A ACERT É UMA ESTRUTURA FINANCIADA POR
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MEDIA
PARCERIA
APOIO ESPECIAL
AGRADECIMENTOS Arca (Alvarim), Associação Cultural Recreativa e Humanitária de Vila Nova da Raínha, Associação dos Peregrinos de Nandufe, Carlos Figueiredo, Dierre Ibérica, Equipa de montagem da Câmara Municipal de Tondela, Musifesta, Nuno Correia, e a todos os voluntários que contribuíram com o seu trabalho e solidariedade para a realização desta edição.
A COR DA LÍNGUA + CONVIDADOS
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JUL
QUINTA
50 ANOS DE TROPICALISMO NA PONTA DA LÍNGUA
19
JUL
A COR DA LÍNGUA Auditório Ar Livre – 22:00h A Cor da Língua Acert, projeto artístico poético-musical do Trigo Limpo teatro Acert, completa 10 anos criando espetáculos com repertório próprio, mas traçando igualmente um percurso de produção de espetáculos especiais com outros criadores (José Medeiros, JP Simões, Samuel Úria, Ana Bacalhau, Filipe Melo e Luís Pastor), assim como assumindo a direção musical e arranjos para concertos especiais, como Terra da Fraternidade (2012) ou o espetáculo de teatro de rua A Viagem do Elefante (2013), que originou o Livro/Cd com músicas de Luís Pastor e poemas de José Saramago, e o “Concerto 500 Ao Tom D’Ela” (2015). Nesta edição do Tom de Festa, mais um desafio artístico deslumbrante: celebrar em concerto uma narrativa baseada em músicas de autores de referência do Movimento Tropicália: Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Jorge Ben, Os Mutantes, Tom Zé,
entre outras surpresas. Com novos arranjos e com cantores convidados, os temas terão como condução dramatúrgica acontecimentos e depoimentos dos autores que influenciaram decisivamente um estilo de música que, 50 anos depois, continua a impor-se como sinal de uma inovação sem limites Coordenação Musical: Miguel Cardoso Arranjos: Carlos Peninha, Daniel Romeiro Lydia Pinho, Luísa Vieira, Miguel Cardoso e Rui Lúcio Guitarras: Carlos Peninha Violoncelo: Lydia Pinho Contrabaixo: Miguel Cardoso Flauta e Voz : Luísa Vieira Bateria: Rui Lúcio Narração e encenação: José Rui Martins Som: Luís Viegas Luz: Paulo Neto Vídeo: Rui Sérgio
PARTICIPAÇÃO ESPECIAL Cantores: José Santos, Luca Argel e Vitória Wilkens Flugel: Daniel Tapadinhas Piano e sintetizador: Daniel Romeiro Trompete: Adriano Franco Vozes: Daniela Castro, Diana Gonçalves e Joana Castro
© Rui Coimbra
SPICY NOODLES
OS SINCOPADOS
Palco Jardim, 21:00h
Pátio – 23:30h
Spicy Noodles surgiu da experimentação levada a cabo em residência artística por Érika Machado (BR) e Filipa Bastos (PT).
Ginga e cavaquinho num concerto dançante.
Entre muitas atuações em festivais e outros espaços de apresentação, o grupo recebe o convite do Henrique Amaro para inserir uma das canções do projeto no CD Novos Talentos Fnac’17, que tem permitido levar a sua música a um amplo universo de ouvintes. A sonoridade Spicy Noodles é regada por samplers, guitarras, teclados, baixo e bits eletrónicos que são misturados como pacotes de temperos instantâneos para uma explosão de barulhinhos em cada uma das canções. Os temas abordados são variados, e falam sobre o quotidiano traçado, como a casual “Converseta” de esquina para a vida extenuante de “José Francisco” e os momentos registados em anotações musicadas que podem, de forma “Leve Leve”, ser a sua “Canção do coração”.
Um grupo de músicos maioritariamente cariocas inundam de beleza as interpretações de temas consagrados da música brasileira. O samba-sincopado num fraseado sinuoso, rico em notas e acentuadamente gingado, com divisões rítmicas ziguezagueantes, é a batuta para criar momentos propícios para os espetadores ganharem protagonismo, largando a cadeira, dançando e cantando. O cavaquinho, instrumento cordofone de excelência na interpretação do samba, pagode e choro, representa a maior “oferta” musical que Portugal exportou para o mundo. Um sinal de miscigenação a unir culturas. Voz e cavaquinho: Edu Gama / Voz e violão: Carlos Menotti / Voz e Bateria: Júnior / Voz, Tantan e Surdo: Robert William / Pandeiro: Pedro Sousa
SEXTA
MAÍRA BALDAIDA
20
JUL
Um fascínio talentoso evoca o feminino e o universo da afro-mineiridade
DR
“MINERAIS“
SERGIO MOTA Espaço Jardim – 21:00h Músico mineiro apaixona-se pela mestiçagem com a música africana dos países de Língua Portuguesa Um cantor brasileiro nascido nas montanhas de Minas Gerais, filho do lendário percussionista mineiro Serginho Silva, entrou num comboio há 13 anos com os ritmos e as melodias das esquinas de Belo Horizonte com destino a Santa Apolónia, em Lisboa. Apaixonou-se pelas sete colinas, reencontrou cores e ritmos de suas matrizes africanas com as congadas mineiras e as melodias dos lamentos e da força dos quilombos. Minerais, o seu primeiro álbum é composto de composições simples e belas, que contam histórias de amores e sublinham o desamar e o desfilar de uma Conheceu “Valete” e dá voz ao refrão do seu novo single “Rap Consciente”.
Cantora, compositora e atriz de Minas Gerais, considerada uma das representantes da boa e nova safra de cantautoras e cantautores do Brasil. Destacada pela Musicoteca como uma “das incríveis mulheres que estão chamando a atenção e modificando os “tipos” e lugares da música brasileira.” Sem se submeter às linhas de um género determinado, prefere brincar com a Música Popular Brasileira de um modo singular. Traz, especialmente nas suas letras, o feminino, a ancestralidade que carrega e o seu olhar de mulher contemporânea. Em 2016, lançou o seu primeiro álbum Poente e outras paisagens com 12 canções compostas pela artista e algumas parcerias com compositoras mineiras. Com uma banda formada somente por mulheres instrumentistas, Maíra Baldaia realizou concertos em importantes eventos: Noite Afromineira da Sim e Festival Instante da Música Negra (SP), Festival de Inverno de Itabira e Semana Idea de Artes Negras (MG), entre outros. Chega agora ao Tom de Festa para mostrar a sua versatilidade e identidade.
© Alzir Lima
22:00 – Auditório Ar Livre
©Flávio Charchar
Pátio – 00:30h
WADO Auditório Ar Livre – 23:30h Um músico brasileiro altamente premiado apresenta em estreia em Portugal o seu novo CD Precariado Wado cruza o Atlântico para mostrar a sua música em Portugal, em especial o mais recente disco, Precariado. A nova digressão chega cinco anos depois da celebrada temporada de concertos que contou com apresentação no Mexefest, com os seus companheiros de O Clube (Fred Ferreira, Cícero, Momo e outros). Há três anos, editou o disco 1977, que conta com a participação do músico português Samuel Úria. Para o Tom de Festa, Wado oferece um espetáculo mais amplo, visitando as canções mais fortes dos seus dez discos. “Com A Ponta dos Dedos”, eleita a melhor música do Brasil no Vmb, prémio da Mtv de 2012, está no repertório junto de tantos outros pontos altos como “Cidade Grande” e “Rosa”, do álbum Vazio Tropical, produzido por Marcelo Camelo e gravado em Lisboa. No palco, as músicas mais reconhecidas dividirão espaço com os novos sucessos de Precariado. Wado estará acompanhado por uma banda brasileira com vasta experiência. Na guitarra, Zé Vito, que acompanhou o ícone da Mpb Jards Macalé, a “diva” Céu, e é membro do Abayomy Afrobeat Orquestra; no baixo, o membro da banda Cê, de Caetano Veloso: Ricardo Dias Gomes e, na bateria, Felipe Bastos, que tem no currículo shows com Milton Nascimento, Hamilton de Holanda e Camané.
DR
SWINGUEIRA
Um projeto que surge da mistura ritmos como o forró, o samba, a MPB e o reggae. Músicos com um vasto percurso nacional e internacional, tendo alguns deles igualmente projetos próprios. São eles: Sérgio Silva (guitarra e voz) — Chambinho do Acordeon “ Luis Gonzaga do Cinema” e Bamba Social…; Mestre Porto (percussão), um dos ritmistas da Escola de Samba da Mangueira, Acompanhante de Seu Jorge, Pedro Abrunhosa…; Alvaro d´Kastro (acordeão) , músico e compositor a trabalhar entre Portugal e Alemanha e, a fazer as honras da casa, Sérgio Prazeres, um caramulano da bossa Nova que partiu para Edimburgo, onde tem tocado com músicos como Steven Christie – Pianista dos The Proclaimers, Oscar Manonni (Baterista que acompanhou Jonh Lord dos Dee Purple). Sérgio Silva - guitarras e voz / Mestre Porto – percussão e voz / Alvaro d´Kastro – acordeão e voz / Sérgio Prazeres – baixo e voz
DR
DJ GYL Pátio – 01:30h A excelente técnica de mistura, a boa disposição que contamina pistas com um estilo próprio, são boas razões para o Dj Gyl sair da sua área de conforto, enquanto dj da Kimika, e voar no Tom de Festa com um programa especial que tem na música brasileira um prato forte, explorando sonoridades arrebatadoras.
SÁBADO
© Athos Souza
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GUILHERME VENTURA Auditório Ar Livre – 22:00h Músico mineiro actua pela primeira vez em Portugal, apresentando o Cd recentemente editado O multi-instrumentalista mineiro apresenta, no palco do Tom de Festa, as músicas do seu primeiro álbum, Dois lados, lançado no Brasil em 2017, e que evidencia a sua excelência e versatilidade na música e no verso. “Eu me preocupo muito com a sinestesia da música, de fazer a sensação sonora dialogar com a poesia, e, nesse sentido, me espelhei muito no mestre Gilberto Gil”, diz Guilherme Ventura. Atualmente, faz parte do coletivo IMuNe (Instante da Música Negra), uma plataforma de fomento, produção e divulgação da música produzida por pessoas negras. Nascido em Santa Luzia, Minas Gerais, Brasil, Guilherme Ventura estudou música na Fundação de Educação Artística (BH) e na Universidade de Música Popular Bituca, tendo sido premiado em vários festivais. Baraúna, novo single de Guilherme Ventura, foi lançado no mês de março deste ano com um show no Sesc Palladium, pelo festival IMuNe. Guilherme Ventura – guitarras e voz / Rafael Dejero – baixo / Hugo Bizzotto – teclado / André Salles - bateria
© Paulo Abreu
JUL
OCTÁVIO CARDOZZO Auditório Ar Livre – 23:30h Entre a tradição da MPB e a vontade de inovar linguagens, Octávio Cardozzo apresenta o seu mais recente álbum. Destaque da cena musical mineira desde 2012, quando lançou o seu primeiro projeto autoral, Octavio Cardozzo convida outros três nomes importantes do estado para o seu novo álbum, Âmago. Diz o músico: “Neste disco eu quis cantar mais e compor menos. Fiz um disco bem brasileiro, que remete aos grandes intérpretes da nossa música, como Ney, Bethânia e Elis. Por isso não incluí nenhuma música de minha autoria. O meu desejo era interpretar, criar uma narrativa ao longo do disco, com uma dramaturgia por trás, orgânica como alguns clássicos da Mpb, mas ao mesmo tempo moderno e arrojado”, contextualiza o cantor. Âmago é um reencontro do cantor com seus desejos e vontades, para si e para as pessoas que o cercam, e também para o mundo. “A narrativa, ao longo do disco, vai ao encontro do âmago, do que está enraizado em mim, procurando compreender o que me move, o que me faz querer ser artista”, completa. Octavio Cardozzo - voz / Yara Mourthé - Produção executiva / Gabriel Bruce - bateria / PC Guimarães - guitarra / Débora Costa - percussão / Camila Rocha - baixo
CYZ
DR
APRESENTA ZABUMBA BIGBANG SHOW 00:30h - Palco Pátio Uma espécie de “mistura fina”, cruzando forró, maracatú, carimbó e candomblé, assim é o som eletrizante de Cyz Vinte e um anos depois de compor Zumbi, pedra inaugural em que misturava breakbeats e os batuques de sua terra, Cyz cantou e dançou, envolveu e fez dançar muita gente no sobe e desce das ladeiras de Olinda, sua cidade natal, e das ladeiras de Lisboa - sua terra atual, sempre se amplificando em outros cantos do mundo, incluindo Madrid, onde nasceu seu primeiro álbum, junto com o produtor português Preto. Nesse trajeto ampliou parcerias musicais, trabalhando com nomes como Gilberto Gil, Zeca Baleiro, Dj Dolores, Fred 04, Cila do Côco, Mestre Ambrósio (Maurício e Cassiano), o português João Gomes (Fogo Fogo), Miguel Guia, Tó Ricciardi, 3naMassa e os membros fundadores do que seria o Buraka Som Sistema (Branko, Kalaf e Dj Riot). Tudo isso bem registrado nos albuns Precyz (2001), LittleFishDubLongWaterSamba (2004). Um som urbano que mistura baião, carimbó, maracatu, candomblé, beats eletrónicos e outros denominadores comuns das influências e das raízes norte-nordeste de Cyz e seus amigos, músicos que integram ou integraram as bandas de Gilberto Gil e Seu Jorge, entre outros. Cyz – Voz / Claudio Andrade – piano / Junior Mouriz – violino, harmónia e Dj / Raphael Zamorano – percussões / Paulista Max – set acústico e eletrónico / Dinho Zamorano – cavaquinho e voz / Doutor Aeiuton – VJ
SÁBADO
DR
O GRINGO SOU EU (BR/PT) Pátio – 01:30 Som e poemas irreverentes nascidos no convívio na periferia e favela brasileiras Nascido em Angra dos Reis (Brasil), Franklin Soares Monteiro integra a sua primeira banda em 1996, os Tchaka Fire, iniciando aí um percurso que passou por várias outras formações e projetos. Reside em Portugal desde 2010 e, desde então, desenvolveu trabalho junto de entidades e países como o Brasil, São Tomé e Príncipe ou Alemanha. Idealizador do projeto Blocodeconcreto e outras iniciativas na área da educação artística. Em Portugal, atuou e atua nos bairros sociais em vários pontos do país. O Gringo Sou Eu tem como formação espontânea o convívio na periferia e favela brasileiras. Observador inquieto, decidiu criar o projeto de letras inspiradas na sua visão do mundo e do quotidiano, com beats fervorosos e linhas simples.
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JUL
© Rui Messias
RODA DE CHORO DE LISBOA Jardim – 21:00h A Roda de Choro de Lisboa é um quinteto luso-brasileiro que se caracteriza por interpretar temas do “Chorinho” brasileiro de forma única e criativa. Como o seu próprio nome indica, esta banda é de Lisboa, mas tem uma alma sem fronteiras: a sua música energizante revela uma fusão inesgotável de ritmos que vão do Chorinho ao Fandango, do Tango ao Corridinho, da Valsa ao Malhão, do Scottish ao Fado, da Polka ao Vira, havendo sempre espaço para algumas surpresas e apontamentos de humor imprevisíveis. Pode afirmar-se que nos últimos cinco anos a Roda de Choro de Lisboa tem vindo a “refrescar” o Chorinho, este género musical com mais de 130 anos de existência que voltou a estar na moda, conquistando terreno e distribuindo boa disposição um pouco por toda a parte… Nuno Gamboa - Violão de 7 cordas / Edu Miranda - Bandolim / Carlos Lopes - Acordeão / João Pedro Santos - Clarinete / Alexandre Santos Percussão
EXPOSIÇÃO DE MATRIZES DE XILOGRAVURAS DE J.BORGES PARA AS PALAVRAS DE JOSÉ SARAMAGO Galeria Novo Ciclo ACERT
© Rodrigo Tomazela
DRIKA PRATES ARTISTA VISUAL
Mural 50 Anos de Tropicalismo O Tom de Festa 2018 vai deixar marca distintiva pela pintura de um mural no espaço do Jardim do Novo Ciclo Acert. A autora é Drika Prates, uma artista visual brasileira que trabalha predominantemente com pintura em mural. Nasceu em São Paulo onde viveu grande parte de seus 32 anos e desenvolveu seu trabalho autoral. Recentemente, mudou-se para Lisboa para aprimorar-se em estudos artísticos. As suas pinturas, predominantemente abstratas, revelam formas inspiradas pela organicidade do corpo e da natureza com cores sólidas e bem delineadas. Ainda assim, existe uma profunda inter-relação entre todos os elementos pictóricos das imagens que cria. Com isso, Drika transmite a noção de que tudo o que é orgânico está ligado de alguma maneira e pode continuar a desenvolver-se infinitamente, com possibilidade constante de transformação. Em 2015, compôs dois painéis para o cenário do reality show musical Breakout Brasil, veiculado pelo canal Sony Brasil.
Passados mais de 40 anos da publicação de “O Lagarto” no livro A Bagagem do Viajante, o texto ganha novas leituras trazidas pelas ilustrações do “génio da arte popular”, nas palavras do New York Times. O artista brasileiro, que ficou conhecido internacionalmente ao ilustrar em 1993 o livro Palavras Andantes, de Eduardo Galeano, produziu um conjunto de xilogravuras que dialogam com o texto do Prémio Nobel português. O projeto, que nasce da ideia original do editor argentino Alejandro García Schnetzer, foi publicado pela Porto Editora em colaboração com a Fundação José Saramago, tendo o design da Silvadesigners, propondo uma nova leitura da crónica com o mesmo título escrita por José Saramago em 1972. Quem é J.Borges? Nasceu em Bezerros (Pernambuco, Brasil) no ano de 1935. Aos 20 anos começou a vender cordéis nas feiras. Em 1964 assinou o seu primeiro trabalho autoral. Tornou-se gravurista para ilustrar os cordéis que produzia. Durante a vida escreveu algumas centenas de cordéis. Ilustrou o livro
As palavras Andantes, de Eduardo Galeano, e expôs o seu trabalho em vários lugares do mundo, entre eles EUA, Suíça, França, Alemanha, Venezuela, Itália e Cuba. Em 2006 recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, outorgado pelo Governo do Estado. Saramago conhecia e gostava muito do trabalho de J.Borges (...) dizia que para ele J.Borges compreendia e explicava o mundo de forma aparentemente simples e ao mesmo tempo profunda. Este Borges aproximava-se, para Saramago, dos seus avós na forma de olhar o mundo. Além disso, Saramago tinha muito apreço pelos trabalhos de criação. Na sua mesa de trabalho, por exemplo, estava um crucifixo que um artesão lhe dera de presente após ler O Evangelho Segundo Jesus Cristo. Para ele não era uma homenagem a um homem crucificado mas sim ao homem que fez aquela peça e que a compartilhou. Criar é compartilhar, e agora dois Josés presenteiam-nos com uma obra que deve ser compartilhada. Um grande presente. (Palavras de Pilar del Río ao Jornal do Comércio, do Brasil, a propósito do livro)
BENVINDOS TODOS À FESTA DA ACERT
50 ANOS DE TROPICALISMO COMO CONCEITO CELEBRATIVO Alegrem-se os corações, entusiasmem-se as mentes e soltemos o corpo para viver em festa mais um Tom de Festa, Festival de Músicas do Mundo Acert 2018, nesta sua 28ª edição. É um festival que tem a marca do trabalho com que a Acert se relaciona com uma comunidade e com um público que desejamos exigente na fruição e na capacidade de surpreender. O Festival celebra a música brasileira contemporânea e, de uma forma particular, o Tropicalismo, movimento cultural brasileiro que, há 50 anos, surgiu sob a influência das correntes artísticas ecléticas, inovadoras, incorporadoras e de vanguarda, que misturou rock e bossa nova, mais samba, mais rumba, mais bolero, mais baião, quebrando as rígidas barreiras que permaneciam, naquela época, no Brasil. Uma dramaturgia que poderia, afinal, e com as devidas distâncias, ter sido o conceito programático que esteve na origem do Tom de Festa. É assim que o concerto d’ A Cor da Língua Acert, com cantores brasileiros e nacionais convidados, vai incidir num repertório de temas consagrados de músicos preponderantes do Tropicalismo.
Tem dias que a gente se sente Como quem partiu ou morreu A gente estancou de repente Ou foi o mundo então que cresceu A gente quer ter voz ativa No nosso destino mandar Mas eis que chega a roda-viva E carrega o destino pra lá
O honroso apoio da Secretaria de Estado de Belo Horizonte e de Minas Gerais permite ter, pela primeira vez em Portugal, na apresentação dos seus recentes CD’s, Maíra Baldaia, Octávio Cardozzo e Guilherme Ventura. Wado, talentoso músico do Estado de Pernambuco. Outros projetos brasileiros de referência em Portugal, como Roda de Choro de Lisboa, Swingueira, Os Sincopados, Spicy Noodles, O Gringo Sou Eu, Sérgio Mota, Cyz e Dj Gyl, irradiando “choro”, “forró” e samba” serão ótimos anfitriões de noites de encanto. Mas o Tom de Festa não se confina aos palcos onde a música é protagonista, abrindo os braços a uma festa de cruzamento de várias expressões artísticas que proporcionam espaços de convivialidade que são, afinal, predicados que a Acert deseja desde sempre preservar. A Acert nega-se a pedir desculpa ao público pelas consequências do duro golpe que sofreu no corte de apoio resultante da redução drástica do apoio da DgArtes/Ministério da Cultura. Resistência, motivação redobrada e encantamento são antídotos comprovativos de uma Acert que quer continuar a seduzir a comunidade e os espectadores, pelo serviço público que presta numa região do interior que se afirma sem paternalismo no panorama artístico nacional. Associação Cultural e Recreativa de Tondela Rua Dr. Ricardo Mota, 14; 3460-613 Tondela www.acert.pt/tomdefesta