Revista Acao Comercial Edicao 15

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Campo Grande / Ano III / Agosto 2010 / nยบ 15


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EDITORIAL

>Aprovação confirmada

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As perspectivas de consumo no varejo continuam favoráveis. Com base nos resultados do Índice Nacional de Confiança (INC) de julho, elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV) da Associação Comercial de São Paulo, os especialistas do setor apostam num cenário econômico promissor para o comércio até o final do ano. O controle da inflação e da inadimplência e a queda do desemprego são os fatores responsáveis pelas boas perspectivas. Já sabemos que os brasileiros devem gastar R$ 98 bilhões neste Natal. É a maior cifra registrada em dezembro e R$ 5,2 bilhões a mais do que foi desembolsado em 2009, segundo projeções da consultoria MB Associados. Todas as variáveis apontam para um resultado positivo em 2010, criando uma expectativa favorável para as vendas de final de ano, época de maior movimento no comércio varejista. Em Campo Grande, já estamos vivendo essa expectativa. As duas maiores campanhas que a Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) realiza no ano – recuperação de crédito Nome Limpo e Natal 3 em 1 – estão sendo finalizadas para apresentação oficial a lojistas e consumidores, com perspectiva de sucesso absoluto em ambas, conforme histórico da entidade. O bom momento que vive o comércio é fruto dos fatores acima descritos, reforçados pelo trabalho de apoio realizado pela ACICG nos últimos anos junto aos seus quase 2.500 associados. Cursos, palestras, seminários, ações in company e campanhas promocionais voltadas para o desenvolvimento de competências e incremento de vendas fazem parte do cotidiano das empresas e da ACICG. Tendo como objetivo contribuir para o fortalecimento do setor produtivo na Capital e demais cidades do Estado, bem como fortalecer a imagem institucional da entidade junto aos seus associados e ao setor público, a ACICG realizou no período junho/julho duas pesquisas de porte, abrindo caminho para que outras entidades realizem trabalho semelhante. Uma pesquisa de intenção de votos do eleitorado de Mato Grosso do Sul, realizada pelo IBOPE, apontou as preferências para os cargos de Presidente da República, Governador do Estado, senador e deputados, federal e estadual. Iniciativa pioneira que causou grande repercussão entre os empresários. Outra pesquisa, realizada pela Tendência, empresa de MS, ouviu associados da entidade visando conhecer a opinião dos empresários a respeito da atuação da atual gestão. Verificou-se neste estudo, que mais de 80% dos associados aprovam a atuação da diretoria da ACICG, concluindo na análise dos resultados que a Associação Comercial é bem avaliada e não apresenta pontos negativos relevantes. Estamos trabalhando para isso: fazer da Associação Comercial uma entidade forte, que represente seus associados junto ao setor público com independência e qualidade. Todos juntos podemos ir mais longe.

Luiz Fernando Buainain Presidente da ACICG

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EXPEDIENTE

Diretoria da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande Gestão 2008/2011 Presidente: Luiz Fernando Buainain 1º Vice-Presidente: João Carlos Polidoro da Silva 2º Vice-Presidente: Roberto Bigolin 3º Vice-Presidente: Luiz Carlos da S. Feitosa 1º Secretário: Roberto T. Oshiro Júnior 2º Secretária: Cláudia Pinedo Zottos Volpini 3º Secretária: Rosane Mara Maia Costa 1º Tesoureiro: Omar P. Andrade Aukar 2º Tesoureiro: Wilson Berton 3º Tesoureiro: Milton Silvino Souza de Oliveira Diretores: Fernando Pontalti Amorim Sidney Maria Volpe Simplícia Ap. Alves de Arruda Maria Vilma Riberio Rotta Nilson Carvalho Vieira Luiz Afonso Ribeiro Assumpção Domingos Sérgio Barreto Silva José Pereira de Santana Pedro Chaves do Santos Filho Roberto Rech José Marques Amadeu Ziliotto Renato Paniago da Silva Conselho Deliberativo: Ueze Elias Zahran Antônio João Hugo Rodrigues Jaime Valler Paulo Antunes de Siqueira Luiz Humberto Pereira Carlos Roberto Bellin Sérgio Dias Campos Valzumiro Ceolim João Garcia Paulo Ribeiro Júnior Josimar Ferreira dos Santos Douglas Verati Campos Cristiano Gionco Egídio Vilani Comin Hélio Ceni Feres Soubhia Filho Anagildes Caetano de Oliveira Arildo Bras Flores Sinval Matins de Araujo Thomas Malby Croften Horton Conselho Fiscal: Augusto Raimundo Aléssio Ilmara de Cássia de Paula Vieira Osvaldo Aparecido Piccinin Gilberto Pereira Gonçalves Luiz Dodero Junior Idamir José Munarini Relator do Conselho Fiscal: Paulo Roberto Hans 1º Secretário do Conselho Fiscal: Rodrigo Possari 2ª Secretária do Conselho Fiscal: Gisele Serra Barbosa 6

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Publicação da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) www.acicg.com.br Rua XV de Novembro, 390 Centro - CEP 79002-140 Campo Grande / MS (67) 3312-5000

Editor: Hélio de Souza (helio@acecg.com.br) Conselho Editorial: João Carlos Polidoro Roberto T. Oshiro Júnior Colaboradores: Valdineir Ciro de Souza Projeto Gráfico: Qualitas Brasil Departamento Comercial: Aparecida Dias de Souza Superintendente: Fernanda Barbeta dos Rios Pinto Sugestões: 67 3312-5003 comercial@acecg.com.br


ÍNDICE

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>>Destaques

08 > Comércio Exterior

ACICG incentiva comércio com o Chile

Super Natal Cidade Digital Conciliação Economia Cartões de Crédito Comércio Exterior Artigo Dalmir Pessoas

Super Natal Os brasileiros devem gastar R$ 98 bilhões neste Natal

14 28

Editorial

> Capa

05 08 10 11 12 13 14 15 16

> Trabalho As profissões que vão construir o futuro

18 20 22 24 25 27 28 30

Vendas Cadeia Farma Empreendedores Artigo Roseli Dinheiro Café Empresarial Trabalho Cenário

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SUPER NATAL

À espera de um super Natal em 2010 >Aumento da renda, do emprego formal e do crédito sustentam o otimismo da indústria e do comércio em relação ao consumo de fim de ano egundo projeções da consultoria MB Associados, os brasileiros devem gastar R$ 98 bilhões neste Natal. É a maior cifra registrada em dezembro. Ainda conforme a pesquisa, serão R$ 5,2 bilhões a mais do que foi desembolsado em 2009. Esse cálculo foi feito pela MB a pedido do jornal O Estado de S.Paulo. Para atender ao aumento de vendas, indústrias que usam insumos importados e redes varejistas que também se abastecem no exterior ampliaram em até 60% as encomendas desses itens em relação a 2009. Aumento da renda, do emprego formal e do crédito sustentam o otimismo da indústria e do comércio em relação ao consumo de fim de ano. “Como a política monetária não será tão contracionista, teremos crescimento importante do varejo no fim do ano”, afirma Sergio Vale, economista chefe da MB Associados.

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O economista considerou o crescimento real das vendas do varejo ampliado, que inclui, além de roupas, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, veículos, motos, partes e peças e materiais de construção. O crescimento é real e desconta a inflação projetada para o período. Vale ponderar que, como o Natal de 2009 foi muito bom e, portanto, a base de comparação é forte, a taxa de crescimento projetada para dezembro deste ano é menor (5,5%) que a registrada no ano passado (14%). Em 2009, o quadro era exatamente o oposto, porque dezembro de 2008 foi o Natal da crise e a base de comparação era muito fraca. Segundo o economista, apesar da política monetária limitar o crescimento em curto prazo, a perspectiva positiva de longo prazo deve estimular as compras do consumidor que está com menos receio de perder o emprego e, portanto, mais propenso a comprar a prazo.

Os três meses consecutivos de queda na produção, encerrando junho com retração de 1% comparado a maio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não desanimam o setor produtivo, que espera fôlego novo neste segundo semestre. E os votos de um feliz Natal para a indústria em 2010 têm tudo para se concretizarem, qualquer que seja o resultado das eleições presidenciais. Desde julho, as fábricas estão recebendo encomendas extras para as vendas de final de ano, o que se reflete no aumento da produção e da contratação de mão de obra. Para o economista-chefe do Banif Investment Bank, Mauro Schneider, as vendas no varejo podem mostrar mais vigor no segundo semestre. O analista estimou que o consumo está crescendo em um ritmo maior do que a trajetória registrada no período pré-crise, meados de 2006 a setembro de 2008. O País caminha para uma expansão


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d Produto Interno Bruto (PIB) do eentre 7,5% e 8% em 2010, projeta o eeconomista. O ritmo forte estimado para este ano é reflexo da combinap çção de fatores como confiança das eempresas e das famílias, o que se materializa em investimento e geração te de emprego. O desafio, destaca Schd neider, é conter o crescimento de forn ma a não colocar em risco o controle m da inflação. d C Campanha de Natal A Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) tr eestá preparando o lançamento da se segunda edição da campanha de Nata tal denominada “Natal 3 em 1”, utili lizando a mesma estratégia da camp panha de 2009, cujo êxito superou as eexpectativas da entidade e seus parcceiros comerciais. ““Pretendemos realizar uma campan nha tão forte e até melhor do que a d de 2009”, disse o Presidente da ACIC CG, empresário Luiz Fernando Bu-

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ainain, destacando que a entidade está buscando parcerias que ajudem a realizar a campanha e alavancar as vendas do comércio varejista no final do ano. “Em 2009 contamos com ajuda do Governo do Estado, da Prefeitura da Capital, da FAEMS e do Sebrae na realização do evento, além parceiros comerciais que apoiaram o “Natal 3 em 1”. “Queremos ampliar esse leque de parcerias em 2010 para que a campanha seja ainda melhor. Este ano contaremos também com a participação da CDL como uma das entidades realizadoras”, completou Luiz Fernando Buainain. Em 2009 foram despejados R$ 140 bilhões na economia brasileira, quase 20% a mais que no ano anterior, com o pagamento do 13º salário e a maior oferta de crédito ao consumidor. Se a tendência for a mesma, em 2010 serão quase R$ 30 bilhões a mais.

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ACICG

CIDADE DIGITAL

m reunião ordinária realizada dia 17 de agosto, a diretoria da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) autorizou a criação do chamado braço digital da entidade – a Câmara de Agências Digitais de Campo Grande (CAD/ ACICG), composta por 15 empresas associadas à Associação Comercial. A CAD está integrada organicamente à ACICG, na forma definida no Regimento aprovado. O processo de criação teve o comando do diretor Renato Paniago, que contou com apoio irrestrito das agências digitais. A CAD tem como missão representar os interesses das Agências Digitais de Campo Grande, podendo ampliar para Mato Grosso do Sul, fomentando o desenvolvimento,

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normatização, consolidação, aculturamento, representatividade e profissionalização do mercado corporativo de soluções digitais em Campo Grande. Destacam-se as ações em consultoria, capacitação, ação política e compartilhamento de informações e desenvolvimento de Internet. O Regimento prevê ainda que “A responsabilidade civil e jurídica da CAD/ACICG será da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande que tem sede e foro na cidade de Campo Grande, Estado de Mato Grosso do Sul, sito à R. XV de novembro, n.º 390, Centro, podendo manter escritório técnico-administrativo em qualquer outra localidade, e/ou credenciar câmaras em qualquer Município, Estado ou País, se e quando necessário à consecução de

seus objetivos.” O mandato dos membros do Conselho Consultivo será por um biênio. O Conselho Consultivo é o órgão de representatividade institucional da entidade, constituído por 15 membros representantes das empresas parceiras da ACICG, podendo cada uma indicar um suplente. Estas são as empresas parceiras fundadoras: Catwork Tecnologia, Cazper Studio, Superbiz Internet, Mais empresas, Dothcom Consultoria Digital, Magoweb, Before TI, Gestão Ativa, TAG3; Click5 – Marketing e Soluções Interativas, OK Consultoria, Shape Web, Jera Software Ágil, Radig Soluções em TI e ClickBairro.


CONCILIAÇÃO

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CBMAE/ACICG realiza mutirão em Sidrolândia or iniciativa da Associação Empresarial de Sidrolândia (AESIDRO), com apoio da Câmara de Mediação e Arbitragem de Campo Grande (CBMAE/ ACICG), foi realizado, no dia 7 de agosto, o Mutirão de Conciliação de Sidrolândia. O Mutirão teve como coordenadores Claudemir Liuti Júnior, Diretor Técnico da CBMAE/ ACICG, e José Carlos Domingos de Oliveira, presidente da AESIDRO. “Com a presença de seis conciliadores, o Mutirão de Conciliação obteve um resultado excelente, iniciando a expansão desse importante trabalho realizado pela Câmara de Mediação

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e Arbitragem de Campo Grande”, comentou o advogado Claudemir Liuti Júnior. As conciliações envolveram principalmente regularização de dívidas de consumo, com pagamentos feitos na hora ou parcelados, redução de juros e diversos facilitadores. A intenção foi devolver estes consumidores para o mercado, pois puderam ter seus nomes limpos, além de auxiliarem as empresas a ajustar seus caixas de inadimplência. Para o Presidente da Associação de Sidrolândia, José Carlos Domingos Oliveira, “algumas pessoas tiveram dificuldade em entender o que é a conciliação, mas agora faremos um

trabalho pós-mutirão para aumentar o aproveitamento no próximo. Tenho certeza que vai ser cada vez melhor e que as pessoas vão entender a importância da conciliação”. Ele explica ainda que “o número parece baixo, mas o resultado foi ótimo se pensarmos no tamanho da cidade e considerarmos que foi a primeira experiência”.

• 11 casos atendidos; • 11 conciliações frutíferas; • Valor das negociações: R$ 9.170,00; • 17 empresas atendidas.

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ECONOMIA

Mais investimentos e consumo >Avanço de 6,5% no PIB do País, em 2010, deve refletir em maior injeção de recursos por parte do poder público e aumento nos gastos familiares Produto Interno Bruto (PIB) de 2010 será puxado por um avanço de 20,4% nos investimentos e de 6,6% no consumo das famílias, além do aumento do ritmo de execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As projeções constam no relatório “Economia Brasileira em Perspectiva”, divulgado pelo Ministério da Fazenda. Ainda de acordo com o documento, o consumo do Governo deve ter elevação mais modesta, de 2,8%. Com isso, a economia brasileira deve

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crescer 6,5% neste ano. O relatório informa que o País retomou o ciclo de expansão sustentável. A demanda interna foi responsável pela recuperação rápida da economia depois da crise mundial, com avanço de 9,1%. Essa alta compensou satisfatoriamente a queda de 2,6% verificada na demanda externa. O crescimento da renda e do emprego foi apontado como responsável pelos ganhos. O Ministério da Fazenda projeta criação de 2,2 milhões de vagas formais até o fim do ano, além do maior salário mínimo real (des-

contada a influência da inflação) nos últimos 20 anos (com valores computados em dólares, para comparação). Segundo o documento, o crescimento do mercado de trabalho e da massa salarial seguirá constante. O Governo estima que o processo de expansão da classe C continuará nos próximos anos. A fatia social, que atualmente representa 103 milhões de brasileiros, deve chegar a 113 milhões em 2014. O relatório da Fazenda mostrou que as classes C e D já superam a B em poder de consumo.


CARTÕES DE CRÉDITO

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Gilberto Nascimento/Agência Câmara

Frente do Comércio Varejista comemora fim do monopólio

residente em exercício da Frente Parlamentar Mista do Comércio Varejista no Congresso Nacional, o deputado Guilherme Campos (DEM-SP), na palestra de abertura do 20º Congresso da CACB, deu ênfase aos avanços do projeto de normatização do uso do cartão de crédito, cujo principal objetivo é permitir preços diferenciados nas vendas à vista. De acordo com o parlamentar, a fatura do cartão de crédito, em muitos casos, é muito maior do que a fatura dos impostos a pagar pelo critério da Lei Geral. “Isso é uma anomalia que deve ser corrigida para que essa relação entre a empresa e os cartões de crédito seja mais concorrencial e não exclusiva de dois grupos apenas”, observou. “Os preços embutidos no valor final dos produtos chegam a

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custar de 10% a 12% mais caro, em virtude das taxas abusivas cobradas pelas administradoras de cartões de crédito, o que dificulta a vida do varejista e do próprio consumidor.” Campos lembrou que a formação da frente veio preencher um vazio porque os comerciantes, lojistas, micro e pequenos empresários desse segmento representam 60% do Produto Interno Bruto do País e não tinham uma representação forte dentro do Congresso Nacional. Com a frente, poderemos criar melhores condições de defesa e apoio ao desenvolvimento e crescimento do setor, por meio de projetos de lei que tornem mais justas as questões fiscais e tributárias que sobrecarregam a atividade, além de melhorar as condições de relacionamento com os consumidores. A frente foi criada com 209 deputados e cerca de 40 senadores. Agosto 2010

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Divulgação ACICG

COMÉRCIO EXTERIOR

ACICG incentiva ampliação de comércio com o Chile Empr Em p es e áárrio rio ios ch chil ilen ilen noss for o am m reecceb ebid idos os em re reun reun uniã uniã ão de de Dir i et etorria ia da A AC CIC CG. G. ez empresários do norte do Chile vinculados ao setor de serviços logísticos e também de entidades governamentais, foram recebidos por diretores da ACICG em reunião de diretoria da entidade. Os empresários vieram a Campo Grande para estabelecer relacionamento comercial com empresários locais, visando futuras negociações de importação e exportação de mercadorias e serviços entre os dois países. A reunião foi agendada para que os empresários chilenos apresentassem seus serviços, visando uma maior aproximação entre empresas de MS e a região norte do Chile. Representando empresas estabelecidas em Iquique, cidade portuária chilena com 220 mil habitantes, os empresários apresentaram produtos e serviços de: Sagemar Forwarding S.A, Lexwall, ITI - Iquique Terminal Internacional S/A , Empresa Portuaria Iquique, Zona Franca de Iquique S/A, Cámara de Comercio de Iquique, Servicio Agrícola y Ganadero de Chile. Um dos assuntos em pauta foi a

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implantação definitiva da rodovia transoceânica ligando Santos, no Brasil, a Iquique, no Chile, passando por Mato Grosso do Sul. Os Presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Sebastián Piñera, do Chile, e Evo Morales, da Bolívia, têm encontro marcado na primeira semana de novembro, para uma cerimônia repleta de simbolismo: a inauguração do Corredor Bioceânico Central, que deverá ligar o porto de Santos ao de Iquique, no Chile, passando pelo departamento (Estado) boliviano de Tarija, que faz fronteira com Argentina e Paraguai. “É um corredor de 3,8 mil quilômetros, com implicações importantes para a integração da região”, disse o ministro das Relações Exteriores do Chile, Alfredo Moreno. Os empresários chilenos apresentaram o processo de cadeias de produção para o Brasil a possibilidade

de exportar com tarifa zero para a Ásia (China e Coreia do Sul como exemplos); os custos de transporte Overlan, os custos do porto de Iquique (Puerto Privado) e o custo de envio. O grupo daquele país mostrou as vantagens de realizar as exportações do Brasil para a China (Xangai) e também as importações provenientes da China para o Brasil usando o que o Chile tem acordos de comércio livre com os dois países. Estão sendo propostas alianças estratégicas, que são feitas horizontalmente na cadeia produtiva (insumos-processo-canal de distribuição) de uma área definida, a fim de tirar partido das vantagens tarifárias que o Chile oferece, porque tem Livre Comércio (TLC) com mais de 56 países, atingindo assim mais de 4.000 milhões de consumidores, representando 87% do PIB mundial.

Os empresários chilenos deixaram na ACICG um DVD com informações a respeito de Iquiqui e suas atividades empresariais ligadas ao comércio exterior. Os DVDs estão à disposição dos associados da ACICG, que poderão retirar cópia na secretaria da presidência da entidade.


ARTIGO DALMIR

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Preciosas dicas para gerar maior resultado nas reuniões Dalmir Sant’Anna*

m um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico, as divergências e os conflitos são características naturais, pois os desacordos de ideias, opiniões e posicionamentos fazem parte do comportamento individual do ser humano. Passam a ser ingredientes fundamentais prezar pela objetividade de assuntos, organização, pontualidade e respeito aos participantes durante uma reunião. São elementos essenciais que geram aumento da troca de informações, bem como, o intercâmbio de experiências para favorecer positivamente na coerente tomada de decisões. Coloque as seguintes dicas em prática e conquiste maior comprometimento nos acordos firmados durante uma reunião. Realizar o convite com antecedência – Por permitir rápida comunicação, o convite para participar de uma reunião de trabalho pode ser encaminhado através de um e-mail. Entretanto, é fundamental observar que, antes de apertar o botão “enviar”, será necessário destacar o assunto principal da reunião. Revisar atentamente a mensagem, observar a data, o local e o horário para evitar equí-

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vocos. A presença de pessoas relacionadas ao conteúdo é imprescindível e, desta maneira, além de solicitar a confirmação de leitura da mensagem, lembre de incluir uma pergunta sobre alguns dos itens que fazem parte do conteúdo da reunião. O objetivo é forçar o destinatário a responder sua pergunta e, paralelamente, compreender o assunto a ser abordado, o horário de início e local da reunião. A participação revela interesse pelo assunto – Como a pior decisão é não adotar decisão alguma, a participação com sugestões, opiniões e apontamentos durante uma reunião de trabalho revela interesse pelo assunto e permite constatar pró-atividade em gerar resultados. Além de improdutivo, ficar conversando paralelamente com outro colega durante uma reunião demonstra desinteresse. Quando um fato como este ocorrer, chame o participante pelo nome, através de um ato gentil, com o objetivo de gerar uma mudança de atitude. Se você

Palestrante comportamental, Mestrando em Administração de Empresas, Pós-graduado em Gestão de Peessoas, Bacharel em Comunicação Soccial e mágico profissional. Autor do livro “Menos pode ser Mais” e do DVD com o tema “Comprometimento como fato or de Diferenciação”. Visite o site: www.dalmir.com.b br

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*Dalmir Sant’Anna

foi convocado para participar de uma reunião, lembre que suas ideias e sugestões são importantes. Neste sentido, valorize sua participação e observe os benefícios de saber ouvir com maior atenção, escrever o que você assumiu e falar no momento apropriado. Não seja prejudicado pelo tempo – Pela ausência de um planejamento e de uma sequência cronológica dos assuntos, o tempo esgota rapidamente e metade dos assuntos acaba não sendo comentado. Para evitar que sua reunião seja prejudicada pelo tempo, programe um período para cada assunto. Compartilhe os assuntos para evitar que algum participante se torne o centro das atenções ou se omita sobre o assunto em pauta. É imprescindível realizar o registro dos assuntos que foram abordados, mesmo que sejam somente os tópicos, para no futuro não ouvir de algum participante a expressão: “Eu não sabia nada sobre este assunto”. Com o objetivo de realizar uma reunião de trabalho mais produtiva e participativa utilize uma breve dinâmica, mas cuidado com a disposição do ambiente, para não colocar nenhum participante em situação constrangedora. Ao enviar o convite aos participantes, enalteça o motivo da reunião e busque coibir não ser prejudicado pelo andamento de outros que não fazem parte da programação. Se você valoriza seu tempo, não desperdice o tempo de outras pessoas. Neste sentido, lembre que ao participar de uma reunião, outras pessoas deixarão de fazer outras atividades. Fortaleça sua organização com as dicas apresentadas e faça a diferença. Agosto 2010

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PESSOAS

Entusiasmo do candidato é o terceiro item de maior peso para contratação >O entusiasmo para a vaga de emprego é o terceiro item de maior peso na avaliação de um candidato durante um processo de contratação

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e acordo com pesquisa realizada pela Catho Online, em uma escala de um a 17, onde um é mais importante e 17 menos importante, o item recebeu

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nota média de 6,2, ficando atrás apenas da experiência técnica anterior relacionada ao cargo (5,2) e da formação acadêmica (5,5), conforme é possível observar na tabela a seguir:

Importância dos fatores nos processos seletivos

Média

Experiência técnica anterior relacionada ao cargo

5,2

Formação acadêmica

5,5

Entusiasmo do candidato

6,2

Relacionar-se bem com os outros

6,5

Resultados alcançados anteriormente

6,9

Reputação das empresas em que trabalhou

7,5

Estabilidade empregatícia

8,3

Experiência anterior em supervisão de pessoas

8,4

Aparência pessoal

8,5


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sala, desenvolvimento da entrevista, entre outros. Além disso, explica ela, é possível identificar o entusiasmo do candidato antes mesmo do primeiro contato. “Seja pela elaboração do currículo cadastrado, pela maneira que atende o selecionador ao receber o contato e pelas perguntas que realiza sobre a oportunidade, até o tempo que leva para retornar alguma solicitação (teste online, por exemplo), é possível identificar o grau de interesse pela vaga”, diz Daniella.

Avaliação Segundo a consultora de RH (Recursos Humanos) da Catho Online, Daniella Correa, a avaliação do entusiasmo do candidato em relação à vaga oferecida geralmente é feita durante a etapa presencial do processo seletivo, por meio de dinâmicas e das atitudes do profissional, como o horário de chegada, postura em

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ASSOCIADOS

Prepare-se Diante disso, orienta a consultora, antes de ir à entrevista de emprego, o candidato deve se preparar, tomando as seguintes atitudes: • Estude sobre a empresa e seus serviços e mostre que está bem informado sobre assuntos relacionados à empresa na qual quer trabalhar; • Saiba como as pessoas da empresa se vestem e tente se vestir de acordo; • No dia da entrevista, chegue no horário marcado ou um pouco antes, sabendo com quem vai falar; • Durante a entrevista, desligue o celular e cuide da postura, evitando deitar ou ficar debruçado; • Participe das atividades/dinâmicas em grupo e ouça o selecionador com atenção.

Importância dos fatores nos processos seletivos

Média

Resultados de testes de inteligência, competência, etc.

9,3

Nível salarial

9,3

Idade

9,8

Estabilidade familiar

10

Capacidade de usar a internet

10,3

Fluência em outro idioma

10,4

Experiência em empresas multinacionais

10,6

Número de promoções anteriores

10,9 Fonte: Catho Online Agosto 2010

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Jefferson Revedutti/O Estado MS

VENDAS

Varejo deve fechar 2010 com crescimento recorde comércio varejista brasileiro deve encerrar o ano de 2010 com um volume de vendas 10,4% maiorcrescimento que, se confirmado, seria recorde e representaria o melhor ano para o varejo desde 2007, quando as vendas tiveram alta de 9,7%. A previsão é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e foi feita com base na análise do resultado da Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada pelo IBGE. “O principal condicionante de impacto sobre as vendas foram os preços no varejo, uma vez que os dados do mercado de trabalho e de crédito vieram fracos em junho: a massa de rendimentos cresceu apenas 0,5% e o crédito ao consumidor, com ajuste

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sazonal, 0,3%”, afirma Fábio Bentes, da Divisão Econômica da CNC. Primavera/Verão Os lojistas da área de vestuário já começam a exibir nas vitrines peças da temporada primavera-verão. Depois do Dia dos Pais, é hora de dar espaço para modelos leves e coloridos. A estratégia é usada tanto pelos atacadistas que têm pressa em oferecer o que será tendência, quanto pelos varejistas. Aliada às liquidações de inverno, a troca de coleção é um chamariz para atrair consumidores e ampliar as vendas. As lojas apostam na campanha de verão, sem deixar as roupas mais pesadas de lado. O consumidor final acaba comprando peças da nova coleção e levando uma de inverno também por causa dos descontos. A expectativa é de que as vendas da co-

leção primavera-verão aumentem entre 5% e 8% neste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. “As pessoas sentem vontade de comprar o que será novidade. Uma forte tendência da primavera-verão está nas peças românticas, com estampas florais, babados e tons claros”, afirma uma especialista na área de varejo. No entanto, na cartela da nova temporada há espaço também para cores fortes, como azul, verde limão, vermelho, amarelo, laranja e pink. Nos cálculos da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), das 6 bilhões de peças produzidas por ano no País, 5 bilhões são da coleção primavera-verão. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), o segmento como um todo deve faturar US$ 50 bilhões neste ano, ante US$ 47 bilhões apurados em 2009.


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CADEIA FARMA

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>O objetivo foi discutir critérios de reajuste de preços de remédios no Brasil. O segmento afirma que a redução seria possível se os tributos baixassem Comissão de Seguridaço dos medicamentos, como a adode Social e Família da ção de uma alíquota única do ICMS Câmara dos Deputados e a expansão do programa Aqui realizou audiência públiTem Farmácia Popular, que incenca para discutir a compotiva as redes privadas de farmácias sição dos preços de medicamentos a vender uma cesta de medicano Brasil e os critérios de reajuste mentos com preços mínimos pagos da Agência Nacional de Vigilância pelo Governo. Sanitária (ANVISA). Os deputados “Isso fez, forçosamente, o preço se reuniram com puxar para representantes baixo, onde o da Confederaconsumidor Em média 36% do preço ção Nacional entra com do Comércio de apenas 10% pago pelos remédios no Bens, Serviços e do valor desPaís são destinados aos Turismo (CNC), se preço de da Anvisa e da referência. O cofres públicos, por meio Associação dos que aumende tributos incidentes. Laboratórios tou o acesso Fa r m a c ê u t i ao medicos Nacionais camento e, ( A LA NAC ) . consequenteO deputado, Dr. Rosinha (PT-PR), mente, houve uma redução em toda autor do requerimento, presidiu a cadeia desses produtos que estão a audiência. no programa”, explicou Álvaro. A Para os convidados, os preços dos Anvisa considera que os preços dos medicamentos no Brasil poderiam medicamentos no Brasil não são caser mais baratos se a carga triburos, se comparados aos praticados tária incidente sobre o setor fosse na maioria dos países. O ICMS tammenor. Segundo Serafim Branco bém foi apontado pelo represenNeto, Gerente Executivo da Alanac, tante da Agência como um entrave em média 36% do preço pago pelos para o setor, mas sob o aspecto da remédios no País são destinados aos guerra fiscal entre os Estados e o cofres públicos, por meio de tribuDF. Segundo o gerente do Núcleo tos incidentes em várias etapas da de Assessoramento Econômico em cadeia, da produção à comercializaRegulação da Agência Nacional de ção dos remédios. Vigilância Sanitária, Pedro José BerO setor varejista também sofre com nardo, os entes federativos oferecem a carga tributária. Representando a benefícios variados para os distriCNC, o Vice-presidente do Sincobuidores de remédios, o que incenfarma/ DF, Álvaro da Silveira Júnior, tiva o transporte de medicamentos sugeriu medidas para reduzir o prepor diversas regiões do País.

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EMPREENDEDORES

Previdência quer atrair 1 milhão para formalidade >Trabalhadores informais que podem se cadastrar como Empreendedores Individuais e contribuir para a Previdência té o fim do ano, 1 milhão de trabalhadores da economia informal deverão se cadastrar na Previdência Social como Em-

terior (MDIC), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e outros órgãos, para alcançar a meta. Esse mesmo trabalho, de acordo com

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preendedores Individuais, estimou o ministro Carlos Eduardo Gabas. Segundo ele, há um trabalho em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Ex-

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Gabas, permitiu, neste ano, a fortério quer promover uma melhoria malização de 450 mil trabalhadores. quanto à questão tecnológica para Estão no grupo de trabalhadores que seu portal na internet possa informais que podem se cadastrar fazer a adesão dos trabalhadores como Emonline. Pelos preendecálculos, isso dores Inpermitirá à O ministério quer aprimorar dividuais e Previdência seu portal na internet para contribuir atrair 10 mipara a Prelhões de traque a adesão dos trabalhavidência, jarbalhadores dores seja feita online. Isso dineiros, caque estão permitirá à Previdência beleireiros, na informam a n i c u re s, lidade. atrair 10 milhões de piscineiros, O Presidentrabalhadores informais. encanadote do Seres, gesseibrae, Paulo ros, motoOkamoto, boys, transportadores de carga, afirmou que “a imprensa pode dedentre outros. sempenhar papel importante mosO ministro destacou que “muita trando a esse público os benefícios, gente não se cadastrou porque não em forma de crédito e assistência sabe que pode, pagando apenas R$ técnica, ao registrar-se como traba61,50 mensais ao Instituto Nacional lhadores no INSS”. O Presidente do do Seguro Social (INSS): receber INSS, Waldir Simão, assumiu a meta amparo, em caso de doença, inde promover ações para a educação clusive quanto ao recebimento de previdenciária, a fim de conscientiauxílio-doença, e candidatar-se, no zar o empreendedor individual sofuturo, à aposentadoria”. O minisbre as vantagens da adesão.

AUMENTO DE TETO Conforme balanço de 8 de junho do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, existem no País 311.124 trabalhadores formalizados. Poderá entrar em vigor, já no início de 2011, a ampliação do teto da receita bruta anual do Simples Nacional, que subiria de R$ 240 mil para R$ 360 mil (para microempresas) e de R$ 2,4 milhões para R$ 3,6 milhões (pequenas empresas). Outra proposta pretende elevar o teto da receita bruta anual do Empreendedor Individual de R$ 36 mil para R$ 60 mil, e criar o Simples Rural, para diminuir o índice de informalidade no setor, que hoje chega a 80%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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ARTIGO ROSELI

Seu crédito de volta. Será? ualquer pessoa que possui uma conta de e-mail ou participa de alguma rede social, certamente já recebeu uma mensagem do tipo “tenha seu crédito de volta” ou “limpe seu nome com facilidade”. A última abordagem que recebi anunciava que, por uma quantia inferior a R$ 50,00, seria possível limpar o nome em 10 dias, sem advogados, 100% dentro da lei e sem precisar pagar a dívida. A mensagem ainda prometia a entrega de um chamado “manual do devedor eficaz”, se é que existe algum mérito nesse tipo de eficácia. Muita gente me pergunta se isso é possível. Eu respondo: “Não”. Não é possível limpar o nome ou excluir o registro do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) sem pagar a dívida. Atualmente, os recursos de comunicação, por meio de mensagens eletrônicas - a chamada comunicação viral ou SPAM - vêm facilitando um novo tipo de golpe contra o consumidor, com ofertas milagrosas de recuperação do crédito das pessoas, propondo a exclusão do nome do SCPC. Os oportunistas ofertam o serviço de realizar uma faxina nos registros de dívidas em nome do consumidor, em troca de um depósito bancário. O valor cobrado individualmente é pequeno. Mas, considerando a quantidade de pessoas abordadas por essas ações via SPAM, ao final, o golpista acaba obtendo uma excelente receita. O consumidor, por sua vez, tem no crédito o principal instrumento para poder adquirir bens. Além disso, muitas vezes utiliza o crédito para compra de gêneros de primeira necessidade, em um ritual mensal de uso do cartão de crédito para o abastecimen-

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to de sua residência. Ele é sensibilizado ainda por ofertas, promoções e campanhas para incentivar as compras, em um mundo onde o crédito e o consumo estão por todo o lado. Quando se vê privado dessa facilidade, cheio de dívidas, fica vulnerável a ofertas mirabolantes e, embora desconfiem que algo está errado, alguns acabam sucumbindo. O fato é que não há como qualquer empresa ou pessoa realizar nenhuma exclusão do SCPC ou liquidar a dívida em qualquer empresa, sem antes realizar a quitação da dívida. Mesmo que haja uma disposição para negociação por parte da empresa em que o consumidor deve, é necessário que haja o pagamento de uma parcela do acordo para que o nome seja regularizado. Deste modo, para que o nome permaneça fora do SCPC, é preciso pagar todas as parcelas da renegociação. Não há milagres. As empresas que oferecem a exclusão da dívida com esse procedimento “facilitado” estão, na realidade, enganando os consumidores, servindo-se de uma situação para tirar proveito. Além disso, os oportunistas sabem que, raramente, o consumidor irá tomar alguma atitude contra os enganadores. Afinal, como ele poderia reclamar de um registro de dívida que é real e cujo pagamento não foi efetuado? Como ele irá encontrar o golpista? Perseguindo um e-mail marketing? É importante saber que o melhor é realizar o velho e bom planejamento *Roseli Garcia Superintendente da Base Centralizadora da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Publicado na revista Consumidor Moderno.

financeiro. Esse planejamento precisa ser realista e considerar o dinheiro que está disponível, para ser utilizado no pagamento das prestações mensais. Se houver várias contas, o consumidor deve fazer um plano para liquidar uma conta por vez, evitando frustrações. Afinal, não adianta renegociar a dívida e depois não suportar o pagamento das parcelas. Traduzindo: a prestação tem que caber no bolso. Esse é um processo difícil, que exige muita disciplina. O consumidor deve fazer do crédito seu aliado. Depois, deve disseminar seu aprendizado. Educar seus familiares para o crédito responsável é sadio. Compartilhar as boas práticas em sua rede social, falar com seus amigos virtuais é ajudá-los a praticar o crédito consciente.

Divulgação/ACSP

Roseli Garcia*


DINHEIRO

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Brasil precisa ampliar poupança interna >PIB insuficiente para garantir desenvolvimento sustentável do País forçará aperto fiscal em 2011 necessidade de obtenção de níveis adequados de poupança doméstica, pública e privada, como forma de garantir um desenvolvimento equilibrado, fica cada vez mais evidente, observa o economista da CNC Mario Juan da Silva Leal, no trabalho técnico intitulado Insuficiência de Poupança Doméstica Ameaça Crescimento Sustentável. Mas se países como China, Rússia, Japão, Índia e Coreia do Sul, grandes detentores de reservas internacionais são também grandes poupadores, a baixa taxa brasileira é preocupante e sinaliza medidas de aperto fiscal para 2011, avalia Mario Juan. “Os 16% de taxa de poupança em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) verificados no Brasil têm sido claramente insuficientes para fazer frente à aquisição do estoque atual de reservas internacionais, que se situa em torno de US$ 250 bilhões”, afirma o economista. Como consequência, o governo precisou emitir mais moeda e títulos de dívida pública do que seria necessário na presença de uma poupança mais robusta. Com níveis de poupança interna mais altos, o País evitaria uma valorização excessiva de sua moeda e viabilizaria a emissão de nova dívida pública em condições mais favoráveis. “Sem poupança interna em volume suficiente para evitar uma valorização ainda maior do real, o Brasil enfrenta uma dificuldade adicional de descontrole fiscal, que o leva a realizar, por meio da emissão de novos títulos públicos, uma antecipação de recei-

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tas, sacando hoje, e de maneira cada vez mais intensa, sobre suas poupanças futuras”, explica o economista da Divisão Econômica da CNC. Para Mario Juan, devemos nos preparar para um futuro com forte aperto fiscal e monetário. “A crise do euro e os Pigs (sigla em inglês que agrupa Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha) está aí para nos mostrar que ignorar a questão fiscal não traz resultados sustentáveis para as economias. Isso se aplica também à maior das economias, os EUA, onde o governo de Barack Obama já trata como estratégico o objetivo de conter seus gastos fiscais”, observou. As restrições fiscais que deverão sobrevir a partir de 2011 representarão, segundo Mario Juan, um resgate das práticas saneadoras que nortearam a edição da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Influenciada pelo ambiente econômico de transparência fiscal que, na época de sua aprovação, marcava a Europa, os Estados Unidos e o próprio Brasil, a LRF contribuiu para consolidar a estabilidade econômica brasileira. “Esse dispositivo, que está completando 10 anos e foi responsável por completar de forma brilhante o arcabouço institucional da política econômica, revela-se mais importante a cada dia que passa, validando com sobras todo o desgaste político enfrentado a partir de 1994 para garantir a estabilidade”, afirma no artigo o economista da CNC, lembrando, ainda, que a lei ajudou a potencializar os efeitos positivos do processo de privatização. (Matéria publicada na revista CNC Notícias) Agosto 2010

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Divulgação

CAFÉ EMPRESARIAL

O ideal do empreendedor uando chegou a ter uma pequena empresa, Elton Lívio Petterle enfrentou muitas dificuldades, apesar da experiência na qualificação como engenheiro civil e na administração de grandes projetos, como o Carajás. Aplicava as técnicas e ferramentas que conhecia, e com elas, era capaz de tocar grandes projetos, mas na pequena empresa precisava de muitos auxiliares. Ao tentar simplificar essas ferramentas, chegou a um modelo que favoreceu o pequeno empreendedor, propiciando resultados espetaculares para o seu negócio. Naquele momento, resolveu transformar esse conhecimento, fruto de uma pesquisa de oito anos com mais de mil e quinhentos empreendedores, em algo útil e eficaz. Estava nascendo o IDEBRASIL, de uma história pessoal de seu presidente. Partindo da experiência no convívio

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com mais de 10 mil empresas, Elton Lívio Petterle, empresário, consultor, Especialista em Gestão de Micro e Pequenas Empresas, palestrante, pesquisador e Presidente do IDEBRASIL estará falando aos empresários de Campo Grande a respeito do Programa de Capacitação de Gestão de Empresas que já foi aplicado em mais de dezessete Estados, através do Curso de Desenvolvimento Empresarial (CDE), que está sendo realizado em Campo Grande com apoio da Escola de Varejo da ACICG. Em doze anos de IDEBRASIL,

mais de dez mil empreendedores já passaram pelo Programa de Capacitação. “Nosso trabalho é contínuo e sabemos que esses empresários estão tendo bons resultados, como crescimento e diminuição de prejuízos”, disse o palestrante. Elton Lívio Petterle também coordenou o Projeto Carajás da Companhia Vale do Rio Doce e o Projeto de Duplicação da Cenibra (Empresa de Celulose). Ele será o palestrante do 6º CAFÉ EMPRESARIAL que a Associação Comercial realizará no dia 30 de setembro.

SERVIÇO CAFÉ EMPRESARIAL Data: 30 de setembro

Horário: 7h30

Local: ACICG - Rua XV de Novembro, 390 Fone: (67) 3312-5020 / 3312-5021 Agosto 2010

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TRABALHO

As profissões que vão construir o futuro >Áreas com maior potencial são aquelas que contribuirão para melhorar a qualidade de vida da população e proteger o Meio Ambiente ma das questões que mais despertam interesse em relação ao futuro é identificar as profissões que estarão no topo das demandas das sociedades modernas. Numerosos estudos têm sido realizados, como assinala o economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC) Antonio Everton Chaves Junior, no trabalho técnico intitulado As profissões do Futuro. E é possível identificar uma

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convergência no que se refere às áreas com maior potencial, entre elas Meio Ambiente, Medicina, Energia, Engenharia e Lazer. Por trás desse movimento estão as vertiginosas transformações tecnológicas e as mudanças nas formas de produção e nos padrões de consumo, em constante evolução para atender um número cada vez maior de consumidores. Para Antonio Everton, as profissões do futuro são aquelas que, acompanhando as mudanças sociais

e econômicas, apresentarão soluções de problemas ligados ao envelhecimento, estresse, escassez de recursos naturais, agressão ao Meio Ambiente, corrida espacial, entre outros. As palavras-chave serão segurança e qualidade de vida. “São temas recorrentes, cujas soluções merecem aprofundamento do conhecimento científico e da formulação de políticas públicas”, assinala o economista. “O crescimento das cidades traz inúmeros problemas e confli-


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tos na distribuição do espaço e xólogo), tradutor cultural, cientista no atendimento às necessidades socioambiental, especialista em dedos residentes”. sastres e epidemias, gestor de cidaAntonio Everton cita estudo feito des e organizador de dados. pela consultoria britânica FastFutuPara o futuro mais imediato, a rere, que ouviu especialistas de 58 paítomada do crescimento econômico ses em cinco continentes. Intitulado que ocorre no Brasil também tem The Shape of Jobs to Come (Os mobilizado setores do governo e tipos de trabado emprelho que virão, sariado em tradução na busca Por trás desse movimento estão livre), o estude soluas vertiginosas transformações do menciona ções que tecnológicas e as mudanças nas atividades atendam como policiais forte formas de produção e nos padrões à do clima, nademanda de consumo, em constante evolun o m é d i c o s, por mãoção para atender um número cada d e - o b r a . farmagranjeiros, cirurA Fedevez maior de consumidores. giões para ração das aumento de Indústrias memória, como sendo as prodo Estado do Rio de Janeiro (FIRfissões que serão valorizadas, JAN), por exemplo, elaborou suas em razão dos novos paradigmas próprias projeções, com foco até o tecnológicos de produção e ano de 2015. de comportamento. A pesquisa apontou a engenharia No Brasil, o Instituto de Estudos como a carreira universitária mais Avançados Transdisciplinares da importante, indicando também ouUniversidade Federal de Minas tras de nível técnico como sendo Gerais fez um trabalho semelhanprioritárias. As áreas ambiental, de te. Algumas carreiras promissoras petróleo, de alimentos, petroquímiseriam gestor de resíduos (ou lica e florestal foram os destaques.

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CENÁRIO

Como o Brasil conseguiu evitar a crise entre os modelos utilizados nos manuais para encaixar a crise mundial, na palestra de abertura do 20º Congresso da CACB, realizado em Gramado (RS), “O mundo pós-crise e o Brasil nele”, o jornalista Carlos Alberto Sardenberg afirmou que a crise não pode ser considerada um ‘V’ clássico, ou seja, uma depressão e uma recuperação rápida. Mas é o modelo que mais se aproxima da realidade, apesar do repique da crise no continente europeu. “Não é um ‘U’, como aconteceu na crise de 1929, cuja recuperação ocorreu somente em 1936, muito menos um ‘L’, de recuperação lenta, ou um ‘W’, em que a melhoria temporária depois da crise do fim de 2008 será seguida de uma nova queda”, afirmou. Dados do FMI que projetam um crescimento de 4,1% para a economia mundial, neste ano, contra uma estimativa anterior de 3,9%, reforçam que o ‘V’ é o modelo mais aproximado da crise, segundo o comentarista econômico da TV Globo. Ainda de acordo com o FMI, a economia

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dos Estados Unidos deve crescer 3% neste ano. Enquanto isso, as economias emergentes devem liderar a recuperação global, com previsão de crescerem em 2010 quase o triplo da média das economias avançadas. Sardenberg citou ainda que, segundo o FMI, países emergentes e em desenvolvimento devem crescer 6,3% neste ano e 6,5% no próximo. Nos países avançados, a perspectiva é de 2,3 e 2,4 %, respectivamente. A China terá novamente o maior crescimento: 10 % neste ano e 9,9% em 2011. Brasil, Índia e Indonésia também são citados pelo FMI como protagonistas de sólidas recuperações. Como o Brasil conseguiu evitar a crise? Segundo Sardenberg, o Brasil e os demais países emergentes aprenderam com as crises anteriores e passaram a acumular reservas. “Quando terminou o ano de 2008, os emergentes tinham US$ 1 trilhão de reservas internacionais. No caso do Brasil, a virada nas contas aconteceu porque o País deixou de ser carente de dólares e passou a acumular reservas graças aos saldos comerciais.”

Cadê as reformas? O País pode passar mais quatro anos sem reformas? Poder pode, mas vai crescer menos. Do jeito que está, pode crescer 4,5%, 5%. Mas para crescer de forma elevada e embalar o crescimento, precisa de reformas. Sem reformas, o Brasil não corre risco de aumentar o déficit, como da Previdência por exemplo? Se o Governo não fizer as reformas, ele deverá aumentar os impostos ou reduzir os investimentos. Não tem saída. Qual foi a maior omissão do Presidente Lula nos seus dois mandatos? Foi não ter aproveitado a onda favorável e não ter tocado em nenhuma reforma importante, sem qualquer dúvida. Esse é o ponto, Lula não avançou em nenhuma reforma importante. Se a inércia continuar, o País regride, é claro.

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