Quatro décadas nas ondas do rádio
Edição especial feita para divulgar os participantes do projeto Avós na Comunicação
Perfil Nome: Edemar Nogueira Idade: 56 anos Cidade natal: São Jerônimo Hobby: jogar futebol e pesquisar sobre eletrônica Defeito: adiar atividades Qualidade: honestidade O que diria sobre si mesmo: trabalhador O que admira em alguém: sinceridade E o que detesta: mentira Sonho: ir aos E.U.A. aprimorar a língua inglesa. Edemar Nogueira dedicou boa parte de sua vida à profissão radiofônica, tendo seu primeiro emprego aos 16 anos em uma pequena rádio de Rio Pardo. Desde então já passou por emissoras de sete cidades gaúchas e se encontra atualmente na rádio Gazeta AM como operador técnico. Sobre a possibilidade de o rádio continuar forte em meio à concorrência de outros meios de comunicação, ele é categórico: “O rádio nunca morre, pois é instantâneo.”
A experiência de quase 40 anos tem ajudado nesta atividade com os idosos? Michelle Roth – acadêmica de Relações Públicas
Edemar responde: “Com certeza. Vejo como algo muito gratificante colaborar, ajudando a possibilitar esta atividade para as pessoas dessa faixa etária que ainda demonstram disposição para aprender.”
DizAí - Há quanto tempo está no projeto Avós na comunicação e que atividades realizou nesse período? Edemar - Estou começando agora, vou ser instrumento para concretizar o projeto da rádio deles. Vim aqui para saber o que eles se propõem a fazer e colocar minha experiência à disposição. DizAí - Quais benefícios serão obtidos com essa atividade para esse público em específico? Edemar - Acredito que aproximá-los com assuntos de sua realidade possa vir a resultar em algo que, ao mesmo tempo, os diverta e que faça se identificarem através da abordagem dos interesses próprios da idade. DizAí - Quais expectativas sobre o projeto? Edemar - Eu acho que o projeto tem tudo para dar certo e que possa elevar a autoestima dessas pessoas que, muitas vezes, não recebem a atenção/visitas dos filhos. Quando se entra em contato com eles, fica evidente que eles precisam de
Expediente: Texto: Maurício Beskow. Fotografia: Viviane Moura. Editoração: Viviane Moura. Coordenador: Hélio Etges
uma companhia. Essa atividade vai agregar um sentimento de valorização para eles. Com isso, autoestima vai crescer. DizAí - O que mudou nesses quase 40 anos de profissão? Edemar - A principal diferença é que ultimamente começou a vir para esse meio pessoas da universidade, com uma cabeça mais aberta e através dessa qualificação as coisas melhoraram bastante. DizAí - Acredita que o rádio tem fôlego em meio a concorrência de diversas mídias? Edemar - O rádio não morre nunca, pois é um veiculo muito instantâneo, algo acontece e o pessoal já está em cima, ou seja, aconteceu e já vai ao ar. Com o jornal, por exemplo, dependendo do horário, só sai na edição seguinte. É muito mais fácil andar com o radinho na orelha por ai,pois não se fica na frente do computador e da televisão o tempo todo. Devido a essa mobilidade ele não vai terminar. Apenas deve continuar a se aperfeiçoar.