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Campo Grande / Ano IV / Março de 2012 / nº 24
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• Comércio
Setor deve crescer 6,5% este ano (pág. 8)
• Carga Tributária
Brasil tem pior avaliação em utilização de impostos (pág. 11)
• Logística reversa
Saiba mais sobre essa tendência empresarial (pág. 26)
ACICG negocia e Prefeitura aceita rever decisão sobre NF-e Março de 2012
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EDITORIAL
>Otimismo sem exagero
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Em um mercado cujo varejo movimentou em 2011 entre US$45 e 50 bilhões no Brasil, segundo dados do IBGE e análise do NE&PE – Núcleo de Estudos e Projeções Econômicas da GS&MD, não há como deixar de mostrar otimismo quanto a expectativa de negócios para 2012, mesmo com as notícias sobre a crise financeira internacional. A ascendência de 16 milhões de famílias brasileiras para as classes B/C nos últimos dez anos e o aumento do poder de compra das atuais classes D/E são fatores que contribuem decisivamente para a garantia da manutenção do crescimento do comércio varejista. Em Campo Grande, o Departamento de Estatística e Pesquisa (Depe) da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) aponta que nos dois primeiros meses do ano a média de crescimento no volume de vendas do comércio chegou a 4% com expectativa de incremento até o patamar de 6,5% em 2012, em relação ao volume de negócios realizados em 2011. Para chegar a esse índice a Associação Comercial considera o crescimento de 2% acima da previsão de desenvolvimento do Produto Interno Bruto (PIB). Conforme explica Carlos Thadeu de Freitas, economista da Confederação Nacional do Comércio, “fatores como desaceleração da atividade doméstica, o aperto monetário e as medidas restritivas adotadas pelo Banco Central do governo ao crédito ainda estarão presentes neste início de 2012”. Contudo, com a reversão das políticas econômicas deve permitir taxas mais altas de crescimento a partir do segundo semestre. A CNC prevê crescimento de 7% para o varejo brasileiro em 2012. Após a redução dos juros para 10,5% ao ano em janeiro, os economistas do mercado financeiro mantiveram a estimativa de que os juros básicos da economia brasileira serão reduzidos novamente em 2012. A previsão para a taxa básica de juros da economia no fim deste ano permaneceu em 9,5% ao ano, fato que também anima os empresários e antecipa resultados financeiros positivos ao fim do ano. Enfim, todos os fatores positivos que cercam a atividade comercial em 2012 devem ser considerados como incentivo ao trabalho, à inovação empresarial, porém sem otimismo exacerbado. O empresariado precisa se manter cauteloso, observando as tendências de mercado e acompanhando o movimento dos consumidores porque estes também se mostram cautelosos há um bom tempo. Omar Aukar Presidente da ACICG
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EXPEDIENTE
Diretoria da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande Gestão 2011/2014 Presidente: Omar Pedro Andrade Aukar 1º Vice-Presidente: Luiz Fernando Buainain 2º Vice-Presidente: Pedro Chaves dos Santos Filho 3º Vice-Presidente: Roberto Bigolin 1º Secretário: Roberto Tarashigue Oshiro Jr. 2º Secretário: Maicon Thomé Marins 3º Secretário: Roberto Rech 1º Tesoureiro: João Carlos Polidoro da Silva 2º Tesoureiro: Rodrigo Bogamil 3º Tesoureiro: Milton Silvino S. de Oliveira Diretores: Anagildes Caetano de Oliveira Guido Kieling Leni Fernandes Luís Fernando A. Gonçalves Luiz Afonso Ribeiro Assumpção Maria Vilma Ribeiro Rotta Maurício Abrão Dias Campos Nilson Carvalho Vieira Renato Paniago da Silva Rodrigo Possari Simone Oshiro Thomas Malby Croften Horton Wilson Berton Conselho Deliberativo: Antoine Chidyac Antônio João Hugo Rodrigues Carlos Roberto Bellin Cláudia Pinedo Zottos Volpini Cristiano Gionco Feres Soubhia Filho Jaime Valler João Garcia José Pereira de Santana Luiz Carlos Feitosa Luiz Carlos Mossin Luiz Humberto Pereira Madalena Gomes Mário Neves Paulo Antunes de Siqueira Paulo Ribeiro Júnior Ricardo Kuninari Salvador Rosa Sandim Sidney Maria Volpe Valzumiro Ceolim Conselho Fiscal: Amadeu Cláudio Zillioto Augusto Raimundo Alessio Fernando Pontalti Amorim José Marques Rei Davi Batista Barbosa Ueze Elias Zahran Relator do Conselho Fiscal: Paulo Roberto Hans 1ª Secretária do Conselho Fiscal: Rosane Maia 2º Secretário do Conselho Fiscal: Fábio Angelo Bigolin 4
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Publicação da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) www.acicg.com.br Rua XV de Novembro, 390 Centro - CEP 79002-140 Campo Grande / MS (67) 3312-5000
Editor: Hélio de Souza assessoriadeimprensa@acicg.com.br Conselho Editorial: João Carlos Polidoro Roberto T. Oshiro Júnior Colaborador: Valdineir Ciro de Souza Diagramação e Arte: Diniz Ação em Marketing Projeto Gráfico: Qualitas Brasil Coordenadora de Marketing: Tais Lenzi de Luca Superintendente: Fernanda Barbeta dos Rios Pinto Sugestões: 67 3312-5003 comercial@acicg.com.br
ÍNDICE
REVISTA AÇÃO COMERCIAL
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>>Destaques
6 > COMÉRCIO Setor deve crescer 6,5% este ano
> CAPA ACICG Negocia e Prefeitura aceita rever decisão sobre NF-e
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Editorial Legislação Carga Tributária Ação nos Bairros Inovação Conciliação e Arbitragem Datas Comemorativas
03 10 11 13 14 16 18
> LOGÍSTICA REVERSA
Saiba mais sobre essa tendência empresarial
20 21 22 24 28 31 33
Dinheiro Novo Tributos Artigo Leitura Rápida Feriado Prolongado Leão Faminto Ponto Eletrônico
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TRIBUTOS Jornal O Estado MS
Diretores da ACICG receberam a imprensa para confirmar que a entidade iria até a Justiça para defender seus associados
ACICG pressiona e Prefeitura revê decisão sobre NF-e E mpresários campo-grandenses, principalmente pequenos prestadores de serviço, foram surpreendidos na primeira semana de fevereiro com a informação que a Secretaria Municipal de Receita (Semre) estava convocando, através de edital publicado no Diário Oficial do Município, prestadores de serviços não credenciados ao Sistema de Nota Fiscal Eletrônica de Serviços - NF-e. A notícia causou pânico entre os quase 17 mil empresários listados no edital, por motivos plenamente justificados:
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a falta de orientações claras quanto ao cumprimento da exigência, o pequeno prazo - até dia 15/2 - para finalização do processo, a alta multa - R$ 585,00 estipulada pelo Executivo, entre outras coisas. Conforme o edital, essas empresas estavam com inscrição suspensa e corriam o risco de terem a inscrição cancelada definitivamente após o dia 15 de fevereiro. Em defesa dos seus associados, a ACICG reagiu rapidamente. Convocou a imprensa para uma coletiva realizada na tarde do dia 6 de fevereiro (segundafeira) e anunciou que estava tentando
negociar com a Semre uma possível mudança no rumo da história, mas que se isso não fosse possível iria à Justiça para defender os interesses do empresários atingidos pela decisão equivocada da Prefeitura. “Não é possível que 95% das empresas estejam erradas”, comentou o tributarista e diretor da ACICG, Roberto Oshiro, ressaltando que na lista publicada com 16,7 mil empresas, 95% são prestadoras de serviços. “Acreditamos que houve erro da Prefeitura na implementação da medida”, completou Oshiro.
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Jornal O Estado MS
No gabinete do secretário Estoduto foi alinhavado o acordo que oferece melhores condições aos empresários da Capital
Pressão e acordo Pressionado pela ACICG que saiu em defesa dos empresários, o prefeito Nelson Trad Filho determinou que o secretário César Estoduto (Semre) procurasse a entidade para ouvir e negociar as possíveis mudanças, afrouxando o nó do pacote tributário divulgado dias atrás. Um esboço do acordo foi alinhavado em reunião realizada no gabinete do secretário Estudoto na tarde do dia 7. Pela ACICG participaram os diretores Roberto Oshiro e João Carlos Polidoro; Ruberlei Bulgarelli, convidado pela ACICG, representou o Conselho Regional de Contabilidade/ MS. Além deles, participaram técnicos da Secretaria Municipal de Receita. Reconhecendo erro na forma de comunicação com os contribuintes, a
Semre publicou quatro editais, dividindo as empresas de acordo com o tipo de ocorrência - falta de credenciamento no sistema de NF-e, devolução de talões antigos de nota fiscal, falta de credenciamento e não devolução de talões de nota fiscal, separação das empresas comerciais que necessitam de outros procedimentos. “A medida adotada pela Secretaria Municipal de Receita deixou os empresários, principalmente os micro, apavorados com a possibilidade de perderem o que conquistaram até agora. No entanto, o prefeito Nelsinho Trad e o secretário César Estoduto mostraram sensibilidade para resolver a questão rapidamente assumindo a responsabilidade
para realizar as mudanças necessárias”, explicou o tributarista Roberto Oshiro. Os quatro editais contendo as novas orientações foram publicados na semana seguinte e o prazo final para cumprimento da obrigação foi prorrogado para o dia 30 de março. Nos casos em que o prestador de serviço também exerce atividade comercial, conforme o secretário, ele é obrigado a comparecer à Secretaria, demonstrar que é autorizado pelo fisco estadual a emitir nota de papel. Entretanto em todas as suas operações de venda de serviços tributáveis no ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza), desde 2009, é necessária a emissão da nota fiscal eletrônica.
Credenciamento online
Conforme explica a Secretaria Municipal de Receita, para se credenciarem, as empresas devem acessar o site da Semre (www.capital.ms.gov. br/semre/nfse) e seguir as instruções que o próprio sistema indica. Ao final do credenciamento, o prestador de serviço recebe um documento que deve ser impresso e assinado e entregue na Semre. A partir deste processo, será emitida uma senha que dará o acesso para o início da atividade online. “O prestador de serviços não deve esquecer de devolver o documento de nota fiscal impressa, só assim será configurado o credenciamento”, lembra o secretário.
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VAREJO
“Isso aumentará o poder de compra real do consumidor” Carlos Thadeu
Comércio deve ter alta de 6,5% nas vendas de 2012 C onforme projeção realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o comércio brasileiro deve apresentar crescimento de 7% em 2012, baseada em dados de vendas do comércio varejista divulgadas dia 14 de fevereiro na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para a Confederação, alguns fatores tendem a levar novamente o consumo a impulsionar a atividade como a retirada de parte das medidas de restrição ao crédito, a adoção de incentivos fiscais para o consumo de bens duráveis, o aumento real de 7,5% do salário míni-
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mo, a expectativa de um cenário mais favorável para a inflação e o processo de desaperto monetário iniciado em agosto do ano passado. Para Bruno Fernandes, economista da Confederação, o aumento do custo de vida com a alta da inflação, a adoção de medidas restritivas por parte do governo para esfriar a o agravamento da crise europeia e uma depreciação pontual da taxa de câmbio impactaram na desaceleração das vendas do comércio em 2011. O setor encerrou o ano de 2011 com crescimento de 6,7%, conforme projeção da CNC. “Isso aumentará o poder de compra real do consumidor”, projeta Carlos Thadeu
de Freitas, chefe da Divisão Econômica da CNC.
ESFRIAMENTO
Fatores como desaceleração da atividade doméstica, o aperto monetário e as medidas restritivas adotadas pelo Banco Central do governo ao crédito ainda estarão presentes neste início de 2012. “O esfriamento da demanda doméstica vem beneficiando o comportamento da inflação no curto prazo, fato este já percebido nos últimos resultados de índices de preços. Um ritmo mais baixo de geração de emprego e renda, concessões de crédito em desaceleração, um elevado patamar de endividamento das famílias, conjugado a um aumento
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do custo de vida, são os principais fatores condicionantes desse resultado”, explica Carlos Thadeu. Contudo, com a reversão das políticas econômicas deve permitir taxas mais altas de crescimento a partir do segundo semestre. A projeção de 6,5% de crescimento do comércio da CNC está condicionada aos seguintes fatores: crescimento maior do PIB, de 3,5% em 2012 ante 2,9% ano passado; arrefecimento da inflação, medida pelo IPCA, para 5,5% em 2012 ante 6,5% em 2011; expansão das concessões de crédito às pessoas físicas em patamar próximo ao de 2010, cerca de 11%; e crescimento da massa de rendimentos da população ocupada de 6,6% em 2012, ante 5,0% em 2011.
CONFIANÇA ABALADA
De acordo com o estudo técnico, o ano se inicia em meio a grandes incertezas na área externa: a crise da dívida na Europa continua gerando volatilidade nos mercados e abalando a confiança dos agentes econômicos ao redor do mundo. Em paralelo, a incapacidade de recuperação da economia norte-americana e as
incertezas em relação ao futuro da China também preocupam. “Qualquer cenário deve levar em conta essas condições”, explica Marianne Hanson, economista da Confederação. Segundo ela, no início desse ano, um menor crescimento mundial continuará impactando negativamente as exportações, assim como a volatilidade dos ativos, deve seguir reduzindo o nível de investimento e consumo. “É razoável acreditar que a economia chinesa irá crescer a uma taxa menor nos próximos anos, algo mais próximo de 7% ou 8%. Isso significará que terá um apetite menor pelas commodities brasileiras, principalmente as mais cíclicas, como por exemplo, os metais”, contextualiza João Felipe Araujo, economista da confederação. “Já no segundo semestre, esperamos que o impacto da reversão das políticas econômicas adotadas recentemente serão sentidos em sua plenitude”, diz a economista. Para Marianne, o afrouxamento monetário proveniente de taxas de juros reais em níveis históricos muito baixos, os incentivos fiscais provocados pelo aumento do salário mínimo e a redução pontual de impostos
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devem dar novo fôlego à demanda interna e favorecer o setor de serviços. A redução dos juros reais também deve contribuir para um bom desempenho das concessões de crédito. E o arrefecimento dos preços, juntamente a uma taxa de desemprego reduzida devem favorecer os rendimentos reais dos trabalhadores, contribuindo também para um bom desempenho do setor.
VENDAS EM ALTA
Em Campo Grande, o Departamento de Estatística e Pesquisa (Depe) da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) mostra que nos dois primeiros meses do ano o crescimento nas vendas do comércio chegou a 4% com expectativa de incremento na casa de 6,5% em 2012, em relação ao volume de vendas auferido em 2011. “Estamos considerando dois pontos percentuais acima da expectativa do índice do PIB (Produto Interno Bruto), conforme espera o governo brasileiro”, explica Valdineir Ciro de Souza, gerente do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC).
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LEGISLAÇÃO
MPEs podem ficar fora dos negócios da Copa e das Olimpíadas Boa parte das empresas ainda depende da regulamentação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa para ter acesso às compras a serem feitas pelos governos
O
s grandes eventos esportivos que vão tomar conta do Brasil em 2014 e 2016 prometem gerar alguns milhões de dólares em investimentos em obras, contratação de serviços e também em retorno devido aos gastos feitos pelos visitantes. No entanto, a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016 no Rio talvez não representem oportunidades iguais para todos os empreendedores. Muitas empresas de micro e pequeno portes ainda dependem da regulamentação da Lei Complementar nº 123/2006, a chamada Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, para ter acesso ao tratamento diferenciado em compras feitas pelos governos federal, estadual e municipal e que está garantido pela nova legislação. Para se ter uma ideia do impacto de um megaevento esportivo, em Londres, onde será realizada a Olimpíada em 2012, mais de 10 mil empresas do Reino Unido forneceram todo o tipo de material e serviços ao Centro Olímpico, desde componentes de concreto e aço até plantas - como informa a revista O Empreiteiro em sua edição de novembro. As empresas interessadas deveriam se registrar em site específico na internet para concorrer às oportunidades públicas e privadas de negócios ligados aos Jogos Olímpicos. O Parque Olímpico de Londres foi construído em uma área de 246 hectares 10
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do tamanho do Hyde Park - para instalação dos equipamentos esportivos para as diferentes modalidades em competição. Se os súditos da Rainha já podem se orgulhar da sua infraestrutura para o megaevento, aqui no Brasil há vários desafios a serem vencidos ainda para a Copa de 2014. Um deles refere-se à demora na regulamentação da lei que pode facilitar o ingresso de micro e pequenos empresários no mundo dos negócios. Sancionada pelo presidente
Foi estabelecido o prazo de um ano, depois da sanção da lei, para que estados e municípios regulamentassem o texto e providenciassem a adequação de suas licitações às novas regras. Mas como não houve a fixação de qualquer penalidade para o descumprimento, nem todos trataram de promover logo a regulamentação da lei. Com isso, segundo levantamento do Sebrae, 33% dos municípios brasileiros ainda não regulamentaram o texto.
Às pequenas empresas é dada preferência em caso de empate com uma companhia de maior porte Lula em 14 de dezembro de 2006, a Lei Complementar nº 123/2006 acena com vantagens para os pequenos negócios nas compras públicas. Uma delas é a exclusividade nas aquisições de até R$ 80 mil e subcontratação de até 30% do valor licitado nos grandes contratos. Às pequenas empresas também é dada preferência em caso de empate com uma companhia de maior porte, além de tratamento diferenciado na contratação de financiamentos.
O estado mais atrasado é também o mais rico do país. Pelos dados, em São Paulo, dos 645 municípios, a regulamentação da Lei Complementar nº 123/2006 foi providenciada por 283, representando um índice de 43,88%, o mais baixo do país. Em cinco estados – e também no Distrito Federal - a lei está regulamentada na totalidade de seus municípios - Espírito Santo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Acre e Santa Catarina. (Bernardo Rebello/ Agência Sebrae)
CARGA TRIBUTÁRIA
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Brasil tem pior avaliação em utilização de impostos A
arrecadação de impostos no Brasil pode ser melhor investida em benefício da população, diz estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). De 30 países observados, o Brasil está na última posição no ranking sobre aproveitamento dos recursos arrecadados, inclusive entre os sul-americanos – Argentina e Uruguai. O primeiro colocado é a Austrália, depois vêm os Estados Unidos, a Coreia do Sul, o Japão e a Irlanda. O presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike, defendeu a redução da quantidade de impostos cobrados no país e o aperfeiçoamento na utilização dos recursos. Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, Olenike disse que o resultado da pesquisa
mostra que é necessário agir rapidamente. “O Brasil, como potência que é hoje, economicamente, vem sendo o sexto maior em termos de PIB [Produto Interno Bruto] e em termos de crescimento econômico. Mas, ao mesmo tempo, não transforma isso em qualidade de vida para a população, o que é bastante lamentável”, disse Olenike. O estudo analisou o comportamento dos consumidores e a aplicação dos recursos em 30 países. Pela ordem, os piores colocados no ranking são o Brasil, a Itália, a Bélgica, a Hungria e a França. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores consideraram a carga tributária de cada país, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e elaboraram o que foi chamado de Índice de Retorno de BemEstar da Sociedade (Irbes).
De acordo com o IBPT, em 2011, o Brasil arrecadou cerca de R$ 1,5 trilhão em pagamentos de tributos. “Esse valor deveria voltar mais significativamente para a população”, defendeu Olenike. Segundo ele, um dos aspectos considerados graves pela pesquisa é que não há retorno em investimentos básicos para a população. Olenike citou como exemplo serviços relativos à educação, saúde e segurança. De acordo com ele, a classe média se vê obrigada a complementar o que o Poder Público deveria arcar. “O pessoal da classe média é obrigado a pagar uma tributação indireta e complementar, [por exemplo, pagando] o plano de saúde privado”, disse ele, citando também escolas particulares e pedágios nas estradas.
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AÇÃO NOS BAIRROS
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Empresários participam da apresentação do projeto que leva conhecimento
ACICG e SEBRAE-MS levam conhecimento aos bairros da Capital
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programa ACICG NOS BAIRROS, realizado em parceria com o Sebrae-MS, já começou a ser desenvolvido este ano em várias regiões da cidade onde é necessária a intervenção da Associação Comercial no sentido de qualificar empresários e colaboradores das empresas de comércio e serviços da Capital. O projeto em destaque no início deste ano denomina-se “Boas Vendas - Como Vender Mais e Melhor no Varejo” que tem à frente o consultor/facilitador Moacir Pereira Junior. Foram programados 12 módulos que serão aplicados em reuniões realizadas na primeira e terceira semana de cada mês, a partir de março. “Dividimos o programa em módulos para permitir que empresários e colaboradores tenham oportunidade de conhecer detalhes de todos os assuntos que permeiam o
cotidiano das empresas e se preparem melhor para as datas comemorativas do calendário comercial, como Dia das Mães, Natal, etc”, explicou Moacir Pereira Júnior. Em parceria com o Sebrae-MS, a ACICG pretende disseminar conhecimento sobre legislação trabalhista básica, legislação tributária, além de itens fundamentais para o desenrolar do trabalho nas empresas, o fortalecimento do negócio: ponto comercial, comprar bem para vender bem, a definição do preço de vendas, como formar um time de vendas vencedor, o atendimento no varejo, o cliente fiel, a concorrência e você, a divulgação do seu negócio, fazendo aparecer o lucro. “O comércio nos bairros de nossa Capital mudou muito nos últimos anos e diante de um mercado cada vez mais competitivo, obrigando as empresas
saírem da informalidade, os empresários estão obrigados a buscar informações visando a profissionalização”, explicou Moacir Pereira Júnior, confirmando que “a resposta por parte dessas empresas tem sido positiva e isto tem nos animado a continuar investindo com um cronograma recheado de diversas ações que irão beneficiar o setor produtivo das regiões onde levaremos o programa”. A ACICG usou os dois primeiros meses do ano para apresentação do projeto e agora em março as ações estarão sendo desenvolvidas nas seguintes regiões: Conjunto Nova Lima, Conjunto Anache e Conjunto Colùmbia. Grande Aero Rancho, Guanandy e Jardim das Hortências. Carandá Bosque, Nova Bahia, Mata do Jacinto, Conjunto Novos Estados e Estrela Dalva.
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INOVAÇÃO
Novo conceito de padaria atrai mais clientes Introdução do fast-food e de novos produtos amplia fonte de receitas e cria novo tipo de negócio
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squeça as padarias de antigamente. Com as exceções de praxe, o que prevalece hoje é um novo tipo de negócio. A estratégia agora é ampliar a oferta de produtos e serviços com o objetivo não somente de manter a clientela tradicional, mas também aquela que vai ao ponto de venda para consumir uma variedade de pães, lanches e doces, em muitos casos produzidos ali mesmo na frente do freguês. Resultado: depois do fechamento de mais de 8 mil padarias nos anos de 1990, o setor está em evolução. Em 2010 houve um crescimento de 13,7% nas vendas em comparação ao ano anterior, com um faturamento de R$ 56,3 bilhões, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), que ainda não concluiu o levantamento do exercício de 2011. Além do aumento da oferta de produtos, o consumidor começa a ser despertado para os sabores de pães especiais e por aqueles que até então eram conhecidos apenas por aficionados por padarias francesas. Com opções que incluem baguetes, croissants, brioches, pain au chocolat, entre outros, muitas padarias brasileiras estão
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abandonando passo a passo as influências portuguesas e italianas que até então prevaleciam. “A padaria pode ser uma excelente opção de investimento. O negócio pode se consolidar rapidamente se o conceito for ao encontro das necessidades do público-alvo, com soluções simples para o gosto das pessoas. Mas uma eternidade, podendo até desaparecer, se o dono não der prioridade à qualidade dos produtos e serviços”, ensina Mauricio Machado, dono do Padeiro de Sevilha, de Florianópolis, considerada pela revista Panificação Brasileira uma das 100 melhores padarias do Brasil. O segmento de panificação, composto em sua maioria por pequenas empresas, segundo a Abip, movimenta a cada ano cerca de R$ 50 bilhões, correspondente a 2% do PIB nacional. São 63,2 mil padarias espalhadas por todas as partes do Brasil, que geram 758 mil empregos diretos e 1,8 milhão de indiretos. Na visão do presidente da Abip, Alexandre Pereira Silva, o aumento do consumo e a busca por diferenciais por parte dos consumidores contribuem para que as padarias se reformulem. Por isso, é
preciso investir num novo modelo de loja que valorize os produtos. “Precisamos reconhecer no fast-food e em outros serviços uma oportunidade de crescimento, com novos conceitos. Tornou-se tendência oferecer café da manhã, almoço, cafeteria, chocolataria, conveniência e delivery, tornando a padaria um espaço de convivência.” De acordo com Silva, o setor precisa avançar muito, dado que somente um terço dos estabelecimentos apresentam uma situação de equilíbrio. “Ocorre que 70% das empresas do setor, ou seja, cerca de 40 mil padarias, enfrentam dificuldades para sobreviver. A redução de impostos é a melhor resposta para revitalizar esse segmento”, afirma ele. Abip lembra que o consumo brasileiro per capita de pão é ainda acanhado. De fato, a média brasileira é de pouco mais de 30 quilos por ano (menos de dois pães por dia), enquanto a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) – órgão das Nações Unidas – recomenda praticamente o dobro: 60 quilos por habitante/ano, ou seja, mais de três pães por dia. (Revista Empresa Brasil/CACB)
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CONCILIAÇÃO E ARBITRAGEM
CBMAE apresenta resultados de 2011 Em 2011, a Câmara de Mediação e Arbitragem da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (CBMAE/ACICG), deu entrada em mais de 400 procedimentos, ação específica onde o empresário tem a oportunidade de convidar o consumidor/devedor para participar de audiências de conciliação visando negociação dos débitos e demais conflitos. A CBMAE/ACICG começou o ano de 2012 com 31 audiências de conciliação agendadas para o mês de janeiro.
Procedimentos em 2011 - PACE Posto Avançado de Conciliação Extra Processual Total de procedimentos: 434 Frutíferas: 69% Infrutíferas: 31% Valor total dos acordos: R$ 121.955,27
CONDE DOS ARCOS
O prêmio “Conde dos Arcos - Acesso à Justiça” foi criado para homenagear as unidades da rede da Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem Empresarial que se destacaram no ano de 2011. O intuito foi convidar as Câmaras de Mediação e Arbitragem e os Postos Avançados de Conciliação Extraprocessual a relatar suas experiências exitosas. As categorias foram escolhidas para privilegiar objetivos que toda a rede CBMAE deve perseguir: Relações com o mercado e sustentabilidade, Parcerias Institucionais e Marketing e Excelência operacional. Confira a colocação da CBMAE/ACICG e 16
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do PACE: • Categoria: Relações com o mercado e sustentabilidade 2º lugar - Câmara de Mediação e Arbitragem de Campo Grande - CBMAE ACICG • Categoria: Excelência Operacional 2º lugar - Posto Avançado de Conciliação Extraprocessual da Associação Comercial de Campo Grande - PACE TJ MS
TRABALHO EM 2012
A primeira reunião em 2012 com os especialistas da CBMAE/ACICG aconteceu no dia 6 de fevereiro, na sala da presidência da ACICG. Foram apresentados os resultados da
CBMAE/ACICG e do PACE/TJMS. Sob a coordenação do dr. Roberto Oshiro, presidente da CBMAE, a primeira reunião do ano contou com a presença dos seguintes especialistas: Andrea Afif Elossais, Ângelo Alves de Abreu, Daniela Guerra Garcia, Délcio Luiz Vesenick, Diego Linhares da Cunha, Jane Jocélia de Oliveira Mareco, Jenner Luiz Puia Ferreira, José Paulo Scarcelli, Júlia C. Toledo, Nair Fumie Tomiyoshi Nakao e Valdineir Ciro de Souza. Procure a CBMAE/ACICG e conheça as formas alternativas para solucionar seus conflitos de forma rápida, econômica e eficaz. Para mais informações entre em contato: CBMAE/ACICG 3312-5062
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DATAS COMEMORATIVAS
Comércio preparado para datas especiais A
voz corrente é que o ano no Brasil só começa depois do Carnaval. Neste caso, 2012 parece um ano exemplar. O mês de março deve exibir um desempenho excepcional para o comércio em comparação com dados de 2011, graças, entre outros motivos, ao efeito calendário. Mas será em maio e junho que o impacto benéfico de medidas econômicas adotadas no ano passado deverão ser sentidas de fato em todo o comércio.
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O economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Emilio Alfieri, acredita que somente no quinto e sexto meses deste ano é que aparecerão os efeitos benéficos das quedas da taxa básica de juros (Selic) promovidas pelo Banco Central e da flexibilização das medidas de contenção do consumo editadas pelo governo. A redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) de alguns produtos tem prazo até março e o comércio, comenta o
economista, ainda poderá se beneficiar dessa redução para formar estoque para o Dia das Mães. As datas comemorativas são as molas que impulsionam o movimento no comércio em todo o País, reforçando caixa de praticamente todas as empresas do setor, levando nessa esteira o desempenho da indústria nacional por conta da ‘desova’ da produção através do setor terciário.
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Consumo premiado O
comércio de Campo Grande já se prepara para a próxima data comemorativa, mas ainda contabiliza os resultados do último Natal. A Campanha de vendas e prêmios Natal Mágico, realizada pela Associação Comercial e CDL, em parceria com Sebrae-MS, Assetur, Drogaria São Bento, Sicredi e Sindivarejo, movimentou o comércio e impactou positivamente as vendas. Os consumidores campograndenses demonstraram um otimismo cauteloso e o comércio auferiu um resultado menor do que a previsão inicial para o mês de dezembro. Quanto à campanha Natal Mágico, cerca de dois milhões de seladinhas estiveram à disposição dos consumidores, com prêmios instantâneos que premiaram aqueles que preferiram adquirir produtos e serviços no comércio de Campo Grande. “Fiquei muito feliz de ter ganho um televisor LCD. A promoção foi ótima e muitas pessoas puderam ganhar um presente extra no final do ano. Espero que no Natal de 2012 a Associação Comercial realize outra promoção desse tipo”,
disse a consumidora Maria Neide da Silva, que fez sua compra no Feirão dos Calçados e ganhou uma TV LCD 32”. “Já comprei em várias lojas de Campo Grande e nunca ganhei prêmio algum. Gostei muito da promoção, principalmente porque ganhei um prêmio instantâneo”, afirmou Vinicius de Almeida, ganhador de uma bicicleta aro 26. Ele fez compra no período de Natal na Madeireira Tamandaré, empresa participante da Promoção.
Kelson Rodrigues
Rosely Fernandes
Maria Neide
Clovis Rampazo
Vinicius Almeida Março de 2012
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DINHEIRO NOVO
Novo salário mínimo vai beneficiar pequenos negócios D
esde fevereiro, mais de um quarto da população brasileira tem seus contracheques mais abastecidos. O novo salário mínimo de R$ 622, em vigor desde 1º de janeiro, alcança 48 milhões de pessoas, segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O reajuste de 14,1% está injetando R$ 47 bilhões na economia nacional, também de acordo com o Dieese. A renda extra, que representa aumento real de 9,2% - acima da inflação de 6,5% apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2011, deve estimular os pequenos negócios. O ganho no salário mínimo será positivo para o varejo em tempos de desaceleração da economia em virtude da crise financeira internacional, na visão do presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato. “Esse dinheiro a mais no bolso do consumidor vai entrar no mercado, principalmente, pelos supermercados, na compra de alimentos, roupas e variedades. Com a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para a linha branca e novos incentivos ao crédito, o novo mínimo poderá atingir positivamente, ainda que com menor força, também o setor de eletrodomésticos e eletroeletrônicos”, opina Amato. Em contrapartida, dirigentes sindicais e empresários de um modo geral demonstram preocupação com a inflação, que avançou em 2011, e com o choque nas contas públicas. O novo mínimo representará gastos de R$ 23,9 bilhões para o governo, a maior parte – R$ 15,3 bilhões – em decorrência do pagamento de benefícios da Previdência Social. É
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preciso ficar atento ao impacto nas contas públicas num momento de instabilidade da economia mundial. Preocupa também o impacto que o novo mínimo fará nas contas públicas das prefeituras, principalmente nas menores, assim como no déficit previdenciário, que é um problema sério e está sendo
arrecadação de impostos. O Dieese calcula que serão recolhidos mais R$ 22,9 bilhões este ano devido ao aumento do consumo causado pela renda extra da população. Além disso, em 2012, o governo vai arrecadar mais com a alta das alíquotas de IPI de cigarros e bebidas. No estado de São Paulo, lembra o presidente
Raio X do salário mínimo
Reajuste de 14,1% em 2012, alcançando R$ 622 Aumento de R$ 77 em relação aos R$ 545 vigentes em 2010 Injeção de R$ 47 bilhões na economia Benefício direto a 48 milhões de brasileiros Aumento real de 9,2% Impacto de R$ 23,9 bilhões nas contas públicas Correspondente a R$ 20,73 por dia e R$ 2,83 por hora de salário postergado, podendo ser grande empecilho ao crescimento da economia brasileira nos próximos anos. Basta vermos que parte da crise da Europa tem como pano de fundo o déficit fiscal. Apesar da maior pressão no orçamento governamental, o reajuste do salário mínimo também vai resultar em maior
da Facesp, o novo regime tributário do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias) poderá compensar os gastos extras do governo local.
TRIBUTOS
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Sefaz atende setor produtivo sobre o Sintegra Analítico A
tendendo pleito de empresários do comércio e demais segmentos do setor produtivo de Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado publicou decreto no dia 15 de fevereiro contendo soluções para a inadimplência, que atingia 90,25% das empresas, com a entrega das informações do Sintegra, principalmente no que diz respeito ao inventário/controle de estoque (registro 74) onde a não entrega das informações de forma correta suplantaria 95% das empresas que até então estavam obrigadas a este dever de natureza instrumental. Em reunião realizada em novembro do ano passado entre as entidades do setor produtivo e o secretário de Fazenda, Mário Sérgio Lorenzetto, o tributarista e diretor da ACICG, Roberto Oshiro, explicou as principais dificuldades encontradas pelas
empresas que inviabilizam o atendimento das exigências do Fisco no lançamento do movimento passado nos novos sistemas, aquisição do software de plataforma paralela e auditoria contábil, contratação de pessoas especializadas só para este levantamento, falta de informações detalhadas e custo muito elevado, quase inviável para os empresários. Ficou definido que as entidades iriam encaminhar uma pauta de propostas com as soluções possíveis e viáveis para resolver o problema, tendo em vista o alto índice de contribuintes que estão em dificuldades para atender as novas tecnologias e modificações implementadas pelo Fisco. Lorenzetto ouviu atentamente as reivindicações e sinalizou positivo para a proposta do ajuste de estoque (registro 74) elaborado pelo setor produtivo do
Estado, e determinou que o assunto fosse estudado por uma comissão composta de técnicos da SEFAZ e das entidades. O decreto publicado agora em fevereiro é resultado dos trabalhos dessa Comissão de Estudos Tributários e vai além do que foi reivindicado. As empresas do Simples com faturamento anual de até R$ 1,8mi ficam isentas das obrigações do Sintegra Analítico. Empresas fora do Simples com faturamento de até R$ 600 mil anuais também estão isentas. Para as demais empresas que ainda não estão atendendo às exigências do Sintegra Analítico, o Governo do Estado abriu mão das informações pretéritas referente aos anos de 2010 e 2011, restringindo as exigências apenas a partir de janeiro de 2012 com prazo de entrega dos arquivos analíticos até 15 de abril de 2012.
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ARTIGO
Trabalho barato reflete um mundo no qual a ‘média’ chegou ao fim Thomas L. Friedman
Colunista de assuntos internacionais do New York Times desde 1995, Friedman já ganhou três vezes o prêmio Pulitzer de jornalismo.
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m um ensaio intitulado “Making It in America” (algo como, “Tendo Sucesso nos Estados Unidos”), publicado na última edição da revista “The Atlantic”, o escritor Adam Davidson relata uma piada da região produtora de algodão dos Estados Unidos sobre o nível de automação atingido pelas fábricas de tecidos modernas. Segundo a piada, atualmente esse tipo de fábrica só possui dois funcionários: “um homem e um cachorro. O homem está lá para alimentar o cachorro, e o cachorro fica na fábrica para impedir que o homem se aproxime das máquinas”. O artigo de Davidson é um dos vários textos recentes que argumentam que 22
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um dos principais motivos pelos quais os Estados Unidos têm atualmente um índice de desemprego tão elevado e remuneram tão mal a sua classe média é não apenas a grande queda da demanda provocada pela Grande Recessão, mas também o enorme aumento da globalização e o crescimento da revolução em tecnologia de informação, que estão, mais rapidamente do que nunca, substituindo trabalhadores norte-americanos por máquinas ou por trabalhadores estrangeiros. Antigamente os trabalhadores que possuíam uma qualificação média e que desempenhavam tarefas de qualidade também média podiam contar com um estilo de vida médio. Mas, atualmente,
a média acabou oficialmente. Ter qualidade média simplesmente não significa mais uma garantia da mesma renda que era obtida no passado. Isso não é mais possível em uma época na qual uma quantidade muito maior de empregadores conta com um acesso muito maior a mais mão de obra barata e de qualificação acima da média, bem como a equipamentos robotizados baratos, softwares baratos, automação barata e gênios baratos. Portanto, todo mundo precisa encontrar o seu próprio fator extra – a sua contribuição de valor única que faça com que o indivíduo se destaque na sua área profissional. A média acabou. Sim, as novas tecnologias estão
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devorando empregos há muito tempo, e continuarão a devorar. Conforme o ditado, se os cavalos pudessem votar, jamais teriam surgido automóveis. Mas tem havido uma aceleração dessa tendência. Conforme observa Davidson, “De 1999 a 2009, as fábricas dos Estados Unidos demitiram trabalhadores tão rapidamente que elas quase anularam todos os ganhos dos 70 anos anteriores; cerca de um dentre cada três empregos no setor industrial – um total de cerca de seis milhões – simplesmente desapareceu”. E nós ainda não vimos nada. Em abril do ano passado, Annie Lowrey, da revista “Slate”, escreveu a respeito de uma nova empresa chamada “E la Carte” que deverá fazer com que diminua a necessidade de contratar garçons e garçonetes: a companhia “criou uma espécie de iPad que permite que o consumidor faça o pedido e pague na própria mesa. A invenção, conhecida como Presto, que foi criada por um grupo de engenheiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), poderá ser encontrada em breve em um restaurante próximo ao leitor... O cliente seleciona o prato que deseja e o coloca em um carrinho de pedidos. Dependendo das preferências do restaurante, o painel poderá mostrar informações nutricionais, listas de ingredientes e fotografias. O cliente pode fazer pedidos especiais, como por exemplo “quero molho nas laterais”, ou “dose de bacon quíntupla”. Após terminar, o pedido é remetido para a cozinha, e o Presto diz ao cliente quanto tempo a comida vai demorar. Quem estiver entediado com os companheiros de mesa pode simplesmente jogar na maquininha. Ao terminar a refeição, o cliente paga por meio do tablet, dividindo a conta prato por prato, se desejar, e pagando da forma que desejar. E o recibo pode ser remetido por e-mail. Cada aparelho custa US$ 100 por mês. Se um restaurante servir refeições oito horas por dia, sete dias por semana, isso representará 42 centavos por hora por mesa – fazendo com que o Presto seja mais barato do que o mais barato dos garçons”. E o que o iPad não faz de uma forma acima da média, um trabalhador chinês fará. Basta ver este parágrafo do ótimo artigo de Charles Duhigg e Keith Bradisher, publicado no “New York Times”, sobre o motivo pelo qual a Apple fabrica tantos dos seus produtos na China: “A Apple reprojetou a tela do iPhone no
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último minuto, o que resultou em uma reformulação na linha de montagem. Novas telas começaram a chegar às fábricas chinesas quase à meia-noite. Um gerente imediatamente acordou 8.000 trabalhadores que estavam nos dormitórios da companhia. Cada funcionário recebeu um biscoito e uma xícara de chá, foi conduzido à área de trabalho e, dentro de meia hora, iniciou um expediente de 12 horas, inserindo telas de vidro nas estruturas dos aparelhos. Dentro de 96 horas, a fábrica estava produzindo mais de 10 mil iPhones por dia. ‘A velocidade e a flexibilidade são impressionantes’, disse o executivo. ‘Nenhuma fábrica norte-americana é capaz de competir com isso’”. E a automação não se restringe apenas às fábricas, explica Curtis Carlson, diretor executivo da SRI International, uma empresa do Vale do Silício que inventou o programa para o Apple iPhone conhecido como Siri, o assistente pessoal digital. “O Siri é o início de uma enorme transformação na forma como nós interagimos com bancos, companhias de seguro, lojas, companhias do setor de saúde, serviços de recuperação de informações e prestadores de serviços”. Sempre haverá mudanças – novos empregos, novos produtos, novos serviços. Mas uma coisa da qual nós temos certeza é que, a cada avanço na globalização e na revolução da tecnologia de informação, os melhores empregos exigirão que os trabalhadores possuam um maior e melhor nível educacional para se colocarem acima da média. Eis aqui os mais recentes índices de desemprego do Departamento de Estatísticas do Trabalho relativos aos norte-americanos de mais de 25 anos de idade: aqueles que não têm diploma de segundo grau, 13,8%; os que têm diploma de segundo grau, mas que não fizeram curso superior, 8,7%; os que fizeram parte de um curso superior ou que têm um diploma intermediário (entre o segundo grau e o superior), 7,7%; e os que possuem bacharelado ou um título mais elevado, 4,1%. Em um mundo no qual a média chegou oficialmente ao fim, muitas coisas precisam ser feitas para elevar o índice de emprego, mas nada seria tão importante quanto criar algum tipo de GI Bill (legislação norte-americana que garante o financiamento dos estudos de militares) para o século 21 que garanta que todos os norte-americanos tenham acesso à educação superior. (Tradutor: UOL) Março de 2012
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LEITURA RÁPIDA
Classe dominante
Uma pesquisa do instituto Datafolha mostrou que seis em cada dez brasileiros pertencem à classe média, ou classe C. Isso significa que o grupo possui 90 milhões de pessoas, segundo o levantamento, um número superior à população da Alemanha. Ainda de acordo com a pesquisa, a classe média brasileira está longe de ser homogênea por conta de sua variedade de indicadores de renda, educação e posse de bens de consumo. De acordo com a pesquisa, a população que escapa das classes D e E, mas não tem presença na classe A são participantes deste grupo.
Expansão garantida Enorme desafio
Os principais desafios para extinguir a classe E no País estão estampados no próprio perfil dessa população. Segundo pesquisa do instituto Data Popular, quase a metade da classe E (49,8%) tem até 15 anos de idade, 32,2% deles são analfabetos e 40% vivem no campo. Esses índices são bem superiores à média da população do País, que é de 25,2%, 16,4% e 15,7%, respectivamente. Precisa ter muito investimento público em programas sociais e universalização do ensino básico para resolver essa situação”, afirma o sócio diretor do Data Popular, Renato Meirelles. Ele ressalta que os 7 milhões de brasileiros que continuam em situação de extrema pobreza são os casos “mais difíceis” de serem resolvidos.
Consumidor do futuro
Os shopping centers devem continuar em expansão em 2012, com a inauguração de 44 novos empreendimentos, segundo previsão da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). No ano de 2011, o setor teve participação de 18,3% do total de vendas geradas no varejo e chegou a representar 2% do Produto Interno Bruto brasileiro, encerrando o ano com um crescimento de 12% e faturando R$ 97,4 bilhões. Um dos maiores desafios para as empresas que buscam lançar novos empreendimentos em 2012 será a alta taxa de ocupação de espaço, que, de acordo com um estudo da TNS encomendado pela Abrasce, chegou ao patamar de 98,5% nos centros urbanos, em 2011.
Novas fusões
As empresas devem acelerar o fechamento de fusões e aquisições, no primeiro semestre deste ano, para escapar da nova lei antitruste (nº 12.529), que criou o Super-Cade. Quem concluir fusões antes de 30 de maio, data de entrada em vigor da lei, não vai precisar esperar pelo aval prévio do Super-Cade para que o negócio tenha efeitos imediatos no mercado. Já quem fizer fusões e aquisições depois dessa data terá de se submeter às regras da nova lei antitruste e só vai poder fechar o negócio em definitivo com o julgamento do novo órgão.
“A compra pode mudar. Talvez as pessoas não precisem mais ir à loja porque elas terão uma experiência de compra melhor em casa”. A afirmação é de Bryan Eisenberg, celebrado articulista de jornais de negócios nos Estados Unidos e autor de livros como “Call to Action”, “Waiting For Your Cat to Bark?” e “Always Be Testing”. Agora, a explicação: segundo Eisenberg, as pessoas estão tendo cada vez menos tempo para sair às compras, as experiências nas lojas não são diferentes e há dispositivos que em breve permitirão até provar roupa em casa, virtualmente. Em breve, o telefone inteligente será integrado à TV e terá papel ainda maior na vida das pessoas. Toda mídia está sendo digitalizada. “Os anúncios em revistas já mostram vídeos quando escaneamos o QR code”, conta. “Mais de 50% das decisões de compra têm sido influenciadas por smartphones”.
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Brasil, o alvo da Apple
Durante a apresentação de resultados da Apple, Tim Cook, o substituto de Steve Jobs no comando da empresa, afirmou que o Brasil é um mercado estratégico. Para ele, o mercado brasileiro reserva uma grande oportunidade para a Apple, já que está em franco crescimento e conta com uma população que gosta de comprar tecnologia. Por essa característica, segundo Cook, o país, depois da China, é o mercado emergente onde a Apple mais investirá dinheiro, tanto na produção de produtos como na venda.
Consumo das famílias
As oportunidades de negócio seguem a tendência de mudança de consumo da população. De acordo com a pesquisa Cenários 2020, realizada pelo Sebrae-SP, em todas as classes sociais, os gastos com alimentação e habitação lideram o consumo de serviços e comprometem, em média, 19% e 36%, respectivamente, das despesas de consumo das famílias paulistas. “É importante observar que os setores que demonstram maior crescimento de consumo das famílias também são os que têm maior oferta. Assim, quem optou por empreender nesses segmentos precisa estar atento ao mercado pela forte concorrência que vai enfrentar. Neste caso, planejamento e inovação são questões cruciais para a sobrevivência”, acrescentou o diretor superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano.
Publicidade na internet
A publicidade na internet brasileira deverá superar os gastos com anúncios em jornais e revistas até 2015, seguindo a onda das economias mais desenvolvidas. A previsão é apontada pela Wark International Ad Forecast, serviço que analisa o segmento. “O tempo gasto com as mídias digitais vem aumentando rapidamente, sendo assim, é natural que os anunciantes migrem para onde se encontram os seus consumidores”, explica o especialista Leandro Kenski, CEO da Media Factory, agência especializada em marketing digital.
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LOGÍSTICA REVERSA
Uma visão sobre essa nova tendência empresarial S
egundo escreve Leonardo Lacerda, diretor da Sargas, uma empresa de consultoria com foco exclusivo em logística, usualmente pensamos em logística como o gerenciamento do fluxo de materiais do seu ponto de aquisição até o seu ponto de consumo. No entanto, prossegue Lacerda, existe também um fluxo logístico 26
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reverso, do ponto de consumo até o ponto de origem, que precisa ser gerenciado. Este fluxo logístico reverso é comum para uma boa parte das empresas. Por exemplo, fabricantes de bebidas têm que gerenciar todo o retorno de embalagens (garrafas) dos pontos de venda até seus centros de distribuição. As siderúrgicas usam como
insumo de produção em grande parte a sucata gerada por seus clientes e para isso usam centros coletores de carga. A indústria de latas de alumínio é notável no seu grande aproveitamento de matéria prima reciclada, tendo desenvolvido meios inovadores na coleta de latas descartadas. A Logística Reversa tem sido citada com
frequência e de forma crescente em livros modernos de Logística Empresarial, em artigos internacionais e nacionais, demonstrando sua aplicabilidade e interesse em diversos setores empresariais e apresentando novas oportunidades de negócios no Supply Chain Reverso, criado por esta nova área da Logística Empresarial. Baseada nesses critérios a Adidas lança o programa Pegada Sustentável com o objetivo de engajar o consumidor em suas atividades ambientais e dar um destino correto aos produtos no fim do seu ciclo de vida. O projeto reforça o posicionamento da companhia ligado a questões sustentáveis e visa minimizar os impactos causados no meio ambiente pelo descarte inadequado dos calçados esportivos. Aqui em Campo Grande a Rede de Drogarias São Bento lançou no fim do ano passado o programa Destino Consciente, que tem objetivos bem definidos: evitar que os clientes mantenham medicamentos sem condições de uso em casa; conscientizar a população que o uso do medicamento vencido causa danos a saúde; fazer a triagem e levantamento de dados dos medicamentos vencidos com a parceria dos acadêmicos do Curso de Farmácia da Universidade Anhanguera-UNIDERP. A logística reversa é ainda, de maneira geral, uma área com baixa prioridade. Isto se reflete no pequeno número de empresas que têm gerências dedicadas ao assunto. Pode-se dizer que estamos em um estado inicial no que diz respeito ao desenvolvimento das práticas de logística reversa. Esta realidade, como vimos, está mudando em resposta a pressões externas como um maior rigor da legislação ambiental, a necessidade de reduzir custos e a necessidade de oferecer mais serviço através de políticas de devolução mais liberais. Esta tendência deverá gerar um aumento do fluxo de carga reverso e, é claro, de seu custo.
Tênis velhos
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A iniciativa nasceu a partir de uma necessidade da empresa de falar diretamente com o público sobre conscientização e disseminação dos princípios da marca. Com o projeto, a Adidas busca atingir os três pilares da sustentabilidade, pelo aspecto econômico, social e ambiental. “Nossa ação, economicamente, auxilia na construção da imagem da Adidas diante do público. Socialmente, mobilizamos os consumidores conversando com eles sobre uma atitude cada vez mais necessária na sociedade em que vivemos e a iniciativa impacta principalmente o meio ambiente. Os calçados descartados, ao invés de irem parar nos lixões ou nas ruas, serão levados para fábricas com intuito de gerar energia”, diz Fabiano Lima, Diretor de Relações Institucionais e de Sustentabilidade da Adidas Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.
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Para garantir o descarte adequado do calçado, o usuário poderá entregar os produtos sem condições de uso, de qualquer marca, nas lojas Adidas. O cliente assinará um termo de doação do material para a reciclagem e, em troca, receberá um brinde. Em São Paulo, nos três primeiros meses, a “recompensa” será um ingresso para visitar o Museu do Futebol, no Pacaembu. Cada cidade, entretanto, terá uma opção para os consumidores. Os produtos entregues nos pontos de venda serão encaminhados para a empresa de logística reversa e gestão ambiental RCRambiental. A parceira da Adidas será responsável por descaracterizar as peças e transportá-las até o destino final, onde os calçados serão transformados em combustível para alimentar fornos de cimento. O mecanismo possibilita o reaproveitamento integral dos produtos como fonte de energia.
Remédios vencidos Pesquisa recente a respeito do descarte de medicamentos vencidos trouxe uma grande preocupação, para as autoridades e para a população consciente. A pesquisa aponta que 70% dos consumidores não se livram desses medicamentos de forma correta. O que fazer com o que sobrou quando o tratamento acaba mas o remédio não? Sete em cada dez consumidores jogam medicamentos vencidos no lixo comum, de acordo com o estudo da Faculdade Oswaldo Cruz – especialista em cursos na área de saúde, o que é uma atitude perigosa. Alguém pode encontrar e usar esse remédio vencido. “Criamos essa campanha porque sabemos que a maioria da população não tem noção do risco que é lançar os medicamentos vencidos no lixo ou em outro lugar
qualquer. Os danos podem ser sérios para as pessoas e para o meio ambiente”, afirma Flávia Buainain, farmacêutica da Rede de Drogarias São Bento. Participar da campanha Destino Consciente é muito simples: o consumidor deve separar seus medicamentos vencidos conservandoos dentro da caixa original. Em seguida deve entregar esses medicamentos em mãos para um farmacêutico nas lojas da Drogaria São Bento cadastradas. Pronto, está feito o descarte com destino consciente. A partir dessa fase, a Drogaria São Bento se encarregará de entregar os medicamentos a uma empresa especializada em coleta e destinação final de resíduos que transportará os medicamentos vencidos para tratamento técnico em incinerador licenciado.
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FERIADO PROLONGADO
Perdas no comércio podem chegar a R$ 50 bi Na indústria, perdas podem chegar a R$ 44,9 bilhões, valor 21% maior do que o estimado para o ano passado
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onforme o professor de Varejo da Fundação Getulio Vargas, Daniel Plá, os feriados prolongados trazem enormes prejuízos ao comércio nacional. “Ganham os comerciantes de shopping centers e perdem os comerciantes de lojas de rua”, avaliou o professor da FGV. Segundo ele, as perdas de faturamento do comércio brasileiro em 2012 atingirão cerca de R$ 50 bilhões. “Se a gente fala que um terço, pelo menos, desse valor, os comerciantes vão ter que pegar emprestado, os bancos, graças aos feriados, vão emprestar o equivalente a R$ 15 bilhões. O setor financeiro ganha com essa história e os governos perdem em termos de arrecadação tributária”. Daniel Plá estimou que em função dos feriados, os governos federal, estaduais e municipais deixam de arrecadar em torno
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de R$ 18 bilhões. “Só no comércio”. Já os shopping centers não têm perdas. “Pelo contrário. Ganham porque as pessoas vão para os shopping centers normalmente nos feriados. Tanto que o domingo hoje já é o segundo melhor dia de vendas para os shopping”. O primeiro é o sábado. O ano de 2012 tem dez feriados nacionais que caem em dias de semana. A esses se somam mais os feriados estaduais e municipais. Conforme os especialistas, os feriados que caem em sábados têm que ser considerados, porque é um grande dia de venda para o comércio. De acordo com pesquisa recente, os meses que serão mais prejudicados este ano, em razão dos feriados, são fevereiro, abril e novembro. Em fevereiro, além de o mês já ter menos
dias, o carnaval envolve 2,5 dias parados, que são a segunda-feira (20), a terça-feira (21) e metade da quarta-feira de cinzas (22). Em abril, há dois feriados (SextaFeira da Paixão e Tiradentes) e um dia “enforcado”. O dia seguinte ao feriado tem uma redução de faturamento em torno de 20% da força de venda. Já novembro apresenta dois feriados (2 e 15) e três prolongamentos. No âmbito nacional, Daniel Plá informou que os feriados com enforcamento trazem ganhos para as cidades balneárias de pequeno e grande porte de todo o país, como Fortaleza, Florianópolis e Rio de Janeiro, porque beneficiam os setores hoteleiro e de restaurantes. “Nos feriados municipais, só ganham os shopping centers”.
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Em 2011, o impostômetro da Associação Comercial de SP mostrou que a arrecadação chegou aos R$ 500 bilhões no dia 4 de maio.
Brasileiros já pagaram R$ 200 bi em impostos no ano
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s impostos municipais, estaduais e federais pagos pelos brasileiros já somam mais de R$ 200 bilhões no ano, segundo o Impostômetro, painel que calcula a arrecadação. O instrumento mostrou que a marca dos R$ 200 bilhões foi atingida às 16h30 do dia 13 de fevereiro. De acordo com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), entidade onde o Impostômetro está instalado, em 2011 a marca foi alcançada nove dias mais tarde, em 22 de fevereiro.
Inaugurado em abril de 2005 pela ACSP, em parceria com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), o painel eletrônico que calcula a arrecadação em tempo real está instalado na sede da associação, na Rua Boa Vista, região central da capital paulista. O total de impostos pagos pelos brasileiros também pode ser acompanhado pela internet na página do Impostômetro. Ao longo de 2011, os brasileiros pagaram um total de R$ 1,51 trilhão.
TAXA DE JUROS
Após a redução dos juros para 10,5% ao ano em janeiro, os economistas do mercado financeiro mantiveram a estimativa de que os juros básicos da economia brasileira serão reduzidos novamente em 2012. A previsão para a taxa básica de juros da economia no fim deste ano permaneceu em 9,5% ao ano. Março de 2012
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Comércio e serviços, os primeiros a adotar novo sistema O ponto eletrônico está programado para emitir um comprovante a cada vez que o empregado bater o ponto, além de o relógio não poder ser bloqueado nem ter os dados editados.
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governo adiou, mais uma vez, o início do novo ponto eletrônico que estava previsto para entrar em vigor em 1º de janeiro deste ano. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a lei, agora, será aplicada às empresas progressivamente de acordo com o segmento em que atuam. As novas condições começam a vigorar em 2 de abril, de acordo com a Portaria 2.686, publicada em 28 de dezembro de 2011. Essa já é a quinta vez que a adoção da tecnologia é adiada. A justificativa dada na portaria para o adiamento é “devido a dificuldades operacionais ainda não superadas em alguns segmentos da economia para implantação do Sistema de Registro Eletrônico de Ponto”. As primeiras empresas obrigadas a adotar o ponto eletrônico a partir de abril são aquelas com atividades ligadas à indústria,
ao comércio em geral e ao setor de serviços, incluindo segmentos financeiros, transportes, construção, comunicações, energia, saúde e educação. Para micro e pequenas empresas, a lei passa a valer apenas cinco meses depois, em 3 de setembro de 2012. As empresas terão de manter equipamento com capacidade de 1,4 mil horas ininterruptas em casos de falta de energia e disponibilizar impressora de uso exclusivo para impressão de qualidade para durabilidade de cinco anos de todas as marcações. Em todo o País, cerca de 700 mil empresas deverão ser enquadradas na obrigatoriedade do novo ponto eletrônico. Segundo com o Ministério, as regras adotadas têm o objetivo de evitar fraudes no controle de jornada trabalhada, impedindo que horários anotados na entrada e saída do expediente sejam alterados.
Venda de aparelhos
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Fabricantes de Equipamentos de Registro Eletrônico de Ponto (Abrep), até o momento foram vendidos 300 mil equipamentos desde que a portaria 1.510 foi lançada, em 2009. Foram lançados mais de 120 produtos, utilizando tecnologias diversas como RFID, biometria e código de barras. Dimas de Melo Pimenta III, presidente da Abrep e vice-presidente da Dimep, fabricante de aparelhos de ponto eletrônico, informa que a procura no mês de agosto, quando o novo ponto estava previsto para entrar em vigor em 1º de setembro, aumentou em 50% em comparação com os meses anteriores. Já em setembro, o aumento foi de 20% na procura em relação aos demais meses. Segundo Dimas, a procura tem sido maior por pequenas e médias empresas. Março de 2012
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