Associação Comercial e Industrial de Campo Grande
1
Ano IX • Julho de 2016 • Nº 39
Passo a passo
Especialistas apontam como cortar custos e diminuir os impactos da crise na sua empresa 18
Destaque
Inauguração do Impostômetro marca luta da ACICG contra a alta carga tributária 22
Atuação
Associação Comercial lança Pacto Juntos por Campo Grande e traz Tasso Jereissati para falar sobre gestão compartilhada 50
Entrevista
Primeiro-secretário da Associação Comercial e advogado tributarista, Roberto Oshiro fala sobre gestão pública 80
ANO Em comemoração ao aniversário de 90 anos da ACICG, três presidentes destacam suas atuações na trajetória de defesa e representatividade da classe empresarial 26
Revista Ação Comercial
Revista Ação Comercial
3
Revista Ação Comercial
CARTA AO ASSOCIADO
“
90 ANOS
EM DEFESA DA CLASSE
QUASE UM SÉCULO DE ATUAÇÃO. O ano de 2016 é especial para a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), pois festejamos 90 anos, uma história que se entrelaça ao desenvolvimento de nossa capital e que manteve viva a essência da criação desta entidade: a união, o fortalecimento e a defesa da classe empresarial. Enquanto presidente, é uma honra ocupar este cargo em uma data tão importante e poder comemorar, com colaboradores, diretoria e associados, uma trajetória construída e motivada por causas coletivas. Ao celebrar, precisamos revisitar o passado para iluminar o futuro. Estamos trabalhando na produção de um livro que contará a história da Associação Comercial ao longo desses anos, mas alguns episódios marcantes do crescimento e da evolução da ACICG, nos quatro últimos triênios de gestão, podem ser conferidos na reportagem de capa desta edição, que traz os ex-presidentes Luiz Fernando Buainain e Omar Aukar, hoje vice-presidente e diretor, respectivamente. O aumento do teto do FCO, a revitalização da Colônia de Férias, a aquisição do SCPC, a criação do movimento #JuntosFaremos e a inauguração do impostômetro estão entre os destaques. Busco reforçar que as conquistas da ACICG são méritos de um trabalho feito por várias mãos, e esse esRevista Ação Comercial
pírito de união se manteve em mais um projeto. Em maio, por meio do Conselho Político e Social da entidade, lançamos a proposta do Pacto Juntos por Campo Grande e convidamos o senador Tasso Jereissati para dividir suas experiências sobre gestão compartilhada de uma iniciativa semelhante no Ceará. Reunimos diversas entidades civis, autoridades, diretores e empresários interessados em contribuir na formação de diretrizes para impulsionar o desenvolvimento local, afinal, os últimos acontecimentos políticos que a nossa cidade registrou e os problemas que diariamente são destaque na imprensa, nos faz ter a certeza de que não é essa a Campo Grande que queremos para viver. A disposição de discutir a nova política pode ser irradiada para a sociedade, funcionar como um fermento para novas ideias, alinhada à construção de uma capital com uma visão de futuro e às responsabilidades compartilhadas com a cidadania. E você, por meio da representatividade de uma entidade civil, também pode ser um aliado nesse processo de transformação e fazer valer um ensinamento do líder Mahatma Gandhi: “Seja a mudança que você quer ver no mundo”,
João Carlos Polidoro Presidente da ACICG
5
Revista Ação Comercial
26 Capa 90 ANOS − Em comemoração ao aniversário da entidade, três presidentes destacam suas atuações na trajetória de defesa e representatividade da classe empresarial
14
22
Meu Negócio
Destaque
Bom atendimento e produtos de qualidade marcam os passos do sucesso da Tomasine Calçados
Giro
Inauguração do Impostômetro marca luta da ACICG contra a alta carga tributária
10 Seja empreendedor Idealizado por Josué Sanches, escritório compartilhado proporciona redução de custos e network, sem perder a produtividade 18 Passo a passo Especialistas apontam como cortar custos e diminuir os impactos da crise na sua empresa 48 Atitude no trabalho Confira como tornar a equipe mais engajada 50 Atuação Associação Comercial lança Pacto Juntos por Campo Grande e traz Tasso Jereissati para falar sobre gestão compartilhada 74 Carreira Rosângela Barcellos chama a atenção: Para se ter sucesso na liderança, é preciso saber como se relacionar consigo e com o outro
Revista Ação Comercial
42 Evento Mulheres que Brilham comemorou o Dia Internacional da Mulher
Artigo Presidente da ACICG questiona: Quer mudanças? Comece por você! 86
Lição de Casa O filme "Um Domingo Qualquer" pode ser um aliado para resgatar a motivação da equipe 8
76 Qualidade de vida Colônia de Férias da ACICG é opção para um final de semana revigorante em família 78 Gestão de pessoas A especialista em neurobusiness Ines Cozzo destaca que pessoas resistem a serem mudadas 80 Entrevista Primeiro-secretário da Associação Comercial e advogado tributarista, Roberto Oshiro fala sobre gestão pública 87 Agenda Fique por dentro da programação da ACICG 90 Depois do expediente Sugestões de museu, cinema e show para se divertir
7
Revista Ação Comercial
LIÇÃO DE CASA
8
“EQUIPE MOTIVADA” A motivação anda em baixa? Saiba que o cinema pode ser um aliado para resgatar esse sentimento. O fi lme "Um Domingo Qualquer", por exemplo, traz lições de motivação, superação e liderança, ao contar a história de um time de futebol americano que está passando por várias derrotas. Treinados por Tony D’Amato (Al Pacino), os jogadores entendem como é feito um trabalho em equipe e aprendem a não desistir em busca da vitória.
GERAÇÃO DE VALOR
“SUCESSOS E FRACASSOS” Escrito por Latif Abrão Júnior, presidente da Associação Brasileira dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB), e o jornalista Marcos Barrero, o livro "Empresários Brasileiros", lançado pela L2M Comunicação e ADVB, apresenta um perfi l pessoal e empresarial de 51 líderes brasileiros em atividade de 1962 a 2013 e fi xa um painel da construção do capitalismo no País. No time de empresários está, por exemplo, Abilio Diniz, que figura como profissional de vendas de 1971, além de outros ícones que tomaram rumos diferentes, como Adolpho Bloch, da Tv da Manchete.
Revista Ação Comercial
Reunindo notícias, charges, vídeos e podcasts, o Blog Geração de Valor (geracaodevalor.com/blog) traz um conteúdo interessante para quem busca insights para empreender e evoluir o modo de como encarar a vida. Criado pelo empresário Flávio Augusto da Silva, dono do time de futebol Orlando City, nos EUA, e fundador da rede de idiomas Wise Up, traz posts para colaborar com a nova geração desafiando-a, provocando questionamentos de padrões e motivando reflexões sobre os conceitos que limitam o desenvolvimento de quem busca melhorar de vida.
9
Revista Ação Comercial
SEJA EMPREENDEDOR
10
Conectando ideias e negócios » Por « Maressa Mendonça » Foto « Fernanda Serrano
Idealizado por Josué Sanches, escritório compartilhado proporciona redução de custos e network, sem perder a produtividade
Revista Ação Comercial
Ele idealizava um espaço onde profissionais de áreas distintas compartilhassem ideias e negócios e, em janeiro deste ano, conseguiu dar forma ao que antes estava apenas no pensamento. Especialista em Marketing, o empresário Josué Sanches é idealizador do Conectivo Coworking, “um escritório compartilhado, para quem precisa ter tudo pronto e à mão para trabalhar”. Situado na Avenida Afonso Pena, Centro da Capital, o Conectivo foi decorado para estimular a criatividade e segue conceitos da economia colaborativa. “Não há secretária, nem copeira. Para servir à visita, você faz o café e usa a sala de reuniões”, resume Josué. Ele pontua que as estruturas físicas, além de
caras, não são essenciais para todos os tipos de negócios. “O investimento mensal é muito inferior ao custo que o profissional precisaria fazer para montar um escritório”. O valor pago para utilização do espaço é de R$ 400 mensais. CONECTADOS Josué conta que o modelo coworking existe no mundo inteiro, são 238 escritórios neste molde só no Brasil. Apesar de a redução de custos com espaço ser um atrativo, o mais importante é a troca de informações. “Como são pessoas autônomas, elas têm a chance de validar o que estão fazendo. A cafeteira daqui faz dois cafés de cada vez, então, você tem de chamar alguém para tomar com você”. Duran-
11
“Um escritório compartilhado, para quem precisa ter tudo pronto e à mão para trabalhar”, diz o empresário Josué Sanches te esse cafezinho, o profissional pode solicitar serviços dos colegas, por exemplo. Atualmente, trabalham no Conectivo profissionais de arquitetura, tecnologia, jornalismo, turismo, engenharia e publicidade. Ao todo, são 16 vagas. “Temos pessoas que fecharam o escritório, pagaram a multa e vieram para cá. Acredito que seja tanto pela redução de custos quanto pelo ambiente, que é atrativo, traz motivação. Há também as que encontraram aqui um espaço para atender clientes”,
declara o profissional de marketing. E para aqueles dias em que o coworker — nome dado ao usuário desse espaço — precisa manter certo isolamento, Josué explica que o contrato inclui um kit “sobrevivência”, contendo uma caneca, para evitar o despejo de copos descartáveis no meio ambiente, e fones de ouvido. “Se precisar, ele coloca os fones e entra no seu mundo. Além disso, o espaço não fica cheio o tempo todo, porque os horários são diferentes”.
Revista Ação Comercial
SEJA EMPREENDEDOR
12
NORMAS Como acontece em todo espaço compartilhado, existem regras para garantir a convivência harmônica dos profissionais. “Tem um manual com alguns ‘toques’, como não falar alto ao telefone, não invadir o espaço do outro, não deixar o ambiente bagunçado e fazer a separação do lixo. Se sujar a louça, tem de lavar, e têm as regras da chave, porque tem horário e não pode fazer cópia”, detalha. A utilização da sala de reunião, por exemplo, precisa ser agendada com antecedência. Segundo Josué, alguns empresários
“Temos pessoas que fecharam o escritório e vieram para cá. Acredito que seja tanto pela redução de custos quanto pelo ambiente, que é atrativo, traz motivação”, revela o empreendedor
Revista Ação Comercial
mais tradicionais ainda têm certa resistência em aceitar trabalhar neste molde porque “acham que desestabiliza” a rotina de trabalho, o que, segundo Josué, não ocorre. Ele afirma que a faixa etária do coworker do Conectivo é de 30 anos. “Gostam do ambiente mais solto, descontraído”, brinca. CONTRATO Para entrar no Conectivo Coworking, o interessado assina um contrato de locação simples, com duração de seis meses e sem necessidade de fiador. Depois, passa a ter di-
13
reito a uma estação de trabalho, utilização da copa e todos os utensílios dela, a um armário individual, sala de reunião e o espaço Relax. Outros serviços, como impressão e cópia de documentos, também são oferecidos, com pagamento à parte. E até o tradicional happy hour dos profissionais foi considerado para a criação do escritório. Com pagamento da taxa, é possível adquirir tira-gostos, cerveja, refrigerante, vinho e champanhe para comemorações neste espaço compartilhado. Mais informações podem ser adquiridas pelo site www. conectivo.co/.
Associados têm serviço gratuito
Serviço - Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (67) 3312-5026 e 3312-5000.
O Conectivo Coworking não é a única solução apresentada por Josué Sanches para facilitar a vida dos empresários. Em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), ele comanda um projeto com foco em inovação. Se no consultório do médico o paciente se queixa da saúde do corpo, é na Clínica de Marketing que o empreendedor expõe as dificuldades de seu negócio. “É um atendimento pontual. O empresário leva um problema e eu tento oferecer um norte de como agir”, explica Josué. O especialista esclarece que esse serviço é diferente da consultoria, em que o contato dos
profissionais dura mais tempo e as propostas são mais densas. Entre os “sintomas” apresentados estão desde a intenção de fazer uma parceria para se tornar mais competitivo, passando pela análise dos preços cobrados por fornecedores, até a necessidade de aumentar a margem de lucro. “O empresário sai com algumas recomendações para implementar as ações em seu negócio”, revela. Os atendimentos são realizados sempre às segundas-feiras, com hora marcada, na sede da Associação Comercial — localizada na Rua 15 de Novembro, 390, Centro. Para os associados, a consulta é gratuita.
Revista Ação Comercial
MEU NEGÓCIO » Por « Maressa Mendonça » Foto « Fernanda Serrano
14
A MODA DOS PÉS Na Vila Popular, mãe e filha destacam o bom atendimento e produtos de qualidade como passos do sucesso da Tomasine Calçados.
Sonia Maria Grisotti Tomasine, 55 anos, nem sabia que o tino para os negócios era uma das características de sua personalidade até começar a trabalhar na loja de roupas da cunhada, localizada na Vila Popular, região oeste de Campo Grande. Foi ali que teve as primeiras noções sobre relacionamento com fornecedores e clientes, margem de lucro e atendimento. Depois de perceber a demanda dos moradores por sapatos, decidiu, em 2000, abrir uma loja que mais tarde levaria o nome da família, a Tomasine Calçados, hoje mantida em sociedade com a filha, Aline Tomasine. Focado na comercialização de pares femininos, masculinos e infantis, o empreendimento, que já passou por altos e baixos, tornou-se referência em calçados na região, conquistando não só os moradores do bairro, como outros campo-grandenses. Revista Ação Comercial
15
O início Quando trabalhava ao lado da cunhada, Sonia costumava ouvir das clientes a pergunta: “Vocês não vão vender calçados?”. E assim o sonho de ampliar o negócio passou a ser parte dos pensamentos da empresária. Sem dinheiro para fazer com que esse desejo se concretizasse, contou com o auxílio financeiro do marido, que vendeu o caminhão de frete. O recurso foi usado para a compra dos primeiros pares de calçados que seriam comercializados no espaço, ao lado da loja da irmã. “Minha mãe abriu a loja sem experiência nenhuma. Foi tudo na cara e na coragem”, conta a filha da empresária, Aline Tomasine, de 22 anos.
Dificuldade A falta de conhecimento sobre a importância de processos de gestão financeira gerou consequências. Sonia vendia na confiança, usava o sistema de caderneta e não instituía o valor da parcela a ser pago mensalmente. A inadimplência dos clientes tornou-se uma pedra no sapato, comprometendo significativamente o negócio e a possibilidade de encerrar as atividades chegou a ser considerada. “Esse momento foi o mais difícil, pois eu não tinha experiência no ramo e nenhum capital de giro”, conta Sonia.
“Minha mãe falou: trabalha comigo! Foi a melhor coisa que fiz”, conta a administradora de empresas, Aline Tomasine
do empreendedor, Sônia fechou a antiga loja com a cunhada, comprou um terreno na mesma rua e construiu o prédio da Tomasine Calçados. Novamente o marido de Sonia a ajudou nesse processo, vendendo sua caminhonete F-1000 e negociando a casa onde moravam para a compra do terreno. As economias da empresária, somadas a um empréstimo bancário, foram usadas para construção da nova empresa. “Tudo o que ela não podia fazer porque estava sozinha eu passei a fazer: digitalizar os cadastros, viajar em busca de novos fornecedores, divulgação dos produtos. Também comprei um carro e comecei a levar mercadorias na casa das clientes”, diz Aline, que, com o tempo, substituiu as vendas porta a porta pela vitrine da internet. A jovem conta que os clientes começaram a adicioná-la no Facebook e ela decidiu eliminar a “vida pessoal” das redes sociais. “Depois criei a página da loja e, quando comecei a usá-la profissionalmente, percebi que o retorno foi muito bom”, complementa. Buscaram ajuda de um consultor e implantaram uma mudança significativa para a sustentabilidade do negócio. A caderneta deu lugar ao cartão de crédito. E para não afastar a clientela, que já estava acostumada a comprar de forma parcelada, mãe e filha implantaram o
Passos de mudança Após dez anos de empresa, Sonia viu na filha, que iniciava o curso de Administração de Empresas, uma aliada para fazer o negócio prosperar. “Minha mãe falou: trabalha comigo!”, conta Aline. Mesmo resistente à ideia no início, a jovem aceitou o convite e afirma ser “a melhor coisa que fez”. Como persistência e dedicação são marcas Revista Ação Comercial
MEU NEGÓCIO
16
“Conhecemos os nossos clientes pelo nome. Alguns vêm de longe só para experimentar um modelo e temos de valorizar isso”, declara Aline
carnê, e a inadimplência, que era o maior desafio, foi reduzida. “Ainda não está 100% porque é um trabalho de formiguinha”, diz. O portfólio de produtos da Tomasine também foi ampliado, com o passar do tempo. “Temos bolsas e artigos esportivos na área masculina, mas o carro-chefe é o sapato”, relata a administradora de empresas.
O diferencial Sobre os pontos fortes da Tomasine em relação às demais lojas de calçados, Aline destaca a qualidade dos produtos. "Fizemos um bom leque de fornecedores e comprovamos que loja
Revista Ação Comercial
de bairro tem boas marcas", afirma. Ela garante, ainda, que o atendimento é outro fator que cativa os clientes. "Conhecemos os nossos clientes pelo nome, porque são pessoas que moram no bairro, mas temos consumidores de outros lugares também. Alguns vêm de longe só para experimentar um modelo e temos de valorizar isso. Não pode ter preguiça de mostrar o produto, sempre reforço isso para as vendedoras", afirma, referindo-se às duas funcionárias que trabalham na Tomasine. A mãe também acredita nesse diferencial. "É com isso que a gente procura fidelizar os clientes", reforça a empresária, comprovando que a dobradinha produto de qualidade e bom atendimento nunca saem de moda.
17
Revista Ação Comercial
PASSO A PASSO
18
REDUZINDO DESPESAS
Especialistas dão dicas de como cortar custos e diminuir os impactos da crise na sua empresa » Por « Maressa Mendonça » Foto « Shutterstock
Revista Ação Comercial
19
A redução de gastos na empresa é preocupação constante dos empreendedores e, em meio à crise financeira vivenciada pelo País, o tema ganha ainda mais ênfase. O momento é de economizar nos itens supérfluos e esbanjar na criatividade para atrair mais clientes e garantir a margem de lucro. “Sabíamos que a crise viria. O ideal era que tivesse feito como José fez na história do Egito, guardando um pouquinho para um momento como este, mas quem não fez ainda consegue reduzir custos. Não digo que vai ter o fluxo garantido, mas pode evitar problemas maiores”, declara o consultor e professor de Gestão Financeira da pós-graduação da Uniderp, Fabrício Viegas. O economista e consultor Tiago Queiroz compartilha da mesma opinião. “A economia já sinalizava que o momento não era favorável para os empresários e não há previsão de melhora por, ao menos, mais dois anos. Mas a boa notícia é que é possível reduzir os danos”, diz. Segundo ele, o empresário que se distanciou de um negócio em detrimento de outro precisa retornar à empresa e conhecer cada detalhe dela. “É como um barco que sai para navegar. Se não tiver bússola, você não vai saber para onde está indo”, compara Queiroz, reafirmando a necessidade de o gestor retomar o controle integral do negócio.
1
O Estudo
Ainda conforme Queiroz, “o jeito de administrar uma empresa é o mesmo de uma casa ou um país, o que muda é o volume”. Nesse sentindo, o primeiro passo que deve ser adotado pelos empresários que querem economizar é fazer uma análise detalhada das contas, com o histórico de gastos da empresa, para saber a real situação do empreendimento. Nessa etapa, a dica é percorrer todos os setores da companhia, verificando se há itens que precisam de manutenção. Um vazamento nas tubulações, por exemplo, quando consertado pode reduzir o valor da conta de água de maneira drástica.
Revista Ação Comercial
PASSO A PASSO
20
2. A planilha de gastos Após o percurso, é hora de colocar todos os gastos, especialmente aqueles que não são fixos, em uma planilha. A dica de Viegas é imprimir e anexar esse registro em local visível aos colaboradores. Isto porque eles também terão papel fundamental nesse processo de redução de custos e precisam entender a importância da participação deles para o sucesso do negócio. Despesas gerais de administração, salários, encargos sociais, honorários da diretoria, água, luz, telefone, aluguéis, seguros, correios, internet, material de limpeza e escritório, despesas com manutenção, combustível, são alguns dos itens que devem estar presentes nesta lista. Mas a planilha varia conforme a empresa. “Não vá achando que um único item é responsável pelo gasto excessivo dentro de uma empresa porque não é. Precisamos verificar todos aqueles pequenos gastos em que é possível diminuir”, pontua Viegas. Com a planilha em mãos, é hora de reunir os funcionários e dar início ao plano de ação.
Revista Ação Comercial
3
Mudanças de Hábitos
Hoje, não existem desculpas para não ter um. O mercado oferece as mais diversas soluções para qualquer tipo e tamanho de empresa, até soſtware livre. Trata-se de um investimento com retorno mais do que garantido. Ter um bom sistema de gestão demonstra como a empresa está caminhando, quais são seus resultados e, com isso, seus gestores terão informações importantes para sempre buscarem resultados melhores. Ter um sistema de gestão é ter o controle da empresa, enxergar como estão se comportando seus custos, suas despesas e suas vendas.
21
4 – Reanalise o pró-labore Segundo Queiroz, o empresário também precisa reduzir o pró-labore nesse momento. “Todo mundo tem de participar”. E o empreendedor não faz a parte dele apenas com a diminuição dos próprios rendimentos, mas com a presença mais ativa na empresa e até aproximação dos clientes. “É hora de ele trazer para si a decisão global da empresa. É o momento de sair da zona de conforto. Não posso mais esperar o cliente entrar na minha loja. Preciso ir atrás dele, ter iniciativa, ser diferenciado, inovar”, finalizou o economista. 5 – O que cortar Depois de montar a planilha e avaliar todos os gastos da empresa, é hora de dar início às negociações para garantir a redução de custos em todos os setores. • Nesse momento, o empresário deve ficar atento também às tarifas cobradas pela utilização do pacote de dados da internet. É preciso identificar a utilização real do plano e saber se ele é realmente necessário ou se existe uma cobrança a mais. A mesma dica é válida para o telefone fixo ou celulares funcionais. • Renegociar as taxas cobradas pelos bancos também é opção para aqueles que querem economizar. • Incentivar os colaboradores a desligar os aparelhos eletrônicos quando não estão sendo utilizados é uma prática comum nas residências e deve ser levada para dentro das empresas. Seguir esta orientação evita surpresas com o valor da energia elétrica no fim do mês.
• E também há uma forma de reduzir o valor da conta de água, verificando todas as tubulações em busca de possíveis vazamentos. Eles são responsáveis pelo aumento repentino no preço da fatura. • Para empresas que disponibilizam veículos aos funcionários, vale a orientação de que o planejamento do trajeto e a condução do veículo de maneira racional evitam desperdício de combustível. • A substituição de copos descartáveis por xícaras permanentes e individuais para cada funcionário, além de evitar danos ao meio ambiente, também garante economia no fim do mês. • Os produtos de limpeza também precisam passar pelo crivo da economia. Escolher um produto que pode ser usado em várias superfícies, por exemplo, pode compensar mais do que comprar vários. Substituir marcas famosas por outras mais populares também tem efeitos positivos na redução de gastos.
6
Aliviando o caixa
Segundo os consultores, os resultados nas empresas que fazem redução dos gastos são percebidos em menos de um ano.
Revista Ação Comercial
DESTAQUE
22 » Por « Cleidi Hennes » Foto « Miguel Palácios
IMPOSTÔMETRO marca luta da ACICG contra a alta carga tributária
Instalado na fachada da entidade, painel mostra impostos pagos pela população aos governos federal, estadual e municipal em tempo real
Os campo-grandenses já pagaram mais de R$ 1 bilhão em impostos ao governo municipal, até junho. Para conscientizar a população sobre os altos tributos cobrados pelo poder público, a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) inaugurou em 3 de março o Impostômetro, um painel eletrônico que mostra a arrecadação em tempo real no Brasil. Pela ferramenta, instalada na fachada da entidade, é possível acompanhar o montante dos tributos federais, estaduais e municipais a qualquer hora do dia.
Revista Ação Comercial
23
“Queremos que as pessoas
se conscientizem do quanto pagam e cobrem mais pelos seus direitos”, afirma o presidente da ACICG, João Carlos Polidoro
Revista Ação Comercial
DESTAQUE
24 O presidente da Associação Comercial, João Carlos Polidoro, explica que a iniciativa faz parte de uma luta antiga pela redução da carga tributária e também vai ao encontro de uma das bandeiras defendidas no movimento #JuntosFaremos, lançado ano passado pela ACICG. “O povo não aguenta mais pagar a conta, pois a cada necessidade ou dificuldade o governo eleva os impostos. Somos contra, porque isso emperra o desenvolvimento, prejudica empresas, empregos e a sociedade”, afirma. Só no ano passado, o brasileiro trabalhou cinco meses para pagar os impostos, taxas e contribuições destinados aos cofres públicos, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O vice-presidente, Luiz Fernando Buainain conta que, há 30 anos, essa realidade era bem diferente. “Trabalhávamos 77 dias por ano, e isso cresce a cada ano”, complementa, indignado.
Revista Ação Comercial
E nem sempre a arrecadação volta em serviços públicos para beneficiar a população. O primeiro-secretário da ACICG, Roberto Oshiro, alerta para esse grave problema. “A população paga duas vezes, pois, além do imposto, ela se vê obrigada a pagar pelo serviço particular, em muitos casos. Com esse valor desembolsado pelos brasileiros, deveríamos ter serviços de primeiro mundo”, disse. O segundo vice-presidente da ACICG e também senador, Pedro Chaves, destacou os desafios que a alta carga tributária acarreta não só para os empresários. “O ônus para a população é grande, pois a empresa tem de embutir os custos com os impostos no preço final do produto. Hoje está sendo um passo importante para conscientizar a comunidade sobre o quanto a carga tributária municipal, estadual e federal é elevada. Parabéns à Associação Comercial”, disse.
25 Sobre o Impostômetro O primeiro Impostômetro no País foi inaugurado em 2005, fruto de uma parceria entre o IBPT, a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo e a Associação Comercial de São Paulo. A ferramenta considera impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e correção monetária nas três esferas de governo. Em Campo Grande, o equipamento analisa o somatório das receitas correntes, incluindo, além das arrecadações de tributos municipais (IPTU, ISS, ITBI, taxas e previdências municipais), o montante das transferências constitucionais realizadas pela União e pelo estado, bem como outras receitas não tributárias (como patrimoniais, industriais, etc.).
OS CAMPO-GRANDENSES JÁ PAGARAM MAIS DE R$ 1 BILHÃO EM IMPOSTOS AO GOVERNO MUNICIPAL ATÉ JUNHO. CONFIRA EM QUE SERIA POSSÍVEL EMPREGAR ESSE DINHEIRO: Contratar mais de 63.296 policiais por ano; Comprar mais de 12.659 ambulâncias equipadas;
“O povo não aguenta mais pagar a conta, pois a cada
Contratar mais de 76.392 professores do Ensino fundamental por ano; Construir mais de 886 km de estradas asfaltadas; Construir mais de 11.077 km de redes de esgoto;
necessidade ou dificuldade
Construir mais de 21.231 postos policiais equipados;
o governo eleva os impostos",
Construir mais de 73.846 salas de aula equipadas;
diz Polidoro
Construir mais de 29.116 casas populares de 40 m²; Construir mais de 3.538 postos de saúde equipados; Pagar mais de 1.293.218 salários mínimos. Fonte: www.impostômetro.com.br
Revista Ação Comercial
CAPA
26 » Por « Kleber Clajus » Foto « Fernanda Serrano »
90
ANOS
DE HISTÓRIA
Em comemoração especial ao aniversário da Associação Comercial, três presidentes destacam suas atuações na trajetória de defesa e representatividade da classe empresarial
Revista Ação Comercial
UNIR EMPRESÁRIOS, FORTALECER SUA ATUAÇÃO E INFLUENCIAR NAS ÁREAS POLÍTICA, econômica e social, viabilizando o desenvolvimento sustentável. Há 90 anos esta tem sido a missão da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), que, mediante seu espírito de vanguarda, permanece protagonista dos principais avanços econômicos, políticos e sociais da Capital. Atores nesse processo, os presidentes Luiz Fernando Buainain, Omar Aukar e
João Carlos Polidoro passaram a liderar em períodos distintos e tornaram a entidade mais democrática ao ampliar sua rede de associados com o envolvimento de micro e pequenos empresários, além de expandir sua atuação aos bairros, atingindo, assim, sua representatividade e força em todo o comércio de Campo Grande. A história da criação da Associação Comercial e os principais avanços à classe empresarial liderados pela ACICG na última década podem ser conferidos a seguir. Revista Ação Comercial
CAPA
28
Resgaste às origens O advogado baiano Eduardo Olympio Machado talvez já vislumbrasse, em 14 de março de 1926, que a união de empresários seria decisiva para colocar Campo Grande no rumo do desenvolvimento. Dono de um pequeno curtume, ele figura como o primeiro presidente da associação, exercendo cinco mandatos de um ano. Seu sucessor, Arlindo de Andrade Gomes, ficou por dois anos à frente da entidade. Pernambucano, ele figura como o primeiro juiz de Direito de Campo Grande e imprimiria seu espírito modernizador ao defender o traçado de ruas amplas e arborizadas, além de ser responsável pelo primeiro jornal impresso denominado “O Estado de Mato Grosso”. Entre os temas mais recorrentes, registrados em atas da época, estão a luta pela redução de impostos e a necessidade de reforço na segurança da cidade, que avançava impulsionada pela Companhia de Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. Pelos trilhos, inaugurados em 1914, chegavam empreendedores árabes, japoneses e europeus que reforçavam a mudança do até então entreposto comercial de gado transformando-o em polo irradiador de ideias. Trabalhando na produção de um livro sobre os 90 anos da ACICG, as jornalistas Maria José Surita e Marília Leite contextualizam a influência da entidade por meio de registros históricos e descrevem os pioneiros como combativos diante das decisões tributárias do governo, asRevista Ação Comercial
sim como visionários por buscar embasamento técnico junto a federações e associações do Rio de Janeiro e São Paulo. Com a cessão de direitos trabalhistas e previdenciários, a partir de 1930, coube à entidade orientar os empresários sobre seus direitos e deveres. Na ocasião, já era comum a ela se recorrer para resolver demandas quando alguma mercadoria era danificada no transporte ferro-
29
“
Em 14 de março de 1926, a união de empresários seria decisiva
Livro marca os 90 anos Quatro livros ata são a base para o início da contextualização em livro da influência da Associação Comercial no desenvolvimento de Campo Grande. Os registros históricos, mantidos até então em arquivo, colaboram ao se estabelecer linha cronológica dos pioneiros à presidência atual da entidade. “Os quatro primeiros livros contemplam período desde a fundação até meados da década de 1940. Seguimos pesquisando referências de notícias, complementadas com o depoimento de entorno de vinte pessoas”, comenta a jornalista Marília Leite, ao relembrar que quatro dos presidentes da entidade foram prefeitos da Capital. A nova fonte de pesquisa acadêmica fica pronta até o fim do ano e faz referência aos marcos históricos apoiados pela entidade, como a construção do Obelisco, do relógio da 14 de Julho, que foi demolido na década de 1970 e substituído por réplica na Calógeras há 16 anos, assim como seu espírito precursor na realização da primeira edição do que seria a Expogrande, principal feira agropecuária do Estado.
para colocar Campo Grande no rumo do desenvolvimento.
viário ou mesmo no financiamento de guardas noturnos, que sobrepujavam a segurança das lojas. Exercendo forte influência com o governo federal, os associados conquistam no período a instalação de uma agência dos Correios e Telégrafos na esquina da Avenida Calógeras com a Rua Dom Aquino. Havia intenção de se ampliar os canais de comunicação para atender os 200 estabelecimentos comerciais existentes, bem como órgãos públicos e instituições de ensino. O prédio em estilo Art Déco, concluído em 1940, teve seu terreno adquirido pela associação por cinco contos de réis, em complemento a outros vinte contos de réis desembolsados pela prefeitura. Todo o processo, no entanto, foi justificado ao se provar por levantamento que o fluxo de correspondências de Campo Grande era superior ao de Cuiabá e Corumbá somados. Na mesma época, há registros de comitiva de empresários pleiteando o fim de taxas cobradas por Mato Grosso e que já estavam extintas pelo governo central. A interação com
a Associação Comercial carioca possibilitaria a aquisição de documentos oficiais para se pleitear o fim da cobrança, enquanto a junção com as entidades de Corumbá e Cuiabá daria força não passível de ser ignorada. Relembrar alguns dos aspectos históricos percorridos nessa jornada reforça que a história da associação estabelece também o ritmo do desenvolvimento de Campo Grande e de Mato Grosso do Sul. Isso diante do fato de que seus associados também estiveram envolvidos na luta pela divisão do Estado e de que sua cidade finalmente figurasse como capital. O espírito de vanguarda dos pioneiros pode ser reconhecido nas últimas quatro gestões. Após uma ativa participação como membros de diretoria e no planejamento estratégico da entidade, os presidentes Luiz Fernando Buainain, Omar Aukar e João Carlos Polidoro passaram a liderar e destacam aqueles que foram os principais avanços no cumprimento da missão da entidade: promover a união dos empresários, fortalecendo sua atuação e influência nos mais diferentes segmentos.
CAPA
30
A Casa do Empresário
O atual slogan da entidade, A Casa do Empresário, muito tem a ver com mudanças implementadas a partir das duas gestões do engenheiro e administrador de empresas Luiz Fernando Buainain, entre 2005 e 2011
No campo das reformas estruturais, o Palácio do Comércio, projetado pelo arquiteto Rubens Gil de Camillo, figura como o mais emblemático. A escada giratória de ferro tão utilizada para acessar as reuniões desde a década de 1960 cedeu espaço a reformulação interna. Isso possibilitou a criação da Escola de Varejo, destinada até hoje a promover o desenvolvimento empresarial por meio da qualificação. A diretriz de que não se pode mais ter parentes parentes empregados na entidade foi outra medida significativa que trouxe credibilidade. Parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Fundação Getúlio
Revista Ação Comercial
Vargas contribuiu ainda no planejamento estratégico da Associação Comercial, tendo como suporte dessa evolução o Sistema S (Sesc/Senac) e a Fecomércio. Campanhas sazonais de incentivo ao consumo voltaram a ser promovidas no período, em consonância com a necessidade de agregar os micro e pequenos empresários dos bairros nas ações. “Fomos quebrando o grande tabu de que a Associação só servia para o Centro, levando cursos e desenvolvendo a mão de obra para envolver toda a Capital. Isso porque ninguém é mais forte do que todos nós juntos”, comenta Buainain. Com o fortalecimento da classe, foi possível pressionar
31
»
Cerimônia com o desembargador Luiz Carlos Santini, então presidente do TJMS, marcou a inauguração do Posto de Atendimento e Conciliação Extraprocessual (Pace)
o governo federal para obter uma conquista importante: a ampliação de 10% para 20% do financiamento do setor comercial e de serviços, por meio do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO). O porcentual representou injeção de mais R$ 75 milhões aos segmentos. Em sua gestão também foi criada a Campanha Nome Limpo, que possibilita a redução no número de consumidores inadimplentes no comércio local e a recuperação de parte da dívida pelos lojistas. Anualmente, são negociados milhões de reais, que retornam em capital de giro às empresas e em poder de compra ao consumidor para o fim do ano, período mais significativo em volume de vendas. Para colaborar com a pacificação social, foi criada
“
Nós encaramos os desafios porque sempre usamos com a retidão e com dados técnicos para poder dialogar com qualquer esfera do poder público”, afirma Luiz Fernando Buainain
Revista Ação Comercial
CAPA
32
Destaque do presidente Luiz Fernando Buainain
Gestão: 2005 – 2011 Associados: de 450 para 2.500 – Reformas estruturais e de gestão – Aumento do teto do FCO – Criação da Campanha Nome Limpo – Implantação do Pace
a Câmara de Mediação e Arbitragem Empresarial (Cbmae/ACICG) e, em 2011, um convênio com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) possibilitou a implantação do Posto de Atendimento e Conciliação Extraprocessual (Pace), visando à realização de atendimentos e audiências de conciliação extraprocessual — com posterior homologação judicial dos acordos obtidos — garantindo amplo acesso à Justiça, contribuindo com a solução de conflitos e desafogando o volume de processos que tramitam na Justiça comum. “Foi uma iniciativa ímpar, fomos muito elogiados e usados como exemplo para outros estados por esse trabalho”, completou. No mesmo ano, mais um projeto importante foi iniciado. A ACICG firmava uma parceria o governo do Estado para a instalação do Procon Empresarial na entidade, uma iniciativa inédita no País e que ainda está em vigor. Outra proposta que nasceu dentro da entidade, passando a ser encampada pelo governo municipal, foi o programa Reviva Centro, que preten-
Revista Ação Comercial
de revitalizar a região. O projeto, inclusive, teve por referência iniciativas similares, adotadas em Curitiba, no Paraná, e no município argentino de Corrientes. “Nós encaramos os desafios porque sempre usamos com a retidão e com dados técnicos para poder dialogar com qualquer esfera do poder público. Nunca fomos sem ter a firmeza do que estávamos falando. Isso foi importante para nós”, conclui Buainain.
Comércio mais forte
33
A gestão do engenheiro elétrico e empresário Omar Pedro de Andrade Aukar, entre 2011 e 2014, não apenas deu sequência às diretrizes estratégicas delineadas por seu antecessor e pela diretoria da entidade como iniciou os trabalhos para a idealização de uma agência do Sistema de Cooperativa de Crédito do Brasil (Sicoob), que representa uma nova força financeira à classe empresarial.
O projeto, consolidado com a inauguração da agência Sicoob Aliança em setembro do ano passado, havia sido avaliado na cidade paranaense de Maringá. Sua principal meta consiste em ser alternativa à contratação de produtos e serviços bancários pelos empresários, sem que haja a aplicação de taxas abusivas do mercado. “Vamos ser o maior banco cooperativo dentro de Campo Grande e de Mato Grosso do Sul, para gerar ao empresário o que ele não tem hoje em banco nenhum”, projeta Aukar. Dando continuidade às ações estratégicas, foi lançado o projeto ACICG nos Bairros, cujo objetivo é trazer para dentro da entidade a participação de quem atuava longe da área central. “Come-
çamos a perceber, ao longo dos anos, que a quantidade de pessoas que ia comprar presentes de Natal nos bairros estava mais que dobrando. Isso começou a caracterizar a importância de se ter um programa para levar treinamento, associativismo, participação e palestras para esses centros comerciais, ajudando o empresário a aplicar gestão profissional ao seu negócio. Houve com isso inversão no perfil do associado, que passou a ser 90% formado por microempreendedores individuais, além de micro e pequenos empresários”, explica o ex-presidente. Revista Ação Comercial
CAPA
34
Destaque do presidente Omar Aukar
Gestão: 2011 – 2014 Associados: de 2.500 para 4.650 – Idealização do Sicoob Aliança – Atuação nos bairros – Aquisição do SCPC – Reforma da Colônia de Férias
Estratégias para impulsionar o comércio do Centro também estiveram presentes na gestão de Omar. Além de a entidade estar do lado dos lojistas articulando com o poder público diversas questões do Reviva Centro, cobrando mais efetividade no andamento do projeto e compartilhamento de informações, também trabalhou para estimular o movimento nos mais de 1.700 estabelecimentos que havia na época na região. Em 2012 nascia o Conselho do Comércio do Centro, formado por um grupo de empresários que passaram a gerenciar ações e criar novas soluções para aumentar as vendas – o que contou também com ajuda do Sebrae. Bem-sucedida, a medida de criar conselhos de comércio em bairros foi implantada em outros locais, como o Coophavila e a região da Júlio de Castilhos. “A ideia era que os empresários de determinada região pudessem apresentar seus anseios e necessidades. Juntos da Associação Comercial, foi possível ajudar em novas estratégias mercadológicas para fortalecer o comércio durante todo o ano. Vários eventos foram realizados”, compartilha Omar.
Revista Ação Comercial
“
Quanto maior a crise, mais próximo da associação é preciso estar, porque aqui é a casa do empresário”, afirma Omar Aukar
Atualmente diretor da casa, Aukar menciona outro feito significativo em seu período como presidente: a aquisição definitiva do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) o qual é, atualmente, o maior banco de dados de inadimplentes do País disponível aos empresários de Campo Grande. A Câmara de Mediação e Arbitragem e o Posto de Atendimento e Conciliação Extraprocessual tiveram suas estruturas ampliadas e o trabalho reconhecido e premiado nacionalmente ao longo de sua gestão. A cultura de que conciliar é um bom negócio também se fez presente nas edições da Campanha Nome Limpo, que oferecia a oportunidade de resolver uma pendência financeira por meio da Cbmae ou negociar diretamente com o credor. Dois pontos ainda recebem destaque especial, na avaliação de Aukar, os quais são a disponibilidade de ponto exclusivo de medicina do trabalho dentro da entidade e a reforma do Centro de Convenções e Lazer da Associação Comercial – Colônia de Férias. O primeiro, explica o ex-presidente, possibilitou ao associado reduzir custos na realização de exames admissionais, demissionais e periódicos,
35 bem como aqueles relativos ao retorno para as funções, mudança de posto e programa de engenharia de segurança no trabalho. Em seguida, a revitalização da Colônia de Férias buscou resgatar o associado que frequentava o parque, de 17 hectares, ao disponibilizar a ele e a sua família, quadras esportivas, espaço com piscina, restaurante e bangalôs revitalizados. “O clube representa muito mais que um serviço no portfólio da Associação Comercial. A Colônia de Férias oportuniza à classe empresarial e aos colaboradores mais qualidade de vida, com estrutura para lazer, diversão e descanso, a poucos quilômetros de Campo Grande. Além disso, também conta com espaços para eventos corporativos
que são de interesse das empresas,” completa. Estas e outras medidas continuam colaborando para o fortalecimento e desenvolvimento do setor empresarial em Campo Grande, mas Omar alerta que o cenário econômico atual impõe a adoção de nova postura para quem empreende. “Quando o empresário vai para dentro da Associação Comercial e participa de suas reuniões, conhece as medidas já adotadas em outros segmentos que podem colaborar para que seu negócio se torne mais competitivo. Quanto maior a crise, mais próximo da associação é preciso estar, porque aqui é a casa do empresário e está aberta para que ele discuta não apenas dificuldades, mas soluções para elas”, afirma Aukar.
“
O clube representa muito mais do que um serviço no portfólio da Associação Comercial. A Colônia de Férias oportuniza à classe empresarial e aos colaboradores mais qualidade de vida”, ressalta Omar Aukar Revista Ação Comercial
CAPA
Juntos Faremos
36
Projetos de lei que impactam a vida do empresário passaram a ser acompanhados com mais rigor a partir da gestão do atual presidente e analista de sistemas João Carlos Polidoro, mediante termos de cooperação técnica com a Câmara de Vereadores e Assembleia Legislativa.
A iniciativa veio acompanhada da criação do movimento #JuntosFaremos, que expôs as bandeiras que a entidade defende, estimulando a participação do setor empresarial na mudança deste cenário político e intensificando a atuação da Casa do Empresário no desenvolvimento econômico. Polidoro ressalta que a insatisfação da classe ficou marcada na história ao se posicionar, com o cidadão, na busca de mudanças reais. “Enquanto ações do governo aceleram a morte das empresas, o momento de crise tem Revista Ação Comercial
saída para aqueles que buscam alternativas e se associam a um time que vai defendê-lo”, afirma. Um dos marcos desse movimento, também integrante do planejamento estratégico adotado pela entidade, foi a instalação do impostômetro para reforçar a batalha por menos impostos e mais retorno dos tributos pagos em serviços públicos de qualidade. Além disso, representada por seus diretores e associados, a entidade também participou de manifestações populares contra a corrupção e foi às ruas expor suas seis
37
“
Vivemos um momento econômico desafiador e a ACICG está agindo proativamente para diminuir os entraves que impendem o desenvolvimento das empresas”, afirma João Carlos Polidoro
bandeiras: o fim da corrupção, menos impostos, gestão pública eficaz, mais segurança, nova política e o fim da impunidade. Outro ponto relevante, dentro do aspecto político, consistiu no lançamento do Conselho Político e Social, que pretende debater diretrizes para o desenvolvimento de Campo Grande com a participação de empresários e formadores de opinião. “A posse ocorreu no ano passado, durante a vinda do ministro Guilherme Afif Domingos com o projeto de lei Crescer sem Medo, para ampliar os limites do Supersimples e adequar as regras de transição entre as faixas de faturamento das micro e pequenas empresas”, completa. Revista Ação Comercial
CAPA
38
Destaque do presidente João Carlos Polidoro
Gestão: 2014 – 2017 Associados: de 4.650 para 6000 – Movimento #JuntosFaremos – ACICG Itinerante – Implantação do Cejusc – Pacto Juntos por Campo Grande.
Conforme Polidoro, com a transformação da associação há mais de 11 anos no ambiente em que o empresário se sinta em casa, este passou a participar mais ativamente das decisões da entidade. “O empresário, principalmente o micro e pequeno, esteja ele no Centro ou em outros bairros, tem enxergado a necessidade de se unir à classe que o represente para, juntos, resolvermos de forma mais democrática os problemas que o impedem de crescer”, ressalta. Na área financeira, o empresário já pode contar com produtos bancários com preços mais competitivos, graças a inauguração da agência Sicoob Aliança, na Associação Comercial, em 2015. A unidade oferece todos os serviços de um banco, mas não é um banco, ela está integrada a uma rede de cooperativas de crédito. No sentido de democratizar o acesso a serviços da entidade a outras regiões, Polidoro deu Revista Ação Comercial
a ACICG investiu no estreitamento do caminho entre quem procura e oferta uma posição no mercado de trabalho, ao realizar o primeiro Feirão do Emprego
um passo importante e o projeto ACICG nos Bairros passou a se chamar ACICG Itinerante. Hoje, por meio de uma van, cursos, consultas ao SCPC, mediação entre lojistas e clientes inadimplentes, além de suporte de marketing e outras vantagens são oferecidos sem o empreendedor e sua equipe precisar se deslocar até a sede da entidade. “Isso deixou a Associação Comercial ainda mais próxima do empresário”, complementa. Um dos destaques na gestão de Polidoro representa avanços ao trabalho de conciliação desenvolvido pela Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem, mantida pela entidade. Trata-se do convênio com o Tribunal de Justiça, que possibilitou a implantação de um novo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) nas dependências da entidade; com isso, os índices de acordos conquistados integram as estatísticas do tribunal, aumentando a representatividade e o reconhecimento da Associação Comercial em prol da pacificação social. Outra parceria que trouxe benefícios para todos os associados foi firmada com a Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização (SAD). Por meio do Clube do Servidor Estadual (CSE), servidores estaduais têm acesso a descontos de até 50% em produtos e serviços do comércio local, o que estimula o consumo e movimenta as vendas, fidelizando um importante público consumidor. Na contramão do crescente índice de desemprego, a ACICG investiu no estreitamento do caminho entre quem procura e oferta uma posição no mercado de trabalho ao realizar o
39
primeiro Feirão do Emprego. O projeto, que atendeu mais de oito mil pessoas na Praça Ary Coelho, teve 1,2 mil vagas ofertadas no ano passado. Os candidatos tiveram acesso a cursos de qualificação, além de cadastrarem seu currículo em banco de dados compartilhado por doze empresas e agências de emprego parceiras. O evento deve acontecer no segundo semestre. Em maio deste ano, a entidade, por meio do Conselho Político e Social — presidido por Polidoro — lançou outro projeto de grande magnitude: a proposta de criação do Pacto Juntos por Campo Grande, que contou com o senador Tasso Jereissati expondo as experiências com uma iniciativa semelhante no Ceará. Após o evento, a ACICG mobilizou a sociedade civil organizada na construção de diretrizes que auxiliarão no desenvolvimento da Capital. “Em
contextos turbulentos na política, não podemos parar de trabalhar pelo município e, especialmente, pela economia, que precisa retomar seu crescimento para continuar gerando empregos e renda”, enfatiza o presidente. Sobre as comemorações dos 90 anos, Polidoro ressalta que darão espaço a ações de fomento ao comércio para motivar o empresário a sair da sua zona de conforto, para se sentir acolhido e apoiado pela entidade. “Vivemos um momento econômico desafiador e a ACICG está agindo proativamente para diminuir os entraves que impendem o desenvolvimento das empresas, como a carga tributária e a burocracia em nosso Estado, e pensando em soluções, campanhas e serviços que ajudem o setor crescer e se fortalecer, contribuindo para toda a sociedade. Os 90 anos serão marcados por muito trabalho na Casa do Empresário”. Revista Ação Comercial
Revista Ação Comercial
41
Revista Ação Comercial
GIRO
42
ACICG COMEMORA DIA INTERNACIONAL DA MULHER COM EVENTO
»
Lídia Abdalla e o presidente da ACICG, João Carlos Polidoro
Empresária Elaine Mara Trino e sua equipe da Casa X
Katiuce Duque e a presidente-executiva do Laboratório Sabin Lídia Abdalla
Daiane Rotta e Maria Vilma Ribeiro Rotta, da Portal Itatiba
Fotos: Miguel Palácios
Rosana Alexandre e Noemia Frazão, da Jeunesse
Revista Ação Comercial
43
» Uma noite dedicada ao público feminino. Reunindo palestra, coquetel, apresentação artística e sorteio de brindes, o evento Mulheres que Brilham comemorou, em março, o Dia Internacional da Mulher com colaboradoras do setor de comércio e serviços, além de empresárias de sucesso e diretoras da Associação Comercial e
Equipe Copagaz
Industrial de Campo Grande (ACICG). Palestrante convidada, a presidenteexecutiva do Laboratório Sabin, Lídia Abdalla, falou sobre liderança feminina, passando pelos desafios e o perfil da mulher brasileira e mostrando projetos de valorização da mulher no ambiente de trabalho. Após a palestra, a animação tomou conta, com sorteio de brindes e show de Maria Quitéria. O encontro
Equipe MonyDai
aconteceu pelo sétimo ano consecutivo, no Buffet Yotedy, e reuniu cerca de 250 mulheres. Confira algumas das equipes
Fotos: Miguel Palácios
presentes.
Equipe Sicoob Revista Ação Comercial
GIRO
CERIMÔNIA COM AUTORIDADES MARCA INAUGURAÇÃO DO 5º CEJUSC NA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL A Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) e o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul inauguraram, no dia 29 de abril, o quinto Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) do Estado, dentro da Casa do Empresário. A cerimônia que marcou o início dos trabalhos da unidade contou com a participação de lideranças empresariais, diretores da ACICG, conciliadores, desembargadores e autoridades locais.
Fotos: Miguel Palácios
44
Paulo Matos, desembargadores Nélio Stábile, Romero Osme Dias Lopes e Vladimir Abreu, Ulysses Conceição, Paola Nogueira, Julio Soares, desembargador Nery Azambuja, Letícia Ribeiro, presidente da ACICG, João Carlos Polidoro, e presidente do TJMS, desembargador João Maria Lós
Presidente do TJMS, desembargador João Maria Lós e o presidente da ACICG, João Carlos Polidoro Revista Ação Comercial
Fernando Amorim, Luciane Costadele, Sérgio Luiz Gonçalves, Marcos Silva, Marcelo Boza, Rafael Lopes
»
Fotos: Divulgação
45
ACICG E ACED MARCAM PRESENÇA NA POSSE DA CACB Lideranças empresariais e políticas de todo o País estiveram presentes na solenidade de posse da nova administração da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), em 24 de fevereiro, no Hotel Royal Tulip Alvorada, em Brasília. O presidente eleito da confederação é o empresário George Pinheiro, e junto dele tomaram posse vice-presidentes, conselho diretivo, fiscal e suplentes. Os diretores da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), Fernando Amorim, Roberto Oshiro, Renato Paniago, e o presidente, João Carlos Polidoro, estiveram entre os convidados da cerimônia nacional, além do presidente da Associação Comercial e Empresarial de Dourados, Antônio Nogueira. Revista Ação Comercial
GIRO
46
IV FESTA DA LINGUIÇA ACONTECE NA COLÔNIA DE FÉRIAS O Dia do Trabalho, comemorado em 1° de maio, foi marcado por mais um evento na Colônia de Férias. Famílias de empresários e comerciários celebram a data marcando presença na IV Festa da Linguiça, promovida pela Associação Comercial. Além de saborearem um almoço com um dos alimentos mais característicos da culinária sul-mato-grossense, os convidados curtiram uma tarde de lazer com toda a estrutura e entretenimento que o clube oferece.
“Tradicional no calendário de eventos dos campo-grandenses, a Festa da Linguiça da Colônia de Férias chegou à IV edição”
Revista Ação Comercial
47
Revista Ação Comercial
ATITUDE NO TRABALHO
48 » Por « Cidiana Pellegrin » Foto « Shutterstock
Vestindo a camisa Entenda como criar um ambiente de trabalho mais engajador
Cada vez mais presente no vocabulário dos gestores, o termo engajar não fica de fora quando os assuntos são trabalho em equipe e resultados. Em contextos econômicos negativos, como vive o Brasil, envolver os colaboradores a serviço de uma causa é prioridade para a sustentabilidade do negócio. Para o empregador, o desafio é maior, pois não se trata apenas de um discurso de líder, mas, sim, de alinhamento entre os setores e de ações práticas. A coach e psicóloga organizacional, Giuliana Elisa dos Santos, explica que engajamento no universo empresarial corresponde “ao comprometimento das partes, uma relação de mão dupla entre o colaborador e a empresa em nome de um propósito”. E como fazer com que todos vistam a mesma camisa? Primeiro, cabe ao empresário, ou gestor, estabelecer uma ligação dos valores e objetivos da empresa com os dos colaboradores. “É importante que o plano de gestão de pessoas tenha um vínculo com o projeto de vida dos funcionários”, diz Giuliana. Conhecer cada membro da equipe, entender o perfil e seus anseios é fundamental para traçar estratégias para o andamento do negócio. “É preciso uma comunicação clara, para que os colaboradores assimilem os valores e missão da organização”, complementa. Revista Ação Comercial
49
Outro exercício é repensar se o ambiente de trabalho é engajador. Segundo a profissional, três fatores são importantes nesse cenário: Autonomia – Corresponde a traçar as metas dos colaboradores, mas deixá-los eleger a direção e os caminhos para se chegar aos resultados. Domínio – Trata-se de dar o controle para que as pessoas desempenhem suas tarefas melhorando cada vez mais. Propósito – É preciso que a equipe compreenda que está realizando um trabalho importante e com significado para outro público, além de si mesma. Como exemplo, Giuliana cita o varejo. “No comércio não é só venda, um simples repasse de produto. Se a filosofia da empresa é de colaboração com projetos de vida, sonhos e bem-estar e ela deixa isso claro para o cliente e colaborador, o funcionário sente que seu trabalho tem mais valor”, explica.
Nesse panorama, o salário não é o principal requisito que mantém a equipe motivada. “As novas gerações não buscam apenas remuneração. Elas querem ser ouvidas, respeitadas e sentir que podem contribuir com a empresa e a sociedade”, completa a psicóloga. Por isso, é importante que o empregador conheça as responsabilidades e competências dos colaboradores e promova o feedback constante, orientando e apoiando pela melhoria. “O ser humano gosta de ser visto”, afirma. Estabelecer um plano de cargos e salários conforme as metas de cada um, investir na capacitação e reciclagem da equipe para mantê-la alinhada aos conceitos da empresa, promover uma pesquisa de clima e satisfação dos funcionários são outras medidas que auxiliam para tornar o ambiente mais engajador. “E quando isso é conquistado, os benefícios para a empresa são diversos, o clima da organização e o desempenho dos funcionários melhoram e a sustentabilidade nos resultados é conquistada”, esclarece Giuliana.
Sua equipe é engajada? Algumas características definem se o colaborador está engajado, ou não, com a empresa. Pessoas negativas com relação ao futuro, que não se arriscam em novas atitudes e são resistentes a mudanças representam um alerta vermelho. Segundo Giuliana, o engajado demonstra as seguintes qualidades durante a rotina de trabalho:
Otimismo Automotivação Autoestima elevada
“Em resumo, trata-se daquele colaborador entusiasmado, de bem com a vida, que luta por suas conquistas pessoais, bem como pelas da empresa da qual faz parte”, afirma a psicóloga organizacional.
Influência positiva sobre a equipe.
Revista Ação Comercial
ATUAÇÃO
50
Fotos: Miguel Palácios
ACICG lança Pacto Juntos por Campo Grande e Tasso Jereissati fala sobre gestão compartilhada
Com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para a necessidade de novas diretrizes de desenvolvimento para a Capital, a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) lançou no dia 19 de maio, no hotel Deville, a proposta de construção do Pacto Juntos por Campo Grande. O evento contou com uma palestra ministrada pelo senador Tasso Jereissati e envolveu mais de 200 representantes da sociedade civil organizada. Na ocasião, o parlamentar falou sobre gestão compartilhada e dividiu as experiências de um projeto semelhante implantado por ele no Ceará. “A ideia do pacto é ter a participação intensa de todos os setores da sociedade civil organizada – principalmente, do segmento empresarial Revista Ação Comercial
”É muito gratificante ver um movimento como este encabeçado pela Associação Comercial”, disse o senador Tasso Jereissati
51
»
– em que há a possibilidade de aproveitar o potencial que o Estado tem, incluindo a criatividade e a energia do empresariado, trabalhando integrado com o governo. Não é fácil, porque é preciso distinguir bem qual o papel do governo e da sociedade, e o pacto tem que ter a noção de que representa a sociedade”, explicou o senador. Sobre a implantação em Campo Grande, ele ressaltou as vantagens locais. “É muito gratificante ver um movimento como este encabeçado pela Associação Comercial. Mato Grosso do Sul é um estado com potencial enorme, tem tudo para ser, em pouco tempo, um dos mais ricos do Brasil. Então, é aproveitar isso, usando a visão de gestão do empresariado e do governo”, acredita. O presidente da ACICG reforçou a importância do projeto dizendo que o Brasil vive um momento de crise ética, política, econômica e social, gerando falta de credibilidade interna e externa, com níveis alarmantes de corrupção por indivíduos que têm a certeza da impunidade. “A ideia que lançamos é fruto do movimento #JuntosFaremos, da ACICG, que defende as bandeiras fim da impunidade, fim da corrupção, menos impostos, mais segurança, gestão pública eficaz e nova política, e se faz necessária para que Campo Grande volte a se desenvolver”, disse João Carlos Polidoro.
O projeto deverá, por meio da participação colaborativa de diversas entidades, produzir um documento que auxiliará a gestão municipal a trabalhar de forma eficiente
Sobre o papel da entidade no processo, ele explica que é ser catalizadora e funcionar como um fermento para novas ideias, para edificar uma cidade com visão de futuro e responsabilidades compartilhadas com o exercício da cidadania. A iniciativa é do Conselho Político e Social da ACICG. Pacto Juntos por Campo Grande – O projeto proposto pela ACICG deverá, por meio da participação colaborativa de diversas entidades, produzir uma carta de intenção, que auxiliará a gestão municipal a trabalhar de forma eficiente pela economia, saúde, educação, assistência social, segurança, planejamento urbano e vários outros setores. “Embora a população precise de melhorias imediatas em diversas áreas, a nossa iniciativa pretende colaborar com planos para curto, médio e longo prazos”, compartilha. Para o primeiro-secretário da ACICG, Roberto Oshiro, “é necessário que todos pensemos a cidade que queremos deixar para nossos descendentes; quais são as opções que temos para transformar a política atual; como influenciar e promover as mudanças demandadas em tempos corroídos pela imoralidade, pela corrupção e pela ineficiência da administração pública; e, ainda, como fazer prevalecer a verdade e a sensatez na política”, finalizou. Revista Ação Comercial
ATUAÇÃO
52
Fotos: Miguel Palácios
EM INAUGURAÇÃO DO 5º CEJUSC, DESEMBARGADORES DESTACAM PIONEIRISMO DA ACICG NA CONCILIAÇÃO
Desde 29 de abril, a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) conta com o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), uma conquista obtida por uma parceria com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, que amplia os serviços de conciliação para a sociedade. Além das questões cíveis já atendidas pela Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem (Cbmae) da ACICG, é possível acolher casos que envolvem o direito de família. A iniciativa é Revista Ação Comercial
inédita em âmbito nacional do sistema Cbmae, Posto Avançado de Conciliação Extraprocessual (Pace) e Confederação de Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), por se tratar da primeira entidade representativa de classe a firmar esse tipo de convênio. Durante a cerimônia de inauguração, o coordenador de Mediação do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos, desembargador Romero Osme Dias Lopes,
53
ressaltou que a parceria com a ACICG é uma das mais importantes já realizadas pela entidade. “Os associados entenderam que há uma necessidade de mudar a feição do Judiciário por meio da solução de conflitos, de forma consensual, via mediação e conciliação. Quando uma empresa entra no Judiciário, o conflito acaba se estendendo e afetando as relações futuramente comerciais que interessam às partes. A mediação e a conciliação são formas civilizadas de solução de conflitos, por isso a Associação Comercial e Industrial é tão importante”, explicou. O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador João Maria Lós, disse que o Cejusc atende à nova legislação, que determina que, antes de protocolar qualquer processo, ele deve ser submetido à conciliação e à mediação. “Esta unidade representa o futuro do Judiciário e é fruto da administração visionária da Associação Comercial. Queremos agradecer pela forma como a entidade vem desenvolvendo esse trabalho, com tantos casos de sucesso na mediação e arbitragem”, afirmou. O presidente da Cbmae da ACICG, Roberto Oshiro, destacou que o projeto teve início há mais de uma década. “Esta é a realização de um grande sonho que temos planejado há mais de 10 anos. A conciliação veio com o desafio de quebrar a cultura processualista no Estado e, graças à união entre o poder público e a sociedade civil organizada, hoje somos referência para todos os estados brasileiros. Nosso Tribunal de Justiça é de vanguarda, e nós, da Casa do Empresário, esperamos continuar contribuindo para a evolução da conciliação e solução de conflitos”, expôs. Conciliar é um bom negócio O presidente da ACICG, João Carlos Polidoro, disse que uma das vantagens mais importantes
Este é o quinto Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania do Tribunal de Justiça de MS e o primeiro do País a funcionar dentro de uma entidade de classe.
para o segmento empresarial é a continuidade da relação entre o consumidor e a empresa. “O cliente continua consumidor do estabelecimento e o fornecedor também permanece na rede de abastecimento daquele comércio. O contato não se rompe. Com isso, conseguimos mostrar para a sociedade campo-grandense que conciliar é realmente o melhor negócio”, ressaltou. Polidoro também expôs outros ganhos para quem faz um acordo. “Esse trabalho muda a cultura processualista e beligerante para a cultura da conciliação e do entendimento. Queremos agradecer a todas as pessoas do tribunal e da ACICG que trabalham pelo sucesso do projeto e, sobretudo, pelo sucesso nas conciliações”, contribuiu. Como funciona No Cejusc ACICG, podem ser solucionadas todas questões de família e cíveis, com atenção especial às demandas empresariais, e são realizados atendimentos às pessoas física e jurídica. Os interessados devem comparecer munidos com cópias dos documentos pessoais, comprovante de residência e documento que comprove o vínculo com a empresa reclamada, em casos de negociações de dívidas, extratos, boletos, contratos, e também o extrato da negativação no SCPC. Outros ramos do direito também serão atendidos, após análise do caso. Serviço: Cejusc da ACICG Atendimento: segunda a sexta-feira, 8h às 18h Local: ACICG (Rua 15 de novembro, 390 - Centro) Mais informações: (67) 3312-5063
Revista Ação Comercial
ATUAÇÃO
54
Associação Comercial foi às ruas contra a corrupção e a impunidade “Queremos que todos percebam que não podemos mais aceitar a corrupção e a impunidade”, destaca o presidente da ACICG, João Carlos Polidoro
Cansados de serem punidos pela atual situação econômica e política do País, diretores da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) e empresários associados foram às ruas durante os movimentos contra a corrupção que tomaram o País em março. Preocupada com os acontecimentos e desdobramentos da crise política - que até então antecediam o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência do País - a entidade reafirmou Revista Ação Comercial
sua posição favorável ao rigoroso processo de apuração contra a corrupção que assola o País. A ACICG acredita na necessidade de responsabilizar os culpados e valorizar a transparência de gestão, em todos os níveis. “A desordem e desvalorização da ética chegou ao limite. É preciso coibir e criminalizar os atos corruptos que estão atrasando o desenvolvimento do Brasil e o avanço dos brasileiros. Acreditamos que somente a partir
Fotos: Marcelo Puchalski
55
da conclusão das investigações de todos os processos que estão vindo a público, o nosso Brasil poderá retomar seu crescimento, com sustentabilidade e com muito trabalho. Exigimos uma gestão pública eficaz em todos os níveis de governo”, aponta o presidente da entidade, João Carlos Polidoro. A luta da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande por melhorias na administração pública é antiga e, em 2015, a entidade lançou o movimento #JuntosFaremos, composto por seis bandeiras criadas para cobrar o setor público pelo fim da corrupção, por menos impostos, por uma gestão pública eficaz, por mais segurança, pelo fim da impunidade e pela criação de uma nova política. Carregadas pelas mãos de empresários, todas as mensagens foram estampadas durante as manifestações, com o intuito de conscientizar a população. “Queremos que todos percebam que não podemos mais aceitar a corrupção e a impunidade. Precisamos fazer uma limpa nos poderes municipais, estaduais e federais, porque nós brasileiros estamos pagando essa conta insustentável. O Brasil está parado economicamente, politicamente, o que incapacitou os empresários de investirem e apostarem no País. Estamos indo às ruas, porque não podemos terceirizar essa luta. Precisamos brigar pela nossa nação, por isso continuamos protestando e juntos faremos valer nossos direitos”, afirma Polidoro.
A Associação Comercial apoiou as manifestações em seus diversos formatos. “O que a sociedade precisa no momento é de calma, retidão. Concordamos com todas as manifestações, desde que sejam pacíficas. Fazemos valer a necessidade de um País honesto e justo, pedindo, especialmente, a punição severa a todos os envolvidos em atos ilícitos, para acabar de vez com a corrupção. Assim, apoiamos e reforçamos o trabalho conduzido com coragem e determinação pelas equipes do Ministério Público, da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal, na Operação Lava Jato e em tantas outras operações, em todos os níveis de governo”, expôs o primeirosecretário da ACICG, Roberto Oshiro.
Pró-impeachment Em apoio às investigações da Operação Lava Jato e ao movimento nacional que pede o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), a Associação Comercial mobilizou o comércio de Campo Grande para se manifestar em frente ao Ministério Público Estadual, na Avenida Afonso Pena. A adesão foi constatada em uma pesquisa com associados, em que 93% consideraram importante o fechamento do comércio em protesto ao governo em vigor na ocasião.
Revista Ação Comercial
ATUAÇÃO
56
DIRETORIA REALIZA ALMOÇOS EMPRESARIAIS COM ASSOCIADOS Nos encontros, que envolvem ainda o superintendente Ulysses Conceição Filho, o diretor do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), Renato Paniago, o primeiro-secretário Roberto Oshiro e o vice-presidente Luiz Fernando Buainain, os empresários puderam compartilhar suas ideias e visões sobre os projetos da entidade. “Este é mais uma ação que reforça que unidos é mais fácil ultrapassar os obstáculos e nos fortalecer”, complementa Polidoro. Desde abril, foram promovidas quatro edições, que contaram com cerca de 50 empresários.
Foto: Assessoria
Para se manter ainda mais próxima da classe empresarial, compartilhar suas ações e serviços, colher sugestões e entender as necessidades de seus filiados, a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) deu início a almoços empresariais na entidade. Toda semana, um pequeno grupo de empreendedores é convidado para um bate-papo com os diretores da casa. Segundo o presidente, João Carlos Polidoro, a iniciativa fortalece a política de associativismo e “abre um novo canal de comunicação que auxilia no desenvolvimento de resultados positivos para o comércio da Capital”.
Revista Ação Comercial
57
Campanha Amor com Prêmios ajudou a impulsionar vendas para Dia das Mães e dos Namorados "Com essa promoção, o comerciante pôde investir em uma estratégia que atraiu novos clientes, vendas e negócios, maximizando os esforços em uma iniciativa conjunta”, diz o presidente da ACICG, João Carlos Polidoro
De 2 de maio a 12 de junho, clientes que realizaram compras nos estabelecimentos participantes da campanha Amor com Prêmios receberam cupons para concorrer a uma smart TV de 50”. A iniciativa foi lançada pela Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) com objetivo de impulsionar as vendas para o Dia das Mães e dos Namorados, premiando o consumidor e valorizando quem compra no comércio local. Além disso, o empresário e o colaborador, que realizou o atendimento do premiado, receberão uma smart TV de 40”, cada um. Para o presidente da ACICG, João Carlos Polidoro, o lojista que participou da campanha adquiriu um diferencial. “A metodologia colaborativa da ação contribuiu, especialmente, com empresários que quiseram beneficiar seus clientes, ampliando sua vantagem em
relação à concorrência, mas que sozinhos não tinham condições de realizar uma promoção como esta, ou ofertar um grande prêmio. Tivemos muito sucesso com as edições anteriores e repetimos esse resultado em mais uma edição”, destacou. As empresas participantes foram identificadas com adesivo da campanha e estabeleceram as próprias condições de compra para o cliente receber o cupom. “Estamos desenvolvendo várias ações para superar a atual situação econômica do País. Com essa promoção, o comerciante pôde investir em uma estratégia que atraiu novos clientes, vendas e negócios, maximizando os esforços em uma iniciativa conjunta”, ressalta Polidoro. O sorteio tem Certificado de Autorização Caixa nº 6-0598/2016. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (67) 33125021. Revista Ação Comercial
ATUAÇÃO
58
Diretores recebem
deputados para discutir
política tributária estadual » Diretores da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) apresentaram a deputados estaduais um levantamento sobre a política tributária do Estado, enfatizando a alta carga tributária paga pelos empresários e repassada aos consumidores, que está obrigando empresas de diversos segmentos a demitirem colaboradores e até a interromperem suas atividades. O encontro aconteceu no dia 29 de abril, na sede da ACICG. “Estamos sentindo na pele os efeitos dos altos impostos, e o empresário não tem mais para onde ir. O que apresentamos é um estudo real, com informações de vários setores que têm nos procurado para pedir socorro, e ainda do que pode virar um grande cemitério de empresas. Por meio desse encontro, queremos subsidiar os deputados de informações para que, quando estiverem discutindo na casa do povo, tenham essa situação em mente. Estamos mais uma vez pedindo socorro para o setor empresarial”, explica o presidente da ACICG, João Carlos Polidoro. O primeiro-secretário da Associação Comercial e advogado tributarista, Roberto Oshiro, realizou a apresentação do relatório e deixou um alerta. “Queremos mostrar alguns equívocos graves sobre como a política estadual vem sendo desenvolvida. A arrecadação de ICMS do setor terciário chega Revista Ação Comercial
a 80% do total do Estado e os setores que menos contribuem são os que mais recebem incentivos fiscais. Precisamos mudar essa realidade com urgência, ou, até o fim deste ano, ocorrerão mais demissões e fechamento de empresas”, pontuou Oshiro. O deputado Junior Mochi (PMDB), presidente da Assembleia Legislativa, disse que a arrecadação do Estado deve ser garantida sem penalizar os comerciantes. “Nós ouvimos as reivindicações do setor, principalmente, em relação aos segmentos que estão passando por dificuldades em função da elevação da carga tributária estadual. A associação pediu o nosso auxílio para que possamos intervir junto ao governo para chegarmos a um bom termo”, afirmou Mochi. Também participaram os deputados Felipe Orro (PDT), professor Rinaldo (PSDB) e Coronel David (PSC). O deputado Felipe Orro confirmou que deverá ser marcada uma reunião com o secretário de Fazenda, Márcio Monteiro, para discutir especificamente os assuntos de interesse da categoria. Desde o ano passado, a Casa do Empresário tem participado de diversas reuniões com representantes do governo, a fim de alertar sobre a situação de empresários do comércio e da indústria de Mato Grosso do Sul.
Foto: Assessoria
“Os setores que menos contribuem são os que mais recebem incentivos fiscais. Precisamos mudar essa realidade com urgência”, alertou o primeirosecretário e advogado tributarista, Roberto Oshiro
59
ACED E ACICG PROMOVEM CAMPANHA CONTRA O RETORNO DA CPMF Em defesa da bandeira Menos Impostos, do movimento #JuntosFaremos, a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) se uniu à Associação Comercial e Empresarial de Dourados (Aced) na realização de uma campanha contra a retomada da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), taxa incidente sobre todas as transações bancárias. Desde março, as duas entidades protestam intensivamente contra a tentativa do antigo governo federal de "ressuscitar" um imposto extinto há oito anos e mais uma vez sobrecarregar a sociedade com aumento na tributação. Com o novo governo federal, a iniciativa volta ao destaque após o ministro da Fazenda, Henrique Meireles, não ter descartado o retorno desse imposto. Para buscar apoio da população na luta contra a criação de mais impostos, a campanha esteve nas ruas por meio de outdoors, panfletagem e adesivagem. “Somos terminantemente contra o aumento de impostos, e nos últimos anos, temos protestado para que o governo crie outras alternativas para superar o deficit financeiro que não sejam o aumento na carga tributária”, argumentou o presidente da Aced, Antônio Nogueira.
O primeiro-secretário da ACICG, Roberto Oshiro, também destacou o poder pernicioso do aumento excessivo na cobrança de impostos. Segundo ele, a chamada Curva de Laffer comprova que essa medida não aumenta a arrecadação por parte do governo, pelo contrário, ela diminui. “Com mais impostos, os investimentos caem e a arrecadação diminui também. Muitas empresas acabam fechando, o que provoca um dano ainda maior ao estimular o desemprego”, afirma o advogado tributarista. Como contramedida para o aumento na arrecadação, Oshiro sugere ao governo a redução de despesas e o corte de gastos supérfluos, como a propaganda, por exemplo, além de um plano de demissão voluntária para o funcionalismo público. “O que nós queremos não é jogar os problemas para o governo resolver sozinho. Muito pelo contrário: queremos ajudar a resolver. O que todos nós queremos é menos impostos, uma gestão pública eficaz e uma nova política com a participação efetiva da sociedade civil organizada”, complementa o diretor da ACICG. Revista Ação Comercial
ATUAÇÃO
60
Pesquisa mostra entraves do comércio no Polo Industrial Oeste
» Pesquisa do Projeto ACICG Itinerante, promovido pela Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), identificou os fatores que mais impedem o desenvolvimento do comércio no Polo Industrial Oeste, localizado na saída para Aquidauana. O levantamento foi realizado com empresas da comunidade, que, juntas, empregam cerca de 200 pessoas, e constatou que as principais dificuldades ou barreiras que impedem ou atrasam a expansão dos negócios são a falta de mão de obra qualificada (79%); osaltos impostos (64%); e os custos trabalhistas (57%). O presidente da ACICG, João Carlos Polidoro, diz que o resultado da pesquisa é reflexo do atual cenário econômico do País. “De modo geral, os empresários não estão satisfeitos com as altas cobranças de impostos, seja para comprar insumos, vender seus produtos ou contratar e manter colaboradores. Os aumentos tributários ocorridos de 2015 para cá vêm de encontro à situação dos empresários, que estão vendendo menos, demitindo mais, criando assim um círculo vicioso”, analisa Polidoro. A pesquisa revelou também pontos que devem ser tratados para dar melhores condições de trabalho aos colaboradores das 28 empresas que operam na região. Entre as reivindicações, Revista Ação Comercial
Falta de mão de obra qualificada, altos impostos e custos trabalhistas foram os principais problemas relatados pelos empresários entrevistados
estão a melhora no transporte público, incluindo os pontos de ônibus, a manutenção de terrenos baldios, nos quais o mato alto gera a sensação de insegurança nos pedestres, a manutenção da iluminação pública, a falta de creche nas imediações e a capacitação dos colaboradores das empresas locais. Para tentar auxiliar em possíveis soluções sobre os problemas levantados, a Associação Comercial realizou treinamentos na região e buscou uma aproximação com o poder público. “Assim como fizemos nas edições anteriores do projeto, vamos dar assistência aos empresários, e por meio da nossa Escola de Varejo, levar diversos cursos aos empreendedores e seus colaboradores com a van da ACICG Itinerante”, contribui o coordenador do projeto, Moacir Pereira Junior. Ação nos bairros O projeto ACICG Itinerante é a modernização do projeto ACICG nos Bairros, que acontece em Campo Grande desde 2013, levando conhecimento e capacitação para empresários de várias regiões da Capital. São palestras e cursos desenvolvidos por consultores da Escola de Varejo da Associação Comercial para fomentar e profissionalizar o comércio em toda a cidade.
61
Pedro Chaves e Afif Domingos firmam parceria por microempreendedores do Brasil Em maio, o professor e senador Pedro Chaves (PSC-MS) e o primeiro-secretário da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), Roberto Oshiro, reuniram-se com o presidente nacional do Sebrae, Afif Domingos, em Brasília, com quem firmaram parceria na defesa dos pequenos e microempreendedores deMato Grosso do Sul e outros estados. “Como vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, que reúne quase seis mil sócios, e agora como senador da República, vamos defender, no Senado, o alinhamento de pontos importantes para dar continuidade às atividades dos pequenos empreendedores do nosso País. Temos que desonerar os tributos que sufocam as empresas e buscar uma legislação consistente para que possamos minimizar e beneficiar o custo dessas empresas. O presidente do Sebrae apresentou o projeto de lei Crescer sem Medo, em regime de urgência," declarou Pedro Chaves. Roberto Oshiro considerou que o encontro é de extrema importância para os pequenos e
"Como vicepresidente da Associação Comercial e agora como senador da República, vamos defender, no Senado, o alinhamento de pontos importantes para as atividades dos pequenos empreendedores”, disse Pedro Chaves
microempresários do País e destacou o trabalho do ministro e do senador. “Afif já conduz uma batalha incansável junto ao Congresso Nacional pelos direitos dos microempreendedores, para democratizar e fazer a inclusão social por meio das vantagens e dos benefícios dos microempresários. O senador Pedro Chaves tem no seu DNA o associativismo e a defesa dos pequenos empreendedores que geram emprego e renda. Nesse sentido, Pedro Chaves e Afif Domingos firmaram parceria para que, junto ao Senado Federal, o senador possa fazer as articulações políticas necessárias para aprovar as melhores leis e projetos em benefícios dos milhões de microempreendedores de Mato Grosso do Sul e do Brasil”. O PLC 125/2015 foi criado para estimular o crescimento das micro e pequenas empresas em todo o Brasil. Esse projeto muda o limite dos rendimentos do sistema de tributação e altera outras condições: como parcelamento das dívidas, acesso ao crédito e incentivo para investidores. Revista Ação Comercial
ATUAÇÃO
62
»
O evento facilitou negociações entre empresas dos ramos de florestas e logística e a dinamarquesa de geração de suprimentos para bioenergia.
ACICG promove primeira Roda Internacional de Negócios A Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) realizou, no dia 4 de abril, sua primeira Roda Internacional de Negócios, com empresários dos setores de florestas, transporte e logística e fabricantes de cavacos do Brasil, da Argentina, do Paraguai e da Dinamarca. O objetivo foi viabilizar negociações com a dinamarquesa Prammann LLC, que atua nos segmentos de fabricação de equipamentos móveis e autossuficientes para produção de pellets de madeira (tipo de subproduto da indústria de transformação da madeira) e na operação de cadeias de suprimento de cavacos (nome dado à sobra da madeira resultante de uma trituração) e pellets para geração de energia sustentável. Normann Kallmus, economista da ACICG, conta que o Estado dispõe de um maciço de florestas de mais de um milhão de hectares de eucalipto. Revista Ação Comercial
“Atualmente, esse volume é voltado, quase exclusivamente, para a produção de pasta de celulose para empresas locais, mas que, no entanto, pode ser exportado para fábricas internacionais de celulose ou ser aplicado na produção de energia. A Prammann tem pedidos firmes de clientes na Europa, na Índia e no Japão”, esclarece. O evento aproximou fornecedores com o intuito de criar cadeias de suprimento para contratos em longo prazo, inicialmente para fornecimento de até 40 mil toneladas semanais de cavaco. O economista destaca, ainda, que a cadeia de produção da madeira gera milhares de empregos e tem grande potencial para desenvolvimento no Estado. “Mas esse segmento padece pela falta de infraestrutura, o que dificulta e encarece a logística para atingir portos de embarque internacional. Embora a maior parte das
florestas do Estado não esteja localizada em Campo Grande, várias possuem sede aqui, o que facilita o contato da Associação Comercial”, contextualizou. Negociação Sediada na ACICG, a Roda Internacional de Negócios aconteceu em duas fases: no período da manhã, o CEO da Prammann LLC, Chris Jorgensen, apresentou sua empresa e falou sobre os interesses comerciais aos empresários da América Latina. A tarde foi dedicada a reuniões individuas para o esclarecimento de dúvidas. Durante sua apresentação, Jorgensen avaliou Mato Grosso do Sul como um importante player no mercado global de biomassa, uma vez que o Estado dispõe de vastas áreas plantadas e novos campos a serem utilizados. “Como o mercado global continua a crescer,
63
especialmente na Europa, os pellets passam a compor um maior mix de produtos para geração de energia na Europa, no Japão e na Coreia do Sul. Mato Grosso do Sul tem enorme oportunidade de expandir seu mercado além das fronteiras domésticas. O problema que se apresenta no estado é a logística, mas trabalhando junto da ACICG vamos resolvê-lo. Agradecemos a oportunidade que nos foi dada”, declarou. O recado foi compreendido pelos empresários. Celso Luiz Mello Correa, da Madeplant, avaliou que, “embora o estado tenha muitos
»
problemas com a logística, existe o potencial de atendimento dessa demanda”. Juliano Proença, da Corus Agroflorestal, foi um dos que aproveitaram as chances de negócio e pretende agendar novas reuniões com o CEO da Prammann LLC. “Gostamos muito do evento e foi uma excelente iniciativa da Associação Comercial. Somos muito gratos pelo intermédio e esperamos evoluir nas negociações, para que possamos exportar nosso produto”, afirmou Proença, complementando que, em caso de sucesso, este será o primeiro acordo de exportação de sua empresa.
Pioneirismo Na avaliação do economista da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, a Roda Internacional de Negócios trouxe uma oportunidade inédita de se discutir a cadeia de valor de maneira tão próxima. “Na mesma mesa, estavam donos de terra, plantadores de floresta, proprietários de equipamentos de produção, empresas de logística e o comprador final, que demonstraram claramente a importância do segmento que, nos mercados nos quais atua, representa uma oportunidade de mais de US$ 2 bilhões por ano”, explicou Normann Kallmuss, que coordenou o evento.
PARCERIA ENTRE ACICG E GOVERNO ESTADUAL PROPORCIONOU DESCONTOS A SERVIDORAS NO COMÉRCIO
Em março, as servidoras estaduais foram presenteadas com descontos entre 5% e 50% em mais de 20 estabelecimentos comerciais de Campo Grande. O benefício foi concedido em alusão ao Dia Internacional da Mulher e tratou-se de uma da extensão do Clube do Servidor Estadual (CSE), que concede várias vantagens para servidores estaduais no mês de outubro, graças a uma parceria da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande e o governo do Estado. O convênio CSE Mulheres foi firmado com a presença do secretário adjunto da Secretaria de Administração e Desburocratização (SAD), Édio de Souza Viégas.
Segundo o presidente da ACICG, João Carlos Polidoro, as vantagens foram variadas. “As empresas cadastradas envolveram desde centro automotivo até lojas de lingerie. A ideia foi bem simples, privilegiar as servidoras e beneficiar o comércio com esse público que é bom pagador”, disse Polidoro, acrescentando que a iniciativa também foi uma forma de homenageá-las. Para se beneficiar dos descontos, bastava que a servidora apresentasse, no ato da compra, um documento que comprovasse o vínculo com o Estado e outro com foto. As vantagens atingiram 23 mil servidoras em Campo Grande. Revista Ação Comercial
ATUAÇÃO
64
ACOMPANHADOS PELA ACICG, EMPRESÁRIOS FAZEM NEGÓCIOS EM FEIRAS INTERNACIONAIS
Atento aos novos mercados e ao potencial de crescimento dos empresários sul-matogrossenses, o Departamento de Comércio Exterior (Comex) da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) acompanhou representantes de empresas à maior mostra anual de alimentos e hospitalidade do mundo, a Gulfood, que aconteceu no mês de fevereiro, em Dubai, Emirados Árabes. O casal Ana Carla de Assis Ferreira Ortiz e Everton Ortiz Fernandes Ferreira, empresários da casa de carnes Novilha de Ouro, integrou o Revista Ação Comercial
grupo da viagem, representando a Associação dos Produtores da Linguiça de Maracaju. “Nós trabalhamos com um produto diferenciado e fomos conhecer o mercado árabe para saber como seria a aceitação. Fomos surpreendidos com uma projeção de mercado que não tínhamos ideia que existia. Queríamos exportar para os árabes e retornamos ao Brasil com empresários da Rússia e do Japão interessados em importar nosso produto”, diz Ana Carla. Segundo a empresária, durante a viagem de negócios, foi possível realizar uma pesquisa de
65
"Queríamos exportar para os árabes e retornamos ao Brasil com empresários da Rússia e do Japão interessados em importar nosso produto”, revela a empresária Ana Carla sobre a Feira Gulfood
mercado e conversar com empresas de diversos países. “Valeu muito à pena. Conseguimos visitar supermercados e constatamos que lá não há produtos semelhantes ao nosso. Com o auxílio do Bacel, que nos assessorou todo o tempo, fizemos vários contatos com pessoas interessadas, e agora, estamos aguardando o selo de inspeção federal para iniciar as exportações. Inclusive o Comex continua nos dando suporte com as negociações e os processos de exportação. A Gulfood está abrindo muitas portas para nós”, explica Ana Carla. Estabelecida há 25 anos, a feira possui reputação de entregar retorno aos exportadores que procuram novas vendas no Oriente Médio, na África e na Ásia. Mais de cinco mil expositores, entre eles 150 empresas brasileiras e de outros 120 países, estiveram reunidos em 110 pavilhões, com amostras de comidas, bebidas, equipamentos e acessórios para restaurantes e cafés. “O mercado árabe é estratégico, e nós o escolhemos baseando-nos em dados como, por exemplo, a excelente localização de Dubai para distribuir produtos para os países da região, reexportando 50% do que importa. O Conselho de Cooperação Golfo é uma área de livre comércio, com zero taxa de importação, sendo composto por Omã, Emirados Árabes, Arábia Saudita, Bahrein e Kwait. Além disso, a região possui 1/4 da população mundial de muçulmanos, impulsionando um mercado de 547 bilhões de dólares por ano, com aumento anual de 6,9%”, explica o gerente do Comex da ACICG, Bacel Omari.
Feira de Cantão Em abril, o Comex também acompanhou empresários a mais uma Feira de Cantão, na China. O representante da empresa Clássica Decoração, Istael Cruz Barbosa, viajou com o grupo. “Minha intenção foi conhecer novos produtos para diversificar ainda mais o mix oferecido pela loja. Muitos produtos me chamaram a atenção pela usabilidade e por serem diferentes do que encontramos no Brasil. A viagem foi surpreendente e, com a assessoria que tivemos, foi tranquilo realizar reuniões com fornecedores chineses”, afirma o empresário. A ACICG já está organizando a próxima viagem para a Feira de Cantão, que acontecerá em outubro. Pacotes com hotel, traslados, seguro, apoio bilíngue e vários outros serviços para facilitar a viagem estão disponíveis no Comex. Serviço: mais informações podem ser consultadas pelo telefone (67) 3312-5007.
Revista Ação Comercial
ATUAÇÃO
66
ASSOCIAÇÃO COMERCIAL LANÇA BOLETINS ECONÔMICOS MENSAIS
»
Para auxiliar empresários na compreensão do contexto econômico da Capital, a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) iniciou a produção de boletins mensais com dados e análises sobre o desempenho do varejo e o comportamento da inadimplência. A missão é comandada desde janeiro pelo economista da Casa do Empresário, Normann Kallmus. “Periodicamente, serão incluídos novos indicadores, sempre considerando as séries históricas dos bancos de dados da entidade, como o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC)”, explicou o profissional. Segundo o presidente da Associação Comercial, João Carlos Polidoro, as informações também ajudarão “no desenvolvimento das relações comerciais entre os agentes econômicos e os empresários poderão embasar suas decisões administrativas em levantamentos confiáveis, buscando sempre os melhores resultados”. Além do empreendedor, a sociedade e o poder público também estarão atualizados com o desempenho do segmento, que é um importante gerador de empregos e pagador de tributos. Movimento do Comércio Um dos boletins mensais da ACICG informa o índice Movimento do Comércio Varejista (MCV), constituído a partir da evolução dos dados do Revista Ação Comercial
“Periodicamente, serão incluídos novos indicadores, sempre considerando as séries históricas dos bancos de dados da entidade”
setor, englobando as transações entre pessoas jurídicas e entre consumidores e empresas e levando em consideração diferentes períodos. O indicador é composto por dois outros subíndices que ajudam a avaliar sua evolução: MCV-PF, que analisa as transações entre pessoas físicas e empresas do setor terciário, e o MCV-PJ, que avalia as transações entre empresas. Outro ponto de destaque nos boletins mensais é a contextualização dos dados, uma vez que o economista da ACICG expõe uma análise consistente do cenário. “Também incluímos um tópico chamado linha de tendência, um modelo matemático que possibilita reduzir impactos sazonais e, eventualmente, avaliar perspectivas de comportamento de uma série histórica”, explicou.
67 Inadimplência Toda segunda quinzena de cada mês, será divulgado o boletim que revela o comportamento da inadimplência em Campo Grande por meio de dois indicadores: Índice de Negativação do Comércio (INC) e Índice de Recuperação do Crédito (IRC). “O primeiro apresenta um acompanhamento criterioso da tendência dos agentes à inadimplência, apurado a partir da evolução de dados de notificação de inadimplemento dos consumidores, englobando as obrigações vencidas e não pagas entre empresas e entre consumidores e empresas”, explica Kallmus. Já o segundo mostra a intenção
de restabelecimento do crédito. “É o índice que registra a tendência de pagamento das obrigações contraídas, que, por alguma razão, deixaram de ser liquidadas no tempo previsto,” esclarece. Ainda segundo o economista, o comportamento do IRC não tem, necessariamente, uma relação inversamente proporcional ao INC, posto que são construídos a partir de fatos independentes. Para saber mais sobre os levantamentos produzidos pela Associação Comercial e ter acesso aos boletins econômicos, entre em contato com economia@acicg.com.br.
Presidente do Observatório Social representa ACICG em fórum da transparência O presidente do Observatório Social de Campo Grande, Otavio Jacques, e seu vice-presidente, Hugo de Oliveira, estiveram presentes no 7º Encontro Nacional dos Observatórios Sociais que ocorreu paralelamente ao Fórum Transparência e Competitividade, em março, em Curitiba. Além do observatório – órgão situado dentro da Associação Comercial -, eles representaram a ACICG na luta por uma gestão pública eficaz, uma das bandeiras
levantadas pela entidade, criadora do movimento #JuntosFaremos. O evento Quais medidas são as mais eficazes para se combater a corrupção dentro das empresas? Qual o novo cenário – e mudanças – que a Lei Anticorrupção (Lei 12.846/2013) trouxe ao País? Estas são algumas questões que foram debatidas no 2º Fórum Transparência e Competitividade promovido pelo Sistema
Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e pelo Centro Internacional de Atores Locais para a América Latina (Cifal). Com foco no empresariado, a programação foi pensada para debater e elucidar o setor privado sobre quais ferramentas e ações são mais eficientes no combate ao problema dentro das empresas, sobretudo, depois da Lei Anticorrupção ser sancionada em 2013. O evento contou com palestra do juiz federal Sergio Moro. Revista Ação Comercial
ATUAÇÃO
68
6ª Semana de Conciliação negocia mais de R$ 1,3 milhão
» A 6ª edição da Semana de Conciliação, promovida pela Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem (Cbmae) da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) e o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), superou as expectativas da organização. Nos cinco dias da campanha, que aconteceu de 9 a 13 de maio, 1.250 pessoas procuraram a ACICG para resolver conflitos com empresas ou pessoas físicas, e R$ 1.394.242,89 foram negociados. “A nossa meta era recuperar até R$ 500 mil, cerca de 20% a mais que o ano passado. Estamos muito felizes com os resultados da campanha, pois demonstra que as pessoas estão se conscientizando sobre a importância de conciliar, evitando processos judiciais que poderiam se arrastar por meses e até anos. Isso mostra que, em vez de fazer novas dívidas, o consumidor está inclinado a quitar débitos atrasados”, analisa o presidente da Cbmae, Roberto Oshiro. Embora a campanha tenha terminado, os interessados em conciliar podem procurar a Cbmae, localizada dentro da ACICG, e solicitar o agendamento de audiência. Pendência financeira é um dos problemas solucionados pela conciliação, mas, segundo o presidente da Cbmae, Roberto Oshiro, “qualquer tipo de conflito pode ser Revista Ação Comercial
resolvido na Câmara, como, por exemplo, questões de direito de família, desentendimentos com vizinhos ou entre sócios e até questões de ação penal privada (como calúnia e difamação)”. A conciliação é uma forma de solução rápida, eficiente e econômica de resolver conflitos extrajudiciais e também ajuizados, pois acontece sem a participação de advogados e oferece total segurança jurídica. Nesse método, um conciliador tem a função de aproximar as partes envolvidas para negociarem diretamente a solução de suas divergências, com neutralidade e imparcialidade.
69
“Nosso objetivo é promover a pacificação social e contribuir para reduzir o número de processos. As partes acabam mantendo o relacionamento, o que, na maioria das vezes, não acontece em um processo judicial”, completa Oshiro. Em 2015, a Semana de Conciliação contabilizou 415 audiências, 40% a mais que na edição anterior. A taxa de sucesso dessa edição foi de 74%, resultado da soma de acordos das audiências. Em razão da iniciativa de unir as partes envolvidas para resolverem uma pendência financeira, a 5ª edição do evento recuperou R$ 566.956,76, valor 30% maior que em 2014.
"Estamos muito felizes com os resultados da campanha, pois demonstra que as pessoas estão se conscientizando sobre a importância de conciliar"
Como conciliar Os interessados em realizar conciliação com empresas ou pessoas físicas devem procurar a ACICG e solicitar o agendamento da conversa a ser mediada. Cidadãos com casos de pendências financeiras devem apresentar-se diretamente na secretaria da Cbmae/ACICG, munidos de cópias dos seguintes documentos: RG, CPF ou Carteira Nacional de Habilitação, comprovante de residência e extrato da negativação do SCPC, ou ainda qualquer outro documento que comprove o vínculo com a empresa (contrato, faturas, boleto, etc.). A Câmara vai convidar o estabelecimento credor para uma audiência de tentativa de conciliação do débito. Para outros casos de conflito, é preciso buscar mais informações pelo telefone (67) 3312-5063. Serviço Local: Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem da ACICG Endereço: na Rua 15 de novembro, 390, Centro. Mais informações: (67) 3312-5063
Revista Ação Comercial
ATUAÇÃO
70
Cliente de doceria ganha carro na campanha de Natal da ACICG
A campanha Comprar Aqui É Mais Natal, realizada pela Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), sorteou em janeiro um carro zero km e duas motos. A ganhadora do carro foi a comerciante Juliana Salamene Gusso, que realizou compras e preencheu cupons na loja Doces Momentos. “Agradeço muito a Deus e à equipe da ACICG pela iniciativa, pois é muito importante realizar compras e fazer o dinheiro circular aqui na cidade. Sou comerciante há mais de cinco anos e é uma luta diária. Desejo que o comércio de Campo Grande decole cada vez mais”, disse a vencedora. Além de Juliana, o atendente Guilherme Emetério Revista Ação Comercial
Rodrigues e o estabelecimento ganharam uma moto cada. “Eu já tenho uma moto, mas a nova veio em ótimo momento. Eu me caso no próximo mês e certamente esse prêmio vai ajudar de alguma forma no meu orçamento”, contou Rodrigues. O empresário da Doces Momentos, Rogério Battaglin Kerkhoff, disse que é a primeira vez que a loja é sorteada. “Sempre participamos das campanhas, especialmente como esta, em que nossos clientes têm a possibilidade de serem premiados. Certamente, a moto que a loja ganhou ficará muito tempo na família Doces Momentos como uma espécie de talismã da sorte”, contribuiu.
71
Mais de 800 mil cupons foram preenchidos em cerca de 250 lojas que participaram da promoção. O presidente da ACICG, João Carlos Polidoro, ressaltou que a iniciativa contribui para movimentar o comércio local durante a campanha. “Ações como esta fazem com que os clientes prefiram consumir em locais que podem proporcionar vantagens adicionais, como, por exemplo, a possibilidade de ganhar um carro. Parabenizamos os vencedores e continuamos planejando mais ações para impulsionar o comércio da Capital”, afirmou. A ação contou com a parceria do governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria Estadual de Administração e Desburocratização.
»
WORK CAFÉ JÁ COMPLETOU OITO EDIÇÕES CAPACITANDO LÍDERES
A Associação Comercial e Industrial de Campo Grande já promoveu duas edições do Work Café neste semestre, com palestrantes renomados no Brasil para falar sobre liderança. Além da oportunidade de qualificação, o evento promove network e integração de gestores de Campo Grande. “Os participantes trocam experiências, dividem as boas práticas de seu ambiente corporativo e, por isso, aprendem juntos”, explica Moacir Pereira Junior. Realizada em março, a sétima edição abordou o papel da liderança em contextos turbulentos com o coach e especialista nas áreas de Recursos Humanos, Marketing e Desenvolvimento do Potencial Humano, Cláudio
Queiroz, de São Paulo. Durante o treinamento, foram apresentadas as competências do líder diferenciado, os desafios da liderança no contexto turbulento, as armadilhas e os cuidados de um líder de pessoas no mundo diversificado. Em abril, a oitava edição do Work Café trouxe a especialista em Gestão de Pessoas Ana Paula Peron, de São Paulo, que envolveu gestores em torno do tema gestão colaborativa e o modelo de liderança para maximizar resultados. A palestrante convidada é mediadora de conflitos organizacionais, coach executiva, pós-graduada em Dinâmicas do Grupo e cocriadora de Dekanawidah – jogo empresarial para líderes.
Revista Ação Comercial
Revista Ação Comercial
73
Revista Ação Comercial
CARREIRA
74 » Por « Rosângela Barcellos* » Foto « Luiz Saturnino
LIDERANÇA Estamos vivendo um momento de grandes transformações que nos desafia a rever nossa forma de pensar, a forma como julgamos as situações pelas quais passamos, nossos paradigmas, as adversidades que enfrentamos e principalmente a forma como nos relacionamos, não somente com as pessoas, mas com todo o sistema no qual estamos inseridos. Daniel Goleman e Peter Senge, renomados autores no campo das emoções, da compreensão do sistema humano e do aprendizado sistêmico como um todo, destacam a importância de entender nós mesmos, o outro e o grande sistema do qual fazemos parte. Mas qual a conexão tem esse cenário com a prática da liderança? Na efetividade de uma liderança, é importante considerar que, para se ter sucesso na relação com seus liderados, é preciso saber como se relacionar consigo mesmo e com o outro, construindo, assim, Revista Ação Comercial
você está imune?
uma relação madura para chegar a um propósito comum. Diga-se de passagem, este é um processo longe de não ser desafiador. Para atingir um nível de maturidade adequado, um líder precisa, primeiramente, conhecer a si mesmo, saber de que forma funciona seu padrão de comportamento, como age, qual impacto tem suas ações na relação com o outro, saber de seus pontos cegos, etc. Realmente, este não é um caminho simples de viver na íntegra e de forma coerente com a teoria, que, por vezes, proclamamos nos corredores e nas reuniões do ambiente organizacional, pois, somos humanos, e como tal, estamos habituados a agir rotineiramente, muitas vezes de uma maneira "cega". Nem sempre nos damos conta que podemos estar funcionando improdutivamente, "presos" em um sistema que pode se revelar imune a uma mudança que precisamos fazer e que nos desafia na prática de uma liderança efetiva. Minha experiência com desenvolvimento de
“
Para ter sucesso
75
na relação com seus liderados, precisa saber como se relacionar consigo mesmo e com o outro"
adultos há mais de duas décadas e, principalmente, nos últimos nove anos tem revelado que mudar é algo complexo, gerar transformação pode exigir mais do que uma simples mudança, exige querer, reconhecer que há a necessidade de mudar e sentir-se mobilizado. Muitas vezes, prometemos liderar mais, planejamos, traçamos metas, mas nem sempre elas saem do papel em sua plenitude, na íntegra. Mas o que realmente acontece conosco? Resistimos à mudança? Não queremos abrir mão da nossa zona de conforto? Ou, na verdade, pode estar revelando algo mais profundo, algo como um sistema que nós próprios criamos e que opera de uma forma imune, impedindo de promover a mudança que tanto queremos e precisamos fazer? Tive o privilégio de conhecer a fundo e in loco o sistema que foi batizado de "Imunidade a Mudança" com os professores da Harvard, Robert Kegan e Lisa Lahey, os mesmos que criaram o termo "Imunidade a Mudança" para explicar e revelar que criamos um poderoso sistema inconsciente que trabalha "contra", impedindo de realizar nossos grandes objetivos de melhoria, com o único objetivo de nos proteger. Para entender melhor se está imune à liderança, ou seja, "preso" nesse sistema, basta identificar um aspecto próprio como gestor que te incomoda. Por exemplo: imagine que você é um grande gestor de uma equipe, mas, lá no fundo, não confia que as pessoas de sua equipe podem dar conta do recado como você; por não confiar, não delega; por não delegar, acaba pegando muitas coisas operacionais para você fazer, as tarefas se acumulam e você sente-se sobrecarregado; não prioriza o pensar estrategicamente e o ciclo se repete ano após
ano, tornando-se um círculo vicioso. Se você se identificou, este é um forte indicador de que pode estar operando dentro de um sistema que o impede de ser um líder que delega e confia mais. Esse sistema tem como objetivo te proteger de alguma grande preocupação oculta caso torne-se esse líder que delega mais, que acredita que poderá acontecer algo ruim ou que pode perder algo que já conquistou, se fizer o contrário do que vem fazendo. Um passo importante é checar suas preocupações ocultas e se de fato procedem, ou seja, testar, experimentar ser um líder na prática mais flexível, que divide tarefas, delega e acompanha, ao checar por meio da experiência, verificar quais resultados obtém, qual impacto está causando nos resultados, na relação com seu liderado e, principalmente, consigo. Na medida em que você avança na prática, pode aumentar sua crença de que o exercício da liderança traz resultados interessantes em longo prazo e permite gerar satisfação naqueles que o rodeiam. Nesse contexto desafiador, a responsabilidade do líder para gerir pessoas, equipes e, principalmente, a ele mesmo ficou maior, tornando-se crucial saber quem somos como líderes, ampliando nossa própria lente para identificar o que realmente nos impede de manter o equilíbrio da gestão versus liderança no dia a dia organizacional e, quem saiba, libertar-se de um sistema que aprisiona nossa real capacidade desenvolvedora. *Sólida experiência nacional e internacional como Coach de Executivos, Diretores, Gestores e Carreira. Única Professional Coach Certified pela International Coach Federation em Mato Grosso do Sul. Professora convidada pela Fundação Dom Cabral.
Revista Ação Comercial
QUALIDADE DE VIDA
76
Pausa para o descanso
Centro de Convenções e Lazer da ACICG Colônia de Férias é opção para um fim de semana revigorante em família » Por « Cidiana Pellegrin » Foto « Miguel Palácios
Revista Ação Comercial
77
Mais leve e atual, a identidade visual da Colônia de Férias foi renovada
Há menos de 30 km de Campo Grande, é possível curtir o fim de semana em família, comemorar datas especiais com os amigos ou simplesmente relaxar em meio à área verde. É o que possibilita o Centro de Convenções e Lazer da Associação Comercial – Colônia de Férias, um clube com infraestrutura para garantir bem-estar, privacidade e segurança a empresários e colaboradores de empresas associadas à ACICG. Entre as formas para aproveitar os benefícios estão: day-use, ou seja, passar o dia usufruindo dos ambientes sociais do clube; ou a estadia na área de hospedagem. Mais de 50 bangalôs, com mínimo de duas camas por quarto, ventilação ou ar-condicionado, geladeira, fogão e churrasqueira privativa, proporcionam conforto e tranquilidade para quem deseja dormir no local. Aos mais aventureiros, o centro de lazer também oferece uma área de camping e área de restaurante para as refeições.
17 hectares de área verde; Quadras de esporte; Parque aquático; Saunas; Academia ao ar livre; Salão de jogos; Parque infantil;
Para os interessados em apenas celebrar os momentos com mais privacidade, mas com descontração e informalidade, estão disponíveis quiosques, equipados com mesa, assentos, churrasqueira e armadores para redes. Com diversas opções de lazer, a criançada também se diverte. O clube disponibiliza pescaria e cavalgada, além do salão de jogos - com pebolim e tênis de mesa. O espaço esportivo é bem amplo, com campos de futebol, quadras de vôlei de areia, quadra de futebol de areia, quadra tríplice de areia e quadras cimentadas para de tênis, futsal, vôlei e basquete. Equipada para o entretenimento na água, a Colônia de Férias também contempla quem adora se refrescar ou tomar um banho de sol. São três toboáguas, parque aquático infantil e piscinas de biribol, semiolímpica e uma central que completam o clube, tornando-o o local perfeito para se distanciar das tecnologias e se reconectar com a família.
Bangalôs; Auditório; Salão de festas; Capela; Quiosques; Atividades diversas; Restaurante.
Para mais informações sobre hospedagens e atividades, basta entrar em contato pelos telefones (67) 3393-1091ou 3312-5043. A Colônia de Férias está situada na Rua Mascote, s/n, Chácara das Mansões – saída para São Paulo, BR 163 – Km 456.
Revista Ação Comercial
»
GESTÃO DE PESSOAS
78
» Por « Ines Cozzo*
"Muda ou não muda?" Calma! Não fui eu quem disse isso, ouvi a frase de um amigo chateado porque escutou do presidente da empresa para a qual empresta seus talentos – justamente na área que treina e desenvolve pessoas. Mas como é possível que alguém, que tenha chegado ao cargo máximo em uma multinacional, possa ter uma crença dessas? Será que ele pensa que ainda tem as mesmas ideias e maturidade? Será possível que ele acredite que ainda tem as mesmas habilidades, competências e atitudes? Ou que pense que se fez 100% sozinho? Sem quaisquer influências? Revista Ação Comercial
*É palestrante, consultora e escritora internacional especialista em processos de neuroaprendizagem e neurobusiness
A gente muda a cada segundo! Só não tem consciência disso 24 horas por dia. De mais a mais, nem toda mudança afeta minha existência. Do ponto de vista da neurociência, cada hora, ou momento do dia, apresenta uma frequência de luz e uma temperatura e essas mudanças afetam profundamente nossa competência porque influenciar nossos estados pela produção de diferentes hormônios e neurotransmissores. Não existe personne que, depois de almoçar, não tenha de enfrentar um período pós-prandial e os ciclos circadianos. Comeu, vai sentir sono. É batata! Adeus competência! É só
79
“Não existe essa história de que as pessoas resistem à mudança, elas resistem a serem mudadas”
conhecer um tiquinho de cronobiologia. Aliás, é só ser humano para saber disso porque todo humano sente isso. Não existe esta história de que as pessoas resistem à mudança. Em suas cinco disciplinas, Peter Senge – um dos maiores especialistas em gestos do mundo – colocou excepcionalmente bem essa questão. Pessoas não resistem à mudança, ele disse, resistem a serem mudadas. Se, em vez de perceber um aspecto de suas vidas em seus contextos, comportamentos, capacidades ou crenças, perceberam-no em suas identidades, aí sim demonstrarão resistência. Por exemplo, algumas vezes pergunto em que as pessoas trabalham e escuto: eu sou, ou seja, eu sou de tal lugar, eu sou gerente comercial, e por aí vai. Nesses casos eu pergunto: "E como você gerencia a área?" - Ah, eu sou centralizador mesmo! Acho que as pessoas trabalham melhor se forem dirigidas. Fico seriamente preocupada com o fato de que o camarada colocou uma (entre muitas) estratégia na identidade. Vamos mal. Esse cidadão vai resistir à mudança, seja de empresa (se houver uma fusão, ele, no mínimo, fica doente), de área, de cargo, de função e de forma de gerenciar. Qualquer consultor ou coach vai “ralar” para obter mudanças com este aí. Mas enten-
dam que nem neste exemplo e nenhum outro aqui citado há resistência à mudança em si, ele está resistindo a ser mudado porque está na identidade dele. Como se eu tivesse perguntado “Quem é você”, não onde, o quê ou como. Sabem, níveis neurológicos são “coisinhas” delicadas de se “mexer” porque envolvem um bocado de conhecimento sobre como a gente funciona. Nesse caso, em particular, é importante você saber que, ao nível da identidade, corresponde o sistema endócrino e imunológico e que esses sistemas são responsáveis por nossas funções profundas de sustentação da vida. Ninguém “sai bagunçando” as funções profundas de sustentação da nossa vida assim, sem mais essa nem aquela. Seja como for, voltando à visão extremamente limitada do presidente da empresa, eu lamento profundamente que ela esteja assim tão “adoentada” e, como Virgínia Satir, diria ao meu amigo que ouviu isso e a todos que trabalham com treinamento e desenvolvimento: "Façamos algo pra mudar esse estado de coisas – urgentemente inclusive – mas, enquanto isso, não devemos permitir que as percepções limitadas das outras pessoas nos definam." Aliás, eu pessoalmente, não permito que visão nenhuma defina quem eu sou. Sou um ser em constante construção. Revista Ação Comercial
ENTREVISTA
80
Por uma GESTÃO PÚBLICA EFICAZ » Por « Cidiana Pellegrin » Fotos « Fernanda Serrano
Primeiro-secretário da Associação Comercial e advogado tributarista, Roberto Oshiro fala do trabalho da entidade em projetos que ajudarão a Capital a se desenvolver Revista Ação Comercial
81
Em maio, o Conselho Político e Social (Cops) da Associação Comercial lançou a proposta de criação do Pacto Juntos por Campo Grande, que reuniu duzentas lideranças e entidades civis a fim de traçar diretrizes para o desenvolvimento da cidade em curto, médio e longo prazos. A iniciativa representa uma nova etapa de um projeto político da Casa do Empresário, que vem sendo construído desde 2007, para tornar a voz da classe empresarial e da população mais representativa e ativa na administração do poder público.
Entre os envolvidos nesse trabalho, está o primeiro-secretário Roberto Oshiro, que já esteve à frente de muitas articulações com o poder público durante os mais de 11 anos de sua atuação na entidade e, mais uma vez, colabora com sua experiência com as leis e profundo conhecimento técnico como advogado tributarista. Em um ano decisivo para novos rumos na administração municipal, o diretor fala sobre a necessidade de uma gestão pública mais eficaz para retomar o crescimento da Capital.
"Gestão pública eficaz" é uma bandeira do movimento #JuntosFaremos. Como a ACICG está atuando nisso? Estudamos modelos de sucesso de gestão pública municipal há mais de quatro anos, modelos de Maringá, Florianópolis, Vitória, Fortaleza, Barcelona e outras cidades. Queremos propor ideias para uma cidade com governança democrática, mais integrada, mais inteligente, com o que tem de mais novo na área de aplicativos. Por exemplo, o prefeito de Vitória, que está sendo considerado um dos melhores prefeitos do País, criou um sistema de pontuação por SMS. A população usa o posto de saúde e dá nota de zero a 10 e, com isso, ele conseguiu mensurar e melhorar a qualidade do atendimento. É um exemplo de gestão participativa muito interessante e que deu certo.
“
Estamos unindo todas as entidades para pensar juntos o que a gente quer para Campo Grande para 2040. A ideia é empoderar a sociedade"
Revista Ação Comercial
ENTREVISTA
82
Como fazer isso? Sabemos onde está e como viabilizar os recursos e isso é o mais importante. Sabemos onde reduzir despesas, melhorar a receita do município e atrair investimentos em parcerias público-privadas para executar os projetos. O orçamento da cidade não se compõe apenas do orçamento da prefeitura, mas, sim, do conjunto de todas as entidades civis que participam do cotidiano da população. Em 2007, nasceu o projeto político da ACICG e, ano passando, houve a posse dos membros do Conselho Social e Político com a finalidade de trabalhar nessa iniciativa. O que motivou a criação desse projeto? Sentimos muita dificuldade com os candidatos que buscaram nosso apoio durante as campanhas eleitorais, mas não estavam abertos depois de eleitos, descumprindo promessas, pois não tinham o DNA associativista e a preocupação com o bem comum. Observamos a Associação Comercial de São Paulo, com a participação efetiva na política, e percebemos que isso fez toda a diferença na economia, com geração de emprego e renda. Eles conseguiram colocar um pouco mais as ideias desenvolvimentistas dentro do poder público. O Conselho Político é composto de lideranças que possuem conhecimento da cidade e do Estado e experiência no planejamento e na execução de projetos de desenvolvimento econômico e social e será uma ferramenta importante para a coordenação dos trabalhos do Projeto Campo Grande 2040.
Revista Ação Comercial
O Pacto Juntos por Campo Grande soma forças a esse propósito. O que ele representa? Estamos unindo todas as entidades, associações, sindicatos empresariais e de trabalhadores, clubes de serviço, movimentos sociais e outras organizações para pensarmos juntos o que a gente quer para Campo Grande para 2040. Como será essa nova cidade, essa nova sociedade, que vai servir de modelo para o resto do País, inclusive no funcionamento da gestão pública. A ideia é empoderar a sociedade civil organizada para que todo mundo possa colaborar.
“Se a sociedade
melhora, o resultado
para os empresários também"
83
Para falar de gestão pública, é preciso pensar em longo prazo. Certo? Estamos trabalhando em um plano que não se trata de uma gestão de quatro anos de um candidato, mas, sim, de um projeto de uma cidade modelo, independentemente de quem esteja no poder. É preciso que haja um planejamento para que as pessoas que assumirem a prefeitura conduzam a cidade baseada nesse plano e não saiam da linha de pensamento em longo prazo de aonde queremos chegar, do nosso norte, do futuro que queremos para nós e nossos filhos. Maringá fez isso, sabia aonde queria chegar. Explique melhor por que Maringá é um exemplo? Após problemas com a segurança pública, as entidades civis organizadas se mobilizaram e lançaram o Maringá 2020, que começou a influenciar a política do município. Assim, quem assumia o poder seguia as diretrizes desse plano. O Observatório Social, por exemplo, surgiu para fiscalizar as contas públicas, a sociedade não queria que o dinheiro das licitações fosse desviado. Hoje, Maringá é um modelo, o associativismo e o cooperativismo imperam e o maior banco da cidade é o Sicoob (Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil), o dinheiro não vai para fora, tudo é aplicado na cidade.
Revista Ação Comercial
ENTREVISTA
84
Pelo visto, com esse modelo, a sociedade toda ganha. Com certeza, se a cidade melhora, o resultado para os empresários também. Ganhando bem, os trabalhadores ficam satisfeitos, a qualidade de vida é boa e as pessoas aumentam seu poder de consumo. E quando vimos essa ligação do setor empresarial com a sociedade, o projeto político da ACICG ganhou proporções maiores. E falando em gestão da Capital, o que você aponta dos últimos anos? Seria mais fácil se a ACICG ficasse só na política associativista, mas nem sempre isso é possível. Por exemplo, eu e outros diretores da ACICG discutimos o Reviva Centro, participando de reuniões do CMDU (Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano), para, no fim, o prefeito da gestão anterior alterar o projeto e aprovar na Câmara, desconsiderando dois anos de trabalho que tivemos. Não basta nos fechar apenas em atuações para nossa classe dentro da nossa associação, é preciso ajudar a corrigir esses desmandos e absurdos provocados pelo poder público. E como você avalia o cenário administrativo do poder público atual? Receita tem, aliás a arrecadação do município aumentou e muito, o que acontece é que as despesas aumentaram muito mais. Quando o prefeito atual assumiu pela segunda vez, esteve na ACICG, fez a mesma apresentação realizada na Câmara Municipal em relação às contas do
Revista Ação Comercial
município. Vimos um incremento de receita da ordem de R$ 260 milhões e a reclamação era de que não tinha dinheiro. O problema era que a despesa havia aumentado muito mais. Além disso, houve aumento de carga tributária, no caso do ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) e também do IPTU. Outros problemas que vemos diariamente são ruas esburacas, falta de segurança e atendimento ruim nos postos de saúde, educação, enfim, não houve nada que teve uma melhora. Não há verba sequer para os 10% de contrapartida para captação de recursos junto ao governo federal, a prefeitura está recorrendo ao BNDES, aumentando ainda mais a dívida pública.
85
“
Queremos uma gestão pública participativa e
uma governança democrática. A participação da sociedade civil organizada atuando para falar o que precisa ser feito"
Falando nisso, a ACICG sedia o Núcleo MS da Auditoria Cidadã da Dívida Pública. Qual a finalidade desse órgão? Ele existe para saber se a cidade, o Estado e a União realmente devem, porque somos nós todos que pagamos. A dívida nasceu como? Era realmente devida? Alguém ganhou dinheiro ou levou vantagem para aceitar esses contratos com juros abusivos? É tudo isso que a gente quer questionar. Não se trata de calote, mas, sim, de saber o que é realmente devido para não repassar a conta de falcatruas para a população. Diante desse cenário, o que a ACICG espera de um novo candidato a prefeito? Primeiro, queremos uma gestão pública participativa e uma governança democrática de fato. Com a participação efetiva da sociedade civil organizada, atuando para falar o que precisa ser feito. Segundo,
o uso de tecnologias de informação que facilitem essa participação de toda a população. Por exemplo, e se você pudesse informar diretamente à prefeitura sobre o buraco na sua rua? Ou sobre a qualidade do atendimento da saúde? Ou sobre um problema com a merenda da escola do seu filho? Isso já existe hoje e pode ser implantado aqui. Outra possibilidade desses aplicativos de cidadania é que eles podem ajudar em um modelo de meritocracia e o trabalho dos servidores pode ser premiado por pontuação conforme a avaliação pela população, reduzindo as chances de pessoas despreparadas ocuparem funções apenas por indicação política ou conveniência de conchavos para a próxima eleição. Como você disse antes, é um projeto de pensar Campo Grande para 2040. A gente também precisa de uma nova sociedade e tem ideias que estamos trazendo de fora. Como se muda uma cultura? Queremos uma sociedade mais justa, correta, mais evoluída, economicamente sustentável. Não se trata apenas de deixar um mundo melhor para nossos filhos, mas também de deixarmos filhos melhores para um novo mundo. Campo Grande tem que ser modelo para o País inteiro, tem que ser a capital da sustentabilidade, energia renovável tem que ser o nosso foco. Incentivos fiscais para empresas de energia limpa e de alta tecnologia podem ser um grande mote. Toda casa que possuir sistemas de reaproveitamento de água e energia solar tem que pagar menos IPTU. Outra ideia, Campo Grande tem que investir em logística, incentivar a instalação de centros de distribuidores, gerando emprego e renda e também para que haja uma vocação econômica na cidade que aproveite seu potencial de localização geográfica.
Revista Ação Comercial
ARTIGO
86
Quer mudanças? Comece por você! por JOÃO CARLOS POLIDORO Presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande Estamos vivenciando um período de transformações no Brasil, um bom momento para refletir se estamos participando plenamente ou apenas olhando e esperando que tudo aconteça. Testemunhamos crises ética, política, econômica e social, falta de credibilidade interna e externa, e níveis alarmantes de corrupção, praticada por indivíduos que têm a certeza da impunidade. Mas de quem é a culpa? Será dos políticos, gestores ou agentes que escolhemos para os cargos públicos? Ou nossa, por não exercemos a cidadania em sua totalidade? É preciso participar ativamente das decisões que nos atingem e, para isso, não basta escolher um político em época de eleição, votar nele e esquecê-lo. O tempo todo, temos que cobrá-lo e acompanhá-lo para que desenvolva seu trabalho com foco no bem comum e não para interesses próprios, pensando na próxima eleição, ou para garantir “eternamente” sua permanência no poder. No Congresso Nacional em Brasília, nas assembleias legislativas nos estados, nas câmaras de vereadores nos municípios e nos Poderes Executivos em todas as esferas, colocamos pessoas que representam a sociedade com suas virtudes e mazelas, ou você acha que eles não vão praticar o que, culturalmente, estão acostumados a ver e fazer na comunidade de onde saíram? Sabe aquela atitude de levar vantagem em tudo? Para muitos é normal ter atitudes como: estacionar em vaga reservada a deficientes, idosos e grávidas, furar fila, fazer “gato” em energia elétrica, água, internet, TV a cabo, pedir atestado de saúde para faltar ao trabalho. Começa aí a corrupção que assola o País e mata pessoas em Revista Ação Comercial
“Não terceirize sua cidadania, uma sociedade justa precisa da participação de todos”
filas de hospitais, tira o futuro das crianças que não têm acesso à educação, extingue recursos que dariam infraestrutura para um transporte público de qualidade e eficiente, entre muitos outros serviços e investimentos que melhorariam a vida da população. Tudo parece algo sem importância, mas vai banalizando o que é certo e errado, confundindo uma geração inteira que está sem rumo, pois não sabe quais são os valores reais da honestidade, retidão e respeito às leis e regras de comportamento para se viver em sociedade, sem contar aqueles que ficam dependentes do assistencialismo dos governos, não querem trabalhar, estudar ou viver com dignidade e por seus próprios meios, para não perderem a “boquinha” de benesses. É chegada a hora de mudar nosso comportamento e atitude, se quisermos, realmente, o fim da corrupção e da impunidade. É necessário agir com retidão e dar o exemplo, não aceitando ser envolvido de forma corrupta e antiética naqueles detalhes que, muitas vezes, julgamos ser sem importância. Temos de pensar que, quando se age de forma desonesta, alguém sofre consequências, enquanto me sinto bem pela ação que fiz, o outro está sendo prejudicado. É preciso comportar-se com humanidade e decência em todos os aspectos, afinal, somos seres sociais e precisamos aprender a viver corretamente em comunhão. Sejamos o agente das mudanças que queremos, não devemos terceirizar a nossa cidadania. Não podemos ficar na zona de conforto esperando que tudo se resolva sem a nossa participação ativa, pois a sociedade, para funcionar de forma justa, precisa da ação cooperativa de todos os seus indivíduos em seus diferentes setores, sejam eles públicos sejam privados, sempre colocando a ética e a decência em primeiro plano.
AGENDA
87
JULHO Dias 4 e 5 – às 7h30 Hora do conhecimento (Gratuito para associados)* • Comunicação assertiva e o revezamento 4x4 nas vendas, com Ricardo Teixeira Dia 9 – às 8h Seminário de Vendas • A incrível ciência das vendas, com Luiz Gaziri (Curitiba/PR) Investimento: R$ 160,00 para associados e R$ 200,00 para não associados.
87
AGOSTO Dias 1 e 2 – às 7h30 Hora do conhecimento (Gratuito para associados)* • Dia de motivação, com Ed Carlos Dia 4 – às 19h Palestra*** • O segredo da bolsa de valores, com Marcelo Karmouche do Sicoob
Dias 11 e 12 – às 7h30 Hora do conhecimento (Gratuito para associados)* • Equipes e cooperação “O Elo”, com Moacir Pereira Junior
Dia 6 – às 8h Seminário de Liderança • Desenvolvendo as competências do líder diferenciado, com professor Cláudio Queiroz (São Paulo/SP) Investimento: R$ 150,00 para associados e R$ 200,00 para não associados.
Dia 12 – às 19h Palestra** • Estresse ocupacional “O Impacto da tecnologia móvel no trabalho”, com Psicóloga Claudia Malfatti
Dias 8 e 9 – às 7h30 Hora do conhecimento (Gratuito para associados)* • Como mudar o foco sem perder o propósito, com Moacir Pereira Junior
Dia 14 – às 19h Palestra** • A mágica da Neurolinguística, com Isabel Fiorese
Dias 8 a 12 Mutirão de Conciliação – Cbmae
Dias 18 e 19 – às 7h30 Hora do conhecimento (Gratuito para associados)* • Espírito de aprendiz, com Moacir Pereira Junior Dias 18 a 21 – às 19h Curso de 12 horas • Desenvolvendo Líderes “Como se tornar um líder emocional e espiritualmente inteligente”, com Veruska Galvão Investimento: R$ 130,00 para associados e R$ 200,00 para não associados. Dias 25 e 26 – às 7h30 Hora do conhecimento (Gratuito para associados)* • Segredos do sucesso na vida profissional, com Moacir Pereira Junior
Dias 15 e 16 – às 7h30 Hora do conhecimento (Gratuito para associados)* • Os segredos dos relacionamentos de sucesso, com Paulo Roberto Andreotti
Dias 22 a 25 – às 19h Curso de 12 horas • Oratória – A arte de expressar-se bem para qualquer público, com Guto Dobes Investimento: R$ 120,00 para associados e R$ 200,00 para não associados. Dias 29 e 30 – às 7h30 Hora do conhecimento (Gratuito para associados)*
• ON or OFF, com Fábio Arruda COLÔNIA DE FÉRIAS Ambiente agradável com estrutura que você merece para os melhores momentos. Faça sua reserva: (67) 3312-5043
Dia 17 – às 19h Treinamento de análise de crédito (Gratuito para associados)
Dia 18 – às 19h Palestra*** • Qual a importância do meu cliente?, com Lidiany Oliveira Dias 22 e 23 – às 7h30 Hora do conhecimento (Gratuito para associados)* • Autoconhecimento, a chave para seu sucesso profissional, com Moacir Pereira Junior
*Eventos gratuitos somente para associados. Para não associados o investimento é de R$ 50,00 para cada evento; **1 agasalho para associados e R$50,00 para não associados; ***um brinquedo para associados e R$50,00 para não associados.
Revista Ação Comercial
www.acicg.com.br Rua XV de Novembro, 390 Centro – CEP 79002-140 Campo Grande / MS (67) 3312-5000
Associação Comercial e Industrial de Campo Grande Ano IX • Julho de 2016 • Nº 39
Diretoria da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) Gestão 2014/2017
Presidente
João Carlos Polidoro da Silva 1º Vice-Presidente Luiz Fernando Buainain 2º Vice-Presidente Pedro Chaves dos Santos Filho 3º Vice-Presidente Roberto Bigolin 1º Secretário Roberto Tarashigue Oshiro Jr. 2ª Secretária Rosane Mara Rezende Maia Costão 1ª Tesoureira Maria Vilma Ribeiro Rotta 2º Tesoureiro Rodrigo Bogamil 3º Tesoureiro Milton Silvino S. de Oliveira Diretores Adelaido Luiz Spinosa Vila; Antoine Chidyac; Camila Caires Pinto Kettnhuber; Fernando Pontalti Amorim; Iara Diniz; José Benedito Marques; Leni Fernandes; Lodomilson Alexandre; Luiz Afonso Ribeiro Assumpção; Omar Pedro de Andrade Aukar; Renato Paniago da Silva; Salvador Rosa Sandin Simone Oshiro. Conselho Deliberativo Amadeu Cláudio Zillioto, Alex Sander Bachega, Anagildes Caetano de Oliveira, Antônio Freire, Antônio João Hugo Rodrigues, Elaine Mara Trino, Enrico Carlos Rodrigues Feitosa, Guido Kieling, Fábio Ângelo Bigolin, Feres Soubhia Filho, Jaime Valler, José Pereira de Santana, Luiz Carlos Mossin, Luiz Humberto Pereira, Miguel Palácios, Otávio Luiz Rodrigues, Rei Davi Batista Barbosa, Ricardo Teixeira de Araújo, Roberto Rech,Valzumiro Ceolim. Revista Ação Comercial
Conselho Fiscal Relator do Conselho Fiscal Nilson Carvalho Vieira 1º Secretário do Conselho Fiscal Carlos Roberto Bellin 2º Secretário do Conselho Fiscal Paulo Roberto Hans Augusto Raimundo Alessio, Elaine Batista de Oliveira, Rodrigo Possari, Sidney Maria Volpe, Thomas Malby Croften Horton, Valdir Rosa da Silva. Conselho Sênior Almir Oshiro, Cláudio Antonio Cavol, Denas Barbosa Lugo, Félix Irlando Gonçalves, Juliano Dourado Berton, Luis Fernando Aguiar Gonçalves, Luiz Adolar Kieling, Luiz Carlos da Silva Feitosa, Paulo de Mattos Pinheiro, Paulo Salvatore Ponzini, Mário Seiti Shiraishi, Sérgio Dias Campos, Ueze Elias Zahran, Waldilei Borges de Almeida, Wilson Berton. Conselho da Mulher Clarice Alves Marconato, Luciane de Matos Nantes Costadele, Maria Adelaide de Paula Noronha, Maristela Terezinha Sordi, Marta Martins de Albuqueruqe, Nair Rech, Neide Cristina de Souza, Paula Francinete Ramalho Bezerra, Reni dos Santos Domingos. CJE Presidente: Marcos Silva Vice-Presidente: Rodrigo Corrêa; Secretário: Paulo Ferreira, Diretor de Comunicação: Mayko Francheshi; Diretor de Capacitação: Ricardo Teixeira; Diretora de Representatividade: Juliana Zorzo.
Passo a passo
Especialistas apontam como cortar custos e diminuir os impactos da crise na sua empresa
18
Destaque
Inauguração do Impostômetro marca luta da ACICG contra a alta carga tributária 22
Atuação
Associação Comercial lança Pacto Juntos por Campo Grande e traz Tasso Jereissati para falar sobre gestão compartilhada 50
ANO
Entrevista
Primeiro-secretário da Associação Comercial e advogado tributarista, Roberto Oshiro fala sobre gestão pública 80
Em comemoração ao aniversário de 90 anos da ACICG, três presidentes destacam suas atuações na trajetória de defesa e representatividade da classe empresarial 26
Revista Ação Comercial é uma publicação da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) Editora Cidiana Pellegrin assessoriadeimprensa@acicg.com.br Conselho Editorial Moacir Pereira Junior, Denise Amorim Pires, Ulysses Conceicão Filho Colaboradores Maressa Mendonça, Kleber Clajus, Rosângela Barcellos, Ines Cozzo, Cleidi Hennes, João Carlos Polidoro Projeto Gráfico Eduardo Zeilmann Diagramação Diniz Ação em Marketing Superintendente Ulysses Conceição Filho Gerente de Marketing Denise Amorim Pires Gerente Comercial Patrícia de Castro Marim Departamento Comercial Para anunciar entre em contato com (67) 3312-5021 • comercial2@acicg.com.br Sugestões (67) 3312-5017 • marketing@acicg.com.br
89
Revista Ação Comercial
DEPOIS DO EXPEDIENTE
90
»CINEMA «
COMÉDIA DE SUCESSO
Um dos clássicos na década de 1980, o filme "Os caças-fantasmas" ganhou uma nova versão nas telonas. Com estreia prevista no Brasil para julho, a produção é estrelada por mulheres, com as atrizes Kristen Wiig, Melissa McCarthy, Kate McKinnon e Leslie Jones assumindo os trajes de um grupo que investiga atividades paranormais em Nova York. Chris Hemsworth (famoso pelo personagem Thor) também está no elenco.
» ARTE «
PROGRAMAÇÃO NO MUSEU A segunda temporada de exposições 2016 do Museu de Arte Contemporânea segue aberta até 21 de agosto, com duas novas mostras: Subúrbio, fotografias de Bruno Veiga (Rio de Janeiro/RJ), e Formas D’água – Reflexão por Transparência, pinturas de Patrícia Claro (Santiago/Chile). A visitação é gratuita e acontece de terça a sexta, das 7h30 às 17h30. Sábados, domingos e feriados, das 14h às 18 horas. O Museu de Arte Contemporânea fica na Rua Antônio Maria Coelho, nº 6.000, no Parque das Nações Indígenas.
» SHOW «
NOITE SERTANEJA Os expoentes da música sertaneja, Milionário, da dupla Milionário e José Rico, e Marciano, da dupla João Mineiro e Marciano, se encontram em 15 de julho para um show inédito no Diamond Hall. Intitulada Lendas, a apresentação traz canções de sucesso como: “Ainda Ontem Chorei de Saudade” e “Vontade Dividida”, entre outras. A casa de espetáculos está localizada na Avenida Mato Grosso, 4.840 e os ingressos estão disponíveis a partir de R$ 70,00 (primeiro lote). Mais informações: www.diamondhall.com.br.
Revista Ação Comercial
91
Revista Ação Comercial
Revista Ação Comercial