Financeiro 33 - Março 2006

Page 1

Financeiro

ano 4 nº 33 mar/2006

ACREFI - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO, FINANCIAM ENTO E INVESTIM ENTO Fundada em 19 5 8

IDH

TIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 20.000 EXEM PLARES

Evolução do Índice de Desenvolvimento Humano brasileiro aponta melhora consistente de longo prazo

Entrevista Presidente da CNF avalia taxas de juros spread e crédito

Inovação Os caminhos do consumo consciente no Brasil


* Sujeit o a análise e aprovação de crédit o.

Banco completo é aquele que antecipa tudo. Ant ecipe os recebíveis da sua empresa com o Crédit o MultiUso Bradesco Empresarial. Você vende agora e recebe agora, sem precisar esperar o venciment o de cheques pré-dat ados, cart ões de crédit o e t ít ulos de cobrança. Crédit o M ult iUso Bradesco Empresarial. Precisou, t em.*

w w w .b r ad esco .co m .b r


editorial

M ar verde, ondas brancas

Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento Rua Libero Badaró, 425 - 28º andar São Paulo - SP Tel: (11) 3107-7177 Fax: (11) 3106-6082 Funcionamento: de segunda à sexta-feira das 8:30 às 18 horas w w w.acrefi.org.br

DIRETORIA Presidente Érico Sodré Quirino Ferreira Vice-Presidentes Fernando Guerreiro de Lemos, Gilber t o Caldar t , José Ar t hur Lemos de Assunção, M arco Ambrógio Crespi Bonomi, Paulo Eduardo D’Ávila Isola, Paulo Henrique Pent agna Guimarães, Ricardo M alcon, Ronaldo Amaral de Car valho Pint o, Tiago Canguçu de Almeida Secret ário José Dant e Zanaga Net o Tesoureiros Jorge Kimura e Sérgio M arra Pereira Capella Diretores Adalber t o Savioli, Daniel Capelo Pinheiro, Enílson Espínola de Souza, Genival Francisco Silva, Ricardo Annes Guimarães, Rubens But ion, Sérgio Ant ônio Cipovicci Diretores Conselheiros Arist eu Zanuncio, Eduardo Garcia Ruiz, Guilherme Almeida de Oliveira, Hélio Lima M agalhães, Ivan Svit ek, Leonel Dias de Andrade Net o, Paulo Sérgio M ont eiro Cast ro Aguiar, Rubens Sardenberg Diret ores Regionais Carlos Alber t o Samogim, Félix Archanjo Bordin, Leonardo M arcondes Dadalt o, Sérgio Faria Lemos da Fonseca Júnior, Aquiles Leonardo Diniz, Evanir Cout inho Ussier, Odílio Figueiredo Net o, Renat o M alcon Presidente Honorário João Uchôa Borges Diretor Superintendente Ant ônio August o de Almeida Leit e (Pancho) Conselheiro Econômico Prof. Ist van Kasznar

Financeiro Publicação mensal da ACREFI - Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento. Jornalist a Responsável: Eliana Nigro ( M TB 15.005) Conselho Edit orial : Érico Sodré Quirino Ferreira, Prof. Ist van Kasznar, Ant ônio A . A . Leit e (Pancho) e Sérgio Tamer Coordenação Edit orial : Tamer Comunicação Empresarial Projeto Gráfi co, Editoração e Produção Gráfi ca: EDF (w w w.edf.com.br) Pré-impressão e Impressão: Fabracor Tiragem: 20.000 exemplares As opiniões emitidas nos artigos assinados não refl etem necessariamente as posições da ACREFI e são de exclusiva responsabilidade dos autores. A reprodução total ou parcial do conteúdo da publicação depende de autorização por escrito.

Érico Sodré Quirino Ferreira, Presidente da ACREFI

A verdadeira pujança do Est ado de São Paulo é, ainda hoje, desconhecida para quem vive na Capit al ou em out ros Est ados. É um mundo desconhecido, que merece ser explorado. Viajando pelo seu Int erior, pode-se verifi car uma economia mais diversifi cada e mais vibrant e do que a que se cost uma normalment e est imar. Trat a-se de um imenso mar verde: na prát ica, um t apet e cont ínuo de t erras cult ivadas, onde é possível conhecer melhor a dimensão at ual do agribusiness no Brasil. São as promissoras lavouras de cana-de-açúcar, caf é, laranja, soja, imensas plant ações de eucalipt os e de pinheiros, ent re t ant as out ras cult uras. De quando em quando, ent remeando esse mar verde de diversas t onalidades, avist am-se enormes ondas brancas: são as milhares de cabeças de gado Nelore, riqueza maior da nossa pecuária. M as o mais surpeendent e para o viajant e é que, em meio a essa imensidão, surgem, aqui e acolá, cidades cada vez mais modernas e, em t orno delas, imensas e poderosas f ábricas de t odos os set ores, algumas dot adas de t ecnologia de pont a, como as da indúst ria açucareira e a de sucos. É essa a realidade do Est ado de São Paulo, carro -chef e da economia nacio nal, que deve se preparar para receber par t e dos R$ 46 bilhões que as mais

Flávio Roberto Guarnieri

Fundada em 19 5 8

recent es medidas do governo f ederal devem pôr em circulação. Essa “ renda ext ra” deve ent rar na economia nest e ano com o aument o do salário mínimo, a correção da t abela do Impost o de Renda, o pacot e da const rução civil e a redução do superávit primário de 4,84% do PIB de 2005 para 4,25% do PIB em 2006. Só o reajust e do salário mínimo deve implicar de R$ 22 bilhões a R$ 24 bilhões a mais em circulação, recursos que devem ser dest inados, principalment e, para a compra de bens semiduráveis e não duráveis, benefi ciando as classes menos f avorecidas e abrindo um leque de oport unidades para t odos que produzem ou fi nanciam bens de consumo. Tomando como exemplo o Est ado de São Paulo, nosso set or deve se propor, t ambém, a ser um mar verde de opor t unidades para quem quer obt er crédit o e realizar seus sonhos. E projet ar, t ambém, as manchas brancas da concent ração de esf orços em prol de uma melhor Educação, sem a qual o nosso País não avançará líder e pioneiro como o Int erior do Est ado de São Paulo

Nesta edição 4 Entrevista

Gabriel Jorge Ferreira, president e da Conf ederação Nacional das Inst it uições Financeiras

6 Palestra

Polít ica monet ária e FM I em debat e na Acrefi

10 Inovação

Consumo conscient e do dinheiro e do crédit o : muit o além da educação fi nanceira

12 Indicadores

O índice de desenvolviment o social e humano no Brasil

14 Tendências

Dívida cambial - o out ro lado da moeda

16 Indústria

O set or aut omobilíst ico

18 Artigo

Indicadores econômicos e per spect ivas em 2006

20 Análise setorial

Inst it uições bancárias at uando no comércio varejist a

22 Artigo

País maduro

23 Banco de Dados


entrevista

Sistema judicial, tecnologia, spread bancário e crédito

Divulgação

Gabriel Jorge Ferreira, presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras CNF - avalia refl exos da legislação e do desenvolvimento tecnológico nos juros e no crédito

“Há vários entraves ao bom funcionamento do sistema de crédito que precisam ser eliminados para que o custo do dinheiro e o volume de crédito no País sejam similares aos praticados em outros países”

A at ual Lei de Falências e Recuperação de Em presas pode reduzir os juros e o spread signifi cat ivam ent e? No curt o, m édio ou longo prazo? Há vários est udos que demonst ram que o desenvolviment o do crédit o est á relacionado ao nível de prot eção a credores e que a razão ent re crédit o e PIB é maior em países que preservam a int egridade do crédit o e apresent am maior efi ciência no sist ema judiciário. Por int erf erir no direit o dos bancos de reaverem os crédit os cont ra os inadimplent es, a legislação ant erior produzia um impact o considerável sobre o nível das t axas de juros. A reduzida recuperação de crédit os onerava em demasia os cust os da int ermediação fi nanceira suport ados pelos bons pagadores, que acabavam arcando com as perdas provocadas pelos inadimplent es e pelos maus pagadores. Era uma inversão do sist ema de just iça. Em essência, havendo uma prot eção jurídica adequada, o risco de crédit o diminui e, conseqüent ement e, o spread e a t axa de juros t ambém diminuem. Assim, um bom sist ema legal e judicial é f undament al para ampliação do crédit o, com segurança e com responsabilidade. Os ef eit os da nova Lei de Falências e Recuperação de Empresas se f arão sent ir a médio e longo prazo, à medida que o sist ema judiciário

4

most rar efi ciência em administ rar os mecanismos criados pela nova lei. O senhor acredit a num pact o ent re governo, sist em a fi nanceiro e sociedade para f azer baixar o spread ? Na sua opinião, de que f orm a isso deve ser f eit o? Os juros e os spreads não podem ser reduzidos de maneira simplist a, por mero at o de vont ade polít ica. M as uma regra geral que equiparasse a t ribut ação da int ermediação fi nanceira prat icada no Brasil à dos demais países já seria uma boa medida na direção da redução dos juros. Temos no Brasil uma sit uação iníqua para o t omador. O governo t ribut a dívida como se f osse renda ou receit a! Os bancos, por meio de suas inst it uições represent at ivas como a Febraban e a CNF, há muit os anos vêm alert ando a sociedade sobre a import ância de baixar os spreads. Houve uma série de avanços. M as ainda f alt a muit o a ser f eit o. Os recolhiment os compulsórios e os direcionament os de crédit o, por exemplo, que deveriam ser eliminados, não f oram sequer reduzidos, quando não aument aram. Há vários ent raves ao bom f uncionament o do sist ema de crédit o que precisam ser eliminados para que o cust o do dinheiro e o volume de crédit o no País sejam similares aos prat icados em out ros países. A quest ão vai muit o FINANCEIRO


além da redução da Selic e precisa ser enf rent ada t ant o na área t ribut ária, quant o monet ária. De que f orm a a t ecnologia pode im plicar real queda de juros no set or de crédit o? A t ecnologia pode cont ribuir para a queda real dos juros de duas f ormas: a primeira é na redução de cust os operacionais e administ rat ivos pela aut omação e aument o da efi ciência dos processos de concessão e análise de crédit o. O cust o da realização de um crédit o pessoal pela Int ernet ou por um ATM ou de um CDC em um varejist a que mant enha parceria com um banco, em que a análise e aprovação são f eit os por sist emas aut omat izados é muit o inf erior ao cust o de um emprést imo em que o client e vai f alar com o gerent e da agência e est e, por sua vez, vai recorrer à sua área de crédit o para analisar manualment e o pleit o e decidir se concede ou não o emprést imo. A segunda cont ribuição é na ut ilização das t ecnologias avançadas de gest ão e avaliação do risco de crédit o, que permit em reduzir a inadimplência enf rent ada pelos bancos. Nest e pont o ent ram o uso de sist emas est at íst icos de quant ifi cação de risco, como o credit score, e o uso de cadast ros posit ivos que ampliam o conheciment o sobre o compor t ament o de crédit o dos t omadores, reduzindo a incer t eza na concessão de crédit o e, conseqüent ement e, a t axa de juros. A relevância desses f at ores é comprovada no est udo de composição do spread bancário realizado pelo Bacen que indica que cust os administ rat ivos respondem por 26,4% do spread bancário e a inadimplência por 20,0% . É claro que esses component es de cust o não podem ser t ot alment e eliminados, mas a t ecno logia ajuda a reduzi-los. Not e, ent ret ant o, que para uma queda mais signifi cat iva nos juros é necessário rever out ros component es que oneram o cust o do crédit o como a cunha t ribut ária e os depósit os compulsórios, que junt os respondem por 26% do spread bancário. ACREFI

O atual Sistema de Pagamentos Brasileiro vem implicando mudanças que signifi cam menos burocracia e mais aproximação entre bancos e empresas. Que outros refl exos ainda podemos esperar? O desenvolviment o t ecnológico é sempre surpreendent e. É dif ícil prever, t odos os novos desenvolviment os que poderão advir do uso cada vez mais int enso do novo Sist ema de Pagament os. A int egração de redes de caixas elet rônicos, cont udo, abrirá novas perspect ivas de pagament os para a sociedade, mult iplicando as opções de at endiment o para a realização de serviços, com mais conf ort o, segurança e menores cust os. Que alt erações o senhor considera necessárias para a at ual lei cont ra a lavagem de dinheiro, de form a que, equiparando o sist em a fi nanceiro ao poder público, possa vir, efet ivam ent e, a barrar a corrupção? É essencial que haja coop eração ent re as in st it uiçõ es f inanceiras e as au t oridades resp o n sávei s p ela f iscalização e invest igação de f on t es e do t rân sit o de recur so s ilíci t o s. M as não f az sent ido t écnico nem legal querer equiparar o sist ema f inanceiro ao p o der público. Gerent es de banco s são esp ecialist as na área f inanceira. Não devem ser t rat ado s como f iscais nem t er p o der de p olícia. A s in st it uiçõ es f inanceiras não p o dem sub st it uir a au t oridade p olicial. Nesse part icular, cab e-lhes f icarem at ent as à regra básica “ conheça o seu client e” , in st it uir mecanismo s ef et ivo s de prevenção à lavagem de dinheiro, t reinament o de p essoal e comunicação à au t oridade com p et ent e de t ran saçõ es su sp eit as, sempre que ident if icadas. A lavagem de dinheiro é crime p erp et rado cont ra o sist ema f inanceiro sendo, p or t ant o, f undament al seu combat e p or t o das as f ormas e, nesse par t icular, as in st it uiçõ es f i nanceiras muit o p o dem cont ribuir para o aprimorament o do s sist emas de cont role e prevenção, mediant e p ermanent e diálo go e t ro ca de idéias com as aut oridades

5

“O desenvolvimento tecnológico é sempre surpreendente. É difícil prever todos os novos desenvolvimentos que poderão advir do uso cada vez mais intenso do novo sistema de pagamento”


palestra

Política monetária e FM I em debate na Acrefi Nos últimos dois anos, o Banco Central optou pela credibilidade, por isso manteve a Selic em patamares altos

O primeiro event o do ciclo de palest ras da A ssociação Nacional das Inst it uições Financeiras, de Crédit o, Financiament o e Invest iment o, Acrefi , reuniu Carlos Thadeu de Freit as, chef e da divisão econômica da Conf ederação Nacional do Comércio e ex-diret or do Banco Cent ral e Ist van Kasznar, prof essor da Fun dação Get úlio Vargas e conselheiro econômico da Acrefi , que abordaram, respect ivament e, os t emas “ Po lít ica M onet ária no Brasil : t rajet ória e per spect ivas” e “ Fundo M onet ário Int ernacional” . Carlos Thadeu de Freit as dest acou o ambient e macroeconômico f avorável ao afi rmar que, pela primeira vez, desde que o Brasil implant ou o regime de met as de infl ação, exist e grande convergência de expect ativas positivas no que se ref ere ao cont role de preços, apesar dos result ados dos índices apurados para o mês de janeiro t erem sido superiores ao esperado pelo mercado. No ent anto, f risou, o ambient e é bem diverso do que caract erizou 2005, em especial, o início do ano, quando havia uma série de riscos e pressões infl acionárias. De acordo com ele – que usou a palavra “ est abilidade” para defi nir os próximos meses – o cenário at ual vai f acilit ar bast ant e a condu ção da polít ica monet ária ao longo de 2006. Difi cilment e, o Brasil regist rará infl ação média superior a 4,5% ou 4,8% , variando em razão do im pact o do novo salário -mínimo na economia.

Ist van Kasznar, p rof esso r d a Fu n d ação Get úlio Vargas e conselheiro econôm ico da Acref i

Carlos Thadeu de Freit as, chef e da divisão econôm ica da Conf ederação Nacional do Com ércio

A f o r t e li q ui d ez in t er n acio n al e ap reciação d o real são f at o res d et er mi n an t es p ara a an áli se d o cenário d esse an o : “ co m u m a t axa d e câm b i o n o s p at am ares co m o o s q u e t i vem o s n o an o p assad o, o Ban co Cen t ral n ão t erá m ui t o t rab alh o, a não ser evi t ar q u e as t axas d e ju ro s f u t u ras su b am mui t o rap i d am en t e” , af i r m a, l em b ran d o q u e, m esm o se t rat an d o d e u m an o elei t o ral , a t rajet ó ria d e qu ed a das t axas d e ju ro s dif i cilm en t e sof rerá al t eraçõ es n o ri t m o já p revi st o p el o Ban co Cen t ral. Po r t an t o, n a o p inião d el e, o g ran d e t est e d a p o lít i ca m o n et ária f i cará m esm o p ara 2007,q u an d o n ão h averá t am b ém a p o ssib ili d ad e d o d ó lar ser u t ilizad o co m o in st r u m en t o an t ii nf l aci o n ár i o.

Para o próximo ano, o ex-diretor do Banco Cent ral, prevê ainda mudança no regime de met as de infl ação. Para ele, as met as at uais são muit o curt as e o Bacen vê-se const ant ement e t est ado pelo mercado, em respost a, é obrigado a subir os juros para mant er sua credibilidade: “ Nos últimos dois anos, as aut oridades monet árias t iveram que escolher ent re credibilidade e fl exibilidade e opt aram pela primeira. Foram persist ent es na manut enção de t axas reais de juros elevados, apesar de alt as, pois, naquelas circunst âncias, precisavam ganhar credibilidade, at é para baixá-las mais t arde. M as, creio que daqui a pouco, o Banco Cent ral vai escolher a fl exibilidade” . Para ele, o Brasil pode escolher um caminho similar ao da Aust rália,com met as mais longas.

6

FINANCEIRO


“Em 2007, não vamos contar mais com a âncora cambial, os preços administrados não vão subir tanto quanto no ano passado, mas também podem não fi car tão bem como estão agora” Carlos Thadeu de Freit as

No int ervalo, part icipant es t rocaram idéias sobre t em as das palest ras

A conseqüência dessa escolha, no ent ant o, ressalt a, f oi o f reio no cresciment o econômico, com evident es sacrif ícios à at ividade eco nômica, como é possível const at ar pelo PIB de 2005: 2,5% . Em 2005, o País vivia uma divergência de expect at ivas, logo no começo do ano, em razão dos preços administ rados. No início daquele ano, esperava-se infl ação alt a, que só diminuiu no fi m do ano, quando o dólar começou a cair. M as, esse ano, segundo ele, a infl ação depende dos preços fi xos e a dúvida fi ca apenas no que se ref ere ao comport ament o de serviços e ao ef eit o polít ico das eleições. Se o quadro se mant iver como o at ual, com a disput a polarizada ent re o PT e PSDB, ambos já conhecidos, não haverá surpresas, no ent ant o, se algum candidat o gerar dúvidas sobre o regime de met as da infl ação, ou sobre a condução da dívida, as coisas podem mudar, afi rma. Para Carlos Thadeu, o grande desafi o est á reservado para o ano que vem : “ em 2007, não vamos cont ar mais com a âncora cambial, os preços administ rados não vão subir t ant o quant o no ano passado, mas t ambém podem não fi car t ão bem como est ão agora. Tudo vai depender de como as coisas evoluírem ao longo de 2006” Ist va n Ka szna r O prof essor Ist van Kasznar analisou a visão do Fundo M onet ário InACREFI

t ernacional sobre o Brasil, e chamou a at enção para o que classifi cou de marco hist órico nas relações ent re o País e o organismo int ernacional : a renúncia aos cont rat os com o Fundo, anunciada pelo governo brasileiro em dezembro passado, pagando com dois anos de ant ecedência a dívida cont raída em 2002. Desse pont o de vist a, salient ou o prof essor, o governo at ual est á conseguindo criar polít icas econômicas que est ão engendrando uma evolução qualit at iva para a est abilidade no médio e longo prazo. E, pela primeira vez, as decisões do governo brasileiro no âmbit o macroeconômico est ão encont rando grande repercussão int ernacional e começam a colocar o Brasil em um eixo inédit o, no qual o País não se encont rava nos últ imos cinqüent a e cinco anos. Para Ist van Kasznar, quando se analisam os dados macroeconômicos do País, alguns crit érios são especialment e relevant es, como a infl ação e balança de pagament os: “ Queremos uma infl ação menor possível, mas sem ar t if ícios, como os do passado, com congelament o de preços. E, de f at o, a t axa vem despencado, desde 1993, 1994, para pat amares aceit áveis” , diz e cit a como exemplo a infl ação nor t e-americana, próxima de 2% , 2,5% ao ano, como exemplo de que um País desenvolvido e, no caso, o mais rico do mundo,pode conviver com uma infl ação positiva. “ Da mesma f orma” – prossegue ele –

7

“ queremos encont rar um balanço de pagament os equilibrado, superavit ário e isso vem acont ecendo, ao longo dos últ imos dois governos. O saldo é crescent e e as previsão para as expor t ações chegam a 125,9 bilhões de dólares, quando no ano passado chegavam 117,5 bilhões. O cresciment o é bast ant e signifi cat ivo, um recorde nacional sem precedent es” . Ao mesmo t empo, cont inua Kasznar, o Brasil est á se abrindo ao ext erior e percebendo o at raso que f oi a polít ica subst it ut iva de impor t ações. Segundo ele, o País est á percebendo que expor t ar mais est á correlacionado com a at it ude de impor t ar mais, at é porque expor t ando mais, cresce o produt o int erno brut o, gera -se mais empregos domést icos e cria -se compet it ividade. O aument o das expor t ações renderá ao País uma balança de t ransações corrent es de 40,7 bilhões de dólares esse ano, o que signifi ca uma conf or t ável incorporação de reser vas int ernacionais, provocando, como conseqüência, a redução da pressão cambial. M enos pressão cambial sig nifi ca t ambém menor int ensidade de micro -desvalorizações cambiais e maior possibilidade do Banco Cen t ral deixar a t axa de câmbio fl ut u ando, por t ant o, de cont rolar a met a infl acionária. Trat a-se, lembra Kasznar, do quar t o ano seguido em que percebemos a evolução sup eravit ária das cont as ext ernas, gerando


palestra

“Queremos uma infl ação menor possível, mas sem artifícios, como os do passado, com congelamento de preços. E, de fato, a taxa vem despencando desde 1993 para patamares aceitáveis” Ist van Kasznar

Carlos Thadeu de Freit as e Ist van Kasznar abordaram os t emas “ Polít ica M onet ária no Brasil: t rajet ória e perspect ivas” e “ Fundo M onet ário Int ernacional”

recur sos signifi cat ivos. Por t udo isso, conclui ele, o Brasil não t eve difi culdade em pagar o FM I. O conselheiro econômico da Acrefi enf at izou ainda que o que se deseja é ver o PIB crescer, lem brando que há uma pat inação nos números. Em 2004, o produt o int erno brut o f oi de 4.9% , isso após a recessão do ano de 2003. Para com bat e-la f oi necessário comprimir a infl ação deixada pelo governo ant erior: o IGP-I est ava em 25,2 e o IPA em 32% . O cenário pedia uma polít ica monet ária or t odoxa. A s t axas de juros alt as reduziram a demanda em 2003 e fi zeram com que seguissem em evolução. Em 2005, houve um cresciment o t ímido e em 2006, o PIB já est á per t o de 3,5% , o que é sufi cient e para confi gurar uma t en dência. Embora o Brasil não t enha at ingido ainda o grau de inves-

t iment o, já e considerado capacit ado para receber invest iment os. Est a análise das agências de rat ing é corroborada pelo Fundo M onet ário Int ernacional que enxerga o Brasil como nação confi ável e que poderá t rabalhar dent ro do grupo f ormado por Rússia, Índia e China, sobret udo dent ro dos últ imos dois, t rês anos. Out ros aspect os impor t ant es a serem considerados são as análises das vint e e duas macrovariáveis, que apont am t endência de est abilização para os médio e longo prazos. Dessas, podemos ver que dezoit o vão na direção do que queremos: reser vas int ernacionais crescent es, t axas de juros reais decrescent es, disciplina fi scal elevada, aument o de t odo o conjunt o de expor t ações brasileiras. Ent re as vint e e duas microvariáveis, aquelas que não deixando a desejar, na opinião de Kasznar, dizem res-

peit o ao desemprego, que no Brasil permanece muit o elevado, t axas de juros real que é recorde mun dial, capacidade ociosa em diver sos set ores, que merece ser ret rabalhada e salários baixos. M as, de uma maneira geral, as macrovariáveis most ram uma t endência posit iva que dura mais de quat ro anos e por sua série hist órica, vemos que há uma coerência macroeconômica única, desde 1946 at é agora. To do s esses f at ores mo st ram ao FM I que o Brasil t em condiçõ es de andar com suas própria p ernas. Anne Krueger, diret ora do Fundo M onet ário Int ernacional, em seu mais recent e do cument o para a A mérica Lat ina e Carib e, elo gia o Brasil e f ala que o País, t ardiament e, conceb e agora um modelo de ab er t ura ao ext erior e só t em a ganhar com isso


ACREFI

9


inovação

Consumo consciente do dinheiro e do crédito: muito além da educação fi nanceira ARON BELINK, GERENTE DE PROJETOS ESPECIAIS DO INSTITUTO AKATU

O que leva empresas privadas a colab orarem com a disseminação do con sumo con scient e? Além do s asp ect o s esp ecíf ico s que cada uma delas p o ssa t er, acredit o que há, p elo meno s, um p ont o em comum , que pode e deve mot ivar out ras em presas a seguirem o mesmo cami nho. É a p ercep ção de que no mundo globalizado e na era das comunicaçõ es, o grau de conheci ment o e de t ro ca de inf ormação ent re con sumidores será cada vez maior e mais decisivo para a sobrevivên cia das emp resas e de suas marcas. A r eput ação (“ o que f alam de mim quando não est ou p or p er t o” ) valerá muit o mais que a aut opromoção (“ a imagem que t en t amo s p rojet ar at ravés da publici dade e de ou t ras f ormas d e comu nicação so cial” ). A con sciência do s con sumidores e o int ercâmbio de inf ormaçõ es já são uma realidade emergent e. Quem melhor e mais rápido soub er compreendê-la, mais chances t erá. Como demonst ram várias p esquisas, o compromisso das empresas com a responsabilidade social é um f at or-chave e de imp or t ância crescent e para sua reput ação. Invest ir na promoção da consciência do s con sumidores é a ap o st a corajo sa do s que t erão sucesso nest e novo cenário.

A consciência dos consumidores já é uma realidade emergente M as o que t em a ver o con sumo con scient e do dinheiro e do crédit o com a resp on sabilidade so cial das empresas? Ou em out ras palavras, qual o relacionament o ent re edu cação f inan ceira e su st ent abilidad e so cioambient al? Recursos lim it ados: o de sa fi o da sust ent a bilidade Em abril de 1961, quando p ela primeira vez uma p essoa avist ou a Terra do espaço, t ivemo s a no ção exat a de uma realidade inescapável : t odos nós, seres humanos, habi t amo s um p equeno planet a azul, sozinho na imen sidão do univer so. A visão dest a realidade mo st rou , def init ivament e, que dispomos de recur so s limit ado s para garant ir no ssa sobrevivência e a de no sso s descendent es. Nest a ép o ca, a humanidade resumia-se a 3 bilhõ es de p essoas. O valor t ot al do s b en s e ser viço s pro duzido s em t o do o mundo era de aproximadament e U$ 5 t rilhõ es (em valores de hoje, já con siderada a inf lação ). A combinação de

10

est ilo de vida, p opulação e t ecno lo gia result ava em um con sumo de aproximadament e 50% do s recurso s nat urais que o planet a p o de of erecer (segundo met o dolo gia da “ p egada ecoló gica” , disp onível em ht t p ://w w w .myf oot print .org /). Hoje, apenas 45 anos depois, os dados são alarmant es: a população mais do que dobrou (6,6 bilhões, segundo as últ imas est imat ivas). O consumo de bens e serviços quadruplicou , chegando a U$ 20 t rilhões, no ano 2000. Como result ado, consumimos at ualment e recursos 20% além do que o planet a é capaz de renovar. É como se est ivéssemos sacando da poupança para pagar as despesas do mês, ou simplesment e usando o cheque especial... As conseqüências disso são conhecidas: dilapidação do pat rimônio, compromet iment o do f ut uro, incapacidade de mant er o padrão de vida desejado, ou mesmo de sobreviver. É preciso rever t er com urgência est a sit uação, seja p elas melhorias t ecnoló gicas, seja p ela edu cação e cont role da nat alidade, seja p ela mudança no s padrõ es de con sumo. Vá rios ca m inhos de a proxim ação A noção de sust ent abilidade – que expus acima – é um dos caminhos pelos quais o consumo conscient e se conect a à educação fi nanFINANCEIRO


ceira: em ambos os casos, t rat amos do uso de recursos limit ados, quer de uso individual (dinheiro e crédit o), quer de uso colet ivo (planet a e sociedade). Além desse, exist em vários out ros caminhos pelos quais o consumo conscient e est ende o alcance da educação fi nanceira. O segundo deles nasce da busca pelo equilíbrio : o balanceament o ent re desejos e benef ícios imediat os e as possibilidades de sua sat isf ação, f rent e à necessidade de manut enção de uma viabilidade f ut ura para o est ilo de vida desejado. Um t erceiro caminho é o da aut o-realização. Tant o na educação fi nanceira quant o no consumo conscient e exist e uma concepção de f elicidade , que geralment e não é explicit ada, mas que é f undament al, uma vez que condiciona t odas as demais decisões. Finalment e, um quart o caminho começa no reconheciment o de que vivemos t odos num mundo sist êmico e int erdependent e , onde os ef eit os das ações de cada indivíduo af et am t odo o conjunt o e, at ravés desse, ret ornam ao próprio indivíduo. Há ainda um quint o caminho, derivado dest a noção de int erdependência. É o caminho que leva ao prot agonismo do consumidor conscient e. O caminho pelo qual cada um de nós, consumidores, percebe o poder que t êm nossas decisões cot idianas, e a part ir do qual passamos a usá-las, de modo conscient e e deliberado, na const rução de um mundo melhor. O consum idor conscient e em ação No cont at o ent re con sumidores

e empresas f inanceiras ou mercan t is, as p o ssibilidades de exercício da cidadania at ravés do u so con scient e do dinheiro são inúmeras. Enquant o t omador de recur so s (bu scando emprést imo s) o con su midor t em a p o ssibilidade de nego ciar e, na grande maioria do s caso s, at é mesmo deixar de t omar o emprést imo, se as t axas e condiçõ es não lhe f orem convenient es. Além de p esquisar o mercado e bu scar f ont es alt ernat ivas, um con sumidor que saiba cont rolar sua an siedade em sat isf azer os desejo s de compra, p o derá at é mesmo sair da p o sição de devedor e passar para a posi ção de invest idor: bast a aplicar o valor das prest açõ es, para comprar o mesmo b em com muit o meno s dinheiro (a dif erença ent re o s juro s que pagaria e o s juro s que receb eu , sem cont ar com algum descont o p elo pagament o à vist a...) Seguindo como invest idor, um con sumidor con scient e p o de esco lher f undo s de invest iment o ou banco s que t enham um compromisso com a resp on sabilidade so cial, ou seja, que se comprom et am a ap enas invest ir o dinheiro de seu s client es em empresas e negócios que não sejam prejudiciais ao meio ambient e ou à so ciedade, e que promovam ganhos para t o dos os público s com que se relacionem. Finalment e, mesmo quando se t rat ar de compras e vendas à vist a, o con sumidor ainda t em muit o poder, poi s t amb ém poderá esco lher as empresas que demon st ram maior compromisso com a resp on -

O consumidor pode passar de devedor para investidor sabilidade so cial, ou que t enham projet o s de invest iment o so cial ou ambient al af inado s com as prio ridades def endidas p or ele. Po de t am bém rejei t ar produt os de em presas com cujo s pro cediment o s e at it udes não concorde. Pesquisas recent es do A kat u (2005) mo st ram que dent re o s 43% de con sumi dores mais con scient es, já há uma grande t endência para incent ivar empresas que agem de modo corret o, assim como para punir aquelas que agem de f orma condenável, segundo seu p ont o de vist a. Para se t er uma idéia, aproximadament e 39% do s con sumidores declararam t er t omado at it udes para ap oiar empresas cujas açõ es aprovaram , enquant o um grupo em t orno de 30% declarou t er agido com a f inalidade de punir empresas cujas açõ es condenavam. Como disse no início, cada vez mais o sucesso das empresas dependerá da reput ação que t êm junt o aos consumidores. Os dados acima most ram que ist o já est á acont ecendo, e que a educação fi nanceira unida ao consumo conscient e nos levará cada vez mais rápido nest a direção. Bom para t o do s nó s, b om para no sso s f ilho s, e b o m para as em presas que caminham junt o ao con sumidor con scient e


Flávio Roberto Guarnieri

indicadores

O índice de desenvolvimento social e humano no Brasil PROF. ISTVAN KASZNAR PhD, CONSELHEIRO ECONÔM ICO DA ACREFI

Já faz bem um quarto de século desenvolvimento, o est ado de satisfaque economist as incomodados com ção e de bem-est ar, e a tendência de a mania mundial em criar-se ranking capacit ação estratégica de longo prazo para tudo decidiram depor do seu de uma comunidade. pódio o Produto Interno Bruto - PIB, Contudo, pelo menos, o IDH districomo o melhor indicador da pujança, bui por mais variáveis o peso analítico da riqueza, da geração de renda e do que se há de dar, para determinar com bem est ar de uma nação. maior acuidade se uma nação desenNão se trata de relegar o PIB ao volve-se mesmo, ou não. segundo plano, ou de condená-lo ao Em sua estrutura, dest aca-se a esquecimento. Pelo contrário, trata-se expect ativa de vida, a t axa de alfabetide “ dar a César o que zação e o PIB per capit a é de César” , isto é, conde uma população. E ceder a uma variável o bom senso prevalece O IDH amplia a macroeconômica o seu quando se interpret am devido peso. E uma variindividual e conjunt aanálise das ável apenas não mede mente est as variáveis: caracterizações de quanto maiores forem adequadamente o bem estar, a qualidade de a expect ativa de vida, a uma comunidade vida, o progresso comualfabetização e a renda nitário e a evolução que por habit ante, t anto se espera acont ecer melhor será, pois ao numa comunidade. menos, supost amente, Por est as razões, ao dirigirem-se vivendo mais tempo as pessoas extraias análises comparativas entre países, rão mais prazer e satisfação do ato de regiões, unidades est aduais, municíviver. Elas terão alcançado idade mais pios e afi ns para a consideração do IDH avançada porque o sistema de saúde, - Índice de Desenvolvimento Humano, de previdência e de assistência do País elas o fazem por uma medida de bom terá sido mais efi ciente. Com maior senso, de percepção de que é preciso alfabetização, as rendas das pessoas atrelar mais macro-variáveis relevanterão crescido, aument adas; o nível tes, umas às outras, e porque mais varigeral de informação será mais alto, peráveis explicam melhor, obviamente, o mitindo pelo aculturamento que as infenômeno desenvolvimentist a ou proformações públicas e privadas se dissegressist a que se deseja mensurar. Ou minem melhor, em benefício de todos. ainda, passam a sinalizar melhor as falE com maior renda per capit a, o poder t as, as falhas e as carências de uma socomprist a sobe, a capacidade de pouciedade e de sua economia. par e logo de investir cresce, e isto Em si, o IDH é um indicador simples. moviment a mais a economia domésComposto por três variáveis e combitica, deixando as pessoas físicas mais nando-as, não represent am a palavra capacit adasao prazer de consumir bens fi nal para a determinação do grau de e serviços.

12

Assim, no lugar de colocar todos os ovos na mesma cest a, o IDH amplia a análise das caracterizações de uma comunidade, utilizando três indicadores poderosos, que fornecem informações múltiplas de forma diret a – número de anos; percentual de alfabetizados; renda por cidadão – e indiret a, como o est ado sanit ário, a situação da saúde e da educação, entre outros. No caso do PIB, é comum declarar-se que ele cresce e disso se pavoneiam as autoridades estabelecidas. Contudo, o PIB no mundo real pode apresentar características importantes, que uma única variável não espelha a contento. Entre estes problemas, encontra-se a da distribuição de renda. Se o Brasil tem, faz 25 anos infelizmente, uma das 5 piores distribuições de renda, segundo o Banco Mundial, mesmo que ela cresça, o poder econômico e a riqueza se arqui-concentram nas mãos e nos bolsos de alguns poucos. Daí decorre que uma elevação de longo prazo da renda não espelha necessariamente maior bem est ar da população. É preciso estudar a renda dos excluídos e dos incluídos, criando medidas para inserir 100% da população numa economia liberal, paut ada nos preceitos do bemest ar máximo, seguindo os conceitos do fi lósofo e pensador econômico brit ânico John Stuart Mill. No que diz respeit o ao Brasil, a evolução de seu IDH most ra uma inequívoca melhora consist ent e e fi rme de longo prazo. Conf orme most ra o quadro a seguir, em 1975 o Brasil regist rava um IDH de 0,645 e em 2003 est e alcançou 0,792. Est udos recent es projet aram a t axa de 2005 para 0,801, FINANCEIRO


sust ent ando est a melhoria. Est a melhoria é alvissareira, geradora de conf ort o parcial, t odavia no mundo das relatividades, insufi cient e. O Brasil sit ua-se na 63ª posição pelo IDH, port anto no pelot ão dos países emergent es e socialment e problemát icos. Ele ainda t em inúmeras posições a galgar, para alcançar os padrões suíços, fi nlandeses e nort e-americanos, que se encont ram no campo do máximo bem est ar. E, dado que isoladamente o PIB coloca o Brasil em 2005 em 13º lugar, pelo t amanho de sua produção econômica, nada mais natural que as autoridades queiram proclamar est a variável. Embora elas se esqueçam de lembrar que nos idos precoces dos anos 1980, a posição do Brasil era de 8º lugar pelo PIB. Fomos superados por numerosas nações. Espanha, China, Coréia e M éxico crescem com vigor, dinamismo, bom senso e habilidade sócio-empresarial, algo de que carecemos numa vizinhança de est ado burocrático, cerceador e ideologizado. Ao analisarem-se os dados do primeiro quadro, observa-se que a expectativa de vida do brasileiro aumentou sensivelmente, de 59,5 anos em 1970/1975, para 70,3 anos em 2000/2005. Ou seja, um brasileiro médio, padrão, do ano 2005, viveu em média 10,8 anos a mais que seu compatriota de 1975. Em 30 anos, ganhou-se quase 11 anos a mais para viver, o que é extraordinário e digno de ser festejado. A t axa de mort alidade brasileira est á despencando aceleradamente. Este é um bom indicador a associar com expect ativa de vida, mostra o que sucede com os recém chegados. Caiu de 95 infantes para cada 1000 nascidos em 1970, para 33 em 2003. Enquanto conquist a e trato que refl ete a melhoria do sistema hospit alar, da saúde e do trato à maternidade (muito embora no setor público os hospit ais, as internações e os tratos médicos estejam em calamitoso est ado de petição de miséria), cert amente, est a é uma conquist a memorável. O senão é que a Suécia tem um índice de 3 falecidos entre 1000 infantes, logo a mort alidade brasileira ainda é 11 vezes maior que a registrada no país que é recordist a mundial em saúde infantil. ACREFI

10% brasileiros mais ricos, o que prova A t axa de alfabetização pulou de um est ado de concentração de renda 61,2% em 1950, para 88,4% em 2003. E radical e absurdo. Segundo, note-se Fernando Henrique Cardoso encerrara mediante o segundo quadro que o brilhantemente sua presidência mosBrasil, país multirracial por excelência, trando à nação que em 2002, 98,93% apresent a a renda concentrada nos das crianças em idade escolar est avam brancos enquanto os af ro-descendende fato nas escolas. Ademais, as t axas tes vivem na penúria. de matrícula no ensino f undament al Considerando-se o IDH dos negros, salt aram de 86% em 1990, para 97% aqueles que moram no em 2003, indicando que est ado de São Paulo a escolarização é um A taxa de levam um nível de vida fato consumado no Braparecido ao da Tailânsil. Rest a a saber se as mortalidade dia, e aqueles em númecrianças est ão de fato brasileira está ro maciço que moram aprendendo e vão à na Bahia, no Rio Grande escola pelo aprendizado despencando do Norte e em Sergipe ou pela merenda. aceleradamente vivem igual aos que O PIB per capit a do sof rem penúrias na brasileiro foi de US$ M ongólia. 2.005,00 em 1980. No Por outro lado, os brancos moradoano de 2003 atingiu os US$ 7.770,00, res do Distrito Federal se equiparam a bem abaixo dos EUA, com US$ um nível de vida de República Tcheca; 36.847,00 aproximadamente. Em que os cariocas e fl uminenses moram t al e pese a péssima distribuição de renda, qual nossos irmãos argentinos; os pauriqueza e capacidade de poder aquilist as se equiparam aos cidadãos da sitivo entre a população, est a renda progressist a Hungria e os cat arinenses crescente t ambém indica uma melholevam um padrão de tigre da América ria nas bases da formação do consumo Latina, similar ao do Chile. Mais ainda, e da poupança. há locais de altíssimo nível de vida, Como o IDH permite a confecção especialmente em Mato Grosso e Minas de cálculos, sua expressão fi nal corGerais, que se assemelham ao rico e responde a uma “ not a” , que quanto petrolífero Kuwait ; e Tocantins, assemaior, melhor classifi ca um país. Uma melhado à afl uente Arábia Saudit a. not a 1 por variável ou de modo comO Piauí, unidade federativa mais binado, denot a máxima pontuação e pobre do Brasil, não discrimina a situação excelente. Quando a not a pobreza entre raças. Os pretos vivem tende a zero, o quadro é ruim, calamisimilarmente à pequena, remot a e simtoso e inspira medidas que promovam pática ilha de São Tomé e Porto Príno bem est ar. cipe, enquanto os brancos lembram o Relat ivizadas em face das out ras Quirguist ão. nações, as pont uações do IDH hão Os af ro-descendentes brasileiros se de crescer ao longo do t empo, para equiparam no IDH a El Salvador, heróico espelharem melhoria. O Brasil alcanpaís que sof reu prof undos problemas çou segundo o Relat ório de Desensóciopolíticos nos últimos decênios. Envolviment o Humano - 2005, publicado quanto isso, os brancos vivem num pela ONU, not as de 0,76 na expect apadrão de Cost a Rica. t iva de vida; 0,89 na educação; e 0,73 Por fi m, estes quadros comprovam na renda per capit a. que uma política social consistente, Isto mostra que o ponto mais f raco de longo prazo, atuante sobre a base do País é a formação, o valor e a distrida pirâmide de renda, é f undament al buição da renda. Necessit a-se produpara a redução das desigualdades reizir mais, mediante uma política desennantes no País. Progresso e desenvolvivolvimentist a, que aumente o poder mento só se conseguem quando inseaquisitivo do brasileiro. rem-se no projeto nacional todos os Neste particular, a distribuição de cidadãos e estes se sentem deveras renda é injust a em pelo menos dois donos do seu país, fazendo-o realgrandes aspectos. Primeiro, observe-se mente um país de todos que em 2005 auferiram 47% do PIB os

13


tendências

Dívida cambial – o outro lado da moeda JOSÉ M ÁRCIO CAM ARGO, SÓCIO DA TENDÊNCIAS CONSULTORIA INTEGRADA

Através da política do BC no mercado de câmbio, o país est á comprando um seguro contra crises internacionais. E o fato de que somente países cujas moedas são pouco confi áveis emitem passivos denominados em moedas de outros países sugere que os benefícios dest a política tendem a superar os custos. Diant e do cenário int ernacional de elevada liquidez, o Banco Cent ral brasileiro t em adot ado uma polít ica clara de reduzir o passivo do País em t ít ulos indexados ao dólar, o que t em desper t ado crít ica de dif eren t es analist as devido a seu elevado cust o fi scal. Como o dólar est á se desvalorizando em relação ao real, e a t axa de juros brasileira é muit o elevada, ao t rocar passivos denominados em dólar por out ros denominados em reais, o Banco Cent ral est aria aument ado o cust o da dívida, além de não est ar aproveit ando a t endência de valorização do real f rent e à moeda nor t e-americana. Sem dúvida, no moment o at ual, o cust o fi scal da operação de redu ção dos passivos cambiais é elevado. Dada a valorização da t axa de câmbio, se o País t ivesse hoje a mesma proporção de dívida cam bial no t ot al da dívida pública que t inha em 2002, a relação dívida/PIB t eria caído subst ancialment e e não permanecido const ant e ao longo de 2005. Por out ro lado, ao comprar dólares à vist a no mercado cam bial, o BC t em que emit ir t ít ulos que pagam a Selic, que hoje est á em 17,25% ao ano, e ao f azer “ sw aps rever sos” , t roca dívida que seria paga em dólares, que est á se desvalorizando, por dívida que será paga em reais, que est á se valorizando. A crít ica, apesar de corret a do pont o de vist a est at íst ico, deixa de considerar alguns aspect os import ant es da operação que podem

O custo fi scal da operação de redução dos passivos cambiais é elevado

t orná-la ext remament e posit iva para o País no f ut uro. Em primeiro lugar, é sempre par t e da f unção objet iva do Banco Cent ral t ornar o Brasil o menos vulnerável possível a surpresas causadas por event os que não são cont roláveis pelas decisões de polít ica econômica adot adas pelo País. Isolar o Brasil da eco nomia int ernacional é impossível e não desejável. Ent ret ant o, a inserção int ernacional de um país se dá em duas esf eras, a comercial e a fi nanceira. No caso do Brasil, nossa inserção fi nanceira sempre f oi excessivament e elevada, dada nossa inserção comercial. O Brasil t em um do s menores f luxo s de comércio ext erno, como prop orção do PIB e, p or ou t ro lado, t em uma das maiores dívidas ext ernas ent re os países emergent es. Ist o signif ica que, como o governo b rasileiro t em suas receit as em reais e não emit e dólares, diant e de um choque f inanceiro ext erno, t o do o aju st e t em que ser reali zado via balança comercial. E, dada a p equena in serção comercial do País, o aju st e necessário na balança

14

comercial (aument o das exp or t açõ es e redução das imp or t açõ es) para mant er as condiçõ es de sol vência f inanceira é muit o f or t e. Como est e t ip o de aju st e exige, muit as vezes, queda do PIB, au ment o do desemprego e inf lação, o result ado dest a baixa relação ent re in serção comercial e f inanceira era (ou ainda é) que qualquer crise ext erna t inha (ou ainda t em ) sérias con seqüências sobre o desemp enho da economia brasileira. Est e problema pode t er t rês solu ções: aument ar a inserção comercial, reduzir a inserção fi nanceira ou f azer as duas coisas ao mesmo t empo. O Brasil adot ou a t erceira est rat égia. Por um lado, nos últ imos quat ro anos, a relação ent re o fl uxo de comércio int ernacional (expor t ações mais impor t ações) e o PIB passou de cerca de 20% para 30% , um aument o de 50% . Est e aument o é o result ado do cresciment o da econo mia mundial, da ent rada da China no cenário econômico int ernacio nal (o que f avorece o Brasil, na medida em que a China demanda produt os int ensivos em recur sos nat urais e Brasil t em vant agem com parat iva exat ament e na produção dest es bens) e de polít icas adot adas int ernament e nos últ imos 15 anos (privat izações, aber t ura da econo mia, diplomacia comercial, et c.) e que est ão f azendo seus ef eit os no present e. Por out ro lado, o BC t em apro veit ado a enorme liquidez int ernaFINANCEIRO


cional gerada pelo défi cit em cont a corrent e dos Est ados Unidos e pelas baixas t axas de juros ext ernas, para reduzir a exposição do País a t ít ulos denominados em moedas est ran geiras, inclusive o dólar. Ou seja, dado o at ual nível de exposição da dívida pública brasileira a variações cambiais, se a economia int ernacio nal t iver hoje crises similares às que ocorreram no período ent re 1997 e 2002, os refl exos sobre a economia brasileira seriam muit o menores do que os que o País viveu naquela época. Em out ras palavras, at ravés dest a polít ica, o Brasil est á com prando um seguro cont ra crises int ernacionais. Além de comprar um seguro cont ra crises int ernacionais, a est rat égia do BC t em out ras conseqüências posit ivas, de dif ícil mensuração. Primeiro, a própria redução do passivo em moeda est rangeira gera queda do prêmio de risco e, port ant o, das t axas de juros pagas pelo governo em suas

O Brasil está comprando um seguro contra crises internacionais

emissões ext ernas. Ou seja, o processo se aut o-aliment a. Como não sabemos quant o da queda do prêmio de risco se deve à excessiva liquidez int ernacional e quant o se deve à redução dos passivos em moeda est rangeira, a evolução da relação dívida/PIB caso est a redução não t ivesse ocorrido não é f ácil de prever. O segundo aspect o, e que não t em sido levado em devida consideração, é que a queda do prêmio de risco -País reduz as t axas de juros e alonga os prazos dos emprést imos t omados por empresas privadas brasileiras no ext erior, o que

signifi ca uma ext ernalidade posit iva impor t ant e para o set or privado da economia. O alongament o dos prazos e a redução dos juros poderão t er impor t ant e ef eit o sobre a t axa de invest iment o do set or privado da economia brasileira e, por t ant o, sobre a t axa de cresciment o sust en t ável da economia. Para um País no qual a of er t a de crédit o de longo prazo é ext remament e escassa, est a não é uma ext ernalidade que possa ser desprezada. Sem dúvida, pode-se argumen t ar que o cust o do seguro não com pensa as vant agens da polít ica ado t ada. Ent ret ant o, est a é uma avaliação um pouco mais dif ícil de ser f eit a e, nem de longe, é mencio nada pelos crít icos. E o f at o de que soment e países cujas moedas são pouco confi áveis emit em passivos denominados em moedas de out ros países sugere que os benef ícios t endem a superar os cust os (josecam argo @t endencias.com.br)

Nossos parceiros Associação Brasileira de Bancos Associação Brasileira de Bancos Internacionais Associação Comercial de São Paulo CETIP - Câmara de Custódia e Liquidação Federação Brasileira de Bancos Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores Fundação Instituto de Administração Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização Fundação Getulio Vargas Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo - IBEF SP INEPAD - Instituto de Ensino e Pesquisa em Administração M B Associados Serasa S.A. Tendências Consultoria Integrada ACREFI - ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO, FINANCIAM ENTO E INVESTIM ENTO Fundada em 19 5 8


indústria

Flávio Roberto Guarnieri

O setor automobilístico TEREZA M ARIA FERNANDEZ DIAS DA SILVA, SÓCIA DA M B ASSOCIADOS

O ano de 2005 encerrou com cresciment o impor t ant e para a in dú st ria aut omobilíst ica. Segundo dados da A ssociação Nacional dos Fabricant es de Aut omóveis (Anf avea), a produção de veículos cresceu 10,7% , at ingindo 2,45 milhões de unidades. Nessa est at íst ica não est ão incluídas máquinas agrícolas cujo desempenho, em produção, f oi 23,8% inf erior à 2004, com a produ ção de 52,9 mil unidades. No mercado int erno, segundo dados divul gados pela Federação Nacional de Dist ribuição de Veículos Aut omot o res - Fenabrave, o cresciment o f oi de 8,6% , (sem vendas de mot ociclet as), com a comercialização de 1,7 milhão de unidades. O mercado de mot ociclet as cresceu 14,6% , man t endo o rit mo dos últ imos 5 anos. Em relação às expor t ações, as not ícias t ambém f oram bast ant es posit ivas, com cresciment o de 26% , em unidades. Ônibu s e caminhões apresent aram uma expansão em t orno de 46% . Em dólares, as export ações cresceram 34% quando comparadas com 2004. Se somarmos as vendas ext ernas de máqui nas agrícolas at ingimos um valor expor t ado de US$ 11,2 bilhões de reais, 33% acima do ano passado (US$8,4bilhões). Seguindo a t endência de 2005, o result ado de janeiro dest e ano impressionou. A s vendas de aut o -

Gráfi co I - Setor automobilístico Vendas totais em unidades

móveis e comerciais leves no mercado int erno só perdem para o mês de janeiro de 1997, considerado o ano de ouro do set or no Brasil. Naquele ano f oram comercializados 145,1 mil unidades cont ra 125,8 mil unidades em 2006. A produção cresceu 20,5% quando comparamos jan /2006 com jan /2005 enquant o as expor t ações evoluíram 16,8% (em dólares). O set or segue, por t ant o, bast ant e animado. Para 2006, a M B A ssociados est á esperando um cresciment o de 9,5% (em unidades) nas vendas agregadas do set or no mercado int erno

16

(Gráf ico I), e ainda uma expansão de 7% nas expor t ações. M uit as mont adoras est ão conseguindo negociar a valorização do real no preço do veículo expor t ado, possibilit ando est e aument o de expor t ações ainda em 2006. Out ra mudança impor t ant e no set or est á associada à sua rent abilidade. Perdendo margem desde 1995, soment e no ano passado as mont adoras conseguiram inver t er suavement e est a cur va, at ravés do repasse de preços de alguns insu mos. (Gráf ico II). Apesar do cresciment o da pro FINANCEIRO


Gráfi co II - Automóveis e seus insumos variação do preço médio anual

dução, o grande desaf io da indú st ria aut omobilíst ica no Brasil ainda não f oi vencido. Após os grandes invest iment os da década de 90, o set or parou de ampliar a capaci dade produt iva, vist o que ainda

exist e ociosidade nessa indú st ria, e desacelerou f or t ement e invest i ment os em melhoria t ecnológica e no desenvolviment o de novos pro dut os, f at ores indispensáveis para que o Brasil siga sendo uma pla-

O grande desafi o da indústria automobilística no Brasil ainda não foi vencido t af orma impor t ant e de expor t ações no médio prazo. Trazer invest i ment os implica avançar na diminui ção do chamado cu st o -Brasil (inf raest rut ura, revisão da carga t ribut ária, mudanças nas leis t rabalhist as, ent re out ros), para que possamos compensar par t e da valorização recent e do câmbio e t enhamos con dições de compet ir com out ros países em t ermos de at ração de capi t ais, principalment e a China. O desf echo do acordo com a Argent ina, que deve ser anunciado nos próxi mos dias, é aguardado com ansiedade pelo set or

SEM I NÁRI O PERSPECTI VAS DA ECONOM I A BRASI LEI RA RETROSPECTI VA E CENÁRI OS Realização

6 de abril de 2006 Renaissance São Paulo Hotel

Tendências Consultoria Integrada

Qual a agenda adequada para elevar o potencial de crescimento do País? Quais os cenários para as eleições presidenciais? Para onde caminhará o País após a sucessão? I nformações: 0800 7744600 ou seminario@tendencias.com.br I nscrições no site: tendencias.edf.com.br Patrocinadores

Essas e outras perguntas serão respondidas por: Afonso Bevilaqua, Aloizio M ercadante, Antonio Barros de Castro, Armando Castelar Pinheiro, Arthur Virgílio, Edmar Bacha, Eduardo Bernini, Gustavo Loyola, José M árcio Camargo, Lucia Hippolito, M ailson da Nóbrega, Ricardo Paes de Barros e Tarcisio Gargioni. M ediador do evento: Paulo Henrique Amorim Encerramento: Geraldo Alckmin, Governador do Estado de São Paulo Apoio

Fundada em 19 5 8


artigo

Indicadores econômicos e perspectivas em 2006 JUAN PEREZ - DIRETOR DE M ERCADO E RELAÇÕES INSTITUCIONAIS DA SERASA Indicador PIB (var. % ) IPCA (acum. Ano, em % ) IGP-M (acum. Ano, em % ) Câmbio (var. % ) Crédito total (var. % ) Crédito Pessoa Física (var. % ) Crédito Pessoa Jurídica (var. % ) Crédito - Indústria (var. % ) Crédito - Comércio (var. % ) Crédito - Serviços (var. % )

20061

2005

2004

2003

2002

3,50

1

2,40

4,94

0,54

1,93

4,70 4,75 3,42 18,00 25,00 15,00 10,00 15,00 20,00

5,69 1,74 -11,82 21,47 38,32 16,51 10,83 17,74 24,61

7,60 12,42 -8,12 17,90 33,10 11,63 6,91 26,30 10,48

9,30 8,69 -18,23 8,39 15,24 2,98 0,86 8,28 3,46

12,53 25,30 52,27 13,75 5,48 14,95 17,06 9,06 15,06

Font e: IBGE, FGV e Banco Cent ral. (1) Previsão.

Os indicadores, de maneira geral, sugerem perspect ivas posit ivas para a economia brasileira em 2006. Esses mesmos indicadores t êm o pot encial ef eit o de cont ribuir para expandir o crédito às pessoas f ísicas – que, nest e ano, deve crescer cerca de 25% . Em primeiro lugar, exist e a expect at iva de que a economia mundial cont inue se expandindo a uma t axa acima de 4% ao ano – o que cont ribuirá

para mant er o superávit comercial em pat amares elevados, na medida em que est imulará nossas export ações. M esmo a recent e valorização do real não t em dado sinais de que est eja compromet endo nossa capacidade export adora. A perspectiva de queda da t axa de juros cont ribuirá para reduzir a pressão apreciat iva da t axa de câmbio que só se mant erá caso as export ações

cont inuem vigorosas e/ou as perspect ivas de risco-País reduzam-se drast icament e e mant enham-se em pat amares baixos durant e t odo o ano. Em segundo lugar, há uma t ímida melhora no mercado de t rabalho brasileiro: as t axas de desemprego vêm caindo, e t anto a expansão dos post os de t rabalho quant o o ligeiro aument o no rendiment o médio real cont ribuem para aument ar a massa de salários e, conseqüent ement e, a capacidade de pagament o das famílias. É verdade, no ent ant o, que o maior endividament o da população e o f at o de que a massa de salários ainda se encont ra em pat amares inf eriores à média de 2002 possam cont er a velocidade de expansão do crédit o do sist ema fi nanceiro às pessoas f ísicas. A manut enção do rigor na condução da polít ica fi scal, ao reduzir a t axa de crescimento da dívida pública, redireciona recursos do sist ema fi nanceiro para emprést imos ao set or pri-


Palestras na ACREFI vado, est imulando o crédit o. A manut enção dessa polít ica cont ribuiria para aument ar o volume de emprést imos do sist ema fi nanceiro. M as é bom lembrar que est amos em ano eleit oral, e a sucessão presidencial pode motivar algum af rouxament o do rigor na execução orçament ária, o que t ambém f aria aument ar o risco-País e poderia int erromper o processo de redução da t axa básica de juros. No ent ant o, não parece muit o provável um descont role na condução da polít ica fi scal. As novas modalidades de crédito pessoal, como o crédit o consignado ou para aquisição de bens, com maiores garant ias para os credores, menores t axas e maiores prazos para os t omadores, começam a dar sinais de redução na velocidade de expansão. Os acordos ent re as instit uições fi nanceiras e as grandes redes de varejo podem cont ribuir para dar f ôlego novo a essas operações. No que se ref ere especifi cament e ao crédito consignado, alguns fat ores, no ent ant o, poderão limit ar sua velocidade de crescimento. São eles: a limit ação de prazo para os emprést imos consignados aos aposent ados; a sat uração na demanda dos at uais demandant es; e a relat iva limit ação na expansão para novos demandant es, dada a baixa f ormalização do mercado de t rabalho. Finalment e, e igualment e import ant e, cont ribuirá para a manut enção da expansão do crédito nest e ano a disseminação de met odologias adequadas na concessão, processo no qual a Serasa t em desempenhado papel f undament al.

Inscrições gratuitas: Leninha (leninha@acrefi .org.br) ou M árcia (marcia@acrefi .org.br) Telefone 11 3107-7177

21 de março de 2006 • Inovação na Era da Especialização Bancária Ailt on Barberino do Nasciment o St ef anini IT Solut ions Robert o Ciccone Execut ivo da IBM na área de Business Consult ing Services

25 de abril de 2006 • M udança na Execução de Sentenças - Lei 11.232/ 05 Prof. Arruda Alvim

APOIO

Se m p re à s 8 n o a u h3 0 , d ACRE i t ó r i o d a FI , ca f é co m d m a nh a ã


Instituições bancárias atuando no comércio varejista

Divulgação

análise setorial

PROF. DR. ALBERTO BORGES M ATIAS, PRESIDENTE DO INEPAD - INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA EM ADM INISTRAÇÃO

H

á um fenômeno cada vez mais comum no mercado nacional ocorrendo, a parceria entre o comércio varejista e as instituições fi nanceiras. É um fenômeno já comum também em outros países, como Reino Unido, Suécia, Austrália, EUA e Japão há pelo menos cinco anos, marcando o início de uma nova era na evolução de varejistas e bancos. A junção do comércio varejist a com as instituições fi nanceiras est á acontecendo basicamente de duas maneiras no Brasil: uma é abrindo em sociedade (podendo variar a participação acionária, mas via de regra é 50% para cada sócio), uma fi nanceira que terá da instituição bancária o capit al e todo o know how das operações de crédito e da loja de varejo, a carteira de clientes. A outra maneira é a venda da carteira (exclusividade do fi nanciamento) ou parte dela, da loja de varejo para a instituição fi nanceira. A parceria entre as duas partes é uma tendência do mercado, pois até o momento as grandes lojas de varejo brasileiras já fecharam algum tipo de parceria com algum banco de varejo. Pode ser uma evidência de que será um caminho para melhorar a competitividade, conseqüentemente o consumidor fi nal sairá ganhando, pois haverá melhora nos serviços oferecidos, bem como, redução das t axas cobradas, podendo até mesmo determinar a sobrevivência das lojas de varejo num mercado cada vez mais competitivo. A Lojas Americanas, por exemplo, fechou uma parceria com o It aú de aproximadamente R$ 200 milhões. No acordo, o It aú fi cou com o direito de fi nanciamento exclusivo da carteira de clientes das Lojas Americanas; outra parceria feit a com sucesso pelo It aú foi com a rede Pão de Açúcar. Na mesma tendência o Bradesco, outra grande instituição fi nanceira, se aliou à Casas Bahia, fi cando com o direito de fi nanciar em torno de 50% das vendas. Recentemente o Bradesco fechou outras parcerias com as lojas Esplanadas e Otoch estendendo sua atuação no nordeste, agregando 2,3 milhões de clientes. Já o Unibanco, criou a Luiza Cred em sociedade com o Magazine Luiza, sendo que a fi nanceira é responsável por toda a parte de fi nanciamento da loja. O Unibanco t ambém fechou uma parceria com o Wal Mart . A exemplo do que aconteceu no Brasil, ocorreu t ambém no M éxico, com a criação do Banco Azteca em 2002. O objetivo da criação do banco foi just amente a de fi nanciar as vendas da rede varejist a Elektra. Para a loja, a vant agem da venda da carteira ou de criar

20

uma nova fi nanceira é a de que consegue recursos para o seu giro, podendo investir em outras atividades e até mesmo na compra de novas mercadorias dando maior fôlego fi nanceiro para a rede. O poder de barganha junto ao fornecedor dependendo do caso pode aument ar, pois com praticamente todo o recurso da mercadoria vendida conseguirá uma melhor negociação nas compras. Sem cont ar, que a loja poderá aument ar suas receit as fi nanceiras, aplicando os recursos disponíveis ou participando dos result ados da fi nanceira. A loja conseguirá t ambém um estreit amento no relacionamento com seus clientes, possibilit ando conhecêlos melhor, de t al forma que possibilite oferecer melhores produtos e promoções mais customizados, atendendo as novas aspirações dos clientes cada vez mais exigentes em termos de serviços e soluções. Da part e da instit uição fi nanceira, o ganho fi cará na ext ensão de at endiment o que conseguirá para possíveis novos client es com um menor cust o, ou seja, conseguirá at ingir um nicho de mercado sem precisar necessariament e abrir uma nova agência com alt os custos operacionais e administ rat ivos. Poderá inst alar um pequeno espaço dent ro da própria loja, of erecendo não apenas o fi nanciament o das mercadorias vendidas pela loja, mas t ambém out ros serviços da inst it uição fi nanceira, como: abert ura de cont a corrent e com limit e de cheque especial (ganhando com as t axas de juros relat ivament e alt as em si comparando com as demais t axas dos out ros serviços), cart ão de crédit o, seguros, f undos de investiment os, dent re out ros. Além disso, conseguirá moviment ar mais recursos nas operações de crédit o, seu principal propósit o. Dessa forma, a parceria efetuada entre bancos e varejo irá aument ar a competitividade no mercado fi nanceiro, mais precisamente no mercado de crédito, e que junt amente com as tendências macroeconômicas de queda da t axa de juro base, poderá incentivar uma queda nas t axas de juros cobrada do consumidor fi nal. Com a competitividade mais acirrada, as t axas de juros cobradas diminuindo, bem como os serviços melhorando, o mercado de crédito poderá sof rer uma expansão, já que possui capacidade para isto, visto que, o mercado de crédito brasileiro f rente ao PIB ainda é relativamente baixo se comparado com outros países. Colaborou o Analist a Financeiro Edson Vicent e Carminat t i Jr. FINANCEIRO


Nenhum município paulista sem biblioteca. A ACREFI apóia essa idéia. A Acrefi firmou parceria com a Secretaria de Estado da Cultura do governo do Estado de São Paulo, passando a integrar o Programa São Paulo: Um Estado de Leitores. Trata-se de uma política estadual para o incentivo à leitura, lançada em 2003, com forte ação nos municípios sem biblioteca. Em conjunto com prefeituras aliadas a padrinhos (pessoas físicas, ONGS e empresas públicas e privadas), o programa tem por principal objetivo zerar o déficit desses municipios. Até maio de 2005, 84 bibliotecas foram inauguradas. O programa tem sido um sucesso e, desde o início, já foram adotadas bibliotecas com a participação de 60 empresas, escolas e pessoas físicas. Agora, o objetivo é buscar o apoio de mais empresas para apadrinharem a abertura e revitalização de novas bibliotecas, para que possamos ser o primeiro estado brasileiro com bibliotecas em todos os municípios.

Temos certeza de que você, associado ou parceiro, também vai apoiar. Para saber como, entre em contato pelo telefone 11 3107 7177.

Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento

São Paulo

U m e st a d o d e l e i t o r e s

Fundada em 1958


artigo

País maduro Luiz Carlos Casagrande

As eleições presidenciais est ão chegando e não exist e qualquer indício de que viveremos, esse ano, nada semelhant e ao que ocorreu em 2002, quando o País mergulhou numa crise de confi ança sem precedent es. Na época, o medo da provável chegada de um governo de esquerda ao poder era grande. Haveria rupt ura de cont rat os? Seria um governo populist a? Enfi m, Lula iria governar o Brasil para t odos os brasileiros ou para uma meia dúzia de “ companheiros” ? Áquela alt ura, não t ínhamos ciência de que o Brasil já havia avançado muit o. Principalment e nos campos econômico e inst it ucional. Era pouco provável que Lula ou qualquer out ro candidat o que chegasse ao Palácio do Planalt o fi zesse do Brasil o que, por exemplo, Hugo Chavez est á f azendo da Venezuela. M as o f at o é que os indicadores econômicos sof reram reveses fabulosos no t ranscorrer de 2002. Est ivemos à beira de um colapso da dívida pública e não dispúnhamos mais de linha de crédito lá f ora. Nem a f amosa Cart a aos Brasileiros, f ormulada pelo PT, acalmou os mercados àquela alt ura. O ano de 2002 foi um dos mais difíceis de nossa história recente e já vínhamos de um difi cílimo 2001, com a lament ável crise de energia no Brasil e um 11 de Setembro nos Est ados Unidos que mexeu com os alicerces do mundo. Pois bem, duas semanas ant es do primeiro purno da eleição presiden-

JOSÉ ARTHUR ASSUNÇÃO, VICE-PRESIDENTE DA ACREFI E DIRETOR DA ASB FINANCEIRA cial, o risco-Brasil bat eu a marca dos 2500 pont os. Naquele moment o, eu pensei que o País t ivesse ent rado mesmo no olho do f uracão. M as Foi dali que renasceu das cinzas. Sempre que f azíamos uma avaliação crit eriosa, os f undament os da economia se most ravam est áveis. Tant o que o Fundo M onet ário Int ernacional (FM I) nos deu um senhor aval, ao nos emprest ar US$ 30 bilhões. 2006 Est amos a oit o meses de mais uma eleição presidencial. Nesses anos em que Lula governou o País é inegável que houve muit os avanços: na democracia, na economia, na consolidação das inst it uições. Não me int eressam aqui posicionament os part idários nem mesmo se Lula sabia ou não das f alcat ruas do t esoureiro do PT. Est ou f alando de avanços. Todos, principalment e os agent es econômicos, t emiam que a esquerda no poder f osse t razer at raso. M as, ao cont rário, o Brasil avança. E olha que, durant e esse mesmo governo, t eve início uma crise polít ica que parece não t er fi m. Na qual o grande alvo f oi o part ido do Governo. M esmo assim, não houve perda de governabilidade em nenhum moment o e o País segue avançando. Às vezes menos do que deveria e do que poderia, mas avança. Temos hoje uma conjuntura partidária que permite visualizar um quadro sucessório bast ante est ável. Pelo

22

que tudo indica a eleição fi cará novamente polarizada entre PT e PSDB e pelos mesmíssimos candidatos do pleito anterior: respectivamente, Lula e José Serra. Poderá existir uma terceira via, o PM DB, com Garotinho ou mesmo com Germano Rigot to, mas que não deverá promover grandes surpresas. Result ado: nada vai mudar na economia. Os especuladores vão t er que ser muit o mais criat ivos se quiserem bot ar f ogo out ra vez no País. Não parece que vá haver mudanças signifi cat ivas na percepção de risco do País, que hoje é o mais baixo de t odos os t empos, beirando os 229 pont os. E t em gent e assegurando que em pouquíssimo t empo seremos invest ment grade. O Brasil já viveu dit aduras, hiperinfl ações reincident es, um grande confi sco de poupança, crises cambiais, apagão, crise de confi ança e, por fi m, uma crise polít ica sem precedent es. M esmo assim, o País est á seguindo a passos largos para a consolidação de sua democracia e de sua economia em níveis de Primeiro M undo, nas próximas décadas. M uit o há de ser f eit o ainda pelo at ual president e, pelo próximo que vier, seja Lula ou não e pelos out ros t ant os que governarão esse país. M as uma coisa é cert a: bast a t rabalhar sério, com afi nco, que o Brasil vai cont inuar dando grandes saltos. E quem apost ar as fi chas em crise est e ano, por cont a das eleições, vai perder dinheiro FINANCEIRO


banco de dados por INEPAD TAXAS M ÉDIAS

GERAL

DATA

Aplicações % a.a.

Var. p.p.

Capt ações % a.a.

Var. p.p.

Spread % p.p.

Var. p.p.

jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05 out / 05 nov/ 05 dez/ 05 jan/ 06

46,2 46,4 46,7 47,1 47,8 47,3 47,2 47,4 48,1 48,2 47,1 45,9 46,1

1,6 0,2 0,3 0,4 0,7 -0,5 -0,1 0,2 0,7 0,1 -1,1 -1,2 0,2

18,3 18,8 19,0 19,4 19,4 19,2 19,0 18,9 18,7 18,4 17,7 17,1 16,5

0,5 0,5 0,2 0,4 0,0 -0,2 -0,2 -0,1 -0,2 -0,3 -0,7 -0,6 -0,6

27,9 27,6 27,7 27,7 28,4 28,1 28,2 28,5 29,4 29,8 29,4 28,8 29,6

1,1 -0,3 0,1 0,0 0,7 -0,3 0,1 0,3 0,9 0,4 -0,4 -0,6 0,8

Va ria çã o ja n-ja n

- 0,1

-1,8

1,7

Fonte: Banco Central do Brasil / INEPAD

PESSOA FÍSICA DATA

Aplicações % a.a.

Var. p.p.

Capt ações % a.a.

Var. p.p.

Spread % p.p.

Var. p.p.

jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05 out / 05 nov/ 05 dez/ 05 jan/ 06

62,0 61,8 61,6 61,7 62,5 61,3 61,3 61,1 62,1 61,7 60,4 59,3 59,7

1,5 -0,2 -0,2 0,1 0,8 -1,2 0,0 -0,2 1,0 -0,4 -1,3 -1,1 0,4

18,2 18,6 18,7 19,1 18,9 18,4 18,2 18,2 18,0 17,8 17,2 16,5 16,1

0,6 0,4 0,1 0,4 -0,2 -0,5 -0,2 0,0 -0,2 -0,2 -0,6 -0,7 -0,4

45,2 45,4 45,3 45,4 43,6 42,9 43,1 42,9 44,1 43,9 43,2 42,8 43,6

2,3 0,2 -0,1 0,1 -1,8 -0,7 0,2 -0,2 1,2 -0,2 -0,7 -0,4 0,8

Va ria çã o ja n-ja n

-2 ,3

-2 ,1

-1,6

Fonte: Banco Central do Brasil / INEPAD

PESSOA JURÍDICA DATA

Aplicações % a.a.

Var. p.p.

Capt ações % a.a.

Var. p.p.

Spread % p.p.

Var. p.p.

jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05 out / 05 nov/ 05 dez/ 05 jan/ 06

32,2 32,4 32,9 33,3 33,7 33,4 33,0 33,2 33,3 33,4 32,4 31,7 31,3

1,2 0,2 0,5 0,4 0,4 -0,3 -0,4 0,2 0,1 0,1 -1,0 -0,7 -0,4

18,3 18,9 19,2 19,6 19,9 19,8 19,6 19,5 19,2 18,9 18,2 17,7 16,8

0,3 0,6 0,3 0,4 0,3 -0,1 -0,2 -0,1 -0,3 -0,3 -0,7 -0,5 -0,9

13,9 13,5 13,7 13,7 13,8 13,6 13,4 13,7 14,1 14,5 14,2 14,0 14,5

0,9 -0,4 0,2 0,0 0,1 -0,2 -0,2 0,3 0,4 0,4 -0,3 -0,2 0,5

Va ria çã o ja n-ja n

- 0,9

-1,5

Fonte: Banco Central do Brasil / INEPAD

ACREFI

23

0,6


banco de dados por INEPAD SPREAD FINANCEIRO

CRÉDITO PESSOA FÍSICA CRÉDITO PESSOAL Volume

50,0

Taxa Juros

70.000

71,50

65.000

71,00

40,0

60.000

70,50

35,0

55.000

45,0

SPREAD FINANCEIRO

30,0

70,00 69,50

50.000

69,00

45.000

25,0

68,50

40.000

20,0

68,00

35.000

Aplicação

67,50

30.000

jan/06

dez/05

nov/05

out/05

set/05

ago/05

jul/05

jun/05

mai/05

abr/05

mar/05

fev/05

jan/05

15,0

jan f ev mar abr mai jun 05 05 05 05 05 05

Capt ação

67,00

jul ago set out nov dez jan 05 05 05 05 05 05 06

Volume

Taxa de Juros

Fonte: Banco Central do Brasil / INEPAD

VOLUM E DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO - PESSOA FÍSICA - PREFIXADOS (R$ milhões) M ÊS / ANO

CHEQUE ESPECIAL

VARIAÇÃO EM %

CRÉDITO PESSOAL

VARIAÇÃO EM %

FINANCIAM ENTO IM OBILIÁRIO

VARIAÇÃO EM %

CARTÃO DE CRÉDITO

VARIAÇÃO EM %

jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05 out / 05 nov/ 05 dez/ 05 jan/ 06

10 567 11 071 11 502 11 550 12 044 11 790 11 647 12 265 12 297 12 509 12 527 10 974 12 224

7,82% 4,77% 3,89% 0,42% 4,28% -2,11% -1,22% 5,31% 0,26% 1,73% 0,15% -12,40% 11,39%

44 781 47 218 49 965 52 333 54 345 55 426 57 270 59 015 60 531 61 650 63 255 63 444 64 987

3,13% 5,44% 5,82% 4,74% 3,84% 1,99% 3,33% 3,05% 2,57% 1,85% 2,60% 0,30% 2,43%

1 076 1 072 1 057 1 047 1 053 1 049 1 028 1 037 948 947 947 956 909

-0,36% -0,42% -1,38% -0,97% 0,59% -0,42% -1,97% 0,83% -8,53% -0,08% -0,03% 0,95% -4,93%

8 711 9 440 9 231 9 942 10 051 10 196 10 512 10 687 11 211 11 495 11 774 11 260 11 472

6,14% 8,36% -2,21% 7,70% 1,10% 1,44% 3,10% 1,67% 4,90% 2,53% 2,43% -4,37% 1,89%

Fonte: Banco Central do Brasil / INEPAD

VOLUM E DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO - PESSOA FÍSICA - Prefixados/ continuação (R$ milhões) AQUISIÇÃO M ÊS / ANO jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05 out / 05 nov/ 05 dez/ 05 jan/ 06

VEÍCULOS

VARIAÇÃO EM %

OUTROS

VARIAÇÃO EM %

TOTAL

VARIAÇÃO EM %

OUTROS

VARIAÇÃO EM %

TOTAL

VARIAÇÃO EM %

38 855 39 340 40 221 40 958 41 795 42 723 43 636 45 044 46 218 47 406 48 935 50 685 52 057

2,07% 1,25% 2,24% 1,83% 2,04% 2,22% 2,14% 3,23% 2,61% 2,57% 3,23% 3,57% 2,71%

7 375 7 313 7 394 7 578 7 992 8 351 8 824 9 416 9 471 9 621 10 031 10 229 10 191

2,08% -0,83% 1,10% 2,48% 5,47% 4,50% 5,66% 6,71% 0,58% 1,59% 4,26% 1,98% -0,38%

46 230 46 653 47 615 48 535 49 787 51 074 52 460 54 460 55 689 57 027 58 966 60 914 62 247

2,08% 0,92% 2,06% 1,93% 2,58% 2,59% 2,71% 3,81% 2,26% 2,40% 3,40% 3,30% 2,19%

5 621 5 834 6 177 6 437 6 889 7 097 7 349 7 702 8 016 8 144 8 414 7 643 8 387

2,74% 3,78% 5,88% 4,21% 7,02% 3,02% 3,56% 4,79% 4,09% 1,59% 3,32% -9,17% 9,73%

116 987 121 288 125 547 129 844 134 169 136 632 140 266 145 166 148 692 151 773 155 884 155 190 160 226

3,28% 3,68% 3,51% 3,42% 3,33% 1,84% 2,66% 3,49% 2,43% 2,07% 2,71% -0,44% 3,24%

Fonte: Banco Central do Brasil / INEPAD

24

FINANCEIRO


VOLUM E DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO - CRÉDITO CONSIGNADO (R$) M ÊS / ANO jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05 out / 05 nov/ 05 dez/ 05 jan/ 06 Var. jan-jan

CRÉDITO PESSOAL* 44.781 47.218 49.965 52.333 54.345 55.426 57.270 59.015 60.531 61.650 63.255 63.444 64.987 145,1%

CONSIGNADO Públicos

Privados

Total

Amostra* *

16.277 17.557 19.159 20.594 22.008 22.701 24.024 25.301 26.239 26.972 27.677 28.422 29.104

2.671 2.786 2.920 3.109 3.297 3.453 3.651 3.840 4.070 4.202 4.291 3.983 4.055

18.948 20.343 22.080 23.703 25.305 26.154 27.675 29.141 30.309 31.173 31.968 32.405 33.159 175,0%

13.017 14.038 15.545 16.625 17.897 18.833 19.712 20.773 21.488 22.076 22.844 23.034 23.690 182,0%

% Consignado* * *

Concentração Taxa de Juros % aa do Consignado Estimativa INEPAD Consignado Pessoal Diferença

42,3% 43,1% 44,2% 45,3% 46,6% 47,2% 48,3% 49,4% 50,1% 50,6% 50,5% 51,1% 51,0%

68,7% 69,0% 70,4% 70,1% 70,7% 72,0% 71,2% 71,3% 70,9% 70,8% 71,5% 71,1% 71,4% 104,0%

39,1% 38,9% 38,6% 38,4% 37,5% 37,5% 37,4% 37,2% 37,0% 37,2% 36,9% 36,4% 37,3%

71,2% 70,0% 68,7% 68,7% 69,9% 68,6% 69,4% 69,5% 70,6% 70,3% 68,7% 67,3% 86,0%

32,1% 30,9% 29,8% 30,1% 31,5% 31,1% 31,9% 32,1% 33,4% 33,4% 31,5% 30,4% 68,9%

FONTE: INEPAD / BC * Inclui empréstimos realizados pelas cooperativas de crédito. * * Pesquisa com treze das maiores instituições que operam com crédito pessoal. * * * Total consignado sobre o total de crédito pessoal.

INADIM PLÊNCIA - OPERAÇÕES PREFIXADAS CRÉDITO PESSOAL (R$ mil) M ês/Ano

Saldo sem atraso

Com atraso de 15 a 30 dias

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso de 31 a 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso maior que 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Saldo total CarteiraBrasil

Variação em %

jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05 out / 05 nov/ 05 dez/ 05 jan/ 06

39.269.395 41.398.232 43.853.143 45.958.211 47.958.159 49.107.813 50.932.454 52.427.636 53.827.919 54.713.121 55.990.494 56.136.655 56.795.375

1.081.995 1.113.012 1.263.104 1.224.836 1.364.220 1.260.105 1.180.764 1.322.628 1.353.921 1.362.100 1.455.906 1.224.611 1.471.836

2,42% 2,36% 2,53% 2,34% 2,51% 2,27% 2,06% 2,24% 2,24% 2,21% 2,30% 1,93% 2,26%

1.220.396 1.349.410 1.427.796 1.421.446 1.432.355 1.494.652 1.485.848 1.528.370 1.558.238 1.690.157 1.748.058 1.642.233 1.722.360

2,73% 2,86% 2,86% 2,72% 2,64% 2,70% 2,59% 2,59% 2,57% 2,74% 2,76% 2,59% 2,65%

2.597.523 2.649.416 2.800.103 3.078.013 2.951.453 3.013.742 3.145.514 3.288.510 3.397.809 3.547.908 3.723.372 3.782.350 3.924.568

5,80% 5,61% 5,60% 5,88% 5,43% 5,44% 5,49% 5,57% 5,61% 5,75% 5,89% 5,96% 6,04%

44.781.159 47.218.466 49.965.156 52.332.903 54.344.976 55.426.011 57.270.000 59.015.306 60.531.439 61.650.256 63.254.734 63.443.780 64.986.849

3,13% 5,44% 5,82% 4,74% 3,84% 1,99% 3,33% 3,05% 2,57% 1,85% 2,60% 0,30% 2,43%

Fonte: Banco Central do Brasil / INEPAD

AQUISIÇÃO DE BENS - VEÍCULOS (R$ mil)

M ês/Ano

jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05 out / 05 nov/ 05 dez/ 05 jan/ 06

Saldo

Com at raso

sem atraso

de 15 a 30 dias

35.794.379 36.219.687 36.869.843 37.642.112 38.206.540 39.234.937 40.002.093 41.251.555 42.259.001 42.968.220 44.340.233 46.288.603 46.211.973

1.243.330 1.183.837 1.386.782 1.275.989 1.458.922 1.359.409 1.448.473 1.544.357 1.510.645 1.733.980 1.697.635 1.613.661 1.762.072

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso de 31 a 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso maior que 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Saldo total CarteiraBrasil

Variação em %

3,20% 3,01% 3,45% 3,12% 3,49% 3,18% 3,32% 3,43% 3,27% 3,66% 3,47% 3,18% 3,38%

1.025.747 1.156.706 1.205.748 1.278.733 1.384.923 1.391.475 1.404.040 1.458.118 1.522.771 1.719.567 1.839.634 1.653.627 1.807.967

2,64% 2,94% 3,00% 3,12% 3,31% 3,26% 3,22% 3,24% 3,29% 3,63% 3,76% 3,26% 3,47%

788.925 776.871 756.356 758.170 741.774 733.856 776.692 783.591 917.115 974.016 1.046.108 1.115.317 1.199.981

2,03% 1,97% 1,88% 1,85% 1,77% 1,72% 1,78% 1,74% 1,98% 2,05% 2,14% 2,20% 2,31%

38.855.103 39.339.842 40.221.467 40.957.737 41.795.094 42.722.706 43.636.074 45.043.780 46.218.118 47.406.012 48.935.289 50.684.709 52.056.515

2,07% 1,25% 2,24% 1,83% 2,04% 2,22% 2,14% 3,23% 2,61% 2,57% 3,23% 3,57% 2,71%

Fonte: Banco Central do Brasil / INEPAD

ACREFI

25


banco de dados por INEPAD INADIM PLÊNCIA - OPERAÇÕES PREFIXADAS AQUISIÇÃO DE BENS - OUTROS (R$ mil) M ê s/Ano

Saldo sem atraso

Com atraso de 15 a 30 dias

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso de 31 a 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso maior que 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Saldo total CarteiraBrasil

Variação em %

jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05 out / 05 nov/ 05 dez/ 05 jan/ 06

6.147.604 5.990.515 5.948.868 6.107.852 6.445.620 6.790.933 7.190.986 7.699.456 7.790.947 7.837.518 8.165.263 8.457.452 7.446.713

323.728 325.200 364.990 357.857 375.047 359.584 372.685 424.811 369.647 394.773 389.994 334.255 345.320

4,39% 4,45% 4,94% 4,72% 4,69% 4,31% 4,22% 4,51% 3,90% 4,10% 3,89% 3,27% 3,39%

275.200 354.267 417.733 418.795 414.913 416.052 406.831 414.857 424.936 446.640 461.045 398.093 356.279

3,73% 4,84% 5,65% 5,53% 5,19% 4,98% 4,61% 4,41% 4,49% 4,64% 4,60% 3,89% 3,50%

618.340 633.331 652.454 683.148 745.969 774.531 830.585 865.811 873.070 928.949 986.686 1.003.506 852.798

8,38% 8,66% 8,82% 9,02% 9,33% 9,27% 9,41% 9,19% 9,22% 9,66% 9,84% 9,81% 8,37%

7.374.918 7.313.439 7.393.980 7.577.546 7.991.679 8.351.397 8.824.004 9.416.143 9.470.618 9.621.180 10.030.622 10.229.173 10.190.601

2,08% -0,83% 1,10% 2,48% 5,47% 4,50% 5,66% 6,71% 0,58% 1,59% 4,26% 1,98% -0,38%

Fonte: Banco Central do Brasil / INEPAD

INADIM PLÊNCIA - CRÉDITO PESSOAL - PREFIXADO Janeiro/2006 (em R$ mil) 20,7%

Atraso de mais de 90 dias 3.924.568

55,1%

INADIM PLÊNCIA - AQUISIÇÃO DE VEÍCULOS - PREFIXADO Janeiro/2006 (em R$ mil)

Atraso de 15 a 30 dias 1.471.836

Atraso de 31 a 90 dias 1.807.967

37,9 % 24,2%

Atraso de 31 a 90 dias 1.722.360

36,9 %

22,2% 54,9 %

22,9 %

Atraso de 15 a 30 dias 1.762.072

INADIM PLÊNCIA - OUTRAS OPERAÇÕES - PREFIXADO Janeiro/2006 (em R$ mil) Atraso de

INADIM PLÊNCIA - AQUISIÇÃO OUTROS BENS - PREFIXADO Janeiro/2006 (em R$ mil)

Atraso de mais de 90 dias 852.798

25,2%

Atraso de mais de 90 dias 1.199.981

Atraso de 15 a 30 dias 345.320

14,9 % Atraso de mais de 90 dias 1.143.252

Atraso de 31 a 90 dias 356.279

58,4%

26,7%

15 a 30 dias 291.463

Atraso de 31 a 90 dias 522.083

OUTRAS OPERAÇÕES (R$ mil) M ê s/Ano

Saldo sem atraso

Com atraso de 15 a 30 dias

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso de 31 a 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Com atraso maior que 90 dias

% sobre Saldo da Carteira

Saldo total CarteiraBrasil

Variação em %

jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05 out / 05 nov/ 05 dez/ 05 jan/ 06

3.427.678 3.411.009 3.453.875 3.586.571 3.579.408 3.654.442 3.796.891 4.060.034 4.212.346 4.477.039 4.514.410 4.600.843 4.985.299

220.111 230.730 218.566 186.260 183.304 207.002 214.947 226.263 243.579 302.742 288.299 287.716 291.463

3,92% 3,96% 3,54% 2,89% 2,66% 2,92% 2,92% 2,94% 3,04% 3,72% 3,43% 3,76% 3,48%

319.305 384.060 383.012 348.687 338.569 356.159 381.234 417.153 446.176 501.179 650.275 842.357 522.083

5,68% 6,58% 6,20% 5,42% 4,91% 5,02% 5,19% 5,42% 5,57% 6,15% 7,73% 11,02% 6,23%

821.802 809.917 783.905 778.224 679.473 705.436 716.611 742.541 791.179 890.238 902.839 870.484 1.143.252

14,62% 13,88% 12,69% 12,09% 9,86% 9,94% 9,75% 9,64% 9,87% 10,93% 10,73% 11,39% 13,63%

5.621.076 5.833.611 6.176.684 6.436.891 6.888.526 7.096.557 7.349.412 7.701.548 8.016.385 8.143.922 8.413.988 7.642.768 8.386.525

2,74% 3,78% 5,88% 4,21% 7,02% 3,02% 3,56% 4,79% 4,09% 1,59% 3,32% -9,17% 9,73%

Fonte: Banco Central do Brasil / INEPAD

26

FINANCEIRO


DESEM PREGO TAXA DE DESEM PREGO (% ) DATA

Brasil

Var. p.p.

SP

jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05 out / 05 nov/ 05 dez/ 05 jan/ 06

10,20 10,60 10,80 10,80 10,20 9,40 9,40 9,40 9,60 9,60 9,60 8,30 9,20

0,60 0,40 0,20 0,00 -0,60 -0,80 0,00 0,00 0,20 0,00 0,00 -1,30 0,90

11,10 11,50 11,50 11,40 10,50 10,50 9,90 9,40 9,70 9,60 9,70 7,80 9,20

TAXA DE DESEM PREGO Taxa (% )

Var. p.p. 1,30 0,40 0,00 -0,10 -0,90 0,00 -0,60 -0,50 0,30 -0,10 0,10 -1,90 1,40

Fonte: IBGE/ INEPAD

Variação (p.p.) 1,00

12,0 11,5

0,50

11,0 10,5

0,00

10,0 9,5

-0,50

9,0 8,5

-1,00

8,0 -1,50

7,5

jan 05

f ev 05

mar 05

abr 05

Brasil

mai 05

jun 05

jul 05

ago 05

SP

out 05

set 05

nov 05

dez 05

jan 06

Var. p.p. mensal Brasil

Fonte: IBGE/ INEPAD

RENDIM ENTO M ÉDIO REAL HABITUALM ENTE RECEBIDO (R$)

RENDIM ENTO M ÉDIO REAL HABITUALM ENTE RECEBIDO (R$) DATA

Brasil

Var. %

SP

Var. %

jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05 out / 05 nov/ 05 dez/ 05 jan/ 06

963,47 972,75 977,76 960,63 946,31 960,59 984,59 991,18 991,13 977,24 980,88 998,26 985,90

2,2% 1,0% 0,5% -1,8% -1,5% 1,5% 2,5% 0,7% 0,0% -1,4% 0,4% 1,8% -1,2%

1.093,98 1.110,68 1.125,42 1.088,17 1.084,63 1.099,65 1.132,86 1.129,75 1.116,30 1.085,99 1.110,01 1.136,40 1.117,30

2,6% 1,5% 1,3% -3,3% -0,3% 1,4% 3,0% -0,3% -1,2% -2,7% 2,2% 2,4% -1,7%

Fonte: IBGE/ INEPAD

1.100

0,03 0,025

1.050

0,02

1.000

0,015

950

0,01 0,005

900

0

850

-0,005

800

-0,01

750

-0,015 -0,02

700

jan 05

f ev 05

mar 05

abr 05

Brasil

mai 05

jun 05

jul 05

ago 05

SP

set 05

out 05

nov 05

dez 05

jan 06

Var. % mensal Brasil

Fonte: IBGE/ INEPAD

COM ÉRCIO VAREJISTA VOLUM E DE VENDAS

VOLUM E DE VENDAS Dat a dez/ 04 jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai / 05 jun/ 05 jul / 05 ago / 05 set / 05 out / 05 nov/ 05 dez/ 05 Va riação dez-dez

Índice Var. % Geral 154,93 105,15 97,10 111,36 107,75 112,29 110,11 114,61 113,75 109,29 115,46 114,98 161,56

4 ,28 %

41,4% -32,1% -7,7% 14,7% -3,2% 4,2% -1,9% 4,1% -0,8% -3,9% 5,6% -0,4% 40,5%

Hipermercados e Supermercados

Var. %

142,81 106,03 96,37 111,90 104,70 104,61 102,99 110,16 108,46 106,62 112,73 10912,0% 14204,0%

32,7% -25,8% -9,1% 16,1% -6,4% -0,1% -1,5% 7,0% -1,5% -1,7% 5,7% -3,2% 30,2%

- 0,54 %

Veículos,M otos, Var. % Partes e Peças 137,60 119,03 99,38 122,56 113,56 115,74 117,37 112,82 128,55 118,91 119,61 129,54 138,80

170

9,2% -13,5% -16,5% 23,3% -7,3% 1,9% 1,4% -3,9% 13,9% -7,5% 0,6% 8,3% 7,1%

160 150 140 130 120 110 100 90 80

f ev mar abr mai 05 05 05 05

Índice Geral

0,87%

Fonte: IBGE/ INEPAD

ACREFI

dez jan 04 05

27

jun 05

jul 05

Hipermercados e Supermercados

ago 05

set 05

out nov dez 05 05 05

Veículos, M ot os, Par t es e Peças


banco de dados por INEPAD PREVISÕES ECONÔM ICAS Ano de 2006

PIB Tot al % a.a.

PIB Agropecuário % a.a.

PIB Indústria % a.a.

PIB Serviço % a.a.

Produção Industrial % a.a.

3,50 3,46 3,46 3,50

3,69 3,66 3,58 3,62

4,15 4,10 4,02 4,11

2,79 2,79 2,70 2,74

4,10 4,17 4,08 4,12

Selic Taxa anual

IGP-DI % a.a.

IPCA % a.a.

Taxa de Câmbio R$ / US$

Saldo Comercial US$ bilhões

15,00 15,00 15,00 14,75

4,55 4,86 4,76 4,50

4,58 4,61 4,66 4,64

2,40 2,40 2,30 2,30

38,00 38,70 40,00 40,00

Var. p.p.

DATA

Previsão 13 / 01/2006 4 semanas antes 1 semana antes Previsão 17/ 02 Início de 2006 Previsão 13 / 01/2006 4 semanas antes 1 semana antes Previsão 17/ 02 Fonte: BC-Focus/ INEPAD

ATIVIDADE ECONÔM ICA DATA

Taxa da Utilização da Capacidade Inst alada

dez/ 04

81,60

-1,80

dez/ 04

111,09

0,1%

jan/ 05

81,01

-0,59

jan/ 05

110,93

-0,1%

fev/ 05

80,60

-0,41

fev/ 05

110,30

-0,6%

mar/ 05

83,20

2,60

mar/ 05

110,15

-0,1%

abr/ 05

81,90

-1,30

abr/ 05

110,18

0,0%

mai/ 05

82,30

0,40

mai/ 05

111,25

1,0%

jun/ 05

82,74

0,44

jun/ 05

112,39

1,0% 0,3%

Índice de Produção Física M édia M óvel Trimestral

Var. %

jul/ 05

81,54

-1,20

jul/ 05

112,77

ago/ 05

82,83

1,29

ago/ 05

113,04

0,2%

set / 05

81,19

-1,64

set / 05

111,90

-1,0%

out / 05

81,49

0,30

out / 05

111,65

-0,2%

nov/ 05

81,36

-0,13

nov/ 05

111,49

-0,1%

dez/ 05

79,80

-1,56

dez/ 05

112,97

1,3%

Va ria çã o de z-de z

Va ria çã o de z-de z

-2 ,21%

Fonte: CNI/ INEPAD

1,69 %

Fonte: IBGE/ INEPAD

PRODUÇÃO (ÍNDICE) X CAPACIDADE (% ) Capacidade (% )

Produção - Índice

111

80

110

Fonte: INEPAD

Taxa da Ut ilização da Capacidade Inst alada

dez/05

81

nov/05

111

out /05

81

set /05

112

ago/05

82

jul/05

112

jun/05

82

mai/05

113

abr/05

83

mar/05

113

f ev/05

83

jan/05

114

dez/04

84

Índice de Pr odução Física M édia M óvel Tr im est r al

28

FINANCEIRO


INDÚSTRIA AUTOM OBILÍSTICA - AUTOM ÓVEIS DE PASSAGEIROS, M ISTOS, VEÍCULOS COM ERCIAIS LEVES E PESADOS PRODUÇÃO

PRODUÇÃO

(em unidades)

Dat a

Produção

jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05 out / 05 nov/ 05 dez/ 05 jan/ 06

160.737 188.514 220.722 205.739 215.005 219.272 205.648 220.469 207.428 190.651 213.119 200.332 195.395

M édia Trim. Var. M ensal Var. M ensal (%)

183.873 179.414 189.991 204.992 213.822 213.339 213.308 215.130 211.182 206.183 203.733 201.367 202.949

-28.253 27.777 32.208 -14.983 9.266 4.267 -13.624 14.821 -13.041 -16.777 22.468 -12.787 -4.937

Va ria çã o ja n- 05 / ja n- 0 6

-14,9% 17,3% 17,1% -6,8% 4,5% 2,0% -6,2% 7,2% -5,9% -8,1% 11,8% -6,0% -2,5%

(em unidades)

230.000 220.000 210.000 200.000 190.000 180.000 170.000 160.000 150.000

jan 05

fev 05

mar 05

abr 05

mai 05

jun 05

Produção

21,6 %

jul 05

ago 05

set 05

out 05

dez 05

jan 06

nov 05

dez 05

jan 06

nov 05

dez 05

jan 06

nov 05

M édia t rimest ral

Fonte: Anfavea/ INEPAD

VENDAS INTERNAS NO ATACADO DE NACIONAIS

VENDAS INTERNAS NO ATACADO DE NACIONAIS

(em unidades)

Dat a

Vendas

M édia Trim.

Variação

Variação(%)

jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05 out / 05 nov/ 05 dez/ 05 jan/ 06

100.909 115.436 149.026 137.759 138.078 140.036 133.948 147.553 138.873 131.588 145.900 152.144 124.651

132.378 123.926 121.790 134.074 141.621 138.624 137.354 140.512 140.125 139.338 138.787 143.211 140.898

-54.523 14.527 33.590 -11.267 319 1.958 -6.088 13.605 -8.680 -7.285 14.312 6.244 -27.493

-35,1% 14,4% 29,1% -7,6% 0,2% 1,4% -4,3% 10,2% -5,9% -5,2% 10,9% 4,3% -18,1%

Va ria çã o ja n- 05 / ja n- 0 6

(em unidades)

165.000 155.000 145.000 135.000 125.000 115.000 105.000 95.000

jan 05

fev 05

mar 05

abr 05

mai 05

jun 05

Vendas

-2 ,1%

jul 05

ago 05

set 05

out 05

M édia t rimest ral

Fonte: Anfavea/ INEPAD

EXPORTAÇÃO TOTAL

EXPORTAÇÃO TOTAL

(em unidades)

Dat a

jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05 out / 05 nov/ 05 dez/ 05 jan/ 06

Export ações M édia Trim.

45.487 62.015 69.618 72.261 76.218 77.600 74.229 71.811 74.057 61.827 66.078 68.704 57.844

55.038 55.517 59.040 67.965 72.699 75.360 76.016 74.547 73.366 69.232 67.321 65.536 64.209

Va ria çã o ja n- 05 / ja n- 0 6

Variação

Variação(%)

-13.562 16.528 7.603 2.643 3957 1382 -3371 -2418 2246 -12230 4251 2626 -10860

-23,0% 36,3% 12,3% 3,8% 5,5% 1,8% -4,3% -3,3% 3,1% -16,5% 6,9% 4,0% -15,8%

(em unidades)

80.000 75.000 70.000 65.000 60.000 55.000 50.000 45.000

fev 05

mar 05

abr 05

Expor t ações

16 ,4 %

Fonte: Anfavea/ INEPAD

ACREFI

jan 05

29

mai 05

jun 05

jul 05

ago 05

set 05

out 05

M édia t rimest ral


banco de dados por INEPAD INDÚSTRIA AUTOM OBILÍSTICA VENDAS INTERNAS NO ATACADO DE NACIONAIS E IM PORTADOS - AUTOM ÓVEIS (em unidades) Dat a

Vendas

1000cc

% no Tot al

1000cc a 2000cc

% no tot al

> 2000cc

% no tot al

dez/ 04 jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05 out / 05 nov/ 05 dez/ 05

129.579 82.256 95.954 125.031 115.228 114.308 115.250 111.470 123.173 115.725 113.231 125.110 129.103

72.331 44.720 51.736 70.179 63.612 63.376 63.315 62.344 71.067 65.611 64.354 70.277 72.751

55,8% 54,4% 53,9% 56,1% 55,2% 55,4% 54,9% 55,9% 57,7% 56,7% 56,8% 56,2% 56,4%

56.738 37.267 43.924 54.197 51.062 50.509 51.477 48.683 51.308 49.684 48.033 53.405 54.250

43,9% 45,3% 45,8% 43,3% 44,3% 44,2% 44,7% 43,7% 41,7% 42,9% 42,4% 42,7% 42,0%

510 269 294 655 554 423 458 443 798 430 844 1.428 2.102

0,3% 0,3% 0,3% 0,5% 0,5% 0,4% 0,4% 0,4% 0,6% 0,4% 0,7% 0,7% 0,7%

Fonte: Anfavea/ INEPAD

VENDAS POR CATEGORIA - AUTOM ÓVEIS

80.000 70.000 60.000 50.000 40.000 30.000

dez 04

jan 05

f ev 05

1000 cc

mar 05

abr 05

mai 05

jun 05

jul 05

ago 05

set 05

out 05

nov 05

dez 05

1000 cc a 2000 cc

TAXAS DE JUROS PREFIXADOS - PESSOA FÍSICA (R$ milhões) CRÉDITO PESSOAL SALDO TOTAL

AQUISIÇÃO DE BENS - VEÍCULOS

TAXAS DE JUROS

SALDO TOTAL

% Variação % Variação M ÊS/ANO R$ milhões a.m. p.p a.a. p.p

jan/ 05 fev/ 05 mar/ 05 abr/ 05 mai/ 05 jun/ 05 jul/ 05 ago/ 05 set / 05 out / 05 nov/ 05 dez/ 05 jan/ 06

44.781 47.218 49.965 52.333 54.345 55.426 57.270 59.015 60.531 61.650 63.255 63.444 64.987

4,58 4,52 4,45 4,45 4,52 4,45 4,49 4,50 4,55 4,54 4,45 4,38 4,46

0,14 -0,06 -0,07 0,00 0,06 -0,07 0,04 0,01 0,06 -0,02 -0,08 -0,07 0,08

71,20 70,00 68,70 68,70 69,90 68,60 69,40 69,50 70,60 70,30 68,70 67,30 68,90

2,80 -1,20 -1,30 0,00 1,20 -1,30 0,80 0,10 1,10 -0,30 -1,60 -1,40 1,60

R$ milhões 38.855 39.340 40.221 40.958 41.795 42.723 43.636 45.044 46.218 47.406 48.935 50.685 52.057

TAXAS DE JUROS % Variação a.m. p.p 2,63 2,61 2,64 2,66 2,68 2,65 2,60 2,58 2,59 2,57 2,53 2,52 2,55

0,06 -0,02 0,03 0,02 0,02 -0,03 -0,05 -0,03 0,01 -0,02 -0,04 -0,01 0,03

SALDO TOTAL

% Variação a.a. p.p 36,50 36,20 36,70 37,00 37,40 36,90 36,10 35,70 35,90 35,60 34,90 34,80 35,30

AQUISIÇÃO DE BENS - OUTROS

0,90 -0,30 0,50 0,30 0,40 -0,50 -0,80 -0,40 0,20 -0,30 -0,70 -0,10 0,50

R$ milhões 7.375 7.313 7.394 7.578 7.992 8.351 8.824 9.416 9.471 9.621 10.031 10.229 10.191

TAXAS DE JUROS % Variação a.m. p.p 4,24 4,19 4,12 3,87 3,87 3,67 3,70 3,65 3,99 3,95 3,80 4,27 3,92

-0,13 -0,04 -0,07 -0,25 0,01 -0,21 0,03 -0,06 0,34 -0,04 -0,15 0,47 -0,35

% a.a.

Variação p.p

64,50 63,70 62,40 57,70 57,80 54,10 54,70 53,70 59,90 59,10 56,40 65,20 58,60

-2,40 -0,80 -1,30 -4,70 0,10 -3,70 0,60 -1,00 6,20 -0,80 -2,70 8,80 -6,60

Fonte: Banco Central do Brasil / INEPAD

30

FINANCEIRO


Autorizador de Crédito Serasa

Venda mais com mais segurança Verifique

Avalie

a existência de dívidas vencidas e não pagas, além de protestos e ações executivas.

se o cheque que você está recebendo é sustado, cancelado, extraviado ou roubado.

Confirme

o endereço do telefone informado por seu cliente.

O Autorizador de Crédito Serasa está disponível 24 horas por dia, inclusive nos fins de semana e feriados, com acesso simples e ágil via Internet, PDV, máquinas de preencher cheques, telefone e fax.

Estabeleça

políticas únicas de crédito a serem usadas em todos os pontos de venda de sua empresa.

serasa.com.br 11

5591 0137

Envie

eletronicamente os cheques recebidos ao banco de seu relacionamento.

A Serviço do Desenvolvimento do Brasil


Seu evento no coração de São Paulo Lgo São Bento

A

Vi

ad u

do

Ch á

An

a Ru

o er b Lí

Jo ão

ó ar d Ba

Pça Antonio Prado

Ru a Bo a V

to

le Va

do

n ha

ú ba a g

v. Sã o

ist a

Pça do Patriarca

Fundada em 19 5 8

Auditório para 90 pessoas

Recepção

Lounge

Salão Coffee Break/ Refeições

• Conference Room • Sistema de Audiovisual completo • Plasma TV

Informações e reservas - Tel: (11) 3107-7177

Cent ro de Event os ACREFI No coração de São Paulo

Fundada em 19 5 8

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO, FINANCIAM ENTO E INVESTIM ENTO w w w.acrefi.org.br


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.