aos figurinos: Ana Seia de Matos SÁBADO, 31 DE OUTUBRO 23:30, Bar Acert Aprox. 80 min. Parceria com Gira Sol Azul (GiraDiscos) Entrada Gratuita
CAFÉ-CONCERTO
TODOS LOS CAMIÑOS
FLORENCIA PAZ & LUCAS CABALLERO (ARGENTINA)
Um espetáculo sublime de músicos argentinos emergentes a revelarem a mestiçagem da música de raiz com a música contemporânea
DR
Um projeto que une músicos em torno de um espetáculo de fusão que explora novos lugares para a música tradicional, deixando que a sonoridade de raiz vagueie por novos lugares, em conformidade com as ocasiões e as canções. A música que se mestiça é a que os representa pela herança da sua história.
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Florencia Paz (Buenos Aires) é uma jovem cantora de música popular e moderna, tendo no seu ADN os estilos musicais de Santiago del Estero (cuna e chacareras), cidade de mitos e lendas e de Los Manseros Santiagueños, um grupo fundado por Onofre Paz (pai de Florencia) há mais de 40 anos, que revigorou o cancioneiro popular e folclórico argentino.
Lucas Caballero é um músico argentino de Formosa, guitarrista de Guauchos (banda argentina de folk/rock, distinguida com o prestigiado Prémio Gardel para “Mejor Álbum Nuevo Artista Folklore” em 2014). Cantautor, produtor artístico, atualmente a produzir o segundo disco de Florencia. Juntos, estes dois artistas adicionam às canções populares a frescura do canto e as canções assumem o horizonte da música popular da atualidade. Com o cheiro da terra e a textura da água, com a memória, com o sentimento arreigado, deixando clara a voz de um povo que se manifesta, que sofre e se alegra e, cantando, transmite os seus sentimentos por todos os lugares.
Músico convidado: Achi Deuz Voz: Florencia Paz Voz e Guitarra: Lucas Caballero SEXTA, 6 DE NOVEMBRO 22:30, Bar Acert Entrada Gratuita
3 PERGUNTAS A
Vanesa Aibar
O ‘quejío’ é a expressão visceral do canto flamenco. Como o descreves e que significado tem para o teu trabalho? Eviscerar é expôr as entranhas e é isso que pode provocar o flamenco, que é uma arte muito profunda e muito relacionada com o sofrimento e as lutas de um povo. É daí que vêm os gritos históricos, ou o quejío, do canto flamenco, como explica Félix Grande, flamencólogo. Neste trabalho apresentamos uma visão desse universo. Partimos de uma inspiração, Juana Valencia, bailarina muito afamada de finais do século XIX, que tinha a particularidade de ser surda. Apesar dessa ausência de audição, Juana foi uma artista de renome e só conseguimos explicar essa proeza pela profundidade que tem esta arte. É algo totalmente irracional e instintivo.
O trabalho da vossa companhia começa pelo flamenco, mas integra muitos elementos de outras linguagens. O que te interessa mais nesse processo de cruzar aquilo a que chamamos tradição com formas mais contemporâneas?
DR
O que mais me interessa é encontrar o flamenco naquilo que à partida possa não parecer flamenco. O flamenco surge-me mesmo que o canto não seja o tradicional e o meu movimento também não o seja. Apesar disso, tem a energia e a essência do flamenco. Não procuro cruzá-lo com outras formas de um modo intencional, mas isso resulta do que os meus ouvidos foram escutando e o meu corpo foi experimentando, um cadinho de músicas e de movimentos cujo ponto de encontro é o flamenco.
A vossa companhia integra três criadores e intérpretes, com contribuições distintas, entre a música é a dança. Como se desenvolve esse trabalho de criação feito coletivamente? Partimos de uma ideia sugerida por mim, da intenção de cada cena, do movimento e do ponto a que quero levar tudo isso. A partir daí, Eduardo e Cristian criam a partitura musical que permite a viagem da dança. Às vezes danço para a música, outras vezes a música dança para mim e outras vezes, ainda, todos os elementos viajam com o seu próprio discurso. Para mim, o ponto mais importante neste trio é o facto de sermos companheiros e amigos e cada um tem a sua própria bagagem profissional, à qual todos temos algo a acrescentar. A comunicação é o que predomina é só ficamos satisfeitos quando cada um acredita que está a dar o melhor de si.
DANÇA
EVISCERART
VANESA AIBAR EN COMPAÑIA (ESPANHA) Uma bailarina premiada no xxi Certamen de Coreografía de Danza Española y Flamenco de Madrid apresenta a sua nova coreografia, acompanhada por dois talentosos músicos
DR
“Fresco e original… Representativo de como o flamenco está evoluindo nas mãos de uma nova geração de artistas.” Dance Internacional Magazine. Vancouver, Canadá
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A bailarina, acompanhada pelo guitarrista Eduardo Pacheco e pela voz e piano de Cristian de Moret, apresenta a coreografia musicada EviscerArt, uma visão do lugar de que emanam as mais profundas emoções, espaço de que é oriundo o quejío (queixume). Dizem que aquilo que primeiro existiu no flamenco foi isso, o queixume, como o pranto de um bebé, o primogénito, o mais profundo, aquele que provém da força expressiva gerada nas entranhas como uma vibração pulsante. Flamenco é víscera, coração e cérebro, desde o canto até à música e à dança. Três criadores trabalham em conjunto
num aprofundamento do flamenco (coreografia musicada) com uma linguagem contemporânea, com rasgos de jazz, rock e silêncio que culmina no som mais puro, na coreografia final. Era Silencio, o trabalho que ganhou o segundo prémio para uma coreografia a solo no XXI Certamen de Coreografía de Danza Española y Flamenco de Madrid, era um aprofundamento do flamenco com uma linguagem contemporânea, com rasgos de jazz, rock e de silêncio. Esta companhia tem obtido assinalável êxito em Espanha e em outros países, sendo de destacar a aclamação do seu trabalho artístico na digressão efetuada em 2014 nos Estados Unidos da América (passando por espaços como Chicago Flamenco Festival 2014, Madison World Music Festival 2014, Lotus World Music and Arts Festival 2014, The Sheldon Concert Hall in St. Louis ou City Winery Chicago).
Coreografia e interpretação: Vanesa Aibar Voz e Piano: Cristian de Moret Guitarra: Eduardo Pacheco SÁBADO, 7 DE NOVEMBRO 21:45, Auditório 1 M/6 anos · 60 min.
CAFÉ-CONCERTO
FLAMENCO EDUARDO PACHECO E CRISTIAN DE MORET (ESPANHA)
Talento flamenco por um duo virtuoso
DR
Um guitarrista e um cantor de flamenco que, com o seu trabalho e talento musicais, alcançam um lugar significante no panorama do flamenco espanhol. Juntos, num concerto onde revelam novas abordagens a um estilo musical que evidencia uma intensidade interpretativa e subtileza notáveis. Dois músicos que renovam o flamenco, demonstrando que uma nova geração de artistas espanhóis continua fortemente apostada em conservar um género musical de reconhecimento mundial, renovando-o com identidade.
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guitarra: Eduardo Pacheco voz: Cristian de Moret SÁBADO, 7 DE NOVEMBRO 23:30, Bar Acert Entrada Gratuita 60 min.
CAFÉ-CONCERTO
XABI ABURRUZAGA TRIO
DR
Um músico e compositor basco, virtuoso da “triki” (acordeão diatónico), que mescla tradição e modernidade
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Amplamente reconhecido como um dos músicos mais talentosos de triki, o acordeão diatónico que marca profundamente a música tradicional basca, Xabi Aburruzaga é seguidor de variados estilos musicais, nomeadamente os que andam pelos territórios da folk, do world, jazz e, sobretudo, da fusão. O seu lado de compositor não se vê refletido até 1999, quando grava a primeira maquete com quatro temas da sua autoria.Em 2000, compõe uma canção para Ikastola Karmelo de Bilbao e grava um CD. Entre 2001 e 2002 cria a sua escola de Trikitixa, a Trikileku, onde estudam atualmente centenas de músicos de toda a geografia marcada pela trikitixa.Em 2013 grava o seu
terceiro disco, Gueure, onde volta a surpreender com um estilo único de sentir a música, que vai desde o folk de “Apirilak 10” a um som mais jazzístico em “Waltz for Ixa”. No ano seguinte vence o Projeto Runas, com disco Gueure a ser distinguido com a máxima pontuação entre trinta e cinco grupos de todo o mundo. Para além do trabalho incessante que tem desenvolvido, Xabi Aburruzaga tem sido igualmente um andarilho pelos palcos em festivais e concertos, a solo e com outros músicos.
Trikitixa e voz: Xabi Aburruzaga Guitarra acústica e coro: Aitor Antruejo Pandeiro e voz: Joseba Urrutia SEXTA, 13 DE NOVEMBRO 22:30, Bar Acert Entrada Gratuita Espetáculo integrado no Outonalidades - Circuito português de música ao vivo organizado pela d’Orfeu
FINTA
21º FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO ACERT Um Festival que presenteia, uma vez mais, o público com surpreendentes propostas de grupos nacionais e internacionais, demonstrando a vitalidade do teatro e o apreço do público por viver intensamente momentos surpreendentes. Grupos espanhóis (Catalunha e da Galiza) e de Itália, oferecem propostas teatrais que exploram várias linguagens cénicas, partilhando os palcos com grupos e criadores com quem a Acert mantem uma relação de parceria na retribuição generosa de intercâmbios da companhia de teatro da Acert. Quase um mês preenchido com convites aliciantes para o público. Quase um mês para atestar que “dramático é perdê-lo”.
TEATRO
Fardo
PERIPÉCIA TEATRO
Fardo é uma criação de Inverno, um Entrudo peculiar. Um ritual de passagem entre o sonho e o térreo, entre o nada e o riso. Um divertimento sobre a Morte, enquanto não chega a Primavera. Talvez seja o sonho de um sono reparador, onde se reúnem forças para um novo ciclo. Um ciclo de melhores colheitas. Um ciclo mais justo. Um ciclo mais perfeito.
Criação, Dramaturgia, Conceção de Figurinos e de Cenário: Peripécia Teatro e Hernán Gené · Interpretação: Ángel Fragua e Sérgio Agostinho · Máscaras de Lazarim: Máscaras de Madeira: Adão Almeida · Réplicas: André Rodrigues
As máscaras de madeira do Carnaval de Lazarim são o ponto de partida da conceção deste espetáculo. A criação assenta no jogo teatral da máscara, também ele ancestral, e originário nos ritos mais primitivos da humanidade e dos rituais para-teatrais, que permite construir um espetáculo de carácter tremendamente poético e universal. As máscaras são exploradas como elementos quase mágicos, que parecem fazer-nos encontrar, debaixo do húmus da nossa cultura, a semente de um imaginário ancestral e vibrante que germina no corpo dos homens que as envergam e desabrocha nas suas cabeças, de forma espontânea e surpreendente.
SÁBADO, 21 DE NOVEMBRO 21:45, Auditório 1 M/12 anos · 70 min.
LINO SILVA ®
Desenho de Luz: Pedro Pires Cabral Assistência de Direção e Operação de Luz e Som: Noelia Domínguez
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Um espetáculo do Peripécia Teatro, inspirado no universo das máscaras do Entrudo de Lazarim 41
3 PERGUNTAS A
Carlos No
Sim, em Tondela e em todo o lado onde o conhecimento e a visibilidade desta peça possa chegar, nomeadamente agora, que o tema dos refugiados está na agenda do dia, quer noticiosa, quer política. Finalmente esta questão começa a ser debatida, inclusive pela “opinião pública”, ainda que o resultado nem sempre seja aquele a que eu mais gostava de assistir, pois constato que este está a ser um tema fraturante na nossa sociedade e não de união, onde esperava que se evidenciasse uma afirmação clara de solidariedade para com estas pessoas.
De que modo a participação de outras pessoas no processo criativo e de construção da instalação pode alterar aquilo que tinhas definido para Óstracos? Em termos conceptuais não creio que esta possa vir a sofrer uma grande alteração, já que esta obra vem, como todas as outras, aliás, materializar um pensamento e uma linguagem muito pessoal e bem definida acerca de uma determinada questão que, neste caso particular, é a da problemática dos refugiados. Já em relação à questão formal, creio que aqui, sim, poderá haver alguma alteração em relação àquilo que defini à partida como sendo as caraterísticas que pretendo que esta obra venha a ter. Bastará, para isso, que surjam, por exemplo, “algumas pedras no meio do caminho” durante a sua produção, e que para as contornar seja preciso encontrar outras soluções. Aqui, o ponto de vista do outro pode ser também muito importante. No entanto, e para já, o que posso garantir é que o “cunho manual/pessoal” de cada um dos participantes vai lá estar, na obra final.
EUGÉNIA LEITÃO ©
Óstracos vai ser criada e mostrada ao público numa altura em que a Europa enfrenta a maior crise de refugiados desde a II Guerra e em que a escolha entre a solidariedade ou o empurrão para o ostracismo está na ordem do dia. Esperas que a instalação desencadeie essa reflexão em Tondela?
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Alguns Óstracos da antiguidade grega chegaram aos nossos dias, outros ter-se-ão desfeito ou perdido com o tempo. Que destino pensas dar a estes Óstracos contemporâneos depois de terminar a exposição? Não tenho a pretensão de que esta obra possa vir a ser uma obra de referência para História da Arte em Portugal, menos ainda da História da Arte Mundial, mas uma vez feita gostaria de lhe dar a maior visibilidade e longevidade possível. Não costumo pensar o meu trabalho em termos da importância que este possa vir a ter num futuro mais longínquo, somente no presente, mas uma vez que me colocam esta questão, e que estou agora a pensar nela, confesso que gostaria de imaginálos com 2500 anos de existência (tal como têm alguns que chegaram até nós), como um registo de memória de um tempo em que questões como estas – as da exclusão do outro – ainda se encontravam, infelizmente, bem presentes e eram debatidas, nesta nossa interminável luta e busca para alcançarmos o chamado “Homem perfeito”, portanto civilizado”.
INSTALAÇÃO
Óstracos CARLOS NO
Inspirado nos ‘ostracos’ da Grécia Antiga, pequenos cacos de barro onde se inscreviam os nomes dos que eram votados ao ostracismo, e partindo dos conceitos de fronteira, margem e exclusão que tem trabalhado na sua obra, Carlos No apresenta uma exposição que decorre de uma residência artística feita em Tondela. Tirando partido do barro negro da região, a exposição conta com a colaboração de gente do concelho de Tondela, através de um workshop onde os participantes serão chamados a criar os seus próprios óstracos em cacos de barro. Esta obra pretende assim, através de uma referência directa relacionada com o passado histórico e político europeu, aludir a uma situação contemporânea quase semelhante à que acima foi referida onde, quase de igual modo, assistimos actualmente a determinadas instituições políticas europeias a votar o número de pessoas que devem ter acesso ao Espaço Schengen, e ao seu país em particular. A presente obra procura, portanto, fazer alusão a uma situação presente que está relacionada com
o fluxo massivo de migrantes que diariamente procuram ter acesso a este espaço geo-político-económico, que é a União Europeia, onde pessoas que teoricamente “não pertencem” a este espaço territorial são impedidos de o fazer, de diversas formas, mas apenas por um simples motivo: o de não serem desejados entre nós, “cidadãos europeus”, segundo teorias segregacionistas por elas mesmas inventadas. À semelhança do que sucedia na antiga pólis grega, onde os cidadãos não desejados eram excluidos da sociedade e enviados para o degredo, parece, infelizmente, que chegou agora a vez de ser uma boa parte da Europa a procurar punir de igual forma todos os migrantes que não são aqui desejados, devendo por isso ser banidos deste espaço/território quando não são, antes disso mesmo, impedidos de nele entrarem. ¶¶ Carlos No Inauguração SABADO, 21 DE NOVEMBRO 21:00, Galeria Novo Ciclo Até 4 de dezembro
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ÓSTRACO ATENIENSE COM O NOME DO GENERAL ARISTIDE VOTADO AO OSTRACISMO EM 483-482 BC
Uma instalação inspirada na Grécia Antiga, a lembrar que o passado nos bate à porta do presente mais vezes do que podíamos imaginar 45
CAFÉ-CONCERTO
Azul Espiga O pianista Alberto Rodrigues apresenta o álbum de estreia do projeto Azul Espiga, no qual confluem duas correntes em busca de um país comum: as canções tradicionais portuguesas e o jazz. Tendo herdado, na infância, a música e as histórias do trabalho no campo, Alberto Rodrigues utiliza a riqueza melódica destas como espinha dorsal de um trabalho cuja profundidade harmónica e rítmica dos arranjos confere aos temas texturas e intensidades surpreendentes, enriquecidas pela voz e acordeão de Ricardo Augusto. Este disco tem o carimbo GiraDiscos.
SÁBADO, 21 DE NOVEMBRO 23:30, Bar ACERT Parceria com Gira Sol Azul (GiraDiscos) Entrada Gratuita www.facebook.com/AzulEspiga
DR
Alberto Rodrigues: Piano/arranjos Ricardo Augusto: Voz e acordeão Vídeo: Ana Seia de Matos, Luís Belo e Rui Mota Pinto
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Cançþes tradicionais desfilando nos trilhos do jazz 47
TEATRO
Huellas (Pegadas)
VERÓNICA GONZÁLEZ · TEATRO DEI PIEDI (ITÁLIA)
Interpretação: Verónica González Direção: Laura Kibel
DR
SEXTA, 27 DE NOVEMBRO 21:45, Auditório 2 M/4 anos · 60 min
MARCO COSTA ©
Verónica González é “uma atriz com o corpo cheio de gente”, assim a descreveu um jornalista argentino, aquando da sua recente digressão pela América Latina. Apresenta-se com um espetáculo intimista onde os pés da atriz humanizam grotescos personagens que vivem histórias onde o absurdo e a poesia se fundem magicamente. Inspirada nas suas inumeráveis viagens pelo mundo, Verónica González irá apresentar um conjunto multifacetado de cenas que representam imagens, sensações e experiências em lugares distantes e próximos, mas que deixam sempre uma pegada na vida de quem as percorreu. Tudo interpretado por originais “marionetas de carne e osso”, que nascem do corpo da atriz, à vista do público, com música e subtis toques de humor. Uma emoção dos pés à cabeça.
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Uma atriz argentina que enche o palco com as suas marionetas de carne e osso 49
TEATRO
A Maior Flor do Mundo e outras histórias segundo José TEATRO ART’IMAGEM
DR
Aqui se convocam personagens inesquecíveis do universo do autor, como o par Blimunda e Baltazar, os Sete Sóis e Sete Luas do Memorial do Convento, a Mulher do Médico e o Cão das Lágrimas, de Ensaio Sobre a Cegueira, mas também criaturas reais, mais ou menos fantasiadas, que povoaram a sua infância, como os seus avós Jerónimo e Josefa, bem como as recordações do que era viver, trabalhar e brincar na
aldeia de Azinhaga do Ribatejo, ou o despertar dos primeiros amores.
Dramaturgia e Encenação: José Leitão Interpretação: Daniela Pêgo e Flávio Hamilton · Pinturas: Agostinho Santos Música: Alfredo Teixeira · Espaço Cénico: Fátima Maio, José Leitão e José Lopes Figurinos e Adereços: Fátima Maio Apoio ao Movimento: Renato Vieira e Ana Lígia · Desenho de Luz: Leunam Ordep Design: Moodystudio · Técnica Som e Luz: Sandra Sousa · Produção: Sofia Leal Direcção Técnica: Pedro Carvalho
SÁBADO, 28 DE NOVEMBRO 21:45, Auditório 2 M/6 anos · 60 min. LEONEL RANÇÃO ®
Inspirado na obra de José Saramago e tendo como base de trabalho dramatúrgico o seu livro para crianças A Maior Flor do Mundo, o Teatro Art’Imagem apresenta uma peça para ser vista por adultos e crianças em conjunto. Uma boa oportunidade para homenagear e divulgar o autor e a sua obra, na esteira do Teatro Art’Imagem, cujo lema tem sido apresentar os grandes autores e textos da literatura universal, transformando-os em teatro. Acrescentando outros textos, que vão desde Pequenas Memórias aos contos Deste Mundo e do Outro, dos Cadernos de Lanzarote aos Poemas Possíveis e ao Discurso de aceitação do Prémio Nobel.
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Partindo de A Maior Flor do Mundo, um espetĂĄculo para todas as idades baseado na obra de JosĂŠ Saramago 51
CONCERTO
Phonopticon SONOSCOPIA
sonoras (instrumentos acústicos, elétricos e altifalantes) que podem ser visualizadas por toda a audiência, disposta concentricamente. A audiência é ainda envolvida por um conjunto de altifalantes dispostos nos limites do círculo envolvente.
Composição e desenvolvimento de novos instrumentos: Alberto Lopes, Alexandre Soares, Carlos Guedes, Filipe Lopes, Gustavo Costa, Henrique Fernandes, José Alberto Gomes, Ricardo Jacinto, Rui Dias e Rui Penha Interpretação: Gustavo Costa, Henrique Fernandes, Filipe Lopes, Alberto Lopes e Alexandre Soares. Produção: Sonoscopia / Patrícia Caveiro Projeto financiado pela Secretaria de Estado da Cultura / DGArtes
SÁBADO, 28 DE NOVEMBRO 23:30, Palco do Auditório 1 Entrada Gratuita
DR
Phonopticon é um modelo de criação e representação sonora coletiva inspirado na arquitetura do Panopticon, um edifício projetado por Jeremy Bentham no século XVIII, onde uma torre central tinha uma visão de 360 graus sobre as celas de prisioneiros que estavam dispostas em círculo. Conceptualmente, porém, as ideias de controlo e poder contidas no Panopticon são substituídas por representações sonoras, livres e abstratas na sua essência, que encontram diferentes significados nos processos de reflexão individual desencadeados em cada ouvinte. O Phonopticon é um espetáculo onde são exploradas novas formas de expressão nas áreas da composição, interpretação e espacialização eletroacústica, recorrendo à construção de novos instrumentos acústicos e eletrónicos como elemento fulcral em todo o processo de criação. Em termos cénicos, o Phonopticon reúne no centro uma série de fontes
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Um projeto experimental de representaçþes sonoras, livres e abstratas 53
3 PERGUNTAS A
Miguel Fragata Em palco, A Caminhada dos Elefantes trabalha com o corpo do actor e a manipulação de bonecos e objectos. Como é o processo de encenar juntando estes elementos para criar uma narrativa em cena? O processo começa precisamente pela narrativa. A opção de ter um ator sozinho em cena tem a ver com uma escolha dramatúrgica. Tratando-se de um espetáculo sobre a morte, que é um processo solitário, achámos que fazia sentido ter apenas um ator em cena. Por outro lado, queríamos contar uma história que envolve um homem e uma manada de elefantes e ainda outras personagens. O recurso aos objetos e às miniaturas (humanas e animais) é uma forma de trazer mais pessoas para a cena, sem ter que multiplicar atores. Interessavanos ainda trabalhar uma ideia de escala. Ficámos muito impressionados quando lemos descrições acerca do tamanho, força e dimensão descomunal dos elefantes na relação com os humanos. Optámos por brincar com essa escala disforme, invertendo-a. Temos elefantes em miniatura, que permitem que o ator fique gigante na relação com eles. E também temos elefantes que, com um trabalho de luz, fabricam sombras gigantes.
Há ainda um aspeto que tivemos em conta quando escolhemos trabalhar com estes objetos: é o facto de estes bonecos serem do universo quotidiano das crianças. São objetos que lhes interessam à partida e que, quando transformados pela linguagem teatral, ganham uma nova dimensão e uma vida que os deixa perplexos. Ver um adulto a contar uma história, com seriedade, com brinquedos (que normalmente os adultos desprezam), é uma experiência que, para as crianças, tem um poder importante.
Que tipo de exigências (técnicas, físicas, interpretativas) enfrenta um ator que contracena com objetos inanimados, como acontece em A Caminhada dos Elefantes? A maior exigência é a credibilidade. Se queremos dar vida aos objetos, eles têm realmente de ganhar essa vida. E têm de ganhar a importância que realmente lhes queremos dar. Quando começámos a trabalhar neste espetáculo e decidimos que queríamos trabalhar com miniaturas, sabíamos que não nos interessava um trabalho de manipulação exaustivo. Não é um espetáculo de títeres ou marionetas. Aquilo que acontece é que em determinados momentos eu tenho que saber dar o foco certo ao objeto que quero evidenciar. Se, ao
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dar o foco ao objeto, eu me relacionar com ele de uma forma credível, acreditando nesse instante que o objeto é um ser animado, ele ganha de facto, perante o público, essa importância e consequentemente ganha vida!
Este é um espetáculo pensado para os mais novos e onde os temas da morte, do esquecimento e da efemeridade são abordados frontalmente. Como é que trabalharam essa abordagem perante a ideia-feita, o preconceito, de que certos temas não devem ser apresentados a um público menos maduro?
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Nós construímos este espetáculo depois de um extenso trabalho de pesquisa em que trabalhámos com mais de 200 crianças, entre os 6 aos 12 anos, em vários pontos do país. Queríamos compreender qual a relação que as crianças têm com o tema da morte. Tivemos o apoio de uma pessoa da psicologia, para nos acompanhar e balizar as propostas que nos permitiram recolher material para depois refletir e sobre ele construir o espetáculo. Percebemos, para nossa grande surpresa, que a relação imediata das crianças com a morte é de grande naturalidade. Elas compreendem a morte através da observação da natureza, compreendem a mudança das estações, lidam com o fim dos animais de estimação, com o fim da vida como uma necessidade vital ao bom funcionamento do planeta. O problema com a morte apenas aparece assim que as crianças compreendem que a morte é encarada como um problema para os adultos. Assim que percebem
que os adultos não querem falar sobre o assunto, ou que não querem dar espaço às crianças para fazer um processo de luto, ou que têm medo da tristeza que possam sentir - perante essas reações, as crianças começam a desenvolver a ideia de que talvez a morte tenha um lado obscuro, sobre o qual ainda não lhes falaram e que devem temer. Nós quisemos trabalhar a partir das crianças, para que o espetáculo pudesse oferecer uma série de perspetivas que elas próprias enunciam sobre a morte. Não poderíamos oferecer respostas (e também não o fazemos!), mas apostámos na criação de uma série de possibilidades sobre o momento do fim, para que crianças e adultos pudessem escolher aquelas que são, para si, mais tranquilizadoras. Sabemos que, para os adultos, é um tema muito sensível, sobretudo quando associado à infância, que geralmente os adultos querem afastar de emoções ditas “negativas”, como a tristeza ou a saudade. Mas foi precisamente por causa desse tabu que o quisemos fazer. Porque essas emoções são tão ou mais importantes do que as ditas “positivas”! É importante sabermos lidar com elas. Interessam-nos os temas difíceis, mas estruturantes. A morte faz parte da vida de uma forma profunda, essencial. É por isso que as crianças a compreendem tão bem. A nossa abordagem a este tema no espetáculo é por isso também natural, às vezes mais profunda, outras vezes feita com humor, de uma forma que, esperamos, possa pôr adultos e crianças em diálogo, tornando o tabu num tema possível para uma conversa em família.
TEATRO
A Caminhada dos Elefantes
MIGUEL FRAGATA E INÊS BARAHONA
Este espetáculo conta a história de um homem e de uma manada de elefantes. Quando o homem morre, os elefantes fazem uma caminhada misteriosa a sua casa, para lhe prestar uma última homenagem: não era um homem qualquer, era um deles. A Caminhada dos Elefantes é sobre a existência, a vida e a morte, e o caminho que todos temos de fazer, um dia, para nos despedirmos de alguém. Um espetáculo que reflete sobre o fim, que é um mistério para todos nós, crianças ou adultos.
Conceção, Dramaturgia e Encenação Miguel Fragata e Inês Barahona Interpretação: Miguel Fragata Cenografia e Figurinos: Maria João Castelo Música: Fernando Mota Luz: José Álvaro Correia Produção: Formiga Atómica Técnica e Operação de Luz: Pedro Machado Operação de Som: Inês Barahona Apoio à Dramaturgia na Vertente da
Psicologia Infantil: Madalena Paiva Gomes Apoio à Dramaturgia na Vertente da Pedagogia: Elvira Leite Consultoria Artística: Giacomo Scalisi, Catarina Requeijo e Isabel Minhós Martins Imagem do Cartaz: UVA Atelier Fotografia de Cena: Susana Paiva Vídeo de Cena: Maria Remédio SEXTA, 4 DE DEZEMBRO 14:30 e 21:45, Auditório 2 M/4 anos · 50 min.
SUSANA PAIVA ®
O regresso a casa de um ator que deixou sinais afetivos e artísticos no espetáculo Materna Doçura, do Trigo Limpo teatro ACERT.
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A morte e a efemeridade num espetáculo para crianças que é, no fundo, para toda a gente 57
TEATRO
La Piel del Agua COMPANYA PEPE BOU (ESPANHA)
A estrela deste número é um grande peixe, filho do vento, que foge da rotina do teatro. A neve durante um vendaval não seria melhor remate para a comédia. De qualquer modo, os pregos e a dentadura da prosa não têm nada a fazer aqui. As bolhas, exército da luz, flutuam no vazio, que é o melhor modo de firmar um pacto, e recordam-nos que também nós nascemos e morremos e somos partes de uma raiz que não precisa de médicos. Porque efémero quer dizer que dura pouco e a humanidade não é outra coisa que não uma constelação de efémeras estrelas.
Criação, direção e interpretação: Pep Bou Pianista: Dani Espasa Iluminação: Pep Bou Imagens e animações: Laura Ginès Figurinos: Rui Alves Construção cenográfica: Pascualin S.L. Técnico de vídeo e iluminação: Mon Feijóo Técnico de palco: Jordina Font/Joan Valldeperas SÁBADO, 5 DE DEZEMBRO 21:45, Auditório 1 M/4 anos · 60 min.
DR
Pepe Bou é um mimo de braços tão compridos que consegue alcançar o azul longínquo. Venceu as bolhas, as flores do ar, as ondas impossíveis até para a água. Esta poética das bolas de sabão, equivalente às palavras, é obra do seu engenho. Onde raio podemos inscrever este espetáculo insólito? Não se trata exatamente de magia, mas antes de poetizar a efetividade do jogo das bolhas. O espaço cénico respira e tem o nervo da pureza.
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A poesia feita espetĂĄculo total na efemeridade das bolhas de sabĂŁo. 59
CAFÉ-TEATRO
Lullaby
RICARDO CHAVES®
CÃO À CHUVA
Criação e Interpretação: Rui Paixão Música e Sonoplastia: Carlos Reis *Uma Criação Imaginarius 2015* SÁBADO, 5 DE DEZEMBRO 23:30, Bar Acert Entrada Gratuita
SARA M SILVA ®
Lullaby é um projeto artístico de fusão, que mistura a linguagem do teatro físico, clown, mímica, improviso e novo circo, propondo um novo olhar sobre o futuro das artes de rua e fazendo uma proposta de investigação sobre o clown contemporâneo e a sua valorização no meio artístico. O projeto ganha forma através de uma intensa interação com o público, tornando-se um convite direto à participação do espectador. Num ambiente de Freak Show, abrimos um espaço de jogo entre palhaço e espectador, que se juntam para construir uma aventura absurda e bizarra, que reivindica o poder da criatividade e do improviso para a construção da narrativa, acompanhada pela música tocada ao vivo. Uma performance interativa e imprevisível, com humor e dinâmica que busca a cumplicidade, a emoção, o riso e o estado primitivo do Homem.
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EspetĂĄculo do clown portuguĂŞs que foi aclamado no Festival de Edimburgo 61
SESSÃO DE APRESENTAÇÃO PÚBLICA DO
Museu do Falso NÚCLEO DE TONDELA
O Museu do Falso é uma instituição permanente sem fins lucrativos, sediada em Viseu, pertença da (e financiada integralmente pela) Projecto Património, perspetivada dentro de uma existência online de supervivência alargada e um modelo expositivo físico “pop-up”, de temporalidade variada, para o conjunto ou parcelas do seu acervo. Assume como Missão, Visão e Objetivo, a divulgação da História Local (mormente do espaço fundacionalmente adstrito: o concelho de Viseu), procurando para tal estabelecer um vínculo entre os investigadores de pendor e sustentação académica inter-pares, no que ao conhecimento histórico diz respeito, e a criação contemporânea “concept-specific”, sempre que possível recorrendo a agentes que possuam ou tenham adquirido/desenvolvido para com o espaço geográfico alvo uma relação de pertença ou reiterado retorno. Efetiva-se a ação do Museu do Falso na sua permanência online ininterrupta – com atualizações periódicas – e na materialização de exposições mais ou menos alargadas no tempo, em espaços que o Museu do Falso considere válidos ou passíveis de transmissão do seu espírito e missão e salvaguardando
o devido crédito e respeito pelas criações e fundamentações dos agentes envolvidos. As obras físicas a integrar no acervo do Museu do Falso serão sempre criadas especificamente para o mesmo, resultando da adição das perspetivas pessoais dos vários agentes envolvidos, uma coleção que se não funde numa visão unívoca da História, embora tendo um elemento (o Museu do Falso e a área geográfica alvo) comum a todas as realizações. Três anos e várias dezenas de incorporações após o início do seu périplo, é com grande satisfação que se anuncia a apresentação pública do primeiro núcleo oficial do Museu do Falso: o Núcleo de Tondela, em resultado de uma (PPP) parceria privado-privada estabelecida com a Acert, e respondendo em Terras de Besteiros ao desígnio da expansão de um modelo curatorial e museológico atuante e adaptado aos novos paradigmas patrimoniais. DOMINGO, 6 DE DEZEMBRO 17:00, Auditório 2
O Núcleo de Tondela deste Museu é uma (PPP) parceria privado‑privada estabelecida com a Acert 63
EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA
Scene
O palco visto de um outro ângulo, propondo novas leituras sobre o ‘estar em cena’ Carlos Fernandes fotografou duas dezenas de espetáculos no Teatro Viriato e apresenta o resultado desse trabalho numa exposição que desafia o público a encontrar novas leituras e ângulos inesperados nos objetos artístico-cénicos. Afastada da intenção de revelar os bastidores escondidos pela cortina do palco, Scene – se me permitem o pleonasmo conceptual, aparentemente, óbvio – insiste na perspetiva enquanto recurso gerador de tridimensionalidade. Premissa que reposiciono relativamente ao ponto de vista do público que, através deste conjunto de fotografias, é desafiado para uma outra camada de leitura dos objetos artísticos; para uma perspetiva desenhada a partir do meu (outro) lugar: o da direção de cena. Nesta exposição, as minhas
identidades - enquanto colaborador do Teatro Viriato e fotógrafo misturam-se. O olhar e a objetiva dirigem-se para a leitura simbólica de quem vê os espetáculos a partir do plano do palco e não da plateia. E, dessa perspetiva, procuro condensar nos meus registos outras dimensões mais cruas (despojadas de adereços cénicos) e quase sempre situadas para cá ou para lá - dependendo, mais uma vez, da perspetiva - da apresentação pública. Scene resulta de um projeto que decorreu ao longo de 2014, durante o qual fotografei perto de 20 dos espetáculos que subiram o palco do Teatro Viriato. ¶¶ Carlos Fernandes
Inauguração SEGUNDA, 7 DE DEZEMBRO 21:00, Galeria Novo Ciclo Até 20 de janeiro de 2016
CARLOS FERNANDES ® ESPETÁCULO CORIOLANO
CARLOS FERNANDES
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TEATRO
A Tempestade VOADORA (ESPANHA)
A Voadora nasceu em 2007. Sediada em Santiago de Compostela, o espírito nómada é uma das suas caraterísticas da companhia que desde sempre desenvolveu projetos e residências artísticas entre Portugal e Espanha.
A sua trajetória teatral tem permitido significativas parcerias com a Acert, nomeadamente a apresentação e residência dos seus espetáculos no Novo Ciclo Acert e a mais recente coprodução com o Trigo Limpo teatro Acert, D.Juan. Um dos seus elementos, Hugo Torres, guarda grandes afinidades com a Acert, uma vez que nela iniciou as suas experiências teatrais.
Encenação de Marta Pazos Intérpretes: Borja Fernández, Diego Anido, Fernando Epelde, Guillermo Weickert, Hugo Torres, Iván Marcos, Jose Díaz, Olalla Tesouro, Sergio Zearreta · Tradução: Manuel Cortés · Cenografia: Ana Luena · Figurinos: Uxía P. Vaello · Coreografia: Diego Anido, Iván Marcos, Guillermo Weickert · Luz: José Álvaro Correia · Música original: Hugo Torres, Jose Díaz, Fernando Epelde Som: David Rodríguez Co-produção: Centro Cultural Vila Flor, XXX Mostra Internacional de Teatro de Ribadavia, Mafalda e Teatro Bruto · Colaboraçao especial: Centro Dramatico Galego SEGUNDA, 7 DEZEMBRO 14:30 e 21:45, Auditório 1 M/12 anos · 110 min.
DR
A companhia galega Voadora partiu da última obra de Shakespeare, A Tempestade, para criar um espetáculo “crítico, mordaz, satírico, irreverente”, segundo o jornal La Republica Cultural. A ilha onde se encontram Próspero e Miranda é encarada como um lugar de fantasia no qual cabem inúmeras referências da cultura pop, que contribuem para dar forma a um espectáulo que inclui bailarinos, músicos e performers. De acordo com Fernando Epelde, que adaptou o texto de Shakespeare para este espetáculo, “A tempestade bebe de todas as fontes possíveis: o único limite é o céu, e a única coisa proibida é o aborrecimento”. No jornal Alcalá, Natália Martos sublinha que as representações da Voadora “implicam o espectador e contam com a sua inteligência”. E no Teatro Crítico Universal, Inma Lopez Silva afirma mesmo que se trata do “espetáculo mais ambicioso de 2014”.
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Um dos mais importantes textos de Shakespeare levado Ă cena pela companhia galega Voadora 67
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CAFÉ-CONCERTO
CACHUPA PSICADÉLICA
CABO-VERDE
Canções cabo-verdianas de autor. Psicadélicas e introspectivas.
RICARDO SALOMÃO ®
Um projeto liderado por Lula’s, músico Cabo-Verdiano (Mindelo). De temperos finos, esta Cachupa faz-se de mormacentas chamas e doce embalo de viagem, conjugando de forma sublime a escola do rock de Seattle com sons crioulos.
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“Encontro-me aqui, na encruzilhada da minha Cachupa Psicadélica, música para fazer fotossíntese, música das entranhas do meu Cabo Verde, nação cultural”. É assim que o Homem da morna alternativa caracteriza este seu projeto, que nos oferece um Cabo Verde embrulhado numa canção de autor, psicadélica e introspectiva.
Voz e Guitarra: Lula’s SÁBADO, 12 DE DEZEMBRO 22:30, Bar ACERT Entrada Gratuita
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TEATRO - ESTREIA
E AGORA?
TRIGO LIMPO TEATRO Acert A companhia da Acert fecha o ano, regressando a uma abordagem teatral com Gonçalo M. Tavares, um escritor de múltiplas partilhas
ZETAVARES ©
Tem sido permanente, em todo o percurso criativo do Trigo Limpo teatro Acert, a colaboração com autores de língua portuguesa. O projeto “Interiores”, desenvolvido entre 2006 e 2008, visava essencialmente contribuir para o desenvolvimento da dramaturgia em língua portuguesa e, ao mesmo tempo, levar à descoberta de personagens que ajudassem a refletir sobre os distintos sinais da portugalidade contemporânea. Nesse projeto, um dos seis autores convidados foi Gonçalo M. Tavares, que escreveu As conferências do Sr. Eliot, texto integrado no espetáculo circOnferências. Dessa colaboração ficou a vontade de nos voltarmos a encontrar. Esse desejo é agora concretizado.
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Em E Agora? vamos escalpelizar a atualidade através das palavras de Gonçalo M. Tavares e tentar perceber o que se está a passar neste nosso mundo.
Texto a partir de os cansados, os animais, os suicidas de Gonçalo M. Tavares Dramaturgia e encenação: Pompeu José Assistência de encenação: Raquel Costa Interpretação: António Rebelo, Ilda Teixeira, José Rui Martins e Sandra Santos Cenografia: Zé Tavares Música: Miguel Cardoso · Assistência Musical: Gustavo Dinis SEXTA E SÁBADO, 18 E 19 DE DEZEMBRO 21:45, Auditório 2 Aprox. 70 min. Classificação a definir
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CAFÉ-CONCERTO
CABEÇA DE PEIXE
DR
Temas ou canções a partir do multiverso musical com gás do guitarrista Bruno Pinto
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Era preciso mais uma banda para um acontecimento musical insólito na cidade. “Ó Bruno, faz lá um par de temas com os teus riffs!”. E como dizem que a melhor parte do peixe é a cabeça, assim surgiu a Cabeça de Peixe que, com este álbum de estreia, experimenta sabores por desvendar. O guitarrista Bruno Pinto é o catalisador do coletivo, delineando os temas ou canções a partir do seu multiverso musical com gás, onde se digladiam diariamente o riff e o silêncio. Considera o rock o estilo que o conduz criativamente, em torno do qual cresceu e formou a sua personalidade musical. Outras estéticas influenciam e pigmentam as suas ideias, como o jazz, a música tradicional e étnica. O músico é também um escritor compulsivo irregular, sendo da sua autoria as letras da banda, que refletem de forma algo críptica o seu interior. Os músicos que completam o projeto são, além de experientes e versáteis, amigos de longa data, que partilham entre si o apetite pelo desconhecido e pela novidade.
Composições e letras Bruno Pinto arranjos Bruno Pinto e Cabeça de Peixe produção Bruno Pinto, Marcos Cavaleiro e Joaquim Rodrigues interpretação Ana Bento (voz e sax tenor), Catarina Almeida (voz e trompete), Joaquim Rodrigues (teclados), Bruno Pinto (guitarra), Marcos Cavaleiro (bateria), Leonardo Outeiro (baixo) SÁBADO, 19 DE DEZEMBRO 23:30, Bar ACERT Parceria com Girassol Azul (GiraDiscos) Entrada Gratuita
© CARLOS TELES / ODE E CEIA
“Com Ode & Ceia, a companhia tondelense criou uma narrativa que cruza as epopeias clássicas, com Os Lusíadas à cabeça, com indiscreto olhar crítico sobre o mundo contemporâneo e as suas dores. O registo é cómico, exuberante, e o público responde à altura.”
TRIGO LIMPO
TEATRO Acert
TEATRO COMUNITÁRIO DE RUA
A FUGA DAS FREIRAS Espetáculo Teatral Comunitário em Aguiar da Beira, com a direção artística do Trigo Limpo teatro Acert Depois do sucesso alcançado com o espetáculo A Viagem do Elefante em Aguiar da Beira, o município lançou ao Trigo Limpo teatro Acert o desafio de criar um espetáculo de teatro comunitário, com base no facto histórico que terá estado na origem da devoção em torno da Ermida da Nossa Senhora da Lapa, nesta mesma localidade.
ZETAVARES ©
Assim, partindo desta ideia, o Trigo Limpo iniciou em junho, com os elementos do grupo de teatro amador de Aguiar da Beira, a primeira fase de trabalho, com uma componente fundamentalmente formativa, que culminou com a montagem de um espetáculo que estreou a 26 de setembro.
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Encenação e dramaturgia: Trigo Limpo teatro Acert · Organização: Município de Aguiar da Beira Parceiros: Cant’arte · Associação Cultural · Santuário da Lapa · Concertinas Grupo da Farra e Clave de Sol · Rancho Folclórico de Pena Verde · Orquestra ADRC Aguiar da Beira · Grupo de Bombos de Carapito ESTREADO A 26 DE SETEMBRO Largo dos Monumentos em Aguiar da Beira
A VIAGEM DO ELEFANTE
TRIGO LIMPO TEATRO ACERT VIAJA COM O ELEFANTE SALOMÃO NO FOLIO, EM ÓBIDOS Salomão e o Trigo Limpo teatro Acert levam A Viagem do Elefante até à bela vila de Óbidos Um honroso convite do Folio – Festival Literário Internacional de Óbidos que, na sua primeira edição, escolheu o “nosso” elefante Salomão como ilustre personalidade que abrirá este grande acontecimento literário, celebrando a obra de José Saramago, primogénito criador do espetáculo teatral de rua que o seu conto originou. Quase uma semana a viver encantos no meio de livros e autores de todas as partes do mundo, numa Viagem do Elefante especialmente concebida para a iniciativa, ponto de encontro de escritores, editores, livreiros, pensadores e poetas com uma comunidade aberta aos livros e à literatura. Às artes e à vida.
FOLIO - Festival Literário Internacional de Óbidos Um território de livros, para os livros, sobre livros… Casa de todas as culturas, a um tempo bastidor e palco de criação, que recupera a tertúlia, solta as ideias e nos põe à conversa à volta da mesa de uma adega, com comida saborosa, café, chá ou um copo de vinho, ou na banca de um mercado, nos degraus de uma antiga igreja, numa velha escola, numa galeria de arte, num museu, ou num jardim. Uma rota de paraísos irrepetíveis onde livros novos e usados nunca se atropelam e só se arrumam para logo se voltarem a desarrumar. Uma vila com um idioma próprio, mas de alcance universal.
15 A 25 DE OUTUBRO Abertura a 15 de outubro, atuações diárias até ao encerramento dia 25. http://foliofestival.com/obidos-vila-literaria
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TRIGO LIMPO TEATRO ACERT
EM DIGRESSÃO De 15 a 17 e de 22 a 25 de outubro “A Viagem do Elefante” FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos
4 de novembro “Cicatriz” às 21:30 5 de novembro “Cicatriz” às 14:30 e21:30 Oficina Municipal de Teatro – Coimbra
De 19 a 21 de outubro “20 Dizer” FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos
7 de novembro às 21h e 8 de novembro às 17h “Em Memória ou a vida inteira dentro de mim” Teatro O Bando – Vale de Barris (Palmela) 13 de novembro “O fascismo dos bons homens” às 14:30 e 21:30 Teatro de Montemuro - Campo Benfeito 20 de novembro “Cicatriz” às 21:30 Cine Teatro Municipal de Serpa 21 de novembro “Em Memória ou a vida inteira dentro de mim” às 21:30 Teatro Municipal da Guarda
RICARDO CHAVES ©
27 de novembro “Em Memória ou a vida inteira dentro de mim” às 21:30 Casa da Criatividade – S. João da Madeira
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© CARLOS TELES NA XINA LUA 2013
MAIS ACERT FORMAÇÃO SECÇÕES INFORMAÇÕES DEBAIXO D’OLHO ANTEVISÃO
FORMAÇÃO DE ARTES PLÁSTICAS
CURSO DE DESENHO E PINTURA
FORMADORA VANESSA CHRYSTIE Direcionado para alunos a partir dos 14 anos de idade
Técnicas de desenho e Pintura a Óleo (Adultos)
Para a primeira parte deste curso, de outubro a janeiro, vamos abordar técnicas com recurso aos materiais mais usados nas salas de aula. Os temas serão tradicionais, do retrato à paisagem, passando pela natureza morta, tendo como referência os grandes mestres clássicos e contemporâneos. A segunda parte do curso, de fevereiro a junho, focar-se-á nas técnicas clássicas de pintura a óleo sobre papel, tela e madeira, com temas variados, explorando os interesses estéticos e criativos de cada formando.
Este curso vai ser dividido em três partes. A primeira será dedicada à observação através do desenho, a segunda à cor no desenho usando pastel seco e pastel a óleo, e a terceira à pintura a óleo. Será um curso bastante intenso, ao longo do qual vamos abordar muitos temas, todos para explorar as possibilidades plásticas destes materiais e os interesses estéticos e criativos de cada aluno. A primeira aula começa com desenho, pelo que será necessário trazer um lápis de grafite e um bloco de papel tipo cavalinho, A3. Nesta aula discutiremos igualmente os materiais que vamos usar ao longo do ano. Trabalharemos o desenho a grafite e carvão durante quatro aulas e depois começamos a introdução de cor no desenho com pastel seco (quatro aulas), seguindo-se o pastel a óleo (quatro aulas). Durante o resto do ano vamos pintar intensivamente a óleo, aprendendo as técnicas clássicas de preparação e pintura a óleo sobre papel, tela e madeira.
Para a primeira aula apenas é necessário um bloco de papel A3, tipo Cavalinho, e um lápis de grafite. Vamos começar logo com exercícios de desenho. QUARTAS-FEIRAS, das 15 às 17h Preço: 45 Euros / 40 Euros Associados
QUINTAS-FEIRAS, das 20:30 às 23h Preço: 50 Euros / 45 Euros Associados
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AULA DE CAMPO COM VANESSA CHRYSTIE NO CURSO DE 2014-2015
FORMAÇÃO NA ACERT
CURSOS DE INGLÊS PARA CRIANÇAS E JOVENS Os cursos de inglês na Acert são organizados pela International House de Viseu, que faz parte da International House World Organization, mundialmente reconhecida pela qualidade do ensino. Os professores são ‘native speakers’ e possuem formação específica no ensino do
inglês como língua estrangeira. Os alunos frequentam duas aulas de 90 minutos por semana, integrados em turmas de acordo com o seu nível de conhecimentos, completando dois níveis durante o ano letivo (outubro a junho).
AULAS DE YOGA A prática do yoga ajuda ao equilíbrio corpo-mente e à redução do condicionamento do pensamento. O relaxar da mente permite perceber que podemos experimentar a vida na sua totalidade e intensidade de um modo plenamente satisfatório.
Professor de yoga: Mário Martins Horários: Terça-feira, das 20:00 às 21:30 Sala Orgânica/ Acert
NÚCLEOS Acert
NÚCLEO DE ESCALADA ACERT
Se gostas de adrenalina, de enfrentar os teus medos, se gostas de escalada, junta-te ao nea. Vem manter-te em forma, tornar-te mais ativo... “Venga ai” como dizem os escaladores. Para pertencer ao nea é necessário: Ser sócio da Acert; Inscrever-se e ter seguro (mínimo nível 3) pela FPME (Federação Portuguesa de
Montanhismo e Escalada). horário terça-feira das 21:00 as 22:00, no ginásio do Pavilhão Desportivo de Tondela. Participantes Jovens e adultos a partir dos 16 anos. as sessões de treinos custam 10 euros mensais. coordenador André Fernandes contacto 962375043 / escalada@acert.pt
NÚCLEO DE BASQUETEBOL ACERT
Há mais de duas décadas a dinamizar a aprendizagem e a prática do basquetebol, o nba oferece formação na área do Minibásquete para os mais novos e treinos regulares para atletas de todas as idades.
Sub 14 Masculinos Nascidos em 2001 e 2002 2ª, 4ª e 6ª feira / Pavilhão Esc. Sec. Molelos, das 18:00 às 19:30
MiniBasket Nascidos de 2003 a 2008: 2ª, 4ª e 6ª feira Pavilhão Mun. Tondela, das 18:00 às 19:30 contatos Pedro Tavares 966 283 153 Isabel Fernandes 918 792 557 Tiago Vale 967 186 594 e-mail basquetebol@acert.pt
NÚCLEO DE KARATÉ DA ACERT
Pretendemos promover a prática do Karaté de forma individualizada, gerindo a natureza lúdica, agonista e de solicitação das qualidades físicas das tarefas que prescrevemos. Traga inicialmente um fato de treino, venha conhecer-nos e decida depois se entra na nossa família de karatecas.
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Treinadores: Sensei Ricardo Chaves e Sensei António Gouveia
treinos: terças e quintas-feiras, no Pavilhão Municipal de Tondela menores de 14 anos: 19:00 - 20:00 maiores de 14 anos: 20:00 - 21:00
ACERT CORPOS SOCIAIS
TRIGO LIMPO TEATRO ACERT
Assembleia Geral Presidente: Luís Henrique P. Brás Marques 1º Secretário: Ana Maria Pereira Bastos 2º Secretário: Carlos Manuel Marques Lima
Direção Artística José Rui Martins e Pompeu José
Conselho Fiscal Presidente: António Elísio Miranda Lindo 1º Secretário: Jorge Manuel Vaz Mendes 2º Secretário: Margarida Amélia G. R. Melo Direção Presidente: Luís Gonzaga Tenreiro da Cruz Vice-Presidente: Maria Lizete Carvalho Lemos 1º Tesoureiro: Pompeu José Oliveira Cortez 2º Tesoureiro: Carlos Alberto Antunes Silva 1º Secretário: Miguel Cláudio Torres Bruno 2º Secretario: José Manuel M. Silva Tavares 1º Vogal: José Rui Martins Henriques 2º Vogal: Carlos Alberto Teles de Figueiredo 3º Vogal: Paulo Fernando Fidalgo Santos Neto 4º Vogal: João Paulo Leão Borges 5º Vogal: Ricardo Miguel T. Chaves Ferreira
Elenco Permanente António Rebelo, Ilda Teixeira, João Silva, José Rui Martins, Pedro Sousa, Pompeu José, Raquel Costa e Sandra Santos
COORDENADORES Núcleo de Basquetebol Acert Pedro Tavares Núcleo de Escalada Acert André Fernandes Núcleo de Karaté da Acert Ricardo Chaves
PROGRAMAÇÃO NOVO CICLO
AGENDA DE PROGRAMAÇÃO
Direção de Programação José Rui Martins e Miguel Torres
Redação/Edição Sara Figueiredo Costa
Equipa Técnica Luís Viegas e Paulo Neto
Paginação Zétavares
Produção Marta Costa e Rui Coimbra
Fotografias Carlos Teles, José Cruzio, Ricardo Chaves, Rui Apolinário e das companhias e produtores programados
Gestão e Tesouraria Pompeu José e Rui Vale Secretariado Paula Pereira Promoção e Imagem Zétavares Limpeza Efigénia Arede
Pré-impressão, impressão e acabamento Rainho & Neves, Lda
INFORMAÇÕES E HOR ÁRIOS HORÁRIOS Bilheteira/Loja (Dias com programação) Das 15:00 às 17:00 e das 20:30 às 22:00 Secretaria e Tesouraria 09:30 às 13:00 e das 14:00 às 18:00
Bar Acert 14:00 às 02:00 Reservas Deverá levantar as suas reservas durante o horário de funcionamento da Bilheteira e até às 21:00 do dia da apresentação, ou ficarão sem efeito.
PREÇOS Admissão de Associados ACERT Pagamento de uma joia de 0,50 € e uma quota semestral de 7,50 €
Descontos Estudantes, Reformados, Portadores de Cartão Jovem e Cartão Jovem Municipal.
Associados (e equiparados) Preço de associados da Acert e/ou sócios das entidades seguintes: Cine Clube de Viseu; d’Orfeu Associação Cultural; Viriato Teatro Municipal; Teatro Aveirense; Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo Caixa Geral de Depósitos.
Preço Especial Desempregados: 2,50€ Espetáculos para público escolar – 2€. Crianças Espetáculos de Sala: grátis 3 a 5 anos. Espetáculos Infantis: Pagamento a partir dos 3 anos, inclusive. Auditórios Espetáculos apresentados no Auditório 1 e Auditório 2: 7,5 € / associados 5€/ descontos 6€ / desempregado 2,5€
FINTA Festival Internacional de Teatro da ACERT, 21 de novembro a 7 de dezembro Caderneta FINTA (inclui todos os bilhetes para os espetáculos do Auditório 1 e Auditório 2) 20€ - associados; 30€ - normal
DEBAIXO D’OLHO
FINALMENTE O VERÃO
JILLIAN TAMAKI E MARIKO TAMAKI editor Planeta Tangerina
Em boa hora a Planeta Tangerina se estreou no campo da banda desenhada, e logo com uma obra de fôlego, assinada pelas primas Tamaki e vencedora de vários prémios internacionais. Finalmente o Verão é uma narrativa de crescimento, uma daquelas histórias que, dedicando-se às personagens que surgem nas suas páginas, não deixa de ecoar parte da história de qualquer leitor que tenha atravessado a adolescência e chegado, mais ou menos incólume, à maioridade. Rose e Windy, as amigas que passam as férias de verão juntas desde que se lembram de ser gente, terão nesta narrativa os seus momentos de descoberta, aqueles que, envolvendo as emoções, a sexualidade e um outro grau de consciência do mundo marcam indelevelmente a aproximação daquilo a que chamamos vida adulta. A história desse verão em que todas as mudanças parecem aproximar-se do corpo, da
experiência do mundo e da vida ainda curta de Rose e Windy conta-se numa banda desenhada de traço belíssimo e muito atento à potencialidade das elipses, elemento fundamental desta linguagem e aqui trabalhado de um modo que se relaciona profundamente com a narrativa (o que fica por dizer, o que se adivinha, o que não se quer enfrentar e por isso se esconde). Que a contracapa de Finalmente o Verão tenha um selo anunciando ser esta uma obra da coleção ‘para adolescentes e outros leitores mais crescidos’ não deve impedir ninguém de ler um livro que é, sem etiquetas etárias, uma obra maior. ¶¶ SFC
DEBAIXO D’OLHO
EL SISTEMA 40: A CELEBRATION
ORQUESTRA SINFÓNICA SIMÓN BOLÍVAR DA VENEZUELA E O QUARTETO DE CORDAS SIMÓN BOLÍVAR (DIR. GUSTAVO DUDAMEL)
editor Deutsche Grammophon
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Quatro décadas de um projeto artístico-social fundado na Venezuela, em 1975, por Jose Antonio Abreu, celebram-se neste disco. El Sistema 40: A Celebration assinala a data redonda de El Sistema, a escola que é associação e que é também várias orquestras e agrupamentos musicais, onde tantas crianças têm tido acesso a formação musical de modo totalmente gratuito. Neste disco, a Orquestra Sinfónica Simón Bolívar da Venezuela e o Quarteto de Cordas Simón Bolívar, formações compostas por essas crianças e jovens saídas de El Sistema, interpretam um conjunto de composições que vão de Tchaikovsky a Beethoven, passando por Bernstein, Dvořák ou Alberto Ginastera. Dirigidos
pelo maestro Gustavo Dudamel, que tem sido o rosto deste projecto, os jovens músicos entregam-se à interpretação com brio e ganas de se superarem. Pode não ser o disco com as mais impressionantes interpretações de qualquer um destes compositores, mas El Sistema 40: A Celebration é um exemplo de como a persistência e o associativismo podem dar frutos, alterar o quotidiano de comunidades, mudar percepções instaladas sobre diferenças sociais e oportunidades. Deve ser a isso que se chama mudar o mundo, mesmo que aos bocadinhos, mesmo que em passos curtos. ¶¶ SFC
Pequeno Grande Polegar No ano da comemoração dos 40 anos, o Trigo limpo teatro Acert, vai criar um novo espetáculo de teatro de rua, “o pequeno grande Polegar” que cruza a experiência artística de “a viagem do elefante” e de “a fantástica aventura de uma criança chamada Pinóquio”. Uma marioneta gigante vai ser a personagem principal de uma nova versão do conto tradicional. E será a primeiro engenho cénico a ser produzido na Oficina de Artes Criativas.
Cicus Lab Em Janeiro de 2016, João Paulo Santos (artista de novo circo, especialista em mastro chinês) vai voltar ao Novo Ciclo Acert. No âmbito do projeto Circus Lab, * João Paulo Santos e o Trigo Limpo teatro Acert vão criar um espetáculo, com participação comunitária, que relaciona o teatro com a técnica circense. * O Circus Lab é um projeto do Teatro Viriato que resulta da candidatura ao programa Pegada Cultural da Direção-Geral das Artes e que define um programa com um foco particular para a disciplina do Novo Circo.
GUSTAVE DORÉ ®
ANTEVISÃO
ACERT Associação Cultural e Recreativa de Tondela Rua Dr. Ricardo Mota, 18; 3460-613 Tondela t: (+351) 232 814 400 / www.acert.pt