6/10 DEZ 2016 22ยบ FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO ACERT www.acert.pt/finta
O ano de 2016 tem sido marcado pela comemoração dos 40 anos da ACERT e a programação do FINTA é mais um sinal dessa celebração. A XXII edição do FINTA reflete de forma evidente o trabalho desenvolvido pela ACERT e, como tal, nesta festa do Teatro, contamos com a presença de Companhias com grande relacionamento artístico e de companheirismo com o grupo, abrindo portas a projetos inovadores que presenteiem momentos aliciantes para o público.
Queremos celebrar o teatro… … com novos projetos teatrais; … com a oportunidade de rever espetáculos e Companhias que marcaram o percurso da ACERT ao longo destes 40 anos; … com várias ofertas teatrais direcionadas para todos os públicos;
‌ contigo! Vem celebrar connosco o FINTA e os 40 anos da ACERT, numa festa que se pretende que seja multicultural e demonstrativa da estima e carinho para com um público que tem compartilhado com a ACERT a sua resistente e louca aventura de quarenta anos a fabricar sonhos.
Parcerias 40 Anos ACERT
Apoios
Apoios media
6 DEZ
7 DEZ
8 DEZ
21:45 Teatro
21:45 Teatro
12:30 Especial 40 Anos
Teatro Corsario
15:30 Teatro
OS MENINOS DE NINGUÉM
Mutumbela Gogo
LA MALDICIÓN DE POE
21:00 Exposição
A CASA
José Cruzio
23:30 Café Teatro
SOLO CONTIGO
Enano - free artist
ALMOÇO COMEMORATIVO AMORES E HUMORES DA BONECADA
Trulé
17:30 Apres.de Livro
ACERT XL. O FIO, A TRAMA…
João Luís Oliva
9 DEZ
10 DEZ
10:30 e 12:00 Teatro
18:00 Teatro
21:45 Teatro
Bonifrates
A ILHA DESCONHECIDA LEVANTEI-ME DO CHÃO
Algures, Col. de criação
DIZ A VERDADE AO PODER…
21:45 Teatro
A FERA AMANSADA
23:30 Café Teatro
Jangada Teatro
Roger Bento
23:30 Café Teatro
OS SILVA
ONE MAN ALONE
Teatro Didascalia
21:45 Teatro
A ILHA DESCONHECIDA
Trigo Limpo teatro ACERT e Fundação José Saramago
OS MENINOS DE NINGUÉM MUTUMBELA GOGO MOÇAMBIQUE
TER 6 DEZ 21:45 AUD 1
O regresso de um espetáculo que marcou o primeiro encontro, em 1993, entre o Trigo Limpo teatro ACERT, o grupo moçambicano Mutumbela Gogo e o escritor Mia Couto. Em duas noites, com o mesmo cenário, representou-se este espetáculo e À Roda da Noite. A peça foi produzida em 1993 e, de lá pra cá, foi apresentada mais de 190 vezes. Durante os anos da Guerra civil, da brutal e devastadora destruição das estruturas sociais e dos movimentos sem fim de refugiados, cada vez mais crianças de rua se fizeram visíveis nas ruas das principais cidades de Moçambique. No centro da cidade de Maputo, onde está situado o Teatro Avenida, estas crianças foram e continuam sendo algo comum. Foi óbvio para o Mutumbela Gogo que uma peça sobre estas era um desafio natural. Através das suas vidas, muito poderia ser contado sobre a situação do país. Desde o início do nosso trabalho que sabíamos que tínhamos que
enfatizar a força e dignidade destas crianças, em vez de somente nos focarmos nas difíceis condições de vida das mesmas. Durante o processo de criação trabalhámos em contato próximo com muitas delas. Todavia, nossa intenção nunca foi de criar uma peça documental. Queríamos, sim, captar o espírito e as experiências das mesmas e transformá-las num universo próprio no palco. Mutumbela Gogo O grupo teatral Mutumbela Gogo foi fundado em 1986 e já nessa altura integrava alguns jovens atores, que continuam fazendo parte do grupo nos dias que correm. Todos eles tinham as suas raízes no teatro amador que tem
florescido em Moçambique desde a sua independência, em 1975. Mutumbela Gogo foi o primeiro grupo de teatro profissional de Moçambique. Desde o dia da sua fundação, o objetivo tem sido o de procurar inspiração e encontrar expressões da vida quotidiana em Moçambique. Até agora a maioria das produções tem sido baseada em obras de escritores moçambicanos. Mutumbela Gogo nunca recebeu algum fundo governamental. A bilheteira e a padaria no edifício do Teatro Avenida têm providenciado a base financeira durante muitos anos. Tem sido uma luta contínua para atar os nós. O grupo tem recebido, porém,
algumas subvenções de várias agências de ajuda, relacionado a determinados projetos. Mutumbela Gogo participou em vários festivais internacionais de teatro com muitas das suas peças. Bem-vindos aos Meninos de Ninguém. ¶¶ Manuela Soeiro
Direção e Encenação: Manuela Soeiro Texto: Mia Couto Atores: Graça Silva, Adelino Branquinho, Jorge Vaz, Samuel Nhamatate, Flávio Mabota e Nilma Comba
LA MALDICIÓN DE POE TEATRO CORSARIO ESPANHA
QUA 7 DEZ 21:45 AUD 1
Um surpreendente espetáculo de marionetas baseado nos contos de Edgar Allan Poe. A reposição de um espetáculo que obteve assinalável êxito no 1º FINTA
Um macaco doido que faz de barbeiro usando uma faca. Um bêbedo enfeitiçado por um gato. Uma galeria de personagens em situação de pesadelo e entre todos, o pequeno Edgar, que vai de terror em terror, perseguido pela lei e pela má sorte, atrás do amor de Annabel Lee. Os contos do escritor norteamericano Edgar Allan Poe (18091849) cruzam-se nesta peça. São contos aterrorizantes como “O Gato Negro”, onde um homem se mostra obcecado por um gato, “Os Crimes da Rua Morge”, onde um macaco faz a barba a um velho, ou o poema “Annabel Lee”, mostrando o amor impossível e trágico dos protagonistas.
No plano principal, dois adolescentes – Edgar e Annabel – experimentam um amor incipiente sem deixarem de brincar como crianças autênticas. Ao longo da obra, esta relação encontrará obstáculos, tanto nos personagens que Edgar vai conhecer (entre eles um polícia que o quer perseguir), como na frágil saúde de Annabel. E em plano secundários sucessivos, os personagens vão afetando o plano principal. Nos seus contos, Poe mostra um universo espantoso e poético. Poucos , como ele, conseguiram fascinar-nos com as fronteiras imprevisíveis da morte, essa aparente possibilidade de nos movermos entre os dois lados da
linha. As suas personagens têm obsessões com pessoas, animais e objetos, mas a sua desventura é comovente. Em A Maldição de Poe, todas as personagens parecem manipuladas por uma força desconhecida (e é verdade que na sua condição de marionetas estão submetidas a uma manipulação severa). Apesar disso, a sua maldição não é outra que não uma repetida má sorte, decididamente cómica.
Atores-manipuladores: Teresa Lázaro, Olga Mansilla e Diego López / Manipulador de apoio: Javier M Diéguez / Música composta por: Juan Carlos Martín / Espaço sonoro: Juan Ignacio Arteagabeitia (Atila) / Iluminação: Javier Martín del Río / Técnico de luz: Santiago Romero / Marionetas e ceografia: Teatro Corsario / Autor e diretor: Jesús Peña
65 min. // M/12
SOLO CONTIGO
QUA 7 DEZ 23:30 BAR
ENANO - FREE ARTIST PORTUGAL/ESPANHA
A espontaneidade e a relação com o público é essencial para uma partilha sem limites.
Quando estamos com Enano tudo pode acontecer, nada está marcado, o improviso é chamado aqui e agora. Não existem apresentações iguais. A espontaneidade e a relação com o público é essencial para uma partilha sem limites.
a contratempo, esquizofrénico, natural, ibérico, pata negra, macaco, chocolate e pontual. Enano convida-te a partilhar o teu tempo com o seu tempo para “atemporar” o temporal que se avizinha com muito humor.
Enano é um palhaço do mundo, residente no litoral alentejano há quase duas décadas. Tem viajado por mais de 250 cidades de 43 países, em todos os continentes, e apresentado a sua peculiar linguagem. Palhaço ativista, com arritmia,
Espetáculo com “culo” e muito coração com sístoles e diástoles. “Sou palhaço para não estar sozinho com os outros”, diz o próprio. 60 minutos
JOÃO CRUZ ©
ALMOÇO DE CELEBRAÇÃO DOS 40 ANOS DA ACERT Um momento de encontro de associados, voluntários e colaboradores que participaram em atividades da ACERT e amigos sem exceção…
O prazo de inscrição é até às 17h do dia 5 de dezembro para haver noção dos muitos que seremos e do repasto correspondente. Uma ocasião informal com um significado coletivo memorável. Um momento em que as velas se apagarão com o fôlego de todos quantos sentem que 40 anos de vida é apenas uma etapa duma aventura que nunca terá prazo, enquanto houver gente que a edifica permanentemente.
QUI 8 DEZ 12:30 ACERT
AMORES E HUMORES DA BONECADA
QUI 8 DEZ 15:30 AUD 1
TRULÉ Um construtor e manipulador de eleição com seus bonecos com vida
Apagam-se as luzes, acendem-se os projetores. No palco, dez cadeiras sentam os dez atores do espetáculo. Todos terão em comum, para lhes dar o momento de existência, o homem de negro que os faz e se faz boneco. E então eles, os atores, a solo enamoram-se,
ironizam, uns ingénuos, outros arrogantes, mas todos sorvendo pequenos fragmentos da vida. E é vê-los em amores contidos, perdidos e encontrados em amores correspondidos e
recusados, mas para todos o humor é o condimento da vida. Coisas de bonecos... será? É que isto de ser boneco tem muito que se lhe diga. No espetáculo junta-se às marionetas uma interpretação das mesmas através da projeção de desenhos do marionetista. O espetáculo ganha, assim, um sentido de continuidade entre os diferentes quadros que o constituem. Construção e conceção do espetáculo e manipulação: Manuel Costa Dias / Regie: Gertrudes Pastor / Projeção de imagens: Joana Dias
50 min // Para Todos
ACERT XL O FIO, A TRAMA E A URDIDURA
QUI 8 DEZ 17:30 AUD 1
APRESENTAÇÃO DE LIVRO JOÃO LUÍS OLIVA Este livro resulta da vontade de marcar os 40 anos de actividade da Associação, que começa com o Trigo Limpo, ainda grupo amador, em 1976. Um exemplar-amostra e a apresentação de José Paiva, Diretor da Faculdade de BelasArtes da Universidade do Porto e Acertino dos sete costados. Através dele será antevisto o conteúdo da obra que — disponível ainda antes do Natal — assinala os 40 anos da ACERT/Trigo Limpo, comenta e regista os passos do seu percurso, «afinal
peças do grande engenho em que se vai tecendo o colorido pano de fundo de um palco em que todos actuamos, vivendo». E, por certo, abrirá apetites para a sua leitura… Bem-vindos!
Por razões imponderáveis, não poderemos contar com a presença física do livro ACERT XL – o fio, a trama e urdidura, da autoria de João Luís Oliva, na data anunciada para o seu lançamento.
A ILHA DESCONHECIDA
COMO É QUE UMA ILHA PODERÁ SER A UTOPIA QUE HÁ EM CADA UM DE NÓS?
A ILHA DESCONHECIDA COPRODUÇÃO: FUNDAÇÃO JOSÉ SARAMAGO E TRIGO LIMPO TEATRO ACERT Como é que uma ilha poderá ser a utopia que há em cada um de nós?
Como é que a utopia pode ser o desconhecido que se procura pelo prazer da navegação e o desprendimento pela calculista ancoragem? Imagine-se um pensamento de uma Mulher da Limpeza: “Se não sais de ti, não chegas a saber quem és”. Imagine-se que um Homem que Queria um Barco sonhou com a Mulher da Limpeza e lhe segredou: “Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar”. Agora, imagine-se que estamos no lugar deste homem e desta mulher; que temos diante de nós três portas: a dos obséquios, a das petições e a das decisões. Qual delas seremos tentados a abrir?
QUI 8 DEZ 21:45 AUD 2
SEX 9 DEZ 10:30 E 12:00 AUD 2
No seu conto, José Saramago convida-nos a uma viagem em “que é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não saímos de nós”. Habitar teatralmente esta aventura onde a metáfora se espraia na areia das palavras é desafiante. Parabolizar teatral e musicalmente uma narrativa que, sendo complexa, não se pode desligar da singeleza do pensamento que a originou, constitui um desafio artístico aliciante. A palavra teatral e musicada é o roteiro para a construção de personagens oníricas, fantasiosa e poéticoamorosas. A música, território de eleição dos intérpretes, pisca o olho sedutor ao argumento, deixando-o fluir encantatoriamente. A
cenografia e os figurinos são enxertias de uma só planta. Esta adaptação teatral do conto de José Saramago são as palavras de um livro feito palco. O Trigo Limpo teatro ACERT, após ter compartilhado com a Fundação José Saramago a maravilhosa aventura de A Viagem do Elefante que, desde 2013, continua e continuará a circular junto das comunidades onde ancora, aceitou afetuosamente este convite para partilhar, em coprodução, esta bonita loucura.
Adaptação e encenação: José Rui Martins / Interpretação: Catarina Moura e Luís Pedro Madeira / Música: Luís Pedro Madeira / Desenho de Luz: Paulo Neto / Montagem e operação de luz: Rui Sérgio Henriques / Apoio técnico: Luís Viegas / Cenografia: Zétavares / Figurinos, tapeçaria e adereços: Cláudia Ribeiro (Casa de Figurinos) / Carpintaria de cena: Filipe Simões / Adereços: Sofia Silva / Costureira: Marlene Rodrigues / Assistentes de produção: Joana Cavaleiro e Ricardo Viel / Fotografia: Ricardo Chaves / Apoio à produção: António Gonçalves, João Silva e Marta Costa Estreado a 22 de setembro de 2016 no
A partir de “O Conto da Ilha
FOLIO, Óbidos.
Desconhecida” de José Saramago / Pesquisa e coordenação literária: Sérgio Letria e Sara Figueiredo Costa
50 minutos
LEVANTEI-ME DO CHÃO
SEX 9 DEZ 21:45 AUD 1
ALGURES COLECTIVO DE CRIAÇÃO
Um espetáculo concerto a partir de “Levantado do chão” de José Saramago
Levantamos o pó dos tempos, levantamos um livro bem lá no alto, levantamos ainda cabeça e o corpo, e acima de tudo tentamos levantar-nos como comunidade. Um músico de hoje conta e canta as histórias do livro. Serão necessárias novas músicas de intervenção? Numa conversa franca com o espectador, vamos descobrindo a musicalidade nas palavras e nas ideias de Saramago. Aqui reflete-se sobre a democracia – que mundo queremos, afinal? E tudo isto num concerto. Um solo de um contador de histórias carregado da memória afetiva da leitura e da importância dos conhecedores da obra do Nobel, ou um músico de canções avulsas, oriundas das palavras de Saramago, e
ainda um ator submerso num texto inédito e assumidamente fragmentado. Um espetáculo baseado no livro onde se diz - à laia de mito - que o autor descobriu o estilo saramaguiano de narrar. Carlos Marques Criador, Colagem de textos, Composição Músical e Actor Susana Cecílio Apoio à criação Nuno Borda de Água Dispositivo cénico João Bastos Composição Musical Rodolfo Pimenta Vídeo Susana Malhão Designer Gráfica Algures, Colectivo de Criação Produção
75 minutos // M/12
OS SILVA
SEX 9 DEZ 23:30 BAR
ROGER BENTO Humor na companhia da Zunzum
Os Silvas são fruto de um mundo moderno – exposto, ritmado e definido – com a leveza do que é intenso: rapidamente procuram a aventura, desafiam a imaginação e interagem com quem os vê. Os vários momentos são recheados de diversão e curiosidade numa relação direta, participativa e surpreendente com o público. Rir é inevitável.
Interpretação e Conceção: Roger Bento / Direção Artística: Jorge Fraga / Operação de Luz e Som: Daniela Fernandes / Coprodução: Roger Bento e ZunZum Associação Cultural
50 minutos
SÁB 10 DEZ 18:00 AUD 1
DIA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS
DIZ A VERDADE AO PODER.
VOZES DO OUTRO LADO DA ESCURIDÃO BONIFRATES GRUPO DE TEATRO
PAULO ABRANTES ©
Testemunhos de casos reais de violação de Direitos Humanos e de protagonistas que lutaram pelos mesmos.
Os corpos que veiculam estas vozes, ou estiveram pessoalmente expostos à violência ou foram testemunhas dessa violência sobre outros seres humanos, grupos, ou nações. Alguns viram os próprios pais, filhos ou esposas serem violentados e levados durante a noite. Outros viram crianças serem transformadas em soldados e forçadas a matar. Cada um deles viu coisas intoleráveis:
um homem morto por causa da cor da sua pele ou da cor das suas opiniões, pessoas levadas para cubículos fechados e executadas a sangue frio, soldados a apontar armas a populações, mulheres odiadas por causa das suas opções sexuais. Viram propriedades ancestrais serem roubadas aos seus proprietários, florestas a serem devastadas, línguas maternas a serem proibidas. Viram livros a ser censurados, amigos sujeitos a tortura, jovens a ser escravizados. Viram advogados a ser presos e exilados por defenderem vítimas de violência. E, então, alguma coisa aconteceu. Algo extraordinário e quase maravilhoso. As pessoas encontraram um meio de falar, decidiram que não podiam viver consigo próprias se não fizessem nada, que não podiam continuar as suas vidas se permanecessem caladas. E à medida que começaram a falar, descobriram que não a violência, mas o medo, começou a desaparecer lentamente. Quando falaram e descobriram que outros faziam percursos semelhantes, que havia outras vozes, umas perto e outras longe, descobriram as diferentes maneiras de dominar o medo, em vez de deixar que fosse o medo a controlá-las. Os autores ARIEL DORFMAN, escritor chilenoamericano, ativista dos direitos humanos, é um distinto professor da Universidade
de Duke, tendo escrito livros em espanhol e inglês atualmente traduzidos em mais de 40 línguas. Às suas peças de teatro, encenadas em mais de 100 países, foram atribuídos inúmeros prémios, incluindo o Prémio Laurence Olivier (por Death and the Maiden, mais tarde filmado por Roman Polanski). Em julho de 2010 foi-lhe dada a honra de proferir a Lição Nelson Mandela na África do Sul. KERRY KENNEDY é presidente da Fundação Robert Kennedy dos Direitos Humanos. Desde 1981, dedicou-se a variados temas dos direitos humanos incluindo o trabalho infantil, os desaparecimentos, o direito dos indígenas à terra, a independência judicial, a liberdade de expressão, a violência étnica, a impunidade, os direitos das mulheres e o ambiente. É autora de Speak Truth to Power: Human Rights Defenders Who are Changing our World (Crown Books/ Random House, 2008), que inclui também uma exposição fotográfica e uma peça de teatro de Ariel Dorfman.
Texto: Ariel Dorfman sobre livro de Kerry Kennedy / Tradução: João Paulo Moreira / Encenação: João Maria André / Cenografia e figurinos: Atelier do Corvo/Círculo de Artes Plásticas de Coimbra / Música ao vivo: João Fragoso / Desenho de luz e vídeo: Nuno Patinho / Operadores de luz e de vídeo: Nuno Patinho e Hugo Oliveira / Elenco: Alexandra Silva, Ana Pires Quintais, Cristina Janicas, João Paulo Janicas, João Pedro Gama, José Castela, José Manuel Carvalho, José Nelas, Maria José Almeida, Maria Manuel Almeida, Paula Santos, Rui Damasceno, Vítor Carvalho / Produção da Coop. Bonifrates / Apoios: Câmara Municipal de Coimbra e Fundação Calouste Gulbenkian
A FERA AMANSADA
SÁB 10 DEZ 21:45 AUD 2
JANGADA TEATRO Uma comédia a partir da obra de William Shakespeare
A Fera Amansada é uma das maiores, mais controversas e mais cómicas batalhas do sexo. A farsa gira em torno do cortejar de Petruquio, um caçador de fortunas, e Catarina, uma mulher temperamental e de pelo na venta. Inicialmente, Catarina não se mostra interessada no namoro, mas Petruquio sedu-la com uma série de truques psicológicos – “a domesticação” – até ela se sentir impelida a casar com ele.
A partir de: William Shakespeare / Encenação: John Mowat / Interpretação: Luiz Oliveira, Rita Calatré e Vítor Fernandes / Música Original e Interpretação: Rui Souza / Desenho de Luz: Fred Meireles e Fernando Oliveira / Fotos do dossier: Martin Henrik
60 minutos // M/12
FILIPA BRITO ©
ONE MAN ALONE TEATRO DIDASCALIA
SÁB 10 DEZ 23:30 BAR
Uma metáfora sobre o papel e a importância do artista na sociedade
One Man Alone é um espetáculo a solo, literalmente a solo. Sem contracena, nem operador de luz nem som, o ator vê-se obrigado a prosseguir o seu espetáculo interpretando e operando ao mesmo tempo a própria luz que o ilumina e a música que acompanha a cena. Tudo acontece numa padaria, naquelas horas da noite em que o padeiro faz pão e o resto do mundo sonha com ele. A ação desenrola-se através do jogo entre o padeiro rodeado por baguetes, papo-seco, broas de milho, os seus instrumentos de trabalho e os sonhos que o fazem viajar pelo universo da imaginação e o catapultam para um mundo só seu, a altas horas
da noite, acompanhando-o no amassar do pão. Talvez por uma necessidade de escape ele sonhe acordado. Talvez seja esse o fermento que faz crescer o seu pão. Todo o espetáculo assenta no virtuoso jogo físico do ator, na capacidade de se multiplicar em várias personagens, nas várias funções do seu métier, e na sua capacidade de surpreender através de um espetáculo onde a magia é aliada da simplicidade. O espetáculo é de alguma forma uma metáfora sobre o papel e a importância do artista na sociedade. Vivemos tempos austeros, em que a arte é a primeira a sofrer os cortes cegos de uma política económica de desinvestimento na cultura. Os
artistas, os mais afetados por essas políticas, obrigados a vaguear como saltimbancos em troco de “migalhas” que lhes permitam sobreviver e prestar um serviço público.
Criação, interpretação e cenografia: Bruno Martins Direção: Sérgio Agostinho / Figurinos: Joaquim Azevedo / Desenho de luz e som: Bruno Martins e Valter Alves / Design Gráfico: Beastly Beast / Fotografia de Cena: Tiago Braga / Produção executiva: Cláudia Berkeley / Coprodução Teatro da Didascália e Casa das Artes de Famalicão
60 minutos // M/12
A CASA JOSÉ CRÚZIO
DURANTE O FESTIVAL GALERIA ACERT
A CASA, um projecto multidisciplinar de José Crúzio e com diferentes artistas/autores, entra agora na sua segunda série de video-performances.
Neste projeto a interpretação, a performatividade, a música e o vídeo cruzam-se, criando novas narrativas em torno do conceito de CASA. Retomam-se caminhos de prospeção, investigação e de [re] criação assente na mescla de generosos contributos acerca da perceção de um espaço bastante particular – A CASA.
No texto – sentido, analítico, sarcástico ou dolente; na música – acusmática, reverberante, improvisada no momento ou assente na voz; na performance – das diferentes geografias, espaços, perceções ou nos movimentos transcritos do quotidiano e, por fim, da imagética sugerida pela sua conjunção.
2017 ANTEVISÃO
28 JAN / CONCERTO
ORQUESTRA CLÁSSICA DO CENTRO
10 FEV / CONCERTO
CAPITÃO FAUSTO DIGRESSÃO ‘TÊM OS DIAS CONTADOS’ Mecenas
A ACERT é uma estrutura financiada por
Associação Cultural e Recreativa de Tondela Rua Dr. Ricardo Mota,14 3460-613 Tondela