Financeiro 30 - Novembro 2005

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Financeiro

ano 3 nº 30 nov/2005

ACREFI - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO, FINANCIAM ENTO E INVESTIM ENTO Fundada em 19 5 8

S in a l p osit ivo

Renato Fogal/Divulgação M oody´s

TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 20.000 EXEM PLARES

M a u r o Le os, se n ior c re d it of fi c e r d a M ood y’s, a va lia e le va ç ã o d o ra t in g b ra sile ir o

Pa le st ra C re sc im e n t o depende de p olít ic a s d e lon g o p ra z o

Re c or d e Ve n d a d e c a r r os c re sc e 15 % e m re la ç ã o a o a n o p a ssa d o



editorial

Uma visão ibero-americana

Fundada em 19 5 8

Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento

w w w.acrefi.org.br

DIRETORIA Presidente Érico Sodré Quirino Ferreira Vice-Presidentes Fernando Guerreiro de Lemos, Gilber t o Caldar t , José Ar t hur Lemos de Assunção, M arco Ambrógio Crespi Bonomi, Paulo Eduardo D’Ávila Isola, Paulo Henrique Pent agna Guimarães, Ricardo M alcon, Ronaldo Amaral de Car valho Pint o, Tiago Canguçu de Almeida Secret ário José Dant e Zanaga Net o Tesoureiros Jorge Kimura e Sérgio M arra Pereira Capella Diretores Adalber t o Savioli, Daniel Capelo Pinheiro, Enílson Espínola de Souza, Genival Francisco Silva, Ricardo Annes Guimarães, Rubens But ion, Sérgio Ant ônio Cipovicci Diretores Conselheiros Arist eu Zanuncio, Eduardo Garcia Ruiz, Guilherme Almeida de Oliveira, Hélio Lima M agalhães, Ivan Svit ek, Leonel Dias de Andrade Net o, Paulo Sérgio M ont eiro Cast ro Aguiar, Rubens Sardenberg Diretores Regionais Carlos Alber t o Samogim, Félix Archanjo Bordin, Leonardo M arcondes Dadalt o, Sérgio Faria Lemos da Fonseca Júnior, Aquiles Leonardo Diniz, Evanir Cout inho Ussier, Odílio Figueiredo Neto, Renato M alcon Presidente Honorário João Uchôa Borges Diretor Superintendente Ant ônio August o de Almeida Leit e (Pancho) Conselheiro Econômico Prof. Ist van Kasznar

Financeiro Publicação mensal da ACREFI - Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento. Jornalist a Responsável : Eliana Nigro M TB 15.005 Coordenação Edit orial : Tamer Comunicação Empresarial Fot ografi a: Flávio Rober t o Guarnieri Projeto Gráfi co, Editoração e Produção Gráfi ca: EDF (w w w.edf.com.br) Pré-impressão e Impressão: Fabracor Tiragem: 20.000 exemplares As opiniões emitidas nos artigos assinados não refl etem necessariamente as posições da ACREFI e são de exclusiva responsabilidade dos autores. A reprodução total ou parcial do conteúdo da publicação depende de autorização por escrito.

Érico Sodré Quirino Ferreira, Presidente da ACREFI

Em out ubro últ imo, os president es das associações de crédit o e fi nanciament o (lá chamadas de companhias de crédit o especializado) dos principais paises ibero-americanos reuniram-se em M adri, na Espanha, para o XIX Congresso anual da FIBAFIN-Federacion Ibero Americana de Associaciones Financieras, para trocarem experiênciase informaçõessobre seus mercados. Pude const at ar que há muit as semelhanças ent re o que enf rent amos aqui e o que enf rent am nossos co -irmãos. O primeiro pont o que dest aco diz respeit o ao “ ret orno” , problema que exist e em t odos os paises, da mesma f orma que as comissões para capt ação de negó cios. Est e é um viés que, inf elizment e, não af et a unicament e o Brasil. Out ra preocupação comum, amplament e discut ida, f oram as f raudes no sist ema de crédit o. A própria Espanha enf rent a um problema similar ao brasileiro no que se ref ere a roubo de veículos, que lá são levados para o nor t e da Áf rica, onde ent ram e desaparecem. Isso sem f alar nas f raudes document ais, na qual, comument e são ut ilizados nomes de imigrant es para o levant ament o de crédit os f alsos. M as t ambém t rago boas novidades, como exemplo int eressant e de agilidade na recuperação de veículos é o ut ilizado na Alemanha: quando o consumidor t oma

Flávio Roberto Guarnieri

Rua Libero Badaró, 425 - 28º andar São Paulo - SP Tel: (11) 3107-7177 Fax: (11) 3106-6082 Funcionamento: de segunda à sexta-feira das 8:30 às 18 horas

o emprést imo, deixa a chave do veículo caucionada na fi nanceira. Se necessário, a inst it uição pode ut ilizá-la para apreender o carro, sem a necessidade de processo judicial. Por fi m, dest aco um pont o que julgo ser da maior impor t ância. Ao cont rário do que muit os imaginam, os spreads bancários prat icados nos vários países são subst ancialment e superiores aos brasileiros. No Paraguai, por exemplo, o cust o de capt ação é 12 % e a t axa de emprést imo sem garant ias reais é de 40% (mult iplicador de 3.33). Na Colombia, a capt ação cust a 7% e a t axa para fi nanciament o de veículos é de 21% (mult iplicador de 3). No Panamá, a t axa de capt ação é de 6% e a t axa para emprést imo consignado é 24% (mult iplicador de 4). A verdade é que, apesar do cust o do emprést imo no Brasil ser nominalment e alt o, o nosso mult iplicador é muit o menor. A ssim, nosso maior problema cont inua sendo a elevada t axa do juro básico. Foi um encont ro import ant e, com uma rica t roca de experiências e inf ormações, em que pude const at ar que se há problemas comuns, há t ambém exemplos e soluções que podemos buscar

Nesta edição 4 Palestra

Cresciment o vem com defi nição de polít icas econômicas de longo prazo

6 Entrevista

M auro Leos, senior credit of fi cer da M oody’s

8 Inovação

Ações essenciais podem cont ribuir para afi nar rumo da polít ica econômica

12 Tendência

Furacões t razem refl exos negat ivos ao cenário econômico mundial

14 Crédito

A impor t ância do crédit o consignado no mercado fi nanceiro e na economia

16 M ercado automobilístico Venda de carros bat e recorde em 2005

18 Artigo

Crise da f ebre af t osa t raz lições fi scais

21 Análise setorial

A s nuances do crédit o consignado

22 Artigo

Com redução dos juros, Copom t ransmit e confi ança José Ar t hur A ssunção, vice-president e da Acrefi

23 Banco de Dados


palestra

Flávio Roberto Guarnieri

Crescimento vem com defi nição de políticas econômicas de longo prazo O diretor do Ibre Antônio Carlos Pôrto Gonçalves elenca três pontos necessários à retomada do crescimento e diz que o Brasil perdeu a oportunidade de ser a China de hoje

GRAFICO GRAFICO 1 1

Cresciment o real do PIB brasileiro: 1950-2004 7,5 7

2,4% ao ano

6,5 6

7,4% ao ano

In 5,5 5 4,5

2004

2002

2000

1998

1996

1994

1992

1990

1988

1986

1984

1982

1980

1978

1976

1974

1972

1970

1968

1966

1964

1962

1960

1958

1956

1954

1952

4 1950

Def inir uma p olít ica de longo prazo, invest ir em inf ra-est ru t ura e adot ar ou t ros in st rum ent os de p olít ica monet ária para o cont role da inf lação, além da t axa de juro s. Essas são as t rês condiçõ es para o Brasil ret omar o cresciment o eco nômico, no ent ender do diret or do In st it u t o Brasileiro de Economia da Fundação Get úlio Vargas, A nt ônio Carlo s Pôr t o Gonçalves. Em palest ra na sede da Acref i - A sso ciação Nacional das Empresas de Crédit o, Financiament o e Invest iment o - Pôr t o Gonçalves ab ordou o t ema “ Novas p er sp ect ivas da eco nomia e do pro cesso p olít ico” , dest acando a au sência de cresciment o econômico no s últ imo s vint e ano s de hist ória. O diret or do IBRE lem brou que ent re 1950 e 1980 a eco nomia brasileira cresceu 7,4% ao ano, enquant o de 1980 a 2004 esse rit mo f oi reduzido para ap enas 2,4% ao ano. “ Fomo s a China na década de cinqüent a. Se t ivéssemo s mant ido a média anual de cresciment o daquele primeiro p erío do, hoje est aríamo s muit o acima da t axa verif icada naquele país. No sso cresciment o seria de 2,6% acima da t axa at ual” , af irma o eco nomist a. (ver gráf ico ) Na opinião de Pôr t o Gonçalves, a quest ão que est á colo cada é como ret omar o rit mo de cresciment o

Fonte: IBGE. Elaboração: FGV

da economia brasileira e como aju st ar as p olít icas de cur t o prazo, de maneira a evit ar que cont aminem o longo prazo. Na opinião do eco nomist a, a inexist ência dessas def i niçõ es deixa o País respondendo às demandas do dia-a-dia,sem planejament o para o longo prazo. “ Se não há essa def inição, não há como f azer invest iment o s, eles ref luem , f icam naquele chove não molha” , crit ica. Ele ap ont a como exemplo, para ref orçar essa t ese, a at ual desvalorização do dólar, que t raz van t agen s imediat as, como a ajuda no cont role da inf lação, mas desvan t agen s no longo prazo já que inib e exp or t açõ es. Pôr t o Gonçalves res-

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salt a que esse comp or t ament o não est á circun scrit o ao governo at ual mas é bast ant e ant igo. Como resolver a quest ão? Em primeiro lugar, def inindo uma direção para o longo prazo. De acordo com o diret or do IBRE, uma das resp o st as seria a maior in serção do Brasil no comércio mundial, já que as t ran saçõ es de compra e venda ent re o s diver so s países t êm crescido mais do que o pro du t o in t erno bru t o do mundo. A nalisado o p erío do de 1974 a 1984, verif ica-se que o PIB mundial cresceu 4,5% enquant o o comércio mundial cresceu 12% . Em novo p eríodo de dez ano s, de 1994 a 2004, o comércio FINANCEIRO


Flávio Roberto Guarnieri

Keyler Carvalho Rocha, professor da FEA /USP e vice-presidente do Ibef SP, participou do debate, durante palestra do diretor do Ibre

GRAFICO 2

PIB e Volume de Comércio Int ernacional M undiais (% ): crescimento anual nos dez anos anteriores à data indicada 14 12

PIB mundial

12

Comércio int ernacional mundial

10 8 6

5,5

4,8

4,5 4

3,2

3,8

3,2 1,4

2 0 1974

1984

1994

2004

Fonte: IPEAdata

int ernacional cresceu 5,5% e o PIB mundial, 3,8% . Ele chama a at en ção para a inver são da relação desses número s no Brasil, que t em part icipação de ap enas 1% no comércio mundial e represent ar 2% do PIB mundial ( ver gráf ico ). “ Há um gap que precisa ser preen chido” , af irma o diret or do IBRE, que ap ont a a necessidade do Brasil ligar sua economia domést ica à eco no mia int ernacional para u su f ruir desse mecanismo e t omar as providências para t ant o. M udar o mix das polít icas monet ária e fi scal, buscar maior equilíbrio ent re elas e reduzir a Selic é a out ra providência a ser acrescida à ACREFI

primeira. Hoje, segundo ele, t odo o cont role da infl ação est á amparado apenas na polít ica monet ária que, em seu ent ender, deveria est ar mais “ solt a” enquant o os inst rument os de polít ica fi scal deveriam ser ut ilizados com mais ênf ase, com cor t es de gast os subst anciais. De acordo com Pôr t o Gonçalves os juros alt os são um f or t e inibidor de invest iment os por par t e do Est ado, dest acando que hoje os juros da dívida são maiores do que o superávit primário, sem recur sos, por t ant o, para os apor t es necessários. Diant e dessa análise, Pôr t o Gon çalves disse que endo ssa a prop o st a def endida p elo Deput ado Delf im

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Net t o de déf icit nominal zero, que considera bast ant e ef icient e. Aliado a esses p ont o s, ap ont a como f un dament al o invest iment o no s “ gargalo s” de inf ra-est ru t ura: est radas, p or t o s e hidro elét ricas, dizendo que se o Brasil est ivesse crescendo a 7% nesse moment o, o País não t eria energia elét rica suf icient e, enf ren t ando problemas já em 2007. Ent re o s asp ect o s p o sit ivo s, d est acou a disso ciação crescent e ent re eco no mia e p olít ica. “ M esmo at ravessando uma crise f or t íssima, que em seu início, f alava-se at é na p o ssibilidade de impeachment do president e, a b ol sa não caiu f or t ement e, o s juro s não dispararam , nem o dólar f oi parar nas alt uras. A economia cont inuou a andar e com indicadores excelent es” - diz ele, que at ribui o f at o à indep endência do Banco Cent ral e à redução da ideolo gia, o que signi f ica que as decisõ es est ão sendo t omadas de f orma mais racional. “ Nesse p ont o há um f or t e amadureciment o da so ciedade brasi leira. Vimo s episó dio semelhant e no s Est ado s Unido s, quando o president e Clint on se via diant e da possibilidade de p erder seu man dat o enquant o a economia nor t eamericana passava ao largo s desses acont eciment o s” , conclui Pôr t o Gonçalves


entrevista

Elevação do rating M oody’s gera novas perspectivas ao Brasil Renato Fogal/Divulgação M oody´s

M auro Leos, senior credit of ficer da M oody’s, avalia as causas e os reflexos da elevação do rating soberano para Ba3

“Acabaram as expectativas negativas do mercado fi nanceiro quando da mudança do governo, o que representou um forte sinal positivo para os investidores externos e as agências de risco”

Qua is sã o a s im p lica çõ e s im e d ia t a s d a e le va çã o d o ra t ing so b e ra no d o Bra sil p a r a Ba 3? Na prát ica, a decisão não surpreende o mercado, uma vez que há meses o rat ing sob erano do Brasil est ava em revisão p ela M oo d y´s. É claro que a decisão b enef icia o mercado, indicando a manu t en ção da p olít ica f iscal, o saldo p o si t ivo da balança comercial que con t inua cont ribuindo para melhorar as p er sp ect ivas do Brasil p rincipal ment e no mercado f inanceiro int ernacional e, acima de t udo, a resist ência da economia à longa crise polít ica. Em resumo, o Brasil encont ra-se hoje numa sit uação melhor, mas, é preciso lembrar, aquém do que se espera dos países com rat ing Ba. Há que se considerar, ainda, que o cenário fi nanceiro int ernacional deve mudar, principalment e no que diz respeit o à abundância de crédit o e a juros mais f avoráveis. Os países emergent es, ent re os quais o Brasil, devem começar a se preparar para essas mudanças que cert ament e virão, embora não se possa prever quando nem em que ext ensão. N a sua o p iniã o , q ua is sã o a s r e a is p o ssib ilid a d e s d e o Bra sil co nt inua r nesse cam inho de m elhorar os índices

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q ue co nt a m na a va lia çã o d e um a e m p r e sa d e ra t ing ? Ao resist ir às pressões polít icas e buscar uma visão não -imediat ist a mas de médio prazo, a equipe eco nômica brasileira most rou um elevado grau de liberdade dent ro do governo e, acima de t udo, solidez para seguir mant endo o que já vinha f azendo desde o inicio do at uaç governo. Com isso, acabaram as expect at ivas negat ivas do mercado fi nanceiro quando da mudança de governo, o que represent ou um f or t e sinal posit ivo para os invest ido res ext ernos e as agências de risco. Esse f oi o sinal de que a polít ica eco nômica não muda e t em como principio básico buscar o equilíbrio fi scal necessário para t ranqüilizar os invest idores e, acima de t udo, credores do Brasil. Essa mensagem alcançou o seu objet ivo e f oi bem int erpret ada no ext erior. Daí a elevação do rat ing brasileiro decidida pela M oody’s, apesar de o país est ar a poucos passos de uma nova eleição para a Presidência da República. Qua l é o g r a nd e sig nif ica d o no no vo ra t ing a t ing id o p e lo Br a sil? Os rat ings de crédit o são u t ili zado s p or invest idores int ernacio nais como um denominador comum para comparar risco s de emissores FINANCEIRO


O ra t ing Ba 3 d o Bra sil d e ve p e rd ura r p o r q ua nt o t e m p o ? Ao dar uma not a de Ba3 para o Brasil , est amo s reco nhecendo implicit ament e que a médio prazo o crédit o deve se f or t alecer, caso as condiçõ es at uais p er sist am. Est amo s f alando num p erío do que deve se est ender de 18 a 24 meses. Durant e esse t emp o, a M oo d y’s deve monit orar o pro gresso do s ACREFI

“Os países emergentes devem se preparar mais para administrar novos eventos sem rupturas fi nanceiras que tenham impacto

Isso sig nif ica q ue o p a ís p o d e e sp e ra r m ud a nça s? Sim , sem d ú vi d a. M as n ão h á n ad a p reci so so b re q u an d o i sso o co r rerá, é dif ícil f azer u m a p revi são a resp ei t o. A q u est ão n ão é se i sso o co r rerá, m as q u an d o e em q u e m edi d a vai aco n t ecer. Po r i sso, p aíses em erg en t es co m o o Brasil , ain d a t êm t em p o p ara t o mar suas p rovid ên cias e agir lo g o p ara im p l em en t ar u m a p o lít i ca eco n ô mi ca co n si st en t e, p ro m over ref o r m as est r u t u rai s, el evar o nível d e co m p et i t i vi d ad e in t er n acio n al e f azer p rovi sõ es n a co n t a f i scal e n as reser vas in t er n acio n ai s. Os p aíses em erg en t es d evem se p rep arar m ai s p ara ad mini st rar n ovo s even t o s sem r u p t u ras f in an ceiras q u e t en h am i m p act o n eg at i vo n o cr édi t o. A co njunt ura é f a vo rá ve l p a ra q ue o Bra sil f a ça e sse e sf o r ço e o b t e nha suce sso ? Um clima f avorável para o s emergent es t eria de ser caract erizado p or um f or t e cresciment o econômico, alt o preço das com mo dit ies, baixa t axa de juro s e abundant e liquidez. Tem sido esse o cenário que b enef icia event uais elevaçõ es de rat ing. De qualquer f orma, p orém , devemo s esp erar mudanças, em esp ecial no que diz resp eit o à liquidez int ernacional para países emergent es. O Brasil t em necessidade - e t emp o - para se preparar!

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negativo no crédito”

Renato Fogal/Divulgação M oody´s

Co m o é t o m a d a a d e cisã o d e a lt e ra r o ra t ing so b e ra no d e um p a ís co m o o Bra sil: A decisão par t e da análise do s indicadores ext erno s e int erno s. Em t ermo s da dívida ext erna, a relação ent re dívida ext erna e exp or t ação declinou de 300% (em 2001 e 2002) para algo em t orno de 150% . Quant o à relação ent re a dívida do governo e o PIB, não vejo uma t endência para aument o ; ao con t rário, houve um mo dest o declínio. Pesaram igualment e a mudança na est ru t ura da dívida do governo, o que t eve uma cont ribuição signi f icat iva para reduzir a vulnerabili dade do crédit o. A relação dívida int erna indexada p ela t axa de câm bio recuou meno s de 5% em relação a mai s d e 35% em 2002, enquant o a dívida int erna denomi nada em reais, que não exist ia t rês ano s at rás, represent a hoje 25% do t ot al.

indicadores de crédit o int erno e ext erno para det erminar se a at ual classif icação (Ba3) ref let e adequadament e as condiçõ es at uais. Evident ement e, porém, nem t udo depende do Brasil, que est á inserido num cont ext o int ernacional bem mais amplo. O país pode ir bem int ernament e, mas padecer com problemas ext ernos que af et arão t ambém t odo o mercado de países emergent es. Embora não haja, no moment o, indicações de uma súbit a reversão do cenário at ual, pode-se ant ecipar que o afl uxo de recursos para esses países não será t ão vigoroso como t em sido at é agora.

Flávio Roberto Guarnieri

de dívida de origens ou set ores dist int o s. A ssim , o Brasil, com um rat ing Ba3 em mo eda est rangeira, é vist o como um emissor caract erizado p or algun s element o s esp eculat ivo s. Com a elevação o País f ica à f rent e da A rgent ina, e a t rês “ degrau s” para at ingir o st at u s de grau de invest iment o. Na verdade, t erá muit o p or f azer, muit o t rabalho e esf orço para deixar de ser um Ba f raco e t ornar-se merecedor do invest ment grade. O grau de invest iment o é condição, por exemplo, para que grandes f undos de pensão opt em por invest ir em emissões de um país ou empresa. Algumas empresas no Brasil, como a Vale do Rio Doce, a Pet robras e a Ambev, já est ão nessa cat egoria.


Flávio Roberto Guarnieri

inovação

Uma Agenda corresponde a um verdadeiro Programa de Governo. É f undament al que ela seja exequível, f act ível e mot ivant e, para que possa ser empreendida em condições que propiciem e f acilit em o seu sucesso. Óbviament e, a Agenda que segue não esgot a o mundo de assunt os, t emát icas e at ividades plenas que se esperam de uma governança pública brasileira, há decadas suf ocada por demandas complexas e crescent es. Ela possui cont udo o valor de most rar e enumerar at ividades essenciais, que podem cont ribuir no sent ido de dar um rumo mais adequado às grandes t emát icas sóciais, polít icas e econômicas nacionais. E o at o de harmonizar soluções de curt o prazo, com soluções de longo prazo, é essencial, num cont ext o que há de visar soluções e ações conjunt urais que conduzam ao est abeleciment o de soluções est rut urais. Senão vejamos. M edidas Sugestivas Tornam-se import ant es as seguint es medidas: • Recuperar um “grade” int ernacional digno e bem posit ivo, pois pela análise de risco-país, embora o Brasil t enha melhorado de 2003 para 2005, ele ainda se parece com indicadores e pont uações da Rússia, país not oriament e complexo e que saiu de grandes e graves crises recent es, ent re 1991 e 2005; • Diver sif icar o p or t f ólio de emissõ es e aplicaçõ es em pap éis

Ações essenciais podem contribuir para afi nar rumo da política econômica ISTVAN KASZNAR, CONSELHEIRO ECONÔM ICO DA ACREFI

int ernacionais, para ot imizar a cart eira das empresas e u t ilizar o s melhores in st rument os das f inan ças int ernacionai s; • Defi nir e adot ar uma polít ica de Comércio Ext erior coerent e, na qual os benef ícios dos produt ores brasileiros sejam evident es e se at ue com reciprocidade e mut ualidade em relação ao que se encont ra e enf rent a no ext erior. • No âmbit o int erno, volt ar ao Planejament o Governament al Est rat égico, para int egrar, mont ar e apoiar a implement ação dos projet os públicos. Não est á clara a Agenda Int erna do País. Um rumo claro se f az necessário. • Invest ir e valorizar maciçament e no t alent o empresarial e administ rat ivo. Envidar esf orços para gerar um país de empreendedores que se espalhem e busquem em ambient e cooperat ivo a compet it ividade, at ravés de mais microempresas, das empresas de pont a e dos órgãos do set or público. • Ref orçar, reconhecer e premiar no set or público aqueles que sat isf azem as exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Lei de Diret rizes Orçament árias. • Adot ar uma verdadeira Ref orma Fiscal, que signifi ca uma consolidação e unifi cação dos impost os exist ent es; uma redução da carga fi scal de 48% do PIB para níveis palat áveis; e um sist ema de uso de impost os que comprovadament e benefi cie os cont ribuint es e os cidadãos comuns;

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• Implant ar uma aut ênt ica Ref orma Geral das Est rut uras do Est ado, que o int egre sist emicament e e redefi na o papel, os macro e microprocessos de cada inst it uição e órgão público, dimensionando-os para uma nova f ase de desenvolviment o sócioeconômico nacional; • Descent ralizar poderes a f avor dos est ados e municípios. Quem est á e vive no dia-a-dia num local, sabe mais e melhor aquilo que de f at o a população precisa. • Ref orçar os mét odos de eqüidade e just iça no t rat ament o da causa e da gest ão pública. Af ast ar t odos os sinais de ret rocesso, porvent ura exist ent es, oriundos de at ividades sect árias e proselit ist as. • Adot ar um mét odo de gest ão pública que seja paut ado na merit ocracia, na produt ividade e na comprovação do cumpriment o de t aref as e deveres, com alt a qualidade, por part e dos colaboradores. • Gerar ciclos e processos de negociação de posições minist eriais e cargos de confi ança de f orma mais abert a, no lugar de usar os conchavos polít icos para at uar no cru pragmat ismo do “ é dando que se recebe” . Ist o signifi ca dar uma sat isf ação ét ica e polít ica ao eleit or e ao cidadão, na def esa de seus int eresses. • Firmar posição na gest ão do gast o público. Só se pode gast ar, se exist ir comprovadament e receit a e recurso que cubra a despesa, ant es dela ocorrer. O País acost umou-se a gast ar a rodo e por cont a, f echando FINANCEIRO


a seguir com giro da dívida int erna mobiliária pública e elevação da carga fi scal as suas cont as. Acabar, nest e sent ido, com a f rouxidão fi scal, na qual os gast os crescem, cent rados na equivocada diminuição do invest iment o público. • Gerar e mont ar soluções bem est rut uradas, de longo prazo, para a Previdência. Trat ar com equidade t odos os aposent ados, não sendo aceit ável que os que t rabalharam no set or público recebam ajust es maiores que os aposent ados que t rabalharam no set or privado, por exemplo. • Incent ivar a f ormação de um Fórum Empresarial Semest ral, que se concent re na qualifi cação do gast o público. Os empresários passariam met ódica e regularment e a avaliar, dimensionar e crit icar const rut ivament e as at ividades e as decisões af eit as ao Orçament o Geral da União, f azendo repercut ir suas opiniões em nível nacional e no Congresso. • Assegurar a at uação de um Banco Cent ral independent e. • Defi nir o grupo do Copom com maior represent at ividade empresarial, de int eresses de Est ado e sensível às quest ões sociais. • Redefi nir a f orma de at uação do Bacen no caso da polít ica cam bial, para evit arem -se arroubos especulat ivos do mercado. Tomar ciência de que o uso do câmbio como inst rument o de combat e à in fl ação é at it ude de cur t o alcance. Enquant o o dólar e o euro est ejam passando por sit uações de f raqueza, a sobrevalorização aparent e do real é aceit ável dent ro de uma f aixa est reit a de cot ações. Cont udo, se o

dólar vier a f or t alecer-se, o real t erá de desvalorizar-se. • Defi nir uma polít ica de invest iment os que cont emple: a manut enção das conquist as de export ação já conseguidas a duras penas; a abert ura de oport unidades maciças a f avor dos microempresários, que não confl it e com os int eresses já est abelecidos; o incent ivo ao verdadeiro invest idor t omador de riscos em set ores reais da economia. • M odifi car t ônus das decisões at ualment e hermét icas e est rit ament e fi nanceiras do Banco Cent ral. Num governo t rabalhist a, espera-se que ele não venha a gerar juros recordes mundiais, proibit ivos, como f az, e passe a considerar posit ivament e o cust o social e empresarial de suas medidas. • Opt ar por polít icas de preços adequadas à realidade enf rent ada por cada set or e sub-set or econômico, revisadas com agilidade. • Considerar uma Ref orma M icro econômica abrangent e e de grande alcance. M ediant e ela, est abelecer os marcos regulat órios adequados aos set ores produt ivos; enquadrar monopólios e oligopólios segundo o seu t ipo de at it ude e event ual dano que possam causar ao sist ema; f acilit ar a produção da microempresa; defi nir espaços adequados a líderes de mercado ; e gerar parâmet ros de excelência. • Equacionar, para equilibrar e compat ibilizar, os f undament os microeconômicos, pois eles est ão na direção opost a do equilíbrio fi scal t ão desejado. • Implant ar medidas abrangent es,

É preciso dar aos brasileiros reais condições de ascensão socioeconômica gerais e permanent es, que possam aument ar a at rat ividade dos novos invest iment os e a compet it ividade das empresas. Ent re elas, reduzir a carga fi scal para níveis de 20% , comparáveis aos paises desenvolvidos e mais compet it ivos; acelerar a depreciação das máquinas e equipament os, para gerar provisões de invest iment os em regime mais acelerado; e eliminar a grande quant idade de exigências burocrát icas para abrir e f echar empresas, para export ar e para import ar, ent re out ros. • Est abelecer e adot ar uma polít ica de rendas e de f ormação de riquezas que cont emple o hediondo e t errível f osso dist ribut ivo brasileiro, no qual grassa a desigualdade, f oment adora da violência e da insegurança pública. O Brasil t em uma das cinco piores dist ribuições de renda do mundo e est e quadro é est rut ural, logo de longo prazo. É preciso dar aos brasileiros reais condições de ascensão sócio -econô mica, f azendo com que quem est eja embaixo suba, e rápido. • No campo da dist ribuição de renda, riqueza e benef ícios, por exemplo, assegurar que os realment e mais pobres sejam os ef et ivament e at endidos pelo Est ado. A est rut ura de


inovação

O desafi o é real, gigantesco e exige o fôlego de uma nação que há de se levantar saúde, educação, t ransport e e afi ns benefi ciam classes que se apossaram do Est ado, em det riment o dos realment e despossuidos. • Repor as companhias est at ais a suas f unções, objet ivos e met as de origem. Por exemplo, evit ar que se ut ilize o pet róleo e a sua principal produt ora e dist ribuidora (gasolina; óleo diesel e lubrifi cant es), a Pet robras, como meio para gerar-se equilíbrio macroeconômico. O cresciment o do lucro da Pet robras em 2004 f oi de 0,1% , enquant o no mundo alcançou a média de 35% para as mult inacionais do set or. Os preços do óleo no Brasil est ão excessivament e cont idos e a def asagem ent re os prat icados nos EUA – principal import ador do mundo – e no Brasil é de 15% . A correção se f az necessária e é urgent e. Adiada, represent a maxiprecifi cação mais adiant e e port ant o choque cont ra o consumidor. • Invest ir maciçament e em educação de base, para aprimorar o capit al humano. Na seqüência, educar a população para profi ssões básicas, que venham a gerar-lhe renda cont ínua. Envidar esf orços para invest ir na educação superior e universit ária, sobret udo onde cont inuam f alt ando quadros qualifi cados e dest it uir as universidades f racas e mal avaliadas

mediant e crit érios muit o coerent es e t est ados no longo prazo. • Invest ir signifi cat ivament e em inf ra-est rut ura. A rede rodoviária est á em pet ição de miséria. As est radas esburacadas mat am 32.000 brasileiros ao ano e impedem o escoament o barat o dos produt os. • Reconst ruir as pret ensões das parcerias público-privadas (PPPs), cuja est rut ura de fi nanciament o cont inua muit o cara e dispõe de produt os def asados. • Revisar, em âmbit o do part ido polít ico majorit ário e no poder, seus valores; suas visões acerca do f ut uro do Brasil; seus paradigmas e suas at it udes ét icas, post o que elas est ão envelhecidas e f oram post as a prova, com result ados const ernadores. Cert ament e, revisar em geral t odo o sist ema polít ico e part idário, numa ref orma abrangent e. • Verifi car a capacidade do part ido majorit ário at ual, o PT, art icular-se int ernament e; f azê-lo t ambém dent ro do espaço do poder Execut ivo; e da mesma f orma no espaço do Poder Legislat ivo; • Obt er do governo f ederal sinais e evidências inequívocas de sua habilidade em sair das promessas verborrágicas, para comprovar a sua vert ent e social e a f avor de mudanças que benefi ciam realment e os muit o pobres, os miseráveis, os despossuidos e os marginalizados. São segundo o IPEA aproximadament e 36 milhões de brasileiros em 2004. • Incent ivar a f ormação de alianças empresariais, para ot imizarem-se as cadeias produt ivas e gerar a sua plena harmonização (supply-chain ).

• M ant er um rit mo mais veloz na Ref orma Legislat iva, para evit ar e eliminar os gargalos legais. A exemplo da Legislação Trabalhist a, que visa def ender principalment e o t rabalhador, mas é conf usa e gera cust os muit o elevados sobre as empresas. • Incent ivar uma Ref orma int egral no Sist ema Judiciário. • Criar f ormas efi cazes de premiar os honest os e punir os desonest os. Por exemplo, corrupt os comprovados perdem suas cont as corrent es bancárias; est ão garant idament e na malha fi na anual; não t em mais acesso a serviços e bens públicos ant es de plena sat isf ação e at endiment o de cidadãos em condições idôneas e medidas afi ns. Est e conjunt o de medidas expõe a f ragilidade at ual da est abilidade macroeconômica brasileira. Cert ament e, há muit o que f azer, em inúmeras áreas. E f az-se necessário t er t alent os públicos e empresariais para t ecer uma malha que capacit e a nação a t rabalhar a f avor da int egração de t odos os projet os que asseguram o aut odesenvolviment o equilibrado t ão desejado. O desafi o é real, gigant esco e exige o f ôlego de uma nação que há de se levant ar, para que no lugar de permanecer deit ada em berço esplêndido, magnifi que com at it ude, energia e ação o f ut uro de grandeza que de f at o merece e há de conquist ar para os seus fi lhos

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A Serviço do Desenvolvimento do Brasil


tendência

Flávio Roberto Guarnieri

Furacões trazem refl exos negativos ao cenário econômico mundial TEREZA M ARIA FERNANDEZ DIAS DA SILVA, SÓCIA DA M B ASSOCIADOS

GRÁFICO 1

EUA - Índice de Confi ança do Consum idor 1985=100 160 140 120 100 80 60 40

Ago/ 05

Set/ 05

123,8

108,9

93,3

71,7

Situação Presente

20

Expectativas Futuras

set /05

set /04

set /03

set /02

set /01

set /00

set /99

set /98

set /97

set /96

set /95

set /94

set /93

set /92

set /91

set /90

0

Fonte: Conference Board. Elaboração: M B Associados

GRÁFICO 2

Produção Indust rial Am ericana Dados Dessazonalizados - (Base: 1997=100)

120 118 115 113 110

Set/05

108

Ago/05

= - 1,3%

Set/05 Set/04

= + 2,2%

set /05

mar/05

set /04

mar/04

set /03

mar/03

set /02

mar/02

set /01

mar/01

set /00

mar/00

105 set /99

A elevação do preço do pet róleo e do gás nat ural, no mercado int ernacional, começa a preocupar os agent es de mercado. At é alguns meses at rás, a elevada liquidez int ernacional somada ao crescimento mundial com infl ação sobre cont role, principalment e nos Est ados Unidos, induzia a uma expect at iva de polít ica monet ária sem pressões por part e do FED e cont inuidade, para 2006 de um cenário posit ivo para a economia mundial. A ocorrência dos f uracões, especialment e o Kat rina, t rouxe dúvidas para o desempenho da economia americana, aument ando a inst abilidade e a volat ilidade nos mercados fi nanceiros. De um lado, exist e o ef eit o defl acionário provocado pela elevação do preço do combust ível e da energia, que t irando renda do consumidor, diminui o seu consumo de out ros bens. Do out ro,aparece o ef eit o infl acionário da reconst rução das áreas af et adas pelos f uracões, que irá implicar em gast os fi scais elevados – est ima-se ent re US$ 150 a 200 bilhões as despesas do governo americano, valor próximo ao dispendido na guerra do Iraque. A soma dos dois gera a incert eza no médio prazo. No curt o prazo, a queda de confi ança do consumidor já se consolida e se soma ao recuo da produção indust rial dos EUA no mês de set embro. (Gráfi cos I e II), deixando claro o ef eit o defl acionário. No médio prazo, a expect at iva da

Fonte: Federal Reserve. Elaboração: M B Associados

12

FINANCEIRO


elevação da infl ação, que aparece nas pesquisas realizadas junt o ao sist ema fi nanceiro e no últ imo índice de infl ação ao consumidor recém divulgado, já se t raduz na subida nos juros longos pelo receio de um maior apert o na polít ica monet ária. Aparecem port ant o, dúvidas, que já est ão se t randuzindo em incert ezas e volat ilidade. O excesso de liquidez do mercado int ernacional ajuda a diminuir a int ensidade desses moviment os e cont ribui para a manut enção do ot imismo em relação ao cresciment o mundial para 2006, mesmo que em int ensidade menor que em 2005. A China, at é o moment o, apresent a cresciment o indust rial import ant e e

nenhum sinal mais f ort e de desaceleração, o que cont ribui para a manut enção do cresciment o de out ros países da região. O Japão segue apresent ando sinais de melhoras, principalment e no seu mercado int erno. A União Européia segue crescendo pouco, com já era esperado. As previsões mais recent es ainda apont am para um cresciment o mundial da ordem de 4,0% , em 2006. Cont udo, a proximidade do in verno no hemisf ério nor t e e a possibilidade de novos f uracões próximos às regiões produt oras, a exem plo do Wilma, no mês de out ubro, garant em a manut enção desses preços ainda elevados no cur t o prazo

Palestras na ACREFI

e por t ant o o risco de mudanças no cenário. O cenário int ernacional é f undament al para a economia brasileira. O cresciment o econômico no mundo impulsiona nossas expor t ações, aument ando o nosso fl uxo de caixa em dólares e diminuindo a cada dia a nossa necessidade de fi nanciament o int ernacional. Além disso, boa par t e do cresciment o do nosso PIB t ambém é refl exo do cresciment o das expor t ações, vist o que o nosso mercado int erno est á dif ícil de deco lar. Sendo assim, t emos que acompanhar os moviment os int ernacionais e deles t irar as implicações para a eco nomia brasileira

Inscrições gratuitas: Leninha (leninha @acrefi .org.br) ou M árcia (marcia@acrefi .org.br) Telefone 11 3107-7177

16 de novembro de 2005

Pat rocínio

O Crédito em Debate Abert ura: Érico Ferreira, President e da ACREFI Coordenador: Adalbert o Savioli, Diret or do Banco Panamericano e da ACREFI

• “Situação Geral do M ercado x Atuação Serasa” - Ricardo Loureiro, Diret or de Produt os Pessoa Física da Serasa • “Cadastro Positivo” - Álvaro M usa, Sócio Diret or da Part ner Conheciment o • “O mercado de Crédito e Novas Parcerias entre Bancos e Comércio” - Paulo Ísola, Diret or Execut ivo do Bradesco e Vice-President e da ACREFI

Às 8h30 - No auditório da ACREFI - Com café da manhã

7 de dezembro de 2005

O Dinheiro, o Crédito e o Consumo Consciente Abert ura - M árcio Ronconi, Diret or do Banco VR e da ACREFI • Palestra - Inst it ut o Akat u • Palestra - Prof. Albert o Borges M at ias, President e do INEPAD Às 8h30 - No auditório da ACREFI - Com café da manhã APOIO

Pat rocínio


crédito

A importância do crédito consignado no mercado fi nanceiro e na economia Divulgação

Os emprést imos consignados em f olha de pagament o t êm sido uma ót ima modalidade para disseminação do crédit o no Brasil. Inicialment e disponível para os servidores públicos, conf orme os respect ivos órgãos e convênios,desde 2003 o crédit o consignado t em sido divulgado e ut ilizado em escala muit o relevant e, com uma import ant e cont ribuição das recent es Leis 10.820 e 10.953, as quais ampliaram os horizont es de at uação dest a modalidade de crédit o para os f uncionários da iniciat iva privada e para os aposent ados e pensionist as do INSS, respect ivament e. Vejam os números consolidados disponíveis ext raídos do sit e do Banco Cent ral do Brasil :

SERGIO CAPELLA, SUPERINTENDENTE COM ERCIAL DO BANCO CRUZEIRO DO SUL

• Operações destinadas à faixa de renda de até 1 salário mínimo, respondem por 46% do tot al de contratos. • Os emprést imos consignados já respondem por 33% da car t eira de crédit o pessoal e por 13% do est o que t ot al de crédit o dest inado a pessoas f ísicas. Assim, não apenas os bancos que atuam mais fortemente neste segmento foram benefi ciados, mas t ambém aqueles que realizaram parcerias para aquisição de contratos mediante as cessões de créditos. Os benefícios não param por aí. Pode-se dest acar particularmente nestes meses recentes que os aposent ados e pensionist as do INSS tiveram atendidas algumas demandas reprimidas, não apenas por cont a dos Variação %

Fev

M ar

Abr

M ai

3 M eses 12 M eses

Saldo em R$ Bilhões (1)

14,0

15,5

16,6

17,8

27,2

120,1

Trabalhadores Públicos (2) 12,0

13,3

14,2

15,3

28,2

114,8

2,1

2,2

2,3

2,5

21,0

158,9

Total Trabalhadores Privados

(1) Amost ra de t reze inst it uições fi nanceiras que operam com crédit o pessoal. (2) Inclui operações com aposent ados e pensionist as do INSS.

Vale a pena f azermos as seguint es ponderações: • Na rubrica ‘Trabalhadores Públicos’ t emos incluso o valor de R$ 6,8 bilhões relat ivo a operações cont rat adas pelos aposent ados e pensionist as do INSS. (o saldo atual ultrapassa R$ 10 bilhões).

valores tomados, mas t ambém pelas fi nalidades dos mesmos, haja visto que pesquisas recentes demonstraram que 60% dos clientes utilizaram os recursos oriundos dest a modalidade de empréstimo para quit ar dívidas e 27% utilizaram para reforma da casa (* ).

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Pode-se afi rmar que o crédito consignado contribui também para a educação fi nanceira e programação orçamentária das famílias O conhecimento do mecanismo do crédito consignado permite aos clientes terem uma referência do quanto é aceit ável em termos de comprometimento de renda, uma vez que, regra geral, a margem consignável para descontos facult ativos é de 30% do valor do salário, incluindo-se os empréstimos. Port anto, pode-se afi rmar que o crédito consignado contribui t ambém para a educação fi nanceira e programação orçament ária das famílias. É sabido t ambém que em muit as praças, em geral as mais dist antes das capit ais, os valores recebidos via aposent adoria ou pensão possuem peso nada desprezível na manutenção da economia local. Com a adequada utilização do crédito, é possível maior inserção social e econômica, fort alecimento da cidadania e geração de renda. Port ant o, à medida que modalidades de crédit o fi cam mais acessíveis à população brasileira, t al como o crédit o consignado, haverá cont ribuição signifi cat iva para a consolidação do desejado círculo virt uoso de cresciment o econômico, à exemplo do que se observa em economias mais desenvolvidas (* ) Pesquisa Banco Cruzeiro do Sul - Ibope. FINANCEIRO



mercado automobilístico

Venda de carros bate recorde em 2005 Serasa aponta crescimento de 15% do mercado, em relação a 2004. A produção nacional deve chegar a 2,4 milhões de unidades, contra 2,075 milhões do ano passado

Em 2005 as vendas de veículos e comerciais leves at ingiram 1,629 milhão de unidades, no acumulado at é agost o, indicando um cresciment o de 15% sobre igual perío do de 2004. A produção nacional deverá ult rapassar a met a de 2,3 milhões de unidades, chegando a 2,4 milhões, superando em 8,59% a produção de 2004 que f oi de 2,075 milhões de unidades, quando superou o recorde hist órico de 1997 de 1,984 milhão. O est udo elaborado pela Serasa, sobre o desempenho das concessionárias de veículos, das quat ro principais marcas do mercado, (Volksw agen, Ford, General M ot ors e Fiat ), no período de 2000 at é junho de 2005, com base nos demonst rat ivos cont ábeis de 1.017 empresas e no últ imo relat ório t rimest ral Serasa dessa cadeia, most rou comport ament os dif erent es ent re as bandeiras. A s concessionárias Ford e Fiat apresent aram evolução real nas vendas de 100,7% e 29,8% respect ivament e, já descont ada a infl ação medida pelo IGP-DI, enquant o as concessionárias Volk sw agem e General M ot or s t iveram desempenho inf erior, apurando queda real 1,7% no f at urament o do período. No ano de 2000, quando o mercado f oi f avorecido pela excelent e dinâmica da economia brasileira, as empresas t iveram evolução real de vendas da ordem de 11,4% em relação a 1999, ano base do est udo. O

desempenho das empresas, a par t ir do ano 2000, pode ser dividido em dois períodos dist int os, at é 2003 e após 2004. No primeiro período, de 2001 a 2003, ocorreu um ciclo de queda nas vendas, provocado por acont eciment os econômicos como a crise de energia elét rica, a crise argent ina, o aument o dos juros, o encur t ament o dos prazos de fi nanciament o, que reduziu o poder de compra da população. A expressiva elevação do dólar e o processo eleit oral presidencial, aliment aram a incer t eza quant o à manut enção do emprego, levando muit os consumidores a adiarem seus planos de com prar a prazo, af et ando diret ament e as vendas de veículos. No segundo período, abrangendo o ano de 2004 e o primeiro semest re de 2005, verifi ca-se a ret omada do cresciment o de vendas nas concessionárias com evolução de 22% nas vendas. Essa recuperação f oi result ado de uma t axa de juros real menor, de suave melhora na massa real de renda, que aument ou 1,9% em relação a 2003, e das melhores condições de crédit o, com a ampliação dos prazos de pagament o, f avorecendo principalment e a comercialização de bens duráveis. Out ro f at or impor t ant e f oi a consolidação do mercado de veículos bicombust íveis que infl uenciou a ant ecipação da decisão de t roca do carro novo. Nesse ano as concessionárias

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Populares passam de 63,9% das vendas em janeiro/ 04 para 53,9% em fevereiro/ 05 obt iveram os maiores f at urament os do período em est udo, com dest aque para a Ford (38,1% ) e Fiat (23,8% ), enquant o a Volk sw agem e a General M ot or s fi caram na f aixa de 15% . No primeiro semest re de 2005, segundo dados da Fenabrave, o au ment o da disponibilidade de crédit o e a queda na t axa de desemprego f avoreceram as vendas de aut o móveis e de comerciais leves, que cresceram respect ivament e, 10,1% e 19,05% em relação ao mesmo perío do do ano passado. Os aut omóveis e os comerciais leves com a t ecnologia bi-combust ível vêm sendo o grande dest aque, saindo de uma par t icipação de 11,8% em janeiro /04 para 61,7% em agost o /05. Por out ro lado, conf orme dados da Fenabrave, f oi verifi cada redução signifi cat iva na venda de veículos populares, passando de 63,9% das vendas em janeiro /04 para 53,9% em f evereiro /05, f avorecendo a ren t abilidade das concessionárias. Após o lançament o dos populares bi-com bust íveis a par t icipação subiu para 57,7% em agost o /05. FINANCEIRO


Fat uram ent o

VARIAÇÃO ACUM ULADA

40

29,8

30 20

18,7

10,2

10

20

11,3 2,4

0

-10

-10

-20

-15,3

-20

-18,7

-30

-17,3

-30 2000

2001

2002

2003

2004

40

20

15,6

15,5

10

0

30

-1,7

30

23,8

16,4

40

100 22,1

18,5

2001

2002

2003

2004

40

jun/05

-1,7

30

38,1 22,5

10

2000

jun/05

-22,0

1,4

11,2

10

0

0

-10

-10

-20

14,6

20

-0,3

-1,6

-4,3

-20 -19,1

-30 2000

2001

2002

-17,8

-30 2003

Re nt abilidade Face a conjunt ura econômica descrit a, no primeiro período (2001 a 2003) o acirrament o da concorrência e o elevado volume de f eirões de aut omóveis promovidos pelas mont adoras, reduziram-se as margens do set or, que em 2003 ainda est avam abaixo de 1% , infl uenciando as empresas a buscarem alt ernat ivas como a venda de consórcios, a int ermediação de crédit o e a venda de seguros.

2004

jun/05

2000

2001

Dest aca-se o desempenho da Ford que saindo de prejuízo em 2000, a part ir de 2003 passou a liderar em lucrat ividade dent re as quat ro bandeiras, graças à reest rut uração das dist ribuidoras e ao bom desempenho de vendas dos novos modelos lançados. A Ford e a General M ot ors apuraram as melhores margens do período 0,9% e 0,6% respect ivament e, enquant o a Fiat e a Volksw agem permaneceram na casa dos 0,3% .

2002

2003

2004

jun/05

Em 2004, as emp resas volt aram a melhorar a rent abilidade, embaladas p elo aqueciment o da econo mia que est imulou o increment o das vendas e ser viço s prop orcio nado s p ela demanda aquecida do s veículo s bi -combu st íveis. A Ford cont inuou liderando com margem de 1,3% , seguida da Fiat (1,2% ), Volk sw ag em (1,1% ) e p ermanecendo a General M ot or s como a menos rent ável


artigo

Crise da febre aftosa traz lições fi scais M AILSON DA NÓBREGA, SÓCIO DA TENDÊNCIAS CONSULTORIA INTEGRADA

A eliminação de problemas como o da erupção da f ebre af t osa dependerá da adoção de avanços inst it ucionais para por em prát ica o carát er mandat ório do Orçament o e permit ir crit eriosa est imat iva das receit as, f eit a de pref erência em conjunt o pelo Execut ivo e Legislat ivo. Na recent e erupção de f ocos de f ebre af t osa, parece t er fi cado a impressão de que a polít ica econômica t em culpa no cart ório. O M inist ério da Agricult ura f oi absolvido. Se não f ez mais para fi scalizar, insinuou-se, é porque a equipe econômica lhe cort ou os recursos com o objet ivo de privilegiar a geração do superávit primário. Nada mais equivocado. A melhor explicação para a f alt a de recursos t alvez seja a chamada “ síndrome das prioridades invert idas” , t ípica do at raso inst it ucional na aprovação do Orçament o. O problema é ant igo. O caso da f ebre af t osa é apenas mais um dent re muit os que t êm passado para a hist ória como supost as vít imas da ort odoxia fi scal. Um candidat o permanent e ao rol dos “ sacrifi cados” pela polít ica fi scal “ neoliberal” e “ insensat a” é a inf ra-est rut ura, part icularment e a área de t ransport es. Na área de energia, o apagão de 2001 t eria sido mais uma obra sinist ra do mesmo vilão. O erro comum na interpret ação desses fatos é imaginar que o Ministério da Fazenda ef etua cortes específi cos nas dot ações. Não é assim. O contingenciamento, adot ado desde que a Constituição de 1988 inviabilizou a execução de um Orçamento racional, atinge dot ações globais. Durante a execução orçament ária, o Tesouro libera o “ fi nanceiro” , cabendo aos ordenadores de despesa alocar os correspondentes recursos segundo prioridades setoriais. Seria praticamente impossível e pouco recomendável que a Fazenda administ rasse as milhares de dot ações orçament árias. O jornal O Globo (edição de 23/10/2005) most rou que do tot al destinado ao programa de erradicação da f ebre af tosa houve liberação de apenas 1,6% dos recursos. Sob o título “ o barato que sai caro” , a matéria culpa o governo, que teria feito os cortes “ em nome do ajuste fi scal” . Não há qualquer reparo à atuação do Ministério da Agricultura. A rigor, para culpá-lo seria preciso acessar as ent ranhas da

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execução orçament ária e ver o comport amento de outros programas. Seja como for, é difícil de acredit ar que o Tesouro seja o único responsável por t ão minguada liberação. Para ent ender a quest ão, é preciso ir às suas raízes polít icas e inst it ucionais. O problema começa a nascer na t ramit ação do projet o de lei do Orçament o. Pela Const it uição, os parlament ares podem f azer emendas, desde que (art igo 165, parágraf o 3º): • Sejam compatíveis com o plano plurianual de invest iment os e com a Lei de Diret rizes Orçament árias; • Anulem despesa equivalent e, salvo (obviament e) as de pessoal e encargos, serviço da dívida e t ransf erências const it ucionais a Est ados e municípios; • Sejam relacionados com a correção de erros ou omissões, ou com dispositivos do texto do projeto de lei orçamentária. Acont ece que o volume das emendas apresent adas quase sempre de nat ureza paroquial ou para at ender int eresses dos governadores e empreit eiros de obras públicas não cabe na est reit a margem exist ent e para anular out ras despesas (menos de 10% do Orçament o). Tampouco é simpát ico redefi nir prioridades e descont ent ar os que perdem. Se não f osse a rest rição const it ucional, seria uma barbada apost ar que os ilust res parlament ares cort ariam os juros (e ainda diriam que est ariam privilegiando o desenvolviment o em vez do lucro dos bancos). Diant e dessas difi culdades polít icas e inst it ucionais, os congressist as t eriam duas saídas. A primeira seria const ruir inst it uições para assegurar o rigoroso cum priment o do Orçament o (como em qualquer país onde o assunt o é levado a sério ), deixar margem de mano bra para as emergências (como desast res nat urais, inst abilidades macroeconômicas e casos como o da f ebre af t osa) e est abelecer regras para que a est imat iva das receit as f osse f eit a em conjunt o pelos poderes Execu t ivo e Legislat ivo da União. A segunda, mais convenient e, seria ut ilizar a regra de correção de “ erros e omissões” e reest imar a receit a, de f orma a acomodar o maior volume possível de emendas orçament árias. FINANCEIRO


Luciano Zafalon

pelo Congresso por um simples at o Em seguida, admit ir a t ese (incrível e f urada, mas aceit a) de que o OrçaInefi ciências semelhantes do Poder Execut ivo. Os usos e cost umes at ribuíram ao president e da Repúment o é “ aut orizat ivo” , ou seja, o permanecerão e o blica um poder de arbít rio incompagoverno pode gast ar apenas o que t ível com as inst it uições e o sist ema quiser, fi xando novos limit es para os M inistério da Fazenda democrático. O segundo é o incentivo gast os via “ decret o de programação” . continuará a ser o a um segundo grau de redefi nição, É a f orma de aplacar consciências, pois qual seja a dos órgãos dest inat ários se espera que o Tesouro evit e o dessuspeito de sempre das dot ações orçament árias. Assim, cont role que adviria do cumpriment o em vez de adot ar a at it ude racional do Orçament o. Qual f oi a escolha de escolher os programas mais priorit ários para aplicar os dos parlament ares? É f ácil acer t ar: a segunda saída. escassos recursos t ransf eridos pelo Tesouro, os órgãos f edeNessas circunst âncias, o Poder Execut ivo fi ca sem saída rais t endem a f azer o cont rário. Deixam à míngua de recurracional. Como se sabe desde 1989 (o ano inaugural da sos os programas mais import ant es, pois imaginam, muit as malandragem da reest imat iva), as receit as ef et ivas serão vezes corret ament e, que isso gerará crít icas dos benefi ciáinf eriores às recalculadas pelo Congresso, salvo por infl arios, de polít icos e de coment arist as da mídia. Formam-se ção ou acont eciment os imprevist os que aument em a arrepressões que cost umam f orçar o Tesouro a liberar recursos cadação nominal. Se execut ar o Orçament o aprovado, o adicionais, normalment e depois de uma recomendação púgoverno não cumprirá as met as de superávit primário, o que aument ará a relação dívida pública/PIB. Os mercados blica do president e da República. No caso em f oco, é impossível afi rmar se o M inist ério da Agricult ura usou esse racioprecifi carão a irresponsabilidade fi scal, os prêmios de risco cínio est rat égico para gast ar apenas 1,6% da dot ação at risubirão e a t axa de câmbio se depreciará, gerando uma buída ao programa de combat e à f ebre af t osa. M esmo que ameaça de não-cumpriment o das met as de infl ação, o que t enha sido o caso, t ampouco se pode dizer se o minist ro levará o Banco Cent ral a elevar os juros. A dinâmica desse Robert o Rodrigues sabia do esquema ou f oi o seu aut or. processo conduzirá a uma perda polít ica para o governo, Independent ement e de quem t enha a culpa (o Cont raduzida na queda de seus índices de popularidade. O gresso, o Tesouro ou o M inist ério da Agricult ura), probledecret o de programação vira uma solução nat ural. A prát ica de reest imar as receit as pelos parlament ares mas como esses cont inuarão a aparecer e a f ornecer mat erial para que observadores menos inf ormados, principalprovoca uma série de incentivos equivocados. Diant e do ment e os cont rários à polít ica econômica, possam f azer crírisco de inst abilidade macroeconômica no caso de não cumt icas baseadas em sit uações merament e verossímeis. prir o Orçament o, desde 1989 o incent ivo para o governo é Problemas como o da erupção da f ebre af t osa, derivarecorrer a esse decret o, uma violência inst it ucional que não dos em part e da insufi ciência de fi scalização por part e do t em oposit ores na classe polít ica nem na opinião pública. M inist ério da Agricult ura, cont inuarão a aparecer. Sua eliTodos o aceit am como nat ural, o que não é. O Poder Exeminação dependerá da adoção de avanços inst it ucionais cut ivo ajust a a despesa à sua est imat iva da receit a (e não para por em prát ica o carát er mandat ório do Orçament o à do Congresso), promovendo o contingenciament o orça(como est á na Const it uição e não o cont rário) e permit ir ment ário. O Execut ivo t em ainda o incent ivo de subest imar crit eriosa est imat iva das receit as, f eit a de pref erência em a receit a no projet o de lei de diret rizes orçament árias e conjunt o pelos poderes Execut ivo e Legislat ivo. Est a é, prodepois na propost a de Orçament o diant e da expect at iva de vavelment e, a maior lição fi scal da crise, mas inf elizment e é sua reest imação pelo Congresso, o que dist orce a apresenpouco provável que seja aprendida. Inefi ciências semelhant ação dessas peças. t es ou mais graves permanecerão e o M inist ério da Fazenda O cont ingenciament o causa ainda dois ef eit os perversos. O primeiro é redefi nição das prioridades fi xadas cont inuará a ser o suspeit o de sempre


ACREFI - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO, FINANCIAM ENTO E INVESTIM ENTO Fundada em 19 5 8


análise setorial

Divulgação Divulgação

As nuances do crédito consignado

D

esde que f oi inst it uído pelo governo f ederal em meados de 2003, o crédit o consignado vem aument ando sua part icipação no mercado, e conseqüent ement e elevando o crédit o pessoal no Brasil. O crédit o pessoal acumula no ano um crescimento de 28% , e esse cresciment o f oi em boa part e decorrent e do consignado, que no ano t eve um cresciment o de 64% , aproximadament e. Como f orma de comprovação dessa evolução, em agost o de 2004 a part icipação do crédito consignado no crédit o pessoal era de 25,5% , enquant o que essa mesma part icipação em 2005 passou a ser 35% . M uito embora est eja longe de ser a solução para se aument ar as concessões de crédito no País, t endo em vist a a relação crédito sobre PIB no Brasil (em t orno de 20% , sendo a média dos países desenvolvido mais de 100%), pode-se considerar isso como uma evolução, t anto para os tomadores de crédito como para as instit uições fi nanceiras. O f at o de o crescimento do consignado est ar t ão dest oant e do crescimento médio do crédito pessoal deve-se essencialment e a dois f at ores: risco e às baixas t axas de juros praticadas. Por possuir a propriedade de descont ar na f olha de pagament o do t omador do emprést imo, o consignado propicia às instit uições fi nanceiras maior segurança e menor risco t anto em t ermos de at raso como de não pagament o ef etivament e. Sendo assim, com essa maior segurança de recebiment o, as instit uições fi nanceiras podem of erecer t axas de juros menores (no comparativo com as t axas de out ras modalidades de crédito), estimulando dessa f orma o maior consumo de crédito. Segundo o Banco Cent ral, as t axas de juros do crédito pessoal aument aram 6,3 p.p. desde o início do ano de 2005, enquant o que as t axas de juros do consignado diminuíram 2,6 p.p. no mesmo período. Há inclusive dados de mercado que afi rmam que boa part e do crédito consignado adquirido é utilizado na quit ação de out ras dívidas já cont raídas, mais onerosas – enquant o a t axa média do crédito pessoal gira em t orno de 5% a.m., o consignado fi ca em 2,6% . O consumidor, percebendo essa dif erença, f az a t roca de sua dívida. Considerando o fato de que há uma expect ativa do mercado para que a t axa de juros base do mercado abaixe mais at é o fi nal do ano, a t endência pode ser a de reduzir ainda mais a t axa de juros do consignado, est imulando port ant o essa t roca ACREFI

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de dívida ou simplesment e a aquisição de mais crédito consignado para utilizá-lo em dif erent es fi nalidades. Segundo uma pesquisa da Associação Comercial de São Paulo realizada nesse 1º semest re de 2005, 10% das pessoas inadimplent es ent revist adas pret endiam quit ar suas dívidas no mercado com o crédito consignado. Ent ret ant o, para alguns especialist as o aumento do consignado pode ocasionar alguns problemas na economia. Um deles é a diminuição das compras no comércio, por exemplo. O raciocínio por de t rás envolvido é o seguint e: por ser descont ado na f olha de pagamento do f uncionário, a parcela do consignado pode consumir at é 30% da renda mensal do t rabalhador. Assim, com boa part e de sua renda comprometida, o consumidor deixará de ef et uar det erminadas compras que julgar desnecessárias. Pode-se afi rmar que o crédito consignado t omou a dimensão at ual devido essencialment e ao mercado dos aposent ados e pensionist as do INSS, o propulsor do consignado. Analisando mais det alhadament e esse mercado, segundo dados da Dat aprev, percebe-se que at é 04 de out ubro de 2005 f oi regist rado um mont ant e de quase R$ 10 bilhões em aproximadamente 5 milhões de cont ratos, dando uma média de R$ 2.000 por cont rato. Dos que tomaram crédito e que possuem o crédito em abert o, 50% ganham at é 1 salário mínimo. O per fi l do t omador do crédit o consignado no geral é de mulheres, com média de idade de 56 anos, com f ormação de ensino f undament al, casadas ou viúvas, pert encent es às classes C e D, com um rendiment o mensal de R$ 997,00. O governo, com o objet ivo inicial de incentivar o aument o de crédito ent re as pessoas f ísicas de modo que as inst it uições cobrassem menos por isso, est á conseguindo, em part e, atingi-lo. A proporção crédito versus PIB no Brasil ainda é muito baixa, se compararmos com o mundo. Para alavancar mais o mercado de crédito no Brasil, o governo precisará não soment e de medidas como o consignado. Diminuindo as t axas de juros, poderá incentivar o crédito. As instit uições fi nanceiras, com um ganho de escala, abaixarão seus spreads, barat eando o crédito de t al f orma a incentivar cada vez mais a concessão de crédito. Colaborou o Analist a Financeiro Edson Vicent e Carminat t i Jr.

Rogério Reis/Pulsar Imagens

PROF. DR. ALBERTO BORGES M ATIAS, PRESIDENTE DO INEPAD - INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA EM ADM INISTRAÇÃO


artigo

Com redução dos juros, Copom transmite confi ança Luiz Carlos Casagrande

O Comit ê de Polít ica M onet ária do Banco Cent ral (Copom) iniciou um novo ciclo de redução dos juros, que pareceu não t ão cont undent e no mês de set embro, mas que ganhou f or t e impulso em out ubro, quando a queda f oi da ordem de 0,5 pont o percent ual. A análise geral é de que a queda acumulada em set embro e em out ubro em quase nada muda objet ivament e, já que somos os campeões mundiais de juros reais e cont inuaremos sendo ainda por muit o t empo. Isso é verdade. É impossível negar. Ent ret ant o, uma análise um pouco mais aprof undada nos leva a refl et ir que o mais import ant e das int ervenções mensais do Copom não é exat ament e o que ele f az, mas a leit ura do que ele pret ende f azer daquele pont o em diant e. É a projeção dos agent es econômicos que vai dit ar os rumos da economia a part ir de ent ão. Vist o por esse ângulo, se a queda de meio pont o não mudou em quase nada a cont abilidade das inst it uições, mudam, e muit o, as projeções do mercado para a infl ação e para o cresciment o da economia brasileira. Como t odo Banco Cent ral do mundo, o Banco Cent ral brasileiro é ext remament e conser vador. Precisa ser assim, porque a sua missão é a de def ender a moeda. Ent ão, se o BC baixou os juros por dois meses consecut ivos e a queda no segundo mês f oi maior que a do primeiro, isso most ra um novo rit mo, um novo

JOSÉ ARTHUR ASSUNÇÃO, VICE-PRESIDENTE DA ACREFI E DIRETOR DA ASB FINANCEIRA ciclo. Nesse caso, um ciclo mais f or t e de baixa dos juros. E se o BC decidiu baixar os juros é porque considera que, pelo menos no momento, não existem pressões infl acionárias. Sendo assim, o que o mercado já havia projet ado passa enfi m a virar realidade. A infl ação realmente est á em queda e com tendência de baixa ainda mais signifi cativa. Foi ratifi cado pelo Copom nessas últimas reuniões que a infl ação est á sob controle. Bom, se a infl ação est á sob cont role com a assinat ura do Banco Cent ral que aut ent ica e reconhece fi rma, abre-se um horizont e bem mais promissor para o cresciment o econômico, que apesar de não t er parado nos últ imos meses, pode ser bem mais pujant e. Quem sabe cresceremos a t axas de 6% a 7% ao ano? Parece um sonho, mas não vejo dessa maneira. O Brasil conseguiu mant er um nível bast ant e razoável de cresciment o nesses dois últ imos anos, de 3% a 4% , apesar de uma valorização excessiva da nossa moeda diant e do dólar, de uma t axa de juros real campeoníssima mundial. O Brasil f ez um f ort e ajust e nas cont as ext ernas. O pagament o da dívida ext erna em 2006 será muit o menor e bem mais f acilit ado, além de a dívida int erna vir, aos poucos, decrescendo f ort ement e em relação ao Produt o Int erno Brut o (PIB). Com a queda dos juros cria-se um cenário propício ao invest iment o. Com a queda dos juros, a moeda brasileira

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deve se desvalorizar em relação ao dólar, corrigindo a dist orção moment ânea. Com um câmbio mais at raent e, nossas export ações poderão ser ainda mais alavancadas. M ais invest iment os no mercado int erno junt ament e com export ações alavancadas só poderão result ar em mais cresciment o econômico, a não ser que f at ores ext ernos nos prejudiquem no próximo ano ou ent ão a sucessão presidencial. Tudo isso me leva a crer que, se o Brasil cresce agora a t axas de 3% a 4% , t em t udo, sim, para crescer muit o mais num f ut uro bem próximo. Volt ando ao Copom, creio que o cort e de 0,5 pont o seja repet ido, pelo menos, nas duas próximas reuniões. Não exist e pressão infl acionária. A elevação do preço do barril do pet róleo no mercado int ernacional “ já est á no preço” , como se diz. A infl ação desse ano deve fi car mesmo dent ro da met a ajust ada de 5,1% . E a infl ação do ano que vem será ainda menor, já que a correção dos preços administ rados será a menor dos últ imos anos. Por isso, apost o que a t axa Selic f eche o ano a 18% e caia ainda mais no início de 2006. No ent anto, ainda não vai ser dessa vez que os juros para o consumidor apresent arão queda signifi cativa. Infelizmente, essa t axa não é formada apenas pela Selic. Um conjunto de fatores pesa sobre sua formação, sendo que o maior deles é a inadimplência, que ainda é muito alt a no País FINANCEIRO


banco de dados por INEPAD TAXAS M ÉDIAS

GERAL

DATA

Aplicações % a.a.

Var. p.p.

Capt ações % a.a.

Var. p.p.

Spread % p.p.

Var. p.p.

set / 04 out / 04 nov/ 04 dez/ 04 jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05

45,1 45,6 45,7 45,0 46,8 47,5 47,8 48,4 49,4 49,0 48,8 49,1 49,5

1,2 0,5 0,1 -0,7 1,8 0,7 0,3 0,6 1,0 -0,4 -0,2 0,3 0,4

17,4 17,5 17,9 17,8 18,3 18,8 19,0 19,4 19,4 19,2 19,0 18,9 18,6

1,0 0,1 0,4 -0,1 0,5 0,5 0,2 0,4 0,0 -0,2 -0,2 -0,1 -0,3

27,7 28,1 27,8 27,2 28,5 28,7 28,8 29,0 30,0 29,8 29,8 30,2 30,9

0,2 0,4 -0,3 -0,6 1,3 0,2 0,1 0,2 1,0 -0,2 0,0 0,4 0,7

Va ria çã o se t -se t

4 ,4

1,2

3,2

Fonte: Banco Central do Brasil / INEPAD

PESSOA FÍSICA DATA

Aplicações % a.a.

Var. p.p.

Capt ações % a.a.

Var. p.p.

Spread % p.p.

Var. p.p.

set / 04 out / 04 nov/ 04 dez/ 04 jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05

63,2 63,2 63,4 61,5 63,4 64,0 64,0 64,5 65,7 64,7 64,5 64,4 64,9

0,1 0,0 0,2 -1,9 1,9 0,6 0,0 0,5 1,2 -1,0 -0,2 -0,1 0,5

17,5 17,3 17,8 17,6 18,2 18,6 18,7 19,1 18,9 18,4 18,2 18,2 18,0

0,1 -0,2 0,5 -0,2 0,6 0,4 0,1 0,4 -0,2 -0,5 -0,2 0,0 -0,2

45,7 45,9 45,6 43,9 45,2 45,4 45,3 45,4 46,8 46,3 46,3 46,2 46,9

0,0 0,2 -0,3 -1,7 1,3 0,2 -0,1 0,1 1,4 -0,5 0,0 -0,1 0,7

Va ria çã o se t -se t

1,7

0,5

1,2

Fonte: Banco Central do Brasil / INEPAD

PESSOA JURÍDICA DATA

Aplicações % a.a.

Var. p.p.

Capt ações % a.a.

Var. p.p.

Spread % p.p.

Var. p.p.

set / 04 out / 04 nov/ 04 dez/ 04 jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05

30,4 31,1 30,9 31,0 32,2 32,4 32,9 33,3 33,7 33,4 33,0 33,2 33,3

1,6 0,7 -0,2 0,1 1,2 0,2 0,5 0,4 0,4 -0,3 -0,4 0,2 0,1

17,3 17,6 18,0 18,0 18,3 18,9 19,2 19,6 19,9 19,8 19,6 19,5 19,2

1,6 0,3 0,4 0,0 0,3 0,6 0,3 0,4 0,3 -0,1 -0,2 -0,1 -0,3

13,1 13,5 12,9 13,0 13,9 13,5 13,7 13,7 13,8 13,6 13,4 13,7 14,1

0,0 0,4 -0,6 0,1 0,9 -0,4 0,2 0,0 0,1 -0,2 -0,2 0,3 0,4

Va ria çã o se t -se t

2 ,9

1,9

Fonte: Banco Central do Brasil / INEPAD

ACREFI

23

1,0


banco de dados por INEPAD JUROS E SPREAD BANCÁRIO

CRÉDITO PESSOA FÍSICA CRÉDITO PESSOAL Volume

50,0 47,5 45,0 42,5 40,0 37,5 35,0 32,5 30,0 27,5 25,0 22,5 20,0 17,5 15,0

Taxa Juros

65.000

79

60.000

78 77

55.000

SPREAD

76

50.000

75

45.000

74 73

40.000

72

Aplicações

71

30.000

set out nov dez jan f ev mar abr mai jun 04 04 04 04 05 05 05 05 05 05

set /05

ago/05

jul/05

jun/05

mai/05

abr/05

mar/05

f ev/05

jan/05

dez/04

nov/04

out /04

set /04

35.000

Volume

Capt ações

70

jul ago set 05 05 05

Taxa de Juros

VOLUM E DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO - PESSOA FÍSICA - PREFIXADOS (R$ milhões) M ÊS / ANO

CHEQUE ESPECIAL

VARIAÇÃO EM %

CRÉDITO PESSOAL

VARIAÇÃO EM %

FINANCIAM ENTO IM OBILIÁRIO

VARIAÇÃO EM %

CARTÃO DE CRÉDITO

VARIAÇÃO EM %

set / 04 out / 04 nov/ 04 dez/ 04 jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05

10 925 10 726 10 963 9 800 10 567 11 071 11 502 11 550 12 044 11 790 11 647 12 265 12 289

2,53% -1,83% 2,21% -10,61% 7,82% 4,77% 3,89% 0,42% 4,28% -2,11% -1,22% 5,31% 0,20%

39 888 41 353 42 439 43 423 44 781 47 218 49 965 52 333 54 345 55 426 57 270 59 015 60 628

3,04% 3,67% 2,62% 2,32% 3,13% 5,44% 5,82% 4,74% 3,84% 1,99% 3,33% 3,05% 2,73%

1 078 1 036 1 071 1 080 1 076 1 072 1 057 1 047 1 053 1 049 1 028 1 037 955

0,80% -3,95% 3,42% 0,86% -0,36% -0,42% -1,38% -0,97% 0,59% -0,42% -1,97% 0,83% -7,84%

7 590 7 591 8 666 8 207 8 711 9 440 9 231 9 942 10 051 10 196 10 512 10 687 10 853

0,48% 0,02% 14,16% -5,29% 6,14% 8,36% -2,21% 7,70% 1,10% 1,44% 3,10% 1,67% 1,55%

Fonte: Banco Central do Brasil / INEPAD

VOLUM E DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO - PESSOA FÍSICA - Prefixados/ continuação (R$ milhões) AQUISIÇÃO M ÊS / ANO set / 04 out / 04 nov/ 04 dez/ 04 jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05

VEÍCULOS

VARIAÇÃO EM %

OUTROS

VARIAÇÃO EM %

TOTAL

VARIAÇÃO EM %

OUTROS

VARIAÇÃO EM %

TOTAL

VARIAÇÃO EM %

35 383 35 573 36 754 38 065 38 855 39 340 40 221 40 958 41 795 42 723 43 636 45 044 46 339

1,85% 0,54% 3,32% 3,57% 2,07% 1,25% 2,24% 1,83% 2,04% 2,22% 2,14% 3,23% 2,88%

6 179 6 639 6 840 7 225 7 375 7 313 7 394 7 578 7 992 8 351 8 824 9 416 9 478

4,29% 7,45% 3,02% 5,62% 2,08% -0,83% 1,10% 2,48% 5,47% 4,50% 5,66% 6,71% 0,66%

41 562 42 212 43 594 45 290 46 230 46 653 47 615 48 535 49 787 51 074 52 460 54 460 55 818

2,20% 1,57% 3,27% 3,89% 2,08% 0,92% 2,06% 1,93% 2,58% 2,59% 2,71% 3,81% 2,49%

5 495 5 559 5 625 5 471 5 621 5 834 6 177 6 437 6 889 7 097 7 349 7 702 8 016

1,76% 1,17% 1,18% -2,74% 2,74% 3,78% 5,88% 4,21% 7,02% 3,02% 3,56% 4,79% 4,09%

106 539 108 478 112 358 113 272 116 987 121 288 125 547 129 844 134 169 136 632 140 266 145 166 148 560

2,39% 1,82% 3,58% 0,81% 3,28% 3,68% 3,51% 3,42% 3,33% 1,84% 2,66% 3,49% 2,34%

Fonte: Banco Central do Brasil / INEPAD

24

FINANCEIRO


VOLUM E DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO - CRÉDITO CONSIGNADO (R$) M ÊS / ANO set / 04 out / 04 nov/ 04 dez/ 04 jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05 Var. set-set

CRÉDITO PESSOAL

CRÉDITO PESSOAL % Amostra AM OSTRA*

39.888 41.353 42.439 43.423 44.781 47.218 49.965 52.333 54.345 55.426 57.270 59.015 60.628 151,99%

31.925 33.178 33.881 34.721 35.522 36.921 39.126 41.470 43.009 44.527 45.938 47.080 47.080 147,47%

80,0% 80,2% 79,8% 80,0% 79,3% 78,2% 78,3% 79,2% 79,1% 80,3% 80,2% 79,8% 77,7%

CONSIGNADO Públicos

Privados

% Consignado* * Total

8.913 1.591 10.504 9.581 1.704 11.286 10.078 1.805 11.882 10.742 1.869 12.611 11.080 1.969 13.049 11.953 2.065 14.018 13.489 2.056 15.545 14.444 2.173 16.617 15.566 2.320 17.886 16.347 2.486 18.833 17.112 2.600 19.712 18.051 2.741 20.793 18.393 2.871 21.264 206,37% 180,49% 202,45%

32,9% 34,0% 35,1% 36,3% 36,7% 38,0% 39,7% 40,1% 41,6% 42,3% 42,9% 44,2% 45,2%

CONSIGNADO TOTAL Estimativa INEPAD

Consignado

Pessoal

Diferença* * *

13.123 14.067 14.884 15.771 16.451 17.927 19.851 20.970 22.600 23.443 24.575 26.064 27.384

39,0% 39,2% 38,5% 39,2% 38,9% 37,4% 38,1% 37,8% 36,9% 36,8% 36,8% 36,5% 36,5%

73,9% 73,8% 73,8% 70,8% 74,5% 75,3% 74,4% 75,0% 77,2% 76,2% 76,6% 77,1% 76,9%

34,9% 34,6% 35,3% 31,6% 35,6% 37,8% 36,3% 37,2% 40,3% 39,4% 39,8% 40,5% 40,4%

Taxa de Juros % aa

FONTE: INEPAD / BC * Pesquisa com treze das maiores instituições que operam com crédito pessoal. * * Total consignado sobre o total de crédito pessoal da amostra * * * Taxa Crédito Pessoal de Mercado - Taxa de Consignado.

INADIM PLÊNCIA - OPERAÇÕES PREFIXADAS CRÉDITO PESSOAL (R$ mil) M ês/Ano

Saldo sem atraso

Com atraso de 15 a 30 dias

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso de 31 a 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso maior que 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Saldo total CarteiraBrasil

Variação em %

set / 04 out / 04 nov/ 04 dez/ 04 jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05

34.395.189 36.330.048 36.429.717 38.174.691 39.269.395 41.398.232 43.853.143 45.958.211 47.958.159 49.107.813 50.932.454 52.427.636 53.908.781

1.603.160 1.071.229 1.854.350 910.690 1.081.995 1.113.012 1.263.104 1.224.836 1.364.220 1.260.105 1.180.764 1.322.628 1.355.802

4,02% 2,59% 4,37% 2,10% 2,42% 2,36% 2,53% 2,34% 2,51% 2,27% 2,06% 2,24% 2,24%

1.123.560 1.150.369 1.347.591 1.241.283 1.220.396 1.349.410 1.427.796 1.421.446 1.432.355 1.494.652 1.485.848 1.528.370 1.563.240

2,82% 2,78% 3,18% 2,86% 2,73% 2,86% 2,86% 2,72% 2,64% 2,70% 2,59% 2,59% 2,58%

2.358.439 2.444.849 2.478.395 2.490.724 2.597.523 2.649.416 2.800.103 3.078.013 2.951.453 3.013.742 3.145.514 3.288.510 3.406.907

5,91% 5,91% 5,84% 5,74% 5,80% 5,61% 5,60% 5,88% 5,43% 5,44% 5,49% 5,57% 5,62%

39.888.408 41.353.350 42.438.810 43.422.690 44.781.159 47.218.466 49.965.156 52.332.903 54.344.976 55.426.011 57.270.000 59.015.306 60.628.282

3,04% 3,67% 2,62% 2,32% 3,13% 5,44% 5,82% 4,74% 3,84% 1,99% 3,33% 3,05% 2,73%

Fonte: Banco Central do Brasil / INEPAD

AQUISIÇÃO DE BENS - VEÍCULOS (R$ mil)

M ês/Ano

set / 04 out / 04 nov/ 04 dez/ 04 jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05

Saldo

Com at raso

sem atraso

de 15 a 30 dias

32.105.124 32.340.462 33.650.225 35.183.751 35.794.379 36.219.687 36.869.843 37.642.112 38.206.540 39.234.937 40.002.093 41.251.555 42.390.852

1.266.622 1.217.895 1.177.013 1.123.870 1.243.330 1.183.837 1.386.782 1.275.989 1.458.922 1.359.409 1.448.473 1.544.357 1.511.876

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso de 31 a 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso maior que 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Saldo total CarteiraBrasil

Variação em %

3,58% 3,42% 3,20% 2,95% 3,20% 3,01% 3,45% 3,12% 3,49% 3,18% 3,32% 3,43% 3,26%

1.136.700 1.089.188 1.100.391 954.090 1.025.747 1.156.706 1.205.748 1.278.733 1.384.923 1.391.475 1.404.040 1.458.118 1.416.261

3,21% 3,06% 2,99% 2,51% 2,64% 2,94% 3,00% 3,12% 3,31% 3,26% 3,22% 3,24% 3,06%

871.118 922.225 823.190 800.832 788.925 776.871 756.356 758.170 741.774 733.856 776.692 783.591 1.017.384

2,46% 2,59% 2,24% 2,10% 2,03% 1,97% 1,88% 1,85% 1,77% 1,72% 1,78% 1,74% 2,20%

35.382.584 35.572.761 36.753.547 38.065.281 38.855.103 39.339.842 40.221.467 40.957.737 41.795.094 42.722.706 43.636.074 45.043.780 46.339.476

1,85% 0,54% 3,32% 3,57% 2,07% 1,25% 2,24% 1,83% 2,04% 2,22% 2,14% 3,23% 2,88%

Fonte: Banco Central do Brasil / INEPAD

ACREFI

25


banco de dados por INEPAD INADIM PLÊNCIA - OPERAÇÕES PREFIXADAS AQUISIÇÃO DE BENS - OUTROS (R$ mil) M ê s/Ano

Saldo sem atraso

Com atraso de 15 a 30 dias

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso de 31 a 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso maior que 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Saldo total CarteiraBrasil

Variação em %

set / 04 out / 04 nov/ 04 dez/ 04 jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05

5.036.740 5.472.671 5.650.757 6.105.428 6.147.604 5.990.515 5.948.868 6.107.852 6.445.620 6.790.933 7.190.986 7.699.456 7.800.062

263.115 263.448 266.926 247.018 323.728 325.200 364.990 357.857 375.047 359.584 372.685 424.811 369.804

4,26% 3,97% 3,90% 3,42% 4,39% 4,45% 4,94% 4,72% 4,69% 4,31% 4,22% 4,51% 3,90%

261.585 272.977 287.900 246.571 275.200 354.267 417.733 418.795 414.913 416.052 406.831 414.857 423.765

4,23% 4,11% 4,21% 3,41% 3,73% 4,84% 5,65% 5,53% 5,19% 4,98% 4,61% 4,41% 4,47%

608.388 621.100 625.283 616.087 618.340 633.331 652.454 683.148 745.969 774.531 830.585 865.811 873.758

9,85% 9,35% 9,14% 8,53% 8,38% 8,66% 8,82% 9,02% 9,33% 9,27% 9,41% 9,19% 9,22%

6.179.110 6.639.404 6.840.214 7.224.939 7.374.918 7.313.439 7.393.980 7.577.546 7.991.679 8.351.397 8.824.004 9.416.143 9.478.412

4,29% 7,45% 3,02% 5,62% 2,08% -0,83% 1,10% 2,48% 5,47% 4,50% 5,66% 6,71% 0,66%

Fonte: Banco Central do Brasil / INEPAD

INADIM PLÊNCIA - CRÉDITO PESSOAL - PREFIXADO Julho/2005 (em R$ mil) 21,4%

Atraso de mais de 90 dias 3.406.907

INADIM PLÊNCIA - AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS - PREFIXADO Julho/2005 (em R$ mil)

Atraso de 15 a 30 dias 1.355.802

Atraso de 15 a 30 dias 1.511.876

53,9 % 24,7%

22,2%

35,9 %

Atraso de 31 a 90 dias 1.416.261

INADIM PLÊNCIA - OUTRAS OPERAÇÕES - PREFIXADO Julho/2005 (em R$ mil) Atraso de

Atraso de 15 a 30 dias 369.804

16,4% Atraso de mais de 90 dias 791.179

52,4% 25,4%

38,3%

Atraso de 31 a 90 dias 1.563.240

INADIM PLÊNCIA - AQUISIÇÃO OUTROS BENS - PREFIXADO Julho/2005 (em R$ mil)

Atraso de mais de 90 dias 873.758

25,8%

Atraso de mais de 90 dias 1.017.384

Atraso de 31 a 90 dias 423.765

53,4%

30,1%

15 a 30 dias 243.579

Atraso de 31 a 90 dias 4 46.176

OUTRAS OPERAÇÕES (R$ mil) M ê s/Ano

Saldo sem atraso

Com atraso de 15 a 30 dias

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso de 31 a 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso maior que 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Saldo total CarteiraBrasil

Variação em %

set / 04 out / 04 nov/ 04 dez/ 04 jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05

3.411.009 3.453.875 3.586.571 3.579.408 3.654.442 3.796.891 4.060.034 3.586.571 3.579.408 3.654.442 3.796.891 4.060.034 4.212.346

230.730 218.566 186.260 183.304 207.002 214.947 226.263 186.260 183.304 207.002 214.947 226.263 243.579

4,20% 3,93% 3,31% 3,35% 3,68% 3,68% 3,66% 2,89% 2,66% 2,92% 2,92% 2,94% 3,04%

384.060 383.012 348.687 338.569 356.159 381.234 417.153 348.687 338.569 356.159 381.234 417.153 446.176

6,99% 6,89% 6,20% 6,19% 6,34% 6,54% 6,75% 5,42% 4,91% 5,02% 5,19% 5,42% 5,57%

809.917 783.905 778.224 679.473 705.436 716.611 742.541 778.224 679.473 705.436 716.611 742.541 791.179

14,74% 14,10% 13,83% 12,42% 12,55% 12,28% 12,02% 12,09% 9,86% 9,94% 9,75% 9,64% 9,87%

5.495.355 5.559.467 5.625.320 5.471.407 5.621.076 5.833.611 6.176.684 6.436.891 6.888.526 7.096.557 7.349.412 7.701.548 8.016.408

1,76% 1,17% 1,18% -2,74% 2,74% 3,78% 5,88% 4,21% 7,02% 3,02% 3,56% 4,79% 4,09%

Fonte: Banco Central do Brasil / INEPAD

26

FINANCEIRO


DESEM PREGO TAXA DE DESEM PREGO (% ) DATA

Brasil

Var. p.p.

SP

set / 04 out / 04 nov/ 04 dez/ 04 jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05

10,90 10,50 10,60 9,60 10,20 10,60 10,80 10,80 10,20 9,40 9,40 9,40 9,60

-0,50 -0,40 0,10 -1,00 0,60 0,40 0,20 0,00 -0,60 -0,80 0,00 0,00 0,20

11,70 11,20 11,20 9,80 11,10 11,50 11,50 11,40 10,50 10,50 9,90 9,40 9,70

TAXA DE DESEM PREGO Taxa (% )

Var. p.p. -0,90 -0,50 0,00 -1,40 1,30 0,40 0,00 -0,10 -0,90 0,00 -0,60 -0,50 0,30

Fonte: IBGE/ INEPAD

Variação (p.p.) 0,8 0,6 0,4 0,2 0 -0,2 -0,4 -0,6 -0,8 -1 -1,2

14,0 13,5 13,0 12,5 12,0 11,5 11,0 10,5 10,0 9,5 9,0 8,5 8,0 set 04

out 04

nov 04

dez 04

Brasil

jan 05

f ev 05

mar 05

abr 05

SP

mai 05

jun 05

jul 05

ago 05

set 05

Var. p.p. mensal Brasil

Fonte: IBGE/ INEPAD

RENDIM ENTO M ÉDIO REAL HABITUALM ENTE RECEBIDO (R$)

RENDIM ENTO M ÉDIO REAL HABITUALM ENTE RECEBIDO (R$) DATA

Brasil

Var. %

SP

Var. %

set / 04 out / 04 nov/ 04 dez/ 04 jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05

956,10 944,46 945,17 927,69 947,69 956,83 961,76 944,91 930,82 944,87 968,47 974,96 974,90

1,7% -1,2% 0,1% -1,8% 2,2% 1,0% 0,5% -1,8% -1,5% 1,5% 2,5% 0,7% 0,0%

1.096,54 1.078,74 1.079,74 1.058,20 1.086,04 1.102,62 1.117,25 1.080,28 1.076,76 1.091,66 1.124,64 1.121,55 1.108,20

1,6% -1,6% 0,1% -2,0% 2,6% 1,5% 1,3% -3,3% -0,3% 1,4% 3,0% -0,3% -1,2%

Fonte: IBGE/ INEPAD

1.200 1.150 1.100 1.050 1.000 950 900 850 800 750 700

0,03 0,025 0,02 0,015 0,01 0,005 0 -0,005 -0,01 -0,015 -0,02 -0,025 set 04

out 04

nov 04

dez 04

Brasil

jan 05

f ev 05

mar 05

abr 05

SP

mai 05

jun 05

ago 05

jul 05

set 05

Var. % mensal Brasil

Fonte: IBGE/ INEPAD

COM ÉRCIO VAREJISTA VOLUM E DE VENDAS

VOLUM E DE VENDAS Dat a ago / 04 set / 04 out / 04 nov/ 04 dez/ 04 jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai / 05 jun/ 05 jul / 05 ago / 05 Va riação ago -ago

Índice Var. % Geral 106,50 103,74 111,32 109,58 154,93 105,15 97,10 111,36 107,75 112,29 110,11 114,63 113,39

4,50 %

-2,9% -2,6% 7,3% -1,6% 41,4% -32,1% -7,7% 14,7% -3,2% 4,2% -1,9% 4,1% -1,1%

Hipermercados e Supermercados

Var. %

104,86 103,82 112,27 107,59 142,81 106,03 96,37 111,90 104,70 104,61 102,89 110,20 107,77

-2,6% -1,0% 8,1% -4,2% 32,7% -25,8% -9,1% 16,1% -6,4% -0,1% -1,6% 7,1% -2,2%

2 ,32 %

Veículos,M otos, Var. % Partes e Peças 121,95 121,56 120,31 125,95 137,60 119,03 99,38 122,56 113,56 115,74 117,35 112,84 128,56

160

3,0% -0,3% -1,0% 4,7% 9,2% -13,5% -16,5% 23,3% -7,3% 1,9% 1,4% -3,8% 13,9%

150 140 130 120 110 100 90 80

set 04

out nov dez jan 04 04 04 05

Índice Geral

- 4,70 %

Fonte: IBGE/ INEPAD

ACREFI

ago 04

27

f ev mar abr mai 05 05 05 05

Hipermercados e Supermercados

jun 05

jul 05

ago 05

Veículos, M ot os, Par t es e Peças


banco de dados por INEPAD PREVISÕES ECONÔM ICAS Ano de 2005

PIB Tot al % a.a.

PIB Agropecuário % a.a.

PIB Indústria % a.a.

PIB Serviço % a.a.

Produção Industrial % a.a.

3,62 3,28 3,31 3,31

3,96 2,97 3,15 3,11

4,40 3,79 4,11 4,15

2,81 2,46 2,50 2,50

4,67 4,22 4,31 4,31

Selic Taxa anual

IGP-DI % a.a.

IPCA % a.a.

Taxa de Câmbio R$ / US$

Saldo Comercial US$ bilhões

15,91 18,00 18,00 18,00

6,51 1,51 1,39 1,54

5,75 5,21 5,22 5,31

2,95 2,40 2,33 2,30

26,46 40,50 41,72 42,00

Previsão 03 / 01/2005 4 semanas antes 1 semana antes Previsão 21/10 Final de 2005 Previsão 03 / 01/2005 4 semanas antes 1 semana antes Previsão 21/10 Fonte: BC-Focus/ INEPAD

ATIVIDADE ECONÔM ICA DATA

Taxa da Utilização da Capacidade Inst alada

ago/ 04 set / 04

Índice de Produção Física M édia M óvel Trimestral

Var. p.p.

DATA

83,85

0,33

ago/ 04

109,11

0,6%

83,76

-0,09

set / 04

109,76

0,6%

Var. %

out / 04

84,00

0,24

out / 04

110,05

0,3%

nov/ 04

83,40

-0,61

nov/ 04

110,08

0,0%

dez/ 04

81,10

-2,30

dez/ 04

110,57

0,4%

jan/ 05

81,01

-0,09

jan/ 05

110,93

0,3%

fev/ 05

80,60

-0,41

fev/ 05

110,69

-0,2%

mar/ 05

83,20

2,60

mar/ 05

110,55

-0,1%

abr/ 05

81,90

-1,30

abr/ 05

110,63

0,1%

mai/ 05

82,30

0,40

mai/ 05

111,70

1,0%

jun/ 05

82,90

0,60

jun/ 05

112,85

1,0%

jul/ 05

81,70

-1,20

jul/ 05

112,89

0,2%

ago/ 05

82,00

-1,20

ago/ 05

113,36

100,2%

Va ria çã o a go -a go

Va ria çã o a go -a go

-2 ,21

Fonte: CNI/ INEPAD

3,9 0 %

Fonte: IBGE/ INEPAD

PRODUÇÃO (ÍNDICE) X CAPACIDADE (% ) Capacidade (% )

Produção - Índice

85

116

84

114

83

112 110

82

108

81

106

80

104

Fonte: INEPAD

Taxa da Ut ilização da Capacidade Inst alada

ago/05

jul/05

jun/05

mai/05

abr/05

mar/05

f ev/05

jan/05

dez/04

nov/04

out /04

100 set /04

102

78 ago/04

79

Índice de Pr odução Física M édia M óvel Tr im est r al

28

FINANCEIRO


INDÚSTRIA AUTOM OBILÍSTICA - AUTOM ÓVEIS DE PASSAGEIROS, M ISTOS, VEÍCULOS COM ERCIAIS LEVES E PESADOS PRODUÇÃO

PRODUÇÃO

(em unidades)

Dat a

Produção

set / 04 out / 04 nov/ 04 dez/ 04 jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05

203.062 190.302 201.893 188.990 160.737 188.514 220.722 205.739 215.005 219.272 205.802 220.480 207.692

M édia Trim. Var. M ensal Var. M ensal (%)

196.894 197.736 198.419 193.728 183.873 179.414 189.991 204.992 213.822 213.339 213.360 215.185 211.325

3.219 -12.760 11.591 -12.903 -28.253 27.777 32.208 -14.983 9.266 4.267 -13.470 14.678 -12.788

Va ria çã o se t / 0 4 -se t / 05

1,6% -6,3% 6,1% -6,4% -14,9% 17,3% 17,1% -6,8% 4,5% 2,0% -6,1% 7,1% -5,8%

(em unidades)

220.000 210.000 200.000 190.000 180.000 170.000 160.000 150.000

set 04

out 04

nov 04

dez 04

jan 05

fev 05

Produção

2 ,3 %

mar 05

abr 05

mai 05

jun 05

jul 05

ago 05

set 05

M édia t rimest ral

Fonte: Anfavea/ INEPAD

VENDAS INTERNAS NO ATACADO DE NACIONAIS

VENDAS INTERNAS NO ATACADO DE NACIONAIS

(em unidades)

Dat a

Vendas

M édia Trim.

Variação

Variação(%)

set / 04 out / 04 nov/ 04 dez/ 04 jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05

139.182 130.473 140.793 155.432 100.909 115.436 149.026 137.759 138.078 140.036 133.948 147.553 138.873

133.740 134.131 136.816 142.233 132.378 123.926 121.790 134.074 141.621 138.624 137.354 140.512 140.125

6.443 -8.709 10.320 14.639 -54.523 14.527 33.590 -11.267 319 1.958 -6.088 13.605 -8.680

4,9% -6,3% 7,9% 10,4% -35,1% 14,4% 29,1% -7,6% 0,2% 1,4% -4,3% 10,2% -5,9%

Va ria çã o se t / 0 4 -se t / 05

(em unidades)

165.000 155.000 145.000 135.000 125.000 115.000 105.000 95.000

set 04

out 04

nov 04

dez 04

jan 05

fev 05

Vendas

- 0,2 %

mar 05

abr 05

mai 05

jun 05

jul 05

ago 05

set 05

jul 05

ago 05

set 05

M édia t rimest ral

Fonte: Anfavea/ INEPAD

EXPORTAÇÃO TOTAL

EXPORTAÇÃO TOTAL

(em unidades)

Dat a

set / 04 out / 04 nov/ 04 dez/ 04 jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05

Export ações M édia Trim.

57.406 62.856 60.579 59.049 45.487 62.015 69.618 72.261 76.218 77.600 74.229 71.811 74.057

62.467 62.899 60.280 60.828 55.038 55.517 59.040 67.965 72.699 75.360 76.016 74.547 73.366

Va ria çã o se t / 0 4 -se t / 05

Variação

Variação(%)

-11.028 5.450 -2.277 -1.530 -13.562 16.528 7.603 2.643 3.957 1.382 -3371 -2418 2246

-16,1% 9,5% -3,6% -2,5% -23,0% 36,3% 12,3% 3,8% 5,5% 1,8% -4,3% -3,3% 3,1%

(em unidades)

80.000 75.000 70.000 65.000 60.000 55.000 50.000 45.000 40.000 35.000 30.000

out 04

nov 04

dez 04

Expor t ações

29,0 %

Fonte: Anfavea/ INEPAD

ACREFI

set 04

29

jan 05

fev 05

mar 05

abr 05

mai 05

jun 05

M édia t rimest ral


banco de dados por INEPAD INDÚSTRIA AUTOM OBILÍSTICA VENDAS INTERNAS NO ATACADO DE NACIONAIS E IM PORTADOS - AUTOM ÓVEIS (em unidades) Dat a

Vendas

1000cc

% no Tot al

1000cc a 2000cc

% no tot al

> 2000cc

% no tot al

ago/ 04 set / 04 out / 04 nov/ 04 dez/ 04 jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05

109.270 113.456 106.228 116.998 129.579 82.256 95.954 125.031 115.228 114.308 115.250 111.473 123.173

59.743 61.404 60.318 65.451 72.331 44.720 51.736 70.179 63.612 63.376 63.315 62.347 71.067

54,7% 54,1% 56,8% 55,9% 55,8% 54,4% 53,9% 56,1% 55,2% 55,4% 54,9% 55,9% 57,7%

49.074 51.607 45.548 51.019 56.738 37.267 43.924 54.197 51.062 50.509 51.477 48.683 51.308

44,9% 45,5% 42,9% 43,6% 43,9% 45,3% 45,8% 43,3% 44,3% 44,2% 44,7% 43,7% 41,7%

453 445 362 528 510 269 294 655 554 423 458 443 798

0,4% 0,4% 0,3% 0,5% 0,3% 0,3% 0,3% 0,5% 0,5% 0,4% 0,4% 0,4% 0,6%

Fonte: Anfavea/ INEPAD

VENDAS POR CATEGORIA - AUTOM ÓVEIS

80.000 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000

ago 04

set 04

out 04

1000 cc

nov 04

dez 04

jan 05

f ev 05

mar 05

abr 05

mai 05

jun 05

jul 05

ago 05

1000 cc a 2000 cc

TAXAS DE JUROS PREFIXADOS - PESSOA FÍSICA (R$ milhões) CRÉDITO PESSOAL SALDO TOTAL

AQUISIÇÃO DE BENS - VEÍCULOS

TAXAS DE JUROS

SALDO TOTAL

% Variação % Variação M ÊS/ANO R$ milhões a.m. p.p a.a. p.p

set / 04 out / 04 nov/ 04 dez/ 04 jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05

39.888 41.353 42.439 43.423 44.781 47.218 49.965 52.333 54.345 55.426 57.270 59.015 60.628

4,72 4,71 4,71 4,56 4,75 4,79 4,74 4,77 4,88 4,83 4,85 4,88 4,87

0,01 -0,01 0,00 -0,15 0,19 0,04 -0,04 0,03 0,11 -0,05 0,02 0,02 -0,01

73,90 73,80 73,80 70,80 74,50 75,30 74,40 75,00 77,20 76,20 76,60 77,10 76,90

0,10 -0,10 0,00 -3,00 3,70 0,80 -0,90 0,60 2,20 -1,00 0,40 0,50 -0,20

R$ milhões 35.383 35.573 36.754 38.065 38.855 39.340 40.221 40.958 41.795 42.723 43.636 45.044 46.339

TAXAS DE JUROS % Variação a.m. p.p 2,58 2,57 2,57 2,57 2,63 2,61 2,64 2,66 2,68 2,65 2,60 2,58 2,59

-0,04 -0,01 0,00 0,00 0,06 -0,02 0,03 0,02 0,02 -0,03 -0,05 -0,03 0,01

SALDO TOTAL

% Variação a.a. p.p 35,70 35,60 35,60 35,60 36,50 36,20 36,70 37,00 37,40 36,90 36,10 35,70 35,90

AQUISIÇÃO DE BENS - OUTROS

-0,60 -0,10 0,00 0,00 0,90 -0,30 0,50 0,30 0,40 -0,50 -0,80 -0,40 0,20

R$ milhões 6.179 6.639 6.840 7.225 7.375 7.313 7.394 7.578 7.992 8.351 8.824 9.416 9.478

TAXAS DE JUROS % Variação a.m. p.p 4,03 4,07 4,13 4,36 4,24 4,19 4,12 3,87 3,87 3,67 3,70 3,65 3,99

0,10 0,04 0,06 0,23 -0,13 -0,04 -0,07 -0,25 0,01 -0,21 0,03 -0,06 0,34

% a.a.

Variação p.p

60,60 61,40 62,50 66,90 64,50 63,70 62,40 57,70 57,80 54,10 54,70 53,70 59,90

1,80 0,80 1,10 4,40 -2,40 -0,80 -1,30 -4,70 0,10 -3,70 0,60 -1,00 6,20

Fonte: Banco Central do Brasil / INEPAD

30

FINANCEIRO


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* O 26º Congresso ACREFI realizou-se ent re os dias 22 e 25 de set embro de 2005 no Hot el Sofi t el do Rio de Janeiro.

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