Agenda ACERT jan, fev e mar 2016

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JANEIRO FEVEREIRO MARÇO 2016



JANEIRO FEVEREIRO MARÇO 2016 Programação cultural do Novo Ciclo Acert (Tondela) E informação sobre as atividades da Acert

A Acert é uma estrutura financiada por

Mecenas


Apoios media

Edição ACERT Associação Cultural e Recreativa de Tondela R. Dr Ricardo Mota, 18; 3460-613 Tondela (+351) 232 814 400 www.acert.pt Dezembro de 2015

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Apoios


O ano de 2016 vai continuar a ser como foram todos os outros, com uma vontade enorme de reinventar, criar e, sobretudo, partilhar o prazer que tudo isto nos då. Queremos que estes 40 anos de Acert sejam uma festa, uma celebração permanente.


Já foi há 40 anos?!

“O passado não interessa! Importante é o presente e o futuro!” — costuma dizer‑se. Na Acert, em 2016, celebra-se o passado no presente, com orgulho no futuro que já preparamos. Mas tudo isto só faz sentido percebendo como foi o caminho percorrido, de onde se partiu e como se chegou aqui, a este momento em que exclamamos: “Já foi há 40 anos?!” Estas coisas do tempo são sempre relativas, por vezes parece muito, outras, parece pouco… Por vezes tudo parece quase feito, outras parece que falta tudo fazer.

Não nos perdemos em saudosismos, mas assumimos o grisalho de toda esta história já vivida. Temos memória e, por isso, algumas dúvidas, muitas incertezas, próprias de quem nunca se sente conformado, mas há um sentimento inequívoco e comum: foi bom, foi muito bom a Acert ter entrado na cena das nossas vidas para sermos atores desta aventura tão preenchida de peripécias, experiências, ilusões… Uma Acert em que muitos cúmplices e amigos se foram juntando, dando mais força e aumentando a vontade e a alegria de fazer mais, de dar outro passo, e outro… E é com este entendimento que seguimos em frente porque para à frente é que é o caminho.


FEVEREIRO é mês de menos dias, mas ainda assim com muito para ver (e participar). Estreia um novo conceito de espetáculo Concerto Nu Palco — Um músico, Um instrumento e Uma boa Conversa no Palco do Auditório 1. Ainda em fevereiro, um mestre do piano, Mário Laginha e o seu trio. Em fevereiro estreia a 109ª produção do Trigo Limpo em 40 anos, imagine-se. Um urso com poucos miolos, isto depois de no final de dezembro ter estreado a 108ª com o espetáculo E agora?

GILBERTO R. SILVA ©

E a festa começa já em JANEIRO, para além das atividades clássicas (mas não caducas), Judas, Tom de Festa, Finta, e das criações do Trigo Limpo, o ano vai ser preenchido por uma programação diversificada de música, teatro, dança, conferências, exposições e novos conceitos e formatos. Janeiro começa com Carlão, nem de propósito, apresentando o seu último disco, Quarenta e festejando connosco os seus 40 anos. Ainda em janeiro, uma residência artística de João Paulo Santos e da companhia o Último Momento, que no quadro do projeto Circus Lab (em parceria como teatro Viriato), vai criar com o Trigo Limpo e o Na Xina Lua um espetáculo teatral. Iremos receber em residência, para a criação de um espetáculo de dança, o coreógrafo Victor Hugo Pontes, que terá um ensaio aberto ao público.


Em 2016 vamos também realizar um Ciclo de Conversas #acert40 — Momentos de reflexão e conversa com gente de dentro e de fora, abordando vários temas. O ponto de partida da primeira conversa será o fator germinador da Acert, a participação nas suas diferentes perspetivas, como se participava há 40 anos e como se pode continuar a participar cívica, social e culturalmente nos dias de hoje? O trabalho com as escolas continua e, neste trimestre, a programação teatral específica para os diferentes graus de ensino tem muitos espetáculos agendados.

MARÇO é mês da Fábrica da Queima e do espetáculo Queima do Judas, momento sempre marcante no ano Acertino. Este mês o Dia Mundial da Poesia servirá de pretexto para uma noite de Poesia Original onde todos podemos ser os autores do espetáculo, já que apenas serão lidos “Poemas Originais”, poemas escritos por qualquer um de nós. Neste trimestre, os cafés‑concerto, exposições, projetos em desenvolvimento, oficina das artes criativas, acolhimento de residências, itinerância do Trigo Limpo, continuam a marcar pluralmente a atividade da Acert. E isto tudo enquanto vamos já preparando o próximo trimestre e os outros que se lhe seguem, porque a festa dos 40 Anos da Acert será durante todo ano.


9 JAN

GONÇALO F SANTOS

2016

CONCERTO

Carlão apresenta Quarenta, um concerto que abre a temporada da programação do Novo Ciclo num ano em que também a Acert celebra os seus Quarenta Anos 8


“Quarenta”

Carlão Carlão é um músico que deixou sinais inconfundíveis na música portuguesa. Os Da Weasel, conferiram-lhe uma merecida notoriedade e abriram caminho para uma contínua experimentação em apostas musicais com estilos e formatos diferenciados. Chegado aos 40 anos, grava um novo disco a solo onde sublinha este número, mas é nos palcos que continua a afirmar a sua felicidade em continuar a conquistar o público com as propostas novas em que continua empenhado. Este concerto revela um Carlão que se deixou seduzir pelo rap ou pela spoken word, pelo punk ou pelo hip hop, mas que persiste em dar voz a letras que fazem dele um escritor/intérprete acutilante, pela visão muito própria com que revela o seu olhar pelo que o rodeia. Na Acert, os Da Weasel gravaram um dos seus vídeos num concerto memorável. Carlão regressa com o seu novo concerto, para um aguardado momento em que continuará a contagiar aqueles que admiram a sua música.

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“(…) Quarenta é o buraco da fechadura por onde espreitamos tanto um grande amor como uma conspiração para a revolução. E que ninguém se sinta constrangido porque se trata de um voyeurismo confortável. Este Carlão mostra-se sem se escancarar, no ponto de contenção dos próprios beats, contagiantes mas pouco óbvios, mesmo quando o Branko arrisca o flirt descarado com a sobre-exposta kizomba e a torna sua, deles, nossa. Se houver por aí quem resista, por favor, que pegue nos 40 anos do Carlão e os enfie pelo buraco do tédio acima. Ele não precisa desse número para nada porque é o mesmo puto de sempre.” ¶¶ Ana Markl Artista: Carlão (Carlos Nobre) Dj: Dj Glue (Miguel Santos) Teclas: Gil Pulido Mc: Bruno Ribeiro Baixo: Nuno Espirito Santo

Sáb. 9 de janeiro às 21:45 Auditório 1 Bilhete: 15€; Associado Acert: 10€


16 JAN 2016

Novo Ciclo Acert acolhe

11º Encontro do Fórum Cidadania & Território Governança e Administração Multinível do Território e sua Relação com os Processos Participativos Com a participação de muitos projetos e ativistas de todo o país, o 11º encontro do Fórum Cidadania & Território refletirá sobre o tema “Governança e Administração Multinível do Território e sua Relação com os Processos Participativos”. O Fórum Cidadania & Território é um fórum cívico, plural, de reflexão, debate, troca de experiências, ação cooperativa e intervenção pública sobre a construção do futuro das comunidades locais a partir de processos de desenvolvimento territorial. Entendemos por desenvolvimento territorial o conjunto de processos localmente enraizados, democráticos e baseados em abordagens integradas, intersectoriais, participadas, inclusivas e colaborativas.

Cidadania & Território emana diretamente da sociedade civil, é independente de quaisquer poderes políticos e económicos e resulta da agregação voluntária de pessoas e organizações disponíveis para participar, apoiar e facilitar a construção e concretização partilhadas de ações que promovam processos de desenvolvimento territorial. Cidadania &Território visa a promoção, numa lógica colaborativa, do bem-estar e empoderamento das comunidades de territórios específicos, tanto urbanos como rurais e urbanorurais. No próximo dia 16 de janeiro, a Acert acolhe o 11º Encontro deste Fórum Cidadania & Território.

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PROGRAMA

10:00

REUNIÃO DO FÓRUM C&T

10:00 Sessão de Acolhimento • Boas Vindas – José António Jesus, Presidente da Câmara M. de Tondela* • Apresentação do território e da entidade que acolhe – José Rui Martins (Acert) • Quem somos e de onde vimos 10:45 Ponto de situação dos desafios lançados pelo Fórum C&T • Pinhal Interior Sul (PIS) • Proposta – Territórios Vulneráveis (cont. GovInt) 11:00

Novos Desafios/ações a lançar ao C&T / Apresentação de Projetos • Projeto de Mobilidade Erasmus+ – Miguel Torres (Acert) • Projeto Tondela+10 – Miguel Torres (Acert) • Projeto Transnacional "Don't Waste Our Future" – In Loco

11:30 Continuidade/próximos passos dos desafios lançados ao C&T: • Projeto Cidadania & Território – Rumo, Acert, Terras Dentro* e Rota do Guadiana* • Projeto Portugal Participa – Giovani* • Fórum Finanças Éticas e Solidárias – Sara Trindade 12:15

Para onde queremos ir?

12:45 Outros assuntos: • Marcação do próximo Encontro 13:00

ALMOÇO PARTILHADO

OFICINA TEMÁTICA “Governança e Administração Multinível do Território e sua Relação com os Processos Participativos” • Nuno Martinho – Secretário Executivo da CIM Dão Lafões; 14:15

• Carlos Humberto – Presidente da Câmara Municipal do Barreiro; • Alfredo Simões – Coord. da ADLAP; investigador, foi docente do IPV e vice-presidente da CCDR Centro; • Ana Pinho, docente da Universidade Católica de Viseu, especialista em Planeamento Urbanístico, consultora das Câmaras M. de Lisboa e Viseu; • Maria Manuel Marques – Ministra da Presidência e Modernização Administrativa*; • Reflexões Finais – João Ferrão, Investigador Coordenador do ICS e membro do C&T • Moderação – Jorge Miranda (Etnoideia) e membro do C&T 17:30

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ENCERRAMENTO E AVALIAÇÃO DO ENCONTRO *presenças a confirmar


16 JAN

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2016

TEATRO

Qualquer semelhança com a realidade que detetem é mera coincidência… Você é um dependente digital? 12


ZunZum Associação Cultural

Câmara de Eco Trata-se de um projeto inovador, baseado em conhecimento científico lançado recentemente, sobre os benefícios da interação com a Web, mas ao mesmo tempo, reflete os perigos na redundância da informação que nos é fornecida, tendo como conceitos chave: a emoção surpresa e a novidade! Num investimento ambicioso e profissional, a Zunzum reúne uma equipa numerosa que tem vindo a trabalhar desde maio, com o objetivo de partilhar com o seu público um espetáculo único e irreverente. "Estas coisas que por aqui se vão vendo só acontecem no mundo digital, que fica longe e é um sítio perfeitamente delimitado no espaço. Assim, estas questões circunscrevem-se a esse território e dizem respeito apenas aos nativos desse sítio. Qualquer semelhança com a realidade que detetem é mera coincidência… Você é um dependente digital?” É desta interrogação que parte a ZunZum para questionar o modo como nos relacionamos com o universo digital e as redes sociais. Com a informação e o entretenimentos disponíveis a qualquer hora, bastando, para lhes

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aceder, um pequeno toque no ecrã, telemóveis e tablets passaram a integrar todos os momentos do nosso quotidiano, substituindo, em muitos deles, a comunicação interpessoal. O texto, de Fernando Giestas, parte da tese de doutoramento Emotions and Recommender Systems: a social network approach, de Carlos Figueiredo (2014) e promete contribuir para uma reflexão pertinente sobre estas questões, cada vez mais parte essencial de quase todos os nossos gestos. Texto: Fernando Giestas / Conceção, Direção e Espaço cénico: Fraga / Assistente de encenação: Mariana Veloso / Construção de cenários: José Loureiro / Figurinos e adereços: Daniela Fernandes / Desenho de luz: Rui Pêva / Imagem: Oscar Sánchez Requena / Vídeo: Ricardo Röseler / Atores: André Ferreira, Carlos Cruchinho, Lia Cruz, Joana Sevivas, Jorge Justo, Patrick Olufson, Ricardo Röseler

Sáb. 16 de janeiro às 21:45 Auditório 2 // 70 min. // m/16 Bilhete: 7,5 € / Associado: 5 € Descontos: 6 € / Desempregado: 2,50€


BAR ACERT

Cafés-concerto e teatro nos 40 anos da Acert A música étnica, no seu conceito mais abrangente, tal como a divulgação de projetos artísticos regionais, nacionais e internacionais emergentes, será o conceito que a Acert procurará explorar na programação de 2016. O espaço Bar Acert é o espaço de excelência para o convívio e o encontro de associados e público. Aberto diariamente, oferece condições singulares para encontros de trabalho, de ócio, de estudo e para sentir o movimento dos criadores que habitam os espaços de preparação e apresentação dos espetáculos. O Bar Acert complementa com o seu serviço e iniciativas o ambiente cultural acolhedor, cooperando também para que a programação do espaço seja uma marca distintiva.


16 JAN JOSÉ SMITH VARGAS

2016

CAFÉ-CONCERTO

Um projeto do saxofonista António Ramos (Torré)

Sax on the Road Sonoridades que ligam o Norte de África a Lisboa num caldeirão de influências subtis Este projeto surgiu em 2008, fruto de algumas experiências a solo na sala de ensaio, com pequenos teclados, uma groove-box, uma loop station e o saxofone-tenor. Em poucos meses, foi criado um conjunto de temas, alguns deles divulgados na internet, de modo a dar a conhecer o trabalho junto do público. Em 2010 apareceu um convite para tocar no espaço da Galeria Municipal do Barreiro, no evento organizado pela Out.ra – Associação Cultural, promovendo uma ocupação artística, e depois disso os Sax on The Road já passaram pelo Botequim da Graça e pelo Bar On Stage, em Lisboa. Chegam agora ao Bar Acert para darem a conhecer o seu trabalho. Criado a partir das viagens feitas

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por Torré ao longo dos anos, Sax On The Road é um projeto de ginga quase alienígena, onde os ritmos contagiantes se juntam aos sopros coloridos e alucinantes para criar um concerto em que as canções (quase sempre a pedir que o corpo se renda à dança) deixam expostos uma genuinidade e uma honestidade que ligam o Norte de África a Lisboa num caldeirão de influências cada vez mais aprimorado. Saxofone: António Ramos Percussão: Jorge Nunes Trompete: António Pinho

Sáb. 16 de janeiro às 23:00 Bar Acert // Entrada Gratuita


18/19 JAN

DR

2016

TEATRO PÚBLICO ESCOLAR

Um espetáculo que estimula a imaginação e a criatividade, enquanto sensibiliza para o direito pela diferença 16


ZunZum Associação Cultural

Polichinelo Um grande e misterioso ovo apareceu num Reino muito distante. O Rei, atrapalhado, não sabia o que fazer. A Princesa, destemida, adorou a ideia de o conhecer melhor. Quanto ao vaidoso e ganancioso Conselheiro Mor… bem, na verdade, pouco lhe interessava o ovo. O importante era ser “O Melhor Conselheiro do Reino!”. Com a ajuda do Sábio, Polichinelo leva a sua missão a cabo: proteger o Rei e a Princesa do ganancioso Julião e trazer magia e alegria de volta ao reino e à vida da Princesa. No entanto ninguém esperava o que viria a acontecer: do grande e misterioso ovo nasceu Polichinelo, um ser diferente dos que até então se conheciam e capaz de ações prodigiosas e inesperadas. Com as suas feições bizarras assusta logo os mais céticos mas, encanta a princesa que não perde uma oportunidade para entrar no mundo dos sonhos e da imaginação. O Palácio enche-se de fantásticas peripécias, aventuras e muitas surpresas, num espetáculo pensado para os mais novos, onde os valores do respeito pela

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diferença são alicerce fundamental da narrativa e da encenação. A partir do conto “As Maravilhosas Aventuras de Polichinelo”, de Henrique Marques Junior / Dramaturgia, Conceção e Direção: Mariana Veloso / Interpretação: Márcia Leite, Paulo Carrilho, Roger Bento, Rui Pêva e Vladimiro Pereira / Desenho de Luz: Paulo Neto e Rui Pêva / Escolha musical: Mariana Veloso / Vozes off: Pedro Duvalle / Figurinos e Adereços: Catarina Figueiredo e Daniela Fernandes / Caraterização: Mara Maravilha / Construção de cenários: Oficina do Zé Ferreiro e Rui Pêva / Design Gráfico: Luís Belo / Produção: Teatro Onomatopeia, Z1Z1-AC Agradecimentos: Jorge Fraga, José Loureiro, José Veloso, José Pêva, Marta Santos, Nelson Dias, Paulo Rocha, Carlos Rocha e Paulo Correia

Seg, 18 e Ter, 19 de janeiro às 10:30 e 14:30 Auditório 2 // 50 mins // m/6


RESIDÊNCIA ARTÍSTICA

ESTREIA

2016

2016

22 22 JAN JAN

DR

4 JAN

RESIDÊNCIA NO NOVO CICLO ACERT

Um espetáculo onde o Novo Circo será foco particular A residência artística da Companhia Último Momento (França) que, com o Trigo Limpo e o Na Xina Lua (grupo de teatro da Escola Secundária de Tondela), constrói um espetáculo que faz parte da segunda fase do Circus Lab (projeto em parceria com o Teatro Viriato). Este constitui o momento do projeto ligado à reflexão e criação artística de raiz. Esta residência culmina com a

apresentação no dia 22 de janeiro, na Acert seguida da apresentação no palco do Teatro Viriato a 23, 24 e 25. Será a realização de um projeto há muito pretendido, trabalhar com o João Paulo Santos, da Companhia Último Momento, que já desenvolveu vários projetos em residência no Novo Ciclo Acert e dar um novo envolvimento ao grupo de teatro Na Xina Lua.

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CIRCUS LAB // Programa Pegada Cultural

Não tens coragem?!* Trigo Limpo Teatro Acert Companhia Último Momento Na Xina Lua O Circus Lab é um projeto do Teatro Viriato, que define um programa com um foco particular na disciplina do novo circo, uma área pouco explorada em Portugal. A iniciativa permitirá reconhecer práticas experimentadas e testadas, capitalizando o know-how do parceiro Cirkus Xanti (Noruega) na execução de um projeto de raiz, que passará pela área da criação artística, formação e projetos pedagógicos com jovens e comunidade geral. A segunda fase do Circus Lab, da qual este projeto faz parte, constitui o momento do projeto ligado à reflexão e criação artística de raiz. Os parceiros artísticos irão trabalhar com diferentes companhias do distrito de Viseu, nomeadamente o Trigo Limpo teatro Acert vai trabalhar com o Na Xina Lua e a Companhia Último Momento *  Título provisório

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(França). Esta residência culmina com a apresentação, em Tondela, no dia 22 de janeiro, seguida da apresentação no palco do Teatro Viriato a 23, 24 e 25. Em Viseu, esta apresentação será seguida de uma conferência internacional sobre a importância do ensino artístico no ensino obrigatório. A mesma terá também lugar no Centro Cultural Vila Flor (Guimarães) e n’O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo). A participação do Trigo Limpo teatro Acert neste projeto dá continuidade ao trabalho de apoio ao Grupo de Teatro da Escola Secundária de Tondela – Na Xina Lua, e à colaboração com João Paulo Santos (artista de novo circo, especialista de mastro chinês e elemento da Companhia Último Momento). Durante a residência artística será realizada, em paralelo, uma aproximação [continua]


DR

RESIDÊNCIA NO NOVO CICLO ACERT […] à técnica circense ao mesmo tempo que se desafiam os participantes a “conseguir uma proeza” tendo como pano de fundo a primeira cena da peça “Peer Gynt” de Henrik Ibsen. A apresentação final terá a encenação de Pompeu José, em colaboração com João Paulo Santos e Sandra Santos (elemento responsável do Trigo Limpo teatro Trigo Limpo teatro Acert junto do Na Xina Lua) e a participação de Ilda Teixeira, para além de todos os elementos do Grupo de Teatro da Escola Secundária de Tondela.

Circus Lab é um projecto: Teatro Viriato // Desenvolvido com Giacomo Scalisi e Sverre Waage // Circus Lab é uma Iniciativa: Teatro Viriato // Projeto cofinanciado por: Governo de Portugal // Secretário de Estado da Cultura, Direção-Geral das Artes e Eea Grants (Islândia, Liechtenstein e Noruega) // Mecenas do projeto: Patinter e Norge Bacalhau da Noruega

Residência de 4 a 22 de janeiro de 2016 Estreia Sex, 22 de janeiro às 21:45 Auditório 1 // 20 minutos // m/6 Bilhete: 7,5 € / Associado: 5 € Descontos: 6 € / Desempregado: 2,50€

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22 JAN 2016

CAFÉ-CONCERTO

Canções do Atlântico

João Balão Um universo sonoro onde se encontram Zeca Afonso, Djavan, B. Leza, Caetano Veloso, Sérgio Godinho e João Bosco, entre outros autores Canções do Atlântico é um espetáculo pensado a partir da tradição cultural dos países atlânticos de língua oficial portuguesa e a partir de uma maneira de ser e de estar na vida que, de certa forma, une os povos desses países, materializando-se através da sua música e das suas palavras. É uma tentativa de resgate de quinhentos anos de convivência entre três continentes, veiculada pela rota triangular que os portugueses faziam entre Europa, África e América do Sul, misturando sabores, aromas, línguas e pessoas. É de todas essas terras e de nenhuma. É o sal que fica depois do sol queimar a água do mar. A essência deste espetáculo reside

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num repertório criteriosamente escolhido de música lusófona (Portugal, Cabo Verde, Angola e Brasil), não se limitando a canções cantadas em português, mas também algumas cantadas em crioulo de Cabo Verde e quimbundu de Angola. Músico e intérprete que tem passeado por diversos estilos e tradições musicais, João Balão propõe agora uma atuação a solo, intimista, com o calor propiciado por cada canção e com interpretação e arranjos próprios. Voz e guitarra: João Balão

Sex. 22 janeiro às 23:00 Bar Acert // Entrada Gratuita


Parceria

ALESSANDRO GATTO ©

29 JAN

2016


Obras do XIVPortoCartoon

Ricos, pobres, indignados O movimento dos ‘indignados’, iniciado em Madrid, rapidamente se espalhou pelo mundo. As assimetrias aprofundam-se. As resistências também. Esta exposição do PortoCartoon World Festival de 2012 mostra como o humor ajuda a compreender as distorções sociais. Pelo humor, ultrapassam-se barreiras, desfazem-se preconceitos, mostram-se contradições e falsidades do mundo. Mesmo que a riqueza do humor não anule a pobreza, ela torna o mundo mais rico, na inteligência, na solidariedade, na revolta.

O PortoCartoon - iniciativa do Museu Nacional da Imprensa aborda sempre temas de grande atualidade e faz do humor uma linguagem universal.

Inauguração Sex, 29 de janeiro às 21:00 Até 13 de março de 2016 Exposição de cartoons Galeria Acert

EXPOSIÇÃO

Em parceria com o Museu Nacional da Imprensa, que assim se junta às celebrações dos 40 anos da Acert, uma exposição onde o humor é o gatilho que chama a reflexão 23


ENSAIO ABERTO

RESIDÊNCIA ARTÍSTICA

29 JAN

18 JAN 2016

JOSÉ CALDEIRA ©

2016

29 JAN

RESIDÊNCIA ARTÍSTICA

Ensaio aberto de espetáculo de dança criado em residência no Novo Ciclo Acert antecipa um espetáculo onde o trivial torna‑se trágico, a vida comum torna-se criação 24


Victor Hugo Pontes a partir de A Gaivota, de Anton Tchékhov

Se alguma vez precisares da minha vida, vem e toma-a

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A Gaivota, de Anton Tchékhov, é o ponto de partida para a nova criação de dança de Victor Hugo Pontes. Não se trata de transpor o enredo para o movimento, nem sequer de posicionar as personagens numa linguagem artística distinta do teatro. A dança clássica serve-se de um libreto e este espetáculo de dança serve-se de uma peça. A estrutura dramatúrgica sustenta o movimento, mas a narrativa perderá linearidade, de modo a que o espectador veja aqui aquilo que quer ver num Tchékhov dançado. Depois de traçada a narrativa e de encontrados os agentes da ação (personagens, ligações, conflito, clímax, desenlace, etc.), a ideia é despojar a trama, de modo que se torne dançável e, em simultâneo, reconhecível, chegando-se a uma composição coreográfica que sobreviveu a hipotéticas linhas divergentes entre o teatro e a dança, ou entre texto e movimento sem palavras. Um texto como ponto de partida é o desafio a que o coreógrafo se propõe. O texto de A Gaivota é, também ele,

uma espécie de sucessivas tentativas de criação e de existência. De resto, a reflexão sobre o ato criativo é um dos pontos mais fortes desta peça de Tchékhov, e um dos que mais interessa a Victor Hugo Pontes. Direção e Coreografia: Victor Hugo Pontes / Cenografia: F. Ribeiro / Desenho de Luz e Direção Técnica: Wilma Moutinho / Música Original: Rui Lima e Sérgio Martins / Apoio Dramatúrgico: Madalena Alfaia / Assistente de Coreografia: Marco da Silva Ferreira / Interpretação: Allan Falieri, Ángela Diaz Quintela, Daniela Cruz, Félix Lozano, Jorge Mota, Leonor Keil, Marco da Silva Ferreira, Valter Fernandes e Vera Santos / Bailarino Estagiário: Afonso Cunha / Direção de Produção: Joana Ventura / Produção Executiva: Jesse James Coprodução: Nome Próprio, Centro Cultural de Belém, Centro Cultural Vila Flor, Teatro Nacional São João e Teatro Viriato / Apoio Residência Artística: Novo Ciclo Acert e O Espaço do Tempo

Ensaio Aberto ao Público Sex, 29 janeiro às 21:45 Auditório 1 // m/16 // Entrada Gratuita


30 JAN DANIELA OLIVEIRA ©

2016

CAFÉ-CONCERTO

Hug a Fly Rock n’ roll impregnado de estilos, influências e garra O EP Crossroads é o primeiro trabalho discográfico de Hug a Fly e abre a porta para o sonho da vida na estrada deste quarteto transmontano. Com influências que vão do rock’n’roll de Chuck Berry ao som mais duro dos Metallica, os Hug a Fly criam uma poderosa mistura sonora, atravessada pelos riffs constantes das guitarras mas frequentemente surpreendida por uma linha melódica mais calma, ou por uma ou outra incursão na pop indie. Há refrães orelhudos, ritmos que permitem um pezinho de dança e letras onde a raiva e a ternura convivem sem conflito.

Voz, Guitarra Ritmo: Pedro Pereira Guitarra Solo, Piano: Gérson Nascimento Bateria: Hugo ‘’Pérez’’ Pires Baixo: Eduardo Cunha

Sáb, 30 de janeiro às 23.00 Bar Acert // Entrada gratuita

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6 FEV MIGUEL OLIVEIRA SANTOS ©

2016

CAFÉ-CONCERTO

Smoking Beer Uma banda de Mortágua a navegar entre o Rock e o Punk Smoking Beer é uma banda de Mortágua (Viseu), a tocar desde 2005, por vezes partilhando o palco com outras bandas. Acreditam que é a força das convicções que marcam pontos, e é esta a premissa que lhes tem garantido a coesão ao longo dos tempos.

letras o que sentem e pensam, numa linguagem que se quer atua mesmo que os temas da lealdade ou da luta que é viver sejam, na verdade, intemporais. Bateria e voz: Marcelo Lourenço Baixo: Rúben Almeida // Guitarras: Marco Almeida e Duarte Costa // Voz: Bruno Sobral

Algures entre o Rock 'n' Roll e o Punk, a sua música parte de influências musicais que incluem Nirvana, Xutos & Pontapés ou Censurados, entre muitos outros. Influências assumidas à parte, procuram encontrar as suas próprias formas de expressão musical (em músicas originais), tentando transmitir nas suas

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Sáb, 6 de fevereiro às 23.00 Bar Acert // Entrada gratuita


2016

PÚBLICO ESCOLAR

4/5 FEV 2016

FILIPA ALVES ©

6 FEV

TEATRO

Espetáculo de teatro documental… a história de uma geração dividida entre partir e ficar 28


Casa da Esquina

O Meu País é o que o Mar não Quer Um verso de Ruy Belo dá nome ao espetáculo documental que nasceu da estada de Ricardo Correia em Londres, enquanto bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. E se o verso de Ruy Belo encena a ideia de um despojo, aquilo que fica depois do tempo passar, de o esquecimento se instalar e de pouco mais ser possível fazer, o espetáculo de Ricardo Correia constrói-se a partir do seu relato pessoal e dos testemunhos de emigrantes portugueses, todos eles com qualificações superiores, recolhidos através de entrevistas, cartas, fotografias e emails.

deriva em águas longínquas ou entre o lixo da beira-praia. Esta é a sua história, a história de uma geração dividida entre partir e ficar, e é também um pouco da nossa história colectiva, passada e presente. Criação: Ricardo Correia / Espaço Cénico e Desenho em tempo real: Filipa Malva / Mistura de Som: João Gaspar e Ricardo Correia / Música: La La La Ressonance / Direção Técnica e Desenho de Luz: Jonathan de Azevedo / Produção executiva: Sara Seabra / Design: Fábrica Mutante / Fotografia: Filipa Alves / Frente de Casa: Adiana Silva / Residência Artística: Lac – Laboratório de atividades criativas com

Estes testemunhos pertencem a pessoas que o autor conheceu em Londres e que tiveram de sair do nosso país devido às medidas de austeridade da Troika e do Governo Português, ou que deixaram o país por vontade própria, não conseguindo, agora, regressar, por falta de perspetivas de futuro naquele que é o seu país de origem. De certo modo, são os despojos de que falava o poeta, aquilo que o mar já não quer, acabando por deixar à

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apoio de Jorge Louraço e Sérgio Dias Branco / Coprodução: TAGV

Sáb. 6 de fevereiro às 21:45 Auditório 2 Bilhete: 7,5 € / Associado: 5 € Descontos: 6 € / Desempregado: 2,50€

Apresentações Público Escolar Qui. 4 de fevereiro às 14:30 Sex, 5 de fevereiro às 10:30 e 14:30 Auditório 2 // 60 minutos // m/12


13 FEV 2016

CONCERTO NU PALCO Público e músico no palco. O instrumentista num diálogo musical e humano com os seus espectadores, que poderão partilhar a solidão bonita do músico com as suas predileções. Como se cada um estivesse com o músico na sala de sua casa, num momento de convivência informal. A música, a conversa e as revelações ocasionais que podem causar surpresas mútuas. Um encontro irrepetível, com uma partitura que se escreve com notas afetuosas por instrumentistas com afinidades com os 40 anos da Acert.

JOÃO MONTES PALMA ®

(ver também p.46)


40 anos de um o’Brigada no braço de um violino

Manuel Rocha Um companheiro de muitas aventuras acertinas. Sorri com a delicadeza de um violino a tocar a “Canção de Embalar”. Indigna-se com o mesmo fervor com que movimenta o arco. Comunica com um pizzicato muito próprio, trocando opiniões e ideias com pequenos puxões e beliscadas para expressar, com vibrato, uma aCERTada força e paixão aos trechos que lhe povoam a pauta da vida. Manuel Rocha nasceu na cidade de Coimbra (1962), onde iniciou as aulas de violino, instrumento cuja aprendizagem aprofundaria posteriormente. A partir de 1982, dedica-se à aprendizagem ao longo de seis anos, em Moscovo, obtendo formação para Professor de Violino e Músico de Orquestra. É integrante do grupo Brigada Victor Jara e do Gefac e foi um participante ativo no Movimento Alfa, em torno das Campanhas de Alfabetização, no ano de 1975. Professor no Conservatório de Música de Coimbra, no qual é hoje Diretor, trabalhou ainda como

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músico e compositor em bandas sonoras para teatro, cinema e televisão, tendo sido autor, produtor e realizador de Povo Que Canta, um documentário no âmbito etnográfico seriado para a Rtp que dá continuidade ao legado deixado por Michel Giacometti. Colaborou em gravações com intérpretes como, entre outros, Adriano Correia de Oliveira, Mísia e Carlos do Carmo, ou autores distintos como Fausto ou Manuel Freire. Manuel Rocha mantém o exercício permanente de atividade cívica, sindical e política como uma parte imprescindível no seu percurso musical, quer como músico e autor, quer como formador.

Sáb, 13 de Fevereiro às 21:45 Palco do Auditório 1 Bilhete: 7,5 € / Associado: 5 € Descontos: 6 € / Desempregado: 2,50€


18 FEV

DR

2016

TEATRO PÚBLICO ESCOLAR

Gil Vicente para os alunos do 9º ano. Obrigatório ou prazenteiro pelo que representa? 32


Teatro Actus

Auto da Barca do Inferno, Gil Vicente

O tempo, no teatro, foge ao seu sentido arqueológico. O tempo que Gil vicente põe em marcha com o Auto da Barca do Inferno não pertence apenas ao século XVI, mas atravessa todas as épocas. Acreditamos que ainda hoje aqueles dois juízes, aqueles “pescadores de almas”, Anjo e Diabo, estarão à nossa espera para nos apontar defeitos e virtudes, erros e boas ações. Nesta encenação, procurámos realçar a diferença entre os papéis ativo e passivo do Diabo e do Anjo, conferindo ao primeiro a imagem de um andrógino mestre de cerimónias, pronto a receber na sua Barca uma variedade de convidados, e ao segundo a quietude de um ser que espera poucos visitantes, imperturbável como uma borboleta num casulo. As personagens são apresentadas em trajes atuais, de forma a diminuir o distanciamento provocado pelo

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linguajar vicentino e a facilitar a identificação com o espetador. Os adereços de cada personagem farão parte de jogos cénicos que visam proporcionar uma melhor compreensão do sentido do texto. O exagero nas dimensões de alguns adereços, a deturpação da função que lhes é atribuída, tudo servirá para elucidar as intenções do autor e sublinhar as duas críticas sociais. O Parvo veste uma roupa demasiado grande, quase uma camisa de forças; o Onzeneiro carrega um bolsão gigante; a corda do Enforcado é do tamanho do palco. Encenação: Tomé Vieira // Elenco: Ana Dionísio, Carolina Bettencourt, Jorge Sequeira, Luís Gomes, Miguel Curiel, Sofia Dias e Tomé Vieira // Sonoplastia e iluminação: João Gomes da Silva // Produção: Isabel Matos e Susana Sousa

Qui, 18 de fevereiro às 10:30 e 14:30 Auditório 1 // 60 minutos // m/12


19 FEV 2016

CAFÉ-CONCERTO

Modern Lights Rock onde o acústico e o elétrico se misturam sem conflito A arte da música associada à beleza feminina constitui a base de inspiração desta banda, onde se cruza o acústico com sonoridades mais fortes. O rock’n´roll praticado por este quinteto quer ser ouvido e experimentado como uma viagem, com cada canção a propor a deambulação por um local diferente, da Roma antiga à atual Lisboa, sem fronteiras nem caminhos fechados.

Voz: João Pedro “Johny” Bateria: Rui Almeida “Manecas” Guitarras: Miguel Neves “Mike” e Tiago Pais // Baixo: Luís Sequeira

Sex. 19 de fevereiro às 22.30 Bar Acert // Entrada gratuita

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BERNARDO SASSETTI ®

20 FEV 2016

Mário Laginha Trio CONCERTO

Um pianista virtuoso que deixou no palco da Acert sinais memoráveis, regressa para apresentar mais um concerto encantador 35


Mário Laginha Trio Mário Laginha não é o homem dos sete instrumentos, porque o seu instrumento é o piano, mas o pianista gosta de navegar pelos muitos mundos sonoros que fazem o planeta música. Basta espreitar os discos que gravou com a cantora Maria João, marcados pela linguagem do jazz, mas por onde perpassam influências que vão desde a música portuguesa e a clássica (como acontece também no disco a solo Canções e Fugas), até à pop anglo-saxónica ou às músicas brasileira e africana, para percebermos que estamos perante um músico que não gosta de ser catalogado em categorias estanques. No trio que mantém com o contrabaixista Bernardo Moreira e o baterista Alexandre Frazão, com quem gravou até agora dois discos, Mário Laginha mantém esse gosto pela mistura, pela diversidade e pelo risco. No caso de Espaço (2007), o ponto de partida foram conceitos mais ou menos abstratos, relacionados com a arquitetura, que serviram para criar um conjunto de

temas com designações próximas da linguagem dos arquitetos e urbanistas – Tanto espaço, Escada, Plano, Vazio urbano –, de que resultou um disco imediatamente classificado pela crítica da especialidade como o melhor jazz alguma vez feito entre nós. No segundo disco do Mário Laginha Trio, Mongrel (2010), o pianista levou ainda mais longe o desafio e o risco. O pretexto para o disco, nascido de uma encomenda do São Luiz Teatro Municipal e da Orquestra Metropolitana de Lisboa, foram obras de Fréderic Chopin, uma empreitada arriscada que Laginha agarrou com uma mistura de respeito pelo grande músico polaco e de liberdade para infringir compassos, tempos e melodias, operando com isso uma transfiguração das obras originais, que passaram a ser temas que se encaixam indiscutivelmente no mundo criativo de Mário Laginha. Piano: Mário Laginha Contrabaixo: Bernardo Moreira Bateria: Alexandre Frazão

Sáb, 20 fevereiro às 21:45 Auditório 1 Bilhete: 15€; Associado Acert: 10€

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3 PERGUNTAS A

Mário Laginha A sua discografia tem percorrido territórios musicais muito diversos. Essa diversidade nunca colidiu com as características técnicas do piano, seu instrumento de eleição? Apesar de tudo, o piano é dos instrumentos mais versáteis, porque faz harmonia, melodia, é percussivo… A haver conflito, mais depressa seria na minha cabeça, pelo facto de gostar de coisas tão diferentes, o que me podia desfocar. Julgo, pelo menos tenho essa pretensão, que isso não acontece, mas era difícil que isso não transparecesse, porque é uma das minhas características, da qual não quero fugir: há sempre vários universos que namoro e que me influenciam.

No disco Mongrel, com o Mário Laginha Trio, partiu da obra de Fréderic Chopin para a criação de um universo musical onde tudo é novo. Como foi esse desafio de trabalhar a partir de um clássico? Foi um desafio, sim, e foi muito bom. Comecei por aceitar uma encomenda [do S. Luiz Teatro Municipal e da Orquestra Metropolitana de Lisboa] e não sabia qual seria o caminho. Não gosto nada quando uma pessoa decide

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trabalhar à volta de um repertório clássico e pega naquilo, junta uma bateria, umas teclas, tudo muito forçado… Soa-me sempre a um pastiche horrível, por isso só fazia sentido se eu olhasse para aquilo e percebesse o que faria com toda a liberdade do mundo. Depois do concerto, achei que estava arrumado, mas a Olga Carneiro, que é agente e também grande amiga, insistiu para que gravasse e tenho de lhe agradecer (também) por isso.

Tondela assistirá ao concerto de um trio, Mário Laginha, Bernardo Moreira e Francisco Frazão, mas este é apenas um dos modos possíveis de o ouvir tocar. O que torna diferente cada uma das formações, parcerias ou solos? Há muitas coisas que mudam. São projetos diferentes e até tenho feito alguma música que é específica para um determinado projeto, acabando por ficar ligada àquela formação. Acho que são modos diferentes e complementares. Gosto de tocar com as diferentes formações e gosto, sobretudo, de poder experimentar ir em várias direções, em trio, a solo, com a Maria João, com o Pedro Burmester… É um privilégio poder fazer isto.


26/27 FEV 2016

TEATRO - ESTREIA

Uma estreia do Trigo Limpo nos 40 anos da Acert. Diálogos e situações bem-humoradas que nos mostram uma nova forma de olhar o habitual, o quotidiano e a poesia 38


Trigo Limpo Teatro ACERT

Um Urso com Poucos Miolos “Todas as pessoas têm um herói e o herói do Senhor Pina é o ursinho Puff, personagem do seu livro preferido: As aventuras de Joanica Puff (de A. Milne)… Mas como é que um poeta com muitos miolos admirava um urso com poucos miolos? Só vendo, não é?”… Este espetáculo trata um bocadinho disso. A partir do livro de Álvaro Magalhães, O Senhor Pina, escrito em homenagem ao poeta Manuel António Pina, o Trigo Limpo teatro Acert irá criar um novo espetáculo que nos revela o autor Álvaro Magalhães e o homenageado Manuel António Pina através da relação criada entre as duas personagens: Urso e Senhor Pina. As duas personagens encerram em si dois mundos: o mundo dos adultos – complicado e cheio de responsabilidades - e o mundo das crianças – simples e desprovido de preconceitos. Desta diferença resultam diálogos e situações bemhumoradas que nos mostram uma nova forma de olhar o habitual, o quotidiano e, até, a poesia.

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A partir do Livro “O Senhor Pina” de Álvaro Magalhães. Adaptação e Encenação: Raquel Costa Assistência de Encenação: Pompeu José Interpretação: João Silva e Pedro Sousa Cenografia: Zétavares e Pompeu José

Sex, 26 e Sáb, 27 fevereiro às 21:45 Bilhete: 7,5 € / Associado: 5 € Descontos: 6 € / Desempregado: 2,50€ Espetáculos Público Escolar 1 a 4 de março às 10:30 e 14:30 Auditório 2 55 minutos // m/4


27 FEV

DR

2016

CAFÉ-CONCERTO

Bela Quarteto Uma revisitação pelo universo do fado com arranjos inovadores com distintas musicalidades Afinal, Alfama não só cheira a fado como também tem outra canção. Muitos músicos se cruzam nas noites longas de Lisboa e quase todos vagueiam sem destino e sem medo de perder a identidade por diferentes musicalidades, harmonizando a mistura de estilos. Foi da arte do encontro entre a boémia e a vadiagem que surgiu a ideia de convidar o cantautor e fadista Marco Oliveira a associar a sua voz e guitarra às percussões, violino e contrabaixo. O seu espetáculo viaja por um repertório que assenta sobre o fado com arranjos muito próprios e a música tradicional portuguesa.

Voz e guitarra: Marcos Oliveira Percussões: Carlos Mil-Homens Violino: Otto Pereira Contrabaixo: João Penedo

Sáb, 27 de fevereiro às 23:00 Bar Acert // Entrada Gratuita

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05 MAR 2016

CONVERSAS #ACERT40

Convidámos Daniel Oliveira, Fernando Paulouro Neves, Manuel Carvalho da Silva e Susana C. Gaspar para uma conversa sobre o fator germinador da Acert, a participação nas suas diferentes perspectivas, como se participava há 40 anos e como se pode continuar a participar cívica, social e culturalmente nos dias de hoje.


05 MAR 2016

CONVERSAS #ACERT40

Há 40 anos, um grupo de amigos com vontade de expressar ideias e intervir socialmente, cheios de sonhos e utopias, juntaram-se e formaram um coletivo que tinha na forma como olhavam o mundo a sua forte ligação… a razão da sua união. Assim nasceu a Acert, com essa gente cheia de pressa de participar na sua comunidade, através do teatro, do associativismo e, sobretudo, da vontade de viver as suas inquietações em conjunto, acreditando que poderiam mudar as coisas em tempos onde se cantava que o mundo era composto de mudança.

E agora? Passaram 40 anos, Tondela é diferente, Portugal é diferente, o mundo é diferente, o que é que ainda faz sentido quando se pensa em participação? E quando falamos de participação, falamos de quê? Será participar à margem dos circuitos habituais a solução? Como nos situamos neste contexto? Participamos, ou ficamos em casa? E de casa, hoje, também se pode participar? Este é o mote para uma conversa com Daniel Oliveira, Fernando Paulouro Neves, Manuel Carvalho da Silva e Susana C. Gaspar que a partir das suas experiências de vida nos ajudarão a refletir sobre o tema. Sáb. 5 de março às 15:00 Auditório 1 // Entrada Gratuita

Participação, dinâmicas de estímulo a uma cultura de participação, cooperação e decisão colaborativa, que garantam a influência efetiva dos cidadãos na organização de uma comunidade/sociedade. Grupos considerados menos favorecidos (social ou economicamente) têm, assim, a possibilidade de participar nos processos de tomada de decisão e nas ações definidas pelos processos de desenvolvimento local. Este é um princípio fundamental para o funcionamento de um Estado Democrático. (in: Políticas territoriais participadas - reflexões e recomendações, documento produzido pelo Projecto Cidadania&Território: Desenvolvimento Local Sustentado)

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DANIEL OLIVEIRA

é acima de tudo um ativista cívico. Por vezes foi dirigente partidário nunca deixando de participar em movimentos políticos. Começou no jornalismo em 1989, é colunista no Expresso e no Record e participa nos programas Eixo do Mal, na SIC Notícias, e Sem Moderação, do canal Q. É autor e fundador do blogue Barnabé e escreveu no Arrastão, blogues que atingiram enorme notoriedade na blogosfera portuguesa. É considerado um dos portugueses mais influentes nas redes sociais, com cerca 75.000 seguidores no Facebook. É alfacinha apaixonado, português sem orgulho nem vergonha e acredita que isto ainda vai melhorar.

MANUEL CARVALHO DA SILVA Figura incontornável do sindicalismo português do Sec. XX. Foi desenvolvendo uma intervenção social e sócio-política cada vez mais intensas na sociedade portuguesa, respondendo a solicitações numa multiplicidade de áreas temáticas, em particular, relacionadas com o sindicalismo, o trabalho, o emprego, a economia, o desenvolvimento. Coordena a delegação do Centro de Estudos Sociais (Ces) em Lisboa e o Observatório sobre Crises e Alternativas, criado por este centro em abril de 2012. Desde 2011 é Professor Catedrático convidado da Universidade Lusófona.

SUSANA C. GASPAR É presidente da direção da Amnistia Internacional Portugal. Associa, frequentemente, o ativismo ao trabalho artístico de atriz e encenadora. É professora de teatro e mediadora cultural, licenciada em Ciências da Cultura e Mestre em Educação Artística pela Escola Superior de Educação de Lisboa. Em 2012 venceu o prémio nacional “Jovens Criadores”, na categoria de teatro, com o espetáculo Lampedusa, dedicado ao drama dos migrantes no Mediterrâneo. Integra a Mesa da Assembleia da Alagamares - Associação Cultural, e é membro da Dínamo - Associação de dinamização sócio-cultural.

FERNANDO PAULOURO NEVES (Moderador) Nasceu em 1947. Foi chefe de redação e diretor do Jornal do Fundão. Tem colaboração diversa em jornais e revistas, participou em obras coletivas sobre questões da realidade transfronteiriça. Dirigiu e colaborou em suplementos literários e culturais e é autor de livros de fição. Pertenceu, por diversas vezes, à direção do Sindicato dos Jornalistas e ao Conselho Deontológico, animou debates e participou em conferências, fez parte da Comissão Organizadora das Jornadas da Beira Interior e da Raia Sem Fronteiras. Recebeu o Prémio Gazeta de Mérito 2014, do Clube dos Jornalistas.

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5 MAR

FERNANDO_RAMOS ®

2016

CAFÉ-CONCERTO

Um personagem musical da noite lisboeta no palco mais eclético de Tondela

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O Martim O Martim nasce como confessionário-pop de Martim Torres, rapaz lisboeta que, munido de um computador bem artilhado, uma caixa de ritmos marota, vários instrumentos, voz malandra e uma pandilha de amigos músicos extremamente virtuosos, grava no seu estúdio caseiro as canções que aqui e ali vai escrevendo. A realidade que O Martim toca e canta situa-se num eixo marginal, entre o Príncipe Real e a discoteca Lux (de Santa Apolónia), fazendo escala no Cais do Sodré durante largas horas. Canta-se a rua, o quarto, a casa de banho, o clube, a casa de banho do clube… Canta-se um lugar, mas também um tempo, uma personagem, um Martim que se propõe ser muitos ao mesmo tempo, com pés firmados no que já nos deu a música portuguesa (sem esquecer os habituais traços anglófonos da pop e do rock e o aceno cúmplice à ginga brasileira). O Martim depara-se agora com o desafio de desbravar território novo nos meandros a que se propõe, não faltando, para já, contagiantes singles, videoclips engenhosos e,

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acima de tudo, vontade de mostrar o que se sabe e quer dizer. Fica muito para dizer sobre o Martim – que é também um Homem da Luta, foi baixista de B Fachada e membro da dupla Maria Amélia, que toca no programa da RTP “5 para a meia noite”, integrou a banda de Mallu Magalhães nos seu últimos concertos em Portugal e autor de 3 discos já editados. “(…) Cheiro a rock e um mojito Afinal, quem é O Martim? O Martim é o projecto musical criado por Martim Torres, 27 anos, lisboeta. Estilo de música? Uma pop de rua com cheiro a rock e um mojito. E é também a personagem principal de histórias melódicas do quotidiano, que surpreendem pela sua originalidade e ao mesmo tempo confortam os ouvintes por retratarem episódios conhecidos de todos os que já passaram por ressacas de amor, de álcool e de noite (…)” In, P3 Cultura | Público - Luísa Teixeira da Mota • 30/04/2013

Sáb, 5 de março às 23.00 Bar Acert // Entrada gratuita


12 MAR 2016

CONCERTO NU PALCO*

Um Contrabaixo que percute e canta na segunda edição de Concerto Nu Palco * ver informação na p.30


Miguel Calhaz

Os primeiros namoros com a Acert ocorreram em Águeda (d’Orfeu). Depois disso, gravou um disco na Acert e passou a visitá-la com frequência. Interventivo, generoso e disponível, o músico vai partilhar o palco com o público para revelar confidências que fazem do contrabaixo o prolongamento das palavras que canta. Nascido na Sertã, em 1973, Miguel Calhaz estudou Educação Musical e Contrabaixo na Escola Superior de Educação da Guarda e na Escola Superior de Música e das Artes do Espetáculo do Porto. Atualmente, é professor do Curso Profissional de Instrumentistas de Jazz, e da Orquestra Geração no Conservatório de Música de Coimbra. Músico freelancer, cantautor e contrabaixista, Miguel Calhaz, mantém projetos musicais nas áreas do jazz, da world music e da música portuguesa. Vencedor

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de vários prémios no Festival Cantar Abril, entre 2011 e 1015, e do concurso Conte Connosco Santander-Totta (com o grupo Trilhos, de que faz parte), participou nos discos de tributo a Zeca Afonso, Sérgio Godinho e Fausto da Associação d'Orfeu) e de muitos outros músicos e grupos. Em 2012, lançou em nome próprio o seu álbum de estreia, Estas Palavras (Disco Antena 1), e encontra-se agora a preparar um novo trabalho com voz e contrabaixo.

Sáb, 12 de março às 21:45 Palco do Auditório 1 Bilhete: 7,5 € / Associado: 5 € Descontos: 6 € / Desempregado: 2,50€


18 MAR 2016

ESTREIA / LEITURA ENCENADA

Diferentes gerações trabalham o “Principezinho” em oficina de escrita e leitura encenada 48


Projeto Gerações xxi aLer+

Principezinho no Séc. XXI Trigo Limpo Teatro Acert Universidade Sénior do Rotary Club de Tondela e Escola Secundária de Tondela

No ano letivo passado, teve início o projeto Gerações xxi aLer+, uma iniciativa que contou com Oficinas de Escrita Criativa e uma Oficina de Comunicação Intergeracional realizadas pelo Trigo Limpo Teatro Acert. O trabalho durante o presente ano letivo incidiu na construção e apresentação de uma leitura encenada que tem como base o texto O Principezinho no século xxi e os textos produzidos nas oficinas mencionadas. Este projeto será trabalhado com alunos da Escola Secundária de Tondela e com a Universidade Sénior de Tondela, sendo o Trigo Limpo Teatro Acert o responsável pela encenação desta produção que juntará diferentes gerações à volta de um mesmo texto, trabalhando a partilha, a aprendizagem mútua e o reconhecimento da intemporalidade das palavras.

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Coordenação das Oficinas de Escrita Criativa e encenação: Ilda Teixeira Participação: Alunos da Escola Secundária de Tondela e elementos do Rotary Club de Tondela

Sex, 18 de março às 10:30 e 14:30 Auditório 1 // Entrada Gratuita


18 MAR 2016

CAFÉ-CONCERTO

Búfalo Sentado Assim na terra como na cidade, uma banda de múltiplas referências sonoras Música de uma urbanidade inquieta, reinventada, que insiste em transformar o Si-Mento (folha sonora condensada) em terra batida e, nesse groove, plantar as sementes da imaginação e colher a revolta do espírito. O projeto passa por agarrar a paisagem sonora que nos habita, reinventando-a em som e poesia, invocando o silêncio das montanhas e o murmurar dos rios, relembrando a dança do vento endiabrado ao sabor da melodia de um céu que acolhe a côr e o breu. Com uma sólida formação académica e experiência de vários anos em diversos projetos, o coletivo forjou uma sonoridade muito particular, dando vida a temas que sobressaem pela sua originalidade. O Búfalo Sentado entende a sua música como Roots

Folk Contemporâneo, temperado com uma mão cheia de poesia abstrata, orgânica, à procura de sentidos. Apesar do repertório não se definir sob nenhum estilo em particular, ele navega em alguns universos discerníeis entre eles o folk, afro, rock, jazz e indie. Bateria: Diogo Andrade // Baixo eléctrico e Contrabaixo: Xico Santos // Guitarra Eléctrica: Daniel Neto // Voz e Guitarra Acústica: Miguel Soares

Sex, 18 de março às 22.30 Bar Acert // Entrada gratuita

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Esta frase fotografada numa parede de Lisboa pertence ao manifesto “A Cena do Ódio” de Almada Negreiros


19 MAR 2016

POESIA

E se numa noite todos fossemos poetas num espetรกculo de Poesia Original?

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Dia Mundial da Poesia

Poesia Original Vamos celebrar o Dia Mundial da Poesia com um espetáculo feito com os melhores “Poemas Originais”. São tão originais que nunca foram ditos em público! Mas quem são os seus autores, afinal? Todos aqueles que o desejarem, qualquer um de nós. Nessa noite todos podem ser “Poetas originais” desse espetáculo! Sim, porque todos nós um dia já escrevemos um poema, ou porque tivemos um desgosto de amor, ou porque achámos que tínhamos uma revolução por fazer, ou simplesmente porque quisemos experimentar escrever um “Poema Original” como expressão da nossa intimidade e, como tal, foram todos para a gaveta… Acontece a todos. Chegou a altura de esses “poemas escondidos” voarem da folha de papel e ganharem a voz de quem os declama. Depois de selecionados, serão declamados pelos atores do Trigo Limpo teatro Acert, devidamente protegidos por pseudónimo. E só após a sua leitura será revelado o nome do autor, para receber os aplausos pelo brilhantismo poético da

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sua escrita e das emoções que as suas palavras causaram em quem as acolheu. Ali estará o “Poeta Original” em carne e osso, para sentir as palmas provocadas pela sedução do que escreveu. Sáb, 19 de março às 21:45 Bar Acert // Entrada Gratuita

COMO PARTICIPAR Até dia 1 de março de 2016, com o máximo de 5 (cinco) “Poemas Originais”. Enviar os poemas por correio, em envelope sem remetente. Dentro do envelope, colocar outro, fechado, com o pseudónimo escrito por fora e, no interior, uma folha com o nome verdadeiro, o nome do “Poeta Original”. Morada para envio: ACERT A/C de “Poesia Original” Apartado 118 3460-909 Tondela


19 MAR 2016

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Luis Manuel Gaspar

Luz Acesa nos Bastidores Luis Manuel Gaspar é presença frequente em muitas das boas edições de poesia que têm circulado nas últimas décadas. Nas capas que desenha, nas ilustrações que cria, no rigor com que corrige e edita poetas pouco ou muito conhecidos, a sua mão nota-se no trabalho que é sempre de muitos, e dele também. Nas bandas desenhadas que foi criando a partir de poemas encontramos um dos aspetos mais originais deste trabalho, um diálogo intenso e íntimo com a linguagem verbal, cujo resultado é a criação de uma outra gramática, visual, sim, mas com o verbo sobrevoando cada traço e cada mancha de cor. É esse trabalho tão íntimo junto das palavras dos poetas que aqui se poderá ver — e ler, porque as

imagens também se lêem e Luís Manuel Gaspar trabalha com consciência aguda desse facto. Entre capas e outras imagens, a exposição deste autor mostra um percurso atento e uma entrega dedicada à construção de um outro universo, nem paralelo nem alternativo ao dos poemas, antes complementar.

Inauguração Sáb, 19 de março às 21:00 Até 20 de abril de 2016 Galeria Acert Entrada gratuita

EXPOSIÇÃO

Luis Manuel Gaspar cria um universo imagético que complementa a poesia portuguesa publicada nas últimas décadas 55


DR

MARIANA PINTO DOS SANTOS 速


3 Perguntas a

Luis Manuel Gaspar

Parte do teu trabalho de ilustração pode ser visto em capas de livros de poesia. Como decorre esse processo de criar uma imagem que sirva de porta para um universo que se desdobra em tantos pedaços? O maior desafio é tentar encontrar uma imagem que provoque uma impressão semelhante à que ficou da primeira leitura dos versos, seja essa impressão de mistério, violência ou viagem… A ilustração da capa deve ser exatamente uma porta, que apresenta os poemas mas os deixa intocados para a leitura.

Criar imagens relacionadas com a literatura, capas ou outros trabalhos - como as bandas desenhadas que fazes a partir de poemas - , cria um outro universo, visual, a partir do verbal. Há mais de complementaridade, de iluminação naquele sentido

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etimológico da palavra “ilustrar”, ou de novo mundo naquilo que fazes? Procuro um difícil equilíbrio sempre a partir do amor pelo texto. A iluminação dada pelas imagens é algo que se oferece às palavras a partir dos novos mundos que elas nos trouxeram.

A tua relação com a poesia não se limita ao trabalho de capista, passando pela edição crítica, pela divulgação, até pela prática. Quase como o “Barnabé”, de Sérgio Godinho, o que é que tem a poesia que é diferente do resto? A poesia é a pedra de toque, a razão de todo esse trabalho. Poesia é o próprio processo: a escrita, a edição, a criação de imagens comunicantes. É também o resultado desse trabalho, quando misteriosamente resulta.


CLÁUDIO ALVES ®

OFICINAS DA QUEIMA

Regressam as Oficinas da Queima, preparação coletiva do grande momento em que o Judas há de rebentar 58


20 MAR 2016

25 MAR

Fábrica da Queima do Judas O grande momento do espetáculo que acontecerá a 26 de março é indissociável da mágica e entusiasmante participação das centenas de pessoas que se associam à sua preparação. Ao longo de uma semana, energias e dinamismo coletivos juntam-se num desafio criativo e empolgante. O espetáculo conjuga as várias disciplinas das artes do espetáculo: a interpretação teatral, as artes plásticas (construção de adereços e cenografia), a música. As coreografias crescem, dia a dia, num arrebatador esforço comum que oferece aos espectadores, em cada nova edição, um momento criativamente irrepetível. O Novo Ciclo Acert transforma-se num local de materialização de sonhos e vivências. Não há impossíveis, pela força com que cada um se entrega à construção do momento em que arde o Judas, prolongando-se este

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momento nas memórias dos belos momentos em que se envolveram os construtores de sonhos.

Inscrições na Secretaria da Acert 20 a 25 de março Dom. 20: Reunião geral às 18:00 Seg. a Sex: 9:30 às 13:00, 14:30 às 18:00h e 21:00 às 23:00 Espaço Acert Gratuito


26 MAR 2016

Queima do Judas 2016 Mais um espetáculo onde a narrativa teatral e musical navegam pelo medo e a coragem, o desespero e o ânimo, a injustiça e a luta… Desde 1996 que o Trigo Limpo teatro Acert transforma um ritual ancestral, a Queima e Rebentamento do Judas, num espetáculo de teatro comunitário de rua, onde se fundem o teatro, a dança, a música e o fogo-de-artifício. Aqui se recria, anualmente, uma celebração marcante da nossa comunidade, reforçando a sua festividade, trabalho coletivo que fez desta Queima um dos acontecimentos culturais da zona Centro.

com uma apresentação pública. A escolha de um local diferente do ano anterior não retira o carácter do acontecimento. O Judas muda de casa mas não dos seus dignos inquilinos. Dramaturgia e coordenação artística: José Rui Martins e Pompeu José // Coordenação Coreográfica: Ruy Malheiro // Coordenação Cenográfica e Design gráfico: ZéTavares // Coordenação de Montagem: Miguel Torres e Pompeu José // Coordenação

Durante a semana anterior à sua apresentação, este espetáculo é construído num conjunto de oficinas de construção cenográfica, música, interpretação e movimento a que chamamos Fábrica da Queima. Mais de duzentos voluntários são enquadrados nas várias áreas artísticas pela equipa do Trigo Limpo teatro Acert e por profissionais contratados para o efeito, culminando a semana de formação

Técnica: Luís Viegas e Paulo Neto // Coordenação cénica de grupos: António Rebelo, Ilda Teixeira, João Silva, Pedro Sousa, Raquel Costa e Sandra Santos // Coordenação de produção: Marta Costa e Rui Coimbra … e as CENTENAS DE PARTICIPANTES: atores, músicos, construtores, apoiantes, chega-mechas… sem os quais, o sonho não aconteceria.

26 de março às 23:30 Local a anunciar

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26 MAR 2016

CAFÉ-CONCERTO

Remember Revival Band Uma viagem musical que nos remete para o Revival Spirit… As festas, as roupas, as cores, as imagens que se guardam de acontecimentos que mudaram o rumo do mundo e que se repercutem na atualidade serão recuperadas através da intemporalidade, sobretudo a da década de 80… Através da música será reconstituída a atmosfera que proporcionará boa disposição, movimento, bem-estar e memórias.

Cinco amigos que funcionam como um. Todos diferentes, mas unidos por dois aspetos comuns: a música e a amizade. Assim se faz sentir este projeto, assim se vivia na década de 80. Living the Eighties… Teclados, Voz: Iurie Chiforisin // Baixo Elétrico: José Sequeira // Bateria, Voz: Luís Formiga // Guitarra elétrica, Voz: Pedro Beja // Voz, Guitarra Acústica: Sérgio Fernandes

Apoiado por estrutura técnica de referencia a nível nacional, O Remember Revival Band garante todas as soluções técnicas para eventos de qualquer dimensão, podendo apresentar-se com palco e equipamento próprios, ou adaptar-se a estruturas técnicas residentes.

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Sáb, 26 de março após o espetáculo da Queima do Judas Bar Acert // Entrada gratuita


31 MAR

CARLOS TELES ®

2016

ESTREIA SIMULTÂNEA DE FILME

A primeira criação teatral dos Peripécia Teatro, agora transformada em filme

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Peripécia Teatro

Um Filme Ibérico “Com um projeto tão marcante como é a criação deste filme, não podemos deixar de envolver aqueles que foram também parte essencial daquela criação de há uma dúzia de anos. A Acert é uma dessas instituições que não podem ficar de fora deste projeto: Foi a 22 de Maio de 2004 que estreou no Novo ciclo Acert o espetáculo e se lançou a primeira “pedrada” deste coletivo que se mantém em atividade desde então. Não podemos deixar que a estreia do filme passe ao lado da Acert.” ¶¶ Peripécia Teatro Com este projeto criativo, a Peripécia Teatro provoca um “curto circuito” entre o passado e o futuro: a criação de um filme baseado no primeiro espetáculo da Companhia – Ibéria A Louca história de uma Península. Após 140 apresentações, divididas por Portugal, Espanha e Brasil, para um total de 18.986 espetadores, este coletivo irá mergulhar num processo criativo que marcará certamente um ponto de referência no seu futuro. Neste projeto cruzar-se-á o Teatro e o Cinema, assim como o

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passado e o futuro; o passado da História ibérica com o seu porvir. O passado desta Companhia com algo do que estará para chegar. Em 2016, a Companhia lança-se em mais um desafio inédito neste coletivo: a criação de um filme. Este inspira-se naquele espetáculo, que se mantém há 12 anos consecutivos em cena com o mesmo elenco de três atores. Serão contadas histórias da Península e suas respetivas fronteiras. Histórias dos atores que contam, no teatro, a História da Península como ninguém tinha feito antes (e, com isso, pisam algumas fronteiras). Interpretação, Argumento e Guião: Ángel Fragua, Noelia Domínguez e Sérgio Agostinho // Sonoplastia: Dino Gervasoni // Direção de Fotografia: Pedro Bessa // Argumento, Guião Montagem e Realização: Ramón De Los Santos

Qui, 31 de março às 21:45 Auditório 2 // Entrada Gratuita


TRIGO LIMPO

TEATRO ACERT

7 FEV

NA GUARDA

Julgamento e Morte do Galo do Entrudo O Trigo Limpo teatro Acert, a convite da Câmara Municipal da Guarda, integra a equipa que coordena artisticamente o Julgamento e Morte do Galo do Entrudo com a participação de centenas de artistas amadores e profissionais. Um acontecimento artísticocomunitário que está baseado em tradições populares da região da Guarda, como a queima do Entrudo, compondo, por isso, um Carnaval totalmente português. O Julgamento e Morte do Galo do Entrudo é um espetáculo comunitário e de expiação, baseado na cultura tradicional da região, onde desfilam centenas de participantes oriundos das coletividades do concelho e também atores, músicos e animadores profissionais.

Mais um projeto em que o Trigo Limpo teatro Acert, ao longo de mais de um mês, pode prosseguir a forte ligação artística e comunitária com muitas coletividades da Guarda com quem já partilhou outras gratificantes experiências criativas. Equipa de Coordenação Artística do Trigo Limpo teatro Acert: José Rui Martins e António Rebelo Participação do elenco no apoio à produção


UM TRIMESTRE DE/EM CONSTRUÇÃO

18 JUN

ESTREIA

O Pequeno Grande Polegar Ou a estória de um menino pequeno no mundo dos grandes No ano da comemoração dos 40 anos, o Trigo limpo teatro Acert, vai criar um novo espetáculo de teatro de rua com estreia marcada para 18 de junho de 2016. Uma marioneta gigante será a personagem principal de uma nova versão do conto tradicional O Polegarzinho. Para o ano de 2016, e na sequência de um percurso criativo que tem apostado na criação teatral de rua, propomo-nos construir um bebé (um ícone, um gigante, bebé chorão, o boneco da infância, ele mesmo representante dessa infância, um menino pequeno, brincalhão e traquina, que gosta de “reinar”, como todas as crianças pequenas). O menino, uma marioneta gigante inspirada no imaginário universal do Polegarzinho, será a personagem principal do espetáculo O Pequeno Grande Polegar, que cruza a

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experiência artística de A Viagem do Elefante e de A Fantástica Aventura de uma Criança Chamada Pinóquio. A direção artística está a cargo das equipas artísticas e técnicas do Trigo Limpo teatro Acert, que farão as adaptações dramatúrgicas e cénicas a cada local de apresentação e darão formação em exercício para uma integração capacitada dos elementos de cada comunidade. O envolvimento comunitário centrarse-á no trabalho de ensaios e montagem, que decorre ao longo da semana que antecede a apresentação, procurando-se que, também ela, corresponda a um forte envolvimento das populações com as equipas artísticas e, proeminentemente, numa perspetiva de acolhimento hospitaleiro de públicos diferenciados de cada localidade.


TRIGO LIMPO TEATRO ACERT

RICARDO CHAVES ®

ESPETÁCULOS EM ITINERÂNCIA/2016

E AGORA? O escalpelizar da atualidade através das palavras de Gonçalo M. Tavares para tentar perceber o que se está a passar neste nosso mundo. E agora, partilha-se esta nossa criação com o público. Os personagens dialogam “caoticamente” sobre universos como o desemprego, a crise, a Europa. Acreditam mesmo que se torna mesmo necessário criar uma máquina para “fazer adultos mais rapidamente por via de choques eléctricos”. E agora?, deixa de ser somente uma pergunta, para ser também um enredo tecido de muitas teias que questiona a crueldade desumana..

EM MEMÓRIA OU A VIDA INTEIRA DENTRO DE MIM Um monólogo às voltas com a memória e as memórias de que todos somos feitos. O romance Até ao Fim, de Vergílio Ferreira, pelas suas características e a sua temática de conflito/ confronto de gerações, mantém uma atualidade que nos levou a querer levá-lo para o palco, num gesto que quer beliscar, intimidar e até mesmo questionar.

CARLOS TELES ®

70 minutos // m/12

Coprodução: Gambozinos e Peobardos – Grupo de Teatro da Vela | Trigo Limpo Teatro Acert 55 minutos // m/12

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40 anos a pôr tudo em palcos limpos…

RICARDO CHAVES ®

CICATRIZ OU A MULHER QUE FOI MORDIDA POR UM LEÃO Humor satírico em tempos absurdos e surrealistas Nos tempos que correm, a realidade cavalga desbragadamente o absurdo. O humor tem de se reinventar a cada momento, tal é a velocidade com que o fantástico das situações e as personagens que lhe dão sustento trocam de pele. O Trigo Limpo teatro Acert volta a fazer uma incursão por um género dramático desafiante. O teatro que não se confina à gargalhada, mas ao sortilégio emotivo que ativa o pensamento.

CARLOS TELES ®

75 minutos // m/12 anos

A VIAGEM DO ELEFANTE O espetáculo teatro-musical de rua, criado a partir do conto homónimo de José Saramago prossegue uma já longa jornada teatral. Um espetáculo comunitário de teatro de rua, que revisita o caminho de Salomão, celebrando territórios e as suas gentes nas urgências sentimentais e literárias da vida de um criador de livros e de sonhos: José Saramago. 90 minutos // m/6

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CARLOS TELES ®

TRIGO LIMPO TEATRO ACERT

O FASCISMO DOS BONS HOMENS O envelhecimento que fala português. Impiedoso, comovente, poético, satírico… com desvarios amorosos. Um espetáculo conduzido por um romance que cruelmente comove (A Máquina de Fazer Espanhóis, de Valter Hugo Mãe), satiriza e, sobretudo, revela o envelhecimento de todos aqueles que, proveitosa e dignamente, não abdicam de nos fazer refletir sobre as suas lembranças. As mesmas lembranças que, no final de contas, se mantêm arreigadas no lar “Para Todas as Idades” que habita indiscriminadamente em cada um de nós.

CARLOS TELES ®

105 minutos // m/12

FAZ DE CONTA De várias histórias é feito o Faz de conta Um espetáculo de bichos pequenos, pensado para gente pequena, que vai ser grande, e para grandes que pequenos já foram. O espetáculo respira sem necessitar de recursos que o confinem a um palco. Poderá ser apresentado em locais não convencionais, como bibliotecas, salas de aula, etc… 45 minutos // m/4 Pré-Primária, 1º Ciclo e 2º Ciclo e público em geral

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RICARDO CHAVES ®

ESPETÁCULOS EM ITINERÂNCIA/2016

20 DIZER A interpretação poético-musical tendo como trilho a palavra com som, cor, corpo e alma A mestiçagem da declamação poética-teatral com a música, encantando viagens cruzadas por muitas geografias literárias emotivas. O prazer de fazer de cada palco um espaço de partilha emotiva. Um duo com muita gente dentro. Um momento de comunicação artística em que se procura autenticar o sábio pensamento de Millôr Fernandes: “Entre o riso e a lágrima há apenas o nariz”. 60 minutos // m/12 · Também em formato especial para público escolar

Ainda em repertório: Sermão aos Peixes e A Cor da Língua Acert Mais informação: www.acert.pt/trigolimpo


MAIS ACERT PROJETO EAP FORMAÇÃO INGLÊS E YOGA FORMAÇÃO ARTES PLÁSTICAS SECÇÕES DA ACERT DEBAIXO D’OLHO INFORMAÇÕES ANTEVISÃO


PROJETO EAP

Academia Europeia para a Participação Um projeto europeu sobre a criação de mecanismos de participação em contexto de escola.

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Um projeto Internacional com nove parceiros de diferentes países, pretendendo refletir sobre a participação e os mecanismos para a sua promoção. A Academia Europeia para a Participação (Eap) tem a ambição de contribuir para a melhoria da qualidade e relevância do ensino superior, num perfil de pós‑graduação, mais relevante para as necessidades da cada vez maior diversificação das comunidades no mercado de trabalho. O objetivo do projeto é trabalhar com estudantes de pós-graduação que buscam emprego em contextos comunitários, bem como aqueles educadores de adultos que já trabalham nessas comunidades. Propõe, portanto, um curso de ensino superior intensivo que é construído a nível internacional, com módulos baseados em teoria e prática, abordando as necessidades dos futuros licenciados e profissionais atuais. O currículo desenvolvido pela Eap será enraizado num conjunto transparente de conhecimentos, habilitações e competências estruturadas num

quadro de qualificações, alinhando os sectores às necessidades de ofertas existentes, como o Quadro Europeu de Qualificações. Os parceiros Eap são motivados pela necessidade do reconhecimento da prática participativa pela academia como uma área que permeia as ciências humanas, artes e ciências sociais para conectar e aumentar a eficácia no Espaço Europeu de Competências e Qualificações. Projeto desenvolvido no quadro de uma parceria que envolve: Instituto Goethe, Paris // Acert, Tondela // Castrum Peregrini, Amsterdão // Associação Cultural Europeia, Istambul // Universidade Nacional de Artes, Bucareste // Universidade de Artes de Londres // Universidade de Aix’s, Marselha // Universidade Católica de Deusto, Bilbau // Rede Europeia de Institutos de Artes, Amesterdão // Agência nacional Para as Artes Colaborativas, Dublin

Financiado pelo programa Erasmus+ da União Europeia Execução do projeto entre setembro de 2015 e agosto de 2018


FORMAÇÃO ARTES PLÁSTICAS Formadora Vanessa Chrystie

Curso de desenho e pintura Este curso vai ser dividido em 2 partes, de dois meses cada. A primeira será dedicada à observação através do desenho, usando pastel seco, um material muito versátil. Mais conhecido pelos trabalhos que foram desenvolvidos pelos Impressionistas, continua a ser usado por artistas contemporâneos, alguns deles nacionais, como Paula Rego ou João Queiroz. A segunda parte vai ser dedicada à Aguarela.

1 aula por semana Quinta-feira, das 20:30 às 22:30 Preço: 50 Euros/mês Associados: 45 Euros/mês Início 21 janeiro 2016 2 meses pastel seco 2 meses aguarela

Será um curso bastante intenso, ao longo do qual vamos abordar muitos temas, todos para explorar as possibilidades plásticas destes dois materiais, interligando com os interesses estéticos e criativos de cada aluno, com aulas dentro do espaço do Acert, mas também com umas saídas de campo. Não há nada melhor do que desenhar diretamente da natureza. Venham experimentar!

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AULA DE CAMPO COM VANESSA CHRYSTIE NO CURSO DE 2014-2015


FORMAÇÃO NA ACERT Cursos de inglês para crianças e jovens Os cursos de inglês na Acert são organizados pela International House de Viseu, que faz parte da International House World Organization, mundialmente reconhecida pela qualidade do ensino. Os professores são ‘native speakers’ e possuem formação específica no ensino do inglês

como língua estrangeira. Os alunos frequentam duas aulas de 90 minutos por semana, integrados em turmas de acordo com o seu nível de conhecimentos, completando dois níveis durante o ano letivo (outubro a junho).

Aulas de Yoga A prática do yoga ajuda ao equilíbrio corpo-mente e à redução do condicionamento do pensamento. O relaxar da mente permite perceber que podemos experimentar a vida na sua totalidade e intensidade de um modo plenamente satisfatório.

Professor de yoga: Mário Martins Horários: Terça-feira, das 20:00 às 21:30 Sala Orgânica/ Acert

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NÚCLEOS ACERT Núcleo de Escalada Acert Se gostas de adrenalina, de enfrentar os teus medos, se gostas de escalada, junta-te ao nea. Vem manter-te em forma, tornar-te mais ativo… “Venga ai” como dizem os escaladores. Para pertencer ao nea é necessário: Ser sócio da Acert; Inscrever-se e ter seguro (mínimo nível 3) pela Fpme (Federação Portuguesa de

Montanhismo e Escalada). Horário terça-feira das 21as 22h Ginásio do Pavilhão Desp. de Tondela. Participantes A partir dos 16 anos. Sessões de treinos custam 10 euros /mês. Coordenador André Fernandes Contacto 962375043 / escalada@acert.pt

Núcleo de Basquetebol Acert Há mais de duas décadas a dinamizar a aprendizagem e a prática do basquetebol, o nba oferece formação na área do Minibásquete para os mais novos e treinos regulares para atletas de todas as idades. Sub 14 Masculinos Nascidos em 2001 e 2002 2ª, 4ª e 6ª feira / Pavilhão Esc. Sec. Molelos, das 18:00 às 19:30

MiniBasket Nascidos de 2003 a 2008: 2ª, 4ª e 6ª feira Pavilhão Mun. Tondela, 18h às 19:30h

Contatos: Pedro Tavares 966 283 153 Isabel Fernandes 918 792 557 Tiago Vale 967 186 594 e-mail basquetebol@acert.pt

Núcleo de Karaté da Acert Pretendemos promover a prática do Karaté de forma individualizada, gerindo a natureza lúdica, agonista e de solicitação das qualidades físicas das tarefas que prescrevemos. Traga inicialmente um fato de treino, venha conhecer-nos e decida depois se entra na nossa família de karatecas.

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Treinadores: Sensei Ricardo Chaves e Sensei António Gouveia Treinos: terças e quintas-feiras, no Pavilhão Municipal de Tondela menores de 14 anos: 19h - 20h maiores de 14 anos: 20h - 21h


DEBAIXO D’OLHO

O Torcicologologista, Excelência Gonçalo M. Tavares Editor Caminho

Na primeira parte deste livro, Gonçalo M. Tavares utiliza o diálogo para refletir sobre uma certa ideia de pólis, sobre os gestos que quotidianamente nos definem, sobre o modo como nos organizamos e como damos andamento aos dias. Estrutura textual com eficácia reconhecida pelo menos desde Platão, por colocar dois pontos de vista em confronto, mas igualmente pelo ritmo que permite à linguagem, que serve para questionar, procurar, discordar, o diálogo assenta nestas personagens como uma luva. Uma ideia é apresentada e o seu fio vai sendo puxado por ambos os intervenientes, entre confirmações e contrariedades, até que uma espécie de iluminação se espalhe sobre a página. É um jogo, um processo didático que só na aparência é descontraído. Quem viu E Agora?, do Trigo Limpo teatro Acert, reconhecerá em

alguns destes diálogos fragmentos que integraram a dramaturgia do espetáculo, o que dá ao livro nova camada de leitura. Na segunda parte, o autor enumera pessoas. Cada uma dessas pessoas é definida por um número, num gesto claro que desumaniza, mas que sobretudo exerce uma espécie de terraplanagem na ideia de comunidade, colocando toda a gente num papel de contribuinte, não dos impostos, mas de uma engrenagem que parece incontrolável. Também aqui é a polis o centro nevrálgico do texto, uma sucessão de observações sobre o quotidiano, as escolhas e os rumos de cada um dos números-pessoa a deixar expostas as misérias nossas de cada dia e as pequenas ilusões que, ainda assim, mantém a engrenagem a funcionar. ¶¶ SFC


DEBAIXO D’OLHO

Cânticos da Terra e da Vida Isabel Silvestre editor Tradisom

Isabel Silvestre tornou-se conhecida do grande público graças à participação na canção “Pronúncia do Norte”, dos Gnr (em 1992, no álbum Rock in Rio Douro), mas a intérprete, uma das cantoras do Grupo de Cantares de Manhouce, de S. Pedro do Sul, há muito que dá uso à voz, tendo construído uma carreira que conta com perto de quatro décadas de actividade, entre discos gravados (colectivamente ou a solo) e concertos por todo o mundo. O seu mais recente disco, editado pela Tradisom, revisita vários temas que Isabel Silvestre já tinha cantado, agora com novas abordagens e uma interpretação amadurecida pelo tempo que passou. Há canções que pertencem ao repertório da música de raiz tradicional da zona de Manhouce, mas igualmente de outros territórios espalhados pelo

país e, até, uma interpretação de “Asas do Vento”, canção que Amália Rodrigues cantou. Com uma voz cujo timbre ecoa os ciclos do tempo e uma forte ligação à terra, Isabel Silvestre continua a trazer aquilo a que chamamos tradição para o palco do presente, confirmando que a ideia de um passado estanque, fechado numa outra era, é apenas ilusão de quem não sabe que o tempo é uma sucessão contínua. E somo tanto mais capazes de o viver e compreender quanto soubermos manter com os que nos antecederam uma relação que preze a memória, sabendo-a essencial para caminhar em direcção ao futuro. ¶¶ SFC


ACERT CORPOS SOCIAIS

PROGRAMAÇÃO NOVO CICLO

Assembleia Geral Presidente: Luís Henrique P. Brás Marques 1º Secretário: Ana Maria Pereira Bastos 2º Secretário: Carlos Manuel Marques Lima

Equipa de Coordenação Carlos Silva, José Rui Martins, Luís Cruz, Marta Costa e Miguel Torres

Conselho Fiscal Presidente: António Elísio Miranda Lindo 1º Secretário: Jorge Manuel Vaz Mendes 2º Secretário: Margarida Amélia G. R. Melo

Equipa Técnica Luís Viegas e Paulo Neto Produção Marta Costa e Rui Coimbra

Direção Presidente: Luís Gonzaga Tenreiro da Cruz Vice-Presidente: Maria Lizete C. Lemos 1º Tesoureiro: Pompeu José Oliveira Cortez 2º Tesoureiro: Carlos Alberto Antunes Silva 1º Secretário: Miguel Cláudio Torres Bruno 2º Secretario: José Manuel M. Silva Tavares 1º Vogal: José Rui Martins Henriques 2º Vogal: Carlos Alberto Teles de Figueiredo 3º Vogal: Paulo Fernando F. Santos Neto 4º Vogal: João Paulo Leão Borges 5º Vogal: Ricardo Miguel T. Chaves Ferreira

Gestão e Tesouraria Pompeu José e Rui Vale

TRIGO LIMPO TEATRO ACERT

AGENDA DE PROGRAMAÇÃO

Direção Artística José Rui Martins e Pompeu José

Contribuíram para esta agenda Carlos Silva, José Rui Martins, Marta Costa, Miguel Torres e Pompeu José

Elenco Permanente António Rebelo, Ilda Teixeira, João Silva, José Rui Martins, Pedro Sousa, Pompeu José, Raquel Costa e Sandra Santos

COORDENADORES Núcleo de Basquetebol Acert Pedro Tavares

Secretariado Paula Pereira Promoção e Imagem Zétavares Limpeza Efigénia Arede

Edição Sara Figueiredo Costa Paginação Zétavares

Núcleo de Escalada Acert André Fernandes

Fotografias Carlos Teles, Cláudio Alves, Ricardo Chaves e das companhias e produtores programados

Núcleo de Karaté da Acert Ricardo Chaves

Pré-impressão, impressão e acabamento Rainho & Neves, L.da


INFORMAÇÕES E HORÁRIOS HORÁRIOS Bilheteira/Loja (Dias com programação) Das 15:00 às 17:00 e das 20:30 às 22:00 Secretaria e Tesouraria 09:30 às 13:00 e das 14:00 às 18:00

Bar Acert 14:00 às 02:00 Reservas Deverá levantar as suas reservas durante o horário de funcionamento da bilheteira e até 48h antes da hora de início do espetáculo, ou ficarão sem efeito.

Preços Admissão de Associados ACERT Pagamento de uma joia de 0,50 € e uma quota semestral de 7,50 € Associados (e equiparados) Preço de Associado da Acert e/ou sócio das entidades seguintes: Cine Clube de Viseu; d’Orfeu Associação Cultural; Viriato Teatro Municipal; Teatro Aveirense; Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo da Caixa Geral de Depósitos;

Descontos Estudantes, Reformados, Portadores de Cartão Jovem e Cartão Jovem Municipal. Preço Especial Desempregados: 2,50€ Crianças Espetáculos de Sala: grátis 3 a 5 anos. Espetáculos Infantis: Pagamento a partir dos 3 anos, inclusive. Auditórios Espetáculos apresentados no Auditório 1 e Auditório 2 Bilhete: 7,5 € Associados: 5€ Descontos: 6€ Desempregado: 2,5€ Espetáculos público escolar: 2€.


INTERCÂMBIOS 2016 também será um ano para reforçar os laços de trabalho entre o Trigo Limpo teatro Acert e muitas companhias nacionais, algumas delas parceiras antigas no nosso percurso. Os intercâmbios de espetáculos são a prova desse trabalho conjunto e este ano teremos vários na agenda. Em março apresentaremos o espetáculo E Agora? no Bando (dias 12 e 13) e em abril receberemos no Novo Ciclo o espetáculo Ausência (teatro o Bando) nos dias 29 e 30. Outros intercâmbios se seguirão… No Novo Ciclo teremos também a presença em maio e junho do Baal 17 e do Teatro Regional da Serra de Montemuro, que virão apresentar o seu trabalho a Tondela.

ESPETÁCULO “AUSÊNCIA” FOTO DE MIGUEL MARES ®

ANTEVISÃO



ACERT Associação Cultural e Recreativa de Tondela Rua Dr. Ricardo Mota, 18; 3460-613 Tondela t: (+351) 232 814 400 / www.acert.pt


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