EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA FOYER ACERT · 30 OUT A 6 DEZ 2015
O MONÓLOGO OU O CAMINHO ATÉ LÁ CHEGAR CLÁUDIO ALVES
“Conta tudo, as condições económicas, as condições sociais, mentais, psicológicas e sobretudo as condições estruturais, racionais, civilizacionais, organizavas, valorativas, toda essa porcaria para que um ser humano chegue ao mundo e se possa realizar harmoniosamente.” In “Até ao Fim”, de Vergílio Ferreira
O MONÓLOGO OU O CAMINHO ATÉ LÁ CHEGAR CLÁUDIO ALVES Nascido em Tondela, em 1981, Cláudio Alves estudou fotografia no Ar.Co e tem desenvolvido o seu trabalho a partir de uma forte vertente narrativa, usando as imagens para contar histórias. Em 2012, acompanhou a Queima do Judas, espectáculo de rua colectivo organizado pelo Trigo Limpo teatro ACERT e registou a prestação dos personagens conhecidos como Manchas Negras, aqueles que manipulam o fogo da Queima e que raramente são vistos, pelo menos de modo nítido, pelo público. Esse trabalho esteve exposto este ano, por ocasião da Queima do Judas 2015, no espaço do Novo Ciclo, em Tondela. A experiência resume-se assim, nas palavras de Cláudio Alves: “Criativamente e fotograficamente, acompanhar a criação dum trabalho é um processo bastante enriquecedor a vários níveis. Ver os meandros por onde passa, observar e esperar pelo que vai acontecer. No entretanto tento enquadrar o que vejo num retângulo que me faça sentido, vejo se está tudo no sítio e procuro a melhor luz. Foi preciso um tempo de habituação à minha presença para que esta pudesse ser cada vez mais transparente, para que consiga uma narrativa fotográfica mais honesta neste processo criativo. O tempo dedicado foi importante para perceber as pessoas que estão atrás da interpretação e encenação, percebendo-as consigo melhor entender o que as satisfaz ou inquieta em vários momentos. Aí dou a minha interpretação em forma de luz, enquadramento e ponto de vista. Tudo desde um suposto início a momentos antes de estrear.”
Ficha técnica: 4 Fotografias 85 x 60 cm - Impressão Giclée em papel fotográfico
A exposição resulta de várias jornadas que colocaram o fotógrafo a acompanhar de muito perto o processo de criação do monólogo “Em memória ou a vida inteira dentro de mim” de Gambozinos e Peobardos – Grupo de Teatro da Vela em coprodução com o trigo Limpo teatro ACERT.
Ver a galeria completa deste projeto em omonologo.tumblr.com
ACERT Associação Cultural e Recreativa de Tondela Rua Dr. Ricardo Mota, s/n; 3460-613 Tondela www.acert.pt